“Jesus Histórico: Será que os Espíritos Erraram?” – por Elias Inácio de Moraes

Mais um vídeo publicado originalmente no tik tok por Elias Inácio de Moraes, sobre um erro histórico encontrado no livro “Pelos Caminhos de Jesus“, de Divaldo Pereira Franco. Transcrevi o vídeo e fiz um comentário ao final. Caso o Elias queira responder, fique à vontade para usar este espaço. Para ler o artigo, clique aqui.

9 respostas a ““Jesus Histórico: Será que os Espíritos Erraram?” – por Elias Inácio de Moraes”

  1. Luiz Manvi Diz:

    Gosto muito do Elias, mas às vezes ele parece se desdobrar pra não admitir a possibilidade de fraude em Chico Xavier, mesmo sabendo que isso não implicaria na anulação da mediunidade como um todo. Às vezes me pergunto se ele realmente acredita na autenticidade de Chico ou se é um cuidado pra não mexer no vespeiro, já que ele está inserido de alguma forma – ainda que como um bom contraponto crítico – no Movimento Espírita Brasileiro. Porque, convenhamos, ele é bastante lúcido e coerente na maior parte de suas colocações, não é possível que não lhe passe a possibilidade de embuste. Se ele ler isso aqui, espero que responda…rs

  2. Carlos Oliveira Diz:

    me recordei daquele caso que o Marcel Souto Maior chegou de supetão na residência do Chico Xavier e tentou o surpreender, no intuito de colher material base para sua produção bibliográfica, os planos do jornalista eram secretos, ninguém sabia do interesse dele de produzir um livro sobre o médium, muito menos não seria de se esperar essa atitude de um jornalista de seu calibre, o mais provável seria uma matéria jornalística da qual qualquer um poderia deduzir, não houve indução, o Chico nem o recebeu, o Eurípedes Higino foi quem fora encarregado de dar o recado. Percebo que até em entrevistas recentes concedidas, o Marcel Souto se mostra reticentes ao espiritismo e ainda possui um posicionamento ceticista forte, sendo assim, pergunto – há alguma falha ou refutação que possa demonstar esse caso, em particular?

  3. Vitor Diz:

    Oi, Carlos

    Não consegui entender sua dúvida. Você disse que o Marcel tentou entrevistar o Chico de surpresa, para produzir um livro, mas o Higino disse que o Chico não o receberia. Depois pergunta por algumas refutação. Refutar o quê? O Higino ou o Chico disseram de antemão que o Marcel iria fazer um livro? É isso?

  4. Carlos Oliveira Diz:

    Na verdade, pelo que se é contado (pelo que nem me lembro), chegando a residência do Chico Xavier, devido a imensa quantidade de pessoas, o Marcel Souto na primeira tentativa de contato mal conseguiu se aproximar do Chico, com grande dificuldade entrou no casa dele, o Chico enviou um recado para ele, por meio do Eurípedes Higino, informando que o livro dele iria dar certo, segundo consta pelas entrevistas cedidas pelo jornalista – ninguém tinha conhecimento desse projeto, além disso, era algo que ainda estava no terreno da ponderação do autor se iria ou não dar prosseguimento, decerto que o incentivo pode ser visto como, talvez, uma certa indução, ainda assim, como se explica o Chico Xavier saber disso antecipadamente?

  5. Carlo Oliveira Diz:

    *pelo que bem me lembro

  6. Luiz Manvi Diz:

    Não é que ele chegou de surpresa. Creio que a história seria de que Chico ou seu filho não sabiam que o interesse era escrever um livro. Marcel Souto teria dito que seria só uma matéria e nem seria sobre o Chico, mas um “painel do Espiritismo no Brasil”. O filho adotivo é quem estava respondendo as perguntas, quando Chico chamou o filho no quarto e mandou dizer que o jornalista poderia escrever o livro sem problemas (ou seja, Chico teria descoberto através de sua mediunidade que a intenção de Marcel era outra). Não acho que essa história seja evidência de nada, não dá bem para saber se é verdadeira. O Marcel Souto conta um pouco aqui no começo do vídeo, perto dos 6:50:
    https://youtu.be/Iw4SZvEn52w?feature=shared

  7. Luiz Manvi Diz:

    O problema dessa história é que quem a conta não tem registro ou provas, e Marcel Souto tem interesse comercial, ou de divulgação do livro, já que alimentar a aura em volta de Chico Xavier é favorecer seu livro. Além disso, ainda teria que ser verificado as possibilidades da informação de que a intenção de escrever um livro não poderia ter vazado.

  8. Vitor Diz:

    Carlos e Luiz,
    .
    esse caso do livro não tem nada sobrenatural e o Marcel explica no livro “As Lições de Chico Xavier”:
    .
    “Chico, eu sou um repórter lá do Rio de Janeiro e vim aqui pedir autorização para escrever sua biografia.”
    .
    “Chico ergueu a cabeça, me encarou e, com o mesmo sorriso suave do início da sessão, tentou escapar por um atalho mineiro: — Só Deus autoriza.”
    .
    “E Deus autoriza? – foi a minha pergunta. Chico me observou por alguns segundos em silêncio e afirmou:
    .
    “- “Autoriza. Pode conversar com meus amigos e minha família. Eu vou falar por último, porque estou muito doente.”
    .
    “Na noite seguinte, eu levaria um novo susto.”
    .
    “Com a autorização de Chico Xavier – imaginei -, meu acesso à sua casa seria liberado. Eu não conversaria com ele no início, manteria distância, mas podería consultar seu arquivo pessoal, acompanhar um pouco de sua rotina, testemunhar alguns de seus encontros – por que não?”
    .
    “Nada feito. Na manhã seguinte, a família manteve as portas trancadas e eu decidi, então, apelar para um recurso de emergência. Liguei para um dos filhos de criação de Chico, Vivaldo – responsável pela catalogação da obra do pai -, me apresentei como um repórter de revista semanal e agendei uma entrevista. A pauta da reportagem, eu disse, era o espiritismo no Brasil e eu precisava de dados sobre os livros publicados por Chico.”
    .
    “Vivaldo morava num anexo nos fundos da casa de Chico e concordou em me receber na mesma noite. Ou seja: eu entraria no território proibido, com ou sem autorização.”
    .
    “A entrevista começou, entre goles de café, na sala acanhada do anexo. Reservei as perguntas mais delicadas – sobre os hábitos e a rotina de Chico – para o final da conversa (quando já tivesse conquistado a confiança do entrevistado), mas não consegui ir muito longe. Duas ou três perguntas depois do início da conversa, uma campainha soou dentro da casa e Vivaldo me avisou: — É meu pai. Ele tem um interruptor do lado da cama e deve estar precisando de ajuda. Só um minuto, por favor.”
    .
    “Mal ele desapareceu pela fresta da porta, minha mão — que estava segurando a caneta – esquentou violentamente. Tive a nítida sensação de que ela estava pegando fogo.”
    .
    “Meu único impulso foi o de abandonar caneta, gravador, bloco de anotações, tudo em cima do sofá e correr para o quintal. Girei a maçaneta, corri para o jardim e fiquei balançando a mão de um lado para o outro na noite fria de Uberaba. Instantes depois Vivaldo surgiu no alto da varanda e, com expressão contrariada, me disse:”
    .
    “- Parabéns, meu pai mandou dizer que seu livro vai ser um sucesso.”
    .
    “Voltei para a sala, peguei minhas anotações e me despedi, constrangido e assustado.”

  9. Luiz Manvi Diz:

    É que quando conta isso por aí (como pode ser visto no vídeo que postei), o Marcel conta pela metade, deixando no ar ser um caso de paranormalidade (ou, no mínimo, deixando brecha para as pessoas especularem isso) e, obviamente, isso ainda é tomado e ampliado pelos espíritas, virando mais um “causo incrível” de Chico Xavier. Mas como eu havia dito, não é evidência nada. Marcel conta pela metade e deixa virar folclore porque se beneficia disso. Mesmo contando melhor no livro, sabemos como o movimento espírita brasileiro funciona…

Deixe seu comentário

Entradas (RSS)