Protocolo seminaturalista controlado para investigar a recepção de informações anômalas na mediunidade: descrição e achados preliminares (2022)

Médiuns brasileiros experientes em psicografia e consulentes enlutados foram selecionados e eram desconhecidos uns dos outros até que as sessões experimentais de escrita automática começassem. Os médiuns foram continuamente monitorados e filmados durante todos os procedimentos. Os consulentes preencheram questionários sobre luto, espiritualidade e crenças paranormais. Os investigadores controlaram todas as informações recebidas pelos médiuns: nomes do consulente e do falecido, idade e causa da morte e entrevistas curtas (geralmente 1 minuto). As sessões experimentais de escrita automática ocorreram sob o olhar dos consulentes e pesquisadores. Imediatamente após as sessões, e decorridos alguns meses depois, os consulentes avaliaram a probabilidade de a carta ser oriunda de seus entes queridos falecidos. Para ler o restante do artigo, clique aqui.

20 respostas a “Protocolo seminaturalista controlado para investigar a recepção de informações anômalas na mediunidade: descrição e achados preliminares (2022)”

  1. Guilherme Ribeiro Diz:

    O trabalho me parece bom, mas fiquei pensando se era realmente necessário haver as entrevistas (ainda que breves) entre os mediuns e os consulente. Além disso, por que eles precisaram ler o formulário de registro dos consulentes?

    Também achei estranho o resultado: a pessoa que recebeu a carta é que avalia se é do parente ou não. A maioria é de espíritas enlutados. Isso, por si mesmo, não é um viés?

    De qualquer forma, achei interessante o médium que psicografou uma carta para alguém com quem ele não havia falado antes.

  2. Espiritinho Camarada Diz:

    Oi, Vitor. Poderia me dizer o que acha das visões do inferno de Mary K Baxter, no famoso livro Divina Revelação do Inferno? Eu me assustei um pouco com a descrição de tuneis escuros, algo que se parece com as EQMs, embora sejam entradas para o inferno e não para o céu. Olha http://www.tengokujigoku.info/itsu/rinshi01.html
    Agora, me pergunto se a Mary K Baxter copiou essa ideia das EQMS, como sugere esse link apontando os problemas no livro dela https://near-death.com/critique-of-mary-baxters-nde/

  3. Vitor Diz:

    Oi, Espiritinho Camarada,
    Não lembro desse caso, vou tentar analisar e responder assim que possível. Se eu esquecer, me cobre.

  4. Espiritinho Camarada Diz:

    Ok

  5. Luiz Manvi Diz:

    Vitor, esse artigo é recente? Se não me engano esse estudo foi feito com os médiuns Nilton Sousa (aquele que ajudou a encontrar o corpo de um desaparecido, no Ceará, que foi tema desse blog), Nilton Stuqui e Alaor Borges. Lembro-me que divulgaram o resultado positivo quanto à percepção dos familiares de que a carta realmente era do desencarnado, mas questionei o Dr. Alexander no Facebook sobre como eles poderiam eliminar a possibilidade de auto-engano nessa percepção, uma vez que a dor da perda é gigantesca e a vontade de acreditar pode exercer influência no pensamento crítico dos familiares enlutados. Ele respondeu que estavam levantando a análise dos fatos verificáveis, assinaturas, etc, e que o resultado parcial já era extremamente positivo, e que seria divulgado no artigo completo. Mas, até hoje, creio que o que foi divulgado limita-se a percepção dos enlutados apenas.

  6. Luiz Manvi Diz:

    (Atualizando): Li o artigo agora e, realmente, não traz ainda a análise de fatos verificáveis e de possibilidades de fraude. Uma pena. Também vi que um dos médiuns recebeu uma carta sem o consulente passar pela entrevista, ou seja, sem ter contato com o médium. Seria muito interessante saber se essa carta está entre as que os familiares consideraram ser do desencarnado e se tem fatos verificáveis corretos. E já faz 2 anos que o primeiro artigo foi publicado, será que ainda teremos o artigo com as análises de fatos e possibilidades de vazamentos?

  7. Vitor Diz:

    Oi, Espiritinho Camarada
    já vi, é possível que a Mary K Baxter tenha copiado essa ideia das EQMS, já que ela diz ter começado a sair do corpo em 1976, e o livro de Raymond Moody “A Vida Depois da Vida” é de 1975. E como o link que você citou comprova vários plágios bíblicos, é capaz de ela ter copiado o conhecimento das EQMs também, embora ela não tenha vivenciado nenhuma EQM, no máximo uma EFC, mas provavelmente ou eram sonhos lúcidos ou só má fé dela mesmo inventando e copiando tudo.

  8. Vitor Diz:

    Oi, Luiz Manvi
    outros artigos do Alexander já foram publicados depois desse e um já está sendo traduzido. É só aguardar que os verá neste blog.

  9. Luiz Manvi Diz:

    Obrigado, Vitor. Fui atrás agora e vi que ele publicou mais recentemente mesmo, com mais dados do estudo; legal saber que serão traduzidos. Obrigado! Dando uma olhada por cima no estudo (meu inglês não é lá essas coisas), há algo que parece ser a pedra no sapato da evidência de vida após a morte em todos os estudos com mediunidade: a hipótese super-psi. Há casos que você considera significativos com evidência mais forte de sobrevivência do que de super-psi?

  10. Vitor Diz:

    Oi, Luiz

    sim, os casos de reencarnação. Não haveria, a princípio, caso fosse super-psi, porque as crianças se lembrarem apenas de vidas passadas. Por que elas não se lembram de vidas futuras? Claro, pode haver um motivo desconhecido para isso, mas me faz tender para a hipótese de sobrevivência.

    Também há o fato de as crianças não reconhecerem pessoas da vida passada que mudaram muito sua aparência. Se fosse super-psi, poderiam reconhecer a pessoa da vida passada por telepatia. Assim parece que é uma memória mesmo que está presente nesses casos.

  11. Luiz Manvi Diz:

    Muito obrigado, Vitor!

  12. Thiago Diz:

    Detalhe, na seção Discussão do artigo:

    “Entretanto, como não havia grupo de controle, não é possível descartar o viés por parte dos consulentes.”

    O que deveria estar escrito:

    “Entretanto, como não havia grupo de controle, nada disso quer dizer nada e esse trabalho todo é puro lixo em termos metodológicos e não merecia nem ser publicado em periódico científico.”

    Esse é o tipo de coisa que deveria ser publicada em revista espírita, porque é feita por crentes e para crentes. Não tem nada a ver com ciência.

    E o que dizer dessa conclusão? “Foi bem aceito [pelos sujeitos da pesquisa]” – tá, e daí? “contribuir para o avanço na compreensão da relação mente-cérebro” MAS COMO QUE ESSA PORCARIA CONTRIBUI PARA ISSO MEU SENHOR? TÁ TIRANDO COM A MINHA CARA NÃO PODE SER.

    Não é surpresa nenhuma que esse grupo de pesquisa publique algo assim. Tiveram a oportunidade de criar um protocolo que realmente testasse algo, mas essa nunca foi a intenção deles. Sempre foi apenas proselitismo espírita e vai continuar sendo.

  13. Vitor Diz:

    Oi, Thiago
    o estudo, em termos evidenciais, é fraquíssimo. Mas os próprios autores reconhecem os problemas metodológicos, dizendo que a abordagem deles “ainda pode ser aprimorada (e.g., avaliação às cegas das cartas pelos consulentes)”. Já a parte de “contribuir para o avanço na compreensão da relação mente-cérebro” não se refere ao estudo deles em específico, mas aos estudos mediúnicos em geral. O próprio título do artigo diz que os achados são apenas preliminares. Outro artigo deles, publicado após este, já está sendo traduzido. Não li ainda, vamos ver o que ele nos traz… agora, concordo sim que a intenção é de fazer proselitismo espírita, e que provavelmente continuará sendo. Mas se não fosse essa vontade dos autores, talvez nenhum estudo do tipo viesse daí… mais importante do que a intenção, a meu ver, é a honestidade de relatar os métodos e os resultados e o senso crítico apurado para notar as deficiências do artigo. Acho que nesses dois últimos pontos os autores se saíram até bem…

  14. Luiz Manvi Diz:

    Thiago e Vitor, como poderia ser aplicado um grupo de controle neste caso? Teríamos, durante o experimento, um grupo de familiares recebendo cartas forjadas pelos pesquisadores, para analisar se o resultado seria o mesmo do grupo que recebeu as cartas dos médiuns? Ou vocês imaginam que haveria alguma outra forma? (Pergunta sincera mesmo). Creio que sem um grupo de controle, torna-se mais importante ainda a análise dos fatos verificáveis, assinaturas, etc, o que aprece estar presente em outro artigo.

  15. Vitor Diz:

    Oi, Luiz
    Acho que o caminho seria por aí, um ator se passando por um médium com acesso às mesmas informações e produzindo as cartas após certo treinamento em leitura fria, ou um mágico mentalista com os consulentes achando que ele era um médium de verdade.

  16. Gorducho Diz:

    ===================================================
    Sr. Administrador disse:
    as informações recebidas pelos médiuns: nomes do consulente e do falecido, idade e causa da morte e entrevistas curtas (geralmente 1 minuto).
    ===================================================
    Deixe-me ver se entendi… médiuns receberam infos sobre idade; causa mortis + ≈ 1min de entrevista c/o(a) consulente❓
    Claro: nome do(a) consulente e do(a) falecido(a) são necessários pra evocar o espírito. Mas outras infos não vejo sentido🤔

  17. Vitor Diz:

    Correto. Eram as informações a que os médiuns estavam habituados a receber no centro. Bem frouxo quanto ao vazamento de informações, mas pelo menos tudo que foi vazado foi registrado. Em seguida ver se apareceu alguma informação extra nas cartas que não constava nem nas entrevistas nem nas informações recebidas. Mas essa segunda parte fica pra outro artigo.

  18. Gorducho Diz:

    FÓRMULA P/EVOCAÇÃO DE ESPÍRITO CONHECIDO
    [Vide e.g. RE janeiro/58 – Evocações Particulares]
     
    Au nom de Dieu Tout-Puissant, Esprit de _________, ‹relação c/o(a) consulente› de ‹consulente›, je te prie de venir si Dieu le permet.
     
    SÓ.

  19. Gorducho Diz:

    – Cada médium conduziu uma pequena entrevista individual (geralmente de 1 minuto) com os consulentes, em seu modo costumeiro, antes da psicografia.

    😮❓❓❓

  20. Vitor Diz:

    Sim, Gorducho. Estão primeiro observando e registrando como os médiuns operam em seu habitat para depois ver que conclusões podem tirar daí. Óbvio que qualquer conclusão de paranormalidade fica muito prejudicada, embora não impossível.

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