Análises estatístico-computacionais de atribuição de autoria: Augusto dos Anjos e a obra psicografada Parnaso de Além-Túmulo (2023)

Este é um estudo estatístico textual realizado com a obra psicografada Parnaso de Além-Túmulo (1932), com ênfase de análise nos 31 poemas mediúnicos atribuídos ao poeta brasileiro Augusto dos Anjos pelo médium Francisco Cândido Xavier. O estudo, publicado na revista eletrônica Domínios de Lingu@gem, conclui que era sim possível ao Chico pastichar poetas e/ou escritores. Os autores encontraram dissemelhanças significativas entre os poemas de Augusto dos Anjos quando vivo e quando desencarnado. Para ler o artigo, clique aqui.

4 respostas a “Análises estatístico-computacionais de atribuição de autoria: Augusto dos Anjos e a obra psicografada Parnaso de Além-Túmulo (2023)”

  1. Claudio Bersot Diz:

    Excelente, Vítor.

    Não conhecia o artigo. Vou falar sobre ele nos vídeos que pretendo gravar sobre “Parnaso de Além-Túmulo”

    Valeu!!!!

  2. Bernardo Salguero Diz:

    quer dizer que o chico xavier nunca recebeu mediunicamente o poeta augusto dos anjos ? e agora, para quem acreditou nisso durante sessenta anos ?

  3. Luiz Manvi Diz:

    Bernardo, fui espírita por alguns anos, mais novo, e o que me fez deixar de ser foi justamente quando passei a tomar conhecimento e ter olhar mais crítico sobre Chico Xavier. Na época, foi um choque, porque, para mim, se Chico Xavier não era autêntico, então tudo acabava ruindo, então a sobrevivência após a morte era uma mentira, e não demorou muito a tornar-me cético e ateu. Permaneci assim por quase 15 anos, até ter contato com outros médiuns, outras pesquisas e, principalmente, com um olhar mais “acadêmico” e em busca de ser científico e racional sobre o assunto da sobrevivência após a morte, inclusive livre do paradigma religioso, que é o que sempre me incomodou. Hoje entendo que Chico não ser autêntico não implica em invalidar tudo. A consciência e quem nós somos sobreviver após a morte, ou a existência de algo “extra-físico”, não material, pode existir (ou não) mesmo perante as fraudes. A frase é clichê, mas “não é porque existem jóias falsas, em muito maior número, que não existem as jóias verdadeiras”. Cito um outro exemplo: um estudo mínimo de como a Bíblia veio ao mundo mostra que ela sempre foi escrita pelos homens para controlar e manipular a sociedade de sua época, e o Deus católico/judaico/cristão foi inventado pelo homem (ou todos os Deuses de todas as religiões, que seja), mas isso não quer dizer que não possa existir, de fato, algum tipo de divindade (no meu caso, creio hoje na sobrevivência e na existência de um mundo não material, mas não creio na existência de divindades mágicas oniscientes e onipresentes nesse mundo). Mas é fato que o poder de alcance e de engajamento de Chico faz com que muitos o tenham como prova de algo “espiritual”, e quando a informação chega e sua reputação vem abaixo, o mundo da pessoa às vezes pode cair.

  4. Marcos Arduin Diz:

    Seu Luiz Manvi, o Espiritismo tem por obra básica o Livro dos Espíritos. E ainda assim, temos de lembrar que é uma obra escrita no século XIX e, diferente do que os evangélicos fazem da Bíblia a Palavra de Deus, exata e infalível, não é o que os espíritas sérios fazem.
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    O Chico Xavier, assim como o Divaldo e qualquer outro médium menos cotado que TRABALHA SOZINHO, costuma escorregar na casca de banana. Chico foi dominado por um obsessor que se apresentou como Emmanuel, dizendo-se ser um senador Públio Lêntulo, QUE NUNCA EXISTIU. O Vítor aqui já mostrou amplas provas de plágio.
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    Em termos de pesquisa científica, o Vítor bate muitas palmas para Leonore Piper, mas nunca entendi porque avacalha as pesquisas que o William Crookes fez. Até hoje não vi céticos reproduzirem os experimentos dele, recorrendo a ilusionistas. Há apenas uma exceção e ainda assim não foi muito bem sucedido.

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