A Cruzada Perdida do Ceticismo Crente (2024)

Gustavo Castañon responde à revisão do livro Science of Life After Death feita por Daniel Gontijo. Para ler, clique aqui.

9 respostas a “A Cruzada Perdida do Ceticismo Crente (2024)”

  1. Alessandro Diz:

    Excelente artigo. Muito bem pontuado.

    Daniel Gontijo faz um trabalho bem legal com divulgador e com seus cursos.

    Porém, quando o assunto cai neste tópico, percebe-se claramente seu papel de “torcedor”.

    De fato, é um comportamento bem padrão, ele não é o único. Por exemplo, Carlos Orsi faz igual.

    Na verdade, fica até chato, pois quando vejo matérias ou vídeos divulgados por eles, quando o assunto cai neste tópico, nem dá vontade de ver ou ler, pois de antemão já sabemos o teor do conteúdo e que ali não haverá novidade alguma, e sim palavras de dissuasão para um público cativo.

    Em tempo, tenho sérias dúvidas e restrições em aceitar a proposta de vida após a vida, mediunidade e etc. porém , os fenômenos amplamente registrados, relatos de caso e o livro em questão (por exemplo), formam um conjunto de dados respeitáveis.

  2. Gorducho Diz:

    A mediunidade, se existe, é para ser um fenômeno raro e, por natureza, refratário à observação mensurada.

    Não no modelo Espírita. Só cá no Brasil há centenas de Casas Espíritas c/ao menos 1 médium em cada.
    E pelo modelo Espírita mediunidade se adequadamente experimentada deve resultar em precisão 💯%.
     
    Deixo claro que eu também acho que não se deve descartar estudos acerca da possibilidade de existir algum tipo de afterlife/au-delà; metempsicose; &c.

  3. Gorducho Diz:

    Traduzindo, se um cristão vê Jesus e um muçulmano Maomé, o fenômeno seria culturalmente produzido.

    Óbvio.

    […] “há um fenômeno nuclear que permanece invariante através dos séculos e ao redor do globo” (Greyson, 2013, p.266-7).

    Sendo o cérebro de nós humanos, também me parece óbvio que sempre vão ter reações mentais comuns a todos humanos. Aliás a maioria das reações especulo eu.
     
    O Sr., Sr.Administrador tem como conseguir a ref. citada pra nós vermos aqui por que NÃO haveria tal núcleo comum através dos séculos?

  4. Vitor Diz:

    Oi, Gorducho

    a referência que o Gontijo cita é:

    MARTIAL, Charlotte; CASSOL, Helena; ANTONOPOULOS, Georgios; CHARLIER, Thomas; HEROS, Julien; DONNEAU, Anne-Françoise; CHARLAND-VERVILLE, Vanessa; LAUREYS, Steven. Temporality of features in near-death experience narratives. Frontiers in Human Neuroscience, v. 11, 2017.

    Esse artigo está disponível aqui:

    https://www.frontiersin.org/journals/human-neuroscience/articles/10.3389/fnhum.2017.00311/full

  5. Gorducho Diz:

    A ref. p/

    “há um fenômeno nuclear que permanece invariante através dos séculos e ao redor do globo” (Greyson, 2013, p.266-7).

    Sr. Administrador❗
    Es decir: sendo que temos todos nós humanos 1 cérebro comum, a priori devemos supor que as reações mentais no caso específico de, say, “situação clínica de NDE” seja em grande parte comum. Certo❓

  6. Vitor Diz:

    Gorducho,

    Entendi que você havia pedido a referência que mostrasse “que NÃO haveria tal núcleo comum através dos séculos”, ou seja, a referência que mostrasse que o fenômeno variava, pois se variava, não haveria núcleo comum.

    Bom, a referência do Greyson é:

    GREYSON, Bruce. Experiências de quase morte. In: CARDEÑA, Etzel; LYNN, Steven Jay; KRIPPNER, Stanley. (Ed.). Variedades da experiência anômala. São Paulo: Atheneu, 2013. p. 266-7.

    Eis o trecho:

    EQMs transcendentais ou místicas ocorreram ao longo da história em diversas culturas e continuam a ser relatadas atualmente por vários pacientes que estão à beira da morte. Embora expectativas e parâmetros culturais da proximidade com a morte possam influenciar o conteúdo de algumas EQMs, há um fenômeno nuclear que permanece invariante através dos séculos e ao redor do globo. Persiste a controvérsia: essa invariância seria um reflexo de defesas psicológicas universais, de imperativos neurofisiológicos da espécie, ou de experiências reais de âmbito transcendental ou místico? A pesquisa dessas explicações alternativas é dificultada pela ocorrência espontânea e imprevisível das EQMs, e tem oferecido evidências indiretas que apoiam os três paradigmas da etiologia da EQM (ou seja, os paradigmas psicológico, neurofisiológico e transcendental), mas não há qualquer evidência direta de nenhum deles até o momento. Considerando que grande parte da fascinação pública pelas EQMs reside em sua implicação de que os seres humanos podem sobreviver à morte do corpo, sua importância para os próprios experienciadores e para os profissionais que cuidam da saúde repousa em grande parte nos conseqüências das EQMs relacionadas a atitudes, crenças e valores dos indivíduos e ao seu poder de efetuar uma transformação pessoal profunda.

  7. Vitor Diz:

    Gorducho perguntou:

    “Es decir: sendo que temos todos nós humanos 1 cérebro comum, a priori devemos supor que as reações mentais no caso específico de, say, “situação clínica de NDE” seja em grande parte comum. Certo?”

    Acho que sim, até para tentar desenhar um modelo explicativo das EQMs, esse pressuposto facilita.

  8. Emerson de Souza Pinto Diz:

    Esse Gontijo é um dos maiores propagandistas do ateísmo no Youtube. Eu fico perguntando para mim mesmo: o que o sujeito ganha com isso? Ele tem noção do alcance das ideias dele, do mal que elas fazem? Posso dar meu testemunho. Bem, não me tornei um cético por causa dele. Fui influenciado por outros ateus. O resultado é que hoje, após a morte de minha mãe no ano passado, em circunstâncias bem ruins (a morte de um ente querido muito próximo de você é ruim por si mesma, mas a depender das circunstâncias em que ela ocorre, pode ser pior ainda), somado ao meu materialismo/ceticismo, me jogou na depressão. Tornei-me um adulto disfuncional, uma pessoa pior para quem tem o azar de conviver comigo. Em meio ao desespero, só vejo uma esperança, a minha própria morte. Acredito que não tem como um ser humano chegar tão fundo, a ponto de ficar aliviado ao pensar que no fim disso tudo a morte irá alcançá-lo.

  9. Emerson de Souza Pinto Diz:

    Eu imagino que esse Daniel Gontijo, assim como outros ateus (como eu), não tenha filhos. Pois é óbvio as implicações do ateísmo. Se o mundo é somente matéria, células, reações químicas, não haveria motivo para diferenciar um ser humano de uma barata. Eu poderia matar um ser humano qualquer com a mesma naturalidade que poderia matar uma barata, pisando nela. Só não poderia fazê-lo, por óbvio, pelas implicações jurídicas: matar alguém é um crime previsto no artigo 121 do CPB, enquanto que matar uma barata não se subsume a nenhum tipo penal. Mas tirando essa parte jurídica, realmente não haveria diferença, pois ambos os seres são desprovidos de alma. Pensando dessa forma, não imagino nenhuma razão que faria com que alguém colocasse um filho no mundo, dando-lhe praticamente um presente de grego, consubstanciada numa existência meramente material, orgânica, como a de uma barata. Nesse aspecto, nem poderíamos nos difeenciar dos robôs da Elon Musk, que logo estarão disponíveis para venda. Robôs não tem almas também. A única diferença é que um robô é feito de aço/alumínio/ou outra liga metálica qualquer e nós somos feitos somente de células. Que mundo horroroso que a ciência nos legou. Maldito Prometeu, mito grego, que ousou trazer o conhecimento para o ser humano. Nossas vidas não melhoraram em nada.

Deixe seu comentário

Entradas (RSS)