DISCUSSÃO DOS FENÔMENOS DE TRANSE DA SRA. PIPER, por Frank Podmore (1899)

É com grande satisfação que anuncio a tradução de um dos artigos de Frank Podmore (um dos pesquisadores mais céticos da S.P.R!) sobre a extraordinária médium Leonora Piper, tradução essa feita por Haggen Kennedy! Para quem quiser contratar os serviços de tradução do Haggen (a quem muitíssimo agradeço!), clique aqui. O artigo de Podmore é ótimo, comparando os diferentes aspectos das faculdades supranormais de Alexis Didier, Stainton Moses e de Adèle Maginot com a mediunidade de Piper, e ressaltando a completa impossibilidade de aquisição de informações por meios normais da parte dela (e em menor grau da parte de Adèle também). Para ler o artigo, clique aqui.

157 respostas a “DISCUSSÃO DOS FENÔMENOS DE TRANSE DA SRA. PIPER, por Frank Podmore (1899)”

  1. Gorducho Diz:

    Percebam Srs. leitores, principalmente os anônimos… No fim da rubrica sobre o DD Home, é dito que a mediunidade mental va de mieux en mieux, sendo citado extraordinário estudo do ano 10 do presente século.
     
    M/alfinetada é solenemente ignorada e, ao invés de dar-se sequência à análise das certamente importantes evoluções ocorridas nos últimos 5 anos referentes aos citados estudos científicos, é feito retorno de 1 século, i.e., ao ano 10 da anterior centúria, realimentando-se o looping infinito da mitologia crédula.
     
    É isso com a psicologia da Credulidade.

  2. Espírita Sp Orlando Diz:

    Não conheço a sra.Piper. Vou estudar mais a fundo e entender. Pelo que pude notar é uma medium que deu certo no campo mediunico. Abraço

  3. Gorducho Diz:

    Ms. Piper incorporava um colega seu que não entendia nada de medicina e não sabia onde tinha nascido cá na crosta 🙁

  4. Gorducho Diz:

    CORREÇÃO: Ele entendia sim de medicina
     
    Não entendia era de francês; ele esqueceu tal como o Emmânuel esqueceu o latim mesmo tendo sido senador romano e o Manuel da Nóbrega.
    Explicação dele (falando em 3ª pessoa):
    Ele trabalhou muito tempo em Metz, e como tem muitos ingleses lá acabou esquecendo o francês.
     
    Dizendo qual era o nome dele p/o Hodgson:
    Foi o médim Cocke que insistiu que meu nome era Phinuit um dia numa sessão. Eu disse, “Tudo bem, me chamem Phinuit se quiserem”. Mas veja Hodgson, meu nome é Scliville, sou Dr. Scliville. Mas, pensando bem, eu tinha outro nome entre John e Scliville.

  5. Gorducho Diz:

    Favor fechar o bold depois do ª, Sr. Administrador.
    Como autopunição, prometo que me calo cá!

  6. Marciano Diz:

    ORLANDO, tem recado pra você, no tópico de Harribance.

  7. Vinicius Diz:

    Minha nossa, estou realmente decepcionado com o CX. É como o AG falou outro dia do cafézinho com o Administrador quando se decepciona com CX. Não é fácil, sei que deve encher o saco de vocês isso, pois devem ter discutido exaustivamente CX e seus livros. Mas o bicho pegou quando contei a minha esposa das cartinhas para as mamães: nossa, eu fiquei constrangido hoje, com a cara no chão, ela falou: ele fazia isso com pessoas que acabaram de perder filhos pequenos? Não tinha nenhum peso na consciência? Minha esposa nunca foi espirita, já chegou a ir comigo na FEESP e em centros e tal e nunca combateu a doutrina nem nada, mas até ela, que não é e nunca foi, ficou surpresa com essas falcatroas todas.
    Ela até falou: copiar trechos de livro é errado, é, mas brincar com sentimentos da perda de filho pequeno é muitissimo pior.
    Eu procurei dar uma atenuada, falei que todos cometemos equivocos, a gente não sabe o que passava na cabeça dele e tal.
    olha o CX construiu uma personalidade de “santo” e bondade no Brasil que choca até quem nunca foi espirita !!!

  8. Contra o chiquismo Diz:

    Queria ver se essa piper seria aprovada em 2015.

  9. Borges Diz:

    Se considerarmos que as informações supostamente de fontes mediúnicas, foram na realidade, resultado de fraudes, então uma pergunta fica sem resposta. Por que a Médium que era tão ciosa quando se tratava de colher informações sobre seus consulentes, foi tão negligente e descuidada com relação às informações sobre seu controle? A única resposta que vem a minha mente é que Eleonora não escolheu o seu controle, ele simplesmente apareceu em sua vida, caso contrário, se fosse resultado de fraude, as informações a seu respeito seriam fartas e precisas.
    É importante reforçar que a personalidade do controle é independente da personalidade da médium, portanto, tinha vontade própria e pode ter optado por esconder sua identidade terrena. Assim, eu deduzo que as inconsistências encontradas nas informações sobre o Dr. Phinuit, longe de pesar sobre a mediunidade de Piper, constitui um fator positivo que a exime de culpa por fraudes.
    Obrigado

  10. Vitor Diz:

    Oi, Borges
    sobre o Phinuit, sugiro ler:
    .
    http://obraspsicografadas.org/2014/o-misterioso-dr-phinuit-2009-por-michael-e-tymn/

  11. Contra o chiquismo Diz:

    Borges, as ‘entidades’ que apareceram pra piper não podem aparecer hj mais?

  12. Vitor Diz:

    Oi, Contra
    pelo menos quanto ao Phinuit, se ler o artigo que sugeri ao Borges, é dito que ele avançou e foi pra outro trabalho. Não deve voltar mais… se é que de fato era um espírito…

  13. Vinicius Diz:

    Vitor
    Sobre as cartas para as familias que perderam entes queridos, CX tinha aquele formato padrão e pude notar, no vídeo (aquele do Detetive da Fé e que vi e ouvi você falando das cartas) que Bacelli segue roteiro parecido.
    Entrando numa seara bem complicada, ou seja, a moral de alguém, não “pesa” na consciência desses caras que estão praticamente “brincando” com sentimentos de enlutados fragilizados pela dor da morte?
    Como eu disse em linhas anteriores plagiar livro, isso vemos até em literatura não-espirita, mas tomar proveito de uma emoção tão profunda acho absurdo.

  14. Vitor Diz:

    Oi, Vinícius
    não pesa nada. Para eles uma mentira que consola é melhor que uma verdade que fere.

  15. Contra o chiquismo Diz:

    Isso aí Visoni, o chiquismo-kardecismo é feito de mentiras.

  16. Vinicius Diz:

    Vitor,
    Já conheceu alguém que recebeu tal cartinha e depois caiu na real que não era (ou não parecia ser) seu ente querido?
    Eu tenho uma conhecida que não caiu na real, afirma ser a assinatura do filho, mas achei estranho ela ter comentado que deveria voltar lá na época pois foi avisada que ia ter mais cartas e tal (eu acho dificílimo questionar alguém que recebeu carta, o filho dela teve o corpo carbonizado em um acidente).
    Andei questionei um senhor da FEESP porque lá cortaram as cartas para entes queridos e ele me deu uma desculpa para lá de esfarrapada que era por causa do volume de gente .

  17. Vitor Diz:

    Dizem que o Chico já recebeu bofetadas de gente que não reconheceu a carta como autêntica. O filme biográfico dele tem uma cena assim.

  18. Marciano Diz:

    Eu sempre me perguntei se aquela bofetada realmente aconteceu ou se foi coisa do filme.
    Não li o livro do Souto Maior (outro que se diz cético, como muitos da SPR).

  19. Vitor Diz:

    Eu não vejo nada do que Souto Maior escreveu para enquadrá-lo como cético. Mas você pode ver que o próprio Podmore reduziu Station Moses a pó em seu artigo.

  20. Marciano Diz:

    Oi, VITOR,
    como se pode ver, dentre outros lugares, na wikipedia, Souto Maior se autodeclara ateu.
    Se é ateu e se cx vivia falando e escrevendo sobre deus, jc, etc., suponho que ele não rezava pela cartilha de cx.
    Só que é mentira, o cara é o maior chiquista, tanto que escreveu biografia de cx, de Rivail (nem é biografia, é apologia), etc.
    Ele diz que é ateu para dar credibilidade a cx e Rivail, o que é uma antinomia.

  21. Marciano Diz:

    É o que penso, também, de alguns “céticos” da SPR, que você menciona frequentemente.
    Se são céticos (não no sentido filosófico, ou negariam a possibilidade da certeza, e não pesquisariam nada) no sentido comum da expressão, é porque não acreditam na hipótese psi.
    Se é assim, porque conduzir “experimentos” e chegar a conclusões apressadas e tendenciosas, que confirmam a hipótese?
    A gente só é cético até formar opinião, contra ou a favor de uma hipótese.
    Capisce?
    É por isso que eu e você não somos céticos quanto ao espiritismo.

  22. Vitor Diz:

    Oi, Marciano
    o próprio Massimo Polidoro disse que as melhores investigações céticas vieram dos pesquisadores da SPR. Podmore e outros investigadores da SPR (como Hodgson) tinham enorme vontade em desmascarar médiuns, sendo defraudadores. Foram anos para se convencerem de fenômenos paranormais legítimos (sem conclusões apressadas, portanto), e outros anos para se convencerem que a hipótese de espíritos seria a melhor explicação (ao menos no caso de Hodgson). Em geral, entretanto, os pesquisadores ficaram divididos entre telepatia e espíritos, num impasse sem solução.
    .
    Quanto ao Souto Maior, ele esclarece sua posição aqui
    .
    https://menteplural.wordpress.com/2014/04/18/a-busca-de-marcel-souto-maior-pela-vida-e-pela-morte/
    .
    Ao longo de 20 anos de pesquisas, eu me deparei com fraudes e me decepcionei com falsos médiuns, mas me surpreendi também com fatos e fenômenos autênticos”, admite o jornalista, que não esconde o ceticismo sobre temas espirituais, apesar da curiosidade.
    .
    Sua conclusão sobre o tema investigado? Nula. Nem confirma, nem descarta. Assim como Allan Kardec, Souto Maior é difícil de ser convencido. “Tento percorrer este território onde ‘vivos’ e ‘mortos’ se encontram com muito cuidado e com respeito também, como Kardec”, diz.
    .
    Sem acreditar nos fenômenos espíritas, ele diz admirar o trabalho de caridade desenvolvido por Chico Xavier, seguindo o mantra idealizado por Kardec. “Fora da caridade não há salvação”, repete Souto Maior.
    .
    “Fico sempre com um pé atrás diante de mensagens psicografadas e outros fenômenos, mas admiro profundamente o Espiritismo atuante, solidário, que salva e transforma tantas vidas, todos os dias, pelo mundo afora”, afirma.

    .
    A posição dele, se cético, agnóstico ou crente enrustido, pouco me importa. Considero a pesquisa dele com médiuns (especialmente o Chico) fraca, mal documentada, ficando praticamente no lugar comum. Bem diferente das pesquisas da SPR.

  23. Gorducho Diz:

    Não infringindo m/autopunição pois que não estou alfinetando Ms. Piper…
     
    Que pesquisas há dele c/médiuns, fora literária de consultar a mitologia circulante, ou entrevistar os próprios divulgadores de mitos ❓

  24. Vitor Diz:

    É o livro “Por Trás do Véu de Ísis”.
    .
    http://bvespirita.com/Por%20Tras%20do%20Veu%20de%20Isis%20(Marcel%20Souto%20Maior).pdf

  25. Gorducho Diz:

    É… eu não considero como um trabalho de pesquisa propriamente dita. É mais como uma reportagem: ele narra o que se fala no meio espírita (claro que nesse sentido é “pesquisa”!); vai num centro e narra o que vê; &c.
    Tanto que na própria bibliografia toda literatura citada é exotérica; não tem nenhuma obra séria que eu tenha percebido, certo?
     
    E no final ele “sutilmente” até tenta abrir os olhos das mamães desesperadas:
    Mensagens psicografadas não bastam. Cartas “bem-intencionadas” repletas de dados transmitidos aos médiuns por mães em desespero só levantam suspeitas sobre a legitimidade do intercâmbio mediúnico. A fé deve vir de dentro para fora e não ser construída, ou forjada, às custas de médiuns sempre falíveis, como Chico cansou de repetir ao longo da vida.
    Há meia hora conversei com uma mãe em busca de uma mensagem do filho único morto em acidente de carro. Ela telefonou para receber indicações de médiuns confiáveis no Brasil e ouviu um conselho:
    — Em qualquer centro, forneça o mínimo de informação possível ao médium e, caso receba a mensagem, tente identificar ali dados que você não revelou a ninguém. Só assim você terá certeza da autenticidade, ou não, da mensagem.
    É um conselho difícil, quase impossível, de ser seguido por boa parte das famílias em sofrimento. Muitas delas querem contar seu drama, falar de suas perdas e o mais duro — precisam desesperadamente de uma mensagem dos filhos, uma comprovação da sobrevivência deles, mesmo que, para isto, seja preciso fornecer as informações para a carta
    .

  26. Gorducho Diz:

    Sim: fica no lugar comum da mitologia do meio.
    Por isso como lhe disse, nem pode ser considerada uma investigação sobre médiuns ou mediunidade!

  27. Marciano Diz:

    “Assim como Allan Kardec, Souto Maior é difícil de ser convencido”.
     
    A frase verdadeira é parecida com essa. Rivail e Souto Maior é que são difíceis de convencer alguém.
     
    Para quem não acredita nos “fenômenos” espíritas, ele é um bom marqueteiro.
     
    Numa coisa, estamos de pleno acordo. As pesquisas propagandas dele com cx são fracas, mal documentadas, mal explicadas.
    Para mim, não passa de um chiquista infiltrado, que finge não acreditar para dar credibilidade ao alvo de suas “pesquisas”.
     
    Tentei 3 vezes abrir o link que você postou, deu:
     
    Not Found
    The requested URL /Por Tras do Veu de Isis (Marcel Souto Maior) was not found on this server.
    Additionally, a 404 Not Found error was encountered while trying to use an ErrorDocument to handle the request.

  28. Vitor Diz:

    Marciano, é porque a parte final do link não ficou dentro do hiperlink. Tem que copiar e colar tudo.

  29. Marciano Diz:

    Pelo jeito, GORDUCHO abriu o link.
    Vou tentar pelo google.

  30. Marciano Diz:

    Ah, tá.
    Vou ver.
    Obrigado!

  31. Marciano Diz:

    O psicógrafo Celso de Almeida Afonso, de Uberaba costuma repetir uma frase quando se compara com o mestre Chico Xavier: — Sou só um radinho de pilha. O Chico era a Embratel.
     
    “Chico sempre dizia: eu não sou nada, sou apenas um Cisco de Deus. Cisco Xavier”, afirmam.
     
    O Celso aprendeu bem como se humilhar para ser exaltado.
     
    O texto é muito longo para ler agora.
    Eu já o conheço, mas vou reler.
    Salvei o pdf para leitura futura.

  32. Marciano Diz:

    Tem um artigo da “Época” interessante, para quem ainda não leu.
    http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT124246-15228-124246-3934,00.html
     
    Meanwhile, deixo um artigo de Rodrigo Constantino.
     
    “O fato de um crente ser mais feliz que um cético não é mais pertinente que o fato de um homem bêbado ser mais feliz que um sóbrio.” (George Bernard Shaw)

    A dor da perda de um filho é algo simplesmente impossível de ser mensurado por quem não passou por tal desgraça. Deve ser realmente insuportável conviver com uma perda deste tipo, inversa a todo o curso natural da vida. A perda dos pais representa a perda de uma parte do passado, mas a perda de um filho significa a perda do futuro. Muitos pais que passam por este sofrimento absurdo encontram algum consolo no espiritismo. A idéia de que o filho continua vivo, apenas em outra dimensão, pode confortar um pouco os pais desesperados. Alguns médiuns oferecem inclusive contato com o suposto além, através da psicografia. Os filhos mortos enviariam mensagens de consolo para os pais vivos, através de figuras como Chico Xavier.

    O jornalista Marcel Souto Maior fez uma investigação sobre a suposta comunicação entre vivos e mortos, e o resultado aparece no livro Por Trás do Véu de Ísis. Conforme ele mesmo explica, “na mitologia egípcia, o véu da deusa Ísis é a teia que separa morte e vida, o conhecido e o desconhecido, o eterno e o efêmero”. Ísis é também o símbolo do desespero de quem perde um ente querido – no caso dela, o marido Osíris. O jornalista tenta fazer uma busca por respostas de forma imparcial, mas fica claro no livro que ele mesmo deseja encontrar uma afirmação em relação à crença nos espíritos. No livro, vemos justamente esta característica comum: todos que partem em busca de mensagens psicografadas do além estão desesperados por um sinal qualquer. Eles, acima de tudo, querem muito acreditar que estão entrando em contato com seus parentes falecidos. Tanta emoção é o inimigo número um da busca pela verdade.

    Marcel visitou vários centros espíritas e entrevistou alguns médiuns. Ele foi autor também do livro As Vidas de Chico Xavier, uma biografia do mais famoso médium que o país já teve. Para quem não compartilha da fé na vida após a morte, nenhum relato do livro chega a impressionar realmente. Na grande maioria dos casos, o médium se limita a repetir nomes e sobrenomes, às vezes endereços ou telefones. Nada que não pudesse ser rapidamente pesquisado antes. Fora isso, os parentes em busca de consolo participam de uma entrevista com o médium antes, e quase sempre as informações relatadas na psicografia foram fornecidas por eles mesmos. Para alguém “de fora”, tudo parece uma grande encenação, ainda que com a boa intenção de auxiliar na dor dessas pessoas.

    O próprio autor pergunta e responde: “É possível forjar mensagens psicografadas? É. É possível reunir o máximo de informações possível sobre determinadas famílias e construir mensagens dos espíritos a partir desses dados e das lições básicas do espiritismo? É”. Todos ali presentes estão em busca da mesma coisa: um desesperado consolo. Querem crer que a morte não existe de fato, que o filho morto continua vivo de alguma forma diferente apenas. Muitos estão em busca de conforto para o sentimento de culpa também. Desejam uma mensagem do filho garantindo que estão bem e que se “libertaram”, afirmando que os pais não devem se culpar por nada do que aconteceu. Uma dessas mães chegou a afirmar que precisava da mensagem muito mais do que poderia admitir, e que “em hipótese alguma” iria duvidar do teor delas. Posso imaginar, por ser pai, que uma das primeiras coisas que deve passar na cabeça de quem perde um filho é o que poderia ter sido feito para evitar tal desgraça. Deve ser terrível conviver com este sentimento, e muitas mensagens psicografadas têm justamente este teor, aliviando os pais. O jornalista concorda com esta análise:

    “São pais que precisam acreditar, desesperadamente, que as ‘crianças’ – independente da idade que tenham – estão vivas e amparadas na outra dimensão. Famílias que precisam se livrar da culpa por não terem conseguido evitar a tragédia ou se livrar de dúvidas insuportáveis sobre as circunstâncias da morte. Suicídio? Assassinato? Tiro acidental? Muita dor? Gente que precisa, enfim, ouvir dos próprios filhos a frase definitiva: ‘Vocês não têm culpa, eu não tenho culpa. O que aconteceu estava escrito, era um compromisso assumido em outras vidas, um resgate inevitável’.”

    A crença de que esta vida é apenas uma passagem, que o corpo é somente uma carcaça que carrega nosso espírito, e que tudo está escrito e determinado conforta quando acidentes banais tiram a vida de alguém muito querido. Mas o conforto oferecido não é garantia, de forma alguma, da veracidade da crença. Os adeptos do espiritismo, no desejo de defender sua fé, costumam oferecer respostas para justificar certas constatações incômodas. Se o estilo das mensagens é tão parecido e, muitas vezes, não reflete o estilo e o vocabulário dos remetentes quando vivos, a explicação estaria no fato de o médium ser um intermediário e, ao captar e transmitir as comunicações do além, estar sujeito a interferir no estilo e no conteúdo da mensagem. A necessidade de fornecer vários dados sobre os mortos é explicada da seguinte forma: “O melhor é fornecer aos médiuns o maior número de dados possível para facilitar a comunicação com o espírito”.

    O que estaria por trás deste espetáculo mediúnico? Seria um simples embuste? Seria algum distúrbio psicológico do médium, que realmente acredita em seu poder? Seria um desejo de consolar os outros acima do compromisso com a verdade? Não é fácil responder isso. Em muitos casos, o médium abre mão de conforto material e nunca cobra pelas mensagens psicografadas. Alguns espíritas costumam usar isso para se defender da acusação de charlatanismo. Mas, como Waldo Vieira admite, depois de psicografar 26 livros – 17 deles com Chico Xavier, e romper com o espiritismo, são três os riscos enfrentados por qualquer médium quando se dedica a atender famílias enlutadas: poder, posição e prestígio, a “síndrome dos três pés”. Existe mais que dinheiro no mundo. Como álibis que aliviam a culpa desses “psicógrafos”, o próprio Waldo cita: o sentimento de que está difundindo a verdade maior que é Kardec, a idéia de que não pode desencorajar ninguém e a noção de que está fortalecendo as instituições. Enfim, a utilidade do ato o justifica, independente de ser ou não verdadeiro.

    No entanto, creio ser importante citar o filósofo John Stuart Mill sobre isso:

    “A utilidade de uma opinião é, por si mesma, uma questão de opinião: é tão discutível, tão exposta à discussão e exige tanta discussão como a própria opinião. Permanece a mesma necessidade de um juiz infalível das opiniões para decidir tanto que uma opinião é nociva, como que é falsa, a menos que a opinião condenada tenha plena oportunidade de se defender. E não bastará afirmar que ao herético se permite sustentar a utilidade ou a inocência de sua opinião, embora lhe seja proibido defender a verdade. A verdade de uma opinião faz parte de sua utilidade. Se quiséssemos saber se é ou não desejável crer numa proposição, seria possível excluir a consideração sobre ser ou não verdadeira? Na opinião, não dos maus, mas dos melhores, nenhuma crença contrária à verdade pode ser realmente útil.”

    Pode um falso consolo ser um bom consolo? As drogas que vendem fuga temporária da realidade são amigas verdadeiras? Não é fácil julgar os pais que, em situação de total desespero, encontram algum refúgio no espiritismo. Talvez seja preciso uma força muito rara para aceitar que o acaso existe, que acidentes ocorrem, que a vida é finita e que nem todas as desgraças devem ter algum sentido. A morte de uma criança inocente suscita inúmeras dúvidas metafísicas. Qual pode ser o sentido dessa vida? Por que ela, e não um adulto? Por que alguém bom, e não um assassino perverso? O caminho mais fácil – e confortante – é crer que tudo é parte dos planos divinos, que tinha que ser assim, que foi para libertar essa alma para sempre.

    Não é fácil julgar aqueles que tomam este caminho. Mas podemos julgar, de fora, o caminho em si. E o caminho simplesmente não parece ser real, não apresenta evidências de que existe. Parece apenas uma fantasia fruto de uma extrema necessidade de acreditar. Mas a necessidade não torna a crença verdadeira, como todas as crianças que acreditaram em Papai Noel aprendem. Por trás do véu de Ísis, não há mais nada. E isso não torna a vida mais vazia ou pior. Ao contrário: justamente por isso devemos valorizar muito esta vida que temos. Ela é a única. E registro aqui meus pêsames para todos aqueles que tiveram a vida de um ente querido interrompida, dor esta que nem gosto de imaginar. Mas gostaria de lembrar também que você ainda continua vivo!

  33. Marciano Diz:

    Para os preguiçosos e para os que têm pouco tempo, deixo os trechos mais incisivos:
     
    “O jornalista tenta fazer uma busca por respostas de forma imparcial, mas fica claro no livro que ele mesmo deseja encontrar uma afirmação em relação à crença nos espíritos.”
     
    “…como Waldo Vieira admite, depois de psicografar 26 livros – 17 deles com Chico Xavier, e romper com o espiritismo, são três os riscos enfrentados por qualquer médium quando se dedica a atender famílias enlutadas: poder, posição e prestígio, a “síndrome dos três pés”. Existe mais que dinheiro no mundo.”
     
    “Não é fácil julgar aqueles que tomam este caminho. Mas podemos julgar, de fora, o caminho em si. E o caminho simplesmente não parece ser real, não apresenta evidências de que existe. Parece apenas uma fantasia fruto de uma extrema necessidade de acreditar. Mas a necessidade não torna a crença verdadeira, como todas as crianças que acreditaram em Papai Noel aprendem. Por trás do véu de Ísis, não há mais nada. E isso não torna a vida mais vazia ou pior. Ao contrário: justamente por isso devemos valorizar muito esta vida que temos. Ela é a única.”

  34. Borges Diz:

    O artigo sobre o Dr. Phinuit já era do meu conhecimento; talvez tenha lido quando saiu em fevereiro de 2014; na época eu apenas acompanhava o site. Fiz nova leitura para refrescar a memória. Gostaria de destacar dois trechos que achei interessante.
    .
    “Lodge perguntou se Phinuit é de confiança.
    “Não perfeitamente.” Gurney respondeu. “Ele não é nem um pouco infalível. Mistura as coisas terrivelmente às vezes. Faz seu melhor. É um bom homem; mas fica confuso, e quando ele não pode ouvir distintamente, completa ele próprio. Ele ocasionalmente inventa coisas, certamente inventa. Às vezes trabalha muito duro.” (Holt, 436)”
    .
    Gurney era o outro controle.
    .
    Lodge observou que ele não tinha a sensação de estar falando com a Sra. Piper em absoluto. “A maneira, modo de pensar, tom, segmentos de idéia, são todos diferentes. Não se fala mais a uma senhora, mas a um homem, um homem velho, um médico. Tudo isto só pode ser assim vividamente sentido, mesmo por alguém que considere a personificação um consumado ato de representação.” (Holt, 426)
    Obrigado

  35. Victor Diz:

    E esse texto do Constantino é mero opinamento pessoal dele, ainda bem que em Ciência dispensa-se “opinamentos” pessoais.
    .
    Afinal, que cousa sabe um Economista a respeito de hipóteses metafísicas???
    .
    Constantino, Lobão, e Cia se esses são os intelectuais que temos estamos lascados…

  36. Victor Diz:

    Infelizmente a maioria das pessoas (inclusive alguns cientistas) confundem o Materialismo enquanto hipótese metafísica, como Paradigma Científico.
    .
    O que de fato é um erro crasso.
    .
    A Ciência trabalha com Método, e ainda que ela não consiga explicar através do Método Científico, determinado fenômeno, não podemos assumir que o fenômeno não exista e dizendo que isto é uma postura científica.
    .
    Materialismo é uma Postura Filosófica.
    .
    Ciência é outra coisa.

  37. Gorducho Diz:

    Certo, mas aí depende do contrato dele c/o grupo Abril, pois claro que ele não está escrevendo na qualidade de economista.
    É um texto de cunho filosófico evidente. E se os religiosos têm o direito de postularem divindades, espíritos, castigos & recompensas, cidades que flutuam sobre o Rio & SAO…; por que ele não tem o direito de postular que detrás do véu nada há?

  38. Gorducho Diz:

    Ciência dispensa-se “opinamentos” pessoais.
     
    É claro, mas em tela está religião, que não é ciência; então tudo é opinamento pessoal.

  39. Victor Diz:

    Pois é, o problema é que o Constantino já não é aquelas coisas como Economista, quando se “aventura” a falar de Filosofia a coisa vai de mal a pior.
    .
    Esse tema que ele está tratando e extenso e filosoficamente profundo, porém ele faz parecer “raso” e simplista.
    .
    Evidentemente ele tem Direito de escrever seu opinamento pessoal, mas daí considerar tal opinamento filosoficamente relevante é outra história.
    .
    Eu fico um pouco irritado, quando vejo “leigos” tratando de temas especializados, como se fossem especialistas, ainda mais no caso do Constantino que é um formador de opinião.
    .
    Nenhum “leigo” da palpite a respeito de uma obra de Engenharia (ficou muito torta, deveriam ter feito uma base maior e etc) ou de Química por exemplo.
    .
    Mas todos arrogam para si o Direito de falar como “especialistas” quando os temas tratados são das Ciências Humanas e principalmente da Filosofia.
    .
    Infelizmente o Constantino não é o único.

  40. Gorducho Diz:

    Coisas que concordo inteiramente e nem conseguiria colocar com tanta perfeição – negritos meus:
     
    i) Se a a crença tornar o Crente mais feliz que um cético não é mais pertinente que o fato de um homem bêbado ser mais feliz que um sóbrio.
     
    ii) A dor da perda de um filho é algo simplesmente impossível de ser mensurado por quem não passou por tal desgraça. Deve ser realmente insuportável conviver com uma perda deste tipo, inversa a todo o curso natural da vida. A perda dos pais representa a perda de uma parte do passado, mas a perda de um filho significa a perda do futuro.
     
    iii) todos que partem em busca de mensagens psicografadas do além estão desesperados por um sinal qualquer. Eles, acima de tudo, querem muito acreditar que estão entrando em contato com seus parentes falecidos. Tanta emoção é o inimigo número um da busca pela verdade.
     
    iv) Para alguém “de fora”, tudo parece uma grande encenação, ainda que com a boa intenção de auxiliar na dor dessas pessoas.
     
    v) Querem crer que a morte não existe de fato, que o filho morto continua vivo de alguma forma diferente apenas. Muitos estão em busca de conforto para o sentimento de culpa também. Desejam uma mensagem do filho garantindo que estão bem e que se “libertaram”, afirmando que os pais não devem se culpar por nada do que aconteceu. Uma dessas mães chegou a afirmar que precisava da mensagem muito mais do que poderia admitir, e que “em hipótese alguma” iria duvidar do teor delas. Posso imaginar, por ser pai, que uma das primeiras coisas que deve passar na cabeça de quem perde um filho é o que poderia ter sido feito para evitar tal desgraça. Deve ser terrível conviver com este sentimento, e muitas mensagens psicografadas têm justamente este teor, aliviando os pais.
     
    vi) Mas o conforto oferecido não é garantia, de forma alguma, da veracidade da crença. Os adeptos do espiritismo, no desejo de defender sua fé, costumam oferecer respostas para justificar certas constatações incômodas. Se o estilo das mensagens é tão parecido e, muitas vezes, não reflete o estilo e o vocabulário dos remetentes quando vivos […]
     
    vii) O que estaria por trás deste espetáculo mediúnico? Seria um simples embuste? Seria algum distúrbio psicológico do médium, que realmente acredita em seu poder? Seria um desejo de consolar os outros acima do compromisso com a verdade? Não é fácil responder isso.
     
    viii) Existe mais que dinheiro no mundo. Como álibis que aliviam a culpa desses “psicógrafos”, o próprio Waldo cita: o sentimento de que está difundindo a verdade maior que é Kardec, a ideia de que não pode desencorajar ninguém e a noção de que está fortalecendo as instituições. Enfim, a utilidade do ato o justifica, independente de ser ou não verdadeiro.
     
    ix) Pode um falso consolo ser um bom consolo? As drogas que vendem fuga temporária da realidade são amigas verdadeiras? Não é fácil julgar os pais que, em situação de total desespero, encontram algum refúgio no espiritismo. Talvez seja preciso uma força muito rara para aceitar que o acaso existe, que acidentes ocorrem, que a vida é finita e que nem todas as desgraças devem ter algum sentido.
     
    x) Mas podemos julgar, de fora, o caminho em si. E o caminho simplesmente não parece ser real, não apresenta evidências de que existe. Parece apenas uma fantasia fruto de uma extrema necessidade de acreditar. Mas a necessidade não torna a crença verdadeira, como todas as crianças que acreditaram em Papai Noel aprendem.

  41. Gorducho Diz:

    “leigos” tratando de temas especializados
     
    Mas espiritismo e religião não são temas especializados: são fantasias. E sobre fantasias todos estão na mesma condição opinativa, apenas variando a capacidade argumentativa, cuja avaliação depende da opinião de quem leia ou escute.
    Tudo 0 x 0; todos iguais e com os mesmos direitos!

  42. Vinicius Diz:

    olha, já assisti palestras espiritas dadonde “advogado” fala sobre depressão , transtornos de ansiedade, fobias. Na minha opinião ele deveria se ater ao discurso “evangélico” , porém, falou sobre esse temas e nem citou autoridades médicas , EXCETO, quando chegou na obsessão espiritual, citando DR. BEZERRA ENCARNADO (loucuras sob novo prisma) e o DR. INACIO FERREIRA ENCARNANDO (psiquiatria em face da reencarnação)

  43. Vinicius Diz:

    Este é um vídeo dele.

    https://www.youtube.com/watch?v=YCFaNo_Tnn8

    Palestra O segredo da saúde integral” com Wladimir Lisso
    Wlademir Lisso: Advogado Professor da Unicamp, escritor de livros espiritualistas, especialista em tratamento para a depressão sob a ótica espiritualista e Atendimento Espiritual, apresentador da Tv Mundo Maior.

  44. Marciano Diz:

    VICTOR, com todo o respeito, afinal você está bem intencionado.
     
    Você não acha que seria melhor mostrar onde a argumentação do Constantino está errada, em vez de desautorizá-lo a opinar, simplesmente?
     
    Ao dizer que ele “não é essas coisas” como economista, devo presumir que você seja economista, para proferir essa “opinião”?
     
    Como bem disse GORDUCHO, não se trata de um matemático falando de literatura ou de um químico falando de engenharia naval, mas de uma pessoa racional, não falando nada de economia, dando sua bem fundamentada opinião sobre uma coisa, no mínimo, muito suspeita.

  45. Marciano Diz:

    Filósofo é quem estuda a história da filosofia ou quem filosofa?
    Platão, Heidegger, Kant, eram formados em filosofia?
    Tinham graduação?

  46. Marciano Diz:

    Qual será a formação técnica necessária para falar que DPF só fala besteiras sobre Alcyone e as crianças índigo?
    Doutorado em astrofísica?
    Para rebater aquele cinturão de luz por onde viajam os supostos “espíritos”, cuja existência jamais foi provada?

  47. Marciano Diz:

    Que autoridade tem DPF para falar de Alcyone, que ele trata como uma estrela e ainda diz que o sistema solar orbita uma estrela daquele aglomerado aberto?

  48. Marciano Diz:

    Assim como 007, que tem licença para matar, está criado o 00crenças, através de cujo mecanismo, os crentes podem dizer qualquer asneira e só podem ser criticados por quem tiver pós-doutorado em cada asneira que eles dizem.
    Uma comissão multidisciplinar de pós-doutores para falar sobre cada aspecto ridículo de um dos centenas de milhares de sistemas de crenças, não só mutuamente excludentes, como cheias de incongruências isoladamente consideradas.

  49. Marciano Diz:

    O aglomerado aberto a que me referi é o das Plêiades, do qual o grupo Alcyone faz parte e é o mais brilhante, aparecendo, a olho nu, como uma estrela.
    São todas gigantes, com um complicado mecanismo gravitacional, o qual inviabiliza qualquer órbita planetária.
    Obs.: É o que eu acho, mera opinião de leigo, pois não sou astrofísico. Nem DPF.

  50. Marciano Diz:

    Claro que se aparecer um astrofísico espírita, disfarçado de cético ou não, com pós-doutorado, dizendo que o que DPF fala é possível, eu não duvidarei mais.
    Quem sou eu para duvidar de um especialista?

  51. Contra o chiquismo Diz:

    “E também a nova “Há dois mil anos”, poema de Chico Xavier que musiquei.”
    .
    ..
    .
    É mole?? Até o Fagner entrou na onda do CX!!
    .
    .
    http://extra.globo.com/tv-e-lazer/musica/fagner-celebra-40-anos-de-carreira-em-show-rio-onde-comecei-minha-historia-18032082.html

  52. Vinicius Diz:

    kkk Quais canções precisam estar no repertório no Rio?
    São muitas! “Canteiros”, “Borbulhas de amor”… E também a nova “Há dois mil anos”, poema de Chico Xavier que musiquei…

    Será que ele vai ter que pedir direitos autorais para a FEB kkk
    e consultar o estimado Euripedes (filho do CX) ?

  53. Vinicius Diz:

    olá, alguém sabe se houve manifestação do Dr Espirito Bezerra ou qualquer outro Dr.Espirito famoso na reunião da FEB ?

    Não encontro nada sobre isso, será que os espiritos desapareceram das reuniões confederativas nacionais?

    http://180graus.com/espirita/centro-de-convencoes-de-brasilia-lotado-recebe-divaldo-franco

  54. Victor Diz:

    Gorducho Diz:
    novembro 13th, 2015 às 9:48 AM

    “leigos” tratando de temas especializados

    Mas espiritismo e religião não são temas especializados: são fantasias
    .
    COMENT: Discordo que Espiritismo e Religião sejam “Fantasias”.
    Prefiro pensar que são um produto cultural da sociabilidade humana. Um fenômeno social por assim dizer.
    Mas não foi esse o ponto do texto que me incomodou e sim a defesa que ele fez do Materialismo como única realidade gnoseológica.

  55. Victor Diz:

    Marciano Diz:
    novembro 13th, 2015 às 11:27 AM

    VICTOR, com todo o respeito, afinal você está bem intencionado.

    Você não acha que seria melhor mostrar onde a argumentação do Constantino está errada, em vez de desautorizá-lo a opinar, simplesmente?
    .
    COMENT: Mas eu não o desautorizo, em absoluto.
    Apenas quis destacar que o texto dele era mero opinimanento pessoal e não crítica especializada a respeito do tema.
    .
    Marciano: Ao dizer que ele “não é essas coisas” como economista, devo presumir que você seja economista, para proferir essa “opinião”?
    .
    COMENT: De modo algum, mas conheço Economistas excepcionais como Delfim Neto, João Manuel Cardoso de Mello, Luiz Gonzaga Beluzzo dentro outros.
    E certamente o Constantino não se assemelha a nenhum deles.
    .
    Marciano: Como bem disse GORDUCHO, não se trata de um matemático falando de literatura ou de um químico falando de engenharia naval
    .
    COMENT: De fato, trata-se de um Economista abordando temas da Filosofia, eis o problema…
    .
    Marciano: mas de uma pessoa racional, não falando nada de economia, dando sua bem fundamentada opinião sobre uma coisa, no mínimo, muito suspeita.
    .
    COMENT: Concordo que ele seja uma pessoa racional, mas discordo que sua opinião seja “bem fundamentada”.
    .
    Marciano: Filósofo é quem estuda a história da filosofia ou quem filosofa?
    .
    COMENT: Creio que nem uma coisa nem outra. Filósofo é o profissional que possui formação em Filosofia (e correlatos)
    e se dedica ao exercício desse Ofício.
    .
    E sim Kant, Heidegger, Hegel, Schopenhauer, não só eram formados em Filosofia como tinha Doutorado na área.
    Basta pesquisar a Biografia de cada um deles.
    Platão por seu turno foi o primeiro a fundar uma “Escola de Filosofia”, a Academia.
    .
    Em relação a “DPF” desconheço a pessoa (o único DPF que conheço é o Departamento de Polícia Federal) de modo que prefiro não opinar a respeito,
    tampouco posso manifestar quaisquer opiniões a respeito de Física/Astrofísica de modo que não faço ideia sobre o tema que você trouxe sobre “Plêiades”
    e “Alcione”.
    .

    .

  56. Contra o chiquismo Diz:

    No momento, totalmente inédito, o músico cearense vai colocar a voz a serviço do poema “Alma Gêmea”, uma declaração de amor escrita pelo senador “Públio Lentulus”, personagem principal da obra, à esposa, “Lívia”.
    /
    /
    http://www.hojeemdia.com.br/almanaque/fagner-chega-a-bh-para-show-com-banda-e-mostrar-musica-que-veio-dos-ceus-1.354653

  57. Contra o chiquismo Diz:

    “Alma Gêmea”

    Alma gêmea da minh’alma,
    Flor de luz da minha vida,
    Sublime estrela caída
    Das belezas da amplidão!…

    Quando eu errava no mundo,
    Triste e só, no meu caminho,
    Chegaste, devagarinho,
    E encheste-me o coração.

    Vinhas na bênção dos deuses,
    Na divina claridade,
    Tecer-me a felicidade
    Em sorrisos de esplendor!…

    És meu tesouro infinito,
    Juro-te eterna aliança,
    Porque sou tua esperança,
    Como és todo o meu amor!

    Alma gêmea da minh’alma,
    Se eu te perder, algum dia,
    Serei a escura agonia
    Da saudade nos seus véus…

    Se um dia me abandonares,
    Luz terna dos meus amores,
    Hei de esperar-te, entre as flores
    Da claridade dos céus…

    (Extraído do livro “Há Dois Mil Anos”)

  58. Contra o chiquismo Diz:

    “Vinhas na bênção dos deuses,
    Na divina claridade,…”
    .
    .
    Curioso o Fagner cantar em 1983 a música “Palavra de Amor”… começa justo com esse verso: “Na divina claridade Que você se iluminou”…
    ;
    ;
    ;
    Palavra de Amor

    .
    Fagner

    .
    .
    Compositor: Fausto Nilo/manassés
    .
    .

    Na divina claridade
    Que você se iluminou
    O calendário seria
    Um dia de cada cor
    Futuro é como eu queria
    Te cobiçar ventania
    No romance de amor

    E a lua ainda mais clara
    Queria escutar tua fala com palavra de amor, de amor…

    Meu amor, quando se cala
    Fala mais que um pensador
    Me ensinou que a vida vai onde a saudade ficou
    Enquanto a vida não para, não parar com esse motor

    Outra alegria mais clara
    Seria escutar tua fala com palavra de amor, de amor…

    Meu amor quando se cala
    Fala mais que um pensador
    Me ensinou que a vida vai onde a saudade ficou
    Enquanto a vida não para, não parar com esse motor

    Outra alegria mais clara
    Seria escutar tua fala com palavra de amor [2X]

  59. Contra o chiquismo Diz:

    Será que ele deu uma plagiada em CX como fez com a Cecília Meireles no poema “Marcha” ? ????? ?

    *
    *
    “Canteiros” foi extraída do poema ‘Marcha’.

  60. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Vitor Diz: Oi, Borges
    sobre o Phinuit, sugiro ler:
    .
    http://obraspsicografadas.org/2014/o-misterioso-dr-phinuit-2009-por-michael-e-tymn/
    /.
    E NÃO DESESQUEÇA de ler a discussão que seguiu ao artigo, esta mais importante que o artigo, este claramente advocatício pró-mediunidade.

  61. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Contra o chiquismo Diz: Borges, as ‘entidades’ que apareceram pra piper não podem aparecer hj mais?
    /.
    VALIDAR A MEDIUNIDADE DE PIPER (como legítima) equivale a supervalorizar os acertos e fingir que desconhece os horrendos desacertos que cometia.
    .
    A Psicologia é suficiente para explicar Piper, bem assim é suficiente para esclarecer a mediunidade geral…
    .
    Basta acordar e ver.

  62. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Contra o chiquismo Diz: Isso aí Visoni, o chiquismo-kardecismo é feito de mentiras.
    /.
    E A MEDIUNIDADE DE fraudes e ilusões.

  63. Vitor Diz:

    O Montalvão acha que tá enganando quem? Só se for a si mesmo…

  64. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    “Podmore e outros investigadores da SPR (como Hodgson) tinham enorme vontade em desmascarar médiuns, sendo defraudadores. Foram anos para se convencerem de fenômenos paranormais legítimos (sem conclusões apressadas, portanto), e outros anos para se convencerem que a hipótese de espíritos seria a melhor explicação (ao menos no caso de Hodgson). Em geral, entretanto, os pesquisadores ficaram divididos entre telepatia e espíritos, num impasse sem solução.
    /.
    ENTRETANTO ESSE “levar anos para ser convencido” pode significar que os “céticos” da SPR tinham uma penatinha de acreditamento (fosse para o lado mediúnico fosse para a via metapsíquica), mas visto serem prudentes esperavam que surgisse algum que lhes convencesse. Quando veio Piper, com suas peculiaridades singulares, nem quiseram piscar o olho: “é essa!”, devem ter pensado. A partir do susto foi só experimento buscando corroborar a aceitação prévia.
    .
    Que eu saiba, somente um experimento da SPR, timidamente, intentou verificar a objetiva presença de espíritos, mas dado os resultados inconclusivos o procedimento foi deixado de lado; nenhum levou adiante testes-armadilhas (apresentando personalidades fictícias). Mesmo assim, teve alguns que reconheceram que (pelo menos em certas ocasiões) os transes mediúnicos podiam ser claramente atribuídos a fabulações de Leonora.
    .
    Quer dizer, aqueles sábios roçaram na fímbria da boa explicação, mas postular espíritos deve ser mais emocionante…

  65. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    “O psicógrafo Celso de Almeida Afonso, de Uberaba costuma repetir uma frase quando se compara com o mestre Chico Xavier: — Sou só um radinho de pilha. O Chico era a Embratel.”
    /.
    JÁ EU, TELEPATICAMENTE FALANDO, sou um radio de galena: dispenso bateria ou força externa para enviar os eflúvios telepáticos que esparjo pela humanidade.
    .
    Sabe aqueles pensamentos que lhes surgem intempestivamente? Aquelas revelações que os surpreendem? Aquelas intuições inexplicáveis? Tudo resulto das emanações pensamentais que despacho para o bem do mundo.
    .
    Quem vocês acham está impedindo que Lula exploda com o Brasil, quem?

  66. Vitor Diz:

    “A Psicologia é suficiente para explicar Piper”
    .
    Minha nossa senhora das calamidades públicas, se nem o Gauld, que é um psicólogo super-elogiado até pelos céticos, diz uma coisa dessas, considerando haver sim capacidade paranormal em Piper, e a própria Enciclopédia de Filosofia de Stanford diz que o caso Piper é debatido até hoje, de onde Montalvão tira tamanha insensatez? De Stanley e Hall, que fizeram só 6 sessões pessimamente documentadas e já devidamente refutadas por Hyslop e mesmo pela psicóloga Sidgwick?

  67. Contra o chiquismo Diz:

    Vitor, quem hj em dia repete os experimentos dela?

    Caso exista, aceita ser verificado?

  68. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Marciano Diz: Filósofo é quem estuda a história da filosofia ou quem filosofa?
    Platão, Heidegger, Kant, eram formados em filosofia?
    Tinham graduação?
    /.
    Eu, quanto filósofo amador, não-formado (tranquei matrícula), quando tenho tempo dou umas filosofadas por aí (sem fumaças): pensando cá e lá resolvi vários problemas da humanidade, inclusive a conflituosa questão: “recodar é viver ou viver é recordar?”
    .
    Estou prestes a mergulhar no problema dos universais… Platão que se cuide…

  69. Vitor Diz:

    Oi, Contra
    o médium descoberto pela Kelly em 2011, que obteve 6 das 6 leituras selecionadas corretamente, parece ser um excelente candidato para o título de ‘Piper do século XXI’.

  70. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Vitor Diz:
    “A Psicologia é suficiente para explicar Piper”
    .
    VISONI: Minha nossa senhora das calamidades públicas, se nem o Gauld, que é um psicólogo super-elogiado até pelos céticos, diz uma coisa dessas, considerando haver sim capacidade paranormal em Piper, e a própria Enciclopédia de Filosofia de Stanford diz que o caso Piper é debatido até hoje, de onde Montalvão tira tamanha insensatez? De Stanley e Hall, que fizeram só 6 sessões pessimamente documentadas e já devidamente refutadas por Hyslop e mesmo pela psicóloga Sidgwick?
    /.
    SEI LÁ DE ONDE VEIO ESSA de que Gauld seja “superelogiado” até por céticos! Minha Nossa Senhora dos assombrados! Gauld então não viu que Piper fosse psicologicamente esclarecida? E optou por achar nela legítima paranormalidade?
    .
    Que paranormalidade achou? A suposta telepatia, da qual inexistem demonstrações robustas? A sonhada clarividência, tão sujeita a encenações? Ou (quem sabe?) a famigerada ectoplasmia?
    .
    Gauld conhece a conjetura de Moi?
    .
    E, pra que recorrer à Enciclopédia de Filosofia de Stanford para ratificar que o caso Piper é debatido até hoje? Se é o que hoje estamos aqui fazendo? Piper é debatida até hoje porque crentes não conseguem achar, hoje, meios de demonstrar espíritos presentes nos eventos acreditadamente mediúnicos, então precisam grudar-se a um passado incerto, inverificável e discutível (afinal o discutem até hoje…). Quer dizer, a munição evidenciativa acabou há muito, precisam buscá-la em velhos mosquetões que desde não se sabem quando estão descarregados.
    .
    Stanley e Hall fizeram seis sessões e perceberam que Piper caia facilmente em engodos bem articulados. Bastava criar uma personalidade inexistente, condizentemente construída, para que ela a trouxesse. Quando indagaram ao presidente da SPR porque não tentavam essa via experimentativa o sujeito fez um muxoxo de pouco caso, como se o caso não lhe dissesse respeito…
    .
    A SPR testou Piper por décadas, a nenhum dos testadores ocorreu conferir até o esclarecimento a real presença de morto atuando. Stanley e Hall, em seis miúdas sessões, facilmente perceberam o equívoco dos sábios da Sociedade…

  71. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Se a mediunidade fosse real e Piper fosse a contatadora maior da espiritualidade, seu mise en scène deveria ser típico de toda a manifestação de espíritos que se seguisse, ou muito próximo disso. Entretanto, não só Leonora foi singular, seu estilo é irrepetido na história das comunicações entre vivos e mortos.
    .
    Como diria Ibraim: sorry periferia…

  72. Contra o chiquismo Diz:

    Trata-se de quem Vitor, mora onde? Aqui no Brasil? Ele aceita participar dos nossos testes?

  73. Gorducho Diz:

    o médium descoberto pela Kelly em 2011, que obteve 6 das 6 leituras selecionadas corretamente, parece ser um excelente candidato para o título de ‘Piper do século XXI’.
     
    Certo: e eu tenho lhe cobrado isso! Ao invés de fiar repetindo e repetindo a lenda centenária de Ms. Piper, por que não nos mantém ao par do desenvolvimento desses extraordinários estudos nesses 5 anos?
    Como á disse na outra rubrica: naquela época era o 7; hoje é o 10 + o Android. Deve ter havido um progresso análogo nos estudos científicos sobre o mediunismo liderados por essas senhoras.
    Mas ao invés de focá-los, fica ruminado 1911.

  74. Contra o chiquismo Diz:

    Eu já tinha falado, cheguem na Biblioteca Nacional que vcs vão ouvir dos funcionários antigos histórias de estantes que dão choques, livros que voam de uma estante pra outra e outros casos. Basta colocar uma câmera lá e uns gadgets que dá pra se descobrir algo ou não.

  75. Vitor Diz:

    01 – “SEI LÁ DE ONDE VEIO ESSA de que Gauld seja “superelogiado” até por céticos!”
    .
    Veja o que diz o cético materialista Anthony Campbell, sobre Gauld:
    .
    I count myself a rationalist and I would much prefer to think that the whole poltergeist business was nonsense and could be dismissed out of hand. But Gauld and Cornell are not gullible fools and the detailed evidence they provide is very difficult to shrug off. Gauld, in particular, is a writer who inspires a lot of confidence (see his other books reviewed at this site). Moreover, the authors have a lot of first-hand experience of the matter and I have none. I therefore have to keep an open mind about it, but, if they are right, the world must be a much stranger place than we rationalists like to think it is.
    .
    http://www.acampbell.org.uk/bookreviews/r/gauld-cornell.html
    .
    Campbell escreve, por exemplo, para a “The Skeptic Magazine”:
    .
    http://www.skeptic.org.uk/magazine/features/competitions/595-campbell-parasite-religion
    .
    02 – “Minha Nossa Senhora dos assombrados! Gauld então não viu que Piper fosse psicologicamente esclarecida?”
    .
    É claro que não viu, ele não é dado a alucinações…
    .
    03 – “E optou por achar nela legítima paranormalidade?”
    .
    Ele não optou. Ele foi levado a isso pela força da evidência.
    .
    04 – “Gauld conhece a conjetura de Moi?”
    .
    Ele está perfeitamente ciente do que os pseudocéticos dizem 🙂
    .
    05 – “E, pra que recorrer à Enciclopédia de Filosofia de Stanford para ratificar que o caso Piper é debatido até hoje?”
    .
    Para mostrar que o caso não tem até hoje explicação por vias normais. Ao menos para os acadêmicos de ponta. Pseudocéticos que se baseiam em literatura de 5ª categoria tipo Gardner, Stanley e Hall acham erroneamente que o caso foi explicado. Mas, como visto, está bem longe de ser o caso 🙂
    .
    06 – “Stanley e Hall fizeram seis sessões e perceberam que Piper caia facilmente em engodos bem articulados. Bastava criar uma personalidade inexistente, condizentemente construída, para que ela a trouxesse.”
    .
    Mas vc ainda não aprendeu que a Bessie Beals existia de verdade?!
    .
    http://www.dailygrail.com/blogs/Greg/2008/1/Not-So-Imaginary-Bessie-Beals
    .
    07 – “A SPR testou Piper por décadas, a nenhum dos testadores ocorreu conferir até o esclarecimento a real presença de morto atuando.”
    .
    Que posso dizer? Mais um equívoco Montalviano…

  76. Victor Diz:

    Montalvão:
    .
    Stanley e Hall, em seis miúdas sessões, facilmente perceberam o equívoco dos sábios da Sociedade…
    .
    Coment: É exatamente o que eu tenho argumentado com o Vitor.
    .
    Veja isso:
    .
    Piper’s control “Phinuit” who claimed to be a French doctor could speak very little French and had no knowledge of medicine. Phinuit’s historical existence could not be verified by any researcher. William James described the Phinuit communications as “tiresome twaddle”.
    .
    Piper’s control told Richard Hodgson he would get married, have two children and have a long life but Hodgson died a few months later, unmarried and childless.
    .
    The Hodgson control of Piper sounded nothing like the real Richard Hodgson. When friends put test questions to the control of Hodgson about his early life in Australia, the answers were all wrong. Before he died Hodgson had written a test letter, and claimed that if he was to communicate through Piper he would reveal the contents inside the letter. Piper’s Hodgson control failed to reveal the test letter.
    .
    Before his death the psychical researcher Frederic Myers left a message in a sealed envelope. Piper’s Myers control failed to reveal the message. The Myers control of Piper also failed to understand Greek and Latin, this was unlike the real Myers who was a classicist scholar.

  77. Victor Diz:

    Alguém sabe qual a opinião do Mr.Harry Price sobre a Mrs Piper?
    .
    E sobre a Gladys Osborne Leonard?

  78. Gorducho Diz:

    trata-se de um Economista abordando temas da Filosofia, eis o problema
     
    Bem, cá há uma discordância fundamental mesmo! Embora eu de maneira alguma despreze graduações e pós graduações em Filosofia – tirar carteira de filósofo digamos assim -, não considero que o exercício da filosofia seja privilégio dessa – restritíssima aliás…- classe de pessoas.
    Senão chegaríamos à absurda situação de não podermos debater temas éticos – como aliás é o fundamento do caso em tela – tendo que nos limitar a pedir opiniões de quem seja formado e só levá-la em consideração mediante a apresentação por parte desses das guias de imposto sindical específico recolhidas, &c.
    Filosofar é um direito de qualquer pessoa culta em ambientes livres (o Brasil com todos problemas é felizmente…).
    Palestrantes espiritas e de outras religiões não poderiam palestrar porque não tem carteira de filósofo e respectiva contribuição sindical devidamente quitada!
     
    As titulações em Filosofia servem exclusivamente para fins de magistério, onde aí sim eu concordo que deve ser exigida a formação formal.
    Filosofia é especulação raciocinada, sem invocações a supostas “leis” e regras ditadas por divindades: só.
     
    Prefiro pensar que são um produto cultural da sociabilidade humana. Um fenômeno social por assim dizer.
    Sim, o fenômenos; mas não o conteúdo. Eu estava me referindo a que ele refletia sobre conteúdos> de dogmas espíritas (religiosos), e esses são fantasias, mesmo que possa ser alegado serem provenientes de reações psicológicas a medos, sentimentos de culpa (citado no caso…), necessidade de racionalizar inerente ao nosso arcabouço mental, &c.
     
    Mas não foi esse o ponto do texto que me incomodou e sim a defesa que ele fez do Materialismo como única realidade gnoseológica.
    Perfeito! Uma posição filosófica sua à qual tem direito de ter, expressar e elaborar, independente de se acaso tenha formação formal área, i.e., seja um filósofo
    profissional. Todos têm o direito de pensar e elaborar esses temas, sem necessidade de carteirinha e guias sindicais.
    Entende?

  79. Gorducho Diz:

    Favor fechar meu bold Sr. Administrador.
    Como autopunição, estendo m/voto de silêncio à próxima rubrica.
     
    Bom fim de semana; aproveite bastante!

  80. Vitor Diz:

    Victor,
    as passagens que você selecionou estão cheias de inexatidões. Veja:
    .
    a) “Piper’s control “Phinuit” who claimed to be a French doctor could speak very little French and had no knowledge of medicine”.
    .
    Errado. Ele tinha conhecimento de medicina sim. Um exemplo:
    .
    No início da sessão, Phinuit realizou o diagnóstico de correção mais notável que já o vi fazer. Ele disse à Sra. W. que ela sofria muito de dispepsia flatulenta, que por vezes sentia-se tonta e que às vezes sentia-se como se caísse ou como se fosse cair, todos esses sintomas da dispepsia. Que ela era sujeita a graves ataques de desalento. Tudo isso é literalmente verdade, e como a Sra. W. é vivaz e aparenta estar em perfeito estado de saúde, não creio que essas informações poderiam ser obtidas mediante alguma inspeção superficial. Em seguida, Phinuit disse-lhe que sua mãe sofria de uma tosse, que era muito “positiva” — às vezes até “positiva demais” —, que seu pai era um homem de bem, mas “um pouco irritadiço por conta de seu reumatismo”, que ocasionalmente o tornava mal-humorado. Isso também é rigorosamente verdade.
    .
    Posso citar vários outros exemplos de diagnósticos precisos. E o restante das informações também são muito inexatas. Sobre Hodgson, e o quanto ele iria viver, veja isso:
    .
    Na tarde de 20 de dezembro de 1905, repentinamente, faleceu o dr. Hodgson, ao sofrer um ataque cardíaco durante partida de hand-ball no Union Boat Club, em Boston. No dia seguinte o jornal diário anunciou a morte dele na primeira página. Alta ficou em dúvida como levaria a notícia à sua mãe que ainda não havia se levantado.
    .
    Alta se lembrou que sua mãe estava sem sono no começo da noite anterior e resolveu procurá-la para conversar. Leonora Piper, de início, tinha contado as dificuldades para dormir e o sonho que teve. Havia se recolhido por volta das 21,30 horas e, após um começo de sono desconfortável, às 23,40 horas foi à sala de jantar tomar um drinque quente pensando que poderia induzir ao sono. Retornou à cama e permaneceu desperta, tendo a impressão que alguém estaria presente ali no quarto, andando por ali. Isto a perturbou tanto que teve o impulso de se levantar e acender a luz para ver se havia alguém presente. Após o relógio bate ruma hora, adormeceu e, repentinamente, acordou às quatro horas. Tinha sonhado que experimentava entrar em um túnel que parecia escuro. Como ela olhou para dentro do túnel e chegou até a sua entrada, viu um homem com barba, com chapéu esportivo, mas não reconheceu a face. Parou em frente à entrada e o homem levantou a mão como um alerta para prevenir a entrada dela. Como ele estendeu a mão, ela subitamente acordou e foi até a janela ver a chuva que batia nos vidros. Fechou a janela e ainda dormiu mais umas duas horas. Às 7,30 horas contou às filhas o acontecido, dizendo-se impressionada que a mão parecia muito com a mão do dr. Hodgson. Às 8,30 horas Alta retornava ao quarto da mãe para conversar e trazer o jornal do dia, contendo a notícia da morte do dr. Hodgson.
    .
    Futuramente, em um arquivo de cartas do dr. Hodgson, encontrou-se uma missiva dele dirigida a um amigo inglês. Na cópia, datada de 20 de fevereiro de 1905, dizia que “G. P.” sugeria que aquele poderia ser o último período com a sra. Piper, mas que ele não saberia o que iria acontecer. Não se sabe se o dr. Hodgson teve maiores informações, se suspeitou de alguma coisa ou se a mensagem foi propositadamente velada.

    .
    Sobre grego e latim (os sinais ???? são caracteres gregos que não sei fazer aparecer da forma correta aqui no blog):
    .
    (Poderias traduzir do grego para mim?) Grego certamente. (Ainda te recordas do grego?) Deveria. [Disse-lhe eu, então, a primeira passagem de grego que me passou pela cabeça: — ????? ???? ? ?? ???? ????????). (Entendeste?) Não, não exatamente, mais devagar (?????.) Parter… Quero dizer… Pae… Pater… pater… bom (????) hemon… [Ilegível] ele… hemon… urano é… e tradução… bom… amor [?] [Ilegível] Amor [?] Amor [?]… Pai está no. Correto… (Tudo bem, continue.) Não consigo captar esse B——… sim… Paciência… bem, aí o tens B——. [Durante toda a experiência, o Sr. O——. e eu, ambos, repetimos com frequência as palavras, inclusive soletrando-as tanto em grego quanto em inglês.] Pai está em… tois ou ou nois nosso… B——. Paciência, meu rapaz… Pai está no céu. (Foi deixada de fora uma palavra, George.) Soletrem-na lentamente. (Grego ou inglês?) Grego, é claro. [Assim o fazemos: ????.) Pai está no céu… Não [consigo] captá[-la]… devagar agora, fala-me essas letras separadamente meu garoto… ae… emon. (Espírito áspero agora, ????.) Céu… sim… dito fácil demais, velho amigo… [li “dito fácil” como “difícil”.] “Dito fácil”, eu disse. Consigo captá-lo. [A mão aponta para O——.] Agora tu mo deves dizer, vejamos se melhor chega até mim. [O——. então o diz. A mão gesticula e se contorce de modo a colocar a boca de O——. próxima ao lado externo da mão, logo abaixo da raiz do dedo mindinho.] Minha orelha. [Explico-lhe que ele quer dizer que seu ouvido espiritual está localizado ali.] Certamente, meu ouvido… E ? O… é isso que me incomoda… Pai é… estava… agora… não… Pai… nosso. [Rapidamente e com agitação.] NOSSO O U. [Em seguida, lenta e reverencialmente, em letras maiúsculas.] NOSSO PAI ESTÁ NO CÉU. (Bom.) [Todos apertamos as mãos.] (W. N.: Geralmente nós o dizemos desta forma: “Pai nosso que estais no céu.”) [Agitação.] Sim, lembro-me disso também. Bem, se soubesses o quanto é difícil captar o som de vossas vozes, perguntarias em primeiro lugar como sou capaz de falar-vos, pois encontro, eu próprio, dificuldades também em fazer-te ouvir coisas que me são claríssimas. (Vamos tentar outra vez?) Mais uma vez (Em latim?) … sim… (Que pronúncia usas: romana, inglesa ou continental?) Romana. Pedi grego, mas não importa meu velho… espera… não estou inteiramente satisfeito… mas mencionaste o fato que desejo explicar. (Pois vai em frente e explica.) [Lentamente.] QUE ESTAIS NO… OK manda bala… [Mal havíamos dito a frase Tu ne cede medis sed contra audentior ito antes e G. P. já mudava de assunto, apresentando duas ou três palavras em latim e francês que ele sabia que seriam de grande significância para mim, mas não para o Sr. O——.. Em seguida, ele pede que o Sr. O——. saia, e começa a escrever sobre um tema que não quer que ele saiba.]
    .
    Este caso é de maior significância do que os outros por aparentar realmente que o escritor possui algum conhecimento de grego, enquanto que a expressão familiar utilizada anteriormente poderia haver sido compreendida por qualquer pessoa. Além disso, é difícil explicar essa tradução pela teoria da telepatia. O escritor parece não reconhecer as palavras familiares, traduzindo da estaca zero as palavras que ouve; se fosse meramente reflexo de minha mente, seria difícil esperar que ele tomasse essa forma inédita.

    .
    Enfim, cuidado com a literatura de 5ª categoria que avisei para o Montalvão… é sempre bom consultar as fontes originais.

  81. Vitor Diz:

    Montalvão
    veja o que o materialista do Cambell diz mais sobre Gauld:
    .
    Gauld is a respected academic psychologist, and his comments on his subjects carry considerable authority. In an epilogue he presents a judicious discussion of the status of the evidence that the founders of the SPR obtained for the existence of paranormal phenomena. This is well worth reading in full. He concludes that there is at least enough evidence to show that crass materialism won’t do justice to the facts. Whether or not one agrees with this, he has at least shown that Sidgwick and his friends were not totally naive, gullible, or deluded; they were trying to do something serious and their work at least deserves our serious attention.
    .
    http://www.acampbell.uk/bookreviews/r/gauld-3.html

  82. Gorducho Diz:

    (Poderias traduzir do grego para mim?) Grego certamente. (Ainda te recordas do grego?) Deveria. [Disse-lhe eu, então, a primeira passagem de grego que me passou pela cabeça: — Πάτερ ἡμῶν ὁ ἐν τοῖς οὐρανοῖς·
     
    (Entendeste?) Não, não exatamente, mais devagar (Πάτερ) Parter… Quero dizer… Pae… Pater… pater… bom
    ( ἡμῶν) hemon… [Ilegível] ele… hemon… urano é… e tradução… bom… amor [?] [Ilegível] Amor [?] Amor [?]… Pai está no. Correto… (Tudo bem, continue.)
     
    Onde está esse relato ❓
    Esse grego tá me parecendo aquele hebraico do CX 🙁

  83. Vitor Diz:

    Está no mais novo post.

  84. Gorducho Diz:

    urano é… e tradução… bom
     
    Por isso que os espíritas sempre enfatizam a necessidade de estudo permanente e aplicado! Se o Hodgson tivesse estudado a Uranografia Geral do Kardec traduzia sem vacilo!

  85. Gorducho Diz:

    Pai está no céu. (Foi deixada de fora uma palavra, George.) Soletrem-na lentamente. (Grego ou inglês?) Grego, é claro. [Assim o fazemos:  ἡμῶν] Pai está no céu… Não [consigo] captá[-la]… devagar agora, fala-me essas letras separadamente meu garoto… ae… emon. (Espírito áspero agora,  ἡμῶν) Céu… sim… dito fácil demais, velho amigo… [li “dito fácil” como “difícil”.] “Dito fácil”, eu disse. Consigo captá-lo. [A mão aponta para O——.] Agora tu mo deves dizer, vejamos se melhor chega até mim. [O——. então o diz. A mão gesticula e se contorce de modo a colocar a boca de O——. próxima ao lado externo da mão, logo abaixo da raiz do dedo mindinho.] Minha orelha. [Explico-lhe que ele quer dizer que seu ouvido espiritual está localizado ali.] Certamente, meu ouvido… E ? O… é isso que me incomoda… Pai é… estava… agora… não… Pai… nosso. [Rapidamente e com agitação.] NOSSO O U. [Em seguida, lenta e reverencialmente, em letras maiúsculas.] NOSSO PAI ESTÁ NO CÉU. (Bom.) [Todos apertamos as mãos.] (W. N.: Geralmente nós o dizemos desta forma: “Pai nosso que estais no céu.”) [Agitação.]
     
    Ufa!
     
    A mão gesticula e se contorce de modo a colocar a boca de O——. próxima ao lado externo da mão, logo abaixo da raiz do dedo mindinho.] Minha orelha. [Explico-lhe que ele quer dizer que seu ouvido espiritual está localizado ali.]
    😮
    Segundo os chiquistas é na pineal… 🙁

  86. Marciano Diz:

    MONTALVÃO, intuindo que você aprovaria, expus sua conjectura em linguagem matemática.
    Ficou assim:
     
    P(C ∣ E) = 0.
    A probabilidade de que exista Comunicação, dado que Espíritos existem, é igual a zero.
    Probabilidade condicional, bem ao gosto da casa.

  87. Marciano Diz:

    E ∪ M = ∅ .
    O conjunto dos espíritos união com conjunto dos médiuns é igual a um conjunto vazio.
     
    Espero sua aprovação formal.

  88. Marciano Diz:

    Se não expressarmos nossas conjecturas em linguagem matemática, ninguém as levará a sério.

  89. Marciano Diz:

    GORDUCHO, sinta-se à vontade para nos ajudar com a linguagem universal da matemática, para expressarmos nossas conjecturas, para eventuais futuros testes.
    Se chegarmos a uma teoria, acho que você seria o melhor indicado para a formular em linguagem matemática.

  90. Marciano Diz:

    Se optasse pela ênclise, ficaria um cacófato.

  91. Marciano Diz:

    formulá-la (blergh!).

  92. Victor Diz:

    Gorducho: não considero que o exercício da filosofia seja privilégio dessa – restritíssima aliás…- classe de pessoas.
    .
    COMENT: Também não considero isso assim, por princípio.
    Quer um exemplo?
    Olavo de Carvalho.
    O homem nem graduação tem, mas tem uma formação filosófica brilhante e original como poucos.
    A questão com o Constantino é que ele é raso em Filosofia, ele se aventura a falar do que não sabe (ou sabe pouco) e cai do cavalo.
    .
    Gorducho: Senão chegaríamos à absurda situação de não podermos debater temas éticos – como aliás é o fundamento do caso em tela – tendo que nos limitar a pedir opiniões de quem seja formado e só levá-la em consideração mediante a apresentação por parte desses das guias de imposto sindical específico recolhidas, &c.
    .
    COMENT: Debates e Opinamentos pessoais sobre temas Filosóficos, certamente que ocorrem o tempo todo em todo lugar.
    Até o Raul Seixas tem músicas filosóficas, mas certamente nenhum filósofo levaria o Raul Seixas a sério.
    .
    Gorducho: Filosofar é um direito de qualquer pessoa culta em ambientes livres (o Brasil com todos problemas é felizmente…)
    .
    COMENT: Eu diria que debater temas Filosóficos através de opinamentos pessoais sem nenhuma pretensão ou relevância técnica é Direito
    de qualquer pessoa Culta.
    .
    Filosofar é outra coisa…o último Filósofo que valeu a pena, morreu tem uns 20 anos…
    .
    Gorducho: As titulações em Filosofia servem exclusivamente para fins de magistério, onde aí sim eu concordo que deve ser exigida a formação formal.
    .
    COMENT: Também com certeza.
    Mas serve como qualquer outra graduação, para preparar o indivíduo para o exercício daquele Ofício, dar formação a ele e etc.
    Salvo raríssimas exceções (o Olavo de Carvalho é uma delas) só é possível levar a sério um sujeito que vá falar sobre sobre Filosofia (enquanto Técnico e não mero opinante) se o mesmo tiver no mínimo um Doutorado
    E não simplesmente pelo título em si, mas sim porque se o sujeito tem esse Doutorado eu sei que ele passou no mínimo 10 anos estudando determinado Autor e Tema afim de defender a sua tese.
    E sem dúvida se uma pessoa passa 10 anos de sua vida estudando um Autor, ele tem um conhecimento especializado para falar a respeito daquele tema.
    .

  93. Gorducho Diz:

    Certes… certes… mas m/parece que é uma ronha pessoal sua c/o Constantino, e isso não m/interessa pois que, se lhe for relevante saber, nunca o li. Não por nada contra, simplesmente porque circunstancialmente não já que nada mais em papel subscrevo.
     
    Então (como diz o paulista), vamos nos ater ao que esse Sr. formulou do qual discorda, exceto o materialismo que, como já disse, é um direito seu.
    Mas o fulcro não era essa proposição final e sim a ética das cartas psicografadas!
    Debatamos então o que ele diz (filosofou) acerca, e nossas filosofias sobre. Eu em princípio – a menos que m/aponte algo…- concordo c/tudo. E o Sr. que diz ❓

  94. Gorducho Diz:

    Editado por simplicidade…
    só é possível levar a sério um sujeito que vá falar sobre sobre Filosofia (enquanto Técnico e não mero opinante) se o mesmo tiver no mínimo um Doutorado
    E não simplesmente pelo título em si, mas sim porque se o sujeito tem esse Doutorado eu sei que ele passou no mínimo 10 anos estudando determinado Autor e Tema afim de defender a sua tese
    .
     
    Ok… ok… e sobre qual autor seria essa discussão técnica acerca d’os fins justificam os meios ou não; ou ou sobre o utilitarismo, i.e., já que as mamães se sentem melhor e podem voltar a uma vida razoavelmente normalizada, então é verdade, porque útil, que os falecidos estão morando com a vovó aí em cima do Rio (ou SP…)?
    Ah! mas como eu não tenho carteira de filósofo (deduzo que tenha…), não será possível filosofar sobre esse detalhe técnico, certo?

  95. Victor Diz:

    Gorducho,
    .
    Em relação a esse tema, confesso que tenho pouco (ou nenhum) interesse pelo Espiritismo enquanto Religião, e consequentemente conheço pouco o assunto, sendo assim prefiro não manifestar opinião a respeito.
    .
    Abraços e Bom Final de Semana

  96. Gorducho Diz:

    Certo: registrado então que, como intuí, S/ronha não é relativamente ao mérito do texto posto a lume pelo AMa, mas pessoal relativo ao autor (Sr. Constantino).
     
    Bom fim de semana!

  97. Marciano Diz:

    Ufa! Levei um susto.
    Se VICTOR dissesse que Olavo de Carvalho não pode falar sobre filosofia, eu ficaria preocupado.
    Mas Olavo também tem defeitos. Ele é católico romano.
     
    A mim também pareceu ser um problema pessoal com o Rodrigo.
    Olavo também brigou com ele, por questões pessoais, se não me engano, porque Rodrigo não concorda com o pensamento católico romano de Olavo.
     
    Ah, VICTOR, antes que eu me esqueça: DPF é o Divaldo Pereira Franco.
     
    GORDUCHO, para que fique registrado nos anais do blog, também concordo in totum com o Rodrigo, a respeito do procedimento antiético do cx e do bezerro-chiquismo em geral.

  98. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    01 – “SEI LÁ DE ONDE VEIO ESSA de que Gauld seja “superelogiado” até por céticos!”
    .
    VISONI: Veja o que diz o cético materialista Anthony Campbell, sobre Gauld:
    .
    PONDERAÇÃO: bem, para avaliar se a apreciação de Campbell está parelha com a realidade, só lendo a inteira obra de Gauld para formar opinião própria. Gauld pode ser um bom escritor mas escorregar nas apreciações do místico, qual, por exemplo, ocorreu com Conan Doyle. Observe que Campbell admite desconhecer o assunto sobre o qual Gauld discorre, portanto, ao que parece, está fazendo uma analogia entre a parte conhecida da produção do escritor com a outra, da qual Campbell não tem condição de opinar. Seria algo semelhante a alguém dizer: “Crookes foi um excelente químico (até descobriu elemento químico que hoje é parte da tabela periódica), por isso não se deve menosprezar suas investigações com espíritos materializados e outros fenômenos…”
    .
    /
    .
    02 – “Minha Nossa Senhora dos assombrados! Gauld então não viu que Piper fosse psicologicamente esclarecida?”
    .
    VISONI: É claro que não viu, ele não é dado a alucinações…
    /.
    PONDERAÇÃO: e mesmo que fosse um alucinado, o caso não é por aí. Tem duas coisas com Piper que o Moura despreza: 1º: Piper, por “melhor” que tenha sido em atuação mediúnica, sozinha é insuficiente para ratificar a mediunidade, e, considerando que a mediunidade dela foi singular, algo de estranho tem nesse imbróglio e que não é explicada; 2º sempre tenha em mente que hodiernamente nenhuma evidência satisfatória de espíritos presentes é dada. Se Piper deu sozinha temos outra encrenca a ser esclarecida, a qual não é levada em conta pelos defensores da Piper mediúnica.
    .
    Esclarecer o fenômeno Piper psicologicamente é ponto muito óbvio, diga: qual foi o trabalho que buscou esgotar (e conseguiu) as possibilidade de elucidar o teatro de Leonora pela conjugação de aspectos psicológicos e habilidades pessoais? Nenhum pesquisador foi até o fundo, buscando esvaziar todas as hipóteses nesse campo. Observe que diversos deles pensaram em fraude bem elaborada, até puseram detetives para vigiá-la, entretanto, poucos pensaram que singularidades do psiquismo pudesse ser o caminho esclarecedor.
    .
    A história de Piper, sob certos aspectos, vem se repetindo ao longo do tempo: a mediunidade é dada por demonstrada a partir de eventos considerados sensacionais, exemplo: Chico a dizer coisas dos falecidos que, segundo se divulga, não teria como saber; os muitos detalhes que alegadamente constam nas missivas psicografadas, etc. Piper é supervalorizada pelo show que dava, em vez de ser apreciada pelo que lhe faltava: a demonstração inequívoca de que havia mortos varejando em torno dela. Ela acertava muitas coisas e errava outro tanto. Os acertos são contabilizados, os desacertos menosprezados. Desse modo o balanço sempre fecha com lucro mediúnico.
    .
    Afirmo que Piper seja explicável pela psicologia porque essa linha investigativa não foi levada à exaustão. Os sábios (notadamente os da SPR) se deram por satisfeito com algumas incursões nos itens que consideraram averiguáveis e partiram para o místico/nebuloso como melhor hipótese.
    .
    Acho não há como fugir: se mortos estiveram presentes com Piper, estariam presentes com outros no decorrer dos tempos, mas sabemos que isso não se deu, nem se dá. Mesmo que não levemos em conta outros tópicos, o tempo comunga desfavoravelmente à idéia de que Piper dialogasse com defuntos.
    /
    /
    .
    03 – “E optou por achar nela legítima paranormalidade?”
    .
    VISONI: Ele não optou. Ele foi levado a isso pela força da evidência.
    /.
    PONDERAÇÃO: “força da evidência” tão “forte” que não foi capaz de levar todos os que a investigaram a igual parecer…
    ./
    /
    04 – “Gauld conhece a conjetura de Moi?”
    .
    VISONI: Ele está perfeitamente ciente do que os pseudocéticos dizem
    /.
    PONDERAÇÃO: talvez também esteja ciente de que o recorrimento a rótulos é uma forma de fugir dos fatos…
    ./
    /
    05 – “E, pra que recorrer à Enciclopédia de Filosofia de Stanford para ratificar que o caso Piper é debatido até hoje?”
    .
    VISONI: Para mostrar que o caso não tem até hoje explicação por vias normais. Ao menos para os acadêmicos de ponta. Pseudocéticos que se baseiam em literatura de 5ª categoria tipo Gardner, Stanley e Hall acham erroneamente que o caso foi explicado. Mas, como visto, está bem longe de ser o caso
    .
    PONDERAÇÃO: se há debates há opiniões divergentes, então deve haver (e há) quem considere Piper explicável por vias naturais. O problema maior são os crédulos de carteirinha que vêem na mulher seu bastião inexpugnável a ratificar a mediunidade, ou, se esta for muito forte para ser alegada, recorrem à paranormalidade. Se se pode optar pela beleza do mistério e pela luz que provém das trevas da crendice, para quê se esforçar em trilhar caminhos alumiados pelo sol do esclarecimento?
    /
    /
    .
    06 – “Stanley e Hall fizeram seis sessões e perceberam que Piper caia facilmente em engodos bem articulados. Bastava criar uma personalidade inexistente, condizentemente construída, para que ela a trouxesse.”
    .
    VISONI: Mas vc ainda não aprendeu que a Bessie Beals existia de verdade?!
    .
    http://www.dailygrail.com/blogs/Greg/2008/1/Not-So-Imaginary-Bessie-Beals
    ./
    PONDERAÇÃO: chamando a conjetura de POA! “Nunca é bem assim”. Bessie existia, mas esse não não foi o ponto importante no trazimento do espírito. Esse seu amigo Greg do blog reclama que a intenção de Hall fora demonstrar que Piper se explicava psicologicamente e desprezara o lado “bom”, o da mediunidade e paranormalidade. Para quem se queixa de que seus opositores se alimentam com leituras de quinta categoria está se servindo em restaurante bem chinfrim…
    .
    O Greg classifica o Hall de criatura detestável, o que dá a dimensão do lado para o qual optou, o do misticismo e credulidade. Também assume (ou dá a entender, minha “tradução”, como bem sabe, é modesta) que os testes que implementou com Piper seriam responsáveis pela “perda” de sua mediunidade, como se se pudesse perder o que não tem…
    .
    Além disso, o caso foi bem discutido aqui mesmo no blog. Pena estou sem o material ilustrativo a mão, mas breve o terei, espero.

  99. MONTALVÃO Diz:

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    /
    07 – “A SPR testou Piper por décadas, a nenhum dos testadores ocorreu conferir até o esclarecimento a real presença de morto atuando.”
    .
    VISONI: Que posso dizer? Mais um equívoco Montalviano…
    /.
    PONDERAÇÃO: se está insinuando que a cretina resposta de George Dorr significa que houve a verificação de morto presente seu caso será mais sério que imaginei…

  100. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    VISONI Diz:
    Victor,
    as passagens que você selecionou estão cheias de inexatidões. Veja:
    a) “Piper’s control “Phinuit” who claimed to be a French doctor could speak very little French and had no knowledge of medicine”.
    .
    VISONI: Errado. Ele tinha conhecimento de medicina sim. Um exemplo:[…]

    /.
    PONDERAÇÃO: diversas alegações sobre falhanças do controle phinuit foram apontadas, o Visoni tenta resgatar a legitimidade de algumas, como se as outras nada importassem. Acredita, o Visoni, ter evidências de que phinuit fosse versado em medicina. Sobre saber falar francês, ele um espírito que vivera uma existência em França, nada diz. Quer dizer, reconhece que o espírito não “lembrava” seu idioma natal, mas como sabia medicina uma coisa deve compensar a outra, provavelmente seja este o mambembe raciocínio.
    .
    Quando aos conhecimentos médicos do Dr. phinuit estes continuam na berlinda, pois não foram devidamente avaliados. Piper ter acertado alguns diagnósticos não garante a formação médica do alegado médico morto. Em verdade não garante nada, nem que phinuit fosse médico, que fosse francês, ou sequer que existisse…
    .
    Tampouco questiona a consideração de William James a respeito da pseudopersonalidade-controle de Piper.

    /
    /

    VISONI: Sobre Hodgson, e o quanto ele iria viver, veja isso:
    […].
    “Futuramente, em um arquivo de cartas do dr. Hodgson, encontrou-se uma missiva dele dirigida a um amigo inglês. Na cópia, datada de 20 de fevereiro de 1905, dizia que “G. P.” sugeria que aquele poderia ser o último período com a sra. Piper, mas que ele não saberia o que iria acontecer. Não se sabe se o dr. Hodgson teve maiores informações, se suspeitou de alguma coisa ou se a mensagem foi propositadamente velada.”
    ./
    PONDERAÇÃO: o texto é ambíguo, pode significar que o comunicante falava de que sua participação como controle estava para ser findada. O texto postado pelo Victor afirma que:
    .
    “Controle de Piper disse que Richard Hodgson iria se casar, ter dois filhos e ter uma vida longa, mas Hodgson morreu alguns meses mais tarde, solteiro e sem filhos.”
    .
    Aqui de duas uma, ou Visoni se garante na especialização da história de Piper a que está se dedicando e afirma que inexiste documento conhecido em que Leonora tenha declarado tal coisa, ou pede ao postador a fonte de onde proveio o informe. O contratexto que apresentou de nada serve para descartar que Piper não tenha vaticinado vida longa para Hodgson e esta ter sido mais uma de suas muitas falhanças.
    ./
    /
    VISONI: Sobre grego e latim (os sinais ???? são caracteres gregos que não sei fazer aparecer da forma correta aqui no blog): […]
    ..
    Este caso é de maior significância do que os outros por APARENTAR REALMENTE QUE O ESCRITOR POSSUI ALGUM CONHECIMENTO DE GREGO, enquanto que a expressão familiar utilizada anteriormente poderia haver sido compreendida por qualquer pessoa. Além disso, é difícil explicar essa tradução pela teoria da telepatia. O escritor parece não reconhecer as palavras familiares, traduzindo da estaca zero as palavras que ouve; se fosse meramente reflexo de minha mente, seria difícil esperar que ele tomasse essa forma inédita.
    ./
    PONDERAÇÃO: parece que a credulidade embota mesmo a percepção até de gente inteligente e bem formada, qual o caso do Visoni. Se bem entendi, e creio que sim, Myers em vida era um erudito, bem versado em grego em latim. Já o “Myers” que possuiu Piper era uma caricatura bem furrequinha do legítimo. Quer dizer, o sábio em vida torna-se um zerruela no além, que mal recorda o saber tão penosamente adquirido. E o nombre Visoni nem fica vermelhinho ao apresentar tal argumentação…
    /
    /
    VISONI: Enfim, cuidado com a literatura de 5ª categoria que avisei para o Montalvão… é sempre bom consultar as fontes originais.
    /.
    PONDERAÇÃO: concordo plenamente, e cadê as fontes originais? O texto que apresentou seria a “fonte original” da ilustração passada pelo Victor? É isso o que está dizendo?
    .
    Diante do ocorrido ocorre-me a criação de uma nova conjetura, a qual batizo de “conjetura literária de Moi”: “nunca contraponha a uma literatura de 5ª categoria uma de sexta.”

  101. Marciano Diz:

    John Horton Conway (Liverpool, 26 de dezembro de 1937) é ummatemático ativo na teoria dos grupos finitos, teoria dos nós, teoria dos números, teoria combinatória dos jogos e teoria de códigos.
    Entres os matemáticos amadores, é o mais bem conhecido por sua teoria combinatória dos jogos e pela invenção do Jogo da vida. Ele é também um dos inventores do sprouts, assim como o futebol dos filósofos, e ele desenvolveu análises detalhadas de muitos jogos e quebra-cabeças, tais como o Cubo soma. Ele criou o ainda não resolvido Problema do anjo.
     
    Pierre de Fermat
    De origem francesa, foi juiz em Toulouse e conselheiro do parlamento da mesma cidade, dedicou-se à matemática por vocação, não ficando atrás dos matemáticos conterrâneos. É conhecido pelo “Príncipe dos Amadores em Matemática”.
    Jurista e magistrado por profissão, dedicava à Matemática apenas suas horas de lazer e, mesmo assim, foi considerado por Pascal o maior matemático de seu tempo. Contudo, seu grande gênio matemático perpassou várias gerações, fazendo com que várias mentes se debruçassem com respeito sob o seu legado, que era composto por contribuições nas mais diversas áreas das matemáticas, as principais: cálculo geométrico e infinitesimal; teoria dos números; e teoria da probabilidade.
     
    Lista de filósofos sem graduação e sindicato:
     

    Gregos
    Sócrates (470a.C. – 399a.C.)
    Platão (428 a 347 a.C.)
    Aristóteles (384a.C – 322 a.C.)
    Tales de Mileto (625 a.C. – 545 a.C.)
    Anaximandro de Mileto (609/610 a.C. – c. 546 a.C.)
    Anaxímenes de Mileto (585-528 a.C.)
    Pitágoras (571/570 a.C. – 497/496 a.C.)
    Xenófanes de Cólofon (aprox. 570 a.C. – 460 a.C.)
    Heráclito de Éfeso (aprox. 540 a.C. – 470 a.C.)
    Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. – 460 a.C.)
    Anaxágoras de Clazômenas (c. 500 a.C. – 428 a.C.)
    Diógenes de Apolônia (viveu século V a.C.)
    Protágoras de Abdera (480 a.C. – 410 a.C.)
    Górgias de Leontini (480 a.C. – 375 a.C.)
    Demócrito de Abdera (cerca de 460 a.C. – 370 a.C.)
     
    Helênicos
    Euclides 360a.C.-295a.C.
    Pirro de Elis 360a.C-275a.C.
    Epicuro 341a.C-270a.C
    Aristarco de Samos 310a.C(c.)-230a.C
    Arquimedes 287a.C-212 a.C.
    Eratóstenes 276a.C-194a.C
    Plotino 205-270
    Epiteto 55-135
    Ptolomeu 100(c.)-178(c.)
     

    Romanos
    Cícero 106a.C-43 a.C.
    Sêneca 4a.C(c.)-65
    Marco Aurélio 121-180
    Boécio 480-524d.c
    Brasileiros
    Olavo de Carvalho
    MONTALVÃO

  102. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Marciano Diz:
    MONTALVÃO, INTUINDO que você aprovaria, expus sua conjectura em linguagem matemática.
    Ficou assim:
    .
    P(C ? E) = 0.
    A probabilidade de que exista Comunicação, dado que Espíritos existem, é igual a zero.
    Probabilidade condicional, bem ao gosto da casa.
    /.
    PONDERAÇÃO: INTUINDO? E a clarividência e telepatia, não se usam mais?
    .
    Acato a expressão matemática, apenas peço elucide que “dado que espíritos existem” signifique “supondo-se, admitindo-se”. Então, teríamos: A probabilidade de que espíritos comuniquem, concedendo que existam, é zero.
    .
    Assino.

  103. Gorducho Diz:

    (E ≠ ∅ ∧ C) = ∅

  104. Marciano Diz:

    No cálculo de probabilidades condicionais o sinal ∣ (dado que) significa que o evento ocorreu; para o nosso postulado, contudo, faremos uma pequena alteração, passando o signficado para “supondo-se, admitindo-se”.

     
    Feitas essas ponderações, proponho a aprovação da conjectura, aguardando o voto de GORDUCHO, o qual poderá declarar seu voto (declarar, aqui, no sentido jurídico da expressão), caso seja voto vencido.
    Claro que podemos mudar nossos votos, caso a eventual declaração de voto nos convença em sentido contrário.
    Não estou presidindo a bancada, só sugerindo o procedimento ao ilustre presidente.

  105. Marciano Diz:

    Na ausência de comunicações é razoável que suponhamos que E não existam.

  106. Espírita Sp Orlando Diz:

    Mas Marciano pode ser que exista e a comunicação dificil de se estabelecer assim como na época dos telegrafos, telegramas, cartas, celular, emails zap e zap etc
    Fora que os mediuns são muito indisciplinados ao invés de se concentrarem nos trabalhos concentram-se no prato cheio de feijoada, em mulheres formosas sensuais etc.
    Vai demorar muito pra comunicação com além ser objetiva e assim comprovada.

  107. Victor Diz:

    Marciano,
    .
    Apenas uma correção a sua lista:
    .
    Platão foi o primeiro a fundar uma Escola de Filosofia, a “Academia” a qual teve como um de seus mais dedicados alunos Aristóteles que também fundou sua própria escola, o “Liceu”.
    .
    Você fez uma diferenciação entre “gregos” e “helenos”, mas de certa forma poderíamos dizer que todos os gregos eram “helenos”.
    .
    Penso que quis diferenciar entre “gregos” e “helenísticos”…
    .
    Acho que se fizer uma outra “lista” entre os pensadores que tinham formação em Filosofia e os que não tinham, a primeira lista sairia “vitoriosa”.rs
    .
    Abraços e Bom final de Semana

  108. Victor Diz:

    A propósito, o Brasil teve três grandes Filósofos, dois no século XX e um no século 18.
    .
    São eles Vicente Ferreira da Silva, Mario Ferreira dos Santos e Matias Aires, respectivamente.

  109. Victor Diz:

    As obras de Mario Ferreira do Santos e Vicente Ferreira da Silva eram baseadas na Fenomenologia de Husserl, já Matias Aires foi um Moralista, na linha dos Moralistas Franceses como La Rochefoucauld, La Bruyere, Chamfort, Vauvenargues, Pascal, Montaigne e etc.

  110. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Espírita Sp Orlando Diz:
    Mas Marciano pode ser que exista e a comunicação dificil de se estabelecer assim como na época dos telegrafos, telegramas, cartas, celular, emails zap e zap etc
    Fora que os mediuns são muito indisciplinados ao invés de se concentrarem nos trabalhos concentram-se no prato cheio de feijoada, em mulheres formosas sensuais etc.
    Vai demorar muito pra comunicação com além ser objetiva e assim comprovada.
    /.
    DILETO SAMPORLANDO, embora dirigida a Marciano sua peroração e sabendo que sua linda pessoa não me dirige a palavra, relevo e comento.
    .
    Que a falança espiritual, caso existisse, seria algo difícil pracaróla de se concretizar, dúvida nenhuma. O caso é que as comunicações por aí apregoadas desconhecem essa dificuldade. Eis que mortos ditam livros, dão receitas, falam da vida alheia, revelam “coisas”, dão conselhos e orientações e, para mais enriquecer o processo, “ensinam” reencarnação. Aqui cabe um adendo: admiravelmente, apesar de os espíritos nos quais o Visoni acredita comunicarem sejam, em maioria, contrarreencarnacionistas, mesmo assim eles o crê e lhes perdoa o desconhecimento das multividas, nas quais acredita de corpo e alma. Vai entender…
    .
    Então, a comunicação não é difícil na cabeça dos que nela acreditam. O difícil é os mortos comprovarem que estão presentes. Eis o big problem, o hard problem…

  111. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Victor Diz: A propósito, o Brasil teve três grandes Filósofos, dois no século XX e um no século 18.
    .
    São eles Vicente Ferreira da Silva, Mario Ferreira dos Santos e Matias Aires, respectivamente.
    /.
    PONDERAÇÃO: dos citados, conheço o Mário, quero dizer, tenho algum material dele: é bom mesmo, seu didatismo transforma reflexões complexas em leitura agradável e palatável.

  112. MONTALVÃO Diz:

    //
    “Ele criou o ainda não resolvido Problema do anjo.”
    /.
    Qual que é o problema com os anjos, conheço um titinho dos mistérios angelicais, quem sabe não resolvo?

  113. MONTALVÃO Diz:

    /
    Brasileiros
    Olavo de Carvalho
    MONTALVÃO
    /.
    MONTALVÃO é, deveras, brasileiro, não-lulista, não-petista, não-olavista (conquanto admire-o nalguns setores sapienciais), que, vez em quando, dá umas filosofadinhas sem compromisso, apenas para resolver alguns dos grandes problemas da humanidade, nada sério, pois…

  114. Marciano Diz:

    MONTALVÃO:
     
    Qual que é o problema com os anjos, conheço um titinho dos mistérios angelicais, quem sabe não resolvo?
     
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Problema_do_anjo
    Mais detalhes, você lê com o próprio Conway:
    http://library.msri.org/books/Book29/files/conway.pdf

  115. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Marciano Diz:
    MONTALVÃO:

    “Qual que é o problema com os anjos, conheço um titinho dos mistérios angelicais, quem sabe não resolvo?”
    .
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Problema_do_anjo
    Mais detalhes, você lê com o próprio Conway:
    http://library.msri.org/books/Book29/files/conway.pdf
    /.
    RESOLUÇÃO: o “problema do anjo” é um jogo. Sabendo-se que os anjos estão, por força da lei celestial que os regem, impedidos de participarem de jogatinas ou mesmo de jogos de folguedo, e, sabendo que os diabos (que são anjos decaídos) não podem se juntar a anjos soerguidos, nem pra brincar de pique, a resposta é: tal jogo jamais pode acontecer.
    .
    Sugestão adicional: tente levar o certame aos elfos e duendes, quem sabe eles não conseguem levar a peleja até um ponto avaliável?

  116. Vitor Diz:

    Montalvão
    comentando:
    .
    08 – “bem, para avaliar se a apreciação de Campbell está parelha com a realidade, só lendo a inteira obra de Gauld para formar opinião própria”.
    .
    Você ainda não fez isso e se acha no direito de criticar Gauld? Quanta irresponsabilidade… é triste ver a qualidade de certos críticos, que sequer leem aquilo ou quem criticam….
    .
    09 – “Gauld pode ser um bom escritor mas escorregar nas apreciações do místico, qual, por exemplo, ocorreu com Conan Doyle.”
    .
    É melhor ficar supondo em vez de ter que enfiar a cara na leitura, né?
    .
    10 – “Observe que Campbell admite desconhecer o assunto sobre o qual Gauld discorre”
    .
    Não, mais um equívoco de interpretação seu. Ele NÃO diz que desconhece o assunto. Ele diz, isso sim, que não tem qualquer experiência em primeira mão. Da mesma forma, eu nunca fiz pesquisa de EQM em hospitais, nunca tive qualquer experiência em primeira mão, mas isso não quer dizer que eu desconheça o assunto.
    .
    11 – “Tem duas coisas com Piper que o Moura despreza: 1º: Piper, por “melhor” que tenha sido em atuação mediúnica, sozinha é insuficiente para ratificar a mediunidade, e, considerando que a mediunidade dela foi singular, algo de estranho tem nesse imbróglio e que não é explicada”
    .
    Eu não ignoro a insuficiência de Piper para ratificar a mediunidade. Mas ela é suficiente, sem qualquer sombra de dúvida, para ratificar a existência de fenômenos paranormais. E dentre as explicações para tais fenômenos paranormais, espíritos seria digna de consideração séria.
    .
    12 – “2º sempre tenha em mente que hodiernamente nenhuma evidência satisfatória de espíritos presentes é dada. Se Piper deu sozinha temos outra encrenca a ser esclarecida, a qual não é levada em conta pelos defensores da Piper mediúnica.”
    .
    A “ausência” atribuo mais à falta de pesquisadores do que à falta de médiuns do quilate de Piper. A própria Kelly achou um que pode ser a Piper dos dias modernos. O próprio Harribance pode ser considerado a Piper dos dias atuais.
    .
    13 – “Esclarecer o fenômeno Piper psicologicamente é ponto muito óbvio, diga: qual foi o trabalho que buscou esgotar (e conseguiu) as possibilidade de elucidar o teatro de Leonora pela conjugação de aspectos psicológicos e habilidades pessoais? Nenhum pesquisador foi até o fundo, buscando esvaziar todas as hipóteses nesse campo. Observe que diversos deles pensaram em fraude bem elaborada, até puseram detetives para vigiá-la, entretanto, poucos pensaram que singularidades do psiquismo pudesse ser o caminho esclarecedor.”
    .
    Esse equívoco da sua parte de novo? Veja o que Newbold diz:
    .
    A única alternativa à teoria do “espírito” é aquela que atribui os fenômenos a personalidades secundárias, derivadas do entretecimento do mecanismo nervoso da Sra. Piper de todas as complexas sugestões advindas da sala de sessões espíritas, suplementadas por impressões telepáticas e clarividentes obtidas em conexão com o consulente e com os artigos por ele trazidos.
    .
    14 – “Ela acertava muitas coisas e errava outro tanto. Os acertos são contabilizados, os desacertos menosprezados. Desse modo o balanço sempre fecha com lucro mediúnico.”
    .
    Vá ler o artigo de Newbold e veja ao final de cada sessão se os erros são menosprezados…
    .
    15 – “Afirmo que Piper seja explicável pela psicologia porque essa linha investigativa não foi levada à exaustão.”
    .
    É de fazer rir…
    .
    16 – “Os sábios (notadamente os da SPR) se deram por satisfeito com algumas incursões nos itens que consideraram averiguáveis e partiram para o místico/nebuloso como melhor hipótese.”
    .
    Sim, Podmore só levou 13 anos para partir para o místico/nebuloso. De fato, esse tempo tão exíguo mostra que ele se deu por satisfeito com algumas incursões. Sei…. conta agora a do papagaio! 😀
    .
    17 – “Acho não há como fugir: se mortos estiveram presentes com Piper, estariam presentes com outros no decorrer dos tempos, mas sabemos que isso não se deu, nem se dá.”
    .
    Harribance e o “médium misterioso” de Kelly não contam? Por quê?
    .
    18 – “Mesmo que não levemos em conta outros tópicos, o tempo comunga desfavoravelmente à ideia de que Piper dialogasse com defuntos.”
    .
    Não é o tempo, e sim a exígua quantidade de pesquisadores… Harribance e o “médium misterioso” de Kelly mostram que outras Pipers estão por aí…
    .
    19 -“força da evidência” tão “forte” que não foi capaz de levar todos os que a investigaram a igual parecer”…
    .
    Com no máximo 6 sessões fica difícil mesmo…
    .
    20 – “talvez também esteja ciente de que o recorrimento a rótulos é uma forma de fugir dos fatos…”
    .
    Entrar em autonegação também 🙂
    .
    21 – “se há debates há opiniões divergentes, então deve haver (e há) quem considere Piper explicável por vias naturais. O problema maior são os crédulos de carteirinha que vêem na mulher seu bastião inexpugnável a ratificar a mediunidade, ou, se esta for muito forte para ser alegada, recorrem à paranormalidade. Se se pode optar pela beleza do mistério e pela luz que provém das trevas da crendice, para quê se esforçar em trilhar caminhos alumiados pelo sol do esclarecimento?”
    .
    Porque por mais alumiado que seja tal caminho levou a um beco sem saída. O jeito é trilhar um novo caminho, ainda que tateando nas trevas da nossa ignorância…
    .
    22 – “Bessie existia, mas esse não não foi o ponto importante no trazimento do espírito. Esse seu amigo Greg do blog reclama que a intenção de Hall fora demonstrar que Piper se explicava psicologicamente e desprezara o lado “bom”, o da mediunidade e paranormalidade. Para quem se queixa de que seus opositores se alimentam com leituras de quinta categoria está se servindo em restaurante bem chinfrim…”
    .
    Por que, se o Greg se baseia nas fontes originais?
    .
    23 – “O Greg classifica o Hall de criatura detestável, o que dá a dimensão do lado para o qual optou, o do misticismo e credulidade.”
    .
    Isso foi a conclusão dele após ler o livro. Ele fala com conhecimento de causa. Bem diferente de quem julga sem ao menos ter lido… e entre os motivos para chamá-lo de detestável, está “foram feitos testes muito danosos em Piper (furaram sua mão, e cânforas colocadas em sua boca fizeram surgir bolhas em seus lábios)”. Isso me parece um excelente motivo para chamar alguém de detestável. Ou até pior do que isso…
    .
    24 – “Também assume (ou dá a entender, minha “tradução”, como bem sabe, é modesta) que os testes que implementou com Piper seriam responsáveis pela “perda” de sua mediunidade, como se se pudesse perder o que não tem…”
    .
    Que sua tradução é modesta eu sei, agora, que ela inventa coisas para mim é novidade… em NENHUM lugar ele diz ou dá a entender isso.
    .
    25 – “se está insinuando que a cretina resposta de George Dorr significa que houve a verificação de morto presente seu caso será mais sério que imaginei…”
    .
    Leia com calma o artigo de Newbold…
    .
    26 – “diversas alegações sobre falhanças do controle phinuit foram apontadas, o Visoni tenta resgatar a legitimidade de algumas, como se as outras nada importassem. Acredita, o Visoni, ter evidências de que phinuit fosse versado em medicina. Sobre saber falar francês, ele um espírito que vivera uma existência em França, nada diz.”
    .
    Isso já foi discutido com relativa exaustão no artigo de Michael Tymn, em que uma das passagens diz:
    .
    “Enquanto James e o Dr. Walter Leaf ambos viram Phinuit falhar no francês, o Dr. Richard Hodgson, que foi trazido da Inglaterra para estudar a Sra. Piper, ouviu-o falar francês fluentemente com dois consulentes diferentes (como discutido abaixo). Assim, este aspecto é especialmente enganador.”
    .
    http://obraspsicografadas.org/2014/o-misterioso-dr-phinuit-2009-por-michael-e-tymn/
    .
    27 – “Quando aos conhecimentos médicos do Dr. phinuit estes continuam na berlinda, pois não foram devidamente avaliados. Piper ter acertado alguns diagnósticos não garante a formação médica do alegado médico morto. Em verdade não garante nada, nem que phinuit fosse médico, que fosse francês, ou sequer que existisse…”
    .
    Céus, descobriu a pólvora! 🙂
    .
    28 – “Tampouco questiona a consideração de William James a respeito da pseudopersonalidade-controle de Piper.”
    .
    Nem James negava que a “pseudopersonalidade-controle” tinha poderes paranormais.
    .
    29 – “o texto é ambíguo, pode significar que o comunicante falava de que sua participação como controle estava para ser findada.”
    .
    O próprio texto que passei diz que a mensagem é velada.
    .
    30 – “Aqui de duas uma, ou Visoni se garante na especialização da história de Piper a que está se dedicando e afirma que inexiste documento conhecido em que Leonora tenha declarado tal coisa,”
    .
    Não afirmo que tal documento inexista, mas ainda não achei a fonte original de tal história. Mas que ela era ruim em previsões, era (embora tenha tido seus acertos…).
    .
    31 – “parece que a credulidade embota mesmo a percepção até de gente inteligente e bem formada, qual o caso do Visoni.”
    .
    Vendo seu caso, parece que a incredulidade faz coisas piores… não sou eu quem tem problemas sérios de interpretação…
    .
    32 – Se bem entendi, e creio que sim, Myers em vida era um erudito, bem versado em grego em latim. Já o “Myers” que possuiu Piper era uma caricatura bem furrequinha do legítimo. Quer dizer, o sábio em vida torna-se um zerruela no além, que mal recorda o saber tão penosamente adquirido. E o nombre Visoni nem fica vermelhinho ao apresentar tal argumentação…”
    .
    A comunicação que passei não foi de Myers, e sim de Pelham, que explicou sua dificuldade dizendo “lembrar-se do grego bem o bastante quando estava distante da “luz”, mas o esforço dispendido na comunicação o confundia, afastando o conhecimento para longe de sua mente”. Ainda assim, algum conhecimento do grego conseguiu demonstrar. Desconheço se novas tentativas de tradução foram feitas com Myers.
    .
    33 – “concordo plenamente, e cadê as fontes originais? O texto que apresentou seria a “fonte original” da ilustração passada pelo Victor? É isso o que está dizendo?”
    .
    Sim. Se vc tivesse lido os novos posts também saberia.
    .
    33 – “Diante do ocorrido ocorre-me a criação de uma nova conjetura, a qual batizo de “conjetura literária de Moi”: “nunca contraponha a uma literatura de 5ª categoria uma de sexta.”
    .
    E quando você vai começar a fazer isso?

  117. Vitor Diz:

    Victor, respondi no tópico “O ESPIRITUALISMO E UMA CRISE DE EVIDÊNCIA EM MEADOS DA ÉPOCA VITORIANA”

  118. Victor Diz:

    Já respondi, meu caro!

  119. Marciano Diz:

    Não, VICTOR, tem uma resposta nova de VITOR à sua resposta.
    Dê uma olhada, o último comentário ficou sem resposta.

  120. Victor Diz:

    Respondido!

  121. Vitor Diz:

    Idem! 😀

  122. Marciano Diz:

    Ibidem!
    Victor Diz:
    NOVEMBRO 18TH, 2015 ÀS 1:47 PM
     
    Tô gostando do embate!

  123. MONTALVÃO Diz:

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    /
    Você ainda não fez isso e se acha no direito de criticar Gauld? Quanta irresponsabilidade… é triste ver a qualidade de certos críticos, que sequer leem aquilo ou quem criticam….
    .
    PONDERAÇÃO: critico Gauld ou qualquer outro (também dou elogios) até onde conheço a produção dele ou de qualquer outro. Dificilmente faço apreciação global a quem quer que seja e quando comento costumo dizer que estou atido ao material sob exame. Agora, para quem chamou em bloco Fayereband, Kuhl, Lakatos (e talvez, não recordo, Popper) de patetas… bom exemplo de não faça o que eu digo nem o que eu falo…
    ./
    /
    09 – “Gauld pode ser um bom escritor mas escorregar nas apreciações do místico, qual, por exemplo, ocorreu com Conan Doyle.”
    .
    É melhor ficar supondo em vez de ter que enfiar a cara na leitura, né?
    .
    PONDERAÇÃO: rá, rá, queres que eu pare tudo para enfiar a cara no Gauld? Rá, rá… prefiro apreciar por partes e falar dessas partes apreciadas… mergulhe nele você que gosta de nele mergulhar e nos brinde com suas belas traduções, o que faz muito bem, e, se puder achar um texto em que Gauld traga argumentos poderosos em favor da vertente mística que abraçara, estaremos de pé e a ordem para apreciá-lo.
    ./
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    10 – “Observe que Campbell admite desconhecer o assunto sobre o qual Gauld discorre”
    .
    Não, mais um equívoco de interpretação seu. Ele NÃO diz que desconhece o assunto. Ele diz, isso sim, que não tem qualquer experiência em primeira mão. Da mesma forma, eu nunca fiz pesquisa de EQM em hospitais, nunca tive qualquer experiência em primeira mão, mas isso não quer dizer que eu desconheça o assunto.
    .
    PONDERAÇÃO: ah… então é isso? Preciso reexaminar o texto para ver se seu raciocínio se mostra fértil: em princípio discordo. Como estou com dificuldade de trabalhar leitura desses materiais (por diversas situações anômalas ora vividas), deixo essa parte em suspenso, até nela poder mergulhar. Agora, achei legal você dizer que conhece o assunto EQM, do mesmo modo que Campbell conhece… conhece o quê mesmo? A inteira obra de Gauld, ou que seria um aprofundado em temas místicos? Como mensurar o conhecimento do citado?
    ./
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    11 – “Tem duas coisas com Piper que o Moura despreza: 1º: Piper, por “melhor” que tenha sido em atuação mediúnica, sozinha é insuficiente para ratificar a mediunidade, e, considerando que a mediunidade dela foi singular, algo de estranho tem nesse imbróglio e que não é explicada”
    .
    Eu não ignoro a insuficiência de Piper para ratificar a mediunidade. Mas ela é suficiente, sem qualquer sombra de dúvida, para ratificar a existência de fenômenos paranormais. E dentre as explicações para tais fenômenos paranormais, espíritos seria digna de consideração séria.
    /.
    PONDERAÇÃO: o que posso dizer? Parece-me que está melhorando… antevejo que, brevemente, o “sem qualquer sombra de dúvida” se transforme num “talvez” ou num “quem sabe” moderado… Leve uma questão para refletir antes de dormir: “que categoria de fenômenos paranormais Piper ratificou se hoje os fenômenos que ela ratificado teria ratificados não são, ao contrário, foram retificados para o nível do “se existirem serão tênues, incertos e incontrolados”…
    /
    /
    12 – “2º sempre tenha em mente que hodiernamente nenhuma evidência satisfatória de espíritos presentes é dada. Se Piper deu sozinha temos outra encrenca a ser esclarecida, a qual não é levada em conta pelos defensores da Piper mediúnica.”
    .
    A “ausência” atribuo mais à falta de pesquisadores do que à falta de médiuns do quilate de Piper. A própria Kelly achou um que pode ser a Piper dos dias modernos. O próprio Harribance pode ser considerado a Piper dos dias atuais.
    .
    PONDERAÇÃO: perdoe-me se ora rio: duvide-o-dó que Harribance ou o Piper de Kelly se deixe esmiuçar por céticos como Piper o foi, apesar de que, nem Piper foi ceticamente esmiuçada ao nível ideal, apenas alguns (caso de Hall e Tanner) incursionaram na seara que ela pisava, os demais investigadores foram almejadores da mediunidade ou do paranormal. E mais, duvido que os Pipers da atualidade, caso de fato hajam, se deixem verificar em testes de presença de mortos. Além disso, hoje há mecanismos mais eficazes de conferir os poderes alegados e vai ver seja por isso que os Harribances da vida só aceitem ser pesquisados por em quem confiam (quer dizer aqueles que sabem simpáticos à causa da fraudulência, não por desonestidade, mas por crendice). Porém e certamente, calarei minha boquinha santa, e apenas abri-la-ei para confessar a derrota de minha tese, se esses tais toparem os exames e passarem nas provas com louvor.
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    13 – “Esclarecer o fenômeno Piper psicologicamente é ponto muito óbvio, diga: qual foi o trabalho que buscou esgotar (e conseguiu) as possibilidade de elucidar o teatro de Leonora pela conjugação de aspectos psicológicos e habilidades pessoais? Nenhum pesquisador foi até o fundo, buscando esvaziar todas as hipóteses nesse campo. Observe que diversos deles pensaram em fraude bem elaborada, até puseram detetives para vigiá-la, entretanto, poucos pensaram que singularidades do psiquismo pudesse ser o caminho esclarecedor.”
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    Esse equívoco da sua parte de novo? Veja o que Newbold diz:
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    A única alternativa à teoria do “espírito” é aquela que atribui os fenômenos a personalidades secundárias, derivadas do entretecimento do mecanismo nervoso da Sra. Piper de todas as complexas sugestões advindas da sala de sessões espíritas, suplementadas por impressões telepáticas e clarividentes obtidas em conexão com o consulente e com os artigos por ele trazidos.
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    PONDERAÇÃO: primeiro, há de convir que não é a mesma coisa que falei: explicar Piper pela psicologia e por ela tê-la testado à exaustão foi coisa que ninguém o fez, conquanto Hall e Tanner tenha dado preciosa contribuição no quesito. Newbold sugere um “mix” de psicologia com paranormalidade, isso passa a quilômetros do que postulo. E, mesmo que ele mencione a hipótese psicológica como alternativa nada muda quanto ao fato de que Leonora não foi averiguada ao nível condizente pela psicologia.
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    14 – “Ela acertava muitas coisas e errava outro tanto. Os acertos são contabilizados, os desacertos menosprezados. Desse modo o balanço sempre fecha com lucro mediúnico.”
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    Vá ler o artigo de Newbold e veja ao final de cada sessão se os erros são menosprezados…
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    PONDERAÇÃO: estou lendo… estou no caso 2, uma doideira só, por enquanto só consigo ver a loucura que eram as sessões de Piper e a irrepetibilidade de seu xou nos eventos mediúnicos gerais. Se mediunidade fosse o que Piper fazia os demais médiuns deveriam lhe estar próximos nas encenações, mas nem os anteriores nem os pósteros seguiram a senda piperiana… estranho, não? Se consta do texto, até agora não vi, que Newbold tenha levado em conta as erranças no objetivo de melhor entender o fenômeno.
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    15 – “Afirmo que Piper seja explicável pela psicologia porque essa linha investigativa não foi levada à exaustão.”
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    É de fazer rir…
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    PONDERAÇÃO: ria mas entenda, e se conhece Leonora sendo testada exaustivamente por meio de testes psicológicos traga-nos o material para nos deleitarmos com novos saberes…
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    16 – “Os sábios (notadamente os da SPR) se deram por satisfeito com algumas incursões nos itens que consideraram averiguáveis e partiram para o místico/nebuloso como melhor hipótese.”
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    Sim, Podmore só levou 13 anos para partir para o místico/nebuloso. De fato, esse tempo tão exíguo mostra que ele se deu por satisfeito com algumas incursões. Sei…. conta agora a do papagaio!
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    PONDERAÇÃO: mesmo que seja conforme diz, um Podmore só não representa o todo da realidade. Apelo para a conjetura de Poa: “nunca é bem assim”… Se eu achar tempo examinarei o caso Podmore para confirmar a lisa aplicação da conjetura citada…
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    17 – “Acho não há como fugir: se mortos estiveram presentes com Piper, estariam presentes com outros no decorrer dos tempos, mas sabemos que isso não se deu, nem se dá.”
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    Harribance e o “médium misterioso” de Kelly não contam? Por quê?
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    PONDERAÇÃO: Harribance, ou qualquer outro, contará quando houver sido testado condizentemente por céticos, coisa da qual ele foge malandramente. O médium misterioso de Kelly, como bem o epíteto a ele aplicado diz, é um “mistério”…
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    18 – “Mesmo que não levemos em conta outros tópicos, o tempo comunga desfavoravelmente à ideia de que Piper dialogasse com defuntos.”
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    Não é o tempo, e sim a exígua quantidade de pesquisadores… Harribance e o “médium misterioso” de Kelly mostram que outras Pipers estão por aí…
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    PONDERAÇÃO: estão por aí porque Visoni assim o deseja, “tentretetanto”, prefiro esperar por outras opiniões e conhecer outras avaliações…

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    19 -“força da evidência” tão “forte” que não foi capaz de levar todos os que a investigaram a igual parecer”…
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    Com no máximo 6 sessões fica difícil mesmo…
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    PONDERAÇÃO: ao contrário, seis sessões, ceticamente conduzidas, disseram muitos mais que anos de investigações por acreditadores…
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    20 – “talvez também esteja ciente de que o recorrimento a rótulos é uma forma de fugir dos fatos…”
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    Entrar em autonegação também
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    PONDERAÇÃO: autonegação?
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    21 – “se há debates há opiniões divergentes, então deve haver (e há) quem considere Piper explicável por vias naturais. O problema maior são os crédulos de carteirinha que vêem na mulher seu bastião inexpugnável a ratificar a mediunidade, ou, se esta for muito forte para ser alegada, recorrem à paranormalidade. Se se pode optar pela beleza do mistério e pela luz que provém das trevas da crendice, para quê se esforçar em trilhar caminhos alumiados pelo sol do esclarecimento?”
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    Porque por mais alumiado que seja tal caminho levou a um beco sem saída. O jeito é trilhar um novo caminho, ainda que tateando nas trevas da nossa ignorância…
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    PONDERAÇÃO: tudo bem, tens tempo para conferir onde essa tateação o conduzirá…
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    Depois volto, tenho que ver meus cachorros que estão brigando.

  124. Gorducho Diz:

    A própria Kelly achou um que pode ser a Piper dos dias modernos.
     
    Ah é? Isso faz 5 anos, é do tempo do Windows 7; onde está esse fantástico(a) médium?
    Quais os certamente grandes progressos registrados nesse longo tempo?
    Podemos testá-lo(a)?
    O Polidoro ou algum outro não bobo pode testá-lo(a) ❓

  125. Gorducho Diz:

    Por falar no CICAP…
     
    Omeopatia non più rimborsabile nel Regno Unito?
     
    http://www.queryonline.it/2015/11/17/omeopatia-non-piu-rimborsabile-nel-regno-unito/

  126. Gorducho Diz:

    I rimedi omeopatici hanno dimostrato più e più volte di non essere altro se non placebo. In effetti, questa è la posizione ufficiale della British Medical Association, del Chief Medical Officer, del Chief Scientific Advisor, dell’House of Commons’ Science and Technology Select Committee, e anche la posizione dell’attuale ministro della Salute.

  127. MONTALVÃO Diz:

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    22 – “Bessie existia, mas esse não não foi o ponto importante no trazimento do espírito. Esse seu amigo Greg do blog reclama que a intenção de Hall fora demonstrar que Piper se explicava psicologicamente e desprezara o lado “bom”, o da mediunidade e paranormalidade. Para quem se queixa de que seus opositores se alimentam com leituras de quinta categoria está se servindo em restaurante bem chinfrim…”
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    Por que, se o Greg se baseia nas fontes originais?
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    PONDERAÇÃO: não falo das fontes de Greg, sim das ilações de Greg: a leitura de sexta é o que Greg escreve, e que se destina a alimentar almas sequiosas por fábulas.
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    23 – “O Greg classifica o Hall de criatura detestável, o que dá a dimensão do lado para o qual optou, o do misticismo e credulidade.”
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    Isso foi a conclusão dele após ler o livro. Ele fala com conhecimento de causa. Bem diferente de quem julga sem ao menos ter lido… e entre os motivos para chamá-lo de detestável, está “foram feitos testes muito danosos em Piper (furaram sua mão, e cânforas colocadas em sua boca fizeram surgir bolhas em seus lábios)”. Isso me parece um excelente motivo para chamar alguém de detestável. Ou até pior do que isso…
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    PONDERAÇÃO: pode ser que Hall e Cia tenham sido um tanto rudes nesse aspecto, mas pode ser que os fãs estejam exagerando. O “detestável” do Greg não está aí, sim na insistência dos psicólogos em explicar, como explicaram, Piper pela psicologia. Isso é o que Greg não admite, tampouco admitiram os sábios da SPR, os que estavam vidrados no misticismo. Eles queriam, porque queriam, que a pantomima de Piper expressasse manifestação de defuntos e, quando lemos descrições mais ou menos detalhadas dos ocorridos, ficamos a nos perguntar: sera que eles bebiam (muito) 51 ou o quê?
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    24 – “Também assume (ou dá a entender, minha “tradução”, como bem sabe, é modesta) que os testes que implementou com Piper seriam responsáveis pela “perda” de sua mediunidade, como se se pudesse perder o que não tem…”
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    Que sua tradução é modesta eu sei, agora, que ela inventa coisas para mim é novidade… em NENHUM lugar esse diz ou dá a entender isso.
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    PONDERAÇÃO: claro que “em NENHUM lugar ele diz isso”, quanto a dar a entender, entendo que dá sim. Greg diz:
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    “Hall consistentemente enganou o controle Hodgson, inventando personalidades, e quando ‘Hodgson’ apresentou informações e contatos ‘externos’ (que poderiam oferecer alguma evidência probatória), Hall simplesmente ignorou e não respondeu. Pessoalmente, o relato das sessões me levou a uma simples conclusão — que Stanley Hall foi um homem bastante detestável. A maior parte das sessões se trata dele iludindo e enganando o controle (e se regozijando disso nas sessões finais). Na quinta sessão foram feitos testes muito danosos em Piper (furaram sua mão, e cânforas colocadas em sua boca fizeram surgir bolhas em seus lábios). Mas há uma última coisa importante a ressaltar sobre a “imaginária” Bessie Beals, algo que está em notas de Hall subsequentes às sessões”
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    É claro que estou especulando, conforme falei antes, mas há base, ainda que indireta, para tal especulação. Certamente Greg conhece as alegações de que Hall e Tanner perturbaram a mediunidade da moça. Citando o episódio deve esperar que leitores que conheçam o fato lembrem das acusações. O importante a destacar aqui é a irritação de Greg (e não só dele) contra quem ouse contestar que Piper fosse mediúnica. Ele queria que os dois pesquisadores considerassem a “evidência probatória” (em favor dos espíritos), ou seja, não poderiam, não deveriam, ir pelo caminho que foram. Isso lembra bem quem insista que a mediunidade é provada por médiuns piperianos (que dizem existir) e esquecem que os espíritos continuam a rejeitar dar mostras de suas presenças.
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    25 – “se está insinuando que a cretina resposta de George Dorr significa que houve a verificação de morto presente seu caso será mais sério que imaginei…”
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    Leia com calma o artigo de Newbold…
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    PONDERAÇÃO: a indagação foi dirigida ao Visoni, não ao Newbold. Leia com calma o que Moi e outros melhor tarimbados escreveram aqui a respeito de Piper.
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    26 – “diversas alegações sobre falhanças do controle phinuit foram apontadas, o Visoni tenta resgatar a legitimidade de algumas, como se as outras nada importassem. Acredita, o Visoni, ter evidências de que phinuit fosse versado em medicina. Sobre saber falar francês, ele um espírito que vivera uma existência em França, nada diz.”
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    Isso já foi discutido com relativa exaustão no artigo de Michael Tymn, em que uma das passagens diz:
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    “Enquanto James e o Dr. Walter Leaf ambos viram Phinuit falhar no francês, o Dr. Richard Hodgson, que foi trazido da Inglaterra para estudar a Sra. Piper, ouviu-o falar francês fluentemente com dois consulentes diferentes (como discutido abaixo). Assim, este aspecto é especialmente enganador.”
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    http://obraspsicografadas.org/2014/o-misterioso-dr-phinuit-2009-por-michael-e-tymn/
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    PONDERAÇÃO: estou sem minhas anotações em mãos para consultar, não tanto o artigo mas a discussão (há quem pense, erroneamente, que o artigo é mais importante que a conversa que a ele se segue). De qualquer modo, os testemunhos gerais asseveram a canhestrice de Phinuit no francês. Se “ele” falou nessa língua diante dos olhos de Hodgson seria preciso confirmar o que e quanto falou: há quem diga que Chico, mesmo sem saber, em transe, falava inglês, italiano… e sabemos que não era bem assim (conjetura de POA).
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    27 – “Quanto aos conhecimentos médicos do Dr. phinuit estes continuam na berlinda, pois não foram devidamente avaliados. Piper ter acertado alguns diagnósticos não garante a formação médica do alegado médico morto. Em verdade não garante nada, nem que phinuit fosse médico, que fosse francês, ou sequer que existisse…”
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    Céus, descobriu a pólvora!
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    PONDERAÇÃO: beleza, começamos a concordar…
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    28 – “Tampouco questiona a consideração de William James a respeito da pseudopersonalidade-controle de Piper.”
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    Nem James negava que a “pseudopersonalidade-controle” tinha poderes paranormais.
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    PONDERAÇÃO: que S.POA nos socorra: não é bem assim. James ficou no cimo do muro, não fechou conclusão.
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    29 – “o texto é ambíguo, pode significar que o comunicante falava de que sua participação como controle estava para ser findada.”
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    O próprio texto que passei diz que a mensagem é velada.
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    PONDERAÇÃO: então se é velada pode bem significar a interpretação dada, ou seja, que o controle estava prestes a partir…
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    30 – “Aqui de duas uma, ou Visoni se garante na especialização da história de Piper a que está se dedicando e afirma que inexiste documento conhecido em que Leonora tenha declarado tal coisa,”
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    Não afirmo que tal documento inexista, mas ainda não achei a fonte original de tal história. Mas que ela era ruim em previsões, era (embora tenha tido seus acertos…).
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    PONDERAÇÃO: Piper era “ruim” em muitas coisas, conquanto acredito que tivesse bom coração. Leia com coração aberto as narrativas das sessões de Piper: que coisa horrenda! O que ela fazia podia ser tudo, exceto mediunidade, nem paranormalidade. Tá muito mais para bundalelê. Pra não afirme que falei sem dizer, veja trechos: (tô na segunda sessão, aguentando o tranco, mas haja saco).
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    “CASOS DETALHADOS.
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    CASO I.
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    Entrega de itens à Sra. Piper com os quais poucas pessoas vivas tinham alguma associação; e o consulente, nenhuma.
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    “Phinuit discursou de forma loquaz sobre eles, mas pouquíssimo de seu discurso possuía alguma relevância. Grande parte era claramente falsa, e o restante ou não podia ser verificado ou havia sido afirmado de maneira tão vaga que era inútil como prova.”
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    “[[…] Verificou-se que nenhum destes artigos cumpria a condição de haver sido muito manuseado ou usado exclusivamente por apenas uma ou duas pessoas, e tais experimentos, como outros de natureza similar, inclinam-me a pensar que esta condição é praticamente necessária à obtenção de algum êxito. Refiro-me a esta questão na parte II de meu Relatório. — R. H.]”
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    [PONDERAÇÃO: o autor ressalta a falta de cumprimento de uma condição para que as “revelações” psicométricas tivessem sucesso: ter sido o objeto manipulado bastante por uma, no máximo, duas pessoas. Entretanto, o item de maior relevância, que seria a loquacidade de Phinuit, que achou muito de nada a dizer a respeito do material, não foi considerado como quesito importante a ser analisado. O autor apenas destaca que Phinuit errou tudo e não acertou patavina e dá o assunto por morto, como se isso não fosse problema a ser esclarecido.]
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    “CASO II.
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    Frederick Atkin Morton.
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    “Na primavera de 1893, conheci um homem a quem chamarei William Morton. Era um homem inteligente, corretor de imóveis por profissão, além de trabalhar com empréstimos e hipotecas. Era de educação limitada, e sua condição de saúde era bastante frágil. Em 1891 descobri que mostrava problemas de sensibilidade tátil em um dos lados. Disse-me ele que já há algum tempo ouvia batidas, frequentemente via aparições e, a qualquer momento, quando se permitia cair em distração, ouvia vozes distantes a sussurrar-lhe.”
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    [PONDERAÇÃO: sintomas explicáveis pela psicologia, pela psiquiatria ou pela neurologia]
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    “Achava muito difícil entender o que lhe diziam as vozes. Em certa ocasião, durante uma sessão, em maio de 1892, caíra, disse-me, em transe, e acreditava haver entrado em outro mundo. Descreveu-me suas experiências em detalhes. Sua mão frequentemente escrevia automaticamente, e no início da escrita seu braço convulsionava-se demasiadamente, em forte semelhança ao que acontecia com a Sra. Piper. O conteúdo da escrita não ofereceu nenhuma prova de poderes supranormais, mas nas vozes sussurradas detectei o que me pareceu prova indubitável de telepatia, possivelmente de clarividência.”
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    [PONDERAÇÃO: “prova indubitável de telepatia”, aqueles antigos viviam achando provas que, hoje se vê, nada provavam. Não enxerga quem não tenha olhos, eles queriam encontrar espíritos e telepatias… e encontravam! Piper, com seu carnaval, era-lhes prato sob encomenda.]
    .

    “[Phinuit começou fazendo algumas observações sobre mim, e se aventurou a fazer uma profecia de que em breve eu viajaria ao exterior. Seguem-se então minhas notas datilografadas com duas páginas de confusão, em que várias pessoas parecem estar falando ao mesmo tempo.”
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    PONDERAÇÃO: o que segue é uma descrição da loucura que eram as sessões de Piper: um jorro de palavras, nomes, situações, algumas batiam, outras não, outras ininteligíveis…
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    “[A mão se ergue e toca meu rosto, afagando-o, e agarra minha barba, dando-me tapinhas de amizade e escreve] Mudou um pouco. [Eu vi F. A. M. apenas uma única vez em cerca de cinco anos. Antes disso eu tinha apenas bigode. Naquela única ocasião em que nos vimos, jantamos juntos e só então passei a ter barba. A mão denunciava grande exaltação emocional que, bem como as expressões de afeto, eram muitíssimo diferentes do F. A. M. que conhecera. Em convulsões, a mão esteve a ponto de atingir-me um dedo que a Sra. Piper havia esmagado recentemente e que me havia sido muito doloroso.”
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    [PONDERAÇÃO: o pretenso espírito consegue ouvir pelos ouvidos de Piper e sentir as coisas pelo tato da médium mas, pelo visto, não enxerga… talvez se diga que Piper estava de olhos fechados. Realmente, de olho cerrado não se vê, entretanto ela poderia abri-los, por que não o fez, quero dizer, por que o espírito não abriu-lhe os olhos e viu as coisas, já que estava no comando?]
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    “(Não sei, mas tentarei trazer alguém de tua família para falar-te.) Bom, bom (Devo dizer-te um nome?) Não, eu to direi… traga-o… sim … Will, ainda continuas aí? (Sim, estou aqui, continue, meu velho) diga a George (Quem é ele?) não o conheces? para entrar e ajudar-me… (Queres dizer que desejas que George Pelham te ajude?) Sim que pena [Virei-me para Phinuit — isso é, voltei-me ao ouvido da Sra. Piper, ao invés de sua mão — e disse: “Doutor, este senhor deseja que George Pelham o ajude.” “Tudo bem”, disse Phinuit. “Irei buscá-lo.” Após pequena pausa, a escrita recomeçou.]”
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    “Billie onde estás… diz-me uma coisa… sim… quem é e como está Edith?… Vejo-a em tua vida … [NÃO SIGNIFICANTE.]”
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    “NÃO ESTOU MORTO, velho amigo, contei a ti sobre ele D. D. sim que pena D I ck [no momento em que aconteceu, não consegui ler isso.]”
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    “Richard lá. (Referes-te ao Sr. Hodgson?) Não J [?] ick (Referes-te ao teu irmão Dick?) Sim [muita emoção] o nome de meu irmão. [Segue-se uma MIXÓRDIA DE LETRAS MAIÚSCULAS, em que se distinguem “D”, “I” e “M”.] FRED [Logo depois, não muito legível, vem] Dick [e então alguns GARRANCHOS GRANDES E ILEGÍVEIS.”
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    “Perguntei novamente se ele já havia tentado se comunicar antes] falar com… Billie falar contigo queres dizer se já tentei falar contigo… sim fi-lo na casa de um homem (QUEM ERA ELE?) NÃO SEI NADA SOBRE QUEM ELE ERA O ESTAVA EU DE PASSAGEM E TE ESCREVI… Sim e deixe-me clarear a mente e farei tudo… (Prometeste falar comigo hoje?) Disse que falaria quando vi minhas chaves. Reconheci-as imediatamente… Leia Leia [?] também meu diário, e PODES APOSTAR QUE NÃO ESTOU MORTO se FRED Morton algum dia já viveu eu sou ele e não há utilidade alguma em continuar duvidando de minha identidade (não estou duvidando, Fred; não suponhas que duvido de ti) Não suponho não suponho Billy [muita emoção e rabiscos ilegíveis.] (Não precisas mais provar tua identidade.) Sim irei Sim irei agora olha aqui Billie lembras-te da pequena cicatriz … [rabiscos e agitação]
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    sim irei… Lembra-se de que eu tinha uma? [Aqui a mão deixou cair o lápis, veio até mim e tocou-me a têmpora para mostrar onde se encontrava a cicatriz. No momento da reprodução da sessão, achei que se tratava de minha têmpora direita, mas não tinha certeza; depois, a mão disse que era a esquerda. Quando a cicatriz foi mencionada pela primeira vez, eu não possuía qualquer lembrança dela; pouco depois, uma vaga lembrança começou a tomar forma em minha mente, tornando-se, desde então, bastante distinta. Creio que deva tratar-se de uma alucinação da memória, da qual já tive várias, pois encontrei não mais que duas pessoas com alguma lembrança do fato; nenhuma delas tem certeza, e aqueles que o conheciam melhor, incluindo todos os membros de sua família, desconhecem essa tal cicatriz]. Esta [?] Digo-te para provar minha identidade. [Eu expresso convicção.] Bom e velho amigo, cumprimentos a Dick, Alice. [D. M.: Irreconhecível.] mãe… até nos vermos de novo… Devo levantar voo, meu velho… fique bem. [Lápis cai.]”
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    PONDERAÇÃO: Eis um bom exemplo da doideira que era Piper em transe. A mim parece claro que a mulher tivesse um psiquismo superativo que, no transe, mais se exacerbava. E devia ter o dom de explorar pistas sensitivas, construir enredos a partir de miúdos estímulos, e citar nomes de montão ao léu, bem assim eventos que atribuia a esses nomes. Quando coisas casavam e o consulente respondia ela pegava o gancho e o explorava produtivamente.
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    Enfim, Piper é mesmo um saco!

  128. Marciano Diz:

    Hip! Hip! Hooray!
    Way to go, UK!
     
    “um jorro de palavras, nomes, situações, algumas batiam, outras não, outras ininteligíveis…”
     
    Shotgunning detected!
     
    Shotgunning
    “Shotgunning” is a commonly used cold reading technique. This technique is named after a shotgun, as it fires a cluster of small projectiles in the hope that one or more of the shots will strike the target.
     

    The cold reader slowly offers a huge quantity of very general information, often to an entire audience (some of which is very likely to be correct, near correct or at the very least, provocative or evocative to someone present), observes their subjects’ reactions (especially their body language), and then narrows the scope, acknowledging particular people or concepts and refining the original statements according to those reactions to promote an emotional response. A majority of people in a room will, at some point for example, have lost an older relative or known at least one person with a common name like “Mike” or “John”.
     

    Shotgunning might include a series of vague statements such as:
    • “I see a heart problem with a father-figure in your family, a father, a grandfather, an uncle, a cousin … I’m definitely seeing chest pain here for a father-figure in your family.” (a vast variety of medical problems have chest pain as a symptom, and heart disease is the leading cause of death worldwide)
    • “I see a woman that isn’t a blood relative. Someone around when you were growing up, an aunt, a friend of your mother, a stepmother with blackness in the chest, lung cancer, heart disease, breast cancer…” (most or all people will know a woman who was diagnosed with one of these problems)
    • “I sense an older male figure in your life, who wants you to know while you may have had disagreements in your life, he still loved you.” (many or most people will have quarreled with such a person)

  129. Marciano Diz:

    HOW TO BECOME A MEDIUM, IN THIRTY DAYS
     
    Cold readings commonly employ high-probability guesses, quickly picking up on signals as to whether their guesses are in the right direction or not, then emphasizing and reinforcing chance connections and quickly moving on from missed guesses.
     
    Before starting the actual reading, the reader will typically try to elicit cooperation from the subject, saying something such as, “I often see images that are a bit unclear and which may sometimes mean more to you than to me; if you help, we can together uncover new things about you.” One of the most crucial elements of a convincing cold reading is a subject eager to make connections or reinterpret vague statements in any way that will help the reader appear to make specific predictions or intuitions. While the reader will do most of the talking, it is the subject who provides the meaning.
     
    After determining that the subject is cooperative, the reader will make a number of probing statements or questions, typically using variations of the methods noted below. The subject will then reveal further information with their replies (whether verbal or non-verbal) and the cold reader can continue from there, pursuing promising lines of inquiry and quickly abandoning or avoiding unproductive ones. In general, while revelations seem to come from the reader, most of the facts and statements come from the subject, which are then refined and restated by the reader so as to reinforce the idea that the reader got something correct.
     
    Subtle cues such as changes in facial expression or body language can indicate whether a particular line of questioning is effective or not. Combining the techniques of cold reading with information obtained covertly (also called “hot reading”) can leave a strong impression that the reader knows or has access to a great deal of information about the subject. Because the majority of time during a reading is spent dwelling on the “hits” the reader obtains, while the time spent recognizing “misses” is minimized, the effect gives an impression that the cold reader knows far more about the subject than an ordinary stranger could.
     
    The Forer effect relies in part on the eagerness of people to fill in details and make connections between what is said and some aspect of their own lives (often searching their entire life’s history to find some connection, or reinterpreting statements in a number of different possible ways so as to make it apply to themselves).
     
    And while seemingly specific, such statements are often open-ended or give the reader the maximum amount of “wiggle room” in a reading. They are designed to elicit identifying responses from people. The statements can then be developed into longer and more sophisticated paragraphs and seem to reveal great amounts of detail about a person. A talented and charismatic reader can sometimes even bully a subject into admitting a connection, demanding over and over that they acknowledge a particular statement as having some relevance and maintaining that they just aren’t thinking hard enough, or are repressing some important memory.
     
    Statements of this type might include:
    • “I sense that you are sometimes insecure, especially with people you don’t know very well.”
    • “You have a box of old unsorted photographs in your house.”
    • “You had an accident when you were a child involving water.”
    • “You’re having problems with a friend or relative.”
    • “Your father passed on due to problems in his chest or abdomen.”
    Regarding the last statement, if the subject is old enough, his or her father is quite likely to have died, and this statement would easily apply to a large number of medical conditions. The list includes: heart disease, pneumonia, diabetes,emphysema, cirrhosis of the liver, renal failure, most types of cancer, and, for that matter, to any cause of death in whichcardiac arrest precedes the death or destruction of the reptilian brain responsible for cardiopulmonary function.
    The rainbow ruse
     
    The rainbow ruse is a crafted statement which simultaneously awards the subject with a specific personality trait, as well as the opposite of that trait. With such a phrase, a cold reader can “cover all possibilities” and appear to have made an accurate deduction in the mind of the subject, despite the fact that a rainbow ruse statement is vague and contradictory. This technique is used since personality traits are not quantifiable, and also because nearly everybody has experienced both sides of a particular emotion at some time in their lives.
     
    Statements of this type include:
     
    • “Most of the time you are positive and cheerful, but there has been a time in the past when you were very upset.”
    • “You are a very kind and considerate person, but when somebody does something to break your trust, you feel deep-seated anger.”
    • “I would say that you are mostly shy and quiet, but when the mood strikes you, you can easily become the center of attention.”
     
    A cold reader can choose from a variety of personality traits, think of its opposite, and then bind the two together in a phrase, vaguely linked by factors such as mood, time, or potential.
     
    Practice brings perfection!

  130. MONTALVÃO Diz:

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    Cold reading it’s present in Piper, sure, but not cold reading: Leonora is more that simple artist. I suppose she could feeling (podia sentir?) some mode (algumas atitudes) of her consultant. By the way, nothing about psi or mediunist.
    .
    Please, I wrote alone, without help, if the text wrong it’s because my english is sick, poor…sorry
    .
    Good night.

  131. MONTALVÃO Diz:

    /
    Escuse-me: where, “but not cold reading”, put: “but not ONLY cold reading”. Sorry, again.

  132. Gorducho Diz:

    Se alguém lhe criticar, responda com Emmânuel:
     
    You must to make an excuse at the mistake of my writing here are an english teacher. I am not master, but, unable pupil. This work is very difficult and our idiom is the thought.

  133. Gorducho Diz:

    Enfim, Piper é mesmo um saco!
     
    Por que não cobra da Casa que ela passe a divulgar e a debater a sequela dos conclusivos experimentos perpetrados no ano 10 pelas Srªs. Kelly & Arcangel onde, segundo ela (Casa) foi descoberto um(a) médium talvez do mesmo nível da citada.
    Com a vantagem de ser agora: quiçá Polidoro ou mesmo nós possamos testá-lo(a) seguindo protocolos que descartem ambiguidades ❗

  134. Gorducho Diz:

    Esclarecendo: tenho cobrado, mas a Casa finge que não percebe…
    Por que será?

  135. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    “Por que não cobra da Casa que ela passe a divulgar e a debater a sequela dos conclusivos experimentos perpetrados no ano 10 pelas Srªs. Kelly & Arcangel onde, segundo ela (Casa) foi descoberto um(a) médium talvez do mesmo nível da citada.
    Com a vantagem de ser agora: quiçá Polidoro ou mesmo nós possamos testá-lo(a) seguindo protocolos que descartem ambiguidades”
    /.
    PONDERAÇÃO: meu prestígio na casa já foi melhor, quando ela (a casa) descobriu minhas resistências ao paranormal e à mediunidade a casa me caiu. Hoje estou no fim da lista em acatamento de sugestões. De qualquer modo, junto-me ao coro do qual, aliás, já estava junto há tempos, vez que venho há tempos clamando por experimentos atuais que possam confirmar as alegações passadas, estas só confirmadas pelos testemunhos dos antigos, que não sabemos se seguros (a bem da verdade, sabemos que não seguros).
    .
    Então, ó casa, anote nosso clamor: experimentos atuais, que mostrem objetivamente mortos agindo entre os vivos.
    .
    Será pedir muito?

  136. Marciano Diz:

    Gorducho Diz:
    NOVEMBRO 19TH, 2015 ÀS 9:22 AM
    Se alguém lhe criticar, responda com Emmânuel:

    You must to make an excuse at the mistake of my writing here are an english teacher. I am not master, but, unable pupil. This work is very difficult and our idiom is the thought.
     
    Ou faça como Platão: ai eme sóri. :mrgreen:
     
    Emmânuel told me (through telepathy) that your English sucks!
    Don’t forget he is reincarnated in Brazil.

  137. Marciano Diz:

    MONTALVÃO, your troubles are over!
     
    O cérebro pode mesmo aprender enquanto dorme
    http://consciencianodiaadia.com/2012/06/28/o-cerebro-pode-mesmo-aprender-enquanto-dorme/
     
    Uma pesquisa publicada esta semana pelo prestigiado periódico Nature Neuroscience demonstra que nosso cérebro é capaz de reativar memórias durante o sono e solidificar conteúdos recém-aprendidos.
     

    Os voluntários do estudo aprendiam a tocar duas melodias num teclado eletrônico e logo em seguida eram orientados a tirar uma soneca de 90 minutos. Durante o sono profundo, monitorizado por eletrencefalograma, uma das melodias era tocada por 20 vezes a cada quatro minutos. Quando acordavam, os participantes do estudo cometiam menos erros ao tentar reproduzir a melodia que ouviram dormindo. Além disso, o nível do incremento na memória foi proporcional a sinais eletrofisiológicos durante o sono, sugerindo que esses sinais são marcadores do processo de reativação de memórias no sono.
     

    A velha história de que é possível aprender uma língua estrangeira enquanto dormimos parece ter um fundinho de verdade. A presente pesquisa sugere que o aprendizado de conteúdo musical daquilo que já tivemos contato é amplificado se voltamos a ouvi-lo durante o sono. Isso é bem diferente de aprender pela primeira vez no sono.
     
    Você pode voltar a aprender violão, tocando melhor do que aquela ex-garotinha, e ainda vai falar trocentas línguas estrangeiras melhor do que qualquer falante nativo culto.

  138. Marciano Diz:

    Para os neófitos do blog, que talvez não percebam a ironia com “EmmÂnuel, costumeiramente usado por mim e por GORDUCHO, vai aqui uma breve explicação:
     
    Chico ouviu que o latim não tem oxítonas, e transformou a palavra em proparoxítona.
    A palavra, em latim, era pronunciada assim:
    https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/88/Pl-Emanuel.ogg
     
    Confrontado por Quevedo, o qual, segundo ele mesmo, disse que:
     

    “nenhum ‘espírito’ de morto saberia que Emmanuel não é uma palavra latina, senão hebraica, que significa “Deus conosco”, termo profético aplicado na Bíblia a Jesus Cristo” e ainda que
     
    “nos tempos de Cristo nenhum senador romano poderia chamar-se ‘Emmanuel’, nome cristão de origem hebraica, porque então o Cristianismo ainda não chegara a Roma, Chico Xavier inventou que ‘EmmÂnuel’ era o pseudônimo de Públio Léntulo.
     
    Não consegui achar a menção no blog, mas o assunto já foi discutido aqui, recorrentemente.

  139. Gorducho Diz:

    Claro que sempre vai aparecer um chiquista (quiçá o Dr.…) alegando recebeu o nome em hebraico (já que aliás psicografava nesse idioma 🙁 )
     
    http://pt.forvo.com/word/%D7%A2%D7%9E%D7%A0%D7%95%D7%90%D7%9C/

  140. Marciano Diz:

    Difícil vai ser ele explicar a razão de um cidadão romano ter um nome hebraico.

  141. Gorducho Diz:

    Mas não tinha: Emmânuel é nom de plume.
    Ele foi (i) o pai (acho que o pai mesmo não aquele capataz da Prefeitura de Ascalon que criou ela…); (ii) Publius Lentulus Cornelius Sura; (iii) o “nosso” Lentulus; (iv) Nestório de Éfeso; (v) Basílio de Cyprus; (vi) Saint Rémi; (vii) Manuel da Nóbrega; (viii) Pe. Damiano de Ávila; (ix) Jean Jacques Turville (prelado católico); (x) Pe. Amaro (cá).
     
    Curioso que em francês também não se pronuncia Emmânuel (sempre lembrando que foi ele quem ditou aquela mensagem contida no ESE).

  142. MONTALVÃO Diz:

    /
    Emmânuel told me (through telepathy) that your English sucks!
    Don’t forget he is reincarnated in Brazil.
    /,
    DOUBT: what “sucks” means?

  143. MONTALVÃO Diz:

    /
    MARTINIANO: “A velha história de que é possível aprender uma língua estrangeira enquanto dormimos parece ter um fundinho de verdade. A presente pesquisa sugere que o aprendizado de conteúdo musical daquilo que já tivemos contato é amplificado se voltamos a ouvi-lo durante o sono. Isso é bem diferente de aprender pela primeira vez no sono.
    .
    Você pode voltar a aprender violão, tocando melhor do que aquela ex-garotinha, e ainda vai falar trocentas línguas estrangeiras melhor do que qualquer falante nativo culto.”
    /.
    SONHAR NÃO CUSTA NADA E se no sonho se aprende ainda melhor. Mas não me dê falsa esperanças. Já bastou o tempo em que acreditei em homeopatia e no capeta.
    .
    O incremento de aprendizado durante o sono é palpável mas não expressivo: dificilmente alguém aprenderá dormindo se não estudar também na vigília. Então, a melhor orientação seria: “estude bastante acordado e continue os estudos no repouso.”
    .
    Se ouvir solos violonísticos acrescentasse habilidade hoje eu seria um Turíbio ou um Garoto. Vezes sem conta dediquei-me ao faustoso prazer de pôr Dilermando Reis ao violão e imaginar-me tangendo plangente as cordas do pinho, executando belos madrigais que não se ouvem mais. Vezes entregava-me ao devaneio em tal profundidade que os dedos se agitavam como se efetivamente dedilhassem um Di Giorgio Master.
    .
    Miseravelmente, a gozosa fantasia não me acrescentou um dedinho de habilidade… quem sabe não na próxima encarnação, caso existisse?

  144. Marciano Diz:

    GORDUCHO, como se dizia no tempo em que você era adolescente, você dormiu no ponto.
     
    Gorducho Diz:
    NOVEMBRO 21ST, 2015 ÀS 1:15 PM
    Mas não tinha: Emmânuel é nom de plume.
     
    Como eu disse mais acima (é só subir o texto):
     
    “nos tempos de Cristo nenhum senador romano poderia chamar-se ‘Emmanuel’, nome cristão de origem hebraica, porque então o Cristianismo ainda não chegara a Roma, Chico Xavier inventou que ‘EmmÂnuel’ era o pseudônimo de Públio Léntulo. (palavras de Quevedo).
     
    Ou seja, o nom de plume só apareceu DEPOIS da crítica de Quevedo.
    Antes, o nome era EmmÂnuel mesmo.
     
    MONTALVÃO Diz:
    NOVEMBRO 21ST, 2015 ÀS 8:06 PM
    /
    DOUBT: what “sucks” means?
     
    I knew you’d ask this!
     
    To suck = To be of poor or inferior quality: The acting in that movie sucked.
    Got it?
     
    No offence intended. Just kidding. I’m putting you on. (Algo me diz que vai perguntar o que significa put someone on – pois respondo antecipadamente: estou brincando com você, fazendo um gracejo, ein scherz, uno scherzo, a joke, une plaisenterie, une blague).
     
    Só para que você me ouça e passe a estudar inglês.
    Não sabe o que está perdendo, quantos livros o aguardam.
     
    Quanto ao violão, experimente “Concerto de Aranjuez”, de Joaquin Rodrigo. Quem sabe?
    Consegue afinar de ouvido?
    Comece do sustenido para o bemol.
    Existem várias afinações, como presumo que se recorde.
    Experimente afinar em ré, depois afine as outras cordas pela de ré, seguindo a ordem fá, ré de novo, sol, etc.
    DON’T GIVE UP!

  145. Gorducho Diz:

    Ou seja, o nom de plume só apareceu DEPOIS da crítica de Quevedo.
    Antes, o nome era EmmÂnuel mesmo
    .
     
    😮
    HDMA vem a lume dia 9/2/39, e Pe. Quevedo desembarca cá no ano ’61!

  146. Marciano Diz:

    Se Arduin estivesse aqui, iria comparar o Quevedo com o Massimo Polidoro.

  147. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    MARTE: To suck = To be of poor or inferior quality: The acting in that movie sucked. Got it?
    /.
    PONDERATION: I never said that my englisk was good, I ever knowed that is sick… Do you understanding me? If not, I will answer you in bessarabian. wait me.
    /
    /

    MARTE: Só para que você me ouça e passe a estudar inglês. Não sabe o que está perdendo, quantos livros o aguardam.
    /.
    I IMAGINE my friend, I imagine…
    /
    /
    MARTE: Quanto ao violão, experimente “Concerto de Aranjuez”, de Joaquin Rodrigo. Quem sabe?
    /.
    QUANDO EU DAVA UNS SASSARICOS violonísticos, até que solava umas musiquinhas com cara de quem sabia. Mas era tudo decoreba, criatividade zerozeba.
    /
    .

    MARTE: Consegue afinar de ouvido?
    /.
    MATCHO O MENOS. Violão afino, mas no beabá. Explico: aperte a primeira corda (ou sexta, depende se começa a contar de baixo para cima: falo do mi grave) na quinta casa e terá o lá, que é o som da 5º corda; aperte a quinta na quinta casa e terá o ré e assim afina até o final. Pode também usar o diapasão, que lhe dará o lá e a partir daí afinal as demais, mas tem que ter bom ouvido.
    /
    /

    MARTE: Comece do sustenido para o bemol.
    /.
    OK, vou do mi sustenido para o fá bemol…
    /
    /
    MARTE:Existem várias afinações, como presumo que se recorde.
    /.
    RECORDAVA DA AFINAÇÃO, além violão de seis cordas, do cavaquinho (ré, lá, sol, ré?) e acho que só…
    /
    /
    MARTE: Experimente afinar em ré, depois afine as outras cordas pela de ré, seguindo a ordem fá, ré de novo, sol, etc.
    DON’T GIVE UP!
    /.
    DON’T WORRY, YOU are my master, mas afinar violão (presumo que fale dele) em ré ou fica muito grave ou muito agudo, a melhor afinação é em mi. E se afinar em ré, considerando que esta seja a primeira corda, a seguinte será sol não fá (falo da ordem das cordas, não da escala). Ficaria assim: ré, sol, si, mi, lá, ré, quando normalmente é: mi, lá, ré, sol, si, mi…
    .
    Do you understanding me?

  148. Marciano Diz:

    I think I do.
    Acho que você desistiu muito rapidamente.
    Agora que tem mais tempo, deveria voltar.
    Antes de poder criar, é preciso decorar muita coisa e treinar muito.

  149. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    “Acho que você desistiu muito rapidamente.
    Agora que tem mais tempo, deveria voltar.
    Antes de poder criar, é preciso decorar muita coisa e treinar muito.”
    /.
    UM DIA CONTAR-TE-EI UM DEDINHO DE MINHA INEXPLICÁVEL EXISTÊNCIA e te admirarás de que eu esteja aqui a escrever qualquer coisa minimamente inteligível. Um dia… senão nesta vida numa próxima…

  150. Marciano Diz:

    Já estou ansioso por este dia.
    Você sabe como sou curioso. Não deveria estimular minha curiosidade.
    Agora vai ter de contar, nem que seja sob tortura.

  151. Vitor Diz:

    34 – “critico Gauld ou qualquer outro (também dou elogios) até onde conheço a produção dele ou de qualquer outro.”
    .
    Mas você não leu por inteiro sequer um dos livros dele! E não pesa nem um pouquinho na sua consciência saber que poder estar (e geralmente está) sendo injusto em suas apreciações? O Campbell se deu ao trabalho de ler toda a obra e é só elogios a Gauld.
    .
    35 – Dificilmente faço apreciação global a quem quer que seja e quando comento costumo dizer que estou atido ao material sob exame. Agora, para quem chamou em bloco Fayereband, Kuhl, Lakatos (e talvez, não recordo, Popper) de patetas… bom exemplo de não faça o que eu digo nem o que eu falo…”
    .
    Repito que são as 4 bestas do apocalipse, porque eu SEI dos erros crassos deles! O próprio Dawkins tem certo desprezo por Popper (já leu os livros do Dawkins?). Além do Popper ser uma besta completa sobre a Teoria da Evolução, sobre mecânica quântica, em particular, Popper difundiu alguns mal-entendidos matemáticos e físicos indubitavelmente graves. Leia, por exemplo, “Popper e a lógica da mecânica quântica”, de Maria Luisa Dalla Chiara e Roberto Giuntini:
    .
    http://criticanarede.com/popperquantica.html
    .
    Outro exemplo de péssima compreensão da parte dele: em uma palestra realizada na Itália, Popper defendeu ser possível a comunicação instantânea entre dois indivíduos, supostamente usando um princípio de não-localidade da mecânica quântica. Gian Carlo Ghirardi mostrou a Popper, na lousa, que essa ideia simplesmente não funciona. Popper teria respondido: “Não entendo as suas contas, mas eu SINTO que isso funciona.” GÊNIO!!! Pode conferir neste livro: http://www.ibs.it/code/9788856501049/ghirardi-g–carlo/occhiata-alle-carte.html
    .
    O que não faltam são provas que Popper é mais perdido que cego em tiroteio. 🙂
    .
    36 – “rá, rá, queres que eu pare tudo para enfiar a cara no Gauld? Rá, rá…”
    .
    Se quer fazer uma crítica minimamente decente e honesta, sim.
    .
    37 – “prefiro apreciar por partes e falar dessas partes apreciadas…”
    .
    E assim injustiças são cometidas…
    .
    38 – “mergulhe nele você que gosta de nele mergulhar e nos brinde com suas belas traduções, o que faz muito bem, e, se puder achar um texto em que Gauld traga argumentos poderosos em favor da vertente mística que abraçara, estaremos de pé e a ordem para apreciá-lo.”
    .
    Gauld não abraçou qualquer vertente mística. Isso é frase de quem não leu NADA do Gauld. Se tivesse lido o livro “Mediunidade e Sobrevivência” saberia. Ou se tivesse lido a crítica de Campbell do livro saberia também.
    .
    39 – ” Como mensurar o conhecimento do citado?”
    .
    Basta ler as revisões que ele fez dos livros de Gauld…
    .
    40 – PONDERAÇÃO: “Leve uma questão para refletir antes de dormir: “que categoria de fenômenos paranormais Piper ratificou se hoje os fenômenos que ela ratificado teria ratificados não são, ao contrário, foram retificados para o nível do “se existirem serão tênues, incertos e incontrolados”…
    .
    Telepatia (se entendi bem o que você escreveu acima…).
    .
    41 – “perdoe-me se ora rio: duvide-o-dó que Harribance ou o Piper de Kelly se deixe esmiuçar por céticos como Piper o foi”
    .
    Harribance se deixou examinar por Persinger, que é ateu. Se demais céticos não quiseram investigá-lo, não é culpa dele.
    .
    42 – “apesar de que, nem Piper foi ceticamente esmiuçada ao nível ideal, apenas alguns (caso de Hall e Tanner) incursionaram na seara que ela pisava”
    .
    A pesquisa deles ilustra bem a *qualidade* da pesquisa dos *céticos*…
    .
    43 – “e vai ver seja por isso que os Harribances da vida só aceitem ser pesquisados por em quem confiam (quer dizer aqueles que sabem simpáticos à causa da fraudulência, não por desonestidade, mas por crendice).
    .
    Ah, sim, Persinger é muito crente em espíritos…
    .
    44 – “Porém e certamente, calarei minha boquinha santa, e apenas abri-la-ei para confessar a derrota de minha tese, se esses tais toparem os exames e passarem nas provas com louvor.”
    .
    Que eu saiba eles não se negaram. Mas mesmo que não topem, tais exames não provam nem desprovam a existência de espíritos.
    .
    45 – “primeiro, há de convir que não é a mesma coisa que falei: explicar Piper pela psicologia e por ela tê-la testado à exaustão foi coisa que ninguém o fez, conquanto Hall e Tanner tenha dado preciosa contribuição no quesito.”
    .
    Preciosa? Veja o que Sidgwick diz da contribuição deles:
    .
    “Suas incursões na psicanálise Freudiana foram incompletas e de pouco interesse”.
    .
    46 – “Newbold sugere um “mix” de psicologia com paranormalidade, isso passa a quilômetros do que postulo.”
    .
    A paranormalidade foi necessária como suplemento, pois Newbold percebeu obviamente ser impossível explicar o caso Piper apenas pela psicologia.
    .
    47 – “E, mesmo que ele mencione a hipótese psicológica como alternativa nada muda quanto ao fato de que Leonora não foi averiguada ao nível condizente pela psicologia.”
    .
    Não há psicologia que explique como ela obtinha as informações. Isso está além da psicologia. E temos excelente controle contra possíveis vazamentos de informação.
    .
    48 – “Se consta do texto, até agora não vi, que Newbold tenha levado em conta as erranças no objetivo de melhor entender o fenômeno.”
    .
    É porque você parou antes da página 22…
    .
    49 – “ria mas entenda, e se conhece Leonora sendo testada exaustivamente por meio de testes psicológicos traga-nos o material para nos deleitarmos com novos saberes…”
    .
    O próprio Gauld disse:
    .
    “ela é dos poucos médiuns cujas palavras e escritos em transe foram submetidos a uma séria e extensa análise psicológica”
    .
    50 – “Se eu achar tempo examinarei o caso Podmore para confirmar a lisa aplicação da conjetura citada…”
    .
    Ele mesmo diz: Em todos esses anos — treze ou mais — a Sra. Piper tem permanecido sob estrita observação, primeiro do Professor William James e depois do Dr. Hodgson e de outros indivíduos competentes — embora ela tenha sido também secretamente seguida por detetives, e seus itens pessoais, como nos disse o Professor Lodge, tendo sido revistados, suas correspondências lidas e suas idas e vindas mantidas sob estrita observação —, durante todos estes anos sequer a menor indicação com o poder de afetar sua honestidade veio à luz. Certamente não há outro médium que tenha sido exposto a provação tão rigorosa. Quanta importância deve ser dada a considerações gerais deste tipo é difícil dizer, mas haja vista especialmente o fato de que as pesquisas do próprio Dr. Hodgson e de investigadores muitos menos competentes conseguiram trazer à luz acusações de desonestidade abarcando tantos médiuns profissionais, o fato de esta médium ter passado pelas investigações mais profundas e extensas sem sequer um único boato acerca da exposição ou descoberta de uma única circunstância suspeita é fato merecedor de certa importância.
    .
    51 – “Harribance, ou qualquer outro, contará quando houver sido testado condizentemente por céticos, coisa da qual ele foge malandramente.”
    .
    É mais crível dizer que os céticos fugiram dele… Harribance aceitou ser testado por Persinger, que é ateu, e nem acredita em espíritos.
    .
    52 – “O médium misterioso de Kelly, como bem o epíteto a ele aplicado diz, é um “mistério”…”
    .
    Que os céticos também parecem não querer investigar…
    .
    53 – “estão por aí porque Visoni assim o deseja, “tentretetanto”, prefiro esperar por outras opiniões e conhecer outras avaliações…”
    .
    À vontade. Mas a evidência reunida por Harribance até aqui é bastante comprovadora de fenômenos paranormais pela revisão exposta no livro “The Evidence for Psi”. O silêncio dos céticos quanto a Harribance desde 1969 chega a ser constrangedor… Geller veio depois e há uma saraivada de críticas (justas, na maioria). Quanto a Harribance… silêncio ensurdecedor…
    .
    54 – “ao contrário, seis sessões, ceticamente conduzidas, disseram muitos mais que anos de investigações por acreditadores…”
    .
    Muito? Sidgwick diz sobre a pesquisa de Tanner e Hall: “Estes resultados não irão, acredito, surpreender qualquer um dos investigadores ingleses”.
    .
    55 – “autonegação?”
    .
    Sim. De suas atitudes típicas de pseudocético. Tipo sequer ler a obra inteira de Gauld e se julgar apto a criticá-lo… é uma pena que Antonhy Campbell seja uma joia rara no meio cético…

  152. Vitor Diz:

    56 – “não falo das fontes de Greg, sim das ilações de Greg: a leitura de sexta é o que Greg escreve, e que se destina a alimentar almas sequiosas por fábulas.”
    .
    Greg parece ter se baseado nos escritos de Andrew Lang e da Sra. Sidgwick, já que algumas suas ilações são idênticas. Certamente tais escritos não são de sexta…
    .
    57 – “pode ser que Hall e Cia tenham sido um tanto rudes nesse aspecto, mas pode ser que os fãs estejam exagerando. O “detestável” do Greg não está aí, sim na insistência dos psicólogos em explicar, como explicaram, Piper pela psicologia.”
    .
    Não explicaram, eles entraram em contradição diversas vezes.
    .
    58 – “Isso é o que Greg não admite, tampouco admitiram os sábios da SPR, os que estavam vidrados no misticismo. Eles queriam, porque queriam, que a pantomima de Piper expressasse manifestação de defuntos e, quando lemos descrições mais ou menos detalhadas dos ocorridos, ficamos a nos perguntar: sera que eles bebiam (muito) 51 ou o quê?”
    .
    Você quer enganar a quem dizendo que leu descrições mais ou menos detalhadas?
    .
    59 -“PONDERAÇÃO: claro que “em NENHUM lugar ele diz isso”, quanto a dar a entender, entendo que dá sim. É claro que estou especulando, conforme falei antes, mas há base, ainda que indireta, para tal especulação. Certamente Greg conhece as alegações de que Hall e Tanner perturbaram a mediunidade da moça. ”
    .
    Pois você está errado, até porque Greg está bem ciente que a mediunidade de Piper não acabou com os testes de Stanley e Hall.
    .
    60 – “Se “ele” falou nessa língua diante dos olhos de Hodgson seria preciso confirmar o que e quanto falou: ”
    .
    Seria o ideal. Mas já basta para dizer que a frase cética de que Phinuit não falava francês “não é bem assim…”. Como, aliás, vindo dos céticos, nunca é. 🙂
    .
    61 – “que S.POA nos socorra: não é bem assim. James ficou no cimo do muro, não fechou conclusão.”
    .
    FECHOU SIM!
    .
    A minha impressão após a primeira visita foi de que a Sra. Piper era portadora de poderes supranormais ou conhecia os membros da família de minha esposa de vista e tinha, por alguma coincidência, tomado conhecimento de uma variedade de suas situações e condições domésticas para causar a impressão impactante que causou. O meu conhecimento posterior sobre suas reuniões e o contato pessoal com ela me levam a rejeitar a última hipótese e a crer que ela tem poderes supranormais.
    .
    Fica provado mais um erro montalviano…
    .
    62 – “Eis um bom exemplo da doideira que era Piper em transe. A mim parece claro que a mulher tivesse um psiquismo superativo que, no transe, mais se exacerbava. E devia ter o dom de explorar pistas sensitivas, construir enredos a partir de miúdos estímulos, e citar nomes de montão ao léu, bem assim eventos que atribuia a esses nomes. Quando coisas casavam e o consulente respondia ela pegava o gancho e o explorava produtivamente.”
    .
    Nem Stanley e Hall concordam com você. Mas como eles foram extremamente contraditórios nesse ponto, é difícil dizer. De qq forma, eles dizem:
    .
    Assim, os centros auditivos não estavam adormecidos, mas pareciam em plena atividade, e a princípio pensamos que há nisso alguma hiperacuidade, embora não raramente nos fosse pedido para repetir o que dissemos como para manter a ilusão de que a mão era meio surda. Contudo aqui, também, observação subsequente sugere obtusidade e subnormalidade, pois, quando o ouvido escutava, fazia-o muito mal e de forma sonolenta, ou tendia a cair no torpor que o olho e as demais faculdades estavam envoltos. No geral, inclinamo-nos à ideia que, apesar de termos aqui” (na audição normal e muito perspicaz da Sra. Piper) “a fonte da maioria das informações que o controle parece possuir e que pareciam ser supranormais, que o ouvido em si na verdade não está muito bem desperto, e boa parte do tempo está apenas um pouco acima do estado intermediário entre o dormir e o despertar”.
    .
    63 – “Enfim, Piper é mesmo um saco!”
    .
    De fato, é um pé no saco dos céticos que tentam inventar mil e uma explicações malucas para ela, sem sucesso…

  153. MONTALVÃO Diz:

    //
    Vitor Diz:
    34 – “critico Gauld ou qualquer outro (também dou elogios) até onde conheço a produção dele ou de qualquer outro.”
    .
    VISONI: Mas você não leu por inteiro sequer um dos livros dele! E não pesa nem um pouquinho na sua consciência saber que poder estar (e geralmente está) sendo injusto em suas apreciações? O Campbell se deu ao trabalho de ler toda a obra e é só elogios a Gauld.
    /.
    PONDERAÇÃO: minha consciência pesa, porém não tanto quanto a sua deve pesar por estar ao agarradio de coisas que sabe têm fragílima fundamentação. Se minha persona, sem justificativa plausível, fizesse juízo geral sobre a obra de Gauld a partir de leitura parcial estaria correta sua apreciação. Se puder demonstrar que fiz tal…
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    Falando em pesar consciência: e a sua não sente toneladas de remorso por advogar em favor do execrável trabalho de Krippner com o aldrabão Amyr Amiden sem sequer ler o processo?
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    35 – Dificilmente faço apreciação global a quem quer que seja e quando comento costumo dizer que estou atido ao material sob exame. Agora, para quem chamou em bloco Fayereband, Kuhl, Lakatos (e talvez, não recordo, Popper) de patetas… bom exemplo de não faça o que eu digo nem o que eu falo…”
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    VISONI: Repito que são as 4 bestas do apocalipse, porque eu SEI dos erros crassos deles!
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    PONDERAÇÃO: perante tamanha sapiência recolho-me ao silêncio meditabundo. Talvez um dia o sol “alumeie” a todos nós…
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    Para quem condena a quem não leu a obra inteira de seus ídolos, eis um bom exemplo de faça o que eu não faço e não faça o que eu digo… a não ser que confesse honestamente que leu a inteira obra dos que apelida “patetas” e “bestas do apocalipse”(?!), e saiba realmente do que fala… se for assim, não falo mais nada…
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    VISONI: O próprio Dawkins tem certo desprezo por Popper (já leu os livros do Dawkins?).
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    PONDERAÇÃO: li parte de um livro do Dawkins e artigos, inclusive a tese que defende dos memes. Não sou lá muito fã desse autor. Agora, quanto ao “certo desprezo de Dawkins por Popper” no que isso contribui para esclarecer alguma coisa?
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    VISONI: Além do Popper ser uma besta completa sobre a Teoria da Evolução, sobre mecânica quântica, em particular, Popper difundiu alguns mal-entendidos matemáticos e físicos indubitavelmente graves. Leia, por exemplo, “Popper e a lógica da mecânica quântica”, de Maria Luisa Dalla Chiara e Roberto Giuntini:
    http://criticanarede.com/popperquantica.html
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    PONDERAÇÃO: vou ler… talvez (quem sabe?) conclua que realmente Popper foi besta completa em evolução. Ou não, sendo este o caso que ficaremos sem saber quem será a besta…
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    VISONI: Outro exemplo de péssima compreensão da parte dele: em uma palestra realizada na Itália, Popper defendeu ser possível a comunicação instantânea entre dois indivíduos, supostamente usando um princípio de não-localidade da mecânica quântica. Gian Carlo Ghirardi mostrou a Popper, na lousa, que essa ideia simplesmente não funciona. Popper teria respondido: “Não entendo as suas contas, mas eu SINTO que isso funciona.” GÊNIO!!! Pode conferir neste livro:http://www.ibs.it/code/9788856501049/ghirardi-g–carlo/occhiata-alle-carte.html
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    PONDERAÇÃO: doideira meu! O link remete para uma obra à venda, por 13 euros, em italiano. Como saberei se dentro dela há o que diz haver? Se a leu e a ela tem acesso exponha o trecho exemplificativo. Ou veja no link a seguir o desmentido ao artigo mal citado: http://www.noneandnothing/☠/moi-retruk.html
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    VISONI: O que não faltam são provas que Popper é mais perdido que cego em tiroteio.
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    PONDERAÇÃO: well honey, o que me pareceu foram exposições de fraquezas de Popper (e quem não as tem?), as tais “provas” de que fosse cego perdido não as vi: serei eu cego ou cego será quem me quer indicar caminho?
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    36 – “rá, rá, queres que eu pare tudo para enfiar a cara no Gauld? Rá, rá…”
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    VISONI: Se quer fazer uma crítica minimamente decente e honesta, sim.
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    PONDERAÇÃO: qual fizestes com Fayereband, Kuhl, Lakatos e Popper: mergulhastes de cabeça nas obras destes, portanto falas com “otoridade”… queria ter um vô assim…
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    37 – “prefiro apreciar por partes e falar dessas partes apreciadas…”
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    VISONI: E assim injustiças são cometidas…
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    PONDERAÇÃO: deveras?
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    38 – “mergulhe nele você que gosta de nele mergulhar e nos brinde com suas belas traduções, o que faz muito bem, e, se puder achar um texto em que Gauld traga argumentos poderosos em favor da vertente mística que abraçara, estaremos de pé e a ordem para apreciá-lo.”
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    VISONI: Gauld não abraçou qualquer vertente mística. Isso é frase de quem não leu NADA do Gauld. Se tivesse lido o livro “Mediunidade e Sobrevivência” saberia. Ou se tivesse lido a crítica de Campbell do livro saberia também.
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    PONDERAÇÃO: de fato, o título já diz tudo… Mas, admito, Gauld não é nenhum parvo, ao contrário, honrado pesquisador e… crente em muitas coisas que não consegue comprovar com a firmeza que se exigiria do inusitado da alegação: por exemplo: a suposição de que mortos aparecem aos vivos e são eles mesmos, os mortos, despidos de seus corpos mas com tudo o mais que lhes mantêm a identidade e a individualidade.
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    No livro de Gauld não vi um capítulo com o desejado título: “como comprovar a presença de um espírito”…
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    Porém, em parte dou-lhe razão, conquanto sua maldosa afirmação não esteja coerente com a realidade, falta-me ler por inteiro a obra e criticá-la como merece. É até bom que fale do assunto pois me lembra que o material está na fila para ser examinado com melhor atenção, verei se no ano que adentra consigo levar a maratona adiante.
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    39 – ” Como mensurar o conhecimento do citado?”
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    VISONI: Basta ler as revisões que ele fez dos livros de Gauld…
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    PONDERAÇÃO: isso basta?
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    40 – PONDERAÇÃO: “Leve uma questão para refletir antes de dormir: “que categoria de fenômenos paranormais Piper ratificou se hoje os fenômenos que ela ratificado teria ratificados não são, ao contrário, foram retificados para o nível do “se existirem serão tênues, incertos e incontrolados”…
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    VISONI: Telepatia (SE ENTENDI bem o que você escreveu acima…).
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    PONDERAÇÃO: ENTENDEU… a mesma telepatia que continua na berlinda e, se efetivamente, comprovada for será a descrita na conjetura de Moi. Aliás, alguns pensadores, no intento de “salvar” a hipótese telepática até inventam-lhe características que seus postuladores jamais propuseram, qual a esdrúxula suposição de que seja “pedido de socorro”: um pedido que não consegue promover o socorro de ninguém…
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    41 – “perdoe-me se ora rio: duvide-o-dó que Harribance ou o Piper de Kelly se deixe esmiuçar por céticos como Piper o foi”
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    VISONI: Harribance se deixou examinar por Persinger, QUE É ATEU. Se demais céticos não quiseram investigá-lo, não é culpa dele.
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    PONDERAÇÃO: depois que conhecer o Visoni não se admirará que alguém possa ser ateu e ao mesmo tempo crédulo…
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    Pode não ser culpa de Harribance que céticos não queiram investir tempo precioso com ele (o que seria mais produtivo: investigar o safado ou tomar um copo de 51?), mas será culpa de quem se Harribance, como se suspeita, espertamente selecionar quem lhe irá pesquisar?
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    42 – “apesar de que, nem Piper foi ceticamente esmiuçada ao nível ideal, apenas alguns (caso de Hall e Tanner) incursionaram na seara que ela pisava”
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    VISONI: A pesquisa deles ilustra bem a *qualidade* da pesquisa dos *céticos*…
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    PONDERAÇÃO: de fato… a investigação de Hall e Tanner deve machucar muito o calo dos crentes, mas são considerações quais a do Sr. Dorr (presidente da SPR) que expressam a “qualidade” do trabalho e o empenho dessa associação em validar o místico e, ou, o nebuloso em Piper.
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    43 – “e vai ver seja por isso que os Harribances da vida só aceitem ser pesquisados por em quem confiam (quer dizer aqueles que sabem simpáticos à causa da fraudulência, não por desonestidade, mas por crendice).
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    VISONI: Ah, sim, Persinger é muito crente em espíritos…
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    PONDERAÇÃO: isso não sei, mas que deve ser muito crente em paranormalidade não creio haver grande dúvida…
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    44 – “Porém e certamente, calarei minha boquinha santa, e apenas abri-la-ei para confessar a derrota de minha tese, se esses tais toparem os exames e passarem nas provas com louvor.”
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    VISONI: Que eu saiba eles não se negaram. Mas mesmo que não topem, tais exames não provam nem desprovam a existência de espíritos.
    .
    PONDERAÇÃO: da minha parte não estou discutindo a existência de espíritos, pelo menos não agora, vez que esta é outra e mais complexa seara. Discute-se se mortos comunicam com vivos. Não passe reto pela curva…
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    O demais comento quando o saco desinchar…

  154. Vitor Diz:

    64 – “Se minha persona, sem justificativa plausível, fizesse juízo geral sobre a obra de Gauld a partir de leitura parcial estaria correta sua apreciação. Se puder demonstrar que fiz tal…”
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    Sem problema! Mais abaixo você incorretamente diz:
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    “admito, Gauld não é nenhum parvo, ao contrário, honrado pesquisador e… crente em muitas coisas que não consegue comprovar com a firmeza que se exigiria do inusitado da alegação: por exemplo: a suposição de que mortos aparecem aos vivos e são eles mesmos, os mortos, despidos de seus corpos mas com tudo o mais que lhes mantêm a identidade e a individualidade.”
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    SÓ QUE… se tivesse lido o livro de Gauld, ou ao menos lido a revisão de Campbell, saberia que…
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    “He points out that the choice is not necessarily just between survival and extinction; there might also be degrees of survival, possibly in a zombie-like state, which would be worse than mere extinction: not a reassuring thought. Even if we do survive death in the short term, we may fade away gradually as time goes by. One is left with the impression that, if survival does occur in any shape or form, it is within the phenomenal universe, though no doubt a universe whose conceptual bounds must be greatly enlarged to accommodate it.
    .
    The possibility that there may be no survival at all, however, is always present in Gauld’s mind. As readers we are left to make up our own mind, and Gauld doesn’t try to push us in either direction; he doesn’t know either.”
    .
    Então, ao invés de ficar contando MENTIRAS sobre o Gauld, leia-o antes, sim? para não pagar mico (ou, no caso, um verdadeiro KING KONG).
    .

    65 – “Falando em pesar consciência: e a sua não sente toneladas de remorso por advogar em favor do execrável trabalho de Krippner com o aldrabão Amyr Amiden sem sequer ler o processo?”
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    Eu li o artigo dele sobre o Amiden! Excelente!
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    66 – “depois que conhecer o Visoni não se admirará que alguém possa ser ateu e ao mesmo tempo crédulo…”
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    Diferentemente de mim, Persinger é descrente em espíritos também!
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    67 – “Pode não ser culpa de Harribance que céticos não queiram investir tempo precioso com ele (o que seria mais produtivo: investigar o safado ou tomar um copo de 51?), mas será culpa de quem se Harribance, como se suspeita, espertamente selecionar quem lhe irá pesquisar?”
    .
    Certamente, se fosse esse o caso, os céticos já teriam alardeado aos 4 cantos a “recusa” dele. Mas, que eu saiba, não há nada nesse sentido. Pelo contrário, Harribance considera sua missão sujeitar-se a testes científicos. Isso está explícito no artigo que traduzi: “Sean é incomum entre os psíquicos já que ele não só está disposto a participar de testes científicos, mas considera isso a sua principal missão na vida. Foi, portanto, fácil para nós convencê-lo a participar de um estudo de suas ondas cerebrais enquanto participa de um teste de PES.”
    .
    68 – “a investigação de Hall e Tanner deve machucar muito o calo dos crentes”
    .
    Nossa, demais… a própria Sidgwick disse: “Estes resultados não irão, acredito, surpreender qualquer um dos investigadores ingleses” e “Eu posso multiplicar os casos de erros e distorções, também do uso de frases enganosas, tais como aquelas pelas quais a Srta. Tanner parece sugerir que “os Pesquisadores Psíquicos” são coletivamente responsáveis pelas opiniões de qualquer um interessado na Pesquisa Psíquica. Mas creio que já disse o suficiente. É bem possível que o livro impressione as pessoas que busquem saber sobre a evidência discutida apenas por ele; mas quem consultar as fontes originais terá uma visão muito diferente. Como a Dra. Tanner é uma psicóloga profissional, e assim, supostamente, objetiva o conhecimento e a exposição da verdade, o livro deve ser visto como tendo fracassado em seu objetivo. “

  155. Vitor Diz:

    69 – ” a não ser que confesse honestamente que leu a inteira obra dos que apelida “patetas” e “bestas do apocalipse”(?!), e saiba realmente do que fala… se for assim, não falo mais nada…”
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    Li o suficiente para chegar a uma conclusão justa, principalmente o arrependimento deles sobre suas próprias declarações. Popper, por exemplo, disse:
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    “I have come to the conclusion that Darwinism is not a testable scientific theory, but a metaphysical research programme—a possible framework for testable scientific theories”. [Popper, “Unended Quest. An Intellectual Autobiography”. LaSalle, IL: Open Court., 1976]
    .
    DEPOIS ele viu a besteira que tinha falado, e disse:
    .
    “I have changed my mind about the testability and logical status of the theory of natural selection; and I am glad to have an opportunity to make a recantation. . . .” [ Popper, “Natural Selection and the Emergence of Mind.” Dialectica, 32:339-355.]
    .
    70 – “well honey, o que me pareceu foram exposições de fraquezas de Popper (e quem não as tem?), as tais “provas” de que fosse cego perdido não as vi: serei eu cego ou cego será quem me quer indicar caminho?”
    .
    Montalvão, você é o pior tipo de cego que existe, é o que não ver! Justamente quando estou te fornecendo as provas que o Popper era um imbecil, o que você faz? diz:
    .
    “VOU ler… talvez (quem sabe?) conclua que realmente Popper foi besta completa em evolução. Ou não, sendo este o caso que ficaremos sem saber quem será a besta…”
    .
    Aí eu pergunto: leu? Detalhe: o artigo fala de mecânica quântica, não de evolução. E sobre Gauld, diz: “falta-me ler por inteiro a obra e criticá-la como merece. É até bom que fale do assunto pois me lembra que o material está na fila para ser examinado com melhor atenção, VEREI se NO ANO QUE ADENTRA consigo levar a maratona adiante.”
    .
    Ou seja, você consistentemente fica deixando a leitura para depois, mas a crítica aos autores é sempre imediata, né?! Dai-me paciência… que diferença para o Campbell…

  156. Vitor Diz:

    71 – “li parte de um livro do Dawkins e artigos, inclusive a tese que defende dos memes. Não sou lá muito fã desse autor. ”
    .
    O Popper admirava o Dawkins…
    .
    72 – Agora, quanto ao “certo desprezo de Dawkins por Popper” no que isso contribui para esclarecer alguma coisa?
    .
    Mostra que outras pessoas tb acham o Popper uma “besta”, e que minha visão está longe de ser isolada.

  157. MONTALVÃO Diz:

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    VISONI: Então, ao invés de ficar contando MENTIRAS sobre o Gauld, leia-o antes, sim? para não pagar mico (ou, no caso, um verdadeiro KING KONG).
    /.
    PONDERAÇÃO: Moira, usted está certo num aspecto: para bem criticar é bom bem examinar. Então, não posso me meter a falar de Gauld, nem para o bem oupromal, porque sua distinta pessoa estará um passo adiante.
    .
    Por outro turno, pasma-me perceber quão equivocada pode estar sua majestança mesmo quando está correto em (algumas de) suas considerações.
    .
    Uma coisa posso lhe adiantar, para que reflita: Gauld é um crente em muitas coisas incertas e não só na sobrevivência e no paranormal. Embora seja crente pé no chão, e que procura refletir produtivamente sobre aquilo em que acredita, não deixa de empenhar crédito em proposições mui nebulosas, quais a reencarnação, mediunidade, paranormalidade forte e, não poderia, faltar telepatia (desta ainda não estou certo se na telepatia forte dos tempos áureos da SPR, ou na telepatia estatística da atualidade).
    .
    Estou meio sem tempo para preparar arrazoado em que a validade do que afirmo seja exposta, inclusive talvez tenha que passar a acessar a internet apenas em fins de semana durante algum tempo. De qualquer modo, não vou deixar este débito em aberto: breve volto com resposta mais consistente aos seus devaneios. Aguarde-mo, pois.

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