Thiago Gasparino refuta a validação de Perandréa da psicografia de Chico Xavier (vídeo)

Parabéns ao Thiago pela exposição! Pena que citou o nome deste blog errado, não é “cartas psicografadas”, é “obras psicografadas”, mas tudo bem! Pelo brilhante trabalho está “perdoado”!

8 respostas a “Thiago Gasparino refuta a validação de Perandréa da psicografia de Chico Xavier (vídeo)”

  1. Bernardo Salguero Diz:

    Mas nao entendi, todas aquelas cartas que o Chico Xavier psicografou na década de setenta e na década de oitenta, que na minha infância ouvi falar, são falsificações ? o bom velhinho que era a ponte com o além e a prova da vida após a morte, era um picareta ? Enganou todo mundo ? E só agora com o advento da internet fui saber

  2. Vitor Diz:

    Sim, são falsificações, sejam elas conscientes ou inconscientes.

  3. MC Diz:

    Décadas de cartas e só sabem de UMA que teve, supostamente, algumas escassas semelhanças de caligrafia? além da coincidência, é plenamente possível que, em alguma parte dos casos, documentos ou cartas de falecidos tenham chegado nas mãos do médium. O panorama que vemos na caligrafia seria o esperado caso fossem falsificações: a maioria das cartas com letras genéricas ou parecidas com a do médium, e muitas poucas cartas com outras poucas semelhanças de não muito boa qualidade. O esperado para o acaso ou tentativa de imitação.
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    Mas até que concordo com os que dizem que isso é irrelevante, que o importante é a mensagem. Todavia, não se atentam que precisamente nisso está o maior problema dos que crêem serem as psicografias do Chico verdadeiras. O corpo textual dessas cartas são praticamente os mesmos, com o mesmo vocabulário, utilizando as mesmas expressões, às vezes praticamente nos mesmos “locais” do texto. Quando que pessoas totalmente distintas, de idades díspares, em regiões diferentes do país, iriam TODAS ter vocabulário igual, abordagens idênticas, e expressar sua individualidade praticamente da mesma maneira? nunca. Mais uma vez, agora com relação ao conteúdo da mensagem, o panorama que vemos é exatamente o que seria se fossem falsificações: se mantém um mesmo padrão textual, só divergindo nas informações pessoais eventualmente colhidas para melhor convencer. Só é preciso se preocupar em coletar estas por leitura quente ou fria, sendo que a outra enorme dificuldade de saber como uma complexa individualidade se expressava, era desprezado na espetacularização e comoção gerada pelas informações pessoais.

  4. MC Diz:

    Mas dão a conveniente a justificativa da “interferência na comunicação”, como se fosse não uma escrita mecânica literal pelo suposto morto ou literalmente ditado, palavra por palavra por este, mas uma espécie de inspiração, lida com os conteúdos mentais do médium. Daí se misturam as ideias, sentimentos e vocabulário do morto e do vivo.
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    No entanto, informações precisas como locais, nomes próprios e até apelidos personalíssimos que o médium alegava ter recebido, são precisamente aquilo que refuta a justificação da interferência/inspiração. NENHUMA sensação inspirada vai corresponder exatamente a um nome próprio, muito menos a um apelido extremamente específico. Se alega que recebeu contato ditando,por exemplo, o apelido da madrinha como “lalikinha” e o nome do bisavô de Gérson, é imprescindível que tenha sido ditado letra por letra, palavra por palavra, numa comunicação direta. Nenhum sentimento ou sensação difusa corresponderia a esses nomes próprios para serem codificadas pelo conteúdo mental do médium.
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    Logo, se alega receber essas informações personalíssimas e próprias, letra por letra, palavra por palavra, não há justificativa de o resto do texto também não o ser assim, formando palavra por palavra o que o suposto falecido queira dizer e do modo como queira se expressar, na sua individualidade, com a sua diversidade. A inexistência dessa individualidade é significativa e altamente suspeita. Informações pessoais podem ser pesquisadas e coletadas, mas a essência gigantesca e complexa de um indivíduo é muito, mas muito mais difícil.

  5. Bernardo Salguero Diz:

    Victor, mas será que pelo menos uma das cartas que o Chico Xavier redigiu eram verdadeiras ? Ou algumas ? Será que em todas ele aplicou o golpe ?

  6. Vinicius Diz:

    o objetivo das cartas seria “acalmar os ânimos”, “consolar mesmo, independentemente da realidade” e alavancar a crença no espiritismo evangélico.
     
    recebi há uns 3 meses uma mensagem supostamente psicograma pelo meu avô, morto em 1991. Meu avô virou espírita, falou como se fosse um palestrante espirita, não mencionou ninguém da familia, nem mesmo mortos. Diz que estava curioso lá no além mas uma senhora bondosa o alertou para não se levantar, para poder se acalmar (algo assim). E falou muito em “amor”, “amor”.
     
    Uma expressão chamou a atenção a primeira vista: “agora consigo respirar algo que se chama amor” – ele morreu insuficiência respiratória – MAS, no formulário que respondi ANTES, perguntam qual a causa da morte…
     
    Hoje não resta dúvidas que tudo isso é tão somente para levar os livros do Chico como se fossem bíblicos.

  7. Vinicius Diz:

    ops: correções/esclarecimentos: onde se lê: psicograma, leia-se psicografada.
     
    em “meu avô virou espírita” – quis dizer que virou espirita na cartinha psicografada, isto é, usando o vocabulário “chiquista” com muita propriedade . Diferente de em vida, católico e até onde sei não era estudioso de religiões, inclusive a sua.

  8. Luiz Manvi Diz:

    Vinícius, creio que o primeiro parâmetro a se adotar para analisar uma psicografia é se há detalhes pessoais que, pelo menos à primeira vista, não teriam como o médium saber. Se não há detalhe algum desse tipo, é leitura fria, e já pode ser descartada. Se há detalhes, então a primeira coisa a fazer é verificar a hipótese de leitura quente (na fila da reunião de psicografia, em alguma conversa com o médium, na internet, etc). Um dos problemas para afastar a hipótese de leitura quente é que muitas das pessoas que procuram pelas cartas estão suscetíveis ao auto-engano, devido à dor avassaladora que sentem. A pessoa que busca uma carta tem que se cercar de cuidados para não possibilitar o auto-engano e a leitura quente. Agora, sem detalhe algum, carta genérica – e ainda por cima doutrinária – fica difícil sequer começar a pensar em acreditar, mesmo.

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