Arqueologia Intuitiva: Uma Abordagem Psíquica (1973)

Mais um artigo de J. Norman Emerson, o “Pai da Arqueologia Canadense”, a validar as capacidades clarividentes de George McMullen.

Nota do Editor: O texto a seguir foi apresentado pelo falecido J. Norman Emerson no Encontro Anual da Associação Arqueológica do Canadá em Vancouver, Colúmbia Britânica, em março de 1973. Esta foi a sua primeira declaração oficial a respeito da sua pesquisa em arqueologia intuitiva, e foi a primeira de uma série de tais palestras e trabalhos apresentados ao longo dos vários anos seguintes antes de sua morte, em novembro de 1978. O Dr. Emerson ensinou o que ele chamou de arqueologia de ‘pedras e ossos’ há mais de 30 anos na Universidade de Toronto, onde foi professor de antropologia e diretor de estudos arqueológicos. Ele foi o vice-presidente co-fundador e mais tarde presidente da Associação Arqueológica do Canadá. Seu campo de especialidade era o dos Iroqueses de Ontário (Hurons).

Este é o segundo artigo do Dr. Emerson a ser publicado em Phoenix. O primeiro, “Arqueologia Intuitiva: Um Estudo Pragmático”, apareceu no Volume III, Número 2 de 1979, e foi a última declaração oficial que ele fez a respeito deste tema. 

A intuição pode ser definida como o conhecimento imediato ou a sabedoria de algo sem o uso consciente do raciocínio. Estou convicto que obtive conhecimento sobre artefatos e sítios arqueológicos de um informante psíquico que me contou a respeito sem qualquer evidência do uso ciente do raciocínio.

Meu informante psíquico, que no momento deseja permanecer anônimo, se chama George. Mostrei a George o fragmento de um artefato escavado do sítio de Black Creek localizado na região metropolitana de Toronto. Ele segurou o fragmento em sua mão, contemplou-o, acariciou-o, e meditou longamente. Ele, então, me disse corretamente que se tratava de um cachimbo; disse a idade do sítio e sua localização; descreveu como o cachimbo foi fabricado e o fabricante; e forneceu detalhes sobre a comunidade e as condições de vida. Em seguida pegou lápis e papel e fez uma imagem do fornilho[1], o qual declarou pertencer ao cachimbo quebrado.

Fiquei fascinado e impressionado porque vi imediatamente que ele tinha feito claramente o retrato de um típico fornilho de anel coniforme iroquês. Este tipo de cachimbo era um dos tipos populares recuperados do sítio de Black Creek; e é um dos tipos mais encontrados na era intermediária dos iroqueses. Em seguida dei a George um fornilho de efígie[2] fragmentado recuperado da costa de Bass Lake, perto de Barrie. George novamente me proporcionou uma riqueza de informações sobre este artefato relacionadas à sua idade, localização, função e detalhes sobre sua armação geral e localização. Mais uma vez, ele pegou lápis e papel e fez um desenho da cabeça modelada da efígie a qual afirmou ter-se rompido da borda do fornilho.

Mais uma vez, fascinado e impressionado, eu reconheci imediatamente o desenho como o de uma típica efígie humana Huron de rosto esquelético[3]. Este cachimbo é característico dos antigos sítios pré-históricos e históricos ??na área de Simcoe County.

 

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Efígie Humana de Rosto Esquelético

 

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Fornilho de Anel Coniforme Iroquês

Ao apresentar este caso, tenho buscado respostas a cinco questões complexas:

1. George ganhou esse conhecimento por meio do estudo?

2. Se não, George pode ler a minha mente?

3 Se não, George recebe informações por telepatia?

4. George está sempre correto em suas afirmações?

5. Suas declarações podem ser verificadas?

1. Para retornar à primeira pergunta: George ganhou esse conhecimento por meio do estudo? A resposta é definitivamente não.

George tem um mínimo de educação formal. Durante a Grande Depressão, ele deixou a escola para trabalhar. George não é um leitor ávido. Ele leu um pouco sobre os índios e sobre os iroqueses de Ontário. Ele afirma que visitou o Museu Real de Ontário apenas uma vez e ficou perturbado pelas “múmias”.

George concordaria com a minha declaração de que no campo dos iroqueses pré-históricos, ele é ao mesmo tempo ignorante e desinformado. Gostaria de salientar que é a própria verdade deste fato que dá força e evidência à conclusão de que suas declarações são intuitivas; isso é, que elas são, em essência, o produto da intuição, do saber imediato, sem o uso consciente do raciocínio.

Aliás, com o uso dos termos “ignorante e desinformado”, eu não quero dar a impressão que George é um ignorante, incapaz de dizer nada, estúpido ou idiota. Ele não é. Ele é um ser humano animado, inteligente e atencioso. Ele é meu amigo. Ele simplesmente não está preso e revestido do conhecimento de livros pedantes e restritivos. Seu conhecimento não é, definitivamente, fruto de estudo acadêmico.

Foram experiências como essas que me levaram a prosseguir os meus estudos com George, e como se tornará evidente, de George. Já estou realizando essa pesquisa de forma intermitente há dois anos e estou convencido de que George me passa informações sobre a pré-história indígena que é precisa cerca de oitenta por cento (80%) do tempo e que esse conhecimento é produto da intuição de George.

2. George lê a minha mente?

A resposta a essa questão é, acredito, não. Apresso-me a acrescentar que, se ele estivesse fazendo isso, e nada mais, seria um fenômeno digno de estudo e investigação.

George diz-me coisas que coincidem com meu próprio conhecimento e, assim, pode ser que ele simplesmente leia a minha mente; mas ele também faz declarações de novos conhecimentos, e declarações que não concordam com o meu conhecimento e expectativas. Essas áreas de novos conhecimentos e de desacordo sugerem-me que George está fazendo muito mais do que apenas ler a minha mente.

Ofereço dois exemplos: o primeiro trata de novos conhecimentos. Em resposta a um artigo de jornal sobre George, uma senhora me escreveu dizendo que ela tinha uma antiga moeda que ela gostaria de saber a respeito, se possível. Ela enviou a moeda para mim da cidade de Markstay. A localização desta cidade me era desconhecida, e eu não mencionei o nome a George.

A moeda era antiga, de George III, e literalmente poderia ter vindo de qualquer lugar do mundo. Ele identificou claramente quem encontrou e perdeu da moeda. Quando lhe perguntei onde ela foi encontrada, ele disse imediatamente: “Sudbury, North Bay, Callender”. No dia seguinte, eu verifiquei o atlas e Markstay ficava localizada a 32 quilômetros a leste de Sudbury, e 100 quilômetros a oeste de North Bay e Callender. Para mim, isso foi uma identificação de grande precisão. George não poderia ter aprendido isso de mim; e, é claro, ele não mencionou Markstay, per se.

O próximo exemplo envolve uma área de desacordo. George e eu visitamos o sítio pré-histórico da vila iroquês Quackenbush, ao norte de Peterborough, Ontário. Entre outras coisas, George me disse que aquelas pessoas não cultivavam milho, feijão e abóbora. Eu achei difícil aceitar a ideia de que elas não tinham estas culturas iroquesas tradicionais. Um arqueólogo me garantiu que eles tinham recuperado evidência abundante de milho, abóbora e sementes de girassol. Neste ponto, parecia que George estava errado. Então pensei que, talvez, eles tenham obtido os seus produtos hortícolas pelo comércio do sul, ao invés de cultivo local. George tinha enfatizado o seu comércio de peles; e o arqueólogo sentiu que poderia fazer um bom argumento para o comércio de pedras.

Eu, então, recolhi amostras do solo e estudei os grãos de pólen. Este estudo revelou um grão de pólen de milho problemático. Isso não parecia apoiar o cultivo local. Isto foi especialmente sugerido pela relativa abundância de evidências de pólen de várias árvores, plantas e ervas. Neste ponto, parece que George estava correto. No entanto, eu não acho que os estudos do pólen tenham sido extensos o suficiente para serem conclusivos. Eles devem ser expandidos.

Assim, estes exemplos envolvendo novos conhecimentos e desacordos, irão, espero, servir para demonstrar que George está fazendo muito mais do que apenas ler a minha mente.

3. George está recebendo suas informações por alguma forma de telepatia?

Os casos de telepatia mental possuem documentação abundante. George poderia estar recebendo subconscientemente mensagens da senhora em Markstay, ou do arqueólogo em Quackenbush. Mas na maioria dos casos de telepatia o emissor é referido pelo nome, ou de outra forma identificado ou intuído. Não havia nada deste tipo nas declarações de George.

O argumento mais forte contra a telepatia mental do tipo mais comum é o fato de que a maior parte das declarações de George se relaciona a um passado muito longínquo. Elas dizem respeito a um período de um lugar qualquer de cinco ou seis séculos para cinco ou seis mil anos atrás. É quase como se ele estivesse recebendo informações telepáticas de pessoas que estavam lá no momento, e que tinham informações específicas sobre esses períodos.

É difícil até mesmo começar a oferecer uma explicação abrangente ou mesmo compreensível dos fenômenos acima. Eles certamente envolvem mais do que a telepatia mental tradicional.

Eu tenho minhas próprias explicações, mas no atual momento dos meus estudos, parece mais prudente reservar meu julgamento para o futuro. Grande parte da resposta, em última análise, deve estar na compreensão de George. Alguns processos são claros para mim; suas declarações são a cristalização de um ouvir selecionado e de imagens visuais a ele disponíveis.

Mais um fato sobre George deve ser anotado; isto é, a sua extrema sensibilidade para os artefatos que ele manipula. Ele os descreve como quente ou frio; vivo ou morto. Isso é, aparentemente, uma avaliação da temperatura. Quanto mais antigo, mais frio. O fato de suas avaliações de antiguidade serem bastante precisas serve como prova dessa sensibilidade.

As questões levantadas pelas declarações acima são várias, e as vias possíveis de investigação, estudo e documentação são quase infinitas.

4. George está sempre certo?

A resposta aqui é, novamente, definitivamente: não. George não está sempre certo. Sugeri que sua precisão é de cerca de oitenta por cento. Espero refinar este dado gradualmente e entender.

A verdadeira resposta para a pergunta deve ser vista levando em conta a humanidade de George. Alguns dias ele está cansado, desinteressado, distraído, ou talvez até mesmo assustado. Tais fatores irão diminuir sua precisão ou até mesmo atrasar ou adiar uma entrevista. No caso de uma barra estudada, o seu relatório não tinha qualquer relação com os fatos. Parece que nem George, nem as suas fontes de informação, são infalíveis.

Como no caso de outros psíquicos, George é um especialista. Ele não está realmente interessado no estudo de barras e moedas antigas; ele se interessa por índios, e é nessa área que as suas declarações ganham maior precisão. É onde ele mostra mais interesse e entusiasmo.

5. A sua capacidade pode ser testada e verificada?

A resposta para isso é definitivamente: sim. Eu já fiz muito isso e espero ver os resultados apresentados na forma de um livro para comentário e estudo.

Mas a verdadeira aflição vem na tentativa para lidar com o aviso de George para escavar. George não lida apenas com artefatos, ele é sensível aos sítios arqueológicos. Indo em direção a um sítio, ele quase estremece e ganha vida como um cão farejando sua presa.

Ele me deu conselhos suficientes sobre onde cavar e o que vou encontrar para me manter ocupado por uma década.

Ao mesmo tempo, as declarações de George podem ser testadas contra os relatórios publicados dos sítios, o conhecimento etno-histórico e etnológico.

Esta é, então, a Arqueologia Intuitiva, uma abordagem psíquica. É uma nova abordagem, e oferece uma nova fonte de conhecimento sobre a pré-história do homem.

Nesta área de pesquisa parapsicológica, eu penso nos meus passos seguintes. Em meus primeiros encontros com George, eu respondi com o que eu escolhi chamar de ceticismo de mente aberta. Desde aquela época o meu estudo e a minha imersão em coisas parapsicológicas foram diversos, intensos e sempre crescentes. Meus sentimentos iniciais de descoberta, originalidade, e garanto-lhes, de solidão, além de um sentido de missão de que o meu papel era o de demonstrar, documentar e revelar ao mundo a realidade da habilidade intuitiva de George, e com ela a verificação do seu conhecimento, tomaram agora uma prioridade contínua, mas secundária.

Agora estou ciente que os cientistas e estudiosos de todos os tipos, psicólogos, médicos, biólogos, botânicos, físicos, químicos, autores e religiosos de todos os credos, de todas as partes do mundo, estão surgindo com novas e vitais interpretações, além de dados que têm elevado a disciplina e o estudo do parapsicológico para o reino do aceitável, do analisável, e do inferencial. Essa foi uma revelação considerável para alguém tão inocente.

Além disso, tornou-se vividamente evidente que o objetivo geral compartilhado parecia ser o de contribuir para a compreensão do homem, sua natureza, seu universo, e talvez até mesmo o seu propósito final.

Por meio do intuitivo e do parapsicológico toda uma nova visão do homem e do seu passado está pronta para ser compreendida. Como antropólogo e arqueólogo treinado nesses campos, creio que faz sentido aproveitar a oportunidade para prosseguir e estudar os dados.

Referência original: Emerson, J. Norman. “Intuitive archaeology: a psychic approach.” Phoenix 5 (1981), pp 49-54. 

Artigo traduzido por Vitor Moura Visoni


[1] Um cachimbo (ou pito) é formado por um recipiente (o fornilho) onde se queima o fumo e de um tubo (a chamada piteira) por onde se aspira a fumaça produzida pelo fumo. (N. T.)

[2] Efígie é um termo normalmente associado a uma figura, imagem ou representação escultórica de uma pessoa. No entanto, existem efígies de animais. (N. T.)

[3] Em inglês pinch-faced. Essa expressão significa um rosto fino e desagradável, esquelético. (N. T.)

141 respostas a “Arqueologia Intuitiva: Uma Abordagem Psíquica (1973)”

  1. Solange Diz:

    Prezado Vitor,
    Parabéns pelo blog.
    Na opinião do Sr. existe comprovação científica da vida após a morte?
    E da Reencarnação?
    Os fenômenos poltergeists seriam causados por espíritos de pessoas falecidas ou por alguma tipo de energia psiquica de um ente vivo?

    Obrigada!

  2. Vitor Diz:

    Oi, Solange
    .
    para mim há evidência suficiente para se considerar a vida após a morte (incluindo a reencarnação) como possibilidades a serem levadas bem a sério pelos cientistas. Qualquer pessoa racional pode dizer, inclusive, que considera ambas as coisas já minimamente “cientificamente provadas”. O caso de Jagdish Chandra é uma prova definitiva de reencarnação para mim.
    .
    Quanto a poltergeists, preciso pesquisar melhor.

  3. Solange Diz:

    Prezado Vitor,

    Obrigado pelas respostas.
    No caso da vida após a morte o que sobrevive, seria a Consciência ou algo similar?
    Nesse caso podemos dizer que além das características Filogenéticas, Ontogenéticas, a pessoa também nasceria com características psicológicas que poderia vir através desse “continuum” de consciência?
    Se a resposta for positiva então eu penso que isso revolucionária toda a Psicologia Behaviorista por exemplo.
    Na medida em que essa escola não admite um “mentalismo”.
    Estariam essas consciências interligadas como um “Inconsciente Coletivo”?
    Gostaria de estudar mais sobre as implicações dessa descoberta sobre a Psicologia enquanto ciência, se puder me indicar algum título em especial, ficarei muito grata.

  4. Gorducho Diz:

    Quanto a poltergeists, preciso pesquisar melhor.
     
    😆 Está vendo? O que é alegado é o poltergeist ou telecinese – suponho que a distinção seria serem intencionais ou não, certo?
    Como a Parapsicologia não teve resultados, simplesmente porque esses fatos não ocorrem ao menos cá na crosta terrícola, inventaram a tal μPk – que nunca constituiu as alegações. Lembra que o Sr. alegou que o objetivo da Parapsicologia seria investigar alegações? Pois não é…

  5. Vitor Diz:

    Solange,
    comentando:
    .
    01 – “No caso da vida após a morte o que sobrevive, seria a Consciência ou algo similar?”
    .
    A consciência, habilidades, a própria personalidade…
    .
    02 – “Nesse caso podemos dizer que além das características Filogenéticas, Ontogenéticas, a pessoa também nasceria com características psicológicas que poderia vir através desse “continuum” de consciência?”
    .
    Sim.
    .
    03 -“Se a resposta for positiva então eu penso que isso revolucionária toda a Psicologia Behaviorista por exemplo. Na medida em que essa escola não admite um “mentalismo”.”Estariam essas consciências interligadas como um “Inconsciente Coletivo”?”
    .
    Tem pessoas trabalhando com a ideia do Pampsiquismo Brahmanista. Acho que você achará uma ideia atraente.
    .
    04 – “Gostaria de estudar mais sobre as implicações dessa descoberta sobre a Psicologia enquanto ciência, se puder me indicar algum título em especial, ficarei muito grata.”
    .
    Não conheço, mas veja o livro “Variedades das Experiências Anômalas”, já há versão em português, não é o que você pediu, mas vai achar interessante.

  6. Vitor Diz:

    Gorducho,
    comentando:
    01 – “Está vendo? O que é alegado é o poltergeist ou telecinese – suponho que a distinção seria serem intencionais ou não, certo?”
    .
    Acho que não. Ambos podem ser intencionais.
    .
    02 – “Como a Parapsicologia não teve resultados, simplesmente porque esses fatos não ocorrem ao menos cá na crosta terrícola”
    .
    Como não obteve resultados?
    .
    http://arxiv.org/pdf/0801.0382.pdf
    .
    “there is a case which was validated, besides by public officers, by physicists from the Max Planck Institute. It took place in years 1967-68 in a lawyer’s office in Rosenheim (Bavaria). Various heavy damages were caused to office machinery and to electric and telephone lines. The focus of these events seemed to be Annemarie, a nineteen-year old employee. The disturbances ceased when she left the office, although witnesses claimed further events took place in her new office. One of physicists of Max Planck Institute, Dr. F. Karger, said ”What we saw in the Rosenheim case could be 100% shown not to be explainable byknown physics”
    .
    03 – “inventaram a tal ?Pk – que nunca constituiu as alegações. Lembra que o Sr. alegou que o objetivo da Parapsicologia seria investigar alegações? Pois não é…”
    .
    O estudo da micro-pk começou com algo bem macro – dados.
    .
    “The actual research began with a young gambler who STATED that he had the ability to make dice fall at will to the perceived number of intention.”
    .
    Como vê, testando sim as alegações. Mas é importante variar o experimento para descobrir novas facetas do fenômeno. Aí vieram os geradores de números aleatórios.

  7. Gorducho Diz:

    Mas não é essa a alegação. A alegação é que pode-se (o psíquico, claro) movimentar o objeto. Ou seja: coloca-se um dado – ou qq outro objeto em tese – com a face 2 p/cima e o psíquico movê-lo-á digamos para a face 4. Como isso não ocorre, é que inventaram a história dos dados em movimento, para poderem utilizar a estatística na preservação da crença.
     
    Pergunta (sem alfinetar… alfinetando…): o pampsiquismo é que explicaria do cachimbo-falante da rubrica anterior?

  8. Gorducho Diz:

    Da Enciclopédia Stanford de Filosofia – Pampsiquismo; negritos meus:
    We are obvious examples, but Royce also believed that the range of such conscious beings went far beyond what we normally allow. Planets, stars and galaxies and even species are themselves conscious beings.[7] To the complaint that such things exhibit no sign of conscious life or thought, Royce had an interesting reply that raises intriguing philosophical issues. The reply was that the time scale of a conscious mind could vary tremendously—the scale of the processes of consciousness in a galaxy are billions of time slower than the scale of human conscious processes (and mayhap the consciousness of subatomic particles, if they be conscious at all, runs billions of times faster).
     
    Daí eu deduzo que o psiquismo do cachimbo é que permitiu que ele relatasse sua vida. Certo, Sr. Administrador?

  9. Vitor Diz:

    04 – “Mas não é essa a alegação. A alegação é que pode-se (o psíquico, claro) movimentar o objeto.”
    .
    Não. A alegação foi de que ele “podia fazer o dado cair à sua vontade para o número intencionado”. Isso pode ser feito de duas maneiras:
    .
    a) movimentando o dado.
    .
    b) alterando as probabilidades envolvidas.
    .
    “What we really see in the results of micro-PK research is not the exact movement of an object, but the changing of probabilities in instances based on pure chance. Therefore, micro-PK subjects are not as much shifting around objects, but shifting the odds of the events that are occurring.”
    .
    E então, meu caro, como o que está havendo é a mudança da probabilidade, a estatística é ferramenta obrigatória para o estudo desse fenômeno.

  10. Vitor Diz:

    05) “Da Enciclopédia Stanford de Filosofia – Pampsiquismo;”
    .
    Existem 2 tipos de pampsiquismo:
    .
    a) o Proto-Consciencialismo (ou “Pampsiquismo Fraco”) : nesse modelo, a “consciência” (experiência subjetiva) é uma propriedade básica do Universo (existe sob a forma de proto-consciência que poderia ser progressivamente “aumentada”) e tudo que é construído mexe com ela. É esse tipo que a Enciclopédia de Stanford se refere.
    .
    b) o Hiper-Consciencialismo Brahmanista (ou “Pampsiquismo Forte”): Segundo esse modelo, existe um pleno hiperconsciencial no Universo, tão básico quanto qualquer outra das propriedades básicas do Universo. Como Brahman no hinduísmo, dele todos “nós” (ou seja, nossas experiências subjetivas) emanamos, e a ele todos “nós” estamos conectados.
    .
    06) “Daí eu deduzo que o psiquismo do cachimbo é que permitiu que ele relatasse sua vida. Certo, Sr. Administrador?”
    .
    Não. Seria o psiquismo do fabricante do cachimbo pelo modelo b).

  11. Marciano Diz:

    Se um psychic pode mover um dado em movimento, por que não pode movê-lo quando está inerte?
    .
    Se os planetas têm consciência, o que acontecerá com os planetas internos, quando o Sol se expandir?
    Reencarnarão em outro sistema solar?
    Perderão a consciência para sempre?
    .
    Se as galáxias têm consciência, as estrelas que a compõem também, os planetas que orbitam muitas dessas estrelas também, os seres que habitam esses planetas também, será que minhas células têm consciência? Será que as moléculas que compões minhas células também têm consciência? Será que os átomos que compõem as moléculas de minhas células também têm? As partículas que compõem os átomos também?
    .
    Quanto tempo durará a consciência de um bóson de Higgs?
    Dará tempo de ele pensar em muitas ideias tolas?
    .
    Eu garanto que não estou conectado nem a Brahman, nem a Antártican, nem a Skolan nem a nenhum de vocês, a não ser quando usamos a internet, para fazer este comentários, e.g., ou para nos falarmos pelo facebook, como já fizemos algumas vezes.

  12. Gorducho Diz:

    5b: me parece semelhante ao Averroes – o nous é imortal sendo uma emanação da divindade que pertence comumente a todos. Ou seja: não existe imortalidade das almas individuais, e muito menos reencarnação individualizada.

  13. Gorducho Diz:

    6 Interpretação de textos… interpretação de textos…
    O cabelo era longo; a pessoa parece velha, sobrancelhas grossas, olhos pequenos, pálpebras pesadas, caídas e indo pelos cantos. Os ossos da face eram grandes — não do tipo oriental, mas grandes. Os lábios eram finos, de carne magra — não muito dispersos. Ela possui de 1,57 a 1,62 metros de altura, não muito alta, bastante magra.
     
    Como o fabricante que aparentemente era o próprio fumante (ou que não sabe interpretar textos sou eu…) vai se autodescrever só mirando-se nas águas? Para mim está claro que é o cachimbo ditando uma pampsicofonia para o Dr. Conan Doyle Norman Emerson.

  14. Gorducho Diz:

    4 Está difícil… Dados são apenas um exemplo para eu lhe fazer ver que a Parapsicologia não investiga as alegações, contrario senso à sua alegação quando tentou justificar a ausência do misterioso ser Ψ.
    Deixo que a própria viúva Desiles (Angélique Cottin) recorde 52 anos depois quais são os fenômenos (NÃO É DADOS EM MOVIMENTOS ESTATÍSTICOS O QUE É ALEGADO – desculpe o grito, fiquei ansioso durante a explicação :mrgreen:), entrevistada pel’O Eco do Sobrenatural de 1/2/98:
     
    Tous les meubles de ma chambre à coucher sautaient, dansaient dès que j’entrais même sans que je les frôlasse de ma robe ou que je les touchasse du bout des doigts comme les autres meubles, sans doute parce que ceux là étaient mieux imprégnés de mon fluide…

  15. Vitor Diz:

    07 – “Como o fabricante que aparentemente era o próprio fumante (ou que não sabe interpretar textos sou eu…) vai se autodescrever só mirando-se nas águas?”
    .
    O texto diz:
    .
    A pessoa era proeminente e bem conhecida entre o seu povo por causa de sua idade. Havia pessoas ao redor dele — sua família.
    .
    Assim a descrição pode ter sido pega do psiquismo de alguma pessoa ao redor do fabricante(que também era o fumante).

  16. Vitor Diz:

    08 – “Dados são apenas um exemplo para eu lhe fazer ver que a Parapsicologia não investiga as alegações,”
    .
    Dados são justamente O EXEMPLO que comprova que a Parapsicologia estuda as alegações sim. Foi exatamente isso que marcou o início dos estudos de micro-pk.
    .
    O sujeito de Rhine era um jogador que DIZIA SER CAPAZ de influenciar o rolamento dos dados para que dessem determinados números ou combinações de números.
    .
    Rhine estava assim testando a alegação de uma pessoa.
    .
    09 – NÃO É DADOS EM MOVIMENTOS ESTATÍSTICOS O QUE É ALEGADO
    .
    Duvido que o jogador de Rhine dissesse ser capaz de influenciar os resultados em 100% dos casos. Se fosse assim no primeiro erro não precisaria mais testar.
    .
    10 – “Deixo que a própria viúva Desiles (Angélique Cottin) recorde 52 anos depois quais são os fenômenos”
    .
    Se você quer exemplos recentes de estudos de alegações de macro-pk, eis um:
    .
    a) The Development and Phenomena of a Circle
    for Physical Mediumship
    .
    The present paper describes the development and the phenomena of a circle for physical mediumship, based predominantly on my own observations. Over the course of four and a half years, I have participated in 21 sittings. Typical phenomena include unusual movements of a table, raps on the room walls and the ceiling, various luminous and psychokinetic phenomena, the generation of supposed ectoplasm, and apports. I will describe the controls applied during the sittings and my personal involvement in accompanying the development of the phenomena, and explain why I finally arrived at the conclusion that considerable parts of the phenomena were produced by fraudulent means.”
    .
    http://www.anomalistik.de/images/stories/pdf/sdm/sdm-2014-08-nahm.pdf
    .
    Mais uma vez fica provado que a Parapsicologia testa as alegações. No caso a evidência para macro-pk vai de mal a pior. Já a de micro…

  17. Gorducho Diz:

    7bis) Sim, pode ter sido também uma pamteleconferência reunindo os psiquismos d’alguns membros da comunidade.
     
    Eu lhe citei por ser o primeiro caso que tenho registrado em tempos modernos pela própria pessoa.
    E, sim, claro que a evidência para macro-pk – a que constitui a real alegação – vai de mal a pior. Já a de micro esconde-se atrás da estatística para que os Crentes preservem a Crença transferindo o debate para a matemática.

  18. Gorducho Diz:

    É bem mais fácil alegar que calculou-se 75% de probabilidade de que num volume de controle contendo 6,022E23 electrons, o spin de 1 deles foi modificado por meios psíquicos do que mover um objeto real 😆

  19. Vitor Diz:

    11 – “Já a de micro esconde-se atrás da estatística para que os Crentes preservem a Crença transferindo o debate para a matemática.”
    .
    Mesmo esse debate tem fim um dia. Isso foi exatamente o que aconteceu com os resultados de cartão de PES de Rhine, até o presidente da American Statistical Association ter declarado que os métodos estatísticos estavam, de fato, corretos.

  20. Gorducho Diz:

    É o mesmo cidadão que emitiu o pedaço de papel dizendo que a Parapsicologia é Ciência?

  21. Vitor Diz:

    Não. Há uma diferença de 31 anos entre um episódio e outro.

  22. Gorducho Diz:

    Não… não… Aquela é a AAAS. Equivoquei-me, desculpe…

  23. Gorducho Diz:

    Aliás… se estava certo, porque ninguém fala mais nos tais cartões. Veja: o Rhine eu respeito por ter sido pioneiro.

  24. MONTALVÃO Diz:

    .
    COMENTÁRIO: mais um belo esforço tradutivo de Vitor Visoni, a mostrar personagem pouco conhecido no Brasil: J. Norman Emerson, e que foi arauto da chamada “arqueologia psíquica”, também denominada “arqueologia intuitiva”. Este segundo título se aplica melhor, visto que a atividade exige dos que a ela se dedicam intuição aprimorada.
    .
    Ocorre que o termo “intuitivo” nessa proposta se aplica esdrúxulamente, expressando considerações místicas, ou paranormais. Norman ao apresentar aos seus confrades arqueólogos suas considerações sobre a “descoberta” que fizera (gostaria de ver a cara deles naquele momento) fez referência à intuição, como modo de esclarecer o que sucedia. Acho interessante começarmos a reflexão a partir desse ponto.
    .
    NORMAN: “A intuição pode ser definida como o conhecimento imediato ou a sabedoria de algo sem o uso consciente do raciocínio. Estou convicto que obtive conhecimento sobre artefatos e sítios arqueológicos de um informante psíquico que me contou a respeito sem qualquer evidência do uso ciente do raciocínio.”
    .
    Há quem acredite que intuição tenha a ver com paranormalidade, o que constitui grande equívoco. O paranormal é hipótese ainda em investigação, ou seja, não confirmada. A intuição é, a contrário, não só reconhecida como fato, mas bem estudada pela psicologia, neurociência e filosofia. Para fins didático-filosóficos, há várias classificações da intuição, pode-se falar em “intuição mística”, “filosófica”, “sensível”, “intelectual”, “emotiva”, etc. Seja qual for a categorização, a ideia que a palavra carreia é a de imediatismo. A intuição se contrapõe ao discurso, este um esforço continuado de elucidar o objeto a que se refere. O discurso vai, por aproximações sucessivas, buscando clarificar suficientemente a coisa sobre a qual discorre para conceituá-la e defini-la.
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    A intituição se realiza sem a mediação do discurso, apreende sentidos e significados diretamente. Intuir vem do latim “intuere” que significa “ver”, a intuição dispensa o raciocínio consciente: é uma “resposta” pronta, acabada. O raciocínio discursivo será necessária para tornar o resultado intuitivo transmissível a outros.
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    A neurociência explica a intuição como resultante do processamento cerebral, que ocorre em nível subconsciente: à consciência aflora apenas o fecho, os passos que lhe antecederam não são visíveis, daí a impressão de alguns que a intuição seja algo meio mágico, paranormal, sussurros de espíritos e coisas do gênero. Nada disso. A intuição é parte integrante de nosso psiquismo.
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    Desse modo, o termo “arqueologia intuitiva” é confuso: a intuição está presente em toda e qualquer atividade humana, seja científica seja trivial, e a arqueologia não fica de fora. Todo arqueólogo faz uso da intuição em seu trabalho, muitas vezes a definição do ponto melhor para uma escavação dependerá da boa intuição do profissional e quanto mais experiente for mais e melhores reflexos intuitivos terá.
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    Dissemos que a intuição é resultante do processamento cerebral, em realidade um subproduto deste. Sendo assim é lógico que ela procede daquilo com que o cérebro é alimentado: dos dados captados durante a vigília. Às vezes as pessoas têm “insights” férteis, revelativos e se surpreendem de terem tido tal revelação. Por não entenderem que a mente trabalhou o material de que dispunha, acabam aceitando explicações mágicas, tipo revelação de espíritos, clarividência, telepatia. Há casos em que o telefone toca e antes de atender a pessoa diz para quem estiver ouvindo: “titia morreu”. A titia é alguém que estaria doente, cuja morte fosse questão de tempo, mesmo assim, a adivinhação causa surpresa nos ouvintes e até em quem proferiu a assertiva. Há casos mais admiráveis, em que alguém mostrando saúde, morre imprevistamente, e o parente antes de atender ao telefonema de aviso já expressa saber do acontecido.
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    Casos assim são prato feito para os alegadores da paranormalidade, e também para os apologistas da comunicação com os mortos. Mas, mesmo os eventos de aparência mais dramáticos são explicáveis trivialmente. Nosso cérebro é fenomenal central de processamento, capaz de realizações que nem seu produtor acredita. Pessoas comuns, dependendo da sensibilidade individual, podem sutilmente perceber pequenas mudanças no estado de saúde de um parente ou amigo: esses informes isoladamente não dizem muito, mas vão sendo armazenados e continuamente reprocessados. Assim, em certos casos, percepções admiráveis brotam como que sobrenaturalmente. Como esse tipo de intuição não é rotineira, quando acontece tende a ser interpretada misticamente.
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    O que é importante ressaltar no atinente à intuição é que o cérebro trabalha com o material disponível, por isso não há mágica, nem paranormalidade. Ninguém produzirá intuições criativas em área com a qual não possui habitualidade: um músico não terá intuições de formulações químicas; um físico não intuirá música de sucesso; um pedreiro não intuirá que no local onde cavará o alicerces da construção há relíquias pré-históricas enterradas; alguém que interaja superficialmente com as pessoas não terá intuições do tipo comentado acima.
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    A fórmula para que um esperto se passe por arqueólogo “intuitivo” é simples: algum conhecimento de arqueologia, boa capacidade de observação, muita malandragem. Reunidos esses ingredientes, basta achar pessoas crédulas, as quais cuidarão do trabalho divulgativo-propagandístico, os verdadeiros inocentes úteis…
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    Norman Emerson entrega a George McMullen a ponta quebrada de um cachimbo e pede-lhe que diga o que “sente”. McMullen adivinha que a peça original fosse um cachimbo, Norman exulta: 100% certo! Como se fosse muito difícil para alguém adivinhar um cachimbo a partir de um pedaço deste. Em seguida, McMullen tece uma série de considerações, inconfirmáveis, que são avidamente validadas pelo fascinado interlocutor.
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    Alguém pode indagar: o que levaria a um profissional com larga experiência deixar-se iludir por enganadores? As respostas variam, mas sabe-se que os simuladores são sensíveis à psicologia das pessoas com quem se relacionam, são hábeis em visualizar seus pontos psíquicos fortes e fracos. Equiparam-se a lutadores experientes que ao contemplarem a movimentação do adversário registram prontamente suas fragilidades.
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    Norman Emerson, até a década de 1960, era um respeitável e dedicado arqueólogo, aparentemente sequer pensava que o trabalho escavativo pudesse ser facilitado pela ajuda de espíritos, ou de poderes paranormais. Aliás, este é um ponto a ser melhor esmiuçado. O trabalho de um arqueólogo em várias situações é frustrante, de certo modo implica em boa dose de adivinhação, principalmente em casos nos quais inexistam dados consistentes a orientar onde devem ser feitas as incursões. Seria tentador se realmente espíritos e paranormais ajudassem nessa tarefa, Não é, pois, de admirar que alguns profissionais se perguntam: “e se der certo?”, e decidam experimentar com médiuns e psíquicos se a coisa funciona. Certamente, a maioria logo vê que o santo só faz milagres banais e desiste, mas alguns se deixam encantar pelo sonho e prosseguem qual garimpeiro em mina esgotada sempre à espera de achar alguma coisa.
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    A vida de Emerson tomaria novo rumo a partir da influência da esposa. Esta participara de um curso na Fundação Cayce e retornara fascinada com o que “aprendera”. A Fundação Cayce administra o patrimônio místico deixado por Edgar Cayce, conhecido como “profeta dorminhoco”, isso porque proferia suas revelações após cair no sono (se real ou fingido seria caso a apurar). Cayce também alegava descobrir doenças e prescrevia tratamentos. As divulgações de Cayce eram um misto de fantasias, nebulosidades e espertezas, mas como havia clientes de montão, o negócio prosperou, fala-se que até empresários do ramo petrolífero buscavam com ele informações sobre áreas produtivas.
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    Inicialmente cético, Norman foi cativado pela euforia da mulher. Qual Adão a comer do fruto proibido, o contato do arqueólogo com o místico despertou-lhe inclinações que jaziam adormecidas e adormecidas talvez ficassem não fosse o fatídico encontro com MacMullen. A esposa de Norman conhecera o esperto, um motorista de caminhão, que se declarava dotado de poderes. MacMullen devia ser sujeito de conversa fácil e convincente. Informações dão conta de que Emerson sofresse de alguma doença grave e a esposa acreditou que MacMullen ajudaria a curar o marido e acabou introduzinho o sujeito em sua casa. De conversa em conversa MacMullen convenceu seu anfitrião de que o auxiliaria nos trabalhos arqueológicos. Vai ver a doença tenha contribuído para arrefecer o senso crítico do arqueólogo, ou seu espírito místico esperava por algo assim para aflorar, não podemos saber com certeza, o certo é que Norman tornou-se dependente de MacMullen e exaltou seus poderes até a morte (morte de Norman), ocorrida em 1978.
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    Deve ter sido cena digna de registro quando, em 1973, arqueólogos reunidos ouviram Norman afirmar-lhes que estava utilizando a assessoria de sensitivo, capaz de enxergar sítios arqueológicos e de ler informações psíquicas registradas em objetos desenterrados. Silêncio de sepulcro teria descido sobre aqueles homens, pasmados ante a infantil alegria com que o palestrante expunha sua nova paixão: algo comparável a num encontro de astrônomos um deles declarar que recebia contatos telepáticos de extraterrenos.
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    O fato é que a arqueologia psíquica não decolou: uns poucos encantados recorrem a alegados sensitivos como auxiliares, mas o fato não altera a realidade de que a arqueologia sabe que, embora fosse muito bom se dotados pudessem cooperar verdadeiramente, em termos práticos a ideia não passa de sonho ou enganação.
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    Como diria o filósofo Pafúncio: enganadores e enganados, o resumo do mundo…

  25. Vitor Diz:

    01 – “McMullen adivinha que a peça original fosse um cachimbo, Norman exulta: 100% certo! Como se fosse muito difícil para alguém adivinhar um cachimbo a partir de um pedaço deste.”
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    McMullen fez muito mais do que apenas acertar que se tratava de um cachimbo. Ele desenhou o fornilho, o qual correspondia a 18% dos tipos de fornilhos que foram encontrados no sítio do qual foi extraído. Ele poderia ter desenhado diversos tipos de fornilhos errados que não pertenciam ao sítio em que foi extraído. Por isso foi um teste dificílimo.
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    02 – “A esposa de Norman conhecera o esperto, um motorista de caminhão, que se declarava dotado de poderes. MacMullen devia ser sujeito de conversa fácil e convincente. Informações dão conta de que Emerson sofresse de alguma doença grave e a esposa acreditou que MacMullen ajudaria a curar o marido e acabou introduzinho o sujeito em sua casa. De conversa em conversa MacMullen convenceu seu anfitrião de que o auxiliaria nos trabalhos arqueológicos.”
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    E de suposição em suposição, Montalvão vai errando de montão… eis o que aconteceu:
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    Passei os primeiros 45 anos da minha vida mantendo minhas capacidades intuitivas em segredo dos demais, incluindo minha esposa e filhos. Em meados da década de 1960 minha esposa, Charlotte, se juntou ao grupo de estudo ARE, e como ela começou a ler muito sobre a obra de Edgar Cayce e a pesquisa parapsicológica, comecei a discutir com ela as minhas próprias capacidades intuitivas. Nessa mesma época, Charlotte tinha se tornado uma boa amiga de uma mulher que conheceu no grupo ARE, Ann Emerson. Charlotte dividiu com Ann nossas discussões sobre as minhas capacidades intuitivas e Ann, por sua vez, falou delas a seu marido, o Dr. J. Norman Emerson, um arqueólogo proeminente e professor da Universidade de Toronto. Com o tempo, Norm e eu fomos apresentados um ao outro por nossas esposas. Charlotte e Ann tornaram-se amigas muito próximos e Norm e eu rapidamente nos tornamos amigos também. Norm estava interessado nas minhas capacidades intuitivas com relação aos objetos. Como arqueólogo, ele tinha interesse nas complexas relações que as pessoas têm com os bens materiais de sua cultura. Ele decidiu criar uma série de pequenos testes com objetos que ele havia desenterrado em vários sítios arqueológicos em Ontário. Ele queria saber as impressões que eu poderia ter a partir desses objetos.
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    Da minha parte, eu estava interessado em participar nestes testes. Por toda a minha vida eu tinha escondido minhas habilidades, em parte por medo do ridículo. Se este professor universitário poderia fornecer um meio pelo qual minhas habilidades pudessem ser testadas e de algum modo medidas, isso significava que eu poderia ilustrar a outros que minhas habilidades não eram o trabalho de uma imaginação ativa, ou evidência de influência demoníaca, mas sim uma muito real e cientificamente comprovada capacidade mental.
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    Depois de me testar rigorosamente por muitos meses com muitos objetos e, posteriormente, em muitos sítios arqueológicos, Norm se convenceu de que eu tinha o que ele considerava ser uma habilidade psíquica. Eu detestava a palavra psíquico naquele momento e eu ainda não gosto de ser chamado de “vidente”. Quando ouço a palavra “psíquico” eu penso em alguém que diz que pode resolver seus problemas ou colocá-lo em contato com um parente falecido – e tudo pela soma de 149,00 dólares por hora! Eu não tenho nenhuma dúvida de que muitas dessas pessoas podem fazer o que elas dizem e se o cliente está satisfeito, está tudo muito bem. No entanto, eu decidi há muito tempo que não era isso que eu queria fazer com a capacidade que tenho.

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    Nada a ver com doença, cura ou coisas do tipo… e alguém que escondeu suas capacidades por 45 anos também não seria uma pessoa de conversa fácil…

  26. Gorducho Diz:

    O guia do McMullen não era o Nascido Muitas Vezes, (amigo do Alexandre e depois tutor da Cleópatra…), Sr. Administrador?
    Se é o espírito quem eu estou pensando que seja, será que ele não poderia incorporar n’algum conhecido seu e esclarecer de vez se o Lentulus estava na Palestina ou não?

  27. MONTALVÃO Diz:

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    “E de suposição em suposição, Montalvão vai errando de montão… eis o que aconteceu:” [e apresenta o testemunho do “insuspeito” Macmullen, como prova de que nada do que foi dito corresponde aos fatos].
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    COMENTÁRIO: realmente, se MacMullen diz ter guardado seus poderes do conhecimento público durante 45 anos, só pode ser verdade, afinal sabemos que ele nunca mentiu, e não mentiria agora, só para se autopromover. Se ele não fala em doença, nem em influenciação à mulher de Norman, então nada disso aconteceu: para aureolar MacMullen nada melhor que MacMullen…
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    Para quem quiser conferir informação menos apologética, segue a seguir o texto. Tentei traduzir no google, mas ficou tamanha porcaria que se eu pusesse aqui o resultado Marciano me crucificaria…
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    You, the archaeologist, are presented with a green hill far away and told to dig. ‘Back in the day’ – Beachcombing is thinking of happy times in the happy nineteenth century – you would have simply hired out a little brawn from a nearby town and blitzed said hillside with spades and picks. No pension contributions, no dirty hands, just tea and scones on the veranda while your men ran up to you with pots of Roman coins.
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    However, with tedious modern requirements to only ever dig over part of a site, archaeology becomes roulette. How do you know where to concentrate your efforts? Yes, yes, of course, there are metal detectors but so much of what is interesting in archaeology – an inscription with ‘King Arthur woz here’ or Camelot’s wooden palisade – will not jog a metal detector’s attention.
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    Given this difficult situation, it is only natural that some archaeologists have looked for other inspirations. And it is only natural too that there is a long history of psychic assistance – ‘the human metal detector’ – in searching out artifacts from the past.
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    Beachcombing, in fact, has a whopping great file of attempts by diggers to go beyond the rational ranging from eighteenth-century treasure hunters contacting spirits, to experiments with dowsing in the twenty-first century. Most of the individuals involved are psychics who have shouldered their way into archaeology (Stefan Ossowiecki) or archaeologists who had an already saucy reputation (Frederick Bligh Bond, the fascinating Tom Lethbridge…).
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    But there are a couple of examples of serious, senior archaeologists dallying with the psychic, perhaps none more senior than J. Norman Emerson (1917-1978)
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    JNE was a Canadian archaeologist based out of Toronto with a doctorate from Chicago. He was one of the big names in North American archaeology – President of the Canadian Archaelogical Association, 1970 – and had specialised in the Iroquis. Beachcombing’s copyright library of choice has extremely serious titles by this archaeological heavyweight including A study of Fort St. Joseph andUnderstanding Iroquois Pottery in Ontario: A Rethinking.
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    It goes without saying that these titles do not suggest someone with a short attention span or an interest in the inhabitants of other worlds.
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    However, Emerson became interested in psychics as the handmaids of archaeology in the late 1960s. The spur was his wife who attended an Edgar Cayce Study Group and though JNM began as a sceptic he gradually followed his spouse across ‘to the other side’.
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    Beachcombing suspects that many archaeologists would be capable of doing thus: perhaps even sneaking a psychic onto their digs and having some quick, illicit discussions with them behind the dig’s toilets.
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    But what marked Emerson out was his refusal to brush aside what he believed were the successful results of his work with one sixth-senser, George McMullen.
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    In 1973, at a congress, Emerson went public with his findings… Beachcombing cringes to think of the silence that will have come over the hall as the great man spoke. If any of his older readers were there then Beachcombing would (almost) kill for a description, he’d certainly send roses: drbeachcombing AT yahoo DOT com.
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    Now scientific communities generally have zero tolerance when one of their own go ‘rogue’. However, it is a mark of the very great esteem in which Emerson was held that he was not ostracised. In fact, Emerson published several articles in journals (including Phoenix) describing his adventures with ‘intuitive archaeology’ (in PR terms an inspired name) and some of his students experimented with ‘intuition’ themselves.
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    Beachcombing will now let Emerson make his own case:
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    “Although I do not claim that my studies have achieved the status of being scientific, neither can they be ignored or dismissed as nonsense, imagination or hallucinations. The key to the matter appears to lie in the concept of intuition. I found for my purpose a workable definition of intuition is that individuals exist who have ‘an immediate knowledge or knowing of events without the obvious use of learning or reason’. Intuitive or psychic individuals can tell about past events and circumstances by a poorly-understood process of immediate knowing. It has long been a rationalization of the discipline of archaeology that for man to cope with his unknown future he will be better equipped if he has detailed understanding of his own past. I propose to use an innovative approach to this understanding by combining the disciplines of archaeology, science and psychic studies. I believe that the experiences I have been privileged to have are but a small part of what is available to humanity. I hope there are significant signs of a snowballing revolution of evolution of the increased spiritual nature and awareness of human beings that is everywhere evident to those who will but look at it with an open mind. This should have great impact on the future of mankind at a time when we so evidently require change in positive directions.”
    .
    Beachcombing here is reminded of his recent post on the historical novelistElizabeth Chadwick and her experiments with Akasha. Personally, Beachcombing is a reprobate if reluctant sceptic. But he admires EC’s and Emerson’s courage in employing and publicising such unusual techniques. That courage must have been almost eye-popping for an established archaeologist back in the 1970s. Looking at Emerson’s biography, Beachcombing is struck that there seems to be a coincidence between his interest in psychic archaeology and ill-health leading to a premature death. Was it his ill health that convinced Emerson to speak out?
    ***
    Nov 25, 2010: As quick as light, Ontu writes in with link. ‘In 1973, Norman’s researches veered to investigating psychological and intuitive aspects of archaeology. Long an interest to him, as those who remember the Sheek Island and Cahiagué ghost stories, or the lectures on psycho-ceramics will note, he found intuitive archaeology exciting, believable, and a major challenge to explain. His numerous papers on this subject attest to the prolific energy he devoted to this new research avenue.’
    Ghost stories… lectures on psycho-ceramics… Beachcombing prays that he will soon learn more.
    Tags:Archaeology, Forteana, Iroquis, J. Norman Emerson, Rogue Researchers

    http://www.strangehistory.net/2010/11/25/j-norman-emerson-and-intuitive-archeology/

  28. MONTALVÃO Diz:

    Mensagem urgente.
    .
    Nove entre dez cientistas (incluindo Norman-no-céu) reconhecem que a conjetura de Moi permanece atual e assim se expressa: “a ‘força’ psi, se existe, é tênue, incerta, esporádica, incontrolada e sem aplicação prática.”
    .
    Fim de mensagem. 😉 🙂 😉

  29. Vitor Diz:

    Essa ideia desse tal de Beachcombing de que problemas de saúde levaram o Emerson a se interessar por arqueologia psíquica não tem qualquer amparo. Aliás, não tem qualquer relação. O McMullen nunca foi um médium ou psíquico que realizasse curas. E Emerson não parecia doente em 1973, já que estava escavando com McMullen e Reid quando ocorreu a descoberta da paliçada e da outra estrutura.

  30. Vitor Diz:

    Montalvão, que diabo de mensagem urgente e falsa é essa? O Norman-do-céu era justamente um dos reconheciam a aplicação prática de psi.
    .
    ele discutia as implicações práticas, como ele via, de utilizar as capacidades das pessoas extraordinariamente talentosas com poderes intuitivos em interpretar e dar sentido humano ao material encontrado pelos arqueólogos, assim como os possíveis ganhos de tempo e dinheiro nos processos de levantamento e escavação.
    .
    Ou você está lendo muito mal, ou está com alzheimer..

  31. Marciano Diz:

    MONTALVÃO, você não sabe nada de INTUIÇÃO.
    Eu aprendi cálculo vetorial e diferencial intuitivamente, sem o uso consciente do raciocínio.
    Obtive conhecimentos profundos de séries de MacLaurin sem qualquer evidência de uso ciente do raciocínio.
    Durante o sono, concebi a fórmula para o cálculo da integral de linha da função da a a b ao longo de alfa (não sei escrever essas coisas no blog, minha intuição não chega a tanto, ao ponto de conhecer linguagem html) de um campo vetorial bidimensional definido por função de x, y igual a raiz quadrada de y tal que dx mais f2 que multiplica dy tenda a zero.
    Sou o primeiro idiota a aprender matemática pelo método intuitivo, o que não é para qualquer idiota, não que eu queira me gabar, pois existem idiotas muito mais ignaros do que eu.
    Talvez eu não tenha conseguido me expressar de maneira inteligível, mesmo para quem seja craque em interpretação de funções algébricas, mas é que meu raciocínio é um subproduto do cocô da mosca que pousou no cocô da cavalo do bandido, o que me proporciona insights além da imaginação, ainda que eu não saiba direito o significado da expressão “arqueologia”.
    Quem é mesmo MacMuLLa?
    Algum amigo do falecido Biasetto, que deus o tenha?
    MONTALVÃO, tive uma intuição de que você precisa, com urgência, procurar um optometrista ou um neurologista, mesmo que não adiante de nada.

  32. Gorducho Diz:

    Sr. Administrador: não saberia me dizer se o Nascido Muitas Vezes estava em Jerusalém quando do julgamento?
    Se estava, terá ele visto um senador por lá (que poderia ser então o Lentulus…)?

  33. Defensor da Razão Diz:

    Vitor: “… para mim há evidência suficiente para se considerar a vida após a morte (incluindo a reencarnação) como possibilidades a serem levadas bem a sério pelos cientistas. Qualquer pessoa racional pode dizer, inclusive, que considera ambas as coisas já minimamente “cientificamente provadas”.”
    .
    Vitor, gostei de seu cuidado ao utilizar os termos “possibilidades”, “pode dizer”, “minimamente” e ainda das justas aspas em torno da expressão “cientificamente provadas”. Para completar, faltaram as aspas em “racional”.

  34. Gorducho Diz:

    E a reencarnação está definitivamente provada – como sou racional e humilde, não tenho vergonha de admitir… – pois que temos o relato do Nascido Muitas Vezes p/o McMullen, que encerra a controvérsia.

  35. Defensor da Razão Diz:

    Ontem lembrei-me dos debates desse blog 2 vezes, em especial dos tópicos mais recentes: quando assistia no cinema o filme “Magia ao luar” e quando via um programa na TV sobre como nossos vieses evolutivos podem nos pregar peças quando interpretamos o que acontece à nossa volta e quando confiamos demais em nossa intuição.

  36. Vitor Diz:

    Defensor da “Razão”,
    se você mesmo se vê como defensor da “racionalidade”, da “ciência” e da “objetividade”, então você deveria mostrar essa mesma qualidade suas críticas. Um cético de verdade apresenta uma dúvida honesta, questionamento e investigação dos dois lados, considera as evidências em todos os lados e analisa seus bons/maus pontos, fazendo perguntas exploratórias, analisando as evidências, buscando a verdade.
    .
    Sua atitude aqui, entretanto, é típica de um pseudo-cético. Nada além de escárnios, tentando passar um ar de racionalidade superior, julgando sobre coisas que pouco ou nada conhece.
    .
    O ceticismo deve ser um instrumento e um método de inquirição para ajudar a aprender sobre as coisas e encontrar a verdade, não uma capa de defesa do paradigma ou do cinismo de alguém. Duvidar das coisas e procurar respostas ajuda a aprender, mas tentar derrubar tudo o que seja fora da nossa perspectiva do mundo não é aprender.
    .
    Céticos e cientistas materialistas não têm o monopólio do pensamento racional. Muitas pessoas racionais, intelectuais e inteligentes analisando a evidência empírica disponível, concluem que existe mais do que a realidade de um mundo material. O sistema cético de pensamento racional não é uma ditadura sobre o que compõe a realidade. Tal pode ser facilmente comprovado por todas as coisas em que os céticos estiveram errados antes, como a existência do sonar dos morcegos, da anti-matéria, e mesmo de lulas gigantes.
    .
    Reflita bastante sobre o que eu lhe disse, ok?

  37. Defensor da Razão Diz:

    Vitor, não preciso refletir muito sobre o julgamento que você, administrador do presente blog, acaba de emitir.
    A partir dele e do que tenho visto nos últimos tópicos, por razões que não me motivo a descrever, deixo nesse momento de aparecer por aqui, para ler ou para comentar.
    Bye.

  38. Vitor Diz:

    Farewell!

  39. Larissa Diz:

    Achei o artigo um bom ponto de partida. Só essa parte aqui não me convence muito: George tem um mínimo de educação formal.
    Parece q já ouvi esta história em algum lugar…

  40. Gorducho Diz:

    E o Nascido Muitas Vezes foi amigo do Alexander the Great, tutor da Cleópatra, e aparentemente conheceu JC (só não sei se estava lá no dia do julgamento e se terá por acaso encontrado o Lentulus…).
     
    A Srª também já não terá escutado história similar?

  41. Vitor Diz:

    Gorducho, eu não achei onde estaria a história de vida de Nascido Muitas Vezes, mas se ele foi tutor da Cleópatra, isso explicaria como McMullen foi capaz de achar o palácio dela.
     
    Quanto à educação de McMullen, incrível ele nessa educação superar os arqueólogos mais experientes em suas descobertas. Vejam o que diz Paddy Reid em sua tese:
     
    The author is deeply indebted to Dr. J. Norman Emerson of the University of Toronto for his instruction and inspiration over a number of years; and especially to Dr. Emerson and his collaborator Mr. George McMullen for their experiments in intuitive archaeology at the Boys site which led to the discovery of the palisade and of the second house structure. (THE BOYS SITE: A PICKERING BRANCH VILLAGS IN ONTARIO COUNTY, p. iv-v)
     
    A tese pode ser baixada aqui:
     
    http://digitalcommons.mcmaster.ca/opendissertations/5568

  42. Gorducho Diz:

    😮
    Eu sempre achara que o palácio tinha sido achado no local informado pelo Στράβων… Mas por isso é tão bom o Sítio: aprende-se e corrige-se cultura geral também!
    A psicografia está 3,31 na amazon, + frete bien sûr. É só usados, não sei se eles mandam eles mesmo. Se for assim talvez encomende amanhã se estiver com disposição ainda…
    Mas não vá achar que minha intenção fosse fazer escárnio. Justamente fico cogitando se ele não terá encontrado o Lentulus, caso tenha estado lá naqueles dias…

  43. Vitor Diz:

    Gorducho,
    um livro em que um dos capítulos se passa na época de Cristo, envolvendo o próprio, é “O Andarilho das Estrelas”, escrito por ninguém menos que…. Jack London! O livro já está em português e disponibilizado no scribd para baixar. Só tem que fazer o upload de um arquivo qq para poder baixar. No livro não se menciona nenhum Lentulus. O livro também tem várias coisas historicamente vistas como erradas hoje em dia.

  44. Phelippe Diz:

    Oi, Vitor, continuo lendo os artigos do blog e os comentários. Muito bom, bom mesmo. Curiosamente li as obras do Lobsang Rampa ( a quem interessar:http://www.lobsangrampa.org/portugues/index.html) e as achei idênticas aos livros do CX. O mesmo estilo, a vida após a morte, clarividência, lições morais etc. Acho que já conhece, mas fica o registro. E que tal movimentar as coisas por aqui desmascarando os falsos videntes? Conhece a rádio mundial de São Paulo? Acho que será um serviço de utilidade pública. Saudações.

  45. Vitor Diz:

    Oi, Phelippe
    já conheço o Lobsanga Rampa sim, tenho até alguns livros. Desmascarar videntes é complicado, sempre há o risco de processo. Essa rádio mundial de sp não conheço não, o que tem ela?

  46. Phelippe Diz:

    Oi, Vitor, td bem? Bem, essa rádio só apresenta programas de videntes. É bem interessante, para fins de estudo. Você pode acessá-la pela net e ouvir alguns programas esotéricos, previsões do futuro, essas coisas. Saudações.

  47. Gorducho Diz:

    Gorducho, um livro em que um dos capítulos se passa na época de Cristo, […]
     
    ?
    O que tem a ver c/o espírito protetor do McMullen?

  48. Gorducho Diz:

    Há… só agora percebi que o Sr. não percebeu que eu estava escarnecendo, em solidariedade ao Companheiro Racional :mrgreen:

  49. Vitor Diz:

    Eu percebi, mas apesar disso achei a ideia de comparar uma obra com outra boa para perceber a contradição das supostas testemunhas oculares.

  50. Gorducho Diz:

    Lógico. E o objetivo final é fraternalmente tentar fazê-lo perceber que o Nascido Muitas Vezes é um Lentulus norte-norteamericano.
    Daí, atingida essa compreensão, o Sr. deverá ser capaz de extrapolar por indução…

  51. Vitor Diz:

    Nascido Muitas Vezes jamais será um Lentulus norte-americano por já ter dado provas de conhecimento paranormal (coisa de Lentulus nunca fez). Ele está mais para o extraordinário Phinuit de Piper…o qual não se tem certeza se existiu.

  52. Gorducho Diz:

    O Lentulus foi pai adotivo da Semíramis.
    O Nascido Muitas Vezes foi tutor da Cleópatra.
    Ambos foram contemporâneos de JC.
    A alma do NMV depois imigrou p/a norte-nortamérica.
    A alma do Lentulus depois emigrou p/a sulamérica.
    Qual é a diferença na essência de ambas as carreiras espirituais?

  53. Vitor Diz:

    A diferença não está nas carreiras espirituais, mas no que os médiuns envolvidos puderam provar perante o público. Chico Xavier jamais aceitou se submeter a condições controladas, já o McMullen sim. Lentulus jamais pôde comprovar qq coisa de sua existência, e se quem indicou a localização do palácio da Cleópatra foi o Nascido Muitas Vezes então isso seria uma excelente prova que ele de fato exsitiu. Independente disso, McMullen reconhecidamente fez descobertas que ajudaram a Ciência, o que já o coloca a anos luz de distância de Chico Xavier.

  54. Gorducho Diz:

    […] e se quem indicou a localização do palácio da Cleópatra foi o Nascido Muitas Vezes então isso seria uma excelente prova que ele de fato existiu […]
     
    O Sr. segue insistindo com isso?

  55. Vitor Diz:

    Por que não?

  56. Gorducho Diz:

    Porque eu tentei lhe informar duma maneira gentil e indireta que foram os escritos do Στράβων,
    e outros possuídos pelo Dept° de Antiguidades do Egipto, &c.

  57. Vitor Diz:

    http://news.google.com/newspapers?nid=2519&dat=19800112&id=HvNdAAAAIBAJ&sjid=Zl8NAAAAIBAJ&pg=3997,1564404

  58. Marciano Diz:

    1. Gorducho Diz:
    AGOSTO 31ST, 2014 ÀS 10:33
    E a reencarnação está definitivamente provada – como sou racional e humilde, não tenho vergonha de admitir… – pois que temos o relato do Nascido Muitas Vezes p/o McMullen, que encerra a controvérsia.
    .
    1. Gorducho Diz:
    AGOSTO 31ST, 2014 ÀS 12:18
    E o Nascido Muitas Vezes foi amigo do Alexander the Great, tutor da Cleópatra, e aparentemente conheceu JC (só não sei se estava lá no dia do julgamento e se terá por acaso encontrado o Lentulus…).

    A Srª também já não terá escutado história similar?
    .
    .
    COMENTÁRIO:
    Parece que eu já ouvi essa história em algum lugar.
    Teria sido aqui?
    http://www.youtube.com/watch?v=66Jae4s34IE

  59. Gorducho Diz:

    Sim, agora graças aos resultados experimentais científicos, explicados pela mecânica quântica com variáveis ocultas não locais + relatividade restrita, também sabe-se que podemos fazer progressões para saber quem fomos n’algumas vidas futuras.

  60. Gorducho Diz:

    Eu já lhe expliquei indiretamente – sem sucesso pois cá não se pode ser sutil… – e depois diretamente, Sr. Administrador.
    Não vou criar um looping sem saída que poderá requerer 2 Ctrl Alt Del contribuindo p/danificar a superfície do disco.

  61. Vitor Diz:

    Gorducho,
    sua “explicação” é furada, simples assim. A matéria que lhe passei deixa isso bem claro. Mas se quiser algo mais completo….
    .
    http://obraspsicografadas.org/2011/caso-fantstico-na-arqueologia-subaqutica-uma-pesquisa-preliminar-do-porto-oriental-alexandria-egito-incluindo-uma-comparao-de-sonar-de-escaneamento-lateral-e-visat/

  62. Gorducho Diz:

    Repito que não vou entrar em looping. Pergunte ao Sr. JCFF se foram espíritos que localizaram o complexo subaquático.
     
    Como de praxe, o negrito é meu:
    The shape of the area of the city is like a chlamys;41 the long sides of it are those that are washed by the two waters, having a diameter42 of about thirty stadia, and the short sides are the isthmuses, each being seven or eight stadia wide and pinched in on one side by the sea and on the other by the lake.43 The city as a whole is intersected by streets practicable for horse-riding and chariot-driving, and by two that are very broad, extending to more than a plethrum in breadth, which cut one another into two sections and at right angles.44 And the city contains most beautiful public precincts and also the royal palaces, which constitute one-fourth or even one-third of the whole circuit of the city; for just as each of the kings, from love of splendour, was wont to add some adornment to the public monuments, so also he would invest himself at his own expense with a residence, in addition to those p35already built, so that now, to quote the words of the poet,45 “there is building upon building.” All, however, are connected with one another and the harbour, even those that lie outside46 the harbour. The Museum is also a part of the royal palaces; it has a public walk, an Exedra with seats, 794 and a large house,47 in which is the common mess-hall of the men of learning who share the Museum. This group of men not only hold property in common, but also have a priest in charge of the Museum, who formerly was appointed by the kings, but is now appointed by Caesar. The Sema also,48 as it is called, is a part of the royal palaces. This was the enclosure which contained the burial-places of the kings and that of Alexander; for Ptolemy,49 the son of Lagus, forestalled Perdiccas by taking the body away from him when he was bringing it down from Babylon and was turning aside towards Aegypt, moved by greed and a desire to make that country his own.
     
    E por aqui encerro isso. Não tenho paciência infinita.

  63. Vitor Diz:

    So what? It was not just a question of location, there were also literally hundreds of detailed observations including drawings, describing what would be found. All of this was confirmed first by Schwartz and his Remote Viewers.

  64. Vitor Diz:

    By the way…
    .
    a) Strabo descreve: “Lochias com um palácio real sobre ela.”[42] O que as palavras retratam parece claro à distância, mas, ao considerá-las no sítio, percebe-se que as palavras estão sujeitas a mais de uma interpretação. Mesmo Fraser parece ficar confuso ao descrever a área em torno de Lochias. O problema torna-se ainda mais complicado quando se considera que a península oriental do porto vista por Strabo tinha uma configuração geográfica muito diferente daquela que Saint Genis viu no século XVIII, ou que Mahmoud Bey viu no século XIX,[43] e que é muito diferente da que vemos hoje.
    .
    b)Strabo descreve o Farol como “… na extremidade da ilha, que é uma rocha banhada por todo o mar e tem sobre ela uma torre que é admiravelmente construída de Leucos lithos” – que por vezes tem sido traduzido como “mármore branco”.[51] Isso parece bastante simples, mas não é. Para começar, a área hoje conhecida como Kait Bey era, de fato, duas ilhas originalmente,[52] com um duplo arco que as ligava, o que permitia que os navios autorizados passassem entre os portos.[53] (Nenhuma imagem clara de como isso parecia pôde ser encontrada.)
    Algumas autoridades acreditam que o farol pode não ter sido construído no local onde o Forte Medieval Kait Bey agora está localizado, mas sim em cima de uma pequena ilhota, conhecida como Diamond Rock, que agora parece não estar relacionada à massa principal no fim do Heptastadium, embora, como Jondet e Saint Genis argumentam, possa ter estado uma vez conectada, como parte de um grande platô, cujas seções já afundaram.[54] Fraser, no entanto, discorda que Diamond Rock seja o local do farol.[55]
    .
    O que confunde ainda mais o assunto é a questão do que Strabo entende por Leucos lithos. Acreditamos que o mármore não teria sido o material escolhido durante o tempo de Ptolomeu Filadelfo (cerca de 280 AEC), quando a maior parte da construção do farol foi realizada.[56] O mármore é vulnerável aos efeitos corrosivos da maresia e, mais do que isso, não existe uma fonte de material que se aproxime dele. Historicamente, o mármore era escasso e caro, tanto que muitas vezes as estátuas de Alexandria tinham apenas os rostos esculpidos nesse material, por isso é difícil imaginar até mesmo os ricos Ptolomeus assumindo os custos das toneladas de mármore necessárias para revestir uma estrutura tão grande.[57]
    .
    c) Strabo diz: “Acima do porto artificial fica o teatro, na época o Poseidium – um cotovelo, por assim dizer, projetando-se a partir do Emporium, como atualmente é chamado, e contendo um templo de Poseidon. Ao cotovelo de terra Antônio adicionou um dique se projetando ainda mais longe, no meio de um porto, e na extremidade dele construiu um Alojamento Real que ele chamou de Timonium.”[76] O sítio do Timonium sempre exerceu um fascínio especial, porque foi nele que Antônio supostamente caiu sobre sua espada, e foi de lá que, ainda vivo, ele foi levado para Cleópatra.[77] Mas a questão da localização exata do Timonium permaneceu incerta.
    .
    d) Não parece haver qualquer referência definitiva a esta área, além da declaração de Strabo de que havia um palácio no cume de Lochias.[92] Este é possivelmente o palácio para o qual Antônio foi levado depois de cair sobre a espada, o local da último momento entre ele e Cleópatra. No entanto, como a península está tão grosseiramente alterada, dificilmente se pode dizer onde se encontra o cume que Strabo viu em relação ao que está presente hoje.
    .
    e) O trabalho de campo também põe em dúvida algumas fontes antigas, principalmente Strabo. A complexidade das descobertas no local que nós designamos como Sítio 8 sugere que a descrição que ele fez do Porto Oriental em 24 AEC pode ser distorcida. As coisas que ele diz que estavam lá parecem estar lá, mas não exatamente onde ele indicou.

  65. Gorducho Diz:

    É claro que não foram apenas os escritos do Στράβων… por
    Σέραπις!
     
    De qualquer maneira já disse que não vou ficar em looping. O Sr. está tão transtornado pela crença no sobrenatural que nada lhe faz ver o mundo real.
    O Sr. propõs um experimento de telepatia. Eu e outros concordamos – especificamente os Analistas CoC e Racional se ofereceram para colaborar, e implicitamente Marciano e Montalvão, suponho… Onde estamos com isso?
    Agora lhe proponho algo que considero bem justo. Nomeemos, se ele aceitar claro, o Sr. JCFF para arbitrar essa nossa controvérsia. Concorda? Acho que ele se interessa por história de modo geral, e possivelmente tenha acesso a fóruns.

  66. Vitor Diz:

    01 – O Sr. está tão transtornado pela crença no sobrenatural que nada lhe faz ver o mundo real.
    .
    Vc que está cego às evidências de psi. No mundo real, já foi dito, existem mais coisas do que supõe a nossa vã filosofia. Não foi só em Alexandria que mcMullen demonstrou seus poderes, mas no sítio Boys, em Marea (inclusive enfrentando os desafios de um arqueólogo cético) e em outras partes do mundo. Estou tentando conseguir mais artigos de Norman Emerson em que ele descreve seus achados.
    .
    E psi, no meu entender, nada tem de sobrenatural. Seria perfeitamente explicável em termos evolutivos.
    .
    02 – “O Sr. propõs um experimento de telepatia. Eu e outros concordamos – especificamente os Analistas CoC e Racional se ofereceram para colaborar, e implicitamente Marciano e Montalvão, suponho… Onde estamos com isso?”
    .
    Vocês que contactem a família da criança savant e peçam para realizar seus experimentos com ela. Ou falem com a autora do artigo. Eu não vou me meter nisso. Invisto meu tempo em tradução, na busca por plágios em livros psicografadas (ou erros históricos), e em pesquisas de reencarnação quando tomo conhecimento de algum caso. Não vou me meter em outras searas, nem hoje nem daqui a 10 anos.
    .
    03 – “Agora lhe proponho algo que considero bem justo. Nomeemos, se ele aceitar claro, o Sr. JCFF para arbitrar essa nossa controvérsia. Concorda? Acho que ele se interessa por história de modo geral, e possivelmente tenha acesso a fóruns.”
    .
    Boa ideia, mas prefiro que ele analise os livros escritos por McMullen (ou escrito por seus guias, não sei, não li) e o livro The Alexandria Project do Schwartz. Acho que ele não faria diferente, aliás. Só que como ele já está tem uns 10 anos só no Publio Lentulus, não tenho a mínima ideia de quando ele terminaria tal empreitada.

  67. Gorducho Diz:

    Não tente influenciar o arbitro!
    Vai propor a ele então?
     
    Quanto ao experimento, foi o Sr. que o propôs e nós concordamos. Nunca esteve vinculado a ninguém em especial, podendo ser qualquer dupla (emissor + receptor).
    Não quer se meter em outras searas? Mas não é a sua seara defender a existência do sobrenatural como verdade científica (e portanto necessariamente passível de experimentação feita por não-bobos)?

  68. José Carlos Ferreira Fernandes Diz:

    Caros Vítor e “Adiposus”,

    Como acompanho o “blog”, não pude deixar de notar esta última controvérsia. Fico muito honrado pela lembrança, e, embora tenha, sim, algum interesse em História, e mais especialmente em história da época clássica greco-romana, e também bizantina, não poderia assumir um compromisso nesse sentido antes de terminar, pelo menos, a pesquisa de Lêntulo o Sufeta (que, sim, está andando…).

    Apenas a título de considerações preliminares: a questão (me parece) teria de ser investigada tão-somente nos seguintes termos: levando em conta os conhecimentos disponíveis, quais as chances de uma pessoa acertar (supondo que tenha, de fato, acertado), sem uso de “cold reading”, as localizações específicas de certas estruturas, bem como o tipo de tais estruturas? Isso significa uma pesquisa bem detalhada.

    Além, é claro, de Estrabão (e, eventualmente, de outros escritores clássicos, até Amiano Marcelino), devem ser investigados os cronistas árabes medievais (muitos dos quais deixaram descrições de Alexandria, mencionando restos que à época ainda estavam visíveis mas que, depois, desapareceram), os viajantes ocidentais (tanto os pré-napoleônicos quanto aqueles que percorreram o Egito – e a cidade de Alexandria – ao longo do séc. XIX), e, é claro, os achados arqueológicos anteriores às descobertas mais recentes. Não sou, em absoluto, um especialista no assunto, mas isso inclui o manuseio cuidadoso, pelo menos, da “Topography of Ancient Alexandria”, de Barbara Tkaczow (de 1993, portanto, resumindo o “estado da arte” imediatamente anterior às recentes descobertas subaquáticas), bem como do levantamento ptolemaico-romano (do Egito e da cidade) “The Architecture ofAlexandria and Egypt – c. 300 bC to AD 700”, de Judith Sheila McKenzie, de 2007 (já incluindo os resultados das escavações marítimas de 1996-2006). Isso, no mínimo.

    Depois de levantado e analisado todo o material anterior, todas as informações referentes às “intuições” deveriam ser lidas e, também, analisadas cuidadosamente. O intuidor não teria recebido “pistas” (ainda que inconscientes) de arqueólogos ou de especialistas? De fato, tudo o que relatou, relatou “de si mesmo”? Etc… Somente então algum tipo de conclusão (supondo que se chegue a alguma) poderia ser emitida, com um mínimo de plausibilidade. Minha opinião pessoal (e trata-se apenas disso, uma mera opinião pessoal, sujeita eventualmente a modificações) é que o autor das “intuições” possuía algum conhecimento básico das fontes históricas, que lhe permitiu direcionar seus “palpites”, além, claro, de conhecimento razoavelmente profundo (em termos práticos, bem entendido) da natureza humana para “pescar” mais alguns dados úteis para suas “intuições”. Como se costuma dizer, “assombração sabe para quem aparece”… Mas, é claro, posso estar enganado.

    Quanto à entidade políbia (“de muitas vidas”), em minha opinião, é, na melhor das hipóteses, uma alucinação do “intuidor”, se não coisa pior. O simples fato de se apelar para tal tipo de coisa (e tutor de Cleópatra, justos Céus!!! Por que não de Ptolomeu Epifânio, ou de Ptolomeu Auletes? Por que justamente de Cleópatra, “a” Cleópatra, que “todo mundo” conhece?) já me faz desconfiar MUITO dessa história toda. Não conheço detalhes a respeito, mas, com um pouco de sorte, pode-se fazer uma análise histórica dessa estupenda entidade, em termos semelhantes à de Lêntulo, e verificar eventuais inconsistências.

    Tudo isso, claro, leva tempo. Se alguém quiser tomar a peito esse desafio, seria algo muito bom; de minha parte, meu tempo atual é escasso, e o tempo necessário para essa pesquisa será relativamente longo. Se eu, um dia, a fizer, pode até ser que mude minhas impressões iniciais, mas, sinceramente, acho isso muito difícil; crer nisso, do jeito que está apresentado (essa é a minha posição atual), é o mesmo que crer na veracidade do Sudário de Turim… Sds,

    JCFF.

  69. Vitor Diz:

    Gorducho,
    se você quer efeitos fantásticos de psi, então não pode ser qq dupla. Tem que ser pessoas que exibam capacidades muito acima da média da população. Aquela criança parece ser desse tipo – ou ela é telepata ou ela é um “clever hans”… como os vídeos do experimento aparentemente ainda não foram liberados, não dá para saber.
    .
    Se quiserem buscar repetir os testes ganzfeld, recrutem pessoas artisticamente dotadas, criativas. Pode ser qq turma de alguma faculdade de arte. Façam no mínimo uns 100 trials. Quanto mais melhor. Deve dar um percentual em torno de 45% (bem acima de 25%). Há faculdades no país com laboratórios ganzfeld que vcs poderiam usar.
    .
    Eu não tenho como realizar qq pesquisa laboratorial. Não sou vinculado a nenhuma faculdade, não recebo bolsa da FAPESP ou do CNPq ou coisa do tipo.

  70. Vitor Diz:

    Caro JCFF,
    muito obrigado pela participação. Sobre o psíquico ou médium receber pistas inconscientes ou de material já publicado, peço que leia um estudo que é semi-experimento e semi-pesquisa de campo que possui ótimas garantias contra tais pistas. O psíquico envolvido passou inclusive pelos desafios de um arqueólogo cético:
    .
    http://obraspsicografadas.org/2011/caso-fantstico-na-arqueologia-a-localizao-e-reconstruo-de-uma-estrutura-bizantina-em-marea-egito-incluindo-uma-comparao-entre-o-sensor-remoto/

  71. Gorducho Diz:

    Está certo, agora fraternalmente sem escarnecimentos (vou tentar honestamente…): claro que eu sei disso. Minha decepção, já lhe disse, é o Sr. ficar defendendo experimentos mal feitos ou a fuga para a estatística – que nunca foi a alegação motivante para a metapsíquica.
    O Sr. tendo um Sítio que fez tão bom trabalho, deveria ser o primeiro a reconhecer e se posicionar claramente que experimentos só seriam válidos along the lines cá delineadas – crédito p/o Analista Montalvão.

  72. Vitor Diz:

    Gorducho,
    há muito aprendi que o experimento é que deve se adaptar ao fenômeno, e não o contrário. O que vocês querem fazer é um erro dos mais básicos. Se psi não transmite números (exceto talvez para as crianças savant), paciência. Vocês não podem obrigar o fenômeno a se comportar da maneira que vocês querem. Psi transmite imagens de cunho emocional, então o experimento tem que ser feito com imagens de cunho emocional. Vários e vários psíquicos já passaram em testes assim. É um experimento replicável (Sean Harribance há décadas passa por tais testes).

  73. Vitor Diz:

    Uma correção, ou melhor, um complemento: psi pode até transmitir números, desde que tais números carreguem um valor emocional. Por isso em algumas comunicações mediúnicas o espírito pode dizer a data em que nasceu, casou ou morreu.

  74. Gorducho Diz:

    Em qualquer comunicação mediúnica sob forma de psicografia ou psicofonia – caso existissem… – o espírito poderia transmitir a data em que nasceu ou morreu em não estando acometido de peri-demência.
    Sou no entanto obrigado a concordar consigo quando diz que Ψ não transmite números; pois que como não transmite nada não poderia transmitir números que – ao menos metafisicamente… – não são nada. :mrgreen:

  75. Gorducho Diz:

    Lembro que o experimento foi proposto PELO SR. Só não esperava que nós aceitássemos fazê-lo não?
    Se deu mal…

  76. Vitor Diz:

    Eu creio ter deixado bem claro que era para fazer o experimento com a criança savant… e tem mais de uma, viu? Você não tem um caso isolado para fazer a pesquisa. Aí é com você.
    .
    Quanto a você dizer que psi não transmite nada, isso é só pseudo-ceticismo ou fé materialista em jogo… nada mais. No dia em que você puder explicar os resultados ganzfeld por vias normais, especialmente os obtidos com populações artisticamente dotadas, aí quiçá poderá dizer isso…

  77. Gorducho Diz:

    Não Sr. Não tenho as palavras exatas, mas o Sr. propôs algo como lhe satisfaria experimentalmente a transmissão dum string contendo 8 dígitos…; ao que eu respondi que sim, propondo que iniciássemos os preparativos. Aí o Sr. veio com a alegação que não tinha real intenção de efetivar o experimento, e estava na sua mente mentalizando um certo caso, &c…

  78. Vitor Diz:

    Aí o Sr. veio com a alegação que não tinha real intenção de efetivar o experimento, e estava na sua mente mentalizando um certo caso, &c…
    .
    Eu não disse absolutamente nada sequer parecido com isso. O que eu disse foi:
    .
    a) Quer telepatia sem uso algum de estatística, com rigor metodológico (múltiplas câmeras filmando tudo) passando números de 8 dígitos corretos ou até mais? Isso te convenceria? Se você disser que sim… não vai poder voltar atrás. Tudo bem?
    .
    b)O protocolo já foi feito, bem como o experimento. O artigo é “EVIDENCE FOR TELEPATHIC COMMUNICATION IN A NONVERBAL AUTISTIC CHILD”.[…] Aguardo seu parecer (ou dos demais que pediram tanto por ‘testes objetivos’).
    .
    c)Marciano,
    se querem testes feitos por vocês mesmos, aí vocês entrem em contato com a autora do artigo ou com a família da criança e façam os testes. Mas que me conste, tudo o que vocês pediram – sem uso de estatística, transmissão de números, replicável etc – foi atendido.

    .
    Tudo isso no tópico “ARQUEOLOGIA INTUITIVA: UM ESTUDO PRAGMÁTICO, POR J. NORMAN EMERSON”

  79. Gorducho Diz:

    Como não? Qual a diferença?
     
    a’) Quer telepatia sem uso algum de estatística, com rigor metodológico (múltiplas câmeras filmando tudo)
    isso mesmo;
     
    a”) passando números de 8 dígitos corretos ou até mais? Isso te convenceria?
    sim; eu ainda observei que é uma variante encarnada do experimento proposto pelo Analista Montalvão, o qual sempre defendi cá como o único possível praticamente; apenas acho mais específico dizer que seriam strings, uma vez que uma sequencia de 8 dígitos não será um “número”, visto inexistir intenção de realizar operações matemáticas sobre estas entidades (como códigos de barras não são números).
     
    a”’) Se você disser que sim… não vai poder voltar atrás. Tudo bem?
    Sim, tudo bem. Só fiz a ressalva de que não poderia garantir 100% poder comparecer nos (2 ou 3 dias?) por razões que já expus. Mas supondo a obviedade dele se realizar pelo entorno de vocês (SP, ahí, MG, GO digamos…) há os companheiros nos quais confio, de modos que se eles atestarem a realização, me comprometo sim a aceitar o resultado.

  80. Gorducho Diz:

    b)O protocolo já foi feito
     
    Puxa! Que rapidez: parece o The Flash. Eu não participei mas tudo bem… Quem participou?
    ( ) analista Marciano
    ( ) analista Racional
    ( ) analista Montalvão
    ( ) analista Coc
    ( ) analista Larissa
    ( ) Professor
    ( ) mrh
    ( ) Professor Biasetto
    ( ) Sr. JCFF (pode ser que tenha passado a se interessar pelo sobrenatural aplicado…)
    ?

  81. Vitor Diz:

    Ninguém participou. Mas eu perguntei antes o que seria necessário no protocolo, e vc concordou:
    .
    – câmeras filmando tudo (consta no resumo da autora)
    – números de 8 dígitos ou mais sendo transmitidos sem necessidade de estatística(também consta)
    .
    O que eu não disse é que o teste teria que ser feito com essas crianças savants que alegam telepatia. Mas vc disse que podia ser qq par emissor-receptor, então isso não deve ser problema pra vc…
    .
    E aí, vai entrar em contato com a autora ou com a família para replicar o experimento? Aí se vc não puder comparecer chama o marciano ou outro interessado para supervisionar…

  82. Vitor Diz:

    Como não? Qual a diferença?
    .
    Vc disse: Lembro que o experimento foi proposto PELO SR. Só não esperava que nós aceitássemos fazê-lo não?
    .
    Esperava sim, tanto que estou esperando até agora um de vcs entrar em contato ou com a família ou com a autora do artigo. o que for mais fácil. Aí é só replicar o experimento.

  83. Gorducho Diz:

    Nós negamos a existência dessas coisas. Como o Sr. deveria saber, o ônus da prova é de quem alega. Portanto, quem alega que telepatas existem é que deve apresenta-los para testes adequadamente desenhados e fiscalizados por céticos (e por Crentes também, é claro).
    E não, não há problemas. Qualquer par emissor – receptor (imagino que deva ser um par, os especialistas em telepatia são vocês). Eu nem sabia nem sei do suposto caso dessa pessoa quem o Sr. insiste em citar. Estamos falando de supostos telepatas genericamente – pare por favor de ficar particularizando para um caso.

  84. Vitor Diz:

    Como o Sr. deveria saber, o ônus da prova é de quem alega. Portanto, quem alega que telepatas existem é que deve apresenta-los para testes adequadamente desenhados e fiscalizados por céticos (e por Crentes também, é claro).
    .
    Puxa, então já ganhei, pois os testes ganzfeld possuem replicação até por céticos, e os testes foram desenhados e fiscalizados por céticos e crentes! Não achei que seria tão fácil convencê-lo!

  85. Gorducho Diz:

    O protocolo consiste nos detalhes quanto à geração da sequencia de dígitos; posicionamento dos fiscais da sala do emissor; fechamento e reabertura da porta; revista (particularmente para que não haja cumplicidade d’algum presente); posicionamento dos fiscais na sala do receptor; posicionamento do telepata receptor (de costas p/todos, &c), &c.
    É tão difícil p/o Sr. entender que tem de ser acordado por todos para justamente depois caso haja sucesso os próprios céticos não alegarem nada (temor que sempre disse ter o Professor)?

  86. Vitor Diz:

    O protocolo consiste nos detalhes quanto à geração da sequencia de dígitos; posicionamento dos fiscais da sala do emissor; fechamento e reabertura da porta; revista (particularmente para que não haja cumplicidade d’algum presente); posicionamento dos fiscais na sala do receptor; posicionamento do telepata receptor (de costas p/todos, &c), &c.
    É tão difícil p/o Sr. entender que tem de ser acordado por todos para justamente depois caso haja sucesso os próprios céticos não alegarem nada (temor que sempre disse ter o Professor)?

    .
    Fique à vontade para acertar esses detalhes, não faço a mínima questão de interferir nisso e aceito qq coisa que vcs decidirem quanto a isso. Minha única exigência é que o teste seja feito com aquela criança savant ou outra criança que a autora tenha estudado. Só isso. O resto é com vcs.

  87. Gorducho Diz:

    Ok, agora mudou de novo. Não será mais telepatia 😆
    Agora será ganzfeld. Tudo bem, desde que sem estatística que ninguém é bobo aqui.
    Vamos então começar a redigir o protocolo deste então?

  88. Gorducho Diz:

    E também não pense que vai conseguir me aplicar a história do “lado direito” do psíquico emotivo. Ou o ganzfeld lê a sequencia de dígitos ou lê a página de enciclopédia, dentro dos limites de aceitabilidade que forem definidos no protocolo que vamos redigir. Certo?

  89. Vitor Diz:

    Ou o ganzfeld lê a sequencia de dígitos ou lê a página de enciclopédia, dentro dos limites de aceitabilidade que forem definidos no protocolo que vamos redigir. Certo?
    .
    Não. Assim eu não aceito. Se quer ganzfeld, vai seguir o que já foi acordado pelos céticos e usar uma população de pessoas oriundas de uma faculdade de artes qq. Se quer números ou página de enciclopédia, vai usar as crianças savant estudadas pela autora. Ou um ou outro. Qq coisa diferente disso eu não aceito.

  90. Marciano Diz:

    Já ficou claro que testes não serão feitos.
    De qualquer maneira, folgo em saber que até jcff, que é um homem de religião, não engole essa história de falsas relíquias, nelas incluídas a do sudário de Turim.
    Pelo visto, coerentemente, ele não leva muito a sério esses políbios ou polinecros da vida, ou da morte, sei lá.
    .
    Vitor Diz:
    SETEMBRO 1ST, 2014 ÀS 11:54
    Gorducho,
    há muito aprendi que o experimento é que deve se adaptar ao fenômeno, e não o contrário. O que vocês querem fazer é um erro dos mais básicos. Se psi não transmite números (exceto talvez para as crianças savant), paciência. Vocês não podem obrigar o fenômeno a se comportar da maneira que vocês querem.
    .
    COMENTÁRIO: Em outras palavras, como diria cx, queremos fazer o telefone tocar daqui pra lá.
    .
    Parece que MONTALVÃO tem razão quando afirma que psi é fraca, débil, etc.
    .
    1. Gorducho Diz:
    SETEMBRO 1ST, 2014 ÀS 13:19
    Lembro que o experimento foi proposto PELO SR. Só não esperava que nós aceitássemos fazê-lo não?
    Se deu mal…
    .
    Também tenho a impressão de já ter visto isto antes. Seria algum diálogo entre LARISSA e o arnáldio?
    .
    1. Vitor Diz:
    SETEMBRO 1ST, 2014 ÀS 17:31
    Como o Sr. deveria saber, o ônus da prova é de quem alega. Portanto, quem alega que telepatas existem é que deve apresenta-los para testes adequadamente desenhados e fiscalizados por céticos (e por Crentes também, é claro).
    .
    Puxa, então já ganhei, pois os testes ganzfeld possuem replicação até por céticos, e os testes foram desenhados e fiscalizados por céticos e crentes! Não achei que seria tão fácil convencê-lo!
    .
    São argumentos assim que fazem a gente pensar que Vitor é especialista em erística.
    Sei que não é o caso, ele nem sabia qual o significado da palavra, ainda ofendeu-se com o que tinha a pretensão de ser um elogio.
    Só parece.

  91. Gorducho Diz:

    Esse ganzfeld é mais abstrato que telepatia. Para ser sincero, nem sabia que isso existia até o Sr. martelar nisso cá. É uma bobagem maior até que a telepatia portanto.
    É como eu lhe digo: como não conseguem resultados com o que foi de fato alegado historicamente, e que motivou a pesquisa psíquica e depois a metapsíquica (mesma cousa com outro nome para satisfazer a tradicional ronha franco-anglo) pelos místicos, e agora parapsicologia.
    Lhe dou um exemplo do que para mim seria convincente, mas poderá não ser para os outros céticos – por isso a necessidade do protocolo acordado por todos.
    Exemplo então: suponhamos que num teste de página de livro (que nem os psíquicos nem os Crentes saberiam de antemão qual tema seria, isso definido no protocolo)a página aberta contenha uma receita de sorvete frito. Se o psíquico mencionasse sorvete frito para mim já seria convincente. Agora jamais engoliria cousas tais como doce, frio, açúcar, massa… sem nexo sequencial. Mas por isso é necessário protocolo.

  92. MONTALVÃO Diz:

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    “Não foi só em Alexandria que mcMullen demonstrou seus poderes, mas no sítio Boys, em Marea (inclusive enfrentando os desafios de um arqueólogo cético) e em outras partes do mundo. ESTOU TENTANDO CONSEGUIR MAIS ARTIGOS DE NORMAN EMERSON EM QUE ELE DESCREVE SEUS ACHADOS.”
    .
    COMENTÁRIO: Os testes de MacMullen são do tipo que, dependendo de para onde se puxe a corda, podem ser indicativos de que o sujeito era poderoso, ou demonstrar que a desejo do experimentador (caso de Norman) fala mais alto que a realidade. Tente achar artigo que relate experimento específico dos poderes de MacMullen, do tipo que aqui sugeri (de visão remota-fundo-de-terra), e outro de psicometria: deste nada sugeri, mas proponho agora uma experimentação que me parece seria indicativa de algo anômalo a acontecer, anote: pega-se uma peça arqueológica, que não seja de sítios conhecidos, nem de personagens facilmente identificáveis, mas que se saiba a quem pertenceu (por exemplo: o cocar de um chefe índio historicamente registrado). Entrega-se o objeto a MacMullen (ou a outro, visto que malandro já morreu), para que o apalpe à vontade e informe quem foi o proprietário da peça.
    .
    O experimento de visão remota que sugeri, caso alguém não tenha visto, repriso-o a seguir:
    .
    MONTALVÃO: “A proposta é a seguinte: 1) pega-se um prato, desses decorados, pintados em relevo, de modo a não ser confundidos com os comuns. Entrega-se-o ao vidente para que o apalpe de tudo quanto é jeito que quiser (a fim de incorporar ao seu lado direito do cérebro o registro psíquico da manufatura);
    2) leva-se o vidente à area onde o teste será feito, para que dela se cientifique e armazene no seu orientador psíquico (também situado na lado direito do cérebro) a informação que quiser;
    3) vão todos para a casa;
    4) o dono do sítio, ou, de preferência alguém por ele indicado, enterrará o artefato nalgum ponto da propriedade (o enterrador não será noticiado do motivo da enterração);
    5) no dia seguinte os participantes retornam ao local. Quem cuidou do enterrro não deverá estar presente. O vidente poderá andar à vontade pela propriedade e terá cinco chances de indicar o local onde a peça se encontra.
    .
    A vantagem deste teste é que pode ser realizado em qualquer parte do mundo e proporciona respostas objetivas, desde que realizado com os cuidados devidos.
    .
    Eu forneço o local dos testes e o prato. Quem entra com o vidente?”
    .
    .
    É claro, são sugestões preliminares, quem quiser incrementar ou aprimorar a ideia sinta-se em casa.

  93. MONTALVÃO Diz:

    .
    Vitor Diz:
    Uma correção, ou melhor, um complemento: psi pode até transmitir números, desde que tais números carreguem um valor emocional. Por isso em algumas comunicações mediúnicas o espírito pode dizer a data em que nasceu, casou ou morreu.
    .
    COMENTÁRIO: ô ma che beleza! Então vamos preparar um teste prático e revelador. Pega-se o sensitivo e pede-se-lhe que dê o nome de dez personagens que lhe despertem emoções (podem ser figuras públicas, artistas, personagens históricos, ou parentes). O emissor dirá o nome de um dos selecionados seguido de um número. Exemplo: “Maria Gordurozen Eiscesso, 284352”. Sendo que a Maria Gordurozen é a mãe do receptor. Assim, ao bater-lhe no receptor psi de sua mente o nome da mãe, ela (a mente) abri-se-á para receber a informação numérica.
    .
    Calculo respostas em torno de 82,784% de acertos.
    .
    Vamos tentar?

  94. Gorducho Diz:

    Não será necessário fazer porque certamente esse teste já foi feito na América, fiscalizado por céticos cujo ceticismo supera tudo que o Sr. possa imaginar…

  95. Gorducho Diz:

    Refiro-me ao teste do enterro…

  96. MONTALVÃO Diz:

    .
    MARCIANO: Parece que MONTALVÃO tem razão quando afirma que psi é fraca, débil, etc.
    .
    COMENTÁRIO: ufa, ansiava que alguém concordasse com o óbvio. Visto que Vitor não conseguiu contestar a conjetura de Moi, ela continua válida a explicar o que seja a realidade psi.
    .
    O Vitor vem se esforçando por derribar um dos postulados da conjetura, aquele que afirma ser a “força” (caso exista) destituída de valor prático. Depois de pretender mostrar que a telepatia seja pedido de socorro, e este seria seu proveito, parece ter percebido não haver futuro em tal linha de defesa e optou por algo mais sofisticado: a visão remota arqueológica. Ah, também apresenta os “detetives virtuais” como exemplo de praticidade: pena que não mostre lista de desaparecidos encontrados psíquicamente, que validem esse paranormal: se achasse uns 50% de sumidos, em quaisquer circunstâncias que fosse, já seria algo indicativo. Mércia Nakajima, Elisa Samúdio, a pequena Madeleine, milhares de desaparecidos anônimos (e milhares de corações partidos), aguardam que os psíquicos despertem e ajam.
    .
    Na arqueologia, infelizmente, ele só tem garantias de sucessos de apologistas convertidos: ainda não apresentou um teste objetivo, em que MacMullen (ou outro) desse mostra concreta de sua capacidade enxergativa. E seria simplérrimo aprovar os dotados de visão arqueológica: bastaria enterrar apetrechos em duplo-cego (experimentador e experimentado) e deixar que o poder fluísse… Bastaria oferecer ao dotado objetos arqueológicos, só identificáveis por especialistas (e fora do ambiente do sensitivo: por exemplo, relíquias da Sibéria, do interiorzão da África) e ver se a psicometria funciona mesmo (cachimbo quebrado não vale).
    .
    Em tempo: a conjetura de Moi reza: “Psi, caso exista, mostra-se “força” branda, de manifestação esporádica, sem controle de quem a produz, e sem utilidade prática”.
    .
    Falou Moi.

  97. Vitor Diz:

    01 – Parece que MONTALVÃO tem razão quando afirma que psi é fraca, débil, etc.“Visto que Vitor não conseguiu contestar a conjetura de Moi, ela continua válida a explicar o que seja a realidade psi.”
    .
    Contestei sim, mostrei acertos de 47%, 50%, 75%, contra os 25% esperados. Como isso seria fraco? Entre o dobro e o triplo do que seria esperado.
    .
    02 – “Na arqueologia, infelizmente, ele só tem garantias de sucessos de apologistas convertidos:”
    .
    Que falso. McMullen passou em vários testes feitos por um arqueólogo cético.
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    03 – “pena que não mostre lista de desaparecidos encontrados psíquicamente”
    .
    Como não? Citei sim! O Jeffrey Mishlove mostrou casos que ele próprio investigou e com documentação que os psíquicos ajudaram a encontrar os desaparecidos.
    .
    04 – “E seria simplérrimo aprovar os dotados de visão arqueológica: bastaria enterrar apetrechos em duplo-cego (experimentador e experimentado) e deixar que o poder fluísse… ”
    .
    Puxa, os testes aplicados com mcMullen foram triplo-cego e nem isso te convenceu…
    .
    05 – “Bastaria oferecer ao dotado objetos arqueológicos, só identificáveis por especialistas (e fora do ambiente do sensitivo: por exemplo, relíquias da Sibéria, do interiorzão da África) e ver se a psicometria funciona mesmo (cachimbo quebrado não vale).”
    .
    Tudo que gera acerto para o Montalvão não vale 🙂 Vamos a mais exemplos:
    .
    O geólogo William Denton (1823-1883), inglês radicado nos Estados Unidos, descobriu que sua esposa e sua irmã tinham a faculdade psicométrica, quando deu a Elizabeth (esposa) um pedaço de fóssil, que ela identificou como pertencente a um paquiderme herbívoro, que vivia nos pântanos, semelhante a um elefante, antes que os especialistas tivessem feito sua classificação. […] há a transcrição de alguns casos como o de uma rocha de basalto negro[…]. Elizabeth Denton identificou sua origem vulcânica, sua trajetória da região das geleiras, no norte, para o sul, descreveu a influência das correntes marítimas neste deslocamento (a rocha veio no fundo do mar, em contato com o solo, o que lhe gerou estrias), a presença de gelo e água acima, durante o deslocamento, até o seu depósito em uma bacia, em lugar amplo. Todas as informações eram corretas, segundo o geólogo, que não havia passado nenhum dado sobre a pedra a sua esposa.
    .
    06 – “Em tempo: a conjetura de Moi reza: “Psi, caso exista, mostra-se “força” branda, de manifestação esporádica, sem controle de quem a produz, e sem utilidade prática”.”
    .
    Conjectura furada. Até porque mesmo a força “branda” de psi tem utilidade prática, como mostra esse artigo:
    .
    http://deanradin.com/evidence/Carpenter2010.pdf
    .
    Estes dois pequenos estudos oferecem algum apoio para a ideia de que, mesmo os efeitos relativamente fracos de psi obtidos em laboratório podem ser postos em prática na previsão de eventos futuros desconhecidos.

  98. Larissa Diz:

    “Psi, caso exista, mostra-se “força” branda, de manifestação esporádica, sem controle de quem a produz, e sem utilidade prática”
    .
    É o q eu tenho observado. Quanto a utilidade, talvez tenha alguma em nível subjetivo, assim como a meditação beneficia ao meditador.

  99. Vitor Diz:

    Oi, Larissa
    e as descobertas arqueológicas que a visão remota proporcionou? a solução de crimes? os ganhos no mercado financeiro? isso vai muito além do subjetivo…

  100. Marciano Diz:

    Ganhos financeiros, acredito que a psi consiga. Não no mercado, mas dinheiro de simpatizantes e de universidades públicas.

  101. Marciano Diz:

    Eis aqui um método garantido de obter ganhos financeiros com parapsicologia:
    http://www.metodopedromedeiros.com/interna.php?cod=2

  102. Marciano Diz:

    Outro exemplo:
    http://www.franceschinipsi.com.br/materias118.htm

  103. Vitor Diz:

    Marciano,
    É muito mais fácil psi ganhar dinheiro no mercado – como já ganhou de fato – do que de universidades públicas.
    .
    http://psiphen.colorado.edu/Pubs/Smith14.pdf

  104. Marciano Diz:

    Pelo que aprendi de Economia, não faz muito sentido.
    O simples fato de alguém “prever” o desempenho da Dow Jones já influencia no resultado.
    Até boatos são propalados com o objetivo de influenciar o preço de ações, e isso é crime.
    Economia é um campo no qual aplica-se perfeitamente o dito de que o vôo de uma borboleta pode causar um furacão.
    Você sabe de onde saiu o dinheiro para essa pesquisa com os dez videntes inexperientes?
    Alguma coisa a ver com a Universidade de Colorado?

  105. Marciano Diz:

    Isso não seria insider trading?
    Pela Lei brasileira, não seria, pela falta do elemento normativo do tipo, consistente no dever de manter sigilo.
    Não conheço a legislação dos Estados Unidos.
    De qualquer forma, o simples fato de se divulgar informações sobre o mercado influencia o próprio mercado.

  106. Marciano Diz:

    Estudei Economia como matéria propedêutica, tanto do curso de Direito como no de Contabilidade, já faz bastante tempo, tendo deixado o assunto para trás.
    Algum economista na escuta?
    Favor comentar.

  107. Gorducho Diz:

    Quanto a utilidade, talvez tenha alguma em nível subjetivo, assim como a meditação beneficia ao meditador.
     
    É por aí a cousa…. Se pessoas têm experiências místicas essas são verdadeiras por definição para o experiençante em seu foro íntimo. E se pessoas experimentam conforto ou desconforto com isso, passa a ser fato de cunho íntimo.
    Me parece que o posicionamento de mrh seria mais ou menos esse. Ou seja, ele é um místico: acredita na existência de seres ultra ou intramundanos que se comuniquem, mas não alega existirem provas científicas para tal.
    Corrija-me se errado e se estiver à espreita, Analista mrh.

  108. Larissa Diz:

    Vitor, são poucos e raros os casos em que há algumas utilidade os fenômenos psi. No entanto, de forma sutil e esporádica, a maioria esmagadora das pessoas já experimentou algum tipo de fenômeno – ao menos assim relatam.

  109. Gorducho Diz:

    Numa boa, sem sacanagem, Sr. Administrador. O Sr. entendeu como o pessoal lá de Boulder conseguia prever o mercado?
    Poderia explicar rapidamente com sua interpretação?

  110. Gorducho Diz:

    A esposa seleciona 2 fotos da pasta ImagensQualificadas com o critério de serem fotos o mais diferente possível. Digamos: (1) aquela da Eusapia levitando mesa + (2) um sorvete frito.
    É sorteada a foto que indicara Suba do mercado – digamos:
    (2) SUBA
    (1) BAIXA
    No dia do teste cada psíquico elaboradas uma descrição sumária e um esboço; de formas que tem-se 10 descrições c/esboço.
    G Grassouillet escreve sandfield for soccer e esboça um estádio no estilo retangular que está na moda…
    Para simplificar, digamos que os juízes então correlacionariam com a mesa quadrada da Eusápia (considerando o conjunto da obra decavisionária, claro)
    Daí significa previsão de BAIXA p/o mercado aquele onde eles investiam.
    É isso?

  111. Gorducho Diz:

    Finalmente é criado o evento que fora recordado pelos 10 videntes, uma vez que seria impossível recordar um evento que não existirá. Supondo que o DJIA subiu naquele dia, será mostrada a foto do sorvete frito na próxima aula/séance.
    É isso?

  112. MONTALVÃO Diz:

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    01 – Parece que MONTALVÃO tem razão quando afirma que psi é fraca, débil, etc.“Visto que Vitor não conseguiu contestar a conjetura de Moi, ela continua válida a explicar o que seja a realidade psi.”
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    VITOR: Contestei sim, mostrei acertos de 47%, 50%, 75%, contra os 25% esperados. Como isso seria fraco? Entre o dobro e o triplo do que seria esperado.
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    COMENTÁRIO: grupo de amigos se reúne uma vez por semana para tratar de assuntos de interesse comum (futebol, política, literatura, ou outro). São cerca de 20 a 30 participantes. Todos se cotizam para um churrasquinho e bebidas ao final dos encontros. Sempre sobra dinheiro, que é aplicado na compra de algo útil, a ser sorteado dentre os integrantes. Pergunta-se, qual a possibilidade de que um participante ganhe duas semanas seguidas? Pequena, mas possível. Qual a possibilidade de que seja premiado três semanas seguidas? Muito pequena, quase implausível. Mas aconteceu de verdade, e acontece.
    .
    No Estados Unidos, numa loteria de raspadinha, o prêmio mais cobiçado era um caminhão, desses que parece um palácio sobre rodas. Um sujeito ganhou a peça e foi convidado a dar testemunho público de sua sorte. Durante a filmagem lhe foi dada uma raspadinha nova, para que simulasse a emoção que o dominou quando viu que fora agraciado com o melhor brinde. Então, o sujeito começou a raspar e, de repente, passou a gritar feliz: “ganhei! Ganhei!”. Os promotores disseram, “tá boa a representação, mas não precisa ser tão enfático, pode parecer coisa combinada”, ao que o eufórico retrucou: “não, eu ganhei agora de novo, a raspadinha está premiada!”. Foi o maior auê, os organizadores não queriam liberar o segundo caminhão, mas a justiça concedeu o prêmio ao sortudo. Qual a possibilidade de uma situação dessas acontecer? Remota, é certo, mas acontece.
    .
    E o que teria a ver essas ocorrências com o paranormal? Perguntaria o crente. Tudo. São exemplos a mostrar que o inusitado acontece com relativa frequência. Para supersticiosos a explicação para casos assim se fará apelando para: espíritos, macumba, “poderes paranormais”, ou sorte do carvalho.
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    Então, vemos experimentos do paranormal em que os percentuais de acerto superam em muito as expectativas. O que significam? Prova da paranormalidade? Talvez significasse se houvesse experimentações disponíveis e conferíveis, todas ostentando resultados assemelhados, e em número suficiente para prover conclusão razoavelmente segura. No entanto, o advogado seleciona poucos casos de acertos expressivos como se com exceções se fizessem provas.
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    Se tais experimentações constituirem legítimas evidências, elas se repetirão em experiências variadas, com variados experimentadores, sempre apresentando o sucesso que ora se exalta. Lamentavelmente, sabemos de antemão (baseado no histórico desse tipo de investigação) que a realidade rapidamente engole esses pseudossucessos. É como o ciclista que, em competição, se destaca do grupo e, durante um período, parece estar em posição ultravantajosa, porém em pouco tempo o grupo o alcança e a vantagem se esvai.
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    02 – “Na arqueologia, infelizmente, ele só tem garantias de sucessos de apologistas convertidos:”
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    VITOR: Que falso. McMullen passou em vários testes feitos por um arqueólogo cético.
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    COMENTÁRIO: meio suspeita essa declaração: será que o arqueólogo cético era cético mesmo? Será que encontra artigos desse, do tempo em que duvidava, se manifestando contrário aos poderes de MacMullen e explicando seus motivos? E, depois, texto esclarecendo porque as razões que antes vigiam perderam importância? Pouco provável que consiga algo assim.
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    Seja como for, cético convertido ou não, o essencial é analisar que verificações o sujeito realizou, a fim de validar o trabalho de MacMullen: se for da mesma modalidade das que Norman procedeu, facilitando a vida do sujeito para que se mostrasse o paranormal que esperava que fosse, então não vale muito.
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    03 – “pena que não mostre lista de desaparecidos encontrados psíquicamente”
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    VITOR: Como não? Citei sim! O Jeffrey Mishlove mostrou casos que ele próprio investigou e com documentação que os psíquicos ajudaram a encontrar os desaparecidos.
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    COMENTÁRIO: Quais “desaparecidos” os psíquicos de Jeffrey acharam? Tem lista, convenientemente verificada, a relatar série de sucessos desses videntes? Ou o que dispõe são alguns poucos casos, em que se superexalta os supostos feitos de tais espertalhões?
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    04 – “E seria simplérrimo aprovar os dotados de visão arqueológica: bastaria enterrar apetrechos em duplo-cego (experimentador e experimentado) e deixar que o poder fluísse… ”
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    VITOR: Puxa, os testes aplicados com mcMullen foram triplo-cego e nem isso te convenceu…
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    COMENTÁRIO: claro que não convenceu, não convencem nem minha avó, que acreditava em saci-pererê… Bastaria um duplo-cego de teste efetivo, não do tipo “achar certa construção que sabemos estar em certo local, só não sabemos o ponto exato (mas acabaremos descobrindo)”. Aí, o alegado sensitivo elimina o já realizado, e que não deu certo, e fica com o caminho alumiado. Testar um ladino como MacMullen em campo aberto, sem elaborar prova adequada, devidamente controlada, equivale a pedir-lhe que ache água em terreno úmido.
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    A sugestão de teste que propus me parece adequada para tal verificação. O sujeito poderá segurar o apetrecho a ser enterrado o tempo que quiser (dentro de um limite razoável, claro); poderá conhecer o terreno onde a prova será realizada: só não poderá estar perto quando o enterro for feito, nem o enterrador ou quem tenha presenciado o trabalho estará presente quando da realização da experiência. Queria só ver se MacMullen, ou qualquer outro, daria reais mostras de “psicometria”… queria só ver…
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    05 – “Bastaria oferecer ao dotado objetos arqueológicos, só identificáveis por especialistas (e fora do ambiente do sensitivo: por exemplo, relíquias da Sibéria, do interiorzão da África) e ver se a psicometria funciona mesmo (cachimbo quebrado não vale).”
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    VITOR: Tudo que gera acerto para o Montalvão não vale Vamos a mais exemplos:
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    “O geólogo William Denton (1823-1883), inglês radicado nos Estados Unidos, descobriu que sua esposa e sua irmã tinham a faculdade psicométrica, quando deu a Elizabeth (esposa) um pedaço de fóssil, que ela identificou como pertencente a um paquiderme herbívoro, que vivia nos pântanos, semelhante a um elefante, antes que os especialistas tivessem feito sua classificação. […] há a transcrição de alguns casos como o de uma rocha de basalto negro[…]. Elizabeth Denton identificou sua origem vulcânica, sua trajetória da região das geleiras, no norte, para o sul, descreveu a influência das correntes marítimas neste deslocamento (a rocha veio no fundo do mar, em contato com o solo, o que lhe gerou estrias), a presença de gelo e água acima, durante o deslocamento, até o seu depósito em uma bacia, em lugar amplo. Todas as informações eram corretas, segundo o geólogo, que não havia passado nenhum dado sobre a pedra a sua esposa.”
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    COMENTÁRIO: não acha que a história é meio velhinha para poder ser confirmada? Que sorte na vida teve William Denton que, com tanta mulher no mundo, foi achar uma que tinha o dom a psicometria, hem? E maior sorte ainda: foi ele mesmo quem descobriu o talento da consorte: descobriu, experimentou e validou. Que outros experimentadores realizaram verificações confirmativas com técnicas adequadas? Experiências que supostamente corroboram a psicometria são sempre subjetivas, não se cobram dos que alegam “ler” objetos resultados concretos. Em realidade, no estudo de “poderes” desse tipo (psicometria, visão remota, clarividência) não se fazem experimentos voltadas para respostas efetivas, que eliminassem quaisquer outras hipóteses concorrentes (ou ao menos se mostrasse a melhor das várias opções disponíveis).
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    06 – “Em tempo: a conjetura de Moi reza: “Psi, caso exista, mostra-se “força” branda, de manifestação esporádica, sem controle de quem a produz, e sem utilidade prática”.”
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    VITOR: Conjectura furada. Até porque mesmo a força “branda” de psi tem utilidade prática, como mostra esse artigo:
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    http://deanradin.com/evidence/Carpenter2010.pdf
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    “Estes dois pequenos estudos oferecem algum apoio para a ideia de que, mesmo os efeitos relativamente fracos de psi obtidos em laboratório podem ser postos em prática na previsão de eventos futuros desconhecidos.”
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    COMENTÁRIO: logo com o que pretende garantir praticidade em psi: previsão de eventos futuros desconhecidos (claro, por que se forem conhecidos não será previsão). Se isso fosse verdade, competições esportivas (lutas, corridas, futebol, etc.), concursos públicos, casamento, contratos (os bancos teriam sempre um vidente a assessorá-los na segurança dos empréstimos) e praticamente todas as atividades do homem sofreriam drásticas mudanças. Ah, mas dirá alguém: “é força fraca, portanto só dá certo algumas vezes, sem que se possa saber com segurança quando funcionará ou não”. Humm, agora sim: está explicado porque os bancos ainda não contratam esse tipo de gente… e porque quase ninguém leva a sério esses discursos…
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    A respeito da utilidade de psi são bem-vindas palavras do parapsicólogo Robert Amadou, que admitia a realidade do paranormal mas não exibia igual crença alucinante que alguns.
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    AMADOU: 4. INUTILIDADE PRÁTICA DA PARAPSICOLOGIA
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    Assim, para nos limitarmos estritamente ao nosso tema, o fato de recorrer aos podêres do inconsciente – e especialmente aos podêres paranormais (cujo fruto deleitoso foi evidenciado pelo surrealismo), pode, em certas circunstâncias e tratando-se de determinadas pessoas, favorecer o progresso da “inteligência” ou, se fôr considerado o aspecto criador dessa inteligência, contribuir para a manifestação do maravilhoso, isto é, do belo.
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    Mas, se encararmos agora a vida cotidiana e o alcance verdadeiramente “prático” da parapsicologia, verificaremos, – da mesma forma que o professor Emilio Servadio que:
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    “OS FENÔMENOS PSI POUCO OU NADA INFLUEM NO DESENVOLVIMENTO DA NOSSA CULTURA. DE FATO, SÃO MUITO MENOS ÚTEIS QUE OS MEIOS NORMAIS DE COMUNICAÇÃO. NINGUÉM DUVIDARÁ QUE UMA MANIFESTAÇÃO DE TELEPATIA, POR IMPRESSIONANTE QUE SEJA, É INFINITAMENTE MENOS CÔMODA E MENOS EXATA QUE UM TELEGRAMA OU UM CHAMADO TELEFÔNICO”.
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    Tomemos um exemplo que criou muitas mórbidas ilusões.
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    O conhecimento do futuro (pelo menos do futuro individual humano) parece ter sido comprovado em alguns casos, mas, de qualquer maneira, é insuficientemente seguro para que alguém possa confiar nas indicações de um metagnomo e possa dirigir sua vida de acordo com as predições.
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    Um conhecimento exato, certo em cada experiência, é até hoje impossível. Estará um dia ao nosso alcance? Ninguém pode afirmá-lo. Mas suponhamos que isto seja possível. A maneira como se transtornariam tôdas as existências humanas, todos os comportamentos humanos, não provocaria inconvenientes catastróficos, que logo fariam desaparecer a pequena vantagem da predição do futuro?
    .
    E é mesmo possível que o conhecimento certo, exato, do futuro de cada um de nós terminaria por destruir-se a si mesmo. No ponto extremo desse conhecimento, o homem onividente já não pensaria, já não agiria e pouco se preocuparia em conhecer o seu destino. Encontrar-se-ia na mesma situação do homem que, segundo Bergson, tivesse perdido a memória, isto é, seu poder de esquecer. Também teria perdido a faculdade de viver no presente, utilizando o passado e preparando o futuro, revelado a si mesmo por si mesmo ou por algum confidente de nôvo tipo. Supondo que essa utopia se realizasse, seria a utopia de uma condição demente e, sem dúvida, mortal.
    .
    Ou, se adotássemos uma teoria psicanalítica, o homem perfeitamente equilibrado, o homem livre, desde que se livrasse da escravidão da fatalidade interior, poderia ser ainda objeto de precognições?
    .
    Adotemos a conclusão de Servadio: “Se o estudo dos fenômenos parapsicológicos é util, é somente na medida em que nos pode trazer melhor compreensão da mente humana e da sua natureza, tanto da vida psíquica em geral quanto de certas manifestações sôbre as quais podemos influir, mas não certamente no sentido de que possamos dever-lhe informações centíficas ou um enriquecimento de nossos valores culturais; mas esta incongruência e essa inutilidade estão perfeitamente de acordo com a concepção dos fenômenos psi como pertencentes a um mundo psicobiológico pré-individualizado, inconsciente e primitivo”. (Parapsicologia. Robert Amadou)

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    /
    1. Larissa Diz:
    “Psi, caso exista, mostra-se “força” branda, de manifestação esporádica, sem controle de quem a produz, e sem utilidade prática”
    .
    É o q eu tenho observado. Quanto a utilidade, talvez tenha alguma em nível subjetivo, assim como a meditação beneficia ao meditador.
    .
    COMENTÁRIO: muito bem Larissa, em poucas palavras disse tudo: a crença beneficia o crente (ao menos na superfície: “por dentro” é difícil aquilatar) e a crença no paranormal não escapa desa realidade.

  113. MONTALVÃO Diz:

    desa=dessa

  114. Larissa Diz:

    Naoseria difícil realizar experimentos com Reiki, por exemplo…

  115. Gorducho Diz:

    Para quem é bem relacionado, está aí um método relativamente fácil de ganhar dinheiro legalmente e ainda disfrutar de convívio social.
    i) Escolhe algum índice (IBOVESPA?…) e o tipo de aplicação atrelada ao mesmo que será usada.
    ii) Pede para algum conhecido ou conhecido dos conhecidos aficionado a imagens, um pen drive com no mínimo umas 5000 imagens variadas;
    iii) Reúne 10 ou mais conhecidos e abre conta conjunta numa corretora, cada um depositando uns R$ 5000 (ou mais depende do nível financeiro do grupo, claro).
    iv) Marca-se reunião 2x por semana que pode ser em locais variados, até mesmo restaurante.
    v) Algum familiar não participante direto seleciona as 2 imagens bem diferenciadas, sorteia qual representa suba ou baixa, e lacra os 2 envelopes. Sem comentar nada lógico.
    vi) Antes de começarem a beber e (depois talvez) comer, elaboram a tentativa de clarividência e depois criam a fato mostrando a todos a imagem correspondente ao resultado anterior.
    vii) Após acumularem um certo montante de lucros, o grupo poderá marcar uma excursão anual (se não forem algo afeitos a venturas – pelo risco de terrorismo falo – eu sugeriria que a 1ª incluísse o porto de Alexandria – quem souber mergulhar visita o palácio da Cleópatra).
    Ganha-se legalmente dinheiro e cultiva-se amizades.

  116. Gorducho Diz:

    Lógico que a corretora deverá ser de quando em vez trocada para não crescer o olho dos caras e pegarem carona na previsão, o que poderá até influenciar o mercado, conforme observou o Analista Marciano.
    E o grupo tem que manter discrição…

  117. Marciano Diz:

    MONTALVÃO DIZ:
    .
    “Um conhecimento exato, certo em cada experiência, é até hoje impossível. Estará um dia ao nosso alcance? Ninguém pode afirmá-lo. Mas suponhamos que isto seja possível. A maneira como se transtornariam tôdas as existências humanas, todos os comportamentos humanos, não provocaria inconvenientes catastróficos, que logo fariam desaparecer a pequena vantagem da predição do futuro?”.
    .
    COMENTÁRIO:
    Foi exatamente o que eu disse com o exemplo das ações da Dow Jones.
    GORDUCHO entendeu.

  118. Larissa Diz:

    Montalvão, só curiosidade: vc é ateu?

  119. MONTALVÃO Diz:

    .
    Larissa Diz:
    Montalvão, só curiosidade: vc é ateu?
    .
    Resposta: não.

  120. Larissa Diz:

    Em q vc crê? Se vc não quiser responder, mudemos o rumo da conversa…

  121. MONTALVÃO Diz:

    .
    Larissa Diz: Em q vc crê? Se vc não quiser responder, mudemos o rumo da conversa…
    .
    COMENTÁRIO: não precisamos mudar o rumo, nada tenho a esconder, a não ser a nudez…
    .
    Creio em Deus, como entidade, ou força, ou o que seja, de um modo que não podemos definir ou delimitar. As tentativas humanas de situar Deus nos limites do pensamento são baldadas. Entretanto, Deus, se existir (no que creio) é, como diriam os escolásticos, absconditus (abscôndito), ou seja, oculto, imanifesto. As alegadas intervenções do divino na história são inconfirmáveis. Mesmo assim creio porque cultivo a esperança de que me espera existência futura, rica, produtiva, criativa: para mim, Marciano e todos (você incluída).
    .
    Vejo-a no céu.

  122. MONTALVÃO Diz:

    .
    Larissa,
    Agora a curiosidade é minha: por que inferiu meu ateísmo a partir de meu posicionamento contrário ao paranormal? Deus não tem nada a ver com a paranormalidade, que é coisa da cabeça dos homens.
    .
    Mais abismada ficará quando souber que o Vitor, ferrenho defensor da mediunidade saxônica e da “força”, é ateu confesso…

  123. Larissa Diz:

    E o qual o sentido de “imanifesto”? Vc tem acha q há vida após a morte?
    .
    Eu sempre soube q o Vitor é ateu. Vc eu não tinha entendido ainda. Pq, de crença por crença, me parece q vc tem argumentos muito bons contra a fé sem evidências, ou com evidências tênues.
    .
    O q te pergunto me instrui. Eu tenho muita consideração por suas opiniões.

  124. Marciano Diz:

    LARISSA

  125. Marciano Diz:

    LARISSA não me perguntou, talvez porque já saiba, mas Credo in Deum, pater omnipotentuem, Creatorem Ceali e terrae et in Jesum Christum, Filium ejus unicum, Dominus Nostrum qui conceptus est de Spiritu Sancto
    Natus ex Maria Virgine passus sub Pontio Pilato
    crucifixus, mortus, et sepultus, descendit ad inferos,
    tertia dia ressurexit a mortuis, c ascendit at caelos,
    sedet at dexteram Dei Patris omnipotentis inde venturus est judicare vivos et mortuos.
    Credo in Spiritum Sanctus, sanctam Ecclesiam Catholicam, Sanctorum Communionem,
    remissionem pecatorum, carnis ressurrectionem,
    vitam aeternam.
    Amem.
    .
    O único problema é que é mentira, não sou bobo assim.

  126. Marciano Diz:

    MONTALVÃO fez mais um aniversário (parabéns), está velhinho e com medo de morrer, daí…

  127. Larissa Diz:

    Eu sei sua opinião, Maeciano. Tb sei do Vitor, do Márcio, do Antônio, do Biasa e do Scur. Me faltava o Montalvão. O Toffo desconfio fortemente q seja agnóstico.
    .
    Acho q a natureza é a manifestação de deus. As leis da física, a evolução das espécies, etc. Não temos nenhum privilégio, nem somos especiais e nem virá ninguém do espaço nos salvar de nos mesmos. Mas o fato de existir “algo”, um átomo q seja, é evidência q há uma “força” q não compreendemos, mas q existe e vai muito além de teorias antropomórficas. Mais fascinante é pensar que somos um subproduto deste universo e nos tornamos autoconscientes.
    .
    Parabéns, Montalvão!

  128. Larissa Diz:

    Me esqueci do Gorducho, q desconfio q seja ateu.

  129. Gorducho Diz:

    Uma das passagens mais cômicas do espiritismo é o Kardec tentando definir Deus na #13. Aí ele coloca na boca do “espírito” todas perfeições escolásticas que ele aprendeu nas cartilhas de catecismo católico: eterno; infinito; imutável; imaterial; único; onipotente; soberanamente justo e bom… E discorre justificando porque esses axiomas são necessários. Mas daí ele se flagra que daí não se tira conclusão nenhuma, pois obviamente é um conjunto de dogmas arbitrários. E na #14 então o “espírito” apela:
    Deus existe; disso não podeis duvidar e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria melhores, antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditaríeis saber, quando na realidade nada saberíeis.
    :mrgreen:

  130. Sanchez Diz:

    Parabéns Montalvão por o que volta todos os anos. Seus comentários são muitos bons. Sempre aprendo alguma coisa como tudo neste site.
    .
    Sobre Deus. Penso que Kardec não copio as definições de Deus dos escolásticos é que desde a Patrística não apareceu nenhuma novidade em relação ao conceito e as provas da existência de Deus apenas um desenvolvimento do argumento ontológico atribuído a Sto Anselmo. Então mesmo se Kardec desenvolvesse uma nova teologia cairia nas mesmas definições e implicações dos antigos, ou seja, reinventou a roda.

  131. MONTALVÃO Diz:

    .
    Grato a todos pelas parabenizações, é sempre bom ser lembrado, mesmo que para lembrar que se envelhece mais e mais… Só que ainda tenho um dia de juventude, o aniversário é amanhã…
    .
    Marciano, não tenho medo da morte. Mas, me fosse dado escolher, não gostaria de perecer nas mãos de vagabundos, nem atropelado, nem caindo de cabeça, atingido por raio, devorado por leão, cheio de lombrigas, com pé inchado, etc. Quero morrer dormindo e acordar no outro mundo…
    .
    Que não seja esta noite, mas se for fui…

  132. Marciano Diz:

    MONTALVÃO, também quero morrer dormindo.
    Se tiver chance, quando sentir que está perto, se tiver uma oportunidade, tomo uns dez dormonids 15mg. Não é seguro tomar mais do que isso, pois pode causar gastrite e vômitos, não passando de uma bela tentativa, pois alguém pode me socorrer.
    Antes, ainda quero fazer uns 200 aniversários.
    Você vai mandar o pedaço de bolo que pedi?
    Pode ser por telecinese ou por teletransporte.
    Escolha se quer um meio científico parapsicológico ou de mecânica quântica de gibi.
    Só não se esqueça do meu pedacinho.

  133. MONTALVÃO Diz:

    .
    LARISSA: E o qual o sentido de “imanifesto”? Vc tem acha q há vida após a morte?
    .
    COMENTÁRIO: não sei se há vida após a morte, mas almejo que haja e havendo que seja coisa melhor do que aqui temos. Espero que meus cachorros que se foram estejam lá me esperando: o Pink I, Pink II, a Sedosa, a Branquinha, a Gélida… e os gatos, a Sally, a Gata Velha, o Malhado, o Preto e Branco, a Peludinha…
    .
    Imanifesto é que não se faz ostensivamente presente: Deus concretamente não “desce” dos céus para conversar com ninguém, nem nos visita em sonhos, tampouco responde orações, por isso imanifesto. É certo que podemos admitir que “as coisas visíveis dão testemunho das invisíveis”, mas mesmo assim não há ação divina generalizadamente perceptível no mundo. No entanto, a fé faz com que “vejamos e sintamos” Deus…

  134. MONTALVÃO Diz:

    Marciano,

    Não vou mandar bolo por e-mail, nem por telepatia: prefiro guardá-lo no armário para quando vier me visitar: bolo plusvita e Qsuco de limão para beber…

  135. Marciano Diz:

    Se tiver um pouquinho de álcool no Qsuco, está ótimo para mim.
    Que Dionísio lhe dê muitos anos mais ainda.

  136. Larissa Diz:

    Entendi, Montalvão. Obrigada. Espero q vc tenha acordado bem 🙂

  137. Toffo Diz:

    Estou meio afastado das análises, mas tenho lido os conteúdos. Esses assuntos de psi eu não entendo, as pessoas e pesquisas envolvidas eu não conheço, portanto não me sinto qualificado a discutir aquilo que não sei. O que eu sei é espiritismo, e aí eu palpito mesmo.
    .
    Parabéns ao Montalva, que eu lembrava ser meu vizinho de aniversário. Eu completei meus sessentinha dia 24 de agosto.

    Respondendo à pergunta da Larissa: eu não sou propriamente agnóstico, sou cético. Tendo a achar que nada existe além da vida ordinária neste mundo. Acho interessante a ideia de uma inteligência superior abscôndita, misteriosa, que nos dê força nos momentos difíceis. Porque, cá entre nós, é difícil nos vermos sozinhos nos momentos difíceis. Assim como nós mesmos ajudamos outras pessoas em dificuldades, mesmo elas não sabendo. Mesmo considerando tal coisa como ficção, acho que é um bom tempero para a vida; uma vida só calcada no real e tangível é monótona e chata. Como funciona tal inteligência, não faço a menor ideia, mas o sentimento de que talvez exista já é um consolo. Mas não aceito que ela seja uma rainha absolutista, de cuja vontade tudo no mundo dependa. Nosso pensamento já progrediu o suficiente para deixar as veleidades monárquicas e se ajustar às impessoalidades republicanas. Nesse ponto sempre gostei muito da mitologia grega, com seus deuses que ajudavam os mortais sub-repticiamente e os protegiam, afinal a vida não passa de um grande jogo de sedução. É isso.

  138. Larissa Diz:

    Parabéns pra vc tb, Toffo!

  139. Larissa Diz:

    “uma vida só calcada no real e tangível é monótona e chata. ”
    .
    Minha vida se tornou muito mais divertida lidando apenas com o real e tangível. Na prática, sou ateia. Não rezo, não acendo velas, não tomo passes, não tomo banhos de descarrego, etc. Mesmo a meditação, pratico sem esperar iluminação.
    Uma das maiores pragas da minha vida foram as religiões e os mitos criados por elas.
    .
    Com relação aos fenômenos psi, entendo muito pouco. Mas há sim evidências, ainda q tênues, de que algumas pessoas são capazes de feitos extraordinários. Só não é um fenômeno ostensivo. É isso.

  140. Marciano Diz:

    Deixei meus cumprimentos pelo seu aniversário no face, TOFFO, se não me engano, na véspera.
    .
    Eu concordo quase sempre com você e o MONTALVÃO.
    Nossas pequenas arestas são poucas, no entanto contundentes.
    .
    Com base em seu último comentário, por exemplo, eu quero também revelar o que talvez ainda não seja conhecido dos demais frequentadores.
    .
    .
    “Respondendo à pergunta da Larissa: eu não sou propriamente agnóstico, sou cético. Tendo a achar que nada existe além da vida ordinária neste mundo”.
    .
    COMENTÁRIO:
    Pela sua nomenclatura, eu já fui cético. Não o sou mais.
    Eu tendia a achar que nada existe além da vida (claro, dos seres viventes). Hoje tenho a mais absoluta certeza. Sei que essas elucubrações sobre coisas misteriosas são apenas fruto de nossos mecanismos de defesa psicológica, de nossa impotência diante dos fatos que nos desagradam.
    Alguns se aproveitam dessa curiosidade e desse temor para instilar ideias loucas nas cabeças dos outros e levarem alguma espécie de vantagem, financeira ou não.
    A vida (não só de humanos) talvez só exista aqui na Terra.
    O resto não tem nada a ver conosco.
    Somos apenas uma anomalia no universo. Se existisse algo como uma divindade (conceito escancaradamente antropomórfico da natureza) ela não daria a menor importância a uma anomalia que surgiu recentemente num cantinho insignificante do universo.
    .
    .
    “Acho interessante a ideia de uma inteligência superior abscôndita, misteriosa, que nos dê força nos momentos difíceis. Porque, cá entre nós, é difícil nos vermos sozinhos nos momentos difíceis”.
    .
    COMENTÁRIO:
    Pois eu não acho nada interessante. Faz parte da vida (nossa e de outros viventes, de insetos a vegetais) passar por momentos difíceis.
    O tsunami asiático matou um monte de vegetais, peixes, insetos, deixou outros tantos bem mal.
    Eles não têm consciência, mas se tivessem, achariam tudo isso difícil.
    Alguns animais têm algum nível de consciência e nenhum deles gosta de sentir dores. Muitos fugiram do tsunami apenas porque têm audição melhor do que a nossa para ouvir sons subsônicos e herança genética para temer o desconhecido. Já nosso ouvido é melhor para ouvir uma sinfonia de Shostakovsky (nem todos, claro, alguns são surdos, outros têm péssimo ouvido musical).
    Não fosse o fato de alguns acharem essa ideia interessante, não haveria histórias de super-heróis, mitologia, etc.

    .
    .

    ..
    “…uma vida só calcada no real e tangível é monótona e chata”.
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    COMENTÁRIO:
    Minha vida é calcada só no real e em algumas coisas intangíveis, como conceitos matemáticos, científicos, filosóficos e psicológicos. Não a acho chata e monótona. Aliás, já que falei em Shostakovsky, acho minha vida cheia de tons e semitons, em toda a escala musical, cheia de acordes, bem prazerosa e, não obstante, finita. A qualquer momento, ela pode passar a ser horrível e até algo neutro, como deixar de existir. É só uma questão de tempo (que eu espero que seja muito).
    Gosto de música, literatura, cinema, mas sei que a sensação de bem-estar é apenas uma válvula que podemos e devemos usar e deixo só nisso. Mantenho o limite da sanidade mental.
    Adoro sexo, mas sei que é por causa da seleção natural. Olhem os pandas!
    Tenho afeto por algumas pessoas, mas sei que isso depende de vários fatores, todos eles naturais. Tenho afeto, inclusive, por animais de outras espécies, a exemplo de MONTALVÃO, que adora seus pets vivos ou falecidos.
    .
    .
    “Como funciona tal inteligência, não faço a menor ideia, mas o sentimento de que talvez exista já é um consolo”.
    COMENTÁRIO:
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    Penso que consolo, no sentido de aliviar sofrimento através de artifícios psicológicos, é bobagem.
    Para dores físicas, existem analgésicos e anestésicos. Para sofrimento moral, o que temos de ter é dignidade para suportá-los sem recorrer a artifícios de fuga da realidade.

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    .
    “Nesse ponto sempre gostei muito da mitologia grega, com seus deuses que ajudavam os mortais sub-repticiamente e os protegiam…”.
    .
    COMENTÁRIO:

    Sempre gostei de mitologia grega em particular, menos do que a nórdica ou a hebraica, por exemplo. Esta última perdura até hoje e leva a um monte de religiões conflitantes.
    A fantasia, seja ela na forma de mitologia, romances livrescos ou cinematográficos, artes, etc., são necessidades psicológicas, como necessidades físicas tais como comer, dormir, etc.
    Devemos a elas recorrer apenas por prazer, não por fuga da realidade.
    .
    .
    .
    Embora eu saiba que aniversário é um costume ilógico, pois não temos data marcada para envelhecer, o que acontece a cada segundo, sendo os calendários fruto da necessidade de entender os ciclos de nosso ínfimo sistema planetário, e sendo a duração da translação da Terra apenas casual, parecendo-me, até onde sei, que turcos, e.g., não comemoram aniversário de nascimento, desejo a você pelo menos mais umas 30 circunvoluções em torno de nossa estrelinha, desde que esteja lúcido, sagaz e serelepe, com ainda está.
    Eu também ainda quero muitos périplos ao redor dessa grande (para nós) massa de hidrogênio se convertendo em hélio pela pressão gravitacional. Desde que meus neurônios e demais células, tecidos e órgãos ainda estejam dando conta de tudo satisfatoriamente.
    .
    .
    LARISSA, bom progresso no caminho da sanidade.
    Que você se torne cada vez mais livre.
    E existem pessoas capazes de feitos extraordinários mesmo. Mike Tyson, Mozart, Newton, Gauss…

  141. Toffo Diz:

    Eu sou um pouco celta, Marciano. Gosto de viajar na maionese, embora com moderação. Assim como a gente toma nossa cervejinha no fim de semana.

    Explicando melhor a vida real e tangível: é quando nos falta a fantasia. A vida do dia-a-dia é meio tediosa de vez em quando. Mesmo quando aparecem as tragédias, que passam como tempestades, elas tendem a virar comédias assim que são superadas. Talvez esse Deus seja uma fantasia, que a gente usa como refresco, um cooler. Gosto de reescrever a realidade conforme eu gostaria que fosse. Nisso encontro algum consolo frente aos vinagres da vida-cão.

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