O Plágio de Madame Blavatsky

Agradeço muito ao médico Cláudio Bersot que foi quem primeiro me pôs a par deste caso. Cláudio fez uma série de vídeos sobre a médium Anna Kingsford – a quem, confesso com vergonha, nunca tinha ouvido falar -, e sua relação com Helena Blavatsky, grande nome da Teosofia. Em um dos vídeos, acabou comentando sobre um plágio cometido por Blavatsky. Basicamente, Blavatsky enviava cartas – supostamente escritas (ou melhor, “precipitadas”) por um dos guias espirituais dela, Mestre Koot Hoomi – para o Sr. Alfred Percy Sinnett. O Sr. Sinnett teve a “brilhante” ideia de divulgar essas cartas em livro. Quando divulgou, o espírita Henry Kiddle viu que nas cartas havia material extraído de um discurso sobre Espiritismo feito por ele no Lago Pleasant, em agosto de 1880, e publicado no mês seguinte pelo jornal espiritualista Banner of Light. Kiddle revelou a farsa no jornal espiritualista Light em setembro de 1883. Toda essa história está contada no livro “A Esfinge Helena Blavatsky”, de Marina Cesar Sisson, disponível gratuitamente para download aqui, ou pode ser lido online aqui. Lembro que Richard Hodgson acusou Blavatsky de fraude também. Para ler o artigo com o plágio de Blavatsky, clique aqui. Abaixo a excelente série de vídeos do Cláudio sobre Anna e Blavatsky, assistam e aproveitem para se inscrever no canal dele!

Vídeo 1:

Vídeo 2:

Vídeo 3:

Vídeo 4:

Vídeo 5:

6 respostas a “O Plágio de Madame Blavatsky”

  1. Claudio Bersot - Caminhos do imaginário Diz:

    Olá, Vitor. Parabéns pelo artigo, ficou excelente! Matou a cobra e mostrou o pau! Coloquei na descrição do meu vídeo a seguinte a informação: “O plágio realizado pelo Mestre Koot Hoomi (Madame Blavatsky) em uma das cartas enviadas ao Alfred Percy Sinnett é mostrado didaticamente pelo Vítor Moura Visoni, do excelente blog “Obras psicografadas” (https://obraspsicografadas.org/). A carta foi plagiada de um discurso de Henry Kiddle, um médium estadunidense. O discurso foi publicado no jornal espírita “Banner of Light”. Dê uma conferida.” Obrigado, querido, por divulgar o meu canal!

  2. Vitor Diz:

    Oi, Cláudio, grato pela visita e menção! Seu canal já é um dos meus preferidos!

  3. HILTON Diz:

    Na verdade a explicação dada pela Sociedade Teosófica em nome do suposto Mestre Koot Hoomi, foi que ele captou as palavras de Kiddle no astral e transmitiu inconscientemente para o seu discípulo. Uma vez que suas mensagens ela transmitidas assim, via uma espécie de “telegrama mental”.
    Pq sabe se lá cargas d’agua tudo que é “Mestre”, seja esse espirito, ET ou Mahatma da Teosofia, precisa de um canal para dar sua boa nova…
    Bom, mas nos atentando a questão aqui é que tal explicação da ST é tão tautológica como a dos espiritas sobre o animismo quando a psicografia se mostra totalmente falha, os espiritas sacam dessa carta dizendo que houve animismo ou seja o inconsciente do médium interferiu na mensagem…
    Ainda lembro, Vitor que em conversa contigo sobre tais supostas mensagens espirituais, vc próprio disse acreditar que isso ocorria.
    Da mesma forma que não podemos falsear a afirmação do “Koot Hoomi” de que sua comunicação com o chela foi atrapalhada por seu inconsciente, não podemos falsear a afirmação de animismo nas psicografias.
    Restando portanto, como vc disse Vitor, acreditar quem quiser.

  4. Vitor Diz:

    Oi, Hilton, sim, essa foi a explicação do que ocorreu – captou no astral as palavras de Kiddle – mas o que quis dizer é que dentro dessa explicação o “espírito” deixou claro que faltariam trechos na carta que explicariam que não eram palavras dele próprio. No caso esse trecho:
    .
    Ouça alguns deles reafirmando o antigo, muito antigo axioma de que ‘Ideias regem o mundo’,

  5. Thiago Lucchesi Diz:

    Olá Vitor, obrigado pela pesquisa. Porém gostaria de saber se essa informação é útil para desconstruir o espiritismo

  6. Vitor Diz:

    Oi, Thiago
    Eu acredito que ajuda a desconstruir ao mostrar que muitas das mensagens não são oriundas de nenhum espírito desencarnado, às vezes são fruto de má fé do médium, ou do inconsciente.

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