Arquivo ‘Artigos Publicados’ Categoria

Casos aparentes de reminiscências de vidas anteriores (1924), pelo Dr. Rao Bahadur Syam Sunderlal

sexta-feira, outubro 25th, 2024

Estes 4 casos de crianças que lembram vidas passadas foram publicados originalmente na revista hindu Kalpaka e posteriormente na Revue Metapsychique (RM) em 1924. No ano seguinte houve a tradução para o português e publicação na Revista Internacional do Espiritismo (RIE). Porém, ficou faltando uma frase na tradução para o português referente a um mercador, a qual felizmente pude suprir a lacuna comparando com a versão francesa. Além disso, chamaram indianos de índios (o que estava correto à época mas hoje causaria confusão) e o nome de uma das crianças estava errado, o certo era Prabhu e na RIE veio Prabbu. Corrigi tudo isso também.

Versão em francês da RM: aqui

Versão em português da RIE: aqui

Minha versão em português moderno: aqui.

“Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”: espiritismo e política no Estado Novo (2024)

terça-feira, outubro 8th, 2024

O presente artigo procura analisar a influência da obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, psicografada por Chico Xavier, como capital simbólico que permitiu a Federação Espírita Brasileira se qualificar como porta-voz do espiritismo kardecista no Brasil junto ao governo de Getúlio Vargas em 1938 e marcar a presença da religião criada por Allan Kardec junto ao governo brasileiro. Em um momento de forte influência da Igreja Católica, representada na pessoa do Cardeal Leme, resgatando a influência e poder perdidos na Proclamação da República, espíritas se uniram a protestantes para defender a laicidade do Estado e garantir a liberdade de culto. O espiritismo no Brasil, diferentemente do que aconteceu na França, ganhou espaço nas primeiras décadas do século XX com curas espirituais. No início dos anos 1930, por conta de acusações de curandeirismo, os espíritas deixaram de lado as curas, investindo em obras assistenciais e literatura consoladora. Pode-se considerar o livro de Chico Xavier mais que uma teologia de narrativa espírita; o livro foi parte importante na construção do mito fundador da nação brasileira em um momento histórico de forte nacionalismo, e serviu de ferramenta essencial em uma disputa por espaço no campo religioso brasileiro no Estado Novo. Para ler o artigo, clique aqui.

UM REGISTRO ADICIONAL DAS OBSERVAÇÕES ACERCA DE CERTOS FENÔMENOS DE TRANSE PELO PROFESSOR JAMES H. HYSLOP (1901)

quinta-feira, agosto 15th, 2024

Este é o estudo de James H. Hyslop feito com a médium Leonora Piper, e que consumiu um volume inteiro dos Proceedings, num total de quase 650 páginas. Essa tradução começou a ser feita em 2018 e custou 45 mil reais. Está disponibilizada aqui gratuitamente, mas quem puder contribuir para diminuir os prejuízos e incentivar a adquirir mais material e realizar novas traduções, agradeço. O pix é o meu CPF: 09118827748 (VITOR MOURA VISONI). Para ler a tradução, clique aqui. Para conferir com o original, clique aqui.

Canal “Fatos Desconhecidos” aborda forte caso sugestivo de reencarnação

sexta-feira, julho 26th, 2024

O canal “Fatos Desconhecidos” abordou o sugestivo caso de reencarnação de Toran Singh (pseudônimo Titu), pesquisado por Antonia Mills. Mas o programa não se limitou a descrever o caso como relatado por ela. Para a minha grata surpresa, o programa conseguiu notícias recentes de como está o menino hoje – e obviamente não é mais um menino. Ele ainda guarda as memórias da sua vida passada. Um trabalho formidável do programa, mas que cometeu ao menos um erro crasso: aos 12m48s, o programa cita o pesquisador James Matlock, mas a foto mostrada é de outro pesquisador, Jim Tucker. Claro que isso não tira o mérito da reportagem, que foi excelente, com cenas raríssimas do menino relatando suas próprias memórias. O caso foi relatado no Journal of Scientific Exploration em 1989. O artigo publicado à época está disponibilizado aqui (pdf) e aqui (doc). O vídeo sobre o caso segue abaixo. A transcrição do vídeo está disponível aqui.

A crença espírita no ‘Vale dos Suicidas’ que angustia parentes em luto

quarta-feira, abril 17th, 2024

Matéria da BBC News Brasil, escrita por Mariana Alvim. Para ler, clique aqui.

O retrato de Gustave Geley

quarta-feira, março 6th, 2024

Em 2004 – sim, duas décadas atrás – trabalhei com o cético Kentaro Mori na investigação de um caso de fotografia espírita envolvendo o “fantasma” do pesquisador Gustave Geley. O resultado de nossa análise foi publicado na extinta revista Pensar (disponível na língua original aqui e em português aqui). Peço que leiam esse material antes de prosseguir, mas nossa conclusão foi que o fantasma que apareceu na chapa foi extraído de uma fotografia de Geley tirada quando ele era vivo.

Mori terminou o artigo dizendo “restam dúvidas se Stanley De Brath foi mesmo o autor da fraude e se havia outros envolvidos, incluindo o próprio Gustave Geley.” 20 anos depois da publicação do artigo fico feliz em dizer que descobri quem cometeu a fraude – digo fraude porque essa é a explicação mais simples, já que a outra hipótese aventada, a de ideoplastia, carece de maior evidência empírica.

Ocorre que vários volumes da Revista Internacional do Espiritismo foram recentemente disponibilizados, e em seu primeiro número temos o relato da sessão em que foi tirada a fotografia espírita. Transcrevi o relato trazendo para o português moderno e disponibilizei aqui.

Da leitura do relato, fica óbvio que quem cometeu a fraude foi o médium e fotógrafo William Hope. A fraude teria acontecido neste trecho do relato:

Hope e Mme. Buxton se colocaram ao lado do aparelho, mas sem o tocar, limitando-se Hope a abrir os «Chassis» para expor as chapas, o que durou quinze segundos, depois fechou.

Hope foi pego em fraude várias vezes, como se pode ver aqui.

Experimentos Controlados Envolvendo Recepção Anômala de Informações com Médiuns: Uma Análise dos Métodos Aplicados em Estudos Recentes (2022), por Alexander Moreira-Almeida e Julio Silva

terça-feira, novembro 14th, 2023

O estudo da Recepção Anômala de Informações (RAI) com médiuns, onde um indivíduo supostamente tem acesso a dados sem o uso dos sentidos básicos, alegando ter recebido informações de personalidades falecidas, tem o potencial de introduzir novas informações sobre a relação entre a mente e o cérebro. Estudos recentes que investigaram se a RAI ocorre em processos mediúnicos produziram resultados conflitantes. Este artigo compara oito estudos com maior rigor no controle do vazamento de informações no que diz respeito a métodos e resultados, com o objetivo de identificar a causa da disparidade nos resultados. Descobriu-se que parece haver maior probabilidade de resultados significativos para a RAI quando os protocolos do estudo selecionam médiuns com evidências prévias consistentes de RAI; selecionam consulentes que estejam fortemente motivados para o estudo; fornecem ao médium algumas informações sobre o falecido; permitem que ele fale livremente, mas também façam perguntas objetivas; fornecem pontuações para leituras completas e itens individuais; e evitem um grande número de leituras e informações para avaliação. Essa diligência aparentemente proporciona maior equilíbrio entre a validade ecológica e o controle do vazamento de informações, favorecendo a ocorrência e detecção da RAI. Para ler o artigo, clique aqui.

Resenha Crítica do livro “Ciência da Vida Após a Morte” (2023) por Daniel e Natacha Gontijo

quarta-feira, novembro 8th, 2023

Segue a resenha crítica do livro escrito por Alexander Moreira-Almeida et al., “Ciência da Vida Após a Morte”, publicada na revista Interações. Para lê-la, clique aqui.

Comentários ao artigo “Mortos não são testemunha”, de Juliana Melo Dias

terça-feira, novembro 7th, 2023

Juliana Melo Dias é servidora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), e se mostra bastante conhecedora e crítica das evidências mais recentes para a mediunidade, em especial a psicografia. No entanto, seu artigo “Mortos não são testemunha” peca por uma generalização indevida. Irei comentar algumas das passagens principais de seu escrito. Para ler minha análise, clique aqui.

Mortos não são testemunha: a inadmissibilidade da prova psicografada devido à ausência de fiabilidade (2023), por Juliana Melo Dias

segunda-feira, novembro 6th, 2023

Juliana Melo Dias é Mestra em Teorias Jurídicas Contemporâneas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora do Grupo de Pesquisa sobre Epistemologia Aplicada aos Tribunais (GREAT), liderado pelas Dras. Rachel Herdy e Janaina Roland Matida. Atualmente é servidora do Ministério Público do Rio de Janeiro. Ela escreveu um artigo contestando o uso de cartas psicografadas em processos criminais. Eu discordo de algumas coisas mas recomendo bastante a leitura do artigo, disponível aqui. Minha próxima postagem trará justamente minha análise deste seu artigo, que a meu ver possui pontos altos e baixos.

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