O cérebro produz a mente? Um levantamento da opinião de psiquiatras (2015), por Alexander Moreira-Almeida e Saulo de Freitas Araujo

Recentíssimo artigo publicado na revista Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo). Para lê-lo, clique aqui.

57 respostas a “O cérebro produz a mente? Um levantamento da opinião de psiquiatras (2015), por Alexander Moreira-Almeida e Saulo de Freitas Araujo”

  1. Borges Diz:

    Foi uma grata surpresa pois eu achava que a visão dos psiquiatras sobre a RMC era predominantemente materialista.
    Obrigado

  2. Carlos Diz:

    A pesquisa pode ter detectado apenas o quanto um dos debatedores foi mais claro, articulado, simpático, engraçado, etc, e portanto “mudou” a opinião de uns 10% da audiência (um escore razoável, diga-se de passagem). Se o “melhor” debatedor tivesse defendido a outra tese, o resultado da pesquisa seria provavelmente diferente. A questão de fundo, no caso a RCM, permance onde sempre esteve até agora.

  3. Marciano Diz:

    Na minha modestíssima e humílima opinião, psiquiatra entende de doenças e transtornos mentais.
    Mais habilitado estaria um neurologista, que trata de doenças do sistema nervoso em geral, mas entende muito mais de mente e cérebro do que um psiquiatra.
    O mais habilitado, no entanto, seria um neurocientista, que nem médico é, mas é quem mais entende de mente e de cérebro.
    .
    E na minha mais que humílima e insignificante opinião, a mente é produto do cérebro. Do coração, do estômago, dos intestinos é que não é.
    A não ser que venhamos novamente com a xaropada de “espíritos”.

  4. Contra o chiquismo Diz:

    Já já aparece o dr troll, pra dar pitacos aqui…

  5. Contra o chiquismo Diz:

    “D r V l a d i m i r 1 7 1? – – – – – Tem 13 letras.

  6. Contra o chiquismo Diz:

    “V l a d i m i r t r o l l ” tem 13 letras.

  7. Marciano Diz:

    Sábado fica todo mundo de ressaca e ninguém escreve nada.
    Então, vou me atrever mais um pouco.
    Qual a relação entre eventos mentais, como percepções, estados emocionais, esperanças, desejos, crenças, etc. com atividade cerebral (física)?
    Fisósofos do tempo de D. João Charuto foram os primeiros a se ocuparem da questão (usando seus cérebros para isso) e acharam que mente e corpo tinham diferentes essências. As coisas físicas ocupam posições no espaço, têm um volume determinado ou determinável, uma forma, ainda que cambiante, massa, etc.
    Um cubo azul em cima de um sofá é uma coisa de fácil identificação física. O mesmo não pode ser dito do sentimento que BORGES, por exemplo, nutre por sua família ou a animosidade que VLAD tem demonstrado a meu respeito.
    Esses sentimentos não podem ser mensurados da mesma forma como fazemos com objetos tangíveis.
    Essa maneira de ver as coisas poderia levar, pelo mesmo tipo de raciocínio, à existência da alma de um computador. Ele é composto de coisas tangíveis, facilmente mensuráveis e observáveis, tais como placas, componentes eletrônicos, chips de memória, SSD ou HD, etc.
    Já um programa de computador, como GORDUCHO bem sabe, não tem a mesma qualidade, mas qualquer um sabe que ele está gravado no computador, é um estado de relacionamento binário (refletivo/não refletivo, magnetizado/não magnetizado, ligado/desligado) existente fisicamente no dispositivo que armazena o programa.
    Nossos neurônios funcionam de maneira bem análoga. Nossos sentimentos, nossas lembranças, nossas emoções, são resultado das sinapses entre nossos neurônios.
    Os filósofos do tempo do D. João Charuto não sabiam dessas coisas.
    O cérebro tem propriedades que constituem seus fenômenos mentais. Essas propriedades são os tipos de experiências pelas quais passamos em nossas vidas diárias, incluindo percepções, desejos, pensamentos (atividades físico-químicas cerebrais).
    Quando sentimos uma dor na orelha, isto é resultado de disparos de neurônios no cérebro. Isto explica a dor que alguns amputados (aqueles que são discriminados por divindades, que curam tudo, menos amputações, mais difíceis de forjar) sentem com membros “fantasmas”, mas que doem do mesmo jeito.
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    Para os que discordarem de minhas simplórias palavras, peço que não me dirijam ataques pessoais. Foi meu cérebro que mandou que meus dedos digitassem este texto.

  8. MONTALVÃO Diz:

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    Enquanto neurocientistas buscam responder à questão crucial: “como o cérebro produz (ou cria) a mente?”, o “doutore” Alexander ainda está aferrado à superada atitude de colher opiniões sobre o que pensam técnicos de variadas áreas a respeito da mente consciente: se esta é advinda do cérebro ou dele está apartada, como se isso resolvesse ou elucidasse alguma coisa.

  9. Marciano Diz:

    A mente flutua sobre o cérebro, MONTALVÃO, da mesma forma que as colônias espirituais flutuam sobre cidades terrícolas.

  10. Gorducho Diz:

    É aquela história – tínhamos uma funcionária que dizia essa essencialidade claro que não com tanta franqueza (sim, sempre fui um chefe bem liberal…) -: você ou algum dos meus 5 cachorros acharem tanto se me dá…
    Moral obvia da história: ou se tem dados provenientes da realidade empírica, ou é achismo inútil. E a realidade real do achismo não se afere pelo n° de mentes que acham α ou β.
    Aliás essa “lógica” foi usada pelo Analista Scur travestido de Minhoco há poucos dias, mas claro que a título de brincadeira provocativa.

  11. MONTALVÃO Diz:

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    MARCIANO: Um cubo azul em cima de um sofá é uma coisa de fácil identificação física. O mesmo não pode ser dito do sentimento que BORGES, por exemplo, nutre por sua família ou a animosidade que VLAD tem demonstrado a meu respeito.
    Esses sentimentos não podem ser mensurados da mesma forma como fazemos com objetos tangíveis.
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    PONDERAÇÃO: sem descurar da bela apreciação marciânica a respeito da insondabilidade dos sentimentos alheios (e, se bobear, dos nossos também), mesmo os objetos tangíveis estão rodeados de propriedades intangíveis e imateriais. O concreto cubo azul em cima do sofá se mostra recheado de “realidades” intangíveis, a começar por ser “cubo”. Cubo é um conceito que aplico àquele corpo sobre o sofá (o mesmo pode ser dito concernente ao termo “sofá”). O conceito de cubo é imaterial e não está em parte alguma do espaço, no entanto falo do cubo como algo concreto e material (isso é necessário porque nossa comunicação verbal se faz conceitualmente: sem conceitos não há como expressar o que vai em nossa mente).
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    O “estar em cima do sofá” é uma atribuição não presente no espaço, ou alguém sabe a localização do “estar em cima de”? (ganha uma mariola quem responder que “está no espaço do cérebro que produziu tal pensamento”).
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    Na mesma linha o azul do cubo. Sei que o fato dele ser azul advém de o corpo absorver outras cores do espectro e refletir o azul, mas o aquilo que denomino “azul” é apenas uma imagem conceitual em meu cérebro, não tem existência material na natureza, entretanto pode-se dizer que o azul está na natureza porque o vejo e vejo que outros também o identificam.
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    Então, quando as pessoas se surpreendem com fenômenos paradoxais no mundo quântico (qual um elétron pular automaticamente de uma órbita para outra, ou o entrelaçamento entre duas partículas) e, devido a isso, advogam que a quântica seja a ciência que nos revela a espiritualidade, esquecem que no mesomundo (ou seja, “mundo do meio”) convivemos com paradoxos que, por nos serem comuns, não mais nos surpreendem.
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    E o que tem isso a ver com a mente consciente? Tudo. Devido ao fato de não conseguirmos (ainda) explicar como o cérebro gera a consciência (embora a neurociência caminhe em busca de solução), alguns concluem recreativamente que a consciência só pode ser extracerebral. Grudam-se a este último bastião místico, julgando-o inexpugnável, e, em vez de cooperarem com seus cérebros a perquirir respostas, creem ingenuamente já possuírem a resposta que, para eles, só pode estar no âmbito “espiritual” (ou coisa parecida). Conhecessem a “hipótese de Moi” (não confundi-la com a “conjetura de Moi”) que, conquanto ainda em elaboração, sugere haver no ente humano (e, talvez, em outros seres sencientes) certa propriedade, inativa durante a vida material, que entra em função após a derrocada orgânica, dando continuidade a existência, pois então, se a conhecessem, não ficariam dando socos em paralelepípedos no intento de defender certezas das quais carecem de evidências. Para a concepção de que a consciência provenha do cérebro existem múltiplos indícios evidenciativos; para a da mente consciente extracerebral há tão somente a alegação da inexistência de resposta definitiva para o “cérebro gerador da mente” e, por não haver (ainda) tal elucidamento, entendem que a consciência só pode estar além do cérebro… brilhante! Claro, aqui não se leva em conta as “evidências” místicas, por não serem evidências reais, como as imaginadas aparições da Virgem, as entidades que se incorporam aos médiuns umbandistas e candomblistas, os espíritos que comunicam, etc.
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    “Felizmente” os adeptos da consciência extracerebral têm a seu favor lindos investigadores, quais o Alexander, que acham que pesquisa de opinião diga algo de consistente nessa questão tão complexa…
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    Vai ver seja por isso que eu bebo…

  12. Marciano Diz:

    MONTALVÃO, não tem nada a ver com o que estamos discutindo AGORA, mas não posso deixar de aproveitar a ocasião, pois nós já discutimos a assunto ANTES, em outros tópicos.
    Tu disseste:
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    “… O conceito de cubo é imaterial e não está em parte alguma do espaço, no entanto falo do cubo como algo concreto e material (isso é necessário porque nossa comunicação verbal se faz conceitualmente: sem conceitos não há como expressar o que vai em nossa mente)”.
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    Você deve se lembrar, mas é por isso que eu costumo dizer que faz meia hora que nós fizemos algo, estamos distantes 12 metros um do outro ou que a bancada cética tenha um presidente (TOI), um vice presidente (GRASSOUILLET) e um terceiro vice (MOI).
    Usamos conceitos de tempo, espaço e números, os quais só existem na nossa cabeça, para podermos medir as coisas. Não existem tempo, espaço e números por si próprios.
    Mas não quero voltar a esse assunto, foi meu cérebro de novo, contra a minha vontade.
    Volto mais tarde. Vou almoçar e dar um rolê.

  13. Bárbara Diz:

    Só uma dúvida: o certo para falar sobre funcionamento mente x cérebro não deveria ser pauta de discussão de neurologistas e neurocientistas antes de passar pelos psiquiatras?
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    Ou pelo menos que fosse em conjunto… Fiquei sinceramente em dúvidas.

  14. Toffo Diz:

    Interessante o assunto. Aproveitando o gancho do cérebro e das funções cerebrais, gostaria de trazer para cá um assunto que foi debatido no post anterior e do qual não participei. Diz respeito à reencarnação espírita e à tentativa meia-boca de explicá-la pelo esquecimento das vidas passadas.
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    A memória é o maior patrimônio do ser humano. Vendo minha mãe, com Alzheimer progressivo, ir perdendo todo esse seu patrimônio, fico cá a imaginar a sandice que Kardec introduziu na sua criação, a doutrina espírita, que é o esquecimento do passado. Voltaríamos todos com Alzheimer, esquecidos de quem somos e quem fomos, seres inúteis por termos perdido todo o nosso patrimônio espiritual para começar uma experiência nova em nova existência. Isso é absolutamente insano. Ainda mais quando ele diz que, ao morrermos, recuperamos, como num passe de mágica, tudo o que fomos e vivemos no passado, como se nossa vida imediatamente finda tivesse sido uma fantasia apenas…
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    Aí penso comigo, como fui capaz de acreditar (ou pensar que acreditava) em semelhante patacoada, por tantos anos?…

  15. MONTALVÃO Diz:

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    TOFFO: “[…]Ainda mais quando ele diz que, ao morrermos, recuperamos, como num passe de mágica, tudo o que fomos e vivemos no passado, como se nossa vida imediatamente finda tivesse sido uma fantasia apenas…”
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    PONDERAÇÃO: pois é, Toffo, disse o que disse muito bem “dizido”, e acrescento, além de a alegada perda de memória em vida encarnada trazer consigo uma dificuldade medonha, que Kardec ou não percebeu ou fez que não, que é a impossibilidade de corrigir o rumo do projeto traçado na erraticidade, fica claro que jogar a recuperação de memória para a vida além, coisa que ele (Kardec) bem sabia não poderia ser conferida, foi saída estratégica para explicar o que não conseguia esclarecer adequadamente.
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    Uma vida reencarnada, sem precisa lembrança do que foi projetado no além, assemelha-se a reunir grupo de pedreiros e mandar-lhes construir prédio obedecendo a uma planta que foi perdida e o engenheiro está desaparecido.
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    vixi…

  16. MONTALVÃO Diz:

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    MARCIANO: não tem nada a ver com o que estamos discutindo AGORA, mas não posso deixar de aproveitar a ocasião […] Mas não quero voltar a esse assunto, foi meu cérebro de novo, contra a minha vontade. Volto mais tarde. Vou almoçar e dar um rolê.
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    PONDERAÇÃO: já que falou em nada a ver, falo do meu nada que ver: estou com três cadelinhas no cio (de um total de oito), mais uma com gravidez psicológica (ela protege os filhotes invisíveis com admirável ferocidade). Paralelamente, tenho três machos excitados, fora os da rua que fazem fila no portão esperando oportunidade. Dois deles são castrados, um não é (os castrados também se assanham, a mostrar que não se deve confiar guarda de harém a eunuco). Esses dias dei uma bobeada e o que não é aproveitou. Temo ser avô sem desejar… Então, fico a administrar cio canino e às vezes me confundo, sem saber o que seria de mim neste mundo, vasto mundo, se me chamasse Edmundo (ou seria Raimundo?)…
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    Mas por que estou a falar disso num tópico que alude à vida além? Não sei bem, talvez seja por desejar esclarecimento a respeito da sobrevivência canina. Haverá? Se houver, reencarnam? O que diria o Alexander?
    .
    Quem sabe dissesse: Nossa Senhora!
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    Vou dar um rolé, não sei se volto…

  17. Gorducho Diz:

    Essa da reencarnação kardecista é sintetizada pelo genial Edgar Saveney em
    Um Episódio Contemporâneo da História do Sobrenatural
    O Espiritismo e os Espíritas

    na Revista dos Dois Mundos 2ª quinzena de setembro’63:
     
    […] Pode-se imaginar os periespíritos como habitando casas semi-materiais ou “fluídicas”, nutrindo-se do perisperma de frutas e conversando numa linguagem toda formada de perifrases. Aliás sua principal ocupação, além das comunicações com os humanos, parece ser de refletir sobre a vida anterior retirando os ensinamentos correspondentes e de formar, com vistas à próxima encarnação, resoluções das quais perderão a lembrança ao entrarem no seu novo corpo.

  18. Toffo Diz:

    Eu nunca vi uma “barrigada” tão grande como essa da reencarnação de Kardec. Uma insanidade total, que os anglo-saxônicos tiveram ao menos a inteligência de não adotar.

  19. Marciano Diz:

    Isso mesmo, Bárbara!
    Foi o que eu comentei lá em cima:
    1. Marciano Diz:
    JULHO 24TH, 2015 ÀS 10:22 PM
    Na minha modestíssima e humílima opinião, psiquiatra entende de doenças e transtornos mentais.
    Mais habilitado estaria um neurologista, que trata de doenças do sistema nervoso em geral, mas entende muito mais de mente e cérebro do que um psiquiatra.
    O mais habilitado, no entanto, seria um neurocientista, que nem médico é, mas é quem mais entende de mente e de cérebro.
    .
    E na minha mais que humílima e insignificante opinião, a mente é produto do cérebro. Do coração, do estômago, dos intestinos é que não é.
    A não ser que venhamos novamente com a xaropada de “espíritos”.
    .
    .
    TOFFO, não sei se você leu meus comentários no tópico anterior, mas foi o que eu disse lá. Resumidamente, nós somos aquilo de que nos lembramos. Se eu me lembrasse de todas as suas lembranças e nenhuma minha, eu seria você.
    Coisa de doido, esse tal de véu do esquecimento. Deve ter sido imaginado apenas para justificar o porquê de ninguém se lembrar das tais encarnações passadas.
    Da mesma maneira que religiosos em geral dizem que é pecado duvidar. É uma forma de assegurar que ninguém vai se livrar da doutrinação e vai continuar a contribuir para a riqueza bem material da igreja, seja ela qual for.
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    MONTALVÃO, claro que cães reencarnam! E sua cadela está obsediada por espíritos trevosos canídeos. Qualquer paranormal sabe que cães têm o dom da telepatia.
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    GORDUCHO, boa essa do Edgar.

  20. Vladimir Diz:

    Confesso que esperava mais, do colega e irmão espírita Dr. Alexander Moreira Almeida.
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    O “estudo” nada mais é que a compilação dos opinamentos pessoais dos profissionais da saúde presentes no Congresso.
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    Não vejo como este estudo pode contribuir e tampouco inovar nas Pesquisas que tem sido feitas dentro da Investigação da relação Mente x Cérebro.
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    Em resumo: Perda de tempo e dinheiro.

  21. Vladimir Diz:

    A discussão “Mente x Cérebro” não deve ser prerrogativa de uma “Disciplina”, “Técnica” ou “Profissão”.
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    Ainda que a Neurociência tenha feito “descobertas” interessantes neste âmbito, ela jamais terá a “Palavra Final” a respeito da discussão identidade “Mente X Cérebro” pois tal discussão ultrapassa o escopo da Ciência e avança dentro dos meandros da Filosofia, em especial da “Filosofia da Mente”.
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    Evocar o contrário é advogar a defesa de uma corrente superada (pela própria Filosofia e pela Ciência de um modo geral) há mais de 70 anos (ao menos) a saber: “O Positivismo”.
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    Portanto a discussão da relação “Mente x Cérebro” deve ser objeto daqueles que se dedicam ao estudo de tal tema sejam eles Filósofos, Psicólogos, Psiquiatras, Neurocientistas, Neurologistas e etc.
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    O resto é diletantismo de leigos e “divulgação científica”, ou seja mero “opinamento pessoal (inclusive deste que vos fala rs).

  22. Gorducho Diz:

    Por essas e por outras penso que vale a pena investir no Sr. Dr.!

  23. Gorducho Diz:

    “Conhecendo” – figurativamente é claro – a figurinha, o objetivo deve ser induzir psiquiatras a considerarem a existência de espíritos, i.e., em última análise, a possibilidade da existência da obsessão demoníaca na prática profissional.
    Mas é só uma conjectura, evidentemente.

  24. Vitor Diz:

    a) “Enquanto neurocientistas buscam responder à questão crucial: “como o cérebro produz (ou cria) a mente?”, o “doutore” Alexander ainda está aferrado à superada atitude de colher opiniões sobre o que pensam técnicos de variadas áreas a respeito da mente consciente: se esta é advinda do cérebro ou dele está apartada, como se isso resolvesse ou elucidasse alguma coisa.”
    .
    Até parece que o Alexander tem a intenção de resolver a questão da (in)dependência mente-cérebro por meio de pesquisa de opinião. Sugerir isso só demonstra péssima compreensão do artigo ou uma tentativa infeliz de simplesmente buscar menosprezar o pesquisador a qualquer custo, o que mostra a má fé do crítico.
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    b) ““Felizmente” os adeptos da consciência extracerebral têm a seu favor lindos investigadores, quais o Alexander, que acham que pesquisa de opinião diga algo de consistente nessa questão tão complexa…”
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    Diz algo de consistente sim, diz que a ideia não é considerada ridícula por boa parte dos psiquiatras como muitos céticos buscam enfiar goela abaixo dos crentes, de que a ideia de independência mente-cérebro é absurda, sequer considerada por acadêmicos. Nesse sentido, a pesquisa do Alexander acaba com um mito cético e é muito bem vinda.

  25. Gorducho Diz:

    Essa pesquisa é tão ridícula que até mesmo um psiquiatra espírita percebeu a inutilidade.
    Mas cogito, claro: cogito, que a intenção dos chiquistas é induzir os psiquiatras a considerarem a possibilidade de que possessões demoníacas possam ser reais, realinhando então algumas práticas profissionais.
    Mas só cogito, bien entendu.

  26. Vitor Diz:

    “Essa pesquisa é tão ridícula que até mesmo um psiquiatra espírita percebeu a inutilidade.”
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    Ridícula é a tentativa de extrapolar o valor da pesquisa de opinião. Culpa dos críticos que querem usar tal ferramenta para outra coisa que não foi criada para tal.

  27. MONTALVÃO Diz:

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    Falando da(e alguns louvando a) pesquisa do Alexander, fiz contato com ele, há alguns meses, e lancei-lhe a questão crucial: por que não envida investigações que intentem demonstrar a real presença de espíritos entre os vivos?
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    Juntamente com o questionamento, remeti minha avaliação de artigo do dito que fora publicado no Obras, intitulado: INVESTIGANDO O ACERTO E A PRECISÃO DA ALEGADA ESCRITA MEDIÚNICA: UM ESTUDO DE CASO DAS CARTAS DE CHICO XAVIER.

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    A primeira missiva ficou sem resposta, então insisti e o psiquiatra mo respondeu. Em tom cortês e educado expressou suas considerações. Reporto trechos da conversa para quem queira conhecer o ponto de vista do pesquisador espírita.
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    Visto que o colóquio ficou um tanto longo, envio os “melhores momentos” da conversa.
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    A discussão se procedeu em dois momentos, para facilitar o entendimento, esclareço: os trechos precedidos de MONTALVÃO correspondem à minha primeira manifestação, os antecedidos de MONTALVÃO2 são réplicas à resposta do Alexander.
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    21/4/2015
    ALEXANDER: Caro Moyses,
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    “Desculpe-me por não ter respondido sua mensagem anterior, é que como ela necessitava de uma reposta mais longa e detalhada, fui deixando para um momento mais propício em que eu pudesse me dedicar a ela com o devido vagar. O problema é que com o grande número de compromissos profissionais já assumidos, este tempo, infelizmente, não chega nunca…
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    Assim, para que eu consiga dar a devida atenção às suas ponderações, VOU, PELO MENOS, RESPONDER ABAIXO RESUMIDAMENTE AS PONDERAÇÕES DE SUA MENSAGEM:”
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    MONTALVÃO: As evidências que conheço a respeito da atividade de espíritos dentre os vivos são todas de natureza pessoal: passíveis de satisfazer a alguns e causar repúdio em outros.
    Os melhores médiuns prolatam recados dos mortos aos parentes vivos, produzem livros, supostamente ditados por falecidos, ou pintam, compõem música… Infelizmente, a meu ver, NADA DISSO PODE SER USADO COMO PROVA LEGÍTIMA, POIS SEMPRE HÁ A POSSIBILIDADE DE QUE O MEDIANEIRO TENHA OBTIDO OS INFORMES POR MEIOS NATURAIS e faça uso de suas próprias habilidades, atribuindo o resultado à influência de seres de outra dimensão.
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    ALEXANDER: A incapacidade de produzir evidencias que convençam a todos ocorre em qualquer ciência. Sabe-se não haver evidências irrefutáveis e definitivas em qualquer área da ciência, Thomas Kuhn trabalhou isso muito bem. Darwin reconheceu isso em carta que cito no artigo abaixo:
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    MONTALVÃO2: correto, mas não é exatamente a isso que me refiro quando digo que as evidências da ação de espíritos são limitadas e insuficientes para garantir aceitação geral da ideia de que mortos interajam com vivos, o que recomendaria o esforço investigativo. Aliás, esse “esforço” foi empreendido nos tempos pioneiros, quando diversos cientistas encetaram experimentações variadas com médiuns. E qual foi o resultado? Hoje as dúvidas sobre a intervenção do mundo espiritual na matéria permanecem.
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    É fato que, rigorosamente falando, “ciência não prova nada”, a não ser a matemática e a lógica, quando consideradas em si mesmas como expressões da ciência, em vez de ferramentas auxiliares desta. Mesmo assim, a ciência nos explica muito sobre a natureza e é o melhor instrumento disponível para se investigar a realidade que nos cerca. Não podemos esquecer que todas as facilidades que a vida moderna nos oferece, desde luz elétrica, até viagens espaciais, são frutos de lucubrações científicas.
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    Fora de dúvida que qualquer esforço investigativo é aceitável, até mesmo a existência de fadas pode ser perquirida com protocolo científico, o problema passa por estabelecer se há justificativa satisfatória para se investir em áreas que oferecem frágeis evidências empíricas, principalmente considerando que empreendimentos antigos, que perquiriam o espiritual, não prosperaram.
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    Insisto: até aqui, tudo o que a investigação mediúnica obteve não é suficiente para convencer quem já não esteja previamente convencido de que mortos agem na natureza. Entretanto, não significa que reputo as pesquisas em mediunidade (e do paranormal) inservíveis ou inúteis, ao contrário, somente com investigações que busquem respostas objetivas esclarecimentos seguros serão conquistados. Por outro lado, embora admito que possa estar equivocado, tenho a impressão de que as incursões nesse campo não são rigorosas o suficiente para prover os retornos desejados. Principalmente pelo fato de não focarem o ponto essencial do assunto, qual seja, demonstrar, acima de quaisquer dúvidas, a real presença de entidades alienígenas nos eventos ditos mediúnicos.
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    Aproveito trecho do belo artigo que recomendou (já o li e pretendo lê-lo novamente) para uma pequena apreciação.
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    ALEXANDER: Explorando a relação mente-cérebro: reflexões e diretrizes – Moreira-Almeida, Alexander
    Revista de Psiquiatria Clínica 2013, 40(3):105-109.
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    “Qualquer teoria científica passa por um período inicial de incerteza, incompletude e suspeição, contudo, se a teoria e seus proponentes são bons o suficiente, essas barreiras são vencidas34. Um bom exemplo é a história da evolução pela seleção natural, embora ela seja atualmente um paradigma bem estabelecido na biologia, esse não foi sempre o caso. MUITAS EVIDÊNCIAS FAVORÁVEIS E DESENVOLVIMENTOS TEÓRICOS VIERAM APENAS DÉCADAS MAIS TARDE, na primeira metade do século XX, por meio da integração da genética com a evolução darwiniana, no que é conhecido como neodarwinismo ou “síntese moderna”35.
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    MONTALVÃO2: pois é, as hipóteses científicas hoje aceites como suficientemente consistentes viveram seus dias de suspeitas, até mesmo a física quântica passou por isso. O caso é que conhecimento sadio acaba superando as resistências e se impondo. O que não se deu com a mediunidade. Se houvesse comunicação entre mortos e vivos as experimentações realizadas nesse campo já teriam trazido à luz evidências robustas da presença de inteligências invisíveis. Geralmente, quando se reclama da ausência de demonstrações de que mortos agem no mundo material, alguns nomes são quase de citação obrigatória, na pretensão de mostrar que essa ação fora constatada: as irmãs Fox, consideradas matriarcas do moderno espiritismo; Leonora Piper, para muitos “a maior médium de todos os tempos”; Gladys Osborne Leonard, de quem diziam ombrear com Piper em habilidades; Eusápia Palladino; Daniel Dunglas Home; Mirabelli e, modernamente, Chico Xavier. A lista não contém apenas esses titulares, a depender da vontade (e generosidade) do adepto, outras figuras seriam acrescentadas: Elizabeth D’Esperance; Florence Cook; Geraldine Cummins; Zé Arigó; Peixotinho; Otília Diogo, e muitos outros. Pode-se elaborar relação com múltiplos personagens que alegadamente interagiam com mortos. Todos, sem exceção, têm um ponto em comum: nenhum foi capaz de produzir demonstração conclusiva de haver espíritos atuando no ambiente.
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    Os adeptos da mediunidade certamente clamarão pela legitimidade de suas provas, e vão asseverar com muita firmeza que existem elementos suficientes para se concluir pela efetiva ação de falecidos junto aos médiuns. Conforme falei: são “provas” que satisfazem a quem anseia por quaisquer confirmações, mesmo que, rigorosamente, não confirmem coisa alguma. São provas para quem não precisa de provas. Ainda não se elaborou teoria, testável e preditiva, a respeito do acreditado relacionamento entre as duas dimensões da existência.
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    Posso estar esfericamente equivocado, mas, caso não esteja, o primeiro passo no estudo da mediunidade passaria por elucidar a questão: se há espíritos comunicantes e em comunicação como constatar suas presenças? Espíritos, pela talvez definição mais comum, seriam almas desencarnadas, indetectáveis pelos sentidos do homem e por qualquer instrumento que este tenha criado. Somente pessoas agraciadas com dom especial teriam capacidade de, não só percebê-los mas, com eles interatuarem. Aí o problema começa, o pesquisador fica à mercê do depoimento subjetivo de quem se diz intermediário entre o mundo dos mortos e o dos vivos. É óbvio que daí mui dificilmente proviria evidência que se pudesse reputar de âmbito científico. Mesmo nas melhores manifestações mediúnicas, nas quais, alegadamente, se diz que ao médium seria impossível conhecimento prévio das informações que repassa, improvável que se extraia parecer seguro da atuação de entes alienígenas.
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    Por outro lado, se os mortos dessem demonstrações de suas presenças, quer dizer, se médiuns aceitassem ser testados nessa linha verificativa, de há muito que a maior parte das dúvidas, se não todas, estaria sanada.
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    Admira-se que tanto os supostos espíritos quanto experimentadores não pareçam preocupados com esse crucial aspecto.

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    MONTALVÃO: Considerando que as experiências feitas com médiuns, acredito, não pretendam tão somente satisfazer a quem já acredita na ação de mortos, para os quais qualquer “prova” é aceitável, suponho que seria de elevada importância realizar experimentos em que a real presença de desencarnados no ambiente seja demonstrada. Verificações da espécie, com controles e metodologia adequados, teriam muito mais valor, e forneceriam evidências robustas de que espíritos dos mortos estejam em atividade na natureza.
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    Penso em testes simples e concretos, tipo vendar o médium e pedir ao espírito com quem faz contato que leia trecho de uma revista aberta a esmo, ou qualquer outra modalidade em que a ação de inteligências invisíveis fique patente.

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    ALEXANDER: ESTE EXEMPLO DE PESQUISA SERIA MAIS FACILMENTE EXPLICÁVEL COMO CLARIVIDÊNCIA, pois não demonstra a atuação de inteligências externas ao médium. Sobre os tipos de evidência para sobrevivência da personalidade, indico dois artigos:
    .

    1) Book Review – Is there life after death? An examination of the empirical evidence – David Lester
    Alexander Moreira de Almeida
    Journal of Near-Death Studies, 24(4):245-54, 2006.
    .
    2) Pesquisa em mediunidade e relação mente-cérebro: revisão das evidências.
    Moreira-Almeida, Alexander .
    Revista de Psiquiatria Clínica , v. 40, p. 233-240, 2013.
    http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832013000600005
    ./
    MONTALVÃO2: Situação que me desperta um certo espanto se expressa nos comentários acima. Os investigadores da mediunidade parecem não perceber o valor de demonstrarem, objetivamente, a presença de espíritos entre vivos. Sua apreciação demonstra que apreciou a sugestão superficialmente. Então, você diz que experiência do tipo sugerido (implícito “se desse bom resultado”) indicaria clarividência, em vez de demonstrar presença espiritual em ação, e sugere dois artigos que melhor evidenciariam a personalidades invisíveis em atividade.
    .
    A respeito dos textos indicados, o primeiro está em inglês e, visto que tenho dificuldade de leitura nessa língua, terei de examiná-lo com mais vagar antes de qualquer pronunciamento. Em relação ao segundo, noticio que a matéria foi motivo de profícua discussão no sítio: http://obraspsicografadas.org/2014/pesquisa-em-mediunidade-e-relao-mente-crebro-reviso-das-evidncias-2014-de-alexander-moreira-almeida/#comment-35023. Participei desse contraditório (minhas intervenções vão após o título “MONTALVÃO”). Caso se interesse por conferir o andamento do colóquio basta seguir o link. Mais adiante, posto resumo de questionamentos pontuais ao texto, que fiz durante a avaliação que precedeu ao citado debate.
    .
    Primeiramente, quero analisar o alegado de que a experiência que propus seja inadequada para expor mediunidade, prestando-se mais adequadamente para demonstrações de clarividência.
    .
    É sabido que antes da era da pesquisa do paranormal dentro de critérios mais afinados com a ciência, começada a partir dos trabalho de Joseph Rhine, era comum recorrer-se à telepatia e clarividência como explicações alternativas à hipótese de entes espirituais em ação. Naquele tempo as manifestações metapsíquicas, notadamente a telepatia, eram tidas como “forças” ativas, atuantes, e de ocorrência rotineira. Em qualquer situação que parecesse difícil ou mesmo impossível ao médium obter informações por meios triviais, a suposição de que telepatia estivesse agindo era quase que uma coqueluche.
    .
    A evolução das pesquisas psi demonstrou que telepatia e clarividência (se existirem) são “forças” de ação incerta, de atuação débil e incontrolada. Os melhores experimentos com telepatia, por exemplo, os testes ganzfeld, conseguem resultados ligeiramente acima da média esperada pelo acaso. O que demonstra que psi, seja lá o que for (se “força”, se “energia”, se atuação conjugada de habilidades naturais) tem atuação modesta e ocorre apartada do controle consciente dos envolvidos.
    .
    Admiravelmente, o hábito de recorrer-se amiúde a psi, como explicação para o que não se consegue explicar facilmente por vias comuns, se cristalizou dentre os pesquisadores nessa área. De certo modo, a consideração que externou acima reflete a atitude. Mesmo sabendo que as manifestações de paranormalidade (caso exista) são débeis, elas se tornam de citação quase que obrigatória, como se tratasse de fenômeno bem catalogado, cuja forma de ação estivesse claramente estabelecida. Para não ser injusto com seu pensamento, devo destacar que no artigo que acima indicou (o que foi objeto de discussão), essa preocupação se faz presente, quando diz:
    .

    ALEXANDER: “Estão resumidas a seguir as quatro principais hipóteses que têm sido propostas para explicar experiências mediúnicas que proporcionam informações acuradas ou outras evidências relacionadas a alguma pessoa falecida1,69,17,74,75
    – Fraude, vazamento sensorial (“pescar” informações), acertos casuais.
    – Personalidade dissociativa gerada pela atividade mental inconsciente do médium, envolvendo o acesso a informações consciente ou inconscientemente armazenadas na memória do médium e a liberação de habilidades latentes. A emergência de memórias ocultas (não acessadas ordinariamente) em estados alterados de consciência é chamada criptomnésia.
    – Percepção extrassensorial (PES): médiuns comunicam informações obtidas por telepatia a partir da mente de outras pessoas e por clarividência de fontes materiais distantes.
    – Mente pode sobreviver à morte corporal e se comunicar por meio de outra pessoa.
    .
    As primeiras duas hipóteses são compatíveis com visões reducionistas da mente, mas as outras duas colocam sérios problemas a essas visões.
    Naturalmente, usando-se do princípio da parcimônia (“navalha de Ockham”), essas duas últimas visões somente deveriam ser consideradas após as primeiras duas terem sido excluídas como explicações razoáveis de um dado fenômeno observado.”
    .

    MONTALVÃO2: Então, numa experiência em que médium esteja atuando, dificilmente far-se-ia necessário cogitar-se de telepatia ou clarividência, considerando que a suposta influência de um ente espiritual seria mais intensa e controlável que a incerteza da atividade paranormal.
    .
    Vou melhor expor a ideia que aventei. Em eventos mediúnicos, os médiuns alegadamente estão em contato com diversos espíritos. Como prova disso, prolatam recados, destinados a presentes ao encontro. Não me parece que houvesse óbice justificável que impedisse o espírito comunicante de demonstrar que está presente e atuante. É dito que os mortos veem o que se passa no ambiente, contemplam seus afins tristes, saudosos, os observam olhando retratos e tocando coisas do falecido, portanto, enxergam bem o meio material onde agem. Se mortos podem passar recados para os médiuns também serão capazes de enxergar cartazes postados em locais onde somente eles e não o médium enxergariam. Se, por qualquer razão justificada, o teste com cartazes, na modalidade que sugeri, fosse considerado inaplicável, sem problema, outros podem ser propostos. O importante é que a entidade atuante possa demonstrar firmemente sua presença.
    .
    O admirável é que na história da investigação mediúnica poucos experimentos foram implementados visando confirmar que mortos estavam atuando. Nesses poucos os que pareciam dar resultados produtivos foram descontinuados. Parece haver total despreocupação com essa questão essencial, como se bastassem a certeza presente nos que estão convictos que mortos voltam para assombrar os vivos, e a história da mediunidade, que registra a prática de interagir com almas falecidas desde tempos remotos.
    .
    Em verdade, sem a firme demonstração de haver mortos entre os vivos, a mediunidade continuará a ser o que sempre foi: uma crença.
    .
    Não vejo como escapar da ilação de que, se mortos comunicam serão capazes de dar mostras seguras de suas presenças.
    .
    ================================.

    MONTALVÃO: Acontece que não encontro quem sequer pense em realizar exames assim. Eu mesmo tentei com alguns médiuns que conheço e nem quiseram cogitar da ideia.
    .
    Diante do exposto, deixo-lhe a indagação: POR QUE EXPERIMENTOS DESSA MODALIDADE [da modalidade que investigasse a efetiva presença de mortos no ambiente] NÃO SÃO IMPLEMENTADOS, INCLUSIVE POR SUA RESPEITÁVEL PESSOA? E, APROVEITO, PARA LHE DEIXAR A SUGESTÃO DE QUE OS REALIZE E PUBLIQUE OS RESULTADOS.
    .
    ALEXANDER: O campo da pesquisa em espiritualidade é muito vasto, infelizmente, não temos pessoal ou recursos para realizar a maior parte das pesquisa que gostaríamos. Além disso, é natural que pesquisadores diferentes de um mesmo campo tenha visões diferentes sobre os melhores caminhos de investigação, por isso deve sempre existir vários grupos de pesquisa com abordagens diferentes sobre um mesmo tema. Nosso grupo tem priorizado as linhas de investigação que nos parecem mais adequadas e promissoras. O ideal é que outros grupos façam abordagens adicionais com outros enfoques para que se possa ter um panorama mais completo de investigações.
    .
    MONTALVÃO2: Tudo bem, seu ponto de vista é aceitável, porém, a informação decisiva, a confirmar que de fato espíritos agem na natureza, a partir da qual toda investigação que se seguir ganha foro de legitimidade, permanecerá aguardando por esclarecimento.
    .
    Cordiais saudações,
    ./

    ============================.
    5/5/2015

    Caro Moysés,
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    Obrigado por seus comentários. É sempre bom trocar ideias e refletir sobre as pesquisas
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    Um abraço,
    Alexander
    .
    Alexander Moreira-Almeida
    – Professor Associado de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF
    – Diretor do NUPES – Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da UFJF
    – Coordenador das Seções de Espiritualidade e Psiquiatria da Associação Mundial de Psiquiatria e da Associação Brasileira de Psiquiatria
    http://www.ufjf.br/nupes
    http://www.facebook.com/ufjf.nupes
    http://www.youtube.com/nupesufjf
    .
    Alexander Moreira-Almeida, M.D., Ph.D.
    – Associate Professor of Psychiatry, School of Medicine, Federal University of Juiz de Fora (UFJF), Brazil
    – Director of the Research Center in Spirituality and Health (NUPES) at UFJF, Brazil
    – Chair of the Section on Religion, Spirituality and Psychiatry of the World Psychiatric Association
    http://www.ufjf.br/nupes-eng
    http://www.youtube.com/nupesufjf

  28. Gorducho Diz:

    pelo que entendi, esquivou-se, como seria de se esperar. Ou algo se me escapuliu?

  29. Bárbara Diz:

    Acho que foi mais questão de “esta é sua opinião, esta é a minha, não tem muito o que dar ‘murro emponta de faca'”, ou pelo menos essa foi a minha interpretação da conversa. Ao final,fico com o Montalvão nesse sentido – sem maiores pesquisas ou informações, não dá para pular de “crença” para “ciência”.

  30. Bárbara Diz:

    Ah, sim, queria comentar sobre um ponto supracitado:
    .
    .
    Vladmir: “Ainda que a Neurociência tenha feito “descobertas” interessantes neste âmbito, ela jamais terá a “Palavra Final” a respeito da discussão identidade “Mente X Cérebro” pois tal discussão ultrapassa o escopo da Ciência e avança dentro dos meandros da Filosofia, em especial da “Filosofia da Mente”.
    .
    .
    Não acredito que qualquer campo científico detenha a suma competência em investigação científica, tanto que talvez seja por isso que hoje muitos dos estudos, nas mais variadas áreas, utilizem, também, profissionais dos mais variados âmbitos.
    .
    Neurocientistas alcançaram muitas descobertas sobre o funcionamento do cérebro e, posto isso, acredito na relevância destes profissionais para qualquer pesquisa que envolva percepção extra corpórea ou fator externo produzindo o subconsciente. Por isso meu estranhamento no fato de que foi uma pesquisa de opinião de psiquiatras, e psiquiatras somente. Talvez, se o autor quisesse maior ênfase nas informações divulgadas, ele pudesse partir de uma pesquisa mais ampla, questionando todos os profissionais ligados à mente e cérebro, incluindo, inclusive, os psicólogos. Acho que seria mais completo.
    .
    Eu não tenho muita noção de pesquisa científica em termos de ciências naturais, mas pelo menos era assim que em direito se produzia um melhor argumento e uma melhor aproximação da verdade, desde em juízo até em pesquisa jurídica (tanto científica, quanto de consultoria em geral).

  31. Bárbara Diz:

    Sobre reencarnação: acredito que ela talvez seja possível, dado a situação de crianças que relatam supostas vidas anteriores, mas duvido muito que seja próximo de todo esse mumbo jumbo de crenças.
    .
    Por outro lado, possível não é provável, então quanto a este assunto, só aguardo maiores informações. Ainda sou relativamente nova, então que, sabe pelos próximos, sei lá, cinquenta anos, não surge algo que de mais evidências ou quebre de vez o argumento? Uma pessoa pode sonhar, haha.

  32. Marciano Diz:

    Bárbara, você vai esperar por coisas mais realistas pela eternidade.
    Veja que mudanças significativas são prometidas há milênios, por livros sagrados, e nunca acontece coisa alguma de novo.
    Como disse há mais de três mil anos alguém que supõe-se seja o imaginário Salomão, no Eclesiastes, “não há nada de novo debaixo do sol”.
    Vai ser sempre mumbo jumbo, gibberish, hocus pocus and the like.
    Wait and see (and mark my words, just in case).

  33. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Gorducho Diz: pelo que entendi, esquivou-se, como seria de se esperar. Ou algo se me escapuliu?
    /
    Bárbara Diz: Acho que foi mais questão de “esta é sua opinião, esta é a minha, não tem muito o que dar ‘murro emponta de faca’”, ou pelo menos essa foi a minha interpretação da conversa. Ao final,fico com o Montalvão nesse sentido – sem maiores pesquisas ou informações, não dá para pular de “crença” para “ciência”.
    /.
    PONDERAÇÃO: como seria de esperar de pessoas perspicazes, pegaram bem “a coisa”. A esquiva do Alexander passa por alegar que existem outros caminhos a conduzir ao mesmo destino. Segundo ele entende, os espíritos podem ser demonstrados por vias, talvez, mais “amenas”. Provavelmente acredite (ou se esforce por acreditar) que avaliar apologeticamente cartas de Jair Presente seja suficiente para garantir mortos em ação entre vivos. Deve ter um pouco daquilo que o velho Kardec noticiava: que não se deve ofender os espíritos com propostas indecorosas, nem se achegar a eles com ceticismo, pois eles odeiam comportamentos tais. De qualquer modo, em dado momento o Moreira parece reconhecer que a proposta é interessante, infelizmente, segundo declara, não há verba disponível para fazer frente a todas as propostas. Nas palavras dele:
    .
    ALEXANDER: “O campo da pesquisa em espiritualidade é muito vasto, infelizmente, não temos pessoal ou recursos para realizar a maior parte das pesquisa que gostaríamos.”
    .
    Cabe, então, indagar: será que o Alexander almejava pôr alegados espíritos sob testes de presença objetiva e só não o fez por não ter dindim para tal? Quase que obtemperei-lhe que fiscalizações de presença estão entre os mais baratos experimentos e os de RETORNOS mais elucidativos, mas ele deve saber disso melhor do que nós.

  34. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    Bárbara Diz: Sobre reencarnação: acredito que ela talvez seja possível, dado a situação de crianças que relatam supostas vidas anteriores, mas duvido muito que seja próximo de todo esse mumbo jumbo de crenças.
    /.
    PONDERAÇÃO: Bárbara, nunca é tarde, nunca é demais… quando melhor refletir sobre alegações de crianças recordando vidas outras verá que há pouco para o muito que dizem demonstrar. Primeiro que tais “recordações” são um titinho no oceano de não-recordações: uns poucos dizem lembrar e os acreditares divulgam esses com imerecido alarde, entretanto, provavelmente (aqui é provavelmente mesmo), esses relatos não querem dizer nada, ou coisa alguma. Depois, as fantasias recordadas não estão fora do âmbito de explicações terrenas: inexiste padrão único que fomente esses sonhos infantis, mas os advogados das multividas querem que haja. Se não entendeu, falo o seguinte: cada caso é um caso e pode ter sua gênese sob bases distintas, o que não é, nunca foi e, tudo indica, nunca será seriamente avaliado pelos investigadores. Por exemplo o pequerrucho diz ter sido alguém que viveu 875km de distância, numa família que ninguém da família dele conhece, e as possibilidades de contato casual entre os dois núcleos (o do morto e do lembrador) é de remota possibilidade. E aí, essas “dificuldades” são suficientes para atestar vaivém de vidas? Claríssimo que não: tanta coisa pode ter acontecido no caso em pauta e não ter vindo à tona quando da investigação…
    .
    Tem boas discussões em outros tópicos aqui publicados nos quais a bancada crente defende com línguas e glotes ferrenhas o fato de o lembrador acertar “um monte de coisas” da vida anterior. Não conheço um episódio, em que tais recordações foram aprofundadas, até que o “reencarnado” pudesse demonstrar conhecer tão intimamente o morto que teria de ter, pelo menos, privado de sua intimidade. Digamos que um dia a Bárbara morra (e que esse dia demore muito) e no dia seguinte ao seu passamento apareça alguém na cidade vizinha dizendo ser você retornada. Para provar informa que morou na mesma rua sua, que seu pai e mãe de chamavam tal e tal, que um primo seu fora campeão de UFC, que você tinha uma gatinha chamada Salobria e, quando foi a residência em que você viveu, apontou corretamente diversos itens que lhe pertenceram.
    .
    Agora, corta para outra situação. Não deve ser do seu tempo: havia na televisão um programa conduzido pelo falecido J.Silvestre que, se não estou desrrecordado, chamava-se “O céu é o Limite”. Neste o candidato dava mostras de conhecer um nome da história nos mais minudentes detalhes. O desafio iniciava com questões brandas, tipo: “qual o nome da gatinha de Bárbara?”, ou “onde foi que ela morou”, e depois ia aprofundando as inquirições até chegar a um ponto que muitos poucos conseguiam responder com sucesso. Na pesquisa de lembranças infantis esse trabalho também deveria ser feito, não qual o Céu é o Limite, mas cavoucar as recordações, até o recordador elaborar suficientemente detalhada, e na linha do tempo, a personalidade que afirmava ter sido. Mas, qual nada, comemora-se o sucesso de umas poucas coisas acertadas e o trabalho é dado por feito.
    .
    E isso sem contar que tais reminiscências ocorrem em contextos reencarnacionistas onde são esperadas e, em boa parte dos casos, desejadas. Já notou que o Kardecismo não produz, a não ser mui raramente, eventos dessa natureza? Por que seria? É que mesmo nesse meio doutrinário, advogante das polividas, a idealização não foi cultivada. E não o sendo lembranças infantis praticamente não se fazem presentes.
    .
    Ah sim, eu falava dos artigos debatidos aqui no Obras. Pois bem, ao lado dos empolgados acreditadores nesse tipo de devaneio, há a manifestação de outros, incapazes de achar o que não pode ser legitimamente achado, ou seja: realidade reencarnacionista nessas ocorrências.

    .
    ih, uma da manhã, vou é dormir, não sou Marciano não…
    .
    Depois falo mais se Maomé permitir.

  35. Gorducho Diz:

    Olhe cá, Analista Montalvão, por onde vem a coisa, conforme ontem remarquei à Administração.
     
    https://www.youtube.com/watch?v=ty5aqycppDk
    [18:08]
    Possibilidade de terapias espirituais
    – imposição de mãos;
    – preces intercessórias;
    – desobsessão.
    Daí segue-se um statement of purposes de necessário rigor, não avançar demasiado sem bases, com rigor investigativo – tudo muito bonito.
    Mas quando se propõe experimentos de verdade, a reação é a pouco surpreendente que o Sr. obteve.

  36. Bárbara Diz:

    Montalvão,
    .
    Prometo responder ao seu comentário mais tarde, entre hoje e amanhã, com a devida atenção. Como estou um pouco corrida hoje, talvez eu falasse besteira, e acho essas conversas legais demais para fazer isso.
    .
    Mas, enquanto isso, ainda sobre o mesmo tópico, li uma vez que a “lembrança espontânea” de crianças sobre vidas anteriores pode ter relação com herança genética. O que o senhor acha sobre isso?

  37. Vinicius Diz:

    Mania de grandeza:
    Kardec: O Espiritismo vai regenerar toda a humanidade (isso em 185…)
    Dr.Bezerra “Paulista”: A Federação de São Paulo é um farol que ira iluminar a humanidade inteira.

    Se o cérebro produz a mente, como explicar as EQM´s , bastante divulgadas , em vários pontos do mundo? o camarada está com o cérebro “OFF-LINE” durante muito tempo e quando volta a conexão ,ele “lembra” do que viu no periodo “OFF-LINE” ??? Viu a enfermeira bonitona que entrou lá do teto do quarto do hospital, presenciou as visitas dos familiares enfim..
    Ainda não joguei fora a hipótese dos espíritos… só acho que eles não fazer muitas coisas aqui na Terra, tem que ser coisa rápida.. ditam frases curtas e o resto é com a imaginação do crente escrivinhador…

  38. Vinicius Diz:

    as obras sociais custam dinheiro, aliás é o que move tudo!
    o governo não repassa quantia suficiente a uma entidade.
    Imaginemos que uma entidade tem despesa mensal de 500 mil reais e só tem livro velho pra vender .. o que tem fazer para levantar dinheiro?
    Reeditar livros, capas novas, bonitas , colocar mais informações, lançar mais livros, organizar almoços de 100,00 etc…
    Tem centro que o espirita não pode tirar R$ 2,00 do bolso que já compara ao dizimo dos malafaias, macedos e waldemires santiagos…

  39. Gorducho Diz:

    O problema não é estudar EQMs: todo estudo é válido. O problema são as extrapolações dos Crentes – tem até aquele indivíduo na América que já concluiu que o céu existe e vende livros com base nisso.
    O estudo AWARE já disse várias vezes que me pareceu equilibrado em suas conclusões. E o proponente se deu mal, i.e., ninguém viu ao cartazes… Mas ele teve honestidade intelectual de publicar o estudo sem inventar ou extrapolar: adquiriu meu respeito.
    &nbbsp;
    E por falar em “falta de $”: quanto custa levar 20 (se bem me lembro) Crentes e alugar um tomógrafo c/respectiva equipe em Philadelphia (também se bem me lembro…). Será que é mais caro que fazer uma macro no Excel p/gerar os n°s aleatórios e contratar uma empresa de segurança p/fazer a montagem das câmaras e salvar tudo com confiabilidade?

  40. Gorducho Diz:

    E por falar em “falta de $”: quanto custa levar 20 (se bem me lembro) 10 Crentes e alugar um tomógrafo c/respectiva equipe em Philadelphia (também se bem me lembro…). Será que é mais caro barato que fazer uma macro no Excel p/gerar os n°s aleatórios e contratar uma empresa de segurança p/fazer a montagem das câmaras e salvar tudo com confiabilidade?

  41. Marciano Diz:

    MONTALVÃO, o Alexander, with all due respect, é mais eficiente do que já foram, juntos, Cassius Marcellus Clay, aka Muhammad Ali e Anderson Silva, if you know what I mean.
    Eu gostaria de ser ensaboado assim, mas só no ring, no octagon ou no dojô.
    .
    O programa televisivo a que se referiu era uma farsa, copiada de modelos americanos.
    A pessoa que, supostamente, tinha um afinadíssimo conhecimento de qualquer bobagem, na verdade, decorava um livro ou algo assim sobre o assunto e só valiam perguntas que estivessem no texto estudado. Estava mais para um concurso de memória.
    E ainda tinha marmelada, pelo menos nos programas americanos. Tem até filme a respeito.
    .
    .
    VINICIUS, tá esperando o quê, para jogar os espíritos no lixo?
    .
    .
    .
    GORDUCHO, as provas de coisas estranhas existem aos montes e o ganho de dinheiro com a divulgação dessas provas é a raiz do problema.
    Lembre-se de que, apesar de toda a doutrina, teologia, filosofia, ciência, o diabo a quatro, sempre tem alguém que ganha (MUITO) dinheiro e um monte de gente que perde.
    É tudo uma questão explicada pela Economia. E pela psicologia, também.
    É o famoso “me engana que eu gosto” (os erros de gramática não são meus, citei entre aspas, para não deixar dúvida).

  42. Marciano Diz:

    Uma prova de que não se deve brincar com “essas coisas” está no tópico mais recente, acima. O livro de Marlene Nobre.
    Fiz dois comentários que não devem se do agrado dos espíritos do além.
    Eles fizeram com que eu omitisse uma letra do meu nome e os comentários caíram no spam.
    Concito os conspícuos colegas a darem uma lidinha no livro da Marlene e comentarem no tópico sub comento.

  43. Antonio G. - POA Diz:

    Montalvão, o programa da TV Tupi era “Show sem Limites”. Eu era criança, mas me lembro bem de uma moça apelidada de Noivinha da Pavuna que respondia sobre a vida e obra de um escritor e poeta português cujo nome me escapa agora. Ela praticamente decorou um livro biográfico e respondia sobre o conteúdo do mesmo com uma precisão incrível. Ganhou muitos prêmios e pode casar-se com direito a cobertura televisiva do programa. De fato, nada havia de mediúnico no feito. Apenas muita leitura e capacidade de memorização.

  44. MONTALVÃO Diz:

    .
    /
    MARTINIANO: O programa televisivo a que se referiu era uma farsa, copiada de modelos americanos.
    A pessoa que, supostamente, tinha um afinadíssimo conhecimento de qualquer bobagem, na verdade, decorava um livro ou algo assim sobre o assunto e só valiam perguntas que estivessem no texto estudado. Estava mais para um concurso de memória.
    E ainda tinha marmelada, pelo menos nos programas americanos. Tem até filme a respeito.
    .
    TOINHO: Montalvão, o programa da TV Tupi era “Show sem Limites”. Eu era criança, mas me lembro bem de uma moça apelidada de Noivinha da Pavuna que respondia sobre a vida e obra de um escritor e poeta português cujo nome me escapa agora [Fernando Pessoa?]. […] nada havia de mediúnico no feito. Apenas muita leitura e capacidade de memorização.
    .
    PONDERAÇÃO: gentem, quando escrevi o que grafei a Barbara estava no middle entre o onírico e a vigília, tenho que rever o redativo e melhor me explicar nalguns pontos, como melhor me explico agora na referência ao Xou Sem Limites.
    .
    Não falei do programa porque tivesse qualquer algo a ver com mediunidade ou reencarnatividade. No, no, no. Citei-o exemplificativamente sobre de como seria lembrador porreta de verdade, que, no tangente à reencarnação, levasse analista sério a declarar: “pode ser que aí tenha coisa”. Meu argumento centrou-se no “aprofundamento” que, a meu ver, não é realizado pelos caçadores de vidas pregressas. Estes se contentam com relatos merdinhas de algos falado pelo dito reencarnado e, se houver acertos, comemoram qual fora mais um título da combalida Seleção Canarinho (que também nada tem que ver com mediunidade…).
    .
    Terei sido cristalino now?

  45. MONTALVÃO Diz:

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    /
    Martiniano,
    .
    Tendo em conta que estou perenemente preocupado com sua saúde espiritual, já que a física está nos trinques, selecionei para ti um preparatório que muito lhe será útil na limpeza e purificação do espírito que tanto almeja conseguir. Veja o reclame que segue e dele faça bom aproveito.
    /
    /
    “Olá, sou o Consultor de Cursos Holísticos :
    .
    É com muita felicidade que anuncio a abertura das inscrições para o “CURSO REMOVENDO OBSESSORES – AVANÇADO”, idealizado pelo Alryom.
    .
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    .
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    […]
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    .
    Todos os participantes ganham Bônus! [a seguir descritos]
    .
    1) Como afastar obsessores com o Reiki
    .
    2) Tratamento de Cura com Seres Estelares
    .
    3) Meditação Cósmica: Ajuste dos Corpos Superiores
    .
    4) Meditação Cósmica: Proteção da Noite
    .
    5) Meditação Cósmica: Reconexão com os Mentores
    .
    6) Meditação Cósmica: Projeção à Amazônia Secreta
    .
    7) Meditação Cósmica: Projeção à Colônia Espiritual Tempo Estelar
    .

    8) Certificado do curso em formato digital
    .
    VOCÊ NUNCA VIU NADA IGUAL”
    .
    http://removendoobsessores.com.br/avancado?ref=L2841376A

  46. MONTALVÃO Diz:

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    /
    Quanto a mim, que livre estou há tempos de qualquer forma obsessiva, a não ser o demônio PT, respondi ao desobsediador Alryom, o seguinte:
    /
    /
    “Prezado Alryom,
    .
    Recebi a gentil oferta do curso de remoção de obsessores. Fiquei realmente impressionado, tanto pelo curso, quanto pelos bônus que o acompanham. Senti-me fortemente tentado a aprender a ajustar meus “corpos superiores”, ou reconectar-me com os “Mentores”.Porém, caro mestre, infelizmente devo recusar a proposta, e exponho os motivos.
    .
    Lido com obsessores desde quando me entendo por obsediado. Nessa faina aprendi muito por mim mesmo, tanto aprendi que desenvolvi método sintético de livramento que, sem desmerecer o ensino que oferta, é insuperável pela simplicidade e eficácia.
    .
    Visto estar sensibilizado com sua boa intenção, vou cooperar com o projeto que desenvolve e lhe farei oferta irrecusável: o curso inteiro gratuitamente de graça, sem nenhum custo adicional, nem hoje nem nunca. Tanto que passo-lhe a fórmula agorinha mesmo e espero que dela faça bom proveito:
    .
    – CURSO EM UM ÚNICO ATO PARA LIVRAMENTO OBSEDIAL: ponha-se em decúbito frontodorsal e diga para si mesmo “desacredito da existência de obsessores, ou de qualquer entidade dita espiritual em comunicação, seja para o bem, seja para o mal”. Repita a frase até nela confiar por inteiro, incluindo as vírgulas. Quando chegar a esse ponto perceberá, maravilhado, que toda obsessão desapareceu como que por mágica.
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    Agora, se quiser, pode distribuir o curso aos seus alunos, abro mão dos direitos autorais.
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    Felicidades.
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    Moi, o Grande Desobsediador Tibetano-Caxiense.”
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  47. Vladimir Diz:

    A questão do esquecimento das “Vidas Passadas” já foi resolvida por Kardec há 150 anos.
    .
    Depois quando dizemos para o “cidadão” estudar a DE, a pessoa fica “ofendida”.
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    PS: Questões 392 e 393.

  48. Vladimir Diz:

    Um artigo interessante do Prof. João Fernandes Teixeira a respeito do problema “Mente-Cérebro”:
    .
    http://criticanarede.com/fil_mentecerebro.html

  49. Marciano Diz:

    Estou achando que esse tal Alryon pode ser o Marden. Isto lembra a limpeza psíquica preconizada por ele, segundo a tradição racionalista cristã.

  50. Marciano Diz:

    Vladimir Diz:
    JULHO 29TH, 2015 ÀS 11:38 PM
    A questão do esquecimento das “Vidas Passadas” já foi resolvida por Kardec há 150 anos.
    .
    Depois quando dizemos para o “cidadão” estudar a DE, a pessoa fica “ofendida”.
    .
    PS: Questões 392 e 393.
    .
    COMENTÁRIO:
    Unsinkable Rubber Duck detected!
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    https://urducks.wordpress.com/about/

  51. Antonio G. - POA Diz:

    Montalvão: sobre sua menção ao “No Limits Show”: Claríssimo está.
    Quanto quem seria o escritor e poeta português estudado pela “Little Bride from Pavuna”, dei uma pesquisada no Dr. Google e encontrei a resposta. O objeto do decoreba da moça era o Guerra Junqueiro.

  52. Antonio G. - POA Diz:

    Montalvão, eu realmente entendi que você estivesse dizendo que atribuíam à moça faculdades mediúnicas. Essas leituras apressadas…

  53. Marciano Diz:

    Ou a wikipedia está errada ou MONTALVÃO e ANTONIO estão errados quando falam do programa “Show sem Limites”.
    .
    O programa “O Céu é o Limite”, estreia na TV Tupi do Rio de Janeiro – 1955. “O Céu é o Limite”, de J. Silvestre, foi o precursor dos programas de perguntas e respostas da TV brasileira sendo um enorme sucesso, tanto que nos anos 70, o programa atingiu 84 pontos de audiência, uma das maiores audiências da TV brasileira. Um programa de mesmo nome era apresentado na TV Tupi, de São Paulo; sob o comando de Aurélio Campos. Os programas apresentados por J. Silvestre estabeleceram recordes históricos de audiência. Era o início da época do bordão “absolutamente certo!”
    .
    O programa da TV TUPI era “O Céu é o Limite”.
    A mesma wikipedia cita o programa mencionado por MONTALVÃO e ANTONIO:
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    Show sem Limite foi um programa apresentado por J. Silvestre e produzido por Oswaldo Miranda, inicialmente exibido pela TV Rio a partir de 1966 e patrocinado pela Gessy Lever. Uma desavença entre a direção do programa e a direção da TV Rio, que havia se recusado a entregar uma casa de premio para um candidato que respondeu sobre Getúlio Vargas, acabou levando o programa em 1968 para a TV Tupi, onde passou a ser patrocinado pelas Casas Sendas e ficou até 1971. O programa constituía-se em um quadro com gincanas entre artistas e um quadro onde era focalizada uma personalidade, para contar sua vida e rever antigos companheiros e familiares (no mesmo estilo do “Arquivo Confidencial” do Faustão). Mas o quadro mais esperado do programa era o da sabatina, com um candidato respondendo sobre um vulto histórico especifico. Alguns candidatos tornaram-se famosos na época, como Leni Orsida Varela (a “Noivinha da Pavuna”, como ficou conhecida), que respondeu sobre o poeta português Guerra Junqueiro e casou-se no programa, e Maria Guida (menina que sabia tudo sobre Machado de Assis). Guida obteve tanto sucesso que após sua participação, foi convidada a estrelar uma novela na TV Tupi, O Doce Mundo de Guida em 1969. O programa foi um grande sucesso e nos anos 80 foi recriado pela TVS e J. Silvestre voltou a ser seu apresentador sendo substituído por Sérgio Chapelin a partir de 1983.
    .
    .
    Parece que a noivinha da Pavuna apresentou-se do programa “Show sem Limites”, do mesmo J. Silvestre, mas na TV RIO.
    O programa COMEÇOU na TV TUPI, em 1955, depois foi para a TV RIO, em 1966, com o mesmo apresentador, mas com outro nome, e voltou à TV TUPI.
    A noivinha apareceu quando o programa estava na TV RIO.
    .
    .
    Se não for isso, vocês dois têm o dever de editar os artigos da wikipedia, sobre os citados programas.

  54. Marciano Diz:

    Quando a noivinha casou-se, o programa havia voltado à TV TUPI, mas ela foi inquirida na TV RIO.
    Não?
    http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204434/4101419/memoria11.pdf

  55. MONTALVÃO Diz:

    /
    /
    MARTINIANO: […]Se não for isso, vocês dois têm o dever de editar os artigos da wikipedia, sobre os citados programas.
    .
    PONDERAÇÃO: nada, meu jovem, não vou fazer qualquer arremate, dou vênia à sua linda pesquisa, que muito nos alumia o espírito; citei o programa do J.Silvestre de (parca) memória, apenas para ilustrar assunto sobre o qual discorria (lembranças infantis de vidas passadas), conforme falei ao Antonho e à Barbara e, agora, falo-lho: tão somente argumentar a falta de aprofundamento das alegadas memórias infantis de vidas passadas. Jota Silvestre que Deus o tenha…
    .
    Espero que já esteja se desobsediando…

  56. Marciano Diz:

    MONTALVÃO Diz:
    JULHO 30TH, 2015 ÀS 4:27 PM
    .
    .
    Espero que já esteja se desobsediando…
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    COMMENTAIRE: A conversa está tão corrida que passou despercebido:
    .
    1. Marciano Diz:
    JULHO 30TH, 2015 ÀS 12:02 AM
    Inscrevi-me no curso.
    Obrigado pela dica.
    Se o Dr. parar de me obsediar, é porque o curso é porreta.

  57. ANdre Diz:

    Olá Vitor, como sempre, parabéns!
    Artigo interessante, pena que superficial. Essa questão de mente e cérebro é interessantíssima. Lido com Redes Neurais Artificiais e vejo o quão complexo é o cérebro humano. Computacionalmente conseguimos apenas imitar algumas funções do cérebro, estando muito longe do todo. Algo que me pergunto é sobre a possibilidade de alterar totalmente a personalidade de uma pessoa mediante a intervenção em suas atividades cerebrais. Se a mente é fruto do cérebro, então há possibilidade de criar-se uma nova personalidade; talvez por meio de drogas, lobotomia, etc.

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