Refutação ao artigo “Incursões históricas sobre o livro “Há Dois Mil Anos” – A erupção do Vesúvio” de Marco Paulo Denucci Di Spirito (2013)

É impressionante como ainda existem pessoas tentado defender a historicidade do livro “Há Dois Mil Anos”, de Chico Xavier, tendo em vista que há décadas se sabe que a sua personagem principal, um senador romano chamado Públio Lentulus da época de Cristo, não existiu (embora o seu ‘bisavô’, de mesmo nome, tenha de fato existido e morrido em 63 a.C. Este ‘bisavô’, porém, não deixou descendentes). Este artigo será uma refutação aos argumentos apresentados por Marco Paulo Denucci Di Spirito, que concluiu haver informações não acessíveis ao médium à época em que ele psicografou o livro “Há Dois Mil Anos”, informações estas relativas a Pompéia e à erupção do Vesúvio em 79 a.C. Como se verá, isso é um grande equívoco.

O artigo do Sr. Spirito se encontra disponível aqui. Selecionarei as passagens mais importantes, e abaixo delas, colocarei meus comentários. Antes disso, porém, cabe dizer que a única fonte histórica disponível sobre a erupção do Vesúvio é a carta de Plínio, o Jovem, a Tácito, que lhe pedira informações sobre Plínio, o Ancião, que era tio e pai adotivo de Plínio, o Jovem, e que morreu durante o cataclismo. Na carta é dito, de acordo com o artigo:

Meu tio encontrava-se em Miseno, onde comandava a frota. Era o nono dia antes das calendas de setembro (24 de agosto), pela sétima hora (13 horas), quando minha mãe lhe mostrou que se formava uma nuvem volumosa e de forma incomum. Havia tomado seu banho de sol, depois um banho frio, e, num leito, estudava. Levantou-se e subiu a um lugar do qual podia ver melhor o fenômeno. 

Spirito ainda informa:

O sistema de mensuração do tempo em Roma possuía como parâmetro a luz do dia. Assim, os estudiosos da história romana esclarecem que a sétima hora referida no texto diz respeito ao horário entre meio-dia e uma hora da  tarde. Exatamente por isso consta em algumas traduções a seguinte indicação temporal: 

“Ele estava naquele momento com a frota sob seu comando em Misenum. No dia 24 de Agosto [nonum Calend. Septembres], por volta de uma da tarde [Hora fere Septima], minha mãe pediu-lhe que observasse uma nuvem que apareceu de um tamanho e forma muito incomuns.” 

“Meu tio estava no Miseno, onde mantinha o comando da frota em pessoa. Logo após o meio-dia, em 24 de agosto, minha mãe apontou-lhe o surgimento de uma nuvem de tamanho e aparência incomuns.” 

Vejamos, agora, o trecho em que constam o ano e o horário da erupção do Vesúvio na obra psicografada e o que diz Spirito acerca da plausibilidade do conhecimento de Xavier sobre esse assunto:

Trecho da Obra “Há Dois Mil Anos”

Trecho do artigo do Sr. Spirito

Em radiosa manhã do ano de 79, toda a

Pompeia despertou em rumores festivos. […] Antes do meio-dia, um deslumbramento de viaturas, de cavalos ajaezados e de jóias faiscantes sobre vestiduras reluzentes se deparava às portas da vila plácida e  graciosa, provocando a admiração e o interesse curioso das vizinhanças

A erupção do Monte Vesúvio sob análise realmente ocorreu em 79 d.C, mais especificamente em 24 de agosto. Há, todavia, quem situe o evento em novembro.

O ano em que se verificou tal tragédia é um dado que, se não é do conhecimento geral, também não pode ser tido como de domínio exclusivo dos especialistas.

Por outro lado, o mesmo não pode ser dito quanto ao horário específico em que o vulcão iniciou suas atividades no dia em questão. […]

Recapitulando resumidamente […], o livro apresenta a seguinte sequência: i) o encontro de Públio Lentulus com Plínio Severus, antes do meio-dia; ii) a breve permanência de Plínio Severus na residência de Públio Lentulus; iii) a saída apressada de Plínio Severus para acompanhar o questor ao local das festividades; iv) a chegada de Plínio Severus ao anfiteatro; v) a erupção do Vesúvio. […]

O contexto geral, assim, aponta para a chegada de Plínio Severus à casa de Públio Lentulus antes do meio-dia e para a chegada do primeiro ao anfiteatro de Pompeia por volta de uma hora, momentos antes da erupção. […]

A informação sobre a hora de início da erupção do Vesúvio requer não apenas um conhecimento muito específico, porquanto registrada apenas na epístola de Plínio, o Jovem, destinada a Tácito, mas também porque requer conhecimentos especiais da cultura romana para decifrar que a referência à sétima hora diz respeito ao horário por volta de 13:00h.

Portanto, o trecho em destaque apresenta verossimilhança em cotejo com os registros históricos e aduz informações específicas típicas daquelas dominadas por especialistas.[…]

Sobre os pontos selecionados foi possível identificar fontes primárias e secundárias de pesquisa. [..]

Acerca de tais fontes, pode-se afirmar, em síntese, que se cuidam de obras desconhecidas ou inacessíveis ao público comum, sobretudo ao brasileiro, em razão da barreira linguística. São, também, obras que devem ser tidas por específicas e especiais, ou seja, trabalhos acessados e estudados por experts.

A necessidade de habilidades ou conhecimentos especiais para o domínio dos assuntos em tela pode ser aferida, por exemplo, pelo fato de que a carta de Plínio, o Jovem, consiste na única fonte histórica que aduz o horário em que o Vesúvio entrou em erupção. Note-se que se trata de um documento originalmente escrito em latim e que apresenta padrões de tempo segundo as convenções romanas. Como visto, somente por meio de estudos especializados é possível constatar que a referência à “sétima hora”, contida na epístola em tela, diz respeito ao horário entre meio-dia e uma hora da tarde.

 Comentário: Não, não é somente através de estudos especializados que se descobre o horário da erupção do Vesúvio, nem sequer existe a questão da “barreira lingüística”. Uma fonte que Spirito se esqueceu por completo de verificar é o livro “Herculanum”, que foi traduzido para o português por Manuel Quintão (várias vezes presidente da Federação Espírita Brasileira) e publicado em 1937, antes, portanto, da publicação de “Há Doi Mil Anos”, em 1939. O esquecimento de Spirito é inaceitável, uma vez que existe uma nota de rodapé da própria Editora que avisa para a similitude entre as obras.

Pois bem, em “Herculanum” é dito o ano e a hora em que a erupção se deu. Logo no 1º capítulo da obra, na primeira frase, é dito:

Era uma radiosa manhã primaveril, do ano da graça de 79 (832 de Roma). 

E no capítulo XV, intitulado “Os últimos momentos de Herculanum”, é dito:

Em casa de Semprônius, enquanto se atrelavam os carros, toda a família se reunia para o almoço das despedidas. 

Pouco tempo após o almoço ocorre a erupção. Xavier tinha assim condições de, sem qualquer conhecimento especializado, deduzir a hora da erupção.

Muitas outras semelhanças na narrativa existem nas duas obras, como a menção a festividades, a ida a um anfiteatro, e expressões raríssimas usadas, como “pirâmide de fumo”, o que, repete-se, a própria Editora constatou. [1] 

O Sr. Spirito ainda faz muito da menção de vilas em Pompéia, em especial, a “vila de Lentulus”:

Os registros históricos também confirmam o costume romano de associar as vilas ao nome de seu proprietário, como é o caso das conhecidas vila de Giulia Felice, a vila de Popeia, a vila de Diomedes, a vila de P. Fannius Synistor ou a vila de M. Fabius Rufus, donde se constata a verossimilhança da referência “vila de Lentulus” contida em “Há Dois Mil Anos” 

Comentário: Esse costume é claramente mencionado no livro “Herculanum”, logo no início do capítulo “Corações enlutados”:

À beira-mar, entre Nápoles e Pusoles, erguia-se a vasta e magnífica vila de Fabrícius Agripa, na qual se haviam refugiado a família e os amigos poupados à destruição de Herculânum. 

É triste ver que a pesquisa do Sr. Spirito foi conduzida apenas no intuito de reforçar sua própria crença na mediunidade de Chico Xavier.



[1] Ver este link.

1.083 respostas a “Refutação ao artigo “Incursões históricas sobre o livro “Há Dois Mil Anos” – A erupção do Vesúvio” de Marco Paulo Denucci Di Spirito (2013)”

  1. Marcos Arduin Diz:

    É o poder da fé, Vitor. O dito historiador aí quer acreditar que Há 2000 anos é um romance HISTÓRICO e não uma clara obra de ficção, sem qualquer apoio na realidade.
    .
    É como você, que acredita nas bobagens ditas para explicar os eventos ocorridos com a Ana Eva Fay e o Crookes. Essa madame aí, de acordo com o Polidoro, confessou TODOS os seus truques a Houdini, inclusive como enganou o Crookes.
    .
    E a estratégia de engano foi substituir uma mão pela dobra do joelho e assim teria feito TODOS os truques relatados lá no texto que Crookes publicou… Ela só fala disso. Nada diz sobre clipes, fios, resistor ou fita de pano molhada. No entanto, quando se vê que o lance da dobra do joelho é insuficiente para explicar o que consta no relatório, aí o sábios céticos recorrem a tais coisas para tapar os buracos.
    .
    Simples assim.

  2. Vitor Diz:

    Aeduin,
    diversas replicações mostraram ser possível que Crookes fosse enganado e a própria Anna Eva Fay era mágica e não retrucou Houdini quando da publicação do livro. Pelo contrário, chegou a acompanhá-lo em sua turnê, mostrando que ficou amiga dele. O relatório de Crookes é imprestável, ele sequer revistou Anna Fay. Não serve como evidência de um processo paranormal. Não vou mudar minha posição sobre o caso a menos que novas evidências surjam.

  3. Gorducho Diz:

    Confesso que não entendi o motivo da rubrica em tela. Qual é a controvérsia? Quem é que não sabe que a erupção foi avistada – segundo o único relato disponível, claro – na sétima hora do nono dia…??
     
    Nonum Kal. Septembres hora fere septima mater mea indicat ei apparere nubem inusitata et magnitudine et specie.

  4. Marcos Arduin Diz:

    Pois é, Vitor: é o que eu falei do PODER DA FÉ.
    .
    As replicações são mais imprestáveis do que o relatório do Crookes, pois NENHUMA replicou o que a médium de fato fez. No máximo mostraram que sim, seria possível substituir uma mão por uma dobra de joelho, mas isso não liberaria a médium para agir livremente pela biblioteca, já que os contatos estavam chumbados na parede.
    .
    A Fay NADA DISSE sobre clipes, fita molhada, fios, resistor, alçapão, cúmplice e, como você bem notou, NÃO DESMENTIU o livro do Houdini (nem sei se de fato ela o leu). Então se TUDO se resumiu a trocar uma mão por uma junta de joelho, o que o pessoal cético tem de fazer é só mostrar isso tornaria a fraude totalmente possível e, POR SI SÓ, explicaria TUDO o que Crookes relatou no seu relatório. Simples assim.
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    Já que você diz que isso FOI DEMONSTRADO, então por favor, apresente-me a tal demonstração, pois eu ainda não a vi.

  5. Toffo Diz:

    A discussão aqui é sobre Há 2000 Anos, não sobre Crookes. Daí desvia o assunto, e leva uma data pra voltar.
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    Essa polêmica é requentada, na minha opinião. O articulista volta-se a um livro publicado há quase 75 anos, contrariando todas as evidências surgidas ao longo desse tempo com as novas pesquisas e datações científicas. Ademais, acredito que seja um livro que provocou certo impacto na época, mas hoje é visto como entretenimento espírita, pelo leitor contemporâneo. Na verdade, a avalanche de romances espíritas dos últimos tempos, muitos deles passados em épocas históricas, vazados em linguagem mais simples e popular – em contraponto com as empoladas narrativas da pena de CX – acabou por esmaecer o vigor do romance.
    .
    Mas em relação especificamente a esse romance, recomendo a leitura de uma obra muitíssimo superior, fruto de um devotado estudo e pesquisa que se estendeu desde os anos 1920 e que é expressamente autointitulada ficção – ao contrário da obra de CX, que se pretende autêntica – e que se passa numa época um pouco posterior a A 2000 Anos, o século II. Refiro-me ao livro de Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano, um imaginário relato autobiográfico em que Yourcenar encarna o famoso imperador, tendo como pano de fundo o panorama da antiguidade romana maravilhosamente reconstruído. Essa obra foi lançada originalmente em 1951 em língua francesa e a tradução brasileira no início dos anos 1980, não sei se recebeu reedição aqui em Pindorama. Eu amei o livro, a despeito da linguagem elaborada (mas não preciosa como a de CX).

  6. Montalvão Diz:

    Marcos Arduin Diz: “É o poder da fé, Vitor. O dito historiador aí quer acreditar que Há 2000 anos é um romance HISTÓRICO e não uma clara obra de ficção, sem qualquer apoio na realidade.”
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    COMENTÁRIO: não só o Spirito, vários autores espíritas reputam à obra o epíteto de “histórica”, isso no óbvio almejo de legitimar a existência de Públio Lêntulo e,consequentemente, autenticar a entidade espiritual que Chico dizia acompanhá-lo onde quer que fosse, sob o pseudônimo de Emmanuel. Arduin, ao posicionar-se contrário a essa maré ingênua, parece reconhecer que Emmanuel fora apenas um alterego de Francisco. No entanto, pelo que entendi do pensamento desse nobre comentarista, a tese que defende é outra, e um tanto mais complicada: para ele, Emmanuel é figura real, apenas por motivos não claramente revelados não quis se dar a conhecer e assumiu uma falsa identidade. Nessa linha de pensamento, tudo pode ser concebido, desde que Emmanuel fosse um espírito sacana e inconfiável, ou um ente de luz movido por motivações nobres, embora não reveladas, até, como é o mais provável, mera dissociação da doentia mente do bondoso Xavier.
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    Marcos Arduin Diz: É como você, que acredita nas bobagens ditas para explicar os eventos ocorridos com a Ana Eva Fay e o Crookes. Essa madame aí, de acordo com o Polidoro, confessou TODOS os seus truques a Houdini, inclusive como enganou o Crookes.
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    COMENTÁRIO: admirável é como Arduin consegue trazer qualquer discussão mediúnica para Crookes e para o pobre Polidoro, a quem parece considerar indivíduo a ser tenazmente caçado, como se esse autor fosse o único denunciador das fragilidades do trabalho de William Crookes na investigação espiritualista. No belo cérebro arduínico, assim me parece, se demonstrar que Polidoro falhou na apreciação que fez, William Crookes despontará como o grande arauto das materializações de espíritos, seguido de Richet. em suma, Arduin advoga que entes espirituais são capazes de construírem e usarem um corpo material inteirinho, com órgãos funcionantes e tudo o mais, sem atinar para o nonsense da ideia. E como consegue defender tão exótica conjetura? Recorrendo a experiências realizadas em mil oitocentos e deus-nos-acuda, que hoje não mais podem ser replicadas, e nem descritivamente são isentas de equívocos.
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    Esse Arduin…

  7. Toffo Diz:

    São as chamadas teorias “ad hoc” (para isso), que não explicam nada, antes justificam um fato que não tem comprovação empírica, como disse o Montalvão: Emmanuel [seja] um espírito sacana e inconfiável, ou um ente de luz movido por motivações nobres, embora não reveladas, até, como é o mais provável, mera dissociação da doentia mente do bondoso Xavier.
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    A questão é que, independentemente dos detalhes, como é o caso aqui da destruição de Pompeia no dia do meu aniversário, 24 de agosto (sou poderoso, não?), o romance HDMA padece de tal conjunto de inconsistências históricas, fáticas, sociais e políticas que fazem com que, mesmo admitindo-se a existência do espírito que se assina Emmanuel, e que seja dele a autoria do livro, não deixe de carrear um travo de constrangimento à narrativa, e dar-lhe um caráter meia-boca em termos de compreensão da época. Em outras palavras, se foi mesmo Emmanuel que ditou o livro, ele deu a si mesmo a pecha de incompetente.

  8. Sanchez Diz:

    O romance “Há dois mil anos” mostrou-se não histórico pelas exposição da palestra de Lair Amaro Faria?
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    http://obraspsicografadas.org/2011/historiador-da-ufrj-lair-amaro-revela-absurdos-em-diversos-livros-psicografados/
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  9. Marciano Diz:

    Ao menos um espírito parece que existe, esse tal Spirito, pena que seja avesso à verdade. E de carne e osso.
    “Credere nil sapiens amat, omnia credere simplex; scilicet hic aliis credulus, ille sibi” (Ao sábio agrada não acreditar em nada, ao homem simples, acreditar em tudo; este acredita nos outros, aquele acredita em si.).

  10. Montalvão Diz:

    TOFFO DIZ: São as chamadas teorias “ad hoc” (para isso), que não explicam nada, antes justificam um fato que não tem comprovação empírica […] O romance HDMA padece de tal conjunto de inconsistências históricas, fáticas, sociais e políticas que fazem com que, mesmo admitindo-se a existência do espírito que se assina Emmanuel, […] ele deu a si mesmo a pecha de incompetente.
    .
    COMENTÁRIO: em suma: se correr o bicho pega, se ficar o bicho nhac!
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    Parabéns Toffo, embora atrasado. Eu aniversario manhana, então tem tempo de sobra para comprar o presente…

  11. Marcos Arduin Diz:

    Malvadão, eu não ligo a mínima para quem seja de fato Emmanuel. A sua afirmativa de que pode ser uma dissociação da mente do Chico é perfeitamente plausível, já que o próprio Emmanuel teria dito o médium que se ele ensinasse algo distinto de Kardec, então Chico deveria renegá-lo. Mas Emmanuel assinou textos através do Chico que contradiziam Kardec, dando apoio às absurdas teses rustenistas… Ora, se Chico era rustenista…
    .
    A hipótese de algum espírito mistificador, ou de vários espíritos se passando por Emmanuel, é outra coisa a se considerar, mas só diz respeito aos espiritas.
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    Quanto ao Crookes, só o citei em vista da ação do poder da fé, que é o caso dos espíritas que querem ver no Há 2000 anos a descrição de uma história real e do mesmo efeito que tem na mente dos negativistas do Crookes, como é o caso do Vitor, de você e mais alguns outros por aí.
    Fragilidades do trabalho de Crookes… Eu ainda estou no aguardo da apresentação dessas fragilidades e não tenho esperanças de vê-las sendo apresentadas. Veja só o que o Vitor diz: apenas pelo fato de Crookes não haver revistado a médium, isso INUTILIZOU todo o trabalho que fez com ela. Nossa! Que argumento! Ele não revistou pois não achou que precisasse. Entendia que o galvanômetro oferecia um controle seguro, já que não havia como a médium burlá-lo.
    .
    Nenhuma demonstração foi apresentada neste sentido. Como já disse alhures, o máximo que puderam demonstrar é que pode substituir uma mão por um joelho, mas disto nada sai que explique o que os pesquisadores viram. Só que o Vitor já fica contente com isso, pois a Ana Fay não desmentiu o Houdini. É o poder da fé que nos faz ficar contentes com pouca porcaria.

  12. guto Diz:

    CARA, VC GANHA DINHEIRO COMO??? A INTERNET É UMA FONTE DE RENDA??? QUER SER FAMOSO??? QUER SER O CARA QUE REVELOU AO MUNDO A FARSA DO CHICO XAVIER???

  13. Vitor Diz:

    Guto,
    por incrível que pareça, eu ganho dinheiro trabalhando. A internet é uma fonte de renda para quem sabe usá-la, eu infelizmente não tenho o tino de um Felipe Neto. Busco fazer um trabalho de qualidade, se eu for reconhecido por isso, ótimo. Quanto à sua última pergunta, outros já haviam revelado a farsa de Chico, eu não sou pioneiro nisso.

  14. guto Diz:

    Pelo que eu percebo, não existe uma pesquisa, mas um trabalho voltado ao ceticismo/ateísmo a qualquer custo!!! Escrevi num outro post coisas grosseiras, perdoe-me, por favor!!! Abraço e Paz e Amor!!!

  15. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    01 – “Ele não revistou pois não achou que precisasse. ”
    .
    Pois é. Ele estava errado nisso. Isso é uma fragilidade.
    .
    02 – “Entendia que o galvanômetro oferecia um controle seguro, já que não havia como a médium burlá-lo.”
    .
    E foi demonstrado que havia formas de burlá-lo, daí a fragilidade.
    .
    03 – “Como já disse alhures, o máximo que puderam demonstrar é que pode substituir uma mão por um joelho, mas disto nada sai que explique o que os pesquisadores viram.”
    .
    Explica sim, veja:
    .
    Uma segunda experiência então foi executada para repetir as condições dos testes de 1874 com Florence Cook. As manivelas foram desparafusadas do assento e usadas como eletrodos livres em fios metálicos flexíveis. Sendo assim, será conveniente se referir a elas como eletrodos ao se discutir os testes com Florence. Não tendo nenhuma fita elástica para mantê-los presos aos meus pulsos, eu simplesmente segurei um eletrodo em cada mão e ajustei a deflexão do galvanômetro para mais ou menos 40 cm como antes. Então coloquei ambos os eletrodos sucessivamente dentro das minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres sem produzir quaisquer grandes mudanças na escala do galvanômetro. As mesmas precauções tinham, porém, de ser tomadas para manter um contato firme até que eu tivesse pressionado os eletrodos firmemente entre as minhas meias e tornozelos. Os fios não eram longos o bastante para permitir que eu caminhasse, mas movimentei os meus pés de cima para baixo sem produzir muito movimento na escala do galvanômetro.
    Pode haver pouca dúvida, portanto, de que a nota de rodapé explicativa escrita por Houdini em 1924 (pág. 102) de que, em 1874, Florence poderia ter tirado de um pulso um dos eletrodos que consistiam em um soberano de ouro e de papel mata-borrão embebido em solução salina e o segurado debaixo de seu joelho está substancialmente correta. Existem várias possibilidades. Ela poderia tê-lo prendido debaixo de seu joelho enquanto sentada ou poderia tê-lo colocado no alto da meia-calça embaixo da liga elástica usada normalmente naqueles dias. De fato, ela podia ter prendido ambos os eletrodos na parte de cima da meia-calça de ambas as pernas, deixando suas mãos completamente livres e então dar alguns passos além da abertura do gabinete até a extensão máxima dos fios de conexão, que se arrastariam no chão, longe da vista das testemunhas. Nas ocasiões em que ela tivesse ambos os eletrodos presos em seus pulsos por fios elásticos e quando ela de repente quisesse libertar uma mão, tudo que teria de fazer seria remover o eletrodo daquele pulso com a outra mão e segurá-lo em seus dedos ou prendê-lo na curva de seu braço. O vestido de mangas curtas que ela aparece vestindo na fotografia, Chapa 3, teria facilitado isto. Ao repetir este truque de substituição, é surpreendente o quão rápido ele pode ser executado sem produzir muita deflexão do galvanômetro, mas a superfície da pele tem que estar bem molhada com uma solução salina forte.
    Semelhantemente, quando em 1875 a Sra. Fay viu-se diante de manivelas de metal ‘pregadas agora mais separadamente’, ela poderia ter empregado qualquer um de vários truques para conseguir libertar uma ou ambas as mãos e acenar em qualquer lado do gabinete ou pegar e em seguida entregar objetos para os assistentes (pág. 98). Ela poderia ter empregado a manobra do braço deslizante descrita acima ou não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional. Eu consegui fazer isto com sucesso, mas não é fácil.
    Alternativamente, ela poderia ter escondido uma fita comprida em seu vestido, embebida em solução salina ao mesmo tempo em que ela molhava as suas mãos (pág. 97) e quando deixada só na escuridão, ela poderia ter amarrado a fita de uma manivela até a outra sem quebrar a continuidade do circuito, e então livrar ambas as mãos. Este truque pode ser fácil e convincentemente repetido, mas a fita deve ser larga ou dobrada e a solução salina forte. Mesmo com as manivelas separadas por 60 centímetros, não existe nenhuma grande dificuldade em fazer este truque sem grandes oscilações no galvanômetro.
    Tanto a Florence Cook quanto evidentemente à Sra. Fay não faltavam coragem nem iniciativa para empregar alguma manobra visando vencer os testes de Varley e conseguir libertar suas mãos. É uma pergunta em aberto se cada uma delas inventou um método próprio ou se receberam alguma instrução de como poderiam fazê-lo. É significativo que, nos testes de 1875 com a Sra. Fay, apenas pequenos movimentos na escala do galvanômetro foram registrados, e é bastante difícil evitar a conclusão de que como resultado das experiências com Florence em 1874, alguém, talvez o hipotético ‘namorado’ (pág. 172), realizou experimentos para achar as melhores condições para vencer o teste de continuidade e, seja diretamente ou através de Florence, dizer à Sra. Fay como fazer isto.
    Não seria muito correto dizer que se a médium largasse as manivelas por um instante sequer o marcador do galvanômetro retornaria imediatamente para o zero. O período de tempo comparativamente longo do sistema suspenso retardaria o retorno pela fração apreciável de um segundo. Quando eu tentei a experiência no museu, onde o período do galvanômetro era de quatro segundos, um circuito aberto momentaneamente só produziu uma excursão pequena do marcador. Se as leituras da escala registradas forem consideradas como dados médios estimados de um marcador oscilando continuamente, que é o que muitos delas sugerem, é mais do que provável que mudanças momentâneas na corrente devido a movimentos rápidos das mãos da médium seriam completamente mascaradas. Eu também descobri, tanto no museu quanto em experiências subsequentes, que quando o circuito era completado através de meu antebraço e mão cobrindo ambas as manivelas, o ato de segurar a segunda manivela com a minha mão livre não produziu uma deflexão correspondentemente grande do marcador devido ao caminho paralelo através de meu corpo como seria de se esperar. A resistência ôhmica entre quaisquer dois pontos no corpo parece ser quase a mesma e grande comparada com a mão que controla a resistência se a solução salina é forte, de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.

    .
    Caso Crookes encerrado.

  16. Vitor Diz:

    Guto,
    como você diz que não existe pesquisa? Só a consulta de possíveis fontes alternativas dá um trabalho enorme de pesquisa. Busca-se com isso identificar a possibilidade de plágio. Todas as explicações alternativas precisam ser examinadas.

  17. GUTO Diz:

    Vitor, sábio é o homem que vê o mundo através da lente do AMOR!!! Amor este ensinado de forma magnífica por Jesus Cristo. Que oferece a outra face a quem lhe agride. Que perdoe as ofensas recebidas. Que busca transformar todos os seres humanos em irmãos. O bem que alguns fazem parece que é agressão para outros, pois, se for divulgado e propagado pelo mundo, colocará tal pessoa e sua crença em destaque. E, se essa crença for contrária a minha, devo procurar combater essas pessoas! Denunciá-las como farsantes, santos do pau oco e tudo de ruim, pois assim, as pessoas não mais as respeitarão e admirarão. É um trabalho feio e sujo, pois a maioria dessas pessoas não estão mais entre nós para poder, no mínimo, apresentar as suas defesas!!! Valeu!

  18. Vitor Diz:

    Oi, Guto
    e daí que não estejam mais entre nós? A verdade precisa vir à tona, mais cedo ou mais tarde. Eu busco melhorar a sociedade tornando-a mais crítica contra vigaristas. Você acha esse um trabalho feio e sujo?

  19. GUTO Diz:

    Quando ele é feito com TOTAL ISENÇÃO DE ÂNIMO, não, não acho!!! O fato é quando o trabalho é feito com o interesse de ratificar uma linha de pensamento através de pesquisas forjadas por pessoas que tinham o TOTAL INTERESSE em destruir o teísmo e as religiões. Assim, o trabalho é leviano feio e sujo. Onde está a “VERDADE” que se diz querer conhecer???

  20. GUTO Diz:

    forjada não é literal, no sentido de inventar, mas de trabalhar, só isso. Sem essa definição estaria julgando sem provas!!!

  21. Montalvão Diz:

    Arduin,
    .
    Não tenho qualquer reserva de antipatia por Crookes, ao contrário, desejava que ele tivesse comprovado as materializações com igual eficiência qual fez no trabalho de cientista. O que me admira é que você seja um dos poucos esclarecidos (não falo dos ingênuos que aceitam qualquer historietazinha que confirme crenças como a mais pura realidade, pois não o alinho com esses) que não percebe que a investigação de Crookes é, dizendo o mínimo dos mínimos, insuficiente para demonstrar que entes sem carnes se vistam delas e desfilem ante olhares enlevados dos crentes. Argumentos suficientes sobre essa limitação foram postados aqui e em outros sítios várias vezes, desnecessário repetí-los. Porém, tentarei tirar um tempinho para compilar essas conversas, só para confrontá-lo com sua rabugenta teimosia em admitir os fatos.
    .
    Se não consegue vislumbrar fraquezas na parte interna do trabalho de Crookes, olhe o entorno dele e verá cristalinamente que nenhum saber produtivo essas imaginadas materializações produziram. E o que é que esse quadro infértil lhe diz?
    .
    Outra coisa: você acha que Houdini teria comido a Fay? Falo não no sentido canibalístico do termo…
    .
    Saudações eróticas

  22. Montalvão Diz:

    GUTO DIZ: Vitor, sábio é o homem que vê o mundo através da lente do AMOR!!! Amor este ensinado de forma magnífica por Jesus Cristo. Que oferece a outra face a quem lhe agride. Que perdoe as ofensas recebidas. Que busca transformar todos os seres humanos em irmãos. O bem que alguns fazem parece que é agressão para outros, pois, se for divulgado e propagado pelo mundo, colocará tal pessoa e sua crença em destaque. E, se essa crença for contrária a minha, devo procurar combater essas pessoas! Denunciá-las como farsantes, santos do pau oco e tudo de ruim, pois assim, as pessoas não mais as respeitarão e admirarão.
    .
    COMENTÁRIO: Vitor, abra seu coração, entregue-se à força cósmica e deixe de se dedicar a tais fuxicos de legitimidades. Deixe cada um crer no que quiser, e todos seremos felizes. Garanto de que dentro de cem anos nenhum de nós estará vivo, mas o amor este permanece. Ame a todos e por todos serás amado, e se levardes tirambaço dum insano, lembre-se: é tiro amoroso!
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    Ouça o profeta Gu que aqui veio retirar-lhe a trave de seus olhos, para que finalmente sejas destravado. Entenda que aprender e se esclarecer é pra jacu, importa amar e dar o… melhor de si…
    .
    Saudações neófitas

  23. Toffo Diz:

    Herculanum é um romance atribuído ao Conde Rochester, sedizente autor espiritual de uma porção de obras fantásticas (A Vingança do Judeu, Romance de uma Rainha, Abadia dos Beneditinos, O Faraó Mernephtah, A Lenda do Castelo de Montinhoso, etc), escritos pela médium russa Wera Krijanowskaya. Eu li vários na minha adolescência, atraído pelo fantástico como sempre fui (Edgar Allan Poe, Hoffmann, Guy de Maupassant etc) e posso dizer que esses livros são narrativas eletrizantes, com muita ação, aventuras, mortes, romances secretos, castelos sombrios com passagens secretas, e assim por diante. Não li Herculanum e confesso que não lembrava que CX pudesse ter tido acesso a ele. No entanto eu sei, porque VI CX COMENTANDO, que ele era grandíssimo fã de Rochester. Nessa época de minha adolescência, me lembro que minha mãe leu “Romance de uma Rainha” e passou mal, tinha pesadelos todas as noites, e CX lhe assegurou que ela tinha participado de todas as ações que havia no livro. No fim do livro, o personagem principal, o bruxo, morre e se transforma num vampiro. CX garantiu à minha mãe que vampiros existem, mas que o fato devia ser mantido em segredo, porque quem dissesse que existissem seria considerado “visionário” (o termo que ele usou). É claro que a minha mãe acreditou piamente em tudo o que ele disse. Eu com meus 14, 15 anos ouvi isso e, mesmo na minha ingenuidade, achei meio esquisito tudo isso. Na mesma época, vendo o que acontecia com ela, eu li o livro. Achei um excelente passatempo, nada mais. Esse fato que narro aqui mostra o quão CX era capaz de fazer amigos e influenciar pessoas, botando-lhes minhocas na cabeça por toda a vida. Se ele enganou minha mãe, que não costumava ser boba, imagine quantos mais ele enganou.

  24. Toffo Diz:

    Obs: “Romance de uma Rainha” se passa no antigo Egito na época da rainha Hatshepsut (18ª Dinastia), ca. 1500 AC.

  25. Gorducho Diz:

    A Hatshepsut não foi uma retroencarnação do CX?
     
    Tentei ler esse Herculanum mas não consegui online.

  26. GUTO Diz:

    Sabe o que vejo aqui. Pessoas que estão em busca no nada. Esse mundo não lhe dará nada além do pó que virarás. Ah! Quero ser esclarecido, sabedor de todas as coisas!!! E aí? No final o que isso lhe trouxe de bom? Ninguém me enganou!!! Ninguém me enganou!!! Descobri as farsas das pessoas e que todos são um bando de safados!!! Ok! Cada um segue o que dá MAIS FELICIDADE!!! Se para vc é nisso que ela está, que bom!!! Seja feliz

  27. GUTO Diz:

    Meu caro Montalvão, se vc me der testemunhos reais de que as pessoas que se empenharam tanto em verificar as possíveis falhas nas outras pessoas, ditas como “santas”, foram melhores do que elas, moralmente falando, eu retiro o que disse. Aliás, o que MORAL??? Ela faz parte do seu dia-a-dia. Ela é relativizada, de vez em quando, ou a sua conduta é sempre reta? Hum!!! Esse papo é furado, né?!?!? Chato!!!!!! Prefiro enxergar os problemas alheios, pois o meu dá muito mais TRABALHO!!! Ah!!! Incomoda também, pois assim, vejo quem realmente sou!!! Ah!!! O profeta de novo!!! Rsrsrs. Chaaaaato! RSRSRSRSRS! Valeu.

  28. Toffo Diz:

    Hã??

  29. GUTO Diz:

    Já escrevi para alguns ateus e percebo que eles estão “vagando” no mundo sem direção. Vivem como se fosse em sobrevivência eterna. A felicidade está nos prazeres que eles podem ter. Sexo e dinheiro são as duas palavras principais. O triste disso está em ver que é certo que serão infelizes, pois a “felicidade” que essas coisas lhe dão é FUGAZ!!! Tem prazo para acabar!!! É como o viciado em DROGA. Sempre precisarão correr atrás de um pouco mais, um pouco mais, um pouco mais, um pouco mais, um pouco mais … cansei!!! No dia seguinte, um pouco mais, um pouco mais, um pouco mais, um pouco mais, um pouco mais … cansei!!! É isso, valeu SENHORES DETETIVES DO UNIVERSO!!!

  30. Marcos Arduin Diz:

    01 – “Ele não revistou pois não achou que precisasse. ”
    Pois é. Ele estava errado nisso. Isso é uma fragilidade.
    – A suposta fragilidade, seria se ele desconfiasse que a dita médium pudesse ter algum recurso que lhe permitisse burlar o galvanômetro. Só que temos aqui alguns problemas: tudo isso era do conhecimento de cientistas e não do público comum, ou seja, não é de se esperar que a Eva Fay soubesse o que fazer para burlar o engenho. O próprio Crookes e seus colegas tentaram e viram que não tinha jeito. Qualquer tentativa, destas que já foram aventadas pelo pessoal cético, denunciaria a fraude.
    .
    02 – “Entendia que o galvanômetro oferecia um controle seguro, já que não havia como a médium burlá-lo.”
    E foi demonstrado que havia formas de burlá-lo, daí a fragilidade.
    – Não foi. Tudo o que apresentaram até agora NÃO EXPLICA os resultados observados. Se o Brookesmith ou o Stephenson dizem que “uma fita molhada fecharia o circuito”, você ACREDITA PIAMENTE, sem perguntar se isso de fato funcionaria (é a credulidade causada pelo poder da fé). Agora os colegas do Crookes perceberam essa possibilidade e tentaram usar um lenço molhado para simular essa fraude e FRACASSARAM, pois não conseguiam obter o valor da resistência do corpo humano na bamba: era preciso que Crookes lhes cantasse a leitura do galvanômetro. Isso demonstra a inviabilidade dessa fraude, mas neles você não acredita, né? Tal experimento, feito NA OCASIÃO, prejudica a sua fé nesse método de fraude, certo?
    .
    03 – “Como já disse alhures, o máximo que puderam demonstrar é que pode substituir uma mão por um joelho, mas disto nada sai que explique o que os pesquisadores viram.”
    .
    Explica sim, veja:
    .
    “Uma segunda experiência então foi executada para repetir as condições dos testes de 1874 com Florence Cook. As manivelas foram desparafusadas do assento e usadas como eletrodos livres em fios metálicos flexíveis.”
    – Olha aí a piada. Veja bem, Vitor, como você acredita em QUALQUER BOBAGEM, desde que endosse a sua fé na falência experimental do Crookes. Então o Brookesmith aí, que deu todas as pintas de fazer um experimento TODO IMPROVISADO, usou… fios FLEXÍVEIS. Mas Crookes teria usado fios flexíveis? Eles eram comuns em sua época? Ao menos nisso o Stephenson foi mais honesto. Ele usou fios flexíveis e viu que o “médium” podia até fazer flexões de braços que isso não afetava a leitura. Mas quando repetiu isso com fios maciços, que não têm a mesma flexibilidade a curta distância como os de cobre industriais flexíveis, aí a coisa já complicava muito…
    .
    “Sendo assim, será conveniente se referir a elas como eletrodos ao se discutir os testes com Florence. Não tendo nenhuma fita elástica para mantê-los presos aos meus pulsos,”
    – Como eu disse, o cara nem PLANEJOU o experimento. Foi fazendo-o de qualquer jeito. Nem elásticos, que podem ser comprados em qualquer papelaria, ele arranjou. Só mesmo você para achar que esse cara fez um experimento sério…
    .
    “Os fios não eram longos o bastante para permitir que eu caminhasse, mas movimentei os meus pés de cima para baixo sem produzir muito movimento na escala do galvanômetro.”
    – Como se vê, ele nem pesquisou nada, nem planejou nada para obter coisas comuns NA ÉPOCA, nem simular exatamente como se teria sido feito nos experimentos registrados. Nisso ao menos eu respeito o Stephenson.
    .
    “Pode haver pouca dúvida, portanto, de que a nota de rodapé explicativa escrita por Houdini em 1924 (pág. 102) de que, em 1874, Florence poderia ter tirado de um pulso um dos eletrodos que consistiam em um soberano de ouro e de papel mata-borrão embebido em solução salina e o segurado debaixo de seu joelho está substancialmente correta.”
    – Com um experimento improvisado e porcaria e com a nota de rodapé de um MENTIROSO, só mesmo um cético sábio, culto, racional e inteligente para levar isso a sério.
    .
    “Existem várias possibilidades. Ela poderia tê-lo prendido debaixo de seu joelho enquanto sentada ou poderia tê-lo colocado no alto da meia-calça embaixo da liga elástica usada normalmente naqueles dias.”
    – No experimento do Stephenson, notei essa falha. Ele colocou mataborrões embebidos na solução salina entre dois contatos e a queda na indicação só ocorreu quando estavam quase secos. Teoricamente, isso desmentia a hipótese chutada pelo Varley, de que a constante queda que ele notava seria devido ao fato de os mataborrões estarem secando. O Stephenson deveria ter montado o mesmo sistema do Varley e ir secando os mataborrões em contato com a pele do “médium” com secadores de cabelo e aí verificar se haveria queda na leitura ou não. Mas isso ele não fez.
    E o babacão do Brookesmith nem sequer tentou nada parecido: só SUPÔS que se poderia ter feito isso ou aquilo. Se a hipótese de Varley estiver certa, então os mataborrões, em contato com o tecido das meias calças, secariam rapidamente e haveria uma forte e inexplicável queda na leitura do galvanômetro. Além disso tem toda a palhaçada de não ter ele montado a coisa como foi feita na ocasião. Com fios soltos e flexíveis, sem nada em perigo de desmoronar, explicam-se os resultados bobos do Brookesmith.
    .
    “e então dar alguns passos além da abertura do gabinete até a extensão máxima dos fios de conexão, que se arrastariam no chão, longe da vista das testemunhas.”
    _ Mas não dos pés da médium. Se as testemunhas não podiam vê-los, a médium, com aquela saiona, menos ainda. Não havia perigo de pisar em cima deles e romper o contato? Pensar nisso é proibido pela comunidade cética. Certo?
    .
    “tudo que teria de fazer seria remover o eletrodo daquele pulso com a outra mão e segurá-lo em seus dedos ou prendê-lo na curva de seu braço. O vestido de mangas curtas que ela aparece vestindo na fotografia, Chapa 3, teria facilitado isto. Ao repetir este truque de substituição, é surpreendente o quão rápido ele pode ser executado sem produzir muita deflexão do galvanômetro, mas a superfície da pele tem que estar bem molhada com uma solução salina forte.”
    – Outra piada na qual só um cético sábio consegue crer. Qual a chance de ela fazer isso sem desmoronar o precário arranjo feito? Ah! A pele tem de estar BEM MOLHADA e a SOLUÇÃO SALINA FORTE? Então ela também teria de ter consigo um frasco com a dita solução… Por que ele não foi mencionado? E como é que ela saberia disso tudo?
    .
    “Semelhantemente, quando em 1875 a Sra. Fay viu-se diante de manivelas de metal ‘pregadas agora mais separadamente’, ela poderia ter empregado qualquer um de vários truques para conseguir libertar uma ou ambas as mãos e acenar em qualquer lado do gabinete”
    – Ô babacão Brookesmith, só daria para ela acenar para UM LADO da porta, pois o outro estava além da medida do braço da madame. E não foi só acenar o que ela fez não.
    .
    “ou pegar e em seguida entregar objetos para os assistentes (pág. 98). Ela poderia ter empregado a manobra do braço deslizante descrita acima ou não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional. Eu consegui fazer isto com sucesso, mas não é fácil.”
    – Ah! Você conseguiu fazer isso? E conseguiu PERCORRER os corredores da biblioteca e achar livros no escuro e destrancar uma escrivaninha com fechadura de segredo, tirar um cinzeiro de lá, com tal recurso? Faça-me um favor, Vitor, diga-me POR QUE você acredita nisso. E não vou aceitar como resposta: _ Porque o Brookesmith disse.
    .
    “Alternativamente, ela poderia ter escondido uma fita comprida em seu vestido, embebida em solução salina ao mesmo tempo em que ela molhava as suas mãos (pág. 97) e quando deixada só na escuridão, ela poderia ter amarrado a fita de uma manivela até a outra sem quebrar a continuidade do circuito, e então livrar ambas as mãos.”
    – Tá só faltando uma coisa: garantir que essa fita produziria exatamente a mesma declinação e corrente que o corpo da madame. Lembre-se que antes de todos saírem, isso foi medido. E aproveite para explicar como ela conseguiu isso e os colegas de Crookes, não.
    .
    “Este truque pode ser fácil e convincentemente repetido, mas a fita deve ser larga ou dobrada e a solução salina forte. Mesmo com as manivelas separadas por 60 centímetros, não existe nenhuma grande dificuldade em fazer este truque sem grandes oscilações no galvanômetro.”
    – E você fez isso, babacão? Então por que não nos contou como é que se consegue isso na bamba? E por que com você não houve oscilações e com os colegas do Crookes houve? Será que depois de 90 anos de fabricação e 45 de desuso, o galvanômetro já não estava prestando mais?
    .
    “Tanto a Florence Cook quanto evidentemente à Sra. Fay não faltavam coragem nem iniciativa para empregar alguma manobra visando vencer os testes de Varley e conseguir libertar suas mãos. É uma pergunta em aberto se cada uma delas inventou um método próprio ou se receberam alguma instrução de como poderiam fazê-lo.”
    – Impossível inventar esses métodos se não conhecessem o mecanismo da coisa. E pra piorar, os sábios céticos de hoje NÃO CONSEGUIRAM inventar método algum que burlasse o galvanômetro, servindo-se dos recursos da época.
    .
    “É significativo que, nos testes de 1875 com a Sra. Fay, apenas pequenos movimentos na escala do galvanômetro foram registrados, e é bastante difícil evitar a conclusão de que como resultado das experiências com Florence em 1874, alguém, talvez o hipotético ‘namorado’ (pág. 172), realizou experimentos para achar as melhores condições para vencer o teste de continuidade e, seja diretamente ou através de Florence, dizer à Sra. Fay como fazer isto.”
    – Quem é o namorado?
    .
    “Não seria muito correto dizer que se a médium largasse as manivelas por um instante sequer o marcador do galvanômetro retornaria imediatamente para o zero. O período de tempo comparativamente longo do sistema suspenso retardaria o retorno pela fração apreciável de um segundo. Quando eu tentei a experiência no museu, onde o período do galvanômetro era de quatro segundos, um circuito aberto momentaneamente só produziu uma excursão pequena do marcador. Se as leituras da escala registradas forem consideradas como dados médios estimados de um marcador oscilando continuamente, que é o que muitos delas sugerem, é mais do que provável que mudanças momentâneas na corrente devido a movimentos rápidos das mãos da médium seriam completamente mascaradas.”
    – Aventei a hipótese de este galvanômetro já não funcionar bem devido à velhice. Mas por que Crookes e os outros mentiriam sobre isso? No máximo, tal declaração apavoraria o médium, que se sentiria muito inseguro para tentar uma fraude, largando o contato ainda que por um instante…
    .
    “Eu também descobri, tanto no museu quanto em experiências subsequentes, que quando o circuito era completado através de meu antebraço e mão cobrindo ambas as manivelas, o ato de segurar a segunda manivela com a minha mão livre não produziu uma deflexão correspondentemente grande do marcador devido ao caminho paralelo através de meu corpo como seria de se esperar. A resistência ôhmica entre quaisquer dois pontos no corpo parece ser quase a mesma e grande comparada com a mão que controla a resistência se a solução salina é forte, de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.”
    – Nenhum desses truques permitiram à médium afastar-se da parede e percorrer a biblioteca, nem fazer aparecer um fantasma, que foi visto por uma testemunha que ENTROU na biblioteca. Como se pode ver, as explicações céticas exigem, além de MUITA FÉ, varrer para baixo do tapete as informações inconvenientes.
    .
    Caso Crookes encerrado.
    – Dessa maneira, com muita mentira e malabarismo, é muito fácil encerrá-lo.

  31. Gorducho Diz:

    De qualquer maneira o Sr., Professor, concordará que se foram verdadeiras as materializações, ficou desprovada a hipótese do “ectoplasma”, certo? Cedendo o médium matéria teria o galvanômetro registrar aumento ou diminuição na resistência do médium.
    Sim, eu sei que o ectoplasma é história do Richet, posterior.

  32. GUTO Diz:

    Caro Vitor, se me permite dar uma sugestão, aqui vai. Por que vc não faz uma pesquisa sobre os doutores da alegria. Eles estão nos hospitais fazendo um trabalho de alto valor, de doação e amor ao próximo. Eles têm muitas histórias sobre vida, morte, fé, felicidade e caridade!!! Vale a pena. Abraço e Paz e Amor para vc. Valeu.

  33. Sanchez Diz:

    Esse post vai dar o que falar.

  34. ary Diz:

    e então voltamos a nossa programação normal……(até que enfim voltou a se falar do principal personagem… CX. ë isso dá audiência…..Acorda Vitor)

  35. GUTO Diz:

    Tolo é o homem que acredita estar o mundo na fase das revelações. Que a ciência revelará tudo, incluindo a inexistência de Deus. Que o saber humano está tão avançado que pode, com todo a CERTEZA, ridicularizar o pensamento de que tudo é obra de um ser supremo (a teoria criacionista), criador de todas as coisas. Só o homem ensobercido (não sei se está certo) afirma aquilo que não pode ser afirmado, ou seja, que não existe Deus!!! Esse homem, pelo orgulho, rejeita a própria lógica afirmando o que não foi provado. Desta forma, não havendo provas contra o réu (Deus), este é inocente por falta de provas. Há quem diga que por incompetência dos cientistas!!! Pode ser!?!?!? O futuro revelará que sim ou que não! Quem sabe? Rsrsrsrs Olha o trocadilho no “Quem sabe?” – Perceberão??? Rsrsrsrs!!!

  36. GUTO Diz:

    onde se lê estar = está; e
    Perceberão = Perceberam. O Aurélio ligou pra mim para avisar!!! Rsrsrs!

  37. Marcos Arduin Diz:

    Balofo, o que tem uma coisa a ver com outra? Por que uma autêntica materialização invalidaria o ectoplasma?

  38. Vitor Diz:

    Oi, Arduin,
    comentando:
    01 – “tudo isso era do conhecimento de cientistas e não do público comum, ou seja, não é de se esperar que a Eva Fay soubesse o que fazer para burlar o engenho.”
    .
    Isso foi planamente respondido pelo Brookes-Smith: “é bastante difícil evitar a conclusão de que como resultado das experiências com Florence em 1874, alguém, talvez o hipotético ‘namorado’ (pág. 172), realizou experimentos para achar as melhores condições para vencer o teste de continuidade e, seja diretamente ou através de Florence, dizer à Sra. Fay como fazer isto.”
    .
    Quanto ao ‘namorado’, é dito: “Esse ‘namorado’ hipotético pode bem ter sido Crookes; mas pode igualmente ter sido algum outro membro de seu círculo (se havia tal) com os conhecimentos e técnicas necessários.”
    .
    02 – “O próprio Crookes e seus colegas tentaram e viram que não tinha jeito. Qualquer tentativa, destas que já foram aventadas pelo pessoal cético, denunciaria a fraude.”
    .
    Errado. As tentativas de Crookes e seus colegas possuem uma falha grotesca. Lá é dito:
    .
    “Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram tudo o que foi possível, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Em meio a uma série de ajustes cuidadosos, eles me consultavam sobre a quantidade de deflexão que havia sido produzida no galvanômetro, de modo que com o tempo obtiveram uma quantidade de resistência equivalente a de um corpo humano. Porém, isto não teria sido possível sem as informações do galvanômetro, que indicava violentas oscilações do raio de luz e denunciava que eles estavam tentando restabelecer um novo contato através de algum tipo de truque. Após a sugestão de um deles, e para prevenir futuros erros, as manivelas de metal foram fixadas bem distantes uma da outra. Feito isso, ele expressou estar satisfeito, pois sabia que nem ele mesmo, nem qualquer outra pessoa poderia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.”
    .
    Qual o problema então? O problema é que nem Crookes nem seus colegas molharam as próprias mãos na solução salina. Eles ficaram tentando acertar a resistência de um corpo humano a esmo. Só que não foi isso que Fay fez. Ela colocou as próprias mãos e o lenço que ela trazia escondido na roupa na solução salina. Assim tanto ela quanto o lenço ficaram com as mesmas propriedades, e com a mesma resistência. Veja o momento em que Fay faz isso: “As manivelas de metal foram firmemente cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. Antes de começar as experiências, a Sra. Fay mergulhou suas mãos em sal e água, e então, ao segurar nas manivelas, notei que a deflexão era sempre muito constante, devido à ampla quantidade de superfície exposta ao contato com as mãos. Quando ela segurou os terminais, a quantidade exata de deflexão devido à resistência de seu corpo foi medida pelo galvanômetro; se ela fizesse com que as manivelas tocassem uma à outra a deflexão seria tão grande que faria a luz pular rapidamente para fora da escala; se ela parasse de segurar as manivelas por um momento o raio de luz cairia para zero; se ela tentasse substituir qualquer coisa além de seu corpo para estabelecer um contato parcial entre as duas manivelas, as grandes oscilações do índice luminoso, que aconteceriam enquanto isso estivesse sendo feito, tornar-se-iam evidentes, uma vez que as possibilidades teriam sido infinitas contra a produção da quantia correta de deflexão.”
    .
    Crookes estava errado em dizer as possibilidades teriam sido infinitas. Isso só seria verdadeiro se ela trouxesse uma fita já embebida numa solução salina que ela própria tivesse feito antes do experimento. Não se ela mergulhasse a fita ou lenço na mesma solução salina em que ela mergulhou as mãos no momento do experimento. Essa foi a falha de Crookes e colegas.
    .
    E quanto a Crookes achar que afastando as manivelas resolveria o problema, isso mostra outra fragilidade do experimento, que o Brookes-Smith respondeu também: “Alternativamente, ela poderia ter escondido uma fita comprida em seu vestido, embebida em solução salina ao mesmo tempo em que ela molhava as suas mãos (pág. 97) e quando deixada só na escuridão, ela poderia ter amarrado a fita de uma manivela até a outra sem quebrar a continuidade do circuito, e então livrar ambas as mãos. Este truque pode ser fácil e convincentemente repetido, mas a fita deve ser larga ou dobrada e a solução salina forte. Mesmo com as manivelas separadas por 60 centímetros, não existe nenhuma grande dificuldade em fazer este truque sem grandes oscilações no galvanômetro.”
    .
    Pois então, a solução salina era forte. E tanto as mãos quanto o lenço ficaram embedidos na mesma solução salina, então não há diferenças para a resistência de um corpo humano. Crookes e colegas não mergulharam as próprias mãos na solução salina. Tivessem feito isso, veriam que a resistência das mãos deles e do lenço seriam iguais, ou muito próximas.

  39. Vitor Diz:

    Arduin
    o que o Gorducho quis dizer é que se a Fay ou a Florence estivessem materializando alguma coisa mesmo, então a resistência do corpo delas cairia muito! Afinal, o médium doa parte de seu ectoplasma para a materialização, há relatos até de braços e pernas do médium que desaparecem. Imagina se as mãos de Fay são desmaterializadas durante a materialização do espírito? Não deveria haver um registro dos instrumentos dessa perda de resistência do corpo das médiuns? Como isso não aconteceu, não estava havendo materialização alguma, ou os instrumentos acusariam a desmaterialização do corpo das médiuns. A materialização do espírito não é sempre acompanhada da desmaterialização de uma parte do corpo do médium?

  40. Gorducho Diz:

    Ou talvez aumentar. Se poderia alternativamente supor que a perda de sustança reduzisse a concentração de portadores de carga disponíveis à disposição do Varley.

  41. Gorducho Diz:

    21:04:30 a alma aparece parada na cortina aberta;
    21:05:00 luz pula fora-da-escala.
     
    A “médium” ao testar os limites da fiação, rompe o circuíto. Exatamente como disse o cara que refez o experimento dos bocós Vitorianos.

  42. Gorducho Diz:

    Leitura das 21:04 (quando a mão materializada entregou o reloginho que ficava a 5′ da cadeira):
    I = 213° (portanto praticamente a mesma 211 inicial);
    Rmédium = 6500 BAU (Δ -1,5% desprezível)

  43. NVF Diz:

    Vitor,
    .
    Um parênteses: conhece o caso a seguir?
    .
    http://homepage2.nifty.com/anomalousphenomena/JournalPaulista1972-7-28.PDF

  44. NVF Diz:

    “A materialização do espírito não é sempre acompanhada da desmaterialização de uma parte do corpo do médium?”
    .
    Isso aí é polêmico. Há diversas correntes e entendimentos sobre o processo de materialização.
    ,
    Porém, como Flammarion bem disse: “ninguém sabe os meios de produção” de tais fenômenos.

  45. Toffo Diz:

    Há um arquivo aqui sobre as semelhanças entre Herculanum e HDMA, mas as discussões nele não foram muitas. De qualquer forma, como eu disse, CX era fã de Rochester e, muito provavelmente, leu o livro antes de escrever HDMA.

  46. Gorducho Diz:

    Por isso me bateu na cabeça a Hatshepsut. O CX talvez tenha se encantado com o “Romance de uma Rainha”, e se meteu na cabeça que fora ela… Daí talvez tenha assoprado isso no ouvido de algum(ns) discípulo(s).
    Na verdade não sei se ele terá surgido isso – se será como a história da NASA que ninguém sabe de donde saiu -, mas a lenda circula por entre os crédulos.

  47. Gorducho Diz:

    Na verdade não sei se ele como terá surgido isso (…)

  48. Montalvão Diz:

    DITOSO GUTO,
    .
    Embora esteja eu quilômetros abaixo de sua gorducha sapiência, tento aqui explicar-me explicativamente tendo por inspiração o magnânimo proferimento que prolatou de seu pedestal.

    .
    GUTO Diz: Meu caro Montalvão, se vc me der testemunhos reais de que as pessoas que se empenharam tanto em verificar as possíveis falhas nas outras pessoas, ditas como “santas”, foram melhores do que elas, moralmente falando, eu retiro o que disse.
    .
    COMENTÁRIO: VIXI, essa é difícil pracaramba, creio que a fadinha-do-dente seja a mais indicada para atender sua reivindicação.
    /
    /
    GUTO Diz: Aliás, o que MORAL???
    .
    COMENTÁRIO: vamos ver: MORAL, oxítona(?), tônica, que vezes cumpre função substantiva, quando se diz: “a moral”, mas pode cumprir outras funções que não me arrisco nomear porque tem tempo pracaramba que estudei essas coisas…
    /
    /

    GUTO Diz: Ela faz parte do seu dia-a-dia.[?]
    .
    COMENTÁRIO: acho que deve fazer, mas se não fizer, fazer o quê?
    /
    /
    GUTO Diz: Ela é relativizada, de vez em quando, ou a sua conduta é sempre reta?
    .
    COMENTÁRIO: se fala de minha conduta em relação à moral, ela será sempre reta desde que eu não beba muito, ocasião em que posso andar tanto pra frente quanto pros lados.
    /
    /

    GUTO Diz: Hum!!! Esse papo é furado, né?!?!? Chato!!!!!! Prefiro enxergar os problemas alheios, pois o meu dá muito mais TRABALHO!!! Ah!!! Incomoda também, pois assim, vejo quem realmente sou!!! Ah!!! O profeta de novo!!! Rsrsrs. Chaaaaato! RSRSRSRSRS! Valeu.
    .
    COMENTÁRIO: entendi tudinho, quase… só não entendi o que significa “?!?!?”, ou “!!!”… No tempo em que me alfabetizei (sim, pode não parecer, mas leio, escrevo e assino o nome) pontuação era um sinalzinho só e, às vezes, se admitia o “?!” para indagação exclamativa. De qualquer modo, valeu pra mim também!?
    .
    saudações na moral.

  49. Montalvão Diz:

    GUTO Diz: Sabe o que vejo aqui. Pessoas que estão em busca no nada. Esse mundo não lhe dará nada além do pó que virarás. Ah! Quero ser esclarecido, sabedor de todas as coisas!!! E aí? No final o que isso lhe trouxe de bom? Ninguém me enganou!!! Ninguém me enganou!!! Descobri as farsas das pessoas e que todos são um bando de safados!!! Ok! Cada um segue o que dá MAIS FELICIDADE!!! Se para vc é nisso que ela está, que bom!!! Seja feliz
    .
    COMENTÁRIO: tem toda a razão e é por isso que eu bebo.
    aliás, acho que bebi sem saber: estou vendo um monte de exclamações (!!!) onde só deveria haver uma…

  50. Montalvão Diz:

    GUTO Diz: Caro Vitor, se me permite dar uma sugestão, aqui vai. Por que vc não faz uma pesquisa sobre os doutores da alegria. Eles estão nos hospitais fazendo um trabalho de alto valor, de doação e amor ao próximo. Eles têm muitas histórias sobre vida, morte, fé, felicidade e caridade!!! Vale a pena. Abraço e Paz e Amor para vc. Valeu.
    .
    COMENTÁRIO: acho que alguém está apaixonado…

  51. Montalvão Diz:

    Gorducho Diz: De qualquer maneira o Sr., Professor, concordará que se foram verdadeiras as materializações, ficou desprovada a hipótese do “ectoplasma”, certo? Cedendo o médium matéria teria o galvanômetro registrar aumento ou diminuição na resistência do médium.
    Sim, eu sei que o ectoplasma é história do Richet, posterior.
    .
    COMENTÁRIO: bem lembrado Gorducho, noutro tópico confrontei Arduin com essa questão mas ele passou batido pelo óbice. Vamos ver se agora ele, que tanto reclama por explicações, saberá explicar essa dificultática oriunda da problemática materializativa. Aliás, sempre que se vê diante da irrealidade do ectoplasma o lúdico professor lembra que esqueceu de regar as plantinhas…

  52. Montalvão Diz:

    .
    GORDUCHO e ARDUIN,
    .
    Para recordar o comentário que fiz ao douto magister sobre a não perda de massa de Fay, reproduzo o que fora dito no tópico “Crimes e desaparecimentos resolvidos com a ajuda de médiuns”, parte2:

    .
    ARDUIN: Ôh Moisés, não dê uma de Houdini… Os resistores que conhecemos de circuitos eletrônicos foram inventados muito tempo depois de 1875. Naquela época nem se imaginavam circuitos assim. Não me lembro onde foi que li isso, mas o único resistor possível para a Fay seria um certo arame de aço feito na França e que teria de ter ao menos 300 metros de comprimento. Uma coisa muito fácil de se transportar e de se esconder, certo? Além disso, se ela usasse um suposto resistor, haveria um problema: a resistência ficaria suspeitosamente fixa. O fato de ela segurar os contatos fazia a resistência oscilar e daí as variações de leituras.
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    COMENTÁRIO: engano seu, resistores modernos se referem aos utilizados em eletrônica. Fala-se que foi Thomas Edison o inventor da peça, outros atribuem o feito a Nicola Tesla. Talvez se não houvesse resistores naqueles tempos houvesse peças com poderes equivalentes. Isso teria de ser averiguado. No entanto, quem falou em resistor foi você, citando comentário do Vitor. Como não contestou a alegação do Visoni entendi que aceitara a hipótese, apenas achando que Fay não conseguiria montar um desses no tamanho certo.
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    MAS HÁ UMA QUESTÃO QUE ESTÁ SENDO DEIXADA DE LADO, APESAR DE EU A TER COMENTADO ANTERIORMENTE, E QUE É IMPORTANTE. Fala-se que foi comprovada haver perda de massa por parte da médium durante o processo de materialização. Você mesmo defende tal coisa. Pois bem, alterando a massa do corpo creio que a resistência se modifica e isso deveria ser apontado no galvanômetro, ou não? Pelo visto, Fay não perdeu nem uma massinha de dentes e isso precisaria ser esclarecido…

  53. GUTO Diz:

    Caro Montalvão, nada a declarar! Desta vez, só um, ok? Seguirei a minha vida da forma que melhor me convém. Da forma que me faz sentir VIVO e FELIZ. Como Jesus dizia: Existem pessoas que estão mortas e nem sabem disso.

  54. GUTO Diz:

    Ah, faltou… PATÉTICO!

  55. Arnaldo Paiva Diz:

    Senhores, boa noite
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    Me desculpem a intromissão, mas sempre leio o que está escrito no rodapé da página que diz:
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    “O objetivo deste site é analisar cientificamente livros ou mensagens ditos “psicografados”, ou seja, escritos ou ditados por um suposto espírito através de um “médium”, apontando erros e acertos à luz da Ciência atual. Também busca analisar possíveis fontes de informação em que o médium teria se baseado para escrever a obra, possibilidades de plágio (fraude), de “plágio inconsciente” (também conhecido como criptomnésia), e mesmo a possível ocorrência de um genuíno fenômeno paranormal. Serão analisadas obras de médiuns famosos e menos conhecidos”.
    .
    Eu perguntaria – baseado nas informações acima -, ao senhor Vitor, Toffo e Montalvão, que parecem ser os principais pesquisadores científicos dos assuntos aqui estudados e examinados, se é um comportamento científico desclassificar uma pesquisa científica de tantos anos, e o próprio cientista como Williams Crooks, que não fez uso somente deste aparelho de teste tão discutido, que não trabalhou somente com uma médium, mas com vários outros, baseados apenas em argumentos que mostram os meios em que os médiuns poderiam ter usado para enganar esse cientista – eu disse poderiam ter usado – dessa ou daquela maneira, feito assim ou assado, sem nenhum teste no terreno dos fatos?
    .
    Não estou falando do teste tipo “reconstituição” que se empenharam em mostrar através dele, os artifícios com os quais a médium ou médiuns poderiam (poderiam) ter usado para enganar Crooks, estou falando em testes para verificar por meio de uma experiência científica, usando médiuns sérios, se o fenômeno de materialização (hoje comprovado a sua veracidade) é possível ou não. Por outro lado resta saber se os médiuns fraudaram.
    .
    Vale aqui lembrar, que os senhores como cientistas que dizem ser, deviam saber que a fraude representa o lado negativo de uma investigação, principalmente neste campo dos fenômenos psíquicos, pelo fato de envolver diretamente como instrumento de investigação, o ser humano. Portanto, pode haver fraude tanto no Espiritismo como em qualquer outro campo de investigação, é só um dos diversos escolhos ou pedra de tropeço no caminho de todo aquele que trabalha para descobrir a verdade no campo das experiências.
    .
    Agora temos o outro lado da questão que são os fenômenos rigorosamente provados, que representam o lado positivo da investigação, no caso, os fatos incontestável do Espiritismo. Da mesma forma que a mentira jamais destruirá a verdade, a fraude também jamais destruirá a evidência dos fatos. Mais cedo ou mais tarde, a fraude desmascara-se por si só, mas os fatos permanecem. Assim é que os fatos espíritas passaram e estão passando por todas as experiências e críticas, enquanto as fraudes – como já falei -, se desacreditaram por si mesmas.
    .
    Quanto ao Toffo e o Montalvão, se esconderem por trás de um argumento anti-científico, de que as experiências feitas por estes cientistas envelheceram, (é mais um preconceito contra a velhice), faço minha as palavras de Ian Stevenson no seu livro CASOS EUROPEUS DE REENCARNAÇÃO:
    .
    “Os leitores que acreditam que a força da prova evapora com a passagem do tempo e os que pensam que os observadores precoces são menos cuidadosos que nós acharão esses casos antigos não convincentes. Não pertenço a esse grupo. Se um leitor perguntar por que devemos achar esses casos dignos de confiança, eu retruco: e por que não?
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    E por que não? Toffo e Montalvão…

  56. Henrique Diz:

    Arnaldo Paiva
    Boa noite….gostaria de ler o livro do Dr. Wickland
    “Trinta anos entre os mortos”…eu tenho uma versão inglesa do livro, mas não sou muito afeito a língua do Tio Sam…será que já existe uma versão traduzida? Seria uma ótima oportunidade de discussão, se todos os integrantes deste blog pudessem tb ler, afinal o que mais se discute aqui é a existência do espirito…ou será que não vale a penar perder tempo com essa obra? Seria loucura da cabeça do Dr. Wickland ou puro animismo? Se não tem versão traduzida, não seria o caso de traduzirmos? O Vitor poderia ver o custo e se seria viável.

  57. Marcos Arduin Diz:

    “Isso foi planamente respondido pelo Brookes-Smith: “é bastante difícil evitar a conclusão de que como resultado das experiências com Florence em 1874, alguém, talvez o hipotético ‘namorado’ (pág. 172), realizou experimentos para achar as melhores condições para vencer o teste de continuidade e, seja diretamente ou através de Florence, dizer à Sra. Fay como fazer isto.”
    – Vitor, faça-me um favor: isso não é nenhuma resposta plana (nem plena): é um CHUTE. NÃO HÁ PROVA ALGUMA, NEM MESMO QUALQUER INDÍCIO de que alguém houvesse passado qualquer informação privilegiada de como burlar o sistema, inclusive porque não conseguiram achar um jeito de burlá-lo. Exatamente por isso é que confiavam no sistema. E como se vê, até agora nenhum cético pôde apresentar algum sistema VIÁVEL. Tudo o que fazem é CHUTAR possibilidades, mas que não passam pelos testes.
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    “Quanto ao ‘namorado’, é dito: “Esse ‘namorado’ hipotético pode bem ter sido Crookes; mas pode igualmente ter sido algum outro membro de seu círculo (se havia tal) com os conhecimentos e técnicas necessários.”
    – Mais CHUTES. É outra pataquada cética achar que Crookes ficasse bobamente apaixonado por médiuns, inclusive os médiuns homens aos quais validou. Vitor, tal alegação NÃO FAZ O MENOR SENTIDO, pois tais pesquisas eram vistas com hostilidade pela comunidade científica (e são vistas assim até hoje). Os envolvidos nelas só se envolviam mesmo porque viam que lá tinha coisa REAL. E se mesmo tendo coisa real, não conseguiam convencer aos seus colegas, com que cara ficariam se endossassem farsantes e esses fossem pegos no flagra?
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    “Qual o problema então? O problema é que nem Crookes nem seus colegas molharam as próprias mãos na solução salina. Eles ficaram tentando acertar a resistência de um corpo humano a esmo.”
    – KKKK! Isso aí me faz lembrar o Weissman na sua avaliação do relatório Fielding, que validou a Eusápia. Di ele que o cúmplice que ajudou a Eusápia entrou pelo alçapão que havia no teto do quarto do hotel. Como Weissman descobriu a existência desse alçapão? Simples: os investigadores NÃO DISSERAM que NÃO HAVIA alçapão no quarto do hotel. Como não disseram isso, então fica comprovado que tal alçapão existia… mesmo que alçapões em quartos de hotel sejam coisa muito rara.
    A única concessão que lhe faço, Vitor, é que os eventos relatados no relatório não obedeceram uma exata ordem cronológica, mas uma leitura atenta nos permite perceber que tal coisa não poderia ter acontecido depois de outra, pois inviabilizaria sua realização.
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    De onde concluiu que não mergulharam as mãos em solução salina? Por que adotariam dois procedimentos distintos: um pro teste e outro para médium? Isso NÃO FAZ SENTIDO. O máximo que se pode dizer é que não disseram ter feito isso por detalharam o processo mais adiante quando a médium foi testada.
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    “Só que não foi isso que Fay fez. Ela colocou as próprias mãos e o lenço que ela trazia escondido na roupa na solução salina. Assim tanto ela quanto o lenço ficaram com as mesmas propriedades, e com a mesma resistência.”
    – Olha aí o poder da fé… Leva ao DESESPERO de inventar propriedades em coisas nada equivalentes… Desde quando um lenço molhado em solução salina vai ficar com a mesma resistência do corpo da pessoa que mergulhou as mãos na mesma solução salina? Acaso o corpo da pessoa vai se embeber dessa solução salina tal como o lenço? Pare de falar besteira! Mergulhar as mãos na solução salina NÃO VAI REDUZIR a resistência do corpo da pessoa. Essa resistência é dada pela pele (o sangue é condutor) e mesmo molhada na superfície, não o será por dentro. É MUITA ILUSÃO SUA achar que o lenço e a pessoa vão ficar com a mesma resistência. Pegue um galvanômetro moderno e experimente fazer isso.
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    “Veja o momento em que Fay faz isso: “As manivelas de metal foram firmemente cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. (…) uma vez que as possibilidades teriam sido infinitas contra a produção da quantia correta de deflexão.
    Crookes estava errado em dizer as possibilidades teriam sido infinitas. Isso só seria verdadeiro se ela trouxesse uma fita já embebida numa solução salina que ela própria tivesse feito antes do experimento. Não se ela mergulhasse a fita ou lenço na mesma solução salina em que ela mergulhou as mãos no momento do experimento. Essa foi a falha de Crookes e colegas.”
    – Vitor, de novo vem aqui as SUPOSIÇÕES (tolas) da comunidade cética. O único jeito de isso ser feito seria se ela, ao invés de segurar as manivelas, colocasse imediatamente o lenço nelas. A comunidade cética EXIGE que eu acredite que Crookes e seus colegas eram um bando de cegos e tapados que NÃO TERIAM A MENOR CONDIÇÃO DE PERCEBER ISSO. Se está dito lá que ela SEGUROU as manivelas e aí a leitura começou a ser feita e só então foi deixada sozinha, NÃO HAVIA COMO soltar as mãos, pegar o lenço no fundo do balde e colocá-lo entre as manivelas SEM CAUSAR AS OSCILAÇÕES na leitura do galvanômetro. Ela teria de já estar com o lenço com as pontas uma em cada mão e prendê-lo nas manivelas quando fingiu que as seguro. Só que aí você terá de defender a tese de que tal lenço, além milagrosamente ter a exata mesma resistência do corpo dela, ainda por cima era INVISÍVEL.
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    “E quanto a Crookes achar que afastando as manivelas resolveria o problema, isso mostra outra fragilidade do experimento, que o Brookes-Smith respondeu também: “Alternativamente, ela poderia ter escondido uma fita comprida em seu vestido, embebida em solução salina ao mesmo tempo em que ela molhava as suas mãos (pág. 97) e quando deixada só na escuridão, ela poderia ter amarrado a fita de uma manivela até a outra sem quebrar a continuidade do circuito, e então livrar ambas as mãos. Este truque pode ser fácil e convincentemente repetido, mas a fita deve ser larga ou dobrada e a solução salina forte. Mesmo com as manivelas separadas por 60 centímetros, não existe nenhuma grande dificuldade em fazer este truque sem grandes oscilações no galvanômetro.”
    – Outra piada na qual só você acha graça. Quer largar a mão de ser tão crédulo? Pegue um galvanômetro moderno e tente repetir isso que o babacão aí sugere. Você não vai conseguir pelas razões que já disse acima. É incrível a sua credulidade. Então quando os colegas de Crookes tentaram simular uma fraude com o lenço, não conseguiram e houve FORTES OSCILAÇÕES. Nisso você não acredita, certo? Aí vem o Brookesmith a dizer que não havia grandes dificuldades de fazer isso sem causar grandes oscilações e você ACREDITA. É só por fé mesmo.
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    “Pois então, a solução salina era forte. E tanto as mãos quanto o lenço ficaram embedidos na mesma solução salina, então não há diferenças para a resistência de um corpo humano. Crookes e colegas não mergulharam as próprias mãos na solução salina. Tivessem feito isso, veriam que a resistência das mãos deles e do lenço seriam iguais, ou muito próximas.
    – Tendo em vista o seu temor em ver esse seu castelo de cartas desmoronar ao repetir você mesmo esse experimento, então vou aproveitar que um técnico onde eu trabalho tem um galvanômetro e aí vou fazer todas essas simulações e depois lhe conto os resultados.
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    E mais uma coisa: lembre-se de que a Ana Eva Fay revelou tranquilamente TODOS os seus truques ao Houdini. Você mesmo diz que ficaram ambos MUITO AMIGOS. Não lhe parece estranho que Houdini tenha dito que caiu a força no teatro e aí ela substituiu a mão pelo joelho e assim fez o truque, mas NÃO TENHA FALADO NADA DA TAL FITA MOLHADA?

  58. Marcos Arduin Diz:

    “MAS HÁ UMA QUESTÃO (…) Pelo visto, Fay não perdeu nem uma massinha de dentes e isso precisaria ser esclarecido…”
    – Moisés, faça o seguinte: pegue um galvanômetro e coloque os terminais dele numa vasilha com água destilada. Você verá que a corrente será zero, pois a água pura não conduz eletricidade. Aí vá acrescentando colheres de café de sal, e a cada acréscimo, meça a corrente. Diga-me se houve MUITA ALTERAÇÃO na leitura. Caso não tenha havido, transporte isso para o médium: mesmo que ele perca parte da matéria de seu corpo, isso não influenciaria a leitura, ainda mais se for uma perda seletiva: ele perderia massa de locais onde a corrente não está passando.

  59. Marcos Arduin Diz:

    Arnaldo, é o seguinte:
    A ÚNICA hipótese testável nesses casos citados pelos cientistas que investigaram os médium é a da FRAUDE. Entretanto, como você deve ter percebido pelas minhas respostas, os defensores dessa hipótese NÃO TÊM O COSTUME DE FAZER OS TESTES DEVIDOS. Eles não verificam se aquilo que estão achando que o médium fez é, de fato, viável em vista dos resultados obtidos.
    Veja só os chutes que têm de ser dados para tapar os buracos: havia namorado, havia fita molhada invisível e de resistência idêntica ao do corpo humano, etc e tal.
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    A minha maior decepção com a comunidade cética é que ela combate a fé… mas é cheia de MUITA FÉ. O bambambam cético Massimo Polidoro, no caso aí da Eva Fay, cita o Harry Houdini, que afirmou ter obtido confissão dela nesse sentido:
    .
    “Houdini propôs uma explicação alternativa para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma suposta conversação com a Sra Fay.

    ‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, surgiu com uma exposição do trabalho dela, ela se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou aos seus cuidados e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela tinha apenas uma remota chance de passar no teste do galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e de azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para enganá-lo.’

    * O ‘galvanômetro’ é um instrumento usado para controlar a médium. É um dispositivo elétrico composto de um sintonizador e duas manivelas, construído de modo que se o médium soltar qualquer uma das manivelas, o contato seria interrompido e o indicador registraria a falha. A médium, para enganar o assistente, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intacto e pôs a mão livre para fora e assim produziu o ‘espírito’. (Nota de rodapé de Houdini.)”
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    E Polidoro conclui todo ufano: _ Não há mais dúvidas de que tal truque de fato aconteceu.
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    Agora, Arnaldo, veja só isso:
    1 – Os experimentos foram feitos na casa de Crookes e não num teatro.
    2 – Foram feitos em 1875, um ano antes de Edson fazer o primeiro protótipo de lâmpada elétrica. Mas como você pôde ver pela “confissão” da Eva Fay, antes mesmo de essa lâmpada ser inventada, já havia redes elétricas distribuídas pelas cidades e sujeitas a queda de força…
    3- O galvanômetro funcionava a bateria e a luz dele era por chama de vela refletida num espelho. Suponho que uma queda de força em nada alteraria o seu funcionamento, mas um verdadeiro cético sábio, culto, racional e inteligente afirma que sim. Consulte o Vitor, o Toffo e o Montalvão.
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    Isso se chama VERDADEIRO CETICISMO.

  60. Gorducho Diz:

    (…) mesmo que ele perca parte da matéria de seu corpo, isso não influenciaria a leitura,(…)
     
    Pergunte a seus colegas aí na Universidade, ou leia e.g. a secção 16.10 Lei de Ohm até o exemplo 16.15 do Alonso & Finn – deve ter na biblioteca.
     
    (…) ainda mais se for uma perda seletiva: ele perderia massa de locais onde a corrente não está passando.
     
    Ah! Eu sabia. Os “Espíritos” são inteligentes (aliás o Kardec já tinha dito isso) e entendem bastante de Física (porque será então que só falam besteiras nas canalizações?): retiram ectoplasma cuidadosamente dos lugares onde não passe corrente, com o intuito de enganar o galvanômetro. Explicação bem Espírita. Parabéns!
    Inclusive concluo que segundo a Ciência Espírita o Flying Spaghetti Monster é feito de filamentos ectoplásmicos inlobrigáveis ao olhar terrícola, não Professor?

  61. Gorducho Diz:

    Sr. Administrador, favor fechar o itálico após “está passando.”
    Desculpe.

  62. Gorducho Diz:

    Professor: o Sr. leu o livro do Houdini? Não consegui vê-lo na INTERNET. Pois que se falou que a experiencia com o Cookes foi num teatro e este iluminado por luz elétrica, e a Annie ter tido um lampejo de sorte…
    Será que ele escreveu mesmo isso. O Sr. conferiu pessoalmente o livro?

  63. Marcos Arduin Diz:

    Balofo
    Sim, eu tenho o livro em pdf e diz exatamente o que foi transcrito. Se você é um cético moderno, lembre: é sua obrigação, em defesa da fé cética, ACREDITAR NISSO.

  64. Arnaldo Paiva Diz:

    Henrique, bom dia

    Não estou sabendo se já existe uma versão em português, vou procurar saber com meus amigo espíritas e caso não obtenhamos podemos ver com o Vitor quanto ficaria a tradução.

  65. Gorducho Diz:

    De fato então isso descredita completamente o Houdini. Aliás, até onde sei, o livro foi escrito antes da entrevista com a Annie. Não é?
    E, bom, pelo menos o galvanômetro funcionou, servido para provar experimentalmente que o “ectoplasma” dos Espíritas não existe (claro que o da biologia existe :)).

  66. HENRIQUE Diz:

    ARNALDO PAIVA
    OBRIGADO POR TER ME RESPONDIDO..
    ABÇ

  67. Montalvão Diz:

    GUTO Diz: Caro Montalvão, nada a declarar! Desta vez, só um, ok? Seguirei a minha vida da forma que melhor me convém. Da forma que me faz sentir VIVO e FELIZ. Como Jesus dizia: Existem pessoas que estão mortas e nem sabem disso.
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    COMENTÁRIO: se vai seguir, feliz, sua vida, que a felicidade o acompanhe em sua ditosa caminhada. Apenas esclareça: onde e quando foi que Jesus falou o que diz que ele disse? E, quando mostrar o texto que corresponde a tal fala, esclareça o que o Mestre pretendeu explicar com tal admoestação e a quem se aplica. Nos ajude aí a melhor entender os mistérios teológicos…
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    saudações venturosas
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  68. Montalvão Diz:

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    Grande Arnaldo Paiva, bons ventos o tragam em retorno a esse espaço de conversas e colóquios. Vejamos se consigo enfrentar as aprofundadas questões que postou.
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    Arnaldo Paiva Diz: Me desculpem a intromissão, mas sempre leio o que está escrito no rodapé da página que diz: “O objetivo deste site é analisar cientificamente livros ou mensagens ditos “psicografados”, ou seja, escritos ou ditados por um suposto espírito através de um “médium”, apontando erros e acertos à luz da Ciência atual. Também busca analisar possíveis fontes de informação em que o médium teria se baseado para escrever a obra, possibilidades de plágio (fraude), de “plágio inconsciente” (também conhecido como criptomnésia), e mesmo a possível ocorrência de um genuíno fenômeno paranormal. Serão analisadas obras de médiuns famosos e menos conhecidos”.
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    COMENTÁRIO: o site não é meu, nem nele tenho ingerência, mas creio que seja fácil explicar o “desvio” para assuntos diversos: A mediunidade acaba se emaranhando por outros temas, direta ou indiretamente a ela relacionados e se torna inevitável a postagem de temática adjunta. Mesmo porque o espaço só se enriquece com o acrescentamento de assuntos quais os que são veiculados. Os ilustres visitantes têm, desse modo, opção de se manifestarem dentro dos artigos que mais diretamente lhes digam respeito.
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    Arnaldo Paiva Diz: Eu perguntaria – baseado nas informações acima -, ao senhor Vitor, Toffo e Montalvão, que parecem ser os principais pesquisadores científicos dos assuntos aqui estudados e examinados, se é um comportamento científico desclassificar uma pesquisa científica de tantos anos, e o próprio cientista como Williams Crooks, que não fez uso somente deste aparelho de teste tão discutido, que não trabalhou somente com uma médium, mas com vários outros, baseados apenas em argumentos que mostram os meios em que os médiuns poderiam ter usado para enganar esse cientista – eu disse poderiam ter usado – dessa ou daquela maneira, feito assim ou assado, sem nenhum teste no terreno dos fatos?
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    COMENTÁRIO: grato por juntar-me aos grandes nomes que aqui transitam, porém não sou cientista, quando muito um meditabundo vagabundo. De qualquer modo, justiça seja feita, creio que personas quais Gorducho, Marciano, Arduin (esqueci alguém?), sem olvidar o mestre José Carlos, são mais presentes e mais atuantes que essa miúda figura que vos fala. Conversemos agora sobre Crookes. Primeiramente, devo expressar minha curiosidade quanto a ligeira semelhança entre seu pronunciamento e o do profeta Gu, bem assim ao fato de a saída de um ser a entrada do outro. Mera coincidência ou caso de identidades secretas?
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    Falando por mim, não há qualquer intenção em desmerecer William Crookes, reconhecidamente grande cientista, tampouco seu trabalho. Entretanto, a investigação espiritualista dessa pessoa está mui aquém da lide científica que conduziu. No papel de cientista Crookes produziu frutos verdejantes e férteis, tanto que vários de seus experimentos serviram de base para futuras invenções, dentre as quais pode-se citar a televisão.
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    No campo espiritualista William Crookes não convenceu o meio científico de jeito maneira. É certo que outros cientistas, como Richet e Geley e outros se inspiraram em Crookes ao investigarem materializações. Porém, bem sabemos, o resultado dessas empreitadas não rendeu dividendos. Constata-se essa verdade pelo fato de hoje, mais de cem anos passados, o conhecimento a respeito dessa fantasia de desencarnados produzirem corpos humanos para uso quando em visita ao mundo dos vivos, continua tão ou mais fantasiosa que na época em que aqueles homens acreditaram que tal acontecesse.
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    Você reclama que os detratores de Crookes-espiritualista deveriam realizar “testes no terreno dos fatos”. Concordo plenamente, e se examinar os comentários céticos aqui postados é exatamente isso que reclamamos. Infelizmente, nosso guru para assunto de materialização, o carnificante Arduin, já nos desiludiu dessa esperança: segundo ele, médiuns de materialização, se é que ainda existe algum, são coisas raras e ele próprio, que é especialista na matéria, não conhece umzinho que seja para nos indicar. Temos, pois, que ficar mesmo no campo das especulações. Porém, mesmo sem experimentos, a realidade está diante de nós nua e bela: a ciência das materializações que produziu no passado resultados próximos de zero, hoje estacionou nesse ridículo patamar, ou regrediu. Desse modo, o tempo comunga por inteiro em desfavor dessa esdrúxula crença.
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    Arnaldo Paiva Diz: Não estou falando do teste tipo “reconstituição” que se empenharam em mostrar através dele, os artifícios com os quais a médium ou médiuns poderiam (poderiam) ter usado para enganar Crooks, estou falando em testes para verificar por meio de uma experiência científica, usando médiuns sérios, se o fenômeno de materialização (HOJE COMPROVADO A SUA VERACIDADE) é possível ou não. Por outro lado resta saber se os médiuns fraudaram.
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    COMENTÁRIO: entendi bem? Está a afirmar que a realidade das materializações é presentemente comprovada? Se for isso, por gentileza, comunize esse conhecimento, pois, pelo que sei (e com exceção do Arduin) todos aqui estão certos de que espíritos não se materializam, e as ocorrências que parecem comprovar o contrário se explicam por fraudes, ilusões, alucinações ou admissão de boatos inconfirmados. Que os médiuns do passado fraudaram é mais do que certo e os de passado mais recente, quais Otília Diogo, Peixotinho, Chico Xavier, e outros, materializavam só safadezas. Porém, posso estar sendo injusto, se conhece pesquisas que comprovem o contrário, inclusive as que atestem a existência do ectoplasma, não deixe de nos atualizar para que possamos visualizar a verdade.
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    Arnaldo Paiva Diz: Vale aqui lembrar, que os senhores COMO CIENTISTAS QUE DIZEM SER, deviam saber que a fraude representa o lado negativo de uma investigação, principalmente neste campo dos fenômenos psíquicos, pelo fato de envolver diretamente como instrumento de investigação, o ser humano. Portanto, pode haver fraude tanto no Espiritismo como em qualquer outro campo de investigação, é só um dos diversos escolhos ou pedra de tropeço no caminho de todo aquele que trabalha para descobrir a verdade no campo das experiências.
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    COMENTÁRIO: atualize suas anotações: se alguém aqui se diz cientista (e alguns podem fazê-lo) este não é o meu caso, acabei de confessar-me simples comentarista-curioso. Realmente, fraude existe em qualquer área, há mesmo quem as cometa sem mesmo disso ter consciência. O dramático é que no meio espiritualista a simulação, consciente ou não, é a tônica, seguida das demais situações (ilusão, crença cega, etc.).
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    Arnaldo Paiva Diz: Agora temos o outro lado da questão que SÃO OS FENÔMENOS RIGOROSAMENTE PROVADOS, que representam o lado positivo da investigação, no caso, os fatos incontestável do Espiritismo.
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    COMENTÁRIO: seu declarativo é bom exemplo de crença exacerbada: esteja certo, inexistem “fenômenos rigorosamente provados”, o que há são discursos rigorosamente engalanados com asseverações alucinadas e alucinantes, capazes de convencer incautos de que materializações sejam fato demonstrado. Reveja seu rol de “provas”, passe-o pela peneira da avaliação prudente e confira se sobrará algum. Caso ao menos um escape, mostre-nos para que o conheçamos.
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    Arnaldo Paiva Diz: Da mesma forma que a mentira jamais destruirá a verdade, a fraude também jamais destruirá a evidência dos fatos. Mais cedo ou mais tarde, a fraude desmascara-se por si só, mas os fatos permanecem. ASSIM É QUE OS FATOS ESPÍRITAS PASSARAM E ESTÃO PASSANDO POR TODAS AS EXPERIÊNCIAS E CRÍTICAS, enquanto as fraudes – como já falei -, se desacreditaram por si mesmas.
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    COMENTÁRIO: conforme falei, o tempo é o maior juiz, e é ele quem mostrou que as “provadas” materializações de tempos idos são atualmente demonstradas serem ou fraude, ou ilusão, alucinação, crença cega… os fatos espíritas não passaram por nenhuma experiência crítica que mereça esse classificativo. Até hoje os nobres espíritas não apresentaram um estudo que demonstre a realidade da comunicação entre vivos e mortos, nem um… Então, com base em que afirma que a imaginada fenomenologia espiritista tenha sido ratificada?
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    Arnaldo Paiva Diz: Quanto ao Toffo e o Montalvão, se esconderem por trás de um argumento anti-científico, de que as experiências feitas por estes cientistas envelheceram, (é mais um preconceito contra a velhice),
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    COMENTÁRIO: engano seu, as coisas velhas são a base das atuais, portanto, nesse aspecto não são velhas. Velhas sim são as alegações do passado que não se confirmaram no presente. Estas são mantidas vivas por haver agremiações que as inseriram em seu conjunto de crenças. Deixaram de ser eventos de investigação científica para se tornarem dogmas religiosos. Veja, por exemplo, que o Arduin consegue demonstrar que materializações são realidade fazendo referência exclusiva a casos antigos, com os quais pode esticar o discurso apologético a perder de vista (embora ele exagere, pois mesmo os casos “comprovados” de antanho, se examinados com olhos severos, se mostram cheio de dúvidas e inexplicabilidades).
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    Arnaldo Paiva Diz: faço minha as palavras de Ian Stevenson no seu livro CASOS EUROPEUS DE REENCARNAÇÃO:
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    “Os leitores que acreditam que a força da prova evapora com a passagem do tempo e os que pensam que os observadores precoces são menos cuidadosos que nós acharão esses casos antigos não convincentes. Não pertenço a esse grupo. Se um leitor perguntar por que devemos achar esses casos dignos de confiança, eu retruco: e por que não?”. E por que não? Toffo e Montalvão…
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    COMENTÁRIO: não é por que Stenvenson acreditava que casos antigos (que não prosperaram, frise-se) mereçam crédito que vão passar a merecê-lo. O erro dessa alegação está em que não são atualizáveis, ou seja, experimentos atuais não confirmam as certezas do passado.
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    De qualquer modo, apresente bons casos que provavelmente possui para nosso ilustramento. Muito nos ajudará a que mudemos de ideia se forem bons conforme afiança.
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    Saudações expectativas.

  69. Marcos Arduin Diz:

    Ah! É, Balofo? O livro foi publicado em 1924 e por que o relato que nele consta teria sido obtido numa entrevista… posterior?
    .
    Embora o Vitor acredite que tal entrevista ocorreu, eu prefiro pensar que ela NUNCA revelou truque algum a Houdini, especialmente esse aí envolvendo Crookes. Ela recebeu oferta de polpuda quantia para revelar como enganou o cara, mas RECUSOU a dita oferta! Por que? Ao Maskelyne, que a havia “exposto” (= fez por ilusionismo o que ela dizia fazer por obra de espíritos), também foi oferecida uma “baba” para demonstrar como ela teria enganado o cientista, mas RECUSOU também.
    Não é gozado isso? Com oferta de dinheiro, a Anna recusou-se a revelar seu truque, mas ao Houdini, ela revelou TODOS os seus truques e DE GRAÇA.
    .
    Eu prefiro pensar, Balofo, que ela NUNCA revelou coisa alguma ao Houdini. Como ele viveu num país onde já se havia começado a se tornarem comuns as iluminações elétricas, ele se esqueceu do detalhe de que os experimentos com a Anna Fay foram feitos antes disso. O que Houdini descreveu como uma “confissão” dela, foi o que ELE faria se estivesse lá e tivesse havido a tal “queda de força”, mas como se percebe, o tão sábio Houdini nem cuidou de se informar de como o galvanômetro funciona. Daí falou besteira, mas um verdadeiro sábio cético acredita nela.

  70. Gorducho Diz:

    Eu ouvi dizer que o livro era anterior ao(s) encontro(s), por isso lhe perguntei. E.g., está n’O Detective Mágico
    http://www.themagicdetective.com/2011/09/life-of-anna-eva-fay.html
     
    He had exposed her act in his book A Magician Among the Spirits, and was actually meeting her after the book had come out.
     
    O Sr. tem certeza que ele está se referindo aos testes do Crookes ao falar do teatro? E o texto que o Sr. tem é o próprio livro, ou relato retransmitido por terceiros?

  71. Gorducho Diz:

    Será que o Sr. não está misturando favas com garrofóns, Professor?

  72. Montalvão Diz:

    Gorducho Diz: Professor: o Sr. leu o livro do Houdini? Não consegui vê-lo na INTERNET. Pois que se falou que a experiencia com o Cookes foi num teatro e este iluminado por luz elétrica, e a Annie ter tido um lampejo de sorte… Será que ele escreveu mesmo isso. O Sr. conferiu pessoalmente o livro?
    .
    Marcos Arduin Diz: Balofo, Sim, eu tenho o livro em pdf e diz exatamente o que foi transcrito. Se você é um cético moderno, lembre: é sua obrigação, em defesa da fé cética, ACREDITAR NISSO.
    .
    COMENTÁRIO: a obrigação de quem investiga não é acreditar sim conferir: visto que parece ser o único a ter o texto (em português? Eu tenho-o em inglês, mas no meu ritmo de leitura nessa língua o assunto já estará elucidado quando conseguir achar o trecho, por isso) poste-o para que possamos tentar entender por que Houdini, mais próximo da realidade daqueles tempos que nós, conseguiu eletrificar teatros ou casas ainda não servidas por essa benesse.

  73. Marciano Diz:

    Andei ausente por pouco tempo, tive um acidente.
    Isto aqui tá bombando.
    Montalvão (vou comentando à medida em que vou lendo, algumas coisas podem sair fora do contexto atual),
    Você perguntou ao Arduin, mas EU acho que o Houdini (também) comeu a Fay. Ela era uma gatinha, quando nova.
    Eu já disse para o Arduin (há muito tempo, em outra postagem – viu? – não estou mais usando a palavra “post”) que eu comeria, se tivesse convivido com ela e tivesse a oportunidade.
    Só não acobertaria qualquer engodo por conta disso nem o faria somente para que ela me confidenciasse algo.
    Eu achava que ela era Fay(a), quem me chamou a atenção para o fato de que ela era bonita foi o Arduin.
    .
    Não vou comentar nada sobre o Guto porque tenho medo desse pessoal “paz e amor”. Eles costumam ser muito violentos.
    .
    Se você,
    Montalva,
    talvez o melhor argumentador do grupo de comentaristas, não consegue lapidar as pedras brutas, ninguém mais o fará.
    Eu já disse e vou repetir:
    Credere nil sapiens amat, omnia credere simplex; scilicet hic aliis credulus, ille sibi (Ao sábio agrada não acreditar em nada, ao homem simples, acreditar em tudo; este acredita nos outros, aquele acredita em si).
    Saudações profanas.
    .
    Toffo,
    Também sempre gostei de literatura fantástica, sou fã de Poe, sei o “The Raven” todinho de cor, já citei Maupassant aqui, temos mais alguma coisa em comum além da profissão.
    Ah, eu adoro música, inclusive erudita, mas não toco nada.
    .
    Grassouillet,
    M. Le Professeur mélange des stations.

  74. Montalvão Diz:

    Marcos Arduin Diz: – Moisés, faça o seguinte: pegue um galvanômetro e coloque os terminais dele numa vasilha com água destilada. Você verá que a corrente será zero, pois a água pura não conduz eletricidade. Aí vá acrescentando colheres de café de sal, e a cada acréscimo, meça a corrente. Diga-me se houve MUITA ALTERAÇÃO na leitura. Caso não tenha havido, transporte isso para o médium: mesmo que ele perca parte da matéria de seu corpo, isso não influenciaria a leitura, ainda mais se for uma perda seletiva: ele perderia massa de locais onde a corrente não está passando.
    .
    COMENTÁRIO: nosso engenheiro elétrico de plantão, o Gorducho, já contestou esse explicamento. Peço, pois, que volte a ele, pois a questão a importante, visto que seu melhor atual argumento em favor de Fay (e em favor das materializações por consequência) é o galvanômetro. Não sou versado na arte do choque, mas sei que quanto mais fino for o condutor (menor massa) maior a resistência. Um médium que perca mais de 50% de sua massa vai provocar oscilações registráveis no galvanômetro, assim me parece. Outra coisa, sua experiência com sal não me soa aplicável ao corpo humano que, embora seja salgadinho, possui outros ingredientes. O teste no caso, teria de ser feito com alguém pesando 60 kg, em seguida substituir este por outro com 120 kg (ou vice-versa) e conferir se a corrente não se altera.
    .
    Pode até ser que não haja modificação significativa, mas precisaria ser bem esclarecido. Porque se a perda de massa for sugestiva e com Crookes tal não se deu aí, meu filho, vamos ter sérios problemas para sustentar a validade do galvanômetro como fiscalizador seguro.
    .
    Ainda: quando esclarecer se há ou não mudança de resistência em corpos com massas diferentes, explique também por qual motivo o galvanômetro, sendo ferramenta tão eficiente na verificação do que acontecia por detrás das cortinas (tão mais simples e elucidativo seria retirá-las…) por que nem mesmo Crookes o utilizou rotineiramente em seus estudos com médiuns materializadores? Os demais investigadores (Richet, Bozzano, Geley, etc.) não fizeram qualquer referência a terem recorrido a tão eficaz meio de controle. Estranho, não? Mas, você que sabe tudo de materialização (até sabe que elas existem) esclareça, por favor, esse misterioso mistério…
    .
    Saudações elétricas

  75. Montalvão Diz:

    .
    ARDUIN DIZ: “Ela recebeu oferta de polpuda quantia para revelar como enganou o cara, mas RECUSOU a dita oferta! Por que? Ao Maskelyne, que a havia “exposto” (= fez por ilusionismo o que ela dizia fazer por obra de espíritos), também foi oferecida uma “baba” para demonstrar como ela teria enganado o cientista, mas RECUSOU também.
    Não é gozado isso? Com oferta de dinheiro, a Anna recusou-se a revelar seu truque, mas ao Houdini, ela revelou TODOS os seus truques e DE GRAÇA.”
    .
    COMENTÁRIO: você ainda não respondeu à indagação que lhe fiz retramente e que agora se torna mais pertinente: não terá sido Fay, digamos assim, comida por Houdini (obviamente, comida no bom sentido) e, por isso, preferiu não arrancar-lhe mais nada?

  76. Montalvão Diz:

    .
    MARCIANO DIZ: Ah, eu adoro música, inclusive erudita, mas não toco nada.
    .
    COMENTÁRIO: nada?

  77. Montalvão Diz:

    .
    Marciano,
    .
    Espero que não tenha sido nada grave seu acidente. Já lhe disse que esse negócio de viajar até Marte em dobra dois iria acabar resultando nalgum acontecimento indesejado. Outra coisa, calibre os pneus da nave e verifique sempre o nível do óleo, inclusive o dos freios. Ah, não mexa no termostato do carburador…
    .
    Almejo boa e pronta recuperação. Beba uns singles ou blendeds, ajudam.

  78. Gorducho Diz:

    Não sei se minha memória me trai, mas o Analista Marciano não andou há poucos dias terrícolas desafiando os Espíritos (em geral, sem entrar no mérito se são incriados; criados a partir de argila de barro modelável, ou dum fogo fortíssimo, ou…)? 🙁

  79. Vitor Diz:

    Arduin
    comentando:
    01 – “NÃO HÁ PROVA ALGUMA, NEM MESMO QUALQUER INDÍCIO de que alguém houvesse passado qualquer informação privilegiada de como burlar o sistema,”
    .
    Aqui não interessam as provas, interessam apenas as possibilidades. A Fay tinha boas chances de conseguir informações de como burlar? Tinha. Ela teve mais de um ano para pesquisar desde que os testes foram feitos om Florence.
    .
    02 – “inclusive porque não conseguiram achar um jeito de burlá-lo.”
    .
    Conseguiram sim, tanto o Brookes-Smith como o Stephenson fizeram experimentos próprios, e o Stephenson concordou com o Brookes-Smith. A experiência não só foi feita, como foi replicada. Ele diz:
    .
    ” Obtive resultados similares em alguns testes que eu mesmo fiz sobre isso, usando maçanetas de portas de bronze como eletrodos, e o mesmo grau de variação é produzido quando uma manivela é colocada sob o joelho. A inserção de uma fita provavelmente produz variações iguais ou maiores. Tudo isso não afeta muito as conclusões de Brookes-Smith sobre a Sra. Fay, pois de fato tais oscilações existiram durante a primeira parte da sessão de 5 de fevereiro (M. & G., pág. 99). […] Eu concluo, junto com Thompson e Brookes-Smith, que a Sra. Fay bem pode ter fraudado mais ou menos como eles sugerem, tirando vantagens dos intervalos durante as medições de resistência.”
    .
    Eis as oscilações brutais que ocorreram como narrado pelo Crookes: “Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. Quando ela segurou as manivelas, a deflexão foi de 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240° e então permaneceu fixa em 237°;”
    .
    A deflexão indica que houve fraude sim. Não dá para negar que havia meios de Crookes ser enganado. O próprio Crookes disse: “se ela tentasse substituir qualquer coisa além de seu corpo para estabelecer um contato parcial entre as duas manivelas, as grandes oscilações do índice luminoso, que aconteceriam enquanto isso estivesse sendo feito, tornar-se-iam evidentes, uma vez que as possibilidades teriam sido infinitas contra a produção da quantia correta de deflexão.” E houve grandes oscilações, desde 190 até 266. Além disso, é falso que haveria grandes oscilações, como Brookes-Smith demonstrou através de suas próprias experiências: “Não seria muito correto dizer que se a médium largasse as manivelas por um instante sequer o marcador do galvanômetro retornaria imediatamente para o zero. O período de tempo comparativamente longo do sistema suspenso retardaria o retorno pela fração apreciável de um segundo. Quando eu tentei a experiência no museu, onde o período do galvanômetro era de quatro segundos, um circuito aberto momentaneamente só produziu uma excursão pequena do marcador. Se as leituras da escala registradas forem consideradas como dados médios estimados de um marcador oscilando continuamente, que é o que muitos delas sugerem, é mais do que provável que mudanças momentâneas na corrente devido a movimentos rápidos das mãos da médium seriam completamente mascaradas. Eu também descobri, tanto no museu quanto em experiências subsequentes, que quando o circuito era completado através de meu antebraço e mão cobrindo ambas as manivelas, o ato de segurar a segunda manivela com a minha mão livre não produziu uma deflexão correspondentemente grande do marcador devido ao caminho paralelo através de meu corpo como seria de se esperar. A resistência ôhmica entre quaisquer dois pontos no corpo parece ser quase a mesma e grande comparada com a mão que controla a resistência se a solução salina é forte, de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.”
    .
    03 – “Desde quando um lenço molhado em solução salina vai ficar com a mesma resistência do corpo da pessoa que mergulhou as mãos na mesma solução salina? Acaso o corpo da pessoa vai se embeber dessa solução salina tal como o lenço? Pare de falar besteira! Mergulhar as mãos na solução salina NÃO VAI REDUZIR a resistência do corpo da pessoa. Essa resistência é dada pela pele (o sangue é condutor) e mesmo molhada na superfície, não o será por dentro. É MUITA ILUSÃO SUA achar que o lenço e a pessoa vão ficar com a mesma resistência. Pegue um galvanômetro moderno e experimente fazer isso.”
    .
    É ilusão MINHA? então por que diabos o próprio Crookes ficou preocupado com a possibilidade de pegarem o lenço usado na experiência?: “sabia que nem ele mesmo, nem qualquer outra pessoa poderia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.”
    .
    04 – “Se está dito lá que ela SEGUROU as manivelas e aí a leitura começou a ser feita e só então foi deixada sozinha, NÃO HAVIA COMO soltar as mãos, pegar o lenço no fundo do balde e colocá-lo entre as manivelas SEM CAUSAR AS OSCILAÇÕES na leitura do galvanômetro. Ela teria de já estar com o lenço com as pontas uma em cada mão e prendê-lo nas manivelas quando fingiu que as seguro. Só que aí você terá de defender a tese de que tal lenço, além milagrosamente ter a exata mesma resistência do corpo dela, ainda por cima era INVISÍVEL.”
    .
    Um truque básico dos mágicos é justamente o de tirar diversos lenços de locais que não são visíveis.

  80. Gorducho Diz:

    (…)nosso engenheiro elétrico de plantão, o Gorducho, já contestou esse explicamento.
     
    Não diria isso. Mas a frase: Aí vá acrescentando colheres de café de sal, e a cada acréscimo, meça a corrente. Diga-me se houve MUITA ALTERAÇÃO(…) não diz nada, bem ao gosto da Ciência Espírita. Que eu saiba, pelo menos em princípio – i.e., que não haja saturação e/ou outros fenômenos eletroquímicos ocorrendo -, a condutividade depende da concentração de íons, e portanto da massa do fornecedor destes. Ou seja, uma solução de “sal” de 0,05M conduzirá metade da corrente duma 0,1M. Exatamente isso que está dito no capítulo que indiquei do Alonso & Finn (que está disponível a todos na INTERNET). Ou seja, em princípio, a condutividade é proporcional ao número de portadores de carga (electrons ou “buracos”) disponíveis (livres) por unidade de volume do material.
    Evidentemente, quem elabore o modelo (no caso do tal “ectoplasma”) é o responsável por dizer porque o comportamento seria diferente, e qual seria essa diferença.
    É isso.

  81. Marciano Diz:

    Essa questão eletrizante (galvanômetro) seria melhor explicada pelo Otavio, que é engenheiro eletrônico (não precisa ser engenheiro eletricista – um de semi-condutores sabe questão tão simples). O problema é que ele foi expulso, por estar sempre em curto-circuito.
    .
    Pelo pouco de que me lembro, o corpo humano oferece resistência à passagem de corrente elétrica, porém não exatamente como um resistor comum, pois a corrente não o atravessa linearmente, como nos resistores. Não obstante, parece-me que haveria maior dissipação de potência elétrica em um corpo com menor massa.
    Acredito que um galvanômetro faria melhor o serviço do que um amperímetro, dado que mede correntes menos intensas. O corpo do médium não poderia estar em contato com outros condutores, para não haver fuga de corrente. Não parece ter sido o caso.
    Palpite de leigo.
    .
    1. Montalvão Diz:
    SETEMBRO 5TH, 2013 ÀS 23:06
    .
    MARCIANO DIZ: Ah, eu adoro música, inclusive erudita, mas não toco nada.
    .
    COMENTÁRIO: nada?
    .

    Montalvão,
    está sugerindo que eu toque algum instrumento de sopro?
    A resposta é: não! Sempre tem alguma musicista que toca pra mim.
    Antigamente eu usava os punhos para praticar a nobre arte (não confunda com a arte suave); hodiernamente, por falta de uso, seja para golpear ou para segurar o gi (aquela vestimenta de tecido resistente) estou acometido de infestação de óxido de ferro, o que não atrapalha o funcionamento do oboé, imune à ferrugem, por ser de madeira (pau), além do fato de que é sempre exercitado, para ambos os fins. Ou seja, realmente não toco nada.
    .
    Não sofri nenhum dano, só a nave (danos graves e custosos – vou morrer em dois e quinhentos da franquia).
    Foi uma tentativa de roubo.
    Sou o melhor navegador de Marte, o que contribuiu para que dominasse a nave desgovernada por ação de objeto não identificado de grande tamanho, colocada em seu curso, com o objetivo de desestabilizá-la e provocar seu descontrole, após o que, eu seria atacado.
    Frustrei a manobra, pois apesar de fazer pouco caso de todas as divindades e espíritos de luz e das trevas, sempre sou ajudado por eles.
    .
    Estou com um JW Platinum (18 anos) para abrir, talvez amanhã, quando devo receber uns amigos.
    .
    Saudações agradecidas.
    .
    .
    Gorducho,
    sua memória é parcialmente traidora. Eu os desafiei realmente, há poucos dias terrícolas (o dia marciano é só alguns minutos mais longo), só que eu os desafio desde a minha infância. Aqui no blog foi a segunda vez, da primeira cheguei a xingá-los, só não repeti os xingamentos porque a política do Vitor mudou, ele está intolerante com palavrões.
    Essas divindades, esses demônios e esses espíritos (inclusive anjos, decaídos ou não) não são de nada.
    O desafio continua de pé.
    Sou ateu na trincheira também.

  82. Gorducho Diz:

    Pelo que eu saiba – não tenho referências em mãos – a impedância da pele é não-linear; e a do resto do corpo seria aproximadamente linear (em primeira aproximação), modelável grosso modo como um eletrólito. Mas o Crookes usou cc (bateria), com voltagem fixa (claro) Z = R = constante. Assim teríamos 2x resistência da pele + interna do corpo. A resistência da pele logico que não variaria com a materialização; a interna sim.
    A questão seria se 2x Rpele é tão dominante nos 6500 BAU (depois = ohms) de modo a não ser registrável a massa requisitada pela alma em condensação. Não tenho esses dados.

  83. Marciano Diz:

    Acho que estamos sendo mais enrolados do que uma bobina de Tesla.
    Enquanto ficamos divagando sobre conceitos de correntes elétricas e impedância o habilidoso Professor consegue prosseguir com digressões diversionistas.
    Se o Professor não fosse botânico, seria um bom político, ele pode não entender de prestidigitação propriamente dita, entretanto é mestre na prestidigitação com palavras.

  84. Marcos Arduin Diz:

    Balofo, o livro é o mesmo sim. ,Eu posso postá-lo no ECAE e aí o Malvadão poderá pegá-lo conferi-lo e o Vitor tem como repassá-lo a você, já que tem o seu email. Mas se você tem a versão em inglês (não há versão em Português que eu saiba), então é chover no molhado.
    E não troque as bolas: uma coisa é ter havido um encontro público deles em 1924 e outra é o Houdini haver conseguido uma entrevista particular com a madame antes disso. De qualquer forma, o relatado por Houdini é RIDÍCULO, o que sugere mais que ele tenha INVENTADO isso (e apesar de todas as suas habilidades, inventou mal devido à falta de estudo do caso… ou má fé mesmo, como foi com Massimo Polidoro).
    .
    Se o seu ritmo de leitura em Inglês é lento (o meu também é), não precisa ler o livro todo: vá ao capítulo que ele trata da Ana Fay e Crookes e encontrará o que digo.
    .
    CONFERIR é algo que os sábios céticos cultos, racionais e inteligentes MENOS FAZEM. Eles apenas ACREDITAM no que colegas dizem. Vejam só o Vitor citando o Stephenson, que acredita piamente no que diz Brookesmith e o próprio Vitor que crê piamente em ambos.
    .
    O De Morte, agindo como um verdadeiro cético, não confere e mistura as coisas para dar credibilidade à fé cética. A Ana Eva Fay talvez fosse uma gracinha quando jovem, mas quando conheceu (não no sentido bíblico) o Houdini, já tinha 75 anos… Que tesão essa velhota daria no Houdini? Realmente é gozada essa falta de seriedade cética, que quando lhes faltam argumentos, só restam aos sábios céticos apelarem para a baixaria.
    .
    Malvadão, é o seguinte: fenômenos cuja ocorrência depende de material humano não funcionam da mesma forma que um experimento escolar de Física ou Química. Eles estão sujeitos a variáveis humanas. Um estudante tranquilo e relaxado, que estudou a matéria, tem tudo para fazer uma boa prova. O mesmo estudante, a acabou de perder a mãe num acidente, brigou com a namorada, tem uma conta pra pagar, mas perdeu o emprego, certamente não estará com a cabeça legal para fazer a mesma prova.
    A mesma coisa acontece com o dito fenômeno de materialização, que nem sempre será igual para todas ocasiões com um mesmo médium ou com médiuns diferentes. Acho que este raciocínio não cabe na sua cabeça cética…
    .
    Com relação ao galvanômetro, o Crookes estava em fase de encerramento das pesquisas nessa área mediúnica, pois além de não conseguir fazer os colegas se interessarem pela coisa, ainda se viu ameaçado de perder seu prestígio e sua colocação entre eles. Já que deste mato não saía coelho, então ele cessou sua pesquisa, embora NUNCA TENHA SE RETRATADO de nada do que pesquisou.
    Quanto aos outros, se tinham outros recursos de fiscalização que não permitiam fraudes, não era necessário recorrer ao galvanômetro.
    .
    Cabe a quem AFIRMA o ônus da prova. Se você afirma que Jules Bois e Francis Anderson eram amantes da Florence Cook e obtiveram dela confissões de fraudes com truques bobos e infantis e eles eram plenamente viáveis e enganaram a Crookes miseravelmente, então que me apresente as provas de tal relacionamento afetivo e descreva-me os truques bobos e infantis dos quais esses cavalheiros falaram. Eu nunca soube deles e estou muito interessado.
    Idem para Ana Eva Fay e o Houdini. Se está me perguntando se ambos se envolveram, da minha parte eu digo que não: Houdini era famoso e não ia se arriscar a perder prestígio moral perante o público chato, moralista e puritano, ainda mais com uma velha de 75 anos. E como o que ele diz sobre ela é uma baita besteira, então fica muito evidente que, no máximo, se conheceram, mas nunca se envolveram, nem trocaram figurinhas. Isso é um apelo desesperado da comunidade cética em defesa da fé cética.
    .
    “Aqui não interessam as provas, interessam apenas as possibilidades. A Fay tinha boas chances de conseguir informações de como burlar? Tinha. Ela teve mais de um ano para pesquisar desde que os testes foram feitos om Florence.”
    – Quem fala em possibilidades, deve ao menos demonstrar a viabilidade delas, Vitor. Já que você CRÊ em Houdini, lembre-se de que ele fala que Eva viu sua turnê perigar quando o Maskelyne a “expôs”. Obviamente ela não previa isso e portanto não há muita possibilidade de ela vir querer saber do Crookes e da Cook. Apelar a Crookes foi uma “emergência” para salvar sua turnê. Agora desde quando um médium farsante fica ensinando suas farsas a outros, ainda mais para gente com quem não tem intimidade alguma? Qual a POSSIBILIDADE disso?
    .
    Você aponta qualquer suposta falha nos experimentos de Crookes e quer vender o peixe de que isso INUTILIZARIA tudo, certo? Mas a sua fé não lhe permite ver a falência experimental de Brookesmith e Stephenson ou Thompson. Vejamos:
    “A inserção de uma fita provavelmente produz variações iguais ou maiores.”
    – Que história é essa de PROVAVELMENTE? O cara não REPLICOU o experimento e assim verificou se os resultados conferiam? Não replicou? Então pare de inventar mentiras a favor deles, está bem? O cara falar que “fez experimentos”, mas não apresenta os protocolos e resultados, em Ciência isso é o mesmo que ter feito NADA.
    .
    “Eis as oscilações brutais que ocorreram como narrado pelo Crookes: “Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. Quando ela segurou as manivelas, a deflexão foi de 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240° e então permaneceu fixa em 237°;”
    .
    A deflexão indica que houve fraude sim. Não dá para negar que havia meios de Crookes ser enganado.”
    – Vitor, ao ver isso DE NOVO, lembrei-me do Boaventura Kloppenburg e seu livro Espiritismo, orientação para os católicos. Lá ele mostra, numa página, contradições na fala de Allan Kardec. Só que conferindo o que ele diz, notei que ele pegava frases soltas de livros do Kardec, tirando-os do contexto e empilhando-as unas sobre as outras.
    Aqui você faz igual. Eu me centro apenas no experimento que ele PUBLICOU e nele NÃO HÁ as tais “violentas oscilações”. Os experimentos que ele registrou em suas notas e guardou-as consigo, são para mim apenas “experimentos preliminares”. Mas você recorre a eles para “justificar” o que disseram os críticos bobos. Esses experimentos preliminares, ele os fazia para testar a médium e as condições experimentais.
    .
    Segurei as pontas de um galvanômetro moderno e notei que se as segurasse frouxamente, o valor da resistência subia a 1400 X 2000 ohms. Apertando forte, a resistência caía a 800 X 2000 ohms. Suponho que isso seja uma “violenta oscilação”. Apertando e afrouxando, o indicador ficava subindo e descendo entre esses valores. Portanto, meu caro, as ditas oscilações que Crookes registrou tanto podiam ser produto de fraude, como de apertos e afroxamentos que a médium fazia involuntariamente nos contatos. Mas no experimento publicado, tais oscilações NÃO OCORRERAM. Neste caso, como ficamos sabendo que houve a fraude proclamada pelos seus queridos autores céticos?
    .
    “Além disso, é falso que haveria grandes oscilações, como Brookes-Smith demonstrou através de suas próprias experiências(…) de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.”
    – Mais uma vez o mesmo choro. Como já disse, com o galvanômetro novo em folha, os pesquisadores disseram que se soltasse os contatos, a queda seria “imediata”. Tá vou dar um boi: haveria uma inércia, já que o indicador era mecânico e não digital. Digamos que demorasse uns dois segundos, ou vou ser mais generoso ainda: seriam os 4 segundos que Brookesmith viu num galvanômetro velho de 90 anos e com 45 anos de desuso. Quatro segundos seria tempo o bastante para ela fazer sua fraude? Daria para ela colocar sua fita lá, ajustá-la, etc e tal? Então por que os colegas de Crookes não conseguiram fazer evitar essas oscilações com o seu lenço molhado? E quanto a substituir uma mão pelo joelho, já disse que concordo que isso seria viável, mas que em NADA a ajudaria na fraude no experimento publicado.
    .
    “É ilusão MINHA? então por que diabos o próprio Crookes ficou preocupado com a possibilidade de pegarem o lenço usado na experiência?: “sabia que nem ele mesmo, nem qualquer outra pessoa poderia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.”
    – Ele ficou PREOCUPADO? Se ninguém podia repetir a experiência com o lenço, então qual é o motivo de preocupação? E você não me respondeu porque um lenço e uma pessoa terão a mesma exata resistência elétrica por terem sido mergulhados na mesma solução salina…
    .
    “Um truque básico dos mágicos é justamente o de tirar diversos lenços de locais que não são visíveis.”
    – Meu São Cipriano da Capa Preta pela enésima vez… Os lenços estão INVISÍVEIS por que estão escondidos, bem embalados e compactados em pequenos compartimentos situados em locais estratégicos da roupa do mágico. Certo? Mas o lance é torná-los VISÍVEIS ao público uma vez retirados de lá. No caso aqui, a Eva tirou o seu lenço do local secreto, mergulhou-o na dita solução salina, e o prendeu entre as manivelas… E mesmo assim ele teria de continuar INVISÍVEL aos caras que a estavam vigiando e se certificando de que ela segurava as manivelas, uma com cada mão. Como é que eles podiam ver as mãos dela, mas não o lenço entre as manivelas? Ficou claro agora?

  85. Marcos Arduin Diz:

    “Eu concluo, junto com Thompson e Brookes-Smith, que a Sra. Fay bem pode ter fraudado mais ou menos como eles sugerem, tirando vantagens dos intervalos durante as medições de resistência.”
    – Ôpa! Esqueci de comentar essa. Vitor, essa é outra BALELA dita pelo Stephenson e, ao que me consta, ele NÃO TESTOU esse chute. Apenas SUPÔS que isso poderia ter acontecido. Não aconteceu porque NÃO HAVIA intervalos entre as ditas medições: ele parava de ler a declinação e IMEDIATAMENTE começava a ler a corrente. Depois voltava a ler a declinação. Em ambos os casos, a médium tinha de se manter no circuito. E tudo o que tinha de fazer era só VIRAR UMA CHAVE. Quanto tempo isso demora e por que permitira a fraude? Stephenson não diz eu também não sei. Você sabe?

  86. Gorducho Diz:

    Balofo, o livro é o mesmo sim. ,Eu posso postá-lo no ECAE e aí o Malvadão poderá pegá-lo conferi-lo e o Vitor tem como repassá-lo a você, já que tem o seu email. Mas se você tem a versão em inglês (não há versão em Português que eu saiba), então é chover no molhado.
     
    Mas que cousa… Eu lhe disse que não consegui ler o livro na INTERNET, e lhe perguntei se tinha lido o próprio – sem ser via relatos de terceiros, concedendo o benefício da dúvida. Entendeu agora?
    Procuro ser cuidadoso nesse ponto. Mas, então, sim, desqualifica todo livro, não devendo-se ler nem mais um ι do mesmo; incinerando-o de imediato.

  87. Marcos Arduin Diz:

    Ué, Balofo?
    Aqui se desqualifica TOTALMENTE qualquer coisa que o Chico escreveu, apontando-se um suposto plágio, ou personagem inexistente, ou vida num planeta que sabe que não tem vida… Você não perde interesse por uma obra assim?
    Pois muito que bem. Eu NÃO LI o dito livro do Houdini, porque o meu inglês é lento e aí não posso lhe afirmar se ele mentiu muito ou pouco, ou disse verdades ou não disse verdades. O caso é que você queria saber se o que citei está neste livro. Está. Não é um texto inventado por algum defensor de Crookes na inglória tentativa de salvá-lo mentindo, como se precisasse disso.
    .
    Agora voltemos ao tal Houdini e seu livro. Veja lá se encontra a citação e confira se é isso mesmo. Vai que eu tenha me enganado…

  88. Antonio G. - POA Diz:

    Boa Tarde, Senhores!
    .
    Ando ausente, fora de minha base e muito atarefado, mas continuo dando umas espiadas no site. É uma cachaça.
    Um bom abraço a todos.

  89. Gorducho Diz:

    Eu estou concordando com o Senhor, Professor! O livro deve ser totalmente desqualificado e incinerado sem delongas. Eu não tenho o livro, com é que vou ler? Por isso lhe perguntei e repondo com base na sua informação. Por Ba’al… que dificuldade para entender!

  90. Arnaldo Paiva Diz:

    Gorducho
    Boa tarde
    .
    Você Diz:
    SETEMBRO 5TH, 2013 ÀS 11:14
    De fato então isso descredita completamente o Houdini. Aliás, até onde sei, o livro foi escrito antes da entrevista com a Annie. Não é?.
    .
    E, bom, pelo menos o galvanômetro funcionou, servido para provar experimentalmente que o “ectoplasma” dos Espíritas não existe (claro que o da biologia existe)
    .
    Ô grande cientista Gorducho o que tem a ver o galvanômetro com a existência ou não do ectoplasma apresentado nas experiências científicas de materialização? Então por favor, me explique que substância branca é aquela que sai dos ouvidos e boca dos médiuns em transe nas fotografias tiradas nas experiências?
    .
    Como cético, acredito que você vai dizer que era um trem maria fumaça que ia passando por ali.
    .
    Veja bem o que nos diz Hermínio Miranda no seu livro “As Mil Faces da Realidade Espiritual”, comentando sobre a postura de Houdini em relação ao ectoplasma:
    .
    “(…) Não menos negativa é a postura de Houdini em relação à Marghe Béraud, conhecida nos meios científicos de então como Eva C., médium de materializações, que Richet considera, no seu famoso Traité de Metapsichique, um dos “médiuns muito poderosos”, surgidos entre 1885 e 1920. Pouco adiante, ainda no “Tratado”, ele declara que Stanislva Tmezyk, Marthe Béraud (Eva C.) e Miss Goligher, “abriram para a metapsíquica objetiva, inesperadas perspectivas”.
    .
    Houdini não viu nada disso. Da sua sessão com Eva C, ficaram duas conclusões: 1ª) sua experiência de vários anos no palco convencia-o de que aquilo era apenas um ato de ilusionismo; 2ª) que o ectoplasma era uma substância nojenta. Chega a declarar que ignora por que o “Todo Poderoso permitia emanações de substâncias tão horríveis, repugnantes e viscosas do corpo humano”.
    .
    É sempre assim, todos os que estão movidos apenas pelo preconceito contra o Espiritismo, por não aceitar a verdade porque ela os faria descer do pedestal orgulhoso do ceticismo, sempre acham um jeito de matá-la. Não me canso de dizer:
    .
    São os MATA-A-PAU da verdade e os CIENTÍFICOS DA MENTIRA.

  91. Gorducho Diz:

    Será que eu escrevi sem querer em espanhol, e por isso o Sr. não consegue me entender, Professor 🙂

  92. Marciano Diz:

    O que é isso, Professor?
    Montalvão fez-lhe uma pergunta e eu respondi por você.
    Não há baixaria nenhuma em sexo, como deveria saber um botânico, a baixaria associada com sexo está na cabeça das pessoas. Até algumas de suas plantinhas reproduzem-se através de sexo. “Honni soit qui mal y pense.” Como sei que não fala françuá, traduzo: “tenha vergonha quem pensa mal disso”.
    E foi você quem me alertou para o fato de que a Eva não era Fay(a), quando novinha. Aos 75 anos não estava mais apta à reprodução.
    Et avant les digressions!

  93. Gorducho Diz:

    Ô grande cientista Gorducho &c.
    Obrigado, mas a modéstia me impede de apoiá-lo.
     
    O que tem a ver o galvanômetro com a existência ou não do ectoplasma apresentado nas experiências científicas de materialização?
    Já foi exaustivamente explicado acima. Mas talvez nosso especialista em materializações e poltergeist rappings (vivenciou um), o Professor Arduin, possa lhe esclarecer mais didaticamente. Alô, alô, Professor, favor me ajude a explicar para o Analista Arnaldo…
     
    Então por favor, me explique que substância branca é aquela que sai dos ouvidos e boca dos médiuns em transe nas fotografias tiradas nas experiências?
    Há alguns anos por razões profissionais me mandaram assistir um treinamento de aprox. 12h sobre têxteis. Mas depois isso saiu de foco para mim, de modo que não me lembro muito. Diria que é “gaze” ou “musseline” ou algodão (não-tecido).
     
    Como cético, acredito que você vai dizer que era um trem maria fumaça que ia passando por ali.
    Não, é diferente. Quando pequeno ainda havia onde eu nascera marias fumaças empregadas para manobras de pátio. Lhe digo que são cousas distintas.

  94. Gorducho Diz:

    Aliás, Analista Arnaldo, não sei se o Sr. lembra, a Eva C. fora futura nora e participava no teatrinho que representavam na Villa Carmen, em Algiers, para se divertirem e ao mesmo tempo acalmar os nervos da “generala” Carmencita Nöel. Um dos personagens era o “Bien_Bôa”. Os bocós Richet e Gabriel Delanne assistiram algumas das representações, levaram a sério, e acharam que era um ser ultramundano condensado. A ingenuidade da humanidade terrícola não tem limites.

  95. Marcos Arduin Diz:

    Bem, Balofo, só depois de haver postado o que lhe mandei é que entendi que você não tem o livro, nem em inglês.
    Vou postá-lo no ECAE e aí o Malvadão ou o Vitor dão um jeito de mandá-lo a você ou então me repasse o seu email e eu mesmo mando.
    O trecho em questão está nas páginas 176 e 177:
    “All of this stands as proof that Professor Crookes, even after he was knighted, was of a vacillating mind and for some reason seemed to be deficient in rational methods of discovering the truth, or at least disinclined to put them in force outside of his particular line of science. Possibly, one of the convincing proofs to him may have been the “tricks” played on him by Annie Eva Fay, for if I am not in error his failure to detect her trickery was the turning point which brought him to a belief in spiritualism. She told me that when Maskelyne, the magician, came out with an expose of her work she was forced to resort to strategy. Going to the home of Professor Crookes she threw herself on his mercy and gave a series of special tests. With flashing eyes she told of taking advantage of him. It appears that she had but
    one chance in the world to get by the galvanometer*** but by some stroke of luck for her and an evil chance for Professor Crookes, the electric light went out for a second at the theatre at which she was performing, and she availed herself of the opportunity to fool him. One of the tests was duplicated by Professor Harry Cooke, a magician.
    *** The “galvanometer” is an instrument used to control the medium. It is an electric device provided with a dial and two handles, so constructed that if the medium were to let go of either handle the contact would be broken and the dial fail to register. The medium in fooling the sitter simply placed one of the handles on the bare flesh under her knee and gripping it there with
    her leg kept the circuit intact and left one hand free to produce “spirits.”
    .
    E quanto a Eva Carriére ela foi uma “quase nora”, pois seu noivo morreu pouco antes do casamento. Tem gente que é mais bocó que Richet e Delanne: aqueles que acreditam no que os céticos mentirosos disseram a respeito dos experimentos feitos.

  96. Gorducho Diz:

    Obrigado pela atenção, Professor, mas não precisa mandar o livro. Nunca duvidei de sua palavra, apenas perguntei se havia lido o próprio, pois que tão absurdo é tal dito.

  97. Gorducho Diz:

    Vou fazer aos poucos uma tradução do artigo do Pascal Le Maléfan que esgota o assunto da Villa Carmen, pois infelizmente a maioria dos polemistas tem dificuldade com francês, de modo que não adiante transcrever.
    Quem tiver interesse e ler francês, esse artigo esgota o tema:
    “La psychopathologie confrontée aux fantômes. L’épisode de la villa Carmen”, Psychologie et Histoire, 2004.

  98. GUTO Diz:

    “Deixem os mortos enterrar os seus mortos”. Não é palavra por palavra, mas a interpretação seria mais ou menos essa.Onde está? Procura aí, né? Aproveita e leia um pouco mais. Não custa muito assim. Valeu.

  99. Cacique Diz:

    Vítor,

    Venho acompanhando há alguns meses o site Salto Quântico (www.saltoquantico.com.br), do médium sergipano Benjamin Teixeira de Aguiar. No youtube há diversos vídeos em que ele aparece incorporando espíritos na presença de centenas de pessoas, transmitindo informações dos espíritos Eugênia (apresentada como sua mentora) e outros, como um estranho Anacleto e um médico alemão chamado Hans. Os “beneficiários” das mensagens confirmam tudo que lhes é transmitido, desde preces até pensamentos jamais expostos ou verbalizados. Do que se trata, afinal: fenômeno legítimo ou fraude? Você ou alguns dos frequentadores deste site já viu algum desses vídeos?
    Outra coisa que chama a atenção (evidente loucura ou charlatanismo) é que o tal espírito Eugênia é apresentado por Benjamin como Aspásia de Mileto, Cláudia Prócula (esposa de Pilatos), Santa Bernadete e até Catarina de Aragão. Você conhece o trabalho de Benjamin Teixeira de Aguiar e esse Instituto Salto Quântico?

  100. Montalvão Diz:

    ARDUIN,
    .
    Essas suas respostas em bloco confundem pacas. Não é que não possa nem dava fazê-lo, mas procure especificar claramente a quem e a que ponderamento responde, veja um exemplo: o texto a seguir dá a impressão de que foi dirigido a mim, porém não lhe comentei qualquer coisa que pedisse tal esclarecimento. Se falei algo nesse sentido, destaque onde foi porque não recordo. Confira:
    .
    ARDUIN: Cabe a quem AFIRMA o ônus da prova. Se você afirma que Jules Bois e Francis Anderson eram amantes da Florence Cook e obtiveram dela confissões de fraudes com truques bobos e infantis e eles eram plenamente viáveis e enganaram a Crookes miseravelmente, então que me apresente as provas de tal relacionamento afetivo e descreva-me os truques bobos e infantis dos quais esses cavalheiros falaram. Eu nunca soube deles e estou muito interessado.
    /
    COMENTÁRIO: Embora essa linha argumentativa não tenha sido por mim utilizada, o que sei, quer dizer, desconfio, é que Florence e Fay devem ter dado. Se deram muito ou pouco isso foi lá com elas. Se Fay era velha para entregar-se a Houdini quando o conheceu tal não interfere, depende do gosto das partes: conheço donzela quase-virgem, recatada como ninguém que, aos setenta e dois anos é fogosa qual potranca no cio (falei que conheço, não que desfrutei). Mas, sério, esses aspectos eróticos, a meu ver, não interferem expressivamente na constatação de que espíritos não se materializam. O problema está em que, mesmo não fossem as dúvidas que os investigamentos de Crookes e amigos suscitaram, temos a realidade presente que mostra que nada do que aconteceu naqueles dias frutificou.
    .
    Agora, voltando as medidas galvanométricas, duas coisas: você diz, sem enrusbecer, que Crookes descartou o galvanômetro porque estava a se aposentar das lides espiritistas e que nenhum dos demais que perquiriam a matéria se interessaram pela fenomenal ferramenta. Parece achar que essa explicação seja suficiente. Ora, não é. Seria como se hoje alguém fosse investigar casos desse tipo, espetaculizados no escuro (claro, só fazem dessas coisas no escurinho) e dispensasse equipamento infravermelho. O galvanômetro era peça simples e, pelo que Arduin postula, suficiente para vigiar a médium em plenitude, mas ninguém, além de Crookes, deu atenção ao engenho. Volto a indagar: estranho não?
    .
    O outro ponto está indiretamente relacionado com o galvanômetro (não esqueça que a dúvida sobre a perda da massa e a oscilação no equipamento ainda não foi elucidada). Veja só: postula-se que os médiuns de Crookes (e todos) encolhiam (e encolhem) ao cederem forças para os espíritos. Florence estaria 50% mais magra, ou mais, quando das materializações de Katie King, certo? Concorda?
    .
    Acontece que, diante das acusações de que Florence e seu espírito materializado eram a mesma pessoa, Crookes tratou de fotografá-las juntas, para demonstrar que eram distintas (como se uma fotozinha só fosse suficiente, mas não vamos mexer com isso por enquanto). Pois bem, ocorre que no fotograma, tanto Katie quanto Florence estão inteiras: Florence Cook, que forneceu “energia” para que Katie King viesse ao mundo, não encolhera um dedinho sequer.
    .
    Isso não lhe parece, além de sensacional contradição, altamente suspeito? E estou só falando dos médiuns crokeanos, se formos verificar Peixotinho, Otília, Chico, etc., reconheceremos que há areia no angu.

  101. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Montalvão, está sugerindo que eu toque algum instrumento de sopro?
    .
    COMENTÁRIO: não pensei em sopro: passou por minha mente algo mais manual. Mas estou quase convicto que você não toque nada mesmo, embora tenho dúvidas sobre o que faz nas madrugadas insones…
    .
    Saudações onanistas.

  102. Montalvão Diz:

    .
    GUTO Diz: “Deixem os mortos enterrar os seus mortos”. Não é palavra por palavra, mas a interpretação seria mais ou menos essa. Onde está? Procura aí, né? Aproveita e leia um pouco mais. Não custa muito assim. Valeu.
    .
    COMENTÁRIO: Gu, presumo que esteja respondendo à inquirição que lhe fiz, no entanto, faltou esclarecer a quem se destina. Seja como for, a interpretação passa distante de traduzi-la por “há quem esteja morto e não saiba”, o sentido do conselho é outro. Examine o texto com atenção e verifique.
    .
    Saudações teológicas.

  103. GUTO Diz:

    Vamos lá. “E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai.
    Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram; Mateus 8:21-23 -A tradução depende da bíblia. O que acha?

  104. GUTO Diz:

    “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.
    João 10:10” Outra passagem onde Jesus fala sobre vida e não morte. Ou seja, para quem está vivo.

  105. Montalvão Diz:

    .
    Essa vai pro Arduin: fala-se que o barão Schrenck-Notzing isolou porções de ectoplasma e as analisou (o que para você, preclaro professor, deve ser prova da existência dessa inexistente substância, certo?), minha pergunta é: Se Notzing conseguiu, por que ninguém mais pode fazê-lo? Por que os cientistas hodiernos são incapazes de proceder como o fez o barão e ampliar o conhecimento dessa gelatina fomentadora de materializações? Que mistério é esse?

  106. Montalvão Diz:

    ,
    GUTO Diz: Vamos lá. “E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai.
    Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram; Mateus 8:21-23 -A tradução depende da bíblia. O que acha?
    .
    COMENTÁRIO: a tradução pode variar, mas a ideia que a sentença transmite não é a que defende. O candidato a apóstolo queria, antes de seguir o Mestre, “arrumar as coisas”, só depois daria atenção aos assuntos do Reino. Jesus, em outras passagens, afirma que “seu reino não era desse mundo” e que “suas palavras eram palavras de vida”. O concorrente ao cargo de seguidor de Cristo pretendia cuidar das coisas mundanas e depois, implícito que se houvesse tempo, cuidaria de atentar ao ensino de Jesus. Ele estava pondo interesses perecíveis à frente dos imperecíveis, daí a reprimenda que o Filho de Deus lhe dirigiu.

  107. GUTO Diz:

    Mas porque disse claramente: “Deixe os mortos enterrarem seus mortos”. Explícitamente diz que aqueles que não seguiam Jesus estavam mortos, contudo não seria questão física, mas de ordem espiritual. Aqueles que seguiriam Jesus teriam vida e em abundância.

  108. GUTO Diz:

    Meu português está @#@$%#@@$ terrível, desculpe-me! Consegui me fazer entender, pelo menos?

  109. GUTO Diz:

    “A outro disse: Segue-me. Mas ele pediu: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai.
    Mas Jesus disse-lhe: Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus.”
    Lucas 9:59-60 – Muda um pouco o final, mas Jesus afirma: Deixa que os mortos enterrem seus mortos”. Valeu , vou dormir.

  110. Gorducho Diz:

    Isto é quase tão cômico quanto as experiencias do Crookes 🙂

  111. Marcos Arduin Diz:

    De Morte, pare de fazer-se de desentendido. Você sabe muito bem que naqueles tempos, era senso comum nas sociedades cristãs de que sexo, mesmo entre casal casado, era PECADO. Só seria desculpável se a mulher ficasse grávida. Pra se ter uma ideia, no filme O Rei Pasmo e a Rainha nua, havia um marido que estava muito preocupado com a atividade sexual do casal, pois a esposa dele gozava pra burro durante a relação. E aí ficaram lá os padres pensando em encontrar uma fórmula para que pudesse haver uma transa entre os dois que fosse de uma forma ABSOLUTAMENTE CASTA.
    Sacou, meu caro?
    Portanto envolvimento sexual fora do casamento era coisa MUITO MAL VISTA. Ao homem em geral era perdoável (é consenso na fé cristã de que o homem pode pecar, ao menos sexualmente _ a mulher, não). E a mão aqui é muito fraca, pois estão sugerindo que a Ana Eva Fay e Houdini se envolveram sexualmente, SEM QUALQUER base que justifique tal afirmativa. Realmente é gozado isso: os cientistas dizem que tomaram tais e quais controles e verificaram tais e quais resultados, mas todos duvidam por aqui. Agora uma afirmativa boba dessas, sem qualquer vislumbre de prova, de repente torna-se PROVA POR SI MESMA.
    .
    Assim é fácil.

  112. Marcos Arduin Diz:

    “Vou fazer aos poucos uma tradução do artigo do Pascal Le Maléfan que esgota o assunto da Villa Carmen, pois infelizmente a maioria dos polemistas tem dificuldade com francês, de modo que não adiante transcrever.”
    – Ei, Balofo, veja se encontra também o que a Eva Carriére e seu pai disseram ao advogado Marsault (ou senhora Marsault – o sexo varia conforme a fonte) e também o que diz o Dr Rouby no original.

  113. Montalvão Diz:

    GUTO Diz: Mas porque disse claramente: “Deixe os mortos enterrarem seus mortos”. Explícitamente diz que aqueles que não seguiam Jesus estavam mortos, contudo não seria questão física, mas de ordem espiritual. Aqueles que seguiriam Jesus teriam vida e em abundância.
    .
    Meu português está @#@$%#@@$ terrível, desculpe-me! Consegui me fazer entender, pelo menos?
    .
    COMENTÁRIO: conseguiu se fazer entender sim, e, em termos gerais, a leitura que fez das palavras de Jesus me parecem corretas. Pelo que se depreende do discurso do mestre, todo aquele que não for iluminado pelo divino está espiritualmente morto em seus delitos. Apenas digo que o uso que fez dessa exortação foi inadequado, quando disse: “Caro Montalvão, nada a declarar! Desta vez, só um, ok? Seguirei a minha vida da forma que melhor me convém. Da forma que me faz sentir VIVO e FELIZ. Como Jesus dizia: Existem pessoas que estão mortas e nem sabem disso.”
    .
    Então veja o que fez: usou palavras de Cristo, em acepção particular, para amparar sua (sua, do Guto) avaliação daqueles que não deram atenção ao apelo que lançou, de deixarem críticas a Chico Xavier (e a outros) de lado e cultivarem a política do amor e da tolerância. Este foi o deslize.
    .
    Saudações espirituais.

  114. Gorducho Diz:

    Ei, Balofo, veja se encontra também o que a Eva Carriére e seu pai disseram ao advogado Marsault (ou senhora Marsault – o sexo varia conforme a fonte)
    Qual é o artigo?
     
    e também o que diz o Dr Rouby no original.
    O Sr. tem o Comunicado? Se tiver, este sim gostaria que me alcançasse.
    Bien-Boâ et Charles Richet, Comptes rendus du XVème Congrès international de médecine, Lisbonne, 19-26 avril 1906, Typographia A. de Mendonça, pp. 459-516.

  115. Gorducho Diz:

    Mais uma vez a Ciência confirma o Espiritismo: a atmosfera da Lua. Kardec [Revista, março ’58]:
     
    Não se compreende que semelhante objeção possa ser feita por homens sérios. Se a atmosfera da Lua não foi percebida, será racional inferir que não exista? Não poderá ser constituída de elementos desconhecidos ou bastante rarefeitos para não produzirem refração sensível? O mesmo diremos da água e dos líquidos ali existentes. (…)
    Pela mesma razão, os habitantes da Lua, se um dia pudessem vir à Terra, uma vez que constituídos para viver sem ar ou num ar muito rarefeito, talvez completamente diverso do nosso, seriam asfixiados em nossa espessa atmosfera, como nós quando caímos na água.(…)
    Tal raciocínio acha-se confirmado pela revelação dos Espíritos. Realmente eles nos ensinam que todos
    esses mundos são habitados por seres corpóreos, apropriados à constituição física de cada globo;

     
    http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-23939448

  116. Montalvão Diz:

    .
    MARCOS ARDUIN DIZ: DE MORTE, pare de fazer-se de desentendido. VOCÊ SABE MUITO BEM QUE NAQUELES TEMPOS, ERA SENSO COMUM NAS SOCIEDADES CRISTÃS DE QUE SEXO, MESMO ENTRE CASAL CASADO, ERA PECADO. Só seria desculpável se a mulher ficasse grávida.
    .
    COMENTÁRIO: Esse “de Morte” quem é, o Marciano? Ainda estou em dúvida a quem se refere… Mas, de onde foi que tirou essa ideia de que o sexo era pecado? Conquanto esteja, digamos, ideologicamente correto, havia um respeito hipócrita aos ditames morais, principalmente por parte dos homens. Na sociedade vitoriana houve uma maré de castidade, pois a santa Rainha não era chegada a essas coisas e abominava quem o fizesse. As mulheres é que pagaram o pato: delas se esperava que não sentissem qualquer prazer e, mesmo assim, fossem cem por cento receptivas às investidas masculinas. A submissão feminina naqueles tempos era dramática. Por outro lado, embora a fidelidade conjugal (notadamente da mulher) fosse propagada como o apanágio de uma vida aprovada por Deus e pelas autoridades, a prostituição na era vitoriana estava disseminada. Pular a cerca, masculinamente falando, era normal. Não se deixe iludir, se havia muita prostituição, havia muitos fregueses.
    /
    /

    MARCOS ARDUIN DIZ: […] Sacou, meu caro?
    Portanto envolvimento sexual fora do casamento era coisa MUITO MAL VISTA. Ao homem em geral era perdoável (é consenso na fé cristã de que o homem pode pecar, ao menos sexualmente _ a mulher, não). E a mão aqui é muito fraca, pois estão sugerindo que a Ana Eva Fay e Houdini se envolveram sexualmente, SEM QUALQUER base que justifique tal afirmativa. Realmente é gozado isso: os cientistas dizem que tomaram tais e quais controles e verificaram tais e quais resultados, mas todos duvidam por aqui. Agora uma afirmativa boba dessas, sem qualquer vislumbre de prova, de repente torna-se PROVA POR SI MESMA.
    .
    COMENTÁRIO: Arduin, você mesmo esclarece o assunto, ao reconhecer que ao homem era tolerado ter vida extraconjugal, ora para haver quem coma tem de haver quem seja comida. Concorda? Portanto, não é nada contrário às probabilidades que as mocinhas Fay e Florence acedessem submeter-se aos apetites de seus testadores, em troca de proteção, principalmente proteção financeira, visto que à mulher naqueles tempos restavam poucas opções, basicamente resumidas em casar-se e se tornar plenamente sujeita ao marido; aniquilar-se fisicamente em trabalhos braçais; prostituir-se; tornar-se preceptora de filhos de famílias classe média e alta e perder quaisquer vislumbres de vida própria.
    .
    Saudações pudicas.

  117. Arnaldo Paiva Diz:

    Gorducho boa tarde
    .
    Gorducho Diz:
    SETEMBRO 6TH, 2013 ÀS 17:44
    Aliás, Analista Arnaldo, não sei se o Sr. lembra, a Eva C. fora futura nora e participava no teatrinho que representavam na Villa Carmen, em Algiers, para se divertirem e ao mesmo tempo acalmar os nervos da “generala” Carmencita Nöel. Um dos personagens era o “Bien_Bôa”. Os bocós Richet e Gabriel Delanne assistiram algumas das representações, levaram a sério, e acharam que era um ser ultramundano condensado. A ingenuidade da humanidade terrícola não tem limites.
    .
    É verdade, a ingenuidade humana não só não tem limites como vara o tempo. Você é um exemplo disso, quanta ingenuidade em acreditar que todos os cientistas não passaram de uns bocós, e que só você não se engana. É verdadeiramente uma SANTA ingenuidade.

  118. GUTO Diz:

    Caro Montalvão, reconheço que possui uma capacidade analítica bem peculiar, no bom sentido.
    Visto que entendeu REALMENTE o que pensei e escrevi, não tenho nada a mais a acrescentar.
    É só.
    PAZ e AMOR a todos!!!

  119. Marciano Diz:

    Salve, irmãos da Terra!
    Eu vos desejo muita paz, tranquilidade, harmonia e amor, em vossos lares, em vossos trabalhos, em vossos corações.
    Quem vos escreve, claro, Marciano.
    .
    Gorducho, você tem o artigo em pdf, epub, doc, etc.?
    Encontrei referências no “Scepticisme scientifique”, mas não o vi disponível para “télechargement”.
    .
    Isso que os sábios espíritos disseram sobre a atmosfera e os habitantes da lua foi lunático.
    Como podem os espíritas conciliarem tamanha estupidez com suas crenças? Esse é um mistério maior do que qualquer outro.
    .
    .
    Arduin,
    eu não insinuei qualquer relação sexual entre a Eva e o Houdini, quem talvez o tenha feito (acho que foi só de brincadeira) foi o Montalva. Eu só peguei carona no que achei que tivesse sido apenas “cum animus jocandi” e lembrei a você que eu não sabia que a Eva era bonitinha quando jovem, que você foi quem me alertou para o fato.
    Na maior parte das vezes (senão todas) em que parece que me faço de desentendido, o que estou a fazer, na verdade, é usando o “comic relief”, para tornar os debates menos gravosos.
    .
    .
    Montalva,
    “ . . . para haver quem coma tem de haver quem seja comida.”
    .

    Aqui não é o lugar pertinente, mas eu tenho usado, há anos, a teoria dos conjuntos para explicar o que você disse sobre a fidelidade feminina. Aquele negócio de conjuntos biunívocos, lembra-se? Parece que você já sacou.
    Um brinde ao Georg Cantor.

    E, quanto ao instrumento a que te referiste, é o mesmo, o oboé, instrumento de madeira, pode ser tocado com a boca, com as mãos. Mas que eu não toco, NÃO TOCO.
    Uma dica pra você, o Platinun é show.
    Saudações dipsomaníacas.
    .
    Quanto à despedida de Guto:
    Deus laudetur.

  120. Marciano Diz:

    Errata:
    platinum.

  121. Gorducho Diz:

    Encontrei referências no “Scepticisme scientifique”, mas não o vi disponível para “télechargement”
     
    No Sítio da revista Sumário do vol. 5 é o primeiro artigo. Baixará um ficheiro .htm pessimamente formatado, mas que depois pode ser aberto com editor de textos e transformado em .pdf
    https://sites.google.com/site/psychologieethistoire/autresrevuesd'histoire23222
     
    Le maléfan, P. (2004). La psychopathologie confrontée aux fantômes. L’épisode de la villa Carmen. Contribution à l’histoire marginale de la psychologie et de la psychopathologie. Psychologie et Histoire, Vol. 5, pp. 1-19. (cliquez ici pour voir le texte)

  122. Montalvão Diz:

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    MARCOS ARDUIN DIZ: Bem, Balofo, só depois de haver postado o que lhe mandei é que entendi que você não tem o livro, nem em inglês. Vou postá-lo no ECAE e aí o Malvadão ou o Vitor dão um jeito de mandá-lo a você ou então me repasse o seu email e eu mesmo mando. O trecho em questão está nas páginas 176 e 177:
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    […]
    .
    COMENTÁRIO: o generoso Vitor fez a cortesia de obter a tradução dessa parte do livro de Houdini que Arduin destacou, e acrescentar comentários, aos quais reproduzo por servirem de balizamento para nossas reflexões.
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    VITOR MOURA DISSE: A tradução do texto consta em um artigo de Medhurst e Goldney de 1964:
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    “Houdini propôs uma explicação alternativa para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma suposta conversação com a Sra Fay.
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    ‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, surgiu com uma exposição do trabalho dela, ela se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou aos seus cuidados e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela tinha apenas uma remota chance de passar no teste do galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e de azar para o Professor Crookes, A LUZ ELÉTRICA FALHOU POR UM SEGUNDO NO TEATRO EM QUE ELA ESTAVA SE APRESENTANDO E ELA APROVEITOU A OPORTUNIDADE PARA ENGANÁ-LO.’ ”
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    * O ‘galvanômetro’ é um instrumento usado para controlar a médium. É um dispositivo elétrico composto de um sintonizador e duas manivelas, construído de modo que se o médium soltar qualquer uma das manivelas, o contato seria interrompido e o indicador registraria a falha. A médium, para enganar o assistente, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intacto e pôs a mão livre para fora e assim produziu o ‘espírito’. (Nota de rodapé de Houdini.)
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    VITOR MOURA: A observação sobre a luz elétrica e o teatro é tolice, obviamente, e levanta a dúvida de que essa conversa tenha realmente acontecido. A sugestão de que a médium colocou um elétrodo debaixo de seu joelho é engenhosa e poderia se aplicar às sessões anteriores, já que ela não era mantida sob observação até o momento em que segurava as manivelas. Mas se esta era a explicação, ela teria ficado muito desconcertada durante a sessão de Crookes de 19 de fevereiro de 1875, quando encontrou as manivelas soldadas, e seria de se esperar que os F.R.S.[1] presentes tivessem observado suas contorções com considerável interesse!
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    Brookesmith, entretanto, mostrou que o truque podia ser feito mesmo com as manivelas soldadas.
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    Pode haver pouca dúvida, portanto, de que a nota de rodapé explicativa escrita por Houdini em 1924 (pág. 102) de que, em 1874, Florence poderia ter tirado de um pulso um dos eletrodos que consistiam em um soberano de ouro e de papel mata-borrão embebido em solução salina e o segurado debaixo de seu joelho está substancialmente correta. Existem várias possibilidades. Ela poderia tê-lo prendido debaixo de seu joelho enquanto sentada ou poderia tê-lo colocado no alto da meia-calça embaixo da liga elástica usada normalmente naqueles dias. De fato, ela podia ter prendido ambos os eletrodos na parte de cima da meia-calça de ambas as pernas, deixando suas mãos completamente livres e então dar alguns passos além da abertura do gabinete até a extensão máxima dos fios de conexão, que se arrastariam no chão, longe da vista das testemunhas. Nas ocasiões em que ela tivesse ambos os eletrodos presos em seus pulsos por fios elásticos e quando ela de repente quisesse libertar uma mão, tudo que teria de fazer seria remover o eletrodo daquele pulso com a outra mão e segurá-lo em seus dedos ou prendê-lo na curva de seu braço. O vestido de mangas curtas que ela aparece vestindo na fotografia, Chapa 3, teria facilitado isto. Ao repetir este truque de substituição, é surpreendente o quão rápido ele pode ser executado sem produzir muita deflexão do galvanômetro, mas a superfície da pele tem que estar bem molhada com uma solução salina forte.
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    Semelhantemente, quando em 1875 a Sra. Fay viu-se diante de manivelas de metal ‘pregadas agora mais separadamente’, ela poderia ter empregado qualquer um de vários truques para conseguir libertar uma ou ambas as mãos e acenar em qualquer lado do gabinete ou pegar e em seguida entregar objetos para os assistentes (pág. 98). Ela poderia ter empregado a manobra do braço deslizante descrita acima ou não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional. Eu consegui fazer isto com sucesso, mas não é fácil.
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    Alternativamente, ela poderia ter escondido uma fita comprida em seu vestido, embebida em solução salina ao mesmo tempo em que ela molhava as suas mãos (pág. 97) e quando deixada só na escuridão, ela poderia ter amarrado a fita de uma manivela até a outra sem quebrar a continuidade do circuito, e então livrar ambas as mãos. Este truque pode ser fácil e convincentemente repetido, mas a fita deve ser larga ou dobrada e a solução salina forte. Mesmo com as manivelas separadas por 60 centímetros, não existe nenhuma grande dificuldade em fazer este truque sem grandes oscilações no galvanômetro.
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    1] Fellows of the Royal Society, ou Membros da Sociedade Real (N. T.).
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    Vale lembrar que a nota de rodapé de Houdini veio após a entrevista com a Sra. Fay. O que mostra que ela de fato confessou seus truques? Todos os truques? Não sei, há décadas que os eventos se passaram e ela poderia se lembrar de apenas uma parte deles para contar a Houdini. Mas que ela fraudou e enganou Crookes, a nota de rodapé de Houdini comprova-o.
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    COMENTÁRIO: pois bem, a própria Fay teria confessado a Houdini que enganou Crookes. Até que se prove que o galvanômetro seja ininganável (coisa que não parece possível ser demonstrada, quer dizer: o aparelho é falível), a declaração será aceitável. Dizendo de outro modo, embora exigisse certa habilidade para sobrepujá-lo, o equipamento tido como inexpugnável não o seria tanto quanto imaginavam seus utilizadores. Arduin se fixa no fato de que Houdini falara em falta de energia elétrica num tempo em que ela não estava disponível, porém é importante ressaltar que ele estava reportando o que ouvira de Fay. Nada obsta que a mulher tenha realmente prestado esse depoimento e fora ela quem confundira os fatos, devido à idade (estaria misturando memórias de outros acontecimentos). Quer dizer, o cerne da narrativa estava correto, ou seja: Eva Fay iludira Crookes, mas os eventos estavam confundidos.
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    Desse modo, com base no que Houdini ouvira de Fay, ele inferira que o logro deveu-se, preponderantemente, a um golpe de sorte, no entanto, pelo que se lê do comentário adicional, de que a mulher pudesse ter posto uma das manivelas na dobra do joelho ou na liga da calçola, vê-se que havia condição de, num movimento rápido, a oscilação do aparelho passar despercebida ou julgada tratar-se de variação acidental.
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    O que se pode concluir (parece-me) é que o galvanômetro não foi exaustivamente testado a ponto de ser demonstrado controle intransponível. Sem querer ser repetitivo, e já o sendo (mas é necessário), o tempo cuidou de demonstrar que espíritos, se existem, estão impedidos de voltarem ao mundo dos vivos, seja mediúnica, seja materializadamente.
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    Mesmo sendo merecedores de respeito, SNIFF para os que assim creem…
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    Saudações galvanométricas

  123. Vitor Diz:

    Exato, Montalvão. Acho muito mais provável que a Fay tenha confundido os acontecimentos do que o Houdini tenha de fato mentido deliberadamente. Foram décadas de apresentações e a memória dela deve ter misturado tudo.

  124. Montalvão Diz:

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    MARCIANO DISSE: Uma dica pra você, o Platinun é show.
    Saudações dipsomaníacas.
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    COMENTÁRIO: tá podendo, hem? Ser dipsomaníaco com Platinun é pra cachorrão. Eu vou por aqui com meu humilde White Horse até que a sorte me visite com um Chivas 18 anos…
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    Chego lá…

  125. Montalvão Diz:

    pois é, como falei, Plantinum…

  126. Marciano Diz:

    Obrigado, Gorducho.
    Já baixei o texto e estou lendo-o.
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    Montalvão, os espíritos foram punidos por seu exibicionismo e proibidos de materializarem-se. Por isso não se vê mais o fenômeno.
    Agora eles só têm permissão para bater na parede do Arduin (mesmo assim, invisíveis) e para encucarem o Scur, travestidos de óvnis.

  127. Arnaldo Paiva Diz:

    Montalvão
    Bom dia
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    Grande Arnaldo Paiva, bons ventos o tragam em retorno a esse espaço de conversas e colóquios. Vejamos se consigo enfrentar as aprofundadas questões que postou.
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    Comentário: Não estou retornando, pois nunca me afastei deste sítio onde as conversas e colóquios sempre nos trás algum aprendizado, apenas estive esperando a sua volta no tópico PROGRAMA ‘DETETIVES DA FÉ – O MILAGRE DE CHICO XAVIER” (2013), mas infelizmente você o abandonou sem trazer nenhuma resposta às perguntas que te fiz, e nem contestar o que lá postei. Eu entendo perfeitamente, é melhor ficar calado do que admitir a verdade dos fatos, mas tem um velho ditado que vem desde os meus tataravós que diz: Quem cala consente……. que …..di..di..digo? Esqueci que esse adágio tem no mínimo 100 anos e com essa idade, não tem mais nenhum valor para você.
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    VOCÊ DIZ: Primeiramente, devo expressar minha curiosidade quanto a ligeira semelhança entre seu pronunciamento e o do profeta Gu, bem assim ao fato de a saída de um ser a entrada do outro. Mera coincidência ou caso de identidades secretas?
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    Comentário: Este seu comentário que se assemelha ao de Larissa, em desconfiar que eu sou o Guto (creio que você está se referindo a ele), enquanto Larissa achava que eu sou Arduin, não dá para entender, será porque eu disse que só tinha cursado o ensino médio? E conseqüentemente não tenho condições de conversar e nem coloquiar com os Doutores cientistas de obraspsicografadas.org? Ou então eu estou sofrendo de algum comportamento dissociativo. Dupla personalidade, quem sabe!
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    VOCÊ DIZ: No campo espiritualista William Crookes não convenceu o meio científico de jeito maneira. É certo que outros cientistas, como Richet e Geley e outros se inspiraram em Crookes ao investigarem materializações. Porém, bem sabemos, o resultado dessas empreitadas não rendeu dividendos. Constata-se essa verdade pelo fato de hoje, mais de cem anos passados, o conhecimento a respeito dessa fantasia de desencarnados produzirem corpos humanos para uso quando em visita ao mundo dos vivos, continua tão ou mais fantasiosa que na época em que aqueles homens acreditaram que tal acontecesse.
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    Meu comentário: Já que você encontrou esta porta dos fundos do tempo, para se safar das verdades que estão na saída da frente, também não devia ou deviam usar as mensagens psicografadas com essa mesma idade, para dizer que Chico Xavier plagiou. Quer dizer, neste caso estas mensagens vindas do mundo espiritual serve como prova para acusar Chico Xavier de plágio, mas como prova de que os Espíritos existem e podem se comunicar com os homens não, não servem.
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    É inconfundível a honestidade e imparcialidade que são demonstradas nas pesquisas realizadas pelos cientistas céticos de obraspsicografadas.org.
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    Desse seu comentário acima, eu retiro esta parte: “Porém, bem sabemos, o resultado dessas empreitadas não rendeu dividendos. Constata-se essa verdade pelo fato de hoje, mais de cem anos passados, o conhecimento a respeito dessa fantasia de desencarnados produzirem corpos humanos para uso quando em visita ao mundo dos vivos, continua tão ou mais fantasiosa que na época em que aqueles homens acreditaram que tal acontecesse”.
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    Em relação a materialização de Espíritos, você sabe que já foi provado pelos cientistas e comprovados pelos mágicos, conforme eu pude demonstrar no tópico PROGRAMA ‘DETETIVES DA FÉ – O MILAGRE DE CHICO XAVIER” (2013), portanto, são provas que não foram contestada até agora, a não ser que você se disponha a sair a campo, e empreender provas através de experiências, que venha contrariar no terreno dos fatos, o que já foi apresentado.
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    Por outro lado, não estou dizendo que você é – longe disso – em absoluto, mas o seu argumento ao chamar de fantasia um fenômeno só pelo fato de você não o compreender como ele possa se dar, é um argumento medíocre. Primeiro porque os Espíritos não criam corpos de carne, os corpos espirituais são constituídos de uma matéria que está fora do nosso conhecimento, mas não deixa de ser matéria, (pois sabemos que ela existe em estado que desconhecemos) e o que os Espíritos fazem, é fazer com que o ectoplasma, que é uma substância semi-material, (comprovadamente) adira ao esse corpo espiritual, favorecendo que seja apalpado, pesado e fotografado.
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    Não foi somente Williams Crooks que materializou o Espírito Kate King, portanto o trabalho de pesquisa dele não foi uma fraude. Mas aproveito a oportunidade para lhe mostrar como deve se portar um cientista ou outra pessoa que queira entrar no campo de investigação qualquer que seja, e principalmente no campo da paranormalidade. Usarei como exemplo o próprio Crooks conforme está descrito por Wallace Leal V. Rodrigues no seu livro Katie King. Assim ele se expressa:
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    “Relativamente a Sir William Crookes, diz Wallace, seu primeiro contato com os fenômenos psíquicos se deu em julho de 1869, em uma sessão com Mrs. Marshal: sua curiosidade voltou a ser provocada por J. J. Morse. em julho e em dezembro de 1870; após a chegada de Henry Slade a Londres, ele anunciou sua intenção de se aprofundar inteiramente na investigação dos fenômenos espíritas. Em um artigo intitulado “O Espiritismo visto à luz da ciência moderna”. declarou: “Não posso dizer que tenho pontos de vista ou opiniões sobre um assunto que não tenho a pretensão de entender”.
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    Mais tarde voltou a declarar: “Prefiro entrar na questão sem nenhuma noção preconcebida, quanto ao que pode ou ao que não pode ser; mas com todos os meus sentidos alertados e prontos para transmitir informações racionais, acreditando que não temos de modo algum esgotado todo o conhecimento humano ou galgado todos os degraus do conhecimento humano e das forças físicas”.
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    Essa disposição íntima de Crooks revela o que é ser um homem de ciência, que não se dispõe a falar ou fazer juízo daquilo que ele não conhece, que adentra no campo investigatício sem nenhum idéia preconcebida do que possa ser ou não ser, quer dizer, uma mente livre de preconceitos ou de juízos apressados.
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    Diferentemente do seu estado íntimo, que tanto deseja fazer uma pesquisa neste campo. Ponha um médium na sua frente e você já o verá não como um instrumento de investigação, mas como um trapaceiro e como tal, você vai investigar as trapaças que você pensa que ele vai querer usar para te enganar, e se o médium não usar a trapaça e o fenômeno acontecer, você não vai aceitá-lo, porque você não estava procurando a verdade, você estava procurando a mentira, aí é você que vai mentir, dizendo que não aconteceu nenhum fenômeno, e foi apenas uma dissociação, coisa da mente do médium, porque é assim que você pensa e que de tanto pensar assim, isso já se tornou uma verdade para você.
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    O mesmo vai acontecer no caso de materialização, porque você já vai com o pensamento pré-concebido de que não existe ectoplasma, de que um Espírito não pode produzir carne, é tudo fantasia chegando mesmo a dizer que todos os que se entregam a esse tipo de coisas são safados, porque é assim que você pensa, portanto, você não tem uma mente livre para investigar um fenômeno do jeito que ele se apresentar. Eu procurei desenvolver um diálogo com você neste campo fazendo-lhe uma porção de perguntas, mas infelizmente você saiu pelas portas do fundo e deixou-me a te esperar na porta da frente.
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    VOCÊ DIZ: Você reclama que os detratores de Crookes-espiritualista deveriam realizar “testes no terreno dos fatos”. Concordo plenamente, e se examinar os comentários céticos aqui postados é exatamente isso que reclamamos. Infelizmente, nosso guru para assunto de materialização, o carnificante Arduin, já nos desiludiu dessa esperança: segundo ele, médiuns de materialização, se é que ainda existe algum, são coisas raras e ele próprio, que é especialista na matéria, não conhece umzinho que seja para nos indicar. Temos, pois, que ficar mesmo no campo das especulações. Porém, mesmo sem experimentos, a realidade está diante de nós nua e bela: a ciência das materializações que produziu no passado resultados próximos de zero, hoje estacionou nesse ridículo patamar, ou regrediu. Desse modo, o tempo comunga por inteiro em desfavor dessa esdrúxula crença.
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    Meu comentário: Você chama de “Esdrúxula crença”, é uma confirmação do que falei acima.
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    Em relação ao ectoplasma, todos nós temos ectoplasma, uns mais outros menos, aqueles que servem para a produção das materializações, são criaturas que o tem em abundância que, – de certo modo -, é mais difícil de se encontrar, mas existem deles por aí que podem ser aproveitados para se fazer alguns experimentos, talvez não de grande vulto, mas pelo menos para confirmar a presença de Espíritos, sim.. .
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    Vale dizer que estas pessoas estão – se assim posso me expressar – em toda parte, não é somente dentro de grupos espíritas, mas tem no catolicismo, no protestantismo, no ceticismo, enfim, pois faz parte de todo ser humano. O seu problema Montalvão, é que você transforma os céticos em seres que não são humanos, são deuses, porque entre os céticos não pode existir faculdades paranormais, não tem ninguém – pelo fato de ser cético – que possa ser possuidor de ectoplasma, e até mesmo alguma pessoa que tenha alguma faculdade paranormal acaba quando diante de um cético…. isso é conversa para Pantaleão….. é mentira Terta?
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    Eu vou até aproveitar a oportunidade, e postar novamente aqui o que você disse no nosso diálogo no outro tópico acima mencionado sobre este assunto. Esse foi o nosso diálogo sem resposta:
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    “Continuando com Montalvão:
    A idéia não é que os céticos façam suas pessoais experiências, usando médiuns que no meio deles houvesse, como se tal coisa fosse viável (médium que pensa ser médium não se alinha com os céticos).
    .
    Meu comentário: “Pelas barbas de saturno, baseado em que Montalvão diz que no meio deles – céticos -, não é viável ter médiuns. Você poderia me explicar porque no meio cético não é viável ter médium? Eu estou te fazendo esta pergunta não é para ficar no ar não, quero que você me responda por que não é viável ter médium no meio cético?”
    .
    “Também não entendi esta entre parênteses – médium que pensa ser médium não se alinha com os céticos? Já sei…. é uma coisa que já se tornou um axioma, quer dizer: aquele que se diz médium a mediunidade do mesmo acaba quando na presença de um cético, é isto? Então eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas e por favor não as deixe sem repostas:
    .
    1 – Considerando que você é um cético, quer dizer que na sua presença um médium que se diz médium não consegue produzir nenhum fenômeno porque a mediunidade acaba, só pelo fato de estar na sua presença?
    2 – Por que a mediunidade acaba? Porque não houve nenhum fenômeno?
    3 – Que tipo de fenômeno você quer que o médium produza? Qual o controle que você submeteu o médium?
    4 – Quanto tempo você acha que leva para um médium produzir o fenômeno que você deseja?”
    5 – Você estipula como o fenômeno deve acontecer para que você acredite que realmente houve o fenômeno?
    .
    Então aí está, aproveite a oportunidade e nos esclareça, porque acredito que todos os que são espíritas aqui neste tópico gostaria de ler as suas respostas.
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    Estive vendo alhures aqui mesmo neste blog, céticos se entregando a experiência dos movimentos da mesa, e ela se mexeu, levando-os a uma gritaria muito grande, o que o amigo tem a dizer dos mesmos? Na verdade aquele fenômeno só se dar com a presença do ectoplasma, e se lá só tem céticos quer dizer que os céticos também tem ectoplasma, confirmando o que tenho dito. Portanto, existe médiuns no meio cético. Seguindo o exemplo desses céticos, por que não aproveita os céticos oferecidos pela Larissa e começa a fazer suas experiências?
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    Voltando aos acontecimentos deste tópico, você diz:
    COMENTÁRIO: entendi bem? Está a afirmar que a realidade das materializações é presentemente comprovada? Se for isso, por gentileza, comunize esse conhecimento, pois, pelo que sei (e com exceção do Arduin) todos aqui estão certos de que espíritos não se materializam, e as ocorrências que parecem comprovar o contrário se explicam por fraudes, ilusões, alucinações ou admissão de boatos inconfirmados. Que os médiuns do passado fraudaram é mais do que certo e os de passado mais recente, quais Otília Diogo, Peixotinho, Chico Xavier, e outros, materializavam só safadezas. Porém, posso estar sendo injusto, se conhece pesquisas que comprovem o contrário, inclusive as que atestem a existência do ectoplasma, não deixe de nos atualizar para que possamos visualizar a verdade.
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    Pois não meu amigo Montalvão, mais uma vez aproveito a oportunidade e vou lhe trazer tudo o que postei no outro tópico e você procure então apresentar suas provas desmentindo sem usar a desculpa do tempo em que as experiências foram feitas. Aproveite também a oportunidade e nos mostre a opinião de qualquer cientista que tenha dito que os fatos – eu estou falando de fatos – perdem seu valor como fato, por causa do tempo.
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    Tudo não tem que ser provado? Então prove-nos também.
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    Vamos agora aos relatos de mágicos, prestidigitadores, escamoteadores e outras coisas mais que verificaram a mediunidade desses médiuns, deles que foram até convidados pelos próprios cientistas.
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    Outro prestidigitador, que teve oportunidade de verificar a mediunidade de Eglinton e a sua levitação, foi o professor Ângelo Lewis Hoffamnn. Acedendo ao pedido da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Inglaterra, que apelou para a sua capacidade profissional, examinou minuciosamente os fenômenos produzidos por aquele médium e declarou honestamente, depois do exame, que tais fenômenos eram autênticos, acrescentando: “Se a prestidigitação fôsse a explicação única desses fatos, estou certo de que seu segredo tornar-se-ia desde logo propriedade pública”. Essa declaração consta de um relatório que a Sociedade publicou nos seus anais, em 1886. (32)
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    Dizieu declarou ao Sr. Méliès, presidente da Câmara Sindical dos Prestidigitadores, que a levitação super-normal de objetos é manifestação que lhes vai muito além da alçada. Quando moço – dizia ele – eu fazia uma mesa levantar-se sem contacto e sem truque. Interrogado por Montorgueil, diretor do “Eclair”, confirmou aquelas declarações e declarou mais: – com 20 anos de idade, eu tinha faculdades de médium; fazia levantar um móvel como o não poderia fazer hoje como prestidigitador. E acrescentou: – A mediunidade e a mágica, são coisas distintas. (33)
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    Carlton refere que, durante uma sessão, viu uma jovem inglesa, médium, falar um dialeto zulu com um dos presentes, e sem que ela pudesse absolutamente conhecer aquele idioma. É indubitável – afirmava esse grande mágico, – que há fenômenos produzidos pelos Espíritos. (34)
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    William Jeffrey, de Glasgow, mágico amador, realizou várias sessões em sua própria casa. Ele assegura que os fenômenos psíquicos não podem ser produzidos pelos meios conhecidos ou por processos comuns.(35)
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    Henri Regnault possui uma carta de Feffrey, alguns de cujos tópicos transcreve. Diz o notável mágico nessa carta:
    “Eu me venho interessando desde a meninice com os mágicos e prestidigitadores de toda a espécie; tenho agora 60 anos e faço parte de quatro sociedades diferentes de ilusionistas e de mágicos, duas em Glasgow e duas em Londres.
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    A princípio fui convidado a estudar o Espiritismo por ministros do culto e amigos vários, para o fim de desvendar onde e como se fazia a fraude.
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    Sou feliz em declarar que todas as minhas pesquisas, nessa época, provaram-me que o Espiritismo era real. Sou fiel à minha convicção e obrigado a reconhecer a realidade tal como verdadeiramente a achei.
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    Alguns dos fenômenos mais notáveis de que fui testemunha, em matéria de materializações, de vozes, de fotografias do Invisível, forçam-me a dizer que é absolutamente impossível ao maior ilusionista, ventríloquo ou truquista, de não importa que gênero, reproduzir essas experiências, por mais hábeis que eles sejam em sua arte.
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    Estou pronto a encontrar-me com qualquer prestidigitador e mostrarei que é impossível obter resultados psíquicos pela prestidigitação.
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    Já convencí numerosos prestidigitadores da realidade das potências invisíveis operantes. Reuní em um dia seis senhores, que eram ilusionistas e prestidigitadores; cada um deles escreveu um artigo num dos seus jornais profissionais para relatar as experiências com as quais ficaram absolutamente estupefactos.
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    Eu sou presidente da Sociedade de Mágica de Glasgow, sociedade de que sou membro há lohngos anos; sou também vice-presidente do Clube dos 12 Místicos (Mystio Iwelde Club), de Glasgow.
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    Em negócios, sou carpinteiro e trabalho em madeiras, nos seus diversos ramos; hoje sou proprietário da Casa Brown & Cia. Utilizei em meu tempo todas as máquinas de trabalhar em madeira e será difícil compreender como um homem dos meus conhecimentos e das minhas aptidões possa ser espírita.”(36)
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    Regnault salienta o fato de haver o prestidigitador mostrado a mais absoluta certeza da autenticidade do fenômeno psíquico. Ele estudou o Espiritismo, não como adepto, mas para descobrir-lhe as fraudes e os embustes. E tão convencido se acha atualmente da sua veracidade, que chegou a lançar um desafio a todos os prestidigitadores. Eis uma prova de boa fé, acrescenta aquele experimentador francês, e pergunta: – Encontrará esse desafio algum eco no campo dos adversários?
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    Não. Até agora não encontrou. Entretanto Regnault fazia espalhar esse oferecimento; – “Se alguém quiser aceitar o desafio do Sr. Jeffrey, terei todo o prazer de apresentar esse prestidigitador inglês; é só me escreverem para a rua Chargrin n. 30, Paris”.
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    (32) “Proceedings”, 1886
    (33) Montorgueil – “Echo du Merveilleux”, 1 de Setembro de 1898.
    (34) Arthur Philips (Carlton) – “Twenty Yeara of Spoot and bluff”, págs. 266.
    (35) George H. Lethem – “How a magician became a Spiritualist”. -,. London Magazine”, Junho, 1920.
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    Arnaldo Paiva Diz: Agora temos o outro lado da questão que SÃO OS FENÔMENOS RIGOROSAMENTE PROVADOS, que representam o lado positivo da investigação, no caso, os fatos incontestável do Espiritismo.
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    COMENTÁRIO: seu declarativo é bom exemplo de crença exacerbada: esteja certo, inexistem “fenômenos rigorosamente provados”, o que há são discursos rigorosamente engalanados com asseverações alucinadas e alucinantes, capazes de convencer incautos de que materializações sejam fato demonstrado. Reveja seu rol de “provas”, passe-o pela peneira da avaliação prudente e confira se sobrará algum. Caso ao menos um escape, mostre-nos para que o conheçamos.
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    Meu comentário: Está acima senhor Montalvão, o que precisa é só o senhor descer do pedestal da ingnorância que é mãe do fanatismo e do preconceito, e se situar como um cientista que deseja ser, porque por enquanto, nem um embrião de cientista o senhor é. Não aconselho nenhum médium se prestar a nenhuma experiência científica com V. Exª , porque com esse ódio contra o Espiritismo que o senhor tem….
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    Você diz:
    COMENTÁRIO: conforme falei, o tempo é o maior juiz, e é ele quem mostrou que as “provadas” materializações de tempos idos são atualmente demonstradas serem ou fraude, ou ilusão, alucinação, crença cega… os fatos espíritas não passaram por nenhuma experiência crítica que mereça esse classificativo. Até hoje os nobres espíritas não apresentaram um estudo que demonstre a realidade da comunicação entre vivos e mortos, nem um… Então, com base em que afirma que a imaginada fenomenologia espiritista tenha sido ratificada?
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    Meu comentário: Não basta apenas apresentar palavras, somente palavras, nada mais que palavras, se faz necessário que o senhor prove o que diz, são coisas que podem ser provadas, o que o está impedindo de você fazer? fora disso meu amigo, suas palavras não tem nenhum valor, não convence ninguém, não passa de uma atitude arrogante.
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    Montalvão comenta:
    COMENTÁRIO: engano seu, as coisas velhas são a base das atuais, portanto, nesse aspecto não são velhas. Velhas sim são as alegações do passado que não se confirmaram no presente. Estas são mantidas vivas por haver agremiações que as inseriram em seu conjunto de crenças. Deixaram de ser eventos de investigação científica para se tornarem dogmas religiosos. Veja, por exemplo, que o Arduin consegue demonstrar que materializações são realidade fazendo referência exclusiva a casos antigos, com os quais pode esticar o discurso apologético a perder de vista (embora ele exagere, pois mesmo os casos “comprovados” de antanho, se examinados com olhos severos, se mostram cheio de dúvidas e inexplicabilidades).
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    Meu comentário: Se você mesmo reconhece que nesse aspecto não são velhas, então está provado o fenômeno porque são fatos e fatos verdadeiramente não envelhecem, portanto não são simplesmente alegações. Procuro ver honestidade nas suas colocações mas não consigo encontrá-las, são recheadas de falácias. Se não houve continuidade, é porque a função para as quais elas foram realizadas foram cumpridas e alcançados os objetivos, que era provar a continuidade da vida após a morte. Agora se a nova geração não se interessou em dar continuidade, o problema não está no fenômeno que está na natureza, pertence à natureza, pode ser começado a qualquer momento, é só se dispor à pesquisa, por que não fazem? Portanto esta atitude não vem em absoluto invalidar o que já foi feito, provado e comprovado.
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    A verdade é que se depender dos ditos cientistas céticos modernos, não vai prosseguir jamais, porque estes não sabem fazer outra coisa senão considerar todos os homens que trabalham trazendo esclarecimentos nessa área como basbaques, e os médiuns trapaceiros sem efetuar ou produzir nenhum evento no terreno dos fatos. Quando se vêem obrigados a aceitar uma verdade, saem pelas portas do fundo e deixa a cargo do tempo fazer cair no esquecimento.
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    Você ainda diz: COMENTÁRIO: não é por que Stenvenson acreditava que casos antigos (que não prosperaram, frise-se) mereçam crédito que vão passar a merecê-lo. O erro dessa alegação está em que não são atualizáveis, ou seja, experimentos atuais não confirmam as certezas do passado.
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    Não me diga que você já está matando o Stenvenson e suas experiências. Você já está se tornando ridículo com esses seus argumentos de desclassificar – na maneira vulgar de se falar – Deus e o mundo. Só você sabe tudo, só o que vier aprovado pelas suas experiências que não são nenhumas, é que tem valor, só que das suas mãos não sai outra coisa senão condenação de quem está trabalhando.
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    Antes a inquisição formada pelos os deuses da ignorância e do preconceito, homens de pensamentos atrasados, tacanha, matava estes homens que traziam a verdade, na fogueira, hoje a mesma inquisição – pois não acabou -, agora com os deuses do intelectualismos, arrogantes do falso saber, seus novos inquisidores vestindo a toga da cegueira – e você é um deles – matam na fogueira da ignorância e do preconceito, todos os que trabalham pelo progresso da ciência.
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    VOCÊ FINALIZA: De qualquer modo, apresente bons casos que provavelmente possui para nosso ilustramento. Muito nos ajudará a que mudemos de ideia se forem bons conforme afiança.
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    Meu comentário: Vou lhe apresentar um caso que – acredito eu – é um bom caso que ilustra muito bem e quem sabe, ponha pelo menos você para pensar, se é que você pensa:
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    É a de um certo indivíduo que atendendo ao desejo do rei, se propunha – mediante pagamento -, ensinar um burro a falar vários idiomas, dentro de dez anos. Após assinar o trato com o rei, alguém que lhe era muito próximo, lhe perguntou como ia ele haver-se depois dos dez anos, ao que o “poliglota” respondeu: – daqui até lá ou morre o rei ou morro eu: e se não morrer nenhum dos dois, eu arranjarei um jeito de que morra o burro.
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    Parafraseando mais uma vez o Antonio G Poa, eu diria: é sempre assim.
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    Saudações burrícas.

  128. Marciano Diz:

    Acabo de tomar o resto da segunda garrafa de JW Platinum que sobrou do meu colóquio com alguns amigos(as). Se eu transbordar, perdoem-me 70×7 vezes.
    Inimaginável confundir o fraterno com o Arduin. Ambos são místicos, não obstante, um é o negativo do outro num aspecto sobre o qual vou abster-me. Quem tiver sabedoria, que calcule o que quero dizer, porque não é um número, mas é bem besta.
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    Ecce nunc patiemur philosophantem nobis asinum?

  129. Marciano Diz:

    Para quem não sabe latir (não é erro de digitação, é ironia) e tem preguiça de pesquisar:
    Será que agora teremos de aguentar um asno que nos filosofa?

  130. Marciano Diz:

    Para os asnos bíblicos:
    Mateus, capítulo 18, versículos 21 e 22.

  131. Marciano Diz:

    21. Tunc accedens Petrus dixit ei: Domine, quotiens peccabit in me frater meus,
    et dimittam ei? Usque septies? .
    22. Dicit illi Iesus: Non dico tibi usque septies sed usque septuagies septies.

  132. Montalvão Diz:

    ARNALDO PAIVA DIZ: Não estou retornando, pois nunca me afastei deste sítio onde as conversas e colóquios sempre nos trás algum aprendizado, apenas estive esperando a sua volta no tópico PROGRAMA ‘DETETIVES DA FÉ – O MILAGRE DE CHICO XAVIER” (2013), mas infelizmente você o abandonou sem trazer nenhuma resposta às perguntas que te fiz, e nem contestar o que lá postei. Eu entendo perfeitamente, é melhor ficar calado do que admitir a verdade dos fatos[…]
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    COMENTÁRIO: ué, pensei não ter ficado qualquer questão pendente naquele tema. Quando saí pareceu-me que as discussões haviam findado. Vou olhar os pronunciamentos e se achar algo não respondido responderei, fique tranquilo. Ou, se quiser, pode me ajudar a clarear-me a nubilosa memória postando o que ficou por esclarecer.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Este seu comentário que se assemelha ao de Larissa, em desconfiar que eu sou o Guto (creio que você está se referindo a ele), enquanto Larissa achava que eu sou Arduin, não dá para entender, SERÁ PORQUE EU DISSE QUE SÓ TINHA CURSADO O ENSINO MÉDIO? E conseqüentemente não tenho condições de conversar e nem coloquiar com os Doutores cientistas de obraspsicografadas.org? Ou então eu estou sofrendo de algum comportamento dissociativo. Dupla personalidade, quem sabe!
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    COMENTÁRIO: nada a ver, Chico cursou apenas o primário e autodidadicamente conquistou nível de saber elevado. Humberto Campos não tinha formação dita superior e foi um dos grandes cronistas do século passado. E tantos outros, inclusive você. A suspeita de identidade secreta foi apenas uma facécia, para desanuviar o ambiente.
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    ARNALDO PAIVA (citando Montalvão): “No campo espiritualista William Crookes não convenceu o meio científico de jeito maneira. É certo que outros cientistas, como Richet e Geley e outros se inspiraram em Crookes ao investigarem materializações. Porém, bem sabemos, o resultado dessas empreitadas não rendeu dividendos. Constata-se essa verdade pelo fato de hoje, mais de cem anos passados, o conhecimento a respeito dessa fantasia de desencarnados produzirem corpos humanos para uso quando em visita ao mundo dos vivos, continua tão ou mais fantasiosa que na época em que aqueles homens acreditaram que tal acontecesse.”
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    ARNALDO PAIVA: Já que você encontrou esta porta dos fundos do tempo, para se safar das verdades que estão na saída da frente, também não devia ou deviam usar as mensagens psicografadas com essa mesma idade, para dizer que Chico Xavier plagiou. Quer dizer, neste caso estas mensagens vindas do mundo espiritual serve como prova para acusar Chico Xavier de plágio, mas como prova de que os Espíritos existem e podem se comunicar com os homens não, não servem.
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    COMENTÁRIO: essa foi de lascar. O que tem uma coisa a ver com outra? O problema com a “porta dos fundos do tempo” é que “ela” é mui pertinente à questão em debate. O caso de Chico Xavier é outro, pois só podemos demonstrar que houve plágio (no ver de alguns), ou que ele era tão somente um escritor inspirado terrenalmente (meu modo de apreciar) avaliando o que Xavier produziu, dããããã… ou haveria outro meio? O tempo no caso dos experimentos antigos comunga contra estes porque nada do que foi realizado no passado, no campos das materializações e da mediunidade geral, progrediu como progridem os saberes saudáveis. No entanto, é fácil derrubar meu argumento: basta demonstrar que houve real progresso… simples.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: É inconfundível a honestidade e imparcialidade que são demonstradas nas pesquisas realizadas pelos cientistas céticos de obraspsicografadas.org.
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    COMENTÁRIO: bem… grato pelo elogio…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Desse seu comentário acima, eu retiro esta parte: “Porém, bem sabemos, o resultado dessas empreitadas não rendeu dividendos. Constata-se essa verdade pelo fato de hoje, mais de cem anos passados, o conhecimento a respeito dessa fantasia de desencarnados produzirem corpos humanos para uso quando em visita ao mundo dos vivos, continua tão ou mais fantasiosa que na época em que aqueles homens acreditaram que tal acontecesse”.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Em relação a materialização de Espíritos, você sabe que já foi provado pelos cientistas e comprovados pelos mágicos, conforme eu pude demonstrar no tópico PROGRAMA ‘DETETIVES DA FÉ – O MILAGRE DE CHICO XAVIER” (2013), portanto, são provas que não foram contestada até agora, a não ser que você se disponha a sair a campo, e empreender provas através de experiências, que venha contrariar no terreno dos fatos, o que já foi apresentado.
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    COMENTÁRIO: comete igual equívoco que o insígne Arduin. Estou lhe apresentando argumento objetivo, concreto e que pode ser constatado por quem quer que seja: não houve mínimo progresso no saber mediúnico. Este é o fato. Considere essa realidade: todo conhecimento legítimo prospera, se amplia, se renova, faculta previsões, e nada disso aconteceu com a suposta realidade das materializações. Cobro-lhe que nos apresente experimentos atuais que confirmem os do passado, bastaria isso para dar àqueles relatos a força que não possuem, mas alguns insistem que tenham. É tolice insistir que os que negam deveriam repetir os feitos dos pioneiros, a fim de constatar que foram verazes. Se nem os espiritistas, que vivem mergulhados no universo mediúnico, conseguem apresentar medianeiros dispostos a provarem que realmente canalizam espíritos, como querer que os céticos os achem? Nada disso, quem afirma tem o ônus de demonstrar. Se se escuda no mote de que não precisa provar nada para ninguém, por estar satisfeito com o que possui; tudo bem, respeita-se: mas não use esse discurso como argumentação porque não é.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Por outro lado, não estou dizendo que você é – longe disso – em absoluto, mas o seu argumento ao chamar de fantasia um fenômeno só pelo fato de você não o compreender como ele possa se dar, é um argumento medíocre. Primeiro porque os Espíritos não criam corpos de carne, os corpos espirituais são constituídos de uma matéria que está fora do nosso conhecimento, mas não deixa de ser matéria, (pois sabemos que ela existe em estado que desconhecemos) e o que os Espíritos fazem, é fazer com que o ectoplasma, que é uma substância semi-material, (comprovadamente) adira ao esse corpo espiritual, favorecendo que seja apalpado, pesado e fotografado.
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    COMENTÁRIO: não sei se leu o suficiente sobre materializações. Se não o fez está perdoado. Mais vou ajudá-lo: os relatos de materializações dão conta de seres formados escritinhos quais humanos, tão humanos que possuem batimentos cardíacos, temperatura corporal, cabelos de verdade, respiram, falam, se movem quais pessoas reais, enfim são seres humanos sem tirar nem pôr. Já lhe cobrei e ao Arduin as demonstrações de que o ectoplasma seja substância real. Da parte do Arduin recebi citações velhas (velhas porque inconfirmadas por experimentos posteriores); de sua parte, se não estou esquecido, a mesma coisa. Foi você (ou outro) que citou Notzing como o sujeito que conseguiu isolar o ectoplasma e supostamente pesquisá-lo. Aproveito, então, para reprisar a inquirição que lancei ao Arduin, que ele vai fazer de conta que não a viu, tente respondê-la:
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    MONTALVÃO DISSE: Essa vai pro Arduin: fala-se que o barão Schrenck-Notzing isolou porções de ectoplasma e as analisou (o que para você, preclaro professor, deve ser prova da existência dessa inexistente substância, certo?), minha pergunta é: Se Notzing conseguiu, por que ninguém mais pode fazê-lo? Por que os cientistas hodiernos são incapazes de proceder como o fez o barão e ampliar o conhecimento dessa gelatina fomentadora de materializações? Que mistério é esse?
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Não foi somente Williams Crooks que materializou o Espírito Kate King, portanto o trabalho de pesquisa dele não foi uma fraude.
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    COMENTÁRIO: mesmo que Katie King fosse legítima materialização não teria sido Crookes a produzir o fenômeno, sim Florence Cook, a dita médium. Crookes apenas investigava o evento. A pesquisa de William Crookes não foi fraude (pelo menos eu não disse nem digo isso): Crookes foi ludibriado por espertalhões. Particularmente, penso que, em certa altura de seus investigamentos ele teve ter suspeitado de que entranhezas ocorriam, mas estava já tão envolvido na ratificação do fenômeno que preferiu manter a teimosa aceitação a se humilhar e reconhecer que fora safadeado.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Mas aproveito a oportunidade para lhe mostrar como deve se portar um cientista ou outra pessoa que queira entrar no campo de investigação qualquer que seja, e principalmente no campo da paranormalidade. Usarei como exemplo o próprio Crooks conforme está descrito por Wallace Leal V. Rodrigues no seu livro Katie King. Assim ele se expressa:
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    “Relativamente a Sir William Crookes, diz Wallace, seu primeiro contato com os fenômenos psíquicos se deu em julho de 1869, em uma sessão com Mrs. Marshal: sua curiosidade voltou a ser provocada por J. J. Morse. em julho e em dezembro de 1870; após a chegada de Henry Slade a Londres, ele anunciou sua intenção de se aprofundar inteiramente na investigação dos fenômenos espíritas. Em um artigo intitulado “O Espiritismo visto à luz da ciência moderna”. declarou: “Não posso dizer que tenho pontos de vista ou opiniões sobre um assunto que não tenho a pretensão de entender”.
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    Mais tarde voltou a declarar: “Prefiro entrar na questão sem nenhuma noção preconcebida, quanto ao que pode ou ao que não pode ser; mas com todos os meus sentidos alertados e prontos para transmitir informações racionais, acreditando que não temos de modo algum esgotado todo o conhecimento humano ou galgado todos os degraus do conhecimento humano e das forças físicas”.
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    Essa disposição íntima de Crooks revela o que é ser um homem de ciência, que não se dispõe a falar ou fazer juízo daquilo que ele não conhece, que adentra no campo investigatício sem nenhum idéia preconcebida do que possa ser ou não ser, quer dizer, uma mente livre de preconceitos ou de juízos apressados.
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    COMENTÁRIO: prezado, os estados e disposições íntimas de Crookes devem ter sido os mais louváveis, mesmo assim ele não estava isento de avaliar erradamente o que investigou. Se o trabalho de Crookes com médiuns estivesse ao nível do que realizou noutros campos (e que produziram resultados reconhecidos) hoje ninguém discutiria suas falhas, uma vez que estariam sanadas pelas experiências que sucedessem.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Diferentemente do seu estado íntimo, que tanto deseja fazer uma pesquisa neste campo. PONHA UM MÉDIUM NA SUA FRENTE E VOCÊ JÁ O VERÁ NÃO COMO UM INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO, MAS COMO UM TRAPACEIRO e como tal, você vai investigar as trapaças que você pensa que ele vai querer usar para te enganar, e se o médium não usar a trapaça E O FENÔMENO ACONTECER, você não vai aceitá-lo, porque você não estava procurando a verdade, você estava procurando a mentira, aí é você que vai mentir, dizendo que não aconteceu nenhum fenômeno, e foi apenas uma dissociação, coisa da mente do médium, porque é assim que você pensa e que de tanto pensar assim, isso já se tornou uma verdade para você.
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    COMENTÁRIO: você não me conhece. Sou filho de médium umbandista, cansei de ver minha genitora receber “espíritos” e modificar seu modo de ser como se fosse outra pessoa. Não vejo os médiuns como trapaceiros, embora alguns reconhecidamente o sejam, mas como pessoas convencidas de uma ilusão que procuram torná-la realidade por todos os meios que encontram. E isso não ocorre só no campo da mediunidade: se pedirmos a carismáticos que deem provas de que o Espírito Santo os visita e lhes concedem “dons do Espírito”, quais profecias, línguas estranhas, dom de curas, etc. não terão como fazê-lo.
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    Os fenômenos sempre “acontecem”: sejam espíritos se “manifestando”, seja o próprio espírito de Deus concedendo poderes aos beneficiados. A fonte real desses eventos é que se discute, e se se investiga com rigor sempre achamos explicações satisfatórias daqui mesmo, da Terra.

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    ARNALDO PAIVA DIZ: O mesmo vai acontecer no caso de materialização, porque você já vai com o pensamento pré-concebido de que não existe ectoplasma, de que um Espírito não pode produzir carne, é tudo fantasia CHEGANDO MESMO A DIZER QUE TODOS OS QUE SE ENTREGAM A ESSE TIPO DE COISAS SÃO SAFADOS, porque é assim que você pensa, portanto, você não tem uma mente livre para investigar um fenômeno do jeito que ele se apresentar. Eu procurei desenvolver um diálogo com você neste campo fazendo-lhe uma porção de perguntas, mas infelizmente você saiu pelas portas do fundo e deixou-me a te esperar na porta da frente.
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    COMENTÁRIO: no caso da mediunidade “inteligente” notadamente a psicografia, digo que nem todos que dizem praticá-la sejam safados, pois, conforme expliquei em outros comentários, muitos acreditam sinceramente que estão se articulando com espíritos e não percebem que o que fazem provêm de suas próprias mentes. No caso das materializações, quem as produz é sempre vigarista: não há como alguém realizar algo que não existe sem recorrer a estratagemas. Desafio qualquer médium de efeitos físicos a se deixar investigar com fiscalização adequada e passar no exame. Hoje em dia nem valem mais as alegações de que céticos, com suas incredulidades, atrapalham a manifestação porque criam “barreiras” psico-espirituais. Os materializadores podem ser perfeitamente vigiados a distância, por meio de câmaras, gravadores de som e alguns controles eletrônicos, os quais são neutros em termos de fé. Agora, se eu lhe perguntar: onde estão as experiências atuais com materializações, certamente não terá resposta, porque não existem.
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    ARNALDO PAIVA (citando Montalvão): “Você reclama que os detratores de Crookes-espiritualista deveriam realizar “testes no terreno dos fatos”. Concordo plenamente, e se examinar os comentários céticos aqui postados é exatamente isso que reclamamos. Infelizmente, nosso guru para assunto de materialização, o carnificante Arduin, já nos desiludiu dessa esperança: segundo ele, médiuns de materialização, se é que ainda existe algum, são coisas raras e ele próprio, que é especialista na matéria, não conhece umzinho que seja para nos indicar. Temos, pois, que ficar mesmo no campo das especulações. Porém, mesmo sem experimentos, a realidade está diante de nós nua e bela: a ciência das materializações que produziu no passado resultados próximos de zero, hoje estacionou nesse ridículo patamar, ou regrediu. Desse modo, o tempo comunga por inteiro em desfavor dessa esdrúxula crença.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: : Você chama de “Esdrúxula crença”, é uma confirmação do que falei acima.
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    COMENTÁRIO: confirmação de quê? Não entendi, e não retrucou meu comentário adequadamente, continua válido o que afirmei, ou seja: o tempo comungou contrariamente à crença de que espíritos se materializam. Se puder demonstrar o contrário, fique à vontade…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Em relação ao ectoplasma, TODOS NÓS TEMOS ECTOPLASMA, uns mais outros menos, aqueles que servem para a produção das materializações, são criaturas que o tem em abundância que, – de certo modo -, é mais difícil de se encontrar, mas existem deles por aí que podem ser aproveitados para se fazer alguns experimentos, talvez não de grande vulto, mas pelo menos para confirmar a presença de Espíritos, sim.. .
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    COMENTÁRIO: prezado, está fazendo afirmação de autoridade. Asseverar que “todos temos ectoplasma” sem que esteja comprovada a existência dessa substância equivale a alegar que as pedras ouvem e entendem o que lhes dissermos. Do mesmo modo, afiançar que existem médiuns “bons produtores” de ectoplasma sem identificá-los, de modo que possam ser testados, equivale a declarar a existência do anãozinho gigante sem dar mostras de sua presença no mundo. Então, anote aí o que vou lhe dizer: ECTOPLASMA NÃO EXISTE (existe, sim, um ectoplasma celular mas não é esse que Richet propôs). Quem puder comprovar que estou equivocado, basta enviar-me registros de experimentos atuais, que descreva suas características e potenciais aplicações.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Vale dizer que ESTAS PESSOAS ESTÃO – SE ASSIM POSSO ME EXPRESSAR – EM TODA PARTE, não é somente dentro de grupos espíritas, mas tem no catolicismo, no protestantismo, no ceticismo, enfim, pois faz parte de todo ser humano. O seu problema Montalvão, é que VOCÊ TRANSFORMA OS CÉTICOS EM SERES QUE NÃO SÃO HUMANOS, SÃO DEUSES, porque entre os céticos não pode existir faculdades paranormais, não tem ninguém – pelo fato de ser cético – que possa ser possuidor de ectoplasma, e até mesmo alguma pessoa que tenha alguma faculdade paranormal acaba quando diante de um cético…. isso é conversa para Pantaleão….. é mentira Terta?
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    COMENTÁRIO: nada disso, o cético pode estar equivocado, isso acontece: o que ele reclama são evidências palpáveis de certas alegações extraordinárias. Essa acusação de que céticos são assim mesmo, não acreditam em nada, se consideram semideuses, não aceitam a realidade das coisas, etc., soa como a falácia do desvio tático: em vez resposta objetiva, demonstrando que a dúvida cética não tem razão de ser, opta-se por atacar o ceticismo como se fora doença a ser debelada. Não seria muito mais simples demonstrar concretamente a existência dessa substância? Observe que já discutimos longas linhas e até agora nada de fundamentar a realidade do material, apenas referências a pesquisas antigas que não prosperaram.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Eu vou até aproveitar a oportunidade, e postar novamente aqui o que você disse no nosso diálogo no outro tópico acima mencionado sobre este assunto. Esse foi o nosso diálogo sem resposta:
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    (citando Montalvão): “A idéia não é que os céticos façam suas pessoais experiências, usando médiuns que no meio deles houvesse, como se tal coisa fosse viável (médium que pensa ser médium não se alinha com os céticos).”
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Pelas barbas de saturno, baseado em que Montalvão diz que no meio deles – céticos -, não é viável ter médiuns. Você poderia me explicar porque no meio cético não é viável ter médium? Eu estou te fazendo esta pergunta não é para ficar no ar não, quero que você me responda por que não é viável ter médium no meio cético?
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    COMENTÁRIO: simples, meu caro, porque médium (no sentido de quem verdadeiramente contata espíritos) inexiste. Se existisse e aparecessem no meio de quem põe em dúvida essa suposta realidade é óbvio que esses teriam sido rigorosamente testados e comprovados legítimos medianeiros. Você parte da certeza de que autênticos contatadores do além são reais e estão por todos os cantos, até mesmo no meio daqueles que duvidam, porém é incapaz de comprovar essa conjetura. Faça, se quiser, o teste nesse espaço: envie questionário descobridor de médiuns para que os interessados respondam, depois aponte quantos aqui são habilitados a contatarem mortos sem o saberem. Deixe de transformar, retoricamente, vagas suposições em certezas e faça demonstrações definidas.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: “Também não entendi esta entre parênteses – médium que pensa ser médium não se alinha com os céticos? Já sei…. é uma coisa que já se tornou um axioma, quer dizer: aquele que se diz médium a mediunidade do mesmo acaba quando na presença de um cético, é isto?
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    COMENTÁRIO: talvez com as ponderações que apresentei fique melhor de entender o que tencionei declarar, tentarei dizê-lo com outras palavras: no meu modo de entender, ninguém se articula verdadeiramente com desencarnados. Os que pensam poder fazê-lo (descontando os que sabem que não capazes e mesmo assim simulam) são iludidos por seus próprios psiquismos. E, até hoje, desconhece-se qualquer comunidade que duvide da comunicação com espíritos, em que seus membros sejam contatadores de espíritos. Ora, a coisa é muito óbvia: quem se julga habilitado a comunicar com os mortos irá procurar gente que pensa como ele e não os que rechaçam essa crença. Essa é a regra geral, nesse mundo cada qual com seu cada qual.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Então eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas e por favor não as deixe sem repostas:
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    1 – Considerando que você é um cético, quer dizer que na sua presença um médium que se diz médium não consegue produzir nenhum fenômeno porque a mediunidade acaba, só pelo fato de estar na sua presença?
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    RESPOSTA: a mediunidade não acaba nem na minha presença nem da de ninguém, ela simplesmente nem começa. Lembre-se que vimos reclamando testagens objetivas que demonstrem espíritos em atuação sem que nos deem respostas satisfatórias.
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    2 – Por que a mediunidade acaba? Porque não houve nenhum fenômeno?
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    RESPOSTA: a mediunidade não acaba, ela não existe, não na acepção de que alguém tenha o dom de comunicar com mortos.
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    3 – Que tipo de fenômeno você quer que o médium produza? Qual o controle que você submeteu o médium?
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    RESPOSTA: não faço exigência de fenômeno algum, apenas requeiro que espíritos deem mostras de que estão no ambiente e atuantes. Se eu tiver um livro em minha mochila e o desencarnado informar o título será um bom teste, ou se ele for até a sala ao lado e noticiar coisas que estão lá postadas, também seria boa prova; posso também anotar a caneta um número em minha barriga e cobri-lo com a camisa, se o espírito informar corretamente o registro seria boa demonstração. E coisas semelhantes.
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    4 – Quanto tempo você acha que leva para um médium produzir o fenômeno que você deseja?”
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    RESPOSTA: o que tempo que ele precisar, desde que seja razoável e ninguém saia da sala…
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    5 – Você estipula como o fenômeno deve acontecer para que você acredite que realmente houve o fenômeno?
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    RESPOSTA: sim estipulo, conforme os exemplos dados acima.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Então aí está, aproveite a oportunidade e nos esclareça, porque acredito que todos os que são espíritas aqui neste tópico gostaria de ler as suas respostas.
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    Estive vendo alhures aqui mesmo neste blog, céticos se entregando a experiência dos movimentos da mesa, e ela se mexeu, levando-os a uma gritaria muito grande, o que o amigo tem a dizer dos mesmos? Na verdade aquele fenômeno só se dar com a presença do ectoplasma, e se lá só tem céticos quer dizer que os céticos também tem ectoplasma, confirmando o que tenho dito. Portanto, existe médiuns no meio cético. Seguindo o exemplo desses céticos, por que não aproveita os céticos oferecidos pela Larissa e começa a fazer suas experiências?
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    COMENTÁRIO: mesa se mexendo mediunicamente… faço-lhe uma proposta: ponha, em ambiente fiscalizado, médiuns a dois metros de distância de uma mesa relativamente pesada, postada em solo concretado, peça-lhes para a fazerem se mover 30cm para frente, 50cm para esquerda e 1m para direita. Alguns médiuns devem ser mais que capazes de produzir forças espirituais suficientes. Faça a prova e traga o resultado. Quem afirma existirem médiuns e produtores do inexistente ectoplasma entre céticos é sua pessoa, diz sem o demonstrar…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Voltando aos acontecimentos deste tópico, você diz: (citando Montalvão): “entendi bem? Está a afirmar que a realidade das materializações é presentemente comprovada? Se for isso, por gentileza, comunize esse conhecimento, pois, pelo que sei (e com exceção do Arduin) todos aqui estão certos de que espíritos não se materializam, e as ocorrências que parecem comprovar o contrário se explicam por fraudes, ilusões, alucinações ou admissão de boatos inconfirmados. Que os médiuns do passado fraudaram é mais do que certo e os de passado mais recente, quais Otília Diogo, Peixotinho, Chico Xavier, e outros, materializavam só safadezas. Porém, posso estar sendo injusto, se conhece pesquisas que comprovem o contrário, inclusive as que atestem a existência do ectoplasma, não deixe de nos atualizar para que possamos visualizar a verdade.”
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Pois não meu amigo Montalvão, mais uma vez aproveito a oportunidade e vou lhe trazer tudo o que postei no outro tópico e você procure então apresentar suas provas desmentindo SEM USAR A DESCULPA DO TEMPO em que as experiências foram feitas. Aproveite também a oportunidade e nos mostre a opinião de qualquer cientista que tenha dito que os fatos – eu estou falando de fatos – perdem seu valor como fato, por causa do tempo. Tudo não tem que ser provado? Então prove-nos também.
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    COMENTÁRIO: está a distorcer minha argumentação sem contra-argumentos adequados. Não estou recorrendo a nenhuma “desculpa do tempo”, minha alegação é bem fundamentada: o tempo se encarregou de demonstrar que as experiências antigas foram falhadas, visto que o conhecimento que deveriam produzir é desconhecido. Não é pelo fato de o estudo “ser velho” que ele perde o valor, sim por não ter produzido frutos reais.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Vamos agora aos relatos de mágicos, prestidigitadores, escamoteadores e outras coisas mais que verificaram a mediunidade desses médiuns, deles que foram até convidados pelos próprios cientistas.
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    Outro prestidigitador, que teve oportunidade de verificar a mediunidade de Eglinton e a sua levitação, foi o professor Ângelo Lewis Hoffamnn. Acedendo ao pedido da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Inglaterra, que apelou para a sua capacidade profissional, examinou minuciosamente os fenômenos produzidos por aquele médium e DECLAROU HONESTAMENTE, depois do exame, que tais fenômenos eram autênticos, acrescentando: “Se a prestidigitação fôsse a explicação única desses fatos, estou certo de que seu segredo tornar-se-ia desde logo propriedade pública”. Essa declaração consta de um relatório que a Sociedade publicou nos seus anais, em 1886. (32)
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    COMENTÁRIO: veja só a ingenuidade: “declarou honestamente”… Evidências de hipóteses não se fazem com declarações honestas, sim com demonstrações verificáveis. O que o texto diz é que esse Hoffmann deu seu aval à realidade das levitações de Eglinton: mas até que ponto o aval de quem quer que seja é garantia de veracidade? Mais uma vez tenho de recorrer ao argumento do tempo: onde estão as levitações hoje? Se foi possível que médiuns passados superassem as leis físicas levitando, porque não o fazem no presente? Na atualidade não é mais possível requisitar Eglinton, nem qualquer outro levitador daqueles dias para conferir se realmente eram capazes de vencer a força da gravidade e flutuarem, porém seria possível por em teste médiuns modernos de efeitos físicos. Por que esses não aparecem?
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Dizieu declarou ao Sr. Méliès, presidente da Câmara Sindical dos Prestidigitadores, que a levitação super-normal de objetos é manifestação que lhes vai muito além da alçada. QUANDO MOÇO – DIZIA ELE – EU FAZIA UMA MESA LEVANTAR-SE SEM CONTACTO E SEM TRUQUE. Interrogado por Montorgueil, diretor do “Eclair”, confirmou aquelas declarações e declarou mais: – com 20 anos de idade, eu tinha faculdades de médium; fazia levantar um móvel como o não poderia fazer hoje como prestidigitador. E acrescentou: – A mediunidade e a mágica, são coisas distintas. (33)
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    COMENTÁRIO: curioso, eu também, aos vinte anos de idade, levitava, falava com mortos, atravessava objetos sólidos e até ficava invisível. Hoje não consigo mais… tá vendo como é fácil provar o improvável? Deviam se envergonhar de usar historietas desse tipo como evidências de fantasias. Isso não é experiência científica nem entre os pigmeus siberianos…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Carlton refere que, durante uma sessão, viu uma jovem inglesa, médium, falar um dialeto zulu com um dos presentes, e sem que ela pudesse absolutamente conhecer aquele idioma. É indubitável – afirmava esse grande mágico, – que há fenômenos produzidos pelos Espíritos. (34)
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    COMENTÁRIO: pois é, um dia vi meu cachorro conversando cachorrês com um marciano (não o que assombra esse sítio). Liguei meu tradutor intergalático e gravei tudo. Pena que, dias depois, a enchente carregou o material, o cachorro e o marciano. Nunca mais os vi, mas garanto que foi verdade…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: William Jeffrey, de Glasgow, mágico amador, realizou várias sessões em sua própria casa. Ele assegura que os fenômenos psíquicos não podem ser produzidos pelos meios conhecidos ou por processos comuns.(35)
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    COMENTÁRIO: também realizei várias sessões cá em casa, garanto que os fenômenos não se produzem sem uma causa fenomenológica natural e bem terrena. William Jeffrey, coitado, estava mais perdido que pulga em casco de tartaruga.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Henri Regnault possui uma carta de Feffrey, alguns de cujos tópicos transcreve. Diz o notável mágico nessa carta:
    “Eu me venho interessando desde a meninice com os mágicos e prestidigitadores de toda a espécie; tenho agora 60 anos e faço parte de quatro sociedades diferentes de ilusionistas e de mágicos, duas em Glasgow e duas em Londres. A princípio fui convidado a estudar o Espiritismo por ministros do culto e amigos vários, para o fim de desvendar onde e como se fazia a fraude.
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    SOU FELIZ em declarar que todas as minhas pesquisas, nessa época, provaram-me que o Espiritismo era real. Sou fiel à minha convicção e obrigado a reconhecer a realidade tal como verdadeiramente a achei.
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    COMENTÁRIO: legal mesmo, vamos então conhecer as pesquisas de Feffrey e avaliá-las. Onde estão?
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Alguns dos fenômenos mais notáveis de que fui testemunha, em matéria de materializações, de vozes, de fotografias do Invisível, forçam-me a dizer que é absolutamente impossível ao maior ilusionista, ventríloquo ou truquista, de não importa que gênero, reproduzir essas experiências, por mais hábeis que eles sejam em sua arte.
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    Estou pronto a encontrar-me com qualquer prestidigitador e mostrarei que é impossível obter resultados psíquicos pela prestidigitação.
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    Já convencí numerosos prestidigitadores da realidade das potências invisíveis operantes. Reuní em um dia seis senhores, que eram ilusionistas e prestidigitadores; cada um deles escreveu um artigo num dos seus jornais profissionais para relatar as experiências com as quais ficaram absolutamente estupefactos.
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    Eu sou presidente da Sociedade de Mágica de Glasgow, sociedade de que sou membro há lohngos anos; sou também vice-presidente do Clube dos 12 Místicos (Mystio Iwelde Club), de Glasgow. Em negócios, sou carpinteiro e trabalho em madeiras, nos seus diversos ramos; hoje sou proprietário da Casa Brown & Cia. Utilizei em meu tempo todas as máquinas de trabalhar em madeira e será difícil compreender como um homem dos meus conhecimentos e das minhas aptidões possa ser espírita.”(36)
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    COMENTÁRIO: esse sujeito é porreta mesmo: quer ganhar no grito. Basta ele dizer que viu, confirmou e provou e pronto, o mundo tem que aceitar, afinal esse indivíduo nunca mentiu para ninguém e se ele diz que verificou é porque verificou. Por que então o meio científico ainda não aceita? Vai é porque são teimosos até a morte, só pode ser, pois diante de uma prova tão firme quanto essa (qual é a prova mesmo?) só sendo muito teimoso para não reconhecê-la. Essa é a ciência espírita…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Regnault SALIENTA O FATO DE HAVER O PRESTIDIGITADOR MOSTRADO A MAIS ABSOLUTA CERTEZA DA AUTENTICIDADE DO FENÔMENO PSÍQUICO. Ele estudou o Espiritismo, não como adepto, mas para descobrir-lhe as fraudes e os embustes. E tão convencido se acha atualmente da sua veracidade, que chegou a lançar um desafio a todos os prestidigitadores. Eis uma prova de boa fé, acrescenta aquele experimentador francês, e pergunta: – Encontrará esse desafio algum eco no campo dos adversários?
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    COMENTÁRIO: sim, certo, não há dúvidas de que a “certeza” do presditigitador deve ser lei. Se ele falou tá falado. Viva a ciência espírita!
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Não. Até agora não encontrou. Entretanto Regnault fazia espalhar esse oferecimento; – “SE ALGUÉM QUISER ACEITAR O DESAFIO DO SR. JEFFREY, terei todo o prazer de apresentar esse prestidigitador inglês; é só me escreverem para a rua Chargrin n. 30, Paris”.
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    COMENTÁRIO: pois eu aceito o desafio: vou levar meus testes furrequinhas e quero ver esse Jeffrey fazer o espírito identificar o título de livros que trago na bolsa, ou ler uma página virada para baixo (de modo que ninguém vivo possa vê-la), ou ir até um endereço que eu lhe indicar e informar cinco objetos que estejam sobre a mesa da sala. Se ele conseguir reconheço que espíritos atuam.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Está acima senhor Montalvão, o que precisa é só o senhor descer do pedestal da ingnorância que é mãe do fanatismo e do preconceito, e se situar como um cientista que deseja ser, porque por enquanto, nem um embrião de cientista o senhor é. Não aconselho nenhum médium se prestar a nenhuma experiência científica com V. Exª , porque com esse ódio contra o Espiritismo que o senhor tem….
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    COMENTÁRIO: não nutro ódio contra o espiritismo, muito menos contra espíritas, meu objetivo é descobrir se há verdade nas alegações místicas. Quanto a crença de cada um, mesmo não concordando com elas, respeito os crentes, o que não impede de pôr as afirmações da espécia sob cotejamento.
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    ARNALDO PAIVA (citando Montalvão): “conforme falei, o tempo é o maior juiz, e é ele quem mostrou que as “provadas” materializações de tempos idos são atualmente demonstradas serem ou fraude, ou ilusão, alucinação, crença cega… os fatos espíritas não passaram por nenhuma experiência crítica que mereça esse classificativo. Até hoje os nobres espíritas não apresentaram um estudo que demonstre a realidade da comunicação entre vivos e mortos, nem um… Então, com base em que afirma que a imaginada fenomenologia espiritista tenha sido ratificada?”
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Não basta apenas apresentar palavras, somente palavras, nada mais que palavras, SE FAZ NECESSÁRIO QUE O SENHOR PROVE O QUE DIZ, são coisas que podem ser provadas, o que o está impedindo de você fazer? fora disso meu amigo, suas palavras não tem nenhum valor, não convence ninguém, não passa de uma atitude arrogante.
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    COMENTÁRIO: meu esforço é no sentido de mostrar as fragilidades das alegações mediúnicas, essas fragilidades são minhas provas. Quem quiser aceitar os fatos e melhor examiná-los, a fim de encontrar explicações satisfatórias, ou reconhecer que realmente não existem eventos que demonstrem legítimas atuações de desencarnados, que o faça, ou, se preferir fique com suas crenças, mesmo sabendo que não possuem apoio firme na realidade. Quanto a isso não tenho nada a objetar.
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    ARNALDO PAIVA (citando Montalvão): “engano seu, as coisas velhas são a base das atuais, portanto, nesse aspecto não são velhas. Velhas sim são as alegações do passado que não se confirmaram no presente. Estas são mantidas vivas por haver agremiações que as inseriram em seu conjunto de crenças. Deixaram de ser eventos de investigação científica para se tornarem dogmas religiosos. Veja, por exemplo, que o Arduin consegue demonstrar que materializações são realidade fazendo referência exclusiva a casos antigos, com os quais pode esticar o discurso apologético a perder de vista (embora ele exagere, pois mesmo os casos “comprovados” de antanho, se examinados com olhos severos, se mostram cheio de dúvidas e inexplicabilidades).”
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Se você mesmo reconhece que nesse aspecto não são velhas, então está provado o fenômeno porque são fatos e fatos verdadeiramente não envelhecem, portanto não são simplesmente alegações. Procuro ver honestidade nas suas colocações mas não consigo encontrá-las, SÃO RECHEADAS DE FALÁCIAS.
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    COMENTÁRIO: pode ser como diz, mas mostre as falácias, não basta dizer que pronuncio-me falaciosamente, tem que demonstrar onde incorri nesse deslize. Não o fazendo incorre na falácia da falsa acusação…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Se não houve continuidade, é porque a função para as quais elas foram realizadas foram cumpridas e alcançados os objetivos, que era provar a continuidade da vida após a morte. Agora se a nova geração não se interessou em dar continuidade, o problema não está no fenômeno que está na natureza, pertence à natureza, pode ser começado a qualquer momento, é só se dispor à pesquisa, por que não fazem? Portanto esta atitude não vem em absoluto invalidar o que já foi feito, provado e comprovado.
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    COMENTÁRIO: Arduin está fazendo escola… Pois bem, onde estão os cientistas espíritas que não deram continuidade às investigações antigas? Se a ciência ortodoxa desprezou essa linha de trabalho, os grandes interessados em comprovar ao mundo a realidade da comunicação de desencarnados não deveriam deixá-lo cair no vazio. Nesse caso, o erro foi dos cientistas espiritistas que não deram andamento ao que os pioneiros iniciaram e permitiram que a coisa morresse como se não houvera existido…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: A verdade é que SE DEPENDER DOS DITOS CIENTISTAS CÉTICOS MODERNOS, NÃO VAI PROSSEGUIR JAMAIS, porque estes não sabem fazer outra coisa senão considerar todos os homens que trabalham trazendo esclarecimentos nessa área como basbaques, e os médiuns trapaceiros sem efetuar ou produzir nenhum evento no terreno dos fatos. Quando se vêem obrigados a aceitar uma verdade, saem pelas portas do fundo e deixa a cargo do tempo fazer cair no esquecimento.
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    COMENTÁRIO: por que acusar os cientistas modernos em vez de cobrar dos cientistas espíritas o dever de casa? A ciência está aí, com suas ferramentas, para quem dela queira fazer uso. Será que o meio espírita é infértil na produção de pesquisadores? Então, meu caro, são os espiritistas quem estão em débito, pois afirmam muito e demonstram nada.
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    ARNALDO PAIVA (citando Montalvão): “não é por que Stenvenson acreditava que casos antigos (que não prosperaram, frise-se) mereçam crédito que vão passar a merecê-lo. O erro dessa alegação está em que não são atualizáveis, ou seja, experimentos atuais não confirmam as certezas do passado.”
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    Não me diga que você já está matando o Stenvenson e suas experiências. Você já está se tornando ridículo com esses seus argumentos de desclassificar – na maneira vulgar de se falar – Deus e o mundo. Só você sabe tudo, só o que vier aprovado pelas suas experiências que não são nenhumas, é que tem valor, só que das suas mãos não sai outra coisa senão condenação de quem está trabalhando.
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    COMENTÁRIO: apenas solicito comprovação das alegações mediúnicas, é pedir muito?
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Antes a inquisição formada pelos os deuses da ignorância e do preconceito, homens de pensamentos atrasados, tacanha, matava estes homens que traziam a verdade, na fogueira, hoje a mesma inquisição – pois não acabou -, agora com os deuses do intelectualismos, arrogantes do falso saber, seus novos inquisidores vestindo a toga da cegueira – e você é um deles – matam na fogueira da ignorância e do preconceito, todos os que trabalham pelo progresso da ciência.
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    COMENTÁRIO: fala sério, pô…
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    ARNALDO PAIVA (citando Montalvão): “De qualquer modo, apresente bons casos que provavelmente possui para nosso ilustramento. Muito nos ajudará a que mudemos de ideia se forem bons conforme afiança.”
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Vou lhe apresentar um caso que – acredito eu – é um bom caso que ilustra muito bem e quem sabe, ponha pelo menos você para pensar, se é que você pensa:
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    É a de um certo indivíduo que atendendo ao desejo do rei, se propunha – mediante pagamento -, ensinar um burro a falar vários idiomas, dentro de dez anos. Após assinar o trato com o rei, alguém que lhe era muito próximo, lhe perguntou como ia ele haver-se depois dos dez anos, ao que o “poliglota” respondeu: – daqui até lá ou morre o rei ou morro eu: e se não morrer nenhum dos dois, eu arranjarei um jeito de que morra o burro. Parafraseando mais uma vez o Antonio G Poa, eu diria: é sempre assim.
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    COMENTÁRIO: e aí, o que aconteceu dez anos depois? Mas entendi sua “prova” moderna da mediunidade… continue…
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    Saudações improvadas.

  133. Marcos Arduin Diz:

    Ei, Balofo, veja se encontra também o que a Eva Carriére e seu pai disseram ao advogado Marsault (ou senhora Marsault – o sexo varia conforme a fonte)
    Qual é o artigo?
    – Não faço ideia. Já ouvi falar desse(a) pessoa, a quem Eva Carrière e seu pai confessaram farsas ruinosas e APENAS ISSO é citado em obras cristãs anti-espíritas. Ninguém diz de onde isso saiu.

    e também o que diz o Dr Rouby no original.
    O Sr. tem o Comunicado? Se tiver, este sim gostaria que me alcançasse.
    Bien-Boâ et Charles Richet, Comptes rendus du XVème Congrès international de médecine, Lisbonne, 19-26 avril 1906, Typographia A. de Mendonça, pp. 459-516.
    – Não tenho e não sei ler françuá. Imaginava que o cara, por ter sido português, houvesse escrito o dito cujo no nosso idioma.

  134. Marcos Arduin Diz:

    COMENTÁRIO: Esse “de Morte” quem é, o Marciano?
    – Sim
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    “Mas, de onde foi que tirou essa ideia de que o sexo era pecado?”
    – Da maneira de como era visto (e ainda o é) pela sociedade cristã.
    .
    “Conquanto esteja, digamos, ideologicamente correto, havia um respeito hipócrita aos ditames morais, principalmente por parte dos homens. Na sociedade vitoriana houve uma maré de castidade, pois a santa Rainha não era chegada a essas coisas e abominava quem o fizesse.”
    – Engano seu: ela tinha um enorme furor sexual, mas sacomé: as aparências eram muito importantes…
    .
    “As mulheres é que pagaram o pato: delas se esperava que não sentissem qualquer prazer e, mesmo assim, fossem cem por cento receptivas às investidas masculinas. A submissão feminina naqueles tempos era dramática. Por outro lado, embora a fidelidade conjugal (notadamente da mulher) fosse propagada como o apanágio de uma vida aprovada por Deus e pelas autoridades, a prostituição na era vitoriana estava disseminada. Pular a cerca, masculinamente falando, era normal. Não se deixe iludir, se havia muita prostituição, havia muitos fregueses.”
    – Exato, meu caro. TODAS as sociedades são assim dentro de limites mais amplos ou estreitos. Não vi a apresentação toda, mas em Férias na Prisão, uma bichona esteve lá nas Arábias e notou que apesar das leis repressivas, pessoas BEBIAM, TRANSAVAM… e davam em cima das bichonas. Ah! Ele não teve dúvidas e entrou de sola nesta e não deu outra: uma hora a polícia o pegou e aí… Agora as leis repressivas valem.
    É… havia muitos prostíbulos nas grandes cidades inglesas, até porque a miséria era grande e prostituição era praticamente a única coisa que restava às mulheres se não conseguissem um marido que as sustentasse. Inclusive os cafetões percorriam os bairros pobres, em busca de meninas de seis e sete anos, pois grande parte dos fregueses eram PEDÓFILOS e tinham muita necessidade delas… Em 1814, inclusive, já havia em Londres um prostíbulo especializado só em meninas com menos de 14 anos.
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    “COMENTÁRIO: Arduin, você mesmo esclarece o assunto, ao reconhecer que ao homem era tolerado ter vida extraconjugal, ora para haver quem coma tem de haver quem seja comida. Concorda? Portanto, não é nada contrário às probabilidades que as mocinhas Fay e Florence acedessem submeter-se aos apetites de seus testadores, em troca de proteção, principalmente proteção financeira, visto que à mulher naqueles tempos restavam poucas opções, basicamente resumidas em casar-se e se tornar plenamente sujeita ao marido; aniquilar-se fisicamente em trabalhos braçais; prostituir-se; tornar-se preceptora de filhos de famílias classe média e alta e perder quaisquer vislumbres de vida própria.”
    – Só que a Florence Cook ainda vivia com sua família e portanto não precisava dar para ninguém para sobreviver e CASOU-SE logo depois. A mesma coisa é com a Anna Eva Fay, que era CASADA e fazia seus espetáculos junto com o marido. Portanto a sugestão de favores sexuais não tem qualquer respaldo. É um CHUTE dos céticos, uma EVIDÊNCIA ANEDOTA, sem qualquer indício de prova.

  135. Marcos Arduin Diz:

    “COMENTÁRIO: pois bem, a própria Fay teria confessado a Houdini que enganou Crookes.”
    – Essa é outra coisa muito gozada com relação à fé cética? CONFISSÕES… Essa palavra tem um poder merífico sobre a mente cética, levando o sábio cético a crer que de fato ela ocorreu, sem nunca por em dúvida que tudo não passaria de invenção, mesmo quando todos os indícios estão ali: não havia energia, nem lâmpadas elétricas na ocasião em que o experimento foi feito. E o mais gozado de tudo é que NUNCA o médium confessa em público a sua fraude: é sempre um terceiro que diz ter ouvido do médium tal confissão. Pois bem: CREDULIDADE é elemento essencial para o bem estar de uma mente cética…
    .
    “Até que se prove que o galvanômetro seja ininganável (coisa que não parece possível ser demonstrada, quer dizer: o aparelho é falível), a declaração será aceitável.”
    – NINGUÉM demonstrou que enganou o galvanômetro, Malvadão. O máximo que fizeram foi demonstrar que a substituição da mão pela dobra do joelho seria possível, mas NÃO EXPLICA o que os pesquisadores viram o médium fazer. O Vitor (e pelo jeito você e outros) desconsidera tudo isso e citam, feito papagaios, apenas o que disseram os críticos.
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    “Dizendo de outro modo, embora exigisse certa habilidade para sobrepujá-lo, o equipamento tido como inexpugnável não o seria tanto quanto imaginavam seus utilizadores. Arduin se fixa no fato de que Houdini falara em falta de energia elétrica num tempo em que ela não estava disponível, porém é importante ressaltar que ele estava reportando o que ouvira de Fay.”
    – Ou seja, Fay o FEZ DE IDIOTA E ELE ERA MESMO TÃO IDIOTA QUE NEM PERCEBEU QUE EM 1875 NÃO HAVIA nem lâmpada, nem energia elétrica.
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    “Nada obsta que a mulher tenha realmente prestado esse depoimento e fora ela quem confundira os fatos, devido à idade (estaria misturando memórias de outros acontecimentos). Quer dizer, o cerne da narrativa estava correto, ou seja: Eva Fay iludira Crookes, mas os eventos estavam confundidos.”
    – KKKK! Então por que, quando era mais jovem e lúcida, não aceitou a baba que lhe foi oferecida para revelar seus truques? Que esforço para salvar a imbecilidade de Houdini…
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    “Desse modo, com base no que Houdini ouvira de Fay, ele inferira que o logro deveu-se, preponderantemente, a um golpe de sorte, no entanto, pelo que se lê do comentário adicional, de que a mulher pudesse ter posto uma das manivelas na dobra do joelho ou na liga da calçola, vê-se que havia condição de, num movimento rápido, a oscilação do aparelho passar despercebida ou julgada tratar-se de variação acidental.”
    – KKKK! Isso só é possível se você e os outros tapados céticos fizerem de conta que nunca leram o que os pesquisadores relataram ter observado.
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    “O que se pode concluir (parece-me) é que o galvanômetro não foi exaustivamente testado a ponto de ser demonstrado controle intransponível.”
    – Se os “testadores” limitam-se a IMAGINAR o que pode ter acontecido, varrendo para baixo do tapete o que de fato foi relatado, então diremos que o galvanômetro não era infalível… Coisas da fé cética.
    .
    Sem querer ser repetitivo, e já o sendo (mas é necessário), o tempo cuidou de demonstrar que espíritos, se existem, estão impedidos de voltarem ao mundo dos vivos, seja mediúnica, seja materializadamente.
    – Mas pelo menos por psicofonia e psicografia, ainda podem dar as caras.

  136. Marcos Arduin Diz:

    ARDUIN: Cabe a quem AFIRMA o ônus da prova. Se você afirma que Jules Bois e Francis Anderson eram amantes da Florence Cook e obtiveram dela confissões de fraudes com truques bobos e infantis e eles eram plenamente viáveis e enganaram a Crookes miseravelmente, então que me apresente as provas de tal relacionamento afetivo e descreva-me os truques bobos e infantis dos quais esses cavalheiros falaram. Eu nunca soube deles e estou muito interessado.
    /
    COMENTÁRIO: Embora essa linha argumentativa não tenha sido por mim utilizada, o que sei, quer dizer, desconfio, é que Florence e Fay devem ter dado. Se deram muito ou pouco isso foi lá com elas. Se Fay era velha para entregar-se a Houdini quando o conheceu tal não interfere, depende do gosto das partes: conheço donzela quase-virgem, recatada como ninguém que, aos setenta e dois anos é fogosa qual potranca no cio (falei que conheço, não que desfrutei). Mas, sério, esses aspectos eróticos, a meu ver, não interferem expressivamente na constatação de que espíritos não se materializam. O problema está em que, mesmo não fossem as dúvidas que os investigamentos de Crookes e amigos suscitaram, temos a realidade presente que mostra que nada do que aconteceu naqueles dias frutificou.
    – Malvadão, o que acontece é que quanto todos os argumentos céticos falham, então apelam para coisas desse tipo. É tão engraçado esse critério cético: o que os cientistas, que tinham prestígio a perder por lidarem e endossarem esse tipo de coisa, dizem, é posto em dúvida. Já a declaração de um estranho, que não apresenta prova alguma do que diz, é aceita SEM RESERVAS. Há um artigo “What Kate King did”, onde o autor cita que Florence Cook confessara a dois dos seus amantes (Bois e Anderson) que enganara o cientista. E o pessoal cético NÃO DUVIDA de que tal confissão existiu.
    Enfim, é aquilo que digo: o poder da fé destrói qualquer mente lúcida com a maior facilidade.
    .
    “Agora, voltando as medidas galvanométricas, duas coisas: você diz, sem enrusbecer, que Crookes descartou o galvanômetro porque estava a se aposentar das lides espiritistas e que nenhum dos demais que perquiriam a matéria se interessaram pela fenomenal ferramenta. Parece achar que essa explicação seja suficiente. Ora, não é. Seria como se hoje alguém fosse investigar casos desse tipo, espetaculizados no escuro (claro, só fazem dessas coisas no escurinho) e dispensasse equipamento infravermelho. O galvanômetro era peça simples e, pelo que Arduin postula, suficiente para vigiar a médium em plenitude, mas ninguém, além de Crookes, deu atenção ao engenho. Volto a indagar: estranho não?”
    – Você apenas tira conclusões amplas demais de coisas muito estreitas. Se os pesquisadores futuros não quiseram usar o galvanômetro porque acharam que não precisvam, por que teriam essa obrigação? Cada qual usa o método que achar conveniente, ô meu!
    .
    “O outro ponto está indiretamente relacionado com o galvanômetro (não esqueça que a dúvida sobre a perda da massa e a oscilação no equipamento ainda não foi elucidada). Veja só: postula-se que os médiuns de Crookes (e todos) encolhiam (e encolhem) ao cederem forças para os espíritos. Florence estaria 50% mais magra, ou mais, quando das materializações de Katie King, certo? Concorda?”
    – Eles não encolhem: apenas perdem massa. E porque isso foi constatado em alguns casos, não implica que o sejam em todos, já que massa pode ser retirada dos assistentes também.
    .
    “Acontece que, diante das acusações de que Florence e seu espírito materializado eram a mesma pessoa, Crookes tratou de fotografá-las juntas, para demonstrar que eram distintas (como se uma fotozinha só fosse suficiente, mas não vamos mexer com isso por enquanto). Pois bem, ocorre que no fotograma, tanto Katie quanto Florence estão inteiras: Florence Cook, que forneceu “energia” para que Katie King viesse ao mundo, não encolhera um dedinho sequer.”
    – Conforme já disse, não há esse “encolhimento”. E não foi só na foto e sim em detalhes anatômicos que Crookes notou diferenças entre a médium e a fantasma.
    .
    “Isso não lhe parece, além de sensacional contradição, altamente suspeito? E estou só falando dos médiuns crokeanos, se formos verificar Peixotinho, Otília, Chico, etc., reconheceremos que há areia no angu.”
    – Isso poderia ser suspeito para quem desconhece o assunto. Não me consta que Peixotinho tenha sido pego em fraude. Otília sim foi flagrada anos depois da pesquisa com o Waldo & Cia Bela. E Chico… Há duas versões sobre alguma materialização produzida por ele e as duas se contradizem.

  137. Marcos Arduin Diz:

    “Crookes foi ludibriado por espertalhões. Particularmente, penso que, em certa altura de seus investigamentos ele teve ter suspeitado de que entranhezas ocorriam, mas estava já tão envolvido na ratificação do fenômeno que preferiu manter a teimosa aceitação a se humilhar e reconhecer que fora safadeado.”
    – Pare de falar bobagens, Malvadão. Se Crookes percebesse que estava sendo enganado, denunciaria tudo, já que era isso que a mídia esperava dele. A posição dele foi a mesma que Richet adotou mais tarde: _ Não basta que me digam que fui enganado: quero saber COMO fui enganado.
    E isso até agora NINGUÉM conseguiu dizer.

  138. Vitor Diz:

    Oi Arduin
    comentando:
    .
    01 – “KKKK! Então por que, quando era mais jovem e lúcida, não aceitou a baba que lhe foi oferecida para revelar seus truques? Que esforço para salvar a imbecilidade de Houdini…”
    .
    Porque ela ganhava mais com suas apresentações do que com a baba que lhe ofereciam. Talvez ela temesse que revelando seus truques iria perder seru público. Já idosa não teria problema algum, já estava aposentada, e voltaria a estar na mídia, pelo menos.

  139. Gorducho Diz:

    (…) mas estava já tão envolvido na ratificação do fenômeno que preferiu manter a teimosa aceitação a se humilhar e reconhecer que fora safadeado.”
     
    Tanto foi assim que por precaução e vergonha destruiu as fotos

  140. Gorducho Diz:

    Associei as cousas, Professor, porque o W. T. Stead (para o qual o Crookes revelou que as destruira) foi o primeiro ou um dos dos primeiros – certamente o mais influente… – a iniciar cruzada contra a prostituição infantil, em ’85, com os quatro artigos The Maiden Tribute of Modern Babylon. no Pall Mall Gazette. Os exemplares chegaram a ser revendidos por 20x o preço original, o papel terminou e ele acabou tendo que ser reabastecido pelo concorrente Globe (bonito!).
    http://en.wikipedia.org/wiki/William_Thomas_Stead

  141. Gorducho Diz:

    MONTALVÃO DISSE: Essa vai pro Arduin: fala-se que o barão Schrenck-Notzing isolou porções de ectoplasma e as analisou (o que para você, preclaro professor, deve ser prova da existência dessa inexistente substância, certo?), minha pergunta é: Se Notzing conseguiu, por que ninguém mais pode fazê-lo? Por que os cientistas hodiernos são incapazes de proceder como o fez o barão e ampliar o conhecimento dessa gelatina fomentadora de materializações? Que mistério é esse?
     
    Aqui temos o ectoplasma desidratado. Submetamos o resumo do barão à análise do consultor técnico titular do Sítio para assuntos biológicos, poltergeist knockings e materializações:
    Apenas os elementos que ocorrem em todas preparações são significativos. Esses incluem detritos celulares e células epiteliais, com ou sem núcleos orgânicos, finest veils [termo técnico da biologia, Professor – só não colei no Vestibular porque não tinha como :(], lamelas intactas ou dissolvidas em fibras, agregados membranosos, grânulos isolados de gordura e muco. O processo de combustão mostra a origem orgânica dos resíduos, mas adicionalmente, os exames microscópicos obtidos em Paris e München não deixam a menor dúvida ser orgânica, i.e., matéria originalmente viva.
    [Only those elements which occur in all the preparations are significant. These include cell detritus and epithelium cells,with or without nuclei, finest veils, lamellae, either intact or dissolving into fibres, filmy aggregates, isolated fat grains and mucus. The combustion process shows the organic origin of the residues, but, in addition, the microscopic results obtained in Paris and Munich do not permit the slightest doubt that we have to do with organic, i.e., originally living matter.]
     
    Obs: talvez esteja um tanto confuso (pelo menos para mim) por ser a versão inglesa do livro (não sei alemão).

  142. Gorducho Diz:

    (…)com ou sem núcleos orgânicos, finest veils (…)

  143. Marcos Arduin Diz:

    “Porque ela ganhava mais com suas apresentações do que com a baba que lhe ofereciam. Talvez ela temesse que revelando seus truques iria perder seru público. Já idosa não teria problema algum, já estava aposentada, e voltaria a estar na mídia, pelo menos.”
    – A menos que eu esteja trocando as bolas, já houve gente que demonstrava tudo o que ela fazia, ao estilo Mr M. Então ela nada teria a perder revelando o que já era coisa velha. O gozado é ela falar disso a Houdini em particular, para ele publicar em seu livro, em vez de chamar o público, cobrar uma grana da boa, pois ia revelar um segredo importante: como fez o sábio Crookes de bobo.
    .
    Não adianta, Vitor. Você sabe muito bem que essa bombástica revelação NÃO REVELA COISA ALGUMA. O fato de ela estar com uma mão livre e uma perna numa manivela chumbada na parede não ia liberá-la para andar pela biblioteca.

  144. Larissa Diz:

    ARANALDO PAIVA,

    Eu nunca disse q vc é o Arduin e nunca me refutei a te responder pq vc só tem o ensino médio. Vc q deve ter algum complexo quanto a isso ou está só manipulando as pessoas mesmo, pq vira e mexe você fala nisso. Os comentários estão registrados para todos os que quiserem ver. Me desculpe a franqueza, mas isso é coisa de gente mentirosa.

  145. Larissa Diz:

    Outra coisa, Arnaldo. O comentário anterior foi meu primeiro neste post. Então, como poderia eu insinuar q vc é o Guto? Vc ficou doido ou esqueceu q tudo aqui fica registrado?
    A MELHOR coisa q eu fiz na vida foi me livrar de religião. Eu não entendo como alguém pode ainda defender com tantas falácias uma religião como o espiritismo com mais falácias.

  146. Montalvão Diz:

    Arduin,
    .
    Conversar com você equivale a repetir igual prazer vezes sem conta: boa parte da presente discussão fora ventilada em colóquios anteriores, mas o eterno retorno parece inevitável (por isso vejo a necessidade de compilar os debates havidos e disponibilizar o resultado para exame de interessados). Vamos apreciar o que a atual troca opinativa nos oferece.
    /
    /
    MARCOS ARDUIN DIZ: (citando Montalvão): “pois bem, a própria Fay teria confessado a Houdini que enganou Crookes.”
    .
    MARCOS ARDUIN DIZ: – Essa é outra coisa muito gozada com relação à fé cética? CONFISSÕES… Essa palavra tem um poder merífico sobre a mente cética, levando o sábio cético a crer que de fato ela ocorreu, sem nunca por em dúvida que tudo não passaria de invenção, mesmo quando todos os indícios estão ali: não havia energia, nem lâmpadas elétricas na ocasião em que o experimento foi feito. E o mais gozado de tudo é que NUNCA o médium confessa em público a sua fraude: é sempre um terceiro que diz ter ouvido do médium tal confissão. Pois bem: CREDULIDADE é elemento essencial para o bem estar de uma mente cética…
    .
    COMENTÁRIO: dileto, várias coisas aprendi consigo nesses anos de proveitosa conversação, uma delas é que sua análise, conquanto sadia, nem sempre corresponde as possibilidades. Lembre-se que estamos especulando sobre eventos antigos e baseados em notícias pouco detalhadas, portanto várias suposições são cabíveis, inclusive a que defende. Que Fay possa ter revelado a Houdini as coisas que ele relatou não é nada complicado de aceitar. Que Houdini possa ter cometido equívocos ao reportar a conversa também é plausível; que Fay houvera confundido os acontecimento é igualmente admissível. Quer dizer, num quadro assim, várias explicações são acatáveis, sem que o relato em si seja por inteiro invalidado. O que vejo de errôneo em sua manifestação é prender-se a um aspecto do todo e com ele anular a narrativa. Ora, bastaria que Fay houvesse relatado os acontecimentos sem datá-los convenientemente para que Houdini os aceitasse sem verificação. Poucos anos depois da invenção da luz elétrica a maioria dos teatros londrinos já estava beneficiada, provavelmente, a Houdini não soou discrepante o que Eva Fay lhe contava.
    .
    Considere a seguinte ilustração: as transmissões de TV em cores no Brasil começaram em 1970.
    Digamos que um amigo seu, torcedor do São Paulo, lhe contasse da emoção de assistir a final do campeonato nos anos setentas, em que o São Paulo dera goleada no Coríntians, e ele enfatizasse essa sensação ao falar das cores do uniforme dos jogadores e do colorido da torcida. Tempos depois, você, casualmente, fosse noticiado que aquele jogo acontecera em 1969, antes pois das programações coloridas. A partir dessa constação concluiria que a história inteira era falsa? Ou entenderia que seu amigo equivocou-se e estivesse misturando eventos?
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    Marcos Arduin Diz: (citando Montalvão): “Até que se prove que o galvanômetro seja ininganável (coisa que não parece possível ser demonstrada, quer dizer: o aparelho é falível), a declaração será aceitável.”
    .
    MARCOS ARDUIN DIZ:- NINGUÉM demonstrou que enganou o galvanômetro, Malvadão. O máximo que fizeram foi demonstrar que a substituição da mão pela dobra do joelho seria possível, mas NÃO EXPLICA o que os pesquisadores viram o médium fazer. O Vitor (e pelo jeito você e outros) desconsidera tudo isso e citam, feito papagaios, apenas o que disseram os críticos.
    .
    COMENTÁRIO: pode ser que não explique, mas considerando que os expectadores viram coisas que não viam claramente como estavam sendo feitas (lembre-se que a cortina e a escuridão os separava da nítida apreciação), nada descarta que, por meio de técnica habilidosa, a mulher não tenha conseguido realizar seus truques. O problema é que seus generosos olhos pró-materialização selecionam um ponto, que seria a segurança fiscalizativa do galvanômetro, e esquecem dos demais fatores favoráveis à simulação. A pergunta que paira no ar, jamais respondida, é porque Crookes (e os demais investigadores) se sujeitaram às exigências dos médiuns em se manterem ocultos, em vez de pugnarem por suplantar essa limitação? Eles poderiam e deveriam usar o aparelho elétrico e, concomitantemente, achar meios de manter a médium sob plena vigilância o tempo inteiro que durasse a apresentação. Isso não foi feito e tal falha joga para detrás das cortinas um caminhão de dúvidas. E seus (do Arduin) instrumentos olhadores não conseguem perceber essa realidade.
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    Marcos Arduin Diz: (citando Montalvão): “Dizendo de outro modo, embora exigisse certa habilidade para sobrepujá-lo, o equipamento tido como inexpugnável não o seria tanto quanto imaginavam seus utilizadores. Arduin se fixa no fato de que Houdini falara em falta de energia elétrica num tempo em que ela não estava disponível, porém é importante ressaltar que ele estava reportando o que ouvira de Fay.”
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    MARCOS ARDUIN DIZ: – Ou seja, Fay o FEZ DE IDIOTA E ELE ERA MESMO TÃO IDIOTA QUE NEM PERCEBEU QUE EM 1875 NÃO HAVIA nem lâmpada, nem energia elétrica.
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    COMENTÁRIO: considere as ponderações acima e talvez compreenda melhor…
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    Marcos Arduin Diz: (citando Montalvão): “Nada obsta que a mulher tenha realmente prestado esse depoimento e fora ela quem confundira os fatos, devido à idade (estaria misturando memórias de outros acontecimentos). Quer dizer, o cerne da narrativa estava correto, ou seja: Eva Fay iludira Crookes, mas os eventos estavam confundidos.”
    .
    MARCOS ARDUIN DIZ:- KKKK! Então por que, quando era mais jovem e lúcida, não aceitou a baba que lhe foi oferecida para revelar seus truques? Que esforço para salvar a imbecilidade de Houdini…
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    COMENTÁRIO: não sei porque ela não aceitou a “baba”, você sabe? Mas tal não invalida por inteiro o testemunho de Houdini.
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    /.

    Marcos Arduin Diz: (citando Montalvão): “Desse modo, com base no que Houdini ouvira de Fay, ele inferira que o logro deveu-se, preponderantemente, a um golpe de sorte, no entanto, pelo que se lê do comentário adicional, de que a mulher pudesse ter posto uma das manivelas na dobra do joelho ou na liga da calçola, vê-se que havia condição de, num movimento rápido, a oscilação do aparelho passar despercebida ou julgada tratar-se de variação acidental.”
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    MARCOS ARDUIN DIZ:- KKKK! Isso só é possível se você e os outros tapados céticos fizerem de conta que nunca leram o que os pesquisadores relataram ter observado.
    .
    COMENTÁRIO: e o que foi que os pesquisadores observaram? As coisas vistas mais detalhadamente sempre mostram brechas de suspeição que olhos validativos, semicegos, deixam de observar.
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    Marcos Arduin Diz: (citando Montalvão): “O que se pode concluir (parece-me) é que o galvanômetro não foi exaustivamente testado a ponto de ser demonstrado controle intransponível.”
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    MARCOS ARDUIN DIZ: – Se os “testadores” limitam-se a IMAGINAR o que pode ter acontecido, varrendo para baixo do tapete o que de fato foi relatado, então diremos que o galvanômetro não era infalível… Coisas da fé cética.
    .
    COMENTÁRIO: o que “de fato” foi relatado não permite a análise do que pode não ter sido relatado. Para saber com certeza se o galvanômetro era imperfurável necessário que se o experimentassem em várias situações, sob várias condições… Pergunto-lhe: isso foi feito? O fato desse instrumento ter sido deixado de lado e não ter estimulado outros experimentadores a utilizá-lo depõe contra sua suposta máxima eficiência. Eu acho que o instrumento seria realmente útil, desde que utilizado conjuntamente com outros mecanismos. Da forma como foi aplicado o que se viu foi um jogo tipo “eu sei que você pode fraudar versus abre o olho que vou te enganar”. Falei aqui várias vezes: em casos assim o investigador deve trazer o investigado para seu controle em vez de correr atrás do prejuízo. Crookes, ou quem quer que fosse, tinha de levantar as partes fracas da fiscalização e tapá-las. Destaco duas fraquezas: 1) o médium permanecer oculto aos olhos dos verificadores; 2º: a escuridão ou a baixa luminosidade. Tendo em conta que o risco de malandragem é elevado (e algumas podem ser finamente elaboradas), o cientista teria de buscar meios de suplantar essas limitações e avançar no terreno do adversário. Ora, de Crookes e assessores, hábeis na feitura de engenhos de vigilância, esperava-se que registrado haverem percebido tais dificuldades e mostrado esforços para equacioná-las. Não o fizeram e babaram tudo.
    .
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    /
    Marcos Arduin Diz: (citando Montalvão):Sem querer ser repetitivo, e já o sendo (mas é necessário), o tempo cuidou de demonstrar que espíritos, se existem, estão impedidos de voltarem ao mundo dos vivos, seja mediúnica, seja materializadamente.
    MARCOS ARDUIN DIZ:- Mas PELO MENOS POR PSICOFONIA E PSICOGRAFIA, AINDA PODEM DAR AS CARAS.
    .
    COMENTÁRIO: humm, vejo que admite que materializações não mais acontecem… por que será? A resposta a essa questão é importante. O que os espíritos dizem sobre o assunto? Esclareça, por favor, você que é “assim” com eles. Quanto aos espíritos darem as caras psicofonica e psicograficamente, digo que apenas por suposição seja aceitável o declarado. Aa verdade é que nem mesmo nessas áreas se realizaram, nem se realizam, investigações taxativas. Se estou equivocado, diga-me quais métodos de examinação da atividade de espíritos podem ser citados a demonstrar essas presenças de forma OBJETIVA, em lugar das subjetividades que conhecemos? Cite pelo menos uma metodologia que seja assim reconhecida. Crookes com suas materializações não escapou das avaliações subjetivas (deixou as demonstrações taxativas para os que o sucedessem, os quais nunca apareceram: os que apareceram deram continuidade aos evidenciamentos vagos e duvidosos). William Crookes teve todo o tempo e oportunidade do mundo para dar ao mundo a comprovação definitiva de que os sem carnes se carnificam: ao seu dispor havia médiuns fêmas e machos, dispostos a se entregaram em sessões continuadas, até que ele se desse por satisfeito (alguns diriam saciado). Dramaticamente, tudo o que o sábio cientista legou nesse campo foram experimentos incertos e discutíveis, que encantam uns poucos e causam suspeitas em uns muitos. Para piorar, reitero: os que assumiram a herança perquiritiva do sábio inglês não souberam, ou não puderam, sanar as doenças de seu trabalho.
    .
    Aí, chegamos nos dias de hoje, e eu pergunto ao Arduin o que lhe venho indagando desde que um de nós guardava meleca para comer de noite: onde podemos achar a evolução (necessária e indispensável) do conhecimento dessa fenomenologia? Que prole sadia essas pesquisas geraram? Que rendimentos proporcionaram? Que aproveitamento houve da imaginada presença de descarnados entre os vivos? Se na atualidade existissem tratados de materialização, esclarecendo o fenômeno, mostrando seu caráter preditivo e dando o caminho para quem quisesse trazer entidades do reino celeste a esse mundo, a fim de obter esclarecimentos e orientações que só os mortos seriam capazes de conceder, se houvesse isso, toda e qualquer debilidade na faina dos pioneiros estaria resolvida.
    .
    Vou ficar por aqui, porque hoje quero deglutir um grau entre 18 e 98.
    .
    Saudações dominicais.

  147. Gorducho Diz:

    COMENTÁRIO: e aí, o que aconteceu dez anos depois? Mas entendi sua “prova” moderna da mediunidade… continue…
     
    Eu também entendi!

  148. Marcos Arduin Diz:

    Ei, Larissa, não precisa ficar brava não. O Arnaldo trocou as bolas. Quem sugeriu que eu fosse ele, por que não dei pitacos no post anterior, foi o Malvadão.

  149. Gorducho Diz:

    E o ectoplasma desidratado, Professor? Não vai apresentar seu parecer?
     
    Veils acho que seria traduzível como tecidos dentro da biologia, não? Finest?
     
    Professor, no Trinta anos… o Richet diz: A palavra “ectoplasma”, a qual inventei para os experimentos com Eusapia, parece inteiramente justificada.
    Como é isso? Ectoplasma não é usado em biologia? Ou na época do Richet não havia o termo, ele inventou-o e depois incorporou-se à ciência oficial materialista?

  150. Vitor Diz:

    oi, Arduin
    comentando:
    01 – “Não adianta, Vitor. Você sabe muito bem que essa bombástica revelação NÃO REVELA COISA ALGUMA. O fato de ela estar com uma mão livre e uma perna numa manivela chumbada na parede não ia liberá-la para andar pela biblioteca.”
    .
    Isso o Brookes-Smith já explicou, Arduin! Os objetos que ela pegou estavam bem próximos a ela, a menos de 1,5 metros. Veja o relato de Crookes:
    .
    Começamos os testes às 8.55 da noite; o galvanômetro indicava uma deflexão de 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay correspondia a 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a deflexão era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57, a deflexão era de 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais distante da Sra. Fay.
    É importante que fique claro que eu estava em um lado da parede com o galvanômetro e que a Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, que foram soldadas aos pedaços de fios elétricos, e que ela as segurava tão firmemente que não podia mover suas mãos nem as manivelas dois centímetros à direita nem à esquerda, e que, sob aquelas condições, uma mão saiu da porta cortinada ao nosso lado, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso aconteceu dois minutos depois que deixamos o quarto.
    Às 8.58 a deflexão era de 208°; às 8.59 era de 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist para o Sr. Harrison.
    Às 9 horas a deflexão era de 209°; neste momento uma mão foi vista novamente saindo e segurando uma cópia do livro de Serjeant Cox intitulado What am I? Às 9.1 a deflexão era de 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores.
    Às 9.2 a deflexão era de 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel.
    Às 9.3, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era conhecido por ser inclinado ao uso da erva daninha. Eu posso afirmar que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando a Sra. Fay entrou no quarto.
    Às 9.4 a deflexão era de 213°. Novamente medi a resistência de corpo da Sra. Fay, que então correspondia a 6.500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia de um pedaço de manto a 1,5 metros da médium, nos foi oferecido.
    Às 9.4 ½, a deflexão era de 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana completa de pé na abertura da cortina.
    Às 9.5, observei o circuito ser subitamente interrompido. Entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela estava deitada inconsciente na cadeira, mas foi reavivada em cerca de meia hora. Sendo assim, esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.

    .
    Agora a explicação de Brookes-Smith, mais uma vez:
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    “Semelhantemente, quando em 1875 a Sra. Fay viu-se diante de manivelas de metal ‘pregadas agora mais separadamente’, ela poderia ter empregado qualquer um de vários truques para conseguir libertar uma ou ambas as mãos e acenar em qualquer lado do gabinete ou pegar e em seguida entregar objetos para os assistentes (pág. 98). Ela poderia ter empregado a manobra do braço deslizante descrita acima ou não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional. Eu consegui fazer isto com sucesso, mas não é fácil.
    Alternativamente, ela poderia ter escondido uma fita comprida em seu vestido, embebida em solução salina ao mesmo tempo em que ela molhava as suas mãos (pág. 97) e quando deixada só na escuridão, ela poderia ter amarrado a fita de uma manivela até a outra sem quebrar a continuidade do circuito, e então livrar ambas as mãos. Este truque pode ser fácil e convincentemente repetido, mas a fita deve ser larga ou dobrada e a solução salina forte. Mesmo com as manivelas separadas por 60 centímetros, não existe nenhuma grande dificuldade em fazer este truque sem grandes oscilações no galvanômetro.”
    .
    E quanto à frase “eles viram uma forma humana completa de pé na abertura da cortina” isso está explicado também:
    .
    “ela podia ter prendido ambos os eletrodos na parte de cima da meia-calça de ambas as pernas, deixando suas mãos completamente livres e então dar alguns passos além da abertura do gabinete até a extensão máxima dos fios de conexão, que se arrastariam no chão, longe da vista das testemunhas. ”
    .
    Repito: caso Crookes encerrado.

  151. GUTO Diz:

    Larissa, ninguém precisa de religião. Você só precisa se dedicar a você mesma. A sua espiritualidade. Conheça a si mesma e procure dar o seu melhor aos outros e a si mesma. Valeu!

  152. GUTO Diz:

    Não se esqueça que precisamos é de amar. Uns aos outros. Abraço. Paz e Amor a todos!

  153. GUTO Diz:

    Ah! Sou do amor e não da guerra ou da violência tá pessoal! Abraço!

  154. Gorducho Diz:

    Essa questão do grau de liberdade das manivelas já observei. Onde está dito que elas estavam chumbadas na parede? Há layouts disso? Onde?
    Se não podia mover as manivelas nem 2″ à direita nem à esquerda, não estavam chumbadas na parede – aí seria 0.0″ a mobilidade dessas.
    Se foram soldadas aos pedaços de fios elétricos, que fios eram esses? Barramentos de subestação?

  155. Gorducho Diz:

    Se não podia mover as manivelas nem 2″ 1″ à direita (…)

  156. Montalvão Diz:

    Marcos Arduin Diz: Ei, Larissa, não precisa ficar brava não. O Arnaldo trocou as bolas. Quem sugeriu que eu fosse ele, por que não dei pitacos no post anterior, foi o Malvadão.
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    COMENTÁRIO: isso tá parecendo o samba do afrodescendente insano… não sugeri que Arduin fosse o Arnaldo: pilheriei que o egrégio apologista de experiências descontínuas pudesse ser o profeta Gu. Arduin, sei que, dependendo das condições climáticas, se personaliza em William Crookes. Considerando que o inglês nunca deu ares de sua presença nesse espaço não posso ligar nosso botânico professor a ninguém.
    .
    Me tira dessa lama.

  157. Montalvão Diz:

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    GUTO Diz: Larissa, ninguém precisa de religião. Você só precisa se dedicar a você mesma. A sua espiritualidade. Conheça a si mesma e procure dar o seu melhor aos outros e a si mesma. Valeu!
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    COMENTÁRIO: e aí, Gu: você também dá seu melhor aos outros?
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    /
    GUTO Diz: Não se esqueça que precisamos é de amar. Uns aos outros. Abraço. PAZ E AMOR a todos!
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    COMENTÁRIO: descobri: o Gu é hippie remanescente da horda que assolou Woodstock e agora procura uma causa para a ela se agregar. Paz e amor procê também, falou bicho!

  158. GUTO Diz:

    Arnaldo Paiva, sábio é o homem que não precisa da opinião dos outros para viver bem, acreditando em si e no que acredita. Deixe os outros pensarem o que quiserem. No final, as verdades sempre vem à tona. Lembro-me na faculdade. Uns colegas falavam cada besteira para mim. Hoje, estou mil vezes melhor do que eles. Espiritualmente e psicologicamente falando. Posso dizer que o mundo conspirou a meu favor. DOU GRAÇAS A DEUS POR ISSO! Valeu!

  159. Marciano Diz:

    Montalvão,
    Eu estava me deleitando com seus jocosos comentários, até o momento em que você disse que seu cachorro conversava em cachorrês com um marciano, deixando implícito que eu “assombro” o blog. Nada disso, outras pessoas espalham sombras aqui, eu só trago luz (mas não sou o portador da luz). Uma das pessoas que assombram aqui é o frater tenebrarum.
    .
    Só para constar: a primeira transmissão pública oficial de TV a cores no Brasil ocorreu na Festa da Uva, em 1972.

  160. Montalvão Diz:

    De Marte,
    .
    Assombrações existem as que trazem boas sombras e as que não. Você está na linha de frente do primeiro grupo.
    .
    A respeito das tvs em cores, está certo: oficialmente a 1ª programação foi nessa festa das uvas, no entanto, antes disso já haviam sido feitos ensaios no território nacional. Nos anos de 1960 algumas emissoras lançaram programas em cores, mas as televisões que processavam o sinal eram importadas e mais custosas que seu imposto de renda. Depois, na copa de 1970, fez-se uma transmissão experimental colorida. Quem podia e tinha televisor em cores desfrutou da novidade, mas a maioria dos brasileiros ainda não podia se dar ao luxo.
    .
    Saudações catódicas.

  161. Marcos Arduin Diz:

    Malvadão, não adianta você querer defender o Houdini das besteiras de disse, supondo que ele tenha se confundido e falado coisas de boa fé. Os experimentos foram feitos na casa do Crookes e não num teatro e não havia jeito de burlar o galvanômetro trocando uma mão por uma perna, pois ela continuaria presa à parede, sem poder circular pela biblioteca em busca de objetos e livros. O Vitor apela para o Brookesmith e para a milagrosa fita de pano, mas até agora não me explicou como é que uma tira de pano molhada na mesma solução salina em que o médium mergulhou suas mãos ficam ambos com a mesma resistência elétrica. Houdini falou besteira pois nem lera o relatório, nem se informou sobre o caso. Merece respeito um pesquisador tão descuidado?
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    As bobagens de Houdini são indefensáveis, mas para que tudo não fique só na minha palavra, então vou repassar o que diz o relatório que Crookes publicou, que Massimo Polidoro LEU e do qual Houdini nem tomou conhecimento.
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    UM EXAME CIENTÍFICO DA MEDIUNIDADE DA SRA. FAY.1
    Por William Crookes, F.R.S.
    Editor do ‘QUARTERLY JOURNAL OF SCIENCE’.
    .
    Há cerca de um ano, a Sra. Annie Eva Fay veio dos Estados Unidos a este país, com a boa reputação de ser uma médium capaz de produzir fenômenos físicos.
    Pareceu-me que os meios inicialmente inventados pelo Sr. Varley para testar a mediunidade da Srta. Cook, e os quais, no caso dela, tiveram resultados muito satisfatórios, como já registrado por ele em The Spiritualist, (A referência entusiástica de Crookes ao teste de Varley deveria ser considerada em relação à sugestão de Trevor Hall de que Crookes desejava ‘jogar um véu’ sobre as experiências de Varley (The Spiritualists, pág. 51) seriam os mais indicados para demonstrar se os fenômenos que aconteceram na presença da Sra. Fay foram produzidos num passe de mágica ou se eram genuínos. A experiência mostrou que as melhores condições para a produção dos fenômenos mais notáveis da mediunidade da Sra. Fay são que ela deveria ficar isolada da presença de outras pessoas e na escuridão. Sendo assim, a fim de conseguir manifestações sob condições de teste, era necessário que a médium estivesse tão amarrada a ponto de não poder se livrar nem sozinha nem com a ajuda de qualquer outra pessoa sem o conhecimento dos observadores. A Sra. Fay foi normalmente amarrada com fitas ou barbante. Eu propus amarrá-la com uma corrente elétrica. Este método tem a vantagem da certeza absoluta, já que, se o médium tiver suas mãos ou corpo liberto dos fios elétricos, em um estado de transe ou não, o galvanômetro do lado de fora faz com que os espectadores saibam o momento em que o circuito foi interrompido. Por outro lado, se os fios elétricos forem unidos, de forma que a corrente ainda possa passar por entre eles, o efeito se torna ainda mais evidente através do galvanômetro.
    .
    Na sexta-feira à noite, 19 de fevereiro, a Sra. Fay veio até a minha casa sozinha, para se submeter a estes testes, na presença de vários homens de conhecido saber científico. Ela entrou na sala de visitas e conversou conosco por mais ou menos um quarto de uma hora, depois disso meus amigos desceram a escada para examinar o equipamento elétrico e a minha biblioteca, que seria usada como quarto escuro. Eles examinaram os armários e abriram as escrivaninhas. Colocaram tiras de papel acima das fixações das venezianas da janela e as fecharam hermeticamente com seus anéis de sinete. Eles também fecharam hermeticamente e de modo semelhante a segunda porta da biblioteca, que leva a uma passagem. A outra porta leva da biblioteca ao meu laboratório, onde os estudiosos permaneceram durante os testes. Posteriormente, uma cortina foi suspensa acima desta mesma porta, para deixar a biblioteca em relativa escuridão e permitir a rápida e fácil passagem de um lado para outro.
    O esquema seguinte mostra o arranjo do dispositivo. (não dá para colocar o esquema aqui).
    .
    D, bateria.
    F, galvanômetro.
    H, controle para cortar mais ou menos a corrente a fim de regular a deflexão do galvanômetro.
    E, caixa de rolos de resistência.
    Chaves A e B, para iniciar e interromper o contato.
    (A) está sempre fechada, e é usada apenas para corrigir ou verificar o zero.
    (B) quando ajustada em K, põe os rolos de resistência no lugar do médium.
    Os dois fios elétricos, um de cada lado da seta, vão para a médium.
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    A médium segura duas manivelas, presas aos fios elétricos abaixo da seta, e deste modo fecha o circuito, e faz com que a luz do galvanômetro seja defletida na escala. Então o desvio é ajustado, o objeto serve para distribuir a corrente entre o galvanômetro e o desvio de modo a causar uma útil deflexão no primeiro. Qualquer movimento da médium passa a ser visto através da variação da posição do ponto de luz. Se os arames ou manivelas sofrerem qualquer tipo de curto-circuito, o ponto de luz salta para fora da escala; se, por outro lado, o contato for rompido pela médium, a luz imediatamente cai para zero.
    Para medir a resistência da médium, a chave B, é fechada, o que coloca os rolos de resistência no circuito no lugar da médium. As cavilhas são então retiradas até que a deflexão no galvanômetro seja igual à produzida pela médium; ambas as resistências são equiparadas, tanto a da médium quanto a dos rolos, e os valores são lidos nos rolos.
    O galvanômetro de reflexão, junto com o rolo de resistência e o de desvio, foi colocado contra a parede no laboratório, pelo lado da cortina; dois pedaços pequenos de fios elétricos muito espessos atravessaram a parede, e foram firmemente soldados às duas manivelas de metal no outro lado. Estas manivelas foram seguras pela Sra. Fay, cujo corpo fechou o circuito elétrico, e apresentou uma deflexão no galvanômetro que variava de acordo com sua resistência elétrica. As manivelas de metal foram firmemente cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. Antes de começar as experiências, a Sra. Fay mergulhou suas mãos em sal e água, e então, ao segurar nas manivelas, notei que a deflexão era sempre muito constante, devido à ampla quantidade de superfície exposta ao contato com as mãos. Quando ela segurou os terminais, a quantidade exata de deflexão devido à resistência de seu corpo foi medida pelo galvanômetro; se ela fizesse com que as manivelas tocassem uma à outra a deflexão seria tão grande que faria a luz pular rapidamente para fora da escala; se ela parasse de segurar as manivelas por um momento o raio de luz cairia para zero; se ela tentasse substituir qualquer coisa além de seu corpo para estabelecer um contato parcial entre as duas manivelas, as grandes oscilações do índice luminoso, que aconteceriam enquanto isso estivesse sendo feito, tornar-se-iam evidentes, uma vez que as possibilidades teriam sido infinitas contra a produção da quantia correta de deflexão.
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    Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram tudo o que foi possível, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Em meio a uma série de ajustes cuidadosos, eles me consultavam sobre a quantidade de deflexão que havia sido produzida no galvanômetro, de modo que com o tempo obtiveram uma quantidade de resistência equivalente a de um corpo humano. Porém, isto não teria sido possível sem as informações do galvanômetro, que indicava violentas oscilações do raio de luz e denunciava que eles estavam tentando restabelecer um novo contato através de algum tipo de truque. Após a sugestão de um deles, e para prevenir futuros erros, as manivelas de metal foram fixadas bem distantes uma da outra. Feito isso, ele expressou estar satisfeito, pois sabia que nem ele mesmo, nem qualquer outra pessoa poderia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.
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    Em seguida, a Sra. Fay foi convidada a descer até a biblioteca; ela sentou em sua cadeira de frente para as manivelas de metal, e os bicos de gás da biblioteca foram apagados, exceto por um deles, que foi diminuído. Anotamos a distância entre ela e os vários itens proeminentes. Uma caixa de música sobre a minha escrivaninha a uma distância de cerca de 1,20 metros dela; um violino sobre a mesa a uma distância de cerca de 2,4 metros; e a escada de mão da minha biblioteca estava apoiada contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros dela. Então pedimos que ela umedecesse as mãos com a solução feita de sal, e segurasse os terminais. Isto foi feito, e de uma só vez uma deflexão foi produzida na escala do galvanômetro devido à resistência de seu corpo; então deixamos a biblioteca e entramos no laboratório, que estava iluminado o suficiente por gás para que pudéssemos observar tudo nitidamente.
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    Começamos os testes às 8.55 da noite; o galvanômetro indicava uma deflexão de 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay correspondia a 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a deflexão era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57, a deflexão era de 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais distante da Sra. Fay.
    É importante que fique claro que eu estava em um lado da parede com o galvanômetro e que a Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, que foram soldadas aos pedaços de fios elétricos, e que ela as segurava tão firmemente que não podia mover suas mãos nem as manivelas dois centímetros à direita nem à esquerda, e que, sob aquelas condições, uma mão saiu da porta cortinada ao nosso lado, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso aconteceu dois minutos depois que deixamos o quarto.
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    Às 8.58 a deflexão era de 208°; às 8.59 era de 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist para o Sr. Harrison.
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    Às 9 horas a deflexão era de 209°; neste momento uma mão foi vista novamente saindo e segurando uma cópia do livro de Serjeant Cox intitulado What am I? Às 9.1 a deflexão era de 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores.
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    Às 9.2 a deflexão era de 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel.
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    Às 9.3, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era conhecido por ser inclinado ao uso da erva daninha. Eu posso afirmar que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando a Sra. Fay entrou no quarto.
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    Às 9.4 a deflexão era de 213°. Novamente medi a resistência de corpo da Sra. Fay, que então correspondia a 6.500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia de um pedaço de manto a 1,5 metros da médium, nos foi oferecido.
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    Às 9.4, a deflexão era de 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana completa de pé na abertura da cortina.
    Às 9.5, observei o circuito ser subitamente interrompido. Entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela estava deitada inconsciente na cadeira, mas foi reavivada em cerca de meia hora. Sendo assim, esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.
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    Uma peça de porcelana antiga, na forma de um prato, foi achado no topo de minha escrivaninha na biblioteca; ele não estava lá antes de as experiências começarem. Em minha sala de visitas de há uma moldura que circunda toda a parede, próximo ao teto, a mais ou menos 2,5 metros do chão; presos nesta moldura estão várias peças de porcelana antiga, inclusive alguns pratos pequenos. A Sra. Fay havia estado na sala de visitas talvez uma hora antes de a sessão começar, mas ela não esteve lá exceto na presença de várias testemunhas; o quarto estava bem iluminado, e ela teria que subir numa cadeira para alcançar um dos pratos próximos ao teto, e é claro que todos teriam visto se isto tivesse acontecido. Os pratos tinham estado naquelas molduras por semanas sem serem mexidos e nenhum membro de minha família tocou em nenhum deles. Um dos cavalheiros presentes disse que ele tinha certeza que o prato não estava na escrivaninha quando as experiências começaram porque ele observou a escrivaninha com a intenção livrar-se de um objeto colocando-o sobre ela. Muitos casos semelhantes de transporte de objetos sólidos de um lugar para outro por meio anormal estão registrados na literatura espiritualista.
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    Antes de a Sra. Fay vir a esta casa naquela noite, ela só conhecia os nomes de dois dos convidados que estariam presentes, mas durante a noite a presença (espiritual) que estava em ação exibiu uma quantidade incomum de conhecimento sobre as testemunhas e o curso de suas vidas. O livro Spectrum Analysis ainda não tinha registro literário, mas foi removido de seu lugar e dado ao seu autor. Embora eu geralmente saiba a posição dos livros em minha biblioteca, certamente não poderia achá-los na escuridão, e não tenho nenhuma razão para supor que a Sra. Fay soubesse qualquer coisa sobre o tal livro recém escrito, ou sobre minha biblioteca, ou que o livro fora escrito por uma das pessoas presentes.
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    Em ocasiões anteriores apliquei um teste elétrico durante as manifestações da Sra. Fay. Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. Quando ela segurou as manivelas, a deflexão foi de 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240° e então permaneceu fixa em 237°; a resistência da médium às 920º (Evidentemente um erro de impressão, ou para 220° ou possivelmente para 9.20.) era de 5.800 unidades da British Association. Batidas foram ouvidas às 9.28, quando a deflexão oscilava entre 215° e 245°.
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    Às 9.30, a luz tendia a se fixar em 230°; a resistência era de 5.900 unidades. Muitas batidas foram ouvidas, aparentemente na porta perto da médium, mas a luz não apresentava nenhum movimento, o que provava que as mãos da Sra. Fay estavam completamente imóveis.
    Às 9.31 a deflexão era de 234°. Então ouvi a médium suspirar e soluçar. O indicador da luz estava fixo em 233°, embora vários instrumentos estivessem tocando ao mesmo tempo. Os movimentos passaram a ser ouvidos no quarto; vários itens foram lançados no laboratório pela abertura da cortina; o violino foi entregue a mim por uma mão visível, que também foi vista por outras pessoas presentes no quarto. Tudo isso enquanto o índice luminoso permanecia fixo, o que provava que a médium estava quieta enquanto estas coisas aconteciam. Às 9.34 a luz estava fixa em 236°, e o zero estava correto. Às 9.37 pudemos ouvir a caixa de música sendo tocada, a luz ainda mantinha-se fixa. Às 9.38 a deflexão era de 238°. Às 9.39 a médium interrompeu o circuito, soltando as manivelas. Ela só foi capaz de dizer, ‘Estou tão cansada de segurar estas coisas’. Então ela entrou em transe, mas se recuperou em pouco tempo.
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    No sábado, 6 de fevereiro, uma outra sessão experimental foi feita em minha casa. Foi um pouco às pressas, para o benefício de um eminente F.R.S., que não pôde participar da sessão anterior. A Sra. Fay era a médium. Algumas precauções extras foram tomadas. A biblioteca foi completamente revistada, as portas e janelas foram trancadas e tiras de fitas engomadas foram colocadas nelas. Estas tiras foram seladas com um anel que pertencia a uma senhora que estava presente; em seguida o teste elétrico foi aplicado da mesma maneira que na noite anterior. Quase as mesmas coisas aconteceram, com os mesmos resultados, isto é, não notamos o mais leve movimento por parte da médium.
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    Minha escrivaninha, que se fecha firmemente com uma fechadura Bramah, foi trancada cuidadosamente um pouco antes de a sessão começar e ainda assim foi encontrada aberta depois que a sessão terminou. Isto em muito pouco tempo. A sessão começou às 9.15 e terminou às 9.30 da noite.
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    Inicialmente eu sempre permito aos novos médiuns que vêm a mim que trabalhem sob suas próprias condições; pois não sei quais fenômenos podem vir a ocorrer, não estando em posição de sugerir testes, e, possivelmente, eu não os testemunharia antes de os médiuns terem confiança em mim, sabendo que eu não os acusarei de quaisquer truques, depois disso eles sempre demonstram o desejo de me ajudar na medida do possível. Todas as manifestações dependem de condições delicadas, intimamente conectadas ao estado nervoso dos sensitivos, e a maioria das manifestações é interrompida quando qualquer coisa que acontece os incomoda.
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    De acordo com a nota de Burns (aprovada por Crookes), a sessão de 25 de fevereiro seguiu um curso semelhante. Ele descreve um efeito adicional não mencionado por Crookes.
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    A luz na escala pareceu ser constante o tempo todo, mas uma observação cuidadosa determinou que ela se moveu mais de uma divisão, um espaço menor que o grau em um termômetro, e a atenção precisa por parte de observadores experientes revelou que uma leve pulsação era notável no raio de luz, em função da respiração da Sra. Fay.
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    Se este fosse um efeito genuíno, confirmaria, além de qualquer dúvida razoável, que um ser humano estava no circuito. Claro que é sabido que debaixo de condições difíceis de observação é possível que uma oscilação aparente deste tipo pareça uma ilusão de ótica. Esperamos decidir o assunto experimentalmente no tempo devido.
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    O relatório de Burns acrescenta detalhes adicionais relativos ao ambiente físico. Ele traz uma planta da biblioteca de Crookes, e explica as precauções tomadas para assegurar que nenhuma pessoa estranha pudesse entrar na biblioteca. Burns ficou muito impressionado com a eficácia das preparações de Crookes. Ele escreve:
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    A biblioteca foi minuciosamente examinada e preparada para a sessão. Tivesse o Sr. Crookes tomado tais precauções na casa do mais ardente espiritualista, teria possivelmente sujeitado a si mesmo a alguma pequena ofensa por fazê-lo. Todo canto foi examinado. As fixações das janelas-venezianas postas à mostra, a porta no corredor foi fechada e selada com o selo do Sr. Bergheim. Estas precauções não foram empreendidas com vista a ridicularizar as condições do teste normalmente impostas nas sessões, mas sim da maneira mais séria e concenciosa para não deixar nenhuma brecha para que se pudesse levantar suspeitas sobre a natureza dos fenômenos. As janelas teriam sido seladas também, mas depois de muita reclamação de seus convidados, o Sr. Crookes, em última instância cedeu, abrindo-as, mas devido aos restos de cera e papel, podíamos ver que as venezianas tinham sido seladas em ocasiões anteriores. As janelas dão para um jardim na frente e uma área ampla, separada da rua por uma pesada grade de ferro, de forma que uma entrada pelas janelas não só seria um feito difícil, mas altamente perigoso, já que o candidato a fazê-lo poderia acabar nas mãos da polícia.
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    Só temos conhecimento sobre dois métodos por meio dos quais o médium poderia cometer fraude. Podmore, em Modern Spiritualism, Vol. 2, Methuen, Londres, 1902, pág. 158, faz estas observações:
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    Desta nota [ou seja, a de James Burns] não parece que quaisquer precauções foram tomadas para assegurar que as mãos da Sra. Fay estivessem realmente no circuito; se um rolo de resistência fosse preso às manivelas, teria sido necessário apenas que, na luz fraca, a médium colocasse suas mãos perto das manivelas durante a momentânea inspeção do Sr. Crookes. Para descobrir um truque da natureza do que provavelmente foi praticado, seria necessário nada menos do que fazer uma inspeção cuidadosa em plena luz.
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    Se Crookes fosse descuidado quase ao ponto da imbecilidade, esta poderia ser a explicação para o teste presenciado por Burns, e posteriormente descrito por ele. Contudo, a menos que estejamos preparados para acreditar que Podmore tivesse que aparecer com uma explicação ‘natural’ a qualquer custo, não se sabe por que ele limitou sua atenção apenas à sessão de Burns. (Podmore mostrou uma forte tendência para explicações ‘fáceis’ e negligenciava evidência inconveniente. Cf. análise do Padre Thurston sobre o tratamento de Podmore aos testes de acordeão de D. D. de Home: The Church and Spiritualism, Milwaukee, 1933, Capítulo IX, e especialmente a pág. 173.) Na sessão descrita por Crookes, dois Membros da Royal Society, ambos experimentadores experientes, sendo que um deles, com base no que descobrimos em suas cartas sobre os fenômenos de Fox, (vejam pág. 41) mostrou-se muito atento a qualquer possibilidade de truques. Eles ainda estavam na biblioteca com Crookes quando a Sra. Fay segurou as manivelas, e haviam passado os minutos precedentes à procura de um possível método de fraude. A sugestão de Podmore não pode ser descartada como uma impossibilidade absoluta, mas, como tantas outras sugestões deste tipo, ela implica um grau de incompetência por parte dos experimentadores que parece quase mais incrível do que os efeitos paranormais descritos. É como Crookes disse, em outra ocasião:
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    Meus críticos não me darão crédito pela posse de um mínimo de bom senso? E será que eles não imaginam que as óbvias precauções que lhes ocorrem, tão logo eles se dedicam a apontar falhas em minhas experiências, não são improváveis de também terem ocorrido em minha mente no curso de minha prolongada e paciente investigação?
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    Houdini propôs uma explicação alternativa para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma suposta conversação com a Sra Fay.
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    ‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, surgiu com uma exposição do trabalho dela, ela se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou aos seus cuidados e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela tinha apenas uma remota chance de passar no teste do galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e de azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para enganá-lo.’
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    * O ‘galvanômetro’ é um instrumento usado para controlar a médium. É um dispositivo elétrico composto de um sintonizador e duas manivelas, construído de modo que se o médium soltar qualquer uma das manivelas, o contato seria interrompido e o indicador registraria a falha. A médium, para enganar o assistente, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intacto e pôs a mão livre para fora e assim produziu o ‘espírito’. (Nota de rodapé de Houdini.)
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    A observação sobre a luz elétrica e o teatro é tolice, obviamente, e levanta a dúvida de que essa conversa tenha realmente acontecido. A sugestão de que a médium colocou um elétrodo debaixo de seu joelho é engenhosa e poderia se aplicar às sessões anteriores, já que ela não era mantida sob observação até o momento em que segurava as manivelas. Mas se esta era a explicação, ela teria ficado muito desconcertada durante a sessão de Crookes de 19 de fevereiro de 1875, quando encontrou as manivelas soldadas, e seria de se esperar que os F.R.S. (Fellows of the Royal Society, ou Membros da Sociedade Real (N. T.) presentes tivessem observado suas contorções com considerável interesse!
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    Em sua nota, Crookes relatou que Serjeant Cox, e outros, disseram que às 9.45 da noite viram uma forma humana completa na abertura da cortina. No Spiritualist de 26 de março de 1875 (pág. 151), o próprio Cox muda o tempo desta ocorrência para as 9.00 da noite, o momento em que, de acordo com Crookes, a Cox foi dado pela abertura da cortina uma cópia de seu livro What am I? Ele também afirmou que a forma estava vestida da mesma maneira que a médium. Quatro anos mais tarde, ele se lembrou de mais. Além de ver a forma de pé, ele ‘viu outra forma, parecida com a que estava na cadeira, segurando as manivelas, ela ainda estava lá, na mesma posição, mas estava muito escuro para eu notar o vestido dela’. Sua conclusão, tanto na hora da sessão quanto mais tarde, foi a de que a figura em pé era o corpo em transe da Sra. Fay, e que a figura sentada era sua ‘forma espiritual’. Não é completamente claro o porquê de ele ter decidido expressar o que viu desta maneira, a não ser pelo fato de que ele teve dificuldade em imaginar um vestido similar materializado.
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    Resumindo, não parece haver nenhuma maneira óbvia por meio da qual a Sra. Fay, sem ajuda, pudesse ter burlado as precauções tomadas no que se refere às condições descritas. A observação de Cox poderia sugerir um cúmplice, mas considerando o elaborado modo de busca e lacração (também descrito independentemente por Burns) e o fato de que estas eram premissas de Crookes, parece ser difícil evitar a conclusão de que se os fenômenos eram fraudulentos, o próprio Crookes teria de estar envolvido na conspiração — uma conspiração, diga se de passagem, dirigida contra, entre outros, três cientistas da mesma categoria, com um calibre igual ou maior que o seu próprio. Por outro lado, se os fenômenos eram genuínos, temos aqui ainda outro caso de um médium produtor de maravilhas para Crookes, os quais não estavam, aparentemente, tão prontamente disponíveis para investigadores contemporâneos e que certamente não têm nenhum paralelo nos dias atuais.
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    Crookes, tendo uma vez declarado sua convicção nos poderes de um médium em particular, nunca se retratou. No que diz respeito a esse assunto, os médiuns que ele patrocinou nunca, de forma alguma publicamente, admitiram tê-lo enganado. Citaremos duas cartas relacionadas à investigação de Fay que ilustram estes pontos. Uma carta de Crookes para o Sr. R. Cooper, de Boston, Massachusetts, foi escrita cerca de nove meses depois dos testes elétricos. Lê-se:
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    Caro Senhor,
    Em resposta à sua carta de 25 de outubro, que recebi esta manhã, tomo a liberdade de declarar que ninguém tem autoridade o suficiente para afirmar que eu tenho dúvidas sobre a mediunidade da Sra. Fay. As notas publicadas sobre as sessões teste que aconteceram em minha casa são a maior evidência que posso oferecer sobre a minha convicção nos poderes da Sra. Fay. Eu lamentaria muito se descobrisse que os rumores que você menciona possam vir a afetar a Sra. Fay, que sempre se mostrou disposta a se submeter a todas as condições que eu propus.
    Cordialmente,
    William Crookes.
    20 Mornington Road,
    Londres, N.W. 8 de novembro, 1875.
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    A outra carta que desejamos citar, da Sra. Fay para o Editor do jornal espiritualista americano The Banner of Light, é de interesse adicional em função dos rumores espalhados por mágicos profissionais, de que esta senhora gabou-se de ter enganado Crookes. (Veja a declaração de Houdini citada acima. Em uma carta (preservada nos arquivos da Sociedade) do gerente de W. Morton Maskelyne, para o ‘Dr. Sr. Barrett’, datada de 2 de setembro de 1876, existe o trecho: ‘Sabemos que o Sr. Crookes foi enganado (não foi extorquido mas sim iludido) pela Srta. [sic] Fay, e a madame (?) subsequentemente gabou-se disto.’). O Dr. Carpenter, um velho inimigo de Crookes, lançou um ataque direto na Nature, baseado no apadrinhamento de Crookes à Sra. Fay. Parece que Crookes, cuja habilidade para conduzir ácidas controvérsias era elevada, não enfrentou grandes dificuldades para repelir o ataque. As alegações do Dr. Carpenter fizeram com que a Sra. Fay escrevesse uma carta ao The Banner of Light; e é com esta carta que concluímos esta seção.
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    Eu gostaria de esclarecer alguns fatos em relação a um artigo publicado em seu jornal de 8 de dezembro que se refere a mim, numa carta do Sr. Crookes em resposta ao ataque do Dr. Carpenter.
    Primeiro, não é verdade que o Sr. Crookes tenha dado a mim uma carta que fala da natureza espiritualista de minhas manifestações, e referindo-se a Membros da Royal Society. A única carta, que tenho conhecimento, que o Sr. Crookes tenha escrito referindo-se à minha mediunidade (com exceção da escrita para o Sr. Cooper) foi publicada no Daily Telegraph londrino, e em outros jornais, em março de 1875 [A Sra. Fay confunde-se ligeiramente neste ponto. O que apareceu em vários jornais (inclusive no Daily Telegraph) durante este período foram os resumos do relatório de Crookes no The Spiritualist, os quais reproduzimos. Não existe nenhuma carta de Crookes no Daily Telegraph na ou próximo à data mencionada.] Segundo, em resposta à declaração do Dr. Carpenter que afirma que uma oferta de uma soma de dinheiro equivalente foi feita por meus empresários em maio de 1875 para que eu expusesse todos os meus truques, eu agora direi ao Dr. Carpenter, o que disse aos meus empresários, eu não tenho nada a expor.
    Tenho uma carta em mãos, datada de 18 de novembro de 1877, pedindo que eu estabeleça um preço para visitar a Inglaterra na posição de entrevistada , e mostrar como eu supostamente teria enganado os membros da Sociedade Real.
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    Minha resposta é a seguinte:
    ‘Tão pobre quanto sou, e tão esperta quanto eu deveria ser, de acordo com o que foi sugerido pelo Dr. Carpenter, entre outros, sou obrigada a recusar sua tentadora proposta de encher o meu bolso me aventurado em impossibilidades. Eu sinceramente tenho esperança de poder sustentar a mim e à meu filho com uma ocupação mais decente.’
    Akron, Ohio, 10 de dezembro, 1877. Annie Eva Fay.
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    Bem, Moisés, isso é o que foi registrado. O Vitor está muito convencido de que o Brookesmith teria decifrado toda a fraude com dobra de joelho e fita molhada, EMBORA NÃO DESCREVA NEM COMO FEZ ISSO, NEM APRESENTA OS NÚMEROS OBTIDOS. Simplesmente diz que “se poderia fazer sem grandes oscilações”. Seu relatório é o de uma total improvisação experimental.
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    Não digo que manifestações de materialização não mais acontecem e sim que, quando acontecem, são para consumo nosso, já que “pesquisas científicas” em cima delas não vão produzir nada de diferente do que já foi feito no passado. E se os críticos também não têm novos contra argumentos a prestar…
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    “ela poderia ter empregado qualquer um de vários truques para conseguir libertar uma ou ambas as mãos e acenar em qualquer lado do gabinete ou pegar e em seguida entregar objetos para os assistentes”
    – Vitor, caia na real: esse babaca do Brookesmith só apresentou dois truques possíveis. Um deles, viável, era substituir uma mão pela dobra do joelho. Só que isso em NADA A AJUDARIA. Ou outro, inviável, seria substituir-se toda por uma tira de pano molhada. Só que tal expediente havia sido testado na ocasião verificou-se que não havia como fazer tal truque na bamba: era teria de saber exatamente qual a concentração da solução salina, qual a grossura e comprimento da tira a ser usada e contar com a babaquice geral dos pesquisadores para não notarem que ela prendeu a tira ali enquanto fingiu segurar as manivelas. Como já disseram, crer nessa última assertiva é mais fantástico do que crer nos próprios fenômenos observados.

  162. Vitor Diz:

    Oi, Arduin
    comentando:
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    01 – “O Vitor apela para o Brookesmith e para a milagrosa fita de pano, mas até agora não me explicou como é que uma tira de pano molhada na mesma solução salina em que o médium mergulhou suas mãos ficam ambos com a mesma resistência elétrica.”
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    O Brookes-Smith explicou isso:
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    “Eu também descobri, tanto no museu quanto em experiências subsequentes, que quando o circuito era completado através de meu antebraço e mão cobrindo ambas as manivelas, o ato de segurar a segunda manivela com a minha mão livre não produziu uma deflexão correspondentemente grande do marcador devido ao caminho paralelo através de meu corpo como seria de se esperar. A resistência ôhmica entre quaisquer dois pontos no corpo parece ser quase a mesma e grande comparada com a mão que controla a resistência se a solução salina é forte, de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.”
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    Aí o que a Fay fez? Brookes-Smith demonstrou:
    .
    “Então coloquei ambos os eletrodos sucessivamente dentro das minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres sem produzir quaisquer grandes mudanças na escala do galvanômetro.”
    .
    Então na verdade não é que o pano tenha a mesma resistência que o corpo humano. É que o corpo humano tem a mesma resistência em qualquer ponto, e os eletrodos ligam a máquina de Crookes ao corpo da médium. Então a Fay usou o pano ligando as manivelas para liberar as mãos e colocou os eletrodos nas meias. Assim a resistência do circuito continuou a mesma, pois o corpo dela continuava ligado ao circuito. FOI ASSIM QUE ELA FRAUDOU E ENGANOU CROOKES! ENTENDEU AGORA? Ela liberou ambas as mãos, pôde entregar assim os objetos aos assistentes e colocando os eletrodos nas meias ainda pôde ficar de pé e aparecer ante as testemunhas. A resistência não mudou porque o corpo dela ficava ainda ligado à máquina pelos eletrodos nas meias, mas as mãos estavam livres e ela podia se movimentar ainda por cima.
    .
    02 – “Houdini falou besteira pois nem lera o relatório, nem se informou sobre o caso. Merece respeito um pesquisador tão descuidado?”
    .
    Merece, porque a nota de rodapé de fato revelou a possibilidade de truque.
    .
    03 – “Vitor está muito convencido de que o Brookesmith teria decifrado toda a fraude com dobra de joelho e fita molhada, EMBORA NÃO DESCREVA NEM COMO FEZ ISSO, NEM APRESENTA OS NÚMEROS OBTIDOS. Simplesmente diz que “se poderia fazer sem grandes oscilações”. Seu relatório é o de uma total improvisação experimental.”
    .
    Ele fez vários experimentos. E o Stephenson repetiu, informando os números, confirmando os achados de Brookes-Smith.

  163. Gorducho Diz:

    Neste conhecido e l.o..n…g….o….. texto, onde está dito que as manivelas foram chumbadas na parede?
    No esquema, pelo menos no que eu tenho, só há uma seta (como as que as crianças desenham) indicando a médium. Claro que as manivelas estavam soldadas à fiação. Mas qual a rigidez desses “fios” (para alguns mA)?
     
    De qualquer maneira, o Crookes teve razão: o uso do galvanometro foi muito satisfatório. Mostrou:
    i) Que o ectoplasma não existe.
    ii) Que não houve transe. Como é que um médium em estado de transe (lembremos que a Florrie caia inconsciente) conseguia seguras continuamente (dentro do transe lembrando-se de fazê-lo) durante toda sessão?
     
    Que o galvanômetro funcionou, funcionou.
    Quanto ao Houdini, alinho-me com o Professor. Aliás, Professor, a história do advogado também acho que o Sr. tem razão: parece que era um “pseudônimo” do cara e nunca aparece o que o cara disse… Parece a história da NASA com o CX 🙁

  164. Vitor Diz:

    Gostei do insight do Gorducho. De fato, como a médium poderia segurar firmemente as manivelas em estado de transe? Sendo que ela ainda por cima devia estar debilitada por emprestar sua massa para formar o fantasma!

  165. Marcos Arduin Diz:

    Isso já está ficando chato…
    ““Eu também descobri, tanto no museu quanto em experiências subsequentes, que quando o circuito era completado através de meu antebraço e mão cobrindo ambas as manivelas, o ato de segurar a segunda manivela com a minha mão livre não produziu uma deflexão correspondentemente grande do marcador devido ao caminho paralelo através de meu corpo como seria de se esperar.”
    – Por que seria de se esperar? Se a grande resistência é dada PELA PELE, já que o sangue é condutor, então não deveria mesmo haver TÃO GRANDE (ele dá os valores? Ou só diz isso e você acredita?) de um braço a outro ou de um mesmo braço e antebraço.
    .
    A resistência ôhmica entre quaisquer dois pontos no corpo parece ser quase a mesma e grande comparada com a mão que controla a resistência se a solução salina é forte, de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.”
    – Não interessa. Isso não ajudaria a Fay a sair de perto da parede, não importa qual mão ela substituísse pelo antebraço ou joelho.
    .
    “Então coloquei ambos os eletrodos sucessivamente dentro das minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres sem produzir quaisquer grandes mudanças na escala do galvanômetro.”
    – Demonstrou o que? Acaso ele vestia a profusão de panos com os quais as mulheres costumavam a se cobrir na época e, sem soltar as mãos dos contatos, ele conseguiu puxar as saias e saiotes, despir meia calça e meias não calças, etc e tal e aí enfiou as pernas e pés nas manivelas fixas, mas antes ele tinha de mergulhá-las no balde com a solução salina forte (isto é: se a solução salina fosse mesmo forte e se os pesquisadores tivessem esquecido o balde lá, e se era um balde mesmo… Há tanto senão nessa história para fazer a tese cética ser ao menos plausível…). Como? Não tem NADA disso minuciosamente descrito no artigo dele? Então só você e sua fé para acreditar nesse panaca.
    .
    “Então a Fay usou o pano ligando as manivelas para liberar as mãos e colocou os eletrodos nas meias.”
    – Se o pano já dava A MESMA resistência do corpo dela, não havia necessidade alguma de ela colocar suas pernas e meias nas manivelas (e não o contrário, pois as manivelas estavam chumbadas na parede, não se esqueça disso).
    .
    “Então na verdade não é que o pano tenha a mesma resistência que o corpo humano.”
    – Quer decidir de uma vez? Afinal, o pano tem ou não tem a mesma resistência do corpo humano? Se tem, era só ela usar de um truque mágico para torná-lo invisível aos pesquisadores e colocá-lo nas manivelas enquanto os bobões achavam que ela estava segurando as dita-cujas com suas mãos. Se não tem, então era um apetrecho inútil, pois se tentasse colocá-lo no lugar dela, imediatamente a fraude seria percebida.
    .
    “FOI ASSIM QUE ELA FRAUDOU E ENGANOU CROOKES! ENTENDEU AGORA?”
    – Não pois você está propondo coisas que são INVIÁVEIS no experimento publicado.
    .
    “Ela liberou ambas as mãos, pôde entregar assim os objetos aos assistentes e colocando os eletrodos nas meias ainda pôde ficar de pé e aparecer ante as testemunhas.”
    – Como é que ela pôde pegar os objetos e ficar em pé diante das testemunhas se as manivelas estavam chumbadas na parede?
    .
    “Merece, porque a nota de rodapé de fato revelou a possibilidade de truque.”
    – Lembrando-o mais uma vez de que ela revelou TODOS os seus truques ao Houdini, NADA É DITO sobre tiras de pano, nem manivelas enfiadas dentro de meias, NADA de NADA. O máximo que disse é que substituiu uma mão pela dobra do joelho, mas isso EM NADA a ajudaria a se afastar de parede e percorrer a biblioteca.
    .
    “Ele fez vários experimentos.”
    – Mal escritos, mal descritos e sem dados. Caísse na minha mão se eu fosse o editor, mandaria que reescrevesse tudo.
    .
    “E o Stephenson repetiu, informando os números, confirmando os achados de Brookes-Smith.”
    – Repetiu o que?

  166. Marcos Arduin Diz:

    “Neste conhecido e l.o..n…g….o….. texto, onde está dito que as manivelas foram chumbadas na parede?”
    – Após a sugestão de um deles, e para prevenir futuros erros, as manivelas de metal foram FIXADAS bem distantes uma da outra.
    – Se foram FIXADAS, então não estavam soltas. Adicionalmente:
    É importante que fique claro que eu estava em um lado da parede com o galvanômetro e que a Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, que foram soldadas aos pedaços de fios elétricos, e que ela as segurava tão firmemente que [b] não podia mover suas mãos nem as manivelas dois centímetros à direita nem à esquerda, (…)[/b]
    .
    “Mas qual a rigidez desses “fios” (para alguns mA)”
    – Não é dito, mas não faz nenhuma diferença. A resistência deles é mínima se comparada com a do corpo humano.
    .
    “i) Que o ectoplasma não existe.”
    – conclusão de um inexperto no assunto.
    .
    ii) Que não houve transe. Como é que um médium em estado de transe (lembremos que a Florrie caia inconsciente) conseguia seguras continuamente (dentro do transe lembrando-se de fazê-lo) durante toda sessão?
    – Transe mediúnico nada tem a ver com DESMAIO. A Florence passou a ter um transe relaxado ao longo dos experimentos, mas mantinha-se desperta e consciente no início. E costuma ser assim com os médiuns em geral. A Fay ficava sentada numa cadeira e segurava as manivelas, eventualmente com os cotovelos apoiados sobre a mesa. Bem possível, não?
    .
    O Fernando Palmés também afirma que o Marsault era um pseudônimo e aí pergunto por que o recebedor de tão bombásticas revelações precisaria se esconder atrás disso. Mas o fato é que ele é citado por uns e outros autores anti-espíritas, mas nunca se acha a fonte original. Mas se lembre que um verdadeiro cético é OBRIGADO a crer nessas afirmações.

  167. Gorducho Diz:

    Não é dito, mas não faz nenhuma diferença. A resistência deles é mínima se comparada com a do corpo humano.
    Misericordioso Serápis… Era a flexibilidade [a propósito, bold se faz assim: <b> meu bold </b>] dos fios que estava em questão, Professor!
     
    Da minha parte vou respeitar a Casa e porque há tempo está chato mesmo: assunto Crookes encerrado.
     
    – conclusão de um inexperto no assunto.
    Estou aguardando seu experto parecer sobre o ectoplasma desidratado.
     
    (…)no início.
    Isso… isso. Só no início antes de perder massa e o ultramundano condensar-se completamente.
    Transe não é desmaio.
    Basta observar o transe do Peixotinho e concluir se ele estaria em condições de ficar segurando manivelas chumbadas na parede. Bem como a Florrie sobre a cadeira.
     
    É isso.

  168. Marciano Diz:

    Arduin, habilmente, sempre consegue desviar do foco.
    Ficamos discutindo “fatos” passados na era pré-cambriana quando deveríamos estar discutindo a erupção do Vesúvio e o xaveco de dois mil anos.
    Até que enfim meus amigos saíram do transe imposto por Arduin. O pior é que ele mesmo viu que estava ficando chato.

  169. Marciano Diz:

    Estou com um pressentimento de que Arduin, brevemente, começará a falar de Crookes, Fay e Cia.

  170. Toffo Diz:

    Prefiro falar do soterramento de Pompeia… infelizmente ando muito sem tempo, senão leria Herculanum. De qualquer forma, interessante notar a trajetória tortuosa de um sedizente senador romano, um patrício da mais alta estirpe, enviado pelo imperador a uma remota província do império sem grande importância – um senador jamais faria isso – que acaba conhecendo um judeu rebelde, do baixo estrato – como se fosse aqui no Brasil, em que nobres, fidalgos e desarranjados convivem sem mais problemas – que ainda lhe dá lições de moral e converte a sua mulher, uma patrícia (patricinha moderna), que fica amiga íntima de uma escrava judia, e falam a mesma língua. Não por acaso esse senador, que estaria muito acima hierarquicamente de Pôncio Pilatos, um simples prefeito, estava presente no julgamento e martírio do judeu rebelde – como se fosse um show da TV. Depois de tudo, ainda morre na destruição de Pompeia, em 79 dC, quando teria perto de 100 anos de idade… inverossímil ou querem mais? Me parece mais um plot de cinema do que uma história real

  171. Toffo Diz:

    um plot de [mau] cinema, por oportuno.

  172. Larissa Diz:

    Toffo,
    Quando eu li “Há dois mil anos” já tinha me questionado isso. A expectativa de vida em 79 DC era de cerca de 40 anos. Lóngevo além das expectativas o sedizente Senador.

  173. Larissa Diz:

    Guto, eu não entendo o porquê da resistência em confrontar os fatos. Um simples teste atestaria a veracidade da mediunidade e poríamos uma pedra no assunto. No entanto, os espíritas refutam qualquer teste CIENTÍFICO e sempre fogem pela tangente. No fundo (ou talvez nem tão no fundo assim) eles já saibam os resultados do teste.
    .
    O Senador Públio Lentulus não existiu. Conversei com um amigo antropólogo especializado em cristianismo e ele me garantiu que os registros de senadores romanos são confiáveis. Se Públio Lentulus não está lá é porque ele não era senador.
    Emanuel é uma referência ao próprio Jesus. Que espírito superior ousaria usar tal denominação a si mesmo?
    CX era epilético do lobo temporal. Este tipo de epilepsia raramente causa convulsões, mas frequetemente produz fanáticos religiosos que acreditam ter uma missão especial. Também podem provocar alucinações visuais e auditivas e, mais raramente, olfativas e gustativas.
    .
    Então, qual o problema em admitirmos que HDMA é uma obra de ficção? Eu adoro Senhor dos Anéis e detesto Harry Potter.

  174. Gorducho Diz:

    Depois de tudo, ainda morre na destruição de Pompeia, em 79 dC, quando teria perto de 100 anos de idade…
     
    É que ele se beneficiou com a redução da idade minima feita pelo Otávio, e entrou com os 25 anos.

  175. Toffo Diz:

    Larissa: HDMA é uma obra [ruim] de ficção. Tão longe de HDMA quanto Netuno fica do Sol, está o livro Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar, essa sim uma obra-prima de ficção compreendendo o Império Romano dos primeiros tempos. Yourcenar levou perto de 30 anos pesquisando para sua ficção confessional, em que ela virtualmente “psicografa” o Imperador Adriano. CX não levou dois, entre a leitura de Herculanum e a edição de HDMA.

  176. Biasetto Diz:

    Olá pessoal!
    Vi que o tema rendeu. Não li todos os comentários, mas pude entender algumas opiniões e ideias, especialmente dos “novatos”, pois já conhece muito bem os debatedores veteranos.
    Já tinha visto um comentário do Guto no post da madre Teresa, pensei em respondê-lo, mas deixei pra lá, aproveito os outros comentários que ele fez e me meto neste embate.
    Bem, sobre a madre Teresa, a questão é simples:
    1º) Ela se dispôs a cuidar de doentes. Parabéns a ela, afinal, quantas pessoas no mundo estão afim desta tarefa?
    2º) Em prol da causa que abraçou, ela se dispôs a arrecadar fundos, visitando países e governantes. Mais uma vez, parabéns a ela, que saiu à luta, em defesa de seus objetivos.
    Agora, as pesquisas do Hitchens e também deste grupo canadense, indicam que a maior parte do dinheiro que ela arrecadou não foi gasto naquilo que deveria. Muito pelo contrário, foi gasto em obras patrimoniais da ICAR. Isto foi, sem dúvida alguma, uma tremenda sacanagem, é fato!
    Além disso, as mesmas pesquisas, mostram que as condições oferecidas aos doentes, necessitados, eram muito precárias, os medicamentos eram muito simples, os tratamentos eram, muitas vezes, ineficazes. E, de acordo com o Hitchens e os canadenses, ela (madre Teresa) mostrava resistência quando alguém queria transferir algum doente, oferecer um tratamento melhor, ou em outro local.
    Então, na minha opinião, de acordo com estas informações, de santa ela não tinha nada. Só porque escrevia, mencionava frases bonitinhas, isto não me convence.

    Quanto ao Chico Xavier, ele passou a vida se dizendo médium, ele gostava de dar e receber carinho, era carismático, simplório, cordial, amistoso, consolava as pessoas … só que existem inúmeras evidências de que participou de fraudes de materializações de espíritos, borrifava perfumes em sessões espíritas (enganado pessoas), adorava (ainda que tentasse disfarçar) bajulações e, o pior de tudo: plagiava escandalosamente livros e mais livros e mais livros e mais livros. Vou morrer defendendo esta tese, a não ser que o espírito André Luiz ou Emmanuel, ou do próprio Chico, um deles venha falar comigo. Aliás, quanto a André Luiz e Emmanuel, os estudos apresentados aqui no blog os detonaram – fantasias criadas por Chico Xavier.

    O Guto critica o Vitor, mais um querendo que o Vitor feche o blog (não disse, “mas disse” ) – e o Vitor respondeu muito bem: abrir a mente das pessoas, mostrar para as pessoas que existem enganadores, que mitos são criados nos meios religiosos. Por que não?
    O Guto também falou de pessoas que vão aos hospitais, que vão ajudar doentes, que fazem um belo trabalho de se doarem por uma causa nobre. E o que isto tem a ver com o que está se discutindo aqui?
    QUE MANIA QUE AS PESSOAS TÊM, CERTOS RELIGIOSOS, DE ACHAREM QUE ATEU, CÉTICO, CRÍTICO, QUESTIONADOR, NÃO PODE FAZER O BEM.
    E o Guto foi além, dizendo que conhece muitos ateus, que vivem só de prazeres, que levam uma vida sem sentido, que só pensam na ciência …
    Mas que papinho hein?
    Mais uma vez este bla-bla-bla!
    E ainda aproveitou pra descarregar toda a sua SIMPLICIDADE CRISTÃ, dizendo que está melhor do que todos os amiguinhos de faculdade, provavelmente graças à sua incansável e inabalável fé.
    Como diz o banido Scur: HAJA PACIÊNCIA!!!

    Só me respondam o seguinte:
    1º) Se Chico Xavier tivesse nascido em 1980, a FEB publicaria em 2005 Cartas de uma Morta?
    2º) Se um de nós criar uma “casa dos moribundos” ao estilo daquela criada pela madre Teresa, aqui no Brasil de hoje, e aparecer uma fiscalização o que irá acontecer?

  177. Marcos Arduin Diz:

    “CX era epilético do lobo temporal. Este tipo de epilepsia raramente causa convulsões, mas frequetemente produz fanáticos religiosos que acreditam ter uma missão especial. Também podem provocar alucinações visuais e auditivas e, mais raramente, olfativas e gustativas.”
    – Larissa, vou supor que é médica da área da neurologia e portanto sabe do que está falando. Gostaria que me indicasse os estudos feitos e que demonstram que pessoas com esse problema são sempre gente messiânica que nem o Chico era.
    Ah! Um detalhe. Corre uma lenda aí que o Chico teria feito um eletroencefalograma que indicou esse tal foco temporal, etc e tal. Nada disso indicava que ele sofresse de alucinações ou outras lendas atribuídas por conta disso. A análise por um terceiro ficava prejudicada, pois não havia indicações de tempo ou ritmo.
    .
    Fico no aguardo.

  178. Biasetto Diz:

    “É mais fácil enganar as pessoas do que convencê-las de que elas foram enganadas.”
    — Mark Twain

  179. Larissa Diz:

    Eu, infelizmente, tive um caso na família. Tive, pq desde q a pessoa foi medicada com lamotrigina parou com delírios messiânicos.
    Venho de uma família de médicos e discutimos sobre o assunto, como não poderia deixar de ser.

    O próprio Herculano Pires saiu em defesa de CX quando soube o resultado do EEG dele, dizendo se tratar de um cérebro paranormal e não epiléptico. Isso significa que, no mínimo, o tal exame realmente existiu.

    “Sempre” é um termo inexistente na área médica. O que se sabe éq a grande maioria dos epilépticos do lobo temporal são hiperreligiosos.

    Cito abaixo trechos e artigos q citam as fontes.

    http://www.lasse.med.br/mat_didatico/lasse1/textos/americo02.html
    ” Alterações na esfera psíquica tais como emotividade, dependência, passividade, hipossexualidade, viscosidade, hipergrafia e religiosidade podem ainda fazer parte do quadro clínico”
    “O EEG interictal freqüentemente demonstra a presença de espículas ou ondas agudas em projeção temporal, uni ou bilaterais”

    http://www.polbr.med.br/ano01/artigo0701_b.php
    ” A Literatura há muito se ocupa do problema. Casos ilustres de indivíduos acometidos pela epilepsia que desenvolveram comportamento religioso notável são, possivelmente, o Apóstolo Paulo, Joana d’Arc, Dostoievsky e Swendenborg, conferindo expressão positiva ao espectro comportamental epiléptico (DEVINSKY & VAZQUEZ, 1993; FOOTE-SMITH & BAYNE, 1991; JOHNSON, 1994; VERCELLETO, 1994).”
    “A freqüência com que a hiperreligiosidade ocorre em pacientes epilépticos não foi determinada. Estudo com 30 pacientes epilépticos mostrou religiosidade significativa: 83% dos pacientes disseram ter uma religião, 76% se identificaram como católicos, 83% nunca mudaram de religião, 91% seguiam uma religião desde a infância e 52% freqüentavam templos religiosos com certa freqüência (FACURE et al, 1992). Em outro estudo, com 59 pacientes epilépticos, mostrou-se que 60% desses pacientes apresentava interesse demasiado por assuntos religiosos e que 51% havia se convertido religiosamente no passado (ROBERTS & GUBERMAN, 1989).”
    “A seguir, casos clínicos ilustrativos da relação entre epilepsia e religiosidade:

    CASO A: M.T.S., 46 anos, atendida no IPQ-HC-FMUSP. Refere ter crises epilépticas desde os 12 anos, que se iniciavam com aflição (sic), seguida de perda de consciência. Quando acordava, mostrava-se confusa. Tinha, de início, cerca de 20 crises diárias. Ressonância Nuclear Magnética mostrou esclerose têmporo-mesial à direita, confirmando hipótese diagnóstica de epilepsia temporal. A paciente refere que se tornou mais religiosa desde o início das crises e até tornou-se crente. Atribuía constantes significados religiosos aos fatos, repetindo várias vezes a palavra “Deus”.

    CASO B: G., 35 anos, tem crises parciais secundariamente generalizadas desde os 10 anos de idade. Na primeira entrevista, mostrava-se muito preocupada com problemas espirituais. Semanalmente, dizia apresentar estados de exaltação religiosa, que poderiam durar um dia inteiro. Começava seu dia orando e lendo a Bíblia, ia à Igreja 3 vezes por semana, escrevia profusamente sobre sentimentos religiosos e regozijava-se de trabalhar para um padre. Apresentava, também, sintomas depressivos. Teve boa melhora com medicação (BLUMER, 1993).”

    “É necessário salientar que a hiperreligiosidade ocorre na epilepsia do lobo temporal, sobretudo no acometimento do lado esquerdo, talvez devido a uma assimetria entre os hemisférios cerebrais (BEAR & FEDIO, 1977; CSERNANSKY et al, 1990; PERSINGER, 1993; PERSINGER & MAKAREC, 1993; SKIRDA & PERSINGER, 1993). Sugere-se também a ocorrência de hiperreligiosidade como parte da sintomatologia de crises parciais simples e mesmo crises generalizadas (cirignotta et al, 1980; SENSKI & FENWICK, 1982). A religiosidade seria conseqüência da psicose epiléptica ou, talvez, de um padrão de emocionalidade aumentado nesses pacientes (BEAR & FEDIO, 1977; FENWICK, 1995). Padrões familiares também seriam influentes na psicose e, indiretamente, na hiperreligiosidade (WOLF et al, 1986). Nisso, crenças religiosas estariam relacionadas a alterações no lobo temporal cortical e a paranormalidade teria gênese em alterações subcorticais (PERSINGER, 1993).”

    http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/download/832/812

    “Cientificamente, a relação entre epilepsia (particularmente a ELT) e religiosidade é reconhecida desde o início do século XIX, embora sejam poucas as informações disponíveis dessa época. O aumento da sensibilidade religiosa (hiper-religiosidade), a desabilidade, o isolamento social e a grande ne- cessidade de consolo religioso de indivíduos com epilepsias internados em asilos, foram descritos por Esquirol e por Morel, respectivamente em 1838 e em 1860.”

    “Hiper-religiosidade, hipossexualidade e hiper- grafia foram características clínicas descritas na síndrome de Geschwind, em 1975 e confirmadas em estudos posteriores. Entretanto, alguns estu- dos sugerem que a hiper-religiosidade e a conversão religiosa podem ocorrer também em outros tipos de epilepsias.”
    “A psicose pós-ictal, descrita por H. Jackson em 1931 como insanidade pós-ictal, é causada por exaustão neuronal, provocada por aumento das descargas no subcórtex e sistema límbico do lobo temporal, e/ou mediada por neurotransmissores, associados na maioria dos casos a foco ou disfunção nas regiões temporais de ambos os hemisférios. Entretanto, o mecanismo fisiopatológico e a latera- lidade hemisférica ainda são”

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2000000300024

    “Hipergrafia é um dos traços relativamente mais óbvios na síndrome interictal, e um conceito de difícil definição, uma vez que não há critérios como número de palavras ou tipo de produção gráfica que estabeleçam seus limites precisos com a “normografia”. ”

    “Embora parcela considerável dos indivíduos com síndrome comportamental interictal inicie sua intrigante apresentação de forma gradual, com interesse crescente em assuntos humanos e metafísicos e compulsão por transcrevê-los ao papel, outro segmento distinto o faz de forma abrupta. Alguns sequer portavam previamente epilepsia. Magnani, discutido por Sacks, sofreu uma “crise de decisão, esperança e temor, mas também uma febre alta, perda de peso, delírios, talvez convulsões; sugeriu-se que podia ser tuberculose, ou psicose, ou algum estado neurológico. […] No pico da doença […], Franco começou a ter, todas as noites, sonhos avassaladoramente nítidos. Sonhava toda noite com Pontito […], as ruas, as casas, as construções, as pedras ¾ sonhos com os detalhes mais microscópicos e verídicos. […] No hospital, com essas imagens oníricas se impondo sobre sua consciência e vontade, foi tomado por um novo sentimento ¾ o sentimento de que estava sendo `chamado”

    “Finalmente, gostaríamos de ressaltar que as alterações notadas nestas pessoas diferentes não costumam trazer grande prejuízo, e não são necessariamente mal-adaptativas. Embora muitas delas sejam pessoas de difícil convivência, e elas certamente sofrem por isso, elas nos trazem o lado criativo da doença. Ao invés do déficit, o superávit”

  180. GUTO Diz:

    Meus caríssimos senhores, pouco atrapalha ou ajuda a minha vida este blog. A vida é de vcs e façam dela o que acharem melhor. Agora, SEM HIPOCRISIA! Existe alguém aqui realmente preocupado em fazer o bem? Em dar amor às pessoas? Em dedicar seu tempo paras as pessoas necessitadas? Volto a dizer, SEM HIPOCRISIA? Não preciso e nem quero respostas não. As pessoas, como vocês bem sabem, MENTEM BASTANTE, ou seja, não tenho como saber se é VERDADE! Então, vivam felizes, da forma que mais lhes convém! Eu buscarei guiar a minha vida dentr dos preceitos cristãos, pois, para MIM, é o CAMINHO, A VERDADE E A VIDA! A VIDA que estavamos falando, Montalvão! Abraço e até NUNCA MAIS! Paz e Amor a todos!

  181. Biasetto Diz:

    Por que já vai Guto?
    Claro que existem pessoas aqui preocupadas em fazer o bem. Ou você acha que os participantes desse blog são o quê? Bandidos? Pilantras? Enganadores? Políticos corruptos? Mentirosos que aplicam golpes?
    Você acha que alguém ganha dinheiro através desse blog?
    Leva alguma vantagem?
    Quem você diz que MENTEM BASTANTE?
    Por favor, mostre as mentiras apresentadas aqui, fique à vontade. Quero saber.

  182. Vitor Diz:

    Oi, Arduin
    comentando:
    .
    01 – “Por que seria de se esperar? Se a grande resistência é dada PELA PELE, já que o sangue é condutor, então não deveria mesmo haver TÃO GRANDE (ele dá os valores? Ou só diz isso e você acredita?) de um braço a outro ou de um mesmo braço e antebraço.”
    .
    Porque quando ele segurava as manivelas com o antebraço e uma mão, a corrente seguia por um caminho só. Quando ele segura com ambas as mãos, a corrente se divide, teoricamente pela metade, gerando uma deflexão.Só que essa deflexão não é grande, ao contrário do que se esperaria pela queda da corrente pela metade.
    .
    02 – “Não interessa. Isso não ajudaria a Fay a sair de perto da parede, não importa qual mão ela substituísse pelo antebraço ou joelho.”
    .
    Claro que ajuda, ela usou a técnica do braço deslizante. Ela percorreu o eletrodo pelo corpo até enfiá-lo nas meias justamente porque a resistência é a mesma em qualquer ponto do corpo. Aí ela pôde sair.
    .
    03 – “Demonstrou o que? Acaso ele vestia a profusão de panos com os quais as mulheres costumavam a se cobrir na época e, sem soltar as mãos dos contatos,”
    .
    Ele SOLTOU as mãos dos contatos! Era para isso que servia o pano úmido! Para ele liberar as mãos! Ele descreveu ainda como deixar uma das mãos livres sem o pano.
    .
    04 – “Como? Não tem NADA disso minuciosamente descrito no artigo dele?”
    .
    Nem precisa. Já dá para ver como foi feito o truque. Replicação, ao contrário do que vc pensa, não quer dizer que o Brookes-Smith precisa fazer uma mudança de sexo, implantar silicone, se casar e mudar o nome para Sra. Fay…
    .
    Trocar de roupa rápido é algo que QUALQUER assistente de mágico faz. Além disso lembre-se que a Fay não foi revistada. Ela poderia muito bem, além de ser treinada, usar uma roupa que facilitasse a troca de roupa.
    .
    04 – “Se o pano já dava A MESMA resistência do corpo dela, não havia necessidade alguma de ela colocar suas pernas e meias nas manivelas (e não o contrário, pois as manivelas estavam chumbadas na parede, não se esqueça disso).”
    .
    Certo. Eu errei aí. O pano era apenas para fechar o circuito. Não que o pano não pudesse ter a mesma resistência que o corpo da médium. Mas de fato isso era desnecessário.
    .
    05 – “Quer decidir de uma vez? Afinal, o pano tem ou não tem a mesma resistência do corpo humano?”
    .
    Não precisa. O pano, agora entendi, é só para fechar o circuito. Não tem essa função de ter a mesma resistência.
    .
    06 – “Se tem, era só ela usar de um truque mágico para torná-lo invisível aos pesquisadores e colocá-lo nas manivelas enquanto os bobões achavam que ela estava segurando as dita-cujas com suas mãos.
    .
    Não precisava ser invisível, ela enfiava aquilo na “calcinha” e na hora era só tirar.
    .
    07 – “Se não tem, então era um apetrecho inútil, pois se tentasse colocá-lo no lugar dela, imediatamente a fraude seria percebida.”
    .
    O pano era para fechar o circuito. Estava longe de ser inútil.
    .
    08-” Como é que ela pôde pegar os objetos e ficar em pé diante das testemunhas se as manivelas estavam chumbadas na parede?”
    .
    Porque ela usou o pano para liberar as mãos. Ela fechou o circuito com o pano. E os eletrodos ela colocou nas meias, podendo se movimentar.
    .
    09 – “Lembrando-o mais uma vez de que ela revelou TODOS os seus truques ao Houdini, NADA É DITO sobre tiras de pano, nem manivelas enfiadas dentro de meias, NADA de NADA.”
    .
    Ou a Fay se esqueceu, ou Houdini se enganou ao pensar que todos os truques haviam sido revelados. Não importa. O fato é que o teste é falho. Ponto.
    .
    “Repetiu o que?”
    .
    Repetiu os experimentos que o Brookes-Smith fez, com muitos mais detalhes.

  183. Marciano Diz:

    Toffo,
    “plot” de cinema “trash”.
    Não fica devendo nada a Ed Wood.
    .
    Respostas curtas ao Biasetto:
    1ª pergunta: A FEB não se queimaria com uma idiotice dessas; agora que não há como voltar, o jeito é apelar para a imaginação e criar racionalizações.
    .
    2ª pergunta:
    Cadeia! Ela era 00 mater tenebrarum, ou seja, tinha licença para torturar (em nome do bondoso Jesus).
    .
    Vitor, não caia na armadilha do Arduin, ele só quer desviar do assunto. Esse negócio de Crookes já deu.

  184. Marcos Arduin Diz:

    Ah! Bom, Larissa. Parece então haver algumas outras coisas, não digo melhores, mas além do que diz o nosso querido padre Quemedo. Sabe, ele cita um artigo que saiu na revista Realidade de novembro de 1971, assinado pelo José Hamilton Ribeiro. O título é um tanto estranho, mas claramente tendencioso: O Cérebro Anormal de Chico Xavier.
    Não sei porque o cérebro seria anormal, mas sacomé: há uma maioria chatólica no Brasil que compra mais revista do que uma minoria espiritólica…
    .
    O Quemedo diz lá no seu artigo “A Verdade Sobre Chico Xavier” (tem tão poucas verdades nesse artigo…): DOENTE MENTAL
    Por motivos de saúde houve que fazer o eletroencefalograma de Chico Xavier, fora do controle dos espiritistas quando finge que está “psicografando”. Resultado esclarecedor:
    “Foco temporal classicamente responsável por distúrbios sensoriais, alucinações, ouvir vozes (…), arritmia, tendência a ataques epilépticos ou `transes´” (Ver, entre outras publicações, Revista “Realidade”, Novembro, 1971).
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    Agora vou transcrever o que de fato está no artigo da revista (as maiúsculas são minhas).
    Um PSIQUIATRA, o dr. Alberto Lyra, interpretando esse episódio: Tendo em vista que seu eletroencefalograma revela um foco temporal, classicamente responsável por distúrbios sensoriais, com ocorrência de alucinações, vozes, visões, etc., podemos estar diante de um ataque epiléptico. Por outro processo psicológico, uma pessoa, contando repetidas vezes um episódio e obtendo para ele o consenso de seu meio, acaba acreditando que ele é de fato verdadeiro, e nunca mais duvidará de que assim não seja.
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    Nada é dito no artigo sobre os motivos que levaram Chico a fazer o exame e nem que ele teria de fazê-lo sob as vistas dos vigilantes espíritas para que nada comprometedor fosse revelado. Tudo isso é só imaginação do nosso querido padre. Agora a continuação, OMITIDA pelo Quemedo:
    UM ESPIRITUALISTA, o MESMO dr. Alberto Lyra, ex-presidente do Instituto Paulista de Parapsicologia e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Teosofia, analisando o mesmo episódio: – O patológico não exclui, nem deforma, o fenômeno paranormal, ou sobrenatural. Eu acredito na existência dos espíritos, e pode muito bem tudo ter-se passado conforme o relato de Chico Xavier.
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    Quemedo foi a melhor agência de propaganda gratuita do Espiritismo no Brasil. Pena que hoje esteja fora de moda, já que nunca se reciclou. Mas mesmo assim nós espíritas agrademos os serviços que ele nos prestou. Foi daí que surgiu essa história de eletroencefalograma do Chico Xavier.

  185. Marcos Arduin Diz:

    “1º) Se Chico Xavier tivesse nascido em 1980, a FEB publicaria em 2005 Cartas de uma Morta?”
    – A FEB NUNCA publicou Cartas de uma Morta. Chico submeteu o manuscrito à apreciação dos mandatários da FEB e estes o recusaram. Quem publicou foi a LAKE. Décadas depois, quando se ficou sabendo que em Marte nada há do que é dito no livro, o Chico, questionado a respeito, disse que a FEB teria feito bem em recusá-lo e lembrou que na ocasião recuperava-se de uma doença e não estava funcionando bem mediunicamente. Admitiu que aqueles textos teriam sido na verdade coisa da imaginação dele, ou seja, em vez da mãe falecida, ELE AGORA SE ASSUMIA COMO AUTOR.
    Adoque?

  186. Montalvão Diz:

    GUTO DIZ: […] Agora, SEM HIPOCRISIA! Existe alguém aqui realmente preocupado em fazer o bem? Em dar amor às pessoas? Em dedicar seu tempo paras as pessoas necessitadas? Volto a dizer, SEM HIPOCRISIA?
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    COMENTÁRIO: palavras de vida: “não julgueis para não serdes julgados, pois com a mesma medida com que medis vos medirão”.
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    GUTO DIZ: Não preciso e nem quero respostas não…
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    COMENTÁRIO: não quer respostas não faz perguntas…
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    Saudações confusas.

  187. Larissa Diz:

    Arduin – “O patológico não exclui, nem deforma, o fenômeno paranormal, ou sobrenatural.”

    Comentário – De fato, um não exclui o outro. No entanto, perante as inúmeras fantasias costantes dos livros, somados ao exame e comportamento de CX, pergunto: diante de qual fenômeno estamos? Patológico ou sobrenatural?
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    O exame revela ondas pontiagudas no LT de CX – conhecido como foco epileptogenicamente ativo. Isso, por si só, pode causar ataques, que no caso do lobo temporal estão mormente associados a sintomas emocionais e a psicoses delirantes e não a convulsões típicas.
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    Qualquer colocação do tipo “doente mental” ou “cérebro anormal” é infeliz, uma vez que, medicados, estes pacientes levam uma vida absolutamente normal.

  188. Marcos Arduin Diz:

    “Porque quando ele segurava as manivelas com o antebraço e uma mão, a corrente seguia por um caminho só. Quando ele segura com ambas as mãos, a corrente se divide, teoricamente pela metade, gerando uma deflexão.Só que essa deflexão não é grande, ao contrário do que se esperaria pela queda da corrente pela metade.”
    – A corrente NÃO SE DIVIDE em nenhum dos casos. O máximo que se poderia esperar é uma resistência menor no primeiro e maior no segundo. Contudo, conforme já disse, a resistência elétrica do corpo humano é dada 99% pela pele. Os fluidos corporais, por terem íons, são condutores. Além disso, o Brookesmith DIZ apenas, mas não me consta que tenha apresentado valores. Gozado você criticar os experimentos de Crookes e valorizar os do Brooke, que foram MUITO MAIS CAPENGAS em termos de registro e qualidade experimental feitos.
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    “Claro que ajuda, ela usou a técnica do braço deslizante. Ela percorreu o eletrodo pelo corpo até enfiá-lo nas meias justamente porque a resistência é a mesma em qualquer ponto do corpo. Aí ela pôde sair.”
    – Viu como você se contradiz? Primeiro diz lá em cima que o caminho pela mão e antebraço seria direto e com as duas mãos segurando cada contato, a corrente se “divide”. Ué se a resistência é a mesma em qualquer ponto do corpo…
    Para mim, o chato é que o experimentador capenga sugere isso, mas a Fay não confessou isso…
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    “Ele SOLTOU as mãos dos contatos! Era para isso que servia o pano úmido! Para ele liberar as mãos! Ele descreveu ainda como deixar uma das mãos livres sem o pano.”
    – E demonstrou também que podia largar o galvanômetro medindo nada e sozinho e ainda assim nada alterar a leitura? Sim, pois a Ana Fay ficar com mão e joelho nos contatos, ou com os dois joelhos, ou com os pés mantendo o contado com as meias, NADA DISSO a ajudaria a se afastar da parede e percorrer a biblioteca e nem fazer aparecer uma fantasma que o Cox viu.
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    “Nem precisa. Já dá para ver como foi feito o truque. Replicação, ao contrário do que vc pensa, não quer dizer que o Brookes-Smith precisa fazer uma mudança de sexo, implantar silicone, se casar e mudar o nome para Sra. Fay…”
    – Oba! Já sentiu a fragilidade de seu argumento e do seu querido experimento fajuto do Brookesmith. Por isso está apelando.
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    “Trocar de roupa rápido é algo que QUALQUER assistente de mágico faz. Além disso lembre-se que a Fay não foi revistada. Ela poderia muito bem, além de ser treinada, usar uma roupa que facilitasse a troca de roupa.”
    – Bem, o fato é que os mágicos contam com toda uma equipe de assistentes que montam e dirigem os equipamentos nos bastidores e que permitem ao mágico fazer os truques. Agora um mágico sozinho, sem saber das condições em que o experimento será realizado, vai ter muita dificuldade de improvisar…
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    “Certo. Eu errei aí. O pano era apenas para fechar o circuito. Não que o pano não pudesse ter a mesma resistência que o corpo da médium. Mas de fato isso era desnecessário.”
    – Sem querer ser chato, Vitor, vou lembrá-lo mais uma vez de que os colegas de Crookes também FECHARAM o circuito com o lenço molhado… Mas só conseguiram chegar à mesma resistência do corpo humano depois de VÁRIAS tentativas e ainda porque Crookes lhes cantava os valores obtidos. Ou seja, não bastava fechar o circuito: era preciso que a resistência não se alterasse, pois do contrário a fraude seria imediatamente descoberta.
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    “Não precisa. O pano, agora entendi, é só para fechar o circuito. Não tem essa função de ter a mesma resistência.”
    – Só que aí a fraude ficaria evidente. Não percebeu não?
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    “Não precisava ser invisível, ela enfiava aquilo na “calcinha” e na hora era só tirar.”
    – Em qual hora? Foi deixada segurando as manivelas, aí teria de trocar uma mão pelo joelho, tirar o pano, mergulhá-lo na solução salina (por que a deixariam por lá?), colocar a tira entre as manivelas… pra quê? Não seria mais lógico colocar a outra dobra do joelho na outra manivela? E ainda assim falta me dizer como foi que ela catou os objetos ainda presa à parede…
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    “O pano era para fechar o circuito. Estava longe de ser inútil.”
    – Não adiantaria nada se não tivesse a mesma resistência do corpo da fulana. A fraude seria imediatamente percebida, conforme se viu quando os colegas de Crookes fizeram esse teste.
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    “Porque ela usou o pano para liberar as mãos. Ela fechou o circuito com o pano. E os eletrodos ela colocou nas meias, podendo se movimentar.”
    – Movimentar-se de que jeito se os eletrodos estavam chumbados na parede? Esqueceu-se deste detalhe?
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    “Ou a Fay se esqueceu, ou Houdini se enganou ao pensar que todos os truques haviam sido revelados. Não importa. O fato é que o teste é falho. Ponto.”
    – Ôh! O tão experiente Houdini desmascarador de médiuns fajutos conseguiu ser tão burro a ponto de nem se lembrar que em 1875 ainda não tinha sido inventada a lâmpada elétrica… E o teste do Crookes EM NADA FOI FALHO. Falhas estão sendo as suas propostas, que precisam varrer pra baixo do tapete os dados inconvenientes… Tipo: ela enfiou os contatos nas meias e ficou com as mãos livres e assim pegou os objetos… Só que os tais contatos estavam chumbados na parede e ela não podia se afastar dela…
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    “Repetiu os experimentos que o Brookes-Smith fez, com muitos mais detalhes.”
    – A mim só me pareceu que ele aceitou as SUPOSIÇÕES do Brooke e parou por aí.

  189. Marcos Arduin Diz:

    Larissa, aqui é uma coisa gozada. Quem julga o que é normal ou não normal? O Chico Xavier levou uma vida dedicada ao que acreditava. Trabalhava durante o dia e cuidava do seu Espiritismo à noite e depois em tempo integral quando se aposentou. Não parecia ser uma pessoa dada a “divertimentos mundanos”, como ir a bailes, cinemas, viajar a passeio, etc e tal.
    Seria por isso uma pessoa ANORMAL?
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    Então eu também devo ser um, pois não sou um tipo sociável, também não me ambiento bem em festas, não sei dançar, não gosto de viajar, em vez de ir ao cinema, prefiro alugar os dvds e ficar no conforto da minha casa… Ainda trabalho como professor na UFSCar e, se conseguir deixar o que é da minha responsabilidade do meu jeito e não tiver gente chata me enchendo o saco, talvez continue trabalhando até a expulsória (aposentadoria compulsória aos 70 anos). Seria eu um anormal também?
    Só que no meu caso eu fiz um eletroencefalograma e ele deu normal. Não tem nada de errado no meu foco temporal…
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    É muito provável que o Chico tenha deixado sua imaginação viajar quando leu certas obras… Eu não faço a acusação direta de plágio, mas tenho de admitir que há passagens e eventos que são coincidentes em obras já publicadas antes das dele. Não vejo, como espírita, qualquer problema nessas FANTASIAS.
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    Uma tese que sustento é que ROMANCES e obras literárias em geral NADA PROVAM A FAVOR DA MEDIUNIDADE por si só. Para haver ao menos um indício de prova, deveria haver reconhecimento do estilo do falecido no texto escrito. O único caso que sei (pode haver outros, mas desconheço) é a continuação do romance O mistério de Edwin Drood, que foi deixado inacabado pelo Dickens e foi continuado e concluído por um médium americano.
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    A coisa complica é quando parentes de falecidos reconhecem nas mensagens coisas que só eles deveriam saber, mas o médium não. Parece haver muitos casos assim com relação ao Chico.

  190. Toffo Diz:

    Afinal, esse famoso EEG existiu ou não existiu? O que se sabe é que CX jamais se punha à prova. É por isso que tudo o que se refere a ele fica no “borderline”, na fronteira entre o fato e o falso. Tenho comigo, na minha concepção pessoal, que CX era um sujeito bom, mas agia com dolo. Era a encarnação do “dolus bonus”.

  191. Montalvão Diz:

    Prezado Arduin,
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    Fiz superficial levantamento de suas ponderações anteriores sobre Crookes e derivados. O exame desse material mostra que há severa fixação de sua parte nesse assunto. Só para dar uma pequenina visão do que digo, noto que em quaisquer assuntos trazidos à discussão nesse sítio você encontra jeito de introduzir Crookes e Polidoro na conversa (e mais recente acrescentou Houdini à lista). Seus argumentos se repetem em enfadonha rotina, e são repetidos não porque sejam incontestados (contestações ao seu raciocínio há muitas), mas porque parece ter achado neles o escudo magnético chicoxaveriano, capaz de rechaçar quaisquer investidas contrárias à validade do trabalho espiritualista de Crookes. Para exemplificar, veja títulos de assuntos aqui debatidos em que sua criatividade conseguiu inserir Crookes e Polidoro:
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    1) Incursões históricas sobre o livro “Há Dois Mil Anos” – A erupção do Vesúvio;
    2) Historiador da ufrj lair amaro revela absurdos em diversos livros psicografados;
    3) cartas de uma morta x a vida além do véu: a mãe do chico é a mãe do owen?
    4) como martin gardner enganou os céticos – uma lição ao confiar em um mágico (2010);
    5) O Caso Leonice Fitz – Impressionante Caso de Poltergeist Filmado;
    6) “Operações espirituais” de urbano pereira (1946) – novas fotos de ectoplasmia;
    7) a natureza da pseudociência: algumas considerações sobre o estudo de fenômenos inexistentes;
    8) Fotos de materializações autenticadas por chico xavier
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    Em todos esses, e muitos outros, a mesma alegação: Massimo Polidoro mentiu para defender a fé cética (e, pasmem: juntamente com ele mentiu toda a “comunidade cética”). E como mentiu? Ao alegar que Eva Fay conseguiu burlar o galvanômetro. Ora, a posição prudente, desconsiderando quaisquer ponderações de analistas atuais e do passado, é reconhecer que o teste com o galvanômetro não foi taxativo, portanto não pode ser requerido como demonstração de que realmente Fay estivesse imobilizada e os fenômenos materializativos aconteceram de verdade, em vez de serem simulações.
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    Então, note bem: mesmo que esteja certo ao apontar um escorregão da parte de Polidoro (o que não está, de forma alguma, estabelecido), sua nobre pessoa apela para a falácia da extensão indevida, ao alinhar com o comentarista italiano os demais céticos que põem dúvidas se Crookes realmente fez bom trabalho investigativo. É como se o imaginado equívoco de Polidoro fosse o único e frágil bastião contrário à pesquisa do cientista inglês. Dizendo de outro modo, você dá a entender que a possível falha avaliativa de Polidoro fora o solitário argumento disponível a todo e qualquer avaliador da faina espiritualista de William Crookes.
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    Eis que, de um tempo para cá, pretende fazer o mesmo com Houdini e, para nosso espanto, parece ter conseguido convencer o Gorducho de que sua alegação tem fundamento. Infelizmente, caso realmente o bem nutrido tenha aderido à sua tese, estão ambos equivocados. Explico. Suponhamos que a conjetura seja correta (mas não é), e que Houdini tenha mentido, inventando que Fay lhe revelara os segredos da malandragem, narrando ter aproveitado falta de energia elétrica no teatro para suplantar a vigilância do galvanômetro. Sendo assim, estaríamos diante de atitude pouco condizente da parte de alguém que se diz investigador de alegações espiritistas, qual foi Houdini. Será que esse artifício (caso fosse verdadeiro) seria suficiente para transformar tudo o que Houdini realizou em tramóia?
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    Harry Houdini era profundo conhecedor das artes mágicas e submetia médiuns a verificações que punham em xeque os poderes que alegavam possuir. O trabalho que realizava era diferente do de Crookes e Richet, por exemplo. Estes buscavam implementar metodologia científica na verificações de pessoas que se diziam articulados com espíritos, ou possuídores de poderes especiais (fossem advindos da espiritualidade ou não). Houdini acreditava na viabilidade de haver comunicação entre vivos e mortos, porém sabia que a gorda maioria dos médiuns constituia-se de malandros. Ele buscava encontrar alguém que de fato se entendesse com os desencarnados, e pôs sob verificação técnica todos os que pode, e nunca achou um autêntico. Crookes, Richet, Geley e outros pouco entendiam das artes prestidigitativas e Houdini não era cientista, por aí poderá entender a diferença no trabalho investigativo de um lado e de outro.
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    Esta era a diferença entre Houdini e os homens de ciência interessados no espiritismo, e da vantagem que o mágico tinha sobre os sábios, visto que pululava nos meios mediúnicos safadezas de toda ordem, algumas suficientemente bem realizadas para iludir até experientes pesquisadores.
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    Agora, vejamos onde o equívoco na acusação de que Houdini mentira, o que faria de suas considerações a respeito da aldrabice dos médiuns declaração imerecedora de crédito. O livro de Houdini é uma espécie de história do espiritualismo sob olhar de um ilusionista. Ele colheu informações a respeito de médiuns do passado e analisou algumas, desde os irmãos Davenport (a quem Kardec defendia), passando por Dunglas Home, Eusapia Paladino e vários mais. No caminho não deixou de falar sobre Crookes e Conan Doyle (de quem fora amigo).
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    Esta obra de Houdini seria excelente material a ser traduzido, pena que nenhuma editora por ele se interessou.
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    Pois bem, digamos que o mágico tivesse colhido informações de fontes pouco confiáveis (dentre as quais Fay seria uma) e as pusesse em seu livro. Isso configuraria que o trabalho de desmascaramento de médiuns que Houdini mui eficientemente realizou fosse falhado? Ou que tudo o que se contém no livro seja desprezível? Ora, se as fontes são ruins, o resultado do estudo que nelas se baseiam será ruim, mas não se pode dizer que todas as fontes o sejam. No caso de Fay, a fonte ruim seria a própria. Quer dizer, se alguém mentiu (ou se confundiu, o que parece mais plausível) foi a depoente. O equívoco de Houdini (se que se pode falar assim) seria não ter conferido item a item aquilo que a nova amiga lhe contara. Aí, anos depois, alguém atento descobre que houve uma notícia que não bate com a realidade. Em vez de anotar que essa informação está confusa ou mal verificada, decide que o autor é generalizadamente mentiroso e não merece qualquer crédito, e leva de roldão toda a “comunidade cética”. Sentiu a falácia? De um ponto mal esclarecido extrai conclusão muito mais ampla que aquele tópico permite. E, pior, divulga essa “conclusão” insistentemente.
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    Vejamos poucos exemplos ilustrativos dos muitos comentários seus, sempre enfatizando a mesma inamovível argumentação, da qual não arreda pé um centímetro, mesmo bombardeado por múltiplas objeções.
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    ARDUIN DIZ (in “Cartas de Uma Morta x Vida Além do Véu”) – Mesmo quando as explicações são fajutas. Certo? O Massimo Polidoro diz que NÃO HÁ mais dúvidas que o tal truque que a Ana Eva Fay usou para enganar o Crookes de fato ocorreu. Qual foi o truque? Burlou o galvanômetro por substituir uma mão pela dobra do joelho e assim fazer o truque do fantasma… Só quem não leu o relatório é que acreditaria nisso. O lance é que Polidoro LEU o relatório e sabia que tal truque era TOTALMENTE inviável, mas ele tem a obrigação de defender a fé cética. Certo?
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    COMENTÁRIO anterior: Polidoro… outro do qual discutimos boas linhas, embora talvez não o suficiente. Falei algumas coisas sobre o caso do galvanômetro especificamente e sobre Fay em geral. Nada, “bilossutamente” nada, que se diga parece demovê-lo da fé em Fay, Florence, Otília (e quem sabe quantos outros?). Voltamos sempre ao ponto do qual não arreda pé: quer, porque quer, que os truques sejam minuciosamente demonstrados para então, e só então, aceitar que, naquele específico caso, houve falcatrua, porém com outros (que não foram minuciosamente esclarecidos) continuará defendendo a realidade de materializações. Esta é a falácia da perda da batalha mas da continuidade da guerra, ou da preservação da fé pelo sacrifício de poucos santos.
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    COMENTÁRIO atual (acréscimo): Você garante que o feito de Fay fosse “totalmente inviável” como truque, no entanto, basta ler o que o Vitor tem postado para, no mínimo, admitir-se que, embora pudesse exigir habilidades pouco triviais, a burla sobre o galvanômetro seria realizável.
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    O cerne de sua argumentação está calcada na alegação de que os denunciadores das simulações de Fay mentiram: Polidoro mentiu, Houdini mentiu, consequentemente, Eva Fay era autêntica materializadora de espíritos… seria aceitável esse modo de legitimar alguém altamente suspeita?
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    MONTALVÃO DIZ (in “Cartas de Uma Morta x Vida Além do Véu”) “O desafio está lançado, desde Otília Diogo: QUEREMOS TESTES SEGUROS, SADIOS, QUE SANEIEM QUAISQUER BRECHAS SAFADATIVAS,”
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    ARDUIN – E eu faço outro: pegue o que já foi feito e diga quais foram as brechas safadativas que teriam contornado as medidas de fiscalização. VEJAMOS SE VOCÊ CONSEGUE FAZER MELHOR DO QUE O MASSIMO POLIDORO E A TURMA CÉTICA.
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    COMENTÁRIO: então faço outro desafio: apresente a resenha das pesquisas ectoplasmáticas, desde a origem aos dias de hoje, enfatizando os pontos fortes, e demonstrando que são investigações robustas e que geraram evolução no conhecimento. Examinaremos esse material e dele faremos as devidas apreciações. Você pode elaborar essa síntese, visto possuir oitenta anos de perquirições nos seus registros bibliotecais e dispor da assessoria de duzentos inquiridores do sobrenatural. Está muito melhor municiado que qualquer um de nós, pobres mortais não-reencarnantes.
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    K) Arduin (citando Montalvão): “e que possam ser repetidos quantas vezes necessárias, até forjar conclusão irretocável e replicável.”
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    ARDUIN – Está pedindo muito. É como pedir ao Leonardo da Vinci que pintasse vários quadros da Mona Lisa de forma a ficar confirmado que ele era mesmo capaz de fazer tal pintura. Mediunidade é algo incontrolável e qual é o limite dessas repetições? Quantas terão de ser feitas até que se convença de que não se trata de alguma fraude? Se o cético tem fé de que tal evento não pode ocorrer, ele vai ficar impondo picuinha atrás de picuinha até o infinito. O médium e os espíritos não tem o direito de ficarem de saco cheio?
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    COMENTÁRIO: menos meu príncipe, menos: pedir a Da Vinci que repita a Mona Lisa só porque alguns não o consideram habilitado a fazê-lo é diferente de pleitear testagens que possam ser repetidas conferitivamente, da maneira que se espera da boa ciência. Mesmo que os espíritos tenham suas idiossincrasias o óbice não seria incontornável: são seres inteligentes articulando-se entre si (vivos e mortos), tenho certeza que com uma boa conversa, refrescada por umas geladinhas, a mediunidade poderia ser verificada sem maiores dificuldades. O cético (em termos gerais) não rechaça evidências, o fato é que, com base no conhecimento disponível, não vê como a mediunidade, enquanto canalização de espíritos, seja real. Mas está pronto a verificar se sim ou não. Eis aí a diferença. Você transforma os céticos, os que pedem demonstrações mais firmes, em crentes às avessas: assim como os crédulos aceitam tudo o que reforce suas crenças, acham que os céticos negam tudo o que possam abalar suas descrenças. De onde tira essas ideias? Que espíritos põem em sua mente tais pensamentos? Cuidado, devem ser obsessores, desses que vêm amofinando os jovens, e “pacíficos”, que ora se divertem quebrando tudo o que veem pela frente.
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    L) (citando Montalvão): “Mas, quando diante do desafio, ouço já certa pessoa balbuciar: “nem adianta, não vão aceitar mesmo… se não aceitaram Fay superando o galvanômetro, não aceitarão nada!”. Então o reclamante objeta: “mas, Fay estava oculta sob cortinas, por que não tira a cortina e o galvanômetro e não se faz observação direta com registro em mídia?”. Qual seria a resposta? Não sei, mas imagino que pudesse ser: “Imagina, onde é que já se viu materialização sem um escondidinho e um escurinho?”
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    ARDUIN – Como eu disse, o Sergent Cox ENTROU lá e viu a médium e um fantasma materializado. Se você está TÃO INSEGURO dos métodos de fiscalização, achando que se o médium não estiver à vista, isso abre a possibilidade para INÚMERAS fraudes, então eu sinto muito. O que eu EXIJO É QUE ME APRESENTEM AS DEMONSTRAÇÕES DE QUE O CONTROLE PELO GALVANÔMETRO NÃO ERA CONFIÁVEL POR TAIS E QUAIS RAZÕES, já AMPLAMENTE demonstradas (tem gente que se contenta com UM trabalhinho mixo, como o do Colin Brookesmith, achando que ele EXPLICA TUDO… Aqui pouca porcaria vale, né?
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    COMENTÁRIO: o que tinha a dizer sobre o galvanômetro, eu que não sou especializado nessa engenhoca, falei em postagens anteriores. Não lembro de ter recebido contestação. Agora me responda uma coisa: você estava em são juízo quando defendeu que a entrada de Sergent na cabine seja prova de alguma coisa? Beber eu sei que não bebe, mas passou o repelente de obsessores na casa, antes de pôr-se a redigir? Arduin você é cientista. Sabe melhor que eu que a “prova” de Sergen Cox é prova de nada. Nadinha nadinha. Se serviu de prova o foi tão somente para Cox, para mais ninguém, nem para Crookes, muito menos para Arduin. Como saber se Cox não estivesse tão fascinado pela ideia de ver espíritos que acabou vendo? Ou se ele, antes de chegar ao local da experiência, não passou no bar do bigode e tomou um passa-régua de absinto? Ou mesmo se não considerou o incremento de vendas no publicativo que dirigia? Um cientista confere se testemunhos correspondem à realidade, ciência não se faz meramente com depoimentos.
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    Uma coisa, no entanto, passou despercebida àqueles homens, e quase passa também por nós. Sergent adentrou a cabine e nada aconteceu com a médium. Ele poderia/deveria ter levado o seguinte lero com Crookes:
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    CROOKES (ansioso): e aí, viu lá alguma coisa?
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    SERGENT: acho que vi… mas descobri algo mais importante: é possível estar na cabine sem fazer mal à medium!
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    CROOKES: e daí?
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    SERGENT: e daí que podemos pôr fiscais a acompanhar o fenômeno desde o berço!
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    CROOKES: mas mesmo assim ninguém vai acreditar…
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    SERGENT: eu sei, afinal ninguém saberá se não estamos ambos alucinando, o que eventualmente acontece. Minha ideia é a seguinte: vamos primeiro nós dois nos revesarmos nas verificações, pois pode ser que eu tenha tido visões lá dentro. Quando estivermos convictos de que realmente há uma entidade espiritual-materializada, passaremos a provocar a academia.
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    CROOKES: e você acha que vão dar atenção? Mandei convite para o secretário e ele sequer se dignou responder.
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    SERGENT: em vez de endereçar para alguém especificamente, convidemos a todos. Se alguns derem resposta, logo os demais se interessarão. Em breve teremos as maiores cabeças pensantes da Inglaterra confirmando o que para nós já é evidente… Essa é a única maneira de mostrar ao mundo que não estamos só comendo a médium, mas também fazendo trabalho sério!
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    CROOKES: hummmm… será que vai dar certo? Preciso pensar melhor no assunto…
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    (Comentário final: pelo visto Crookes se pôs a pensar na sugestão de seu amigo e morreu nela pensando…)
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    Você, insígne professor, que é tão rigoroso com investigadores céticos, deles exigindo que façam pesquisa primorosa a partir do acompanhamento de uma única sessão, se mostra dramaticamente simpáticos a essas frouxas alegações.
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    Fim dos exemplos nesta postagem, tem mais, muito mais…
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    Na próxima, que será logo em seguida, apresentarei artigo interessante a respeito do controle elétrico sobre Eva Fay.
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    Saudações voltáicas.

  192. Marciano Diz:

    Arduin,
    Sendo assim, se cx admitiu que o livro foi pura imaginação (torta) dele, por que razões ele (o livro) continua sendo vendido, não fizeram ao menos uma observação nas novas edições?
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    Sem duvidar de sua palavra, não tenho motivos para tanto, pode indicar a fonte em que cx admitiu ser o referido livro obra de sua exclusiva imaginação?
    Acho essa uma informação muito útil, serviria, quando menos, para que deixássemos de considerar a referida obra em nossos futuros comentários.
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    Se isto ocorreu uma vez, poderia ter ocorrido outras vezes, como em toda a série Andre Luiz, por exemplo?
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    O que acha?
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    Aguardo, ansioso, suas respostas, inclusive quanto aos novos argumentos do brilhante Montalvão.
    Obs.:
    Assim como Montalva, também tenho a impressão de que você cita sempre os mesmos exemplos para evitar ter de pensar sobre os questionamentos. Algo assim, se um cético mentiu (você é quem acha), TODOS mentem, portanto, não preciso pensar em nada do que qualquer cétigo diga, é tudo mentira. Posso confortavelmente continuar com minhas fantasias a respeito da imaginária espiritualidade e todas suas consequencias.

  193. Montalvão Diz:

    Arduin,
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    Marcos Arduin Diz: Larissa, aqui é uma coisa gozada. Quem julga o que é normal ou não normal? O Chico Xavier levou uma vida dedicada ao que acreditava. Trabalhava durante o dia e cuidava do seu Espiritismo à noite e depois em tempo integral quando se aposentou. Não parecia ser uma pessoa dada a “divertimentos mundanos”, como ir a bailes, cinemas, viajar a passeio, etc e tal.
    Seria por isso uma pessoa ANORMAL?
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    COMENTÁRIO: Que Chico era alucinado e muito alucinava creio não haver a mínima dúvida. Não fossem seus constantes colóquios com o inexistente Emmanuel, há múltiplos episódios de encontros do mineiro com entidades várias, algumas de maus bofes.
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    Em verdade, não fosse o espiritismo, o destino de Chico provavelmente seria o sanatório. Chico e o kardecismo constituiu felizarda simbiose entre um homem e uma instituição. Chico fez um bem enorme ao espiritismo e este o manteve suficientemente equilibrado para não se afogar em suas visões místicas. Considere alguns de muitos exemplos, estes extraídos do livro “As vidas de Chico Xavier”.
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    Após as confissões, preces e penitências, Chico tagarelava com a mãe já morta, via hóstias cintilantes na comunhão, escrevia na sala de aula textos ditados por seres invisíveis e tornava-se, assim, o assunto mais exótico da cidade. Na empoeirada e católica Pedro Leopoldo, a 35 quilômetros de Belo Horizonte, era difícil encontrar quem apostasse na sanidade de Chico Xavier. (p.21)
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    Chico demorava na cartilha espírita, praticava as lições de caridade, promovia sessões de desobsessão às quartas-feiras, mas o centro ficava cada dia mais vazio.
    José Hermínio Perácio e a mulher, Carmem, se mudaram para Belo Horizonte. Precisavam ficar mais perto da família. José Xavier teve que trabalhar à noite numa oficina de arreios para pagar uma dívida. De repente, o rapaz se viu sozinho no barracão. Quando pensou em sair de fininho, ouviu a voz de Emmanuel.
    – Você não pode se afastar.
    – Como? Não temos freqüentadores.
    – E nós? Nós também precisamos ouvir o Evangelho. Além disso, temos aqui vários “desencarnados” que precisam de ajuda. Abra a reunião na hora marcada e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.
    Chico seguiu as instruções. Às 8h em ponto iniciava a reza de abertura da sessão. Em seguida, abria O Evangelho Segundo o Espiritismo ao acaso e comentava o capítulo em voz alta. NESSA ÉPOCA, COMEÇOU A VER MORTOS E A OUVIR VOZES COM MAIOR FREQÜÊNCIA E NITIDEZ. Os seres invisíveis ocupavam os bancos vazios.
    (p.53/54)
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    Semanas depois, Chico foi surpreendido por três mulheres nuas se ensaboando embaixo do chuveiro em sua casa. Elas riam, jogavam água uma nas outras e encaravam o moço com olhares convidativos. O autor de Libertação fechou os olhos, rezou e, quando voltou à tona, estava sozinho de novo no banheiro, pronto para o banho. (p. 108)
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    .
    Numa noite, quando já se preparava para dormir suas três horas de sono, Chico foi surpreendido pela visita de uma figura diabólica.
    Você me chamou?
    A voz era arrepiante. Chico ia dizer a verdade, quando Emmanuel o aconselhou a trocar o “não” por um “sim” estratégico.
    Chamei, sim, senhor.
    E o que você quer?
    Chico arriscou uma resposta política: É que a vida está tão difícil que eu queria que o senhor me abençoasse em nome de Deus ou em nome das forças em que o senhor crê.
    O recém-chegado perdeu o rebolado e insultou:
    É só a gente aparecer que você cai de joelhos.
    Depois sumiu. (p.110)
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    Na noite de 11 de setembro de 1948, Chico Xavier e um amigo, Isaltino Silveira, admiravam Pedro Leopoldo do alto de um morro, na beira de um riacho. Sentado numa pedra, sob a luz de um poste, Chico lançava sobre o papel um poema assinado por Cruz e Sousa. Isaltino substituía as páginas preenchidas por outras em branco. Os dois estavam às voltas com o poeta do além quando escutaram um barulho no mato. Eram passos. O amigo de Chico olhou para trás e levou um susto: um homem enorme, com olhos injetados, avançava na direção deles com um pedaço de pau na mão.
    Isaltino levantou-se rápido e se preparou para enfrentar o agressor. Chico, já escaldado, continuou sentado. Sugeriu arma mais contundente: uma boa reza para emitir vibrações positivas. A poucos metros, o agressor parou e começou a balbuciar com a língua enrolada e os olhos fixos em Chico:
    – Esta luz nas suas pernas.., esta luz nas suas pernas.
    Chico aconselhou:
    – Vá para casa e fique na paz de Deus, meu filho.
    Isaltino, já refeito do susto, viu o homem dar meia-volta e ficou perplexo diante de um fato insólito. O mato, em um raio de cinco metros ao redor do agressor, ficou todo amassado enquanto ele caminhava. Chico Xavier tentou explicar a história toda: o homem era um médium poderoso, embora descuidado, e tinha sido arrancado da cama por espíritos obsessores, interessados em assassinar os dois e jogar seus corpos no rio. O plano daria certo se os benfeitores espirituais não tivessem envolvido a dupla com um cinturão de luz.
    Isaltino ainda estava perplexo. Por que o agressor se referiu à luz nas pernas de Chico? A resposta veio rápida, como se fosse óbvia.
    Ele percebeu o foco que os espíritos projetavam sobre o papel durante a psicografia.
    Por que o capim em torno dele se amassava?
    – As tais entidades eram tão ruins que se utilizaram dos fluidos do médium e Conseguiram peso específico para provocar o fenômeno físico. ERAM APROXIMADAMENTE DUZENTOS ESPÍRITOS. Isaltino suou frio. (As vidas de Chico Xavier. p.110)
    .
    .
    Numa noite, Chico já se preparava para dormir quando foi surpreendido pela visita de uma assombração com bafo de quem estava alguns goles acima do normal. O visitante se apresentou como um auxiliar dos benfeitores espirituais. Sua missão: arrancar do túmulo os espíritos mais resistentes à idéia da morte e encaminhá-los ao outro lado. Para cumprir tarefa tão estressante, ele precisava de uns tragos encorajadores. Chico abriu um sorriso para o recém-chegado e avisou:
    Você vai ter que beber muito para me tirar do caixão. (p.233/234)
    .

  194. Biasetto Diz:

    Arduin,
    Valeu pela informação. Fui conferir: Cartas de uma morta foi publicado pela Lake em 1936.
    O que eu quis dizer foi exatamente isto: se alguém, levaria a sério, no início do século 21, uma “psicografia” destas.
    Agora, se o Chico disse tudo o que você citou aí, isto prova que as tais psicografias dele não são nada confiáveis e é o que temos dito aqui no blog, mas sempre aparecem aqueles que nos acusam de caluniadores e membros da “turma do mal”.
    É complicado não é?
    O Guto não precisa ir embora, basta apresentar evidências em contrário, só isso!

  195. Gorducho Diz:

    Infelizmente, caso realmente o bem nutrido tenha aderido à sua tese, estão ambos equivocados.
     
    Revela ao menos a leviandade com a qual o citado terá escrito a obra. Tudo bem que ele imaginasse ser razoável a pouco razoável hipótese do Crookes ter alugado ou conseguido emprestado um teatro; e não tinho acesso aos relatórios publicados devido à epoca, &c. Bem como não saber a data ou não saber que a distribuição de força ainda não havia ainda. Ok.
    Agora, então a Annie não teria nenhum plano – contou com fantástico golpe de sorte – quase como tirar uma loteria – de a força faltar exatamente no momento. Senão, como ela planejava enganar o bocó?
    Ainda se ela dissesse que o marido subornara o zelador para desligar a força, aí seria mais razoável…
     
    O Scontactara o zeladorque um te

  196. Gorducho Diz:

    Poltergeist no teclado – comprovando que espíritos existem… 🙁
    O Sr.esqueceu de incluir o Pe. Quevedo. O Professor conseguiu incluir o Padre aqui na rubrica!

  197. Larissa Diz:

    Toffo, não há uma única fonte na internet que diga que o EEG não existiu.
    Há um artigo do Herculano Pires que, o saber do resultado EEG de CX, apressou-se em dizer que se tratava de um cérebro paranormal e não epilético.
    Tire suas conclusões…

  198. Marciano Diz:

    De todas as historinhas transcritas por Montalvão a que mais despertou meu interesse foi a das três mulheres nuas, se ensaboando, sob o chuveiro, encarando cx com olhos convidativos. Presumo que fossem novinhas e bonitas.
    Sei que cx não era chegado, só queria saber como se faz para ter uma alucinação exatamente assim. Três mulheres tá de bom tamanho. Nunca nem sonhei com algo assim. Essa seria uma materialização que me converteria imediatamente ao espiritismo.
    Vou tentar danificar meu lobo temporal. Com essas três aí eu até acho que vale a pena levar umas pauladas (no sentido de golpe desferido com um pedaço de pau, não no sentido vulgar, chulo) de uns 200 espíritos.
    .
    Biasetto,
    Foi isso que eu quis dizer, e por isso acho que a revelação da fonte é fundamental.
    Se cx admitiu ter inventado o cartas de uma morta, como podemos saber se não inventou tudo o mais?
    E qual a razão para que o livro continue sendo publicado, sem ao menos uma menção de que cx inventou tudo, de que não houve psicografia?

  199. Larissa Diz:

    Larissa, aqui é uma coisa gozada. Quem julga o que é normal ou não normal? O Chico Xavier levou uma vida dedicada ao que acreditava. Trabalhava durante o dia e cuidava do seu Espiritismo à noite e depois em tempo integral quando se aposentou. Não parecia ser uma pessoa dada a “divertimentos mundanos”, como ir a bailes, cinemas, viajar a passeio, etc e tal.
    Seria por isso uma pessoa ANORMAL?
    ——
    Eu – Os sanatórios estão cheios de gente que acreditam nas piores maluquices. Recentemente, eu estive em Trinidad e Tobago a trabalho e me surpreendi ao ver no aeroporto uns jovens vestidos igual vampiros e em pernas de pau. Abordei-os com curiosidade e eles me informaram que eram parte dos novos seguidores de Cristo, que estava reencarnado na Nigéria e os ordenou a se vestirem assim (tenhos fotos). Eles também vivem para o que acreditam, mas andar em perna de pau em um aeroporto é no mínimo bizarro. É anormal? Para eles é perfeitamente normal.
    Em tempo, a epilepsia do lobo temporal não torna a pessoa profissionalmente disfuncional. Leia os artigos e você vai entender melhor.
    .
    Arduin: Então eu também devo ser um, pois não sou um tipo sociável, também não me ambiento bem em festas, não sei dançar, não gosto de viajar, em vez de ir ao cinema, prefiro alugar os dvds e ficar no conforto da minha casa… Ainda trabalho como professor na UFSCar e, se conseguir deixar o que é da minha responsabilidade do meu jeito e não tiver gente chata me enchendo o saco, talvez continue trabalhando até a expulsória (aposentadoria compulsória aos 70 anos). Seria eu um anormal também?
    Só que no meu caso eu fiz um eletroencefalograma e ele deu normal. Não tem nada de errado no meu foco temporal…
    ——
    Eu: Se espíritos/vozes/alucinações dominam sua vida, te impelem a psicografar mais de 400 livros cheios de fantasias e a inventar histórias fantásticas, e você não tem mais vida por causa disso, acho que você deveria procurar ajuda médica.
    Não estou dizendo que é o seu caso, mas vários epiléticos do lobo temporal tem EEGs normais. Os eletrodos não conseguem captar as áreas mais profundas do cérebro. O diagnóstico ELT é feito através da história clínica e sintomas do paciente. o EEG é um “plus”
    .
    Arduin: É muito provável que o Chico tenha deixado sua imaginação viajar quando leu certas obras… Eu não faço a acusação direta de plágio, mas tenho de admitir que há passagens e eventos que são coincidentes em obras já publicadas antes das dele. Não vejo, como espírita, qualquer problema nessas FANTASIAS.
    —-
    Eu: Eu vejo problemas em qualquer atitude que tire as pessoas da realidade. Uma das coisas que mais me chamou a atenção nos centros espíritas é como as pessoas vivem a vida após a morte e se esquecem desta. A dura realidade é que temos de lidar com o aqui e agora e com os nossos problemas. Ninguém vai vir do espaço nos salvar de nós mesmos…
    A História está cheio de lunáticos que atrasam o progresso da humanidade. Não é à toa que paises com altas taxas de agnosticismo e ateísmo, como Suécia e Dinamarca, são os mais desenvolvidos.
    .
    Arduin: Uma tese que sustento é que ROMANCES e obras literárias em geral NADA PROVAM A FAVOR DA MEDIUNIDADE por si só. Para haver ao menos um indício de prova, deveria haver reconhecimento do estilo do falecido no texto escrito. O único caso que sei (pode haver outros, mas desconheço) é a continuação do romance O mistério de Edwin Drood, que foi deixado inacabado pelo Dickens e foi continuado e concluído por um médium americano.

    Eu: Realmente, nada provam a favor. Apenas depõem contra. Seria de se esperar que o Senador Romano Publio Lentulos Cornélius nos fornecesse dados confiáves sobre seus tempos, sobre a roma antiga e sobre Jesus. Até agora, o que temos de confiável neste romance? Dados importantes, como a própria existência de Publio Lentulus, provaram-se inverídicas.
    .
    Arduin: A coisa complica é quando parentes de falecidos reconhecem nas mensagens coisas que só eles deveriam saber, mas o médium não. Parece haver muitos casos assim com relação ao Chico.

    Eu: Vamos submeter médiuns psicógrafos a testes então – ou só CX tinha esta faculdade? Se o fenômeno for real, ele se repetirá. Eu fui a um centro receber uma psicografia e fui extensamente entrevistada – o conteúdo da “comunicação” não passou de uma narrativa do que eu tinha dito. Como querem que eu acredite nisso…boa vontade eu até tive.
    —–
    Falar do CX ainda me dói muito e já declarei isso aqui no site. Eu fico muito confusa com algumas coisas, mas minhas impressões gerais é que ele era bom, mas que a comunicação mediúnica era falha/inexistente. Infelizmente, ele morreu e não temos como testá-lo objetivamente.

  200. Marciano Diz:

    Deixem-me ver se entendi direito:
    cx inventou tudo em cartas de uma morta, o restante de sua obra é psicografia.
    As baboseiras em Marte são ridículas, já o flutuante Lar Deles, com os acessórios, tipo umbral, etc., é autêntico.
    Faz sentido…
    Na cabeça de esquizofrênicos.
    .
    Outra hipótese:
    Não dá para sustentar o cartas de uma morta. Aí, admite-se que é maluquice, foi um defeito temporário do medium. Já o restante, tudo coisa muito séria.
    Mais ou menos como as coisas da bíblia e do corão que não têm mais como serem consideradas em seu sentido literal. A gente faz de conta que era tudo simbólico, está tudo salvo.
    .
    2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.
    3 Disse Deus: haja luz. E houve luz.
    4 Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
    5 E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
    .
    Do corão:
    34. E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão! Todos se prostraram,
    exceto Lúcifer que, ensoberbecido, se negou, e incluiu-se entre os incrédulos.
    35. Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com a tua esposa e desfrutai dele com
    a prodigalidade que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque
    vos contareis entre os iníquos.
    36. Todavia, Satã os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade)
    em que se encontravam. Então dissemos: Descei! Sereis inimigos uns dos outros,
    e, na terra, tereis residência e gozo transitórios.
    .
    .
    O que é realmente inacreditável, embora seja verdade, é o fato de, em pleno século XXI, pessoas instruídas acreditarem nessas maluquices.
    Agora vou sair para comprar um remédio homeopático e um livro em esperanto.

  201. Larissa Diz:

    Marciano: Danos no lobo temporal também podem provocar êxtase. 🙂

  202. Marciano Diz:

    Larissa, estou tentado a danificar o lobo temporal, só tenho medo de ficar como cx. Deus me livre. Será que ecstasy resolve? Um ecstasy homeopático, pra não fazer muito mal.
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    ARDUIN, je t’apelle, au nom du Tou Poissant.
    Est-ce que tu est là?

  203. Marciano Diz:

    Tout Pouissant.
    Poltergeist na área.
    Poissant seria peixante, rs.

  204. Montalvão Diz:

    Ainda sobre Crookes (paciência Marciano, paciência…)
    .
    O admirável Arduin aposta todas suas fichas na invulnerabilidade do galvanômetro. Empresta plena confiança num único aparelho, que reconhecidamente possuia pontos falhos nos registros, um que me ocorre: o contato elétrico era fechado por meio de papéis umedecidos em solução salina. No correr da experiência os papéis secariam e isso alteraria a medição. Pode ser alegado que essa variação estava prevista e considerada no controle, no entanto poderia ser brecha por onde a mulher aproveitaria para adentrar com seus simulacros. É cogitação especulativa, mas mostra que não se tratava de nenhum engenho supimpamente invencível.
    .
    Nas artes marciais e no mundo da malandragem, o competidor ou o esperto estuda as fraquezas de quem (ou do que) irá enfrentar e se esmera por superá-las. Quem realiza bom trabalho nesse mister atinge o sucesso. Fay e seus asseclas estavam diante desse desafio e trabalharam por vencê-lo. Pelo visto conseguiram…
    .
    O caso é que uma única forma de controle, em atividade tão sujeita a malandragens, ainda mais considerando que a executora se mantinha escondida dos olhares vigiativos, não pode ser tida como eficiente ao nível exigido para avaliação segura.
    .
    Como comparativo, considere-se a sugestão feita por Carlos Éboli aos espíritas que investigavam Otília Diogo, no livro “As materializações de Uberaba” (narrado pelo autor do livro, o kardecista Jorge Rizzini):
    .
    Carlos Éboli – O importante de tudo isso, é voltarmos ao assunto. Eu acho que os srs. poderiam realizar uma sessão, mas com a médium Otília, evidentemente. Sem trazer a biblioteca onde estão incluídos William Crookes, Richet …
    .
    Jorge Rizzini – Quer dizer que o senhor não está convencido que foi uma farsa?
    .
    Carlos Éboli – Estou convencido que é uma farsa! Os senhores é que …
    .
    Jorge Rizzini – O senhor quer uma nova sessão!
    .
    Carlos Éboli – Os senhores é que pediram a prova, eu vou dar a prova! Eu entro com a aparelhagem, porque o dr. Anjos disse que tinha aparelhagem, mas não sabe qual é; e essa aparelhagem é de uma simplicidade extrema! Eu garanto aos senhores que dna. Otília não será algemada, porque isto é uma manifestação circence. A dna. Otília não será de nenhuma forma amarrada em correias de couro. A dna. Otília, pura e simplesmente, ficará numa cadeira, receberá uma gargantilha com um microfone, terá sôbre o peito também um microfone de contato, terá sôbre os pulsos dois pequenos eletrodos, duas máquinas fotográficas, uma para fotografar a entidade, outra para fotografar a médium sentada, e a dez ou quinze metros de distância, através de amplificadores e através de um oscilador de raios catódicos e através de um instrumento de alta sensibilidade para medir …
    .
    [COMENTÁRIO:nesse ponto, Luciano dos Anjos interrompe a explanação, para soltar uma piadinha irônica…]
    .
    Veja, então, como seria a coisa: Éboli estaria dizendo, mais ou menos: “ela tem que ficar no escuro? Tudo bem… Tem que ficar escondida atrás de cortinas? Tudo bem… Vamos tomar as precauções para que, mesmo com essa vantagem, a médium não possa nos lograr.”
    .
    Talvez Arduin (ou outro) alegue que no tempo de Crookes não havia disponível o material referido pelo perito carioca (cerca de oitenta anos separava um do outro). Pode ser, a questão não está aí, está no fato de que o investigador técnico e cauteloso deixou claro que, numa experimentação, se cercaria dos cuidados necessários para não dar margem à fraude, fazendo uso da tecnologia acessível. Com Crookes essa cautela não pode ser achada. Embora possamos reconhecer que alguma precaução ele tomou, é certo que não foi o suficiente. Se o fosse na atualidade ninguém contestaria a validade daquelas experiências (e não são poucos que a contestam…).

  205. Larissa Diz:

    Marciano, há uma fitoterapia que me recomendaram: Santo Daime. Quem experimentar primeiro relata a experiência, ok?

  206. Marcos Arduin Diz:

    Ex-Toffado, eu nem me arrisco a dizer se existiu ou não, porque o negócio é o seguinte:
    1 – Um médico está sujeito a um código de ética. O exame pertence AO PACIENTE. O médico limita-se a analisar os resultados e indicar algum tratamento e entrega tudo às mãos do dito paciente. Ele não pode ficar mostrando esse exame ao público.
    .
    2 – Qualquer um poderia fotografar um exame de um epilético qualquer e dizer que foi do Chico Xavier. E aí pode muito bem um Alberto Lyra viajar na maionese e acreditar que fosse mesmo dele e sair falando aquelas abobrinhas.
    .
    O tal EEG pode ser tão legítimo quanto as alegações do sobrinho dele sobre o segredo da psicografia.

  207. Larissa Diz:

    Arduin, eu não te conheço e espero que vc não me interprete mal. Pelos seus posts você está exatamente na fase que eu estava pouco antes de deixar o espiritísmo. eu sempre dizia: “aré admito que nem tudo seja verdade”, “CX só fazia o bem e por isso deve ser verdade”, “não é possível que tantas pessoas intruídas se enganem”, “o que levaria gente como Divaldo Franco e CX a fazerem o que fazem se não a verdade sobre a comunicação com os espíritos”, “o importante é ser feliz”, etc.
    Vc já tem informações suficientes para constatar os fatos e apresentou várias delas aqui, como a falácia que é o livro Cartas de uma Morta.
    #ficaadica

  208. Larissa Diz:

    Arduin, eu não te conheço e espero que vc não me interprete mal. Pelos seus posts você está exatamente na fase que eu estava pouco antes de deixar o espiritísmo. eu sempre dizia: “aré admito que nem tudo seja verdade”, “CX só fazia o bem e por isso deve ser verdade”, “não é possível que tantas pessoas intruídas se enganem”, “o que levaria gente como Divaldo Franco e CX a fazerem o que fazem se não a verdade sobre a comunicação com os espíritos”, “o importante é ser feliz”, etc.
    Vc já tem informações suficientes para constatar os fatos e apresentou várias delas aqui, como a falácia que é o livro Cartas de uma Morta.
    #ficaadica

  209. Montalvão Diz:

    .
    Gorducho Diz: (citando MOntalvão) “Infelizmente, caso realmente o bem nutrido tenha aderido à sua tese, estão ambos equivocados.”
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    Gorducho Diz: Revela ao menos a leviandade com a qual o citado terá escrito a obra. Tudo bem que ele imaginasse ser razoável a pouco razoável hipótese do Crookes ter alugado ou conseguido emprestado um teatro; e não tinho acesso aos relatórios publicados devido à epoca, &c. Bem como não saber a data ou não saber que a distribuição de força ainda não havia ainda. Ok.
    .
    COMENTÁRIO: meu prezado, o que está me causando deveras espanto é sua inesperada revolta contra Houdini. Mesmo admitindo-se que ele errou nesse quesito, que Arduin considera fatal condenação ao trabalho do ilusionista (mas não é, visto que Houdini não é só isso), há muito mais a ser conhecido na labuta desse personagem, e mesmo o episódio em si, creio, carece ser melhor avaliado. Podemos, se quiser, buscar outros materiais que corroborarão o que digo a respeito do talento desse mágico. Arduin desmerece Houdini chamando-o de “desmascarador de médiuns fajutos”, dando a entender que só pegou vagabundinhos e não sacudiu as crenças espíritas. Em realidade Harry Houdini enfrentou quaisquer médiuns que tiveram coragem de se declarem legítimos e que aceitaram ser adequadamente testados: desmascarou a todos. Não ficou unzinho para contar a história.
    .
    O episódio com Fay, se tiver essa falhança que Arduin denuncia (ainda não o examinei na extensão devida: preciso da tradução inteira) é secundário e, conforme falei antes, se houve erro da parte dele foi o de ter aceitado o relato da amiga sem conferi-lo. Agora, veja o que declarou: “REVELA AO MENOS A LEVIANDADE COM A QUAL O CITADO TERÁ ESCRITO A OBRA…”
    .
    Não necessariamente. Mostraria, se tanto, que esse tópico não recebeu o tratamento verificativo que deveria ter recebido, porém não é suficiente para macular a obra por inteiro. De modo algum.
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    Pelo menos seu atual comentário dá o crédito a quem devido pela má informação, a Fay.
    /
    /
    GORDUCHO: Agora, então a Annie não teria nenhum plano – contou com fantástico golpe de sorte – quase como tirar uma loteria – de a força faltar exatamente no momento. Senão, como ela planejava enganar o bocó?
    Ainda se ela dissesse que o marido subornara o zelador para desligar a força, aí seria mais razoável…
    .
    COMENTÁRIO: não esqueça que estamos cogitando da plausível hipótese de que Fay estivesse confundindo acontecimentos… De qualquer modo, o que entendi desse testemunho é que teria ido enfrentar o desafio sem dispor de plano completamente definido. Provavelmente ela sabia que precisava aproveitar um mole dos investigadores e transferir os contatos para outra parte do corpo, ou ligá-lo à bobina que trouxera (caso fosse esse o golpe). Só não sabia se o momento propício para a falcatrua surgiria. Quer dizer, ela sabia como burlar o galvanômetro, mesmo assim precisaria de um instante de sorte para fazê-lo sem ser percebido.
    .
    Talvez Fay tivesse passado por situação semelhante num de seus espetáculos em teatros, em que necessitou de uma ajudinha do acaso para poder implementar o truque, e estivesse misturando esse acontecimento com o ocorrido na casa de Crookes. Quanto a isso só se pode levantar suposições.
    .
    Saudações houdinianas

  210. Larissa Diz:

    Retirado do site do Herculano Pires: http://www.herculanopires.org.br/newsletter/conflitoscaseiros.html
    Procurem pelo artigo “O Cérebro Paranormal”

  211. Biasetto Diz:

    DeMarte, “e assim caminha a humanidade espírita brasileira”. O Divaldo Franco, depois do Chico Xavier, é considerado o maior médium brasileiro, por muitos seguidores do espiritismo nacional. Quando se trata de palestrante, é o cara.
    Aí, ele vai à Índia, acompanhado da Joana de Angelis, a sua espírito-guia, e vê no Sai Baba o máximo da bondade, da espiritualidade, da paranormalidade, volta falando dos poderes do homem, que ele chega a chamar de avatar, quase um deus … e todo aquela bajulação que já vimos e revimos aqui no blog, naquela palestra exacerbada de mais de uma hora, realizada só pra encher a bola do indiano.
    Só que tem alguns probleminhas: Sai Baba foi desmascarado por diversos vídeos, que mostram seus truques de materializações fajutas, foi acusado de diversas pilantragens e até abusos sexuais. Então, volto a perguntar, por que adoro fazer perguntas:
    COMO PODE O DIVALDO FRANCO E O SEU (A SUA) ESPÍRITO-GUIA NÃO TEREM PERCEBIDO QUE O HOMEM ERA UM FARSANTE? QUE TIPO DE MEDIUNIDADE É ESTA?
    E sabe o que me dizem?
    O Scur, por exemplo:
    – Que os vídeos do youtube não provam nada contra o babão indiano.
    – Que o Divaldo pode ter falhado, mas isto não é motivo para se duvidar da mediunidade dele.
    Repito a frase do Mark Twain
    “É mais fácil enganar as pessoas do que convencê-las de que elas foram enganadas.”

    Não é maldade minha, sua, do Vitor, dos demais críticos aqui do blog. Estas histórias de mediunidade, psicografia, envolvendo estes “heróis espíritas” do Brasil, são ABSOLUTAMENTE RIDÍCULAS!
    E este papo de madre Teresa santa e tudo mais, IDEM.

  212. Larissa Diz:

    – perdoem meus erros de digitação. No Ipad é mais difícil. –

  213. Marcos Arduin Diz:

    Em todos esses, e muitos outros, a mesma alegação: “Massimo Polidoro mentiu para defender a fé cética (e, pasmem: juntamente com ele mentiu toda a “comunidade cética”). E como mentiu? Ao alegar que Eva Fay conseguiu burlar o galvanômetro.”
    – Sabe qual é o problema, Moisés? É o seguinte. Eu tenho lido há tempos textos de autores céticos e notei que eles APROVEITAM as mentiras e tolices ditas por outros SEM QUESTIONAR. Talvez eu esteja sendo injusto ao dizer que quando um cético mente, os outros céticos DEVEM acreditar na mentira dele. Bem, fico no aguardo de algum cético que discorde de outro por ter percebido uma mentira flagrante. Até agora isso eu não vi, mas devido às minhas ocupações, não estou com muito horário disponível para ser um ávido leitor.
    .
    “Ora, a posição prudente, desconsiderando quaisquer ponderações de analistas atuais e do passado, é reconhecer que o teste com o galvanômetro não foi taxativo, portanto não pode ser requerido como demonstração de que realmente Fay estivesse imobilizada e os fenômenos materializativos aconteceram de verdade, em vez de serem simulações.”
    – Ainda estou no aguardo das provas e demonstrações de que o que ocorreu no experimento que foi publicado pudesse ter ocorrido burlando a fiscalização do galvanômentro, as trancas de portas e janelas, os lacres, a trava de segredo da escrivaninha… Até agora o que me apresentam são recursos INVIÁVEIS: tira de pano molhada e dobra do joelho no lugar de uma mão. Não sei porque o Vitor não consegue se convencer de que nada disso explicaria o que ocorreu lá na biblioteca do Crookes.
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    “Então, note bem: mesmo que esteja certo ao apontar um escorregão da parte de Polidoro (o que não está, de forma alguma, estabelecido), sua nobre pessoa apela para a falácia da extensão indevida, ao alinhar com o comentarista italiano os demais céticos que põem dúvidas se Crookes realmente fez bom trabalho investigativo. É como se o imaginado equívoco de Polidoro fosse o único e frágil bastião contrário à pesquisa do cientista inglês. Dizendo de outro modo, você dá a entender que a possível falha avaliativa de Polidoro fora o solitário argumento disponível a todo e qualquer avaliador da faina espiritualista de William Crookes.”
    – Moisés, eu “adoro” o Polidoro, porque o peguei MENTINDO SIM SENHOR. Ele declara no final de seu artigo de que NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS de que o truque de substituir uma mão pela dobra do joelho DE FATO OCORREU. Acontece que ele LEU o relatório que Crookes publicou (e eu o coloquei aqui – confira lá em cima) e pelo que é descrito lá, tal truque EM NADA AJUDARIA a médium a fazer tudo o que fez. E ele citou Houdini do original, do livro com a ridícula história da queda de força no teatro… Os experimentos foram feitos na casa do Crookes e em 1875 não havia nem lâmpadas elétricas, nem redes de energia. Tudo isso ele varreu para baixo do tapete e fez de conta que não viu. Isso é ser DESONESTO com os leitores. Se ele tivesse sido honesto, admitiria que o lance de trocar a mão pelo joelho seria trocar seis por meia dúzia e o Houdini, dizendo aquela baita balela, seria desconsiderado como argumento. Ou seja, sua conclusão HONESTA seria:
    _ Não sei como ela fez tudo aquilo.
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    “Eis que, de um tempo para cá, pretende fazer o mesmo com Houdini e, para nosso espanto, parece ter conseguido convencer o Gorducho de que sua alegação tem fundamento. Infelizmente, caso realmente o bem nutrido tenha aderido à sua tese, estão ambos equivocados. Explico. Suponhamos que a conjetura seja correta (mas não é), e que Houdini tenha mentido, inventando que Fay lhe revelara os segredos da malandragem, narrando ter aproveitado falta de energia elétrica no teatro para suplantar a vigilância do galvanômetro. Sendo assim, estaríamos diante de atitude pouco condizente da parte de alguém que se diz investigador de alegações espiritistas, qual foi Houdini. Será que esse artifício (caso fosse verdadeiro) seria suficiente para transformar tudo o que Houdini realizou em tramóia?”
    – Moisés, o poder da fé destrói qualquer mente, por mais arguta que ela seja. O Houdini, quando ELE PRÓPRIO vivenciou um fenômeno mediúnico, interessou-se pela coisa. Ficou dois anos sem fazer espetáculos, contatando médiuns e tentando restabelecer o contato que teve com o espírito de sua mãe. Só encontrou trapaceiros e malandros. Então viu que o melhor a fazer era dedar todos eles. Não posso culpá-lo. Mas também não posso desculpá-los por:
    1 – Ou inventar uma entrevista que nunca existiu e forjar uma mentira boba, esquecido que as condições de vida 50 anos antes não eram as mesmas da época em que vivia.
    2 – Ou então houve mesmo a entrevista e a Eva Fay resolveu tirar um sarro da cara dele, já que ela sabia que o que fez foi um fenômeno mediúnico real, e jogou essa historieta e o tão esperto e arguto Houdini caiu feito patinho nela.
    De qualquer forma, se não serve para desconsiderar todo o trabalho que Houdini fez, ao menos serve para desmoralizá-lo no caso que estamos discutindo.
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    “Harry Houdini era profundo conhecedor das artes mágicas e submetia médiuns a verificações que punham em xeque os poderes que alegavam possuir. O trabalho que realizava era diferente do de Crookes e Richet, por exemplo. Estes buscavam implementar metodologia científica na verificações de pessoas que se diziam articulados com espíritos, ou possuídores de poderes especiais (fossem advindos da espiritualidade ou não). Houdini acreditava na viabilidade de haver comunicação entre vivos e mortos, porém sabia que a gorda maioria dos médiuns constituia-se de malandros. Ele buscava encontrar alguém que de fato se entendesse com os desencarnados, e pôs sob verificação técnica todos os que pode, e nunca achou um autêntico. Crookes, Richet, Geley e outros pouco entendiam das artes prestidigitativas e Houdini não era cientista, por aí poderá entender a diferença no trabalho investigativo de um lado e de outro.”
    – Esse é outro mantra cético: os cientistas eram babacas confiantes e acreditavam piamente nos médiuns. Eram risivelmente empulhados, pois desconheciam totalmente as artes ilusionistas.
    Moisés, caia na real: a ÚNICA hipótese possível de ser testada cientificamente era a FRAUDE. Não havia outra. Então os ditos cientistas tinham justamente de cercar as possibilidades de fraudes. E quando o faziam, acontecia duas coisas: 1) Se era um farsante, ele era DESMASCARADO (talvez não de primeira, mas ao longo dos testes); 2) Se era um médium real, às vezes produzia fenômenos, às vezes não os produzia, mas quando os produzia, NÃO CONSEGUIAM DESCOBRIR por qual processo ilusionista isso acontecia. E por incrível que pareça, apesar de todo o conhecimento de ilusionismo atual, apesar de haver ilusionistas entre os sábios céticos, já ouvi argumento do tipo “após tantos anos, não temos como saber quais truques aqueles médiuns fizeram…” . É mole?
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    “Esta era a diferença entre Houdini e os homens de ciência interessados no espiritismo, e da vantagem que o mágico tinha sobre os sábios, visto que pululava nos meios mediúnicos safadezas de toda ordem, algumas suficientemente bem realizadas para iludir até experientes pesquisadores.”
    – Já que você não está sabendo, então vou lhe contar uma novidade: entre esses pesquisadores mediúnicos, TAMBÉM HAVIA ILUSIONISTAS. E estavam lá justamente para cercar o médium e impedir que ele usasse de truques conhecidos ou para tentar descobrir se estava usando de algum truque.
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    “Agora, vejamos onde o equívoco na acusação de que Houdini mentira, o que faria de suas considerações a respeito da aldrabice dos médiuns declaração imerecedora de crédito. O livro de Houdini é uma espécie de história do espiritualismo sob olhar de um ilusionista. Ele colheu informações a respeito de médiuns do passado e analisou algumas, desde os irmãos Davenport (a quem Kardec defendia), passando por Dunglas Home, Eusapia Paladino e vários mais. No caminho não deixou de falar sobre Crookes e Conan Doyle (de quem fora amigo).”
    – Ao que parece, o Kardec de início se interessou pelos Davemport, mas vendo que cobravam pelos seus espetáculos, afastou-se deles prudentemente.
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    “Esta obra de Houdini seria excelente material a ser traduzido, pena que nenhuma editora por ele se interessou.
    Pois bem, digamos que o mágico tivesse colhido informações de fontes pouco confiáveis (dentre as quais Fay seria uma) e as pusesse em seu livro. Isso configuraria que o trabalho de desmascaramento de médiuns que Houdini mui eficientemente realizou fosse falhado?”
    – No caso específico sim. Não li o resto do livro e por isso não sei se mentiu ou se enganou em outras partes. Mas nesta aí o erro é INDEFENSÁVEL. Faça-me o favor!
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    “Ou que tudo o que se contém no livro seja desprezível? Ora, se as fontes são ruins, o resultado do estudo que nelas se baseiam será ruim, mas não se pode dizer que todas as fontes o sejam. No caso de Fay, a fonte ruim seria a própria. Quer dizer, se alguém mentiu (ou se confundiu, o que parece mais plausível) foi a depoente. O equívoco de Houdini (se que se pode falar assim) seria não ter conferido item a item aquilo que a nova amiga lhe contara. Aí, anos depois, alguém atento descobre que houve uma notícia que não bate com a realidade. Em vez de anotar que essa informação está confusa ou mal verificada, decide que o autor é generalizadamente mentiroso e não merece qualquer crédito, e leva de roldão toda a “comunidade cética”. Sentiu a falácia? De um ponto mal esclarecido extrai conclusão muito mais ampla que aquele tópico permite. E, pior, divulga essa “conclusão” insistentemente.”
    – Essa conclusão, Moisés é VOCÊ quem está construindo. Se dei essa impressão, o pecado é muito grave, mas não é só meu. Por terem constatado que Públio Lêntulo nunca existiu, que trechos das obras literárias do Chico coincidem com as de Owen, que ele falou de vida em Marte, então TODA a obra do Chico NÃO PRESTA. Não é essa a tese que é defendida por aqui?
    No meu caso, estou restrito à bobagem que Houdini falou sobre a Fay. Houvesse ele sido enganado por alguma sutileza plausível, ainda que mentirosa, mas não fácil de se descobrir, eu o perdoaria. Qualquer um pode se enganar. Mas quando trata-se de um erro GROSSEIRO, então no caso em particular, eu o DESCONSIDERO TOTALMENTE. Quanto aos outros, quem sabe um dia eu responda.
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    “Vejamos poucos exemplos ilustrativos dos muitos comentários seus, sempre enfatizando a mesma inamovível argumentação, da qual não arreda pé um centímetro, mesmo bombardeado por múltiplas objeções.
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    ARDUIN DIZ (in “Cartas de Uma Morta x Vida Além do Véu”) – Mesmo quando as explicações são fajutas. Certo? O Massimo Polidoro diz que NÃO HÁ mais dúvidas que o tal truque que a Ana Eva Fay usou para enganar o Crookes de fato ocorreu. Qual foi o truque? Burlou o galvanômetro por substituir uma mão pela dobra do joelho e assim fazer o truque do fantasma… Só quem não leu o relatório é que acreditaria nisso. O lance é que Polidoro LEU o relatório e sabia que tal truque era TOTALMENTE inviável, mas ele tem a obrigação de defender a fé cética. Certo?
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    COMENTÁRIO anterior: Polidoro… outro do qual discutimos boas linhas, embora talvez não o suficiente. Falei algumas coisas sobre o caso do galvanômetro especificamente e sobre Fay em geral. Nada, “bilossutamente” nada, que se diga parece demovê-lo da fé em Fay, Florence, Otília (e quem sabe quantos outros?). Voltamos sempre ao ponto do qual não arreda pé: quer, porque quer, que os truques sejam minuciosamente demonstrados para então, e só então, aceitar que, naquele específico caso, houve falcatrua, porém com outros (que não foram minuciosamente esclarecidos) continuará defendendo a realidade de materializações. Esta é a falácia da perda da batalha mas da continuidade da guerra, ou da preservação da fé pelo sacrifício de poucos santos.”
    – Nada a ver, Moisés. A minha cabeça é muito dura para admitir explicações TÃO FAJUTAS para os eventos, uma vez que elas NÃO EXPLICAM o que foi relatado. Então o Polidoro confirma que não há mais dúvidas de que o truque de substituir a mão pelo joelho possibilitou-a a fazer os truques. Pois bem, então pegue lá o relatório, veja o que as testemunhas disseram ter visto e me diga como é que ela, presa à parede, já que os contatos estavam chumbados, fez tudo aquilo. Fico no aguardo.
    Mas se quer que eu acredite que isso ocorreu e faça de conta que explica tudo o que está no relatório, sinto muito. É o mesmo que pedir para que eu creia na Bíblia, na Terra Plana, no Universo de 6000 anos, no Dilúvio de Noé, na Mula sem cabeça…
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    “COMENTÁRIO atual (acréscimo): Você garante que o feito de Fay fosse “totalmente inviável” como truque, no entanto, basta ler o que o Vitor tem postado para, no mínimo, admitir-se que, embora pudesse exigir habilidades pouco triviais, a burla sobre o galvanômetro seria realizável.”
    – Lamento, Moisés. O que o Vitor tem apresentado, citando três autores, NÃO DEMONSTRA que o galvanômetro pudesse ser burlado.
    1 – Substituir uma mão pelo joelho é viável, mas no experimento publicado, os contatos estavam chumbados na parede. Então ela não teria como sair dali e percorrer a biblioteca à procura do material certo para entregar às testemunhas. Esse truque, do qual Polidoro não tem dúvidas de haver ocorrido, em NADA AJUDARIA.
    2 – Substituir a médium por uma tira molhada. É INVIÁVEL, pois os próprios colegas do Crookes demonstraram isso. Não há como acertar na bamba o valor da resistência do corpo com o de uma tira de pano molhada. Não sei de onde o Vitor tirou de que se mergulhasse a tira e as mãos numa mesma solução salina, ela ficaria com a mesma resistência do corpo da pessoa…
    3 – Usar clipes e fios ligados à médium. É outra coisa que não funcionaria, pois para isso os fios teriam de ser como os modernos flexíveis. Mas naquela época, tais fios não existiam. Eles eram rígidos e maciços. Ela teria de usar das duas mãos para ficar desembaraçando-os e isso ia fazer o galvanômetro ficar subindo e descendo feito iô-iô.
    Entendeu porquê insisto que o galvanômentro não foi burlado?
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    “O cerne de sua argumentação está calcada na alegação de que os denunciadores das simulações de Fay mentiram: Polidoro mentiu, Houdini mentiu, consequentemente, Eva Fay era autêntica materializadora de espíritos… seria aceitável esse modo de legitimar alguém altamente suspeita?”
    – É a pergunta que alguém já fez: – Se não é fraude, o que é?
    A mim, Moisés, só me interessa que PROVEM A FRAUDE. Que me demonstrem que procedendo assim, assado, frito e cozido, os resultados anotados pelos pesquisadores poderiam ser perfeitamente simulados. Agora quererem que eu acredite por fé…
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    MONTALVÃO DIZ (in “Cartas de Uma Morta x Vida Além do Véu”) “O desafio está lançado, desde Otília Diogo: QUEREMOS TESTES SEGUROS, SADIOS, QUE SANEIEM QUAISQUER BRECHAS SAFADATIVAS,”
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    ARDUIN – E eu faço outro: pegue o que já foi feito e diga quais foram as brechas safadativas que teriam contornado as medidas de fiscalização. VEJAMOS SE VOCÊ CONSEGUE FAZER MELHOR DO QUE O MASSIMO POLIDORO E A TURMA CÉTICA.”
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    COMENTÁRIO: então faço outro desafio: apresente a resenha das pesquisas ectoplasmáticas, desde a origem aos dias de hoje, enfatizando os pontos fortes, e demonstrando que são investigações robustas e que geraram evolução no conhecimento. Examinaremos esse material e dele faremos as devidas apreciações. Você pode elaborar essa síntese, visto possuir oitenta anos de perquirições nos seus registros bibliotecais e dispor da assessoria de duzentos inquiridores do sobrenatural. Está muito melhor municiado que qualquer um de nós, pobres mortais não-reencarnantes.”
    – Se quer que eu o leve a sério, fale sério. Você sabe onde há desse material, sem precisar nem de mim, nem dos espíritos. Vá atrás deles. O interessado é você. A mim só me interessa que os céticos provem o que afirmam.
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    “K) Arduin (citando Montalvão): “e que possam ser repetidos quantas vezes necessárias, até forjar conclusão irretocável e replicável.”
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    ARDUIN – Está pedindo muito. É como pedir ao Leonardo da Vinci que pintasse vários quadros da Mona Lisa de forma a ficar confirmado que ele era mesmo capaz de fazer tal pintura. Mediunidade é algo incontrolável e qual é o limite dessas repetições? Quantas terão de ser feitas até que se convença de que não se trata de alguma fraude? Se o cético tem fé de que tal evento não pode ocorrer, ele vai ficar impondo picuinha atrás de picuinha até o infinito. O médium e os espíritos não tem o direito de ficarem de saco cheio?
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    COMENTÁRIO: menos meu príncipe, menos: pedir a Da Vinci que repita a Mona Lisa só porque alguns não o consideram habilitado a fazê-lo é diferente de pleitear testagens que possam ser repetidas conferitivamente, da maneira que se espera da boa ciência. Mesmo que os espíritos tenham suas idiossincrasias o óbice não seria incontornável: são seres inteligentes articulando-se entre si (vivos e mortos), tenho certeza que com uma boa conversa, refrescada por umas geladinhas, a mediunidade poderia ser verificada sem maiores dificuldades. O cético (em termos gerais) não rechaça evidências, o fato é que, com base no conhecimento disponível, não vê como a mediunidade, enquanto canalização de espíritos, seja real. Mas está pronto a verificar se sim ou não. Eis aí a diferença. Você transforma os céticos, os que pedem demonstrações mais firmes, em crentes às avessas: assim como os crédulos aceitam tudo o que reforce suas crenças, acham que os céticos negam tudo o que possam abalar suas descrenças. De onde tira essas ideias? Que espíritos põem em sua mente tais pensamentos? Cuidado, devem ser obsessores, desses que vêm amofinando os jovens, e “pacíficos”, que ora se divertem quebrando tudo o que veem pela frente.”
    – Eu tiro essas ideias dos argumentos que o pessoal cético tem apresentado, apesar de terem até melhores recursos para obtenção de fontes do que eu. Citando mais uma vez o Polidoro como exemplo: ele leu o relatório do Crookes e só por aí veria que o que Houdini e Brookesmith disseram não tinha a menor credibilidade. Se por fé ele não podia acreditar no relatório, tudo bem, mas querer desacreditá-lo usando argumentos imbecis…
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    L) (citando Montalvão): “Mas, quando diante do desafio, ouço já certa pessoa balbuciar: “nem adianta, não vão aceitar mesmo… se não aceitaram Fay superando o galvanômetro, não aceitarão nada!”. Então o reclamante objeta: “mas, Fay estava oculta sob cortinas, por que não tira a cortina e o galvanômetro e não se faz observação direta com registro em mídia?”. Qual seria a resposta? Não sei, mas imagino que pudesse ser: “Imagina, onde é que já se viu materialização sem um escondidinho e um escurinho?”
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    ARDUIN – Como eu disse, o Sergent Cox ENTROU lá e viu a médium e um fantasma materializado. Se você está TÃO INSEGURO dos métodos de fiscalização, achando que se o médium não estiver à vista, isso abre a possibilidade para INÚMERAS fraudes, então eu sinto muito. O que eu EXIJO É QUE ME APRESENTEM AS DEMONSTRAÇÕES DE QUE O CONTROLE PELO GALVANÔMETRO NÃO ERA CONFIÁVEL POR TAIS E QUAIS RAZÕES, já AMPLAMENTE demonstradas (tem gente que se contenta com UM trabalhinho mixo, como o do Colin Brookesmith, achando que ele EXPLICA TUDO… Aqui pouca porcaria vale, né?
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    COMENTÁRIO: o que tinha a dizer sobre o galvanômetro, eu que não sou especializado nessa engenhoca, falei em postagens anteriores. Não lembro de ter recebido contestação. Agora me responda uma coisa: você estava em são juízo quando defendeu que a entrada de Sergent na cabine seja prova de alguma coisa? Beber eu sei que não bebe, mas passou o repelente de obsessores na casa, antes de pôr-se a redigir? Arduin você é cientista. Sabe melhor que eu que a “prova” de Sergen Cox é prova de nada. Nadinha nadinha. Se serviu de prova o foi tão somente para Cox, para mais ninguém, nem para Crookes, muito menos para Arduin. Como saber se Cox não estivesse tão fascinado pela ideia de ver espíritos que acabou vendo? Ou se ele, antes de chegar ao local da experiência, não passou no bar do bigode e tomou um passa-régua de absinto? Ou mesmo se não considerou o incremento de vendas no publicativo que dirigia? Um cientista confere se testemunhos correspondem à realidade, ciência não se faz meramente com depoimentos.
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    Uma coisa, no entanto, passou despercebida àqueles homens, e quase passa também por nós. Sergent adentrou a cabine e nada aconteceu com a médium. Ele poderia/deveria ter levado o seguinte lero com Crookes:
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    CROOKES (ansioso): e aí, viu lá alguma coisa?
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    SERGENT: acho que vi… mas descobri algo mais importante: é possível estar na cabine sem fazer mal à medium!
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    CROOKES: e daí?
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    SERGENT: e daí que podemos pôr fiscais a acompanhar o fenômeno desde o berço!
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    CROOKES: mas mesmo assim ninguém vai acreditar…
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    SERGENT: eu sei, afinal ninguém saberá se não estamos ambos alucinando, o que eventualmente acontece. Minha ideia é a seguinte: vamos primeiro nós dois nos revesarmos nas verificações, pois pode ser que eu tenha tido visões lá dentro. Quando estivermos convictos de que realmente há uma entidade espiritual-materializada, passaremos a provocar a academia.
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    CROOKES: e você acha que vão dar atenção? Mandei convite para o secretário e ele sequer se dignou responder.
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    SERGENT: em vez de endereçar para alguém especificamente, convidemos a todos. Se alguns derem resposta, logo os demais se interessarão. Em breve teremos as maiores cabeças pensantes da Inglaterra confirmando o que para nós já é evidente… Essa é a única maneira de mostrar ao mundo que não estamos só comendo a médium, mas também fazendo trabalho sério!
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    CROOKES: hummmm… será que vai dar certo? Preciso pensar melhor no assunto…
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    (Comentário final: pelo visto Crookes se pôs a pensar na sugestão de seu amigo e morreu nela pensando…)
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    Você, insígne professor, que é tão rigoroso com investigadores céticos, deles exigindo que façam pesquisa primorosa a partir do acompanhamento de uma única sessão, se mostra dramaticamente simpáticos a essas frouxas alegações.
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    Fim dos exemplos nesta postagem, tem mais, muito mais…
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    Na próxima, que será logo em seguida, apresentarei artigo interessante a respeito do controle elétrico sobre Eva Fay.
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    Saudações voltáicas.”
    – Se para você o fato de Cox haver entrado no gabinete e visto a médium e um fantasma materializado NADA PROVA, então se Crookes e outros presentes dessem uma espiada lá e confirmassem o que viram, também NADA PROVARIA. Aliás, esse é um dos argumentos céticos: essas pesquisas feitas nada provam. São tudo evidência anedota. Assim é fácil.
    Crookes de fato convidou seus colegas para ver o que ele via, mas exceto por Cox, Gully e algum outro, eles SE RECUSARAM. Ramsay disse que não se podia confiar em Crookes, pois ele era “extremamente míope”; Carpenter dizia que ele sofria de alucinações… E esses caras são acatados pela comunidade cética. Mas nunca me disseram porque tais declarações não seria evidência anedota.

  214. Marcos Arduin Diz:

    O caso da confissão de ser o autor do livro Cartas de uma morta pode ser visto neste site:
    http://fernandoos.blogspot.com.br/2010/06/estudo-de-uma-obra-importante-de-chico.html
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    Eu mesmo dei o meu pitaco lá.

  215. Marcos Arduin Diz:

    “Há um artigo do Herculano Pires que, o saber do resultado EEG de CX, apressou-se em dizer que se tratava de um cérebro paranormal e não epilético.”
    – Dessa eu não sabia. Então através de um EEG dá pra se identificar um paranormal? Ele devia ter avisado o Rhine disso… Pra mim é mais um que viajou na maionese…

  216. Marcos Arduin Diz:

    “Se espíritos/vozes/alucinações dominam sua vida, te impelem a psicografar mais de 400 livros cheios de fantasias e a inventar histórias fantásticas, e você não tem mais vida por causa disso, acho que você deveria procurar ajuda médica.”
    – Aqui eu discordo um tanto de você, Larissa. Chico Xavier só não ficou rico pacas porque doou o que ganharia como direito autoral dessas obras. Não só pela quantidade, mas principalmente pelo volume de vendas. Veja só a outra “alucinada” a Zíbia Gasparetto, que está bonita da grana, exatamente porque resolveu que não seguiria o exemplo do Chico.
    Disse ela em entrevista recente que Chico se arrependeu de haver doado os direitos autorais. É verdade. Mas não foi por motivos financeiros…

  217. Gorducho Diz:

    Pra mim é mais um que viajou na maionese…
    🙂
    Falta tão pouco pro Sr., Professor… só mais um passinho…

  218. Gorducho Diz:

    Mas será que a Zíbia Gasparetto já levou tiro de espírito, Professor?

  219. Larissa Diz:

    Arduin: O psicótico quer somente dinheiro? Não! Esse é o x da questão e o argumento mais frágil. O fato de CX ser caridoso não quer dizer que a mediunidade seja autêntica. A única coisa que realmente poria uma pedra no assunto seria a realização de experimentos com médiuns sob metodologia científica e em ambiente controlado. Só que nenhum deles aceita algo deste jaez. Você, como espírita, topa?
    .
    Tem gente que só quer bajulação. Outros, pertencer a alguma coisa, a um seleto grupo. Muitos, algo a que se agarrar. A grande maioria são movidos por vaidade; vc sabe que isso é verdade. Quantas vezes você já ouviu em um centro espírita que “tudo é uma questão de evolução”?

  220. Marcos Arduin Diz:

    “Eu: Vamos submeter médiuns psicógrafos a testes então – ou só CX tinha esta faculdade? Se o fenômeno for real, ele se repetirá. Eu fui a um centro receber uma psicografia e fui extensamente entrevistada – o conteúdo da “comunicação” não passou de uma narrativa do que eu tinha dito. Como querem que eu acredite nisso…boa vontade eu até tive.”
    – Nem sempre se acerta de primeira. No caso de uma prima minha, cerca de um ano após o meu tio, pai dela, haver falecido, ela foi a um centro espírita perto de sua casa, mas o qual não frequentava, ou seja, não era conhecida ali.
    Deu o nome do pai, Orlando Arduin, e só, ficando de voltar no dia seguinte.
    Então, no dia marcado, ela ficou a sós com o médium, que perguntou:
    _ Deseja então saber de seu pai, minha senhora?
    _ Sim.
    _ Orlando Emílio Arduin, certo?
    _ Sim.
    Detalhe: Ela NÃO TINHA dado o nome do meio. Então o médium perguntou:
    _ Quem é Elso?
    _ O meu tio.
    _ Luiz Elso Arduin?
    _ Sim.
    Este é o nome do meu pai, falecido um ano antes do meu tio. Ela NADA FALARA SOBRE ELE.
    _ Quem é Aparecida?
    Minha prima ficou confusa nessa hora, pois sempre conheceu minha mãe como Cidinha. Mas então caiu a ficha e respondeu:
    _ Ah! É a minha tia.
    _ A viúva do seu tio, certo?
    _ Sim.
    _ Pois bem, minha senhora, a mensagem não é para você e sim para sua tia. O seu tio, devido ao descuido com a sua saúde, passou por momentos muito ruins após o desencarne. Porém recentemente ele foi socorrido e está em tratamento. Quanto ao seu pai, não tem nada que se preocupar com ele, pois é um espírito adiantado e inclusive chefia uma equipe de socorristas.
    .
    Como vê, Larissa, neste caso não houve entrevista prévia, e embora o médium fizesse perguntas, ele já sabia a resposta e NENHUMA informação foi passada a ele. Como ficamos neste caso? Você falou em TESTAR médiuns. Sobre isso, Kardec já dizia:
    _ As provas não podem ser obtidas à vontade: tem de ser colhidas de passagem.
    Foi exatamente o que aconteceu com minha prima e este médium.

    —–
    Falar do CX ainda me dói muito e já declarei isso aqui no site. Eu fico muito confusa com algumas coisas, mas minhas impressões gerais é que ele era bom, mas que a comunicação mediúnica era falha/inexistente. Infelizmente, ele morreu e não temos como testá-lo objetivamente.

  221. Marcos Arduin Diz:

    “Falar do CX ainda me dói muito e já declarei isso aqui no site. Eu fico muito confusa com algumas coisas, mas minhas impressões gerais é que ele era bom, mas que a comunicação mediúnica era falha/inexistente. Infelizmente, ele morreu e não temos como testá-lo objetivamente.”
    – Faltou comentar isso. Acidente com o teclado.
    Acho que o seu problema, Larissa, é que você focou demais NUM HOMEM e não no conteúdo da Doutrina Espírita. Eu nunca apostei que Chico fosse infalível o que sua fama o fizesse dono da DE. Minha decepção maior com ele foi sua adesão ao Rustenismo.

  222. Arnaldo Paiva Diz:

    MARCOS ARDUIN
    Boa noite
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    Chamo a sua atenção para estas respostas do Montalvão quando apresentei o que disseram os mágicos que foram provar o embuste do fenômeno espírito, inclusive deles foram convidados pelos cientistas investigadores. Veja:
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    QUANDO EU DISSE: Outro prestidigitador, que teve oportunidade de verificar a mediunidade de Eglinton e a sua levitação, foi o professor Ângelo Lewis Hoffamnn. Acedendo ao pedido da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Inglaterra, que apelou para a sua capacidade profissional, examinou minuciosamente os fenômenos produzidos por aquele médium e declarou honestamente, depois do exame, que tais fenômenos eram autênticos, acrescentando: “Se a prestidigitação fôsse a explicação única desses fatos, estou certo de que seu segredo tornar-se-ia desde logo propriedade pública”. Essa declaração consta de um relatório que a Sociedade publicou nos seus anais, em 1886. (32).
    .
    MONTALVÃO COMENTA: veja só a ingenuidade: “DECLAROU HONESTAMENTE”… Evidências de hipóteses não se fazem com declarações honestas, sim com demonstrações verificáveis. O que o texto diz é que esse Hoffmann deu seu aval à realidade das levitações de Eglinton: mas até que ponto o aval de quem quer que seja é garantia de veracidade? Mais uma vez tenho de recorrer ao argumento do tempo: onde estão as levitações hoje? Se foi possível que médiuns passados superassem as leis físicas levitando, porque não o fazem no presente? Na atualidade não é mais possível requisitar Eglinton, nem qualquer outro levitador daqueles dias para conferir se realmente eram capazes de vencer a força da gravidade e flutuarem, porém seria possível por em teste médiuns modernos de efeitos físicos. Por que esses não aparecem?
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    MEU COMENTÁRIO: Eu não acredito que você tem coragem de dizer uma – me desculpe a expressão- baboseira dessas de que o aval de uma pessoa que observou, analisou, principalmente de quem fez uma análise minuciosa dos fenômenos produzidos pelo médium não tem valor, se fosse uma simples testemunha teria o seu valor, quanto mais de quem procedeu a investigação do fenômeno. Ângelo Lewis Hoffamnn ainda confirma dizendo: “Se a prestidigitação fosse a explicação única desses fatos, estou certo de que seu segredo tornar-se-ia desde logo propriedade pública”.
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    Creio que não foi pelos seus comentários que este site foi referência em análise científica em alguma revista no exterior (se não estou enganado), se foi, com certeza não será mais.
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    QUANDO EU DISSE: Dizieu declarou ao Sr. Méliès, presidente da Câmara Sindical dos Prestidigitadores, que a levitação super-normal de objetos é manifestação que lhes vai muito além da alçada. Quando moço – dizia ele – eu fazia uma mesa levantar-se sem contacto e sem truque. Interrogado por Montorgueil, diretor do “Eclair”, confirmou aquelas declarações e declarou mais: – com 20 anos de idade, eu tinha faculdades de médium; fazia levantar um móvel como o não poderia fazer hoje como prestidigitador. E acrescentou: – A mediunidade e a mágica, são coisas distintas. (33)
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    APELAÇÃO DO MONTALVÃO: curioso, eu também, aos vinte anos de idade, levitava, falava com mortos, atravessava objetos sólidos e até ficava invisível. Hoje não consigo mais… tá vendo como é fácil provar o improvável? Deviam se envergonhar de usar historietas desse tipo como evidências de fantasias. Isso não é experiência científica nem entre os pigmeus siberianos…
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    QUANDO EU DISSE: Carlton refere que, durante uma sessão, viu uma jovem inglesa, médium, falar um dialeto zulu com um dos presentes, e sem que ela pudesse absolutamente conhecer aquele idioma. É indubitável – afirmava esse grande mágico, – que há fenômenos produzidos pelos Espíritos. (34).
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    APELAÇÃO DO MONTALVÃO: pois é, um dia vi meu cachorro conversando cachorrês com um marciano (não o que assombra esse sítio). Liguei meu tradutor intergalático e gravei tudo. Pena que, dias depois, a enchente carregou o material, o cachorro e o marciano. Nunca mais os vi, mas garanto que foi verdade…
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    QUANDO EU DISSE QUE: William Jeffrey, de Glasgow, mágico amador, realizou várias sessões em sua própria casa. Ele assegura que os fenômenos psíquicos não podem ser produzidos pelos meios conhecidos ou por processos comuns.(35)
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    A APELAÇÃO DO MONTALVÃO: também realizei várias sessões cá em casa, garanto que os fenômenos não se produzem sem uma causa fenomenológica natural e bem terrena. William Jeffrey, coitado, estava mais perdido que pulga em casco de tartaruga.
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    QUANDO FALEI QUE; Henri Regnault possui uma carta de Feffrey, alguns de cujos tópicos transcreve. Diz o notável mágico nessa carta:
    “Eu me venho interessando desde a meninice com os mágicos e prestidigitadores de toda a espécie; tenho agora 60 anos e faço parte de quatro sociedades diferentes de ilusionistas e de mágicos, duas em Glasgow e duas em Londres.
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    A princípio fui convidado a estudar o Espiritismo por ministros do culto e amigos vários, para o fim de desvendar onde e como se fazia a fraude.
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    Sou feliz em declarar que todas as minhas pesquisas, nessa época, provaram-me que o Espiritismo era real. Sou fiel à minha convicção e obrigado a reconhecer a realidade tal como verdadeiramente a achei.
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    Alguns dos fenômenos mais notáveis de que fui testemunha, em matéria de materializações, de vozes, de fotografias do Invisível, forçam-me a dizer que é absolutamente impossível ao maior ilusionista, ventríloquo ou truquista, de não importa que gênero, reproduzir essas experiências, por mais hábeis que eles sejam em sua arte.
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    Estou pronto a encontrar-me com qualquer prestidigitador e mostrarei que é impossível obter resultados psíquicos pela prestidigitação.
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    Já convencí numerosos prestidigitadores da realidade das potências invisíveis operantes. Reuní em um dia seis senhores, que eram ilusionistas e prestidigitadores; cada um deles escreveu um artigo num dos seus jornais profissionais para relatar as experiências com as quais ficaram absolutamente estupefactos.
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    Eu sou presidente da Sociedade de Mágica de Glasgow, sociedade de que sou membro há lohngos anos; sou também vice-presidente do Clube dos 12 Místicos (Mystio Iwelde Club), de Glasgow.”(36)
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    APELAÇÃO DO MONTALVÃO: esse sujeito é porreta mesmo: quer ganhar no grito. Basta ele dizer que viu, confirmou e provou e pronto, o mundo tem que aceitar, afinal esse indivíduo nunca mentiu para ninguém e se ele diz que verificou é porque verificou. Por que então o meio científico ainda não aceita? Vai é porque são teimosos até a morte, só pode ser, pois diante de uma prova tão firme quanto essa (qual é a prova mesmo?) só sendo muito teimoso para não reconhecê-la. Essa é a ciência espírita…
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    MEU COMENTÁRIO: Neste comentário, vemos perfeitamente que a posição do Montavão não é de dialogar com seriedade, não está preocupado em encontrar a verdade, quer apenas a qualquer custo, desclassificar que as experiências só tem valor se for realizada por ele; que só é verdade o que sai da sua boca, o que os outros dizem não passa de mentiras, pois isso é confirmado acima quando Montalvão diz: “Basta ele dizer que viu, confirmou e provou e pronto, o mundo tem que aceitar, afinal esse indivíduo nunca mentiu para ninguém e se ele diz que verificou é porque verificou”.
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    Mas nós sim, nós temos que acreditar em Montalvão, porque quando ele diz que não existe nenhum fenômeno espírita, que não existe mediunidade, que não existe espírito, é porque não existe mesmo, até mesmo porque ele nunca realizou nenhuma experiência, é…. ele não realizou nenhuma experiência, por isso é mais capaz do que qualquer um para fazer essas afirmações, como não acreditar? Ele é o dono da verdade e o único que apresenta a faculdade paranormal de não reconhecer nenhum fenômeno, sim, não reconhece nenhum fenômeno, por isso pode perfeitamente opinar.
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    QUANDO EU DISSE QUE: Regnault salienta o fato de haver o prestidigitador mostrado a mais absoluta certeza da autenticidade do fenômeno psíquico. Ele estudou o Espiritismo, não como adepto, mas para descobrir-lhe as fraudes e os embustes. E tão convencido se acha atualmente da sua veracidade, que chegou a lançar um desafio a todos os prestidigitadores. Eis uma prova de boa fé, acrescenta aquele experimentador francês, e pergunta: – Encontrará esse desafio algum eco no campo dos adversários?
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    Não. Até agora não encontrou. Entretanto Regnault fazia espalhar esse oferecimento; – “Se alguém quiser aceitar o desafio do Sr. Jeffrey, terei todo o prazer de apresentar esse prestidigitador inglês; é só me escreverem para a rua Chargrin n. 30, Paris”.
    .
    EIS A SÁBIA RESPOSTA DO MONTALVÃO: pois eu aceito o desafio: vou levar meus testes furrequinhas e quero ver esse Jeffrey fazer o espírito identificar o título de livros que trago na bolsa, ou ler uma página virada para baixo (de modo que ninguém vivo possa vê-la), ou ir até um endereço que eu lhe indicar e informar cinco objetos que estejam sobre a mesa da sala. Se ele conseguir reconheço que espíritos atuam.
    .
    Estes testes já foram feitos, mas você não acredita porque as coisas só são verdades se vierem pelo seu intermédio, e isso é patológico. A isso, Jung deu o nome de INCHAÇO DO EGO.
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    EGO – centricas saudações.
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    (32) “Proceedings”, 1886
    (33) Montorgueil – “Echo du Merveilleux”, 1 de Setembro de 1898.
    (34) Arthur Philips (Carlton) – “Twenty Yeara of Spoot and bluff”, págs. 266.
    (35) George H. Lethem – “How a magician became a Spiritualist”. -,. London Magazine”, Junho, 1920.

  223. Larissa Diz:

    Arduin, eu foquei na Doutrina e tinha em Chico O HOMEM, assim como a maioria dos espíritas que o defendem com unhas e dentes. Eu passei por um momento de luto quando soube que Públio Lentulus não existiu.
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    Não precisamos de uma psicografia complexa cheia de detalhes sobre os familiares. Um experimento mais simples, como o que propos um dos debatedores, já valeria. Ex: Leitura de um parágrafo de uma enciclopédia através de psicofonia. Eu em uma sala e o médium em outra.

  224. Larissa Diz:

    Só um esclarecimento. Eu não sou atéia. Só não acho que a vida após a morte, se houver, seja como descreve CX e Kardec.

  225. Marcos Arduin Diz:

    “Ainda sobre Crookes (paciência Marciano, paciência…)
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    O admirável Arduin aposta todas suas fichas na invulnerabilidade do galvanômetro. Empresta plena confiança num único aparelho, que reconhecidamente possuia pontos falhos nos registros, um que me ocorre: o contato elétrico era fechado por meio de papéis umedecidos em solução salina. No correr da experiência os papéis secariam e isso alteraria a medição. Pode ser alegado que essa variação estava prevista e considerada no controle, no entanto poderia ser brecha por onde a mulher aproveitaria para adentrar com seus simulacros. É cogitação especulativa, mas mostra que não se tratava de nenhum engenho supimpamente invencível.”
    – Quando Varley fez seu experimento com a Florence Cook, ele usou deste recurso, com papéis mataborrão molhados em solução salina, envolvendo soberanos de ouro ligados aos fios (maciços e portanto nada fáceis de se remover sem desmoronar o conjunto) e presos com elástico. Ao longo da sessão, Varley notou que houve uma queda constante na leitura e atribui-a ao secamento progressivo dos papéis.
    O Stephenson acha que isso foi um erro, pois deixou um papel destes entre dois contatos e a queda só ocorreu quando estavam praticamente secos. Para mim, ele cometeu um erro experimental, pois deveria ter comparado as medidas de papel ressecando-se em contato com a pele de uma pessoa.
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    “Nas artes marciais e no mundo da malandragem, o competidor ou o esperto estuda as fraquezas de quem (ou do que) irá enfrentar e se esmera por superá-las. Quem realiza bom trabalho nesse mister atinge o sucesso. Fay e seus asseclas estavam diante desse desafio e trabalharam por vencê-lo. Pelo visto conseguiram…”
    – Já que você quer tanto valorizar o Houdini, então saiba que ele endossa a tese de que a Fay e o marido (e nenhum assecla) foram fazer sua turnê na Inglaterra, mas ela deu xabu quando o Maskelyne fez por truques ilusionistas o que ela dizia fazer por espíritos. Na tentativa de salvar a turnê, então foi ter com Crookes, já que sabia que ele validara médiuns. Mas daí a saber que métodos ele usaria, ia muita distância… No caso aqui não houve papéis e sim panos molhados, que demorariam bem mais para secar…
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    “O caso é que uma única forma de controle, em atividade tão sujeita a malandragens, ainda mais considerando que a executora se mantinha escondida dos olhares vigiativos, não pode ser tida como eficiente ao nível exigido para avaliação segura.”
    – Se ninguém conseguiu descobrir um jeito de fraudar a vigilância do dito equipamento… Além disso, continuo cobrando: como é que ela enganou o aparelho, percorreu a biblioteca, entregou objetos DEFINIDOS aos presentes e ainda fez materializar um fantasma, já que não tinha jeito de um cúmplice entrar lá?
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    “Como comparativo, considere-se a sugestão (…) a médium não possa nos lograr.”
    .
    Talvez Arduin (ou outro) alegue que no tempo de Crookes não havia disponível o material referido pelo perito carioca (cerca de oitenta anos separava um do outro). Pode ser, a questão não está aí, está no fato de que o investigador técnico e cauteloso deixou claro que, numa experimentação, se cercaria dos cuidados necessários para não dar margem à fraude, fazendo uso da tecnologia acessível. Com Crookes essa cautela não pode ser achada. Embora possamos reconhecer que alguma precaução ele tomou, é certo que não foi o suficiente. Se o fosse na atualidade ninguém contestaria a validade daquelas experiências (e não são poucos que a contestam…).”
    – Você insiste que o médium deveria ficar à vista, certo? Bem, como disse, o Cox entrou na biblioteca e viu a médium e um fantasma. Então ela não fugiu de lá… Mas logo em seguida, diz que isso NADA PROVA. E o que então provariam mais olhos?
    Os que contestam o galvanômetro são apenas três: Brookesmith, Thompson e Stephenson. Os outros são apenas papagaios destes. E em nenhum dos casos, os cavalheiros em questão demonstraram que o aparelho era de fato contornável em vista dos resultados obtidos.

  226. Marcos Arduin Diz:

    “Mas será que a Zíbia Gasparetto já levou tiro de espírito, Professor?”
    – Sabe, Balofo, há uma coisa que muita gente não sabe ou até mesmo não aceita esse aspecto da personalidade do Chico: bom humor.
    O caso do tiro do espírito, ele contava com um ar de muita gozação. E será que não era só GOZAÇÃO MESMO? Vamos ficar aqui jurando de pés juntos que Chico era uma pessoa incapaz de fazer uma brincadeira dessas?

  227. Larissa Diz:

    Arduin, vamos repetir o experimento de Crooks? Seria possível?

  228. Larissa Diz:

    *Crookes

  229. Marcos Arduin Diz:

    “Estes testes já foram feitos, mas você não acredita porque as coisas só são verdades se vierem pelo seu intermédio, e isso é patológico. A isso, Jung deu o nome de INCHAÇO DO EGO.”
    – Exato, Arnaldo. Desde o começo eu sempre senti isso no Moisés. Ele não consegue sair de si e considerar o que outros fizeram. Quando discuto com ele, penso mais em instruir aos leitores das trocas de farpas do que obter algo sensato dele.

  230. Marcos Arduin Diz:

    “Não precisamos de uma psicografia complexa cheia de detalhes sobre os familiares.”
    – Se queremos saber se a fonte de informação de um médium é o espírito de um familiar falecido, então tais detalhes são fundamentais. Não podem ser negligenciados. Não entendo o seu argumento de que não precisamos disso.
    .
    “Um experimento mais simples, como o que propos um dos debatedores, já valeria. Ex: Leitura de um parágrafo de uma enciclopédia através de psicofonia. Eu em uma sala e o médium em outra.”
    – Quando cursei a USP nos anos 1980, na estranha disciplina Estudo de Problemas Brasileiros, coisa inventada pelos milicos para vender uma imagem de um Brasil sem problemas, naquelas alturas o professor deu outro rumo. Chamou diversos palestrantes, de áreas muito diferentes, para falar de suas especialidades. Um deles foi um padre do CLAP, um cupincha do Quemedo.
    Dentre as coisas que falou, houve um desafio ao Chico Xavier. Ficaria o Chico numa sala e outro médium em outra. Numa terceira, uma pessoa abriria um livro do Chico ao acaso e ele teria de começar a psicografar a primeira linha da dita página, o outro médium a segunda, o Chico a terceira e assim sucessivamente. Dez linhas cada um. O desafio estava feito e nunca foi respondido, disse o padre todo ufano.
    Infelizmente eu tive de sair, pois meu irmão me esperava, mas eu teria feito essa pergunta:
    _ O que ficaria provado com tal experimento?
    Sim, pois digamos que nem o Chico e nem o outro médium nada produzissem? Diria o Quemedo que estava provado que não havia espírito algum e tudo não passava de imaginação do Chico.
    E se ambos conseguissem o proposto? Haveria espírito na jogada então? NÃO! O Chico e o médium teriam captado o inconsciente do leitor e por isso cumpriram a exigência.
    Quer dizer: era um desafio onde o Chico sairia perdendo qualquer que fosse o resultado.
    .
    Assim então faço a você a pergunta: o que pretende provar com o seu experimento de parágrafo?

  231. Marcos Arduin Diz:

    “Arduin, vamos repetir o experimento de Crooks? Seria possível?”
    – Arranje um médium capaz de produzir materializações e podemos tentar alguma coisa.
    Eu aqui quero é fazer uns testes com um galvanômetro moderno e conferir se as pataquadas dos céticos eventualmente podem ter algum sentido.

  232. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: De todas as historinhas transcritas por Montalvão a que mais despertou meu interesse foi a das três mulheres nuas, se ensaboando, sob o chuveiro, encarando cx com olhos convidativos. Presumo que fossem novinhas e bonitas. Sei que cx não era chegado, só queria saber como se faz para ter uma alucinação exatamente assim. Três mulheres tá de bom tamanho. Nunca nem sonhei com algo assim. Essa seria uma materialização que me converteria imediatamente ao espiritismo.
    .
    COMENTÁRIO: lascivo Marciano, como psicólogo que sou, formado no bar do bigode, digo que Chico sublimara sua sexualidade, fosse de qual lado fosse, e dirigira a energia não utilizada para outras áreas, mas, vez por outra os anseios recolhidos se expressavam em visões lúbricas. Vai ver os freudianos não conhecem esse episódio, se conhecessem teríamos boas dissertações psicanalíticas a respeito dessas pulsões.
    .
    Para que visões da espécie o convertessem, acredito, seria necessário saber o que elas estariam dispostas a fazer em termos de realização de desejos; imagine, se a empreitada fluísse mal e gerasse processo por assédio sexual, movido por três materializações oportunistas?
    .
    Tenha cuidado.

  233. Marciano Diz:

    Montalvão,
    A paciência é uma virtude marciana. Você até parece ser de Marte, tamanha sua paciência com os “crooked arguments” do Arduin (pun intended).
    .
    Quanto ao inchaço do ego, moléstia diagnosticada pelo fraterno e pelo Arduin, médicos psicopatas, digo, alopatas e telepatas (diagnóstico à distância), recomendo acupuntura. A única coisa para a qual a acupuntura é eficiente é justamente inchaço, seja do ego ou do que for, é só espetar as agulhas que o inchaço desaparece.
    .
    Repensando a experiência erótico-psicodélica de cx, acho melhor não arriscar, tá cheio de piranhas aproveitadoras no além. Algumas foram despachadas para lá por jogadores do futebol, especialmente goleiros.
    .
    Saudações inchadas.
    .
    .
    Larissa,
    Eu até experimentaria o santo daime, mas depois do assassinato do Glauco, fiquei com medo.
    “Veja” aqui:
    http://veja.abril.com.br/240310/alucinacao-assassina-p-066.shtml

  234. Marciano Diz:

    Biasetto pergunta:
    “COMO PODE O DIVALDO FRANCO E O SEU (A SUA) ESPÍRITO-GUIA NÃO TEREM PERCEBIDO QUE O HOMEM ERA UM FARSANTE? QUE TIPO DE MEDIUNIDADE É ESTA?”
    .
    Resposta:
    Divaldo é outro farsante e sua guia não existe, é produto de sua imaginação.
    Scur não acredita nos vídeos e acredita em disco voador.

  235. Marciano Diz:

    Arduin, valeu a dica.
    Vou conferir.
    Quanto ao “causo” de sua prima, fico imaginando por que razão o médium ou o espírito que baixou nele precisariam de um dia inteiro para responder.
    .
    Se você ficou decepcionado com a adesão de cx ao rustenismo, sua expulsória está atrasada.
    Quando foi que cx aderiu ao rustenismo? Em que ano?
    Ou será que você ficou decepcionado quando soube da adesão, não quando ela ocorreu?
    .
    Quem sabe cx não era brincalhão o tempo todo, Arduin?
    Estava de gozação 24×7.
    Gostei de sua hipótese. Ele deve estar rindo igual ao Rabugento, lá do Lar Deles.

  236. Marciano Diz:

    Glossário:
    Crooked = adj 1 curvo, torto, tortuoso. 2 dobrado, arqueado. 3 desonesto, fraudulento, falso. // adv 1 de modo curvo. 2 desonestamente.
    .
    Pun intended = trocadilho intencional
    .
    24×7 = 24 horas por dia, sete dias por semana.

  237. Marciano Diz:

    Crookes, crooked. Entendeu?

  238. Marciano Diz:

    Arduin disse, no blog do Fernando:
    .
    “Bem, essa dita obra pode ter coisas aproveitáveis, mas um erro desses, sobre vida em Marte etc e tal, compromete muito o seu valor e é motivo de desdém para os inimigos vigilantes.
    Em vez de esperar até 1975 para justificar o seu erro, Chico deveria tê-lo feito antes de se descobrir que em Marte não há vida…”
    .
    Concordo, é esclarecedor ver como cx era desonesto.
    Admitiu o que não poderia negar.
    Quantas outras mentiras teria admitido, se tivesse tido a oportunidade de ser desmascarado como o foi, nesse episódio sobre meu planeta natal.

  239. Gorducho Diz:

    Quanto ao “causo” de sua prima, fico imaginando por que razão o médium ou o espírito que baixou nele precisariam de um dia inteiro para responder.
     
    É que na erraticidade o sistema telefônico ainda é com o magneto e as pilhas na caixa de madeira (ainda peguei desses quando recém reencarnado aqui na crosta) e levou 24h pra conseguir a ligação.
     
    Aliás, isso que o que se pode chamar canalização “genérica”:
    O seu tio, devido ao descuido com a sua saúde, passou por momentos muito ruins após o desencarne. [inverificabilidade #1] Porém recentemente ele foi socorrido e está em tratamento. [inverificabilidade #2] Quanto ao seu pai, não tem nada que se preocupar com ele, pois é um espírito adiantado e inclusive chefia uma equipe de socorristas. [inverificabilidade #3]
     
    Porém, pelo menos ficamos sabendo uma coisa: CX tinha razão, existem equipes de socorristas atuando nas esferas sublunares.
    É isso.

  240. Larissa Diz:

    Arduin, como assim “o que ficaria provado”? Cê tá de brincadeira né?

  241. Larissa Diz:

    E quais seriam as características de tal médium capaz de produzir materializações?

  242. Biasetto Diz:

    Resumo da ópera: médiuns fantásticos, só existem no passado. Por que será?
    Eu gosto de perguntar, adoro.
    Eu respeito o Vitor com a questão da Leonora, tudo bem.
    Também tem mais um e outro caso por aí, que merecem atenção.
    Mas esta “turma de médiuns chiquista”, é piada. São tantos absurdos, mas tantos, que nem respeito estes caras merecem.
    Eu só, AINDA, prefiro me permitir a duvida se há ou não um ingrediente de insanidade, maluquice, doideira, esquizofrenia … na mente deste pessoal, por isso deixo esta possibilidade em aberto.

  243. Biasetto Diz:

    Não completei o comentário e enviei …
    … por isso deixo esta possibilidade em aberto, de que não exista mau caratismo nisso, o “dolo” em si, se bem que …
    ah! deixa pra lá, vai …

  244. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    .
    01 a – “A corrente NÃO SE DIVIDE em nenhum dos casos.”
    .
    A corrente antes ia por braço só, depois vai pelos 2 braços. Entendo que ela teria que se dividir. Tanto que o Brookes-Smith diz “devido ao caminho paralelo através de meu corpo”. Depois é claro que no caminho elas se encontram num mesmo ponto, somando-se, e tudo fica igual. A deflexão é apenas momentânea.
    .
    01 b- “Gozado você criticar os experimentos de Crookes e valorizar os do Brooke, que foram MUITO MAIS CAPENGAS em termos de registro e qualidade experimental feitos.”
    .
    Em compensação, são MUITÍSSIMOS mais fáceis de serem averiguados, repetidos, e sem qualquer auxílio de forças sobrenaturais.
    .
    02 – “Viu como você se contradiz? Primeiro diz lá em cima que o caminho pela mão e antebraço seria direto e com as duas mãos segurando cada contato, a corrente se “divide”. Ué se a resistência é a mesma em qualquer ponto do corpo…”
    .
    Não entendi onde está o problema…
    .
    03 – “Para mim, o chato é que o experimentador capenga sugere isso, mas a Fay não confessou isso…”
    .
    Ou ela esqueceu de contar, seja porque a memória dela já estava ruim, seja porque é difícil mesmo se lembrar com precisão de acontecimentos de décadas atrás.
    .
    04 a- “E demonstrou também que podia largar o galvanômetro medindo nada e sozinho e ainda assim nada alterar a leitura?”
    .
    Sim. Ele disse (e demonstrou): “Não seria muito correto dizer que se a médium largasse as manivelas por um instante sequer o marcador do galvanômetro retornaria imediatamente para o zero. O período de tempo comparativamente longo do sistema suspenso retardaria o retorno pela fração apreciável de um segundo. Quando eu tentei a experiência no museu, onde o período do galvanômetro era de quatro segundos, um circuito aberto momentaneamente só produziu uma excursão pequena do marcador. Se as leituras da escala registradas forem consideradas como dados médios estimados de um marcador oscilando continuamente, que é o que muitos delas sugerem, é mais do que provável que mudanças momentâneas na corrente devido a movimentos rápidos das mãos da médium seriam completamente mascaradas. ”
    .
    04 b – “Sim, pois a Ana Fay ficar com mão e joelho nos contatos, ou com os dois joelhos, ou com os pés mantendo o contado com as meias, NADA DISSO a ajudaria a se afastar da parede e percorrer a biblioteca e nem fazer aparecer uma fantasma que o Cox viu.”
    .
    Ela coloca o pano nas manivelas, ligando-as. Assim ela livra ambas as mãos, mantendo o circuito fechado. Coloca os eletrodos nas meias, deixando seu corpo ainda fazendo parte do circuito, mantendo, assim, a mesma resistência. Passa a poder se mover. Isso foi o que o Brookes-Smith fez, ele simplesmente não usou fios longos o bastante, mas se tivesse usado, teria caminhado tranquilamente:
    .
    “Então coloquei ambos os eletrodos sucessivamente dentro das minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres sem produzir quaisquer grandes mudanças na escala do galvanômetro. As mesmas precauções tinham, porém, de ser tomadas para manter um contato firme até que eu tivesse pressionado os eletrodos firmemente entre as minhas meias e tornozelos. Os fios não eram longos o bastante para permitir que eu caminhasse, mas movimentei os meus pés de cima para baixo sem produzir muito movimento na escala do galvanômetro.”
    .
    05 – “- Oba! Já sentiu a fragilidade de seu argumento e do seu querido experimento fajuto do Brookesmith. Por isso está apelando.”
    .
    Fico espantando com a sua exigência de que o Smith colocasse um monte de panos para considerar a experiência válida. Mas isso o Stephenson fez, assim, não há o que reclamar.
    .
    06 – “- Bem, o fato é que os mágicos contam com toda uma equipe de assistentes que montam e dirigem os equipamentos nos bastidores e que permitem ao mágico fazer os truques. Agora um mágico sozinho, sem saber das condições em que o experimento será realizado, vai ter muita dificuldade de improvisar…”
    .
    QUEM disse que ela não sabia as condições? Ela teve mais de um ano pra se preparar. QUEM disse que ela estava sozinha? Os próprios Medhurst e Godney colocam o Sr. Tapp e vários outros como possíveis cúmplices. E o que ela fez não exigia nada além do que ela já estava habituada em suas apresentações. Ela só tinha que saber que uma parte do corpo dela teria sempre que estar ligada ao circuito. Só isso.
    .
    07 – “Sem querer ser chato, Vitor, vou lembrá-lo mais uma vez de que os colegas de Crookes também FECHARAM o circuito com o lenço molhado… Mas só conseguiram chegar à mesma resistência do corpo humano depois de VÁRIAS tentativas e ainda porque Crookes lhes cantava os valores obtidos. Ou seja, não bastava fechar o circuito: era preciso que a resistência não se alterasse, pois do contrário a fraude seria imediatamente descoberta.”
    .
    Mas a resistência não se alterou justamente porque ela colocou os eletrodos nas meias! O corpo dela continuava oferecendo a mesma resistência porque ele continuava em contato com o circuito, não mais pelas mãos, mas pelos pés! É isso que você não está entendendo!!! O Crookes não pensou nisso!!!
    .
    08 – “Só que aí a fraude ficaria evidente. Não percebeu não?”
    .
    Só ficaria evidente se o corpo dela não fizesse mais parte do circuito! Mas CONTINUOU FAZENDO PARTE!
    .
    09 a-“Em qual hora? Foi deixada segurando as manivelas, aí teria de trocar uma mão pelo joelho, tirar o pano, mergulhá-lo na solução salina (por que a deixariam por lá?),”
    .
    A solução salina foi ANTES de ela sequer segurar as manivelas!
    .
    “Antes de começar as experiências, a Sra. Fay mergulhou suas mãos em sal e água, e então, ao segurar nas manivelas, notei que a deflexão era sempre muito constante,[…] Então pedimos que ela umedecesse as mãos com a solução feita de sal, e segurasse os terminais. ”
    .
    10 – “colocar a tira entre as manivelas… pra quê? Não seria mais lógico colocar a outra dobra do joelho na outra manivela? E ainda assim falta me dizer como foi que ela catou os objetos ainda presa à parede…”
    .
    Porque ela conseguiu alcance adicional: “Ela poderia ter empregado a manobra do braço deslizante descrita acima ou não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional. ”
    .
    Ela já estava com as mãos livres a essa altura! Era só esticar os braços e pegar os objetos, que estavam a menos de 1,5 metro dela!
    .
    11 – “- Não adiantaria nada se não tivesse a mesma resistência do corpo da fulana.”
    .
    O corpo dela continuava no circuito, a resistência que era medida continuava a ser do corpo dela, fosse ela colocando uma perna em ambas as manivelas, fosse ela colocando os eletrodos nas meias! Qualquer técnica serve!
    .
    12 -” A fraude seria imediatamente percebida, conforme se viu quando os colegas de Crookes fizeram esse teste.”
    .
    Os colegas do Crookes não pensaram que ela ia usar outra parte do corpo para manter a resistência!! Os amigos e Crookes pensaram que se ela tentasse substituir as mãos pelo pano, o pano dificilmente teria a mesma resistência, e a fraude seria descoberta. Só que a fraude não seria descoberta se alguma parte do corpo dela continuasse ligada ao circuito! é essa a falha do experimento!
    .
    13 – “- Movimentar-se de que jeito se os eletrodos estavam chumbados na parede? Esqueceu-se deste detalhe?”
    .
    De novo:
    .
    “não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional.”
    .
    14- “- Ôh! O tão experiente Houdini desmascarador de médiuns fajutos conseguiu ser tão burro a ponto de nem se lembrar que em 1875 ainda não tinha sido inventada a lâmpada elétrica… ”
    .
    Houdini era mágico e aviador. Ele não era historiador (embora tentasse ser). Falhas fora de sua área de competência acontecem.
    .
    15 – “E o teste do Crookes EM NADA FOI FALHO. Falhas estão sendo as suas propostas, que precisam varrer pra baixo do tapete os dados inconvenientes… Tipo: ela enfiou os contatos nas meias e ficou com as mãos livres e assim pegou os objetos… Só que os tais contatos estavam chumbados na parede e ela não podia se afastar dela…”
    .
    Os objetos estavam a menos de 1 metro e meio, nem precisava se afastar! Mas o truque de colocar uma perna nas manivelas daria a ela liberdade de movimentação mais do que suficiente, com ambas as mãos livres. Só o fato de liberar uma mão já tornava isso possível!
    .
    16 – “A mim só me pareceu que ele aceitou as SUPOSIÇÕES do Brooke e parou por aí.”
    .
    Céus, Arduin, o cara até colocou uma outra “Florence” lá!

  245. Marciano Diz:

    Biasetto disse:
    .
    “… por isso deixo esta possibilidade em aberto, de que não exista mau caratismo nisso, o “dolo” em si, se bem que …
    ah! deixa pra lá, vai …”
    .
    Eu acho que em alguns casos (maioria) há mau caratismo, em alguns outros, delírio, loucura, e em outros ainda, puro escapismo.
    Citando um exemplo (desculpe-me escolher você, Arduin), Arduin é bom-caráter, não é louco, só que, como muitas outras pessoas que conheço, prefere não enxergar. A realidade é chata pra cacete, uma fantasia torna as coisas mais palatáveis, acreditar que fazemos parte de um plano maior. Só que somos todos iguaizinhos aos vegetais que Arduin estuda. Um mero acidente no universo.
    Até os astrofísicos criaram uma fantasia, a astrobiologia, para imaginar que um dia encontraremos vida fora da Terra. No dia em que encontrarem (não valem coisas como aquele meteorito marciano que teria um fóssil de bactéria; passado o êxtase, todos viram o ridículo), eu me retrato.
    Não precisam me provar que existem espíritos, basta provarem que existe vida material fora da Terra.
    Estou esperando. Por toda a eternidade (não resisto a uma ironia).

  246. Marciano Diz:

    Olhem o que acontece, quando se descobre sinais de vida fora da Terra:
    .
    “ALH 84001 é, supostamente, um meteorito de origem marciana com 4-5 bilhões de anos, crê-se que tenha sido lançado ao espaço quando Marte foi atingido por um meteorito, microorganismos marcianos dentro dele vaguearam durante 5 milhões de anos pelo cosmos até cair na Antártida, no Planeta Terra, onde foi descoberto por exploradores.
    Em 1996, pesquisadores estudaram o meteorito ALH 84001 e reportaram características que atriburam a micro-fósseis deixados pela vida em Marte. O meteorito tido como a prova para alguns cientistas que Marte tinha actividade biológica no passado já que contem o que parecem ser fósseis de microrganismos, mas, curiosamente, algumas semanas após a coletiva de imprensa, cientistas apresentaram evidências de que os sinais de vida eram querogênio produzido pela contaminação terrestre. O assunto continua em debate.”
    .
    Até cientistas de verdade têm necessidade de fantasiar.
    Deve ser a seleção natural, mas isso é especialidade do Arduin, eu só tenho um palpite.
    Eu também tenho necessidade de fantasias, por isso leio ficção (até scy fi) e vejo filmes. A diferença é que não misturo realidade e fantasia.

  247. Marciano Diz:

    ERRATA:
    Sci fi.

  248. Marciano Diz:

    Agora vou tomar um hipnótico para dormir, ainda é a melhor forma de sonhar.
    Aí, Montalva, se eu sonhar com as tentações de cx (só sonhar) não corro o perigo de ser processado no além por assédio sexual.
    Vou dormir pensando nas três ensaboadas de cx.
    Mater Tenebrarum, Mater Lacrimarum, Mater Suspiriorum.
    Auf wiederschereiben.

  249. Marcos Arduin Diz:

    “DeMarte, “e assim caminha a humanidade espírita brasileira”. O Divaldo Franco, depois do Chico Xavier, é considerado o maior médium brasileiro, por muitos seguidores do espiritismo nacional. Quando se trata de palestrante, é o cara.”
    – Esse é um dos graves problemas da fama. Lembra-me que o pessoal cético nomeia certas falácias incluindo a força dos número (muita gente acredita nisso) ou a proeminência dos crédulos (Tom Cruise acredita na Cientologia…). O Divaldo é FAMOSO e sua fama acaba virando aval de sabedoria para os trouxas.
    O Alamar Régis manda-me uns emails sobre certos assuntos e um deles é o boicote que os medalhões de instituições espíritas aplicam contra certas figuras. Lá no Pará, em 1900s e tanto, o Divaldo fez uma palestra e teria falado maravilhas do Ali Babá. O povão ouviu o cara todo embasbacado, mas os donos do pedaço não engoliram a palhaçada: NÃO MAIS O CONVIDARAM e o Alamar começou a achar estranho. Contatava do Divaldo e este dizia que não aparecia “de bicão” em lugar nenhum: só ia se fosse convidado. O Alamar começou a chiar com os mandões e acabou descobrindo que a louvação em cima do Ali Babá incomodou-os e fazendo muita pressão, acabou conseguindo que Divaldo voltasse a fazer palestras no Pará.
    A respeito disso, eu disse algo assim a ele: se o povão espírita fica deslumbrado com palestrantes, sem discernimento da coisa, então o Espiritismo por aqui vai mal pacas…
    .
    “Aí, ele vai à Índia, (…), realizada só pra encher a bola do indiano.
    Só que tem alguns probleminhas: Sai Baba foi desmascarado por diversos vídeos, que mostram seus truques de materializações fajutas, foi acusado de diversas pilantragens e até abusos sexuais. Então, volto a perguntar, por que adoro fazer perguntas:”
    – Eu não conheço esse material, não sei quem o fez, mas sempre que vejo “denúncias” partindo de clérigos cristãos em defesa da fé cristã, então fico com dois pés atrás. Não sei nada do Ali Babá e por isso não me pronuncio.
    .
    “COMO PODE O DIVALDO FRANCO E O SEU (A SUA) ESPÍRITO-GUIA NÃO TEREM PERCEBIDO QUE O HOMEM ERA UM FARSANTE? QUE TIPO DE MEDIUNIDADE É ESTA?”
    – Chamo a isso de IMPRUDÊNCIA. Ninguém deveria encher a bola de outro sem antes conhecê-lo bem. Sendo um rustenista, dá até para entender o deslumbre do Divaldo. E quanto ao suposto espírito-guia, veja bem que ele não pode fazer a lição de casa do seu guiado. Este também tem de aprender a viver a vida. Como já dizia Kardec: _ Se a tudo que precisássemos saber, é só perguntar aos espíritos, ora por esse preço, qualquer imbecil se tornaria um gênio.
    .
    É isso.

  250. Marcos Arduin Diz:

    “Quanto ao “causo” de sua prima, fico imaginando por que razão o médium ou o espírito que baixou nele precisariam de um dia inteiro para responder.”
    – Não sei porquê imaginam que no mundo espiritual TUDO DEVERIA SER INSTANTÂNEO, como se lá TODOS se conhecessem. Esse mundo ainda não foi descrito em sua totalidade. Há descrições dadas pelos modern spiritualists, com as quais não concordam os kardecistas. Creio porém, que um dia apenas, não bastaria para o médium obter informações da minha família, se é o que quer insinuar.
    .
    “Se você ficou decepcionado com a adesão de cx ao rustenismo, sua expulsória está atrasada.
    Quando foi que cx aderiu ao rustenismo? Em que ano?
    Ou será que você ficou decepcionado quando soube da adesão, não quando ela ocorreu?”
    – Chico aderiu ao rustenismo DESDE O INÍCIO. Quando ele começou a atuar, foi logo cooptado pela FEB, que já era rustenista na sua fundação. E Emmanuel, caso tenha sido mesmo o jesuíta que dizia ser, não opôs, já que o rustenismo é um contrabando de dogmas católicos para o Espiritismo. Se quer saber mais, leia o livro Conscientização Espírita, de Gélio Lacerda da Silva (esse livro é bom, mas também seus carunchinhos).

  251. Marcos Arduin Diz:

    “Arduin, como assim “o que ficaria provado”? Cê tá de brincadeira né?”
    – Não estou não, Larissa. Agora que sou Coordenador do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, uma das coisas que quero conversar com quem oferece a disciplina Filosofia da Biologia é justamente isso: o que se quer provar com tal ou qual procedimento?
    .
    O fato de um suposto médium captar o que você pensa ao ler um livro prova o que em favor de um contato espiritual? Por que só um espírito vendo o que você lê e soprando isso nos ouvidos do médium explicaria o sucesso de um experimento desses?
    .
    O Quemedo diria que… através da telebulia, associada com a criptomnésia, pantomnésia e mais uma dúzia de outras anésias e com o reforço ainda a hiperestesia, cripstesia e mais uma dúzia de outras azias, fica perfeitamente explicado pela Parapsicologia Católica como tal evento pode se dar.
    O Zangari diria que foi uma ação da Força PSI, permitindo ao suposto médium um evento telepático. Aliás ele me disse uma coisa bem gozada. O teste telepático é assim: uma pessoa senta-se e segura um papel com uma figura e concentra-se nela. O que vai tentar ler a mente, fica atrás, separado por um biombo, e tenta desenhar o que o outro está vendo. Ele citou que o testado concentrava-se no desenho de uma bicicleta e ou telepata desenhou… um par de olhos. Prova de que houve telepatia: a existência de dois objetos circulares. Quão longe iria um médium com uma telepatia dessas?
    Larissa Diz:
    setembro 10th, 2013 às 21:42

    E quais seriam as características de tal médium capaz de produzir materializações?

  252. Marcos Arduin Diz:

    O médium seria capaz de expelir ectoplasma. Só isso. Agora quanto ao resto…

  253. Gorducho Diz:

    (…) uma das coisas que quero conversar com quem oferece a disciplina Filosofia da Biologia é justamente isso: o que se quer provar com tal ou qual procedimento?
     
    Faz muito bem: este é o cerne da filosofia de qualquer ciência. No caso, o experimento que estamos propondo é desenhado para provar que “espíritos” estão presentes no recinto e se comunicam hoje.
     
    O fato de um suposto médium captar o que você pensa ao ler um livro prova o que em favor de um contato espiritual?
     
    Exato, ficaria a indeterminação vis a vis telepatia. Por isso a página tem que ser aberta sem que o executante olhe para a mesma. Só se saberá depois da psicografia ou psicofonia completada.
    É isso.

  254. Gorducho Diz:

    Não sejamos megalomaníacos: primeiro façamos o experimento para testar se os entes existem e podem se comunicar conosco terrícolas. Depois passemos ás materializações.

  255. Larissa Diz:

    Arduin, NO MÍNIMO comprovaríamos a existência de telepatia e ganharíamos um prêmio Nobel. 🙂
    Caso o experimento desse certo, poderíamos refinálo de forma a testar a existência de uma consciência extracorpórea atuando no experimento.
    .
    Como cientista, você poderia ajudar a bolar uma metodologia científica para o experimento.

  256. Larissa Diz:

    * refiná-lo

  257. Larissa Diz:

    Vítor, caso eu ganhe um prêmio Nobel em virtude da comprovação de telepatia ou existência de espíritos através dos experimentos acima mencionados, me comprometo a doar tudo para o Obraspsicografadas. Ass: Larissa

  258. Gorducho Diz:

    Agora observe-se as estratégias que empregará o Professor para resvalar dos experimentos. Para operacionalizar os procedimentos escapistas, ele citará o Massimo Polidoro, o Pe. Quevedo, o Houdini, e, finalmente, passará a analisar a resistência da pele da Annie.
    Aliás, Professor: 211° seria quantos mA? 🙂

  259. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Ou será que você ficou decepcionado quando soube da adesão, não quando ela ocorreu?”
    .
    ARDUIN DIZ- Chico aderiu ao rustenismo DESDE O INÍCIO. Quando ele começou a atuar, foi logo cooptado pela FEB, que já era rustenista na sua fundação. E EMMANUEL, CASO TENHA SIDO MESMO O JESUÍTA QUE DIZIA SER, NÃO OPÔS, JÁ QUE O RUSTENISMO É UM CONTRABANDO DE DOGMAS CATÓLICOS PARA O ESPIRITISMO.. Se quer saber mais, leia o livro Conscientização Espírita, de Gélio Lacerda da Silva (esse livro é bom, mas também seus carunchinhos).

    .
    COMENTÁRIO: um pequeno trecho que diz muita coisa… nenhuma…
    .
    Prezadio, se você admite que Emmanuel existe e que pode ter sido o jesuíta (já que Chico o disse), então deverá conceber que as demais vidas do guia-mór também merecem crédito… mas, sabemos que as vidas de Emmanuel não merecem crédito porque todas partem do irreal Publius Lentulus, fato mais que comprovado pelos trabalhos do José Carlos e por outras apreciações aqui postadas. Neste caso, sua admissão de que Emmanuel pudesse ter vivido na pele de Manoel de Nóbrega, mesmo que supositivamente, demonstra que despreza essas constatações e opta por apegar-se à fantasias, o que mostra que seus manifestos (incluindo a fé em materializações) são de índole religiosa, não objetiva, não científica.
    .
    Compreende-se, pois, o motivo de ser tão difícil fazê-lo aceitar coisas óbvias, quais que materializações não existem e espíritos não comunicam. Seu pronunciamento é eminentemente religioso revestido de roupagem investigativa. Em termos de adesão ao discurso religioso que lhe agrada nada contra, cabe respeitar suas opções; em termos de conversa produtiva, fica difícil… mas continuaremos tentando…
    .
    Continuando tentando… então, você diz que Emmanuel não teria orientado Chico a não se meter com o rustenismo, porque ele (Emmanuel) como jesuíta que fora, portanto aderido ao discurso católico, aceitara de bom grado a inclusão do pensamento roustanguista no espiritismo nacional. Emmanuel, espírito livre e, supostamente, superior, encostara num adepto do kardecismo, porém, católico que era (tanto quando vivera na Terra, quanto vivo no além), deu a maior força ao seu pupilo para que se agregasse a crenças rivais…
    .
    Sem estender a reflexão, indago-lhe: é isso mesmo o que pensa, ou estou ficando louco? Ou alguém está?
    .
    Vou dar uma chegada no bar do bigode e refrescar as ideias…

  260. Montalvão Diz:

    .
    Marcos Arduin Diz: O médium seria capaz de expelir ectoplasma. Só isso.
    .
    Por onde?

  261. Montalvão Diz:

    ARDUIN DISSE:
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    O Zangari diria que foi uma ação da Força PSI, permitindo ao suposto médium um evento telepático. Aliás ele me disse uma coisa bem gozada. O teste telepático é assim: uma pessoa senta-se e segura um papel com uma figura e concentra-se nela. O que vai tentar ler a mente, fica atrás, separado por um biombo, e tenta desenhar o que o outro está vendo. Ele citou que o testado concentrava-se no desenho de uma bicicleta e ou telepata desenhou… um par de olhos. Prova de que houve telepatia: a existência de dois objetos circulares. Quão longe iria um médium com uma telepatia dessas?
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    COMENTÁRIO: suponho que nem todo experimento psi seja avaliado com tal grau de nebulosidade, mas são alegações assim, provindas de quem deve entender bem de testagens da espécie, que me fazem questionar a realidade de coisas como telepatia, clarividência, visão remota…
    .
    Nem circulares são…

  262. Montalvão Diz:

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    Arduin,
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    Para ajudá-lo em sua maturação pensamental, a respeito da improbabilidade das materializações em geral, e da, no mínimo, indefinição dos experimentos de Crookes com o galvanômetro, reproduzo trechos de artigo aqui publicado, com os destaques que entendi necessários. O autor não se pronuncia conclusivamente, seja para aceitar ou negar, mas deixa claro que a experiência fora insuficiente para consignar que a médium fosse legítima, em vez de recorrer a estratagemas. Outra coisa, Broad dá a entender que, embora não pudesse declarar taxativamente que a médium fraudara, nem como ela poderia ter feito o truque, a simulação era possível para quem tivesse habilidades e material.
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    Mesmo não sendo o que sua linda pessoa requere, ou seja: a descrição detalhada de como a médium fraudou, pelo menos o texto parece-me adequado a mostrá-lo que o galvanômetro não seria ferramenta suficiente para coibir fraude. Portanto, ainda que não abra mão da insólita e pouco sustentável suposição de que desencarnados possam voltar ao mundo recheados de carnes, por obra e graça do divino ectoplasma, ao menos admita que não há robustas evidências de que tal se dá (ou se deu). Em suma, tudo se reduz ao que alguém, muito querido por todos, costuma dizer: materialização trata-se de ASQ (acredite se quiser).
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    Talvez já conheça o texto, mas vale a pena reexaminá-lo. Outra coisa: o autor avalia experiência feita com Florence Cook estrelando como médium, mas creio que sirva também para Fay.
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    OS TESTES ELÉTRICOS DE CROMWELL VARLEY COM FLORENCE COOK
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    Algumas Notas e Indagações
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    POR C. D. BROAD
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    CROMWELL Varley foi um eletricista interessado no Espiritualismo, um membro da Royal Society, e um amigo de Crookes. Ele nasceu em 1828 em Kentish Town, Londres, e morreu em 1883, em Bexley Health. Seu pai era o eminente pintor de aquarelas Cornelius Varley. Seu tio, John Varley, uma personalidade marcante, era famoso, não só como pintor e professor de pintura, mas também como um crente entusiasta e praticante de astrologia. Cromwell Varley fez muitas descobertas valiosas e invenções relacionadas à telegrafia elétrica em geral e cabos submarinos em particular; e foi em grande parte devido a ele que o segundo, e bem sucedido, cabo transatlântico foi construído. Ele se tornou um membro da Royal Society em 1871 com quarenta e três anos, e estava no auge de seus poderes em 1874, quando os experimentos com Florence Cook foram feitos.
    […]
    Varley inventou o seguinte método para indicar de forma automática aos assistentes se o médium ainda estava ou não em seu local na cabine enquanto a alegada materialização estava em progresso. A médium era colocada em sua cadeira na cabine, livre para se mover, mas passava a fazer parte de um circuito elétrico, consistindo de uma bateria de duas células, uma bobina de resistência, e um galvanômetro refletor. O galvanômetro ficava fora da cabine e visível para os assistentes durante toda a sessão. Para que a corrente passasse pelo corpo da médium, dois soberanos, aos quais fios de platina tinham sido soldados, foram ligados a cada um de seus braços pouco acima do pulso, por meio de anéis elásticos. ENTRE CADA SOBERANO E A PELE HAVIA TRÊS CAMADAS DE UM ESPESSO PAPEL MATA-BORRÃO, UMEDECIDO COM UMA SOLUÇÃO DE NITRATO DE AMÔNIA, PARA GARANTIR O CONTATO ELÉTRICO. Os fios de platina eram anexados aos braços da médium e levados até seus ombros, permitindo que ela movesse livremente seus membros. Para a extremidade superior de cada fio de platina foi anexado um fio de cobre fino isolado que ia até a sala onde os assistentes e o galvanômetro ficavam. Estes fios foram conectados às duas células de uma bateria de Daniell, que era a fonte da corrente no circuito.
    .
    Nestas condições, uma corrente estaria passando, e o desvio da agulha do galvanômetro seria diretamente proporcional à sua magnitude. Uma vez que a magnitude da corrente seria inversamente proporcional à resistência total do circuito, a leitura do galvanômetro seria inversamente proporcional à resistência total. Uma vez que a única resistência variável do circuito estaria no corpo da médium e nas conexões imediatas de seus braços com o restante do circuito, qualquer aumento na leitura do galvanômetro indicaria uma diminuição da resistência em um ou outro ou ambos os locais. Por outro lado, qualquer redução na leitura do galvanômetro indicaria um aumento da resistência nessa parte do circuito. Se fosse para ela quebrar o circuito, mesmo que por um instante, a leitura do galvanômetro imediatamente cairia a zero. Se, sem jamais quebrar o circuito, ela trouxesse os dois contatos juntos e os fixasse nessa posição, preparatório para escorregar suas mãos para fora do circuito, a leitura do galvanômetro imediatamente aumentaria consideravelmente, e assim permaneceria até que ela retomasse o seu lugar no circuito.
    .
    ESTAS PARECEM SER AS ÚNICAS POSSIBILIDADES CONSIDERADAS POR HARRISON E VARLEY. Mas há claramente pelo menos uma outra, que o Sr. Hall sugere. Suponha que a médium foi fornecida de antemão com uma bobina de resistência com mais ou menos a mesma resistência que a de seu corpo juntamente com as ligações para a sua pele; e suponha que ela estava tentando substituir isto pelo seu corpo no circuito, a fim de emergir do gabinete sob a forma de uma materialização. A não ser que ela fosse extraordinariamente hábil e sortuda, haveria saltos repentinos, de uma maneira ou de outra, no galvanômetro-defletor no momento crítico. Se ela se desconectasse por um instante antes de introduzir a resistência da bobina, o galvanômetro teria momentaneamente mostrado uma leitura zero e depois voltado para o que era imediatamente antes. Se, por outro lado, ela conseguisse manejá-lo de forma que nunca houvesse uma ruptura completa no circuito, ela poderia colocar momentaneamente a bobina de resistência, em série ou em paralelo com ela mesma antes de retirar os braços do circuito. No primeiro caso, a resistência efetiva naquele ponto do circuito seria momentaneamente dobrada, e a leitura do galvanômetro subitamente diminuiria. No segundo caso, a resistência efetiva naquele ponto seria momentaneamente diminuída pela metade, e a leitura do galvanômetro de repente aumentaria. Em ambos os casos, deve voltar para o que era imediatamente antes de a médium ter começado as operações, e então permaneceria estável até que ela retomasse a sua posição na cadeira e começasse a desmontar a bobina de resistência e re-introduzisse o seu corpo no circuito. Nessa fase poder-se-ia esperar súbitas flutuações consideráveis em um sentido ou outro.
    .
    No caso de uma médium fraudulenta, então, fornecida com uma bobina de resistência adequada e com instruções de como usá-la e hábil em fazê-lo, seria de se esperar variações súbitas na leitura do galvanômetro pouco antes da materialização ostensiva surgir, constância na leitura enquanto a figura perambulava pelo ambiente, e novamente variações súbitas após ter re-entrado no gabinete e pouco antes de os assistentes serem admitidos à presença da médium.
    .
    [AGORA, ARDUIN E INTERESSADOS, CONSIDERE O PARÁGRAFO SEGUINTE]
    .
    Infelizmente, como me parece, pode-se esperar praticamente o mesmo comportamento por parte do galvanômetro, se a médium não fosse fraudulenta e a materialização genuína. Se, como os espiritualistas sustentam, o espírito materializado retira parte ou toda a sua substância do corpo da médium, certamente seria surpreendente se a resistência elétrica desta última não se alterasse subitamente quando a materialização começasse e, novamente, quando terminasse. Então, parece-me que não estamos nem aqui nem lá com o método de controle de Varley. Tudo o que se pode dizer é que uma súbita e completa queda para zero por parte do galvanômetro no início de uma suposta materialização seria uma circunstância altamente suspeita.
    .
    Há uma complicação adicional a ser observada. Como salienta Varley, a solução para os pedaços de papel mata-borrão, que fazem a conexão elétrica com os braços da médium, evapora-se lentamente enquanto a sessão prossegue. Isso vai causar um aumento constante da resistência do circuito, que será indicado por uma diminuição constante, ao longo da sessão, no desvio da agulha do galvanômetro. (Isto é, naturalmente, no pressuposto de que a médium honestamente se sente da forma que ela foi colocada, e não tente ‘bulir’ com as ligações.) As duas seguintes consequências devem ser observadas:
    .
    (i) Suponhamos que a médium seja desonesta, e que um colaborador a tenha fornecido de antemão com uma bobina de resistência, a qual ela introduz, em vez de seu próprio corpo, no circuito, quando está prestes a fraudar uma materialização. Quão grande essa resistência deve ser? Suponhamos que fosse igual ao do seu corpo mais a dos contatos em seu estado original úmido no início da sessão. Numa fase posterior, quando os pedaços de papel mata-borrão estivessem parcialmente secos, a resistência total do circuito terá aumentado, e, portanto, se tornando maior do que a bobina com a qual a médium foi fornecida. Se, então, ela devesse substituir a resistência da bobina nessa fase pelo seu próprio corpo e pelos contatos por então parcialmente secos, haveria uma diminuição brusca da resistência, indicado por um aumento repentino no galvanômetro-defletor. Portanto, esse aumento repentino na deflexão, seguido por uma queda constante, e imediatamente antes de uma materialização ostensiva, sugeriria fortemente fraude do tipo suposto.
    .
    (ii) Suponhamos, ainda, que o galvanômetro defletor deverá permanecer constante, enquanto a materialização ostensiva está fora do gabinete, embora tenha vindo a cair antes do surgimento da figura, e constantemente caindo novamente depois de sua reentrada. Isso seria um forte indício de artifício do tipo sugerido. Pois uma bobina introduzida no circuito no lugar do corpo da médium, naturalmente, manteria uma resistência constante, enquanto lá estivesse.
    […]
    4. Está claro que o próprio Varley nunca considerou a possibilidade de fraude pela substituição temporária de uma bobina de resistência pelo corpo da médium, ou, se o fez, descartou a ideia como impraticável. O único tipo de fraude que ele considerou foi que a médium, enquanto permanecesse no circuito, pudesse levantar-se de sua cadeira, ir em direção à cortina, e então personificar ‘Katie’. (Pode-se observar que esta é a sugestão que Podmore faz em seu relato desses experimentos em seu ‘Modern Spiritualism’. Ele conclui (Volume II, pág. 157) com a observação: ‘Não há absolutamente nada no registro que proíba a suposição de que a Srta. Cook deixou seu assento e exibiu-se como ‘Katie’ com os fios ainda presos em seus pulsos’). O que podemos dizer sobre isso?
    .
    (i) Acredito que as duas coisas seguintes são bastante certas, embora não explicitamente afirmadas:
    .
    (a) Os fios que ligavam Florence ao circuito deviam ser longos o suficiente para permitir que ela adentrasse a sala externa como a ostensiva ‘Katie’ fez, sem quebrar o circuito e
    .
    (b) A luz na sala externa devia estar tão fraca que não seria imediatamente óbvio pela visão aos assistentes que a figura tinha fios ligados aos seus pulsos, se de fato os tinha.
    .
    Devo dizer que essas duas proposições estão claramente certas, por duas razões. Em primeiro lugar, a menos que essas duas condições tenham sido preenchidas, não haveria motivo para Varley aduzir (como ele triunfantemente fez) a evidência elétrica indireta para mostrar que a figura não era a da médium, ainda ligada ao circuito. Ele simplesmente diria: ‘Os fios são muito curtos; e, de qualquer modo, a presença das ligações presas aos pulsos da figura seriam facilmente visíveis aos assistentes’. Em segundo lugar, Harrison, em seu prefácio editorial ao artigo de Varley, se refere a uma segunda sessão, em que o experimento foi conduzido por Crookes, Varley estando ausente. Ele afirma que Crookes obteve resultados similares, ‘mas concedeu apenas aos fios o comprimento necessário para permitir à médium, caso ela saísse do lugar, aparecer na abertura das cortinas do quarto escuro…’. Claramente, a implicação é que, na ocasião anterior, isso é, quando o experimento foi conduzido por Varley, havia mais fio do que nesta.
    .
    (ii) Podemos agora considerar a evidência elétrica aduzida por Varley, e o argumento que a envolve. O ponto essencial é este. Antes de a sessão ter começado, mas após ter conectado a médium ao circuito, Varley A FEZ REALIZAR VIGOROSOS MOVIMENTOS COM AS MÃOS E OS BRAÇOS. Ele descobriu que esses movimentos causavam flutuações de ‘15 a 30 divisões e às vezes mais’ no galvanômetro defletor. No 32º minuto da sessão, quando a ostensiva ‘Katie’ estava escrevendo, Varley pediu-a para mover os pulsos e abrir e fechar seus dedos. Ela assim o fez. No 35º minuto ele pediu que ela repetisse esses movimentos, e assim ela o fez novamente. Em nenhuma ocasião houve qualquer mudança substancial no galvanômetro defletor.
    .
    O argumento, então, é este. A OSTENSIVA ‘KATIE’, SOB PEDIDO, FEZ MOVIMENTOS DAS MÃOS E BRAÇOS COMPARÁVEIS EM TIPO E EM MAGNITUDE ÀQUELES EM QUE A MÉDIUM TINHA FEITO, SOB PEDIDO, QUANDO CONECTADA AO CIRCUITO ANTES DE A SESSÃO COMEÇAR. Esses movimentos da ostensiva ‘Katie’ não produziram flutuações apreciáveis na deflexão, enquanto que movimentos similares da médium causaram flutuações substanciais. Portanto, a suposição de que a ostensiva ‘Katie’ era simplesmente a médium, ainda no circuito, é insustentável.
    /
    [COMENTÁRIO DE MONTALVÃO: a explicação do autor não parece satisfatória, pois não está explícito que iguais movimentos que Varley pedira à medium pediu-os à materialização. Pelo que se lê, a movimentação dos pulsos e dedos fora ato mais brando que os “vigorosos movimentos” de mãos e braços requeridos à médium.]
    /
    Sr. Hall acusa Varley de ‘confusão de pensamento sobre o objeto de seu teste’. Eu não posso ver qualquer confusão; o argumento parece-me perfeitamente sólido para o propósito o qual foi intencionado. Podmore não desafia a lógica do argumento, mas ele me parece ter ignorado uma parte essencial da premissa. Ele diz: ‘… a suposição feita pelo Sr. Varley de que o ato de escrever (durante o qual, obviamente, os braços não experimentariam movimentos súbitos ou violentos) teriam necessariamente envolvido oscilação, parece ter sido puramente gratuita’. Isso ignora a declaração explícita de Varley: ‘Katie então, ao meu pedido, moveu seus pulsos, abriu e fechou seus dedos, mas o galvanômetro ficou constante o tempo todo… O abrir e fechar de seus dedos não causou qualquer variação superior a uma divisão da escala; fosse a mão da Srta. Cook, o galvanômetro teria variado ao menos 10 divisões.’
    .
    Isso para o experimento que o próprio Varley conduziu, e em que Crookes foi meramente um dos assistentes. Como já mencionado, Harrison se refere a um segundo experimento, realizado numa ocasião posterior, em que Crookes era o experimentador e Varley estava ausente. Como dito acima, ele alega que Crookes permitiu somente fio suficiente para permitir que a médium, tivesse ela se movido, aparecesse na abertura das cortinhas do quarto escuro usado como gabinete. Ele alega que, apesar disso, a figura veio de ‘seis a oito pés além das cortinas, adentrando na sala…’. Ele alega também que Crookes fez ‘Katie’ mergulhar suas mãos numa solução de iodeto de potássio, e que isso não causou mudança no galvanômetro defletor. SE TUDO ISSO É VERDADE, segue-se que ou ‘Katie’ não era idêntica à médium, ou a médium não estava mais no circuito, e alguma resistência equivalente tinha sido substituída temporariamente por seu corpo. Não temos dados para decidir entre essas duas alternativas.
    .
    DEVO DIZER QUE ACHEI A COISA TODA EXTREMAMENTE CONFUSA.
    .
    EM VISTA DO QUE NÓS SABEMOS SOBRE OS PRIMEIROS E CONTEMPORÂNEOS ASSOCIADOS DE FLORENCE E DA HISTÓRIA POSTERIOR DELA, É ANTECEDENTEMENTE PROVÁVEL QUE ELA ESTIVESSE FRAUDANDO NESSA OCASIÃO. Mas eu não consigo pensar em nenhuma maneira óbvia, consistente com as observações, em que ela pudesse tê-lo feito.
    .
    Devo me contentar com as seguintes observações hipotéticas. Vamos supor que o que eu tentei mostrar acima é muito difícil de conciliar com o comportamento registrado do galvanômetro, que ela fraudou temporariamente substituindo uma bobina de resistência pelo seu próprio corpo no circuito. Isso iria pressupor, da parte da médium, a posse e encobrimento de uma bobina de resistência adequada, o conhecimento de como usá-la, e habilidade considerável em fazer duas substituições sem quebrar o circuito. Em 1874 a aparelhagem elétrica era uma raridade, e a familiaridade com seu funcionamento era confinada a alguns poucos peritos. Não podia haver muitas pessoas no círculo de Florence que teriam o conhecimento técnico e os recursos materiais para fornecer Florence com os meios de fraude nesta maneira, e com o treinamento necessário para capacitá-la a usá-los com sucesso. Uma pessoa obviamente teria sido Crookes, mas ele não necessariamente teria que ser a única. Se, portanto, acharmos (apesar das dificuldades que eu apontei em conciliar essa hipótese com os fatos registrados) que Florence estava fraudando deste modo quando foi testada por Varley, e se supormos que Crookes era a única pessoa em seu círculo com as qualificações necessárias para capacitá-la a agir assim, não será fácil resistir à inferência de que Crookes era seu cúmplice intencional. Mas é justo dizer que a primeira dessas hipóteses não é de forma alguma provável, e que a segunda não é de forma alguma certa.
    .
    É de algum interesse notar que Serjeant Cox, numa carta publicada no The Spiritualist de 10 de julho de 1874, afirma que Crookes aplicou o teste elétrico de Varley a Mary Showers, e que ele provou que ‘Florence Maple’ era idêntica a Mary. Agora, como sabemos, Harrison afirmou, em sua carta de 17 de março de 1874, para o Editor do The Medium, com o conhecimento e aprovação de ambos Varley e Crookes, que os experimentos ‘… provam de muitas maneiras que a Srta. Cook está dentro do gabinete, enquanto “Katie” está fora’. O LEITOR BONDOSO ATRIBUIRÁ ESSA DIFERENÇA À MEDIUNIDADE GENUÍNA DE FLORENCE, EMBORA A DE MARY FOSSE FRAUDULENTA. O MAIS CÍNICO SUSPEITARÁ QUE, EMBORA AMBOS FOSSEM FRAUDULENTAS, FLORENCE TINHA, NO QUE FALTAVA À POBRE MARY, UM ‘NAMORADO’, TREINADO EM TÉCNICAS ELÉTRICAS E DESEJOSO DE COLOCÁ-LAS À SUA DISPOSIÇÃO.
    .
    Esse ‘namorado’ hipotético pode bem ter sido Crookes; mas pode igualmente ter sido algum outro membro de seu círculo (se havia tal) com os conhecimentos e técnicas necessários.
    .
    Não posso fazer afirmações quanto ao conhecimento de teoria elétrica ou técnica, e eu ADMITO FRANCAMENTE QUE ACHEI O NEGÓCIO TODO DOS TESTES ELÉTRICOS DE VARLEY EM FLORENCE COOK EXTREMAMENTE CONFUSOS. Deve haver membros da S.P.R. com qualificações muito superiores às minhas para expressar uma opinião e realizar experimentos. Escrevi essas notas na esperança que algumas delas sejam respondidas. SERIA EXTREMAMENTE DESEJÁVEL QUE OS EXPERIMENTOS FOSSEM REPETIDOS, TÃO PRÓXIMOS QUANTO POSSÍVEL DAS MESMAS CONDIÇÕES QUE VARLEY DESCREVE (COM SOBERANOS E TUDO O MAIS!) COM ALGUMA PESSOA QUE DÊ TUDO O DE SI PARA FRAUDAR O CONTROLE; e assim estabelecer o que pode e o que não pode ser estabelecido no modo de subterfúgios. (Publicado no Site Obras psicografadas)

  263. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa tarde
    .
    Larissa Diz:
    .
    Não precisamos de uma psicografia complexa cheia de detalhes sobre os familiares. Um experimento mais simples, como o que propos um dos debatedores, já valeria. Ex: Leitura de um parágrafo de uma enciclopédia através de psicofonia. Eu em uma sala e o médium em outra.
    .
    Eu gostaria de propor uma coisa mais sólida, você reunir o seu pessoal, como seja: a psicóloga, o psiquiatra, um físico e outro cientista a fazer as experiências. Você está com medo de fazer a experiência ou está apenas blefando, se assim for, não ressoa bem.

  264. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa tarde
    .
    Larissa Diz:
    Só um esclarecimento. Eu não sou atéia. Só não acho que a vida após a morte, se houver, seja como descreve CX e Kardec.
    .
    Você não aceita as provas e comprovações dos fenômenos que já foi apresentado pelos cientistas e confirmados pelos mágicos? Então eu gostaria de propor uma coisa mais sólida, você reunir o seu pessoal, como seja: a psicóloga, o psiquiatra, um físico e outro cientista a fazer as experiências, e com certeza você saber “in loco” como ela é. Aí nós vamos passar a divulgar a vida no mundo espiritual segundo as experiência da Larissa. E os próprios céticos desse blog vão dizer: A Larissa não conseguiu descobrir os embuste e as trapaças que os seus próprios amigos dela usaram. Você está com medo de fazer a experiência ou está apenas blefando, se assim for, não ressoa bem.

  265. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa tarde
    .
    Larissa Diz:
    Arduin, vamos repetir o experimento de Crooks? Seria possível?
    .
    A pergunta não foi dirigida à minha pessoa, mas convido-a a repetirmos as experiências de Crooks, basta você reunir o seu pessoal, como seja: a psicóloga, o psiquiatra, um físico e outro cientista a fazer as experiências, e com certeza você vai saber como se dão as materializações de espíritos. Você está com medo de fazer a experiência ou está apenas blefando, se assim for, não ressoa bem.

  266. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa tarde
    .
    Larissa Diz:
    E quais seriam as características de tal médium capaz de produzir materializações?
    .
    Uma psicóloga, um psiquiatra, um físico e outro cientista, são capazes de produzir não somente materializações, mas também outros tipos de fenômenos físicos. Você está com medo de fazer a experiência ou está apenas blefando, se assim for, não ressoa bem.

  267. Marciano Diz:

    Arduin,
    Você adora não me entender.
    O que eu quis dizer foi exatamente isto: cx SEMPRE foi rustenista. Se isto o decepcionou, foi porque você não sabia que ele era rustenista.
    Se soubesse DESDE O INÍCIO, já teria sido compelido a deixar o trabalho pela expulsória há décadas. Teria bem mais de cem anos. Estaria no Guiness.
    .
    O Alamar não bate bem e não é muito aclamado no meio espírita, por suas ideias e comportamento considerados extravagantes. Ele tem rancores do tempo em que era sargento da Aeronáutica, achava-se perseguido, injustiçado.
    Pinta o cabelo (pelo menos pintava, da última vez em que o vi) tal qual cx. Vaidade tola para um espírita. Aliás, Divaldo, o vetusto Divaldo, também pinta.
    .
    Outra coisa, Arduin. Seus vegetais são a base da cadeia alimentar, sem eles não existiriam animais. Isto se dá porque seu gasto energético é mínimo, e assim é porque não precisam caçar para se alimentar (se houver algum erro no meu raciocínio, agradeço a correção – não vale falar em plantas carnívoras).
    Já pensou a maravilha que seria se existisse materialização? Ectoplasma de moribundos, os quais não precisarão mais dele, poderia ser usado para resolver o problema da fome mundial.
    Como na física, assim como na economia, não existe criação de energia ou de riqueza, só transferência, através do fim do desperdício de ectoplasma daríamos um salto gigantesco (a humanidade, assim entendida, o equivalente ao mundo dos encarnados).
    .
    A propósito, essas divagações sobre os experimentos de Crookes et al., baseadas nos escritos que alguns descascados deixaram, é bem bizantina. É como se estivéssemos falando de vida sexual e hábitos alimentares de trilobitas. O espaço para o exercício da imaginação é tão vasto quanto o universo.
    Eu tenho a impressão de que a tecnologia das materializações foi abandonada porque mostrou-se completamente inútil. Só servia para espetáculos circences e promoção pessoal de algumas pessoas.
    Fico pensando em qual o propósito de um espírito se materializar. . . Se for para provar a existência de espíritos, seria uma burrice, pelo que sei, espíritos não são feitos de matéria, isto seria uma desespiritualização.
    E por que eles iriam querer provar sua existência para outros espíritos que, em breve, estarão papeando com eles no mundo espiritual?
    Uri Geller entortava colheres, era tudo truque barato, reproduzido com facilidade no bar do bigode. E se fosse real? Para que serve um subpoder desses? Se eu quiser entortar uma colher, entorto e pronto! Não precisa de palhaçada nenhuma para isso.
    É como eu disse mais acima, nem só de pão vive o homem, a fantasia é fundamental, para que fujamos da chatice da realidade. Só é preciso saber não misturar as coisas.

  268. Larissa Diz:

    Arnaldo, eu não estou blefando. Sabendo que o Arduin é um cientista espírita (biólogo), fico ainda mais entusiasmada com a possibilidade de repetir o experimento de Crookes e tirar a dúvida de vez. Temos que encontrar um médium doador de ectoplasma e um laboratório (podes nos ajudar Arduin?) para realizarmos o experimento. Também precisamos desenvolver uma metodologia científica apropriada. Você conhece algum médium doador de ectoplasma que se disponha a participar de nossa empreitada? Ou, na sua opinião, qualquer um pode doar?
    .
    É claro que eu quero acreditar que tenho um mentor, que a vida continua, que há uma razão para tudo, que Publio Lentulus existiu, etc. Seria muito reconfortante! Mas perantes as evidências de fraude, não dá.
    .
    E veja que grande serviço para o espiritismo: a replicação dos resultados de Crookes em tempos modernos e perante céticos. Se isso acontecer, eu dobro os joelhos e passo a divulgar o espiritualismo (isso não é uma ironia, nem um blefe – falo de coração).
    .
    Posso contribuir com alguns custos para o experimento, inclusive com sua passagem aérea e hospedagem (faço questão) Arnaldo, caso queira participar, já que o expert em espiritismo aqui é vc.
    .
    Arduin e Arnaldo, vamos começar a inventariar o que é necessário para replicarmos o experimento de Crookes?

  269. Larissa Diz:

    ARNALDO DISSE – “Uma psicóloga, um psiquiatra, um físico e outro cientista, são capazes de produzir não somente materializações, mas também outros tipos de fenômenos físicos.”
    .
    EU – “Podes explicar como isso seria possível?” Pensei que fosse necessário um doador de ectoplasma.

  270. Marciano Diz:

    A religião desempenha papéis fundamentais para a maioria das pessoas.
    A sensação de pertencer a um grupo;
    A necessidade de fantasiar e intelectualizar, sentindo-se especial por ter conhecimentos restritos a um grupo de iluminados;
    Substituição da figura protetora dos pais pela de divindades.
    É uma espécie de muleta, ajuda aos que não tem uma ou duas pernas, mas atrapalha quem não tem qualquer problema para caminhar.
    Quando a pessoa descobre que sua religião é um engodo, muda para outra, acreditando que agora sim, está no caminho certo.
    Outros preferem ficar sem religião, porém criando um mundo imaginário fantástico e indefinido (a indefinição ajuda a não duvidar de novo – aquilo que não faz sentido é um mistério, pronto!).
    Religião pode perfeitamente ser substituída por crença em pseudociências, parapsicologia, telepatia, florais de Bach, acupuntura, coisas tão idiotas quanto ela.
    Se o pensamento crítico for um pouco mais intenso e os substitutos não satisfizerem, pode-se optar pelas divagações da ciência, tais como viagem no tempo, curvatura do espaço, multiversos.
    A mecânica quântica é ótima para fantasiar. É nebulosa por natureza, assim fica fácil relacionar qualquer maluquice com mecânica quântica, principalmente quando não se têm a menor noção de matemática superior.
    Algumas pessoas não se incluem nesse padrão, deve ser coisa da seleção natural (será, Arduin?).
    Eu adoro aquilo que convencionou-se chamar de Teoria da Evolução, mas não tenho o conhecimento que gostaria de ter sobre o assunto. Trabalho e estudo relacionado ao trabalho roubam meu tempo, por isso sempre peço o aval ou correção do Arduin, o qual, paradoxalmente, deve ser o que mais entende do assunto aqui.
    Digo paradoxalmente porque fico com a impressão de que a chamada Teoria da Evolução é o melhor antídoto contra religião, mas posso estar errado, se não funciona em um botânico. . .
    Acho que a psicologia clínica (pelo amor de deus, não falem em psicologia transpessoal) e a psiquiatria também são bons antídotos. Já que “religião é veneno”.

  271. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Eu tenho a impressão de que a tecnologia das materializações foi abandonada porque mostrou-se completamente inútil. Só servia para espetáculos circences e promoção pessoal de algumas pessoas.
    .
    COMENTÁRIO: segundo nosso guru para assunto de carnificações, o douto mas não doudo Arduin, materializações continuam a, tecnologicamente, acontecer. Porém, visto que ninguém fora do universo mediúnico nelas crê, os espíritos desistiram de conceder ao mundo o benefício do espetáculo: agora só se materializam caseiramente, ou seja, em centros espíritas e semelhados, desde que (anotem) sejam centros acreditantes e praticantes do show.
    .
    Arduin, corrija-me se interpretei erroneamente sua convicção e, caso li direito, informe sob que circunstâncias considera essa ideia argumento válido para justificar a realidade do fenômeno ectoplasmático…
    .
    Tô dando maior apoio à proposta da Larissa: vamos deixar de blablablá e blebleblé e passar aos procedimentos concretos. Você, Arduin, e o Arnaldo, que têm intimidade com doadores de ectoplasma (eu era doador de espermatoplasma, enquanto tive algum), convide médiuns materializadores dispostos a se deixarem testar em condições controladas. Diga-lhes que estamos propensos a dividir o prêmio Nobel com os medianeiros, com exceção da parte da Larissa que será ofertado ao Obras (um incentivo financeiro sempre estimula).
    .
    Achando médiuns assim dispostos planejaremos o melhor meio de juntá-los em local adequado e definiremos a metodologia de trabalho. Avise-os para ficarem tranquilos que não serão machucados nem bulidos, afora revistas normais. Peça-lhes que informem o quanto de lúmens suportam, e quais espectros luminosos são admissíveis. Também precisamos saber se querem cabines e cortinas indevassáveis. Em contrapartida devem aceitar equipamentos de filmagem, inclusive em infravermelho, gravadores de alta sensibilidade, conexões eletrônicas nos pulsos e tornozelos, e outros métodos indolores de fiscalização.
    .
    Podem chamar fiscais espiritistas, que se juntarão a outros, religiosamente neutros, e do resultado dos investigamentos será emitido relatório, ao qual se anexarão as provas colhidas durante os testes.
    .
    Em linhas gerais, creio que será por aí. O que acha?

  272. Toffo Diz:

    essa disposição toda de achar médiuns e montar um experimento não me parece nova não, aqui neste blog. Isso já aconteceu no post dedicado à Dama do Algodão, alguém lembra?

  273. Toffo Diz:

    Interessante achar similitude entre as pessoas portadoras de luzes em alguma disciplina, ou seja, intelectuais, cientistas etc, que sejam espíritas. Quanto mais graduadas no saber, mais se esmeram em raciocínios sinuosos para defender a sua fé. Vejo isso no Arduin em suas argumentações aqui, e nos escritos de Herculano Pires, um filósofo de enorme cultura, que teria muito a contribuir para a incipiente filosofia tupiniquim, mas que acabou se apequenando quando se enfiou nas fileiras espíritas, tornando-se apenas um prosélito. Um prosélito de valor, mas um prosélito apenas. As defesas que faz de episódios como o EEG de CX e o episódio Hamilton (aquele jornalista que deu um endereço falso para consulta espiritual) são desalentadoras. Vejam só: ,i.O repórter Hamilton Ribeiro pediu aos espíritos uma receita para pessoa e endereço inexistentes. Chico Xavier psicografou: “Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe.”

    Hamilton encerra a sua reportagem perguntando: “O que pensar disso?” Mas está evidente: o recado era para ele mesmo. A regra é essa. Chico já a explicou muitas vezes. Se o nome do consulente é falso, os espíritos respondem para o “solicitante”.
    .
    Equivale a dizer: se as bananas são curvas, é que Deus as criou assim.

  274. Marciano Diz:

    Montalvão, quando for montar a equipe, não se esqueça de mim. E se houver uma médium como (sem trocadilho) a Eva, quando era novinha, eu me encarrego da parte da revista (busca pessoal).
    .
    Toffo, eu me lembro da algodoeira, mas essa eu não quero revistar, não. Tenho medo dela e de seus (dela) advogados.

  275. Gorducho Diz:

    Esprit M. le Professeur,
    Je t’appelle d’esprit à esprit,
    Reviens de l’ombre ou de la lumière
    Et manifeste-toi ici!

  276. Antonio G. - POA Diz:

    Materialização… coisinha difícil de acontecer, salvo no âmbito do imaginário e do fantástico.
    .
    As “fadas” não possuem varinhas de condão. “Papai Noel” não voa em um trenó puxado por renas. O “Saci Parerê” não fuma cachimbo e não tem uma carapuça vermelha.

    E médiuns não produzem “ectoplasma”.
    .
    Bom Dia, amigos!

  277. Antonio G. - POA Diz:

    Muita gente boa já acreditou ou ainda acredita em fadas. Em médiuns também.

  278. Larissa Diz:

    Qual seria o carma destas pobres criaturas? Que crimes terríveis teriam cometido para merecer estes destino que provelmente os levará a óbito em tenra idade? Qual seria a explicação dos espíritas? http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/09/siameses-recem-nascidos-na-china-fazem-consulta-para-avaliar-quadro.html
    .
    Para a epilepsia já temos explicação – paranormalidade. Sei…

  279. Larissa Diz:

    * explicção que só vale para CX. No caso de meu familiar, a orientação que eu recebi é que epilepsia é uma coisa e mediunidade é outra. Então a tese de paranormalidade só vale quando é conveniente. SEI…..

  280. Marciano Diz:

    Larissa,
    como os testemunhas de jeová, os espíritas têm resposta para tudo.
    Eles dizem que pode ser uma prova para os pais, por exemplo. Só que existem crianças que sofrem e não têm pais, ou porque foram abandonadas ou porque eles morreram, mas aí pode ser oportunidade para um espírito caridoso que tem ligações com a criança na espiritualidade.
    Eles também dizem que pode ser uma oportunidade para o espírito da criança sofredora se fortalecer espiritualmente ou pode ser carma. No caso, o sofrimento poderia ter sido pedido na espiritualidade pela própria criança, como forma de expiação.
    A Terra é planeta de provas e expiações. Vai passar brevemente para planeta de regeneração.
    Dizem o mesmo de animais que sofrem, seria uma espécie de treinamento para quando evoluírem até serem humanos.
    Dizem cada coisa!
    TJs são iguaizinhos.
    Racionalização é fogo.
    Todo religioso é igual.

  281. Larissa Diz:

    Numa busca rápida sobre as “coincidências” entre os livros Herculanum e Há 2000 anos, achei a primeira espantosa reprodução (CUEE??)

    Herculanum – Era uma radiosa manhã primaveril, do ano da graça de 79 (832 de Roma).
    H2000A – Em radiosa manhã do ano de 79, toda a Pompeia despertou em rumores festivos.
    —-
    Há Cornélius em ambos.
    Herculanum – Quirílius Cornélius
    H2000A – Publio Lentulus Cornélius.

    Vou ver se acho mais coisas…

  282. Gorducho Diz:

    Nada a ver com Herculanum, mas, fantástica coincidência, “Nazaré” (sim eu sei da história do fragmento da “sinagoga” em Cæsarea Maritima, blah blah blah) não poderia deixar de aparecer no enredo, e o Pilatos tinha que ter uma chácara lá 🙂
     
    Pois bem – replicou Pilatos, com segurança –, em assuntos de clima, sou aqui um homem entendido. Há seis anos que me encontro nestas paragens em função do cargo e tenho visitado quase todos os recantos da província e das regiões vizinhas, tendo motivos para afiançar que a Galileia está em primeiro plano. Sempre
    que posso repousar dos labores intensos que aqui me prendem, busco imediatamente a nossa vila dos arredores de Nazaré, (…)

  283. Larissa Diz:

    Herculanum – O povo precipitava-se em ondas pelas ruas, a gritar: — o Vesúvio! Fogo!
    H2000A – […] tomados por gente que saía de casa,
    desarvorada, aos gritos de “Fogo, Fogo!… O Vesúvio…
    ——
    Herculanum – [/n] Pelas barbas de Júpiter [/n], minha senhora! que idsia foi essa de nos chamarem no melhor da festa? Estás maluca, Pompônia?
    H2000A – [/n]Pelas barbas de Júpiter! [/n]… Então, por onde andarão a nossa coragem e a nossa fibra?
    —–

  284. Gorducho Diz:

    Sr. Administrador: comentário anterior foi bloqueado? Nada relevante, apenas curiosidade(?)

  285. Marcos Arduin Diz:

    “O que eu quis dizer foi exatamente isto: cx SEMPRE foi rustenista. Se isto o decepcionou, foi porque você não sabia que ele era rustenista.”
    – Eu nunca tinha ouvido falar do Rustenismo até uns 10 anos atrás. Apesar de todo o esforço da FEB em divulgar esse Espiritocatolicismo, nunca tinha lido livro nenhum a respeito. Quando comprei o livro Jesus perante a Cristandade e logo no início da leitura falava do nascimento de Jesus “toda e todo cercados de fluidos”, etc e tal, achei absurdo. Alguma coisa não estava batendo. Se Kardec falava contra essa babaquice de corpo fluídico fantasmagórico, por que um livro editado pela FEB falaria a favor disso? Aí com o tempo as informações foram aparecendo e foi então que fiquei sabendo que Chico e Divaldo eram rustenistas roxos e que obras e escritos deles endossavam esse ponto de vista.
    Um dos melhores livros sobre isso, mas que também tem falhas, é o Conscientização Espírita, de Gélio Lacerda da Silva. Lá ele mostra a subserviência do Chico à vontade da FEB e o desconforto desta quando André Luís escreveu o livro Evolução em Dois Mundos, pois ali desmentia-se totalmente o que a FEB pregava. Wantuil de Freitas escreveu ao Chico, pedindo-lhe que isso fosse retificado, mas não dava para mudar um raciocínio desenvolvido ao longo de 140 páginas. Chico sugeriu que escrevesse ao Waldo Vieira e expusesse suas assertivas. O livro saiu do jeito que André Luís escreveu e sem concessões.
    .
    “O Alamar não bate bem e não é muito aclamado no meio espírita, por suas ideias e comportamento considerados extravagantes. Ele tem rancores do tempo em que era sargento da Aeronáutica, achava-se perseguido, injustiçado. Pinta o cabelo (pelo menos pintava, da última vez em que o vi) tal qual cx. Vaidade tola para um espírita. Aliás, Divaldo, o vetusto Divaldo, também pinta.”
    – Realmente ele tem posições estranhas e quebro o pau com ele nos emails que me manda. Ele defende o Divaldo e eu lhe mostro que este já está gagá e não tem como me refutar.
    .
    “Outra coisa, Arduin. Seus vegetais são a base da cadeia alimentar, sem eles não existiriam animais. Isto se dá porque seu gasto energético é mínimo, e assim é porque não precisam caçar para se alimentar (se houver algum erro no meu raciocínio, agradeço a correção – não vale falar em plantas carnívoras).”
    – Há alguns erros sim, mas não vou encher o saco do pessoal com aulas de metabolismo vegetal.
    .
    “Já pensou a maravilha que seria se existisse materialização? Ectoplasma de moribundos, os quais não precisarão mais dele, poderia ser usado para resolver o problema da fome mundial.”
    – A coisa não funciona assim.
    .
    “Como na física, assim como na economia, não existe criação de energia ou de riqueza, só transferência, através do fim do desperdício de ectoplasma daríamos um salto gigantesco (a humanidade, assim entendida, o equivalente ao mundo dos encarnados).”
    – Se ao morrer uma pessoa, ela fosse retalhada e cozidos ou assados os seus pedaços, o rendimento alimentar bateria de um milhão a zero o ectoplasma. Faça essa sugestão, então.
    .
    “A propósito, essas divagações sobre os experimentos de Crookes et al., baseadas nos escritos que alguns descascados deixaram, é bem bizantina. É como se estivéssemos falando de vida sexual e hábitos alimentares de trilobitas.”
    – Típico de quem nada sabe sobre o assunto.
    .
    “O espaço para o exercício da imaginação é tão vasto quanto o universo.
    Eu tenho a impressão de que a tecnologia das materializações foi abandonada porque mostrou-se completamente inútil. Só servia para espetáculos circences e promoção pessoal de algumas pessoas.
    Fico pensando em qual o propósito de um espírito se materializar. . . Se for para provar a existência de espíritos, seria uma burrice, pelo que sei, espíritos não são feitos de matéria, isto seria uma desespiritualização.
    E por que eles iriam querer provar sua existência para outros espíritos que, em breve, estarão papeando com eles no mundo espiritual?”
    – Porque os espíritos que ainda não estão no mundo espiritual querem se certificar de que estarão por lá mesmo e, já que é um habitante do lugar quem está falando, quem sabe ele revele coisas mais palpáveis do que elucubrações teológicas de padres e pastores…
    .
    “Uri Geller entortava colheres, era tudo truque barato, reproduzido com facilidade no bar do bigode. E se fosse real? Para que serve um subpoder desses? Se eu quiser entortar uma colher, entorto e pronto! Não precisa de palhaçada nenhuma para isso.”
    – Pois, teve um cientista que até montou um laboratório para estudar o safado. Sob rigor científico, ele NADA CONSEGUIU FAZER. O cara foi ridicularizado pelos colegas, pois deveria ter sido óbvio que tudo era fraude desde o início… Eu dou um boi ao cientista, pois ele pensou naquilo que todos os que investigaram médiuns no passado pensaram: _ Que é fraude, todos sabemos que deve ser… Mas e se não for? Não haveria aí uma nova realidade, um novo fenômeno a ser estudado? Entortar colher é besteira, mas e entortar ou remodelar plutônio dentro de uma blindagem protetora e assim fazer a coisa de um jeito muito seguro?
    .
    É como eu disse mais acima, nem só de pão vive o homem, a fantasia é fundamental, para que fujamos da chatice da realidade. Só é preciso saber não misturar as coisas.
    – Pois é: nada é mais chato para mim do que sábios céticos fantasiarem causas impossíveis para explicar fenômenos os quais não querem admitir porque fazem mal à fé cética deles…

  286. Larissa Diz:

    Arduin…. Herculanum é muito parecido com Há 2000 anos. Difícil não especular que seja um plágio, não acha?
    .
    E o nosso experimento?

  287. Marciano Diz:

    Arduin,
    o meu saco você pode e deve (se assim quiser, claro) encher. Eu acato tudo o que disser sobre biologia e quero aprender com você.
    Você tem meu e-mail (se não tiver mais, peça ao Vitor).
    E agradeço antecipadamente as correções.
    .
    Quanto à antropofagia, você sabe que esse é um tabu intocável. Ninguém faria isso e ninguém comeria isso (salvo alguns sobreviventes do acidente aéreo nos Andes).
    .
    “A propósito, essas divagações sobre os experimentos de Crookes et al., baseadas nos escritos que alguns descascados deixaram, é bem bizantina. É como se estivéssemos falando de vida sexual e hábitos alimentares de trilobitas.”
    – Típico de quem nada sabe sobre o assunto.
    .
    De qual assunto? Se for sobre trilobitas, pode me esclarecer, via e-mail. Se for sobre Crookes, obrigado, dispenso.

  288. Toffobus Diz:

    Fora que o Publius Lentulus Cornelius em 79 dC teria perto de cem anos, seria difícil um velhinho desses, gemendo todos os reumatismos, tentar escapar do fogo do Vesúvio. Aliás seria difícil até imaginar uma criatura velha e caquética dessas se deslocar léguas de Roma para recrear em Herculano. Isso se andasse por suas próprias pernas. Que ficasse quietinho no seu canto na capital! Esse ponto CX e seu alter-ego não previram. Nem todo ficcionista é perfeito, né?

  289. Marciano Diz:

    O próprio cx morreu com 92 anos sem condições de sequer falar direito, quanto mais fazer uma viagem dessas num tempo daqueles.

  290. Gorducho Diz:

    Sr. Administrador: meu comentário de ontem sobre “Nazaré” foi bloqueado? Por que?

  291. Vitor Diz:

    Gorducho, ele caiu no spam. Já foi liberado agora.

  292. Marcos Arduin Diz:

    “Arduin, NO MÍNIMO comprovaríamos a existência de telepatia e ganharíamos um prêmio Nobel. 🙂
    Caso o experimento desse certo, poderíamos refiná-lo de forma a testar a existência de uma consciência extracorpórea atuando no experimento.”
    – Ô Larissa! Você precisa se informar mais a respeito do poder da fé. Veja aqui que eu coloquei coisas muito simples, que não exigiriam nenhum raciocínio elaborado para se fazer a avaliação do caso e o poder da fé IMPEDE o detentor dela de aceitar o fato.
    Veja lá no relatório que Crookes publicou que os colegas dele testaram um lenço molhado para ver se isso permitiria burlar a vigilância do galvanômetro. Concluíram que NÃO PERMITIA. Não era possível, na bamba, acertar o valor da resistência do corpo da pessoa com um pano molhado. Como era uma fonte de erro, então afastaram mais as manivelas e foram chumbadas na parede. Mas o Polidoro vem com a ideia de que tais colegas nem imaginaram que ela podia vir com um pedaço de pano maior ou um outro resistor. E o Vitor defende a viabilidade do uso do pano com unhas e dentes, dizendo que o Brookesmith… Não ficou provada de forma alguma a viabilidade do pano molhado, mas isso, para a fé cética, não é importante.
    .
    A mesma coisa é trocar uma mão pela dobra do joelho. Houdini diz que ela deu sorte porque houve queda de força no teatro e assim ela pôde fazer esse truque. É só isso o que ele diz e olha que ela confessou TODOS os seus truques a ele. Queda de força em 1875 só pode ser gozação. Só isso já inutilizaria ESSE trabalho de Houdini especificamente. Mas veja que o Vitor fica defendendo que “tendo colocado ambas as manivelas nas meias, ela teria obtido um alcance adicional”. No que isso ia ajudar? Ela não teria como examinar as estantes e achar os livros certos, nem destrancar uma escrivaninha, nem fazer aparecer um fantasma materializado. Mas o Vitor CRÊ NISSO.
    .
    Vê como a fé nos faz crer em besteiras? Quando os cristãos vêm me dizer que a Bíblia é exata e infalível e absolutamente verdadeira em TUDO sobre o que se manifesta, eu digo que eles devem crer que a Terra é plana, está no centro do Universo, que o Céu é sólido, etc e tal, pois tudo isso são ENSINAMENTOS BÍBLICOS.
    .
    Quer saber mais do estrago que a fé pode fazer nas mentes científicas? Veja aí na internet o livro Impostura Científica em 10 lições e leia o capítulo sobre Cyrill Burt. O cara fez uma baita fraude que foi inteiramente aceita pela comunidade científica porque confirmava uma coisa na qual queria acreditar: que a inteligência é genética, presente nas raças de boa estirpe, e não produto de educação.
    .
    E falando do nosso experimento bem sucedido que comprovaria a telepatia… eh eh! Íamos ser alvos de gozação de toda a comunidade científica. Nunca seríamos levados a sério. E vou lhe dizendo outra coisa: telepatia, conforme lhe mostrei pelo experimento do Zangari, não se parece nada com aquilo que se vê nos filmes de X-man ou Jornada nas Estrelas. Os resultados são parcos, instáveis, imprevisíveis e aí se aparece um sábio cético e não obtém nada de significativo com o nosso telepata… é bom ir maquiando a sua cara de tacho. A minha eu não preciso porque é sempre a mesma.
    .
    Infelizmente estou ocupado com as minhas obrigações profissionais e não posso me dedicar muito ao blog.
    Depois a gente conversa.
    .
    Como cientista, você poderia ajudar a bolar uma metodologia científica para o experimento.

  293. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    .
    01 – “Não era possível, na bamba, acertar o valor da resistência do corpo da pessoa com um pano molhado. […] E o Vitor defende a viabilidade do uso do pano com unhas e dentes, dizendo que o Brookesmith… Não ficou provada de forma alguma a viabilidade do pano molhado, mas isso, para a fé cética, não é importante.”
    .
    Eu já respondi a isso, até agora você não respondeu na mensagem de 11 de setembro às 00h16min. O Crookes e colegas acharam que a médium só poderia burlar o teste se usasse um pano com a mesma resistência, ficando com as mãos e os pés livres. Nunca pensaram que ela poderia usar o pano com uma resistência qualquer e continuar a estar no circuito, seja colocando os eletrodos nas próprias meias, seja colocando a perna por cima das manivelas, mantendo assim a resistência do circuito inalterada. Essa foi a falha deles.
    .
    Aguardo sua resposta da minha mensagem de 11 de setembro.
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    02 a- “No que isso ia ajudar? Ela não teria como examinar as estantes e achar os livros certos”
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    Como não? Os livros estavam a apenas 3,7 metros dela, Crookes diz: “e a escada de mão da minha biblioteca estava apoiada contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros dela.” Se ela desse apenas uns passos já podia pegar os livros!
    .
    02b – “nem destrancar uma escrivaninha”,
    .
    A escrivaninha JÁ TINHA SIDO ABERTA! Crookes diz:
    .
    “Ela entrou na sala de visitas e conversou conosco por mais ou menos um quarto de uma hora, depois disso meus amigos desceram a escada para examinar o equipamento elétrico e a minha biblioteca, que seria usada como quarto escuro. Eles examinaram os armários e abriram as escrivaninhas. Colocaram tiras de papel acima das fixações das venezianas da janela e as fecharam hermeticamente com seus anéis de sinete.”
    .
    Crookes NÃO DIZ que as escrivaninhas voltaram a ser fechadas. O que ele diz é: “Eu posso afirmar que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando a Sra. Fay entrou no quarto.”
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    Sim, quando ela entrou no quarto a escrivaninha estava fechada, mas logo em seguida o próprio Crookes diz que os amigos ABRIRAM a escrivaninha. A escrivaninha continuou fechada? Isso não é dito. E se foi fechada, a Sra. Fay ou o seu cúmplice poderiam ter pego a caixa de cigarros antes de a escrivaninha ser fechada? Entendo que sim. Há VÁRIAS possibilidades.
    .
    02c – “nem fazer aparecer um fantasma materializado.”
    .
    Era a própria médium, Arduim ligada ao circuito pelos eletrodos nas meias. BrookesSmith já mostrou isso. Stephenson também.

  294. Gorducho Diz:

    Mas o Professor diz que as manivelas e foram chumbadas na parede?

  295. Vitor Diz:

    Gorducho,
    o Brooke-Smith respondeu a isso:
    .
    “Na primeira experiência, as manivelas foram atarraxadas para baixo, separadas inicialmente cerca de 30 centímetros projetando-se horizontalmente do topo do assento do laboratório para simular as condições das experiências de 1875 com a Sra. Fay. O desvio do galvanômetro foi ajustado primeiro até mais ou menos 40 cm e as indicações de deflexão eram lidas na escala quando as manivelas estavam firmemente seguras. Não houve nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e um antebraço ao longo de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então colocar a outra mão para fora sem produzir qualquer movimento considerável na escala do galvanômetro. Porém, era essencial manter uma boa pressão exercida pelo antebraço na manivela e segurar a outra manivela firmemente. A escala então não se moveu mais do que 1 cm. Tanto a mão direita como a esquerda podiam ser liberadas em pouco mais de um segundo por este estratagema, que foi subsequentemente repetido com as manivelas separadas 60 centímetros.”
    .
    E o Arduin ainda diz que os experimentos do Brookes-Smith foram capengas…. tá!

  296. Larissa Diz:

    Arduin: “Você precisa se informar mais a respeito do poder da fé. Veja aqui que eu coloquei coisas muito simples, que não exigiriam nenhum raciocínio elaborado para se fazer a avaliação do caso e o poder da fé IMPEDE o detentor dela de aceitar o fato.”
    ——
    Eu: Percebi o poder da fé neste Blog. Mesmo perante evidências, continuam com defesas esdrúxulas para salvaguardar a FÉ.
    Posso falar por mim – eu não sou ateia. Tenho uma vasta vivência religiosa em religiões diversas, inclusive não-cristãs, e em cada uma, parafraseando o Toffo, encontrei argumento sinuosos para defender a FÉ.
    .
    A ÚNICA forma de não se deixar enganar pela vaidade e fantasia é tentar manter um pensamento neutro e não criar ídolos intocáveis. Neste sentido, tudo o que quero é repetir o experimento de Crookes ou algo que possa, de fato, comprovar minimamente a existência mediunidade.
    .
    Acredito que a proposta original do espiritismo, Kardecista ou não, seja construir conhecimento racionalmente, através de experimentos controlados para evitar fraudes como Otília Diogo. Estou errada?
    .
    Vc já parou para pensar pq a proposta acima causa tanta tensão entre os religiosos?

  297. Larissa Diz:

    Para reflexão: Eu aprendi muito com Krishnamurti.
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=qWq6uIMVApw
    .
    Jiddu Krishnamurti foi um filósofo, escritor e conferencista internacional.

    Krishnamurti disse: “Eu reafirmo que a Verdade é uma “terra” inalcançável, e que não se pode alcançar por qualquer caminho, seja uma religião, ou uma seita.”

    Jiddu Krishnamurti era livre de que qualquer influência condicionante dos diferentes sistemas de filosofia, religiosidade dogmática, ideologia politica, especulação intelectual e diferenças culturais. Quando o homem fica consciente dos seus próprios pensamentos ele vê a divisão entre o pensador e o pensamento.

    Jiddu Krishnamurti nasceu no dia 12 de Maio de 1985, cerca de 250km a norte de Madras (Chennai) India. Krishnamurti cresceu dentro da sociedade teo-filosófica para ser uma incarnação de Maitreya, o Buda Messiânico.

    Em 1929 Jiddu Krishnamurti, tomando forma como “Sábio do Mundo”, chocou o movimento teo-filosófico dissolvendo a Ordem da Estrela, a organização que estabeleceu para apoiá-lo e começou a emergir como um dos sábios mais influentes e iconoclástico do séc. XX. Ele repudiava não só todas as relações com as estruturas religiosas e ideológicas, mas negava também a sua existência como autoridade espiritual.

    Viajando constantemente, também rejeitou laços com qualquer país, nacionalidade ou cultura. Embora ele escrevesse e apresentasse conferencias, não aceitava qualquer pagamento pelas suas palestras, nem direitos de autor dos seus livros ou gravações..

    O objectivo de Krishnamurti era libertar a humanidade. Ele afirmava que o individuo se torna livre por ficar consciente do seu próprio condicionamento psicológico, e que o seu despertar irá possibilitar o amor ao próximo.

  298. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Eles também dizem que pode ser uma oportunidade para o espírito da criança sofredora se fortalecer espiritualmente ou PODE SER CARMA. No caso, o sofrimento poderia ter sido pedido na espiritualidade pela própria criança, como forma de expiação.
    .
    COMENTÁRIO: extra da Terra, a referência ao carma como explicação espírita não está cemporcento condizente: conquanto na prática o espiritismo adote a ideia de que o feito em vida passada repercute na atual, a doutrina ortodoxa (kardecismo puro) postula a chamada “lei de causa e efeito”, que pode ser considerada um carma abrandado. No conceito do carma, o efeito é inexorável: pisou na bola nesta vida na outra vais pagar. O espiritismo minimiza essa granítica concepção propondo que na erraticidade ocorre planejamento da vida vindoura, de modo a consertar na vida presente os crimes da anterior e, concomitantemente, progredir mais um tantinho no infindo caminho rumo à perfeição. Devemos lembrar que a ideia do carma está agregada a das castas, enquanto a causa e efeito espírita propõe o contínuo e irrecuável progresso.
    .
    saudações metafísicas.

  299. Gorducho Diz:

    Já no Chiquismo compromissos morais adquiridos conscientemente na carne somente na carne devem ser resolvidos. Assim, o corpo carnal não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de filtro (“espécie de carvão miraculoso” – concluo que é um carvão ativado metafísico) que retém impurezas do periespírito transmitidas e este pelo corpo carnal. Então a permanência no campo físico funcionará como recurso para eliminação de feridas existentes nos delicados tecidos da alma, o que permitirá exteriorizar-se doravante a alma em corpos sadios nas futuras encarnações.
    [fonte: ENTRE A TERRA E O CÉU]
     
    Saudações Doutrinárias.

  300. Larissa Diz:

    Se alguém tiver gostado, mais um video recomendado: http://www.youtube.com/watch?v=qonClbGevVM

  301. Montalvão Diz:

    .
    Marciano Diz: O próprio cx morreu com 92 anos sem condições de sequer falar direito, quanto mais fazer uma viagem dessas num tempo daqueles.
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    COMENTÁRIO: eu, enquanto mim mesmo, em vida pregressa, que não vou dizer qual para evitar especulações desnecessárias, morri com a idade de 118 anos trepando. Trepei numa goiabeira para tirar a mais formosa goiaba para minha namorada de 19 anos e levei um tombaço de cabeça no chão. O barulho foi tal que despertou a matilha de filas da fazenda próxima. Os animais me atacaram, eram 17, aos quais enfrentei afugentando todos. Um deles, no entanto, resolveu comer minha namorada. Parti em defesa da cachopa quando tropecei numa pedra e rolei o barranco. Caí 80 metros dentro do rio e me afoguei… quase… Quase me afoguei: nadei feito condenado até a margem. Estava saindo da água quando o jacarão me atacou. Era o maior réptil vivente naquelas paragens, suas mandíbulas já haviam partido correntes com elos de duas polegadas. Lutamos desesperadamente por duas horas. Finalmente ele me arrastou para o fundo do rio e foi o fim… O fim deste capítulo, pois chegando ao fundo enfiei o dedo num dos olhos do bicho (qual foi o olho não lembro) obrigando-o a pedir arrego. Preocupado com o destino de minha namorada, caminhei três dias e três noites, sem beber, comer ou dormir. Estava quase chegando em casa quando parei numa banquinha de jornais e fiquei a ler as manchetes. Uma delas dizia: “Avô-lula absolvido das suspeitas de corrupção, ladroagem, safadezas, putarias e bebedices. Em entrevista ao jornal, o vô profetizou que um seu descendente ainda seria chefe do país”. Fiquei tão aborrecido ante tamanha impunidade que sofri três ataques cardíacos e dois avcs. Fiquei três meses em recuperação. No dia em que ia receber alta comi um arroz com chumbinho por engano, que fora postado no quarto para matar os ratos e pensei que fosse meu almoço. E foi assim que morri, mas por culpa dos médicos que demoraram 6 horas até fazerem a lavagem estomacal…
    .
    Vai ver seja por isso que na presente existência sou como sou…

  302. Montalvão Diz:

    ARDUIN DIZ: Vê como a fé nos faz crer em besteiras? Quando os cristãos vêm me dizer que a Bíblia é exata e infalível e absolutamente verdadeira em TUDO sobre o que se manifesta, eu digo que eles devem crer que a Terra é plana, está no centro do Universo, que o Céu é sólido, etc e tal, pois tudo isso são ENSINAMENTOS BÍBLICOS.
    .
    COMENTÁRIO: Arduin, só para nos ilustrar, onde na Bíblia constam esses ensinamentos?

  303. Arnaldo Paiva Diz:

    Bom dia
    .
    Larissa me desculpe pela demora em responder, é que nestes dias estou muito atarefado, mas vamos lá.
    .
    VOCÊ DIZ: Arnaldo, eu não estou blefando. Sabendo que o Arduin é um cientista espírita (biólogo), fico ainda mais entusiasmada com a possibilidade de repetir o experimento de Crookes e tirar a dúvida de vez. Temos que encontrar um médium doador de ectoplasma e um laboratório (podes nos ajudar Arduin?) para realizarmos o experimento. Também precisamos desenvolver uma metodologia científica apropriada. Você conhece algum médium doador de ectoplasma que se disponha a participar de nossa empreitada? Ou, na sua opinião, qualquer um pode doar?
    .
    É claro que eu quero acreditar que tenho um mentor, que a vida continua, que há uma razão para tudo, que Publio Lentulus existiu, etc. Seria muito reconfortante! Mas perantes as evidências de fraude, não dá.
    .
    E veja que grande serviço para o espiritismo: a replicação dos resultados de Crookes em tempos modernos e perante céticos. Se isso acontecer, eu dobro os joelhos e passo a divulgar o espiritualismo (isso não é uma ironia, nem um blefe – falo de coração).
    .
    Posso contribuir com alguns custos para o experimento, inclusive com sua passagem aérea e hospedagem (faço questão) Arnaldo, caso queira participar, já que o expert em espiritismo aqui é vc.
    .
    Arduin e Arnaldo, vamos começar a inventariar o que é necessário para replicarmos o experimento de Crookes?
    .
    COMENTÁRIO: Todas as pessoas são dotadas de ectoplasma em maior ou menor grau, porque ele faz parte do organismo dos seres humanos. Não tem como saber se a pessoa tem um grau maior ou menor senão através da experimentação, razão porque sempre digo que reúna os seus amigos que estão dispostos a participar da experiência e comecem com a mesa, pois através disso se vai descobrindo quem os tem em maior abundância. Acredito que neste ponto Arduin está em vantagem, pois onde ele frequenta, – se for onde estou pensando – tem um grande número de médiuns e dentre eles, deve ter quem ofereça condições de se iniciar uma pesquisa dessa natureza.
    .
    Como este tipo de experiência deve ser feita no escuro ou com o uso de lâmpadas de côr vermelha, devido o ectoplasma ser sensível à luz branca, e podendo trazer prejuízos à saúde do médium, então a aparelhagem moderna de hoje pode prestar um grande auxílio nas investigações desses fenômenos de ectoplasmia.
    .
    Quantos aos fenômenos produzidos sob a direção de Williams Crooks, eu não tenho dúvidas sobre a sua validade, pois não foi somente ele que materializou o Espírito Kate King, mas outros cientistas da época também conseguiram materializar e fotografar esse mesmo Espírito e outros, portanto o fenômeno já foi por demais provado e comprovado. Seria interessante trazer ao mundo novas materializações com o intuíto de espiritualizar o homem.
    .
    Quanto a Publio Lentulus se existiu ou não, para mim não muda em nada a certeza que tenho da vida após a morte, precisaria se fazer uma incursão mais profunda na investigação da história para ser vista todas as possibilidade de o mesmo não ter existido.
    .
    Quanto a metodologia a ser usada, só pode ser definida de acordo como o fenômeno se apresentar, pois nenhum médium pode prometer que vai produzir este ou aquele fenômeno, a não ser que seja um fenômeno anímico, ou seja, produzido pela sua própria vontade, que não é o caso do fenômeno de materialização.
    .
    Você comenta ainda: E veja que grande serviço para o espiritismo: a replicação dos resultados de Crookes em tempos modernos e perante céticos. Se isso acontecer, eu dobro os joelhos e passo a divulgar o espiritualismo (isso não é uma ironia, nem um blefe – falo de coração).
    .
    Posso contribuir com alguns custos para o experimento, inclusive com sua passagem aérea e hospedagem (faço questão) Arnaldo, caso queira participar, já que o expert em espiritismo aqui é vc.
    .
    Você está sendo tão sincera que – não duvido, não estou duvidando – apesar da sua sinceridade, ainda deixa transparecer sua discriminação ao Espiritismo, pois diante da evidência dos fatos não iria divulgar o Espiritismo, mas o espiritualismo. Vale dizer que nem todo espiritualista é espírita, embora todo espírita seja espiritualista.
    .
    Eu gostaria de lhe agradecer o elogio, mas sinceramente não sou expert em nada, sou apenas um estudioso da doutrina até mesmo porque se estou orientando pessoas na prática do Espiritismo, forçosamente tenho por obrigação de conhecer bem o que estou fazendo. Quanto a questão da minha participação nestas experiências, depende onde elas serão feitas, eu moro próximo a Brasília, talvez eu seja até vizinho de algum participante desta lista. Se assim for, podemos marcar um encontro para conversarmos a respeito do assunto.

  304. Sanchez Diz:

    Larissa
    .
    Legal você comentar sobre fazer testes científicos para comprovar a mediunidade.Você está levando bem a sério. Infelizmente os espíritas brasileiros perderam uma bela oportunidade de desvendar esse mistério facilitando o diálogo entre a religião e a ciência. Caso lhe interesse e também a todos eu passo um artigo interessante.
    .
    http://www.windbridge.org/papers/BeischelEXPLORE2007vol3.pdf
    . Link alternativo.
    http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/B_autores/BEISCHEL_Julie_e_SCHWARTZ_Gary_tit_Anomalous_information_reception_by_research_mediums.pdf
    .
    O que eu acho importante deste artigo é a metodologia do triplo cego. Não acho os resultados conclusivos, mas o método minimiza as outras alternativas.
    Este artigo é uma referência a um outro artigo postado neste site.
    .
    http://obraspsicografadas.org/2011/uma-investigao-de-mdiuns-que-alegam-receber-informaes-sobre-pessoas-falecidas-2011/
    .
    Se houver problemas para baixar o artigo me avise.

  305. Arnaldo Paiva Diz:

    Bom dia
    .
    Larissa Diz:
    ARNALDO DISSE – “Uma psicóloga, um psiquiatra, um físico e outro cientista, são capazes de produzir não somente materializações, mas também outros tipos de fenômenos físicos.”
    .
    EU – “Podes explicar como isso seria possível?” Pensei que fosse necessário um doador de ectoplasma.
    .
    COMENTÁRIO: Quando assim falo, quero dizer que qualquer pessoa pode ser um doador de ectoplasma, e mesmo entre estas pessoas citadas acima – quem sabe – pode surgir grandes doadores, só pela experiência e observação vamos saber.

  306. Arnaldo Paiva Diz:

    Montalvão:
    Bom dia
    .
    Dos seus comentários peguei apenas este final para, baseado nele, tecer os meus pensamentos. Você diz:
    .
    Achando médiuns assim dispostos planejaremos o melhor meio de juntá-los em local adequado e definiremos a metodologia de trabalho. Avise-os para ficarem tranquilos que não serão machucados nem bulidos, afora revistas normais. Peça-lhes que informem o quanto de lúmens suportam, e quais espectros luminosos são admissíveis. Também precisamos saber se querem cabines e cortinas indevassáveis. Em contrapartida devem aceitar equipamentos de filmagem, inclusive em infravermelho, gravadores de alta sensibilidade, conexões eletrônicas nos pulsos e tornozelos, e outros métodos indolores de fiscalização.
    .
    Podem chamar fiscais espiritistas, que se juntarão a outros, religiosamente neutros, e do resultado dos investigamentos será emitido relatório, ao qual se anexarão as provas colhidas durante os testes.
    .
    Em linhas gerais, creio que será por aí. O que acha?
    .
    COMENTÁRIO: Amigo Montalvão, justamente por causa dessas suas observações, seria interessante primeiro houvesse encontros somente com os interessados e o pessoal da Larissa. Posso participar dessas experiências, dependendo em que parte do Brasil vocês pretendem realizar. Confesso que por questões familiares, não posso me afastar da região em que me encontro.

  307. Arnaldo Paiva Diz:

    Bom dia Antonio G. – POA
    Materialização… coisinha difícil de acontecer, salvo no âmbito do imaginário e do fantástico.
    .
    As “fadas” não possuem varinhas de condão. “Papai Noel” não voa em um trenó puxado por renas. O “Saci Parerê” não fuma cachimbo e não tem uma carapuça vermelha.
    E médiuns não produzem “ectoplasma”.
    .
    Bom Dia, amigos!
    .
    COMENTÁRIO: Eu postei há alguns dias uma mensagem para você no tópico DETETIVES DA FÉ , O MILAGRE DE CHICO XAVIER. Volte lá e me responda alguma coisa.

  308. Larissa Diz:

    Arnaldo disse: “Quanto a Publio Lentulus se existiu ou não, para mim não muda em nada a certeza que tenho da vida após a morte”
    .
    Eu: Eu não tenho tantas certezas assim. Sigo a linha de uma verdade dinâmica e icognoscível sob o prisma dogmático da religião (fé), algo na linha de Krishnamurti. Eu não tenho medo de mudar de opinião. Estou interessada em me aproximar da verdade e não em me afastar dela. E estou aqui de boa-fé. E terei prazer em me colocar a prova.
    .
    A inexistência de Públio Lentulus prova que o trabalho de CX não é confiável já que ele era o mentor do trabalho q CX desenvolvia vida a fora. FATO. Se tudo era falso? Não sei. O que sei é que não há seres infalíveis. Nem CX, nem Divaldo, nem vc e nem eu.
    .
    O espiritismo é somente mais uma explicação no meio de tantas outras teóricas verdades. E acredite, eu já pesquisei muita coisa.
    .
    O que me espanta deveras nas materializações divulgadas é a semelhança física entre as médiuns e os espíritos materializados. Já se perguntou o porquê disso?
    .
    Então estamos progredindo com a tentativa de replicação da experiência de Crookes. Quem mais se dispõe a colaborar e de que forma?
    .
    Reproduzir um fenômeno anímico autêntico está de bom tamanho para começar. A fogueira começa com uma faísca.
    .
    Sanchez, obrigada pelos sites. Lerei atentamente.

  309. Montalvão Diz:

    .
    ARDUIN DIZ: Quer saber mais do estrago que a fé pode fazer nas mentes científicas? Veja aí na internet o livro Impostura Científica em 10 lições e leia o capítulo sobre Cyrill Burt. O cara fez uma baita fraude que foi inteiramente aceita pela comunidade científica porque confirmava uma coisa na qual queria acreditar: que a inteligência é genética, presente nas raças de boa estirpe, e não produto de educação.
    .
    COMENTÁRIO: o caso Burt não é só isso que descreve. A questão tem implicações e raízes mais amplas. A começar pelo fato de que “inteligência” não é conceito rigorosamente científico. Se ler novamente o livro recomendado, verá que o QI foi criado com propósito nobre, qual seja o de proporcionar aos que tivessem dificuldades de aprendizado treinamento especial, de modo que aproveitassem melhor suas potencialidades. No entanto, a ideia de que há pessoas mais e menos inteligentes é atraente para quem a pretenda usar com propósitos mesquinhos. Se há indivíduos inteligencialmente afortunados por que não haveria “raças” aquinhoadas com essa vantagem? Provavelmente foi questão levantada, mal formulada e criminosamente aplicada, que contagiou primeiro a cabeça de políticos e filósofos, depois a de cientistas (os quais são homens como qualquer um e sujeitos a toda sorte de corrupção). Se uma nação poderosa desenvolve a certeza de ser dotada de superioridade em relação às demais, a tendência é que essa venenosa concepção contamine cientistas dessa nação. Aí, o caso deixa de ser científico para se tornar meramente ideológico.
    .
    Burt não era psicologicamente “normal”, tinha suas idiossincrasias e uma delas era não dar clemência aos que constestavam sua tese. Para dar força ao que tinha por estabelecido não hesitou em engordar sua “pesquisa” com auxiliares inexistentes e gêmeos inventados. Quer dizer, fraude pura. O lado bom de tudo isso é que a ciência, mesmo que demore mais que o esperado, sempre se autocorrige; o lado ruim é que nem sempre a comunidade científica dá atenção condizente a “descobertas” controversas, o que permite a sobrevivência de errôneas proposições por mais tempo que deveriam.
    .
    Já que sugeriu a leitura do “Impostura Científica” recomendo que aprecie o capítulo (lição) 8, intitulado “Espíritos e demônios invocarás”, lá encontrará comentários ilustrativos sobre as fragilidades da investigação psi e das simulações dos grandes médiuns passados.
    .
    Saudações imposturais.

  310. Marcos Arduin Diz:

    Vitor, amanhã vou viajar de madrugada e por isso não estou muito disposto a responder a todos no momento.
    Seria possível você postar um desenho esquemático a respeito desse misterioso pano molhado e como, mesmo com o médium ainda no circuito (o que deixaria o pano sem a menor utilidade)?
    Falei em outra ocasião mais acima que a corrente com a pessoa tocando os contatos NÃO SE DIVIDE, mas você insiste que sim. Pois bem, vou lembrá-lo de coisas simples lá do antigo colegial (nem sei se ainda ensinam isso no ensino médio de hoje). Mostrava-se um circuito com lâmpadas e pilhas. Com as lâmpadas ligadas EM SÉRIE, isto é um fio no polo positivo da pilha, depois liga-se ao polo “a” da lâmpada 1, depois um outro fio sai do polo “b” da lâmpada 1 e vai ao polo “a” da lâmpada 2, aí um fio sai do polo “b” da lâmpada 2 e vai para o polo negativo da pilha, fechando o circuito. O resultado é que as lâmpadas brilham menos, pois a voltagem cai para a metade para cada uma, porém a CORRENTE É A MESMA EM TODO O CIRCUITO.
    Agora a ligação EM PARALELO. Saem dois fios do polo positivo da pilha, sendo que um fio vai para o polo “a” da lâmpada 1 e outro para o “a” da lâmpada dois. Do polo “b” da lâmpada 1 e do polo “b” da lâmpada 2 sai de cada um outro fio e os dois se juntam no polo negativo da pilha. Neste caso, ambas as lâmpadas brilham mais, pois a voltagem é a mesma para as duas, porém A CORRENTE CAI PARA A METADE, pois foi dividida em duas.
    .
    Agora me faça um esquema do pano e do médium para eu entender o seu raciocínio e baseado no que disse acima, diga aí se o pano em série ou em paralelo com o médium não ia alterar a leitura do galvanômetro?

  311. Gorducho Diz:

    Professor (se ainda não foi dormir para viajar…). Seja r a resistência de cada das duas lampadas (iguais no caso); e R a resistência do circuíto.
    1/r + 1/r = 2/r
    para o circuíto 1/R = 2/r ∴ R = r/2
     
    Ou seja, a resistência do circuíto cai pela metade (é como duplicar a pista numa rodovia sem que se introduza restrições quanto ao tráfego nessas). Em termos práticos veja: se a corrente tivesse caído pela metade, as lampadas brilhariam menos (não a metade dos lúmens porque não é linear).

  312. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    01 – “Seria possível você postar um desenho esquemático a respeito desse misterioso pano molhado e como, mesmo com o médium ainda no circuito (o que deixaria o pano sem a menor utilidade)?”
    .
    O pano não fica sem utilidade. Ele liga uma manivela à outra, assim sem interromper o circuito.
    .
    Esse desenho que vc quer que eu faça é bem tangente à discussão principal. Os pontos que eu quero que vc entenda são:
    a) A médium nunca se separou do circuito completamente, portanto a resistência do circuito não mudou.
    .
    b) O pano servia para não interromper o circuito.
    .
    c) Os testes de Crookes com o pano não previram a possibilidade de a médium continuar ligada ao circuito. Crookes achava que só era possível a ela ficar ligada pelas mãos, e que se ela tentasse usar um pano de mesma resistência para livrar as mãos, ela não conseguiria devido àquelas “infinitas possibilidades”. Ele nunca pensou no uso dos pés.

  313. Montalvão Diz:

    .
    ARNALDO E ARDUIN surpreendidos confabulando…
    .
    ARNALDO DIZ (para Montalvão): “Estes testes já foram feitos, mas VOCÊ NÃO ACREDITA PORQUE AS COISAS SÓ SÃO VERDADES SE VIEREM PELO SEU INTERMÉDIO, e isso é patológico. A isso, Jung deu o nome de INCHAÇO DO EGO.”
    .
    ARDUIN COMENTA – Exato, Arnaldo. Desde o começo eu SEMPRE SENTI ISSO NO MOISÉS. Ele não consegue sair de si e considerar o que outros fizeram. Quando discuto com ele, penso mais em instruir aos leitores das trocas de farpas do que obter algo sensato dele.
    .
    MONTALVÃO MEDITA: que meigura: duas meritórias figuras fazendo a psicanálise deste pobre zé. Não fosse por outra razão esta bastaria para me inflar os corpos cavernosos egóicos.
    .
    Mas, deixe estar, nobres mancebos, este e outros distúrbios já em mim os identifiquei e estou e tratamento com o Dr. Bigode, psicopsiquiatra prático que, com suas beberagens mágicas, tem curado os mais renitentes males. Dia desses cheguei lá, em seu consultório, me sentindo o tal. Falei pra ele: “bigode, acho que estou com edema do ego”. Ele prontamente reagiu: “toma essa aqui, de um gole só”. PÁÁÁÁ, derramei o medicamento. “E aí, indagou, tá sentindo menos inchado?”. “Tô mais ou menos”, respondi. “Então, seu caso é sério, toma outra, desta feita, dupla e passada a régua. Tomei essa e mais outra… para encurtar a história: saí do bar, digo, da clínica quase andando de quatro de miando qual gatinho humilde e humilhado. Meu ego desinflou-se por um bom tempo.
    .
    Agora, voltando ao mundo dos argumentos: por que você, Arduin, e seu sócio Arnaldo, não respondem à argumentação que de cá lhes envio, em vez de dedicaram-se ao nobre esporte da rotulação? O Arnaldo resolveu que meu argumento do tempo-contraria-a-crença-e-desmente-a-validade-dos-experimentos-passados é uma “porta dos fundos”. Não, não é: é um janelão a mostrar que, ou algo muito sério aconteceu na espiritualidade, para que não façam hoje o que faziam ontem, ou o que ontem acreditava-se ter acontecido não passou de ilusão e safadeação.
    .
    Posso estar errado e equivocado ao pensar desse modo? Posso. Porém para que o argumento do “tempo contrário à validade das investigações passadas” se mostre insustentável, seria necessário que se explicasse porque aquela categoria de fenômenos feneceu: explicar muito bem explicadinho, dizer que os espíritos “encheram o saco” de dar demonstrações e ninguém acreditar e decidiram suspender os shows é alegação na qual nem minhoca retardada admite. Ou, como segunda (e melhor) opção, reconhecer que, realmente, aqueles experimentos foram insatisfatórios: se materializações ocorreram em tempos idos deveriam acontecer na atualidade e o conhecimento a respeito dos mecanismos fomentadores do processo deveriam estar mais ampliados, muito mais, que nos tempos pioneiros.
    ,
    Depois desfalo mais.

  314. Marciano Diz:

    Larissa,
    você remoçou o cara (Krishnamurti) em exatos 90 anos. Erro de digitação.
    .
    Montalvão,
    você tem uma imaginação quase tão fértil quanto a de cx, perde por pontos. Em compensação, Você dá um “knock out” no cara no início do primeiro “round” quando se trata da graça das histórias.
    Quanto ao ego edematoso, “moléstia diagnosticada pelo fraterno e pelo Arduin, médicos psicopatas, digo, alopatas e telepatas (diagnóstico à distância), recomendo acupuntura. A única coisa para a qual a acupuntura é eficiente é justamente inchaço, seja do ego ou do que for, é só espetar as agulhas que o inchaço desaparece”.
    Proponha esta terapia do Dr. Bigode.
    .
    Eu fui doador de ectoplasma durante anos, tinha até uma carteirinha. Se vocês resolverem criar o grupo de estudo, candidato-me como doador de ectoplasma, não vou perder nada mesmo, essa substância quintessenciada não serve para nada além de estimular o delírio de alguns esquizofrênicos.
    Podem escolher qualquer lugar, eu participarei em desdobramento físico, sou bom em bilocamento e melhor ainda em ubiquidade.
    .
    Arduin
    deve estar viajando, mesmo assim vai o recado. A resistência em paralelo é calculada invertendo-se a soma dos inversos de cada uma das resistências. Se as lâmpadas forem duas e opuserem a mesma resistência à passagem da corrente, esta cai para a metade. No caso do médium e do pano molhado, há que se saber a resistência de cada um para calcular-se a resistência total.
    Gorducho
    tem razão, o que faz a lâmpada brilhar é a resistência oferecida pelo filamento; quanto mais fino, maior a resistência e maior o brilho. A resistência menor converte menos eletricidade em luz.

    Saudações luminosas e resistentes a todos.

  315. Gorducho Diz:

    Potencia dissipada obedece à fórmula fundamental
    P = VI
    V = RI (sendo que V é constante no circuito em paralelo que é o normal nas instalações elétricas)
    ∴ P = RI^2
     
    Exemplificando com a voltagem daí (se bem me lembro): V = 110 e uma lâmpada incandescente (dessas estamos falando) de 100 W:
    I = 100/110 ≈ 0,9 A
    R = V/I = 110/0,9 = 121 Ω
     
    Se aumentarmos a resistência: R’ = 200 Ω
    I’ = V/R’ = 110/200 = 0,55 A
    P’ = VI’ = 110*0,55 = 60,5 W
    Ou como prova para equipamentos que obedecem à lei de Ohm (resistivos, a lampada inc.):
    P’ = R’I’^2 = 200*0,55^2 = 60,5 W
     
    A potência serve para aquecer o filamento. A luminosidade decorre da temperatura absoluta ∝ T^4 [K]deste.
     
    Agora no caso do Crookes teríamos como limitante prático a área de contado dos mata-borrões encharcados sobre as manivelas. Creio que a isso refira-se o Professor.

  316. Arnaldo Paiva Diz:

    Bom dia
    .
    Duas resistências de valorres iguias, ligadas em paralelo, é igual a metade das resistências, ou seja, se cada resistências forem de 10 ohms cada uma, quando ligadas em paralelo a resistência resultante é de 05 ohms.
    .
    Se duas resistências de valores diferentes forem ligadas em paralelo, o resultado final é um valor menor do que o valor da menor resistência, ou seja, duas resistências uma de 10, e outra de 15 ohms por exemplo, ligadas em paralelo, a resistência final será um valor menor do que a resistência de 10 ohms.
    .
    Saudações resistivas

  317. Gorducho Diz:

    Diria mais: 6Ω

  318. Larissa Diz:

    Marciano – sim, foi erro de digitação. A mensagem q eu queria passar era que tentaram fazer do cara um Messias iluminado, capaz de receber mestres através de psicologia, com seguidores, igreja, etc. E ele pulou fora quando viu o circo armado. Ele se tornou um cético.

  319. Larissa Diz:

    * psicofonia e não psicologia

  320. Larissa Diz:

    Arnaldo, se vc estiver disposto, gostaria de tentar o experimento da mesa girante antes de envolver outrem. Q me dizes? Segundo o centro q eu freqüentava, sou médium de efeitos físicos.

  321. Marciano Diz:

    Larissa,
    essa ideia dos experimentos é recorrente aqui no blog, entretanto, acho-a inviável, posto que todos moramos muito distante uns dos outros, além de sermos todos muito ocupados.
    Só conseguimos manter contato e trocarmos ideias aqui por causa do milagre da ciência, no caso a eletrônica e a informática, com ajuda da tecnologia espacial que mantém os necessários satélites em seus lugares, tudo isto possível devido a avançadíssimos cálculos matemáticos elaborados por gente de carne e osso e executados por potentes computadores.
    Ademais, se houvesse exequibilidade da experiência, o resultado é facilmente previsto por um vidente como eu:
    os céticos chegariam ao óbvio resultado de que mediunidade, ectoplasma, etc. só existem na imaginação dos crentes, e estes arranjariam mil racionalizações para explicar o porquê de os céticos estarem errados.
    Isto não muda. Ao contrário da ciência, que está sempre evoluindo. No tempo de Crookes, usavam um galvanômetro furreca, hoje usamos computadores, smartphones tablets baratíssimos, provavelmente menos custosos do que o tal galvanômetro que foi empregado naquela época, com resultados imprevisíveis para os adivinhadores mais imaginativos daquele tempo.
    Nenhum espírito superior foi capaz de prever a evolução tecnológica da qual estamos desfrutando.
    Eu sugiro que o Vitor encerre a conta do blog e passemos a trocar nossas ideias através da telepatia.
    Se alguém quiser viajar para fazer experiências psicodélicas, digo, espirituais, sugiro que abandonem os aviões (não existentes na época de Rivail) e saia levitando ou volitando (verbo cunhado por cx) por aí. É mais seguro, nunca ouvi falar em desastre aéreo causado por volitação, levitação, aeróbus.

  322. Larissa Diz:

    Posso ir a Brasília. Alias, vou com freqüência. Apenas estenderia a parada por um ou dois dias. Claro q o Arnaldo teria de ajudar, como ele se dispôs.
    .
    Marciano: a principio acho tudo fantasia. Mas como nunca tentei levitar uma mesa e há pessoas jurando de pés juntos q é possível, como cética gostaria de ver com meus próprios olhos.

  323. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa tarde
    .
    Montalvão Diz: .
    ARNALDO E ARDUIN surpreendidos confabulando…
    .
    Agora, voltando ao mundo dos argumentos: por que você, Arduin, e seu sócio Arnaldo, não respondem à argumentação que de cá lhes envio, em vez de dedicaram-se ao nobre esporte da rotulação? O Arnaldo resolveu que meu argumento do tempo-contraria-a-crença-e-desmente-a-validade-dos-experimentos-passados é uma “porta dos fundos”. Não, não é: é um janelão a mostrar que, ou algo muito sério aconteceu na espiritualidade, para que não façam hoje o que faziam ontem, ou o que ontem acreditava-se ter acontecido não passou de ilusão e safadeação.
    .
    Posso estar errado e equivocado ao pensar desse modo? Posso. Porém para que o argumento do “tempo contrário à validade das investigações passadas” se mostre insustentável, seria necessário que se explicasse porque aquela categoria de fenômenos feneceu: explicar muito bem explicadinho, dizer que os espíritos “encheram o saco” de dar demonstrações e ninguém acreditar e decidiram suspender os shows é alegação na qual nem minhoca retardada admite. Ou, como segunda (e melhor) opção, reconhecer que, realmente, aqueles experimentos foram insatisfatórios: se materializações ocorreram em tempos idos deveriam acontecer na atualidade e o conhecimento a respeito dos mecanismos fomentadores do processo deveriam estar mais ampliados, muito mais, que nos tempos pioneiros.
    .
    COMENTÁRIO: A questão senhor Montalvão, é que você não pode desfazer um fato, somente pelo fato de já ter transcorrido algum tempo, o tempo não faz com que um fato deixe de ser fato, ele sempre será um fato, da mesma forma que a ciência não pode fazer com que uma coisa que é deixe de ser.
    .
    Por outro lado, um fato não deixa de ser fato, somente porque ninguém deu continuidade às investigações que levaram os cientista do passado àqueles fatos, é essa argumentação que você quer que aceitemos. É a argumentação da novidade, ou seja, os fatos do passado seriam mais fatos se fossem mais novos, ou seja, se tivessem sido feitos hoje.
    .
    Portanto, apresente uma argumentação melhor, mais convincente, – se é que existe argumentação válida contra fatos – principalmente no terreno dos fatos. Mas não, você (e a Larissa) fica apenas numa argumentação de negação sistemática, numa mesmisse, como se quisesse forçar as pessoas acreditarem cegamente no que você diz, e para manter este status, desclassifica qualquer experiências realizadas neste campo por outras pessoas, e ainda fica cobrando experiências dos espíritas como se alguma coisa estivesse te impedindo de realizá-las por você mesmo.
    .
    Portanto, qualquer que seja que lhe traga o resultado de uma experiência, você vai por todos os meios possíveis procurar desclassificá-los porque não foi realizado sob sua ótica, então, porque você não usa o FAÇA VOCÊ MESMO? Algum problema?
    .
    Vou aproveitar a oportunidade e lhe apresentar novamente alguns questionamentos anteriores que ficaram sem respostas:
    .
    Você afirmou:
    Todas as boas testagens com médiuns que se mostraram dispostos ao exame têm malogrado. Enquanto, isso, os mediunistas nem dão bola para essas evidências de que inexiste comunicação e continuam falando com falecidos… Portanto, eles têm que participar, para o bem deles.
    .
    Pergunto-lhe: Quem as realizou e em que época, e mostre-nos como foram realizadas estas experiências e quais as características apresentadas pelos que se disseram médiuns, para assim serem considerados. Quantas testagens você realizou para fazer uma afirmativa dessa natureza, e qual a causa que você acha que levou a experiência a malograr? Me aponte as possíveis causas.
    – O que é uma boa testagem para você?
    – Foram experiências feitas por você mesmo?
    – Que fenômeno você esperava obter?
    – O fenômeno (no caso) tinha que ser aquele que você determinou, ou houve outro fenômeno e você o considerou sem validade?
    – Foi porque você não obteve determinado fenômeno ou nenhum fenômeno?
    – A experiência foi bem orientada? Qual a orientação dada à reunião? Qual o método usado?”
    .
    Você, Montalvão, diz:
    Mesmo que os não-crentes achassem um sensitivo “freelancer” disposto e o submetessem à provas, e depois mostrassem aos mediunistas que os resultados foram negativos (supondo que assim ocorresse) estes retrucariam com explicações casuísticas e a encrenca continuaria. Eu mesmo tenho um experimento, que me parece relativamente bem elaborado, no qual conferi uma famosa médium (sem que ela soubesse). A mulher revelou-se matreira sob todos os pontos de vista.
    .
    Esse seu argumento é contraditório, pois primeiro você afirma “Que todas as boas testagens com médiuns que se mostraram dispostos ao exame têm malogrado”, depois você vem dizer “Mesmo que os não-crentes achassem um sensitivo “freelancer” disposto e o submetessem à provas”, afinal de contas onde está a verdade.
    .
    Depois você me fala de uma experiência realizada por você mesmo:
    “Eu mesmo tenho um experimento, que me parece relativamente bem elaborado, no qual conferi uma famosa médium (sem que ela soubesse). A mulher revelou-se matreira sob todos os pontos de vista”.
    .
    Perguntaria: Quanto tempo durou esta sua experiência? Poderíamos classificá-la mesmo como uma experiência científica? Que tipo de mediunidade era alegada por esta médium? Pelo seu relato, não tinha como fazer nenhum controle através de equipamentos que viesse a medir pelo menos o estado fisiológico/mental em que se encontrava a médium. Você poderia nos descrever como você realizou esse seu experimento sem que a médium soubesse? Ela descobriu ou desconfiou que você estava testando-a? Por que ela era uma médium famosa? O que você tencionava obter com o seu método, e porque você acha que ela se tornou ou se revelou matreira. Ela percebeu que você estava a experimentá-la?”
    .
    Você afirma:
    Todas as boas testagens com médiuns que se mostraram dispostos ao exame têm malogrado. Enquanto, isso, os mediunistas nem dão bola para essas evidências de que inexiste comunicação e continuam falando com falecidos… Portanto, eles têm que participar, para o bem deles.
    .
    Devo entender que você está se referindo a experiências feitas por você mesmo, e quando você faz uma afirmativa dessa natureza, qual a causa que você acha que levou a experiência a malograr? Por favor nos aponte as possíveis causas.
    – O que é uma boa testagem para você?
    – Que fenômeno você esperava obter?
    – Foi por que você não obteve determinado fenômeno ou nenhum fenômeno?
    – A experiência foi bem orientada? Qual a orientação dada à reunião? Qual o método usado?”
    .
    Eu gostaria de saber como você ( e também a Larissa), analisaria este caso que é mais uma prova de que os Espíritos se comunicam com os homens: Ele se encontra no livro do Dr. Carl Wickland – Thirty Years Among The Dead – (Trinta Anos Entre os Mortos) no qual relatou seus diálogos com os Espíritos.
    .
    Certo dia ao chegar do seu trabalho, à tarde, sua esposa manifestou estranho mal-estar. Sentia algo que ela mesma não sabia definir o que seria. Estava prestes a cair quando se empertigou e disse ao marido: – Que história é esta de você me cortar? (Ora, Dr. Wickland estivera fazendo um estudo de anatomia no colégio e dissecara a perna do cadáver de um homem de uns 60 anos de idade). Respondeu-lhe o médico que não estava a cortar ninguém. O Espírito, revoltado, insistiu: – Como não está? Você está cortando a minha perna. Diante deste pormenor, o médico viu então que estava a conversar com o dono do cadáver! E passou a palestrar com ele. Mas o defunto não queria saber de conversas. Não admitia fossem cortadas as suas carnes. Wickland procurou fazer a mulher sentar-se para ficar mais à vontade. O Espírito comunicante protestou, dizendo que ele, o doutor, não tinha o direito de tocar o seu corpo. Ao que o médico redarguiu: – Bem, mas eu tenho o direito de tocar no corpo de minha mulher.
    .
    – Sua mulher? Que é que você disse mesmo? Eu não sou mulher. Eu sou homem!
    .
    Foi-lhe esclarecido que ele havia abandonado o corpo físico e no momento estava se servindo de uma médium na pessoa da mulher do médico. Que o seu cadáver estava lá no colégio, objeto de estudos anatômicos. Só assim é que ele entendeu a sua nova situação espiritual. E o médico aproveitou para explicar ainda o seguinte:
    .
    – Suponha estivesse eu agora cortando o seu corpo, lá no colégio. Isto não poderia matar você. Você está aqui.
    – É, respondeu-lhe o defunto, acho que devo estar mesmo naquele estado a que se dá o nome de morto. Então, de nada me vale mais aquele corpo velho. Assim, se for para você útil aprender alguma coisa nele, corte o que desejar.
    .
    Prosseguindo no diálogo, o defunto pediu tabaco para mascar, no que não foi atendido; todavia, tal detalhe de identificação do morto serviu para Carl Wickland fazer o controle da experiência de vez que sua esposa detestava qualquer tipo de fumo e, depois, examinando melhor o cadáver, o médico verificou que o homem fora, de fato, inveterado mastigador de fumo!
    .
    Concluindo seus estudos, o autor declarou que a Humanidade está envolvida pela influência dos pensamentos de milhões de seres desencarnados que ainda não alcançaram a compreensão integral dos objetivos superiores da vida. E o reconhecimento deste fato explica uma porção de pensamentos indesejáveis, emoções esquisitas, estranhos presságios, estados de depressão, irritabilidades inexplicáveis, impulsos e explosões irracionais de temperamento, paixões sem controle, enfim, inúmeras outras manifestações mentais.
    .
    Ora, tal conclusão para quem lidou com os mortos durante 30 anos, sobre ela não pode prevalecer argumentos de quem não fez nenhuma experiência, e usa apenas a negação sistemática. Então meu amigo, fica muito difícil você me convencer que não existe mediunidade, nem espíritos se todo dia eu vivo este tipo de experiências nas reuniões de desobsessão nas casas espíritas.

  324. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa tarde
    .
    Larissa você me pergunta:
    Arnaldo, se vc estiver disposto, gostaria de tentar o experimento da mesa girante antes de envolver outrem. Q me dizes? Segundo o centro q eu freqüentava, sou médium de efeitos físicos.
    .
    Podemos perfeitamente fazer o experimento, e não vejo nada demais seus amigos participarem do feito, – se forem de Brasília, claro – quem sabe, assim descobriremos entre eles pessoas dotadas de alguma faculdade. Como falei, eu estou nos arredores de Brasília, se você pode se deslocar até aqui, tudo bem, basta entrarmos em contato e marcar um dia para nos encontrarmos e empreendermos a experiência. Autorizo ao senhor Vitor passar o meu E-mail para você, e assim entraremos em contato.

  325. GUTO Diz:

    Olha eu aqui! Não venho postar nada, mas só convidar o Arnaldo e o Arduin para conversarmos sobre uma obra do Chico. Será que poderiam me passar os seus e-mails. Ah! Tenho estudado sobre Teosofia e estou gostando muito! Não sei se vcs também se interessam por este campo do pensamento. É isso aí! Abraços espirituais! Guto.

  326. GUTO Diz:

    Quando digo postar, quero dizer voltar a discussões sem fim! Valeu!

  327. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa tarde Guto, tudo bem?
    .
    Estou desde agora autorizando o Vitor passar o meu e-mail para você.

  328. GUTO Diz:

    Meu caro, boa tarde!
    Ainda não recebi nada. Permaneço aguardando. Abraço.

  329. Toffobus Diz:

    Arnaldo: o Livro dos Médiuns está cheio de “causos” estranhos, bizarros, que Kardec usava para convalidar seus ensinamentos sobre mediunidade e evocações. Tem o da mulher que via um homem sentado à frente dela com uma caixa de rapé, da professora que se dividia em duas em plena aula, assustando as alunas, da moça que conversara sem o saber com o espírito de um homem, fato que veio ao seu conhecimento quando falou com a mãe dele e viu seu retrato na parede, ao que a mãe respondeu: não pode ser, ele morreu há 3 anos. E assim por diante. No entanto, são todos “causos” de segunda mão, não foram experimentados por ele mesmo, nem documentados, nem fotografados, foram apenas relatados, mas Kardec os considera assim mesmo porque os “acreditava” idôneos.
    .
    Eu tinha uma tia-avó, surda-muda desde os 4 anos de idade, que era o que comumente se chama “benzedeira”, isto é, dava passes a quem os pedia. Ela era tida como uma médium excepcional, e as coisas que aconteciam com ela eram tidas como verdadeiras pelo fato de ela nem ouvir nem falar (falava muito pouco e mal), nem saber ler. Certa vez ela foi surpreendida sentada ao lado do piano fechado, como que ouvindo música. Perguntaram a ela o que estava fazendo ali, e ela disse que estava “ouvindo o Frederico tocar”. Que Frederico? – perguntaram. Depois de algum esforço, alguém trouxe um álbum de compositores, e ela reconheceu a imagem do “Frederico”: Frédéric Chopin. Estaria ela ouvindo Chopin dando-lhe uma canja do além? – sendo que ela provavelmente jamais tinha sabido da existência dele. A família espírita dela está convicta que sim.
    .
    Marcelo Gleiser, um físico conhecido e autor de “A Criação Imperfeita” (cuja leitura eu recomendo), cético de origem judaica, não acredita que tenhamos sido criados por Deus, muito menos que sejamos imortais. No entanto, certa vez numa entrevista disse que já presenciou fenômenos inexplicáveis, como quando, em sua adolescência, viu a cristaleira de sua casa “explodir” sem causa aparente.
    .
    Estou dizendo tudo isso porque não nego a possibilidade de acontecerem fenômenos estranhos e bizarros como esse do médico que cortou o defunto, ou dos que eu citei, mas isso não quer dizer que tenham uma “causa espírita”, ou que possa ser abonada uma explicação espírita para esses fenômenos. O grande problema dos espíritas, e digo isso de cátedra como profundo conhecedor do espiritismo, é serem pios e crédulos demais, e admitirem como certo o que é apenas hipotético.

  330. Montalvão Diz:

    .
    Arnaldo Paiva,
    Você é parente do Paiva Neto?
    .
    Simidisculpe o imiscuimento na bela conversa entre você e Larissa, porém é por boa causa. Na última pero non derradera conversa que mantivemos no presente tópico você me acusara de ter saído da discussão sem responder às perguntas que dirigiu-me tampouco replicar suas ponderações. De duas uma, ou não viu o que lhe escrevi ou não deu atenção. Como sei que não é dado a não dar atenção ao que lhe escrevem, deduzo que a primeira hipótese seja a aplicável, razão pela reproduzo parte do texto. Caso queira replicá-lo sinta-se em casa.
    .
    ARNALDO PAIVA DISSE: […] estive esperando a sua volta no tópico PROGRAMA ‘DETETIVES DA FÉ – O MILAGRE DE CHICO XAVIER” (2013), mas infelizmente VOCÊ O ABANDONOU SEM TRAZER NENHUMA RESPOSTA às perguntas que te fiz, e nem contestar o que lá postei. Eu entendo perfeitamente, é melhor ficar calado do que admitir a verdade dos fatos[…]
    .
    COMENTÁRIO (ANTERIOR): ué, pensei não ter ficado qualquer questão pendente naquele tema. Quando saí pareceu-me que as discussões haviam findado. Vou olhar os pronunciamentos e se achar algo não respondido responderei, fique tranquilo. Ou, SE QUISER, PODE ME AJUDAR A CLAREAR-ME A NUBILOSA MEMÓRIA POSTANDO O QUE FICOU POR ESCLARECER.
    .
    COMENTÁRIO ATUAL: além do esclarecimento acima, postei outras coisas que sugiro verifique, caso esteja interessado na continuidade da conversa. Desse modo, verá que nem não fugi da discussão e quem ficou devendo resposta foi o acusador. Vejamos, em seguida, apreciações que fez à Larissa, das quais peço vênia aos dois para uns pitacos, coisa que pretendo fazer na próxima ou posterior postagem, desde que a ceifadora de existência não me ponha em sua lista de prioridades. Se voltar é porque escapei.
    .
    Saudações de quase-morte.

  331. Montalvão Diz:

    .
    ARNALDO PAIVA DIZ: A questão senhor Montalvão, é que (1) VOCÊ NÃO PODE DESFAZER UM FATO, SOMENTE PELO FATO DE JÁ TER TRANSCORRIDO ALGUM TEMPO, o tempo não faz com que um fato deixe de ser fato, ele sempre será um fato, da mesma forma que a ciência não pode fazer com que uma coisa que é deixe de ser.
    .
    Por outro lado, (2) UM FATO NÃO DEIXA DE SER FATO, SOMENTE PORQUE NINGUÉM DEU CONTINUIDADE ÀS INVESTIGAÇÕES QUE LEVARAM OS CIENTISTA DO PASSADO ÀQUELES FATOS, é essa argumentação que você quer que aceitemos. É a argumentação da novidade, ou seja, os fatos do passado seriam mais fatos se fossem mais novos, ou seja, se tivessem sido feitos hoje.
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    Portanto, (3) APRESENTE UMA ARGUMENTAÇÃO MELHOR, MAIS CONVINCENTE, – SE É QUE EXISTE ARGUMENTAÇÃO VÁLIDA CONTRA FATOS – principalmente no terreno dos fatos. Mas não, você (e a Larissa) fica apenas numa argumentação de negação sistemática, numa mesmisse, como se quisesse forçar as pessoas acreditarem cegamente no que você diz, e para manter este status, desclassifica qualquer experiências realizadas neste campo por outras pessoas, e ainda fica cobrando experiências dos espíritas como se alguma coisa estivesse te impedindo de realizá-las por você mesmo.
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    COMENTÁRIO: dê corda ao adversário, depois o derrube com as próprias falhas argumentativas que expressa sem perceber, isso dizia o sábio Jacinrolei ao seu pupilo-promissor Sossinrolado. Nosso querido Arnaldo Paiva pensa ter demonstrado as fraquezas de meus questionamentos e estaria correto se eu houvera dito o que supõe ter lido em meus ponderamentos. Bastaria que o encaminhasse à releitura dos comentários precedentes, de minha lavra, para que, tenho esperança, se visse levado a rever o magnífico discurso que publicou. No entanto, essa saudável sugestão poderia causar-lhe dificuldades, caso não fosse acompanhada dos esclarecimentos que seguem: preste bem atenção ao que lerá, pois essa leitura pode ser a diferença entre reencarnar em boa disposição ou voltar inteiramente destrabelhado. Vamos ver então, numerei os itens para facilitar a crítica.
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    (1) “não se pode desfazer um fato por ter transcorrido tempo desde que ocorreu”. RESPONDO: sem adentrar nas minudências da maravilhosa afirmação, devo informá-lo que tal pretensão não passou pela minha mente nem a milhões de anos-luz de distância. O equívoco fundamental dessa alegação, e do raciocíno que dela decorre, está no fato de que não questiono o FATO em si, mas sua INTERPRETAÇÃO. Fatos acontecem e, depois de acontecidos, não podem ser anulados. Esse ponto não está em discussão. No entanto, FATOS SE INTERPRETAM e são as intepretações que estão sendo discutidas. Portanto, dileto Arnaldo, poderíamos parar por aqui e insistir que reveja meus afirmativos a respeito do assunto em conversação para melhor compreender minha reflexão. Seja como for, continuemos…
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    (2) “Um fato não deixa de ser fato, somente porque ninguém deu continuidade às investigações que levaram os cientista do passado àqueles fatos”. RESPONDO: pois é, e onde foi que afirmei algo que ofenda essa constatação? Sei que sou ingênuo e costumo proferir ingenuidades, porém provavelmente não o sou tanto quanto supõe. Talvez por me considerar demasiadamente singelo leia minhas apreciações com espírito miúdo, o que o leva a compreendê-las miudamente. O problema, meu rei, passa distante do que externou. Continuidade às investigações do passado aconteceu, pelo menos até há alguns anos. Por exemplo, na década de 1960, 19 médicos diziam dar seguimento à experimentação com médiuns de efeitos físicos. Se examinar os livros “Materializações de Uberada”, de Jorge Rizzini; “O Fotógrafo dos espíritos”, de Nedyr Mendes da Rocha”, verá que os autores dizem relatar experiências científicas. Se quiser outro, leia “Os Médicos do Espaço”, de Luiz da Rocha Lima, falando das experiências materializativas acontecidas no Lar Frei Luiz. De qualquer modo, o FATO de que Crookes investigou fenômenos materializativos, bem como Richet, Bozzano, Myers, Scherenck-Notzing e tantos outros, não se modifica mesmo que nunca mais se falasse do assunto. Isso é óbvio e eu seria uma lesma com paralisia cerebral se dissesse algo diferente. O CASO É QUE AS EXPERIÊNCIAS COM MATERIALIZAÇÃO NÃO GERARAM CONHECIMENTO SADIO, SAUDÁVEL, PRODUTIVO, PREDITIVO, APROVEITÁVEL. ESTE É O FATO e é nesse fato que baseio minhas críticas às conclusões dos pioneiros.
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    Como pode constatar, duas de três alegações que fez nada têm a ver com meu discurso. Vejamos o que se oferece contra a terceira.
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    “Apresente uma argumentação melhor, mais convincente, – se é que existe argumentação válida contra fatos”. RESPONDO. Espíritas costumam defender a validade das alegações mediúnicas, recorrendo a essa máxima: “contra fatos não há argumentos”, como se isso fosse a verdade mais inderrubável que se possa postular. Em realidade trata-se de falácia escandalosamente disfarçada em sabedoria. Não se argumenta contra fatos sim contra a leitura que alguns fazem dos fatos. Meu querido Arduin agarra-se à alegação de que ninguém consegue lhe explicar minuciosamente como foi que Florence Cook, Dunglas Home e, sua preferida, Eva Fay enganaram Crookes. Afirma que enquanto essa detalhada explicação não bater em sua mesa continuará advogando em prol da realidade das materializações, mesmo que não consiga trazer um só exemplo atual de pesquisa que confirme e amplie o trabalho dos antigos. Nos tempos em que cientistas decidirem se meter na seara ocultista e investigar fenômenos insólitos que, supostamente, ocorriam nesses contextos o mote de que os fatos falam por si tinha certa validade (principalmente porque os pesquisadores garantiam ter adotado as cautelas necessárias para coibir a fraude), hoje não possuem qualquer valor. Não possuem porque o que lhes parecia ser o fato (ou seja, espíritos se materializam) mostrou-se errônea interpretação de eventos de outra natureza (fraudes, alucinações, desejo de ver, aceitação de testemunhos inconfirmados).

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    ARNALDO PAIVA DIZ:Portanto, qualquer que seja que lhe traga o resultado de uma experiência, VOCÊ VAI POR TODOS OS MEIOS POSSÍVEIS PROCURAR DESCLASSIFICÁ-LOS porque não foi realizado sob sua ótica, então, porque você não usa o FAÇA VOCÊ MESMO? Algum problema?
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    COMENTÁRIO: não sei porque afirma tal coisa, se reclamo exaustivamente a realização de experiências atualizadas e atualizadoras, a confirmarem o que os sábios do passado declararam ter descoberto, como inferir que minha atitude seja a de negar por negar?
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    Depois respondo às demais considerações. Agora vou assistir a um filmezinho.
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    Saudações cinematográficas.

  332. Marciano Diz:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Analfabetismo_funcional
    Eu leio tudo o que o Montalvão escreve no blog, não entendo nadica de nada, não obstante, discordo radicalmente do que ele escreve, porque sei que provém de seu ego inflado e de sua fé na descrença.
    Montalvão está precisando fazer um curso de Mecânica Quântica por correspondência com o Professor Doutor (e doublé de ator) Carlos Vereza. Só então poderá compreender algo tão profundamente complexo quanto a ciência espírita, deixará sua fé na descrença, deixará de frequentar o bar do Bigode, local de reunião de espíritos inferiores, inimigos da ciência espírita.
    Não sei qual o filme que está vendo neste momento, mas teria grande proveito se estivesse assistindo “Nosso Lar”, “Chico Xavier”, “Bezerra de Menezes”, “E a Vida Continua” “O Filme dos Espíritos”, “As Mães de Chico Xavier”.
    Eu, de minha parte, estou tão adiantado espiritualmente que preciso retrogradar, por isso vou sair para a night agora. Acredito que será debalde meu esforço, pois, segundo a ciência espírita, “Quand l’Esprit a fini une épreuve, il a la science et il ne l’oublie pas. Il peut rester stationnaire, mais il ne rétrograde pas” (“Quando o espírito conclui uma prova, fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode
    permanecer estacionário, mas não retrograda.”).

  333. Larissa Diz:

    Eu não estou em negação sistemática nenhuma. Estou até me dispondo ir ate vc para isso, tal é o meu interesse. Veja isso como uma caridade ao meu espírito involuido, que so crê no que vê.

  334. Larissa Diz:

    Para.a experiência com a mesa girante.

  335. Gorducho Diz:

    Da Gazeta de Augsbourg, n° 94 – mesas girantes chegam ao continente no vapor Washington procedente de NY, janeiro ’53:
     
    (…) Os experimentadores não têm contato entre si ou com a mesa exceto pela corrente. Esta é formada com todos pousando as mãos sobre a mesa (sem apoiar) e o dedo mínimo tocando o dedo mínimo do vizinho, de modo que o dedo mínimo da mão direita de um repousa sobre o dedo mínimo da mão esquerda do outro. Os expectadores ficam em volta zombando dos experimentadores. Após uns vinte minutos, uma das damas diz que lhe será impossível permanecer na mesa; se sente indisposta. Se levanta bruscamente e rompe a corrente.
    Esta é refeita de imediato e a lacuna fechada. A coisa se arrastava. Vi no relógio de parede que a sessão já durara mais de meia hora. Começa-se a falar em levantar; só o estudante queria ficar, dizendo que experimentava uma sensação magnética no braço direito, sensação que logo se propaga ainda mais forte ao braço esquerdo. Os outros logo dizem o mesmo, e resulta que todos componentes da corrente foram invadidos pelo mesmo fluído. Três dos experimentadores nunca tinham estado em Bremen e jamais visto o resto dos participantes. Enquanto um velho senhor me dizia não compreender como alguém poderia de divertir com semelhantes besteiras, as damas que estavam na mesa soltaram um grito, e essas sete pessoas gritam todas numa voz:
    “Ela anda, ela se mexe!” E era verdade. A superfície da mesa começa a se mover de alto a baixo, depois a mesa começa a andar sozinha.
    Nós assistentes tivemos que tirar rapidamente as cadeiras dos que deveriam continuar a formar a corrente, e a mesa, sempre em contato com as mãos, anda, indo para o norte, e girando sobre si própria com tal rapidez que as pessoas que formavam a corrente tinham dificuldade de a seguirem.
    Aconselhadas por um expectador, algumas das pessoas que formavam a corrente encostaram seus braços e roupa, e imediatamente a mesa detém imóvel.
    Em seguida se refaz a corrente e no máximo nuns três minutos a mesa se põe em movimento, correndo tão rápido que parecia estar numa carreira. Enfim cansados, deixamos a mesa e a recolocamos no lugar, defronte o sofá onde ela fica calma e imóvel, coberta por sua toalha.

  336. Arnaldo Paiva Diz:

    Larissa, bom dia
    Eu não estou em negação sistemática nenhuma. Estou até me dispondo ir ate vc para isso, tal é o meu interesse. Veja isso como uma caridade ao meu espírito involuido, que so crê no que vê.
    .
    Até antes de você se decidir a fazer a experiência, você usou a negação sistemática, então mãos a obras

  337. Arnaldo Paiva Diz:

    Senhor Montalvão
    Bom dia
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    Apesar de todo esse seu discurso acima, as perguntas que lhe formulei lá mesmo onde o senhor está se referindo continuam sem respostas, realmente você é igual ao Leão da Monte-vão, digo…Montanha, usa sempre a “saiiiiiiiiiida pela esquerda…

  338. Larissa Diz:

    Engraçado…a teoria da relatividade é testada até hj. Já o experimento de Crookes é tido como um tabu intocável.

  339. Arnaldo Paiva Diz:

    Bom dia
    .
    Toffobus Diz:
    Arnaldo: o Livro dos Médiuns está cheio de “causos” estranhos, bizarros, que Kardec usava para convalidar seus ensinamentos sobre mediunidade e evocações. Tem o da mulher que via um homem sentado à frente dela com uma caixa de rapé, da professora que se dividia em duas em plena aula, assustando as alunas, da moça que conversara sem o saber com o espírito de um homem, fato que veio ao seu conhecimento quando falou com a mãe dele e viu seu retrato na parede, ao que a mãe respondeu: não pode ser, ele morreu há 3 anos. E assim por diante. No entanto, são todos “causos” de segunda mão, não foram experimentados por ele mesmo, nem documentados, nem fotografados, foram apenas relatados, mas Kardec os considera assim mesmo porque os “acreditava” idôneos.
    .
    COMENTÁRIO: Gostaria Toffobus, que o Toffobus desse uma paradinha nestas tortuosas linhas em que estás rodando, para citar mais especificamente o endereço onde posso encontrar esta parada onde se encontra esta “professora que se dividia em duas em plena aula”, bem como “a moça que conversa com o espírito de um homem sem o saber”, a fim de que eu possa melhor me situar nesta viagem, senão o que são uns causos para a ser um caso.
    .
    Toffobus diz:
    Eu tinha uma tia-avó, surda-muda desde os 4 anos de idade, que era o que comumente se chama “benzedeira”, isto é, dava passes a quem os pedia. Ela era tida como uma médium excepcional, e as coisas que aconteciam com ela eram tidas como verdadeiras pelo fato de ela nem ouvir nem falar (falava muito pouco e mal), nem saber ler. Certa vez ela foi surpreendida sentada ao lado do piano fechado, como que ouvindo música. Perguntaram a ela o que estava fazendo ali, e ela disse que estava “ouvindo o Frederico tocar”. Que Frederico? – perguntaram. Depois de algum esforço, alguém trouxe um álbum de compositores, e ela reconheceu a imagem do “Frederico”: Frédéric Chopin. Estaria ela ouvindo Chopin dando-lhe uma canja do além? – sendo que ela provavelmente jamais tinha sabido da existência dele. A família espírita dela está convicta que sim.
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    COMENTÁRIO: Levando em consideração que seja verdade esta sua história, e mesmo que seja fictícia, nos levaria às mesmas conjecturas, portanto, não estou dizendo que você é – longe disso – mas é comum nas pessoas mediocres, não ver pontos importantes para um estudo, num fenômeno como esse relatado por você, que poderia nos levar a resultados que viesse trazer esclarecimentos sobre determinados acontecimentos, ou seja, nos levaria a uma realização de estudos em torno dos efeitos para acharmos as causas. Acredito que os resultados obtidos com os passes eram positivos, tanto é que as pessoas a procuravam, se assim não fosse, ninguém iria procurá-la, então para um observador atento, desprovido de qualquer preconceito, uma mente livre, em absoluto deixaria passar.
    .
    Quanto a questão de ela dizer que estava ouvindo e vendo Chopin – continuando com as nossas conjecturas -, e o reconhecer numa foto se ela nunca o viu quando em vida, sendo ela uma pessoa simples, analfabeta, é outra matéria de estudo, porque uma surda ouvir música e dizer que quem está tocando esta música é uma pessoa que ela não conheceu quando em vida e a identificar pela foto apresentada, e que já morreu, não deixa de ser um fenômeno paranormal ou que sai do normal, portanto, uma matéria de estudos, mas é como eu disse, a mediocridade tira a capacidade de observação racional do observador.
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    Eu também já viví um caso interessante numa Casa Espírita em que eu freqüentava. Nesta Casa além de outras atividades eu exercia a função de atender as pessoas que lá chegavam pela primeira vez. Certo dia chegou uma senhora que estava vindo pela primeira vez numa Casa Espírita com uma criança de 03 anos de idade a qual não estava bem de saúde, procurando um tratamento para a mesma. Na nossa conversa, a mãe me disse que a criança vivia dizendo que um homem o visitava sempre e que o mesmo dava remédio para ele. Eu apenas respondi que isso era coisa de criança. Mas qual não foi a surpresa para a mãe quando ela entrou numa determinada sala, e que numa das paredes estava o retrato de Dr. Bezerra de Menezes, e a criança passou a apontar para o retrato e dizer que era aquele homem que o visitava sempre. Então foi esclarecida para a mãe que aquele médico já fazia muito tempo que tinha morrido. Eis a questão…
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    Toffobus continua:
    Marcelo Gleiser, um físico conhecido e autor de “A Criação Imperfeita” (cuja leitura eu recomendo), cético de origem judaica, não acredita que tenhamos sido criados por Deus, muito menos que sejamos imortais. No entanto, certa vez numa entrevista disse que já presenciou fenômenos inexplicáveis, como quando, em sua adolescência, viu a cristaleira de sua casa “explodir” sem causa aparente.
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    COMENTÁRIO: As pessoas tem a liberdade de pensar e ter suas próprias opiniões, e devem ser respeitadas nisso. Quanto à cristaleira, deve ter sido por causa de uma imperfeição na estrutura da cristaleira, ou um desarranjo nos intestinos das células causadas por excesso de átomos que teve como consequência uma indigestão nas células que formavam o material da cristaleira causando a explosão. Em outras palavras, um PUM.
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    Você termina dizendo:
    Estou dizendo tudo isso porque não nego a possibilidade de acontecerem fenômenos estranhos e bizarros como esse do médico que cortou o defunto, ou dos que eu citei, mas isso não quer dizer que tenham uma “causa espírita”, ou que possa ser abonada uma explicação espírita para esses fenômenos. O grande problema dos espíritas, e digo isso de cátedra como profundo conhecedor do espiritismo, é serem pios e crédulos demais, e admitirem como certo o que é apenas hipotético.
    .
    COMENTÁRIO: Não pode negar porque são fatos constatados, agora sem nenhum estudo sobre os mesmos, sem nenhuma análise físicas e/ou psicológica dos fenômenos, sem nenhuma explicação… sua palavra não tem nenhuma autoridade, nenhum valor, nem como um simples comentário e muito menos como uma posição de avaliador científico de um site que se propõe a ser científico.
    .
    Convido-o como profundo conhecedor do Espiritismo, a me responder – para o meu próprio aprendizado – algumas questões para que eu possa entender sua posição como analista dos fatos apresentados, e até mesmo porque você está – penso eu -, como um dos que estão autorizados pelo site a opinar cientificamente sobre o que aqui é apresentado. Confesso que são – acredito eu -, perguntas inocentes mas que são importantes para a minha formação de idéias.
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    – Sobre os passes da tia avó surtia algum efeito sobre a saúde dos que a procuravam? O que você acha disso? Por que surtia efeito?
    – Sobre o fato de a mesma ser surda, e dizer ouvir música, e com certeza ela estava ouvindo senão não diria isto. O que você tem a dizer sobre isso?
    – Sobre dizer que estava vendo Chopin, é outra verdade, senão ela não o reconheceria numa foto de uma vez que ela nunca o viu. Qual sua análise sobre isso?
    – Por que isso não pode ser analisado sob a luz da Doutrina Espírita? Me apresente outra (as) fora da pensamento espírita para que eu possa sair apenas da analise espírita.
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    No caso da criança apresentado por mim. Como analisar este caso. Este também não pode ser explicado pela ótica espírita? Por quê?
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    Deixei por último o caso relatado da experiência vivida pelo Dr. Wilckland, que não é um único caso apresentado pelo mesmo, pois o mesmo pesquisou por 30 consecutivos.
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    O Dr. Wilckland jamais havia pensado em fazer experiências neste campo. Sua esposa jamais havia apresentado sintomas de mediunidade. De um momento para outro acontece. E só depois desse caso foi que o Dr. Wilckland resolveu entrar neste campo de investigações.
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    Começou com um mal-estar e logo pergunta para o esposo:
    Esposa: – Que história é esta de você me cortar?
    Dr.: – Não estou a cortar ninguém.
    Esposa: – Como não está? Você está cortando a minha perna.
    .
    Eu lhe perguntaria senhor Toffobus, sabendo que o médico estava a dissecar a perna de um cadáver, do qual a esposa não tinha conhecimento, a que dedução o senhor chegou sobre esse diálogo? O que o levou (você) a chegar a uma dedução qualquer que seja, por favor me explique.
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    Continuemos:
    Wickland procurou fazer a mulher sentar-se, o Espírito comunicante protestou:
    Esposa: – O doutor, não tem o direito de tocar no meu corpo.
    Dr. – Bem, mas eu tenho o direito de tocar no corpo de minha mulher.
    Esposa: – Sua mulher? Que é que você disse mesmo? Eu não sou mulher. Eu sou homem!
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    Mais uma vez senhor Toffobus pergunto a que dedução o senhor chegou nessa continuidade do diálogo? O que o levou (você) a chegar a uma dedução qualquer que seja, por favor me explique.
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    Dr. Wilckland o esclareceu de que ele havia abandonado o corpo físico e no momento estava se servindo do corpo de sua esposa para conversar com ele. Que o seu cadáver estava lá no colégio, objeto de estudos anatômicos. Só assim é que ele entendeu a sua nova situação espiritual. O Dr. explicou ainda:
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    Dr. – Suponha estivesse eu agora cortando o seu corpo, lá no colégio. Isto não poderia matar você. Você está aqui.
    Esposa – É, acho que devo estar mesmo naquele estado a que se dá o nome de morto. Então, de nada me vale mais aquele corpo velho. Assim, se for para você útil aprender alguma coisa nele, corte o que desejar.
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    Mais uma vez senhor Toffobus pergunto a que dedução o senhor chegou nessa continuidade do diálogo? O que o levou (você) a chegar a uma dedução qualquer que seja, por favor me explique.
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    Esposa – o defunto pediu tabaco para mascar, no que não foi atendido;
    Dr. – examinando melhor o cadáver, verificou que o homem fora, de fato, inveterado mastigador de fumo!.
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    Mais uma vez senhor Toffobus pergunto a que dedução o senhor chegou nessa continuidade do diálogo? O que o levou (você) a chegar a uma dedução qualquer que seja, por favor me explique.
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    Eu gostaria mais uma vez de saber por que este caso não pode ser analisado e explicado sob à luz da Doutrina Espírita, e mesmo que assim fizéssemos eu lhe perguntaria, por que seríamos classificados como crédulos? Você pode me explicar quais são os pontos neste caso que pode nos levar a sermos crédulos

  340. Montalvão Diz:

    Arnaldo Paiva,
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    Sugiro que leia atentamente os ponderamentos que seguem, para depois não vir dizer que nada respondi. Vou ver lá no outro tópico o que ficou pendente de responder, já que afirma ter ficado. Para mim aquele assunto estava findado, se for o caso porei a resposta lá e aqui, de modo que não reste pedra sobre pedra de acusativos. Agora, divirta-se…
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    ARNALDO PAIVA DIZ:Vou aproveitar a oportunidade e lhe apresentar [apresentar ao Montalvão] novamente alguns QUESTIONAMENTOS ANTERIORES QUE FICARAM SEM RESPOSTAS:
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    COMENTÁRIO: pô, devemos ambos não estar vendo os questionamentos de parte a parte: pelo visto ficou um monte de questões pendentes tanto de um lado quanto do outro, considerando que identifico vários comentários meus dirigidos a você (Arnaldo) sem resposta e ouço-o dizer a mesma coisa em relação a mim. Estaremos gagaguezando, já? De minha parte, prontifico-me a atualizar qualquer pendência existente. Começaremos pelas seguintes:
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Você afirmou: “Todas as boas testagens com médiuns que se mostraram dispostos ao exame têm malogrado. Enquanto, isso, os mediunistas nem dão bola para essas evidências de que inexiste comunicação e continuam falando com falecidos… Portanto, eles têm que participar, para o bem deles.”
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    Pergunto-lhe: Quem as realizou e em que época, e mostre-nos como foram realizadas estas experiências e quais as características apresentadas pelos que se disseram médiuns, para assim serem considerados. QUANTAS TESTAGENS VOCÊ REALIZOU PARA FAZER UMA AFIRMATIVA DESSA NATUREZA, e qual a causa que você acha que levou a experiência a malograr? Me aponte as possíveis causas.
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    – O QUE É UMA BOA TESTAGEM PARA VOCÊ?

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    COMENTÁRIO: a inquirição que faz é ampla, demasiado ampla para ser respondida em poucas palavras. Primeiramente é necessário esclarecer o que entendo por “boa testagem”, embora desconfio que você saiba tão bem ou melhor que eu o significado. Mesmo assim, vou tentar. Os mediunistas alegam possuir bons motivos para considerar as incursões de supostos desencarnados dentre os vivos a mais lídima realidade. Numa olhadela superficial parecem ter motivos para tanto. Em relação à mediunidade de efeitos físicos brandem experimentos de Crookes, Richet, Notzing, Wallace, Gibier, e muitos outros, até o casal Curie entrou nessa parada. Arduin costuma dizer que “possui” duzentos cientistas que atestaram a validade da fenomenologia mediúnica.
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    No que tange à mediunidade dita “inteligente” as provas sobejariam, visto que desde os primórdios, com as irmãs Fox e Kardec, até os dias de hoje as psicografia e derivados dariam mostras de que há inteligências invisíveis agindo entre os humanos.
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    Com tamanha riqueza de provas, por que muitos (muitos mesmo), inclusive praticamente a inteira comunidade científica (as exceções são poucas, conquanto atuantes) repudia a suposição de que somos (gostemos ou não) “assessorados” por espíritos? Temos, pois, situação paradoxal: de um lado as numerosas demonstrações de que entes sem corpo passeiam junto a nós e de outro uma multidão enormíssima que duvida dessa realidade. Sob certo aspecto, tanto duvidar quanto acreditar não tem maior valor, visto que esses acreditamentos e repudiamentos populares são erigidos em bases muito nebulosas. O que causa admiração é a ciência ortodoxa, por regra, não dar a menor atenção às alegações de mediunistas, quando essa classe de fenômenos, se realmente constatada, abriria para as investigações científicas campo de amplitude inimaginável.
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    Tudo indica que, ou há algo errado com a cabeça dos cientistas, ou algo equivocado nas provas dos mediunistas.
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    Quando passamos a examinar mais detidamente aquilo que os adeptos da mediunidade ostentam como demonstração do que pregam, encontramos múltiplos pontos indefinidos, incertos, incompletos e mesmo duvidosos. As provas no campo da mediunidade inteligente são todas subjetivas. Desconhece-se a feitura de testagens concretas por parte dos mediunistas, estas, quando são realizadas por pesquisadores independentes e não alinhados com a crença sempre (anote: sempre) revelam incongruências da parte dos supostos médiuns. Mais adiante apresentarei ilustração a respeito.
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    Em relação à mediunidade de efeitos físicos, tudo o que os defensores possuem de melhor qualidade está enterrado há mais de século. Contemporaneamente, desconhecem-se experimentos ao nível dos realizados por Crookes e Richet com materializações. Se esses sábios do passado descobriram alguma realidade nova esta feneceu com o passar dos anos. O que é muito estranho, visto que os fenômenos não morrem assim, ou eles existem ou não. Se existem, podem existir como realidade real ou como realidade forjada. Esta última significa que alguns sonhariam que certa conjetura fosse autêntica e envidam esforços para prová-la. Nesses esforços podem estar certas facilitações (intencionais ou inconscientes) com o fito de obter o resultado previsto.
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    Parece-nos um dado muito objetivo: se certa espécie de fenômeno é categorizada ele tem de gerar conhecimento contínuo e progressivo. Seria plenamente aceitável que os pioneiros ficassem na observação e registro de casos, sem desenvolverem teoria consistente que amparasse a novidade. Porém, como o decorrer das investigações essa realidade seria cada vez mais clarificada, de modo que os trabalhos iniciais fossem corroborados, retificados onde necessário, e produzissem conhecimento que pudesse se aplicado produtivamente. No caso das materializações era esperado que as diversas questões que ficaram pendentes nos experimentos iniciais estivessem elucidadas e presentemente essa forma de intercâmbio com desencarnados fosse obtida de forma mais eficiente que no passado. Toda nova descoberta no campo da ciência abre uma nova e, inicialmente, imperscrutável área de saber. As pesquisas irão explorar esse filão e dele será extraído tudo o que puder com vistas a utilizá-lo proficientemente. A indagação que cabe aqui é pertinente: com as materializações de espíritos ocorreu algo assim? O conhecimento evoluiu, as partes (vivos e mortos) melhor se articularam, as provas se acumularam e as aplicações práticas do processo se ampliaram? Hoje é possível fazer previsões com esse tipo de manifestação da espiritualidade? É mais do que claro que as respostas para tais interrogações são todas negativas. Se são todas negativas, como pode alguém conceber que espíritos possam retornar ao mundo dos vivos portando corpos orgânicos, quais verdadeiros humanos?
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    Os que acreditam na atualidade que espíritos se materializem deveriam refletir as proféticas palavras do grande Richet (ditas a cerca de um século), um dos destacados apologistas do fenômeno: “NO MOMENTO ATUAL, negá-los é passar ao lado de fenômenos fundamentalmente novos que ABREM UMA VIA FECUNDA AO FUTURO CIENTÍFICO; é afundar-se na velha rotina na qual com tanta frequência se chafurdou uma ciência oficial cega.” (“Ectoplasmias e materializações”, Tratado de Metapsíquica).
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    Charles Richet vaticinava que as materializações seriam o futuro da ciência. Ele, naqueles dias, podia dizer coisas assim, pois parecia armado com experimentações determinantes. Contudo, desnecessário ser especialista no assunto para conferir que a previsão do sábio francês malogrou por inteiro. Quer dizer, uma realidade que abriria para a ciência um novo mundo, de realizações inimagináveis, apodreceu qual árvore roída por térmitas. Tal certamente não sucederia se aquilo que os precursores imaginadamente haviam descoberto fosse real.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: – Foram experiências feitas por você mesmo?
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    COMENTÁRIO: experiência pessoal tenho uma com médium nacional, relativamente famosa, e muito conceituada dentre os que a consultam. Em minha investigação verifiquei, sem grande esforço, que as admiráveis louvações que se fazem à mulher, a respeito de sua facilidade de articular-se com mortos, são todas frutos do desejo de que ela fosse realmente contatadora de espíritos; constarei que a dita recorre a estratagemas para simular esses contatos. Posso deduzir, com base em meu trabalho e na verificação de outros da espécie, que todos (insisto, todos) os que sinceramente acreditam realizar contatos com mortos são iludidos por seus próprios psiquismos. A outra parcela de pretensos medianeiros é feita de simuladores.
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    No entanto, posso estar equivocado, por isso, venho pleiteando a realização de testagens objetivas, que ponham às claras a presença de espíritos no ambiente. Em vez de comprovações pessoais, subjetivas, do tipo alguém “ter a certeza” de que foi o parente falecido quem comunicou, provas essas que só atendem a expectativas pessoais, sugiro a feitura de testes que sejam satisfatórios a qualquer interessado em confirmar se os mortos agem dentre os vivos. Uma carta pessoal, bem escrita, ou uma pintura feita em poucos minutos, será algo muito sugestivo mas atinge somente o grupo acreditante; já uma demonstração objetiva, do tipo um espírito ler o contido em certa página de livro fechado, cujo título seja desconhecido dos presentes, esta satisfaria a qualquer interessado, fosse crente fosse cético, e mais, poderia ser repetida por qualquer curioso.
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    Se os mediunistas pensassem seriamente nas vantagens desses testes estariam em muito melhor situação: seriam respeitados, admirados e prestigiados, pois estariam na linha de frente de uma realidade propiciadora de conquistas inimagináveis à humanidade.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: – Que fenômeno você esperava obter?
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    COMENTÁRIO: na experiência que fiz, o fenômeno a ser obtido seria a manifestação real de espíritos a mim ligados (pai, mãe, amigos).
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    ARNALDO PAIVA DIZ: – O fenômeno (no caso) tinha que ser aquele que você determinou, ou houve outro fenômeno e você o considerou sem validade?
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    COMENTÁRIO: não “terminei” fenômeno algum, no caso que investiguei houve vários “fenômenos” adicionais, representados pela suposta presença de entidades não esperadas inicialmente. Todas fajutas e mal descritas.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: – Foi porque você não obteve determinado fenômeno ou nenhum fenômeno?
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    COMENTÁRIO: ou estou enganado, ou suas indagações consideram que o médium seria minha pessoa. Eu não posso “obter” fenômeno algum, não sou, nunca fui e, embora na infância “visse” espíritos, inexiste qualquer mostras de suposta mediunidade em mim. O que fiz foi investigar alguém que se diz médium, ou seja, capaz de canalizar espíritos. O resultado foi inteiramente negativo, ficou claro que a mulher não contata nenhum desencarnado, apesar de muitos alegarem que receberam revelações “admiráveis”.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: – A experiência foi bem orientada? Qual a orientação dada à reunião? Qual o método usado?”
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    COMENTÁRIO: não foi reunião, foi contato particular com a medianeira. A experiência está disponível para seu exame, basta informar o e-mail que envio.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Você, Montalvão, diz:
    Mesmo que os não-crentes achassem um sensitivo “freelancer” disposto e o submetessem à provas, e depois mostrassem aos mediunistas que os resultados foram negativos (supondo que assim ocorresse) estes retrucariam com explicações casuísticas e a encrenca continuaria. Eu mesmo tenho um experimento, que me parece relativamente bem elaborado, no qual conferi uma famosa médium (sem que ela soubesse). A mulher revelou-se matreira sob todos os pontos de vista. Esse seu argumento é contraditório, pois primeiro você afirma “Que todas as boas testagens com médiuns que se mostraram dispostos ao exame têm malogrado”, depois você vem dizer “Mesmo que os não-crentes achassem um sensitivo “freelancer” disposto e o submetessem à provas”, afinal de contas onde está a verdade.
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    COMENTÁRIO: não sei que contradição viu. O que falei do “freelancer” se aplica a uma investigação oficial, do tipo realizado com Eusápia Palladino, em que o médium concorda ser verificado ostensivamente, a fim de demonstrar que é legítimo. Essa concessão não é facil atualmente de ser obtida. Se o fosse você, ou Arduin, ou outro espírita, já teriam indicado, aos céticos que aqui opinam, ao menos meia dúzia de médiuns, ansiosos por demonstrarem-se legítimos . A investigação que realizei com a médium foi feita a partir de consulta (paga) como se fosse um dos muitos clientes que a procuram.
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Depois você me fala de uma experiência realizada por você mesmo:
    “Eu mesmo tenho um experimento, que me parece relativamente bem elaborado, no qual conferi uma famosa médium (sem que ela soubesse). A mulher revelou-se matreira sob todos os pontos de vista”. Perguntaria:
    Quanto tempo durou esta sua experiência? [RESPOSTA: cerca de uma hora]
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    Poderíamos classificá-la mesmo como uma experiência científica? [RESPOSTA: de certo modo sim, pois permitiu extrair conclusão baseada nas evidências obtidas].
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    Que tipo de mediunidade era alegada por esta médium? [RESPOSTA: “mediunidade inteligente”]
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    Pelo seu relato, não tinha como fazer nenhum controle através de equipamentos que viesse a medir pelo menos o estado fisiológico/mental em que se encontrava a médium. [RESPOSTA: esse nível de sofisticação foi desnecessário para o experimento levado a cabo].
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    Você poderia nos descrever como você realizou esse seu experimento sem que a médium soubesse? Ela descobriu ou desconfiou que você estava testando-a? [RESPOSTA: a consulta foi telefônica. Gravei toda a conversa. Ela pareceu, no início, desconfiar de que algo pudesse estar sendo feito controlativamente, depois relaxou.]
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    Por que ela era uma médium famosa? O que você tencionava obter com o seu método, e porque você acha que ela se tornou ou se revelou matreira. Ela percebeu que você estava a experimentá-la?”
    [RESPOSTA: era famosa por gozar de fama, ao menos no contexto espiritista: tenho visto vários comentários elogiosos sobre ela na internet. Veja ao final um exemplo. Ela não “se tornou matreira”, ela é matreira, visto aplicar a técnica de leitura fria com seus inocentes consultantes. Ela não percebeu que estava a ser experimentada, nem ela nem os “espíritos” que estariam junto.]
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    Você afirma:
    Todas as boas testagens com médiuns que se mostraram dispostos ao exame têm malogrado. Enquanto, isso, os mediunistas nem dão bola para essas evidências de que inexiste comunicação e continuam falando com falecidos… Portanto, eles têm que participar, para o bem deles.
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    Devo entender que você está se referindo a experiências feitas por você mesmo, e quando você faz uma afirmativa dessa natureza, qual a causa que você acha que levou a experiência a malograr? Por favor nos aponte as possíveis causas.
    [RESPOSTA: não estou me referindo a experimentos meus, estes são poucos, falo em termos genéricos. Minha experiência não malogrou, ao contrário, foi bem sucedida, o que malogrou foi a suposição de que a mulher fosse contatadora de espíritos.]
    .
    – O que é uma boa testagem para você? [RESPOSTA: é aquela que utiliza metodologia simples e obtém resultados concretos].
    .
    – Que fenômeno você esperava obter?
    [RESPOSTA: não esperava obter “fenômenos”, pretendia verificar se a profissional demonstraria capacidade de falar legitimamente com espíritos. O “fenômeno” já estava implícito: contatar almas de mortos.]
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    – Foi por que você não obteve determinado fenômeno ou nenhum fenômeno?
    [RESPOSTA: foi porque ficou claro que a alegada mediunidade é forjada].
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    – A experiência foi bem orientada? Qual a orientação dada à reunião? Qual o método usado?”
    [RESPOSTA: você está repetindo perguntas. Não houve reunião, a não ser a “reunião” entre mim e a “médium”. O método utilizado foi o de lançar diversas inquirições, dentre elas algumas iscas, a fim de conferir se a presença de espíritos podia ser deduzida dos resultados.]
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Eu gostaria de saber como você ( e também a Larissa), analisaria este caso que é mais uma prova de que os Espíritos se comunicam com os homens: Ele se encontra no livro do Dr. Carl Wickland – Thirty Years Among The Dead – (Trinta Anos Entre os Mortos) no qual relatou seus diálogos com os Espíritos.
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    “Certo dia ao chegar do seu trabalho, à tarde, sua esposa manifestou estranho mal-estar. Sentia algo que ela mesma não sabia definir o que seria. Estava prestes a cair quando se empertigou e disse ao marido: – Que história é esta de você me cortar? (Ora, Dr. Wickland estivera fazendo um estudo de anatomia no colégio e dissecara a perna do cadáver de um homem de uns 60 anos de idade). Respondeu-lhe o médico que não estava a cortar ninguém. O Espírito, revoltado, insistiu: – Como não está? Você está cortando a minha perna. Diante deste pormenor, o médico viu então que estava a conversar com o dono do cadáver! E passou a palestrar com ele. Mas o defunto não queria saber de conversas. Não admitia fossem cortadas as suas carnes. Wickland procurou fazer a mulher sentar-se para ficar mais à vontade. O Espírito comunicante protestou, dizendo que ele, o doutor, não tinha o direito de tocar o seu corpo. Ao que o médico redarguiu: – Bem, mas eu tenho o direito de tocar no corpo de minha mulher.”
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    “- Sua mulher? Que é que você disse mesmo? Eu não sou mulher. Eu sou homem!”
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    “Foi-lhe esclarecido que ele havia abandonado o corpo físico e no momento estava se servindo de uma médium na pessoa da mulher do médico. Que o seu cadáver estava lá no colégio, objeto de estudos anatômicos. Só assim é que ele entendeu a sua nova situação espiritual. E o médico aproveitou para explicar ainda o seguinte:
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    – Suponha estivesse eu agora cortando o seu corpo, lá no colégio. Isto não poderia matar você. Você está aqui.
    – É, respondeu-lhe o defunto, acho que devo estar mesmo naquele estado a que se dá o nome de morto. Então, de nada me vale mais aquele corpo velho. Assim, se for para você útil aprender alguma coisa nele, corte o que desejar.”
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    “Prosseguindo no diálogo, o defunto pediu tabaco para mascar, no que não foi atendido; todavia, tal detalhe de identificação do morto serviu para Carl Wickland fazer o controle da experiência de vez que sua esposa detestava qualquer tipo de fumo e, depois, examinando melhor o cadáver, o médico verificou que o homem fora, de fato, inveterado mastigador de fumo!”
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    “CONCLUINDO SEUS ESTUDOS, o autor declarou que a Humanidade está envolvida pela influência dos pensamentos de milhões de seres desencarnados que ainda não alcançaram a compreensão integral dos objetivos superiores da vida. E o reconhecimento deste fato explica uma porção de pensamentos indesejáveis, emoções esquisitas, estranhos presságios, estados de depressão, irritabilidades inexplicáveis, impulsos e explosões irracionais de temperamento, paixões sem controle, enfim, inúmeras outras manifestações mentais.”
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    Ora, TAL CONCLUSÃO PARA QUEM LIDOU COM OS MORTOS DURANTE 30 ANOS, SOBRE ELA NÃO PODE PREVALECER ARGUMENTOS DE QUEM NÃO FEZ NENHUMA EXPERIÊNCIA, e usa apenas a negação sistemática. Então meu amigo, fica muito difícil você me convencer que não existe mediunidade, nem espíritos se todo dia eu vivo este tipo de experiências nas reuniões de desobsessão nas casas espíritas.
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    COMENTÁRIO: ora, ora, meu dileto opositor, a ingenuidade desse relato e a pasmosa “conclusão” de quem diz ter estado trinta anos entre os mortos é patente. A regra universal das leis cósmicas reza que cabe aos habitantes de cada dimensão resolver os problemas que ali se produzem. Desde quando, a não ser na infantil cabeça de alguns, espíritos precisariam de vivos para elucidar seus conflitos espírito-existenciais? Um morto carece consultar vivos (mediunidade invertida) para descobrir-se morto? Do outro lado não haveria gente capacitada para esclarecer as dúvidas, caso essa fantasia fosse realidade? O que o texto expõe é a (má) concepção do Dr. Carl a respeito de como funcionaria o mundo além, concepção essa que é admita por quem aceitar as palavras desse “pesquisador”. De que material ele dispõe para nos demonstrar que a “outra” vida funcione conforme noticia? Observe, ainda, o argumento de autoridade: foram trinta anos de “pesquisa”, temos, então, de aceitar que as declarações de Carl Wickland possuem força de lei. Tenho certeza de que esse sujeito lucraria muito mais se passasse trinta anos tomando uns goles no bar do bigode.
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    Pegue, a seguir, exemplo da fama da médium que testei. Depois segue ilustração de testagem objetiva com médiuns.
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    “Hoje, eu acredito” – 03 de janeiro de 2012 às 15:50 –
    Mônica é nascida e criada em Santo Ângelo e não há espíritas na família. Todos pertencem a uma religião evangélica tradicional, há muitas gerações. Encerrado o ensino médio, ela foi estudar na Capital do Estado, onde concluiu curso superior e cumpriu a sua opção profissional. Lá, casou e no verão passado ficou viúva. O pai deixou o mundo físico há três ou quatro anos. Ela e o esposo desencarnado nunca acreditaram na continuação da vida após a sepultura. Mas a vida sabe o que faz, como diz a médium Zíbia Gasparetto. Por e-mail, Mônica conta que uma grande amiga, residente em Porto Alegre, consultou uma “cartomante” e ficou impressionada com as informações recebidas, muito além do que se espera de uma cartomante de ofício. O relato da amiga foi, sem dúvida, a primeira senha para que a remetente também fosse lá no bairro Cavalhada.
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    A segunda senha, a Mônica encontrou no meu livro de crônicas, como compartilha a sua inesquecível experiência:
    – Tenho que lhe contar que talvez um mês atrás, estive em Santo Ângelo e a mãe me emprestou o teu livro de crônicas. Qual não foi minha surpresa, quando quase no final do livro você falou na Sônia, com endereço e tudo. Era a mesma pessoa comentada pela minha amiga. Isso não é um sinal? Hoje fui vê-la, e fiquei realmente muito emocionada, pois ELA ME FALOU TANTAS COISAS DESCONHECIDAS PARA ELA, QUE EU, REALMENTE, TIVE CERTEZA QUE MEU MARIDO E MEU PAI ESTAVAM ALI COMIGO. Foi muito emocionante. Eu só falei meu nome, nada mais. Então ela pegou minha mão direita e como que começou a balbuciar palavras, trazendo notícias confortadoras. Eu e meu marido sempre fomos bastante céticos em relação a essa vida depois da morte, não acreditando mas querendo muito acreditar. Hoje posso te dizer que ACREDITO, pois tudo que ela me falou, aconteceu. Por isso tudo, você foi a primeira pessoa que eu estou contando o resultado da consulta com a médium.
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    Por outro lado, a cobrança da consulta, quase cem reais, provocou uma pergunta da Mônica:
    – A única coisa que me causou estranheza foi o fato dela cobrar a consulta. Eu sempre ouvi dizer que os médiuns em geral fazem isso de graça.
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    Respondi a ela:
    – Os médiuns espíritas de fato não cobram nada por trabalhos prestados, tudo é de graça. Nas casas espíritas, ninguém ganha salário, nenhum tipo de gratificação financeira. O médium espírita sabe que ajudando os outros, ajuda a si mesmo. Lá também não há cobrança de dízimo. Jesus nunca pediu dinheiro pra ninguém, nem instalações luxuosas para Deus. Aliás, os guias espirituais salientam que as casas espíritas mais modestas são as que recebem maior amparo dos benfeitores do Alto. Ocorre que há médiuns em vários segmentos religiosos. A Sônia não é médium espírita, é umbandista, que permite cobranças. O médium americano James Van Praagh também cobra consultas, vive disso. Ele também não é espírita, me parece ser católico. Na verdade, ele e a Sônia não têm tempo para mais nada, tanta é a procura de consultas. Não podemos condená-los por isso, até porque, como nos advertia o Chico Xavier, não podemos julgar ninguém, absolutamente ninguém. De qualquer forma, ambos confortam pessoas que não conseguem enxugar lágrimas ante a separação provisória de algum ente querido. Eles trazem dados induvidosos sobre a vida espiritual, retificando conceitos antigos de muita gente, como é o caso presente da Mônica. Antes, cética. Agora, certa de que a morte não existe. E a compreensão dessa realidade maravilhosa traz equilíbrio à conduta humana, alarga horizontes e nos presenteia com a fé raciocinada.
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    A PALAVRA DO CHICO XAVIER – A consciência é o que há de restar de tudo o que somos.”
    http://www.jornaldasmissoes.com.br/colunas/oscar-pinto-jung/id/420/hoje-eu-acredito.html
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    2º ARTIGO: “Videntes conseguem provar seus poderes quando testados em laboratório?
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    A convite da Merseyside Skeptics Society (Sociedade dos Céticos de Merseyside), duas médiuns profissionais aceitaram participar de um teste de laboratório em que poderiam demonstrar seus poderes mediúnicos.
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    O desafio consistia em descrever características de cinco voluntários aleatórios que se sentavam (em silêncio, vale acrescentar) atrás de uma tela opaca. Das dez descrições, apenas duas estavam corretas.
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    “Embora tenham demonstrado confiança ao longo do experimento, nenhuma delas conseguiu fazer mais de uma leitura correta, um resultado totalmente consistente com a probabilidade”, diz o professor Chris French, que ajudou a elaborar o desafio. “É uma pena que não tenham passado, mas ficamos bastante satisfeitos por elas terem aceitado participar”.
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    Mediunidade à prova
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    Embora tenha sido apenas uma em cinco, a descrição feita pela médium Kim Whitton deixou a modelo surpresa: “Ela mencionou muito especificamente algo em que eu estava pensando bastante durante a sessão, ela acertou no ponto, nome e tudo o mais. Isso me chocou um pouco”, relata a voluntária.
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    Whitton tem mais de 15 anos de experiência como médium e curandeira, e aparece regularmente em igrejas espiritualistas em Londres e arredores. Foi a primeira vez em que testou cientificamente sua mediunidade.
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    “Eu sempre quis participar de um teste como esse, já que gostaria de criar uma ‘ponte’ entre energia psíquica e ciência”, conta a médium. “Os céticos precisam perceber que você não pode ver, ouvir e sentir tudo como se fosse matéria sólida com os olhos, ouvidos e corpos humanos. Médiuns usam toda uma parte do cérebro que não é devidamente desenvolvida no homem comum. No todo, eu realmente gostei da experiência”.
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    A outra participante, Patricia Putt, aceitou em 2009 o desafio proposto pela Fundação Educacional James Randi, que oferece 1 milhão de dólares (cerca de R$ 2 mi) a quem demonstrar em laboratório poderes paranormais. Não chegou a se classificar.
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    Em relação ao teste mais recente, Putt não ficou abalada. “Eu lamento por ter aparentemente falhado, mas não estou tão surpresa”, conta. “Eu gostaria de apontar que o trabalho que faço é sempre cara a cara, por isso trabalhar ‘às cegas’ é extremamente difícil para o médium”.
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    Ceticismo
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    “Embora os resultados do nosso experimento não refutem habilidades paranormais, o fato de que nossos médiuns não puderam passar no que consideraram um teste bastante simples e justo sugere que alegações de que essas habilidades existem não são baseadas na realidade”, diz Michael Marshall, vice-presidente da Merseyside Skeptics Society. “É NOTÁVEL QUE, DEPOIS DE CENTENAS DE ANOS DE INVESTIGAÇÕES, NINGUÉM FOI CAPAZ DE DEMONSTRAR A HABILIDADE DE ENTRAR EM CONTATO COM OS MORTOS”.
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    Para o cientista Simon Singh, que ajudou a elaborar e conduzir o teste, a alegada mediunidade estaria relacionada com uma capacidade intuitiva de captar pistas daqueles que procuram os serviços do médium. “Eu suspeito que pessoas como Pat e Kim são intuitivas e de modo subconsciente captam dicas sutis, como a linguagem corporal, pistas verbais e outras. Isso dá uma ilusão de poderes paranormais”, sugere.
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    Whitton, por sua vez, nega essa explicação. “Eu não uso pistas verbais ou linguagem corporal em minhas leituras como mencionado por Simon Singh, uma vez que apenas peço que a pessoa me dê seu nome completo e nada mais e que fique em silêncio enquanto eu recebo informações sobre ela”.[Daily Mail UK]
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    http://hypescience.com/videntes-conseguem-provar-seus-poderes-quando-testados-em-laboratorio/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

  341. Montalvão Diz:

    Arnaldo,
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    Você está correto: “faltei” responder a seu longo inquirimento no tópico “Detetives da fé”: não sei como não o notei, provavelmente quando fui lá ou não estava ele ou não estava eu no meu melhor momento. Comecei a esclarecê-lo e ilustrá-lo, uma parte das respostas estão dadas. Vá lá e se informe do que for necessário para ser feliz e melhor entender o que for entendível.
    .
    Saudações atualizativas.

  342. Montalvão Diz:

    Arnaldo,
    .
    Outro pedaço das elucidações de que necessita foram colocadas no título pertinente. Confira-as, pois. Breve estarei quites com as pendências e sua loquaz pessoa devidamente iluminada.
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    Saudações madrugantes.

  343. Biasetto Diz:

    Vejam aí:
    http://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/gerson-monteiro/seminario-sobre-materializacao-de-espiritos-em-santos-9058791.html

  344. Biasetto Diz:

    Fiz uma leitura um tanto que superficial sobre alguns comentários recentes no post, especialmente sobre alguns apontamentos do Arnaldo Paiva, que achei bem interessantes.
    O tempo (o entusiasmo também) tem sido meu inimigo ultimamente, de forma que não tenho me dedicado com a intensidade de “outras épocas” a estes assuntos/temas.
    De qualquer forma, às vezes passo por aqui, para dar uma olhadinha.
    Histórias interessantes, sempre existiram e continuam existindo, sobre espiritualidade, fenômenos paranormais, a questão ufo. O problema é que quando se começa a fazer uma peneirada nisso tudo, pouca coisa sobra, que realmente mereça alguma dedicação especial. Já contei aqui no blog sobre dois “sonhos premonitórios” que tive, que até hoje me intrigam, um já faz mais de duas décadas; outro, uns seis ou sete anos. Bem, também já ouvi histórias interessantes de amigos(as) que frequentam centros, igrejas … enfim …
    Tem pessoas em minha família que afirmam ser médiuns, tenho conhecidos também.
    O problema todo é que as evidências são sempre muito frágeis ou simplesmente não existem.
    E quando se tratam destes ícones religiosos, estes gurus espirituais, aí a coisa complica de vez, porque pesquisas sérias mostram que, no mínimo 50% do que afirmam é farsa, os outros 50% são duvidosos.
    Há mais de 20 anos, quando ainda era bancário, uma colega se encantou com o mahikari e começou a convidar todos os funcionários da agência a conhecer o grupo que ela frequentava. Ela vivia fazendo imposição das mãos em tudo e em todos. Uma vez, eu e mais dois colegas aceitamos o convite dela e fomos no tal mahikari. Bem, logo de cara, te dão um envelope pra você colocar uma graninha e isto é muito comum pra tudo que você queira lá dentro – eles chamam de “contribuição”, “doação”, “agradecimento” – tudo bem, a casa precisa pagar a conta de luz, água, aluguel …
    Basicamente, eles falam que através da imposição das mãos pode-se passar energias que curam as pessoas, física e espiritualmente. Mas para isto é preciso fazer um curso e estar desintoxicado, limpo em todos os níveis.
    Bem, uma coisa que me chamou a atenção lá, foi que esta amiga (ela continuou no mahikari – hoje é “mestre alguma coisa”) me mostrou uns vidros com alimentos, lembro-me que havia arroz em alguns deles, aí ela mostrou que em um vidro o arroz estava em bom estado, depois de vários dias, porque diariamente recebia a imposição de mãos (do pessoal do mahikari) e em outro vidro, o arroz estava apodrecido porque não recebia este tratamento. Ela disse que este tipo de experiência poderia ser realizada por qualquer um de nós, com várias substâncias, o que provaria que passamos energias pelas mãos.
    Eu nunca fiz a experiência.
    Já que vocês estão falando em testes, fica a dica.

  345. Larissa Diz:

    Eu fui da Mahikari por vários anos, de 1997 a 2006. Inclusive fui lider de um pequeno grupo.
    A Maikari é uma crença que mistura xintoísmo e ensinamentos da messiânica, só que de forma piorada.
    É uma completa lavagem cerebral, que manipula a ignorância das pessoas. Lembro-me que eu lavava os banheiros da instituição com escova de dente porque Deus Su (o Deus deles), abominava a sujeira, que refletia o meu carma e sentimento.
    Tenho muitas histórias sobre a Mahikari e posso compartilhar. Se quiserem saber mais, aconselho a leitura do livro All the Emperor’s men, de Garry Greendwood, um ex líder da seita. Download gratis.

  346. Toffo Diz:

    Arnaldo: todos os “causos” que citei estão no Livro dos Médiuns, quando ele fala de aparições de pessoas vivas, bicorporeidade, agêneres etc. Desculpe, mas não sou dado a votos longos e nem a dissertações intermináveis, sou pela simplicidade e pela síntese. Mas repito o que digo: se há fenômenos bizarros e incomuns, e certamente os há, a explicação espírita para eles é apenas uma entre muitas, e longíssimo de ser “a” verdadeira. A minha crítica não está na admissão ou não da existência de semelhantes fenômenos (aliás eu amo de paixão relatos de fantasmas e assombrações, e sempre lamento que nesses relatos as pessoas geralmente fujam dos supostos seres do além em vez de interagirem com eles; se bem que, na maioria dos relatos, as almas e assombrações agem como mulas ou jumentos, ou acusados de crimes: empacam, não falam nem respondem a nenhum questionamento. Mas isso é outra história). Voltando: a minha crítica não está na admissão ou não da existência de semelhantes fenômenos, mas na maneira garantista com que os espíritas explicam tais fenômenos – geralmente tomando a nuvem por Juno – sempre respaldados na afirmativa de alguma entidade, no ensino dos espíritos e no que Kardec disse. Essas explicações podem satisfazer intra corporis, isto é, dentro da grei, dentro dos que comungam as mesmas ideias, mas na verdade não passam de explicações “ad hoc” (para isso, sob medida, de encomenda).
    .
    Quanto à minha tia-avó supostamente ouvir música, nenhum problema. Eu admito que ela tinha alguma faculdade excepcional, não necessariamente extrassensorial. Não sou cientista, sou operador do direito, mas é sabido que as pessoas que têm determinadas deficiências corporais compensam-nas com a acuidade excepcional em outras faculdades (os ouvidos dos cegos, por exemplo). Ela sempre surpreendeu as pessoas com suas atitudes e seu comportamento, e dentre outras coisas acreditava-se que ela “lia” o interior das pessoas. Sim, muita gente alega ter sido curada ou melhorada com os passes dela, tanto é que ela ficou famosa no final da vida, e paravam ônibus de romeiros à porta dela para ela os abençoar. Não tenho gabarito para analisar essas curas, mas sei que a psicologia estuda o efeito benéfico da fé e da indução sobre estados patológicos do corpo. Não tenho notícia de que algum experimento científico tenha sido feito nela, nem EEG, nem nada, e como a família era espírita acabou prevalecendo a explicação espírita para tudo o que ocorria com ela. É interessante acrescentar que, nos anos finais, ela teve um agravamento da catarata e acabou ficando cega, uma nova Helen Keller: surda, muda e cega. Mas até onde conseguiu enxergar, ela acompanhava as novelas na TV tão bem quanto qualquer espectador são. E, mesmo cega, era possível conversar com ela pelo tato, embora com mais dificuldade. Eu prefiro acreditar na possibilidade das pessoas com algum tipo de deficiência irem além do normal das pessoas sãs – como atestam os maravilhosos resultados das paraolimpíadas e dos trabalhos com os portadores de Down, por exemplo. O caso dessa minha tia-avó não seria diferente.

  347. Biasetto Diz:

    Pois é Larissa, estes segmentos religiosos adoram fazer lavagem cerebral em seus seguidores. Esta amiga que citei, até onde mantive contato com ela, porque sai do banco (quando estava pra ser privatizado), via impureza em tudo, tudo era veneno, tudo tinha que ser purificado. Uma loucura!
    Toffo, minha esposo tem um amigo cego, católico fervoroso, que faz “rezas de curas” pra todo mundo. Aparece até em canais de tevê católicos. Ele já fez previsões pra mim, só errou.
    Sei de várias pessoas em que ele aplicou rezas, que não sofreram melhora alguma, mas mesmo assim, tem um monte de fãs.
    É assim que funciona: muitos o procuram, ele reza pra todos, alguns veem sua vida melhorar, aí acham que foi a reza do católico-cego que ajudou, vai saber né? Talvez, a probabilidade matemática tenha uma explicação melhor pra isso, mas …

  348. Biasetto Diz:

    * minha esposo = minha esposA, hahaha!

  349. Marciano Diz:

    Todas essas armações dependem da crendice das pessoas, nenhuma delas resiste a uma análise crítica, racional.
    O problema é que as pessoas gostam de fantasia e costumam misturar fantasia e realidade. Eu as separo. Fantasia, para mim, só em literatura, cinema, teatro…

  350. Larissa Diz:

    Biasetto – Tinha gente lá na Mahikari que comia sopa com uma mão e aplicava a luz (assim era o jargão) na sopa, por debaixo da mesa, para purificar o alimento.
    .
    Hoje, lá em casa, o assunto mahikari viou piada. Mas eu era uma kumite (nome dos participantes) que fui dedicada nos primeiros anos. Depois fui me afastando aos poucos até que em 2006 entreguei o omitama (medalha sagrada que faz conexão com Deus Su) e acabei com a palhaçada.

  351. Larissa Diz:

    De marte: Você tem toda a razão.

  352. Larissa Diz:

    Só uma observação: saí da Mahikari para o Espiritismo…realmente, eu tinha uma tendência muito forte a acreditar em papai noel. Felizmente, a ciência me salvou do inferno na terra, o único que, de fato, sei que existe.

  353. Antonio G. - POA Diz:

    Marciano, acho que padecemos do mesmo mal: Excesso de adiantamento espiritual. Tenho feito um considerável esforço para retroceder um pouco. Era mais divertido quando eu era menos evoluído. rsrsrsrs…
    .
    Abraços gerais.

  354. Montalvão Diz:

    Arnaldíssimo,
    .
    Pus outro tasco dos respondimentos no tópico “Programas detetives da fé”, visite-o e se deleite (ou, se preferir, se dê leite).
    .
    Depois volto sem revolta.

  355. Montalvão Diz:

    Prezado Arnaldo Paiva,
    .
    Serviço de utilidade pública: noticio que postei mais uma postagem no tema “Programa Detetives da Fé”, acrescentando outro capítulo esclarecitivo.
    .
    Não se desesqueça de dar passadinha lá, para depois não vir reclamar que deixei de responder aos seus perguntamentos.
    .
    saudações de fé.

  356. Marciano Diz:

    Larissa, não conheço esse tal de Mahikari. O que significa kumite? Nos meus tempos de shotokan, jiu kumite era a luta. O árbitro dizia ha jime (acho que significa “lutem”) e a porrada comia solta. Não é brincadeira.
    .
    Salve, Antonio.
    Apareça mais frequentemente.
    O Biasetto anda meio cansado daqui, nem tem mais paciência de ler os comentários.
    Vocês fazem falta.
    .
    Montalvão, “Qui lavat asinum perdit aquam et saponem”. A água e o sabão são seus, você desperdiça como quiser. “Quamvis acerbus, qui monet, nulli nocet” (Ainda que acerbo, quem avisa, a ninguém prejudica).
    Saudações conselheiras.

  357. Larissa Diz:

    A mahikari é uma seita japonesa que diz ser a verdade suprema. É politeísta nos moldes do xintoísmo. Prega uma série de barbaridades como “Jesus está enterrado no Japão”, com foto da tumba e tudo, e que os verdadeiros judeus são os japoneses. Kumite são os seguidores da seita, que são iniciado, mediante “agradecimento” em dinheiro, em três seminários. Nestes seminários, os kumite recebem uma medalha chamada omiitama, que os liga novamente a deus – todos os outros seres humanos estão desligados ou quase desligados de deus devido a seus pecados.
    .
    No ano 2000 era o fim do mundo e vários kumites passaram a passagem de ano no dojo, igreja deles. Como nada aconteceu, o Armmagedon foi transferido para 2012. Como nada aconteceu novamente, a explicação q eles deram é que as orações do grão mestre, Odairi Sama, salvaram a humanidade.
    .
    O espiritismo não é nem de longe a seita mais maluca.

  358. Larissa Diz:

    Arnaldo, saia do passado. Não voltemos mais a uma postagem de julho. Há tantos outros assuntos interessantes …

  359. Biasetto Diz:

    Larissa,
    O que mais me agrada neste blog é a oportunidade de conhecer pessoas muito cultas. Aprendi muito com elas aqui. Sou fã declarado de vários participantes do blog, destacando o Toffo e o Montalvão, extremamente intelectualizados e muito sábios com as argumentações. Há outros participantes que também mandam muito bem, o Gorducho, o próprio Arduin, apesar da teimosia com algumas crenças, o NFV traz pesquisas muito legais, enfim, citar nomes é sempre complicado, e estou mencionando apenas aqueles que já participam há mais tempo.
    Gosto muito do DeMarte e do Antonio G. também. Respeito muito a opinião deles, sempre bem fundamentadas, o ceticismo que eles defendem é lógico, inteligente, interessante, crítico, gosto muito mesmo. Só acho, veja bem, ACHO, que exageram (principalmente o DeMarte) em não considerarem alguma história, “umazinha aqui” ou “ali”, que mereça certa atenção.
    Veja bem, você diz que deixou das fantasias – e eu considero isto muito bom, porque também já me iludi com um monte destas “tralhareiras” todas aí também. Agora, você disse que não é ateia, aí eu já discordo de ti. Pra mim, é mais sensato a existência do espírito, do que de deus. Neste ponto, concordo com o Vitor Moura.
    Já que histórias foram citadas aqui, vou citar uma que um amigo me contou há poucos meses.
    Ele me disse que há dois anos, o filho adolescente começou a reclamar de uma dor no pé. Reclamou, reclamou, reclamou … aí ele levou o menino ao ortopedista, que examinou o pé do garoto e disse que esta dor é comum na adolescência, mas pediu uma tomografia. O exame foi feito, voltaram ao médico – e o médico disse que não havia nada de errado, recomendou 10 sessões de fisioterapia que iria ficar bom …
    Passou-se mais de um ano, o menino voltou a reclamar das dores no pé, a mãe do menino resolveu dar uma olhada na tomografia e viu que lá havia uma interrogação, dizendo sobre um possível cisto.
    Ela comentou com uma médica, numa consulta de rotina, e esta solicitou uma ressonância magnética pro garoto. Na ressonância foi confirmado o cisto no pé do menino, um cisto de 2 cm.
    A médica disse pra mãe do menino: “veja isto, porque pode ser um tumor” e todos ficaram assustados.
    O pai, a mãe do menino, o irmão mais velho, o menino, entraram em pânico, ficaram indignados com o 1º médico, aquelas coisas, aqueles drama …
    O avô materno correu contatar um outro ortopedista, muito conhecido na cidade, muito experiente, até já um tanto idoso, mas muito conceituado, que viu o exame do menino e disse: “nossa, ele tem um tumor aí, que está comendo o osso dele, precisamos tirar logo isto”.

    Bem, a partir daí, foi marcada uma consulta com o tal ortopedista, que atendeu ao menino, explicou que iria fazer uma primeira cirurgia no pé do menino, no osso cubóide, tirando o cisto, mantendo o osso aberto, para enviar o pedaço doente para exame de biópsia – e que durante este período (uns 15 a 20 dias) até que o resultado saísse, o menino ficaria com ferros (parafusos) no local, para só então, fazer um enxerto no local, retirando uma parte de osso da bacia do garoto.
    Isto tudo, porque não era aconselhável fazer biópsia antes da cirurgia, porque a região oferecia risco de sangramento e não poderia ser mexida.
    O pai do garoto achou o procedimento um tanto complicado, mas acreditou na competência, na experiência do médico e deu entrada no plano de saúde para autorização da cirurgia, documentação, exames, procedimentos.
    Só que o médico, ele atendia na cidade, só uma vez por semana, porque ele atendia nos outros dias em São Paulo. E, errou duas vezes, nos documentos. Assim, atrasou com as papeladas.
    O pai do garoto, comentou com um outro profissional, um clínico geral, sobre o que estava acontecendo e perguntou sobre o tal ortopedista que iria fazer a cirurgia no filho dele. Então, veio a saber, por este clínico geral que: “olha, ele é um ótimo profissional, mas não anda bem de saúde, além disso, já está um tanto ultrapassado”.
    O pai do garoto ficou com aquilo na cabeça, comentou com a esposa, pensaram em procurar outro profissional, mas quando comentaram isto com o avô do menino, este respondeu: “começar tudo de novo, agora que a cirurgia esta marcada, isto pede urgência”.
    Depois de meses, a cirurgia estava marcada para uma terça-feira.
    Na segunda-feira à noite, a mãe do menino disse: “Ai meu Deus, se por algum motivo, não for o melhor para o meu filho, não permita que o doutor X coloque as mãos nele”.
    A cirurgia estava marcada para as 14 horas, era para darem entrada às 10 horas no hospital, na manhã de terça-feira. Às 8 horas da manhã da terça, a Santa Casa ligou, dizendo que o doutor não havia passado bem, havia sido internado e a cirurgia havia sido cancelada.
    A história não terminou ainda.
    A partir daí, a família procurou outro profissional, indicado por aquele clínico geral, citado na história, Este outro ortopedista, especializado em tumor ósseo, conhecia uma técnica diferente de biópsia, sem corte, fez a biópsia pré-cirúrgica, constatou um cisto aneurismático, benigno, que não exige obrigatoriedade cirúrgica, a não ser quando há incômodo constante (quem decide é o paciente), porém, o enxerto pode ser feito na mesma cirurgia da extração do cisto, sem precisar tirar osso da bacia.
    Bem, este meu amigo, me disse o seguinte:

    “Biasetto, você me conhece, não sigo religião alguma, também sou cético, mas o doutor X ia fazer uma tremenda cagada no meu filho, ia fazer duas cirurgias, quando uma já resolvia, ia deixar o menino quase um mês com o pé aberto, ia arrancar osso da bacia do menino e ainda por cima, sei lá o que mais ele iria fazer, porque ele está muito doente, nem volta mais a trabalhar e nós não sabíamos disso. Então, sinceramente, todos os atrasos que ocorreram até que a cirurgia fosse marcada e ele ter passado mal na véspera da cirurgia de meu filho, me leva a acreditar que espíritos agiram pra evitar que ele pusesse a mão no meu filho.”

    O DeMarte e meu amigo de POA vão rir de mim, mas já vivenciei umas histórias assim. Eu ACHO que os espíritos amigos ajudaram, atrapalhando a realização da cirurgia do garoto, pelo profissional X, porque sabiam que ia dar meleca.
    Agora, vejam bem, isto não significa de maneira alguma que considero estas historinhas toscas espiritistas-chiquistas-divaldistas e mais outras bobageiras como sérias.
    Eu acho que sobrevivemos à morte do corpo físico, algo em nós sobrevive e pode voltar à experiência do corpo físico. E acho que existem afinidades entre os espíritos e que estes espíritos tentam se ajudarem, da mesma forma como uns espíritos desequilibrados também tentam atrapalhar outros, sejam encarnados ou desencarnados, mas isto é apenas achismo.
    Como realmente isto acontece, penso que quem está aqui na Terra não sabe responder com qualidade – e esta turma que se mete a ser médium, fica misturando toda esta bobageira de crenças religiosas, divindades, messias, salvador, filho de deus e mais um monte de bla-bla-blas e não ajudam em nada.
    Da mesma forma como aqui na Terra, entre pessoas de carne e osso existem aqueles que tentam se ajudar, alguns tentam atrapalhar (fazer o quê?) o mesmo ocorre com os que se encontram desencarnados.
    Mas não consigo ver nada de deus nesta jogada toda, também não faço a menor ideia de como isto tudo surgiu.
    Não ia falar, mas já falei.
    Também tenho mais umas histórias nesta linha, mas deixa pra outro dia, quem sabe!

  360. Montalvão Diz:

    Biasetto,
    .
    Brigadu pelas elogiosas words: embora dela não me considere merecedor mesmo assim grato, faz bem ao ego…
    .
    A história que conta tem certas nuances que podem ser melhor refletidas. A sequência dos acontecimentos parece apontar para uma solução mística ou parecida, dando ao problema do garoto o melhor direcionamento. Mas, tem uma coisinha: se eles continuassem com as orientações do primeiro médico não teriam chegado a bom termo sem precisar passar por todos os contratempos que citou?
    .
    Vejo às vezes as pessoas falarem que o melhor é consultar uma segunda opinião, porém, como garantir que a segunda opinião será melhor que a primeira? Vamos, então, precisar de uma terceira opinião, que pode ser melhor ou pior que as outras, para garantir mesmo o recomendável é consultar a quarta cabeça. Se esta quaternária consulta casar, digamos, com uma das demais, seremos propelidos a concluir que seja a melhor. No entanto, pensando bem, não há garantia que a harmonia entre dois opinamentos elimine a qualidade dos divergentes. Nesta situação recomenda-se buscar a quinta consideração… Agora, imagine se a ponderação número cinco for diferente de todas outras? O que fazer? Claro, consultar a sexta opinião…
    .
    Desde 2004 não adentro em consultório médico. Caso me aconteça algo que doa muito farei uma concessão, se doer razoavelmente aguentarei, se doer só um pouquinho esqueço. Não recomendo a tática para ninguém, porém comigo tem funcionado…
    .
    Saudações medicinais.

  361. Marciano Diz:

    Obrigado pelas informações, Larissa.
    Outra coisa interessante (não sei nada de japonês) é que dojo, no judô, jiu-jitsu e karatê, é o local onde se pratica a luta. Muita gente chama erroneamente de tatame, este era o material que era usado para amaciar o dojo, agora é resina plástica mesmo.
    .
    Biasetto,
    Obrigado por me escalar para a seleção, mesmo jogando na defesa ou ficando no banco eu fico muito feliz por ser incluído no time que você mencionou.
    Você é um cara bastante safo também.
    Eu não exagero, mas isto dá muito pano pra manga.
    Sobre a existência de espírito ser mais sensata do que a existência de deus, eu acho que é como imaginar um galo (macho) pondo ovo, um porco pondo ovo e uma amendoeira pondo ovo. Imaginar um macho pondo ovos é delírio, as outras duas coisas são delírios bizarros.
    Quero dizer que, para mim, se imaginar espíritos é delírio, imaginar divindades é delírio bizarro (veja o conceito em qualquer site sobre psiquiatria).
    .
    Não sei quanto ao Antonio, mas eu estou mesmo rindo (desculpe-me) de sua história.
    Apenas coincidência.
    Em qualquer vôo, sempre tem passageiros que não conseguem embarcar. Se o avião cai, o cara começa a imaginar que foi algum deus ou espírito que impediu que ele embarcasse.
    Isto é apenas coincidência, esse médico deve ter feito muita merda. Se fosse algum deus ou espírito, seria um filho da puta. Por que evitar a tragédia com esse garoto em particular e não evitar com outros?
    É o acaso, só isso.
    .
    .
    Montalvão,
    Agora é que seu ego inflou mesmo. Deve estar voando por aí, tal qual a Dona Redonda.
    Eu também não gosto muito de médicos, pelas razões expostas.
    Saudações saudáveis.

  362. Larissa Diz:

    Biasetto,
    Eu também tenho algumas histórias interessantes. Compartilho uma: Há uns dois anos, sonhei a noite toda com a minha mãe. Ela estava em um supermercado junto a um atendente, passando a mão em um Fiat uno azul escuro. Eu olhava apenas olhava a cena. Minha mãe chamava o atendente e dizia “A primeira coisa que vou fazer é trocar a marcha”. Acordei e contei o sonho a minha mãe. Para minha surpresa ela relatou que no dia anterior fez compras em um supermercado e que estava concorrendo a um fiat uno. Ela, que acredita em “o segredo” e coisas assim, passou a mão por todo o carro mentalizando que ganharia. Ao olhar o interior do carro, falou para o atendente que a primeira coisa que faria era trocar a marcha, pois queria um carro automático.”
    .
    Não tive nenhum acesso à informações, uma vez que quando cheguei em casa minha mãe já tinha ido dormir. Coincidência?
    .
    Eu acredito em um Deus não-intervencionista e sem características antropomórficas do tipo, é bom e é justo. Acredito que coisas fantásticas possam acontecer e que eu não as entendo. Eu não acredito em sobrevivência da personalidade.
    .
    E não acredito mais em espiritismo. Minha esperança era que eles fizessem o que este site faz: pesquisas sérias. O que encontrei foi credulidade e arrogância, além de um profundo antropocentrismo.

  363. Larissa Diz:

    Marciano: Dojo, no jargão da Mahikari, é o local onde se aplica a luz divina – okyiome. Uma informação interessante é que os jovens recebem treinamento quase militar para enfrentar o batismo do fogo – o fim-do-mundo deles. Eu participei de alguns treinamentos, um, inclusive, em uma base militar em GO. Os kumite eram orientados a ter uma “mochila de emergência” , com suprimentos e instrumentos básicos para sobrevivência.
    .
    A mahikari daria um estudo muito interessante.

  364. Larissa Diz:

    O Montalvão me faz dar boas risadas com seu humor fino 🙂

  365. Marciano Diz:

    Larissa, a coincidência explica muitas histórias. Não explica a sua, mas fazer ilações baseado em wishful thinking não é uma boa ideia.
    Sua história pode ser explicada com alucinação mnêmica (se não conhecer o fenômeno, antes de qualquer reação, procure informar-se sobre o assunto) e fabulação.
    .
    “Fabulações
    A Fabulação consiste no relato de temas fantásticos que, na realidade, nunca aconteceram. Em grande parte, resultam de uma alteração da fixação e de uma incapacidade para reconhecer como falsas as imagens produzidas pela fantasia. O conteúdo das fabulações, como bem salientou Lange, procede do curso habitual da vida anterior, acontecendo muitas vezes que, achando-se perturbada a capacidade de localizá-las no tempo, lembranças isoladas autênticas completam erroneamente as lacunas da memória. Nos casos em que existem alterações dos conceitos e desorganização da vida instintiva, pode-se observar a produção rica de conteúdos fabulatórios absurdos e inverosímeis, que, habitualmente, adquirem um aspecto oniróide. Em outros casos, certas imagens oníricas são rememoradas e atualizadas como lembranças autênticas.
    Enquanto as Fabulações preenchem um vazio da memória e se mostram como que criadas para este fim, podendo variar de tema e conteúdo, as Alucinações Mnêmicas não mudam, tal como uma idéia delirante. No sentido mais particular, a Fabulação é, nos estados em que não há delírio, um sintoma de comprometimento orgânico.”
    .
    “Alucinações Mnêmicas são criações imaginativas com aparência de reminiscências e lembranças, porém, não correspondem a nenhuma imagem de épocas passadas. Nos psicóticos surgem, frequentemente, lembranças reais de vivências irreais que podem atribuir uma história de vida completamente diferente. São lembranças que não correspondem a nenhum acontecimento vivido.
    Pacientes pré-demenciais ou demenciais podem apresentar essas Aucinações Mnêmicas como cenas acontecidas recentemente. Uma paciente em início de demenciação insistia que um antigo namorado vinha quase todas as noites visitá-la de carruagem. Descrevia a cena com detalhes minuciosos.
    Não se trata de realização de sonhos nem tampouco de alucinação dos sentidos, pois muitos dos acontecimentos são situados no tempo em que o indivíduo normalmente se ocupava do seu cotidiano. Em outros casos, as alucinações da memória são menos sistematizadas e constam apenas de particularidades isoladas.”
    .

    Não são apenas pessoas com problemas mentais que são suscetíveis a tais fenômenos, pessoas absolutamente normais como você também podem (e sucede com muita frequência) apresentá-los.
    E não se esqueça de que você tem uma personalidade mística, você já foi kumite, já foi espírita. . .
    Sua memória pode ter te traído, fazendo com que você acrescentasse detalhes a um sonho não tão detalhado assim.
    E não é comum a pessoa sonhar a noite inteira com um assunto qualquer, principalmente se for coisa banal, como concorrer (e, suponho, não ganhar) a um prêmio.
    Cuidado com os truques da mente.
    .
    Coisas fantásticas realmente acontecem, por exemplo, viagem de humanos até à Lua, computadores, internet, TV a cabo, satélites, bombas de hidrogênio, colisores de hádrons. Tudo isso é muito mais fantástico do que poderes paranormais, espíritos e divindades. Estamos tão acostumados com essas maravilhas da ciência que as achamos normais.
    A diferença é que essas coisas fantásticas existem, são facilmente explicáveis, qualquer um pode aprender sobre elas.

  366. Gorducho Diz:

    Puxa, que síntese perfeita: credulidade e arrogância, além de um profundo antropocentrismo.

  367. Marciano Diz:

    Larissa,
    estou apenas tentando te ajudar a continuar no bom caminho, o da realidade.
    Não se esqueça do que eu disse ao Montalvão:
    “Quamvis acerbus, qui monet, nulli nocet” (Ainda que acerbo, quem avisa, a ninguém prejudica).

  368. Marciano Diz:

    Montalvão, por falar nisso, não se esqueça de que “À blanchir la tête d’un âne, on perd sa lessive.”
    Você tem muita água e sabão, estou impressionado.

  369. Marciano Diz:

    Montalvão, acho que você sabe a que estou me referindo. É o seu desperdício de água e sabão tentando uma coisa impossível, que é lavar a cabeça de um asno.

  370. Marciano Diz:

    Vá gastar água e sabão assim lá no Bar do Bigode.

  371. Marciano Diz:

    Larissa, o que eu quis dizer com não ser comum se sonhar a noite inteira com um assunto qualquer é que os sonhos não ocorrem dessa maneira, você não deve ter sonhado a noite inteira, a gente só sonha na fase REM e sonhos recorrentes não são comuns durante toda a mesma noite.
    Sua lembrança de sonhar a noite inteira deve estar distorcida.
    Isso é coisa de sua personalidade mística, mas seu raciocínio crítico está compensando satisfatoriamente.
    Continue a exercitar o pensamento crítico, deixe as fantasias para os momentos de lazer.
    Não fique brava comigo pela sinceridade, é na melhor das intenções, embora eu saiba que delas o caminho do inferno está cheio.
    O Biasetto também tem personalidade mística, mas tem raciocínio crítico.

  372. Biasetto Diz:

    Estes “apontamentos espiritóides” afirmo na condição de puro achismo, o que considero uma virtude, pois tenho aversão a estes que se dizem na certeza da existência de deus, de espíritos, mas não têm evidências concretas para apresentar.
    Histórias sobre o assunto existem de todos os tipos, pra todos os gostos. Algumas eu considero interessantes, é meu ponto de vista.
    Os questionamentos feitos pelo Montalva e o DeMarte são bons, sempre são, por isso também os admiro e os respeito, tudo bem.
    Gostei da história da Larissa, boa, muito boa!
    Há cinco anos, eu trabalhava na atual escola em que leciono do estado e numa escola particular numa cidade vizinha, estas escolas de rede (uma rede famosíssima), que vende o nome e tal, e ia duas vezes por semana lecionar nesta escola. Aí quando chegou no mês de agosto, nos pagaram metade do salário, o mesmo aconteceu em setembro; não recebemos nada em outubro, novembro e dezembro (nem 13º). Bem, o dono da escola lá na cidade estava “quebrado”, não tinha grana, disse que não tinha como pagar, que outra pessoa talvez assumisse a escola e talvez tudo se resolvesse … eu fiquei “p” da vida, final de ano, não era minha principal fonte, mas fazia parte do meu orçamento.
    Aí, eu estava em casa, dezembro, chateadão, sem grana, pensando o que iria fazer, resolvi sair pra dar uma volta sem rumo e me veio a ideia de ir até o bairro onde cresci e passar na banca de revistas de um amigo de longa data. Chegando lá, me encontrei com um outro amigo, que apareceu lá pra comprar um jornal da cidade, que é muito procurado aos sábados, porque traz muitos “classificados locais”, mas o jornal chega às bancas no finalzinho da tarde de sexta – era uma sexta-feira, por volta das 18 horas, aí este amigo que eu não via há tempos, também professor, começamos a conversar e ele me disse que estava trabalhando numa cidadezinha que fica perto de Bragança, numa escola da prefeitura e que estava sendo realizado um concurso, que havia uma vaga pra História, que as inscrições se encerravam naquela sexta às 22 horas, que eu deveria fazer a inscrição, era pela internet.
    Sai dali, fui pra casa, acessei a internet, fiz a inscrição, prestei a seleção, passei e fiquei com a vaga.
    Passado isto, um dia eu estava conversando com este amigo lá escola, aí falei pra ele sobre estas coincidências, que às vezes a vida nos presenteia, que nos surpreende, por que naquele dia, resolvi sair de casa, resolvi ir à banca, me encontrei com ele, ele me disse sobre o concurso, tudo deu certo. Ele me disse que a sogra dele pediu pra ele comprar o jornal, que ele costuma ir em outra banca, mas naquele momento resolveu ir àquela banca, porque veio uma vontade de rever o bairro.
    Aí, ele me contou também, que antes dele ter prestado o concurso anterior que o tinha colocado nesta escola da pref., ele estava trabalhando numa indústria da região ali da Fernão Dias, próxima a Extrema. E estava muito bem. Só que aí, depois de 3 anos na empresa, veio uma crise lá e vários funcionários foram demitidos, inclusive ele. Aí ele ficou 6 meses procurando emprego, sem sucesso, até que resolveu começar a dar aulas como eventual, porque a grana acabou e ficou assim, passando dificuldades por mais de um ano. Foi quando surgiu o concurso da pref. e ele passou. Só que aí, tinha acontecido o seguinte: ele tinha uma conta na Caixa Federal desde a época em que ele trabalhava na indústria, porque os funcionários recebiam pelo banco. Quando ele ficou desempregado, o cheque especial dele “estourou” e ele não conseguiu cobrir e o banco sapecou ele – ele me disse que tentou pagar como podia, mas o banco já tinha entupido de juros, tarifas – e nisso eu acredito, porque os bancos fazem isto mesmo, de modo que ele me disse que “largou” lá, porque não tinha como pagar. Aí teve o nome incluso no serasa, spc e tudo mais. Bem, quando ele passou no concurso da pref. ficou feliz e foi providenciar a documentação, foi na pref. e ficou sabendo que a pref. exigia conta na Caixa Federal, porque a pref. pagava os funcionários e tinha convênio com este banco. Foi quando ele pensou: “caramba, tenho a pendência lá na federal, minha dívida deve estar enorme lá, como que vou fazer, como vou abrir a conta lá, como vou resolver isto?”
    Ele ficou matutando e ficou baixo astral, tinha uns dias ainda pra ele levar toda a documentação, o número da conta no rh da pref. e ele estava “enrolando”. Era sábado, e a esposa dele disse que havia uma aniversário da filha de uma amiga, que queria muito que eles fossem. Ele disse que estava tão “pra baixo” que disse pra esposa que não iria, que ela fosse sozinha, que ele não estava afim, tudo isso por causa da conta na Caixa Federal. Aí, bem quase na hora da esposa ir pra festa, ele disse que deu “estalo” na cabeça dele e ele resolveu ir. Foram. Estando lá festa, ele se deparou com uma amiga, que nem imaginava que estaria na festa, que trabalhava na Caixa Federal. Surpreso, ele pensou em tocar no assunto, ficou meio constrangido, mas resolveu contar o problema. Mais surpreso ele ficou ainda, quando a tal amiga lhe disse, que naquele mês (e o mês estava no final), a Caixa Federal estava realizando uma espécie de “promoção” para umas “dívidas perdidas”, consideradas valores pequenos e que os devedores que procurassem a Caixa poderiam resolver a pendência por ofertas bem baixas. Pois bem, na segunda-feira, ele foi ao banco e pode pagar a dívida por um valor muito baixo, mais baixo do que o próprio valor principal de quando aconteceu o fato gerador, anos atrás.

    Enfim, são histórias, apenas histórias interessantes.
    Simples coincidências?
    Por que muitas vezes falham?
    Por que parecem só acontecer com alguns?
    Mas que me levam a pensar que existe “alguém” querendo nos ajudar no “além”, muitas vezes eu sinto isto.
    Da mesma forma, também sinto, outras vezes, que tem “gente” querendo atrapalhar, mas …

  373. Larissa Diz:

    De marte: No caso da minha mãe, até poderia ser algum truque da minha mente, mas já aconteceram casos com pessoas distantes, com as quais não tinha contato algum há meses.
    .
    Diante do ocorrido, eu fiz uma profundíssima investigação neurológica junto a uma das melhores neurologistas do Brasil para afastar qualquer possibilidade de doenças como a epilepsia do lobo temporal. Ela me explicou que sonhos lúcidos e muitas vezes logicamente concatenados são comuns em pessoas com qualidade de sono ruim, como meu caso (eu fiz uma polissonografia). Ela, que é atéia, informou que não quer dizer que os sonhos sejam um evento sobrenatural mas, por enquanto, não há nenhuma explicação na medicina.
    .
    Eu dei o assunto por encerrado e quase não falo mais disso. Mas gosto de ouvir oponiões a respeito. Diferentemente dos espíritas, eu admito que não sou infalível e que meu passado místico me condena eternamente a ser mais cautelosa.

  374. Larissa Diz:

    Rs, eu não fico brava. Eu expus o que expus pq estou disposta a ouvir opiniões, quaisquer q sejam.

  375. Toffo Diz:

    Essa história do Biasetto tem algo a ver com a história da tia-avó passista. Lembro-me de uma historinha, velha de 50 anos, eu tinha ido a uma festa no dia anterior e negligenciado a lição de casa. Quando cheguei, era muito tarde e a minha mãe, tirânica como sempre, proibiu que eu fizesse a lição àquela hora, e consequentemente deixando que eu me ferrasse no dia seguinte. Fui à aula com cara de cachorro que quebrou a panela, sem a lição. Não é que justamente naquele dia a professora tinha dilatado as pupilas e não estava em condições de ler, portanto me safei? Nos meus 9 anos, não imaginei que fosse intervenção divina, mas com certeza era uma coincidência, para mim feliz, hehe. No caso que o Biasa apresentou, houve tantas intervenções puramente humanas e escolhas (a segunda opinião médica), que fica difícil admitir a intervenção dos deuses ou dos espíritos, embora aparentemente isso tenha acontecido – e culturalmente as pessoas que têm formação religiosa tendem a acreditar nisso. No caso da minha tia-avó, eu tendo a achar que era mais provável que ela tivesse faculdades excepcionais em virtude das suas próprias limitações físicas: ser surda e muda, além de, provavelmente, ser dona de uma inteligência privilegiada. Pergunta-se: se ela fosse sã, seria o que foi sendo portadora de deficiência?
    .
    Para terminar, tenho outro caso muito interessante: uma advogada conceituada do meu conhecimento trabalhava então no Banco Crefisul no Edifício Joelma, aquele que incendiou em 1974. Na manhã do incêndio, ela acordou e disse à mãe: não vou trabalhar, estou sem vontade. Estava ainda na mesa do café quando viu pela TV as imagens da tragédia. O que a teria feito ‘enforcar’ o trabalho justamente naquela manhã, fato que possivelmente tenha lhe salvado a vida?

  376. Larissa Diz:

    Quem aqui se lembra da morte dos Mamonas Assassinas? Um dos integrantes da banda teve uma premonição: http://www.youtube.com/watch?v=KIV3vwobODE a partir de 5:00 min.
    .
    O que acham disso?

  377. Larissa Diz:

    Toffo: “se ela fosse sã, seria o que foi sendo portadora de deficiência?”
    .
    Não, não seria. Há um caso de um homem cego que desenvolveu uma habilidade de localização parecida com os morcegos. Ele emite um assovio e o eco o ajuda a não esbarrar em objetos. Deve haver o vídeo com a reportagem no youtube.

  378. Marciano Diz:

    Toffo,
    Acho que você não leu meu comentário acima, sobre os aviões.
    Pessoas vivem faltando ao trabalho. Quando nada acontece, esquecem. Quando ocorre uma tragédia, foi um “aviso”. Por que só avisam algumas pessoas? E aqueles que só se deram mal por acaso?
    O acaso governa tudo no Universo, quem vê ordem nas coisas está somente validando o conceito de apofenia.
    .
    Larissa,
    Eu já citei aqui o Guy de Maupassant, sobre premonições.
    As pessoas vivem fazendo premonições, elas não dão certo quase nunca e as pessoas esquecem as premonições erradas.
    De vez em quando, precisam acertar (se não fosse assim, aí sim, seria estranho). Quando acertam, lembram-se e contam a história, alimentando o mito do fantástico.
    Várias pessoas já previram a minha morte, porque gosto de altíssimas velocidades e carros possantes, porque já fui policial e era muito audaz, coisas assim. Estou vivinho. Se tivesse morrido, apareceria um monte de gente contando a história da premonição.
    Minha mãe era mística e vivia tendo premonições da minha morte, me dando conselhos. Apenas uma mãe com medo de perder o filho de forma trágica. Coisa natural.
    .
    O papo aqui está ótimo (graças ao verdadeiro milagre da ciência e da tecnologia), mas eu preciso voltar ao trabalho.
    Volto aqui assim que puder.

  379. Larissa Diz:

    Marciano: “As pessoas vivem fazendo premonições”
    .
    Eu: Certo que há as que acham que tem super-poderes (vulgo psicóticos) e vivem fazendo premonições. Nisso estamos de acordo que a chance de acerto é 50% – sim ou não.
    Mas há aquelas que não vivem fazendo premonições e estas simplesmente acontecem, como é o caso do Mamona Assassina que previu a a queda do avião.
    .
    Eu não estou só falando somente de premonições, que é a visão do futuro, mas de “causos” como os que eu, Toffo e Biasetto relatamos em que parece haver um sentido extra (não gosto de falar assim, mas não sei como me expressar de outra forma)
    .
    Um caso famoso? Nikola Tesla e suas fantásticas visões.

  380. Larissa Diz:

    http://www.ee.uwa.edu.au/~chandra/Downloads/Tesla/MindOfTesla.html
    Em inglês. Enjoy!

  381. Marciano Diz:

    Larissa, você não entendeu. Eu quis dizer o seguinte: a gente vive brincando, dizendo que o avião vai cair, ou então sonhando que o avião vai cair. Como ele não cai, a gente esquece. Se acontece de cair, todo mundo lembra e diz que fulano disse que o avião iria cair ou sonhou que o avião iria cair.
    Memória seletiva.
    Foi o caso dos Mamonas.
    Se o avião não tivesse caído, ninguém se lembraria.

  382. Montalvão Diz:

    Marciano,
    .
    Essa você vai gostar (e quem mais se interessar): a inteira obra de Bach disponível para download.
    .
    http://www.blockmrecords.org/bach/download.htm
    .
    Saudações bachianas

  383. Biasetto Diz:

    Talvez estes “avisos” sejam raros, sutis e/ou de difíceis assimilações.
    Lembro-me de que quando contei sobre um sonho meu aqui, um sonho que me intriga até hoje, o Montalva, com toda sua categoria, contou sobre um acontecimento em que, pelo que pude entender, estava chegando com umas compras (algo assim), vindo pela rua, quando teve uma “leve impressão” de que algo iria acontecer, titubeou e foi assaltado. Lembra disso Montalva?
    Quem sabe, algum “anjo da guarda” tentou te avisar, mas não deu muito certo?
    Larissa, você sabe muito mais do que eu sobre o Mahikari, mas lendo suas histórias, parece que estou vendo minha colega lá do banco. Tudo ela ficava “benzendo” com as mãos, tudo ela queria “purificar”. E a lavagem cerebral funcionou nela. Não parou de fazer os tais cursos. Ela se aposentou, é solteira, casou com este troço, tem uns broches, tipo “medalhas” representando algum grau de liderança, evolução, sei lá!
    Lembro-me também, que lá no Mahikari eles diziam “oshizumari”, procede? O que é isso?
    DeMarte, este papo de “galo botando ovo”, não tem nada a ver. Você parece o Scur, quando disse que ateu-espírita é o mesmo que um “quadrado-redondo”.
    Não concordo com esta ideia, em tese, de que não é possível existir espírito sem existir deus. Ou, em outras palavras, a obrigatoriedade de que espíritos só podem ser obra de deus.
    Pode ser até – estou apenas conjecturando – que o espírito tenha surgido depois da vida biológica. Até acho que o Vitor pensa algo assim.
    Se não me engano também, acho que o Gorducho (se não foi ele, não me lembro quem foi), disse alguma coisa aqui, uma vez, que pode ser que (caso exista ‘plano espiritual’) nem no plano espiritual, os espíritos realmente têm alguma certeza se deus existe.
    Quando os iluministas passaram a criticar ferozmente as crendices e a defender a razão e a ciência, muitos deles (a maioria, é verdade), não conseguiu deixar de acreditar na existência de deus. Entretanto, eles trocaram o teísmo pelo deísmo. Voltaire era um deísta convicto. Vários filósofos franceses achavam que o universo seria uma espécie de relógio, repleto de engrenagens que funcionavam em perfeita harmonia. E, uma vez que a existência do relógio é a prova da existência do relojoeiro, porque alguém fez o relógio, então deus seria um grande relojoeiro, pois teria feito o universo com todas as suas engrenagens.
    O problema é que o universo não é “tão harmonioso” assim. Para muitos é um caos total, apenas temporariamente equilibrado em alguns pontos, mas também num equilíbrio frágil, que pode ser rompido a qualquer momento. Além disso, sabe-se muito bem, que o “universo-relógio” é resultado de bilhões de anos de transformações, e que estas transformações continuam em processo contínuo, portanto não cessam.
    Sempre há “algo de podre no reino da Dinamarca”: uma hora vai feder.

  384. Marciano Diz:

    Valeu, Montalvão. Vou completar minha coleção.
    Adoro música barroca, Bach (o João Sebastião) em particular.
    Aliás, gosto do período barroco nas artes plásticas também, só não gosto muito do barroco brasileiro (tipo Aleijadinho).
    Acho que o Toffo vai gostar também.
    .
    Biasa,
    Tu também não me entendeste, acho que estou perdendo a capacidade de expressar meus pensamentos de forma clara. O que eu quis dizer foi que a ideia de divindades é mais louca do que a de espíritos, mas ambas são igualmente disparatadas.
    Quando ao Scur, acho que ele estava se referindo ao termo espírita como “espírita kardecista”. Se for isto, ele tem razão.
    .

    Essa história do relojoeiro é usada pelos TJs. É completamente ridícula. Quem teria feito o relojoeiro? E assim por diante, “ad infinitum”.
    .
    O conceito de harmonia só existe na nossa cabeça, o universo não tá nem aí pra isso. O universo é o que é, nós vemos harmonia porque queremos. Não é caos nem harmonia, só é. Isso de caos ou harmonia tem a ver com a nossa cabeça apenas.
    O universo não obedece às leis da física. Esta é que tenta descrever como é o universo.
    Se não existisse vida (na Terra somente, muito provavelmente), o que seria caos ou organização no universo?
    São conceitos humanos, assim como tempo e espaço.
    Na hora em que “feder”, vai feder para quem? Alguma galáxia, alguma estrela, alguma nuvem de poeira e gás? Pelo menos para o planeta Terra? Ou para uma anomalia chamada vida, existente e conhecida até agora apenas neste planetinha de merda?
    Resumindo, é isto.
    Se não entenderem de novo, desisto.

  385. Marciano Diz:

    Minha capacidade de síntese é uma porcaria.
    Não consigo organizar meu tempo de forma a escrever longos textos (todos ótimos) como o Montalva ou o JCFF.
    Resultado: ninguém me entende.

  386. Marciano Diz:

    Agora vou aproveitar o milagre da tecnologia e cair de ouvidos no link do Montalva.
    Saudações melódicas a todos, e saudações agradecidas ao grande Montalva.

  387. Marciano Diz:

    Montalva,
    o formato é AAC, melhor do que mp3 mas pior do que flac.
    Sem problemas, meu player tem codec para o formato.
    Já estou baixando TUDO.
    Brigadão, véi.

  388. Toffobus Diz:

    Marciano: meu preferido, disparado, do barroco tardio (primeira metade do século 18), é Scarlatti. O homem profetiza, na real, Stravinsky. Amo de paixão. Tanto no cravo quanto no piano.

  389. Larissa Diz:

    Marciano, claro q eu entendi o q vc disse. Mas acho q vc reduz tudo à fantasia, delírio, etc. Eu não sei se é bem por aí. Mas entendo perfeitamente seu ponto de vista. A mente prega muitas peças mesmo. Vc leu o texto sobre o Tesla? O q achou?
    .
    Bisetto, vc desenterrou o oshizumari. Eu tinha esquecido. Isso consiste em passar as mãos ao longo do corpor da pessoa para acalmar o espírito. A mahikari é uma seita fechada e perigosa. Na Belgica ela foi processada. Tenho muita compaixão pela sua colega. Eu entrei muito nova e saí ainda jovem, mas há pessoas q passam a vida ali entocados. No espiritismo levei as coisas bem mais light.
    .
    Minha dificuldade em acreditar em espírito e reencarnação é que eu não consigo engolir nenhuma justificariva quando ao ser humano ser superior às demais espécies. Pq isso ter alma e reencarnar é um privilégio do ser humano?? E se os animais não tem alma nem livre-arbítrio, logo não tem carma. Então pq eles sofrem?

  390. Biasetto Diz:

    O pessoal aqui é bom mesmo, erudição pura, tem até indicações de música clássica. Show!
    Eu entendo sim DeMarte, tanto que te admiro e muito.
    Eu só deixo reservado um lugarzinho em minha mente, pra alguma “crençazinha”.
    Agora, que mandava muito bem nesta linha de pensamento que você mencionou aí ‘Na hora em que “feder”, vai feder para quem?’ era o George Carlin, fantástico!!!

  391. Montalvão Diz:

    .
    MARCIANO DIZ: Montalvão, “Qui lavat asinum perdit aquam et saponem”. A água e o sabão são seus, você desperdiça como quiser. “Quamvis acerbus, qui monet, nulli nocet” (Ainda que acerbo, quem avisa, a ninguém prejudica). Saudações conselheiras.
    .
    COMENTÁRIO: filho de Áries, quem usa sabão cracrá não tem com o que se preocupar…

  392. Montalvão Diz:

    LARISSA diz: No ano 2000 era o fim do mundo e vários kumites passaram a passagem de ano no dojo, igreja deles. Como nada aconteceu, o Armmagedon foi transferido para 2012. Como nada aconteceu novamente, A EXPLICAÇÃO Q ELES DERAM É QUE AS ORAÇÕES DO GRÃO MESTRE, ODAIRI SAMA, SALVARAM A HUMANIDADE.
    .
    COMENTÁRIO: dizem isso por não saberem que as orações do mestre do grão, Moi, também muito ajudaram, e não foi pouco. A próxima data fatídica é 2018, já dei início aos oramentos. A reza, vou ensinar como é que faz, porque se alguém quiser entrar na corrente pra frente que se apresente.
    .
    “Ó tu que tudo sabes, se sabes tudo, então sabes quando esse trem vai acabar, então por que é que estou falando disso?
    Ó tu que tudo podes, e como tudo podes, para fechar o balanço, nosotros nada podemos;
    Ó tu que tudo sabes e tudo podes, aceite essa oração de puxa saco, e dê um pause no stop… pelo menos até eu terminar a obra no banheiro.”
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    Faça a oração três vezes ao dia. Tem dado certo: deu em 1962, 1974, 1986, 2000, 2012 e creia Marciano vai dar em 2018. Porém é preciso que tenham fé: não basta fé de menos, tem que ser fé de mais.
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    Acho que esqueci de pôr umas vírgulas…
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    Saudações orativas.

  393. Montalvão Diz:

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    BIASETTO DIZ: Talvez estes “avisos” sejam raros, sutis e/ou de difíceis assimilações.
    Lembro-me de que quando contei sobre um sonho meu aqui, um sonho que me intriga até hoje, o Montalva, com toda sua categoria, contou sobre um acontecimento em que, pelo que pude entender, estava chegando com umas compras (algo assim), vindo pela rua, quando teve uma “leve impressão” de que algo iria acontecer, titubeou e foi assaltado. LEMBRA DISSO MONTALVA?
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    COMENTÁRIO: lembro…
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    BIASETTO DIZ: Quem sabe, algum “anjo da guarda” tentou te avisar, mas não deu muito certo?
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    COMENTÁRIO: pode até ser, mas se encontro em meu processamento cerebral elementos suficientes para esclarecer o acontecido, porque recorrer, explicativamente, a um anjo da guarda, de cuja existência não possuo o menor indício?
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    BIASETTO DIZ: Pode ser até – estou apenas conjecturando – que o espírito tenha surgido depois da vida biológica. Até acho que o Vitor pensa algo assim.
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    COMENTÁRIO: Sartre dizia: “a existência precede a essência”, então Biasetto é existencialista, prazer em conhecer um ao vivo, nunca pensei ter a honra.
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    BIASETTO DIZ: Se não me engano também, acho que o Gorducho (se não foi ele, não me lembro quem foi), disse alguma coisa aqui, uma vez, que pode ser que (caso exista ‘plano espiritual’) nem no plano espiritual, os espíritos realmente têm alguma certeza se deus existe.
    […] filósofos franceses achavam que o universo seria uma espécie de relógio, repleto de engrenagens que funcionavam em perfeita harmonia. E, uma vez que […] alguém fez o relógio, então deus seria um grande relojoeiro, pois teria feito o universo com todas as suas engrenagens.
    O problema é que o universo não é “tão harmonioso” assim. Para muitos é um caos total, apenas temporariamente equilibrado em alguns pontos, mas também num equilíbrio frágil, que pode ser rompido a qualquer momento.
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    COMENTÁRIO: Bia, o problema é que se há um mundo espiritual tem que ter um chefe, senão quem é que vai botar ordem naquela zona?
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    MARCIANO DIZ: O conceito de harmonia só existe na nossa cabeça, o universo não tá nem aí pra isso. O universo é o que é, NÓS VEMOS HARMONIA PORQUE QUEREMOS. Não é caos nem harmonia, só é.
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    COMENTÁRIO: boa, de Marte: só faço uma sugesta retificativa: não é porque queremos, sim porque PRECISAMOS: nosso cérebro, para funcionar a contento, carece coerentificar o mundo que se descortina à sua volta. Não sobreviveríamos no caos (embora o Brasil pareça desmentir isso): a mente necessita harmonizar a realidade, mesmo que, para tanto, tenha que selecionar as partes melhor trabalháveis.
    .
    Saudações sartreanas.

  394. Guto Diz:

    Biaseto, o que escreveu me motivou a quebrar aquela “promessa” que fiz de não mais postar comentários aqui! === Meu caro, o que posso te dizer é que estas “coincidências” acontecem numa quantidade muiiiiito grande. O que, para um ser racional, gera, no mínimo dúvida/desconfiança. O que me parece ser o seu caso. Vou te contar só uma das muitas situações inusitadas que já aconteceram comigo, o que me fez pensar bastante nesse assunto, até que comecei a sentir e não mais ficar no campo das idéias. No ano de 2002 ou 2003, estava eu na Bahia, de férias, com a minha esposa. Fomos visitar o mercado modelo, que fica no bairro cidade baixa, e fazer umas comprinhas. Não havia levado mais do que uns R$ 20,00. Vinte paus naquele época era como se fosse uns R$ 50,00 hoje. Comprei umas coisas para mim e para a minha esposa, utilizando do cartão de débito, ou seja, em nenhum momento demonstrei ter dinheiro “vivo”. Quando estávamos saindo, percebi que estava sendo seguido por um cara que nos “revistava” com os olhos. Percebi que se tratava de um assaltante. Como estava fisicamente bem, me achando o superhomem (olha o pecado da vaidade aí -Rsrsrs), fiquei encarando o cara, que demonstrou em seu rosto descontentamento com as minhas olhadas. Contei para a minha esposa que me disse para parar com aquilo, pois podia ser perigoso. Paramos num ponto de ônibus, que ficava praticamente em frente a saída do mercado modelo, esperando um ônibus que nos levasse à igreja do Senhor do Bonfim, segundo lugar que visitaríamos naquele dia. Contudo, fiquei acompanhando com os olhos o tal sujeito, que se distanciou, porém continuou a nos observar a uns 50 a 70 metros de distância. Pedi a um senhor que estava no ponto de ônibus informação sobre qual o ônibus que poderíamos pegar para ir à igreja. O senhor, ao ver um ônibus passar, me disse que aquele que passava nos deixaria lá. Pegamos, então, aquele ônibus e fomos nos sentar num dos bancos do ônibus. Ficamos mais ou menos no meio do ônibus. O ônibus andou um pouco até que parou. Era o sujeito que pedira para o motorista parar para ele entrar. Ao subir as escadas, percebemos que era ele e ficamos nervosos. O homem veio andando e olhando para a gente e para um outro que entrara pela porta dos fundos. Percebemos, naquele momento, que ele não estava só e que, muito provavelmente, se tratava de uma tentativa de assalto. Só que, no ponto seguinte, entrou um policial militar fardado. Ao ver o policial, o que entrou pela frente pediu para o motorista parar e os dois desceram, pois a porta de trás do ônibus ainda estava aberta. Moral da história: Será mesmo que foi só coincidência? Fica para você mais esta questão. Se eu buscar na memória, talvez eu me lembre de pelo menos mais umas cinco ou seis que me deixaram muito “grilado”. Algumas envolveram minha esposa. Aquela história de intuição. Mas, é isso aí. Valeu!

  395. Marciano Diz:

    Ainda não li, Larissa, vou ler agora. Eu conheço o Tesla e acho que ele é superestimado, mas vou ler com atenção.
    Eu partilho de sua opinião sobre os animais.
    Rivail, na primeira edição (acho que na segunda também) dizia que os animais são diferentes do homem.
    Na terceira (a que todos conhecem) já insinua que o homem tem origem nos animais (LE).
    Tem espíritas que “explicam” o sofrimento dos animais. Eu mesmo tenho um livro da Irvênia Prada (espírita e veterinária) – “A Questão Espiritual dos Animais, em que ela diz que o sofrimento dos animais é uma espécie de treinamento para quando se tornarem humanos.
    Tenho também “Os Animais têm Alma?”, de Ernesto Bozzano.
    Veja o que deixaram escapar na bíblia:
    ECLESIASTES, capítulo 3, versículo 19:
    “19 Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os animais; porque tudo é vaidade.”

    .
    Toffo,
    Não conheço bem a obra de Scarlatti.
    Vou procurar ouvi-lo.
    Eu sei que você toca piano, sei que o piano é, teoricamente, um cravo melhorado (cravo cum piano e forte), mas eu adoro a sonoridade do cravo.
    .
    Biasetto,
    O Carlin de que você fala é o comediante?
    Não o conheço bem, só sei que era ateu e irreverente, como eu.
    E fique sabendo que a admiração é recíproca. Ainda vou tirar esse lugarzinho que você tem reservado em sua mente.rs
    .
    Montalva,
    Seu sabão é de primeira e não deve ser desperdiçado com asnos (graças às divindades, deve estar pastando).
    Baixei a primeira parte, é muita coisa, continuo amanhã.
    Gostei de ver que partilha de minha visão do universo, ainda que retificando-a (o). Ou seja, o espaço não é curvo.
    Já estou orando, pra ajudar na próxima salvação, em 2018. Minha única ressalva é que fé demais não cheira bem.
    Saudações miasmáticas.

  396. Marciano Diz:

    Um cara que tinha fixação com o número três (seria maçon?), ideias extravagantes e megalomaníacas (transtorno delirante persistente? – transtorno da personalidade narcisística?), gênio, sem dúvida, talvez não tanto como querem que seja (superaudição? – super-visão?).
    O texto é um tanto fantasioso, na minha opinião.
    Quer dizer que Tesla acreditava em monges hindus, energia universal?
    Ele piorou no meu conceito.
    Sinto muito.

  397. Marciano Diz:

    Múltipla escolha:
    “. . . talvez não tanto como querem que seja . . .”.
    .
    Opção 1- coloquem uma vírgula depois de “tanto”;
    Opção 2 – Não coloquem a vírgula, mas substituam “como” por “quanto”.
    Obrigado.
    .
    Arduin, Gorducho, cadê vocês?

  398. Gorducho Diz:

    A próxima data fatídica é 2018, já dei início aos oramentos.
     
    🙁 Que eu saiba, é 20/7/2019

  399. Gorducho Diz:

    (…)(caso exista ‘plano espiritual’) nem no plano espiritual, os espíritos realmente têm alguma certeza se deus existe.
     
    Os “Espíritos” sabem tanto quanto nós – aliás o Professor Arduin sempre enfatiza isso. Uma das passagens mais cômicas da “Codificação” é justamente essa. De #1 a #13 o Kardec recita todos argumentos escolásticos que ele aprendeu nas cartilhas de catecismo. Daí em #14 ele se dá conta que não explicou nada. Mas como tinha uma compulsão para meter a colher em tudo, ao invés de ficar quieto e não se meter a dar palpites sobre “divindades” ele apela:
    Deus existe; disso não podeis duvidar e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto donde não lograrieis sair. Isso não vos tornaria melhores, antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditarieis saber, quando na realidade nada saberieis.
    🙂

  400. Larissa Diz:

    Sabão cracrá hahahahah! BOA
    Montalvão, sem as vírgulas Tupã não aceita a oração!
    .
    Vou contar mais uma história engraçada da Mahikari. Há um quadro que é reverenciado como Deus Su – o Goshintai. Segundo reza a lenda nada acima do Goshintai sobrevive. Uma vez um gato passou no telhado e caiu duro. Bem, acontece que havia pessoas morando nos andares acima do Dojo e eu perguntei: – Mas, e estas pessoas? Eis a resposta: – Deus Su desvia a luz neste caso.
    Eu era mística, mas não deu pra acreditar naquilo.
    .
    Marciano: De fato, a explicação do eclesiastes foi a melhor que ouvi até hoje. Sagan dizia que o ser huamano tende, naturalmente, ao antropocentrismo e a achar que o universo existe para a NOSSA evolução. Dizer que os animais sofrem como treinamento para serem humanos é uma piada sádica e de mal gosto.
    .
    Tenho uma grande amiga que é monja Zen Budista. O Zen Budismo é uma religião ateísta, eles partem do pressuposto de que não sabem e não há como saber sobre todas as coisas. Ela perguntou ao mestre dela se há vida após a morte. Ele respondeu que sim e que não. Ela disse que não havia entendido. Ele disse: – Que diferença isso faz? Simplesmente “é”. Viva a vida que você tem aqui e agora.

  401. Larissa Diz:

    Gorducho – A data foi remarcada para 2019. A Dra. Marlene Nobre disse que o conselho espiritual do sistema solar está preocupado que o ser humano destrua a galáxia e por isso nos deu um ultimato (hauhauhauhauhauah).

  402. Montalvão Diz:

    Gorducho Diz (citando Montalvão): “A próxima data fatídica é 2018, já dei início aos oramentos.”
    .
    Gorducho: Que eu saiba, é 20/7/2019…
    .
    COMENTÁRIO: depende, meu caro, do profeta e da profecia. Veja exemplos:
    .
    “Inglaterra – Depois do mundo não ter acabado nesta sexta-feira, como previam os Maias, seguidores de “A Espada de Deus Irmandade”, anunciaram a nova data do juízo final: 1 de janeiro de 2017.” http://odia.ig.com.br/portal/mundo/depois-da-previs%C3%A3o-maia-novo-39-fim-do-mundo-39-ser%C3%A1-em-2017-1.528447
    /
    Alguém lançou a indagação no Answer Yahoo, veja algumas das respostas: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20130901150002AALAKRt: “ninguém sabe”; “Deus não vai destruir o que criou”; “em 2045”; “em 2060”; “2024”; “depois da copa”.
    /
    Mas, espiriticamente falando, 2019 realmente está prestigiado, inclusive, diz-se, que essa é profecia cataclísmica de Xavier.
    .
    De qualquer modo, parece-me que você ainda não tem experiência em evitar fins de mundo orativamente (eu, modéstia de lado, já evitei umas quatro catatombes): a tática é antecipar-se ao acontecimento e interferir antes que a desdita tenha lugar. Assim dá tempo de aplicar outra estratégia caso o plano A não funcione…
    .
    Falou o profeta Moi.

  403. Biasetto Diz:

    Guto,
    Não se envergonhe por ter “quebrado a promessa”, pois em 4 anos participando deste blog, já quebrei umas dez.
    Também não se sinta “excluído” por mim, porque tenho o péssimo costume de ficar nervosinho com pessoas que se apresentam aqui com “pregações”, mas geralmente passa.
    Caso a existência do espírito seja realmente um fato e, a reencarnação também, tenho plena convicção que devo ter sido perseguido pela Inquisição em alguma vida passada, ou devo ter tido algum problema sério com religião/religiosos.
    Tem uma página no face que se chama “religião é veneno” e eu acho que é mesmo.
    Também tenho uma verdadeira “reiva” (ao estilo Adoniran Barbosa) a estes gurus mequetrefes que se fazem de santo e líderes espirituais.
    Bem, sua história é boa, mais uma história boa. Pode ter sido apenas uma coincidência, mas pode ser também, que de alguma forma, a “espiritualidade” encontrou um jeito de incentivar o policial a tomar aquele ônibus, exatamente porque viu que você e sua esposa (talvez mais pessoas) estavam prestes a serem assaltados, sofrerem violência.
    Tenho um amigo bombeiro que me contou que estava indo a São Paulo com o comandante da corporação (aqui da cidade), numa viagem isolada (fora do trabalho, carro particular), e quando chegaram perto a Mairiporã, viram o trânsito parado, um grande congestionamento. Resolveram ir pelo acostamento para averiguar e chegaram até um acidente. Viram que era uma ocorrência grave, se apresentaram e este amigo bombeiro viu que havia um corpo coberto a alguns metros. Então foi informado que se tratava de uma moça que tinha falecido. Ele disse que “algo o impulsionou” a ir até o corpo. Quando ele tirou o plástico (ou pano, não me lembro) que cobria o corpo, ele reconheceu a vítima, como uma ex-colega de faculdade. Ele resolveu mexer no corpo da moça e o incrível aconteceu: ela vomitou uma poça de sangue e “voltou” a respirar. A moça estava viva e os procedimentos imediatos ali tomados impediram que morresse, pois já estava no “limite do limite”.
    Em contrapartida, ele me disse que quando estava trabalhando em São Paulo, se tivesse chegado 10 minutos mais cedo a uma residência, junto com a equipe, poderia ter salvo uma mulher grávida de 6 meses que morreu queimada em seu quarto.
    Aí fica a pergunta: por que as “coincidências” nem sempre funcionam, ou parecem funcionar para uns, mas falham para outros?
    Até …

  404. Montalvão Diz:

    .
    Larissa Diz: Sabão cracrá hahahahah! BOA
    Montalvão, sem as vírgulas Tupã não aceita a oração!
    .
    COMENTÁRIO: minha dúvida quanto às vírgulas, ficou no trecho: “Faça a oração três vezes ao dia. Tem dado certo: deu em 1962, 1974, 1986, 2000, 2012 E CREIA MARCIANO VAI DAR EM 2018.”
    .
    A dúvida é se se trata de profecia aplicável ao nosso polivalente extraterrestre, ou aviso em que o dito seja o alertado dos acontecimentos. Como escrevi em estado de transe, e apenas profetizo não interpreto, fico sem saber o que dizer…
    .
    Quem sabe algum tradutor profético aqui presente não esclareça?

  405. Montalvão Diz:

    .
    Arnaldo Paiva.
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    Acredito que lhe tenha respondido o que seja relevante em seu pronunciamento no título “Detetives da Fé”. Porém, vi que ficaram umas partes em aberto e vi, também, que naquele tema não há mais sinal de vida, então posto o que possa ter faltado aqui mesmo, ao tempo que me coloco à disposição para sanar qualquer dúvida que lhe brote na perscrutante mente cerebral.
    /
    /
    ARNALDO PAIVA DIZ: Quando fizeram sensação, em Londres, as experiências do conhecido escritor Denis Bradley com o médium Valiantine, Clive saiu a campo para negar a supranormalidade dos fatos. Bradley, então, apostou cem guinéus ou cem libras, em como o artista não os reproduziria com a sua habilidade. Clive, a princípio, aceitou, mas quando soube das condições em que deveriam ser feitas as experiências, retirou-se prudentemente. (25)
    .
    COMENTÁRIO: Valiantine foi desmascado por Houdini, acho não precisa dizer mais nada…
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    ARNALDO PAIVA DIZ: Também, quando Harry Price publicou o relato dos fenômenos PRODUZIDOS PELO MÉDIUM SCHNEIDER, os prestidigitadores do Clube dos Mágicos, de Londres, movimentaram-se. MUITOS O CONTESTARAM. Aquele pesquisador, que era igualmente mágico, ofereceu 1.000 libras a quem reproduzisse os fenômenos, sob as mesmas condições de fiscalização. Desta vez o peixe foi mais esperto, não pegou no anzol. Price ficou sem resposta. (26) Doutra feita, em Novembro de 1929, o mesmo pesquisador ofereceu a Noel Maskeline 250 libras, a título de serviços profissionais, se este reproduzisse os fenômenos do médium Scheneider. Noel Maskeline não aceitou. Em Dezembro do mesmo ano Price renovava o oferecimento, caso o mágico quisesse mostrar como era possível que Rudi Schneider fraudasse com a fiscalização a que era submetido e com a aparelhagem elétrica de que se serviam para o “controle”. Noel Maskeline, ainda desta vez, recusou. (27)
    .
    COMENTÁRIO: “Médium Schneider”… tenho a impressão de que Imbassahy não liga de ser intencionalmente nebuloso: houve dois Schneider: Rudi e Willi, a qual deles se refere?
    .
    Afirmo, reafirmo e insisto: esses relatos nitidamente defendendo os acontecimentos sob leitura parcial, apenas contribuem para demonstrar que Imbassahy, se merecia algum respeito pelo esforço pesquisativo que empreendeu, não pode ser referido como boa fonte de informação: o sujeitinho é de lascar quando se trata de advogar em favor da mediunidade. Nitidamente, se vê que adota a filosofia de “os fins justificam os meios”. Se a malandragem for por uma boa causa (e, para ele, a boa causa seria confirmar a mediunidade) então, no triste modo de pensar desse “apologesto” (apologista indigesto), vale qualquer tática. Imbassahy não poderia deixar de conhecer as diversas acusações que pesavam sobre os irmãos Schneider (Willi e Rudi), bem como as críticas à segurança do “infalível” sistema de Price. Por exemplo, V.J. Wooley escreveu contundente análise ao sistema de controle de Price. Este rebateu alegando, dentre outras coisas, que o Dr. Wooley sequer examinou a aparelhagem, falando apenas por suposições. Wooley contra-argumentou que baseara suas considerações na descrição do aparelho, feita pelo próprio Price e que, após a réplica, fora ao laboratório pretendendo examinar a engenhoca, mas a encontrara desmontada, aparentemente, dizia, fora de uso…
    .
    O fato de Noel inaceitar o desafio não transforma automaticamente o artefato utilizado por Price em inexpugnável. Os motivos da recusa não estão clarificados.
    .
    Harry Price era personalidade complexa, conquistou admiradores e fez muitos inimigos. Seus detratores o acusavam de ser arrogante e repudiar quaisquer contestações às pesquisas que realizava. Nada obstante, produziu bons estudos, um desses foi ter revelado as falcatruas de William Hope, o fotógrafo dos espíritos. No entanto, com os Schneider (principalmente com Rudi, seu predileto) fechou questão na certeza de que eram autênticos. Para o demonstrar criou método de controle, acima comentado, baseado num sistema elétrico que reputava infalível.
    .
    Em 1920 Price ingressou na SPR de Londres e nela permaneceu por vários anos, sendo um dos membros mais ativos, mas acabou sendo afastado por desavenças com os companheiros.
    .
    Price alternou seu trabalho entre flagrar médiuns fraudulentos, e validar outros que considerou autênticos e as vezes se metia em situações contrangedoras por conta disso. O desmascaramento de Hope trouxe-lhe inimigos no meio espiritualista, dentre os quais encontrava-se Conan Doyle. Na década de 1920, Price participou de um congresso de pesquisa psíquica, em Varsóvia, ali testou o médium Guzik, aparentemente com resultados satisfatórios. Para sua frustração, no dia seguinte, as fraudes de Guzik foram expostas por outros experimentadores. Em algumas ocasiões foi acusado de criar facilitadores para que suas investigações tomassem o rumo que pretendia.
    .
    Dentre as incursões polêmicas de Price citam-se o envolvimento com grupos praticantes de magia, que diziam capazes de transformar um homem num bode, experiência da qual o pesquisador participou, com resultado negativo. Outro episódio foi a caça que encetou a uma fuinha falante, na Ilha de Man, na Irlanda. Entretanto, o animal não quis cooperar e faltou a entrevista que Price planejara com ela realizar…

    /
    /
    ARNALDO PAIVA DIZ: Vamos agora aos relatos de mágicos, prestidigitadores, escamoteadores e outras coisas mais que verificaram a mediunidade desses médiuns, deles que foram até convidados pelos próprios cientistas.
    .
    COMENTÁRIO: o restante dos depoimentos, que abaixo mantenho para quem não os leu conhecer, comentei-os anteriormente (o que fez Arnaldo ir chorar ao colo de Arduin): são meros testemunhos parciais, em que não se conhece o inteiro contexto do acontecimento, tampouco a manifestação da parte contrária, ou reportam singelas opiniões dos prolatadores. Nada de probante ou evidenciativo é extraível desses registros, apenas declarações de autoridade, e alguma ridículas, do tipo: “mediunidade e mágica são coisas diferentes”; “declarou honestamente que o fenômeno era autêntico” (desde quando se demonstra alguma em ciência a partir de “declaração honesta”?); “é indubitável que há fenômenos produzidos por espíritos”, etc.
    .
    ARNALDO PAIVA DIZ:Outro prestidigitador, que teve oportunidade de verificar a mediunidade de Eglinton e a sua levitação, foi o professor Ângelo Lewis Hoffamnn. Acedendo ao pedido da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Inglaterra, que apelou para a sua capacidade profissional, examinou minuciosamente os fenômenos produzidos por aquele médium e DECLAROU HONESTAMENTE, depois do exame, que tais fenômenos eram autênticos, acrescentando: “Se a prestidigitação fôsse a explicação única desses fatos, estou certo de que seu segredo tornar-se-ia desde logo propriedade pública”. Essa declaração consta de um relatório que a Sociedade publicou nos seus anais, em 1886. (32)
    .
    Dizieu declarou ao Sr. Méliès, presidente da Câmara Sindical dos Prestidigitadores, que a levitação super-normal de objetos é manifestação que lhes vai muito além da alçada. Quando moço – dizia ele – eu fazia uma mesa levantar-se sem contacto e sem truque. Interrogado por Montorgueil, diretor do “Eclair”, confirmou aquelas declarações e declarou mais: – com 20 anos de idade, eu tinha faculdades de médium; fazia levantar um móvel como o não poderia fazer hoje como prestidigitador. E acrescentou: – A mediunidade e a mágica, são coisas distintas. (33)
    .
    Carlton refere que, durante uma sessão, viu uma jovem inglesa, médium, falar um dialeto zulu com um dos presentes, e sem que ela pudesse absolutamente conhecer aquele idioma. É indubitável – afirmava esse grande mágico, – que há fenômenos produzidos pelos Espíritos. (34)
    .
    William Jeffrey, de Glasgow, mágico amador, realizou várias sessões em sua própria casa. Ele assegura que os fenômenos psíquicos não podem ser produzidos pelos meios conhecidos ou por processos comuns.(35)
    .
    Henri Regnault possui uma carta de Feffrey, alguns de cujos tópicos transcreve. Diz o notável mágico nessa carta: “Eu me venho interessando desde a meninice com os mágicos e prestidigitadores de toda a espécie; tenho agora 60 anos e faço parte de quatro sociedades diferentes de ilusionistas e de mágicos, duas em Glasgow e duas em Londres.
    .
    A princípio fui convidado a estudar o Espiritismo por ministros do culto e amigos vários, para o fim de desvendar onde e como se fazia a fraude.
    .
    Sou feliz em declarar que todas as minhas pesquisas, nessa época, provaram-me que o Espiritismo era real. Sou fiel à minha convicção e obrigado a reconhecer a realidade tal como verdadeiramente a achei.
    .
    Alguns dos fenômenos mais notáveis de que fui testemunha, em matéria de materializações, de vozes, de fotografias do Invisível, forçam-me a dizer que é absolutamente impossível ao maior ilusionista, ventríloquo ou truquista, de não importa que gênero, reproduzir essas experiências, por mais hábeis que eles sejam em sua arte.
    .
    Estou pronto a encontrar-me com qualquer prestidigitador e mostrarei que é impossível obter resultados psíquicos pela prestidigitação.
    .
    Já convencí numerosos prestidigitadores da realidade das potências invisíveis operantes. Reuní em um dia seis senhores, que eram ilusionistas e prestidigitadores; cada um deles escreveu um artigo num dos seus jornais profissionais para relatar as experiências com as quais ficaram absolutamente estupefactos.
    .
    Eu sou presidente da Sociedade de Mágica de Glasgow, sociedade de que sou membro há lohngos anos; sou também vice-presidente do Clube dos 12 Místicos (Mystio Iwelde Club), de Glasgow.
    .
    Em negócios, sou carpinteiro e trabalho em madeiras, nos seus diversos ramos; hoje sou proprietário da Casa Brown & Cia. Utilizei em meu tempo todas as máquinas de trabalhar em madeira e será difícil compreender como um homem dos meus conhecimentos e das minhas aptidões possa ser espírita.”(36)
    .
    Regnault salienta o fato de haver o prestidigitador mostrado a mais absoluta certeza da autenticidade do fenômeno psíquico. Ele estudou o Espiritismo, não como adepto, mas para descobrir-lhe as fraudes e os embustes. E tão convencido se acha atualmente da sua veracidade, que chegou a lançar um desafio a todos os prestidigitadores. Eis uma prova de boa fé, acrescenta aquele experimentador francês, e pergunta: – Encontrará esse desafio algum eco no campo dos adversários?
    .
    Não. Até agora não encontrou. Entretanto Regnault fazia espalhar esse oferecimento; – “Se alguém quiser aceitar o desafio do Sr. Jeffrey, terei todo o prazer de apresentar esse prestidigitador inglês; é só me escreverem para a rua Chargrin n. 30, Paris”.
    .
    Saudações opinativas.

  406. Montalvão Diz:

    Marciano, Toffo, Larissa, Biasetto, e demais interessados.
    .
    Outro tesouro é encontrado no site: http://www.revistabula.com/700-375-livros-de-arte-para-download-gratuito/

    .
    Veja a relação:
    – 25 mil imagens de obras de arte em alta resolução para download gratuito
    – Museu Getty disponibiliza 4700 fotografias artísticas e históricas de alta resolução para download gratuito
    – 1,3 milhão de livros para download ou leitura on-line
    – 350 livros acadêmicos para download legal
    .
    Divirtam-se

  407. Montalvão Diz:

    Prezados,
    .
    Concluindo, por ora, esse momento cultural. Que tal ter acesso a “Toda a obra de Chopin, Schubert, Brahms e Haydn para ouvir on-line ou download”?
    .
    Vejam em: http://www.revistabula.com/594-toda-a-obra-de-chopin-schubert-brahms-e-haydn-para-ouvir-on-line-ou-download/
    .
    Agora vou tomar um birinaite pra dar uma lavada cultural…
    .
    Fui

  408. Larissa Diz:

    Montalvão, adorei! Obrigada.
    .
    Vou deixar minha contribuição tb: 30
    obras de Bauman, Bourdieu e Norbert Elias.
    https://drive.google.com/folderview?id=0B4UG_F2QeFUlREdCR0N3RkktMlE&usp=sharing

  409. Marciano Diz:

    Esse “conselho espiritual” não tem a menor ideia de o que seja uma galáxia, nem precisa ser como a nossa, que não é lá essas coisas como galáxia, mas está no vice-comando do grupo local.
    .
    Para quem gosta da verdadeira ciência: o doodle de hoje comemora o centésimo nonagésimo quarto ano do nascimento do Foucault.
    .
    Biasetto, o policial não precisava embarcar no ônibus, teve uma necessidade imperiosa de fazê-lo, sem saber o porquê nem se preocupar em sabê-lo, os bandidos amarelaram quando viram o policial, este deve ter saído imediatamente do transe espiritual e desembarcado, suponho. Deve ter ficado pensando: “o que me fez embarcar naquele ônibus, sem mais nem menos?”.
    Coitado! Mal sabia que assim fizera para evitar um assalto a pessoas espiritualmente protegidas. Se pelo menos os demais espiritualistas e até os não espiritualistas também fossem protegidos assim, acabariam os roubos.
    Moral da história: quem é intuitivo nunca é roubado.
    Achei uma hipótese científica bastante interessante.
    Vou orar para que a espiritualidade SEMPRE evite assaltos, usando o mesmo “modus operandi” deste “causo”, o qual mostrou-se totalmente eficaz.
    Vivendo e aprendendo.
    .
    Eu desafiei toda a espiritualidade aqui no blog, pela segunda vez, faz pouco tempo.
    Logo depois sofri uma tentativa de roubo na estrada, o que levou o Gorducho a fazer um comentário jocoso. Como sou um motorista bastante hábil e com muitas horas de treino (conto em horas, como aeronautas fazem), e também porque fui favorecido pelo acaso até certo ponto, aliado ao fato de que estou sempre atento, consegui evitá-lo, com pequenos danos ao veículo, ainda não reparados.
    Não é a primeira vez.
    Isto prova que a espiritualidade é boazinha e que está tentando me resgatar para o lado deles. Quiseram de dar MAIS um aviso. O problema é que eu sou uma besta mesmo, não adianta gastarem avisos comigo. Eles também são umas bestas, por ignorarem esse aspecto da minha personalidade. Ficam desperdiçando avisos.
    A propósito, trafegar pelo acostamento é infração de trânsito grave.
    Quanto a descobrir a de face um corpo para ver se conhece o decesso, é comportamento de um grande número de curiosos e que resulta, na quase totalidade de casos, em não reconhecimento. É só ficar observando por alguns minutos que você vai ver como acontece, são inúmeras as pessoas que o fazem.
    Pessoas que são dadas como mortas, apresentam algum sinal vital e são socorridas também acontece aos montes. Algumas sobrevivem por causa disso, para outras não adianta nada, morrem assim mesmo.
    O comportamento de ver chifre em cabeça de cavalo, como aconteceu com o bombeiro, também é bastante corriqueiro, infelizmente.
    .
    A deduração da infração cometida pelo bombeiro foi apenas para as estatísticas do merden, o homem que acata todas as leis de todos os países, em todas as épocas, até que elas mudem ao bel-prazer de corruptos fazedores de leis, aí ele muda de comportamento.
    Os aplicadores da lei agem do mesmo jeito.
    Estou com o pressentimento de que o voto de minerva de daqui a pouco vai beneficiar os mensaleiros. Vamos esperar mais um pouco.
    .
    Resposta à pergunta de Biasetto:
    “. . . por que as “coincidências” nem sempre funcionam, ou parecem funcionar para uns, mas falham para outros?”
    .
    Trata-se de mero acaso.
    Um forte indício de que não existem “vontades” no universo.
    Matéria não atrai matéria porque tem vontade. Atrai porque atrai.
    Cabe à física tentar entender como é o universo e explicar e prever o que for cientificamente previsível, como a órbita de um planeta, a ocorrência de eclipses, etc.
    E eu sou um reducionista, neo-ateu, pseudo-cético ou qualquer outro rótulo cretino que queiram me dar com o propósito de me desqualificar, usar o argumento “ad hominen” e falsamente, mal usado, para poderem (os que quiserem) permanecer confortavelmente com suas crenças imbecis.
    .
    Não é com você, Bia. Não fique nervoso à toa. Falta pouco para você remover aquele restinho de pensamento mágico que você ainda tem.rsrs

  410. Marciano Diz:

    Montalvão,
    “Dar” é verbo transitivo indireto, quem dá, dá algo a alguém ou para alguém.
    Pode ser porrada (se for homem), pode ser pica (se for mulher jovem e bonita), pode ser dinheiro (se for alguém necessitado e merecedor). . .
    Já se for o fiofó, a profecia só está correta se a vírgula suceder o substantivo próprio “Marciano”.
    Está perdoado por seu erro de pontuação, não precisa se preocupar com as porradas. Para sua sorte, não sou um “grammar nazzi”. Ainda contam em seu favor as dicas culturais.
    Aviso aos tradutores proféticos: tenham juízo.
    .
    Quanto ao mais, haja desperdício de água e sabão (espero que a grama esteja apetitosa e que o asno esteja com fome).

  411. Toffo Diz:

    Larissa, segundo o Livro dos Espíritos os animais reencarnam sim. E o reencarne é quase imediato. Só não explica se um gato sempre será um gato, ou será promovido a cão, a cavalo, a elefante etc.
    .
    597.
    Pois que os animais possuem uma inteligência que lhes
    faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum
    princípio independente da matéria?
    “Há e que sobrevive ao corpo.”
    a)
    — Será esse princípio uma alma semelhante à
    do homem?
    “É também uma alma, se quiserdes,
    dependendo isto
    do sentido que se der a esta palavra
    . É, porém, inferior à do
    homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distân-
    cia equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”
    598.
    Após a morte, conserva a alma dos animais a sua
    individualidade e a consciência de si mesma?
    “Conserva sua individualidade; quanto à consciência
    do seu
    eu, não. A vida inteligente lhe permanece em estado
    latente.”
    599.
    À alma dos animais é dado escolher a espécie de
    animal em que encarne?
    “Não, pois que lhe falta livre-arbítrio.”
    600.
    Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do
    animal vem a achar-se, depois da morte, num estado
    de erraticidade, como a do homem?
    “Fica numa espécie de erraticidade, pois que não mais
    se acha unida ao corpo, mas não é um
    Espírito errante.
    .
    O
    Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre
    vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. A
    consciência de si mesmo é o que constitui o principal atri-
    buto do Espírito. O do animal, depois da morte, é classifi-
    cado pelos Espíritos a quem incumbe essa tarefa e utiliza-
    do quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar
    em relação com outras criaturas.”

  412. Larissa Diz:

    Marciano: Pq tanta certeza quanto ao ateísmo? Não é uma pergunta provocativa, apenas quero MUITO entender melhor.
    .

  413. Toffo Diz:

    Interessante que fiquei tanto tempo sem manusear o Livro dos Espíritos, lendo-o agora vejo que é tão absurdo que me pergunto: como pude??? rsrs

  414. Montalvão Diz:

    .
    MARCIANO DIZ: Resposta à pergunta de Biasetto:
    “. . . por que as “coincidências” nem sempre funcionam, ou parecem funcionar para uns, mas falham para outros?”
    .
    Trata-se de mero acaso.
    Um forte indício de que não existem “vontades” no universo.
    /
    COMENTÁRIO: o Biasetto lançou uma indagação com a resposta embutida (esse garoto é mesmo muito travesso!). Se existissem “vontades” administrando a boa sorte de alguns, por que os demais não teriam igual direito? A estatística em São Paulo é de que cerca de 10% dos crimes de morte são solucionados, os demais caem na festa dos criminosos. Que sorte bandida é essa, hem? Se esses poderes misteriosos estivessem ativos nem crimes haveriam…
    .
    Gostamos de ultravalorizar os sucedimentos que enriquecem nossa admiração pelo mistério e por “forças místicas” e desvalorizamos os que não as corroboram. Vivenciei há pouco situação assim. Há mais de uma semana estava tentando encontrar uma pessoa, com que precisava esclarecer dúvidas de meu interesse. Liguei, mandei e-mail, mas o sujeito parecia ausente do mundo. Ontem estava me arrumando para a ginástica e percebi que fazia coisas desnecessárias. “Desse jeito vou acabar me atrasando por minha própria autoculpa”, falei de eu pra mim mesmo.
    .
    Não deu outra, sai meio aloprado pela rua, a fim de chegar no exercitamento dentro do horário. Faltava alguns metros para atingir a academia quando o vejo, atravessando a rua em minha direção, o sujeito a quem procurava, e consegui esclarecer o que pretendia. Se eu saísse dentro da rotina normal quando ele passasse não o teria visto…
    .
    Então, posso concluir que as “forças astrais” perceberam minha necessidade e mexeram os pauzinhos para que o encontro acontecesse… Posso?
    .
    Tenho uma ação trabalhista tramitando há oito anos, sem perspectivas de solução imediata. Por que as forças misteriosas não dão uma forcinha para que o caso se resolva: tô fazendo uma obra de igreja em minha humilde morada e o dinheiro viria a calhar…
    .
    Quem tiver intimidade com as “forças” dê uma força para o degas aqui. A torcida agradece.
    .
    E quando as “forças” comungam para a tragédia? Os crimes e os acidentes acontecem, na esmagadíssima maioria, por que as vítimas estavam no lugar errado, na hora errada (hora certa para a nefasta). Passassem os disditosos por onde passaram uns minutos antes e nada sucederia. Porém, passaram no momento ideal para que o errado desse certo.
    .
    Jamais esquecerei do sujeito que, num sábado de manhã, horário sem trânsito, dirigia o carro na ponte Rio-Niterói, ao se posicionar momentaneamente debaixo de uma das torres que sustenta (ou sustentava, acho que agora não tem mais) holofotes de sinalização noturna, a peça com cerca de 500 kg despencou e bateu no pára-brisa do veículo esmagando o motorista. Se o sortudo saísse dois minutos antes de casa, ou dois minutos depois; se tomasse outro caminho; se passasse por outra pista (são quatro e ele foi logo pela sorteada), se um monte se “ses” incidissem no acontecimento o cidadão a esta hora estaria vivo tomando um grau no bar do bigode.
    .
    Será que as forças, assim como livram a cara de uns, ferram com outros? Cruz credo, ave maria, saravá bangalô. Ainda bem que a fitinha do Senhor do Bonfim cuida de mim…
    .
    Saudações coincidentais.

  415. Marciano Diz:

    Larissa,
    Gostaria muito de te responder, mas não cabe uma resposta aqui no blog. Dá para escrever um livro com vários volumes sobre este assunto.
    Numa síntese muito, muito apertada, posso dizer que eu, como todo mundo, nasci sem crenças. Provavelmente devido à seleção natural, nem todos desenvolveram algum gene que favorece a crendice e meus antepassados não me passaram esse gene.
    Conta muito também o fato de que, por mero acaso, na minha família existem as mais variadas religiões, o que me fez questionar ainda mais todas elas (eu nasci questionador e chato – enchia o saco de meus pais com perguntas, algumas irrespondíveis).
    Sempre fui muito observador.
    Tive acesso a literatura religiosa de várias vertentes. Quanto mais se estuda religião (com senso crítico) e quanto mais delas (são muitas) se conhece, mais cético se fica.
    Eu acredito que se você continuar a trilhar o caminho em que se encontra agora, da dúvida sistemática com relação a alegações não provadas e desprezo por aquelas que se mostraram absurdas, vai chegar ao mesmo ponto a que eu cheguei.
    Faço votos de que seja o mais breve possível.
    .
    MONTALVÃO,
    É assim mesmo, as pessoas valorizam o fantástico e fazem-se de cegas para o real.
    E todo mundo gosta de um “causo”.
    Fico imaginando os “causos” que eram contados na época das cavernas. . .
    .
    Acertei na minha previsão (grande coisa).
    Os mensaleiros se deram bem.
    Quem sabe a diferença entre o Zé Mané e o Zé Dirceu?
    O STF sabe.
    .
    LARISSA,
    EU TAMBÉM NÃO ACREDITO NO STF.

  416. Guto Diz:

    Biaseto, meu caro, não tenho respostas. Permanecem as perguntas! O fato é que tenho mais umas cinco ou seis histórias, que eu me lembre. Mais tarde te conto mais uma de quando fui alugar um apartamento. Agora irei tomar um banho e jantar! Até.

  417. Guto Diz:

    Ah! Tolo é o homem que diz saber a Verdade. Verdade essa sem aspas, ou seja, a ABSOLUTA! Todos temos as nossas “verdades”, isso sim é ser sincero e honesto intelectualmente, pois pode passar longe da verdadeira Verdade. Fui!

  418. Biasetto Diz:

    Já que vocês estão falando de justiça, leiam este texto abaixo, que postei em meu face em setembro do ano passado, copiando do face de um amigo. Adivinhem de quem?
    Do Montalva, vejam que show!

    AULA DE DIREITO

    Uma manhã, quando nosso novo professor de “Introdução ao Direito” entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
    – Como te chamas?
    – Chamo-me Juan, senhor.
    – Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! – gritou o desagradável professor.
    Juan estava desconcertado.
    Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
    Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
    – Agora sim! – e perguntou o professor – para que servem as leis?…
    Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
    – Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
    – Não! – respondia o professor.
    – Para cumpri-las.
    – Não!
    – Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
    – Não!
    – Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
    – Para que haja justiça – falou timidamente uma garota.
    – Até que enfim! É isso… para que haja justiça.
    E agora, para que serve a justiça?
    Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
    Porém, seguíamos respondendo:
    – Para salvaguardar os direitos humanos…
    – Bem, que mais? – perguntava o professor.
    – Para diferençar o certo do errado… Para premiar a quem faz o bem…
    – Ok, não está mal porém… respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?…
    Todos ficamos calados, ninguém respondia.
    – Quero uma resposta decidida e unânime!
    – Não! – respondemos todos a uma só voz.
    – Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
    – Sim!
    – E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?
    – Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos.
    Não voltem a ficar calados, nunca mais!
    – Vá buscar o Juan – disse, olhando-me fixamente.
    Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito: quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.

  419. Biasetto Diz:

    Beleza, Guto!
    Aguardo …

  420. Biasetto Diz:

    Montalvão,
    Grato pelas indicações culturais, muito boas.
    Continue …

  421. Biasetto Diz:

    Acho que a “velha guarda” vai gostar dessa:
    (só pra relaxar …)
    http://www.youtube.com/watch?v=5KQu5lt4pL0

  422. Biasetto Diz:

    Esse cara é bom:
    http://www.youtube.com/watch?v=Js17BUzCUIk

  423. Marciano Diz:

    1. Guto, o filósofo, Diz:
    SETEMBRO 18TH, 2013 ÀS 19:36
    “Ah! Tolo é o homem que diz saber a Verdade. Verdade essa sem aspas, ou seja, a ABSOLUTA! Todos temos as nossas “verdades”, isso sim é ser sincero e honesto intelectualmente, pois pode passar longe da verdadeira Verdade.”
    .
    Quer dizer que existe pelo menos UMA verdade absoluta, esta acima.
    Já é alguma coisa.
    Ou será que isto também não é uma verdade?
    Se a verdade absoluta é inatingível, devemos acreditar em qualquer cretinice que nos impõem, mesmo que seja inconciliável com outras cretinices que outros dizem e que nosso senso crítico e nosso raciocínio nos mostrem que querem nos impingir asneiras?
    Será que é verdade absoluta que a soma dos ângulos internos de um triângulo em uma superfície plana é SEMPRE igual a 180 graus?
    Para mim, isto deve ser uma verdade.
    Será que é verdade que Jeová, Adonai, Alah, qualquer deusinho desses é o único e verdadeiro deus, ou será que afirmar coisas assim é a mais completa imbecilidade?
    .
    Será que o Guto diz a verdade quando diz que não vai mais comentar aqui?
    Tomara que sim.
    E o outro, aquele? Será que continuará comendo, sem aparecer mais aqui?
    Quantas dúvidas. . .
    .
    O STF ACABA DE NOS BOTAR PARA FORA DA SALA DE AULA, O QUE DEVEMOS FAZER?
    Diga aí, Bia!
    O que fazemos quando o supremo guardião da constituição da república (assim mesmo, com minúsculas) limpa a sujeira de suas cloacas com a dita cuja?
    Quem mais, além do stf sabe a diferença entre o Zé Mané e o zé dirceu?

  424. Biasetto Diz:

    DeMarte,
    Não seja indelicado com o Guto, entendi o que ele quis dizer, pelos menos em parte.
    Estou sem tempo agora.
    Vê se curte as imagens que posto no teu face, você estava muito dez naquela foto de 1965, rs …

  425. Marciano Diz:

    Biasetto e Montalvão, vocês que aprenderam a não se sujeitarem a arbitrariedades, sejam elas de que autoridade forem:
    – Vamos ficar quietos ante o que o stf acaba de fazer?
    Será que quando o Zé Mané for julgado no stf vai ter o mesmo tratamento dos mensaleiros do governo bolivariano/brasileiro?
    Será que isto é justiça?
    Será que tem algum deusinho vendo tudo isto?
    Será que o espírito do Rui Barbosa, lá do LAR DELES, estará indignado, a esta hora, dizendo:
    “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”?

  426. Marciano Diz:

    Eu vi a foto, Biasa, até curti.
    Estou meio azedo mesmo.
    É indignação. Frustração de não poder fazer nada.
    Vou vomitar um pouco, de nojo de nossas autoridades.
    Se não morrer de desgosto, volto mais tarde.
    Aqueles com quem fui azedo, perdoem-me, se puderem.

  427. Guto Diz:

    O que quero dizer é que TODOS MENTEM. O difícil é ser honesto e dizer a verdade, ou seja, que você mente também! O hipócrita diz que não mente. Eu te digo, minto, porém estou em busca em nunca mais mentir na minha vida. Contudo, essa minha “verdade” você, Marciano, nunca saberá se é mentira ou verdade, pois só eu mesmo tenho como saber se é ou não a verdade (sem aspas)! Biaseto, ficará para outro dia a história que disse que contaria hoje. Abraço VERDADEIRO (será? rsrsr)! Te digo que sim. Acredite vc ou não. Valeu!

  428. Guto Diz:

    Meu caro Biaseto, quando digo que não tenho respostas, quero te dizer que tenho minhas “verdades”, contudo são somente minhas verdades e não respostas. Ah! Tolo o homem que deixa de continuar a questionar, até mesmo as suas “verdades”! Valeu até!

  429. Marciano Diz:

    Montalvão, olha o cara aí:
    http://en.wikipedia.org/wiki/James_Kibbie
    .
    Biasa, veja isto: http://letras.mus.br/pink-floyd/90492/
    .
    Guto, tudo o que eu digo é mentira.
    Será que a frase acima é verdadeira? Se for, estou me desmentindo, se for falsa, estou me desmentindo do mesmo jeito.
    Esta é a mentira por excelência.
    Jogos de palavra à parte, eu duvido de quase tudo, tenho algumas certezas, dentre elas, a de que uma coisa não é verdadeira só porque algum malandro a afirma.
    Os líderes religiosos sempre foram ateus malandrinhos, que ganham dinheiro, poder, prestígio, à custa da ingenuidade, desgraça e miséria dos incautos.

  430. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Quer dizer que existe pelo menos UMA verdade absoluta, esta acima. Já é alguma coisa.
    Ou será que isto também não é uma verdade?

    /
    COMENTÁRIO: a verdade é que depois de uma garrafa de Scotch todas as verdades se tornam absolutas. Quem não crer que experimente…

  431. Montalvão Diz:

    Bia,

    Os vídeos são massa (“adoro” essa girinha…), no primeiro o som do banjo é uma gostosura.
    .
    saudações banjais.

  432. Marciano Diz:

    A única crença verdadeira é aquela que cada um tem em dado momento.
    Cada um tem sua crença, descrê das crenças antagônicas dos outros, muitas vezes muda de crença, como ocorreu com alguns aqui, aí passam a dizer que a crença anterior é falsa e que a atual é a verdadeira, ou talvez o seja.
    Crença é uma bagunça.
    A ciência erra, mas vai acertando os erros com o tempo.
    Depois que uma verdade científica está bem estabelecida, podemos confiar nela.
    A Matemática quase toda é perfeitamente confiável e demonstrável. Veja bem, eu disse “quase toda”.
    A maior parte da Física é indubitável, a gente pode confiar, estamos usando ciência agora mesmo para conversar aqui.
    Você acha que seu computador é uma ilusão, algum truque de salão, como os que Arduin e Montalvão discutem longamente aqui?
    Obs.: Se não estou sendo muito claro, perdoem-me, ainda estou nauseado com a palhaçada da nossa mais alta corte, com a zombaria que o socialismo brasileiro trata o povo.

  433. Marciano Diz:

    “… com a zombaria com que o socialismo brasileiro trata o povo”.

  434. Montalvão Diz:

    .
    Marciano Diz: Biasetto e Montalvão, vocês que aprenderam a não se sujeitarem a arbitrariedades, sejam elas de que autoridade forem:
    – Vamos ficar quietos ante o que o stf acaba de fazer?
    /
    COMENTÁRIO: minha primeira reação particular foi de total indignação, minha segunda reação também. Mas preciso avaliar as razões das partes, para melhor entender o porque disso.
    .
    Por ora, estou inclinado a concluir que juridicamente comprovou-se valer a pena ser criminoso neste país. Vamos ver se a meditação posterior altera esta visão.
    .
    O que quero saber direitinho é se a decisão apenas protela o desfecho inevitável: todos irão para a cadeia, ou livrará boa parte dos gatunos…
    .
    Mais adiante falamos.

  435. Montalvão Diz:

    .
    Guto Diz: O que quero dizer é que TODOS MENTEM.
    .
    COMENTÁRIO: Se todos mentem, ao dizer tal coisa você pode estar mentindo… é como bem diz o velho deitado: “todo aquele que diz que todos mentem mente”.
    .
    Aliás, diga-me: quando foi que lhe falei uma mentira que não fosse verdade?
    .
    Saudações inverdadeiras.

  436. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Montalvão, olha o cara aí:
    .
    COMENTÁRIO: e não é que é? Esse é bão mermo… Queria ter só um dedinho desse talento e morreria feliz…
    .
    Mas, vou morrer feliz de qualquer jeito…

  437. Marciano Diz:

    Montalvão,
    Vai postergar a prestação jurisdicional, vai acarretar em prescrição para alguns, vai diminuir a pena de outros, o que lhes dará o direito de cumprir a pena em regime que, no final das contas, implica pena nenhuma.
    O pior não é isso, toda a palhaçada só vale para os gatunos políticos e seus asseclas, não vale para o cidadão comum que venha a cometer crimes apenados de forma semelhante.
    zé dirceu, por exemplo, não irá para a cadeia.
    São dois pesos e duas medidas.
    Se eu ainda advogasse no crime, aconselharia meus clientes a se filiarem ao PT ou a algum partido governista (PMDB, por exemplo), depois daria um “jeitinho” de levar o processo ao stf.
    Garantia total de impunidade.
    .
    Não são só religiosos e médiuns que enganam a população, o stf também o faz.
    Saudações tristes, envergonhadas de ser brasileiro e desesperançosas.

  438. Marciano Diz:

    Montalvão,
    se alguém for para a cadeia, será o zé mané. o zé dirceu não vai. Nem o “bispo” macedo ou qualquer outro do mesmo naipe.
    Se eu pudesse, me mudaria para a Suíça amanhã.
    Estou com vontade de voltar para Marte. Diferentemente do que dizem a mãe de cx, Rivail, Humberto de Campos, Ramatis, etc., lá não tem religião nem política. Não tem nada. Lugarzinho bom.
    Onde há fumaça, há fogo. E onde há gente, há merda, desonestidade, enganação, mentiras, tudo de ruim.
    Vou virar um misantropo.
    Morrer, talvez, não seja tão ruim assim.
    Exageros de lado, estou realmente enojado, no sentido figurado. Não sou obrigado a ser religioso, só sou obrigado a conviver com religiosos que tentam me convencer a entrar para a religião deles. Mas sou obrigado a continuar brincando de advogado num país onde não existe justiça, o direito serve aos maus propósitos dos poderosos, os bandidos de colarinho branco ou os de mãos sujas de sangue e drogas vivem à solta.
    Ateus (todos os líderes religiosos) criam ou alimentam crenças sem qualquer sentido apenas para tomar dinheiro dos bobos. É uma prática tão antiga que existem vários livros sagrados antiquíssimos pelo mundo afora.
    Não tenho como provar, mas nunca existiu um sujeito de carne e osso chamado jesus, nem outro chamado Sidarta Gautama, nem outro chamado Mohammed, nem outro chamado Krishna.
    Todos criados muitos anos após o tempo em que teriam existido. Todos mitos.
    Como bem disse Millôr Fernandes, quando o primeiro malandro encontrou o primeiro otário, nasceu o primeiro deus.
    “I contend that we are both atheists. I just believe in one fewer god than you do. When you understand why you dismiss all the other possible gods, you will understand why I dismiss yours.”
    Stephen Roberts
    Vai uma tradução livre:
    “Eu sustento que nós dois somos ateus. Eu apenas acredito em um deus a menos do que você. Quando você entender por que você rejeita todos os outros possíveis deuses, você entenderá porque eu rejeito o seu”.

  439. Marciano Diz:

    “Milhões de hindus rezam sobre o pênis da estátua de Shiva. Você acha que existe um Shiva invisível que quer que as pessoas rezem sobre o seu pênis, ou é cético?
    Os mórmons dizem que Jesus foi para os Estados Unidos depois da sua ressurreição. Você concorda, ou duvida?
    Praticantes do candomblé sacrificam cachorros, cabras, galinhas, etc., e jogam os corpos em rios. Você acredita que os deuses da macumba querem animais mortos, ou você é cético a respeito?
    É dito aos homens-bomba muçulmanos que, ao se explodirem, eles se tornarão ‘mártires’, e serão instantaneamente enviados a um paraíso repleto de adoráveis ninfetas. Você acredita que os homens-bomba estão no paraíso com as ninfetas ou não?
    Os membros da Igreja da Unificação acham que Jesus visitou o reverendo Sun Myung Moon e disse a ele para converter as pessoas em “Moonies”. Você acredita nesse dogma sagrado da Igreja da Unificação?
    As Testemunhas de Jeová dizem que, a qualquer dia, exatamente 144.000 deles serão fisicamente arrebatados para o paraíso, onde eles reinarão com Jesus Cristo. Você acredita nesse ensinamento solene da igreja deles?
    Os Astecas esfolavam virgens e arrancavam corações humanos para oferecê-los a uma divindade em forma de serpente emplumada. O que você acha de serpentes emplumadas invisíveis?
    É ensinado aos católicos que a hóstia e o vinho da Comunhão magicamente se tornam o corpo e o sangue de Jesus, literalmente, durante os cânticos e toques de sinos. Você acredita ou é um descrente?
    O curandeiro Ernest Angley diz que ele tem o poder, descrito na Bíblia, de distinguir espíritos, o que permite a ele ver demônios dentro de pessoas doentes e anjos flutuando nos seus cultos. Você acredita nessa afirmação?
    A Bíblia diz que pessoas que trabalham no sábado devem ser mortas (Êxodo, 31:15). Devemos executar trabalhadores de fim de semana ou você duvida dessa escritura?
    Num templo dourado da Virgínia do Oeste, adoradores em roupões alaranjados acham que se tornarão um só com Lord Krishna se cantarem ‘Hare Krishna’ muitas e muitas vezes. Você concorda, ou duvida?
    Membros da comunidade Portão do Paraíso diziam que podiam se livrar de seus ‘contêineres’ (quer dizer, seus corpos) e serem transportados para um disco voador que viajava atrás do cometa Hale-Bopp. Você acredita que eles estão agora naquela nave espacial ou você é cético a respeito?
    Durante a caça às bruxas, padres inquisidores torturaram milhares de mulheres para que confessassem que elas arruinavam as colheitas, faziam sexo com Satanás, etc., e, então, as executaram por isso. Você acha que a Igreja estava certa em fazer cumprir o que diz a Bíblia, “Não deixarás viver a feiticeira” (Êxodo, 22:18), ou você duvida dessa escritura?
    Membros de igrejas Espíritas dizem que podem conversar com os mortos durante seus serviços de adoração. Você realmente acha que eles de fato se comunicam com espíritos de pessoas falecidas?
    Milhões de pentecostais americanos falam ‘línguas desconhecidas’, um espontâneo jorrar de sons. Eles dizem que é o Espírito Santo, a terceira parte da Trindade, falando através deles. Você acredita nesse dogma, para muitos, sagrado?
    Cientologistas dizem que cada ser humano tem algo semelhante a uma alma, que é um ‘Thetan’ que vem de um outro planeta. Você acredita na doutrina deles ou duvida?
    Os gregos antigos achavam que a grande variedade de deuses vivia no Monte Olympo, e alguns dos Novos Agers de hoje acham que Lemurians invisíveis vivem dentro do Monte Shasta. Qual sua posição quanto a deuses da montanha: crente ou descrente?
    Nas montanhas da Virgínia do Oeste, algumas pessoas obedecem ao ensinamento de Cristo de que verdadeiros crentes podem lidar com serpentes (Marcos, 16:18). Eles seguram cascavéis nos cultos. Você acredita nessa escritura ou não?
    Os Thugs indianos acreditavam que a multiarmada deusa Kali queria que eles estrangulassem pessoas em sacrifício. Você acha que há uma deusa invisível que deseja que pessoas sejam estranguladas, ou você é um descrente?
    Os budistas do Tibete dizem que quando um velho Lama morre, seu espírito entra em um bebê que acaba de nascer em algum lugar. Então eles permanecem sem líder por uns doze anos ou mais, até que encontrem o garoto que deve ter conhecimento sobre a vida privada do antigo Lama, e eles o ungem como o novo Lama (na verdade o mesmo Lama só que em um novo corpo). Você acredita que Lamas à beira da morte voam para dentro de novos bebês ou não?
    Na China dos meados de 1800, um cristão convertido disse que Deus apareceu a ele e lhe revelou que ele era o irmão mais novo de Jesus, e ordenou que ele destruísse demônios. Ele levantou um exército de crentes e travou a Rebelião Taiping que matou cerca de 20 milhões de pessoas. Você acredita que ele era o irmão de Jesus, ou não?”

    EVERYONE’S A SKEPTIC – ABOUT OTHER RELIGIONS. James A. Haught. In: EVERYTHING YOU KNOW ABOUT GOD IS WRONG. Russ Kick (org.). Disinformation, New York : 2007. p. 16-18.

  440. Marciano Diz:

    Kali não era multiarmada, era cheia de braços (multiarmed).

  441. Marciano Diz:

    Cada um acredita na maluquice de sua preferência.
    Se a gente não acredita em maluquices, por incrível que pareça, dizem que a gente acredita na descrença.
    Que seja, sou crente na descrença, pseudo-cético, neo-ateu, qualquer adjetivo inventado por cretinos, só não sou bobo.
    Tem gente que acredita até no stf.

  442. Marciano Diz:

    Estou lendo o livro que indiquei acima.
    Se alguém se interessar pelo link, que o diga.
    Posso mandar em pdf, pelo e-mail.

  443. Biasetto Diz:

    Bem, tem muitos assuntos interessantes rolando aqui, vou tentar opinar.
    Quanto à questão política brasileira, nada me surpreende. Tem algumas frases que resumem bem o que penso disso tudo:
    – As leis devem valer também na Casa Grande e não só na Senzala. Pedro Taques
    – Não se deixe enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem. Rui Barbosa
    – As pessoas tendem a criar regras para os outros e exceções para elas. (desconheço o autor)

    Por outro lado, ultimamente tenho me voltado a alguns ensinamentos budistas, há muita sabedoria neles, é fato!
    Um desses ensinamentos diz que devemos aprender a praticar a “lei do distanciamento” para as coisas que nos perturbam e não conseguimos mudar. E a política brasileira, esta nojenta política, politicagem, governança existente em nosso país, “desde sempre”, voltada somente pra privilegiar uma elite parasitária e canalha, ainda que tenha sido um pouco arranhada nos últimos tempos, continua firme, forte e saudável. E o pior de tudo, lembrando de um frase do Toffo, é que, neste caso, realmente só mudam as moscas.
    Ainda que me encante com o texto que reproduzi aqui, copiado do face do Montalvão, estou bem propenso a me distanciar da ideia de ser um defensor dos “fracos e oprimidos” no Brasil, porque já me trouxe problemas e já me desgastou bastante.
    Também existe a famosa frase de que “cada povo tem o governo que merece”, estou passando a acreditar que realmente é isto aí, porque na condição de professor, posso garantir-lhes que não existe um lugar mais apropriado para se conferir que o povo gosta, gosta e gosta de ser besta, do que a sala de aula. Ninguém (salvo raríssimas exceções) quer saber de conhecimento neste país. E não pensem que vai melhorar, porque não vai. A garotada está cada vez mais mal informada, mal formada, estupidamente centrada em valores (se é que podem ser chamados de ‘valores’) horrorosos. E por favor, não culpem os professores. Estes, são uns verdadeiros coitados (não gosto desta expressão) neste país.

    Quanto à colocação do Guto de que “todos mentem”, que gerou boas observações nos comentários posteriores, inclusive se transformou em questão de raciocínio lógico, uma vez que fica difícil de saber onde está a verdade desta premissa, é fato que a mentira é um recurso utilizado pelo homem, como meio à sua própria sobrevivência. Agora, é preciso saber ponderar e contextualizar a mentira. Se é válida a ideia de que “quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, também seria válida a ideia de que “quem nunca mentiu que faça a primeira acusação”.
    Só que …
    “Mentiras” existem de vários tipos, com vários objetivos e diversas consequências.
    Acho que foi o Antonio G. que indicou aqui, eu assisti, é muito legal, fica a dica mais uma vez: “O primeiro mentiroso”, show de filme – leve, divertido e faz pensar.
    Aqui o trailer, deve ter completo no youtube, porque já assisti por lá
    http://www.youtube.com/watch?v=PExzTjJLTZ4
    Ainda sobre o que o Guto falou, no que se refere que cada um encontra a sua verdade, eu diria que “sim” e “não”.
    Especialmente no que se refere à questão das crenças pessoais, e especificamente sobre as religiosas/espiritualistas, eu vejo que é preciso separar o que é concreto, evidenciado, daquilo que é subjetivo, imaginário, sonhador, “transcendente”.
    – Concreto: (e este é objeto de estudos do blog) a análise de fenômenos supostamente sobrenaturais – paranormalidade, mediunidade, milagres …
    Exemplos:
    * Chico Xavier foi um médium fantástico;
    * Divaldo Franco é um médium fantástico;
    * Madre Teresa foi uma mulher maravilhosa;
    * Sai Baba foi um avatar, tinha poderes incríveis …
    Tudo isto pode ser analisado e contestado a partir de estudos, pesquisas, depoimentos, que indicam evidências de plágios e/ou adaptações de obras literárias nas obras ditas mediúnicas, fraudes em sessões de supostas materializações de espíritos, erros grosseiros de previsões futuras, erros grosseiros em apontamentos relacionados a temas abordados pelas ciências, desvios de recursos angariados para fins de obras de caridades, atitudes e ações que desqualificam ou colocam em dúvida a condição de “santidade” destas pessoas, vídeos comprometedores, indicando fraudes, pilantragens …
    – Subjetivo: a liberdade de interpretação e o sentimento, a experiência, que cada um viveu/vive no seu dia a dia, ou em determinadas situações da vida – um sonho marcante, o policial que entrou no ônibus num momento de necessidade, o bombeiro que chegou na “hora h”, mesmo quando “não era para estar ali”, a dor de barriga que fez o sujeito perder o voo e o salvou do acidente …
    Por mais que se queiram dar diversas explicações a estes eventos – e é possível que eles sejam apenas terrenos e façam parte da pura e simples lei das probabilidades matemáticas, mas também não se pode negar o direito das pessoas acreditarem que algo de fantástico, divino, espiritualista, transcendente … aconteceu.
    É a tal história, “cada um é cada um”. Então, nesse sentido, eu entendi a colocação do Guto, de que existem “várias verdades”, ou até, em determinados segmentos do pensamento humano, das dúvidas humanas, “não exista verdade alguma”.
    Provavelmente vamos passar mais longos anos debatendo aqui, falando sobre o Chico Xavier, por exemplo, mas NUNCA saberemos TUDO sobre ele.
    Eu não o considero, de jeito algum, o médium maravilhoso, fantástico, incrível … nem o admiro (já admirei) como um homem bondoso, caridoso, exemplo de pessoa. Simplesmente, porque entendo (baseado em muitos estudos), que ele mentia e mentia muito. E considero que a obra mediúnica dele não passa de uma espetacular farsa – do começo ao fim.
    Agora, não sei exatamente quais foram os propósitos dele, não sei se ele tinha algum tipo de “distúrbio mental”, não sei se ele manifestava criptomnésia em muitas obras, não sei se ele se cobrava ou não por não contar a verdade.

    O Marciano também mencionou uma tonelada de bobageiras ensinadas por religiões, realmente algo incrivelmente estúpido, absurdo e inconsistente, mas que encontra um monte de seguidores – e o que me deixa muito curioso é entender por que muitas pessoas não conseguem fazer esta dissociação entre ter uma crença na continuidade da vida, na espiritualidade, no transcendente, na ideia de que exista alguma “energia cósmica” que possa ajudá-las a passar pela experiência e os desafios da vida, mas precisam da institucionalização da fé, da crença; precisam de líderes para adorá-los, idolatrá-los, amá-los, tentar imitá-los.
    Essa própria ideia da “imitação a Cristo”: o sacrifício, as feridas, a dor, o sangue, a superação … e aí a recompensa, o prêmio …
    Isto é de uma ingenuidade, mas cada um com a “sua verdade”, ou não ???
    Até …

  444. Gorducho Diz:

    (…)e o que me deixa muito curioso é entender &c.
    Sua inquietação é esclarecida n’O Grande Inquisidor (do Dostoiévski, claro).

  445. Marciano Diz:

    Biasetto,
    É isto, a gente fica indignado e frustrado, porque sabe que nada pode fazer e que continuará tudo como dantes, no quartel de Abrantes.
    .
    Eu já assisti “O Primeiro Mentiroso”, gostei muito.
    .
    Os questionamentos do Guto me parecem inválidos porque invalidam qualquer investigação, qualquer conclusão.
    Equipole a dizer que só existem verdades particulares ou, então, que a verdade é inatingível, o que torna inútil o raciocínio.
    Assim, qualquer afirmação passa a ser mentirosa e verdadeira ao mesmo tempo. Bom para quem quer mentir.
    .
    Nunca saberemos TUDO sobre cx, nem sobre ninguém, mas muitas verdades incontestáveis já apareceram aqui. Se não fossem os debates, não saberíamos NADA sobre ele e outras pessoas que são aqui discutidas.
    Temos sempre aprendido algo mais aqui, através de nossos debates.

  446. Marciano Diz:

    Eu nasci geneticamente inquisitivo, não acredito que exista uma VERDADE absoluta, acredito que existem várias verdades absolutas, algumas atingíveis pelo raciocínio, outras não.
    Que existem mentiras aos montes, ninguém pode negar, sem criar mais uma mentira.
    Se não podemos descobrir a verdade, descubramos ao menos as mentiras.
    Deixemos de ser cordeiros. Não precisamos ser lobos para isso.

  447. Gorducho Diz:

    Exato: essa linha de pensamento invalida qualquer investigação, qualquer conclusão. Se só existem verdades particulares, inútil se faz o raciocínio.

  448. Montalvão Diz:

    .
    Nossa mãe do céu! Desabafos incisivos! Isso mostra que ainda há esperança, pois há quem se escandalize num tempo em que ser corrupto é a pedida. Esses dias alguém me contava que fora secretário de governo de uma prefeitura e rechaçara múltiplas propostas de dinheirinho fácil em troca de concessões. Porém, não aguentou muito tempo e saiu fora. Segundo contou, a maior frustração foi ouvir de seus companheiros que devia ser muito bobo ou maluco, por deixar de aproveitar a oportunidade “de ouro”…
    .
    .
    BIASETTO DIZ: Se é válida a ideia de que “quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, também seria válida a ideia de que “quem nunca mentiu que faça a primeira acusação”.
    /
    COMENTÁRIO: Jesus conversava com seus discípulos quando lhe trouxeram uma prostituta, prestes a ser apedrejada. Os homens queriam saber o que o mestre diria, visto que a lei mandava que fosse justiçada. O Senhor olhou a multidão, olhou a mulher, e disse: “quem nunca errou que atire a primeira pedra”…
    .
    Subitamente, voou um pedregulho do meio do povo e acertou a testa da infeliz que caiu morta. Jesus contemplou o autor do tiro, um lusitano que transitava pelo local, e lhe indagou: “meu filho, você nunca errou?”
    .
    “Dessa distância não”…
    .
    .
    Pilatos perguntou a Jesus: “o que é a verdade”, mas não ficou para receber a resposta. Agora, seria interessante que tentássemos responder: “o que é a mentira?”.
    .
    Guto: está demonstrado: você mente pacas!
    .
    Marciano: qual a sugestão de protesto contra a impunidade dos mensaleiros? tenho algumas ideias mas temo que nenhuma atinja o cerne do problema. Enquanto se gastam fortunas e meses a fio para julgar uma matilha de corruptos, com resultados pífios, pululam na imprensa notícias de que a corrupção grassa à rédea solta. Ninguém tá nem aí para o que aconteceu, só quer salvar o seu… Acho que a solução (se é que há) passa por muita educação e outra geração.
    .
    Sonho meu…

  449. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Não tenho como provar, mas nunca existiu um sujeito de carne e osso chamado jesus, nem outro chamado Sidarta Gautama, nem outro chamado Mohammed, nem outro chamado Krishna.
    .
    COMENTÁRIO: Sidarta Gautama e Krishna tem realidade nebulosa; Mohammed e Jesus possuem dados mais consistentes. O

  450. Montalvão Diz:

    .
    Meti o dedo onde não devia e a mensagem foi sem ser terminada. Recomecemos:
    .
    MARCIANO DIZ: Não tenho como provar, mas nunca existiu um sujeito de carne e osso chamado jesus, nem outro chamado Sidarta Gautama, nem outro chamado Mohammed, nem outro chamado Krishna.
    .
    COMENTÁRIO: Sidarta Gautama e Krishna têm realidade nebulosa; Mohammed e Jesus possuem dados mais consistentes. Historicamente falando, devem ter existido. O que se questiona são as identidades e ações místicas desses. Isso vai por conta da fé de cada um (sentiu, “fedecadaum”?) Por exemplo: a fé de Marciano não é a mesma que a do Dirceu…
    .
    Aliás, quem não acredita no poder da oração, deve pensar melhor: Dirceu e Genuinosacripanta rezaram muito… O que esses têm: fé de mais.
    .
    A minha fé é fé de pessoa normal…

  451. Larissa Diz:

    Montalvão, onde será que consigo a obra completa de Vivaldi em MP3/4?

  452. Toffo Diz:

    Montalvão,
    Vai postergar a prestação jurisdicional, vai acarretar em prescrição para alguns, vai diminuir a pena de outros, o que lhes dará o direito de cumprir a pena em regime que, no final das contas, implica pena nenhuma.
    O pior não é isso, toda a palhaçada só vale para os gatunos políticos e seus asseclas, não vale para o cidadão comum que venha a cometer crimes apenados de forma semelhante.

    .
    Pois é, Marciano, se eu pudesse entregaria hoje mesmo a minha carteira na OAB, dizendo: chega. Cansei de brincar de advogado.
    .
    Muitos maus tempos por aqui, na antiga Pátria do Evangelho – hoje, Pátria dos Evangélicos.

  453. Guto Diz:

    Meus caros, não sou santo, mas não sou a pior pessoa do mundo. Tenho minhas convicções e as sigo, independentemente de questionamentos contrários. Quando digo que todos mentem, quero ser sincero dizendo que me incluo nisso! Contudo, como o Biaseto escreveu, depende das circunstâncias e do fim a que se pretende chegar. GRAÇAS A DEUS tenho uma boa índole e, por isso, tenho CERTEZA de que minhas mentiras nunca ofenderam ou causaram mal a alguém, no máximo, a mim mesmo. Exemplo: Minha esposa não gosta que eu escreva nesse blog. Olha aí, tô escrevendo. Se ela me perguntar se escrevi, vou dizer o quê? Díficil a resposta, né? É claro que vou negar. Faço mal a ela ou a mim. Acho que não, mas mentira é mentira. Será que alguém vai me apontar o dedo? Sempre existem três apontados para aquele que aponta o dedo. Pensem nisso! Depois eu volto! Ah!, gosto muito de filosofia sim Marciano. Até.

  454. Guto Diz:

    Lí em algum momento aqui, nesses posts, sobre geometria. Tô mentindo! Li no post do Marciano (inicialmente não queria ser direto, mas a minha vontade em falar a verdade foi maior). Marciano, segue trecho retirado do wikipedia sobre o pensamento dos discípulos de Pitágoras: “Segundo os pitagóricos, o cosmo é regido por relações matemáticas. A observação dos astros sugeriu-lhes que uma ordem domina o universo. Evidências disso estariam no dia e noite, no alterar-se das estações e no movimento circular e perfeito das estrelas. Por isso o mundo poderia ser chamado de cosmos, termo que contém as idéias de ordem, de correspondência e de beleza. Nessa cosmovisão também concluíram que a Terra é esférica, estrela entre as estrelas que se movem ao redor de um fogo central. Alguns pitagóricos chegaram até a falar da rotação da Terra sobre o eixo, mas a maior descoberta de Pitágoras ou dos seus discípulos (já que há obscuridades em torno do pitagorismo, devido ao caráter esotérico e secreto da escola) deu-se no domínio da geometria e se refere às relações entre os lados do triângulo retângulo. A descoberta foi enunciada no teorema de Pitágoras.” Matemático e FILÓSOFO.
    Alguns pensamentos (frases) de Pitágoras:
    Seguem algumas frases atribuídas a Pitágoras:
    “Não é livre quem não consegue ter domínio sobre si;
    Todas as coisas são números;
    Aquele que fala semeia; aquele que escuta recolhe;
    Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem;
    Educai as crianças e não será preciso punir os homens;
    A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus;
    A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deu; e
    Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues.” Penso que não existe antagonismo na RAZÃO e na FÉ. No campo filosófico, Pitágoras não podia provar seus pensamentos, mas na matemática sim. Vou por esse caminho. A minha fé é que me move! Ela me faz querer sair do lugar e buscar a divindade. Essa, mora dentro de mim (de nós), só que é preciso procurar. Como fazê-lo? Se desfaça dos seus preconceitos, de todos os pensamentos “prémoldados” e limpe o seu coração de tudo que é contrário as virtudes que os homens podem posssuir. Essa é a minha “verdade”.

  455. Marciano Diz:

    Você é mesmo mentiroso, Guto. Diz que eu disse coisas que eu não disse.
    Leia de novo.
    Ou cumpra sua promessa.
    Está se fazendo de desentendido?
    Se continuar argumentando desonestamente, como fez agora, vou passar a ignorar você, vá dialogar com o zé dirceu.

  456. Marciano Diz:

    Biasetto, veja esta:
    Teístas que acusa não-teístas de serem ateus são como jogadores de futebol que acusam jogadores de basquete de não terem balizas.
    É por isso que eu não aceito o rótulo de ateu. Sou apenas normal, não sou louco.

  457. Guto Diz:

    Marciano, vou lembrá-lo e mostrar que está enganado ao dizer que sou mentiroso! Marciano Diz:
    setembro 18th, 2013 às 20:09
    “(…)
    Será que é verdade absoluta que a soma dos ângulos internos de um triângulo em uma superfície plana é SEMPRE igual a 180 graus?
    Para mim, isto deve ser uma verdade.
    (…)
    Agora o que escrevi: “Lí em algum momento aqui, nesses posts, sobre geometria. Tô mentindo! Li no post do Marciano (inicialmente não queria ser direto, mas a minha vontade em falar a verdade foi maior).
    Leia seu post e o meu de novo! Pitágoras foi um dos maiores matemáticos e estudou bastante geometria. A partir do seu argumento apenas apresentei que Razão e Fé podem andar juntas. Abraço.

  458. Marciano Diz:

    Não, Guto, você está distorcendo o que eu disse, isto é desonestidade. Não pince trechos de comentários e use-os fora do contexto. Isto não é burrice, é desonestidade.
    Doravante ficarei absolutamente cego a seus comentários.
    Bye bye.

  459. Guto Diz:

    Pinçar? Vc argumentou utilizando de uma questão matemática para falar sobre o que disse. De que não existe , para os homens, verdades absolutas. Sim, seu argumento foi objetivo e claro, quando se fala da ciência. Eu apenas quis apontar que a sua forma de ver as coisas pode não ser a VERDADEIRA VERDADE! O aspecto que falava era sobre as questões humanas. Se não quer comentar mais, tudo bem.

  460. Guto Diz:

    Montalvão Diz:
    setembro 19th, 2013 às 11:05
    (…)
    Guto: está demonstrado: você mente pacas!
    (…)
    O que seria pacas? Não achei em nenhum dicionário!
    Se vc quer dizer que minto? Sim, já disse que sim. Mas para quê e porquê? Essa é uma questão importante a ser respondida. Qual frequência? Posso te garantir que bem pequena, mas muito mais do que eu gostaria. Estou em busca da mentira zero, mas não é fácil! E vc? Pode me responder como vc lida com a mentira e a verdade? Abraço.

  461. Guto Diz:

    Sábio é o homem que busca conhecer a si mesmo! Essa frase não é minha, mas não me lembro quem foi que disse.
    Paz e Amor a todos!

  462. Marciano Diz:

    VITOR,
    este comentário não tem nada a ver com o tópico, mas é do seu interesse (acho).
    Gostaria que se pronunciasse sobre isto:
    .
    “Can computers have ndes?

    When HAL, the treacherous computer in the film 2001: A Space Odyssey, was being slowly throttled by the one surviving astronaut, it tried first to negotiate. Then, as board after board of electronic components were disconnected, it burst into the old song A Bicycle Built for Two. It had learned this tune early in its silicon-based life. Surprisingly, real computers can experience similar Near-Death Experiences (NDEs).

    S.L. Thaler, a physicist at McDonnell Douglas, was studying neural networks designed to mimic the structure and functions of the human brain. Such neural nets can actually learn as programmers train them. As a evening avocation, Thaler devised a program that randomly severed connections in the neural net, in effect destroying the artificial brain bit by bit. When between 10 and 60% of the connections were destroyed, the net spat out only gibberish. Near 90% destruction, though, strange “whimsical” information was produced that was definitely not gibberish. In contrast, untrained neural networks generated only random numbers as they were “put down”!

    Evidently, HAL’s tuneful demise was not so fanciful after all.

    (Yam, Philip; “Daisy, Daisy,” Scientific American, 268:32, May 1993.)”
    .
    Fonte: http://www.science-frontiers.com/sf113/sf113p00.htm

  463. Guto Diz:

    Marciano, vc me chamou de mentiroso e desonesto, mas eu te perdoo. Vc, querendo ou não, acreditando ou não é meu irmão espiritual! Abraço.

  464. Biasetto Diz:

    Vocês me fazem rir.
    Isto é bom, rs …

  465. Biasetto Diz:

    DeMarte, valeu por ter comentado sobre aquele postagem que fiz no meu face. Gostei da frase/ideia, mas não sabia que era de um pastor batista, exclui no ato, principalmente porque você me informou também que o sujeito estava envolvido em escândalos.
    Frases bonitas vindas de pessoas duvidosas não me convencem a postá-las. Todos os dias vejo postagens assinadas pela madre Teresa, Chico Xavier, Divaldo Franco … creeedo!!!
    Aquela mensagem da “sabedoria budista”, que postei é boa. Até o Jurubeba gostou. Pena que ele não participa mais do blog. Vive provocando os crentelhos no face, me divirto pacas (em homenagem ao Guto, que mentiu em dizer que não sabe o significado de ‘pacas’, mas é só uma mentirinha inofensiva, tudo bem).
    Cadê o Yacov hein?
    Quem faz muita falta aqui é o Caio. O Juliano também.
    E o Gilberto? Acho que virou evangélico.

  466. Marciano Diz:

    Guto, sou mentiroso igual a você. Disse que ia ficar cego para os teus comentários e estou respondendo.
    Na verdade, eu compreendo sua ânsia de auto-afirmar suas crenças, não me julgo melhor do que você ou qualquer outro.
    Não pretendo mais debater com você porque acho que você “apela”, digamos assim. Finge que não entende. Acho que você mente para você mesmo.
    Fora isso, não tenho nada contra você, somos irmãos (todos nós) porque somos humanos, da mesma espécie.
    Eu não tenho espírito.
    Você, pelo menos, não é arrogante, como o asno com cuja cabeça estão desperdiçando sabão e água (no outro artigo).
    Over and out.

  467. Marciano Diz:

    Biasetto,
    Ad sumus.
    Conte comigo sempre que eu puder advertí-lo sobre esses fariseus.
    Sei que se eu for enganado por algum, você não deixará passar em branco, virá em meu socorro também.
    .
    Viu o comentário que fiz acima, sobre NDEs em computadores?
    Se for verdade, é intrigante. E implicaria que computadores também têm espírito.
    Estou esperando o Vitor se pronunciar, é um dos assuntos prediletos dele.

  468. Marciano Diz:

    Biasetto,
    cuidado com o budismo. É uma religião não teísta, que tem várias vertentes (zen budismo, budismo tibetano, etc.).
    Você viu o que comentei sobre budismo e outras religiões acima.
    Outra coisa, dá muito trabalho para demonstrar aqui, é controverso, mas o Buda, Siddhartha Gautama, é outro personagem fictício, como jesus, mohammed, krishna, etc.
    Foram criados muito tempo depois das épocas em que teriam existido.
    Extirpe de sua cabeça esse restinho de necessidade de pensamento mágico.
    Só falta você começar a procurar um novo lama, quando o atual morrer.

  469. Vitor Diz:

    Marciano
    nde pode ser um dos meus assuntos favoritos sim, mas computação não. Não posso dizer se a analogia é válida ou não. Mas a ideia de que tudo teria alguma forma de “consciência” ou “experiência subjetiva” – até uma moto, um lápis – é algo especulado já há décadas.

  470. Biasetto Diz:

    DeMarte diz:
    “Outra coisa, dá muito trabalho para demonstrar aqui, é controverso, mas o Buda, Siddhartha Gautama, é outro personagem fictício, como jesus, mohammed, krishna, etc.”
    – Já conversamos sobre isto, CONCORDO CONTIGO PLENAMENTE!
    Fique tranquilo, religião alguma me “laça” novamente.
    Apenas reconheço/admito que existem, em meio a tantas bobagens, algumas ideias, mensagens, conselhos interessantes em seus “ensinamentos” e o budismo, somando-se e subtraindo-se aqui e ali, é muito, mas muito mais agradável que o judaísmo, o cristianismo, o islamismo, e o chiquismo, só para exemplificar.
    Gosto de certos fundamentos do budismo, do confucionismo também. Estes fundamentos foram percebidos por nossos irmãos humanos lá atrás na história, tais como:
    1º) não se revolte, nem perca seu tempo com coisas que não pode mudar.
    2º) não tome decisões movido apenas pela emoção, especialmente em momentos de raiva ou felicidade extrema, porque poderá se arrepender depois.
    3º) não crie expectativas ou fique esperando soluções externas, no que se refere a mudanças que só depende de você mesmo.
    4º) não se cobre em demasia, não deixe que o medo domine sua vida, seja paciente, valorize os amigos, os bons momentos, viva o dia …
    5º) não seja egoísta, não se considere dono da verdade, mas também não se deixe enganar ou exagere na veneração por gurus e ídolos, porque poderá muito se decepcionar com eles …
    Enfim, são preceitos, ideias, experiências acumuladas e já bastante entendidas por alguns “sábios” antigos, que, muito provavelmente, acabaram se sintetizando em um “corpo”, uma espécie de “manual da sobrevivência feliz” e que, sabe-se lá como, terminaram por ser entendidas por gerações futuras como “revelações espirituais” deste ou aquele “profeta”, “filho de deus”, “espírito-guia”, “espírito-verdade” … e deram-se nomes a estes “símbolos da revelação” – Jesus e cia., mas que também penso que é tudo invencionice.
    E quando me refiro aos SÁBIOS ANTIGOS, estou falando de pessoas de carne e osso, muitas vezes, idosos, que conseguiram sobreviver a enormes dificuldades, lutando por sua família, familiares, tribo e foram percebendo que a vida não era nada fácil mesmo, mas conseguiram refletir sobre algumas atitudes que poderiam diminuir o fardo e tentaram mostrar isto aos demais, principalmente aos mais jovens.
    Eu preciso lembrar destes “conselhos” DeMarte, porque sou muito cabeça dura em muitas coisas. Já paguei caro na vida, por exemplo, por querer ser muito transparente, muito sincero, muito emotivo, muito ansioso, “pavio curto” – então, mesmo já não sendo jovem, continuo procurando encontrar uma espécie de equilíbrio em minhas ações, é isto!
    Quanto às suas postagens, sempre muito interessantes, vou vendo-as com calma, depois comento.
    Tenho que sair, até mais.

  471. Larissa Diz:

    Quero sabe qual o som emitido pela raposa. Algum espírita pode me esclarecer?

    http://9gag.tv/v/1068

  472. Larissa Diz:

    Pode ser psicofonia ou psicografia….

  473. Marciano Diz:

    Biasetto,
    “1º) não se revolte, nem perca seu tempo com coisas que não pode mudar.”
    .
    Este é um bom conselho para mim, neste momento de desgosto com a decisão vergonhosa do stf.
    .
    Os demais conselhos (TODOS) fazem-me crer que eu já sou budista e não sabia. Todos fazem parte do meu caráter, meu modo de ser.
    .
    Larissa,
    a raposa “regouga” (brincadeirinha).
    O regougo da raposa pode parecer com os sons emitidos por vários animais, mas há um pássaro (o David Attenborough já mostrou) que imita vários outros pássaros, com perfeição, até mesmo o som aprendido momentos antes do disparo do mecanismo de uma câmera fotográfica, de uma moto-serra e de um carro ligando o motor.
    .
    Veja aqui vários sons reais (os regougos) emitidos por raposas:
    http://www.soundboard.com/sb/Fox_Sounds_audio

  474. mrh Diz:

    o q axo d tudo isso? Q d trmblhos isókrons ativens patrulhae! + c/ tudo o q bsta é: istund falea cromunita.

  475. Larissa Diz:

    Marciano VOCÊ é médium!

    Eu recebi a seguinte psicografia, mas tudo indica que era de um espírito embusteiro se passando por raposa:
    ,—-.
    (.Oi.!.)…………………………..-.
    .`—´_………………………….\..\
    ……..(_)………………………….\..\
    ………..O………………………….|..|
    ………….o………………………..|..|
    ……………../\—-/\…_.,-.-.-.._.|..|
    ……………./.^…^..\,’…………..`..;
    ……………(..O…O…)……………….;
    …………….`..=o=_,’……………….\
    ………………/………._,—-..__……..\
    ……………../.._.)…,’…………`-..`.-..\
    ……………./.,’./..,’………………..\.\.\..\
    ……………/./../.,’…………………(,_)(,_)
    …………..(,;..(,,)……

  476. Marciano Diz:

    Larissa,

    Cauda de vulpe testatur.
    A raposa se conhece pela cauda.
    Isto aí é um espírito zombeteiro de gato.
    Mande meu recado pra ele:

    ……..…../´¯/)………. (\¯`\
    …………/….//…………\\….\
    ………../….//…………. \\….\
    …../´¯/…./´¯\…………/¯ `\….\¯`\
    .././…/…./…./.|_……_| .\….\….\…\.\..
    (.(….(….(…./.)..)..(..(. \….)….)….)….)
    .\…………….\/…/….\. ..\/…………../
    ..\…………….. /……..\……………../
    ….\…………..(………..)…………../

  477. Guto Diz:

    Biaseto, vc está certo, menti sobre “pacas” SIM! O que é VERDADE, a sem aspas, é que minto, mas pouco! Pode acreditar nisso! Abraço. Depois comento contigo sobre: religião é um veneno. Valeu, meu caro irmão!

  478. Guto Diz:

    Marciano, fiquei feliz em ver que me respondeu! Acredito que vejo as coisas diferente e talvez me expresse de forma muito avançada, ou seja, meu pensamento flui mais rápido do que as palavras que digitei. Assim, acho que escrevi coisas acreditando já ter mencionado antes. Mas, na verdade, deveria ter esmiuçado o assunto antes de passar para outro, mesmo que o outro tenha algo relativo ao anterior. Quando leio meu comentário novamente percebo este erro, ou seja, pulei de um ponto a outro sem conectar, sem criar um elo no pensamento. Saiba que sou fã de filosofia, tanto que partir para estudar a teosofia. Minhas crenças morrerão comigo, pois, como já havia digitado, são elas que me movem. Preciso daquela “muleta” que você escreveu. Sem ela, acredito que estaria caindo e caindo e só me machucando. Com ela, pelo menos, não tenho caído tanto assim! Valeu! Um abraço fraternal de um irmão ESPIRITUAL (mesmo não acreditando, te dou esse abraço, que vem do meu interior)!

  479. Marciano Diz:

    Olhem eu mentindo de novo.
    É que não sei ser rude com pessoas educadas.
    Guto, acredito em sua sinceridade.
    Um abraço fraternal, mas material mesmo (ainda que metafórico).

  480. Marciano Diz:

    Biasetto,
    Isto aqui é especialmente para você, que gosta de descobrir e analisar plágios.
    Os profetas bíblicos plagiavam uns aos outros.
    Veja estes trechos da bíblia:
    .

    MIQUÉIAS
    [4]
    1 Mas nos últimos dias acontecerá que o monte da casa do Senhor será estabelecido como o mais alto dos montes, e se exalçará sobre os outeiros, e a ele concorrerão os povos.
    2 E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, de sorte que andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.
    3 E julgará entre muitos povos, e arbitrará entre nações poderosas e longínquas; e converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
    .
    ISAÍAS
    [2]
    2 Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.
    3 Irão muitos povos, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.
    4 E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.

  481. Marciano Diz:

    For those who speak the language of the Bard:
    http://www.jesusneverexisted.com/

  482. Guto Diz:

    Meus caros, sobre aquele assunto de mentira, achei algo na net que bateu direto ao que penso. Caso se interessem, leiam: “http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/70/artigo265457-2.asp”. Abraço.

  483. Guto Diz:

    Meus caros, sobre aquele assunto de verdade absoluta, achei algo super interessante! A “persistência dos espelhos”. No caso está voltado para a ciência, no entanto, acredito que pode ser estendido para outros campos do conhecimento, inclusive para as religiões. Caso queiram ler, segue o link na net. “www.usp.br/revistausp/49/12-charbel.pdf.” Abraço.

  484. Guto Diz:

    Uma coisa é achar que está no caminho certo. Outra é achar que o seu caminho é o único! Paulo Coelho. ==/== Ah! Marciano, estou fazendo de novo, ou seja, pulando etapas para falar sobre um assunto! A questão relativa a verdade absoluta, e que postei a pouco, tem a ver com a problemática de que tudo que entendemos, ou seja, decodificamos, é fruto das nossas percepções. E, como elas podem ser falhas, não podemos dar afirmações contundentes sobre as verdades/teorias/leis. O fato de um evento sempre ocorrer nas mesmas condições não é suficiente para afirmar que se trata de uma lei universal, mas de que nossas percepções sobre aquele evento nos induz a crer que se trata de uma lei universal. A questão se deriva do fato de que antes de acontecer o evento já estávamos predispostos a ver aquilo que realmente vimos, ao invés de termos nos prestado a ser tão somente como um mero observador. Não quer dizer que não seja uma lei universal, quer dizer que nossa forma de ver e organizar as coisas pode influir na percepção e, consequentemente, refutaremos ou aceitaremos o algo, deixando de ser puramente científico para afirmar ou refutar os eventos conforme nossa mente se preparou para as respostas apresentadas. É mais ou menos por aí que penso. Agora, leiam o post anterior! Valeu.

  485. Guto Diz:

    Acabei de reler umas duas vezes o que escrevi e vi que escrevi muito mal, mas acho que, com boa vontade, é possível entender. 😉 ! Abraço.

  486. Guto Diz:

    Tira o como: somente como um mero observador; e
    Substitui o influir por influenciar: (…) pode influir na percepção e, (…)
    Acho que é só! Valeu!

  487. Gorducho Diz:

    A questão se deriva do fato de que antes de acontecer o evento já estávamos predispostos a ver aquilo que realmente vimos, ao invés de termos nos prestado a ser tão somente como um mero observador.
     
    Mas qual é o problema aqui? Temos que ter cuidado para ver o que vemos. O próprio artigo admite a existência de verdades externas ao ente – caso contrário impossível se faz qualquer construção de conhecimento útil. Sairíamos daí do Galeão querendo chegar a Paris com o objetivo de visitar a sepultura do Kardec, mas iriamos parar em um lugar aleatório qualquer, porque não haveria nenhum grau de veracidade externa em relação ao funcionamento dos sistemas de navegação e dos órgãos controladores de tráfego. Cuvier e Lamarck vêm fósseis, e concordam que vêm fósseis, e concordam com o que deva ser entendido por “fóssil”.
    E no “Espiritismo”, o que vemos?

  488. Guto Diz:

    Gorducho, você leu toda a revista? O que escreveu não se trata do que escrevi. Acredito que a persistência dos espelhos não vai por este caminho?!?!

  489. Guto Diz:

    Montalvão, o “paradoxo do mentiroso” escreve que todos sempre mentem. A palavra sempre muda totalmente o que escrevi que todos mentem. Abraço.

  490. Guto Diz:

    No caso apresentado por Eubulides de Mileto e não por Epiménides, muda um pouco, contudo a pergunta é: Um homem diz que está mentindo. O que ele diz é verdade ou mentira? O problema é que é VERDADE que todos mentem mesmo, ou você duvida disso? Se não mentem mais, em algum momento da vida já mentiram. Agora esses homens que não mais mentem são a exceção a regra. Não vou buscar “filosofar” sobre exceção a regra como vc o fez, mas é isso aí! Valeu!

  491. Gorducho Diz:

    Mas ninguém aqui, que eu perceba, defende o realismo ingênuo, Analista Guto.

  492. Guto Diz:

    Só para entender, você está me dizendo que NÃO existe VERDADE ABSOLUTA! É isso?

  493. Guto Diz:

    Que pode existir equívocos de interpretação sobre os fatos naturais e as questões relacionadas as visões acerca da vida humana?

  494. Guto Diz:

    Há quem acredite na Infalibilidade científica. Já Paul Feyerabend argumentou: “nenhuma descrição de método científico pode ser abrangente o bastante para incorporar todos os conceitos e métodos usados pelos cientistas. Feyerabend objetou ao método científico prescritivo nos campos que tal método poderia sufocar e barrar o progresso científico. Feyerabend afirmou: “o único princípio que não inibe o progresso é: tudo vale (anything goes)”. E aí? Será? Vamo abrir a cabeça ou tá difícil? Rsrsrsrs!

  495. Gorducho Diz:

    As interpretações sobre os fatos naturais variam conforme a época. Isso se chama modelo. Ciência sem modelo não é ciência. Qual é o problema? Eu não vejo problema aqui.
    Mas tudo vale não. Se os sistemas de navegação (no meu exemplo) fossem construídos na base do tudo vale, nós não chegaríamos a Paris nem a lugar nenhum. Aliás na primeira nevoazinha já mergulhariamos mar ou terra adentro.

  496. Guto Diz:

    Concordo contigo! Mas, vou mais adiante. Peguei uma resposta interessante sobre verdade absoluta, ou seja, É UM PLÁGIO! Rsrsrs. Segue: “A verdade não pode ser absoluta, porque ela é conceito que emitimos sobre uma proposição. Quando as pessoas afirmam que existe uma verdade absoluta, estão se referindo a uma proposição ser sempre verdadeira, ou seja, permanecer imutável independente de contextos. Uma proposição não é necessariamente eternamente verdadeira. Ela pode ser verdadeira diante de determinadas circunstâncias, e num dado momento pode não ser mais. Novos dados acrescentados à avaliação da proposição podem alterar o julgamento que fazemos dela.” IH! Se eu não disser a fonte posso ser processado! Rsrsrs. – Fonte: Estorvo Que nome estranho, né? Deve ser apelido. Rsrsrs.

  497. Guto Diz:

    Ah! o que acrescentei a sua resposta é que: “novos dados, não considerados anteriormente (desprezados), podem alterar o julgamento que fazemos dela (a verdade)”. Valeu!

  498. Guto Diz:

    Ou seja, diante de um problema, já estudado pela ciência, pode-se existir novas alternativas de solução, contudo, se e somente se acreditarmos que só a ciência explica, perderemos a chance de aprender mais, obter outro conhecimento. Como é o caso do remédio e da fé! Não acha? Não tire conclusões precipitadas de que estou defendendo que as pessoas parem de tomar remédios para viver rezando, não é isso! Valeu.

  499. Gorducho Diz:

    Isso aplica-se perfeitamente ao experimento para testar o modelo espírita aqui proposto. Todos “verão” a mesma coisa da qual nenhum dos experimentadores discordará, pois que terá sido feito de comum acordo. Ou seja: a pessoa objeto do experimento vocalizará ou escreverá pequeno trecho de livro aberto no recinto por um dos experimentadores aleatoriamente; e este tendo tomado todo cuidado para não vislumbrar o conteúdo. Equivale, no artigo citado pelo Sr. a ambos, Lamarck e Cuvier, enxergarem um fóssil.
    O modelo espírita terá sido verificado. A pessoa que falou ou escreveu poderá ser considerada um “médium”, e o resultado terá sido compatível com a presença de um “espírito” no recinto, da forma como é suposta no LM e demais elaborações teóricas.
    Evidentemente, como por definição ocorre em Ciência, qualquer um é livre para elaborar modelos alternativos. E, claro, futuros novos dados podem alterar a interpretação (julgamento) do fato.

  500. Marciano Diz:

    Sempre gostei de epistemologia, fiquei em êxtase quando li pela primeira vez a “Crítica da Razão Pura”. Hoje, estou mais pragmático. Acho que a filosofia só é viável naquilo que AINDA não é objeto da ciência.
    Estou mais alinhado com o Gorducho e com os sistemas de navegação (aqui, no sentido metafórico, claro).
    Não se pode navegar do Galeão ao Charles de Gaulle filosofando, mas com ciência e tecnologia, por um preço bastante acessível, bem rapidamente e com toda segurança, fazemos o vôo facilmente.
    Para demonstrar a existência ou inexistência de espíritos ou mediunidade a ciência (bem aplicada e simples, como propõe Gorducho) é necessária e suficiente. Já se formos filosofar sobre tal assunto, jamais decolaremos.

  501. Guto Diz:

    Sobre o papo de caos no universo, tem um site que versa sobre este assunto interessante. O assunto é: De onde vem a ordem no movimento aleatório das partículas do universo. site: http://hypescience.com/de-onde-vem-a-ordem-no-movimento-aleatorio-das-particulas-do-universo/ ===/=== Talvez seja um começo para se chegar a algo maior! Valeu!

  502. Marciano Diz:

    Estou voltando à fase filosófica.
    Defina ordem.
    Defina caos.
    Os conceitos de caos e de ordem são humanos, o universo é o que é, quem vê ordem ou caos é o cérebro dos humanos.
    Durante o processo de seleção natural alguns animais (não são só os humanos) desenvolveram uma necessidade de organização (um meio tendente a um fim).
    O universo não tem qualquer propósito, não tem uma finalidade.
    A cosmologia e alguns tópicos estudados pela astrofísica e pela mecânica quântica estão mais para filosofia do que para ciência.
    Há uma profunda diferença entre físicos teóricos e físicos experimentais.
    Einstein era o cara, mas sem Oppenheimer, sem Enrico Fermi, sem bombas nucleares, sem reatores atômicos.
    Sem Wernher von Braun, sem vergeltungswaffe, sem foguetes Saturno, sem viagem à Lua.
    A filosofia, a física teórica, são maravilhosas, são a base de tudo, porém nem só de filosofia vive o homem. Se dependesse SÓ dos filósofos, não poderíamos usar a eletrônica, a informática, os satélites, para conversarmos aqui mesmo, neste blog.
    Agora vou voltar ao UFC (terminaram as preliminares e começou o card principal), enquanto aprecio um modesto Chianti, após um Chivas preliminar.

  503. Marciano Diz:

    Antes que eu me esqueça: só posso ver o UFC 165, que está rolando no Canadá (Toronto), por causa dos satélites, da tecnologia, da TV a cabo.
    Não fosse pela ciência, eu estaria filosofando sobre MMA.

  504. Marciano Diz:

    Será que tem porrada no mundo espiritual? Tiros eu sei que tem, cx já falou sobre isto.

  505. Biasetto Diz:

    Este papo sobre “verdades” e “mentiras” é muito simples:
    Você tá certo Guto em mentir, se a tua esposa não gosta que você comente neste blog, mas você comenta e mente pra ela, porque não tem nada demais isso.
    Agora, se o sujeito se diz médium e mente, se ele faz isto porque é um “desvirtuado”, tudo bem; mas se faz isto, conscientemente, levando diversas vantagens, ele é um CANALHA, CAFAJESTE, PILANTRA E MAU CARÁTER, mesmo que suas “mensagens” tenham, através da ilusão (isto funciona, pode funcionar, é fato), “ajudado” muitas pessoas.
    Se a madre Teresa e a igreja desviavam o dinheiro das obras de caridade e a causa de suas origens/doações, isto é SACANAGEM, MENTIRA HORROROSA E INADMISSÍVEL!
    Se o Sai Baba enganava (e existem prova de que enganava), se o Divaldo Franco falou que ele era um avatar – e falou mesmo – então: ou Divaldo Franco é um mentiroso, ou ele e sua guia não sabem PORRA ALGUMA!
    EXISTEM VERDADES, EXISTEM MENTIRAS.
    EXISTEM DÚVIDAS, EXISTEM ESCOLHAS PESSOAIS.
    Mas, uma vez que as pessoas têm a oportunidade de se informarem sobre informações diversas, sobre opiniões diversas a respeito de temas polêmicos, duvidosos, importantes, significativos e influentes nas sociedades contemporâneas, entendo que as pessoas devam procurar se informar e procurar encarar com coragem a realidade.
    E, fazer como faz o Vitor e os participantes críticos do blog: PROCURAR DIVULGAR AS PESQUISAS, AS EVIDÊNCIAS DA DÚVIDA, DANDO A OPORTUNIDADE PARA O CONTRADITÓRIO, é isto o que penso, é isto me incentiva a continuar participando deste blog.

  506. Biasetto Diz:

    DeMarte,
    UFC é uma merda.
    Pornô é muito melhor.
    Angel Dark!

  507. Marciano Diz:

    Biasetto,
    Você tem razão. Mentiras inocentes, inofensivas, não fazem mal a ninguém. As que fazem mal são as do Macedo, do Divaldo.
    .
    Quanto ao UFC, “de gustibus et coloribus non est disputandum”.
    Eu gosto de porrada, desde a mais tenra infância.
    Na luta não tem problema algum, tem toda a segurança necessária, tem médicos, tem árbitro para interromper na hora “H”, não tem inimizade. É uma tremenda terapia. Muito diferente de briga. Faz tempo que não brigo, se depender de mim, não brigo nunca mais.
    Eu não luto mais, agora só apanho, mas adoro ver porrada (no dojo, no octógono, no ringue).
    Sou fã de boxe também, na semana passada teve uma luta extraordinária, há muito tempo não via boxe.
    .
    Meus tempos de filósofo também já ficaram para trás (ainda filosofo nas noites de insônia, mas procuro ser mais pragmático na minha vã filosofia).
    Agora vou voltar para a porrada.
    Participe mais do blog, você é 10.

  508. Guto Diz:

    Minha mulher dormiu! Vou escrever a história do aluguel que fiquei devendo ao Biaseto. Foi assim: Eu, minha esposa e filha (neném) fomos procurar um imóvel para alugar, no Recreio-RJ. Era de um conhecido do meu pai. Chegando lá, o senhor já estava esperando na portaria do prédio e foi nos mostrar o apartamento. Subimos o elevador e ele abriu a porta do apartamento. Ele estava todo mobiliado, tinha fotos das pessoas que moraram lá e muitas outras coisas do casal. Cerca de um minuto depois, minha filha começou a chorar, chorar e chorar. Não parava e era um choro angustiante, pois parecia que estava sofrendo, sentindo alguma dor. Senti algo estranho, enquanto o senhor contava que o casal que viveu lá, sua filha e genro, haviam se mudado para os Estados Unidos e deixaram o apartamento assim, mas que podíamos ficar com os móveis se quiséssemos e que depois ela veria como ficaria a questão, já que eles não estavam mais interessados nos móveis. Eu olhei para a minha esposa, que estava com a minha filha no colo e fiz um sinal para irmos embora logo, pois aquilo estava muito estranho. Ela percebeu, contudo, também estava pensando o mesmo. Dissemos ao senhor que íamos dar uma resposta para ele, mas que precisávamos ir e quando o mesmo abriu a porta e colocamos os nossos pés para fora do apartamento, minha filha que se esguelava parou de chorar. Exatamente no momento em que saímos. Estávamos no corredor e fim de choro alucinante! Eu e minha esposa nos olhamos assustados e dissemos: Meu Deus, que sinistro! O que foi isso? Ela disse que se sentiu estranha e eu também. Parecia que aquele apartamento tava muito “carregado”. Foi algo muito estranho. Para quem for ler, pode ser só uma história, mas para quem viveu, viu e sentiu, foi algo SINISTRO! É só. Valeu! ===/===
    Marciano, não fui eu quem escreveu o artigo não. Só escrevi que, lendo o artigo, entendi que no Universo parece existir uma força que dá ordem as coisas, no caso as partículas que estavam sendo estudadas. Não vou entrar nos ramos da física, pois pouco sei, ficou para trás, mas acredito que, vale a pena ler o artigo, AO MENOS? Até.

  509. Guto Diz:

    Frase para reflexão: “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.”
    1 Coríntios 13:12-13 ==/=== É só! Boa noite, senhores.

  510. Marciano Diz:

    Guto,
    Eu li o artigo, sei que não foi você quem escreveu.
    Não sou tão trouxa assim.
    Sua história não tem nada demais, bem banal, é sua mente mística (já vi que da sua mulher também).
    Sabe de uma coisa? Gosto de ler e ouvir “causos”, sempre tenho uma explicação racional para eles, não vou comentar o seu porque sei que você não concordaria com a explicação, entraríamos num debate sem fim, eu gostei de você, achei um cara legal. Não vale a pena discutir coisas que nos levariam a nos exasperar.
    Não quero ficar tentando convencer você, o importante não é ser crente ou descrente, é ser maneiro, você parece ser.
    Eu não sou físico (infelizmente), sou advogado, mas adoro física e matemática. Também gosto de filosofia, hoje menos do que no passado.
    Nunca acreditei em bullshit.
    .
    Na bíblia tem uma ou duas coisas que se aproveita, principalmente no Eclesiastes, uma espécie de manual de bem viver.
    .
    Recado para o Biasetto:
    Se quer um exemplo do materialismo materializado, observe-me. Eu sou a concretização do materialismo.
    Toda vez em que a gente idealiza algo, nossa fantasia nos leva a viajar na maionese. Eu vivo no mundo real.
    Não há whisky ou vinho suficiente no mundo para alterar minha racionalidade.
    Não estou dizendo que sou superior ou inferior a ninguém, só que sou diferente, graças ao acaso.

  511. Marciano Diz:

    Biasetto,
    acabou o UFC, acertei todos os resultados, com alguns errinhos nos detalhes.
    Não é mediunidade, é racionalidade.
    Os errinhos são devidos ao acaso.
    Lembre-se das aulas de probabilidades, eu estudei estatística também, dá pra entender melhor a vida quando você a vê por esse ângulo (no sentido metafórico).
    Nunca gostei muito de geometria, minha paixão era a “al jabara”.
    Estou alegrinho agora, o merden deve estar muito feliz, vai ter muita coisa para alimentar sua maldade. Quantos vitupérios me aguardam. Estou enrugado de preocupação.

  512. Marciano Diz:

    Tomorrow is going to be a long day, maybe I won’t have time to come in here.
    Mais je vous aime, tous.
    Biasetto è um vecchio amico.
    I’m a little drunk, I have to confess that.
    Auf wiederschreiben.

  513. Marciano Diz:

    Esqueço-me sempre de sou um péssimo comunicador.
    Al jabara, literalmente “a reunião”, é árabe padrão (não sei grafar em árabe, disso quem entende é o Gorducho), é a velha e conhecida álgebra.
    Vou tentar dormir. Estou muito entusiasmado com a porradaria. Acho que vou tomar um remedinho, apesar do álcool (outra palavra de origem árabe).
    Não tenho medo de nada, sempre fui ousado.
    Tá ligado, merden?
    Fale mal de mim no seu blog de merden.
    Ou ore por mim, se realmente for um “espírito” superior.
    Um dia, como todos, vou morrer, mas até agora o ceifador não arrumou nada comigo, apesar de ter tentado várias vezes.
    Como diria Émile Coué, “Tous les jours, à tous points de vue, je vais de mieux en mieux”.

  514. Guto Diz:

    Marciano, valeu pelas palavras. E concordo contigo nisso! Eu só “melhoraria” o que você escreveu. Onde se lê maneiro/legal leia-se “irmão”. Não te conheço, mas penso coisas boas para você, para todos, pois acredito que todos somos irmãos “espirituais”. Divergirmos nesse fim (espirituais), mas acredito que concorde com o começo de uma forma ou de outra (irmão). ‘Se eu conseguir atiçar o supergo (de Freud) dos senhores não crentes, já ficarei feliz! Acredita, ao menos, nas teorias Freudianas? Espero que sim. Grande abraço e Fique com Deus! Ou melhor, Saúde e Paz! Fica melhor assim, por enquanto. Rsrsrsrs. Valeu!

  515. Marcos Arduin Diz:

    Usando de um tempinho para não deixar coisas sem respostas…
    Ao Vitor:
    “01 a – “A corrente NÃO SE DIVIDE em nenhum dos casos.”
    .
    A corrente antes ia por braço só, depois vai pelos 2 braços. Entendo que ela teria que se dividir. Tanto que o Brookes-Smith diz “devido ao caminho paralelo através de meu corpo”. Depois é claro que no caminho elas se encontram num mesmo ponto, somando-se, e tudo fica igual. A deflexão é apenas momentânea.”
    – Entendeu errado a divisão: ela não existe. O que ocorre é apenas que a MESMA CORRENTE percorreria um caminho maior, mas como a grande resistência é dada pela pele, a queda de valor seria pequena. Você mesmo admite quando diz que somado-se, tudo fica igual…
    .
    “01 b- “Gozado você criticar os experimentos de Crookes e valorizar os do Brooke, que foram MUITO MAIS CAPENGAS em termos de registro e qualidade experimental feitos.”
    .
    Em compensação, são MUITÍSSIMOS mais fáceis de serem averiguados, repetidos, e sem qualquer auxílio de forças sobrenaturais.”
    – Tá! Então me passe a liste dos que averiguaram esses experimentos… E é óbvio que experimentos mal feitos, mal escritos e sem qualquer registro de valor deve ser mesmo MUITÍSSIMO fáceis de serem averiguados…
    .
    “02 – “Viu como você se contradiz? Primeiro diz lá em cima que o caminho pela mão e antebraço seria direto e com as duas mãos segurando cada contato, a corrente se “divide”. Ué se a resistência é a mesma em qualquer ponto do corpo…”
    .
    Não entendi onde está o problema…”
    – Bem, eu também não entendi o que pretende demonstrar. Já lhe disse para me fazer um esquema, tipo história em quadrinhos, mostrando a sequência dos eventos que Eva Fay, usando essa misteriosa fita molhada que ela esqueceu de mencionar ao Houdini, recorreu para burlar o galvanômetro. Seria muito mais fácil para eu e os outros por aqui entenderem o seu raciocínio.
    .
    “03 – “Para mim, o chato é que o experimentador capenga sugere isso, mas a Fay não confessou isso…”
    .
    Ou ela esqueceu de contar, seja porque a memória dela já estava ruim, seja porque é difícil mesmo se lembrar com precisão de acontecimentos de décadas atrás.”
    – Ah! Vitor! Vai querer me dizer que ela ia se esquecer de um evento tão memorável como fazer de trouxa um cientista do calibre de Crookes? Gozado como você, mesmo não sendo médium, sabe o que se passou na mente de falecidos… Então ela se esqueceu de contar… Mas ter produzido um fenômeno mediúnico autêntico? Ah! Isso JAMAIS!
    .
    “04 a- “E demonstrou também que podia largar o galvanômetro medindo nada e sozinho e ainda assim nada alterar a leitura?”
    .
    Sim. Ele disse (e demonstrou): “Não seria muito correto dizer que se a médium largasse as manivelas por um instante sequer o marcador do galvanômetro retornaria imediatamente para o zero. O período de tempo comparativamente longo do sistema suspenso retardaria o retorno pela fração apreciável de um segundo. Quando eu tentei a experiência no museu, onde o período do galvanômetro era de quatro segundos, um circuito aberto momentaneamente só produziu uma excursão pequena do marcador. Se as leituras da escala registradas forem consideradas como dados médios estimados de um marcador oscilando continuamente, que é o que muitos delas sugerem, é mais do que provável que mudanças momentâneas na corrente devido a movimentos rápidos das mãos da médium seriam completamente mascaradas.”
    – Repetindo: os pesquisadores, com o galvanômetro NOVO EM FOLHA, disseram que cairia ao zero “imediatamente”. Tá digamos que temos uma inércia, mas mesmo tentando salvar o seu argumento, o Brooke aí diz que é “de um segundo a quatro segundos”. Lembro-o que ele está falando de um galvanômetro velho de 90 anos e com no mínimo 45 anos de desuso. Estaria em boas condições? Ainda estou no aguardo da simulação em desenho para que me mostre como é que essa SUPOSTA inércia do aparecho ajudaria a Eva Fay…
    .
    “04 b – “Sim, pois a Ana Fay ficar com mão e joelho nos contatos, ou com os dois joelhos, ou com os pés mantendo o contado com as meias, NADA DISSO a ajudaria a se afastar da parede e percorrer a biblioteca e nem fazer aparecer uma fantasma que o Cox viu.”
    .
    Ela coloca o pano nas manivelas, ligando-as. Assim ela livra ambas as mãos, mantendo o circuito fechado.”
    – Mas como esse cara se contradiz no seu desespero de salvar os experimentos de três incompetentes! Veja mais lá acima e você perceberá que já disse que a tira de pano, sozinha, não daria a mesma resistência do corpo dela. Se ela livrou as mãos, mantendo as manivelas nos joelhos, então NÃO PRECISARIA DA TIRA. Se manteve o joelho e uma mão nas manivelas, enquanto que com a outra mão ajeitava a meia para enfiar a outra perna no contato, TAMBÉM NÃO PRECISARIA DA TIRA. E assim por diante.
    .
    “Coloca os eletrodos nas meias, deixando seu corpo ainda fazendo parte do circuito, mantendo, assim, a mesma resistência. Passa a poder se mover. Isso foi o que o Brookes-Smith fez, ele simplesmente não usou fios longos o bastante, mas se tivesse usado, teria caminhado tranquilamente:
    .
    “Então coloquei ambos os eletrodos sucessivamente dentro das minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres sem produzir quaisquer grandes mudanças na escala do galvanômetro. As mesmas precauções tinham, porém, de ser tomadas para manter um contato firme até que eu tivesse pressionado os eletrodos firmemente entre as minhas meias e tornozelos. Os fios não eram longos o bastante para permitir que eu caminhasse, mas movimentei os meus pés de cima para baixo sem produzir muito movimento na escala do galvanômetro.”
    – Ele usou FIOS FLEXÍVEIS, viu? Assim como o Stephenson usou-os também e mostrou que estes de fato permitem tal movimentação. Mas com fios RÍGIDOS, a coisa já não funciona, COMO O STEPHENSON DEMONSTROU.
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    “05 – “- Oba! Já sentiu a fragilidade de seu argumento e do seu querido experimento fajuto do Brookesmith. Por isso está apelando.”
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    Fico espantando com a sua exigência de que o Smith colocasse um monte de panos para considerar a experiência válida. Mas isso o Stephenson fez, assim, não há o que reclamar.”
    – Vitor, noto que você MISTURA todos os experimentos e assim tenta validar um pelo que OUTROS fizeram. Assim não dá!
    .
    “06 – “- Bem, o fato é que os mágicos contam com toda uma equipe de assistentes que montam e dirigem os equipamentos nos bastidores e que permitem ao mágico fazer os truques. Agora um mágico sozinho, sem saber das condições em que o experimento será realizado, vai ter muita dificuldade de improvisar…”
    .
    QUEM disse que ela não sabia as condições? Ela teve mais de um ano pra se preparar. QUEM disse que ela estava sozinha? Os próprios Medhurst e Godney colocam o Sr. Tapp e vários outros como possíveis cúmplices. E o que ela fez não exigia nada além do que ela já estava habituada em suas apresentações. Ela só tinha que saber que uma parte do corpo dela teria sempre que estar ligada ao circuito. Só isso.”
    – Lembro-o, MAIS UMA VEZ, que como o próprio Houdini coloca em seu livro, o caso foi que a sua turnê MELOU por causa do Maskelyne. Ela não foi lá pensando que a coisa ia dar errado. Assim, de última hora (e não no preparo de um ano) como ela ia saber o que fazer a respeito do Crookes? Como ela poderia ter certeza de que conseguiria burlar o galvanômetro? Sacomé: ela só conseguiu isso porque houve a queda de força no teatro. Foi um golpe DE SORTE e não resultado de um muito bem elaborado estudo sobre como burlar o dito galvanômetro…
    .
    “07 – “Sem querer ser chato, Vitor, vou lembrá-lo mais uma vez de que os colegas de Crookes também FECHARAM o circuito com o lenço molhado… Mas só conseguiram chegar à mesma resistência do corpo humano depois de VÁRIAS tentativas e ainda porque Crookes lhes cantava os valores obtidos. Ou seja, não bastava fechar o circuito: era preciso que a resistência não se alterasse, pois do contrário a fraude seria imediatamente descoberta.”
    .
    Mas a resistência não se alterou justamente porque ela colocou os eletrodos nas meias! O corpo dela continuava oferecendo a mesma resistência porque ele continuava em contato com o circuito, não mais pelas mãos, mas pelos pés! É isso que você não está entendendo!!! O Crookes não pensou nisso!!!”
    – Certo. Por isso mesmo estou insistindo que ela NUNCA usou tira alguma. Mas você coloca essa tira não sei aonde e nem porque. Quando vai me descrever o mecanismo da fraude passo a passo e com o esquema em desenhos?
    .
    “08 – “Só que aí a fraude ficaria evidente. Não percebeu não?”
    .
    Só ficaria evidente se o corpo dela não fizesse mais parte do circuito! Mas CONTINUOU FAZENDO PARTE!”
    – Então para que a tira se ela não ia deixar de fazer parte do circuito?
    .
    “09 a-”Em qual hora? Foi deixada segurando as manivelas, aí teria de trocar uma mão pelo joelho, tirar o pano, mergulhá-lo na solução salina (por que a deixariam por lá?),”
    .
    A solução salina foi ANTES de ela sequer segurar as manivelas!
    .
    “Antes de começar as experiências, a Sra. Fay mergulhou suas mãos em sal e água, e então, ao segurar nas manivelas, notei que a deflexão era sempre muito constante,[…] Então pedimos que ela umedecesse as mãos com a solução feita de sal, e segurasse os terminais. ””
    – E daí? Ela não teria de mergulhar essa tira nessa mesma solução salina para que a dita tira e seu corpo ficassem com A MESMA resistência, conforme você já argumentou? E ninguém viu a dita tira? Ela era invisível?
    .
    “10 – “colocar a tira entre as manivelas… pra quê? Não seria mais lógico colocar a outra dobra do joelho na outra manivela? E ainda assim falta me dizer como foi que ela catou os objetos ainda presa à parede…”
    .
    Porque ela conseguiu alcance adicional: “Ela poderia ter empregado a manobra do braço deslizante descrita acima ou não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional. ”
    .
    Ela já estava com as mãos livres a essa altura! Era só esticar os braços e pegar os objetos, que estavam a menos de 1,5 metro dela!”
    – Mas Vitor! NÃO FORAM esses objetos que ela entregou às testemunhas! Foram livros que estavam colocados lá nas estantes. Vai querer me dizer que o alcance adicional a faria alcançar esses livros, ver quais eram eles e entregar a cada testemunha segundo seus gostos pessoais?
    .
    “11 – “- Não adiantaria nada se não tivesse a mesma resistência do corpo da fulana.”
    .
    O corpo dela continuava no circuito, a resistência que era medida continuava a ser do corpo dela, fosse ela colocando uma perna em ambas as manivelas, fosse ela colocando os eletrodos nas meias! Qualquer técnica serve!”
    – Mas ela continuaria presa à parede…
    .
    “12 -” A fraude seria imediatamente percebida, conforme se viu quando os colegas de Crookes fizeram esse teste.”
    .
    Os colegas do Crookes não pensaram que ela ia usar outra parte do corpo para manter a resistência!! Os amigos e Crookes pensaram que se ela tentasse substituir as mãos pelo pano, o pano dificilmente teria a mesma resistência, e a fraude seria descoberta. Só que a fraude não seria descoberta se alguma parte do corpo dela continuasse ligada ao circuito! é essa a falha do experimento!”
    – Mas conforme eu disse, ela CONTINUARIA retida à parede. Não teria como percorrer a biblioteca e achar os livros CERTOS, nem destrancar a gaveta da escrivaninha e nem fazer aparecer a forma materializada que Cox viu. Por que você insiste na manutenção do corpo dela no circuito, mas não admite que isso EM NADA AJUDARIA a produzir o que ela produziu? Estou no aguardo da descrição completa do processo de fraude e não adianta querer me convencer só com ginástica elétrica.
    .
    “13 – “- Movimentar-se de que jeito se os eletrodos estavam chumbados na parede? Esqueceu-se deste detalhe?”
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    De novo:
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    “não teria sido uma impossibilidade ginástica para ela puxar para baixo uma meia-calça e fazer sua perna nua ficar em cima de ambas as manivelas e enquanto se apoiava na outra perna, obter alcance adicional.”
    – Mais de novo: e como ela fez tudo que apontei no parágrafo acima?
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    “14- “- Ôh! O tão experiente Houdini desmascarador de médiuns fajutos conseguiu ser tão burro a ponto de nem se lembrar que em 1875 ainda não tinha sido inventada a lâmpada elétrica… ”
    .
    Houdini era mágico e aviador. Ele não era historiador (embora tentasse ser). Falhas fora de sua área de competência acontecem.”
    – Falhas… Bem, o Gélio Lacerda da Silva diz no seu livro Conscientização Espírita que Emmanuel se cansou das constantes mudanças que a FEB fazia nos livros do Chico em favor do Rustenismo, que deu um basta à situação e desde 1979, Chico nada mais publicou pela FEB.
    Isto, Vitor é uma FALHA, ou seja, Gélio foi mal informado a respeito, e achou que o Emmanuel, que nunca renegara o Rustenismo, de repente resolveu deixá-lo. Nada a ver. O que de fato aconteceu é que o Chico ficou muito puto da vida pelo fato de a FEB não permitir que editores americanos publicassem as obras do Chico nos EUA (o Chico cedera os direitos em caráter permanente).
    Já no caso do Houdini, não se trata de falha e sim de BURRICE. Dele e do editor, que nem reparou na baita besteira.
    .
    “15 – “E o teste do Crookes EM NADA FOI FALHO. Falhas estão sendo as suas propostas, que precisam varrer pra baixo do tapete os dados inconvenientes… Tipo: ela enfiou os contatos nas meias e ficou com as mãos livres e assim pegou os objetos… Só que os tais contatos estavam chumbados na parede e ela não podia se afastar dela…”
    .
    Os objetos estavam a menos de 1 metro e meio, nem precisava se afastar! Mas o truque de colocar uma perna nas manivelas daria a ela liberdade de movimentação mais do que suficiente, com ambas as mãos livres. Só o fato de liberar uma mão já tornava isso possível!”
    – Vitor, ela NÃO PEGOU os objetos em questão. Ela pegou outros que estavam NO ESCURO E A MUITO MAIS DO QUE 1 metro e meio de distância. Será que não dá para você ser mais honesto e correlacionar o que o foi registrado no relatório e ver se esse malabarismo ginástico explicaria alguma coisa?
    .
    “16 – “A mim só me pareceu que ele aceitou as SUPOSIÇÕES do Brooke e parou por aí.”
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    Céus, Arduin, o cara até colocou uma outra “Florence” lá!”
    – Que não funcionou muito bem. Mas estou me referindo ao que fez a Eva Fay e as explicações do Brooke não foram testadas pelo cara.
    .
    01 – “Não era possível, na bamba, acertar o valor da resistência do corpo da pessoa com um pano molhado. […] E o Vitor defende a viabilidade do uso do pano com unhas e dentes, dizendo que o Brookesmith… Não ficou provada de forma alguma a viabilidade do pano molhado, mas isso, para a fé cética, não é importante.”
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    Eu já respondi a isso, até agora você não respondeu na mensagem de 11 de setembro às 00h16min. O Crookes e colegas acharam que a médium só poderia burlar o teste se usasse um pano com a mesma resistência, ficando com as mãos e os pés livres. Nunca pensaram que ela poderia usar o pano com uma resistência qualquer e continuar a estar no circuito, seja colocando os eletrodos nas próprias meias, seja colocando a perna por cima das manivelas, mantendo assim a resistência do circuito inalterada. Essa foi a falha deles.
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    Aguardo sua resposta da minha mensagem de 11 de setembro.”
    – Eu respondo com outra pergunta: Se a médium continuou no circuito, para que essa tira de pano?
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    “02 a- “No que isso ia ajudar? Ela não teria como examinar as estantes e achar os livros certos”
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    Como não? Os livros estavam a apenas 3,7 metros dela, Crookes diz: “e a escada de mão da minha biblioteca estava apoiada contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros dela.” Se ela desse apenas uns passos já podia pegar os livros!”
    – Se ela desse alguns passos, quem ia ficar no circuito? A tira de pano? Ué? Agora ela tinha a mesma resistência do corpo da médium?
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    “02b – “nem destrancar uma escrivaninha”,
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    A escrivaninha JÁ TINHA SIDO ABERTA! Crookes diz:
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    “Ela entrou na sala de visitas e conversou conosco por mais ou menos um quarto de uma hora, depois disso meus amigos desceram a escada para examinar o equipamento elétrico e a minha biblioteca, que seria usada como quarto escuro. Eles examinaram os armários e abriram as escrivaninhas. Colocaram tiras de papel acima das fixações das venezianas da janela e as fecharam hermeticamente com seus anéis de sinete.”
    .
    Crookes NÃO DIZ que as escrivaninhas voltaram a ser fechadas. O que ele diz é: “Eu posso afirmar que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando a Sra. Fay entrou no quarto.”
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    Sim, quando ela entrou no quarto a escrivaninha estava fechada, mas logo em seguida o próprio Crookes diz que os amigos ABRIRAM a escrivaninha. A escrivaninha continuou fechada? Isso não é dito. E se foi fechada, a Sra. Fay ou o seu cúmplice poderiam ter pego a caixa de cigarros antes de a escrivaninha ser fechada? Entendo que sim. Há VÁRIAS possibilidades.”
    – Você não quer que eu diga honestamente o que penso dessas várias possibilidades, né? Vitor, dá para tentar ser lógico ao menos uma vez? Melhor eu tentar ajudar sua pobre mente fanatizada:
    1 – A médium ficou na sala de visitas, COM GENTE CONVERSANDO COM ELA, enquanto amigos do Crookes foram inspecionar o equipamento e a biblioteca.
    2 – Nesta inspeção, abriram e examinaram o que estaria destrancado. Se Crookes fala que o cinzeiro estava na gaveta TRANCADA, talvez ele NÃO A TENHA destrancado para o exame (não seria necessário, já que ela estava travada com uma trava de alto segredo).
    3 – Cúmplice? Quem era ele? Se a médium não tinha intimidade com nenhum dos presentes, e nem o Crookes tinha com alguns deles, onde ela foi arrumar este cúmplice?
    4 – Com TANTA sorte que essa dona teve com Crookes, por que não a teve com o Maskelyne?
    .
    “02c – “nem fazer aparecer um fantasma materializado.”
    .
    Era a própria médium, Arduim ligada ao circuito pelos eletrodos nas meias. BrookesSmith já mostrou isso. Stephenson também.”
    – Ô Vitor, o Cox viu DUAS formas lá dentro… Uma ele supôs que fosse a médium em pé e outra a fantasma segurando os contatos…

  516. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Montalvão,
    se alguém for para a cadeia, será o zé mané. o zé dirceu não vai. Nem o “bispo” macedo ou qualquer outro do mesmo naipe. Se eu pudesse, me mudaria para a Suíça amanhã.
    .
    COMENTÁRIO: quer se mudar para a Suiça? Não digo amanhã, mas breve? Vou dar a fórmula: escreva alguns livros com temas místico-esotéricos; anuncie-se como quem diloga com anjos, com forças elementais, gnomos, duendes e que viaja astralmente ao mundo das fadas. Marque entrevistas em programas televisivos, tipo Ana Maria Braga. Em poucos meses estará vendendo milhões de livros e logo realizará seu sonho. Eu se tivesse cara-de-pau suficiente ganharia uma bufunfa produzindo romances espíritas, mas, como não tenciono mudar-me para a Suiça, nem para lugar nenhum, fico aqui mesmo, na minha…
    .
    Quanto ao Zé Mané ir para a cadeia, nem isso. Há poucos meses li de pesquisa em São Paulo, falando que cerca de 10% dos crimes de morte são solucionadas. Tenho comigo recorte de jornal, de 2011, informando que o ministério público achou fórmula de desafogar o órgão de inquéritos abertos e pendentes de solução: de uma pazada só enterraram mais de 90% dos casos (eles usam um eufemismo: “arquivar”). Na prática, significa que os crimes (milhares deles) alguns já em fase avançada de investigação serão zerados, beneficiando os “zés-manés” que delinquiram. O que isso significa? Simples: mate, roube, estupre (ou realize tudo junto) tranquilo, pois sua chance de ser punido é remota, só o será por muito azar…
    .
    Agora, se um menor tentar assaltá-lo e você puder lhe dar uma bifa, não o faça: se fizer amargará aporrinhação a perder de vista com a justiça, afinal não se bate em “crianças”, mesmo que queiram matá-lo…
    .
    Viva a lei e a ordem!

  517. Vitor Diz:

    Oi, Arduin
    comentando:
    .
    00 – “Tá! Então me passe a liste dos que averiguaram esses experimentos… E é óbvio que experimentos mal feitos, mal escritos e sem qualquer registro de valor deve ser mesmo MUITÍSSIMO fáceis de serem averiguados…”
    .
    Sem qualquer registro de valor? Stephenson diz:
    .
    No Journal de março de 1965 Brookes-Smith discute a idéia de que Florence poderia ter movido os eletrodos de seus braços para (digamos) o topo de suas meias, e então se disfarçado de Katie. Ele relata alguns experimentos que ele fez em si próprio como sujeito, e concluiu que teria sido bastante fácil fazer o mesmo. Agradeço ao Sr. Brookes-Smith pela demonstração deste método de fraude, e também por me dar alguns números exatos para as mudanças na corrente produzidos durante a operação. (Aqui, devo salientar que a nota de Houdini, sobre a médium colocando o eletrodo sob seu joelho, que Brookes-Smith menciona na pág. 28 do seu relatório, refere-se ao teste de Crookes na Sra. Fay, e não ao de Varley em Florence Cook; ver M. & G., pág. 102.)
    .
    01 – “Ah! Vitor! Vai querer me dizer que ela ia se esquecer de um evento tão memorável como fazer de trouxa um cientista do calibre de Crookes? Gozado como você, mesmo não sendo médium, sabe o que se passou na mente de falecidos… Então ela se esqueceu de contar… Mas ter produzido um fenômeno mediúnico autêntico? Ah! Isso JAMAIS!”
    .
    Foram DEZENAS de sessões com DIVERSAS variações. Ela JAMAIS se lembraria com perfeição do que foi realizado num espaço temporal de DÉCADAS. A explicação é perfeitamente cabível.
    .
    02 – “Veja mais lá acima e você perceberá que já disse que a tira de pano, sozinha, não daria a mesma resistência do corpo dela.”
    .
    Já disse que a tira não era para dar a mesma resistência. Era apenas para não quebrar uma parte do circuito.
    .
    03 – “os pesquisadores, com o galvanômetro NOVO EM FOLHA, disseram que cairia ao zero “imediatamente”.”
    .
    Estavam errados. O Brookes-Smith usou ainda um galvanômetro mais sensível que o de Crookes. O Stephenson foi quem usou um galvanômentro praticamente idêntico, e que era menos sensível que o usado por Brookes-Smith: “Desde que escrevi este artigo, o Sr. Christopher Stephenson me disse que ele achou e usou um galvanômetro muito mais antigo e menos sensível que o instrumento Kelvin do museu e que é muito mais representativo daquele que Varley deve ter usado.”
    .
    04 – “Ainda estou no aguardo da simulação em desenho para que me mostre como é que essa SUPOSTA inércia do aparecho ajudaria a Eva Fay…”
    .
    Esses segundos da inércia são mais do que suficientes para ela colocar a tira e fechar o circuito assim.
    .
    05 – “Se ela livrou as mãos, mantendo as manivelas nos joelhos, então NÃO PRECISARIA DA TIRA.”
    .
    De fato não. A tira é só uma das muitas possibilidades de fraude. A tira serviria se ela não quisesse usar os joelhos. Aí ela manteria o circuito fechado. Mas penso que a tira teria que ser usada para ela pegar os livros a 3,7 metros dela, já que ela teria que caminhar.
    .
    06 – Se manteve o joelho e uma mão nas manivelas, enquanto que com a outra mão ajeitava a meia para enfiar a outra perna no contato, TAMBÉM NÃO PRECISARIA DA TIRA. E assim por diante.
    .
    Idem acima.
    .
    07 – “Ele usou FIOS FLEXÍVEIS, viu? Assim como o Stephenson usou-os também e mostrou que estes de fato permitem tal movimentação. Mas com fios RÍGIDOS, a coisa já não funciona, COMO O STEPHENSON DEMONSTROU”
    .
    Muito inexato o que vc disse. Stephenson diz: “O que é realmente importante saber é se Florence poderia ter realizado as maiores manobras necessárias para vestir-se como Katie. Aqui nos deparamos com uma dificuldade, porque não sabemos a rigidez dos fios de platina que corriam nos braços de Florence, nem a força dos elásticos que mantinham as moedas no lugar. Nos meus testes eu usei PVC flexível coberto de fios e pequenos elásticos, e nessas condições eu observei sujeitos agitando os braços ao redor, e até mesmo realizando ‘flexões de braço’, sem provocar variações. Contudo, é evidente que esse não seria necessariamente o caso. Se um fio suficientemente rígido foi utilizado, juntamente com elásticos fracos, o movimento do cotovelo pode ter sido totalmente evitado; e, de fato, Varley relata que no início da sessão ele pediu à médium para ‘mover as mãos’ e que isso produziu desvios ‘de 15 a 30 divisões, e às vezes até mais’.
    Com o arranjo de eletrodos I (b) (pág. 394 acima) esta variação teria sido produzida pelas moedas pendentes em suas bordas, ou quase pulando para fora dos elásticos. Com o arranjo de eletrodos II ela teria sido produzida pela solda perdendo contato com o papel mata-borrão. (Neste último caso, a f.e.m. resultante (tipo ?) de ± 0,3 volts teria produzido leituras de mais ou menos 200 e 250 quando a leitura constante foi de 220 (cf. a tabela de Varley).) Os movimentos do braço também podem ter causado a variação da quantidade de contato, se é que ela existiu, entre os fios de platina e a pele dos braços de Florence, mas eu demonstrei pela experiência que tal contato teria um efeito insignificante sobre a leitura.
    Assim sendo, pode haver uma combinação da rigidez dos fios e da resistência dos elásticos, o que teria permitido a Florence produzir grandes deflexões quando quisesse e ainda realizar o seu (suposto) ato sem deflexões
    . ”
    .
    Logo, mesmo com os fios rígidos, a fraude era perfeitamente possível.
    .
    09 – “Lembro-o, MAIS UMA VEZ, que como o próprio Houdini coloca em seu livro, o caso foi que a sua turnê MELOU por causa do Maskelyne.”
    .
    Já disse que não confio no Houdini como historiador. Não estou aqui analisando história, estou aqui analisando as falhas de um experimento. Era possível burlar o experimento de Crookes? Sim, era. Isso que importa.
    .
    10 – “Assim, de última hora (e não no preparo de um ano) como ela ia saber o que fazer a respeito do Crookes? Como ela poderia ter certeza de que conseguiria burlar o galvanômetro? Sacomé: ela só conseguiu isso porque houve a queda de força no teatro. Foi um golpe DE SORTE e não resultado de um muito bem elaborado estudo sobre como burlar o dito galvanômetro…”
    .
    Stephenson diz (sobre Florence, mas vale para a Fay também): “Foi-me sugerido que uma médium que não estava familiarizada com os princípios da eletricidade seria incapaz de contornar um teste elétrico sem o conselho de alguém que fosse conhecedor do assunto. Neste caso, há vários candidatos óbvios para fornecer as informações, a saber, Crookes, Harrison e Varley, já que todos tinham a base de conhecimentos necessária. Porém, não estou em completo acordo com esta visão. Da história mediúnica de Florence fiquei com a impressão de que, se ela era fraudulenta, ela simplesmente perseguia seu objetivo através de suas várias provações da forma mais simples disponível, com o resultado não surpreendente de que ela parece ter sido apanhada em várias ocasiões. Veja, por exemplo, o relato da verificação das amarras (ref. 7, págs. 20-21, ou M. & G. pág. 52). Suas habilidades especiais, se estas não eram espiritualistas, parecem ter sido menos de estratagema do que de destreza, e que seria, se eu estou certo sobre isso, bastante característico dela ter feito no teste de Varley mais ou menos o que eu pressupus acima, mesmo sem o aconselhamento de peritos. ”
    .
    11 – “Então para que a tira se ela não ia deixar de fazer parte do circuito?”
    .
    Porque uma PARTE do circuito ia deixar de fazer. A parte que ligava as manivelas. O corpo dela fechava a OUTRA parte do circuito. O próprio Crookes diz:
    .
    “A médium segura duas manivelas, presas aos fios elétricos abaixo da seta, e deste modo fecha o circuito, e faz com que a luz do galvanômetro seja defletida na escala. […]Estas manivelas foram seguras pela Sra. Fay, cujo corpo fechou o circuito elétrico, e apresentou uma deflexão no galvanômetro que variava de acordo com sua resistência elétrica”
    .
    12 – “E daí? Ela não teria de mergulhar essa tira nessa mesma solução salina para que a dita tira e seu corpo ficassem com A MESMA resistência, conforme você já argumentou?”
    .
    Eu já desisti dessa argumentação. Não era necessário que a tira tivesse a mesma resistência.
    .
    13 -” E ninguém viu a dita tira? Ela era invisível?”
    .
    Sim, era. Tanto quanto os lenços são invisíveis nas mãos de um mágico. E Crookes ainda deu um brinde para a médium. Ele diz:
    .
    “As manivelas de metal foram firmemente cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. ”
    .
    Isso deve ter facilitado ainda mais as coisas para a médium.
    .
    14 – “Vai querer me dizer que o alcance adicional a faria alcançar esses livros, ver quais eram eles e entregar a cada testemunha segundo seus gostos pessoais?”
    .
    Isso quem fez foi a tira. Ela caminhou para isso.
    .
    15 – “Se a médium continuou no circuito, para que essa tira de pano?”
    .
    Para fechar uma parte do circuito.
    .
    16 – “Se ela desse alguns passos, quem ia ficar no circuito? A tira de pano? Ué? Agora ela tinha a mesma resistência do corpo da médium?”
    .
    Quem “fica” no circuito é a própria médium. Os fios eram longos o suficiente para que ela caminhasse. Stephenson diz: “Não está completamente claro que Florence poderia ter feito com que os fios de platina saíssem de seu pescoço e chegassem até as suas meias; além disso,no ‘minuto ou dois’ que ela tinha para retirar o seu disfarce, ela teria que substituir os eletrodos, no escuro, e voltar a ligar os fios nos braços (ver segundo parágrafo do relatório de Varley, pág. 366). Existem várias outras diferenças nas condições entre as experiências de Varley e de Brookes-Smith, mas com a possível exceção do galvanômetro relativamente lento de Brookes-Smith, elas provavelmente não são importantes.
    Não é certo que Florence poderia ter trapaceado desse modo, e tendo em vista a constatação de que ela seria capaz de agir com os eletrodos ainda em seus braços, isso é de qualquer forma desnecessariamente complicado. ”
    .
    Mais uma forma de fraudar. Esse experimento do Crookes é mesmo muito ruim!
    .
    17 – “Se Crookes fala que o cinzeiro estava na gaveta TRANCADA, talvez ele NÃO A TENHA destrancado para o exame”
    .
    O “talvez” é que é o problema, Arduin. Na minha opinião, se a documentação é ruim, devemos considerar tudo em favor da médium. Ciência de verdade não pode contar com a sorte.
    .
    18 – “Cúmplice? Quem era ele? Se a médium não tinha intimidade com nenhum dos presentes, e nem o Crookes tinha com alguns deles, onde ela foi arrumar este cúmplice?”
    .
    Quem disse que não tinha intimidade? Dunphy, Tapp e Luxmoore poderiam ter ajudado Florence, com o candidato mais provável sendo Luxmoore. Poderia ter ajudado Fay também. Stephenson cita o próprio Varley como possível cúmplice.
    .
    19 – “Ô Vitor, o Cox viu DUAS formas lá dentro… Uma ele supôs que fosse a médium em pé e outra a fantasma segurando os contatos…”
    .
    Cox? Tem certeza? Onde? O próprio Cox disse referindo-se à Florence: “Mas há de se perguntar como podemos explicar o fato de que algumas pessoas foram autorizadas a ficarem atrás da cortina quando a forma materializada estava diante dela, e de que afirmaram que viram ou sentiram a médium. Sinto muito dizer que a confissão à qual me referi confirma sem sombra de dúvidas que estas pessoas sabiam que era uma fraude, e se prestaram a ela. Estou, naturalmente, relutante em adotar uma conclusão tão radical, embora a chamada ‘confissão’ tenha sido um comunicado confidencial de uma médium para outra médium, que havia pedido para ser instruída sobre como a fraude foi feita. Prefiro adotar a conclusão mais caridosa de que essas pessoas foram coagidas . . .”

  518. Marciano Diz:

    Guto,
    Já acreditei muito em Freud, hoje em dia estou mais para as pesquisas neurológicas. Cum grano salis.
    .
    Arduin,
    Só de curiosidade, qual o interesse da FEB em não permitir a publicação dos livros nos Estados Unidos? Para mim eles teriam interesse financeiro e doutrinário.
    Se a venda dos livros ajuda na caridade, ajudaria mais ainda se fossem vendidos mais livros, em outro nicho.
    Se a venda dos livros divulga a doutrina, por que razão deixar nossos irmãos estadunidenses de fora?
    Imagino que você saiba a razão e, se fizer a gentileza de me esclarecer, agradeço, sei que há alguma razão, mas não atino qual seja.
    .
    Montalvão,
    Se o preço a pagar para sair deste país horrível é “vender a alma ao diabo”, prefiro continuar resgatando minhas dívidas espirituais aqui mesmo.
    E esse negócio de direito menorista é nojento.
    Vivam os Estados Unidos e quase todos os países europeus, onde menor delinquente se dá mal.
    O argumento para arquivar inquéritos é o de que se esgotaram todos os meios investigativos. Só que se você examinar o dito cujo, verá que nada foi investigado.
    Quem arquiva o inquérito é o juiz. O Ministério Público somente requer o arquivamento. Se o juiz não concordar, remete os autos à chefia do Ministério Público, na forma do art. 28 do CPP. Se o órgão superior do Ministério Público insistir no arquivamento, não tem jeito. Isto acontece quase sempre que um juiz não acolhe o pedido de arquivamento. A maioria dos juízes arquiva sem nem ler o requerimento do Ministério Público.
    Aqui é mesmo o país da impunidade.
    Saudações impunes.

  519. Marciano Diz:

    CPP, Art. 28.
    “Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender”.

  520. Marciano Diz:

    Na prática, polícia, MP e magistrados fazem mutirões para garantir a impunidade e varrer a sujeira para debaixo do tapete.

  521. Marciano Diz:

    Os advogados dos criminosos (não advogo para bandidos) e estes, empenhados, agradecem.
    O advogado acredita que ganha defendendo criminosos, mas amanha ele próprio, sua mãe ou seus filhos serão barbarizados por criminosos.
    Quem perde com isso é a população de bem (quero acreditar que seja a grande maioria).

  522. Larissa Diz:

    “Só de curiosidade, qual o interesse da FEB em não permitir a publicação dos livros nos Estados Unidos? Para mim eles teriam interesse financeiro e doutrinário.”

    ESSA EU TB QUERO SABER!

  523. Guto Diz:

    Meu caro Marciano, não concordo com Eclesiastes como manual de bem viver. Vejo o velho testamento com uma obra muita confusa e pouco produtiva para a condução das vidas humanas. Entendo que o Novo Testamento sim possui mais instruções, mais sabedoria, mais proveito. Não me apego as religiões, mas reconheço nelas muitas coisas positivas. A mais importante idéia seria de que o AMOR é a chave para a mudança da humanidade!
    “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
    E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria”. 1 Coríntios 13:1-2 ===/=== É só. Abraços.

  524. Marciano Diz:

    Guto,
    Isso que você disse faz-me lembrar de duas músicas de George Harrison.
    Isn’t it a pity?
    Now, isn’t it a shame?
    How we break each other’s hearts
    And cause each other pain
    How we take each other’s love
    Without thinking anymore
    Forgetting to give back
    Isn’t it a pity?

    Some things take so long
    But how do I explain
    When not too many people
    Can see we’re all the same
    And because of all their tears
    Their eyes can’t hope to see
    The beauty that surrounds them
    Isn’t it a pity?

    Give me love
    Give me love
    Give me peace on earth
    Give me light
    Give me life
    Keep me free from birth
    Give me hope
    Help me cope, with this heavy load
    Trying to, touch and reach you with,
    heart and soul
    My Lord…
    PLEASE take hold of my hand, that
    I might understand you
    Difícil é pôr em prática.
    Concordo com o fato de que o mundo seria bem melhor, mas temos de reconhecer que é apenas idealização, impossível, na prática, pela própria natureza, nem outros animais conseguem viver em paz. Até os pombos, que são símbolos da paz, vivem brigando. Observe.

  525. Marciano Diz:

    Veja bem, eu sou a favor do “make love, not war”. Só acho que é um ideal inatingível, a guerra (guerra mesmo, de verdade) é um estado de fato, inevitável muitas vezes.
    Imagine o covarde ataque dos japoneses a Pearl Harbor, sem que existisse guerra, de surpresa. Como você reagiria, se dependesse de você? Render-se-ia ao eixo do mal ou faria o que foi feito em Midway?
    Se o Maiquel Falcão (se não sabe do incidente, procure vídeo na internet), o lutador campeão do Strikeforce, passasse a mão na sua mulher e a agredisse com um tapa, você apanharia dele ou daria pauladas, como fizeram?
    Veja primeiro, responda depois:
    http://www.youtube.com/watch?v=M3j-RQaE3Wo

  526. Marciano Diz:

    Sou a favor da paz e do amor, mas se me agredirem, revido à altura, quanto maior a agressão, maior a reação.

  527. Marciano Diz:

    Larissa,
    espero que o Arduin nos responda, ele conhece bem os mecanismos da FEB, não consigo imaginar nenhum motivo.

  528. Larissa Diz:

    Tenho um palpite: “Não estamos interessados no bem–estar alheio; só estamos interessados no poder. Nem na riqueza, nem no luxo, nem em longa vida de prazeres: apenas no poder, poder puro. (…) Somos diferentes de todas as oligarquias do passado, porque sabemos o que estamos fazendo. Todas as outras, até mesmo as que se assemelhavam conosco, eram covardes e hipócritas. […] Fingiam, talvez até acreditassem, ter tomado o poder sem querer, e por tempo limitado, e que bastava dobrar a esquina para entrar num paraíso onde os seres humanos seriam iguais e livres. Nós não somos assim. Sabemos que ninguém jamais toma o poder com a intenção de largá-lo. O poder não é um meio, é um fim em si. Não se estabelece uma ditadura com o fito de salvaguardar uma revolução; faz-se a revolução para estabelecer a ditadura. O objetivo da perseguição é a perseguição. O objetivo da tortura é a tortura. O objetivo do poder é o poder.” (George Orwell – 1984)

  529. Marciano Diz:

    Boa hipótese, Larissa.

  530. Montalvão Diz:

    MARCIANO: Se o Maiquel Falcão (se não sabe do incidente, procure vídeo na internet), o lutador campeão do Strikeforce, passasse a mão na sua mulher e a agredisse com um tapa, você apanharia dele ou daria pauladas, como fizeram? Veja primeiro, responda depois:
    .
    COMENTÁRIO: O que me pareceu: o Falcão deve ter pisado na bola, mas no vídeo não fica claro se ele realmente assediou a mulher, o cascudo pode ter sido reação ao que ela disse (que não foi gravado). A retaliação dos amigos da garota (que ostensivamente instigou a briga) foi desproporcional à ofensa. Eles vieram para matar e só não o fizeram por sorte dos agredidos. O cara com o pau, então, covardão de primeira, aposto que sozinho cagava nas calças. O outro que chutou o desmaiado, nem falar, dá engulhos de ver como indivíduos aproveitam a ocasião para extravasar seus mais bestiais instintos, ali nem covardia foi, foi bestialidade pura (sem intento de ofender as bestas). A garotinha a essa hora deve estar cantando vitória aos quatro ventos, a vitória de ter sido fomentadora da quase morte de duas pessoas.
    .
    Bons tempos em que a mulher era a apaziguadora…
    .
    Exemplo de autocontrole:
    http://www.youtube.com/watch?v=Sj8HtfrH_ok
    .
    Exemplo de luta selvagem
    http://www.youtube.com/watch?v=ElJhob6EuWs

  531. Marciano Diz:

    Montalvão, ali só tinha selvagem. Falcão já tinha se metido em outras confusões antes. Foi até expulso de sua equipe. Ele é marrento, conheço ele de lutas no Strikeforce.
    A questão, porém, é outra: seja quem for o provocador, alguém provocou. Digamos que tenha sido a periguete. Aí o Falcão e o amigo dele teriam sido agredidos e reagiram.
    É o que eu falei, você tenta viver em paz e amor, mas alguém te agride.
    Aproveite e dê sua opinião sobre Pearl Harbor.
    Saudações violentas.

  532. Marciano Diz:

    Montalva, fiquei com a impressão de que você não assistiu o vídeo até o final. O dono do posto diz que eles costumavam agredir até funcionários, porque queriam que ficasse aberto além da meia-noite, a hora em que fecham.
    Não deixe de opinar sobre o covarde e revoltante ataque a Pearl Harbor.

  533. Marciano Diz:

    Montalva,
    vi os vídeos que você postou.
    O primeiro é um bom exemplo do que eu falei. Apesar de todo o auto controle, o cara acabou tendo de dar um cascudo no valentão.
    PEARL HARBOR.

  534. Montalvão Diz:

    .
    De Marte diz: Montalva, fiquei com a impressão de que você não assistiu o vídeo até o final. O dono do posto diz que eles costumavam agredir até funcionários, porque queriam que ficasse aberto além da meia-noite, a hora em que fecham. Não deixe de opinar sobre o covarde e revoltante ataque a Pearl Harbor.
    .
    COMENTÁRIO: vi até o fim, o dono do posto declarou que não fora a primeira vez que “lutadores” apareciam ali para arrumar confusão, mas não afirma que esses foram o Falcão e seu companheiro. Também não disse que “costumavam” agredir até funcionário, nem que exigiam que o restaurante ficasse aberto, isso acontecera uma vez “no ano passado” quando oito brigadores foram lá e criaram maior tumulto, foi o que informou.
    .
    Pode ser que tenha mais coisa que não foi gravada, mas, pelo que assisti, a reação dos garotões e da moçoila foi além da justa medida. Eles não se defenderam de uma agressão ou ameaça, partiram foi para o trucidamento. Sem querer defender o lutador, pois ele foi o estopim da confusão, Falcão foi moderado nos bufetes que aplicou nos rapazolas (parece que mais queria conter os meninos que agredir), pois, caso seja de alto nível conforme noticiado, dominaria fácil os desafetos, mesmo o covardão armado de pau. Um lutador sabe onde bater: para derrubar basta um no ponto certo e o contendor cai, queira ou não. No boxe, então, é mole mole derrubar um engraçadinho. Os dois, ou estavam distraídos ou deram um mole danado com o cara de pau. Se quiser explico como se enfrenta um pau grande…
    .
    De Pearl Harbor falo depois.
    .
    Saudações defensivas.

  535. Marciano Diz:

    ÊPA!
    Não quero aprender não, Montavão.
    Desconfio que a melhor defesa seja uma 12 carregada com balote, mas nao quero saber.
    Mas quero aprender como a gente se defende de um ataque covarde e inesperado, sem que haja estado de guerra.
    A não ser que você seja japonês ou nazista, aí eu sei que diria que é só depor as armas, como fizeram os corajosos e valentes franceses.
    Saudações bélicas.

  536. Guto Diz:

    Meus caros, para vivermos em paz precisamos amar a paz. Ser os agentes da paz. Sei que vcs não se interessam por religião, mas a maioria delas possui como fundamento o AMOR. Qdo realmente estamos cheios de amor, conseguimos perdoar as ofensas, oferecer a outra face e … É difícil pacas (rsrsrs) se manter calmo e confiante em meio as adversidades, mas a fé pode fazer isso. Quem realmente tem fé na força do amor (Deus) se transforma e, com isso, inicia o processo de transformação das coisas. Ah! a paciência também é uma virtude, pois um processo é um processo, ou seja, não acontece da noite para o dia. Mas, quem realmente acredita num mundo melhor, precisa assumir a posição de ser um agente da mudança! Assumir que a parte faz parte do todo e o todo nada mais que é a soma das partes! Valeu. Abraços!

  537. Marciano Diz:

    Valeu, Guto, mas eu ainda quero que você diga o que fazer numa situação como a de Pearl Harbor.
    Abraços.

  538. Guto Diz:

    Não li não. Vou verificar. Valeu! Ah! se quiserem, conto mais uns causos da minha vida. Sinistros! Rsrsrs. Abraço.

  539. Marciano Diz:

    Montalvão,
    sabedor que sou de sua proficiência na nobre arte, na arte suave, no caminho suave, na técnica da mão vazia, da espada, do canhão, etc., ardilosamente fiz um pacto de não agressão com você.
    Veja lá se vai me pegar de surpresa, bombardeando meus navios, meus aviões, matando covardemente meus soldados.
    Minha agência de inteligência já me preveniu de manobras suspeitas de sua força aérea, mas eu não estou acreditando neles, tenho fé em você e, ademais, pacta sunt servanda.

  540. Guto Diz:

    Parece que minha esposa não está mais se incomodando com o fato de eu comentar no blog. Percebi que ela já me viu algumas vezes escrevendo e não disse nada. Melhor assim!

  541. Guto Diz:

    Comentando sobre Pearl Harbour, existem visões espíritas sobre as guerras, mas não vou abordá-las aqui. Vou comentar o que entendo. O ser humano pode destruir e construir. Pode amar e odiar, como diz Dalai-Lama: “Todos nós queremos viver uma vida feliz e ter o direito de fazê-lo, seja através do trabalho ou prática espiritual. Estou sujeito a emoções destrutivas, como raiva e inveja, o mesmo que você, mas todos nós temos potencial para o bem também. No entanto, o nosso sistema de ensino existente é orientada para o desenvolvimento material, negligenciando os valores internos. Consequentemente, não temos uma consciência clara dos valores internos que são a base de uma vida feliz”. Como a Larissa escreveu, enquanto o homem amar o poder mais do que as pessoas, enquanto os homens não se verem parte do todo, mas tão somente os “eus”, continuarão a existir conflitos em todos os graus. Se eu não te visse como meu irmão amado, você seria meu potencial “adversário”. Entende? Abraço.

  542. Guto Diz:

    Agora, falando sobre uma decisão de Estado, era necessário declarar a Guerra. E, que

  543. Guto Diz:

    (…) Deus me perdoasse por isso.

  544. Marcos Arduin Diz:

    Sobre a não tradução dos livros do Chico para o inglês foi o seguinte (baseado no que Alamar Régis me mandou por email):
    No início de abril de 1969, um grupo de empresários de uma mega editora americana veio ao Brasil. Entusiasmados com o Chico Xavier, encontraram-se com ele em Uberaba. Fizeram-lhe uma proposta de traduzir todos os seus livros para o Inglês, além de todos os outros livros espíritas que lhes fossem recomendados. Era a intenção editá-los nos Estados Unidos e lançar as obras no mundo inteiro. Queriam saber se ele concordaria com a ideia e se autorizaria. Nem queriam direitos exclusivos.
    .
    Chico ficou feliz da vida, deu mil graças a Deus por aquilo que ele chamou de “uma bênção”. Só faltou dar pulos de alegria, se é que não os deu:
    _ Claro, meus irmãos, que eu concordo! Quanta alegria vocês me trazem, como um verdadeiro presente de aniversário! Isto é uma benção. Acontece que os direitos das obras foram todos doados à Federação Espírita Brasileira, mas eu creio que certamente ela autorizará.
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    Diz a lenda que o velho mineiro ficou tão feliz, os convidou para almoçar, eles ficaram três dias em Uberaba, conheceram os trabalhos e um deles até recebeu uma mensagem psicografada, em inglês, de um parente desencarnado, o que os encantou ainda mais.
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    De lá os homens partiram para Belo Horizonte e em seguida para Brasília, para um encontro com a diretoria da FEB. (Erro: neste mês a FEB ainda funcionava no Rio de Janeiro _ a mudança para Brasília se deu em outubro daquele ano).
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    Na FEB, de cara, levaram um bom “chá de cadeira”. Aconteceu a reunião, a proposta foi feita à diretoria e, pasmem senhoras e senhores, vejam a resposta:
    _ Nós não autorizamos. O problema de tradução é muito sério, vocês vão adulterar as obras e o prejuízo para o Espiritismo vai ser muito grande. Lamentamos, mas não autorizamos.
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    O Alamar comenta que de fato, não restam dúvidas de que traduções de obras literárias de um idioma para outro geralmente causam problemas sérios de interpretação de orações, porque os tradutores não podem se limitar apenas a traduzirem as frases como elas aparecem, ou seja, ao pé da letra, mesmo com as colocações verbais e gramaticais corretas, porque existe um fator indispensável a considerar que é “como as pessoas do País de origem da língua da obra entendem determinada frase ou determinada colocação”.
    Este é um problema muito sério e, por incrível que pareça, até mesmo em traduções das obras básicas, do Francês para o Português, existem contradições ao pensamento de Allan Kardec e aos pensamentos dos Espíritos, conforme está no original. As traduções da Bíblia, por exemplo, trazem absurdos terríveis, por causa disto. Mas não é esta a questão que estamos analisando agora.
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    A título de exemplo, Alamar coloca a frase e as traduções literais:
    “Não posso comprar este celular agora, eu estou duro”.
    Inglês – I can not buy this cellular now, I’m hard.
    Francês – Je ne peux pas acheter ce cellulaire maintenant, je suis dure.
    Alemão – Ich kann es nicht kaufen Sie dieses Handy jetzt, ich bin zäh.
    Italiano – Non riesco a comprare questo cellulare ora, sono duri.
    Espanhol – No puedo comprar este teléfono ahora, soy duro.
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    Um brasileiro entenderia que a dita frase significa que não se poderia comprar um telefone móvel, por falta de dinheiro. Já o americano, o inglês, o francês, o alemão, o italiano, o espanhol não entenderiam lhufas do que se quer dizer com essa frase. Nem o português a entenderia, pois em Portugal não se diz celular e sim telemóvel, e dizer que uma pessoa está dura não quer que está sem dinheiro.
    Daí então a preocupação da FEB era legítima, porém…
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    Propuseram os americanos:
    _ Então os senhores indiquem uma equipe de tradutores juramentados para acompanharem todo o trabalho de tradução, que nós bancamos todas as despesas e honorários. Só publicaremos cada obra, após o de acordo da FEB, para manter a integridade da mesma.
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    Os tradutores juramentados assim como os que falam o idioma fluentemente têm cuidado na hora de traduzir gírias e expressões adaptadas, para que as frase sejam traduzidas dentro daquilo que o povo do país de origem entende.
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    Mesmo assim a FEB não autorizou.
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    Foi absurda, a recusa. A FEB não teria despesa nenhuma, não teria trabalho nenhum, era apenas pedir para alguém da sua confiança que procurasse tradutores juramentados, de preferência, que fossem também da sua confiança. Não é possível que no Brasil inteiro não tenha ninguém, no meio espírita, que não fale inglês fluentemente a ponto de trabalhar em projeto tão gigante, que teria colocado o Espiritismo no Mundo.
    Mas o comodismo lamentável falou mais alto, simplesmente NÃO AUTORIZOU, e pronto. NÃO SE DISCUTE MAIS!
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    O meio espírita tem dessas coisas de não valorizar as idéias e os projetos que os outros lhe apresentam, com a velha conversa do “temos que ter muita cautela”, “temos que ter muito cuidado com o que se fala sobre a doutrina”, “esse assunto precisa ser levado à reunião de diretoria”, “precisamos olhar nos estatutos”, etc… sempre com muita frieza e indiferença para com as pessoas. Lamentavelmente, esta é uma realidade que todo mundo pode comprovar em qualquer parte do Brasil. O pior é que muitas coisas são levadas a apreciação de diretorias, onde constam membros que não têm a menor competência para dar qualquer opinião acerca do assunto levantado em questão, quanto mais decisão para dizer sim ou não.
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    Consta que os homens ficaram uma semana em Brasília (na verdade foi no Rio de Janeiro), voltando lá diversas vezes, solicitando serem atendidos. Foram atendidos apenas uma vez, mesmo assim do lado de fora, com todos em pé, e não mais foram recebidos, quando ouviram um funcionário lhes transmitir um recado da diretoria que dizia que o assunto estava encerrado.
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    Consta que o Chico estava num clima parecido de “lua de mel”, tamanha a sua felicidade, com aquela nova ideia, que só poderia ser trabalho da espiritualidade maior, até que lhe veio a notícia: A FEB NÃO AUTORIZOU!
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    Quando o Chico soube daquilo, quase teve um “piripak”. Custou a acreditar no que estava ouvindo. Diz a lenda que ele tentou falar com alguém da diretoria da FEB, mas estranhamente não encontrou ninguém que pudesse atendê-lo para tratar daquele o assunto. Todos estavam muito ocupados…
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    O boníssimo, hurdíssimo, calmíssimo, notável e bondoso médium entrou ficou tão puto da vida que passou mal e até foi levado a um hospital. Supostamente, teria dito uns palavrões, o que não era comum nele e todo mundo sabe disto.
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    Foi quando disse, pela primeira vez, que havia se arrependido de ter transferido os direitos das obras para a FEB.
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    Pra quem não sabe como a coisa funciona, é o seguinte: o autor CEDE os direitos à editora, que se limita à publicação de uma tiragem dela. Enquanto durar essa tiragem ou após um número de anos fixado em contrato, o autor não pode autorizar a nenhuma outra editora que publique a sua obra. E do valor da venda da obra, o autor recebe entre 8 e 10%. Se outra editora, entretanto, desejar a publicação em outro idioma, aí não tem problema. Esgotada a edição ou terminado o prazo, o autor pode renovar o contrato ou escolher outra editora.
    Mas a FEB e outras editoras são SACANAS: exigem a cessão PERMANENTE dos direitos autorais. Isso significa que o autor PERDE seu direito à obra: ela passa a ser propriedade da editora. Só ela pode editá-la e autorizar edições em outras línguas. O autor receberá apenas o valor de 8 ou 10% referente às vendas. No caso do Chico, nem isso, pois ele abrira mal em favor da FEB para aumentar a divulgação e baratear a obra.
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    Depois dessa, caiu a ficha do Chico e a partir daí decidiu a nunca mais doar os direitos e muito menos autorizar que a FEB publicasse qualquer livro novo escrito sob a sua psicografia.
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    O caso se deu em 1969 e em 1971 foram lançados pela FEB o “Rumo Certo”, que é um livro de mensagens do Emmanuel, e o “Antologia da Espiritualidade”, um livro de poesias de Maria Dolores. É que esses livros já tinham sido doados antes e foram os últimos que a FEB lançou.
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    Para os que não acreditam no caso, basta usar a inteligência e questionar: Por que motivos o Chico deixou de doar livros para a FEB, exatamente nessa época? Seria sem motivo algum? A partir daí, podem observar, os livros começaram a ser editados apenas pelas editoras Clarim, CEC, Edicel, GEEM, FEESP, IDE, LAKE, CEU etc, mas nenhum mais pela FEB.
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    Diante de tão amarga experiência, quando o Chico dava as novas autorizações para as outras editoras, não as dava mais com exclusividade para ninguém, exatamente para evitar que acontecesse novamente o que aconteceu.
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    A fim de se saber o que houve, Alamar Régis procurou o presidente da FEB quando soube do caso e Nestor Massotti confirmou:
    _ De fato, Alamar, o episódio aconteceu. Há registros, sim. Mas aconteceu em uma época em que a FEB atravessou um dos momentos mais difíceis da sua história, momento este em que quase há um rompimento até mesmo com as federativas estaduais…”
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    Alamar, além de outros, também conversou com o Luciano dos Anjos, que deu outros esclarecimentos. Segundo entendi em outro site, a diretoria da FEB, quando soube que o Chico estava cuspindo fogo e enxofre, foi conversar com ele e explicar seus motivos. Disse coisas do tipo:
    “Os norte-americanos eram empresários e eles queriam dar tratamento ao assunto como empresários, como uma editora qualquer e não como o velho costume espírita. Este determinou que livro espírita tem que ser, sempre, vendido bem baratinho, em nome da humildade. Eles queriam produzir em larga escala e visualizarem o livro espírita como qualquer outro livro, da cultura mundial, como obras boas que vendessem pelo seu conteúdo, que dessem lucro, que virassem Best Sellers em todo o mundo.
    A FEB pretendia que eles ficassem com lucros de venda e distribuição, mas a parte maior deveria ser destinada à produção e divulgação do Espiritismo, como ela costuma trabalhar no Brasil, etc e tal.
    Por conta disso, Luciano dos Anjos diz que Chico se acalmou (na verdade nunca teria ficado irritado). Mas reconhece que não mais mandou nada para a FEB. A desculpa para isso seria sua amizade com Armando de Assis, que não quis mais se candidatar à presidência, em razão das lamentáveis ocorrências de ordem interna (que jamais foram ditas quais seriam). É de se perguntar se Chico ia ficar para sempre “de mal” com a FEB por conta disso…
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    A resposta do Chico ao choro dos dirigentes da FEB teria sido:
    _ Uai. Se eu passei os direitos das obras para a FEB, de graça, sem exigir um centavo pelo que fosse vendido, porque ela não fez o mesmo para com os americanos?
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    Então é isso gente.

  545. Larissa Diz:

    Arduin, me explique uma coisa: os livros de CX, inclusive os lançados pela FEB, estão à venda nas maiores livrarias do país, a preços compatíveis com obras de Clarice Lispector, por exemplo. Não entendi bem a diferença entre liberar a venda nos EUA e em livrarias no Brasil. O ingresso para o filme Nosso Lar foi vendido ao mesmo preço que “Os Mercenários”. O filme custou R$ 20 milhões e é sabido que teve lucro. Penso cá com meus botões se é mais importante fazer filmes acessíveis apenas à elite ou aplicar estes 20 milhões + lucros em algo que realmente beneficiasse a comunidade.

  546. Gorducho Diz:

    Pior é que eu acho que concordo com os caras da FEB… Alguém se habilita a traduzir (eu não :(), por exemplo:
     
    Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a
    humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios.

  547. Larissa Diz:

    Gorducho, isso foi escrito apenas para confundir.
    Mas sim, poderia ser traduzido para o inglês em uma linguagem mais simples.

  548. Gorducho Diz:

    Não, não pode: tem que manter o clima transcendental.
    A parte técnica de Ciências Biológicas eu terceirizaria para o Professor:
     
    Das cristalizações atômicas e dos minerais, dos vírus e do protoplasma, das bactérias e das amebas, das algas e dos vegetais do período pré-câmbrico aos fetos e às licopodiáceas, aos trilobites e cistídeos aos cefalópodes, foraminíferos e radiolários dos terrenos silurianos, o princípio espiritual atingiu espongiários e celenterados da era paleozóica, esboçando a estrutura esquelética.
    Avançando pelos equinodermos e crustáceos, entre os quais ensaiou, durante milênios, o sistema vascular e o sistema nervoso, caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos, procedentes dos répteis teromorfos.

  549. Marcos Arduin Diz:

    Bem, Larissa, não sei bem que explicação você quer que eu dê, mas o lance é que um livro psicografado ou um filme de temática espírita terão o mesmo custo de livros e filmes que tratem de outros temas, cada qual com seu número de páginas e sua respectiva sofisticação cinematográfica.
    .
    O que acontece com o Chico é que ele abriu mão inclusive da parte que teria direito a receber como autor. Achou ele que isso seria bom para ajudar a FEB a crescer e ampliar a divulgação do Espiritismo no Brasil.
    Daí então criou-se entre vários espíritas o mito de que obra espírita NÃO DEVE visar lucro. Deve, ao contrário, ser comercializada a preços baixos, etc e tal (o Alamar tem toda uma série de comentários sobre isso).
    .
    Já outros médiuns não navegaram nessa. O melhor exemplo é a Zíbia Gasparetto e seus filhos. Eles já deixaram claro que não aceitavam ser explorados. O negócio deles é grana. Se há espíritas que os condene (devem dar de graça o que de graça receberam) eu não estou entre eles. Obras mediúnicas SÃO TODAS ELAS PASTICHES oficialmente falando. Quem gostar, que pague por elas. Uma tela que o Gasparetto sujou com seus pés e diz que vale 40.000 reais pois foi pintada pelo espírito de Picasso… Bem, eu ficaria com ela, desde que ELE me pagasse os 40.000 para guardá-la comigo…

  550. Larissa Diz:

    Eu tb pintei um quadro de Picasso…está em oferta. Só R$ 1.000,00. Alguém quer comprar? Posso pintar de qualquer artista. Infelizmente, sem a mesma qualidade devido à física do petrefiolismo e dos corpúsculos plasmados em meu veículo fisiopsicossomático.

  551. Larissa Diz:

    Ah! Frete astral incluso.

  552. Toffo Diz:

    Pela primeira vez sou obrigado a concordar com o Arduin pelo último parágrafo do seu último post.

  553. Larissa Diz:

    Eu tbm.

  554. Marciano Diz:

    Foi isso eu eu falei,
    Guto.
    Por mais que a gente se esforce, há vezes em que a guerra é inevitável.
    .
    Arduin,
    Antes de mais nada, obrigado pela resposta.
    É claro que os dirigentes de então da FEB estavam mentindo, ocultando suas verdadeiras razões. Toda a obra de Kardec foi traduzida para o português e a tradução não é absolutamente fiel ao original. Pelas razões apontadas pelo Alamar.
    Se a tradução for literal, não exprime o sentido original. Se for livre, está sujeita a interpretação divergente do original. Eu sei, já fui tradutor.
    Isso se vê da própria tradução de Guillon Ribeiro, que não era um Zé Mané.
    .
    Uma observação: até pouco tempo, celular na França era “portable”, na Inglaterra e nos Estados Unidos, “cell phone”. Será que mudou?
    .
    Gorducho,
    Cx tinha uma linguagem particular, pomposa e esdrúxula, ao mesmo tempo.
    Isto é intraduzível. Aliás, é quase incompreensível, mesmo em português.
    Ele usava palavras menos corriqueiras, fora de seu sentido habitual, misturava expressões que não fazem sentido juntas, criava neologismos. Fica difícil imaginar ele dizendo “uai”.
    Plasmar, volitar, etc., são verbos que, com o sentido que lhes emprestam os espíritas, só existem no espiritismo. Não sei como traduzir uma coisa dessas. Nessas situações, ou o tradutor utiliza uma nota de rodapé ou troca a palavra pela explicação de seu sentido.

  555. Marciano Diz:

    Também concordo plenamente com Arduin quanto a seu último parágrafo.
    Minha única discordância é quanto ao valor, eu não ficaria com uma tela sujada por Gasparetto por menos de 4 milhões de euros.

  556. Toffobus Diz:

    Existem outras traduções das obras de Kardec e a de Guillon não é das melhores. Mas ainda não entendi qual seria a verdadeira intenção da FEB em não permitir a edição americana de seus livros. Para mim, parece-me estreiteza de concepção mesmo. Existe também um outro dado significativo nessa história: de acordo com Suely Caldas Schubert, autora de “Testemunhos de Chico Xavier”, a correspondência entre CX e Wantuil de Freitas se estendeu dos anos 1940 até mais ou menos 1968 ou 69, época em que Wantuil deixou de ser presidente da FEB. Coincidentemente, foi o lapso de tempo em que a série André Luiz foi escrita, sendo que a última obra supostamente ditada por ele foi de 1968. Depois não houve mais edições das novas obras de CX pela FEB. Teria Wantuil de Freitas algo a ver com isso?

  557. Montalvão Diz:

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    Gorducho Diz: Não, não pode: tem que manter o clima transcendental. A parte técnica de Ciências Biológicas eu terceirizaria para o Professor:

    […] o princípio espiritual atingiu espongiários e celenterados da era paleozóica, esboçando a estrutura esquelética.
    Avançando pelos equinodermos e crustáceos, entre os quais ensaiou, durante milênios, o sistema vascular e o sistema nervoso, caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes LACERTINOS e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos, procedentes dos répteis teromorfos.
    .
    COMENTÁRIO: por incrível que pareça, isso tem sentido e poderia ser perfeitamente traduzido em outros idiomas (não sei se todo o livro teria igual condição). Chico, no trecho acima, fala da evolução que teria sido fomentada por um “princípio espiritual”, mas, ao que tudo indica, o homem de Uberaba copiou de fontes contaminadas tal discurso. A respeito é interessante conhecer texto de Antonio Luiz M.C. Costa, intitulado “Errar é científico, insistir no erro é esotérico”, confiram:
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    “Também nesse campo os erros continuaram a se multiplicar toda vez que os médiuns consultaram os espíritos sobre fatos cientificamente verificáveis. Mais uma vez, pode-se tomar um exemplo de Chico Xavier: Evolução em Dois Mundos (1959), supostamente ditada por “André Luiz”, que supostamente foi médico sanitarista no Rio de Janeiro do início do século XX (claramente inspirado na figura de Carlos Chagas, mas sem se comprometer com detalhes).
    Ao se referir à evolução da “mônada espiritual” através dos corpos materiais, afirma que “caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos”.
    Nesse caso, não se trata nem de afirmações cientificamente aceitáveis quando foram escritas, mas superadas mais tarde. Mesmo em 1959, não passavam de mal-entendidos típicos de leigos com conhecimento superficial de biologia e evolução. Os dinossauros não são “lacertinos” (lagartos) e mesmo no século XIX, quando a origem das aves ainda era controvertida, sabia-se que elas não descendiam dos pterossauros (seus ancestrais eram dinossauros carnívoros bípedes, da sub-ordem dos terópodes). Os primeiros mamíferos surgiram muito antes da época “supracretácea” (ou seja, o Cenozóico): são quase tão antigos quanto os primeiros dinossauros e isso é sabido desde fins do século XIX.”
    .
    Êta espiritualidadezinha sacana, hem?

  558. Guto Diz:

    Montalvão Diz: “Os dinossauros não são “lacertinos” (lagartos) e mesmo no século XIX, quando a origem das aves ainda era controvertida, sabia-se que elas não descendiam dos pterossauros (seus ancestrais eram dinossauros carnívoros bípedes, da sub-ordem dos terópodes). Os primeiros mamíferos surgiram muito antes da época “supracretácea” (ou seja, o Cenozóico): são quase tão antigos quanto os primeiros dinossauros e isso é sabido desde fins do século XIX.”
    Pode me passar a sua fonte? Obrigado.

  559. Marcos Arduin Diz:

    Chico deixou de editar obras pela FEB por conta daquele evento com os americanos. Não teve nada a ver com o Wantuil. O Luciano dos Anjos tenta salvar a burrada da FEB, dizendo que o Chico deixou de publicar por ela por solidariedade ao Armando Assis, que quis se recandidatar, mas nessa ocasião a FEB estava “dominada pelas trevas”.
    .
    Após esse evento, a FEB passou só a publicar reedições e mensagens do Chico apenas.

  560. Gorducho Diz:

    E aí, Professor: os ganóides, teleósteos, arquegossauros e labirintodontes culminaram nos grandes lacertinos; ou não?

  561. Guto Diz:

    Marciano, com relação à Pearl Harbour, não respondi direito, de forma completa. A Guerra entre dois países só ocorre após fracassadas as negociações diplomáticas. O fato é que nenhuma parte abriu mão dos seus interesses (busca de mais poder) durante as rodadas de negociação. Desta forma, a decisão dos japoneses, após boicotes dos EUA ao Japão, foi realizar um ataque de surpresa a fim de gerar uma vantagem estratégica sobre os EUA. Assim, já estando neste estado de coisas, aí sim, não vejo outra possibilidade senão a guerra. Valeu!

  562. Biasetto Diz:

    Gosto muito das informações trazidas pelo Arduin

  563. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Não quero aprender não, Montavão.
    […] Mas quero aprender como a gente se defende de um ataque covarde e inesperado, sem que haja estado de guerra.
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    Guto Diz: Meus caros, para vivermos em paz precisamos amar a paz. Ser os agentes da paz. Sei que vcs não se interessam por religião, mas a maioria delas possui como fundamento o AMOR. Qdo realmente estamos cheios de amor, conseguimos perdoar as ofensas, oferecer a outra face e … É difícil pacas (rsrsrs) se manter calmo e confiante em meio as adversidades, mas a fé pode fazer isso. […]
    /
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    Marciano Diz:
    Montalvão,
    […]Veja lá se vai me pegar de surpresa, bombardeando meus navios, meus aviões, matando covardemente meus soldados.
    Minha agência de inteligência já me preveniu de manobras suspeitas de sua força aérea, mas eu não estou acreditando neles, tenho fé em você e, ademais, pacta sunt servanda.
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    COMENTÁRIO: da briga no posto de gasolina chegamos a Pearl Harbor… como é que aconteceu isso? Vou dizer algos embora nada acrescente ao que vem sendo dito pelas quebradas desde quando não se sabe.
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    Na guerra não há inocentes, embora sempre haja agressor e agredido. No entanto, o lado agredido pode se tornar agressor, dependendo do andamento do conflito. Há guerras e guerras e no final é tiro pra todo lado. Guerras há em que um lado fica rezando para o outro não fazer nada e se o outro faz o que o um não queria, o fraco agora reza para que alguém venha em seu socorro. Noutras beligerâncias as partes estão doidas para que a briga comece, cada qual achando que vai se dar bem e sair no lucro. A indústria de armamentos agradece.
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    Ao início da 1ª Grande Guerra, quando os batalhões em várias cidades européias partiam para o “front” eram acompanhados por bandas de música, as mocinhas jogavam flores nos soldados e a criançada pulava de alegria. Comemoravam a diversão que esperava os combatentes. Depois que os horrores da frente de luta tomaram forma perceberam o engano. Das desgraças da primeira guerra mundial não passou uma geração e o mundo estava sedento por nova brigança. Veteranos de 1914, vários deles, fretaram um navio (O Navio da Paz) e viajaram pelo mundo pregando a concórdia e noticiando quão horrenda era a vida do guerreiro e a dor das famílias. Foram mal ouvidos e em vários países impedidos de discursarem. O mundo queria guerra.
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    Pearl Harbor foi uma de muitas agressões covardes, boa parte das quais se perdeu na fumaça dos bombardeios. Teve destaque pela magnitude do ataque e pelo ato que contrariou acordos de guerra vigentes (como se estes fossem fielmente respeitados). É claro que exigia pronta reação, como ocorreu. Os japoneses apostaram que os americanos não teriam força para reagir à altura. Se deram mal. Os gringos não só reagiram à altura como foram a alturas nunca dantes supostas. Quando a bomba atômica ficou pronta para uso, os filhos do sol nascente estavam já derrotados. Lutavam por teimosia: era questão de pouco tempo para que nada mais pudessem fazer. No entanto, o presidente americano e seu staff de guerra queriam porque queriam que o explosivo fosse utilizado. Cientistas participantes do projeto, sabedores do potencial destrutivo da arma, sugeriram que as autoridades japonesas assistissem a explosão nalguma ilha deserta do pacífico: veriam o estrago que o petardo causaria se fosse jogado em local habitado. Entretanto, a proposta foi prontamente recusada. A bomba tinha de ser jogada nos japoneses.
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    Os sábios deram outra ideia: que se explodisse, como advertência, a bomba na estratosfera japonesa, onde causaria poucos danos mas o efeito visual seria dramático. Nova recusa. A bomba tinha de ser jogada nos japoneses. E foi…
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    Aí, vem o pacifista Guto e diz que tudo se resume em falta de amor. Se todos se amassem não haveria guerras, e arremata: “Qdo realmente estamos cheios de amor, conseguimos perdoar as ofensas, oferecer a outra face e … É difícil pacas (rsrsrs) se manter calmo e confiante em meio as adversidades, mas a fé pode fazer isso”. Está certo, mas, acontece, poderoso Guto, que esse amor idealista não evitaria discórdias, nem evita, quando muito, se levado ao pé da letra, facilita o lado agressor. O amor não substitui o direito à legítima defesa. Pode-se amar o inimigo e enchê-lo de balas, caso não fique quietinho em seu canto e deixe de lado ambições de conquista. O modelo que as religiões, notadamente o cristianismo propõe (“amai-vos uns aos outros”) é uma meta, um ideal a ser atingido e exige que as partes se movam igualmente na mesma direção. Observe que a admoestação envolve os dois lados. Se um lado amar e o outro não estiver nem aí, a meta jamais será atingida. O amor-ideal pressupõe a plena solidariedade entre todos. Se o Mestre dissesse: “amai vossos inimigos (ele disse algo assim, mas não se aplica ao presente raciocínio) e se eles não vos amarem, que se ferrem, pois irão para o inferno e vocês para o céu, portanto, não se preocupem caso aqueles cretinos não obedecerem: quem não obedecer vai se fu…nicar”.
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    Minha leitura (se for errada, paciência) da máxima do amor é a de que o Senhor deu a fórmula do sucesso: todos vivendo em completa solidariedade. Quando isso acontecer, nenhum instrumento de repressão e regularização será necessário: polícia, leis, políticos, juízes, advogados (cuidado, Marciano e Larissa), promotores… nada, tudo estará automaticamente equacionado. Infelizmente, até onde posso ver, tá longe pacas dessa realidade dar ar de sua presença…
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    Agora não sei se falei ou não falei de Pearl Harbor…
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    Saudações madrugalinas

  564. Montalvão Diz:

    Guto Diz: Montalvão Diz: […]
    Pode me passar a sua fonte? Obrigado.
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    COMENTÁRIO: posso fazer melhor, pegue o artigo inteiro, segue a seguir:
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    “Errar é científico, insistir no erro é esotérico
    Antonio Luiz M. C. Costa
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    Um cientista tem maior probabilidade de estar certo sobre problemas relativos à sua especialidade do que um leigo. Mas errar é inevitável nessa profissão. Sempre que se formula um novo problema ou se abre um novo campo de pesquisa, várias hipóteses concorrentes são formuladas, das quais a maioria sucumbe a questionamentos lógicos e matemáticos ou aos testes experimentais. Mesmo teorias aceitas por muito tempo e com base nas quais foram desenvolvidos programas de pesquisa férteis e invenções úteis, podem ser superadas e se mostrar “erradas” quando confrontadas a problemas novos e inesperados, como a mecânica newtoniana ao ser confrontada com os fenômenos quânticos e relativísticos.
    Isso faz parte da história e da lógica da ciência: não se trata de uma verdade revelada, mas da construção gradual de teorias cada vez mais amplas, precisas e consistentes, buscando por aproximações sucessivas uma explicação mais completa e perfeita do Universo, sem jamais pretender a verdade absoluta e definitiva. Uma nova teoria pretende apenas oferecer uma “verdade” mais robusta – ou seja, mais resistente a testes e questionamentos – e que ao mesmo tempo seja mais abrangente, refinada e precisa que as concepções anteriores.

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    A mentalidade religiosa tem dificuldades em entender a relatividade da verdade e do erro pressupostas pelo método científico. Não compreende que a ciência não propõe apenas um conteúdo diferente, mas também uma diferente concepção de “verdade” e outro caminho para chegar a ela.
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    Não é raro encontrar fundamentalistas religiosos alegando que a teoria da Evolução está refutada porque duas correntes evolucionistas têm alguma discordância ou porque tal ou qual hipótese ou especulação de um evolucionista do século XIX ou do começo do século passado foi superada por descobertas empíricas ou por desenvolvimentos teóricos mais recentes dentro da própria teoria da Evolução. Pensam nas pessoas de mentalidade científica como se fossem seus reflexos invertidos e vissem em cada artigo científico uma Bíblia e em cada cientista um profeta ou papa infalível.
    Esse tema dá muito pano para manga, mas nesta oportunidade pretendemos nos referir ao outro lado da moeda. Pensamentos de tipo religioso que incorporaram partes da ciência de seu tempo e pretenderam superar religiões mais tradicionais apresentando-se como revelação e síntese definitiva da religião e da ciência, esquecendo-se que o segundo termo da equação, por definição, jamais é definitivo.
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    Isso foi particularmente comum em correntes religiosas e esotéricas surgidas a partir de meados do século XIX, quando o interesse popular pela ciência foi despertado pela educação pública, por livros de divulgação científica e pela rápida difusão de novas invenções e descobertas.
    Muitas das novas “verdades reveladas” usaram da aparente compatibilidade com algumas das mais arrojadas concepções científicas de seu tempo para afirmar sua superioridade. Tanto em relação tanto às religiões tradicionais, baseadas em concepções de mundo pré-modernas, quanto à própria ciência de seu tempo, já que alegavam poder “revelar” com certeza o que para a ciência era mera hipótese, proporcionar exatidão quando cientistas podiam apenas oferecer estimativas e preencher com informações claras e detalhadas todas as áreas sobre as quais os especialistas científicos precisavam confessar sua dúvida ou ignorância.
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    Mas aconteceu que, muitas vezes, a ciência avançou de tal maneira que as concepções científicas que as tais verdades reveladas diziam incorporar foram superadas em poucas décadas. Visto que, para o pensamento baseado na suposta revelação por meios espirituais, admitir e corrigir erros é extremamente difícil, o resultado é que essas religiões e filosofias que se tinham como avançadas acabaram por fossilizar em dogma muitas noções que eram cientificamente defensáveis no século XIX ou início do século XX, mas hoje estão tão superadas quanto o geocentrismo ou o criacionismo das correntes mais obscurantistas das religiões tradicionais.
    É o caso da doutrina kardecista, que surgiu em um meio razoavelmente culto e incorporou o espírito científico da segunda metade do século XIX (Allan Kardec escreveu suas obras nas décadas de 1850 e 1860) a ponto de se considerar “ciência”. Um dos amigos e primeiros adeptos de Kardec era um conhecido autor de livros de ciência popular e astrônomo: Camille Flammarion.
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    Flammarion gostava de especular sobre a possibilidade de vida em outros planetas, com tanto entusiasmo quanto Carl Sagan nos anos 1980 e 1990, apesar de ter muito menos informação. No seu tempo, pouco se sabia dos planetas além de seu tamanho e posição: apareciam aos telescópios, quando muito, como pequeninos círculos de luz vagamente manchados.
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    Procurando tirar leite de pedra, Flammarion, como alguns colegas, acompanhava o escurecimento periódico das manchas de Marte (hoje explicado como resultado do transporte de poeira pelo vento) e tentava explicá-lo como crescimento sazonal da vegetação, partindo daí para especulações sobre a avançada civilização sugerida pelos misteriosos (mas completamente ilusórios) “canais” avistados por astrônomos imaginativos que se esforçavam por encontrar padrões precisos por trás dos borrões fornecidos por suas lentes. Em outros planetas, não havia nem esse tipo de sugestão, o que não o impedia de fantasiar sobre a possibilidade de seres vivos em Júpiter ou Mercúrio.
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    Suas concepções influenciaram o espiritismo, para o qual a vida em outros planetas tornou-se um ponto crucial da doutrina – a Terra é apenas um entre inúmeros mundos habitados, nos quais os espíritos passam por um “aprendizado” antes de poderem se encarnarem em mundos mais avançados. Continua difícil refutar cabalmente essa idéia no que se refere a planetas de outros sistemas solares, que ainda não podemos observar em detalhes. Mas Kardec – e também Flammarion, quando atuou como médium – tinham em mente também a Lua, Marte, Vênus, Mercúrio e outros planetas sobre os quais hoje podemos ter certeza que não existe vida tal como a imaginavam.
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    “Todos os globos são habitados”, garantiu Kardec em O Livro dos Espíritos (1857). “Segundo os espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda baixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos…”.
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    Ainda mais interessente sobre esse tema é A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo (1868) que pretendia ser a resposta de Kardec ao Gênesis bíblico, contar a “verdadeira” origem do Universo, da vida e da humanidade e demonstrar o caráter ao mesmo tempo científico e espiritual do espiritismo. Um capítulo inteiro foi escrito com base em supostas revelações a Flammarion de Galileu Galilei – que, na qualidade de espírito desencarnado, supunha-se capaz de viajar por todos os mundos a velocidade do pensamento.
    Mas as revelações que Flammarion atribuiu ao mestre Galileu não eram mais que produto de seu próprio conhecimento somado a seus devaneios e especulações, como a astronomia e a astronáutica do século XX e XXI deixaram óbvio. Afirmou, por exemplo, que embora a face visível da Lua fosse deserta e inabitável, havia fluidos líquidos e gasosos que permitiam a vida na face oposta. Disse que o anel de Saturno era sólido e único (são muitos anéis, feitos de inúmeros fragmentos), ignorou os anéis ainda não descobertos de outros planetas, disse que Júpiter tinha quatro satélites (como se acreditava da época – mas hoje já são contados 63), Marte nenhum (tem dois) e que a Via Láctea é constituída de 30 milhões de estrelas (são centenas de bilhões).
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    Entendam-nos bem: isso não é dizer que Kardec ou Flammarion foram farsantes ou agiram de má-fé. Flammarion foi um cientista respeitado pelos pares até a morte e também foi, presumivelmente, sincero como espírita e médium. Assim como pode-se presumir boa-fé em um pajé de uma aldeia guarani, um xamã na Sibéria, uma ialorixá em Salvador ou um pai-de-santo no Rio de Janeiro. Pessoas podem induzir em si mesmas estados mentais no qual acreditam sinceramente manifestar espíritos ou deuses. Entretanto, por mais impressionantes que sejam essas manifestações, elas não podem realmente “saber” mais do que seus portadores realmente conhecem ou são capazes de imaginar dentro de seu universo cultural – por exemplo, os espíritos supostamente incorporados por pajés e pais-de-santo não discorrem sobre os anéis de Saturno porque são completamente alheios ao universo ou aos interesses de seu público.
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    Como foi só na década de 1960 que sondas puderam fotografar Marte de perto e revelar o lado oculto da Lua, espíritas de várias gerações posteriores puderam continuar impunes seus devaneios sobre astronomia e vida em outros planetas. Vários médiuns famosos descreveram em detalhes (freqüentemente contradizendo-se entre si) a vida nos outros planetas do Sistema Solar – inclusive, por exemplo, Chico Xavier em Cartas de uma Morta (1935), supostamente ditadas pelo espírito de sua mãe. Descrevia em Saturno habitações de estilo gracioso, vegetação azulada e mares rosados; em Marte, “homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas”, mas dotados de asas, que vivem em um planeta que tem oceanos, sistemas de canalização, vegetação avermelhada e “poucas montanhas”.
    As sondas não mostraram nada de oceanos, canalização, vegetação e muito menos homens alados em Marte. Por ironia, lá descobriram, porém as maiores montanhas do Sistema Solar. Ninguém esperava por isso no século XIX, porque se supunha que Marte era um planeta “velho”, desgastado pela erosão.
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    Confrontados com a realidade, a maioria dos espíritas diria hoje que os supostos marcianos, saturninos etc. realmente existem, mas de uma maneira não física. Isso seria deslocar a doutrina espírita da ciência supostamente verificável para a vala comum dos dogmas tradicionais, pois uma civilização marciana invisível e inacessível à observação não é mais “científica” do que o Inferno dos cristãos. É contrariar a afirmação do próprio Kardec no primeiro capítulo de seu Gênese: “o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demostrarem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificará nesse ponto”.
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    Ademais, não era apenas de coisas espirituais que tais médiuns estavam falando: “Vi oceanos, apesar da água se me afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos. Há ali um sistema de canalizações, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e sim por uma determinação natural da topografia do planeta que põe em comunicação contínua todos os mares”, escreveu Chico Xavier sobre Marte com base no suposto testemunho da genitora, sem falar das materialíssimas montanhas.

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    Não é só no campo da astronomia que fracassou a ciência dos espíritos. Também a biologia ensinada pelos desencarnados tende a mostrar-se de acordo com especulações científicas do seu tempo (ou com o grau de compreensão delas que tinham os médiuns), superadas poucas décadas depois. Em O Livro dos Espíritos, para explicar a Kardec o surgimento da vida na Terra e em outros mundos, seus informantes desencarnados perguntam: ”os tecidos dos homens e dos animais não encerram os germes de uma multidão de vermes que aguardam, para eclodir, a fermentação pútrida necessária à sua existência?”
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    Quando o livro foi publicado, uma pessoa bem informada, até mesmo um cientista, poderia ter respondido que sim, ou pelo menos que o assunto era controvertido. Havia quem acreditasse no surgimento de vida a partir de “fermentação pútrida”, nesses termos. Mas a idéia foi cabalmente desmentida por Louis Pasteur em 1861, meros quatro anos depois. Que a vida possa ter surgido de matéria não-viva em certas condições encontradas na Terra primitiva continua uma hipótese aceita, mas os vermes que parecem surgir da podridão certamente não são exemplo disso: nascem de ovos de moscas e besouros.
    Também nesse campo os erros continuaram a se multiplicar toda vez que os médiuns consultaram os espíritos sobre fatos cientificamente verificáveis. Mais uma vez, pode-se tomar um exemplo de Chico Xavier: Evolução em Dois Mundos (1959), supostamente ditada por “André Luiz”, que supostamente foi médico sanitarista no Rio de Janeiro do início do século XX (claramente inspirado na figura de Carlos Chagas, mas sem se comprometer com detalhes).
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    Ao se referir à evolução da “mônada espiritual” através dos corpos materiais, afirma que “caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos”.
    Nesse caso, não se trata nem de afirmações cientificamente aceitáveis quando foram escritas, mas superadas mais tarde. Mesmo em 1959, não passavam de mal-entendidos típicos de leigos com conhecimento superficial de biologia e evolução. Os dinossauros não são “lacertinos” (lagartos) e mesmo no século XIX, quando a origem das aves ainda era controvertida, sabia-se que elas não descendiam dos pterossauros (seus ancestrais eram dinossauros carnívoros bípedes, da sub-ordem dos terópodes). Os primeiros mamíferos surgiram muito antes da época “supracretácea” (ou seja, o Cenozóico): são quase tão antigos quanto os primeiros dinossauros e isso é sabido desde fins do século XIX.
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    Estendemo-nos sobre o espiritismo por ser uma doutrina particularmente conhecida no Brasil, mas outras caíram na mesma armadilha. Ellen White, a profetisa fundadora dos Adventistas do Sétimo Dia, também disse (em 1846) ter sido transportada em espírito para Júpiter, “mundo com quatro luas”, onde a relva era de um verde vivo, os pássaros gorjeavam cânticos suaves e os habitantes se pareciam todos com Jesus, porque embora ali crescesse o fruto proibido, não o haviam comido. Depois foi a Saturno, “com sete luas” (as que os astrônomos conheciam na época – hoje são contadas pelo menos 60), onde encontrou o profeta Enoc, que estaria morando em uma de suas cidades.
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    Joseph Smith, fundador da Igreja dos Santos dos Últimos Dias (Mórmon), afirmou, em 1837, disse que a lua era habitada por homens e mulheres como na terra, que viviam até quase mil anos, tinham aproximadamente dois metros de altura e vestiam-se quase uniformemente, num estilo próximo aos dos quakers. Também nessa doutrina a existência de mundos habitados é crucial, pois Deus seria um homem ressuscitado e exaltado, mas de carne e osso, que vive em um planeta chamado Kolob e os mórmons podem se tornar deuses se seguirem seus mandamentos.
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    A Teosofia, outro produto do século XIX, descreve também detalhes da vida em Vênus e Marte (embora reconheça que a Lua é um mundo morto), mas é mais característica pelas detalhadas narrativas sobre o passado da Terra e da humanidade, em boa parte baseada em uma mistura de mitos gregos, hindus e budistas com especulações científicas do século XIX.
    Lemúria, por exemplo. Citada por Helena Blavatsky em Ísis sem Véu (1877), havia aparecido pela primeira vez em 1864, como hipótese científica para explicar semelhanças geológicas entre a Índia e Madagascar – seria um continente desaparecido ao qual essas duas terras haviam pertencido, mas que afundara, na maior parte. Alguns biólogos sugeriram que a espécie humana talvez houvesse evoluído nesse continente hipotético, supostamente a pátria original dos primatas, numa tentativa de explicar a dificuldade de encontrar fósseis do “elo perdido” entre os primatas avançados e os seres humanos.
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    Os teósofos fizeram dessa especulação da segunda metade do século XIX uma certeza doutrinária. Entretanto, a tese tornou-se obsoleta com a descoberta, a partir de 1891, de fósseis pré-humanos na Ásia (inicialmente, Java e China) e a partir de 1924, de outros ainda mais antigos na África.
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    A própria idéia de continentes e pontes de terra desaparecidos por afundamento tornou-se obsoleta a partir dos anos 1960, com o mapeamento do fundo dos oceanos e a acumulação de evidências sobre o lento deslocamento dos continentes. Ficou então claro que a Índia e Madagascar estiveram de fato unidas em uma mesma massa de terra, o que explica as semelhanças geológicas, mas o movimento das placas tectônicas levou a Índia a separar-se há 88 milhões de anos e mover-se até sua atual localização no sul da Ásia.
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    Também a cronologia teosófica é um fóssil do século XIX. Em A Doutrina Secreta (1888), Blavatsky fornece uma “cronologia geológica esotérica”, combinando “dados científicos e ocultos”, para concluir que a Terra começou a se sedimentar há 320 milhões de anos (começando a vida a evoluir logo em seguida), o que hoje chamamos Mesozóico começou há 44 milhões e o Cenozóico há 7,87 milhões. Quanto ao Universo, começara a existir precisamente em 1.955.882.800 a.C., de acordo com sua interpretação da numerologia mítica das eras hindus.
    Na época, essas estimativas eram compatíveis com o pensamento de muitos geólogos e da maioria dos biólogos evolucionistas. Podiam até ser consideradas arrojadas, pois a maioria dos físicos ainda se recusava a aceitar números tão grandes: antes que a energia nuclear fosse descoberta e compreendida, julgavam que o Sol e a Terra não podiam ter mais que umas poucas dezenas de milhões de anos, caso contrário já teriam esfriado completamente.
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    Entretanto, hoje essas concepções tornaram-se absurdamente acanhadas. Conforme a datação radioativa, a sedimentação começou há pelo menos 3,8 bilhões de anos (a própria Terra tem 4,6 bilhões), o Mesozóico há 251 milhões e o Cenozóico há 65,5 milhões. O início do Universo, o Big Bang, é hoje datado, de acordo com as melhores estimativas da velocidade e distância das galáxias, de há 13,7 bilhões de anos. Mas os teósofos remanescentes apegam-se às idéias de Blavatsky e seguidores com o mesmo fervor com que os evangélicos fundamentalistas dos EUA se apegam ao mito do Dilúvio e à criação do mundo há alguns milhares de anos.
    Errar é próprio da ciência, mas apegar-se a erros do passado é característico do pensamento dogmático, seja religioso ou esotérico. Isso não quer dizer, bem entendido, que não possa haver valor espiritual ou ético nos ensinamentos espíritas, teosóficos ou cristãos de qualquer corrente. Apenas tais doutrinas não podem reivindicar validação científica para suas supostas revelações. Quem se identifica seus valores e tem fé neles, que esteja à vontade, mas saiba separá-los das alegações científicas e históricas que vêm no mesmo pacote.”
    http://www.cartacapital.com.br/cultura/errar-e-cientifico-insistir-no-erro-e-esoterico/

  565. Marciano Diz:

    Toffobus Diz:
    SETEMBRO 24TH, 2013 ÀS 21:30
    “Depois não houve mais edições das novas obras de CX pela FEB. Teria Wantuil de Freitas algo a ver com isso?”
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    Mystère et boulle de gomme.
    .
    Montalvão,
    Eu já tinha citado Pearl Harbor antes, em conversa com o Guto.
    .
    Você disse:
    .
    “Quando isso acontecer, nenhum instrumento de repressão e regularização será necessário: polícia, leis, políticos, juízes, advogados (cuidado, Marciano e Larissa), promotores…”
    .
    Montalva,
    Eu iria vender dragão chinês na praia na maior felicidade, se essas profissões não fossem necessárias.
    .
    Pelo avançado da hora, não vou me estender sobre seus comentários e no texto que reproduziu, só quero acrescentar que o espiritismo apostou alto na vida em outros planetas e se deu mal.
    Agora, o jeito é apelar para a imaginação.
    A mesma coisa aconteceu com a barafunda de livros adulterados que se convencionou chamar de bíblia, sem falar que não existem coletâneas de livros religiosos unânimes ( a ICAR tem vários livros que foram expurgados como apócrifos pelos protestantes, por exemplo) e que cada tradução diz uma coisa diferente. Além do fato de que o que se chama de bíblia é uma tradução de tradução de tradução.
    O gênese bíblico, que Rivail pretendeu corrigir, é cheio de maluquices e de apostas perdidas também.
    .
    Na realidade (não vou discutir isto aqui no blog) os planetas rochosos internos não têm satélites (Fhobos e Deimos são asteróides capturados e a Lua forma um planeta duplo com a Terra). Não estou defendendo Flammarion, ele desconhecia completamente Fhobos e Deimos.
    .
    A única coisa de que não gostei no belo texto que reproduziu foi a alusão a “supostos marcianos”. Estão duvidando da minha existência?

  566. Gorducho Diz:

    Chico deixou de editar obras pela FEB por conta daquele evento com os americanos. Não teve nada a ver com o Wantuil.
     
    !? O Presidente não era o Wantuil?

  567. Gorducho Diz:

    Advanced Higher Biology quiz para o Professor:
    Ganóides, teleósteos, arquegossauros e labirintodontes culminaram nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior.
     
    ( ) a assertiva é verdadeira;
    ( ) a assertiva é falsa.
    Justifique (maximum 2000 characters)
    ___________________________________________________________________

  568. Marcos Arduin Diz:

    “O gênese bíblico, que Rivail pretendeu corrigir, é cheio de maluquices e de apostas perdidas também.”
    – As correções do Kardec também são cheias de apostas perdidas, já que o que tinha à sua disposição eram os conhecimentos científicos de sua época. Foi uma vã tentativa de salvar os créditos da “Palavra de Deus”, fazendo os dias criativos de Gênese se encaixarem na parca estratigrafia da sua época. Hoje QUALQUER tentativa de encaixar os eventos de Gênese aos períodos geológicos é bobagem. Os testemunhas de jeová, que por serem criacionistas de longo prazo há um bom tempo, diziam que a ordem dos eventos havia sido CONFIRMADA pela Ciência. Baita duma balela. Tanto que reconheceram isso. Hoje dizem que os eventos citados em Gênese não eram estanques, ou seja, as plantas foram criadas no terceiro dia, mas CONTINUARAM sendo criadas nos dias seguintes (quer dizer: reconheceram que há plantas mais recentes do que animais no registro geológico).
    Sobre a Bíblia, há apenas uma verdade incontestável: ela é como uma velha rabeca que toca qualquer toada.
    .
    “O Presidente não era o Wantuil?”
    – Ao que parece, o Wantuil estava muito mal das pernas na ocasião. A FEB tem mais de um vice presidente e ao que parece o Alessandro Assis era o comandante na ocasião. Quis se candidatar a presidente, mas havia um ambiente muito trevoso naquele ano e ele acabou desistindo e o Francisco Thiessen assumiu. Embora rustenista roxo, mudou as coisas por lá e até o Luciano dos Anjos e outros acabaram deixando a FEB.
    .
    “E aí, Professor: os ganóides, teleósteos, arquegossauros e labirintodontes culminaram nos grandes lacertinos; ou não?”
    – Não. A afirmativa está errada.
    .
    “nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios,”
    – As aves não são descendentes dos pterossauros.

  569. Larissa Diz:

    Arduin, só por curiosidade: Pq você ainda é espírita? Ou não é e eu entendi errado?

  570. Marciano Diz:

    Larissa,
    eu acho que o Arduin não é mais espírita, mas ainda não sabe.
    Ele (honestamente, diga-se) reconhece um monte de maluquices e de desonestidades no espiritismo, mas tenta salvar a louca doutrina de qualquer maneira.
    Acho que ele não suporta a ideia de que tudo aquilo em que sempre acreditou é uma fantasia e que foi enganado o tempo todo.
    .
    Vou cutucar uma casa de marimbondos com vara curta agora.
    Eu acho que com o Vitor ocorre algo semelhante.
    O cérebro do Vitor está configurado de forma tal que ele não consegue desvencilhar-se do pensamento mágico. Deve ser a falta de libre arbítrio que ele tanto defende. Ocorre que o Vitor é uma pessoa inteligente, estudiosa, curiosa.
    Sua inteligência e os conhecimentos que foi adquirindo ao longo da vida tornaram-se incompatíveis com as crendices do espiritismo. Ele caiu fora, ficou com mágoas das pessoas que o engaram por tanto tempo, mas não conseguiu abandonar o pensamento mágico. Passou, então, a acreditar em fenômenos paranormais, os quais defende com o mesmo brilhantismo com que Arduin defende o espiritismo.
    É apenas uma hipótese.
    Na verdade, os dois me deixam muito intrigados. Se fossem loucos e maus, como o falso fraterno, eu entenderia, mas são pessoas bastante racionais e de boa índole.
    É um fenômeno psicológico que muito me intriga.

  571. Marcos Arduin Diz:

    De Morte e Larissa
    Sim, ainda continuo espírita. Pensam vocês que por eu reconhecer a existência de desonestidades e maluquices, eu teria a obrigação, caso inteligente fosse, de abandonar o Espiritismo.
    .
    Não sei a idade do ilustre casal, mas devo lhes dizer que já sou suficientemente velho nos meus 55 anos. Só a velhice não conta, pois é preciso acrescentar aí a maturidade de análise, reflexão, casar os correspondentes, etc e tal, coisas que aprendi em minha formação científica.
    .
    Se desonestidades e maluquices fossem elementos que levassem uma pessoa de formação científica a abandonar o Espiritismo, então elas seriam o suficiente para que eu também abandonasse a minha carreira científica e fizesse outra coisa para ganhar a vida.
    Afinal na ciência sobram maluquices. Houve um tempo que cientificamente estava provado que havia raças superiores e raças inferiores. Houve um tempo que se tratavam doenças venéreas com permanganato a 2%. E quanto a desonestidades, citei aqui o Cyril Burt. Procure na internet o livro A Impostura Científica em 10 Lições.
    .
    Então, ilustre casal, a idade e a prática do pensamento científico fez-me ver que não é por conta de burrices e falcatruas que devo julgar o conteúdo de uma doutrina. Pode haver partes podres? Pode sim. Mas, tal como acontece na Ciência, há partes boas? Sim, há.
    .
    A Doutrina Espírita apresenta-me um horizonte moral que não encontro em nenhuma outra filosofia ou religião. Se isso me satisfaz, por que devo me incomodar com os insatisfeitos?

  572. Montalvão Diz:

    Marcos Arduin Diz: “O gênese bíblico, que Rivail pretendeu corrigir, é cheio de maluquices e de apostas perdidas também.”
    – As correções do Kardec também são cheias de apostas perdidas, já que o que tinha à sua disposição eram os conhecimentos científicos de sua época.
    .
    COMENTÁRIO: ué, pensei que, para os seguidores, Kardec tinha a sabedoria dos espíritos a assessorá-lo… Vejo que há luminares ao fim do túnel: reconhecido que a doutrina proveio da cabeça de Rivail… já era tempo…
    .
    Em breve: finalmente arduindimitido: materializações de espíritos ou de coisas non eczistem…
    .
    Falou o profeta MOi…

  573. Gorducho Diz:

    É como eu já teorizei: o Professor tem enraizados laços de amizades desde décadas, sente-se membro duma comunidade (aliás muitos estudiosos dizem ser este um dos maiores benefícios que a Religião traz a seus adeptos).
    É difícil e talvez desnecessário romper com isso. A pessoa sente-se bem num meio. Qual o ganho que teria rompendo com o? Pergunto-me…

  574. Gorducho Diz:

    Ideologicamente, ele filia-se aos dissidentes de ’66 [Revue, maio]:
    Os Espíritos que se comunicam não são senão Espíritos ordinários, que, até hoje, não nos ensinaram nenhuma verdade nova, e que provam a sua incapacidade não saindo das banalidades da moral. O critério que se pretende estabelecer sobre a concordância de seu ensino é ilusório, por força de sua insuficiência.

  575. Gorducho Diz:

    [Revue, maioavril]:
    Les Esprits qui se communiquent ne sont que des Esprits ordinaires qui ne nous ont, jusqu’à ce jour, appris aucune vérité nouvelle, et qui prouvent leur incapacité en ne sortant pas des banalités de la morale. Le critérium que l’on prétend établir sur la concordance de leur enseignement est illusoire, par suite de leur insuffisance.

  576. Larissa Diz:

    Arduin, eu tenho 34 anos. Perguntei sem malícia, acredite. Eu, de fato, não tinha entendido. De qqer jeito, posso te dizer com toda a tranquilidade que a moral espírita é muito semelhante à mahikari em diversos aspectos. Posso te falar com a autoridade de quem passou 14 anos estudando ambas religiões.
    .
    Honra ser comparada/casada ao marciano pela segunda vez no dia. Discordo dele em muitas coisas, mas ele é, certamente, muito inteligente.
    .
    Eu, frívola assumida, tento aprender com vosoutros, quando fazem a caridade de responder minhas perguntas.
    .
    Preciso encerrar minha participação no fórum hj, pq tenho q terminar de escrever um projeto sobre soberania alimentar (patentearam até a mandioca, vc acredita?) e depois vou participar do aimorridesungabranca e dar minha opinião de especialista sobre o casamento de Naldo e mulher Moranguinho. #bafo

  577. Guto Diz:

    Montalvão e outros, por que vocês precisam taxar as pessoas. Analista/Poderoso/Mentiroso/Desonesto e tantas outras coisas… Por que não sou só o Guto? Ou então, meu IRMÃO GUTO? Esse sim eu gosto e gera um pequeno laço entre nós. Vamos aprender uns com os outros a SERMOS IRMÃOS? A desejar coisas boas para a vida uns dos outros? Deixo aí um pedido. Abraços fraternais a TODOS! Valeu!

  578. Guto Diz:

    Montalvão Diz:
    setembro 25th, 2013 às 00:22
    Guto Diz: Montalvão Diz: […]
    Pode me passar a sua fonte? Obrigado.
    COMENTÁRIO: posso fazer melhor, pegue o artigo inteiro, segue a seguir:“Errar é científico, insistir no erro é esotérico
    Antonio Luiz M. C. Costa
    ===/===/===/===/===/===/===/===/===/===/===/===/===
    Meu caro Montalvão, você poderia me ajudar a conhecer melhor o autor, o senhor Antonio Luiz M. C. Costa. Aonde que eu conseguiria informações a respeito dele. Do que ele faz. Acredito que, não é pelo fato de estar num artigo de revista seja a palavra final. Contudo, ele pode estar certo. Verei, se você puder me ajudar. Agradeço a atenção. Abraço e Valeu!

  579. Marciano Diz:

    Arduin,
    Eu nunca ignorei sua inteligência. Ao contrário, vivo rendendo homenagens a ela e até já te pedi dicas sobre história do espiritismo e sobre biologia.
    Foi justamente por reconhecer sua inteligência, honestidade e sabedoria que ousei a hipótese do comentário anterior.
    .
    Eu e a Larissa não somos um casal, apenas comentamos no mesmo blog, como você e outros também.
    E nem estamos perfeitamente alinhados nos nossos pensamentos, a Larissa acredita em deus, Jesus, etc.
    .
    Se quiser satisfazer mais essa curiosidade minha, diga-me o que aconteceu primeiro em sua longa vida, o espiritismo (ou qualquer outra forma de religião) ou a ciência.
    Estou perguntando se formou-se em biologia antes ou depois de ingressar no espiritismo.
    .
    Posso estar enganado, mas acredito que, proporcionalmente, o número de desonestos na religião (Macedo, R. R. Soares, Valdemiro Santiago, Malafaia, cx, Divaldo, Sai Baba, Jim Jones, Billy Graham, etc.) é muito maior do que na ciência, onde há desonestos também (não estou lembrando dos nomes e estou com preguiça de consultar), como o autor da farsa do homem de Piltdown, os da fusão a frio, dos neutrinos mais velozes do que a luz (esse pediu demissão, não sei se foi erro ou desonestidade).
    .
    Eu li recentemente o livro indicado, o Vitor mesmo o disponibilizou.
    .
    Homeopatia, acupuntura e outras baboseiras convivem bem com ciências, encontram respaldo em universidades e estudo.
    Só falta você me dizer que acredita em tais coisas também.
    Aliás, outra aposta que os espíritas perderam foi a homeopatia.
    Ih, ia esquecendo do esperanto. “Presita in Bresilo”.
    .
    Na ciência as partes podres são poucas e a maioria dura pouco tempo. Nas religiões (são muitas, porque são legiões), as partes podres são praticamente tudo e, infelizmente, parece que duram para sempre, vão sempre se adaptando.
    .
    Eu acredito que você teria a mesma honestidade e caráter moral que tem se fosse completamente descrente, parece-me uma questão de seleção natural (alguma influência da criação familiar também). Estarei errado? Espero que não, eu te admiro, cara.
    .
    Gorducho,
    Torcer por um time de futebol também traz essa sensação de pertencer a um grupo (só um exemplo). Pode ser saudável ou nocivo, da mesma forma que as religiões.
    A propósito, eu também não acredito em futebol (só se for para jogar, mas desisti há muito).
    .
    Larissa,
    Também me sinto honrado em ser confundido com você, acho-a bastante inteligente. Quanto ao casamento, aí complica. Quem sabe um namoro descompromissado? (brincadeirinha, pra relaxar).

  580. Marciano Diz:

    Guto, eu já aceitei sua fraternidade faz tempo.
    Tenho buscado ser cortês com você, apesar de nossas discordâncias no campo das ideias.
    .
    Quanto à fonte, cuidado para não julgar o autor do artigo (Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa) por ser quem é, e não por suas ideias bem fundamentadas.
    Ele é escritor e jornalista.
    Também gosta de filosofia, como você. Chegou a formar-se em filosofia.
    Tem um monte de livros publicados.

  581. Guto Diz:

    Marciano, quando peço informações sobre quem escreveu, seria equivalente no cristianismo a verificar quem é aquele que profetiza. O que ele fala e faz coincidem? Suas palavras contradizem o Cristo? Uma vez provado, podemos dar crédito! É por aí que penso. Não devo mais tirar conclusões precipitadas, como fiz com o Vitor! Tenho que aprender com os meus erros e buscar não errar novamente. Abraço!

  582. Gorducho Diz:

    Torcer por um time de futebol também traz essa sensação de pertencer a um grupo (só um exemplo). Pode ser saudável ou nocivo, da mesma forma que as religiões.
     
    Pertencer a qualquer grupo unido por interesses comuns porém sem anonimato, i.e., a pessoa sentido-se integrada e participante. A psicologia é análoga. Aí, a qual grupo a pessoa vai se integrar depende da psicologia de cada um, ou seja, sentir-se bem, aceito, útil e reconhecido pelo grupo.

  583. Gorducho Diz:

    Qualquer grupo cujas atividades sejam saudáveis, claro.

  584. Gorducho Diz:

    No caso da informação referente aos “lacertinos” e aves vs pterossauros, ela foi confirmada aqui, acima, pelo Professor.

  585. Gorducho Diz:

    (…)seria equivalente no cristianismo a verificar quem é aquele que profetiza.
     
    Como é que se vai verificar um Profeta? Só se pode verificar se a profecia foi verdade ou não, após o evento profetizado supostamente dever ter ocorrido.

  586. Gorducho Diz:

    (…)seria equivalente no cristianismo a verificar quem é aquele que profetiza.
     
    Como é que se vai verificar um Profeta? Só se pode verificar se a profecia foi verdade ou não, após o evento profetizado supostamente dever ter ocorrido.

  587. Guto Diz:

    Os profetas não só faziam profecias das coisas que haveriam de acontecer, mas, principalmente, falavam sobre inspiração divina ou em nome de Deus. Abraço!

  588. Guto Diz:

    Gorducho, falando sobre futebol, hoje tem que dar FOGÃO, FOGÃO, FOGÃO! Rsrsrs. VALEU!

  589. Guto Diz:

    É gooooooooooooool! Do FOGÃO, FOGÃO, FOGÃO!

  590. Marciano Diz:

    Guto, meu irmão, cuidado com o fanatismo no futebol.
    Isso é só uma válvula de escape.
    É até saudável assistir a uma partida de futebol (principalmente jogar futebol), ansiar pela vitória de um time que escolhemos aleatoriamente (poderia ser qualquer outro, ou nenhum, como no meu caso).
    O que não é saudável é projetar a ansiedade e as frustrações num mero jogo (ludus significa jogo ou brincadeira, jouer pode ser brincar ou jogar, play também tem os dois significados, assim como giocare, spielen, jugar). Isso é apenas uma brincadeira, não é para ser levado a sério demais.
    Você pode “play chess”, “play oboe”, “play hopscotch” or “play the fool”. As duas primeiras são difíceis, as duas últimas são fáceis. Cuidado com a última.

  591. Guto Diz:

    AFI, meu caro.

  592. Marciano Diz:

    Para facilitar, eu quis dizer que não conheço outras línguas em que jogar e brincar tenham vocábulos diferentes, como no português (não estou dizendo que não existem).
    No comentário acima, a título de ilustração, coloquei os verbos brincar ou jogar em francês, inglês, alemão, italiano e espanhol, além do substantivo jogo ou brincadeira, em latim, para demonstrar que têm a mesma raiz dúbia em várias línguas. Mas é tudo uma brincadeira.
    Embora tudo seja “play”, tem uma grande diferença entre jogar xadrez, tocar oboé, brincar de amarelinha ou bancar o bobo.
    Divirta-se, só não se empolgue demais.
    A vida é muito mais do que futebol ou religião.
    Aquele abraço, no sentido de manifestação cultural de cumprimento afetuoso, sem qualquer implicação de religiosidade ou outras coisas terminadas com os sufixos “idade” ou “ismo”.

  593. Marciano Diz:

    Guto Diz:
    SETEMBRO 25TH, 2013 ÀS 22:21
    Os profetas não só faziam profecias das coisas que haveriam de acontecer, mas, principalmente, falavam sobre inspiração divina ou em nome de Deus.
    .
    Segundo o Houaiss, profecia (a arte dos profetas) pode ser:
    “1 predição do futuro, que se crê de inspiração divina; vaticínio
    Ex.: as p. do Antigo Testamento
    2 predição feita por indivíduo que pretende saber ler o futuro; previsão
    Ex.: esse adivinho faz p. assustadoras
    3 Derivação: por extensão de sentido.
    anúncio de um acontecimento futuro, feito por conjetura
    Ex.: não dá para crer em profecias dos economistas”

    Segundo a Wikipédia,
    “Profecia é um relato, religioso ou não, no qual se afirma prever acontecimentos futuros.
    Quando tem origem religiosa, tais relatos afirmam que a origem da previsão pode ser visões, sonhos ou até mesmo encontros com um ser sobrenatural, sendo considerados como mensagens divinas. Aqueles que afirmam obter as revelações são, muitas vezes, chamados de profetas. A maior parte das grandes religiões tem relatos de profecias.”
    .

    Para a religião, a missão do profeta não é só predizer o futuro, mas também falar em nome de uma divindade.
    O grande problema é que divindades não existem.
    Sendo assim, o profeta ou é um louco ou um espertalhão.
    Por falar nisso, sonhei que Kal-el (mais conhecido como Clark Kent) mandou que eu avisasse a todos que Lex Luthor vai dominar o mundo em breve.
    Serei eu um profeta?
    .
    Os antigos “profetas” tinham muito poder político, grande autoridade mesmo sobre monarcas.
    Tinha profeta na antiga Grécia, no antigo Egito, entre os Hebreus (deve ser nestes que Guto acredita).
    .
    A grande malandragem da profecia, assim como da mediunidade, é dizer coisas vagas e imprecisas, depois fica fácil ajeitar tudo para mostrar que as profecias se concretizaram.
    .
    Falar em nome de divindades também é fácil, ninguém vai conferir mesmo, elas não existem, só se manifestam para os malandros dos profetas.
    Alguns chegam a fundar novas religiões.

  594. Marciano Diz:

    Guto ficou no 1×1 e foi dormir de cabeça quente.

  595. Marcos Arduin Diz:

    Caros de Morte e Larissa, eu os chamei de casal apenas por entender que se tratavam de um homem e uma mulher. Se dei a entender que pensava serem casados um com o outro, então desculpem a minha falha de comunicação. Isso não me passou pela cabeça.
    .
    “COMENTÁRIO: ué, pensei que, para os seguidores, Kardec tinha a sabedoria dos espíritos a assessorá-lo… Vejo que há luminares ao fim do túnel: reconhecido que a doutrina proveio da cabeça de Rivail… já era tempo…”
    – Malvadão, sim, Kardec tinha a sabedoria dos espíritos para assessorá-lo. O problema é: quão sábios eram esses espíritos? No próprio LE está dito que os espíritos não sabem tudo e que NÃO PODIAM fornecer conhecimentos já prontos e acabados, nem inventos mirabolantes e plenamente finalizados. A Ciência era um trabalho DA GENIALIDADE HUMANA. Se tudo o que precisássemos saber, bastasse perguntar aos espíritos, por esse preço, qualquer grande gênio intelectual esquerdista burro (com o perdão pelo pleonasmo) se tornaria um sábio.
    .
    Portanto, meu caro, Kardec, como ele próprio anunciou, os espíritos que nos cercam são aqueles mesmos que animaram os humanos que aqui viveram. Não se ficaram nem mais geniais, nem mais morais só por conta de não terem mais corpo físico. Daí então nada mais poderiam nos revelar do que por aqui já se sabia.
    .
    Por isso mesmo eu chamo de Ciência Espírita aquilo que está restrito à pesquisa mediúnica. Espíritos falando de coisas sem nos indicar nada pelo qual se possa verificar pelo experimental científico é só FICÇÃO CIENTÍFICA (e não é das melhores).
    .
    “posso te dizer com toda a tranquilidade que a moral espírita é muito semelhante à mahikari em diversos aspectos.”
    – Bem, nunca ouvi falar desta “mak” aí, mas o Kardec mesmo já dizia que o Espiritismo não era uma “absoluta novidade” e sim que incorporava princípios universais, já ditos por vários outros em tempos idos e passados. Não me consta que os espíritas, ao menos os que têm bom senso, se incomodem por haver semelhanças de pontos de vista em outras doutrinas.

  596. Gorducho Diz:

    Por isso mesmo eu chamo de Ciência Espírita aquilo que está restrito à pesquisa mediúnica. Espíritos falando de coisas sem nos indicar nada pelo qual se possa verificar pelo experimental científico é só FICÇÃO CIENTÍFICA (e não é das melhores).
     
    Ah! Progresso!
    Só que pesquisa mediúnica non ecziste portanto Ciência Espírita non ecziste. Vamos organizar pesquisas então?

  597. Larissa Diz:

    Arduin: Caros de Morte e Larissa, eu os chamei de casal apenas por entender que se tratavam de um homem e uma mulher. Se dei a entender que pensava serem casados um com o outro, então desculpem a minha falha de comunicação. Isso não me passou pela cabeça.
    EU: Beeem, homens com homens e mulheres com mulheres também formam casais. Minhas idéias “casam” mais com as do Biasetto que com do Marciano se vc quer saber. Eu sou teísta e acendo velas para Ganesha. O Marciano é ateu e ora arduamente para a lei da gravidade. Mas entendi o que vc quis dizer 🙂
    .
    Arduin: – Malvadão, sim, Kardec tinha a sabedoria dos espíritos para assessorá-lo. O problema é: quão sábios eram esses espíritos? No próprio LE está dito que os espíritos não sabem tudo e que NÃO PODIAM fornecer conhecimentos já prontos e acabados, nem inventos mirabolantes e plenamente finalizados. A Ciência era um trabalho DA GENIALIDADE HUMANA. Se tudo o que precisássemos saber, bastasse perguntar aos espíritos, por esse preço, qualquer grande gênio intelectual esquerdista burro (com o perdão pelo pleonasmo) se tornaria um sábio.
    EU: Se os espíritos são humanos e não detem conhecimentos superiores a de seus pares encarnados então: 1 – O espiritismo não tem utilidade nenhuma como revelação e 2 – O espiritismo é apenas mais uma religião baseada na fé cega como tantas outras.
    .
    Arduin: Portanto, meu caro, Kardec, como ele próprio anunciou, os espíritos que nos cercam são aqueles mesmos que animaram os humanos que aqui viveram. Não se ficaram nem mais geniais, nem mais morais só por conta de não terem mais corpo físico. Daí então nada mais poderiam nos revelar do que por aqui já se sabia.
    EU: Revelar é trazer à luz algo novo. Se eles em nada foram capaz de inovar e 99,999% das revelações científicas foram falseadas pela ciência moderna, então trata-se de embuste, consciente ou inconsciente. Mais uma vez voltamos ao ponto de partida da fé cega mais conhecida como religião. Olha que coisa maluca :”As condições em que se efetuou a desagregação da Lua pouco lhe permitiram afastar-se da Terra e a constrangeram a conservar-se perpetuamente suspensa no seu firmamento, como uma figura ovóide cujas partes mais pesadas formaram a face inferior voltada para a Terra e cujas partes menos densas lhe constituíram o vértice, se com essa palavra se designar a face que, do lado oposto à Terra, se eleva para o céu. É o que faz que esse astro nos apresente sempre a mesma face. Para melhor compreender-se o seu estado geológico, pode ele ser comparado a um globo de cortiça, tendo formada de chumbo a face voltada para a Terra.
    Daí, duas naturezas essencialmente distintas na superfície do mundo lunar:
    uma, sem qualquer analogia com o nosso, porquanto lhe são desconhecidos os corpos fluidos e etéreos (perpetuamente voltada para a Terra, sem águas e sem atmosfera, a não ser, aqui e ali, nos limites desse hemisfério subterrestre );
    a outra, leve, relativamente à Terra, pois que todas as substâncias menos densas se encaminharam para esse hemisfério (rica de fluidos, perpetuamente oposta ao nosso mundo). (1)
    [38 – capítulo VI página 120 item 25 ] – Allan Kardec – A Gênese – 1868″
    .
    Arduin: Por isso mesmo eu chamo de Ciência Espírita aquilo que está restrito à pesquisa mediúnica. Espíritos falando de coisas sem nos indicar nada pelo qual se possa verificar pelo experimental científico é só FICÇÃO CIENTÍFICA (e não é das melhores).
    EU: De acordo. O problema é que, até hoje, o fenômeno mediúnico não se demonstrou objetivamente autêntico. A mediunidade nos centros espíritas é interpretada de forma subjetiva.
    .
    “posso te dizer com toda a tranquilidade que a moral espírita é muito semelhante à mahikari em diversos aspectos.”
    – Bem, nunca ouvi falar desta “mak” aí, mas o Kardec mesmo já dizia que o Espiritismo não era uma “absoluta novidade” e sim que incorporava princípios universais, já ditos por vários outros em tempos idos e passados. Não me consta que os espíritas, ao menos os que têm bom senso, se incomodem por haver semelhanças de pontos de vista em outras doutrinas.
    EU: Não é, de fato, verdade absoluta e tem se provado, paulatinamente, uma mentira. Essa é a maior semelhança com a Mahikari – a Mahikari é piorada, confesso. Quando eu tentei sair da mahikari pela primeira vez, arrumei um monte de desculpas para ficar, como ” a luz de Deus é incontestável”, “não é possível que tantas pessoas se enganem”, “e se for verdade”, etc., mesmo sem nenhuma evidência. Até que cheguei a obra de Steve Hassan (ele é controverso, mas há informações interessantes) sobre controle mental nas religiões…
    .
    EU: Então, o que nos leva a defender algo deste jaez mesmo com todas as evidências contra? É o espiritismo nas lacunas…..

  598. Marciano Diz:

    Arduin,
    nem eu nem a Larissa ficamos aborrecidos com o fato de sermos chamados de casal.
    Se prestar atenção nas nossas respostas, verá que até gostamos.
    Eu só disse que casamento não está nos meus planos nos próximos 500 anos. Já um namoro, se não fosse o fato de eu morar no Rio e ela em Brasília, seria uma ideia interessante, pelo menos intelectualmente estamos bem afinados, salvo o fato de Larissa ainda acreditar em algumas coisas supranaturais.
    .
    Arduin,
    você passou batido, fiquei sem saber se não quer falar sobre o assunto ou se não viu minhas perguntas.
    Volto a fazê-las:
    .
    Se quiser satisfazer mais essa curiosidade minha, diga-me o que aconteceu primeiro em sua longa vida, o espiritismo (ou qualquer outra forma de religião) ou a ciência.
    Estou perguntando se formou-se em biologia antes ou depois de ingressar no espiritismo.

    .
    Homeopatia, acupuntura e outras baboseiras convivem bem com ciências, encontram respaldo em universidades e estudo.
    Só falta você me dizer que acredita em tais coisas também.
    Aliás, outra aposta que os espíritas perderam foi a homeopatia.
    Ih, ia esquecendo do esperanto. “Presita in Bresilo”.
    ,
    Eu acredito que você teria a mesma honestidade e caráter moral que tem se fosse completamente descrente, parece-me uma questão de seleção natural (alguma influência da criação familiar também). Estarei errado? Espero que não, eu te admiro, cara.

    .
    .
    Larissa, eu oro para a lei da gravidade só porque tenho medo de sair em disparada pelo universo, sem destino certo, quando todos os meus interesses estão em Marte e na Terra.
    Já que você se alinha com o Biasetto, pergunte a ele sua opinião sobre os esquerdistas. Ele era espírita, deixou de ser, está no caminho do materialismo puro, mas ainda tem umas ideias meio esquerdistas. É meu amigo, mas ficou furioso comigo porque mandei um glossário para entender petistas que ele considerou ofensivo aos nossos progressistas governantes.

    Alguns verbetes que aborreceram o Biasetto:
    “ALIENADO” = Alguém que acredita que o Brasil não tem segurança pública decente, que o Brasil não vai crescer, que o desemprego nestepaiz é alto e que o governo petista é corrupto.

    “AÇÃO AFIRMATIVA” = Ações com o objetivo de impedir que “AFRO BRASILEIROS” tenham uma educação de verdade e subam na vida com seu próprio talento. Além de criar a idéia revanchista de que “AFRO BRASILEIROS” tem que viver às custas de outras etnias só porque os tataravôs foram escravizados.
    “ANISTIA” = Perdão a guerrilheiros que tentaram implementar o totalitarismo comunista no País acompanhado de uma grande mamata financeira de grandes valores e paga pelo contribuinte. Esta foi concedida aos “PERSEGUIDOS POLÍTICOS” quando muitos dos companheiros destes “PERSEGUIDOS POLÍTICOS” chegaram ao poder. Tem como objetivo a realização do grande sonho dos “PERSEGUIDOS POLÍTICOS”que é o de ganhar dinheiro sem trabalhar.

    “BURGUÊS” = Indivíduo que conseguiu subir na vida sem a ajuda do estado.

    “BURGUESIA” = Grupo de indivíduos que não precisam do estado para sobreviver sendo imunes à dominação governamental para ressentimento de socialistas e populistas no poder.

    “CAMARADA DE ARMAS” – ex-terrorista, ex-assaltante de banco, ex-guerrilheiro, ex-sequestrador, ex e atual traidor de seu país. Governando, distribui polpudas indenizações aos comparsas marginais. Ao mesmo tempo, rouba das famílias dos mortos por eles o que lhes é devido (Ver “Mario Kozel” no Google). Sinonímia: covarde, terrorista, gângster, comunista, amigo de ditadores, arautos do genocídio, “PROGRESSISTAS”.

    “CANDIDATO DE ESQUERDA” = Candidato antidemocrático, stalinista, trotskista.

    “CANDIDATO DE CENTRO” = Candidato de esquerda.

    “CANDIDATO DE DIREITA” = Candidato de centro ou fisiológico.

    “CANDIDATO DE ULTRADIREITA OU FASCISTA” = Candidato com um pouco de tendências liberais.
    “CAPITALISMO” = Sistema econômico onde a pessoa precisa trabalhar e investir para ganhar dinheiro para desespero do esquerdista que quer só ganhar dinheiro.

    “CIDADANIA” = Obediência total e incondicional a um monte de leis feitas por políticos e burocratas por mais absurdas, esdrúxulas e autoritárias que elas sejam.

    “CIDADÃO” = Indivíduo que acredita que o estado deve resolver todos os seus problemas.
    “COMPANHEIRO” = Quase sempre tão vagabundo quanto seus amigos de militância, ex-maconheiro na faculdade (se é que fez alguma), quase jubilado, “Lombardi” (nunca aparece), lustrador de carteira. Se for operário, quase sempre é incompetente (perder dedo em torno,etc). Quando vai trabalhar(?), reclama de tudo… Quando é demitido, continua reclamando e ainda usa o pontapé do patrão como desculpa para a vadiagem.

    “COMUNISMO” = Sistema totalitário de governo que assassinou mais de 100.000.000 de pessoas no século XX. Não é preciso dizer mais nada.

    “CONQUISTAS SOCIAIS” = Mamatas de empregados (sobretudo burocratas do estado), que fazem assalariados ganharem cada vez mais e trabalharem cada vez menos resultando assim em MAIS impostos, MAIS custos para produtos e serviços e MAIS oferta de empregos na China.
    “CONSERVADOR” = Qualquer indivíduo não engajado em causas ecológicas, raciais, umbandistas, sindicais, humanistas, pacifistas, abortistas, feministas, gays, socialistas e anti-globalização.

    “CORRUPÇÃO” = É quando um político NÃO PETISTA ou não esquerdista rouba.

    “COTAS” = Forma simulada de preconceito pra chamar os beneficiados de incompetentes.

    “CRIMINALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS” = Alguém finalmente descobrir que os “MOVIMENTOS SOCIAIS” cometem crimes como invasões, depredações, saques, roubos e extorsões.

    “CRISE DO CAPITALISMO” = Onda de desemprego e estagnação econômica em alguns países de Europa Ocidental e da América Latina causada por excesso de impostos, leis trabalhistas, benefícios sociais, burocracia e dirigismo estatal. A esquerda chama de crise do capitalismo porque NÃO É DO CAPITALISMO. Seria do capitalismo se a onda de desemprego fosse na China e nos tigres asiáticos, mas esses países vão muito bem obrigado.

  599. Marciano Diz:

    Larissa, perdão pelo equívoco, quem chamou esquerdista de burro foi o Arduin.

  600. Marciano Diz:

    Aliás e a propósito, uma coisa ainda mais misteriosa do que o sobrenatural é o fato de algumas pessoas, como Chico Buarque, por exemplo, burguês por natureza, vive da renda de venda de discos e dinheiro de família, tem muitas propriedades (seria latifundiário?), faz aplicações no mercado financeiro, em suma, o fato de pessoas que são a antítese da ideia socialista, se dizerem de esquerda e fazerem campanha eleitoral para a Dilma.
    Serem contra o fato de um colégio eleitoral eleger um general a cada quatro anos e a favor do Fodel, digo, Fidel ficar no poder desde 1959 até a saúde não mais o permitir, quando passa o poder por tempo indefinido para o irmão.
    Serem contra a censura na imprensa privada e a favor da inexistência de imprensa privada, só a oficial, como o Pravda, por exemplo, tornando absolutamente desnecessária qualquer censura.
    Serem contra alguns assassinatos disfarçados de desaparecimentos ou suicídio por enforcamento e a favor de execuções públicas em massa em paredões ou com tiros na nuca e ainda cobrarem a bala da família.
    Também considero um mistério o fato de tantos cubanos arriscarem e até perderem a vida tentando fugir para os Estados Unidos, assim como chineses morrerem em fundos falsos de containers tentando ingressar naquele país, e nenhum americano “fugir” para Cuba ou até para a distante e maravilhosa China.

  601. Larissa Diz:

    Depois dos 30 passei a orar para a impiedosa lei da gravidade e seus efeitos sobre meu corpitcho.

  602. Marciano Diz:

    Biasetto, não se esqueça de que continuamos amigos.
    Divergências ideológicas e sobre ciência/religião não implicam animosidade.
    Eu, o Nelson Thomé e acho que o Bernacchi conseguimos fazer com que você ficasse um pouquinho menos místico.
    Só estou tentando te afastar um pouquinho da falsa esquerda, do oportunismo socialista.

  603. Marciano Diz:

    Larissa,
    mude para Marte, lá a gravidade vai te prejudicar muito menos.
    Lá você pesaria aproximadamente 37% do que pesa aqui (algo semelhante ao que acontece quando você está submersa em água – a gravidade não deforma nada).
    De brinde, você ainda ganharia 37 minutos a mais por dia.
    Seria bem mais nova, teria quase a metade da idade, nossos anos são quase o dobro do ano terrestre.
    Nem tudo são flores em Marte, tenho de ser honesto. Há maior perigo de osteoporose, precisamos usar protetor solar o tempo todo, a gente fica sem fôlego à toa, você falaria com a voz mais grave, por causa da frequencia das ondas de som (ar muito rarefeito, com predominância de CO2).
    Mas eu acho que, no final das contas, vale a pena.
    O melhor de tudo é que lá não existem criminosos nem políticos.

  604. Marcos Arduin Diz:

    “Se os espíritos são humanos e não detem conhecimentos superiores a de seus pares encarnados então: 1 – O espiritismo não tem utilidade nenhuma como revelação e”
    – Depende do tipo de revelação que você deseja ter. Se quer saber se há vida e como ela é em Júpiter ou em Capella, você só terá o mesmo que qualquer escritor de baboseiras de ficção científica diria. Idem para curas do câncer, AIDS, e invenções.
    Porém, se desejo saber se há continuidade de vida após a morte do corpo físico, aí não preciso de nenhum espírito ultra-sábio-superior para me revelar isso: basta que o espírito de um parente falecido meu fale através de um médium e diga coisas que só eu saberia ou que poderia constatar posteriormente e tivesse certeza de que o médium não teria como se informar a respeito.
    Nisso o Espiritismo bate de um milhão a zero as tradicionais e numerosas outras religiões, já que elas, que pregam a continuidade da vida após a morte, na hora de nos trazer as provas dessa continuidade, são da mais lamentável indigência.
    .
    “2 – O espiritismo é apenas mais uma religião baseada na fé cega como tantas outras.”
    – O Espiritismo não é fé cega, pois prevê que aquilo que não está de acordo com os fatos, pode e deve ser renegado. É o que eu faço. Agora se há espíritas ou pseudoespíritas que querem ser cegos voluntários… Faça-me um favor: não culpe o Espiritismo por eles.
    .
    Bem, de Morte. Vejamos o que é possível.
    “Se quiser satisfazer mais essa curiosidade minha, diga-me o que aconteceu primeiro em sua longa vida, o espiritismo (ou qualquer outra forma de religião) ou a ciência.”
    – O Espiritismo aconteceu primeiro. Só que desde o início busquei saber dele o que havia de caráter científico. Pouca coisa vi em Kardec e, quando me formei na USP em 1987, antes mesmo já tinha notado que o livro A Gênese era uma piada total, válido só mesmo para o século XIX. Foi só quando li o livro de Carlos Imbassahy, À Margem do Espiritismo, é que fui descobrir onde poderia tomar conhecimento do lado científico do Espiritismo que procurava.
    .
    “Estou perguntando se formou-se em biologia antes ou depois de ingressar no espiritismo.”
    – Nasci em família espírita, mas só fui me interessar pelo Espiritismo aos 17 anos. O tal lado científico do Espiritismo, só fui descobri-lo aos 38.
    .
    “Homeopatia, acupuntura e outras baboseiras convivem bem com ciências, encontram respaldo em universidades e estudo.
    Só falta você me dizer que acredita em tais coisas também.”
    – Não sei muito sobre homeopatia, exceto que há uma concordância dos especialistas de que as supostas curas atribuídas a ela são por efeito placebo.
    Quanto à acupuntura, os resultados são mais palpáveis e há estudos sérios a respeito. Não acho que há efeito placebo em animais. Eu tenho uma cachorra que sofreu um acidente que lhe causou uma ruptura na altura da rótula da pata esquerda. Não há cirurgia que dê jeito nisso e notamos que ela sente incômodo ou dor, tendendo a ficar mais deitada ou sentada de lado, já que não consegue ficar sentada reta devido ao problema na pata. Quando um veterinário faz uma aplicação de acupuntura nela, notamos uma considerável melhora.
    Minha mãe, depois de muitos berros com a dita cuja, também sente melhora em suas dores.
    Assim então não vou falar mal dela sem ter informações seguras em mãos.
    .
    “Aliás, outra aposta que os espíritas perderam foi a homeopatia.”
    – Quando foi mesmo a perda dessa aposta?
    .
    “Ih, ia esquecendo do esperanto. “Presita in Bresilo”.”
    – Nem sei do que se trata.
    .
    “Eu acredito que você teria a mesma honestidade e caráter moral que tem se fosse completamente descrente, parece-me uma questão de seleção natural (alguma influência da criação familiar também). Estarei errado? Espero que não, eu te admiro, cara.”
    – Nesse particular é um apoio à proposta reencarnacionista espírita. Kardec morria de medo do Materialismo, pois entendia que seu horizonte negativista da vida espiritual tornaria atraente apenas uma vida de prazeres sem compromissos. Seria uma chaga social caso se generalizasse. Mas a realidade o desmentiu. O povo americano, altamente cristão, não achava que houvesse algo de errado em dizer que preto é uma raça para o branco pisar em cima. Havia toda uma série de leis que tornavam a vida dos negros americanos um inferno na Terra. Pode ver, portanto, que ouvir embevecidamente os ensinamentos de Cristo nas igrejas não faziam dos brancos americanos pessoas que achassem que o “ame ao próximo como a ti mesmo” fosse algo além de vazias palavras.
    Já os escandinavos, apesar de ainda haver igrejas por lá, há uma alta porcentagem de materialistas. Nem por isso saem se matando uns aos outros em busca de uma vida mais rica e prazerosa.
    Faltou a Kardec considerar que se, se um espírito progrediu moralmente, então o fato de descrer em Deus e em vida após a morte, não o tornará um criminoso por conta disso.

  605. Marcos Arduin Diz:

    Dando uma olha nas velharias acima, apenas para não deixar algo apontado a mim sem resposta.

    “Um prosélito de valor, mas um prosélito apenas. As defesas que faz de episódios como o EEG de CX”
    – Ex-Toffado, não entendi o que quer dizer com “defesa do EEG do Chico Xavier”. Tanto quanto me lembre, não fiz defesa alguma. Eu apenas coloquei um texto do Quemedo, onde ele desonestamente (para variar) transcreve de forma deturpada o que disse um médico e paranormalista. Depois coloquei os textos originais, da fonte de onde Quemedo tirou e deturpou um deles. Só isso. Quanto ao resto, meu caro, eu já disse que nem sei se esse EEG é do Chico mesmo ou se é de algum epilético qualquer e alguém andou dizendo por aí que era do Chico e encontrou patetas que acreditaram na pataquada. Conforme já disse, o exame pertence AO PACIENTE e não me consta que Chico andou distribuindo esse EEG por aí. O médico que fez o exame, por questão de ética médica, NÃO PODIA mostrá-lo a ninguém, nem dizer de quem era. Isso quanto ao EEG.
    .
    “e o episódio Hamilton (aquele jornalista que deu um endereço falso para consulta espiritual) são desalentadoras. Vejam só: ,i.O repórter Hamilton Ribeiro pediu aos espíritos uma receita para pessoa e endereço inexistentes. Chico Xavier psicografou: “Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe.”
    Hamilton encerra a sua reportagem perguntando: “O que pensar disso?”
    – A isso já respondi e não me consta ter sido refutado. José Hamilton pediu uma RECEITA para uma pessoa inexistente, residente em um endereço falso. E o que veio foi o texto acima. NENHUMA RECEITA. O que pensar disso? Pensar que foi uma mensagem endereçada ao próprio repórter.

  606. Marcos Arduin Diz:

    José Hamilton Ribeiro não me pareceu muito honesto na reportagem que fez para a Realidade de novembro de 1971. Deu pra notar uma certa tendência hostil ao Chico quando li o artigo. Para se ter uma ideia, ele não costuma dar muita margem quando a coisa seria favorável ao Chico.
    Como exemplo cito o caso do presidente da Federação Espírita do Paraná. Ele estava presente enquanto o Hamilton esteve lá e o repórter testemunhou esse evento:
    Chico chega até ele e diz:
    _ Sabe quem está aqui, cheia de emoção e desejosa de abraçá-lo? A sua mãe.
    O cara fingiu alegria, disfarçou e depois comentou junto ao repórter:
    _ Acho que Chico não está regulando bem. Disse que minha mãe está aqui querendo me abraçar, mas ela está viva lá em Curitiba.
    Foi ao chegar ao hotel lhe foi dada a notícia.
    Hamilton para por aqui. Não diz qual foi a notícia. Jefferson Benetton, que também deu comentários no texto que escrevi em resposta ao do Quemedo, mandou um email para a Federação Espírita do Paraná, citando a reportagem e se eles tinham o conhecimento de qual era essa notícia. E a resposta foi:
    _ A notícia foi a do falecimento da mãe do presidente da Federação logo depois que ele viajou para Uberaba. Chico portanto acertou em cheio.
    .
    Por que Hamilton não mencionou isso?

  607. Larissa Diz:

    Arduin: Nisso o Espiritismo bate de um milhão a zero as tradicionais e numerosas outras religiões, já que elas, que pregam a continuidade da vida após a morte, na hora de nos trazer as provas dessa continuidade, são da mais lamentável indigência.
    .
    Eu: Que provas o espiritismo nos trouxe? Quanto mais pesquiso as supostas evidências, mais indícios de fraudes encontro.
    .
    Arduin: O Espiritismo não é fé cega, pois prevê que aquilo que não está de acordo com os fatos, pode e deve ser renegado. É o que eu faço. Agora se há espíritas ou pseudoespíritas que querem ser cegos voluntários… Faça-me um favor: não culpe o Espiritismo por eles.
    .
    Eu: Então vamos jogar toda a parte científica no lixo e recomeçar do zero, porque nada ou muito pouco se aproveita, entrevistando novos espíritos. Peraê – se os espíritos falharam nas mais prosaicas afirmações à Kardec, quando estavam sob a coordenação de ninguém menos que “O espírito da verdade/Jesus”, por que confiariamos neles desta vez? Eu entendi e respeito seu ponto de vista, mas a proposta é formar um novo credo já as fundações do atual foram plantados em areia. E desmoronaram.

  608. Larissa Diz:

    Desconsiderem a crase do “à Kardec”, por favor.

  609. Marcos Arduin Diz:

    “ESTAS PARECEM SER AS ÚNICAS POSSIBILIDADES CONSIDERADAS POR HARRISON E VARLEY. Mas há claramente pelo menos uma outra, que o Sr. Hall sugere. Suponha que a médium foi fornecida de antemão com uma bobina de resistência com mais ou menos a mesma resistência que a de seu corpo juntamente com as ligações para a sua pele; (…) poder-se-ia esperar súbitas flutuações consideráveis em um sentido ou outro.”
    – Moisés, a minha queixa contra o pessoal cético, notadamente contra o Brookesmith, o Stephenson e o Thompson, é que esse pessoal ESPECULA MUITO e NÃO TESTA nenhuma dessas especulações. Aí tem-se o caso de uma suposta bobina com a mesma resistência do corpo da médium. Muito que bem, caso fossem pesquisadores sérios, primeiro cuidariam de saber se na época existiria alguma bobina nessas condições, que tornasse a fraude ao menos possível. Não me consta que tenham feito nada parecido. Se a bobina fosse de níquel cobre e os fios com grossura razoável para não se partirem facilmente (o que atrapalharia muito a médium), seria uma bobina GRANDE E PESADA. Se os fios fosse muito finos, podiam se partir facilmente e sua manipulação no escuro seria muito difícil.
    Mas então, em vista dessas dificuldades, digamos que ao menos o Stephenson que arrumara uma “Florence” toda sua lhe desse um resistor compatível com a resistência de seu corpo e ela tentasse a fraude. Ao menos se poderia tirar a dúvida sobre aquilo que o Broad especula no parágrafo sobre as flutuações de resistência.
    Mas não. Nada disso foi feito.
    .
    “[AGORA, ARDUIN E INTERESSADOS, CONSIDERE O PARÁGRAFO SEGUINTE] Infelizmente, (…) Tudo o que se pode dizer é que uma súbita e completa queda para zero por parte do galvanômetro no início de uma suposta materialização seria uma circunstância altamente suspeita.”
    – Moisés, o pessoal nem conseguia convencer seus pares de que o fenômeno existia, por mais controles que diziam usar. Eles eram PIONEIROS na coisa e aí tinham de pagar o preço do pioneirismo. O máximo que posso dizer é que a materialização poderia ser obtida com material por onde não passava a corrente elétrica (ela não ia passar por TODO o corpo) e por isso não haveria alteração na corrente. Admitindo que o espírito poderia escolher de onde queria retirar o material, certamente não iria tirá-lo de locais onde daria aos pesquisadores a suspeita de fraude. O questionamento feito por Broad é algo que talvez pudéssemos pensar hoje em dia.
    .
    “(i) Suponhamos que (…), sugeriria fortemente fraude do tipo suposto.”
    – Como eu disse, Moisés, o pessoal ESPECULA, mas NÃO TESTA. O Stephenson poderia ter feito isso com a sua Florence. Mas ele de cara cometeu um erro experimental: disse que a secagem dos mataborrões NÃO causava aumento de resistência, pois inclusive deixara alguns entre os contatos e só houve aumento de resistência quando estavam praticamente secos. Porém o teste deveria ser feito com a “Florence” e não com os mataborrões isolados.
    .
    “(ii) Suponhamos, ainda, que o galvanômetro defletor deverá permanecer constante, enquanto a materialização ostensiva está fora do gabinete, (…) manteria uma resistência constante, enquanto lá estivesse.”
    – Idem acima: especula-se, mas não se testa.
    .
    “(a) Os fios que ligavam Florence ao circuito deviam ser longos o suficiente para permitir que ela adentrasse a sala externa como a ostensiva ‘Katie’ fez, sem quebrar o circuito e
    .
    (b) A luz na sala externa devia estar tão fraca que não seria imediatamente óbvio pela visão aos assistentes que a figura tinha fios ligados aos seus pulsos, se de fato os tinha.”
    – Salvo engano, foi pedido à fantasma que mergulhasse ambas as mãos e braços numa solução salina. Se fosse a médium disfarçada e com os contatos ainda presos aos pulsos, haveria uma brusca queda de resistência na leitura do galvanômetro. Portanto a especulação não é aplicável.
    .
    “(ii) Podemos agora considerar a evidência elétrica aduzida por Varley, e o argumento que a envolve. O ponto essencial é este. Antes de a sessão ter começado, mas após ter conectado a médium ao circuito, Varley A FEZ REALIZAR VIGOROSOS MOVIMENTOS COM AS MÃOS E OS BRAÇOS.(…) Portanto, a suposição de que a ostensiva ‘Katie’ era simplesmente a médium, ainda no circuito, é insustentável.
    /
    [COMENTÁRIO DE MONTALVÃO: a explicação do autor não parece satisfatória, pois não está explícito que iguais movimentos que Varley pedira à medium pediu-os à materialização. Pelo que se lê, a movimentação dos pulsos e dedos fora ato mais brando que os “vigorosos movimentos” de mãos e braços requeridos à médium.]”
    – O seu comentário, Moisés, não tem o menor cabimento. Por que iria pedir à médium que fizesse movimentos X, e estes alteravam a leitura do galvanômetro, e à fantasma pediria movimentos Y, que não teriam o mesmo resultado? E os colegas presentes não iriam achar estranha essa distinção?
    /
    “Sr. Hall acusa Varley de ‘confusão de pensamento sobre o objeto de seu teste’. Eu não posso ver qualquer confusão; o argumento parece-me perfeitamente sólido para o propósito o qual foi intencionado.(…) fosse a mão da Srta. Cook, o galvanômetro teria variado ao menos 10 divisões.’”
    – Imagino, Moisés, que você seja reencarnação do Hall ou do Podmore, dependendo de quando morreu um e outro… Os dois faziam exatamente como você, recorrendo a explicações fáceis e desconsiderando qualquer evidência contrária que estrague o pensamento.
    .
    “Isso para o experimento que o próprio Varley conduziu, e em que Crookes foi meramente um dos assistentes. Como já mencionado, Harrison se refere a um segundo experimento, realizado numa ocasião posterior, em que Crookes era o experimentador e Varley estava ausente. Como dito acima, ele alega que Crookes permitiu somente fio suficiente para permitir que a médium, tivesse ela se movido, aparecesse na abertura das cortinhas do quarto escuro usado como gabinete. Ele alega que, apesar disso, a figura veio de ‘seis a oito pés além das cortinas, adentrando na sala…’. Ele alega também que Crookes fez ‘Katie’ mergulhar suas mãos numa solução de iodeto de potássio, e que isso não causou mudança no galvanômetro defletor. SE TUDO ISSO É VERDADE, segue-se que ou ‘Katie’ não era idêntica à médium, ou a médium não estava mais no circuito, e alguma resistência equivalente tinha sido substituída temporariamente por seu corpo. Não temos dados para decidir entre essas duas alternativas.
    .
    DEVO DIZER QUE ACHEI A COISA TODA EXTREMAMENTE CONFUSA.”
    – Confusa no que? Está tudo bem claro:
    1 – Crookes desta vez deixou pouco fio à disposição da médium.
    2 – Se ela se disfarçasse de fantasma, não conseguira sair do gabinete por conta disso.
    3 – Mas a fantasma SAIU do gabinete, mergulhou as mãos em solução salina e o galvanômetro continuou lá numa boa.
    4 – Se não era fantasma, era a própria médium, então ela teria deixado a fiação e os contatos ligados a alguma resistência substituta, mas como ficamos com as alegações dos sobes e desces de valores de resistência que já se apresentou para essa possibilidade?
    .
    Onde está a confusão? Para mim a confusão está é que os defensores da fraude não tentam preencher a lacuna demonstrando que havia uma bobina de resistência viável na época, leve e pequena o bastante para ser escondida na roupa e que a substituição do corpo da médium por ela era fácil e não afetava a leitura do galvanômetro. Fico imaginando que esse pessoal cético NUNCA TENTOU fazer nada disso pois sabe que é INVIÁVEL e aí o melhor é deixar a especulação correr solta e esperar que os céticos muito crédulos naveguem nela.”
    .
    “EM VISTA DO QUE NÓS SABEMOS SOBRE OS PRIMEIROS E CONTEMPORÂNEOS ASSOCIADOS DE FLORENCE E DA HISTÓRIA POSTERIOR DELA, É ANTECEDENTEMENTE PROVÁVEL QUE ELA ESTIVESSE FRAUDANDO NESSA OCASIÃO. Mas eu não consigo pensar em nenhuma maneira óbvia, consistente com as observações, em que ela pudesse tê-lo feito.”
    – Deixe-me ver: houve algumas acusações de fraude contra ela. Uma feita por um associado a uma médium rival e outra num caso que seria de TRANSFIGURAÇÃO e não sei de quais contemporâneos associados a ela esse cara está falando. De qualquer forma, ele confessa a falência de seu argumento ao não conseguir pensar num mecanismo óbvio de fraude.
    .
    “Devo me contentar com as seguintes observações hipotéticas. Vamos supor que o que eu tentei mostrar acima é muito difícil de conciliar com o comportamento registrado do galvanômetro, que ela fraudou temporariamente substituindo uma bobina de resistência pelo seu próprio corpo no circuito. (…) Mas é justo dizer que a primeira dessas hipóteses não é de forma alguma provável, e que a segunda não é de forma alguma certa.”
    – Quer dizer: são duas hipóteses SEM VALOR ALGUM. Como se pode ver Moisés, NENHUM dos modernos pesquisadores conseguiu decifrar de que forma o galvanômetro poderia ser violado sem despertar suspeitas. Não sei porque algum perito, suposto namorado da moça, teria o conhecimento para isso na época.
    .
    “É de algum interesse notar que Serjeant Cox, numa carta publicada no The Spiritualist de 10 de julho de 1874, afirma que Crookes aplicou o teste elétrico de Varley a Mary Showers, e que ele provou que ‘Florence Maple’ era idêntica a Mary. Agora, como sabemos, Harrison afirmou, em sua carta de 17 de março de 1874, para o Editor do The Medium, com o conhecimento e aprovação de ambos Varley e Crookes, que os experimentos ‘… provam de muitas maneiras que a Srta. Cook está dentro do gabinete, enquanto “Katie” está fora’. O LEITOR BONDOSO ATRIBUIRÁ ESSA DIFERENÇA À MEDIUNIDADE GENUÍNA DE FLORENCE, EMBORA A DE MARY FOSSE FRAUDULENTA. O MAIS CÍNICO SUSPEITARÁ QUE, EMBORA AMBOS FOSSEM FRAUDULENTAS, FLORENCE TINHA, NO QUE FALTAVA À POBRE MARY, UM ‘NAMORADO’, TREINADO EM TÉCNICAS ELÉTRICAS E DESEJOSO DE COLOCÁ-LAS À SUA DISPOSIÇÃO.”
    – Bem… Que pena que hoje em dia houve um amplo, geral e irrestrito emburrecimento dos sábios céticos em relação às leis e mecanismos de eletricidade. Eles nem precisariam namorar uma “Florence” ou “Mary”. Só precisariam implorar:
    _ Peloamordoceticismo, sejam hábeis e ágeis para fazer a fraude. Ajudem-nos a decifrar um mecanismo viável de fraude para burlar o galvanômetro! Achamos que que as médiuns antigas fizeram e assim ou assado. Façam isso dar certo, pois assim podermos esfregar o processo na cara dos crentes e obrigá-los a rezar para o nosso Deus Cético!
    .
    “Esse ‘namorado’ hipotético pode bem ter sido Crookes; mas pode igualmente ter sido algum outro membro de seu círculo (se havia tal) com os conhecimentos e técnicas necessários.”
    – Esse namorado foi NENHUM, pois não há como violar o galvanômetro. Se houvesse, eles saberiam como e aí os não namorados cuidariam de tapar essa brecha. E o namorado não teria como ajudar a namorada…
    .
    “Não posso fazer afirmações quanto ao conhecimento de teoria elétrica ou técnica, e eu ADMITO FRANCAMENTE QUE ACHEI O NEGÓCIO TODO DOS TESTES ELÉTRICOS DE VARLEY EM FLORENCE COOK EXTREMAMENTE CONFUSOS. Deve haver membros da S.P.R. com qualificações muito superiores às minhas para expressar uma opinião e realizar experimentos. Escrevi essas notas na esperança que algumas delas sejam respondidas. SERIA EXTREMAMENTE DESEJÁVEL QUE OS EXPERIMENTOS FOSSEM REPETIDOS, TÃO PRÓXIMOS QUANTO POSSÍVEL DAS MESMAS CONDIÇÕES QUE VARLEY DESCREVE (COM SOBERANOS E TUDO O MAIS!) COM ALGUMA PESSOA QUE DÊ TUDO O DE SI PARA FRAUDAR O CONTROLE; e assim estabelecer o que pode e o que não pode ser estabelecido no modo de subterfúgios. (Publicado no Site Obras psicografadas)”
    – Moisés, só você está vendo confusão nesses experimentos porque quer acreditar em especulações imbecis. Temos aí o Stephenson e o Brookesmith e os otários que acreditam neles. Ambos fizeram só serviço porco, pois não cuidaram de testar nada do que é especulado. No máximo o Stephenson arrumou uma sósia de médium que falhou no teste proposto. Mesmo elogiando bobagens que o Brookesmith disse, como por exemplo a médium haver colocado os contatos dentro das ceroulas, ele não testou nada disso.
    Realmente, já que você acha tudo confuso, releia o que Crookes, Varley e Cia Bela fizeram e registraram, chame a senhora sua esposa ou outra madame da sua confiança, pegue um galvanômetro moderno e tente repetir com ela o que foi feito e inclua aí as especulações cretinas do Stephenson e Brookesmith. Quem sabe você se esclareça.

  610. Marciano Diz:

    Arduin,
    Obrigado pelas respostas.
    Eu imaginava que você já havia se contaminado com ideias espiritoides quando começou a estudar ciência, mas, pelo que diz, parece que não houve influência.
    Acredito em você.
    .
    Os espíritas, em geral, são adeptos da homeopatia e simpatizantes do esperando.
    Existem vários livros espíritas que, apesar de escritos em português, trazem o ridículo “Presita in Bresilo” no cólofon.
    Dê uma olhada nos seus.
    .
    Você disse:
    “Já os escandinavos, apesar de ainda haver igrejas por lá, há uma alta porcentagem de materialistas. Nem por isso saem se matando uns aos outros em busca de uma vida mais rica e prazerosa.
    Faltou a Kardec considerar que se, se um espírito progrediu moralmente, então o fato de descrer em Deus e em vida após a morte, não o tornará um criminoso por conta disso”.
    .
    Você é um dos raros espíritas a pensar assim, pelo menos entre as dezenas dos que conheço.
    Veja o hipócrita fraterno, por exemplo: ele jura que quem é ateu, materialista, não tem motivos para fazer o bem.
    Parabéns pela sua conclusão.
    Eu acho que você não precisa de espiritismo para nada, nem de qualquer outra religião, assim como eu. Por isso não entendo como continua espírita nem como consegue conviver com os hipócritas que se dizem espíritas, mas não vivem a doutrina que pregam.
    Há alguns que, como eu e você, são de boa índole, só fazem o bem, mas acreditam que o materialismo leva à maldade, ao egoísmo.
    Acho que a biologia te deu um diferencial, talvez seja isso.
    Você deve saber que maldade tem mais a ver com genética e criação do que com fantasmagoria.

  611. Marciano Diz:

    ERRATA:
    “… adeptos do esperanto”.

  612. Marciano Diz:

    Arduin,
    a FEB tem até um site onde oferece vários livros espíritas em esperanto.
    Confira:
    http://www.febnet.org.br/blog/geral/estudos/download-elsutoj/
    .
    No site, você pode ver ainda o seguinte:
    A FEB e o Esperanto
    (publicado em Reformador de Fevereiro de 2009, p. 4(42)
    Cem anos com o Esperanto
    Há 100 anos, precisamente em Reformador de 15 de fevereiro de 1090, a Federação Espírita Brasileira iniciava seus primeiros contatos com o esperanto, através da publicação de texto oriundo dos círculos espíritas franceses, o qual incentivava a utilização da Língua Neutra para a divulgação mundial do Espiritismo.
    Vislumbraram os pioneiros espíritas de então as excelências daquele instrumento de comunicação universal para a obra de disseminação da Doutrina Espírita, em nível internacional, ao mesmo tempo em que reconheciam os benefícios que a veiculação do Evangelho à luz do Espiritismo, através do esperanto, certamente traria ao próprio movimento esperantista.
    Gradativamente, graças à construção de criterioso programa para a sua divulgação e utilização, multiplicaram-se os cursos de ensino do idioma, sempre gratuitos e apoiados por rico material didático, enquanto eram editados livros espíritas, através de bem cuidadas traduções, tudo sustentado por positivas manifestações do mundo espiritual em favor da fecunda iniciativa.
    Hoje o esperanto se apresenta com inegável realidade nas atividades do Movimento Espírita, respondendo por realizações que plenamente justificam a decisão ocorrida há cem anos, dentre as quais se destaca o surgimento de obras doutrinárias em diversos países, vertidas de traduções em esperanto para diferentes línguas nacionais, o que vem contribuindo para que se atinjam os objetivos visados tanto pela Federação Espírita Brasileira como pelo Conselho Espírita Internacional, que são os de colocar a Doutrina Espírita ao alcance e a serviço de todas as pessoas, independentemente do local onde habitam ou do idioma que utilizam.
    Reverenciamos, portanto, em tão feliz oportunidade, a memória do criador da língua da fraternidade, Lázaro Luís Zamenhof – cujo sesquicentenário de nascimento ocorrerá em dezembro deste ano -, bem como a dos valorosos pioneiros da difusão do Espiritismo, os quais, impulsionados pelos mesmos ideais de fraternidade, uniram esforços e trabalharam para que a mensagem consoladora e esclarecedora da Doutrina, a qual proporciona ao se humano o conhecimento da sua imortalidade e as condições necessárias à construção da própria evolução, continue a espalhar os seus benefícios a toda a Humanidade.
    .
    .
    Foi ou não foi uma aposta perdida?
    Confira:
    http://www.febnet.org.br/blog/geral/estudos/a-feb-e-o-esperanto/

  613. Marciano Diz:

    Arduin.
    Como você pode dizer que não sabe do movimento do esperanto no espiritismo?
    Veja isto:
    .
    http://esperanto-spiritismo.org/portugala/livros-e.htm
    .
    .
    Relação de livros espíritas publicados em Esperanto
    Publicações da Federação Espírita Brasileira:
    ALLAN KARDEC
    ?ielo kaj la Infero (La)
    Evangelio lau Spiritismo (La) copiar
    Kio estas Spiritismo?
    Libro de la Mediumoj (La) copiar
    Libro de la Spiritoj (La) copiar

    ALLAN K. A. COSTA
    Dicionário Completo Esperanto-Português
    Novo Dicionário Português-Esperanto

    ALMERINDO MARTINS DE CASTRO
    Turmentego de la Memmortigintoj (La)

    DIVALDO P. FRANCO
    Filigranoj el lumo
    Vivo feli?a
    Lumo de l’Espero

    FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
    Ago kaj Reago
    Anta? du mil jaroj
    En pli Granda Mondo
    Konsolanto (La)
    Kristana Agendo
    Nia Hejmo
    Paulo Kaj Stefano
    Sur la Vojo al la Lumo
    Penso kaj Vivo
    Verda Signalo
    Infanoj en la Transmondo
    Patro Nia

    FRANCISCO VALDOMIRO LORENZ
    Diverskolora Bukedeto
    Esperanto sem Mestre
    Vo?oj de Poetoj el la Spirita Mondo

    ISMAEL GOMES BRAGA
    Dicionário Esperanto-Português
    O Monumento de Carlo Bourlet

    JORGE ANDREA
    Interrilato Spirito-Materio

    KAIBAR SCHUTTEL
    Nova Auroro
    LAURO S. THIAGO
    Homeopatio kaj Spiritismo

    LÉON DENIS
    Kialo de I’ Vivo (La)

    LUÍS DA COSTA PORTO CARREIRO
    Mediuma Poemaro

    ROQUE JACINTHO
    Malbona Lupo Reenkarni?inta
    Valo de l’Nebulo

    VICTOR HUGO (Zilda Gama)
    En Ombro kaj en Lumo

    WALDO VIEIRA
    Feli?aj la Simplaj

    ZÊUS WANTUIL
    Ismael Gomes Braga
    Como pode-se observar, são muitas as muitas obras de respeitáveis médiuns como Chico, Divaldo, Yvonne Pereira, Hercílio Maes, João Nunes Maia e outros escritores que registraram em suas mensagens psicografadas que a utilidade do Esperanto transcende (segundo eles e sua doutrina religiosa) a barreira de nossa própria “morte”. A mediunidade de Chico Xavier, Valdomiro Lorenz, Porto Carreiro Neto, Dolores Bacelar e outros resultou em mensagens em benefício do Esperanto.
    Dezenas de livros espíritas já foram traduzidos para o Esperanto e, indiscutivelmente, nas últimas décadas o Esperanto tem ajudado muito a difusão da doutrina dos espíritas, em outros países, como por exemplo, no Japão. Muitas obras espíritas, vertidas para o Esperanto, estão servindo de ponte para traduções em línguas nacionais, como o albanês, o polonês, o búlgaro e o húngaro. O importante trabalho realizado pela Associação Mundo Espírita (AME)e pela Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz
    Existem também recomendações do Conselho Federativo Nacional da FEB contidas no opúsculo “Orientação ao Centro Espírita” (cap. IX, item 7), a respeito do ensino e divulgação do Esperanto nas Casas Espíritas.

    .
    Estou voltando a desconfiar que você é espião soviético e que UFSCAR e o espiritismo são apenas disfarces.
    Como pode ser espírita e ignorar isto aí acima?

  614. Marciano Diz:

    Vou destacar este trecho, para que não tenha como você continuar ignorando:

    “EXISTEM TAMBÉM RECOMENDAÇÕES DO CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL DA FEB CONTIDAS NO OPÚSCULO “ORIENTAÇÃO AO CENTRO ESPÍRITA” (CAP. IX, ITEM 7), A RESPEITO DO ENSINO E DIVULGAÇÃO DO ESPERANTO NAS CASAS ESPÍRITAS.”

  615. Gorducho Diz:

    Eu também sempre tive curiosidade sobre essa (inexplicável?) ideia fixa deles com a besteira do tal Esperanto. Esperava que o Professor esclarecesse.
    O curiosíssimo é que não me lembro do Kardec falar nisso 🙁
    Ou seja: não era um recalque do Kardec contra o idioma inglês.

  616. Marciano Diz:

    Marciano:
    .
    “Aliás, outra aposta que os espíritas perderam foi a homeopatia.”
    .
    Arduin:
    .
    – Quando foi mesmo a perda dessa aposta?
    .
    Veja aqui:
    http://www.feblivraria.com.br/livros/ciencia/homeopatia-e-espiritismo.html
    .
    .
    DEMAIS ESPÍRITAS E EX-ESPÍRITAS QUE FREQUENTAM O BLOG: MANIFESTEM-SE SOBRE HOMEOPATIA E ESPERANTO, POR FAVOR.
    ILUSTREM O DISTRAÍDO ARDUIN.

  617. Guto Diz:

    Eu acredito em homeopatia! Minha filha melhorou muito de um refluxo com homeopatia! Se não foi isso, foi, então, a fé fervorosa da minha esposa. Só tenho essas duas explicações, pois ela não tomou mais nada além disso. Foram uns três meses. Valeu.

  618. Marciano Diz:

    Guto, não é pra falar bem ou mal da homeopatia ou do esperanto, é só pra mostrar ao Arduin a vinculação mais que centenária das duas coisas com o espiritismo.
    .
    Já que falei da corja petista num comentário mais pra cima, vai esta, que me estarreceu:
    eu nem sabia que a Dilma tem um blog (chama-se “Blog da Dilma”), site oficial, com foto e tudo.
    Pois olhem o blog da Dilma (tem foto da página inicial do blog) cometendo crime de racismo, chamando o Min. Joaquim Barbosa de “macaco”, com montagem de foto e tudo o mais.
    Que coisa feia!
    Saiu na Folha.
    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/09/1347552-site-pro-dilma-que-associou-barbosa-a-macaco-e-motivo-de-constrangimento-para-planalto.shtml

  619. Guto Diz:

    Vitor, você pensa em fazer alguma pesquisa acerca dos “poltergeists” do Paraguai. Ví um post desses e queria saber o que você acha disso? Ví, também, na net sobre umas fotos de pessoas e lugares com imagens duvidosas que aparecem nelas. Você teria algo sobre isso? Valeu!

  620. Marciano Diz:

    Guto, desistiu dos “causos”?
    Você tá devendo, promessa é dívida.

  621. Guto Diz:

    Minha esposa tá no quarto! Depois comento. Valeu!

  622. Marciano Diz:

    Poltergeist do Paraguai é duplamente falso.
    Outro caso do tempo de Matusalém. 1972. Vale a pena falar sobre esses casos antigos?
    Vamos arranjar um poltergeist mais novo.
    Fotos com erro de montagem do google ou fotos postadas na net por gozadores é coisa sem graça.
    Nunca tem nada demais, são imagens desfocadas, de gente falando ao celular em 1910, fantasmas tipo cx, tudo palhaçada e perda de tempo.
    Vamos todos fazer uma corrente e invocar algum poltergeist atual, podem pedir pra ele quebrar tudo na minha casa, parece que eles gostam desse tipo de coisa.
    .
    Arduin contou sobre uns espíritos que fizeram um barulho de batidas. Pois então, todo mundo que participa do blog, inclusive aqueles que só lêem, não comentam, estão exortados a mentalizar para que algum poltergeist venha me assombrar, acender e apagar luzes, quebrar alguma coisa, fazer cara feia pra mim.
    Estou esperando, ansioso.
    Sempre tive vontade de ver um espírito, bom ou mau, de preferência um bem feio, assustador.
    Que venha puxar o lençol quando eu estiver tentando dormir.
    Tem gente que tem medo de fantasma. Eu acho que eles é que têm medo de mim. Onde estou, não aparece fantasma, disco voador, nada.
    Eu acho que esses poltergeists do Paraguai, de qualquer lugar do mundo, são todos uns frouxos.
    Nem precisa ser poltergeist propriamente dito. Pode ser um exu desses bem perversos.
    Concito-os a vir fazer alguma perversidade comigo.
    Pelo menos uma careta, daquela que a gente vê em filme de terror.
    Já pensaram, ver um em 3d, com som DTS, cheiro e tudo o mais?
    Pode ser cheiro de carniça, tem muitas estorinhas assim.
    E aí, fantasmas medrosos, topam me assombrar?
    Podem escolher a hora e o local.
    Peçam ectoplasma aos médiuns do blog, se for necessário.

  623. Guto Diz:

    O próximo causo será sobre o ônibus que peguei. Minha esposa fez cara feia agora. Fica para depois! Valeu!

  624. Marciano Diz:

    Estendo o convite às divindades e aos demônios.
    Estão todos convidados à minha casa, hoje ou qualquer outro dia que quiserem.
    Venham me obsediar, seus frouxos.
    Por que não tentam me induzir ao suicídio?
    Já li tantas histórias assim, em livros espíritas.
    Desde quando eu era criança que eu vivo provocando esses espíritos frouxos e eles ficam com medo de mim.
    Por muito menos, já tive um monte de encrenca com encarnados. Já os desencarnados, são todos uma cambada de covardões, não têm brio, não se ofendem com nada, nem os maus.
    Já deram tiro em mim (nunca pegou), já fui assaltado, já briguei muito (quando era criança ou adolescente), mas com desencarnados nunca consegui uma encrenca.
    Será que até os valentões ficam frouxos depois da morte?
    Tem bandido morrendo todos os dias. Será que nenhum deles quer fazer alguma maldade comigo? Pode ser um tiro daqueles que cx levou. Pelo menos uma careta.

  625. Marciano Diz:

    Guto, tu tinha dito que tua mulher não se importava mais.
    Ela voltou a cismar com o blog?
    Assim que puder, bota um “causo” aí.
    Só não vou comentar, porque sei que você não gostaria de eventual explicação que eu fornecesse e não quero te desagradar, tu é um cara legal.

  626. Marciano Diz:

    Trecho do livro
    ACONTECEU NA CASA ESPÍRITA
    Emanuel Cristiano
    DITADO PELO ESPÍRITO NORA
    .
    “A falange das trevas estava magnetizada pelas palavras do mandante!
    Quando Júlio César percebeu que já havia estimulado quantos necessitava,
    para a implantação das suas idéias, entoou este grito de guerra:
    — Avante!
    Para aquela odiosa Casa Espírita, o momento do apocalipse, do acerto de
    contas, do juízo final e da destruição chegou!
    Eles próprios se autodestruirão!
    Terminando o discurso maligno em tom de oratória, o obsessor fanático foi
    aplaudido, aclamado e carregado pelos comparsas, enquanto a multidão cantava hino exótico, enaltecendo as forças das trevas, ao mesmo tempo em que gritos alucinantes de combate corriam, sinuosos, encontrando eco no coração iludido dos obsessores.
    E sob influência sonora de alucinante marcha hipnótica, que incentivava à
    destruição, a legião dos adversários do bem embrenhou-se pelas ruas estreitas da esquisita cidade, preparando-se para o terrível processo de infiltração.”
    .
    Fiquei morto de medo quando li o relato acima.
    Por que esses bundões não se juntam para vir me assombrar, para me prejudicar.
    Essas forças das trevas são muito fraquinhas mesmo.
    Já que eles não têm peito pra me encarar, pelo menos poderiam aparecer durante meu sono, tipo um pesadelo.
    O convite tá feito, espíritos frouxos, covardes, medrosos.
    Estou a fim de confusão com a força de araque das trevas.
    E aí, vão amarelar?
    Venham se embrenhar na minha casa, espíritos otários.
    Já teve bandido que atirou em mim, pra matar, mas errou. Hoje, estão morando no além. Peçam uma licença no umbral e venham me prejudicar, de qualquer modo.
    Prometo a vocês que se eu for vítima da maldade de algum espírito perverso e medroso, conto tudo no blog no dia seguinte, no máximo.
    Torçam contra mim e a favor dos espíritos frouxos. Por favor.

  627. Marciano Diz:

    Se eu estiver vivo e inteiro amanhã, peço a algum entendido do blog que explique a razão da minha imunidade contra desencarnados.

  628. Marciano Diz:

    Copiado da Wikipédia:
    .
    “Libertação é um livro espírita, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, com autoria atribuída ao espírito André Luiz. Publicado pelaFederação Espírita Brasileira no ano de 1949”
    . . .
    “Nesse livro, André Luiz é designado a colaborar e assistir uma missão de auxílio a uma necessitada chamada Margarida, sob a orientção de seu novo instrutor, Gúbio.
    Libertação conta a história de Margarida, uma mulher que esta sendo motivo central de uma rebelião de espíritos das trevas que estão tentando destruí-la. Esses espíritos trevosos agem sob a chefia de uma entidade coletiva chamada Dragões do Mal, chefiado por Gregório, seu antigo pai em encarnação passada.
    No capítulo quatro, André Luiz, seu amigo amigo estudante, Elói, e Gúbio, seu instrutor, vão as profundezas do Umbral, disfarçados, para não chamarem atenção, em missão para se envolverem no caso de Margarida. André Luiz nos descreve o lugar trevoso sob uma densa atmosfera esfumeada e escura. Mas após peregrinarem longo tempo nesse lugar de sofrimento e escuridão, encontraram o que estavam procurando, a sede dos Dragões. Penetram o lugar sem chamarem muita atenção, estando disfarçados de espíritos comuns do ambiente.”
    .
    .

    Que tal se um grupo de espíritos trevosos do tipo desses cagões auto-denominados Dragões do Mal, pra mim, dragões frouxões, viesse destruir minha vida, de preferência na madrugada de hoje para amanhã?
    .
    Sabem por que essas estorinhas são ridículas?
    Porque se esses espíritos existissem e fossem tão perversos assim, ficariam ofendidos comigo e fariam alguma maldade, mas não vão fazer nenhuma.
    Alguém aí quer perder uma grana, tipo uma aposta de que nada vai acontecer comigo?
    Pela doutrina espírita eu afasto qualquer protetor que eu tenha, com minha conduta.
    E agora? Como explicar que os dragões medrosos não vão fazer nada comigo?
    Nem um exuzinho caveira, um diabinho, nada?
    Como explicar o medo que esses espíritos maldosinhos têm de mim?
    Eu tenho uma hipótese: eles não fazem nada porque não existem.
    Que tal?
    Alguém tem outra?
    Parece que até os encarnados do blog estão com medo de mim, ninguém diz nada, nem um comentário.
    Se eu não aparecer mais no blog, já sabem que as forças do mal venceram.
    Se eu der ao menos um espirro, se pegar um resfriado de hoje pra amanhã, prometo contar.
    Só não vale se for daqui a muito tempo. Algo ruim sempre acontece com todo mundo, algumas vezes na vida.
    Quero ver é nas próximas horas.

  629. Gorducho Diz:

    Outro caso do tempo de Matusalém. 1972. Vale a pena falar sobre esses casos antigos?
    Vamos arranjar um poltergeist mais novo.

     
    Impossível pois que não há. Minha hipótese científica para o desaparecimento dos espíritos é que ocorreu uma pandemia de peripeste na erraticide, tendo morrido 10 entre 10 almas. Então: não há mais ultramundanos.

  630. Gorducho Diz:

    Aliás retrato-me em tempo: o poltergeist knocking vivenciado pelo Professor dever ter sido pós ’72. Então talvez tenham sobrevivido algumas almas, as quais fugiram da crosta terrícola.

  631. Toffo Diz:

    Bem, eu não preciso ser tão radical quanto o Bigman, mas também nunca vi um fantasma. A única coisa inexplicável que me aconteceu na vida foi certa noite, ou já madrugada, eu tinha meus 11 ou 12 anos e estava deitado, ouvi por duas vezes um mugido de boi vindo de fora. Ora, onde eu morava só havia casas com quintais minúsculos, era impossível que um boi ou uma vaca estivessem por ali em plena São Paulo. Eram mugidos fortes, profundos, assustadores. Nunca mais ouvi aquilo. Minha janela dava para uma vila, ao fundo da casa. Poderia ter sido alguém que tivesse entrado ali e imitado um mugido? Nunca soube. Ninguém ouviu, só eu.
    .
    A questão com o Arduin está respondida aqui, no que ele disse: A Doutrina Espírita apresenta-me um horizonte moral que não encontro em nenhuma outra filosofia ou religião. Se isso me satisfaz, por que devo me incomodar com os insatisfeitos? C’est la foi. A fé é uma muralha que isola as pessoas. Aí complica. Mas de qualquer forma, Arduin, fiz um elogio a você no outro post. Veja lá, se não encontrar me diga.
    .

  632. Marciano Diz:

    Toffo,
    lembranças antigas estão sempre misturadas com fantasias.
    Um dia desses eu estava vendo um filme na televisão que eu assistira (sic- eu ainda uso o mais-que-perfeito) quando era criança.
    Eu me lembrava de cenas que não existem no filme. Minha memória preencheu hiatos que se formaram, para concatenar a história.
    Isto não me impressionou, pois já conheço de longa data esses fenômenos. Acontece com todo mundo e é normal.
    Antes que alguém pense que sou louco, procurem em qualquer site sério que fale de memória, vejam como funciona.
    Quando uma coisa aconteceu há muito tempo, a gente começa a esquecer de detalhes, com o tempo vai preenchendo os vazios e a gente se lembra de tudo nitidamente.
    Só que não aconteceu exatamente da forma como lembramos, ou pensamos lembrar.
    Com um filme ou uma foto antiga, que você nunca mais tinha visto, é fácil comprovar isto.
    Esse mugido pode ter sido alguém imitando boi, pode ter sido um som semelhante, pode ter sido pareidolia (acontece com sons, tanto quanto com imagens). Pode ter sido uma dessas buzinas com sons estranhos. Pode ter até sido um boi, você não foi conferir. Por mais improvável que seja, impossível não é.
    O que é impossível é que espíritos que não existem resolvam imitar o mugido de um boi para assustar um garoto.
    Ou, pior ainda, que o espírito de um boi errante saia mugindo por aí.
    Pode ser que caldo de galinha faça mal a alguém, mas bom senso com certeza não faz.
    A gente gosta de alimentar a fantasia, principalmente quando é criança.
    Como disse um personagem imaginário em uma forjada epístola, “Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Coríntios, 13, 11).
    Gosto de citar a bíblia, o livro mais louco que conheci antes das obras espíritas.
    Quando eu era criança, era porquinho, como quase todas as crianças, e não gostava de lavar as mãos antes de comer. Minha mãe vivia me dando bronca e eu rebatendo, dizendo que não comia com as mãos e sim com talheres e que estes é que deveriam estar limpos.
    Quando eu li, pela primeira vez, Mateus, 15, 11, passei a responder que “não é o que entra pela boca que contamina o homem; mas o que sai da boca, isso é o que o contamina”. Minha mãe ficava louca com minha interpretação pessoal da bíblia. E eu me divertia. Se Jesus não lavava as mãos antes de comer, por que eu deveria fazê-lo?
    .
    Já contei um “causo” que sucedeu comigo para o Arduin.
    Quando eu tinha três anos, estava brincando no quintal, construindo uma “casa” para uma cachorra que eu chamava de pato-pinto (na minha imaginação, ela parecia ao mesmo tempo com um pato e com um pinto – não se esqueça de que eu tinha só três anos).
    Estava anoitecendo, ainda de dia. Eu vi uma espécie de luz vermelha (foi o que eu interpretei na época), pontual, como se fosse do tamanho de uma bola de gude, mas sem distinguir o contorno. A luz flutuava. Fui pegá-la e ela moveu-se, como se estivesse fugindo de mim. Tentei de novo, idem. Então chamei meus pais, que estavam no interior da casa, para me ajudarem.
    Eles ficaram estranhos, minha mãe começou a falar sobre avisos, não entendi nada. A luz tinha sumido quando eles chegaram.
    O que foi isso? Sei lá. Muitas coisas inexplicáveis que vi ao longo da vida consegui explicar depois. Esta permanece sem explicação (para mim). E daí? Sou obrigado a entender tudo o que eu vejo?
    De uma coisa, tenho certeza. Não era um espírito (espíritos não existem e ninguém os descreve dessa forma). Não era um disco voado (mesmas razões).
    Eu notava, quando era criança, que as estrelas surgiam todos os dias com aproximadamente 4 minutos de atraso, a Lua com cerca de 50 minutos. Perguntava por que, ninguém sabia responder.
    Costumava ir a uma fazenda, quando criança, passar uns dias. Lá, além disso, eu via em noites claras, sem luar, uma nuvem esparsa que não se dissipava e estava todos os dias no mesmo lugar. Perguntava e ninguém sabia me dizer a razão daquela nuvem não se desfazer.
    Hoje em dia sei (há muito tempo), como todos aqui devem saber.
    Coisas que me pareciam misteriosas não parecem mais. O que ainda me parecer misterioso não significa o que qualquer um disser, significa apenas que não entendi o fenômeno, que não sei do que se trata. Não vou aceitar qualquer explicação maluca que alguém inventar.
    Não tenho necessidade de inventar ou aceitar uma explicação estapafúrdia para ficar sossegado com minha consciência.
    .
    Vou contar um derradeiro “causo”, só que este não é meu nem aconteceu com ninguém. Foi uma historinha que li quando criança e da qual gostei muito.
    Vou resumir ao máximo, minha proposta não é contar histórias, mas mostrar a filosofia que há por trás delas.
    Num mosteiro, um monge chamou o outro, aos gritos, dizendo:
    — Irmão fulano, corra aqui, estão passando dois bois voando.
    O irmão fulano veio correndo e o irmão beltrano caiu na gargalhada, dizendo:
    — Como você é bobo, como pode acreditar em bois voando?
    Ao que o fulano respondeu:
    — Eu achei impossível, mas achei mais impossível ainda um monge mentir.
    Moral da história (para mim): quando acontece alguma coisa aparentemente fantástica, tem sempre alguém mentindo, consciente ou inconscientemente.
    O que é mais fácil, alguma explicação racional não imaginada ou fantasmas de bois ou de gente imitando bois?
    O fato de você não ter entendido o que aconteceu não significa que seja algo extraordinário, e com absoluta certeza não foi.
    Considere que na época você era místico e sua família também, você foi criado num ambiente místico.
    Eu também fui, mas nasci com genes diferentes, sempre fui questionador, irreverente, rebelde, cético e chato.
    Coitada da minha mãe.
    Mas fui um bom filho, bem comportado, obediente, apesar de questionador.
    Nunca obedeci quando se tratava de religião.
    Minha mãe queria que eu fizesse primeira comunhão, os colegas todos fizeram, eu disse no, no, no.
    Não fiz.
    Eu tinha cinco anos, uns tios maternos levaram-me a um culto de uma igreja protestante. Durante o culto, o pastor, olhando fixamente nos meus olhos, perguntou se alguém ali aceitava Jesus. Na época, eu acreditava na existência de um homem de carne e osso chamado Jesus, que inventara as religiões católica, protestante, etc. Entendi a pergunta como se eu concordava com as ideias dele (que eu nem conhecia ainda, só imaginava que eram boas).
    Claro que eu disse que aceitava. Aí foi aquela palhaçada. Aleluia! Temos um novo irmão. Fiquei na minha.
    Num outro dia eles quiseram que eu fosse para aquela chatice de novo. Eu disse: no, no,no (tô imitando a Winehouse mesmo).
    Então eles disseram que eu tinha aceitado Jesus, que eu era crente. Eu respondi que não, que não tinha entendido a pergunta desse jeito e que jamais voltaria àquela igreja (como jamais voltei).
    .
    É isso, Toffo.
    Acabei contando causos, tô dodói, de cama (nada grave), não trabalho há dois dias, nem trabalharei amanhã. Sinal de que trabalharei dobrado nos próximos dias.
    Valeu porque pude me estender mais um pouco aqui.
    Não tenho tido tempo pra quase nada.
    Em tempo: eu já estava doente quando lancei o desafio. É até uma boa oportunidade para os espíritos das trevas, já estou doente mesmo, facilita o trabalho deles.
    E o desafio permanece de pé.

  633. Marcos Arduin Diz:

    “Eu: Que provas o espiritismo nos trouxe? Quanto mais pesquiso as supostas evidências, mais indícios de fraudes encontro.”
    – Depende de que provas você está procurando. O caso que contei envolvendo a minha prima é suficiente para mim. Eu não precisei estar lá pra ver a coisa acontecer. Eu a conheço, sei que é uma pessoa séria e não inventaria uma história dessas. A mesma coisa para mim são relatos de eventos passados. Avalio o que dizem e quem diz. Crookes e outros cientistas, por exemplo, disseram dos médiuns coisas que irritavam profundamente os seus colegas cientistas descrentes. Dos trabalhos que deixaram escrito, não achei até hoje qualquer refutação séria. Então suponho por isso que são confiáveis.
    Já um verdadeiro cético sábio, culto, racional e inteligente acredita em QUALQUER BESTEIRA que se diga contra os médiuns. À exceção das irmãs Fox, nenhum dos médiuns consagrados jamais confessou fraude. Mas os sábios céticos acreditam em qualquer um que diga que o médium lhe confessou fraude… A palavra, e só ela, aqui vale. Já os experimentos e todo o esforço que os pesquisadores do passado fizeram… Ah! Isso nada vale.
    Assim é o verdadeiro ceticismo.
    .
    “Eu: Então vamos jogar toda a parte científica no lixo e recomeçar do zero, porque nada ou muito pouco se aproveita, entrevistando novos espíritos. Peraê – se os espíritos falharam nas mais prosaicas afirmações à Kardec, quando estavam sob a coordenação de ninguém menos que “O espírito da verdade/Jesus”, por que confiariamos neles desta vez? Eu entendi e respeito seu ponto de vista, mas a proposta é formar um novo credo já as fundações do atual foram plantados em areia. E desmoronaram.”
    – Larissa, veja bem uma coisa: declarações de espíritos NÃO FAZEM a parte científica do Espiritismo. Ciência vem de um trabalho que inclui EXPERIMENTAÇÃO. O trabalho feito pelos pesquisadores, cuja grande maioria nem era espírita ou até era hostil ao Espiritismo, em cima dos médiuns é a parte científica do Espiritismo.
    .
    As pataquadas “científicas” ditas por espíritos a Kardec e a outros são OPINIÕES tão válidas ou inválidas quando aquelas emitidas por qualquer pessoa aqui da Terra mesmo. E um detalhe importante: NENHUMA DELAS é fundamento da Doutrina Espírita.
    .
    Esse é um gravíssimo problema que afeta os verdadeiros cristãos. Com uma ou outra camuflada exceção, os teólogos das religiões cristãs apresentam a Bíblia como sendo EXATA E INFALÍVEL E ABSOLUTAMENTE VERDADEIRA EM TUDO SOBRE O QUE SE MANIFESTA. Há publicações cristãs onde há um quadro “Cremos”, onde tal assertiva aparece.
    Diante disso, faço uma gozação: um verdadeiro cristão deve crer que a Terra é plana, situa-se no centro do Universo, que este tem só 6000 anos de existência, que o Céu é sólido, que um Dilúvio inundou a Terra inteira, e mais umas outras tantas “abobrinhas”. Como tudo isso já foi desmentido pela Ciência e pela REALIDADE, aí então os teólogos cristãos entram em desespero para salvar a infabilidade bíblica. Dizer que a Terra é plana é tão absurdo que só lhes restou reinterpretar o texto bíblico:
    _ Olha lá! Diz a Bíblia que Deus está acima do CÍRCULO da Terra. Ora a palavra círculo também pode ser entendida como redondeza. Isso mostra que a Bíblia já dizia que a Terra é redonda!
    Acontece que o Diabo levou Cristo para o cume de uma montanha TÃO ALTA do qual se podia ver TODOS os reinos da Terra. Ora, do cume do Everest NÃO DÁ para ver todos os reinos da Terra porque a dita Terra é… redonda. Ele só poderia ver todos os reinos se a Terra fosse… plana. Portanto não adianta: segundo a Bíblia, a Terra É PLANA.
    E o resto varia: há criacionistas de curto prazo, que dizem que o Universo foi criado há 6000 anos; os de longo prazo já aceitam os bilhões de anos e por aí vai. Não vou detalhar tudo. De qualquer forma, é preciso aos cristãos fazerem tudo quanto é malabarismo e distorções de fatos científicos para salvar a infabilidade da Bíblia, pois é nela que estão os fundamentos cristãos.
    .
    Já nós espíritas estamos confortáveis quanto a isso. Ramatis escreveu todo um livro falando de vida em Marte. Falou besteira. E daí? É sustentáculo para a Doutrina Espírita que exista vida em Marte? Disse Kardec que foi lá que a humanidade surgiu e os ETs a trouxeram para a Terra? Não. A mesma coisa é para o Emmanuel e os exilados de Capella. Se os astrônomos forem unânimes em dizer que o sistema solar de Capella é inviável para a manutenção de formas de vida, isso só vai tirar o sono dos emanuelistas…
    .
    Portanto, Larissa, o Espiritismo continua o mesmo, sem nenhum abalo por conta de desmentidos científicos a coisas que espíritos disseram. Eu só estou no aguardo dos desmentidos à pesquisa mediúnica feita, pois isso até hoje eu não vi.

  634. Marcos Arduin Diz:

    De Morte,
    A respeito do Espiritismo e Homeopatia, digamos que é coisa de época. Sabe você porque a Homeopatia até fez algum sucesso? Porque na época que surgiu, os doentes pobres deviam sua sobrevivência à doença justamente pelo fato de não terem recursos para pagar um médico. Os médicos matavam mais do que curavam. Era a chamada medicina heroica. O lance era retirar “os maus humores” e por isso faziam o paciente beber uma solução de cloreto de mercúrio até que começasse a salivar bastante. Isso era um sinal de que os maus humores estavam sendo extraídos… Na verdade é o primeiro sintoma de envenenamento por cloreto de mercúrio.
    Numa dessas, o paciente “morria curado”. Se não morresse, teria graves sequelas do envenenamento. E nisso, ao menos, a homeopatia valia mais a pena: se não curava, ao menos não piorava a situação do doente. Se os espíritos/Kardec viram nisso um progresso “científico”, do que culpá-los?
    .
    O Esperanto pode ser essa vã tentativa de se fazer um idioma que permita a comunicação universal entre os povos. Pretensão e água benta… E se a FEB e outras editoras gastam papel e tinta com obras em Esperanto… Cada uma sabe onde lhe aperta o calo.

  635. Larissa Diz:

    De marte: Eu e candidatei a uma viagem só de ida para o planeta vermelho: http://applicants.mars-one.com
    #ficaadica

  636. Larissa Diz:

    – Depende de que provas você está procurando.
    ? Provas objetivas, como a leitura de um parágrafo de uma enciclopédia. O médium psicofônico ou psicoescrevente em uma sala e a enciclopédia aberta em outra.
    .
    O caso que contei envolvendo a minha prima é suficiente para mim. Eu não precisei estar lá pra ver a coisa acontecer. Eu a conheço, sei que é uma pessoa séria e não inventaria uma história dessas.
    ? Não duvido de sua palavra. Só me espanta que nada semelhante jamais aconteça quando há céticos por perto.
    .
    A mesma coisa para mim são relatos de eventos passados. Avalio o que dizem e quem diz. Crookes e outros cientistas, por exemplo, disseram dos médiuns coisas que irritavam profundamente os seus colegas cientistas descrentes. Dos trabalhos que deixaram escrito, não achei até hoje qualquer refutação séria. Então suponho por isso que são confiáveis.
    ? Eu preciso estudar estes casos com mais calma. No entanto, vc, como cientista, sabe que um fenômeno autêntico se repete. Alguma vez já foi repetido o experimento de Crookes? Claro que não.
    .
    Já um verdadeiro cético sábio, culto, racional e inteligente acredita em QUALQUER BESTEIRA que se diga contra os médiuns.
    ? Destes predicados só aceito a de cética. Eu não tenho nenhum tipo de vantagem pessoal em ficar desmentindo médiuns através de “besteiras” que se digam por aí. Só que as maiores besteiras que encontrei foram, sem dúvidas, no espiritismo. Eu estou interessada em saber a verdade.
    .
    À exceção das irmãs Fox, nenhum dos médiuns consagrados jamais confessou fraude. Mas os sábios céticos acreditam em qualquer um que diga que o médium lhe confessou fraude… A palavra, e só ela, aqui vale. Já os experimentos e todo o esforço que os pesquisadores do passado fizeram… Ah! Isso nada vale.
    ? Antes houvessem confessado. As fotos do CX com a mulher fantasiada foram ridículas.
    .
    Assim é o verdadeiro ceticismo.
    ? Não. O verdadeiro ceticismo quer saber a verdade, seja ela qual for. Acho que quem acredita em qualquer bobagem são os crédulos e não os céticos.
    .
    – Larissa, veja bem uma coisa: declarações de espíritos NÃO FAZEM a parte científica do Espiritismo.
    ? Fiquei confusa agora…então pq os espíritos superiores saíram deflagrando uma série de afirmações erradas que comprometeram perpetuamente o espiritismo?
    .
    Ciência vem de um trabalho que inclui EXPERIMENTAÇÃO. O trabalho feito pelos pesquisadores, cuja grande maioria nem era espírita ou até era hostil ao Espiritismo, em cima dos médiuns é a parte científica do Espiritismo.
    ? Continuo confusa. Achei que a Gênese fosse obra dos espíritos. Idem os livros de CX, DF e Cia.
    .
    As pataquadas “científicas” ditas por espíritos a Kardec e a outros são OPINIÕES tão válidas ou inválidas quando aquelas emitidas por qualquer pessoa aqui da Terra mesmo. E um detalhe importante: NENHUMA DELAS é fundamento da Doutrina Espírita.
    ? Isso é o mais grave para mim. Se os espíritos superiores erraram absolutamente TUDO sobre a parte científica, imagine os erros que há na parte que não pode ser testada. O que o espiritismo nos pede é que confiemos cegamente em médiuns que erraram convulsivamente.
    .
    Esse é um gravíssimo problema que afeta os verdadeiros cristãos. Com uma ou outra camuflada exceção, os teólogos das religiões cristãs apresentam a Bíblia como sendo EXATA E INFALÍVEL E ABSOLUTAMENTE VERDADEIRA EM TUDO SOBRE O QUE SE MANIFESTA. Há publicações cristãs onde há um quadro “Cremos”, onde tal assertiva aparece.
    ? Eu ainda acho q se iniciarmos uma reforma séria no espiritismo, o resultado será uma nova religião em que os espíritos não participarão das revelações. Se erraram com Kardec e CX, teoricamente missionários adiantados, imagine conosco, os céticos umbralinos.
    .
    Diante disso, faço uma gozação: um verdadeiro cristão deve crer que a Terra é plana, situa-se no centro do Universo, que este tem só 6000 anos de existência, que o Céu é sólido, que um Dilúvio inundou a Terra inteira, e mais umas outras tantas “abobrinhas”. Como tudo isso já foi desmentido pela Ciência e pela REALIDADE, aí então os teólogos cristãos entram em desespero para salvar a infabilidade bíblica. Dizer que a Terra é plana é tão absurdo que só lhes restou reinterpretar o texto bíblico:
    _ Olha lá! Diz a Bíblia que Deus está acima do CÍRCULO da Terra. Ora a palavra círculo também pode ser entendida como redondeza. Isso mostra que a Bíblia já dizia que a Terra é redonda!
    Acontece que o Diabo levou Cristo para o cume de uma montanha TÃO ALTA do qual se podia ver TODOS os reinos da Terra. Ora, do cume do Everest NÃO DÁ para ver todos os reinos da Terra porque a dita Terra é… redonda. Ele só poderia ver todos os reinos se a Terra fosse… plana. Portanto não adianta: segundo a Bíblia, a Terra É PLANA. E o resto varia: há criacionistas de curto prazo, que dizem que o Universo foi criado há 6000 anos; os de longo prazo já aceitam os bilhões de anos e por aí vai. Não vou detalhar tudo. De qualquer forma, é preciso aos cristãos fazerem tudo quanto é malabarismo e distorções de fatos científicos para salvar a infabilidade da Bíblia, pois é nela que estão os fundamentos cristãos.
    ? Há afirmações tão absurdas como esta em TODA a obra espiritista. É o sujo falando do mal lavado. Então, pq o espiritismo é seria, destarte, a versão reloaded do cristianismo? Ademais, o espiritismo tb se posiciona de forma criacionista quando fala em geração espontânea. Não vejo muitas diferença.
    .
    Já nós espíritas estamos confortáveis quanto a isso. Ramatis escreveu todo um livro falando de vida em Marte. Falou besteira. E daí? É sustentáculo para a Doutrina Espírita que exista vida em Marte? Disse Kardec que foi lá que a humanidade surgiu e os ETs a trouxeram para a Terra? Não. A mesma coisa é para o Emmanuel e os exilados de Capella. Se os astrônomos forem unânimes em dizer que o sistema solar de Capella é inviável para a manutenção de formas de vida, isso só vai tirar o sono dos emanuelistas…
    ? Isso só reforça meu argumento que médiuns não são confiáveis e q os ditos espíritos só erram. Alguém olhou em um telescópio do século XIX e só reproduziu as teorias existente na época, atribuindo um caráter místico e metafísico às afirmações. Eu, se fosse um destes espíritos, volitava até Marte e Capella para checar as informações antes de publicar um livro e expor o médium e a doutrina espírita ao ridículo.
    .
    Portanto, Larissa, o Espiritismo continua o mesmo, sem nenhum abalo por conta de desmentidos científicos a coisas que espíritos disseram.
    ? Voltamos a história que se os espíritos não são confiáveis em suas predições. E se não são confiáveis, me questiono se eles realmente existem ou se são fruto da engenhosa mente humana. O espiritismo não continua o mesmo. Se os espíritos não podem ser invocados e se quando dão o ar de sua graça só conseguem expressar a opinião pessoal do médium, é o mesmo que dizer que eles só existem na cabeça do aparelho comunicante. Isso é a pá de cal na DE.
    .
    Eu só estou no aguardo dos desmentidos à pesquisa mediúnica feita, pois isso até hoje eu não vi.
    ? Uma pergunta para que eu possa me posicionar: você acredita em Emmanuel, Joana de Angelis, Lucius, etc?

  637. Larissa Diz:

    (quando eu colei a primeira versão, as setas não sairam). Leiam esta que fica mais didático.

    – Depende de que provas você está procurando.
    –>
    EU: Provas objetivas, como a leitura de um parágrafo de uma enciclopédia. O médium psicofônico ou psicoescrevente em uma sala e a enciclopédia aberta em outra.
    .
    O caso que contei envolvendo a minha prima é suficiente para mim. Eu não precisei estar lá pra ver a coisa acontecer. Eu a conheço, sei que é uma pessoa séria e não inventaria uma história dessas.
    –>
    EU: Não duvido de sua palavra. Só me espanta que nada semelhante jamais aconteça quando há céticos por perto.
    .
    A mesma coisa para mim são relatos de eventos passados. Avalio o que dizem e quem diz. Crookes e outros cientistas, por exemplo, disseram dos médiuns coisas que irritavam profundamente os seus colegas cientistas descrentes. Dos trabalhos que deixaram escrito, não achei até hoje qualquer refutação séria. Então suponho por isso que são confiáveis.
    –>
    EU: Eu preciso estudar estes casos com mais calma. No entanto, vc, como cientista, sabe que um fenômeno autêntico se repete. Alguma vez já foi repetido o experimento de Crookes? Claro que não.
    .
    Já um verdadeiro cético sábio, culto, racional e inteligente acredita em QUALQUER BESTEIRA que se diga contra os médiuns.
    –>
    EU: Destes predicados só aceito a de cética. Eu não tenho nenhum tipo de vantagem pessoal em ficar desmentindo médiuns através de “besteiras” que se digam por aí. Só que as maiores besteiras que encontrei foram, sem dúvidas, no espiritismo. Eu estou interessada em saber a verdade.
    .
    À exceção das irmãs Fox, nenhum dos médiuns consagrados jamais confessou fraude. Mas os sábios céticos acreditam em qualquer um que diga que o médium lhe confessou fraude… A palavra, e só ela, aqui vale. Já os experimentos e todo o esforço que os pesquisadores do passado fizeram… Ah! Isso nada vale.
    –>

    EU: Antes houvessem confessado. As fotos do CX com a mulher fantasiada foram ridículas.
    .
    Assim é o verdadeiro ceticismo.
    –>
    EU: Não. O verdadeiro ceticismo quer saber a verdade, seja ela qual for. Acho que quem acredita em qualquer bobagem são os crédulos e não os céticos.
    .
    – Larissa, veja bem uma coisa: declarações de espíritos NÃO FAZEM a parte científica do Espiritismo.
    –>
    EU: Fiquei confusa agora…então pq os espíritos superiores saíram deflagrando uma série de afirmações erradas que comprometeram perpetuamente o espiritismo?
    .
    Ciência vem de um trabalho que inclui EXPERIMENTAÇÃO. O trabalho feito pelos pesquisadores, cuja grande maioria nem era espírita ou até era hostil ao Espiritismo, em cima dos médiuns é a parte científica do Espiritismo.
    –>
    EU: Continuo confusa. Achei que a Gênese fosse obra dos espíritos. Idem os livros de CX, DF e Cia.
    .
    As pataquadas “científicas” ditas por espíritos a Kardec e a outros são OPINIÕES tão válidas ou inválidas quando aquelas emitidas por qualquer pessoa aqui da Terra mesmo. E um detalhe importante: NENHUMA DELAS é fundamento da Doutrina Espírita.
    –>
    EU: Isso é o mais grave para mim. Se os espíritos superiores erraram absolutamente TUDO sobre a parte científica, imagine os erros que há na parte que não pode ser testada. O que o espiritismo nos pede é que confiemos cegamente em médiuns que erraram convulsivamente.
    .
    Esse é um gravíssimo problema que afeta os verdadeiros cristãos. Com uma ou outra camuflada exceção, os teólogos das religiões cristãs apresentam a Bíblia como sendo EXATA E INFALÍVEL E ABSOLUTAMENTE VERDADEIRA EM TUDO SOBRE O QUE SE MANIFESTA. Há publicações cristãs onde há um quadro “Cremos”, onde tal assertiva aparece.
    –>
    EU: Eu ainda acho q se iniciarmos uma reforma séria no espiritismo, o resultado será uma nova religião em que os espíritos não participarão das revelações. Se erraram com Kardec e CX, teoricamente missionários adiantados, imagine conosco, os céticos umbralinos.
    .
    Diante disso, faço uma gozação: um verdadeiro cristão deve crer que a Terra é plana, situa-se no centro do Universo, que este tem só 6000 anos de existência, que o Céu é sólido, que um Dilúvio inundou a Terra inteira, e mais umas outras tantas “abobrinhas”. Como tudo isso já foi desmentido pela Ciência e pela REALIDADE, aí então os teólogos cristãos entram em desespero para salvar a infabilidade bíblica. Dizer que a Terra é plana é tão absurdo que só lhes restou reinterpretar o texto bíblico:
    _ Olha lá! Diz a Bíblia que Deus está acima do CÍRCULO da Terra. Ora a palavra círculo também pode ser entendida como redondeza. Isso mostra que a Bíblia já dizia que a Terra é redonda!
    Acontece que o Diabo levou Cristo para o cume de uma montanha TÃO ALTA do qual se podia ver TODOS os reinos da Terra. Ora, do cume do Everest NÃO DÁ para ver todos os reinos da Terra porque a dita Terra é… redonda. Ele só poderia ver todos os reinos se a Terra fosse… plana. Portanto não adianta: segundo a Bíblia, a Terra É PLANA. E o resto varia: há criacionistas de curto prazo, que dizem que o Universo foi criado há 6000 anos; os de longo prazo já aceitam os bilhões de anos e por aí vai. Não vou detalhar tudo. De qualquer forma, é preciso aos cristãos fazerem tudo quanto é malabarismo e distorções de fatos científicos para salvar a infabilidade da Bíblia, pois é nela que estão os fundamentos cristãos.
    –>
    EU: Há afirmações tão absurdas como esta em TODA a obra espiritista. É o sujo falando do mal lavado. Então, pq o espiritismo é seria, destarte, a versão reloaded do cristianismo? Ademais, o espiritismo tb se posiciona de forma criacionista quando fala em geração espontânea. Não vejo muitas diferença.
    .
    Já nós espíritas estamos confortáveis quanto a isso. Ramatis escreveu todo um livro falando de vida em Marte. Falou besteira. E daí? É sustentáculo para a Doutrina Espírita que exista vida em Marte? Disse Kardec que foi lá que a humanidade surgiu e os ETs a trouxeram para a Terra? Não. A mesma coisa é para o Emmanuel e os exilados de Capella. Se os astrônomos forem unânimes em dizer que o sistema solar de Capella é inviável para a manutenção de formas de vida, isso só vai tirar o sono dos emanuelistas…
    –>
    EU: Isso só reforça meu argumento que médiuns não são confiáveis e q os ditos espíritos só erram. Alguém olhou em um telescópio do século XIX e só reproduziu as teorias existente na época, atribuindo um caráter místico e metafísico às afirmações. Eu, se fosse um destes espíritos, volitava até Marte e Capella para checar as informações antes de publicar um livro e expor o médium e a doutrina espírita ao ridículo.
    .
    Portanto, Larissa, o Espiritismo continua o mesmo, sem nenhum abalo por conta de desmentidos científicos a coisas que espíritos disseram.
    –>
    EU: Voltamos a história que se os espíritos não são confiáveis em suas predições. E se não são confiáveis, me questiono se eles realmente existem ou se são fruto da engenhosa mente humana. O espiritismo não continua o mesmo. Se os espíritos não podem ser invocados e se quando dão o ar de sua graça só conseguem expressar a opinião pessoal do médium, é o mesmo que dizer que eles só existem na cabeça do aparelho comunicante. Isso é a pá de cal na DE.
    .
    Eu só estou no aguardo dos desmentidos à pesquisa mediúnica feita, pois isso até hoje eu não vi.
    –>
    EU: Uma pergunta para que eu possa me posicionar: você acredita em Emmanuel, Joana de Angelis, Lucius, etc?

  638. Larissa Diz:

    Acho que eu vou ser um espírito muito barraqueiro na erraticidade…

  639. Marcos Arduin Diz:

    “EU: Provas objetivas, como a leitura de um parágrafo de uma enciclopédia. O médium psicofônico ou psicoescrevente em uma sala e a enciclopédia aberta em outra.”
    – Vou repetir a pergunta que já lhe fiz antes e você não me deu resposta clara: o que fica provado com isso? Onde encaixo os espíritos nesse experimento?
    .
    “EU: Não duvido de sua palavra. Só me espanta que nada semelhante jamais aconteça quando há céticos por perto.”
    – Larissa, a isso eu tenho um termo que resume precisa e diretamente essa situação tão frequente: INFELIZ DESCOINCIDÊNCIA. Toda vez que há algum médium atuante e daqueles que produzem fenômenos dos bons, NUNCA APARECE um cético hábil e capacitado a estudar o dito médium. Os únicos que aparecem são os Crookes, Richets, Delannes, Varleys, etc e tal, frequentemente acusados pela comunidade cética de serem gente burra, incompetente, incapaz, que nada entedia de ilusionismo, isso quando não eram acusados de tarados e sacanas mal intencionados.
    Quando o médium morre ou não atua mais, aí sim aparecem os tão sábios e competentes céticos apenas para dizer que tudo não passa de pouca vergonha.
    Chico Xavier, tão aclamado pelos espíritas babões, atuou durante décadas de forma muito consagrada. Quantos céticos apareceram para estudá-lo? NENHUM.
    .
    “EU: Eu preciso estudar estes casos com mais calma. No entanto, vc, como cientista, sabe que um fenômeno autêntico se repete. Alguma vez já foi repetido o experimento de Crookes? Claro que não.”
    – Fenômenos físicos e químicos se repetem sim, há laboratórios em todo mundo capazes de reproduzi-los. Terremotos, cometas, furacões também se repetem, embora sejam imprevisíveis.
    Mas eventos humanos são outra coisa. Não se repetem Leonardo da Vinci, Rafael, Michelangelo, Mozart, etc e tal. Cada um deles foi único. E os médiuns também foram únicos. O caso é que pesquisadores, a grande maioria não espírita ou até hostil ao Espiritismo CONFIRMARAM a ocorrência de eventos mediúnicos. Os que negaram ou nem foram ver a coisa ou já encerraram tudo ao obterem um tão desejado evento supostamente suspeito.
    Então, minha cara, o problema é acontece ou não acontece. O lance é até onde vai a honestidade do investigador.
    .
    “EU: Destes predicados só aceito a de cética. Eu não tenho nenhum tipo de vantagem pessoal em ficar desmentindo médiuns através de “besteiras” que se digam por aí. Só que as maiores besteiras que encontrei foram, sem dúvidas, no espiritismo. Eu estou interessada em saber a verdade.”
    – Vai ser difícil achá-la entre os sábios céticos. Você vai ficar proclamando que Ana Eva Fay enganou o Crookes pois teve a sorte de faltar força no teatro… em 1875 e aí substituiu uma mão pelo joelho e aí “produziu” o fantasma? O grande bambambam Massimo Polidor proclama isso. O Vitor, aqui, se não reparou, ficou em pânico, completamente desesperado, na tentativa de salvar sua fé de que o experimento do Crookes foi falho. Leia o que ele argumentou.
    .
    “EU: Antes houvessem confessado. As fotos do CX com a mulher fantasiada foram ridículas.”
    – Larissa, aqui vem umas das causas que levaram os pesquisadores ao desânimo e por fim abandonaram essas pesquisas (daí se acreditar que hoje os fenômenos não mais ocorrem…). NADA do que se mostre ou do que se descreva contenta o pessoal cético. Então diz você que as fotos do Chico junto com a Josefa eram ridículas. Pois é, dizem que as fotos de Crookes junto com a Kate King também o seriam. E o argumento era:
    _ Mas vocês não estão vendo que é a própria médium ou algum cúmplice disfarçado de fantasma?
    Isso quando o fantasma parece uma pessoa viva e real.
    No caso da Anna Prado, ela produzia fantasmas desproporcionais, com cabeça pequena e corpo normal, ou braços longos demais, etc e tal. Era justamente para mostrar que não era nenhuma pessoa disfarçada. E o que diz o pessoal cético?
    _ Mas vocês não estão vendo que tudo não passa de marionetes?
    A Marthe Beraud produzia formas planas ou pouco salientes e o que diz o pessoal cético?
    _ Mas vocês não estão vendo que tudo não passa de papel ou papelão pintados?
    E a mesma coisa é com os métodos. O pessoal cético fala de ambiente bem fiscalizado e controlado, com tudo trancado para garantir que nenhum cúmplice entraria, etc e tal… Só que quando vou conferir os protocolos, os antigos pesquisadores tomaram todas essas providências exigidas. Então onde foi que erraram?
    E os registros? Há fotos, filmes, testemunhos, etc e tal. E o que diz o pessoal cético? Que NADA PROVAM, pois em algum ponto, podem ser fraudados. Então qual é a forma de registro absolutamente confiável? Os céticos não nos dizem e nós também não sabemos.
    .
    EU: Não. O verdadeiro ceticismo quer saber a verdade, seja ela qual for. Acho que quem acredita em qualquer bobagem são os crédulos e não os céticos.
    – Você ainda é muito jovem e não sabe nada do que há de pesquisa no assunto. Quando estudar a coisa direito, vai entender que o ceticismo é feito por GENTE e gente tem preconceitos, opiniões, pontos de vista e _ o mais importante de tudo _ FÉ.
    .
    “EU: Fiquei confusa agora…então pq os espíritos superiores saíram deflagrando uma série de afirmações erradas que comprometeram perpetuamente o espiritismo?”
    – Há Espíritos Superiores e espíritos superiores. Uns não são iguais aos outros. Os primeiros são aqueles que estão no fim do processo evolutivo espiritual, faltando pouco para se tornarem espíritos puros. Pretender que eles venham ter pessoalmente com a gente e dizer coisas que seriam da nossa competência descobrir, é muita massagem para o nosso ego. Kardec, por motivos óbvios, achou que a obra que fez teve o dedo desses espíritos.
    Mas o dedo foi dos espíritos superiores. Esses aí nada se parecem com os primeiros. Eles são espíritos com maior grau de cultura e moralidade que a maioria dos humanos, mas ainda vão ter de evoluir MUITO para chegar a ser Espíritos Superiores.
    Então esses espíritos superiores deram seus pitacos e opiniões e, obviamente, estavam limitados pela sabedoria da época.
    Lá no LE mesmo está dito que os espíritos NÃO PODEM nos fornecer conhecimentos já prontos e acabados. Então o que Kardec fez foi COLHER respostas a certas perguntas, mas não tinha como afiançar sua credibilidade. O máximo que ele podia fazer era confrontar essas respostas com o que algum cientista amigo pensava a respeito.
    .
    EU: Continuo confusa. Achei que a Gênese fosse obra dos espíritos. Idem os livros de CX, DF e Cia.
    – A Gênese é um livro DE KARDEC e não foi ditada por espíritos. No máximo há ali um capítulo escrito por Camile Flamarion, supostamente ditado pelo espírito de Galileu (o Galileia). Porém o próprio Flamarion admitiu depois que tudo NÃO PASSOU DE ANIMISMO.
    Se livros do Chico, Divaldo ou qualquer outro médium fazem abordagens que supostamente teriam um caráter científico, são apenas OPINIÕES, PALPITES, CHUTES. Se não há possibilidade de verificação experimental, então NÃO É CIENTÍFICO. Ponto.
    .
    “EU: Isso é o mais grave para mim. Se os espíritos superiores erraram absolutamente TUDO sobre a parte científica, imagine os erros que há na parte que não pode ser testada. O que o espiritismo nos pede é que confiemos cegamente em médiuns que erraram convulsivamente.”
    – Não me consta que o Espiritismo peça isso. Inclusive porque sempre entendi que nos alerta exatamente para irmos pelo caminho oposto. O que dizem os espíritos, mas que não pareça lógico, ou é muito fantasioso ou não tenha como ser verificado de forma alguma, que fique de quarentena. Parece-me que você fez um estudo MUITO DESLUMBRADO do Espiritismo…
    .
    “EU: Eu ainda acho q se iniciarmos uma reforma séria no espiritismo, o resultado será uma nova religião em que os espíritos não participarão das revelações. Se erraram com Kardec e CX, teoricamente missionários adiantados, imagine conosco, os céticos umbralinos.”
    – O que teria a ser reformado no Espiritismo? Existe uma parte filosófica e moral nele. O que tem contra essas duas coisas? Já a parte científica, muito negligenciada no Brasil, é aquilo que já falei: o experimental mediúnico. Já “revelações científicas de espíritos” são ASQ: acredite se quiser.
    .
    “EU: Há afirmações tão absurdas como esta em TODA a obra espiritista. É o sujo falando do mal lavado. Então, pq o espiritismo é seria, destarte, a versão reloaded do cristianismo? Ademais, o espiritismo tb se posiciona de forma criacionista quando fala em geração espontânea. Não vejo muitas diferença.”
    – Não li TODAS as obras espíritas para dizer que em todas há afirmações tão absurdas… Claro, erros todos cometem, afinal espíritos ou encarnados são apenas humanos.
    Quanto ao sujo e mal lavado, ao menos nós espíritas admitimos não ter obras sagradas, ditadas pelo próprio Deus, exatas e infalíveis. Já os cristãos…
    Ô minha cara! A geração espontânea ainda era algo sim e não na Ciência na época de Kardec. Pasteur provou que a geração espontânea NÃO EXISTE? Resposta: _ NÃO!
    Em Ciência não se prova que algo não existe. O que Pasteur provou foi que tudo aquilo que era apresentado como prova da geração espontânea não passava de erro de observação ou experimental.
    Vou te contar um historinha interessante. Por essa época Ernest Haeckel fez toda uma descrição de como seria a linhagem evolutiva baseada na ontogenia. Haeckel era muito arrebatador e impositivo e sua teoria era muito aceita. Ele dizia que a vida começara por organismos muito simples, os quais chamou de moneras. Seriam células com apenas uma membrana e poucas estruturas internas. E sua origem, obviamente teria de ser por um processo de… geração espontânea (a moderna teoria sobre a origem da vida não difere muito disso, caso não saiba). Haeckel examinou sedimentos marinhos conservados em álcool e lá encontrou as ditas moneras.
    Então houve expedição científica inglesa entre 1872 e 1876, chamada Challenger, por causa de um corveta inglesa com esse nome. Foram dragados sedimentos do fundo do Mar do Norte e analisados em microscópios com aumento de até 1000 vezes em busca das moneras vivas… Mas nada foi encontrado.
    Então alguém se lembrou que o sedimento analisado por Haeckel estava conservado em álcool. Aí puseram o dito álcool na lâmina com o sedimento e… as moneras apareceram. Não eram células e sim um coloide de fosfato. E um adendo a isso, houve outro cientista que achou uma monera só com a parede, sem o conteúdo celular, e um japonês também achou moneras em lâminas de rocha. Vê só o que o poder da fé pode fazer com a mente científica?
    Saiba mais neste site adventista: http://circle.adventist.org/files/unaspress/parousia2010014709.pdf
    .
    Mas como ficava essa questão das moneras se Pasteur desmentira a geração espontânea? Bem, como eu disse, ele NÃO PROVOU que a geração espontânea na existia, mas que os seus defensores usavam de argumentos errados. Haeckel resolveu isso de modo muito simples: a geração espontânea ocorria sim, mas não da maneira que seus defensores pensavam. Ela exigiria condições muito especiais para que se pudesse formar um ser vivo.
    É o que diziam quando comecei a cursar Biologia. Então há bilhões de anos haveria aquela tal atmosfera anóxida, que permitiu o acúmulo de aminoácidos e… daí surgiram as condições para que a vida aparecesse. Tem algum nome diferente para isso que não seja geração espontânea?
    .
    “EU: Isso só reforça meu argumento que médiuns não são confiáveis e q os ditos espíritos só erram. Alguém olhou em um telescópio do século XIX e só reproduziu as teorias existente na época, atribuindo um caráter místico e metafísico às afirmações. Eu, se fosse um destes espíritos, volitava até Marte e Capella para checar as informações antes de publicar um livro e expor o médium e a doutrina espírita ao ridículo.”
    – Acho que não te contaram, então vou fazê-lo agora: quando um fanático católico, protestante, ateu, etc e tal bate com as dez ELE NÃO MUDA SEU MODO DE PENSAR. O católico fanático continuará católico fanático. Já soube mais de uma vez da existência de confrarias católicas entre os espíritos. E eles continuarão na defesa da fé católica. Não seria do interesse deles “revelar” coisas fantásticas a algum médium invigilante, porém famoso, e com isso fazer o Espiritismo passar vergonha?
    .
    “EU: Voltamos a história que se os espíritos não são confiáveis em suas predições. E se não são confiáveis, me questiono se eles realmente existem ou se são fruto da engenhosa mente humana. O espiritismo não continua o mesmo. Se os espíritos não podem ser invocados e se quando dão o ar de sua graça só conseguem expressar a opinião pessoal do médium, é o mesmo que dizer que eles só existem na cabeça do aparelho comunicante. Isso é a pá de cal na DE.”
    – O Chico Xavier é o responsável maior por essa pá de cal, pois é dele a frase “o telefone toca de lá para cá e não daqui para lá”. Ou seja, foi ele que criou essa máxima de que NÃO DEVEMOS evocar espíritos… Ora, se Kardec fazia isso, por que não podemos fazê-lo. Nesse particular concordo plenamente com o Alamar Régis, de que estamos perdendo muito com esse modo xaveriano de pensar.
    .
    “EU: Uma pergunta para que eu possa me posicionar: você acredita em Emmanuel, Joana de Angelis, Lucius, etc?”
    – Não. Posso considerar, no máximo, algo que tenha valor moral partindo deles. Mas quaisquer outras pataquadas demonstradas falsas ou duvidosas, descarto sem mais aquela.

  640. Gorducho Diz:

    Professor, o Sr. fez uma observação há pouco tempo (talvez acima nesta mesma rubrica?) sobre um aspecto que pretende enfatizar relativamente à metodologia científica, na condição de coordenador da área. Não me lembro exatamente, mas achei muito adequado e se bem me lembro tem a ver com isto aqui discutido. Ainda, não esqueça que tem sido instado a colaborar no desenho dos experimentos. Colabore.
    Ora, temos o modelo do Kardec (para não complicar, restrinjamos à especificidade) e queremos experimentá-lo. Se o modelo corresponder à realidade, o experimento tem que resultar positivo. Sem as dúbias análises estatísticas ou as patéticas canalizações com enigmas em latim ciceroniano. No modelo Kardecista, os “espíritos” enxergam o ambiente – portanto podem ler; podem se deslocar (que eu saiba a teoria não especifica a partir de qual distancia o espírito pode canalizar para o médium); e o “médium” pode entender o que está sendo transmitido – até textos extremamente complexos.
    Então: (i) se o modelo de vocês (pois que o adotam) corresponder à realidade; (ii) um espírito estiver presente no ambiente; (iii) e o suposto “médium” for médium, o experimento tem que funcionar. E é completamente repetível com qualquer médium (que se apoie neste paradigma, claro), em qualquer lugar do mundo.
    É isso. Simples não?

  641. Guto Diz:

    Marciano, mulher é FOD!!!! Da outra vez não falou nada. Mas, ontem, ficou de cara feia quando me viu digitando. Quando ela for tomar banho com a minha filha eu escrevo! 🙂 Valeu!

  642. Marciano Diz:

    Arduin,
    Eu sabia dessa história de a homeopatia matar menos do que os médicos, justamente por ser inócua. Já tinha lido em algum lugar. É sensato, até hoje médicos matam. Cínico, porém, provavelmente verdadeiro.
    .
    Eu já vi esse convite,
    Larissa.
    Isso não é sério.
    Só para aparecerem.
    .
    Guto,
    Estou esperando.
    Valeu.
    .
    Mais um dia se passou, lancei o terceiro desafio, nenhum espírito trevoso covarde fez nada comigo.
    Alguém aí tem uma explicação para a pusilanimidade desses espíritos perigosos de mentirinha?
    Nos livros espíritas eles fazem coisas terríveis com encarnados, comigo não fazem absolutamente nada, apesar de provocados, instados, solicitados.
    Acho que a razão é a mesma pela qual o maldoso Lex Luthor não faz nada comigo. Não existem.
    Alguém quer dar uma opinião?
    Por que será que nos livros espíritas eles são tão perigosos e na vida real, comigo, são uns bundões?

  643. Guto Diz:

    Marcianno, hoje não vai dar para escrever não, pois vou demorar um pouco para relatar as coisas com detalhes. Não tô com muito tempo. A Dona patroa tá toda hora se queixando.
    Só queria fazer uma pergunta a todos:
    O Big Bang é uma teoria com diversas controvérsias. Mal se sabe direito sobre o universo. O Marciano AFIRMA que tudo no universo é caos. Existem teorias que apontam que não. Só o Buraco Negro, Super novas, Galáxias, Sistemas Solares, quasares, pulsares e outros que ninguém sabe AO CERTO o que são? Fora a matéria escura. Einstein apontava sobre a questão do espaço-tempo. Meus caros é uma infinidade de possibilidades! Como podemos afirmar algo?
    O causo do ônibus e da minha vó fica para outro dia. Não vou esquecer não. Valeu!

  644. Marciano Diz:

    Guto,
    você me entendeu mal. Eu disse que o universo é o que é. Quem vê caos ou organização é a mente humana.
    O conceito de caos e o de organização são produto da mente humana.
    Psicologia devia fazer parte do currículo de Física.
    Tente definir caos ou organização objetivamente, sem usar avaliação pessoal.
    Se não entendeu, deixe pra lá.
    Não dá pra explicar com poucas palavras.
    Um abraço.

  645. Marcos Arduin Diz:

    “Então: (i) se o modelo de vocês (pois que o adotam) corresponder à realidade; (ii) um espírito estiver presente no ambiente; (iii) e o suposto “médium” for médium, o experimento tem que funcionar. E é completamente repetível com qualquer médium (que se apoie neste paradigma, claro), em qualquer lugar do mundo.
    É isso. Simples não?”
    – Não, não é, Balofo. O mundo material e o espiritual são DUAS DIMENSÕES DISTINTAS, ainda que “ocupem o mesmo espaço”. Ainda que o espírito possa perceber amplamente o ambiente material, passar isso ao médium já fica complicado. Um descrição dada a respeito de como o espírito se sente quando “canaliza”, é como se saíssemos de um ambiente amplo e iluminado e subitamente nos víssemos dentro de um tronco escuro onde só pudéssemos olhar por um buraquinho.
    Há sim experimentos que foram feitos e comprovam a capacidade dos espíritos perceberem coisas do ambiente, mas também eles próprios dizem terem limitações.
    É como, dando um defeito no carro de um cidadão, aparece outro e o ajuda a consertar. Mais adiante o defeito reaparece e outro cidadão é atencioso, mas não sabe o que fazer.
    Os espíritos não são todos iguais e por isso os fenômenos que produzem nem sempre o serão também.

  646. Gorducho Diz:

    🙂 As contorções dos espíritas para fugirem dos experimentos são preciosas. Os “espíritos” escrevem até em inglês espelhado, mas não enxergam uma página da BARSA.
    Eu sabia que o Sr. não ia me decepcionar, Professor: encontraria uma “explicação”!

  647. Gorducho Diz:

    Verificação de Conhecimentos
    Disciplina: Espiritismo Experimental 101
    Lente: G. Grassouillet
    ===========================================================
     
    Espiritos, quando na crosta, enxergam o ambiente terrícola?
    ( ) não
    ( ) sim
    Hint: os espíritos sentem o agradável cheirinho do mar e o fom-fom dos autocarros.
     
    [pensamento] “Essa prova está difícil, vou dar uma dica para que todos passem – estamos no Brasil e eu não quero me incomodar…”
     
    Por sugestão do instrutor, abeiramo-nos do mar, em
    exercício respiratório de maior expressão.
    Vicente e eu estávamos positivamente exaustos. Reconhecíamos que o esforço fora significativo para nossas escassas forças. Indiferentes à nossa presença, os transeuntes passavam apressados, de mente chumbada aos problemas de ordem material. Fonfonavam ônibus
    repletos. A grande baía figurava-se-nos cheia de forças renovadoras.
    Quando se acendiam as primeiras luzes elétricas, Aniceto convidou-nos, generosamente:
    — Vamos ao reconforto!

  648. Gorducho Diz:

    Société, 16 mars 1858 – manifesta-se Méhémet-Ali, que encarnado fora pacha d’Egypte. Não adianta resvalar, Professor: na cosmologia espírita, ultramundanos enxergam o ambiente terrícola. Se algum não enxergar, não invalida nosso experimento. Quando a alma comparecer, pergunta-se se ela está enxergando ou não. Se não está, cancela-se o experimento. Se o “médium” alegar que só comparecem almas visualmente prejudicadas, é fake (o “médium”).
    Note-se que está trabalhando a grande Ermance Dufaux!
     
    (…)5. Sob que forma e em que lugar estais entre nós?
    – Sob a que leva o nome de Méhémet-Ali; perto de Ermance.
    6. Gostaríeis que vos déssemos um lugar especial?
    – A cadeira vazia.
    Remarque. Havia ali perto uma cadeira vazia à qual não se prestara atenção.

  649. Marciano Diz:

    As racionalizações do Arduin parecem-me com as explicações de Kal-El, aka Clark Kent, para Lois Lane.
    Ele, também, sempre encontra uma explicação “convincente”.
    .
    “Fonfonavam” é um verbo tão delicado. . .

  650. Montalvão Diz:

    .
    Arduin,
    .
    Examinei mais esta sua apologia das materializações antigas (as quais, misteriosamente, não se repetem no presente) e concluo que esticar a discussão vai fazer com que vejamos a morte e a conversa não finda. No meu modo encarante, considerando as poucas ponderações que apresentei, e os detalhados esclarecimentos do Vitor, existem elementos suficientes para, no mínimo dos mínimos, inferir que aqueles casos estão mal esclarecidos. Portanto, na melhor das hipóteses, não se pode acatar que espíritos se materializem baseando-se nos experimentos de Crookes. A pior das hipóteses sabemos qual seja: William foi dramaticamente logrado. As experiências que vieram após Crookes, em vez de esclarecer, acrescentaram mais dúvidas.
    .
    A solução para essa encrenca passa pela via que sua nobre figura não quer trilhar, nem admitir: a feitura de experimentos atuais, em que controles adequados sejam postos a funcionar, de modo a comprovar ao mundo molhado de dúvidas que realmente entes sem carnes se revistam delas pela mágica do ectoplasma. Suas desculpas para reconhecer esse fato são tão ingênuas que a própria ingenuidade delas se ri: basicamente, alega que os espíritos “cansaram” de dar provas de suas realidades e agora só se manifestam a quem neles acredita (mesmo a estes, no escuro).
    .
    Seus belos olhos cristalizaram-se em eventos do passado, pois neles encontra meios de defender-se (só Deus sabe como) das múltiplas objeções contra à realidade de espíritos entre nós. Testes objetivos que poderiam ser aplicados aos alegados desencarnados agindo no ambiente, sejam materializados sejam sob manifestação mediúnica, são menosprezados por sua fidalguia. Opta por apegar-se à subjetividade de validações pessoais: pessoas ávidas por receberem recados de falecidos (e acreditarem que tal seja possível) confessam-se supersatisfeitas com as mensagens e isso conta como “prova”. Infelizmente, o equívoco dessa apreciação é patente.
    .
    Postei o texto do Brod, que já deve ser seu conhecido, pois publicado no Obras, objetivando enriquecer a discussão e mostrar que a validade dos experimentos crookeanos eram questionadas por seus contemporâneos. O cientista que descobriu o tálio e deu ao mundo o caminho para que, qualquer interessado, verificasse se o elemento realmente existia, não conseguiu, com seus estudos de materialização, deixar nenhum caminho satisfatório de confirmação. Nem mesmo o por você adorado galvanômetro tornou-se instrumento de uso corriqueiro, o que seria esperável, visto, segundo sua concepção, tratar-se de equipamento proporcionador de segurança nos testes com médiuns materializadores.
    .
    Dito isto, comento especificamente uns pontos de seu pronunciamento.
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    MARCOS ARDUIN DIZ: – Moisés, a minha queixa contra o pessoal cético, notadamente contra o Brookesmith, o Stephenson e o Thompson, é que esse pessoal ESPECULA MUITO e NÃO TESTA nenhuma dessas especulações. Aí tem-se o caso de uma suposta bobina com a mesma resistência do corpo da médium. Muito que bem, caso fossem pesquisadores sérios, primeiro cuidariam de saber se na época existiria alguma bobina nessas condições, que tornasse a fraude ao menos possível. Não me consta que tenham feito nada parecido. Se a bobina fosse de níquel cobre e os fios com grossura razoável para não se partirem facilmente (o que atrapalharia muito a médium), seria uma bobina GRANDE E PESADA. Se os fios fosse muito finos, podiam se partir facilmente e sua manipulação no escuro seria muito difícil.
    .
    COMENTÁRIO: nobre, seu argumento pode ser usado contra você, de modo avassalador: se é como diz, que o pessoal cético fala muito e não testa nada, o pessoal apologista faz pior, visto não realizar experiências confirmativas. Ao menos os céticos (alguns dos quais realizaram testes sim) objetam logicamente contra as falhas nos estudos de Crookes e sócios. Os advogados, em vez de demonstrarem que os experimentos de Crookes eram seguros, ficam apenas os defendendo discursivamente, e com argumentos que vou te contar, tipo dizer que os espíritos ficaram “ofendidos” por serem duvidados…

    .
    “[AGORA, ARDUIN E INTERESSADOS, CONSIDERE O PARÁGRAFO SEGUINTE] Infelizmente, (…) Tudo o que se pode dizer é que uma súbita e completa queda para zero por parte do galvanômetro no início de uma suposta materialização seria uma circunstância altamente suspeita.”
    MARCOS ARDUIN DIZ: – Moisés, o pessoal nem conseguia convencer seus pares de que o fenômeno existia, por mais controles que diziam usar. Eles eram PIONEIROS na coisa e aí tinham de pagar o preço do pioneirismo. O MÁXIMO QUE POSSO DIZER é que a materialização poderia ser obtida com material por onde não passava a corrente elétrica (ela não ia passar por TODO o corpo) e por isso não haveria alteração na corrente. Admitindo que o espírito poderia escolher de onde queria retirar o material, certamente não iria tirá-lo de locais onde daria aos pesquisadores a suspeita de fraude. O questionamento feito por Broad é algo que talvez pudéssemos pensar hoje em dia.
    .
    COMENTÁRIO: se isso é “MÁSSIMO” que pode dizer, então está encrencado. Ponderaria melhor e com maior sapiência se dissesse: “eles eram pioneiros: compreensível que cometessem erros e realizassem experiências inconclusivas; mas hoje podemos, e devemos, verificar os trabalhos antigos por meio de testagens que supram as deficiências e atestem, sem sombra de dúvidas, as postulações daqueles.”
    .
    A alegação de Broad sobre a incertabilidade dos testes com galvanômetro é uma das múltiplas incertezas que as afirmações de Crookes, a respeito da realidade de materializações, suscita. Se hoje tivéssemos experimentos firmes, a demonstrar que entes espirituais podem se revestir de carnes, todas as dúvidas antigas estariam sanadas. Então, veja só: a solução que realmente soluciona é desprezada. Deve ser mais lucrativo discutir-se infindavelmente a validade de trabalhos pioneiros (e sem experimentos atuais a confirmá-lo).
    /
    /
    “(ii) Podemos agora considerar a evidência elétrica aduzida por Varley, e o argumento que a envolve. O ponto essencial é este. Antes de a sessão ter começado, mas após ter conectado a médium ao circuito, Varley A FEZ REALIZAR VIGOROSOS MOVIMENTOS COM AS MÃOS E OS BRAÇOS.(…) Portanto, a suposição de que a ostensiva ‘Katie’ era simplesmente a médium, ainda no circuito, é insustentável.
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    [COMENTÁRIO DE MONTALVÃO: a explicação do autor não parece satisfatória, pois não está explícito que iguais movimentos que Varley pedira à medium pediu-os à materialização. Pelo que se lê, a movimentação dos pulsos e dedos fora ato mais brando que os “vigorosos movimentos” de mãos e braços requeridos à médium.]”
    .
    MARCOS ARDUIN DIZ: – O seu comentário, Moisés, não tem o menor cabimento. Por que iria pedir à médium que fizesse movimentos X, e estes alteravam a leitura do galvanômetro, e à fantasma pediria movimentos Y, que não teriam o mesmo resultado? E os colegas presentes não iriam achar estranha essa distinção?
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    COMENTÁRIO: o que falei se deduz da leitura do texto, a descrição dos movimentos pedidos à materialização não coincide com os solicitados à médium.
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    “EM VISTA DO QUE NÓS SABEMOS SOBRE OS PRIMEIROS E CONTEMPORÂNEOS ASSOCIADOS DE FLORENCE E DA HISTÓRIA POSTERIOR DELA, É ANTECEDENTEMENTE PROVÁVEL QUE ELA ESTIVESSE FRAUDANDO NESSA OCASIÃO. Mas eu não consigo pensar em nenhuma maneira óbvia, consistente com as observações, em que ela pudesse tê-lo feito.”
    .
    MARCOS ARDUIN DIZ: – Deixe-me ver: houve algumas acusações de fraude contra ela. Uma feita por um associado a uma médium rival e outra num caso que seria de TRANSFIGURAÇÃO e não sei de quais contemporâneos associados a ela esse cara está falando. De qualquer forma, ele confessa a falência de seu argumento ao não conseguir pensar num mecanismo óbvio de fraude.
    .
    COMENTÁRIO: pois é, eu também não consigo pensar como foi que aqueles médiuns enganaram Crookes (não ao nível de detalhe que sua nobiliarquia exige), mas posso suspeitar fortemente de que a fraude era possível e estivesse a ocorrer, isso com base nos aspectos que envolvem o fenômeno (escuridão, médium fora das vistas dos pesquisadores, sujeição dos cientistas às exigências do médium) e a incapacidade dos experimentares em superar essas limitações.
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    “Não posso fazer afirmações quanto ao conhecimento de teoria elétrica ou técnica, e eu ADMITO FRANCAMENTE QUE ACHEI O NEGÓCIO TODO DOS TESTES ELÉTRICOS DE VARLEY EM FLORENCE COOK EXTREMAMENTE CONFUSOS. Deve haver membros da S.P.R. com qualificações muito superiores às minhas para expressar uma opinião e realizar experimentos. Escrevi essas notas na esperança que algumas delas sejam respondidas. SERIA EXTREMAMENTE DESEJÁVEL QUE OS EXPERIMENTOS FOSSEM REPETIDOS, TÃO PRÓXIMOS QUANTO POSSÍVEL DAS MESMAS CONDIÇÕES QUE VARLEY DESCREVE (COM SOBERANOS E TUDO O MAIS!) COM ALGUMA PESSOA QUE DÊ TUDO O DE SI PARA FRAUDAR O CONTROLE; e assim estabelecer o que pode e o que não pode ser estabelecido no modo de subterfúgios. (Publicado no Site Obras psicografadas)”
    .
    MARCOS ARDUIN DIZ: – Moisés, SÓ VOCÊ está vendo confusão nesses experimentos porque quer acreditar em especulações imbecis. Temos aí o Stephenson e o Brookesmith e os otários que acreditam neles. Ambos fizeram só serviço porco, pois não cuidaram de testar nada do que é especulado. No máximo o Stephenson arrumou uma sósia de médium que falhou no teste proposto. Mesmo elogiando bobagens que o Brookesmith disse, como por exemplo a médium haver colocado os contatos dentro das ceroulas, ele não testou nada disso.
    .
    COMENTÁRIO: pelo visto não sou “só eu” que vejo confusão, porque a requisição de refazimento das experimentações e análise da funcionalidade do galvanômento como instrumento de controle não partiu de mim, sim do autor do escrito, com quem concordo. Serviço porco por serviço porco, onde estão os experimentos dos advogados de Crookes, a demonstrar que a faina desse cientista com espíritos foi realidade? Só vejo até aqui acusação de porquicidade, imbecilidade, e outras “ades” contra quem questiona a validade dos estudos de Crookes, mas não vejo a apresentação de nenhum estudo moderno que ratifique os achados daquele pioneiro…
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    MARCOS ARDUIN DIZ:Realmente, já que você acha tudo confuso, releia o que Crookes, Varley e Cia Bela fizeram e registraram, chame a senhora sua esposa ou outra madame da sua confiança, pegue um galvanômetro moderno e tente repetir com ela o que foi feito e inclua aí as especulações cretinas do Stephenson e Brookesmith. Quem sabe você se esclareça.
    .
    COMENTÁRIO: engraçado… não seriam os defensores Crookes e suas materializações quem deveriam fazer isso, e mostrar ao mundo duvidante, com resultados irretorquíveis, que a atividade de espíritos entre nós seja real? Ou, não seria, conforme foi aqui sugerido e não respondido, que céticos e crentes realizassem testes conjuntos? Ache um médium de materializações, você que tem intimidade na área (ou alguém de seu conhecimento que possa fazê-lo) e apresente-o aos céticos para que planejemos meios de verificar de vez essa imaginada realidade materializativa.
    .
    Para que não fiquemos de conversa mole, tomei a iniciativa de contatar o Lar Frei Luiz e pedir-lhe licença para investigar as materializações que dizem lá ocorrer. Faça a sua parte e contate outros endereços, até obtermos quem disposto a ser verificado. Reproduzo a mensagem que a eles remeti, cujo recebimento foi confirmado.
    .
    “Prezados senhores,
    Pesquiso assuntos ligados à manifestação de espíritos dentre os vivos. Fui informado que nessa respeitável casa ocorre materializações de desencarnados. Peço informar se aceitam investigação da realidade de entes espirituais virem até nós revestidos de corpos. A ideia é dar provas objetivas desse fenômeno, de modo que os incréus possam ter suas dúvidas sanadas. Pretendo após os testes publicar artigo noticiando o resultado das experiências. Grato.”
    O endereço deles é: http://www.lardefreiluiz.org.br/index.php?PD=3&Obj=53
    .
    Saudações objetivas

  651. Montalvão Diz:

    .
    Marciano Diz:
    SETEMBRO 26TH, 2013 ÀS 23:12
    .
    Que tal se um grupo de espíritos trevosos do tipo desses cagões auto-denominados Dragões do Mal, pra mim, dragões frouxões, viesse destruir minha vida, de preferência na madrugada de hoje para amanhã?
    .
    COMENTÁRIO: desde que postou a mensagem acima, Marciano não comunicou mais… estou preocupado… será que os caras foram lá e deram um tunda nele?

  652. Toffo Diz:

    Esse livro, Libertação, é um delírio completo. Nunca CX viajou tanto na maionese quanto nesse livro.

  653. Marciano Diz:

    Montalva,
    se liga, mano véio.
    Depois do desafio já postei comentários, aqui e no outro artigo.
    Tu tá comendo mosca.
    Saudações insetívoras

  654. Marciano Diz:

    Esses espíritos são frouxos mesmo, mais uma vez peidaram, sou mais forte do que qualquer legião deles.

  655. Marciano Diz:

    Toffo,
    vou confessar uma coisa, só pra você.
    Os outros não podem saber.
    Já chefiei uma tropa de elite do Lar Deles, fiz incursões frequentes no umbral, já fui até agente infiltrado naquele submundo.
    Já mandei muito vagabundo da falange dos Dragões do Mal pra vala (vala umbralina).
    Nenhum deles voltou pra tentar uma vingança, estão todos com o rabo entre as pernas.

  656. Marcos Arduin Diz:

    “A pior das hipóteses sabemos qual seja: William foi dramaticamente logrado.”
    – Seria demais lhe pedir a descrição precisa e minuciosa desse processo de logro, sem se afastar do que foi registrado por ele colegas?
    .
    “a feitura de experimentos atuais, em que controles adequados sejam postos a funcionar, de modo a comprovar ao mundo molhado de dúvidas que realmente entes sem carnes se revistam delas pela mágica do ectoplasma.”
    – Enquanto não temos a sorte de achar algum médium com a capacidade de produzir materializações, será que ao menos seria possível reproduzir DECENTEMENTE os experimentos feitos e encaixar neles as hipóteses de fraude e assim testarmos a viabilidade delas?
    .
    “O cientista que descobriu o tálio e deu ao mundo o caminho para que, qualquer interessado, verificasse se o elemento realmente existia, não conseguiu, com seus estudos de materialização, deixar nenhum caminho satisfatório de confirmação.”
    – Os tais estudos dependiam de médiuns com características especiais, não encontráveis em todos, e com prazo de validade. Alguns colegas de Crookes o acompanharam e viram o que ele viu e NUNCA O DESMENTIRAM. Os colegas dele que NUNCA QUISERAM ver coisa alguma, o DESMENTIRAM (ao menos nisso os céticos creem) com argumentos do tipo: sofria de alucinações, era extremamente míope, ficou apaixonado… Por que devo duvidar de quem viu e crer em quem nada viu?
    .
    “Ao menos os céticos (alguns dos quais realizaram testes sim) objetam logicamente contra as falhas nos estudos de Crookes e sócios.”
    – Comé? Objetam LOGICAMENTE? Dá para me passar a lista desses céticos e as publicações que fizeram? Desde quando, por exemplo, afirmar que uma tira molhada permitiria a fraude é objeção lógica?
    .
    “eles eram pioneiros: compreensível que cometessem erros e realizassem experiências inconclusivas”
    – UMA conclusão ao menos eles cuidavam de garantir: a de que o médium não poderia fazer os eventos que testemunharam por métodos fraudulentos. Tanto concluíram isso tão bem que até agora não vi nenhum experimento cético que demonstrasse que fazendo assim ou assado, com os recursos da época, o médium poderia reproduzir fraudulentamente tudo o que os pesquisadores registraram.
    .
    “Se hoje tivéssemos experimentos firmes, a demonstrar que entes espirituais podem se revestir de carnes, todas as dúvidas antigas estariam sanadas.”
    – Os nossos experimentos firmes de hoje seriam ridicularizados pela comunidade cética atual tal como os firmes experimentos de Crookes em sua época foram desconsiderados pelos seus pares crentes no Materialismo.
    .
    “o que falei se deduz da leitura do texto, a descrição dos movimentos pedidos à materialização não coincide com os solicitados à médium.”
    – Esse talvez seja uma das pouca concessões que eu faço: os experimentadores talvez não tenham feito descrições suficientemente precisas pelo fato de acharem que certas coisas deveriam ter ficado bem óbvias. Não queriam dar a impressão de que chamavam os leitores de burros. Só que nunca imaginariam que no futuro viram céticos efetivamente burros que usariam dessa falta de descrição repetitiva como argumento para dizer que o trabalho foi mal feito…
    .
    “e a incapacidade dos experimentares em superar essas limitações.”
    – Ah! O seu choro habitual contra a escuridão, ambiente isolado e sujeição à vontade do médium… Escuridão é INEGOCIÁVEL: as materializações não se sustentam em ambiente fortemente iluminado. Isolamento… Bem a irmã da Florence também produziu fenômenos SEM GABINETE e à vista de todos. Qual a sua desculpa para a fraude dela neste caso? Sujeição à vontade do médium? Ah! Sim. Com o propósito de GANHAR A CONFIANÇA do médium, o pesquisador inteligente se submetia a isso tudo e DEPOIS ia cercando cada vez mais até fazer valer AS SUAS IMPOSIÇÕES. Foi o que Crookes fez com a Florence Cook, caso você não conheça a história dela.
    .
    ” engraçado… não seriam os defensores Crookes e suas materializações quem deveriam fazer isso, e mostrar ao mundo duvidante, com resultados irretorquíveis, que a atividade de espíritos entre nós seja real?”
    – Não senhor, meu caro! Como eu disse, temos a limitação quanto a ter um médium de materialização e ainda o azar de sermos vítimas da gozação da comunidade cética, que certamente não levaria a sério nenhum desses experimentos.
    Então continuo devolvendo a bola aos céticos:
    _ Ah! Então foi TUDO FRAUDE? Beleza! Então me demonstrem como é que foi feita a fraude que explica TODOS os resultados que os pesquisadores anotaram em seus relatórios.
    .
    Moisés, NUNCA VI nada parecido no que os críticos disseram. O Stephenson arrumou uma sósia de médium, que como eu disse, falhou no experimento. Esse mesmo cara fala umas BESTEIRAS do experimento da Fay, dizendo que Crookes possibilitou a fraude por “interromper o circuito a todo instante para medir a corrente”. Na verdade só houve três dessas “interrupções” e já que ele estava com sua sósia de médium à disposição, por que não TESTOU essa afirmativa ao invés de só SUGERIR? Entende que é a isso que chamo de serviço porco?
    .
    E que resposta deram à sua solicitação? As Florences e Evas queriam ser conhecidas, chamar a atenção, mas hoje isso não interessa mais. E eu não conheço ninguém que trate materialização e portanto não vou “fazer a minha parte”. Prefiro, ao menos por enquanto, ficar no conforto do meu local de trabalho ou casa, aguardando que alguma bondosa alma cética finalmente faça algum trabalho de refutação decente, que me desse prazer em ler.

  657. Marcos Arduin Diz:

    “As contorções dos espíritas para fugirem dos experimentos são preciosas. ”
    – Balofo, nós espíritas não somos donos dos espíritos. Não estamos proibindo você de fazer os experimentos com a Barsa. Faça-os você mesmo e terá o melhor jeito de se convencer… a favor ou contra.

  658. Gorducho Diz:

    Manifesta-se Célima, tambor dos fusiliers de la garde, desencarnado durante a retirada depois da travessia do Berezina.
    1. Escreve-nos qualquer coisa, o que quiseres? – R. Ran plan plan, ran plan plan.
    2. Porque escreves isso? – R. Fui tambour.
    12. Onde morreste? – R. Nas neves.
    33. Nos vês tão claramente como se estivesses vivo? – R. Sim, perfeitamente.
    35. Diz-nos positivamente em que lugar estás aqui? – R. Estou perto da mesa, entre o médium e vós.

  659. Marciano Diz:

    Isto que nosso amigo Grassouillet postou não é brincadeira, embora pareça.
    Está na REVUE SPIRITE, do próprio Rivail.
    Eis aqui o trecho original:
    “L’Esprit paraissait avoir une prédilection marquée pour les batteries de tambour, car il y revenait à chaque instant sans qu’on les lui demandât ;
    souvent à certaines questions, au lieu de répondre, il battait la générale ou le rappel. Interrogé sur plusieurs particularités de sa vie, il dit s’appeler Célima, être né a Paris, mort depuis quarante-cinq ans, et avoir été tambour.
    Parmi les assistants, outre le médium spécial à influences physiques qui servait aux manifestations, il y avait un excellent médium écrivain qui put servir d’interprète à l’Esprit, ce qui permit d’obtenir des réponses plus explicites. Ayant confirmé, par la psychographie, ce qu’il avait dit au moyen de la typtologie sur son nom, le lieu de sa naissance et l’époque de sa mort, on lui adressa la série des questions suivantes, dont les réponses offrent plusieurs traits caractéristiques et qui corroborent
    certaines parties essentielles de la théorie.
    1. Ecris-nous quelque chose, ce que tu voudras ? – R. Ran plan plan, ran plan plan.
    2. Pourquoi écris-tu cela ? – R. J’étais tambour.
    3. Avais-tu reçu quelque instruction ? – R. Oui.
    4. Où as-tu fait tes études ? – R. Aux Ignorantins.
    5. Tu nous parais être jovial ? – R. Je le suis beaucoup.
    6. Tu nous as dit une fois que, de ton vivant, tu aimais un peu trop à boire ; est-ce vrai ? – R. J’aimais tout ce qui était bon.
    7. Etais-tu militaire ? – R. Mais oui, puisque j’étais tambour.
    8. Sous quel gouvernement as-tu servi ? – R. Sous Napoléon le Grand.
    9. Peux-tu nous citer une des batailles auxquelles tu as assisté ? – R. La Bérésina.
    10. Est-ce là que tu es mort ? – R. Non.
    11. Etais-tu à Moscou ? – R. Non.
    12. Où es-tu mort ? – R. Dans les neiges.
    13. Dans quel corps servais-tu ? – R. Dans les fusiliers de la garde.
    31. Et toi, sous quelle forme es-tu ici ? – R. Sous celle que j’avais de mon vivant ; c’est-à-dire en tambour.
    32. Et les autres Esprits, les vois-tu sous la forme qu’ils avaient de leur vivant ? – R. Non, nous ne prenons une apparence que lorsque nous sommes évoqués, autrement nous nous voyons sans forme.
    33. Nous vois-tu aussi nettement que si tu étais vivant ? – R. Oui,
    parfaitement.
    34. Est-ce par les yeux que tu nous vois ? – R. Non ; nous avons une forme, mais nous n’avons pas de sens ; notre forme n’est qu’apparente.
    Remarque. – Les Esprits ont assurément des sensations, puisqu’ils perçoivent, autrement ils seraient inertes ; mais leurs sensations ne sont point localisées comme lorsqu’ils ont un corps : elles sont inhérentes à tout leur être.
    35. Dis-nous positivement à quelle place tu es ici ? – R. Je suis près de la table, entre le médium et vous.
    36. Quand tu frappes, es-tu sous la table, ou dessus, ou dans
    l’épaisseur du bois ? – R. Je suis à côté ; je ne me mets pas dans le bois : il suffit que je touche la table.
    .
    E por aí vai.
    Parece que o teoria mudou de Rivail até cx/diviado.

  660. Marciano Diz:

    Corrigindo, “parece que a teoria mudou”.

  661. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Montalva,
    se liga, mano véio.
    Depois do desafio já postei comentários, aqui e no outro artigo. Tu tá comendo mosca. Saudações insetívoras
    .
    COMENTÁRIO: ufa! Deste-me um susto e tanto! Cheguei a pensar no pior…
    .
    Agora que vi que eles não são de nada, quero ver se algum espírito cagão tem coragem de vir me apoquentar… Venham se forem homens!
    .
    Saudações intimoratas

  662. Montalvão Diz:

    ARDUIN DIZ: E que resposta deram à sua solicitação? As Florences e Evas queriam ser conhecidas, chamar a atenção, mas hoje isso não interessa mais. E eu não conheço ninguém que trate materialização e portanto NÃO VOU “FAZER A MINHA PARTE”. Prefiro, ao menos por enquanto, ficar no conforto do meu local de trabalho ou casa, aguardando que alguma bondosa alma cética finalmente faça algum trabalho de refutação decente, que me desse prazer em ler.
    .
    COMENTÁRIO: humm, entendi… melhor ficar no conforto da crença que pô-la à prova.
    .
    REalmente, quando necessário, torna-se difícil pacas achar médium de efeitos físicos… Melhor mesmo manter-se no aconchego do lar bolando meios de achar ectoplasma no mercado…
    .
    Gostei.

  663. Montalvão Diz:

    ARDUIN: “e a incapacidade dos experimentares em superar essas limitações.”
    – Ah! O seu choro habitual contra a escuridão, ambiente isolado e sujeição à vontade do médium… Escuridão é INEGOCIÁVEL: as materializações não se sustentam em ambiente fortemente iluminado. Isolamento…
    .
    COMENTÁRIO: inegociável por quem? Por Arduin? Se há relatos de médiuns que materializaram à luz do dia, por que seria inegociável? (Dunglas Home teria sido um desses).
    .
    Mas vá lá que fosse inegociável (embora vimos que não), mas não deve ser inegociável pôr alguém na cabine, com equipamento infravermelho, monitorando o médium. Por que não se o fez naqueles dias (mesmo sem o infravermelho, óbvio, que não existia)?
    .
    Se o cientista se vê diante de limitação que impeça a melhor observação, deve esforçar-se por criar mecanismos que superam a dificuldade, em vez de se submeter à imposição do médium. Isso é tão claro quanto não é clara a manifestação de espíritos…
    /
    /

    ARDUIN: Bem a irmã da Florence também produziu fenômenos SEM GABINETE e à vista de todos. Qual a sua desculpa para a fraude dela neste caso? Sujeição à vontade do médium?
    .
    COMENTÁRIO: e por que só ela?
    /
    /

    ARDUIN: Ah! Sim. Com o propósito de GANHAR A CONFIANÇA do médium, o pesquisador inteligente se submetia a isso tudo e DEPOIS ia cercando cada vez mais até fazer valer AS SUAS IMPOSIÇÕES. Foi o que Crookes fez com a Florence Cook, caso você não conheça a história dela.
    .
    COMENTÁRIO: não me parece que Crookes fez isso, e se o fez foi porcamente (como alguém gosta de falar), visto que não consta que chegasse ao ponto dele controlar inteiramente o experimento.
    .
    Florence mostrou o que acontecia se a materialização estivesse sob luz forte… e como o fez? Ao ser cobrada disse: “na próxima sessão mostrarei”… E na próxima derreteu à vista dos crentes. Porém, o derretimento não fez mal, visto que o espírito voltou a materializar-se numa boa em outros encontros.
    .
    Tá certo, a escuridão é inegociável, sem ela fica mais difícil realizar o truque… eis a razão.
    .
    Saudações inegociáveis.

  664. Montalvão Diz:

    Marcos Arduin Diz: “A pior das hipóteses sabemos qual seja: William foi dramaticamente logrado.”
    – Seria demais lhe pedir a descrição precisa e minuciosa desse processo de logro, sem se afastar do que foi registrado por ele colegas?
    .
    COMENTÁRIO: faço isso com um pé atrás, basta trazer Crookes e Florence (ou Fay) à minha casa: testa-los-ei e farei a descrição precisa do logro. A presença de Crokes não é essencial, mas importante para que ele próprio confira que foi lamentavelmente empulhado pelas duas.

  665. Montalvão Diz:

    .
    ARDUIN (citando MOntalvão): “O cientista que descobriu o tálio e deu ao mundo o caminho para que, qualquer interessado, verificasse se o elemento realmente existia, não conseguiu, com seus estudos de materialização, deixar nenhum caminho satisfatório de confirmação.”
    .
    ARDUIN- Os tais estudos dependiam de médiuns com características especiais, não encontráveis em todos, e com prazo de validade. Alguns colegas de Crookes o acompanharam e viram o que ele viu e NUNCA O DESMENTIRAM. Os colegas dele que NUNCA QUISERAM ver coisa alguma, o DESMENTIRAM (ao menos nisso os céticos creem) com argumentos do tipo: sofria de alucinações, era extremamente míope, ficou apaixonado… Por que devo duvidar de quem viu e crer em quem nada viu?
    .
    COMENTÁRIO: Crookes era seletivo e convidava quem ele queria e não aceitava qualquer um que quisesse acompanhar o experimento. Quando Volckman conseguiu acesso e agarrou Florence vestida de Katie, os convidados se lançaram contra ele, em vez de o ajudarem a segurar a safadinha.

  666. Montalvão Diz:

    (citando Montalvão): “engraçado… não seriam os defensores Crookes e suas materializações quem deveriam fazer isso, e mostrar ao mundo duvidante, com resultados irretorquíveis, que a atividade de espíritos entre nós seja real?”
    .
    ARDUIN – Não senhor, meu caro! Como eu disse, temos a limitação quanto a ter um médium de materialização e ainda o azar de sermos vítimas da gozação da comunidade cética, que certamente não levaria a sério nenhum desses experimentos.
    .
    COMENTÁRIO: sempre agarrado a essa “certeza”, de que os céticos não levariam a sério bons experimentos… não sei de onde extrai tanta convicção. O céticos não só levaram a sério boas experimentações como iriam querer conferi-las tintim por tintim. O problema é que não há bons experimentos disponíveis, e não há porque os crentes dizem que não adianta realizá-los… Dá pra dormir com esse barulhão?
    /
    /

    ARDUIN: Então continuo devolvendo a bola aos céticos:
    _ Ah! Então foi TUDO FRAUDE? Beleza! Então me demonstrem como é que foi feita a fraude que explica TODOS os resultados que os pesquisadores anotaram em seus relatórios.
    .
    COMENTÁRio: e os céticos retrucam: “tudo bem, você que é da área, indique-nos bons médiuns de efeitos físicos para que os testemos e lhe daremos todas as demonstrações desejadas”.

  667. Montalvão Diz:

    .
    Se o próprio mediunismo é incapaz de indicar médiuns de efeitos físicos dispostos a serem verificados com controles eficientes, isso é mais do que demonstrativo da inviabilidade das materializações. Estas só acontecem em ambientes crédulos, nos quais os apreciadores são apenas apreciadores; e em escuridão total, sem qualquer sistema de fiscalização satisfatório.
    .
    O que mais falta para o próprio mediunismo decretar que espíritos não se materializam e tudo não passa de teatro? No passado, eram teatros mais elaborados, hoje nem isso.
    .
    Vamos ver o que o lar Frei Luiz responde de minha solicitação… Acho muito difícil que aceitem ser verificados. Do mesmo modo que Arduin escorrega mais que quiabo quando solicitado a indicar médiuns materializadores, asseverando estarem em falta no atual mercado de efeitos físicos, praticamente impossível conseguir acesso perquiritivo a esses espetáculos.

  668. Vitor Diz:

    Oi, Arduin
    comentando:
    01 – “Esse mesmo cara fala umas BESTEIRAS do experimento da Fay, dizendo que Crookes possibilitou a fraude por “interromper o circuito a todo instante para medir a corrente”. Na verdade só houve três dessas “interrupções””
    .
    E já foi demais. Não era para ter interrompido uma única vez. A expressão usada “a todo instante” é perfeitamente aplicável.
    .
    02 – “e já que ele estava com sua sósia de médium à disposição, por que não TESTOU essa afirmativa ao invés de só SUGERIR? Entende que é a isso que chamo de serviço porco?”
    .
    Porque ele julgou a demonstração realizada mais do que suficiente para concluir que a fraude era perfeitamente possível. E eu concordo com ele. Crookes é quem fez um serviço de porco, não inverta as coisas. Ele sequer revistou a médium. Nem mesmo fotografou as duas (a médium e a fantasma) juntas ao mesmo tempo de forma que pudéssemos ver seus rostos. Chegou a destruir fotografias. Não revelou a fraude de Rosina Showers. Não investigou a irmã de Florence. Foi enganado pelo fotógrafo de Crewe sobre o espírito de sua esposa. São tantas e tantas falhas que pelamordezeus, Arduin, não dá para defender Crookes.

  669. Marciano Diz:

    Montalvão e Arduin,
    vocês devem estar com calos no cérebro, de tanta discussão sobre esses defuntos oitocentistas.
    Vamos voltar ao presente?
    Que tal viabilizarem a proposta de Gorducho?

  670. Marcos Arduin Diz:

    “COMENTÁRIO: inegociável por quem? Por Arduin? Se há relatos de médiuns que materializaram à luz do dia, por que seria inegociável? (Dunglas Home teria sido um desses).”
    – Ah é? Então me traga aqui o relato dessa materialização. E não troque as bolas, meu: uma coisa é ter sido USADA A ILUMINAÇÃO DO DIA, ou seja, o ambiente protegido por cortinas que permitissem uma iluminação atenuada, e ambiente sob plena iluminação da luz do Sol. Uma coisa não é igual à outra…
    .
    “Crookes era seletivo e convidava quem ele queria e não aceitava qualquer um que quisesse acompanhar o experimento.”
    – Era um direito dele, mas seu interesse foi justamente que seus colegas que o acusavam de ser babaca vissem o que ele via e tirassem suas conclusões ao vivo e em cores. Mas NENHUM desses quis aparecer. Quanto ao Volkman, esse foi antes de Crookes começar a fazer seus estudos e os relatos são contraditórios: dizem que ele agarrou a fantasma e ela se DISSOLVEU e Volkman diz que ela LUTOU e tentou voltar ao gabinete. Foi confirmado que Volkman fez o que fez a serviço da Guppy, que estava louca da vida por ver a Florence tormar a sua “freguesia”. Tanto que quando ficou viúva a Guppy se casou com o Volkman. Ambos de muitos bons bofes…
    .
    “O céticos não só levaram a sério boas experimentações como iriam querer conferi-las tintim por tintim.”
    Ô beleza! E se a gente fizer os ditos experimentos, der tudo certinho pra gente, termos certeza de que não fomos feitos de bobos e… Quando vierem esses céticos verificar tim-tim por tim-tim… o médium nada produzir? Com que cara ficaremos eu e você?
    Se mediunidade fosse uma coisa TÃO CERTA E INFALÍVEL, nenhum médium, nem pesquisador teria passado vergonha.
    .
    “e os céticos retrucam: “tudo bem, você que é da área, indique-nos bons médiuns de efeitos físicos para que os testemos e lhe daremos todas as demonstrações desejadas”
    – Bons médiuns não são fáceis de achar e nem sempre se pode confiar neles. Já em galvanômetros e truque ilusionistas, esses não têm problema. É só vocês céticos remontarem os experimentos como foram descritos e fazer as demonstrações de como procedendo assim, assado, frito ou cozido, teriam sido imitados todos os resultados que os pesquisadores coletaram.
    Isso os céticos NÃO QUEREM FAZER, taí o Stephenson e o Brookesmith que não me deixam mentir.
    Se não querem fazer o que é simples e possível, muito mais fácil de ser obtido, por que eu devo correr atrás algum médium para exibi-lo aos caras? Se eles não têm competência do lado deles, como teriam do meu?

  671. Marcos Arduin Diz:

    “E já foi demais. Não era para ter interrompido uma única vez. A expressão usada “a todo instante” é perfeitamente aplicável.”
    – Não houve interrupção: apenas um desvio para que fosse feita a leitura da corrente. Se a médium não estivesse no circuito, a corrente seria… zero.
    .
    “Porque ele julgou a demonstração realizada mais do que suficiente para concluir que a fraude era perfeitamente possível.”
    – Uma demonstração que FALHOU… Se foi falha, como demonstrou que a fraude seria perfeitamente possível?
    Seu critério de trabalho porco é realmente gozado, Vitor. Então o Brookesmith usou fios flexíveis, NÃO USOU elásticos, nem mataborrões, ou seja, não simulou o que foi feito por Varley e Crookes, ficou enfiando fios em meias e cueca… claro, em ambiente iluminado e com as mãos livres isso deve ter sido muito fácil… Virou as manivelas PARA BAIXO (a Fay disse que fez isso?), fez manobras contorcionistas e diz que “teria sido possível”.
    Você fala que mergulhando a tira e as mãos na mesma solução salina, então médium e tira passariam a ter a mesma resistência. Depois muda de ideia. Aí diz que a fita era “para não interromper o circuito” e eu o lembro de que os colegas de Crookes também usaram o lenço molhado para não interromper o circuito mas… não obtiveram a mesma resistência do corpo humano. E aí? Como a Fay conseguiu isso?
    E teria de ter conseguido, pois não daria para manter-se no circuito a 4 metros de distância a não ser que seus braços e pernas fossem elásticos. Faltou o Brookesmith fazer essa demonstração…

  672. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    01 – “Não houve interrupção: apenas um desvio para que fosse feita a leitura da corrente. Se a médium não estivesse no circuito, a corrente seria… zero.”
    .
    A médium sempre esteve ligada ao circuito, Arduin! A questão é que ela era capaz de se mover e fazer os truques. Os fios eram extensos o suficiente para isso.
    .
    02- “Então o Brookesmith usou fios flexíveis, NÃO USOU elásticos, nem mataborrões, ou seja, não simulou o que foi feito por Varley e Crookes, ficou enfiando fios em meias e cueca… claro, em ambiente iluminado e com as mãos livres isso deve ter sido muito fácil… Virou as manivelas PARA BAIXO (a Fay disse que fez isso?), fez manobras contorcionistas e diz que “teria sido possível”.”
    .
    Stephenson fez uma replicação muito mais similar e concordou com o Brookes-Smith.
    .
    02 – “Aí diz que a fita era “para não interromper o circuito” e eu o lembro de que os colegas de Crookes também usaram o lenço molhado para não interromper o circuito mas… não obtiveram a mesma resistência do corpo humano. E aí? Como a Fay conseguiu isso?”
    .
    Ela conseguiu isso fazendo o corpo dela continuar ligado a uma parte do circuito. Já expliquei isso n vezes.
    .
    03 – “E teria de ter conseguido, pois não daria para manter-se no circuito a 4 metros de distância a não ser que seus braços e pernas fossem elásticos.”
    .
    Thompson cita outro método possível:
    .
    A Sra. Fay teria uma ideia muito boa do que lhe estaria reservado nessas sessões. Ainda que naquela de 5 de fevereiro fosse a primeira ocasião em que o teste fosse aplicado à Sra. Fay, ela deve ter sabido ou adivinhado que algum teste elétrico havia sido concebido e que provavelmente seria similar àquele realizado com Florence Cook e relatado por Varley no ano anterior.
    Se a Sra. Fay queria libertar-se da restrição imposta pelo teste do galvanômetro, por substituir outra resistência, o modo mais seguro seria perturbar as condições experimentais o mínimo possível. Suponhamos que ela tenha anteriormente preparado dois contatos, fixados, por exemplo, um em cada um dos seus braços, os contatos sendo conectados a dois pequenos clipes por ganchos ou rolos de fio soltos escondidos em suas mangas. Fingindo ‘agarrar os terminais’, ela poderia, em um quarto escuro, conectar os clipes aos terminais ou aos fios que levavam a eles. Ela estaria então relativamente livre para se mover pelo quarto, e o galvanômetro mostraria variações de corrente similares àquelas esperadas se ela tivesse permanecido segurando as manivelas (terminais), e as várias precauções de vedar o quarto e fixar as manivelas seriam irrelevantes. Possivelmente o método alegado descrito por Houdini (colocando um eletrodo sob o joelho) foi usado na sessão de 5 de fevereiro e isso levou a um método aperfeiçoado, como o sugerido acima, no momento da sessão de 19 de fevereiro, em que Crookes parece ter observado a mais notável dessa série.

    .
    Eis o que Stephenson diz sobre a sugestão de Thompson:
    .
    Em uma carta para o Journal de setembro de 1964, o Sr. G. T. Thompson fez uma interessante sugestão de que a Sra. Fay pudesse ter vindo preparada com eletrodos alternativos e condutores os quais ela fosse capaz de ligar às manivelas. Essa e as outras especulações na carta dele parecem-me inteiramente compatíveis com as leituras que Crookes fornece.
    .
    Brookes-Smith, Thompson, Stephenson… quantos especialistas mais você quer que digam (e mostrem) que a fraude era possível para te convencer??

  673. Gorducho Diz:

    Não houve interrupção: apenas um desvio para que fosse feita a leitura da corrente.
     
    ? Não é provocação: curiosidade mesmo. O galvanômetro não está sempre implicitamente indicando a corrente ao focar a luzinha da vela na posição x polegadas da régua?

  674. Gorducho Diz:

    Lobrigar dos 1:30 até 2:20
    http://www.youtube.com/watch?v=eck9ngLpgBQ

  675. Montalvão Diz:

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    “O céticos não só levariam a sério boas experimentações como iriam querer conferi-las tintim por tintim.”
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    ARDUIN: Ô beleza! E se a gente fizer os ditos experimentos, der tudo certinho pra gente, termos certeza de que não fomos feitos de bobos e… Quando vierem esses céticos verificar tim-tim por tim-tim… o médium nada produzir? Com que cara ficaremos eu e você?
    Se mediunidade fosse uma coisa TÃO CERTA E INFALÍVEL, nenhum médium, nem pesquisador teria passado vergonha.
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    COMENTÁRIO: já lhe expliquei isso, e o Gorducho também postou ponderações a respeito. Meu filho, pense bem: são inteligências interagindo! Todas as dificuldades seriam facilmente sanadas com conversação entre as partes! Do jeito que fala, parece descrever a espiritualidade como seres que se manifestam, mas não dão a menor satisfação do que fazem, porque fazem, e quando farão. Esse raciocínio é sem sentido!
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    Imagine, um aluno seu fosse chamá-lo em casa com certa frequência e você, gentil como é, o atendesse sempre. Acontece que o pupilo empolgado com a atenção, passasse a requisitá-lo a qualquer hora e qualquer dia. O que você faria? Acredito que combinaria com o solicitante formas satisfatórias de comunicarem, de modo que nenhum dos lados repudiasse o contato. Agora pense na imaginada espiritualidade: vem quando quer, e se quiser. E não adianta reclamar, nem pedir esclarecimentos dessas aparições intempestivas, ou de não-aparições quando deveriam.
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    Não é assim que a coisa funcionaria…a não ser que conceba o celestial o maior bundalelê e nós meros fantoches de seus caprichos.
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    Ligo meu Skype e às vezes quero falar com alguém que esteja on-line. A pessoa me atende e diz que nesse momento está ocupada. O mesmo com bate-papo no facebook (o meu está desativado), em suma, sabemos se é possível contatar as pessoas buscadas no momento em que desejamos ou não. Agora pense nos contatos com a espiritualidade, cuja importância para as dimensões seria imensurável, acha que o processo ocorreria dessa forma canhestra que quer nos fazer crer?
    .
    Na comunicação intermundos, caso existisse, não se admite que um lado só determine as normas e outro seja joguete dessas vontades. As regras seriam estabelecidas de comum acordo, de modo a proporcionar total eficiência nos contatos.
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    Não faz o menor sentido, essa explicação que apresenta: mais parece fuga para justificar as falhanças havidas em experimentos devidamente controlados. Do mesmo modo, alegar que espíritos estão de saco cheio e por isso não aparecem aos céticos, mesmo que os céticos demonstrem respeito durante a experimentação. Eu estou mais que convicto que espíritos não se materializam, tampouco se comunicam, no entanto, deixo margem para o engano, e se fosse investigar in loco alegadas manifestações dos espirituais faria o trabalho com seriedade e respeito às crenças alheias. Por que é que a espiritualidade não valorizaria essa busca pela verdade e não responderia condizentemente?
    .
    No caso de pesquisadores que agissem trogloditamente, os espíritos explicariam que não era assim a banda toca e dariam as orientações para que o evento ocorresse dentro dos conformes.
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    Assim, num experimento da espécie, os afinados com a espiritualidade acertariam os pontos rugosos com os que não acreditam, até que se pudesse levar a experimentação a bom termo, com a aplicação de controles satisfatórios que não criassem óbices a ação perceptível da espiritualidade. Entretanto, se diante da proposta de ser investigado, o espírito diz: só pode olhar, sem filmagem, sem fotos, sem infravermelho; não pode acender luz, o médium tem que ficar oculto… aí vamos pensar o quê? É óbvio: que essas “condições” são indicativos de que algo suspeito, muito suspeito, esteja a ocorrer. É o que acontecia no passado e acontece ainda…
    .

  676. Marcos Arduin Diz:

    “A médium sempre esteve ligada ao circuito, Arduin! A questão é que ela era capaz de se mover e fazer os truques. Os fios eram extensos o suficiente para isso.”
    – Vitor, de que médium e de que experimentos estamos falando? Noto que você MISTURA TUDO, experimentos e médiuns, e pensa que eu não percebo. No experimento com a Fay, os contatos estavam… chumbados na parede, ou seja, não tinha como ela puxar esses fios mais que dois centímetros. Quer dizer: ela não tinha como se afastar 4 metros de distância sem romper o contato… Quando Crookes fez o teste com a Florence Cook, ele tomou a precaução de usar FIOS CURTOS, de forma que ela não podia se afastar do gabinete sem arrastar o galvanômetro junto. No entanto a fantasma SE AFASTOU do gabinete e galvanômetro continuou no mesmo lugar. Se a fantasma era a médium disfarçada…
    .
    “Stephenson fez uma replicação muito mais similar e concordou com o Brookes-Smith.”
    – Ele simulou o que VARLEY fez (mas o que Crookes fez) e NÃO TESTOU o que o Brookesmith sugeriu (enfiar os contatos nas ceroulas). Apenas achou que seria uma boa ideia. Boa ideia que ele NÃO TESTOU. MUITA especulação e POUCO experimento é o que costumo ver nas argumentações céticas…
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    “Ela conseguiu isso fazendo o corpo dela continuar ligado a uma parte do circuito. Já expliquei isso n vezes.”
    – É… Isso quando tentou me embromar dizendo que ela “entregou os objetos que estavam perto dela às testemunhas”. Só que quando o lembrei que ela NÃO ENTREGOU esses objetos e sim livros que estavam nas estantes, aí você se lembrou da escada a 3,7 metros de distância. Neste caso, meu caro, NÃO TINHA como ela manter seu corpo ligado ao circuito: ela precisaria se afastar VÁRIOS PASSOS dos contatos CHUMBADOS à parede.
    E já pedi para me mandar, ou melhor ainda, postar aqui um esquema sequenciado do que ela teria feito, com direito a fita úmida e tudo. E até agora, nada. O que há? É tão difícil fazer desenhos, mesmo semelhantes àqueles que as criancinhas fazem?
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    “Suponhamos que ela tenha anteriormente preparado dois contatos, fixados, por exemplo, um em cada um dos seus braços, os contatos sendo conectados a dois pequenos clipes por ganchos ou rolos de fio soltos escondidos em suas mangas.”
    – SUPONHAMOS… Já que o cara tinha uma “Florence” à sua disposição, por que ele não “promoveu” essa sósia a “Eva Fay” e TESTOU essa suposição? Lembrando que ele teria de usar o que estivesse disponível na época (fios flexíveis encapados modernos não valem…). Gozado esses sábios céticos: quando se metem a experimentadores, não testam NADA DIREITO, chutam hipóteses, mas esquecem que o fundamental do método científico é a EXPERIMENTAÇÃO. Deixam essa de lado e partem para a ESPECULAÇÃO. E você não vê nada de estranho nisso…
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    “Brookes-Smith, Thompson, Stephenson… quantos especialistas mais você quer que digam (e mostrem) que a fraude era possível para te convencer?”
    – Apenas UM que REFAÇA os experimentos de acordo com os protocolos, teste essas mirabolantes hipóteses de fraude e DEMONSTRE que tudo o que se registrou está compatível com o se registrou mediante fraude. Só isso.
    TESTES, EXPERIMENTAÇÕES, meu caro e não chutes enfáticos.

  677. Marcos Arduin Diz:

    Erro! : (mas o NÃO que Crookes fez)

  678. Marcos Arduin Diz:

    “Não é provocação: curiosidade mesmo. O galvanômetro não está sempre implicitamente indicando a corrente ao focar a luzinha da vela na posição x polegadas da régua?”
    – Não tenho como postar o esquema de Crookes aqui, Balofo, mas é que havia uma chave que colocava rolos de resistência no caminho da corrente elétrica e isso permitia medir a corrente que passava PELO CORPO DA MÉDIUM. Não sei de onde o Stephenson tirou que ao fazer isso, o Crookes possibilitava a médium fraudar. Se ela não estivesse no circuito, o valor da corrente seria zero…

  679. Marcos Arduin Diz:

    Moisés, se ler o que os pesquisadores que estudaram médiuns no passado e os ENDOSSARAM, verá que houve muitos experimentos em que NADA se produziu. Mesmo quando precauções extras NÃO haviam sido tomadas. Quer dizer: com TODO aquele suposto interesse da espiritualidade em se mostrar, acontece algum galho imprevisto…
    Claro, podemos ter encontro marcado para tal dia e hora, mas no referido dia acontece uma enchente, ou uma manifestação, ou enguiça o meu carro e aí… o encontro falha. Por esse motivo mesmo, os antigos pesquisadores não negativavam o médium ao primeiro fracasso.
    Porém, em vista do interesse de defender a fé cética, será que tomaríamos uma reprimenda dessas dos sábios céticos atuais? Essa garantia eu não tenho…
    .
    “Entretanto, se diante da proposta de ser investigado, o espírito diz: só pode olhar, sem filmagem, sem fotos, sem infravermelho; não pode acender luz, o médium tem que ficar oculto… aí vamos pensar o quê? É óbvio: que essas “condições” são indicativos de que algo suspeito, muito suspeito, esteja a ocorrer. É o que acontecia no passado e acontece ainda…”
    – Certo… Digamos que se faça todas essas exigências. Eu no mínimo questionaria os motivos. Qual o problema com o infravermelho? O médium tem de ficar oculto? Sem problema: ele antigamente era colocado num gabinete à vista do pesquisador, onde NINGUÉM podia entrar sem ser visto. Eu faria o mesmo e, de quebra, colocaria uma cadeira com assento muito afundável, com um fio ligado a esse assento e a uma mola, de forma que se o médium se levantasse disfarçado de fantasma, tal fraude seria imediatamente percebida. E claro, o amarraria antes da sessão, para prevenir o fenômeno da transfiguração.
    .
    Sabe, Moisés, se você ler o que foi feito no passado ao invés de só o que se está escrito por aqui, verá que o que você teme, os pesquisadores também temiam e por isso tomavam algumas precauções ao menos. Como Crookes já disse lá em cima:
    _ Meus críticos não me darão crédito pela posse de um mínimo de bom senso? E será que eles não imaginam que as óbvias precauções que lhes ocorrem, tão logo eles se dedicam a apontar falhas em minhas experiências, não teriam ocorrido também em minha mente no curso de minha prolongada e paciente investigação?

  680. Marciano Diz:

    Êta discussão bizantina essa de vocês, com essas experiências da era arqueana.
    Vão gostar de “lana caprina” assim lá no bar do bigode.

  681. Montalvão Diz:

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    Marcos Arduin Diz: (citando Montalvão), inegociável por quem? Por Arduin? Se há relatos de médiuns que materializaram à luz do dia, por que seria inegociável? (Dunglas Home teria sido um desses).”
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    ARDUIN- Ah é? Então me traga aqui o relato dessa materialização. E não troque as bolas, meu: uma coisa é ter sido USADA A ILUMINAÇÃO DO DIA, ou seja, o ambiente protegido por cortinas que permitissem uma iluminação atenuada, e ambiente sob plena iluminação da luz do Sol. Uma coisa não é igual à outra…
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    COMENTÁRIO: veja os textos a seguir:
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    Em relação às experiências de Home, o que permite considerá-las como tendo um valor considerável, é que se faziam em condições irrepreensíveis. Eis o que lhe escrevia, em 1876, W. Cox, doutor em direito de elevada posição social e de grande senso: “Meu querido Home, por ocasião das experiências, às quais quisestes submeter-vos na minha presença, não existia nada desse gênero de precaução e de mistério. Estáveis sentados junto a mim. Em toda parte, a toda hora, em meu jardim, em minha casa, de dia e à noite, mas sempre, salvo uma vez em ocasião memorável, ERA DURANTE O DIA, EM PLENA LUZ. Não vos recusou nunca vos submeter a qualquer controle… Ficastes sozinho comigo e passaram-se cousas que os esforços reunidos de quatro pessoas não poderiam obter. Às vezes havia fenômenos; às vezes não. Os resultados eram de tal importância que a mão humana não teria bastado para produzi-los em meu salão, em minha biblioteca, em meu jardim, onde toda fraude era impossível (349)”. (Conan Doyle)
    .
    “Uma outra vez, EM PLENA LUZ, o Senhor Home estava presente com alguns amigos; folhas de papel e um lápis estavam colocados no meio da mesa. Então o lápis levantou-se sobre a ponta, caminhando sobre o papel com saltos mal seguros e caiu. Depois levantou-se e tornou a cair. Tentou uma terceira vez, mas sem obter melhor resultado. Então uma pequena viga que se encontrava ao lado sobre a mesa, escorregou para o lápis e levantou-se a algumas polegadas acima da mesa: o lápis levantou-se novamente e plantou-se junto da viga; depois, juntos fizeram um esforço para escrever no papel. Após haver tentado em vôo, a viga abandonou o lápis e voltou ao seu lugar”.
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    “Num outro dia (pág. 167) a pequena viga atravessou a mesa para vir a mim, EM PLENA LUZ, e deu-me uma comunicação batendo na minha mão. Soletrava o alfabeto e a viga me batia nas letras que precisava. A outra ponta repousava sobre a mesa a uma certa distância das mãos do Senhor Home. (Conan Doyle)
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    .
    Assim descreve Eglinton as suas sensações antes de entrar pela primeira vez na sala das sessões e a mudança que nele se operou:
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    “Minhas maneiras, antes de entrar nisto, eram as de um rapaz alegre; mas assim que me vi em presença dos investigadores, uma sensação estranha e misteriosa se apoderou de mim e eu não a podia superar. Sentei-me à mesa, resolvido a impedir qualquer manifestação, caso algo acontecesse. Esse algo aconteceu mas eu não tinha forças para o evitar. A mesa começou a dar sinais de vida e de vigor; subitamente ergueu-se do solo e pairou no ar, tanto que tínhamos de ficar de pé para ter as mãos sobre ela. Isto se deu em plena luz do gás. Depois respondeu inteligentemente às perguntas que lhe eram feitas e deu várias provas às pessoas presentes.
    .
    A noite seguinte nos encontrou ansiosos por novas manifestações e com um grupo maior, pois se havia espalhado a notícia de que “tínhamos visto fantasmas e falado com eles”, e outras coisas parecidas.
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    Depois de havermos lido a prece costumeira, em breve me pareceu que não era deste mundo. Veio-me uma sensação de êxtase e logo passei ao transe. Todos os meus amigos eram novatos no assunto e procuraram vários meios de me despertar, mas sem resultado. No fim de meia hora voltei ao estado consciente, sentindo um forte desejo de voltar àquele estado. Tivemos comunicações que, em minha opinião, provaram conclusivamente que o Espírito de minha mãe realmente tinha voltado ao nosso meio… Então comecei a verificar quanto estivera enganado – quão terrivelmente vazia e material tinha sido a minha vida até então e senti um prazer inacreditável em saber, sem sombra de dúvida, que aqueles que deixaram a Terra poderiam voltar novamente e provar a imortalidade da alma. Na quietude de nosso grupo familiar… gozamos ao máximo a nossa comunicação com os trespassados e muitas foram as horas felizes que assim passei.”
    .
    SOB DOIS ASPECTOS, OS SEUS TRABALHOS SE ASSEMELHAM AOS DE D. D. HOME. SUAS SESSÕES GERALMENTE ERAM FEITAS EM PLENA LUZ e ele sempre se submetia de boa mente aos testes propostos. Posteriormente, um forte ponto de semelhança se estabeleceu: é que os fenômenos eram observados e registrados por muitos homens eminentes e por boas testemunhas críticas.
    .
    Como Home, Eglinton viajou muito e sua mediunidade foi observada em muitos lugares. (Conan Doyle)
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    /
    /
    Depois continuo.

  682. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Êta discussão bizantina essa de vocês, com essas experiências da era arqueana. Vão gostar de “lana caprina” assim lá no bar do bigode.
    .
    COMENTÁRIO: De Marte, nosso admirável professor perdeu-se nalgum lugar do passado, entre 1870 e 1930, e de lá não quer sair nem com reza forte. Tenho me esforçado por resgatá-lo ao presente, quando poderíamos discutir em bases mais efetivas, porém ele não arreda do conforto das provas velhas que não se renovaram.
    .
    MInha máquina do tempo está quase sem combustível, mas farei ainda alguns esforços salvativos.
    .
    Agora vou lá no bigode deglutir uma rama.

  683. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    01 – “Já que o cara tinha uma “Florence” à sua disposição, por que ele não “promoveu” essa sósia a “Eva Fay” e TESTOU essa suposição?”
    .
    Porque não precisa, já que essas suposições se baseiam no mais básico conhecimento de eletricidade. O resultado e a forma de fraudar são óbvios. Deixo aqui a explicação de seu velho conhecido Ronaldo Cordeiro:
    .
    Os pesquisadores pareceram injustificavelmente satisfeitos com o controle que fizeram com o galvanômetro, que controlava a possibilidade de que a médium, ou abrisse os contatos, ou fechasse curto com os eletrodos e assim ficasse livre para se movimentar e sair. No entanto, parecem não ter controlado uma solução óbvia, que seria, em vez de simplesmente curto-circuitar os eletrodos, ligar entre eles um resistor com valor equivalente ao da resistência da pele, e que permaneceria lá durante toda a sessão.
    .
    Seria fácil esconder um resistor como esse, ligado a dois fios com garras nas extremidades, e conectar as garras aos contatos das moedas, imediatamente antes de desconectar as moedas da pele. A partir daí, nenhum movimento da médium seria registrado por alterações no galvanômetro, já que este estaria fortemente conectado a um resistor fixo. O máximo que se observaria seria uma ligeira elevação momentânea da corrente, por uma fração de segundo, voltando depois ao valor original. Essa curta elevação da corrente poderia até nem mesmo ser exibida, dependendo do tipo de amortecimento do equipamento.
    .
    Terminada a sessão, bastaria voltar a conectar os eletrodos à pele, desconectar o resistor e escondê-lo novamente.

    .
    Pergunta: Mas como ela poderia saber de antemão qual a resistência que o corpo dela ofereceria à passagem de corrente? Como ela poderia saber qual resistor teria a mesma resistência oferecida pelo seu corpo?
    .
    Medindo. Acredito que não seria difícil simular a sessão antes da apresentação verdadeira. Bastaria ir experimentando vários resistores por tentativas até conseguir um que acusasse a mesma leitura no galvanômetro que a observada na pele da médium. Encontrado o resistor correto, bastaria deixá-lo guardado para a sessão “oficial”. Veja que há ouras formas de se encontrar a resistência correta, sem fazer exatamente por tentativas. Poderia, por exemplo, ser usada uma barra de carvão ou grafite com um terminal ligado numa das extremidades e o outro deslizável ao longo dela, como um cursor. Encontrada a posição correta do cursor, que provocasse a mesma deflexão do galvanômetro, bastaria fixar o contato aí, ou cortar a barra com exatamente esse comprimento. Há numerosas possibilidades.
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    E veja que, como o processo é comparativo, e o objetivo é encontrar uma resistência igual à da pele, o valor em Ohms dessa resistência sequer precisaria ser conhecido! Da mesma forma, o resistor encontrado funcionaria na sessão “oficial” mesmo se as baterias usadas na sessão de teste fossem de tensão diferente, mesmo se o galvanômetro utilizado fosse diferente ou mesmo impreciso, mesmo se os fios utilizados fossem diferentes, mais longos, mais curtos, não importa.
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    Enfim, resta uma pergunta. Será que os pesquisadores não tomaram alguma precaução para controlar essa possibilidade de se contornar o circuito com um resistor? Pode ser. Mas o fato de sequer a comentarem parece ser um forte sinal de que não pensaram nisso.

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    Satisfeito?

  684. Marcos Arduin Diz:

    Depois continuo.
    – Por favor! Estou aguardando a descrição de um evento de MATERIALIZAÇÃO plena, feito à luz do Sol. Os outros eventos físicos aí parece que já eram conhecidos desde os tempos de Kardec…

  685. Marcos Arduin Diz:

    “Porque não precisa, já que essas suposições se baseiam no mais básico conhecimento de eletricidade. O resultado e a forma de fraudar são óbvios.”
    – Se eram o BÁSICO e SÃO ÓBVIOS, por que não teriam ocorrido aos entendidos de eletricidade que resolveram usar desse método?
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    Não, Vitor. Não estou satisfeito. E os motivos são os seguintes:
    1 – Salvo engano, foi você mesmo que disse, citando o Stephenson de que NÃO HÁ um valor de resistência padrão para o ser humano. Se bem me lembro, o próprio Stephenson testara várias pessoas e não obteve um valor padrão. A resistência VARIAVA de pessoa para pessoa. E eu digo que pode variar, embora não tenha testado, numa MESMA PESSOA. Se ela fizer o teste em jejum pode ter um valor. Se o fizer depois de comer uma feijoada, pode dar outro valor. Aí é questão de testar…
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    2 – Esse truque citado pelo Cordeiro não é ideia dele e sim do Trevor Hall e portanto já seria conhecido do Stephenson… Pena que ele não o testou, nem outro suposto resistor qualquer, nem a tira de pano… Nada. E a sósia falhou no teste proposto…
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    3 – Para que a médium imaginasse o que fazer para burlar o galvanômetro, seria preciso que a ela fosse dito MINUCIOSAMENTE como o experimento seria feito, como funcionava a máquina, etc e tal, e ela ainda teria de ter conhecimentos dos princípios da eletricidade para bolar sua fraude (e alguém teria de lhe passar esses conhecimentos e o que se poderia fazer para fraudar a coisa…). Seria interessante que o Cordeiro ou você me desse os motivos PLAUSÍVEIS para que as coisas se dessem desse jeito. Seria burrice demais do Varley e/ou do Crookes revelarem tudo isso à médium. Tudo o que tinham a dizer é que iam fazer uma fiscalização através de um controle elétrico. Só. Não ia doer, nem machucar…
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    O meu problema com os sábios céticos é que, dispondo das hipóteses de fraude em mãos, assim mesmo NÃO AS TESTAM. É o método mais estranho de se fazer ciência que eu já vi, onde as hipóteses ganham credibilidade sem nunca terem passado pelo crivo da experimentação. Os recursos para simular as tão alegadas fraudes ainda estão aí e são relativamente fáceis de se obter. Mas na hora de fazer os testes, os sábios céticos…

  686. Marcos Arduin Diz:

    Ah! E mais um detalhe que o Cordeiro não pensou: se a Florence fosse substituída por uma barra de grafite, a resistência ficaria FIXA num valor constante. Não haveria variações na leitura. Lembre-se de que o Stephenson deixou os contatos ligados com os mataborrões molhados e só houve aumento de resistência quando já estavam praticamente secos. Teria de ser um resistor que oferecesse pequenas variações de leitura…
    A leitura começou com 190 depois, ao longo do experimento, a leitura variou entre 160 e 135. Supondo que a queda se devesse à substituição do seu corpo pelo resistor, como me explica que uma barra de grafite causasse essas variações? E quando o experimento terminou, ela recolocou os contatos no lugar e aí suponho que os valores deveriam retornar a 190… Retornou?

  687. Gorducho Diz:

    (…)mas é que havia uma chave que colocava rolos de resistência no caminho da corrente elétrica e isso permitia medir a corrente que passava PELO CORPO DA MÉDIUM.
     
    ? E qual corrente não passava pelo corpo da médium? Passava pelo Fluído Universal? I.e., mesmo havendo resistências em paralelo (se bem me lembro havia), sabendo-se a resistência dessas sabe-se a do.

  688. Marcos Arduin Diz:

    Certo, Balofo, mas o Stephenson diz que essas comutações para se medir a corrente possibilitariam à médium fraudar. Por que? Stephenson não diz e eu também não sei.

  689. Montalvão Diz:

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    Marcos Arduin Diz: Moisés, se ler o que os pesquisadores que estudaram médiuns no passado e os ENDOSSARAM, verá que houve muitos experimentos em que NADA se produziu. Mesmo quando precauções extras NÃO haviam sido tomadas. Quer dizer: com TODO aquele suposto interesse da espiritualidade em se mostrar, acontece algum galho imprevisto…
    Claro, podemos ter encontro marcado para tal dia e hora, mas no referido dia acontece uma enchente, ou uma manifestação, ou enguiça o meu carro e aí… o encontro falha. POR ESSE MOTIVO MESMO, OS ANTIGOS PESQUISADORES NÃO NEGATIVAVAM O MÉDIUM AO PRIMEIRO FRACASSO.
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    COMENTÁRIO: e numa investigação séria cética também não se faria isso: se fracassou babou, não é assim que a coisa funciona. Se não houver resposta num experimento tenta-se novamente. Só que na nova tentativa, os procedimentos de controle deverão ser revistos e, se for necessários, intensificados com outras formas fiscalizativas. Isso porque a não ocorrência do fenômeno pode significar que a espiritualidade esteja ocupada, mas pode (e é mais provável) significar que o malandro esteja analisando os mecanismos de segurança para, na próxima, conseguir suplantá-los. Todo o cuidado é pouco nesse contexto de fraudagens.
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    Marcos Arduin Diz:Porém, em vista do interesse de defender a fé cética, será que tomaríamos uma reprimenda dessas dos sábios céticos atuais? Essa garantia eu não tenho…
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    COMENTÁRIO: se com “reprimenda” se refere a não ocorrência de manifestações na data marcada, mesmo que ocorresse, os defensores podem legitimamente recorrer à alegação da “ocupabilidade espiritual”, porém não poderão fazê-lo ad infinitum. Se ante controles rigorosos a espiritualidade se mostra imanifesta fica claro que a coisa são funciona na frouxidão…
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    “Entretanto, se diante da proposta de ser investigado, o espírito diz: só pode olhar, sem filmagem, sem fotos, sem infravermelho; não pode acender luz, o médium tem que ficar oculto… aí vamos pensar o quê? É óbvio: que essas “condições” são indicativos de que algo suspeito, muito suspeito, esteja a ocorrer. É o que acontecia no passado e acontece ainda…”
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    Marcos Arduin Diz:- Certo… Digamos que se faça todas essas exigências. Eu no mínimo questionaria os motivos. Qual o problema com o infravermelho? O médium tem de ficar oculto? Sem problema: ele antigamente era colocado num gabinete à vista do pesquisador, onde NINGUÉM podia entrar sem ser visto. Eu faria o mesmo e, de quebra, colocaria uma cadeira com assento muito afundável, com um fio ligado a esse assento e a uma mola, de forma que se o médium se levantasse disfarçado de fantasma, tal fraude seria imediatamente percebida. E claro, o amarraria antes da sessão, para prevenir o fenômeno da transfiguração.
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    COMENTÁRIO: que fenômeno de transfiguração é esse do qual fala? Seus cuidados parecem-me adequados, pena que seus amigos pesquisadores não pensaram em controles simples e eficientes quais os que sugere, e que está bem concorde com o que venho comentando, ou seja: em vez de apostar todas as fichas numa única modalidade controlativa, por segurança, implementar várias.
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    Por outro lado, o que venho defendendo é que a vigilância do evento seja 100% ou próximo disso. Assim, nada de o médium ficar fora da vista fiscalizativa; nada de só se poder observar um dos envolvidos na apresentação (ora o médium, ora a materialização); nada de deixar algum dos movimentos do medianeiro fora de registro. Hoje isso pode ser feito com câmeras, gravadores e circuitos eletrônicos que não causariam qualquer óbice à atividade do espírito. A vantagem seria o registro de todo o fenômeno, desde a emissão de ectoplasma, passando pela modelagem do corpo de serviço (corpo que o espírito usará na demonstração), e por seus movimentos durante o contato com os vivos. Já pensou que irado não seria?
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    Marcos Arduin Diz: Sabe, Moisés, se você ler o que foi feito no passado ao invés de só o que se está escrito por aqui, verá que o que você teme, os pesquisadores também temiam e por isso tomavam algumas precauções ao menos. Como Crookes já disse lá em cima:
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    _ Meus críticos não me darão crédito pela posse de um mínimo de bom senso? E será que eles não imaginam que as óbvias precauções que lhes ocorrem, tão logo eles se dedicam a apontar falhas em minhas experiências, não teriam ocorrido também em minha mente no curso de minha prolongada e paciente investigação?
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    COMENTÁRIO: um belo discurso que, infelizmente, não se confirma pelos registros dos experimentos, uma vez que múltiplas dúvidas deles decorrem. Outra coisa, de que já falei: não é válida a alegação de que Crookes convidou seus amigos cientistas a que fiscalizassem as materializações e todos recusaram, o convite foi dirigido a um dos membros da SPR, que, infelizmente, declinou da honra. Se Crookes lançasse desafio público a qualquer investigador que pudesse demonstrar que fora ludibriado duvido que o engodo não fosse logo demonstrado. Mas ele não iria correr tal risco…

  690. Gorducho Diz:

    Certo não: errado. Por que o Crookes ficava fuçando nas chaves durante o experimento???

  691. Gorducho Diz:

    I.e.: nas chaves e no pino das espiras da resistência (variável por causa do).

  692. Montalvão Diz:

    Marcos Arduin Diz:
    – Por favor! Estou aguardando a descrição de um evento de MATERIALIZAÇÃO plena, feito à luz do Sol. Os outros eventos físicos aí parece que já eram conhecidos desde os tempos de Kardec…
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    COMENTÁRIO: por que agora passa a exigir descrição de evento “à luz do sol”, não foi isso o que falei: mostrei-lhe que sua alegação de ser a escuridão “inegociável” não se sustenta. Muita das materializações foram feitas com luz suficiente para alumiar o evento e nada de a materialização derreter.
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    Outra coisa que precisa levar em conta. Dunglas Home não materializava espíritos, sim objetos. Por conta disso, ele, do alto de sua autoridade mediúnica, acusava os médiuns de materialização humana, todos eles, de fraudadores.
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    Ora, o sujeito, sendo legítimo médium de efeitos físicos (e para alguns o maior de todos os tempos), deveria saber do que falava. No entanto, os pesquisadores não deram maior atenção ao reclamo de Home. Porém, essa atitude nos leva a refletir ante as várias possibilidades que dela decorrem, examinemos algumas:
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    1) Dunglas Home estava certo. Neste caso todos os médiuns de efeitos físicos, que materializavam espíritos, eram fraudados e os que os validaram o fizeram por ingenuidade. Nesta hipótese, Crookes e Cia estão ferrados;
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    2) Dunglas Home era autêntico e se articulava bem com a espiritualidade, sendo agente saneador do entorno fraudativo que dominava a mediunidade física. Nesta hipótese, perderam tempo e prestígio os investigadores não deram atenção às denúncias de Home, pois em vez de chamarem-no para demonstrar as fraudagens dos médiuns, prosseguiram nas lides inócuas;
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    3) Tanto Home, quanto os demais eram aldrabões, mas Dunglas Home sendo o mais habilidoso tinha méritos para desmascarar os que ameaçavam sua reserva de mercado, sem que os outros pudessem fazer o mesmo com ele.
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    E por aí vai… (Talvez seja por isso que Arduin não seja tão firme defensor da mediunidade de Home quanto o é da de Florence e Fay).
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    Pegue mais exemplos de materializações sob luz clara.
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    “Entretanto, um testemunho muito mais direto é dado por Crookes numa carta a Banner of Light, U. S. A. e que é reproduzida em The Spiritualist, de Londres, de 17 de julho de 1874, página 29. Diz ele:
    “Em resposta a sua pergunta quero afirmar que vi Miss Cook e Katie juntas, no mesmo momento, sob a luz de uma lâmpada de fósforo, que era suficiente para que visse distintamente aquilo que descrevi. O olho humano tem naturalmente um grande ângulo de horizonte, de modo que as duas figuras eram abarcadas ao mesmo tempo no meu campo visual; mas como a luz era fraca, e os dois rostos por vezes estavam distanciados alguns pés um do outro, naturalmente eu movia a luz e meu olhar fixava alternadamente uma e outra, quando queria trazer o rosto de Miss Cook ou de Katie para aquela parte do campo visual onde a visão é mais nítida. Desde que a ocorrência acima referida foi verificada, KATIE E MISS COOK FORAM VISTAS JUNTAS POR MIM E POR OITO OUTRAS PESSOAS, EM MINHA CASA, ILUMINADA FARTAMENTE POR LÂMPADAS ELÉTRICAS. Nessa ocasião o rosto de Miss Cook não era visível, pois sua cabeça ficava envolta num xale grosso, mas eu, principalmente, tinha a satisfação de verificar que ela lá estava. Uma tentativa de dirigir a luz sobre a sua face descoberta, quando em transe, teve sérias conseqüências.” (Conan Doyle)
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    “O leitor pode muito bem pensar que a luz reduzida empregada pelo Professor Crookes comprometa o resultado da experiência. Contudo O PROFESSOR NOS ASSEGUROU QUE NA SÉRIE DE SESSÕES FOI VERIFICADA A TOLERÂNCIA E QUE A IMAGEM ERA CAPAZ DE SUPORTAR UMA LUZ MUITO MAIS INTENSA. Essa tolerância tinha os seus limites, que aliás nunca foram ultrapassados pelo Professor Crookes, mas que foram verificados numa ousada experiência descrita por Miss Florence Marryat (Mrs. Ross-Curch). É preciso dizer que o Professor Crookes não se achava presente, nem Miss Marryat jamais o afirmou. Entretanto ela cita o nome de Mr. Carter Hall, como um dos presentes. KATIE HAVIA CONSENTIDO COM MUITO BOM HUMOR QUE EXAMINASSEM QUAL O EFEITO QUE SERIA PRODUZIDO SOBRE A SUA IMAGEM POR UMA LUZ INTENSA.” (Conan Doyle)
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    COMENTÁRIO: no trecho acima, fica demonstrado que a aparição podia suportar luz até certa intensidade, o que contesta a alegação arduínica da inegociabilidade da escuridão. Veja mais exemplos:
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    “A longa série de manifestações espíritas, que me foi permitido constatar nas condições mais favoráveis, e o relato que aparece consignado nas atas das nossas sessões, também devem servir para estimular nas suas pesquisas àqueles que foram menos favorecidos e indicar a eles o caminho das condições requeridas para chegar a conseguir esses bons resultados. Vou tentar responder do melhor modo possível a esta voz interior, declarando, primeiro, que as minhas investigações, as minhas pesquisas, não tinham de início nenhum propósito além de me convencer a mim mesmo; que procurei fazê-las com toda a minha boa-fé, com o desejo ardente de chegar a estabelecer uma prova da sobrevivência da alma após a destruição do corpo material, assim como da intervenção dos encarnados na produção de todos os fenômenos espíritas. Como fiel discípulo de Allan kardec que sou, estudei as suas obras e, seguindo os conselhos que delas obtive, dei andamento aos nossos trabalhos. Tive também a sorte de travar conhecimento com alguns bons médiuns que só me trouxeram satisfação, aos quais fico sinceramente grato, pela cooperação assídua, afetuosa e abnegativa que eles me prestaram submetendo-se a esta primeira condição, a de ser levados ao sonambulismo no início de cada sessão; ISTO PARA PODER PEDIR A ELES UM ESFORÇO MAIOR PARA A PRODUÇÃO DOS FENÔMENOS, A PLENA LUZ, BRANCA OU VERMELHA E NÃO NA ESCURIDÃO ONDE OS FENÔMENOS SÃO OBTIDOS MUITO MAIS FACILMENTE, MAS ONDE É MUITO MAIS FÁCIL FRAUDAR, SENDO QUE A MINHA PRINCIPAL INTENÇÃO ERA PODER AFIRMAR A ABSOLUTA AUTENTICIDADE DOS RESULTADOS OBTIDOS. (Henry Sausse. “Provas? Aqui estão elas!”).
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    “Durante o sono, Luisa nos dizia muito frequentemente que os nossos guias a levavam por jardins esplêndidos, onde as emanações de flores belíssimas causavam nela um agrado difícil de exprimir e lhe faziam o maior bem. Uma noite, em 18 de janeiro de 1884, acabava de cair no sonambulismo quando viu umas flores mais belas do que era costume. Eu estava em pé diante dela, o apartamento em plena luz; envolvi-a em emanações magnéticas quando disse “oh, que flor tão bonita… Os nossos guias estão dizendo que é para você – pegue-a, respondi. ¡Tome, aqui está ela!” Com estas palavras estendeu a mão direita para o meu lado e DIANTE DOS MEUS OLHOS, A UNS 30 CM DE DISTÂNCIA MAIS OU MENOS, VI APARECER E MATERIALIZAR-SE EM PLENA LUZ NA SUA MÃO UMA ESPLÊNDIDA ROSA-CHÁ.” (Henry Sausse. “Provas? Aqui estão elas!”).
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    COMENTÁRIO: Arduin, considere, também, que sua argumentação de que os espíritos são soberanos, ficando por conta deles quando e como manifestarão os fenômenos, e quem gostar bem quem não amém, fica sem apoio se considerar o depoimento de Sausse no livro citado acima. Neste, o pesquisador combina tudo direitinho com a espiritualidade, desde a liberação para iluminar claramente o evento, até explicações detalhadas do porquê de certos acontecimentos. Confira:
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    “Alertado no dia seguinte do que tinha acontecido, fiz Luisa dormir para obter a explicação daquele fenômeno.
    Esta foi sua resposta:
    “Como disse a vocês, deveríamos ter conseguido esse buquê em sua casa, ontem à noite, porém fui entorpecida por influências ocultas e sentia-me fraca demais para vencê-las. No entanto, o trabalho estava quase acabado; por essa razão os nossos amigos quiseram, a pesar de tudo, me dar esse buquê, tão logo como recuperei as forças. Estava diante do espelho da sala, trançando o cabelo quando vi refletir-se um ponto luminoso; voltei-me para determinar a causa daquilo e reconheci o nosso guia magnetizador que me entregou o buquê. A surpresa foi tamanha que lancei um grito e caí de joelhos em catalepsia.” Se um fato assim tivesse de se repetir, qual seria a maneira mais rápida de fazer desaparecer a catalepsia?
    “Isto não tornará a acontecer, porque, com você ausente este estado poderia ser perigoso para a minha saúde; nossos amigos o compreenderam um pouco tarde demais, porém não tornarão a repetir o fato”.
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    “Em 8 de agosto de 1884, recebemos, caindo do teto a plena luz, um buquê formado por quinze rosas de diversas espécies; quinze talos de miosótis e quinze talos de reseda.
    Podemos notar que nestes apports de flores são sempre as rosas que dominam. Este é o motivo: o principal agente destes apports era o Espírito do meu avô, que quando em vida sempre tivera marcada predileção por essas flores e que na erraticidade tinha conservado essa preferência.
    Outro ponto que em várias ocasiões nos tem chamado a atenção e a dos nossos guias é que em presença destes buquês enormes que às vezes recebíamos, PERGUNTAMOS AOS NOSSOS AMIGOS SE ESTAS AVALANCHES DE FLORES NÃO PODERIAM CAUSAR PREJUÍZO AO JARDINEIRO QUE AS CULTIVARA. NÃO SE PREOCUPEM POR ISTO, ELAS FORAM COLHIDAS POR NÓS EM LUGARES ONDE SE ACHAM AO AR LIVRE E NÃO PERTENCEM A NINGUÉM E, PORTANTO, SÃO PARA TODO O MUNDO, PARA NÓS E TAMBÉM PARA AQUELES QUE FORMAM COM ELAS ENORMES BUQUÊS, conforme a estação. Mas ¿que aconteceria se na hora em que vocês vão pegar uma flor, uma pessoa viva passasse por ali com a mesma intenção e visse como ela desaparecia diante dos seus olhos? Ficaria bastante surpresa, mas isto não vai acontecer porque surgindo a ocasião, nós o evitaríamos.”
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    Nos meses seguintes daquele ano OCORREU UMA SÉRIE DE EVENTOS QUE PUSERAM EM PERIGO MUITAS VEZES A VIDA DA MÉDIUM, MAS QUE CONSEGUIMOS SUPERAR FELIZMENTE GRAÇAS AO MAGNETISMO QUE PROVOCOU EM MUITAS CIRCUNSTÂNCIAS VERDADEIROS PRODÍGIOS, quase ressurreições. […]
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    É nessas condições que, no dia 2 de fevereiro de 1886, digo a Luisa, que estava em sonambulismo: “OS NOSSOS GUIAS ESTÃO AÍ? – SIM – PARA NOS DEMONSTRAREM QUE CONTINUAM NOS PROTEGENDO E PARA DEVOLVER A VOCÊ ESSA CONFIANÇA EM SI MESMA QUE PERDEU, SUPLICO A ELES QUE NOS TRAGAM UM APPORT NO DIA DE HOJE: de qualquer natureza, tanto faz, para termos a prova de que eles continuam a nos assistir.”
    .
    Então a médium estendeu a mão aberta sob a luz forte de uma lâmpada e disse-nos: “Olhem”. Sem mover a mão do lugar, sem que deixássemos de observar, vimos no centro da sua mão, formar-se uma nuvenzinha do tamanho de um ovo; esta nuvem condensou-se e repentinamente transformou-se em uma violeta de Parma, que encheu o apartamento de requintado perfume.
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    ESTE FENÔMENO, RESPONDENDO AO NOSSO DESEJO ARDENTE, E VINDO DESSA MANEIRA, EM CONDIÇÕES INATACÁVEIS, CULMINAR A NOSSA ESPERA, poderá parecer mais estranho ainda do que aqueles que já citamos anteriormente; nem por isso deixa de ser igualmente idêntico e vinte testemunhas poderiam garantir que viram o seu desenvolvimento e produção.”
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  693. Montalvão Diz:

    Arduin,
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    Pegue mais um exemplo de materializações ocorriam ao claro do dia, pondo em derribada o argumento de que o escuro seja condição sine qua non para a ocorrência desses eventos.

    “Apesar da raras, as materializações à luz do dia também podem ocorrer, a exemplo do caso descrito pelo pesquisador italiano Ernesto Bozzano, em “Materializações de Espíritos”, ao reproduzir o relatório da estudiosa Juliette-Alexandre Bison apresentado no Congresso Metapsíquico de Copenhague, em 1922. Neste documento, ela resume suas experiências com a médium Eva Carrière, em sessão realizada em maio de 1921, com seis assistentes. Todos testemunharam, EM PLENA LUZ DO DIA, a formação, não mão da médium de efeitos físicos, de um pequeno ser de 20cm de altura. Segundo a ata da reunião, essa mulher em miniatura chegou a passar para as mãos de um dos assistentes, que a descreveu como um corpo pesado e de tato “seco e suave”.” (Os Médicos do Espaço. Luiz da Rocha Lima e o Lar de Frei Luiz)

  694. Montalvão Diz:

    Arduin,
    .
    Dados os exemplos de que materializações também ocorrem sob iluminação natural, e na claridade, podemos concluir nosso raciocínio, postulando o seguinte:
    .
    Quanto mais sofisticado for o espetáculo mais o médium necessitará de ocultamentos para que o engodo não fique à mostra. Assim, a exigência de escuro e de cabines se justifica nas materializações em que a entidade precise fazer graça diante dos assistentes. Já nas materializações banais (corpos em miniaturas, pequenos objetos) dá para fazer a encenação sob luz comum. E também, dependendo na habilidade do médium na produção do truque menos precisará recorrer a escondimentos. Daí se explica porque para uns o escuro seja imprescindível e para outros nem tanto.
    .
    Espero que agora compreenda.
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    Saudações elucidativas.

  695. Marciano Diz:

    Montalvão,
    Esses são os perigos de viajar no tempo. O professor perdeu-se no passado, sente-se confortável lá, não consegue mais ser resgatado nem pelas patrulhas do Lar Deles.
    O perigo maior, entretanto, não é viajar no tempo, mas viajar na maionese.
    Se você conseguir trazer de volta nosso querido professor, os danos cerebrais talvez sejam irreversíveis (danos causados pela DE).

  696. Marciano Diz:

    Arduin, enquanto você ainda tem juízo, se puder, ajude-me a esclarecer o Guto sobre o que é seleção natural, assunto que você domina.
    O cara tá afirmando umas coisas tão loucas que eu estou preocupado com ele.
    Quanto tiver um tempo entre seus afazeres e as intermináveis discussões com o persistente Montalvão sobre a era arqueana, faça um breve resumo para o Guto, será um ato de caridade que o salvará (Guto) das trevas da ignorância.
    Você precisa ver o que ele escreveu sobre bebês de Homo sapiens, como ele vê a teoria da evolução.

  697. Montalvão Diz:

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    O apresamento do lindo Arduin ao passado não vem de agora. Há coisa de sete anos ele travou interessante debate com Ronaldo Cordeiro na STR (Sociedade Terra Redonda) a respeito de vida após a morte. Quem não conhece vale a pena tomar ciência da conversa. Naquela discussão, não deu outra, Arduin manteve-se fixo ao passado crooquiano e adjacências, tanto que ao final o Ronaldo postou o comentário:
    .
    RONALDO: “Após as várias rodadas do debate, agora que este está se encerrando confesso-me um tanto decepcionado. IMAGINEI QUE IRÍAMOS DISCUTIR O QUE EXISTE DE MAIS ATUAL NO CONJUNTO DO CONHECIMENTO HUMANO ATUAL A RESPEITO DO TEMA “VIDA APÓS A MORTE”. Defendendo o lado do ceticismo, apresentei exemplos vindos principalmente da área da neurociência, que estão entre os melhores argumentos a favor da interdependência consciência-cérebro e contra a possibilidade de haver alguma consciência extracerebral.
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    IMAGINEI QUE O DEBATEDOR QUE SE PROPÔS A DEFENDER A HIPÓTESE DA VIDA APÓS A MORTE IRIA TAMBÉM RECORRER AOS RECURSOS MAIS ATUAIS POSSÍVEIS, até porque, por defender a existência de espíritos, caberia a ele o ônus da prova, e a uma hipótese desse porte seriam adequadas provas extraordinárias. Eu esperava encontrar referências a pesquisas mais recentes, talvez algo de Elizabeth Kübler-Ross ou Raymond Moody na área de experiências de quase-morte, ou de experiências extra-corpóreas, ou de alegações de reencarnação como as estudadas por Ian Stevenson, H. N. Banerjee ou Stanislav Grof, ou alguma teoria de espíritas brasileiros como a “Teoria Corpuscular do Espírito”, de Hernani Guimarães. Ou até mesmo os apelos à filosofia da ciência, ao estilo de Sílvio Chibeni, que os defensores de teorias estranhas costumam apresentar na falta de provas científicas.
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    NO ENTANTO, SÓ FORAM APRESENTADAS HISTÓRIAS DOS PRIMÓRDIOS DO ESPIRITUALISMO, ENVOLTAS EM ACUSAÇÕES DE FRAUDE, OU TESTEMUNHOS DE CASOS, NO MELHOR ESTILO DOS RELATOS DOS ABDUZIDOS POR ETS, DOS PARANORMAIS, DOS VENDEDORES DE BUGIGANGAS MILAGROSAS OU DOS URINOTERAPEUTAS.
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    Até mesmo os céticos mais desinteressados pelo assunto sabem que os defensores da hipótese espiritual têm coisas mais convincentes que isso para apresentar.
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    É uma pena. Se tivéssemos tido a oportunidade de discutir casos como os de Stevenson, por exemplo, que Paul Edwards trata como “O Galileu da Reencarnação”, poderíamos ter aproveitado a oportunidade para mostrar os vários tipos de falhas que costumam surgir nesse tipo de estudo. Coisas como a tendenciosidade por parte do experimentador, escolha dos alvos, falta de controles, erros na avaliação dos resultados e apelo a falácias lógicas, etc. Tenho certeza de que teria sido bastante educativo.
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    INFELIZMENTE, O DEBATEDOR MARCOS SE PRENDEU DEMAIS ÀS HISTÓRIAS DO PASSADO E AOS CASOS TESTEMUNHAIS, SEM APRESENTAR MAIORES REFERÊNCIAS.
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    A história da humanidade está repleta de relatos de casos dos mais fantásticos, alguns feitos com a mais absoluta convicção. Curiosamente, PODE-SE NOTAR QUE OS RELATOS MAIS EXTRAORDINÁRIOS SÃO ENCONTRADOS NOS TEXTOS MAIS ANTIGOS, E QUE QUANTO MAIS RECENTE É A HISTÓRIA, MAIS RAZOÁVEL TENDE A SER SEU CONTEÚDO. Isso não é por acaso.
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    Embora ninguém mais tenha a ousadia de criar uma história como a de Josué, em que o sol pára no céu, ainda hoje existem pessoas que se dedicam a fazer os mesmos truques que os falsos médiuns faziam nos primórdios do espiritualismo. No entanto, a comunidade científica séria já não se interessa mais por isso como chegou a se interessar na época de Thomas Edison e William Crookes. O TEMPO DOS ESPIRITUALISTAS PASSOU E ELES NÃO CONSEGUIRAM APRESENTAR PROVAS CONVINCENTES.
    .
    HOJE EM DIA TERIAM QUE APRESENTAR PROVAS MAIS CONVINCENTES AINDA. É POUCO PRODUCENTE TENTARMOS HOJE ANALISAR EXPERIÊNCIAS DE CIENTISTAS DO PASSADO, QUE ATUALMENTE NÃO MAIS SÃO REPRODUZIDAS.
    ,
    Ainda que não encontrássemos nelas nenhuma falha experimental aparente, o máximo que provaríamos seria, talvez, que os espíritos existiam, e agora não existem mais. Bem, talvez os grandes milagres também só acontecessem no passado.
    .
    O debatedor Marcos, no início da discussão, afirmou que o espiritismo tem, além dos aspectos religioso e filosófico, o aspecto científico. Eu faço questão de lembrar que a história da ciência, como a define Robert T. Carroll, é “entre outras coisas, a história da teorização, testes, discussões, refinamentos, rejeições, substituições, novas teorizações, novos testes, etc.” O monge austríaco Gregor Mendel, considerado o pai da genética, publicou seu famoso trabalho com ervilhas em 1865. Em 1882, foram descobertos os cromossomos. A associação do DNA com a hereditariedade em 1944, e a estrutura do DNA em 1953. Em 1972, foi produzida a primeira molécula de DNA recombinante. A técnica do PCR veio em 1985. Recentemente, em 2000 e 2001 vimos a publicação dos primeiros resultados do projeto genoma. História semelhante aconteceu e acontece ainda com a neurologia e ciência cognitiva. A teoria espiritual, por outro lado, parece ter parado no tempo. Não se descobriu nada sobre a estrutura, composição ou sobre a forma como os espíritos interagiriam com o cérebro. Não se descobriu como detectá-los, não se aperfeiçoaram procedimentos experimentais, não foi criado nenhum “espiritômetro”, “espiritoscópio”, ou coisa semelhante. Seus defensores continuam a se apoiar em relatos do fim do século 19, repletos de suspeitas de fraudes, e a se associar com o misticismo e a superstição. A genética, felizmente, não parou em Mendel. Recentemente levantaram-se suspeitas de que ele teria falsificado seus resultados, já que os números que apresentou eram exatos demais para serem verdadeiros. Mas as descobertas e avanços que ocorreram na área desde Mendel foram tão grandes que a genética não sofreu sequer um arranhão. Isso é ciência. Será que poderíamos dizer o mesmo sobre o espiritismo?” (Ronaldo Cordeiro)

  698. Toffo Diz:

    “A teoria espiritual, por outro lado, parece ter parado no tempo. Não se descobriu nada sobre a estrutura, composição ou sobre a forma como os espíritos interagiriam com o cérebro. Não se descobriu como detectá-los, não se aperfeiçoaram procedimentos experimentais, não foi criado nenhum “espiritômetro”, “espiritoscópio”, ou coisa semelhante. Seus defensores continuam a se apoiar em relatos do fim do século 19, repletos de suspeitas de fraudes, e a se associar com o misticismo e a superstição. A genética, felizmente, não parou em Mendel. Recentemente levantaram-se suspeitas de que ele teria falsificado seus resultados, já que os números que apresentou eram exatos demais para serem verdadeiros. Mas as descobertas e avanços que ocorreram na área desde Mendel foram tão grandes que a genética não sofreu sequer um arranhão. Isso é ciência. Será que poderíamos dizer o mesmo sobre o espiritismo?”
    .
    É simplesmente isso. O espiritismo parou no tempo, e se diz “científico” sem se dar conta de que o que quer dizer com “científico” se refere à ciência da década de 1850. Mesmo a famosa citação de Kardec, de que se a ciência fizesse uma descoberta em tal ponto, o espiritismo se reformaria nesse ponto, aparentemente jamais foi seguida, pois se aprende e ensina espiritismo tal qual era em meados do século 19.

  699. Gorducho Diz:

    Eu acho que o Professor estuda tanto o galvanômetro porque está tentando inventar (ou já terá e estará construindo um?) um espiritoscópio de espelho 🙂

  700. Gorducho Diz:

    E aí, Professor: afinal porque o Crookes ficava mexendo nas cavilhas do reostato durante o experimento, desconectando a Annie?

  701. Larissa Diz:

    To besta com esse Ronaldo Cordeiro. Ele falou tudo! Obrigada, por ter postado o texto, Montalvão.

  702. Marciano Diz:

    Esse Ronaldo também é fera. E o
    Professor Arduin é um caso perdido (no tempo) mesmo.
    Depois de ler o desabafo de Ronaldo, estou começando a pensar que espíritos existiram na era arqueana e se extinguiram na era cambriana. Deve ter sido numa dessas extinções em massa (aviso aos ingênuos e incautos: isto é apenas uma ironia).
    .
    Toffo,
    Se fossem seguir o conselho de Rivail, reformar o espiritismo nos pontos em que se dissocia da ciência, ele estaria extinto também. (Ué, não isso mesmo que aconteceu?!).

  703. Marciano Diz:

    Guto, tá devendo seus “causos”.

  704. Marcos Arduin Diz:

    Bem, Moisés, parabens for fazer a lição de casa e espero que ela tenha alguma utilidade PARA VOCÊ.
    Rapidamente:
    – Douglas Home achava-se o ÚNICO médium autêntico do Mundo e por isso acusava a todos de serem farsantes. Lá no livro que publicou, Luzes e Sombras do Espiritualismo, deixa isso muito claro. As sombras são para os outros; as luzes só para ele.
    Quando informou ao Crookes que pretendia escrever esse livro, ouviu dele o questionamento de que não seria uma boa, já que os médiuns ERAM RIVAIS UNS DOS OUTROS.
    Daí então não se surpreende que tenha dito que Florence Cook e outros fraudaram e enganaram os pesquisadores…
    .
    Quanto às materializações à luz, veja bem que em ALGUNS casos são possíveis, mas em geral o resultado é reduzido. A luz NUNCA É FORTE, como numa sala iluminada por uma antiga lâmpada incandescente de 100 velas… E em geral o médium continua oculto.
    Mas me diga então o que achou dos casos que encontrou? Ficou convencido da REALIDADE do fenômeno, já que agora estava tudo à vista? Ou ainda encontra desculpas para dizer que não valeram?
    .
    Ah! Sim, o meu debate na Sociedade da Távola Redonda. Bem, este foi o meu primeiro contato com os céticos (e foi em 2001), não tinha ainda conhecimento suficientes sobre o assunto e por isso tentei obter deles os desmentidos por razões CIENTÍFICAS do que disseram os pesquisadores mediúnicos. Mas infelizmente Ronaldo Cordeiro só se desviava. Foi dos raios N para as vacas sagradas nórdicas.
    Tivesse eu sabido do Massimo Polidoro e da sua defesa da fé cética, queria ver como Ronaldo o defenderia.
    .
    Fazendo uma análise desse debate, Júlio Siqueira questionou-me se eu era mesmo botânico e quando confirmei, ele me mandou essa:
    _ Como é que você não percebeu que estava conversando o tempo todo com uma cabeça de rebolho?

  705. Gorducho Diz:

    Vou endereçar preces à unidade comandada pelo Druso. Pode ser que eles, com a experiência e equipamentos especializados de última geração que dispõem, consigam resgatar o Professor da região pretérita onde encontra-se vagando, acometido de desorientação temporal.
     
    O chefe da Mansão foi breve e claro. Apelo urgente da Terra pedia auxílio para as vítimas de um desastre aviatório.
    Sem alongar-se em minúcias, informou que a solicitação se repetiria, dentro de alguns instantes, e conviria esperar a fim de examinarmos o assunto com a eficiência precisa.
    Com efeito, mal terminara o apontamento e sinais algo semelhantes aos do telégrafo de Morse se fizeram notados em curioso aparelho. Druso ligou tomada próxima e vimos um pequeno televisor em ação, sob vigorosa lente, projetando imagens movimentadas em tela próxima, cuidadosamente encaixada na parede, a pequena distância.
    Qual se acompanhássemos curta notícia em cinema sonoro, contemplamos, surpreendidos, a paisagem terrestre. Sob a crista de serra alcantilada e selvagem, destroços de grande aeronave guardavam consigo as vítimas do acidente. Adivinhava-se que o piloto, certamente enganado pelo traiçoeiro oceano de espessa bruma, não pudera evitar o choque com os picos graníticos que se salientavam na montanha, silenciosos e implacáveis, à maneira de medonhos torreões de fortaleza agressiva.

  706. Gorducho Diz:

    Errata, aspas (citação) faltantes: O chefe (…) de fortaleza agressiva.
    [Ação e Reação]

  707. Vitor Diz:

    Arduin,
    a resistência não ficaria fixa, porque a solução evapora. Relativamente a Cook, a resitência mais do que dobrou. Eis o que disse Kentaro Mori:
    .
    O experimento é terrível. Usa-se como contato entre os terminais (moedas de ouro) e a pessoa nada menos que papel mata-borrão umedecido com solução cloridato de amônia. E reconhece-se que, à medida que a solução evapora, a resistência aumenta. De fato, ao longo da sessão, alega-se que a resistência mais do que dobrou. Por outro lado, também se alega que se a médium move os terminais, a resistência deveria diminuir. Em outras palavras: afirmam que o experimento está desenhado de forma que o que se espera do instrumento é que eventualmente anule a detecção de mudança em caso de fraude.

    De toda forma, que a resistência medida seja variável — com a evaporação da solução — já introduz uma complicação imensa. Imagino se Cook não poderia simplesmente mover lentamente os terminais para onde bem entendesse em seu corpo. Seria importante saber qual proporção dessa resistência medida era efetivamente do corpo de Cook, e qual se devia ao mau contato, aos próprios papéis mata-borrão com a solução evaporada. Supondo como confiável a informação de que a resistência dobrou depois da evaporação da solução, podemos sugerir que a maior parte da resistência medida se devia ao mau contato com a pele e não à própria resistência medida no corpo de Cook. Assim, movimentar os terminais pelo corpo não deveria realmente produzir modificação muito grande no valor total da resistência.

    Sobre o valor da resistência do corpo de King ser maior, haveria um sem-número de possibilidade de fraude. Ela poderia simplesmente ter umedecido parte de sua roupa colocando-a em contato com os papéis mata-borrão com a solução, e então ter colocado os terminais diretamente em contato, separados por esse tecido levemente umedecido, liberando-se completamente do circuito — o que explicaria que possa ter tocado o mercúrio sem afetar a resistência. E essa é apenas uma das possibilidades.

    Precisaria de mais detalhes sobre esse experimento específico para outras sugestões. Me parece muito interessante que tenham medido a resistência à corrente elétrica de um suposto espírito ectoplásmico, prendendo nele terminais elétricos, enquanto não tenham retirado pedaços de unha ou cabelo do espírito.

    Repetindo, o experimento com galvanômetros é terrível. Nem mesmo a consciência de que foi realizado há mais de cem anos permite que relevemos a ingenuidade e falta de rigor com que foi conduzido. Há, porém, a enorme curiosidade aos sociólogos, historiadores e antropólogos da excitação em torno da telegrafia. A frase “A Srta. Cook, na ocasião, representava um cabo telegráfico” é adorável. Varley esteve envolvido no cabo telegráfico transoceânico, e devemos lembrar que toda a febre de fenômenos mediúnicos-espiritualistas começou com os espíritos telegráficos das irmãs Fox.

  708. Gorducho Diz:

    Ficar eternamente discutindo o galvanômetro é como se os biólogos se limitassem a discutir o Versuche über Plflanzenhybriden: a confiabilidade dos resultados, possíveis falhas metodológicas, blah blah blah – sem realizar eles próprios experimentos em tempo presente, com metodologias e equipamentos em contínuo aperfeiçoamento.
    Não acha, Professor?

  709. Montalvão Diz:

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    MARCOS ARDUIN DIZ: Bem, Moisés, parabens for fazer a lição de casa e espero que ela tenha alguma utilidade PARA VOCÊ.
    Rapidamente:
    – Douglas Home achava-se o ÚNICO médium autêntico do Mundo e por isso acusava a todos de serem farsantes. Lá no livro que publicou, Luzes e Sombras do Espiritualismo, deixa isso muito claro. As sombras são para os outros; as luzes só para ele.
    Quando informou ao Crookes que pretendia escrever esse livro, ouviu dele o questionamento de que não seria uma boa, já que os médiuns ERAM RIVAIS UNS DOS OUTROS. Daí então não se surpreende que tenha dito que Florence Cook e outros fraudaram e enganaram os pesquisadores…
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    COMENTÁRIO: sem nos determos no fato de que os médiuns deveriam ser intermediários entre a espiritualidade e a terrenicidade, portanto, ciosos da importância da missão com a qual foram honrado e, consequentemente, ser classe unida em lugar de concorrente. E sem nos determos que a espiritualidade daqueles tempos escolhia mercenários para se manifestar, em vez de buscar quem estivesse à altura da grandiosidade do empreendimento. Vamos considerar apenas as declarações de Home a respeito da fraudadura dos demais médiuns… O que dizer? Era verdade, não era verdade? Pelo que consta nenhum pesquisador se mexeu em conferir se havia valor no declaramento. Coisa no mínimo estranha. Se o maior médium de todos gritava ao mundo que seus concorrentes eram safados simuladores talvez o melhor mesmo fosse fazer de conta que ninguém entendeu a comprometer o prestígio dos que autenticavam os acusados. Muito conveniente…

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    MARCOS ARDUIN DIZ: Quanto às materializações à luz, veja bem que em ALGUNS casos são possíveis, mas em geral o resultado é reduzido. A luz NUNCA É FORTE, como numa sala iluminada por uma antiga lâmpada incandescente de 100 velas… E em geral o médium continua oculto.
    Mas me diga então o que achou dos casos que encontrou? Ficou convencido da REALIDADE do fenômeno, já que agora estava tudo à vista? Ou ainda encontra desculpas para dizer que não valeram?
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    COMENTÁRIO: o fato de haver materializações iluminadas, e algumas até perante luz solar, conforme dei exemplo, nada disso favorece a validade do suposto fenômeno. Mágicos fazem suas apresentações ao fulgor do sol e mesmo assim não se descobre como realizaram. Certa vez vi um sujeito em via pública, pego de surpresa, transformar uma cédula de um real numa de dez (ou de cinco, agora não lembro mais). Fiquei o tempo inteiro vigiando as mãos dele e não atinei com o truque. Conan Doyle chegou a afirmar que Houdini (seu ex-amigo) era médium e fingia não ser para desmoralizar os outros (teoria da concorrência?). Os casos que encontrei se explicam claramente por ilusionismo ou ilusão mesmo. É claro, sempre vai ter quem desafie o desconfiado a explicar minuciosamente o truque, ou a refazê-lo, para só então reconhecer que o caminho explicativo esteja aí (como é costume de um amigo nosso). Acontece que, mesmo que a demonstração fosse feita, o crente poderia alegar que um faz por presditigitação o que o “outro” o realiza por mediunidade… O imaginado dom mediúnico tem de ser verificado por meio de testes objetivos e simplificados, de modo que não reste a menor dúvida de que não provém de fonte espiritual. Nesse procedimento simples e esclarecedor, bem sabemos, os prosélitos não querem nem pensar…
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    MARCOS ARDUIN DIZ: Ah! Sim, o meu debate na Sociedade da Távola Redonda. Bem, este foi o meu primeiro contato com os céticos (e foi em 2001), não tinha ainda conhecimento suficientes sobre o assunto e por isso tentei obter deles os desmentidos por razões CIENTÍFICAS do que disseram os pesquisadores mediúnicos. Mas infelizmente Ronaldo Cordeiro só se desviava. Foi dos raios N para as vacas sagradas nórdicas.
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    COMENTÁRIO: em 2001 eu estava longe de me envolver em assuntos ligados à paranormalidade e mediunidade. Corria atrás de prejuízo na carreira profissional que tinha tudo para dar certo e não deu. Mas é assim mesmo. De sua participação não achei que foi mal, o problema é que a causa que defende não resiste a cotejamento severo: sua argumentação é de alta qualidade, mas o material de apoio frágil. Porém, esse tergiversamento de que acusa o Ronaldo não o detectei: parece-me que você pretendia manter a discussão circunscrita ao passado e não aceitou a chamada aos dias atuais. Sua teoria na época (não sei se ainda a defende) era a de que os fenômenos físicos do espiritismo tiveram duração definida, mais ou menos de 1850 a 1930. Tenho a impressão de que ainda mantém essa certeza, o que explica o não querer, de modo algum, aportar no presente.
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    MARCOS ARDUIN DIZ: Tivesse eu sabido do Massimo Polidoro e da sua defesa da fé cética, queria ver como Ronaldo o defenderia.
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    COMENTÁRIO: e por que ele teria de defender o Massimo Polidoro? Seu pronunciamento leva a entender que Polidoro seja a única fonte tida por confiável para refutar a validade dos experimentos de Crookes. Mesmo que Polidoro seja essa figurinha execrável que descreve (com o que não concordo, porém não quero discutir, senão levaremos vinte anos), outros analistas, de ontem e de hoje, registraram fragilidades nos experimentos de Crookes com materializações. O principal problema com o trabalho do cientista inglês adveio do tempo, como deve bem saber mas não quer ver: a falta de atualização no conhecimento dessa imaginada fenomenologia.
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    MARCOS ARDUIN DIZ: Fazendo uma análise desse debate, Júlio Siqueira questionou-me se eu era mesmo botânico e quando confirmei, ele me mandou essa:
    _ Como é que você não percebeu que estava conversando o tempo todo com uma cabeça de rebolho?

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    COMENTÁRIO: certamente o Julio hoje não diria tal coisa, após conhecê-lo melhor. Você não é cabeça de “rebolho”, ao contrário, possui massa encefálica da melhor qualidade. O único senão é que está aferrado à ideia de que espíritos comuniquem e se materializem (embora noticie que o mercado atual esteja falto de materializadores), e defende essas crenças com argumentos de longas cãs.

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    Tirante isso, você é dez, quase onze.
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    Saudações matusalenáicas.

  710. Marcos Arduin Diz:

    “a resistência não ficaria fixa, porque a solução evapora.”
    – Vitor, dê uma olhada lá no texto do Stephenson e veja o que ele diz a respeito disso. De que me lembro, ele manteve os terminais ligados a papel mataborrão com a dita solução e a resistência “só aumentou quando já estava praticamente seco”. Sei lá se ele cometeu algum erro experimental. O certo seria ele fazer o teste com a sua “Florence”, verificando se à medida que fosse secando a solução, notar-se-ia o aumento de resistência. ISSO ERA O QUE ELE DEVERIA TER FEITO.
    Mas já que ele fez a coisa só com contatos e papel mataborrão molhado, viu-se aquilo, de a resistência só aumentar quando o papel estava quase seco. Isso é o que eu esperaria ver com a barra de grafite… Se Stephenson não cometeu um erro experimental…
    E mais um detalhe: o aumento da resistência deveria ser CONTÍNUO. Não foi o que se viu: havia variações para mais e para menos. A barra de grafite não faria isso.
    .
    “Seria importante saber qual proporção dessa resistência medida era efetivamente do corpo de Cook, e qual se devia ao mau contato, aos próprios papéis mata-borrão com a solução evaporada.”
    – Deixe-me ver: o Mori aí TESTOU e QUANTIFICOU o nível de evaporação da dita solução e concluiu que, no tempo em que transcorreu o experimento, ela ficaria completamente seca antes de se chegar à metade do tempo… Certo?
    .
    “Sobre o valor da resistência do corpo de King ser maior, haveria um sem-número de possibilidade de fraude.”
    – Vitor, faça-me um favor: bata um fio para o Mori e peça que ele postar aqui uma longa lista dessas INÚMERAS possibilidades e vejamos de pelo menos aparece UMA que seja viável. Talvez, na pressa de escrever, não tenha pensado na melhor delas…
    .
    “Ela poderia simplesmente ter umedecido parte de sua roupa colocando-a em contato com os papéis mata-borrão com a solução, e então ter colocado os terminais diretamente em contato, separados por esse tecido levemente umedecido, liberando-se completamente do circuito — o que explicaria que possa ter tocado o mercúrio sem afetar a resistência.”
    – Avise o Mori de que os colegas de Crookes, lá no experimento com a Fay, usaram de um lenço úmido com solução salina, mas NA BAMBA, não conseguiram obter um valor de resistência igual ao do corpo de uma pessoa. Precisaram fazer VÁRIAS TENTATIVAS, com Crookes cantando os valores, até chegar a um valor aproximado. Conclusão: molhando o vestido com a solução salina, ligando os contatos e assim se liberando deles… não ia enganar o galvanômetro…
    .
    “E essa é apenas uma das possibilidades.”
    – Fico ansiosamente no aguardo da descrição das inúmeras outras.

  711. Marcos Arduin Diz:

    “Repetindo, o experimento com galvanômetros é terrível. ”
    – Mas céticos falando bobagens dos experimentos, demonstrando que desconhecem o assunto, é MARAVILHOSO para nós crentelhos…

  712. Marcos Arduin Diz:

    “Não acha, Professor?”
    – Acho, Balofo, mas fazer o que? Eu até agora não achei nada nas refutações que realmente refutem o que Crookes fez. Todos são experimentos “pela metade”, quando há experimentos. Então faça a sua proposta de experimentação aos céticos, lembrando-os que devem respeitar os protocolos dos pesquisadores e encaixar as suas hipóteses de fraude e assim confirmar a VIABILIDADE delas e não apenas SUPOREM que seriam viáveis…

  713. Gorducho Diz:

    Então faça a sua proposta de experimentação aos céticos, 7c.
    Note-se a “sutileza” (sutil como um elefante cor-de-rosa numa loja de cristais) do Professor, sempre tentando inverter o ônus da prova!
    É aos (nós) céticos que cabe realizar experimentos para provar a veracidade das lendas dos espíritas

  714. Marcos Arduin Diz:

    “sem nos determos no fato de que os médiuns deveriam ser intermediários entre a espiritualidade e a terrenicidade, portanto, ciosos da importância da missão com a qual foram honrado e, consequentemente, ser classe unida em lugar de concorrente.”
    – Ô Moisés! Veja só os pastores, nossos e dos outros países, que são homens investidos da honrada missão de divulgar a Palavra de Deus, de levar ovelhas perdidas ao rebanho do Senhor, expulsar demônios, etc e tal… Tão honrada missão certamente fez deles uma classe unida, determinada, que se ajuda mutuamente e nunca jamais um pastor falará mal de outro e todos esses pastores são da mais absoluta hombridade moral. Nenhum pastor jamais traiu sua esposa, jamais roubou dinheiro dos fiéis, nem fez uso pessoal dele, nem jamais se enriqueceu com sua honrada atividade pastoral.
    Substitua pastor por médium…
    .
    “Pelo que consta nenhum pesquisador se mexeu em conferir se havia valor no declaramento.”
    – Como já dizia Richet: não basta que me digam que fui enganado. Quero saber COMO fui enganado.
    E os outros pesquisadores assinam embaixo.
    .
    ” o fato de haver materializações iluminadas, e algumas até perante luz solar, conforme dei exemplo, nada disso favorece a validade do suposto fenômeno. Mágicos fazem suas apresentações ao fulgor do sol e mesmo assim não se descobre como realizaram.”
    – Viu porque finalmente os pesquisadores jogaram a toalha e resolveram deixar esses assuntos de mediunidade? Exatamente por isso: NADA do que se faça contenta o pessoal cético. Sempre se vem alguma desculpa para não aceitar a validade do experimento. Primeiro você se queixava do gabinete, da escuridão, etc e tal e agora que viu que também houve experimentos sem gabinete e sem escuridão… mesmo assim não valem.
    Chega uma hora que o saco enche, né?
    .
    “Acontece que, mesmo que a demonstração fosse feita, o crente poderia alegar que um faz por presditigitação o que o “outro” o realiza por mediunidade…”
    – Se o Conan aí resolveu o caso do Houdini com mediunidade, problema dele. Eu não o resolveria assim. Se o cético pode me demonstrar que, com recursos DA ÉPOCA, seria possível uma fraude que explicasse os resultados sem fazer vista grossa aos protocolos… É isso que estou querendo ver desde que conheci os céticos em 2001. Mas quando me dão a desculpa de que “após tanto anos, não é possível saber exatamente o que os médiuns fizeram…”
    .
    “Tenho a impressão de que ainda mantém essa certeza, o que explica o não querer, de modo algum, aportar no presente.”
    – O problema, Moisés, é que eu além de não ter na ocasião conhecimento sobre nenhum experimento novo bem feito, também não tinha boa informação dos experimentos passados. O que queria era que o Ronaldo refutasse aqueles experimentos, demonstrando que estavam errados assim, assado, frito ou cozido. Se ele tivesse citado o Polidoro, teria conseguido, pois eu não sabia do relatório do Crookes.
    Porém, seu eu soubesse o que sei hoje, queria ver o Cordeiro defendendo que sim, havia luz e redes elétricas em 1875 e com a queda de força, a fraude teria sido possível… Ia ser de morrer de rir.
    .
    Ah! Vitor, faça-me um favor. Retire o nome do Júlio onde o coloquei para evitar problemas a ele e a mim. Não lhe perguntei se podia citá-lo. Coloque “JS” no lugar do nome (e suprima esse parágrafo). Please!
    .
    Bem, Moisés, acho que você não entendeu: o JS estava considerando o Ronaldo uma cabeça de repolho e não eu.

  715. Marcos Arduin Diz:

    “Professor, sempre tentando inverter o ônus da prova!”
    – Não senhor! Os céticos AFIRMAM que os médiuns produziram (e produzem até hoje) os seus ditos fenômenos POR MEIO DE FRAUDE. Então o que estou exigindo que é esse pessoal céticos apresente as provas de que se fazendo fraudes assim, assado, frito ou cozido, ficam perfeitamente explicados os fenômenos que os pesquisadores observaram.
    .
    “É aos (nós) céticos que cabe realizar experimentos para provar a veracidade das lendas dos espíritas”
    – ERRADO! O que estou exigindo é que os céticos façam experimentos para provar AS HIPÓTESES DE FRAUDE QUE ELES DEFENDEM. Nunca pedi para provar nada a respeito das lendas espíritas, excedo que são apenas lendas mesmo…

  716. Gorducho Diz:

    Não me inclua nisso: como cético o que digo é que devem ser continuamente realizados experimentos. E que o Crookes, o Richet e o Alberto foram enganados basta olhar as fotos: da Florrie revestida de panos brancos (“Katie King”); da Marthe de barba postiça (“Bien-Bôa”) ou com o jornal (Le Miroir) espetado no cabelo, &c.
    Se esses “fatos” não se reproduzem no tempo atual (século xxi), sob controles modernos, é porque são lendas mesmo.
    É isso.

  717. Marcos Arduin Diz:

    Balofo, essas afirmações são as típicas balelas céticas, ditas por quem nada sabe do assunto e aí busca lá nos manuais céticos o que já se disse a respeito e repassa-se para frente.
    A Florence vestida de panos? Ué? Crookes examinou a médium e a fantasma e notou VÁRIAS diferenças entre as duas. Não deveriam existir tais diferenças se a fantasma fosse a médium disfarçada. Além disso, ressalta-se muito a suposta semelhança entre a médium e a fantasma, mas examinando-se os detalhes, as diferenças são percebidas. A Kate King tinha o septo nasal no nível das narinas, mas a médium o tinha mais abaixo delas. Não dá para mudar isso.
    .
    Ah! O Biem Boa sendo a Marthe disfarçada… Gozado ela sumir no chão sem deixar vestígios… Os céticos explicam isso?
    .
    O jornal Le Miroir? Bem, havia dois jornais na época com esse título… Mas o frontispício de ambos NÃO coincidia com a imagem vista, ou seja, a médium não colou jornal nenhum com esse nome… Vai ter de estudar mais, ô meu!
    .
    Já traduziu aquele texto sobre o Richet?

  718. Marciano Diz:

    “Com efeito, mal terminara o apontamento e sinais algo semelhantes aos do telégrafo de Morse se fizeram notados em curioso aparelho. Druso ligou tomada próxima e vimos um pequeno televisor em ação, sob vigorosa lente, projetando imagens movimentadas em tela próxima, cuidadosamente encaixada na parede, a pequena distância.”
    .
    Gorducho,
    Será que na espiritualidade, no Lar Deles, já conseguiram sinais algo semelhantes aos do Skype, ou do iPhone 5 ou será que ainda estão com sinais semelhantes ao do telégrafo de Morse?
    .
    Será que a tela do pequeno televisor já aumentou, está semelhante a grandes telas de led LCD, ou será que ainda é a mesma porcaria?
    .
    Será que a investigação de acidentes aéreos do além continua tão eficiente a ponto de descobrir a causa do acidente instantaneamente ou será que regrediu ao estado do nosso mundo, onde são feitas minuciosas e demoradas análises antes que se chegue à conclusão das causas do acidente?
    .
    Esse provecto galvanômetro é a tábua de salvação (salvação?) do Professor Arduin.
    .
    É bem típico da humildade e caridade espíritas chamar quem ousa discordar de suas crenças de cabeça de repolho.

  719. Marciano Diz:

    Montalvão disse:
    “Certa vez vi um sujeito em via pública, pego de surpresa, transformar uma cédula de um real numa de dez (ou de cinco, agora não lembro mais).”
    .
    Isso é mole, eu quero ver é o cara transformar uma cédula de um real em uma de três.
    .
    Arduin disse:
    “- Ô Moisés! Veja só os pastores, nossos e dos outros países, que são homens investidos da honrada missão de divulgar a Palavra de Deus, de levar ovelhas perdidas ao rebanho do Senhor, expulsar demônios, etc e tal… Tão honrada missão certamente fez deles uma classe unida, determinada, que se ajuda mutuamente e nunca jamais um pastor falará mal de outro e todos esses pastores são da mais absoluta hombridade moral.”
    .
    Macedo e Valdemiro Santiago vivem trocando acusações em suas respectivas redes de televisão.

  720. Marcos Arduin Diz:

    “Macedo e Valdemiro Santiago vivem trocando acusações em suas respectivas redes de televisão.”
    – De Morte, eu só fiz uma comparação da honrosa carreira de pastor e o que se deveria esperar deles com os médiuns da época de Home. O Moisés saiu com uma bobagem de achar que os ditos médiuns seriam pessoas honradas e interessadas apenas na divulgação das coisas espirituais, pois estariam investidos de uma “missão”.
    É o que dá não saber a história da mediunidade…

  721. Gorducho Diz:

    Me faz lembrar d’A Vida de Brian quando os comandos da People’s Front of Judea – do Brian – encontram os da Judean People’s Front na tentativa de sequestro da esposa do Pilatus 🙂

  722. Gorducho Diz:

    Por exemplo, no Espiritismo existem “alguns” que, ao invés de gastarem suas energias combatendo a chaga do Materialismo, gastam-nas atacando a Revelação da Revelação 🙁

  723. Marcos Arduin Diz:

    “gastam-nas atacando a Revelação da Revelação”
    – Eu sou um desses, pois essa Revelação da Revelação revelou-se uma relevante piada de mau gosto.

  724. Montalvão Diz:

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    “sem nos determos no fato de que os médiuns deveriam ser intermediários entre a espiritualidade e a terrenicidade, portanto, ciosos da importância da missão com a qual foram honrado e, consequentemente, ser classe unida em lugar de concorrente.”
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    MARCOS ARDUIN Diz:- Ô Moisés! Veja só os pastores, nossos e dos outros países, que são homens investidos da honrada missão de divulgar a Palavra de Deus, de levar ovelhas perdidas ao rebanho do Senhor, expulsar demônios, etc e tal… Tão honrada missão certamente fez deles uma classe unida, determinada, que se ajuda mutuamente e nunca jamais um pastor falará mal de outro e todos esses pastores são da mais absoluta hombridade moral. Nenhum pastor jamais traiu sua esposa, jamais roubou dinheiro dos fiéis, nem fez uso pessoal dele, nem jamais se enriqueceu com sua honrada atividade pastoral. Substitua pastor por médium…
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    COMENTÁRIO: primeiramente está misturando épocas. A mor parte dos pastores de hoje são quais a mor parcela dos médiuns de antanho. Mas os pastores da antiga não eram quais os atuais, eram visivelmente melhores, embora nem todos. O pecado daqueles era a cabeça enforcada no fundamentalismo, o dos de hoje é o mercenarismo, conquanto fundamentalistas ainda se achem de montão. Só que seu ilustrativo não cai na poça do problema: o caso é que os médius estariam sob eflúvios dos espirituais e seriam por esses sensibilizados e monitorados. Pisasse na bola baubau. Era o que sucedia com os profetas veterotestamentários. Pense bem, quando você for espírito e quiser dar ao mundo provas de que esteja vivinho e fresquinho com talquinho após o banho sideral. Vai escolher um vigaristóide para passar essa mensagem, ele que engana a própria mãe, ou vai indicar alguém como o de Marte, o Gorducho, o Toffo, Larissa… e requerê-los como postmen do além? E, se os selecionados não cumprirem, dentro dos definidos, a missão mediúnica, não deixa-lo-á despidos das habilidades contatativas e elegerá outros?
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    No entanto, o que se viu foi uma espiritualidade muito da sacana, pactuando as vis ambições dos medianeiros e realizando trabalho (como é mesmo que diz?) muito porco. E depois, essa espiritualidade da gota serena, ainda exige que seus adeptos requeiram dos demais a aceitação acrítica dos espantalhos de manifestações que dizem ter ensejado. Péra lá! Nem os cachaceiros do bar do bigode fariam serviço tão bundasuja. Kardec comemorava ao seu tempo que a comunicação evoluíra das toscas batidas para a psicografia, e que os médiuns eram, em maioria, pessoas de bem, os de má índole atraiam a corja espiritual e se fu…nicavam. E aí, depois virou surubada, cada um a comer o outro?
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    Não, meu filho, ou a coisa é séria ou não é coisa alguma…
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    “Pelo que consta nenhum pesquisador se mexeu em conferir se havia valor no declaramento.”
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    MARCOS ARDUIN Diz: – Como já dizia Richet: não basta que me digam que fui enganado. Quero saber COMO fui enganado. E os outros pesquisadores assinam embaixo.
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    COMENTÁRIO: é isso aí, tanto assinaram embaixo que esqueceram de cobrar de Dunglas Home a demonstração do que afirmava. Deveria ter, sim, dito a Home: “não basta que diga que são salafrários, há que demonstrar”… Mas, pra quê, né? Era tudo uma bagunçada só mesmo…
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    “o fato de haver materializações iluminadas, e algumas até perante luz solar, conforme dei exemplo, nada disso favorece a validade do suposto fenômeno. Mágicos fazem suas apresentações ao fulgor do sol e mesmo assim não se descobre como realizaram.”
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    MARCOS ARDUIN Diz:- Viu porque finalmente os pesquisadores jogaram a toalha e resolveram deixar esses assuntos de mediunidade? Exatamente por isso: NADA do que se faça contenta o pessoal cético. Sempre se vem alguma desculpa para não aceitar a validade do experimento. Primeiro você se queixava do gabinete, da escuridão, etc e tal e agora que viu que também houve experimentos sem gabinete e sem escuridão… mesmo assim não valem.
    Chega uma hora que o saco enche, né?
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    COMENTÁRIO: mas, meu lord, você quer que aceitemos coisas quais as que seguem, leia-as com 2% de espírito crítico e veja se dá para recebê-las de braços esticados.
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    “Os nossos amigos presentes ficaram sentados no laboratório, em frente à cortina e as câmaras foram colocadas um pouco atrás deles, prontas para fotografarem Katie quando ela saísse e fotografar também qualquer coisa na cabine, quando a cortina fosse levantada para isso. Cada noite havia três ou quatro tomadas de fotografias em cada uma das cinco máquinas, obtendo-se pelo menos quinze fotografias separadas em cada sessão. Algumas se estragaram ao serem reveladas, outras na regulagem da luz. [trabalho porco] Ao todo tenho quarenta e quatro negativos, alguns inferiores, outros sofríveis, e alguns excelentes.” [que sumiram]
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    “Algumas dessas fotografias estão em poder do autor destas linhas e certamente não há mais maravilhosa impressão em qualquer chapa do que aquela que MOSTRA CROOKES NO AUGE DE SEU VIGOR COM ESSE ANJO – porque na verdade ela o era – apoiando-se em seus braços. O vocábulo “anjo” pode parecer um exagero, mas quando um Espírito do outro mundo se submete ao momentâneo desconforto de uma existência artificial a fim de trazer a lição da sobrevivência a uma geração materialista e mundana, não há termo que melhor se lhe aplique.”
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    “Surgiu uma discussão se Crookes alguma vez teria visto ao mesmo tempo o médium e Katie. Diz Crookes a certa altura de seu relatório que freqüentemente acompanhou Katie até a cabine “e algumas vezes as via juntas, ela e a sua médium, mas na maioria das vezes não vi ninguém, a não ser a médium em transe, caída no chão, pois Katie e seus vestidos brancos tinham desaparecido instantaneamente”.(Conan Doyle. História do Espiritismo).
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    “Antes de deixar o assunto Katie King, algumas palavras devem ser ditas quanto ao futuro do grande médium, do qual aquela extraia o seu invólucro físico. Miss Cook tornou-se Mrs. Comer, mas continuou a exibir os seus admiráveis poderes. O AUTOR CONHECE APENAS UM CASO EM QUE A HONESTIDADE DE SUA MEDIUNIDADE FOI POSTA EM DÚVIDA; [e os que ele não conhece?] foi quando ELA FOI PEGA POR SIR GEORGE SITWELL E ACUSADA DE FINGIR-SE DE ESPÍRITO. O autor é de opinião que um médium de materializações deveria ser manietado, de modo que não pudesse vagar pela sala – e isto com o objetivo de proteger o próprio médium.
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    É pouco provável que o médium se mova em transe profundo, mas em semitranse nada impede que inconsciente ou semiconscientemente, ou ainda obedecendo a uma sugestão dos assistentes, passeie fora da cabine. É um reflexo de nossa própria ignorância admitir que uma infinidade de provas pudessem ser comprometidas por um único episódio dessa natureza. É digno de nota, entretanto, a circunstância de que, nessa ocasião, os observadores concordaram que a figura estava de branco, enquanto que, ao ser agarrada, Mrs. Comer não estava de branco. Um investigador experimentado teria concluído que isso não era uma materialização, mas uma transfiguração, o que significa que o ectoplasma, sendo insuficiente para construir uma figura completa, foi usado para revestir o médium de modo que este pudesse carregar o simulacro. Estudando casos semelhantes, o grande investigador alemão Doutor Schrenck Notzing diz:
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    “Isto (uma fotografia) é interessante porque ESCLARECE A GÊNESE DAS CHAMADAS TRANSFIGURAÇÕES, ISTO É… O MÉDIUM TOMA A SI O PAPEL DE ESPÍRITO, ESFORÇANDO-SE PARA REPRESENTAR O CARÁTER DA PESSOA EM QUESTÃO, revestindo-se do material fabricado. Essa fase de transição é encontrada em quase todos os médiuns de materialização. A literatura sobre tais casos registra um grande número de tentativas de fraude de médiuns que assim representavam Espíritos, como, por exemplo, a do médium Bastian pelo Príncipe Herdeiro Rudolph, a da médium de Crookes, Miss Cook, a de Madame d’Espérance, etc. Em todos esses casos o médium foi agarrado, mas os estojos usados para o disfarçar desapareceram imediatamente e não mais foram encontrados.”
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    “Assim, parece que a verdadeira censura, em tais casos, deve ser dirigida mais aos assistentes negligentes do que à médium inconsciente.” (Conan Doyle. História do Espiritismo).
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    COMENTÁRIO: mesmo diante da fraude explícita, Doyle (e seus discípulos) encontram saída para justificar o que não podiam esconder mas viravam os olhos para não ver… Veja mais:
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    “Então me propus a magnetizar a água que se encontrava dentro de garrafinhas e que estava destinada a cada uma das pessoas presentes. Quando terminei, mostrei a essas pessoas a garrafa destinada à minha mulher, onde o magnetismo tinha produzido miríades de glóbulos que giravam em todos os sentidos. Estávamos todos reunidos diante da lâmpada para observá-la, quando de repente uma força intuitiva e potente me obrigou a dizer à médium: “O buquê está aí, pegue-o”. Então todo o mundo se inclinou para olhar o lugar indicado. “Não existe buquê algum, disse minha mulher, que o procurava com a lâmpada na mão. – Sim, disse Luisa. ¡Oh, sim, vejam!” – No entanto, ninguém podia vê-lo. Então vimos como ela se abaixava, recolhia qualquer coisa no vazio e depois se endireitava segurando na mão o buquê, materializado enquanto ela o recolhia. Estava formado por cinco rosas esplêndidas, e unidas entre si por um pequeno laço de junco. A médium estava acordada quando se inclinou, mas quando se endireitou segurando o buquê, um sono espontâneo tomava conta dela e seu corpo caiu em catalepsia. Rapidamente contive aquele estado e a través de passes e insuflações magnéticas consegui restabelecer o equilíbrio.”
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    “Qual é a causa, perguntei à médium, que promove esse estado cataléptico?”
    “É a perda de fluidos vitais necessários para o trabalho de materialização; quanto mais brusco o meu desgaste fluídico, mais a contratura será generalizada, e se você não estivesse aqui para me ajudar a restabelecer o equilíbrio, eu não poderia conseguir isso sozinha, ou então a minha saúde ficaria seriamente alterada. Para conseguir chegar a produzir esses fenômenos, preciso não somente uma grande quantidade dos meus próprios fluidos, como também dos seus, aqueles que você me fornece ao me magnetizar, ou que eu tomo de você e das outras pessoas presentes, no instante em que o trabalho de materialização é realizado. É UM TRABALHO MUITO DELICADO, MUITO COMPLICADO, DO QUAL NÃO ME DOU CONTA O SUFICIENTE PARA PODER EXPLICÁ-LO HOJE, porém que é muito interessante; fique só com que um sem o outro nada poderíamos obter.” (HENRY SAUSSE – PROVAS? Aqui estão!)
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    COMENTÁRIO: se não conseguiu ver nesses exemplos exemplos de santa ingenuidade, então o problema é mais sério que imaginei. Só para destacar um ponto, observe no parágrafo acima a singela descrição dos motivos da “catalepsia” da médium…

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    “Acontece que, mesmo que a demonstração fosse feita, o crente poderia alegar que um faz por presditigitação o que o “outro” o realiza por mediunidade…”
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    MARCOS ARDUIN Diz:- Se o Conan aí resolveu o caso do Houdini com mediunidade, problema dele. Eu não o resolveria assim. Se o cético pode me demonstrar que, com recursos DA ÉPOCA, seria possível uma fraude que explicasse os resultados sem fazer vista grossa aos protocolos… É isso que estou querendo ver desde que conheci os céticos em 2001. Mas quando me dão a desculpa de que “após tanto anos, não é possível saber exatamente o que os médiuns fizeram…”
    .
    COMENTÁRIO: pois esta é a crua realidade: não podemos hoje recriar o ambiente nem as movimentações havidas nos experimentos antigos. Qualquer detalhe que os relatantes deixassem de comentar pode alterar tremendamente a condição de análise adequada. Veja seu imbróglio com o galvanômetro: foram referidas múltiplas possibilidades de implementar a fraude. Mas não se pode saber ao certo se alguma delas é cemporcento aplicável ou se a médium descobriu outro caminho possibilitador do engodo. A solução para a encrenca estaria em que aqueles pesquisadores fizessem o que não fizeram: dar seguimento às pesquisas (como acontece na boa ciência) até poderem promulgar um tratado das materializações e uma teoria nos moldes científicos que sustentasse a realidade do fenômeno. Cadê esse tratado e essa teoria? Procurei-os em bibliotecas, na internet… nada…
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    Diante do brandimento de provas obtidas no tempo em que o fiofó tinha tampa, se o cético requere a atualização desses estudos, o que recebe em retorno? A repólhica explicação de que o conhecimento não se atualizou porque os espíritos ficaram de saco cheio e hoje não mostram mais nada nem o bilau. É mole?
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    “Tenho a impressão de que ainda mantém essa certeza, o que explica o não querer, de modo algum, aportar no presente.”
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    MARCOS ARDUIN Diz:- O problema, Moisés, é que eu além de não ter na ocasião conhecimento sobre nenhum experimento novo bem feito, também não tinha boa informação dos experimentos passados. O que queria era que o Ronaldo refutasse aqueles experimentos, demonstrando que estavam errados assim, assado, frito ou cozido. Se ele tivesse citado o Polidoro, teria conseguido, pois eu não sabia do relatório do Crookes.
    .
    COMENTÁRIO: mas ele refutou brilhantemente aqueles experimentos: mostrou-lhe que eles não produziram saber produtivo, nasceram e morreram nos antigamente, o que é forte evidência de que não tinham raízes firmes.
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    MARCOS ARDUIN Diz: Porém, seu eu soubesse o que sei hoje, queria ver o Cordeiro defendendo que sim, havia luz e redes elétricas em 1875 e com a queda de força, a fraude teria sido possível… Ia ser de morrer de rir.
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    COMENTÁRIO: li todo o debate e não achei nenhuma declaração dessa natureza…

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    MARCOS ARDUIN Diz:Bem, Moisés, acho que você não entendeu: o JS estava considerando o Ronaldo uma cabeça de repolho e não eu.
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    COMENTÁRIO: aí teríamos de conhecer os motivos do Julio Siqueira para repolhar o Cordeiro. Do que conheço do Ronaldo, não posso concordar com o classificativo.
    .
    saudações verdurais

  725. Guto Diz:

    Marciano, tô devendo mesmo. É verdade. Vou acrescentar o causo do meu primo que faleceu num acidente de carro também. Já são três causos! Só que hoje não vai dar! Abraço!

  726. Marciano Diz:

    Montalvão disse:
    “aí teríamos de conhecer os motivos do Julio Siqueira para repolhar o Cordeiro. Do que conheço do Ronaldo, não posso concordar com o classificativo.”
    .
    Os motivos eu já havia dito lá pra cima:
    .
    “Marciano Diz:
    OUTUBRO 1ST, 2013 ÀS 16:38
    . . .
    “É bem típico da humildade e caridade espíritas chamar quem ousa discordar de suas crenças de cabeça de repolho.”

  727. Marciano Diz:

    Arduin, o Guto tá esperando sua resposta no outro artigo.

  728. Marcos Arduin Diz:

    “Não, meu filho, ou a coisa é séria ou não é coisa alguma…”
    – Ou o partido político é sério, ou não é coisa alguma… Você conhece algum partido sério neste país? Pode até haver gente séria neles, mas o que eu faço com a gente sacana?
    Ô meu! Médiuns são pessoas comuns, cujos espíritos solicitaram ou foram convidados a exercer certa missão na Terra. Mas se vão cumpri-las como manda o figurino, ah! Isso é com eles. De há muito se sabe que a posse de mediunidade não torna uma pessoa santa, nem sábia. Pensei que já soubesse disso.
    .
    “Deveria ter, sim, dito a Home: “não basta que diga que são salafrários, há que demonstrar”
    – Acha que os pesquisadores não conheciam a “peça”? Sabedores do ego do cara, sabiam não precisariam perder seu tempo com exigência de explicações, que EM NADA seriam melhores que aquelas que nossos sábios céticos atuais fornecem. Os pesquisadores sabiam muito bem o que faziam e sabiam que NÃO ESTAVAM sendo empulhados, já que não seria possível a nenhum farsante passar nos testes que faziam. Quando havia farsantes, esses eram flagrados com a mão na massa. Entendeu?
    .
    “Algumas se estragaram ao serem reveladas, outras na regulagem da luz. [trabalho porco]”
    – Não seja injusto ô meu! Naqueles tempos fotografia era uma coisa cara e exigia muita habilidade. E os equipamentos não eram de modo a facilitar as coisas. Juntos pesavam mais de 50 quilos… Não havia “lâmpada de flash”. A coisa era obtida pondo-se pó de magnésio sobre uma bandeja e acendendo-se um cordel. Nem sempre se dava para acertar o momento em que o magnésio se inflamava e nem se a quantidade era certa (não havia padronização e um sacana poderia colocar menos magnésio e mais alguma outra coisa para ganhar no peso…).
    “Ao todo tenho quarenta e quatro negativos, alguns inferiores, outros sofríveis, e alguns excelentes.” [que sumiram]”
    – Como sabe?
    .
    “[e os que ele não conhece?]”
    – Só há DUAS acusações de fraude: aquela do Volkman e essa do Stiwell. Nenhuma delas foi conclusiva.
    E eu já lhe falei dessa tal transfiguração. Ela é isso mesmo que está explicada aí. Tivesse havido fraude, as roupas brancas da fantasma teriam sido encontradas lá no gabinete. Mas NINGUÉM as achou…
    .
    Bem, quais são mesmo as causas da catalepsia? Não estou dizendo da explicação da médium e sim das causas médicas, já muito bem apuradas e investigadas. Diga aí.
    .
    “não podemos hoje recriar o ambiente nem as movimentações havidas nos experimentos antigos.”
    – Por que não? O Stephenson até chegou perto…
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    “Qualquer detalhe que os relatantes deixassem de comentar pode alterar tremendamente a condição de análise adequada.”
    – Isso se o cético quiser achar pelo em ovo… Porque os mágicos que investigaram a Eusápia não disseram que não havia alçapão no quarto do hotel, Weissman concluiu que… havia. Se os céticos querem INVENTAR para salvar a fé cética, aí fica complicado mesmo. Mas se não, os protocolos são bem suficientes para isso. Porém, conforme pode ver lá mais acima, nem fazer ao parecido com o que está nesses ditos protocolos, o pessoal cético faz…
    .
    “Veja seu imbróglio com o galvanômetro: foram referidas múltiplas possibilidades de implementar a fraude. Mas não se pode saber ao certo se alguma delas é cemporcento aplicável ou se a médium descobriu outro caminho possibilitador do engodo. A solução para a encrenca estaria em que aqueles pesquisadores fizessem o que não fizeram: dar seguimento às pesquisas (como acontece na boa ciência) até poderem promulgar um tratado das materializações e uma teoria nos moldes científicos que sustentasse a realidade do fenômeno. Cadê esse tratado e essa teoria? Procurei-os em bibliotecas, na internet… nada…”
    – Não há nenhum problema com o galvanômetro e por causa disso, o pessoal cético fala em “inúmeras possibilidades de fraude”, mas só apresentam umas três ou quatro, TOTALMENTE inviáveis.
    Eu posso fazer experimentos com tubos de ensaio e substâncias químicas até o dia da minha morte, mas não posso exigir q

  729. Marcos Arduin Diz:

    que um médium fique à minha disposição até eu convencer os céticos de que o fenômeno mediúnico é real. Ele não funciona igual a reagentes químicos…
    .
    Kardec já dizia que havia dois tipos de céticos: os por ignorância e os por sistema. Os primeiros são os que DESCONHECEM as coisas, os experimentos, etc e tal. Por isso duvidam do que não conhecem. Em Ciência, você primeiro se informa das coisas e depois coloca suas dúvidas. É como eu digo aos alunos: se ninguém estudou a matéria, ninguém terá dúvidas…
    Já os céticos por sistema JÁ TÊM SUAS CONVICÇÕES FORMADAS. Eles NÃO QUEREM provas de que os fenômenos mediúnicos sejam reais. Eles já assumiram que TUDO É FRAUDE e aí só têm que vender essas fraudes aos desinformados e assim ir em frente.
    .
    “mas ele refutou brilhantemente aqueles experimentos: mostrou-lhe que eles não produziram saber produtivo, nasceram e morreram nos antigamente, o que é forte evidência de que não tinham raízes firmes.”
    – Moisés, isso NÃO É REFUTAÇÃO. Simplesmente é dizer que daqueles experimentos não saíram coisas com efeitos práticos. Refutação seria se ele demonstrasse que os experimentos tinham tais e quais falhas que os comprometeriam. Isso ele não fez.
    .
    “li todo o debate e não achei nenhuma declaração dessa natureza…”
    – Eu falei se fosse HOJE, Moisés. Se fosse hoje, eu mudaria o título do debate para: “O poder emburrecedor da fé.” E demonstraria que o pessoal cético é TÃO CRÉDULO e tão cheio de FÉ quanto aqueles a quem combatem.

  730. Marcos Arduin Diz:

    “Arduin, o Guto tá esperando sua resposta no outro artigo.”
    – Qual artigo?

  731. Marciano Diz:

    Já há algum progresso.
    Arduin já admite que é preciso de fé para acreditar nas espiritices desses trapalhões do passado.
    Em outras palavras, Arduin defende que sem fé não há conhecimento.

  732. Marciano Diz:

    Arduin, o artigo é “Consciência Fisicamente Transcendente”.
    O Guto perguntou a você (por indicação minha) como humanos puderam sobreviver, se não tinha quem cuidasse das crias.
    Não consegui explicar a ele o básico da seleção natural, nem o Montalvão. Como você é professor, passei a tarefa pra você e ele dirigiu a indagação a você.
    Se puder fazer um resumo mais inteligível para o nosso amigo Guto, eu te agradeço, em meu nome, no dele e do Montalvão. Pra que a gente possa prosseguir no debate com ele. O cara travou no surgimento do Homo sapiens.

  733. Marcos Arduin Diz:

    “O Guto perguntou a você (por indicação minha) como humanos puderam sobreviver, se não tinha quem cuidasse das crias.”
    – Quem foi que disse que os humanos não cuidavam de suas crias? Somos uma espécie descendente de antigos primatas e TODOS eles, antigos e modernos, cuidam de suas crias. De onde o cara tirou que com os humanos antigos seria diferente?

  734. Gorducho Diz:

    Acho que a dúvida dele era relativamente ao longo cuidado que os humanos exigem; choro; período de gestação insuficiente para dar ao cérebro um desenvolvimento equivalente ao dum chimp; &c.

  735. Marciano Diz:

    Exato, Gorducho. Ele acha que de um primata qualquer surgiu o Homo sapiens, uma mutação como as que a gente vê em desenhos animados.
    Ninguém melhor do que Arduin para explicar a Guto como se dá o processo de seleção natural.
    Eu já tentei explicar que são algumas pequenas mutações acumuladas em centenas de milhares de gerações, mas ele acha que mutação e metamorfose são a mesma coisa.
    Se Arduin não puder ou não quiser explicar, vou seguir em frente e deixar essa história de quem cuidou dos primeiros humanos para trás.
    Eu descendo de ancestrais que tinham metacognição, sei desistir diante de dificuldades insuperáveis, ao constatar que as mais diversas abordagens não resolvem o problema.
    Passo a bola para o Arduin ou para o incansável Montalvão.

  736. Marcos Arduin Diz:

    “Em outras palavras, Arduin defende que sem fé não há conhecimento.”
    – Não exatamente, mas a fé é o que determina que tipo de conhecimento a mente permite aceitar…

  737. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Montalvão disse:
    “Certa vez vi um sujeito em via pública, pego de surpresa, transformar uma cédula de um real numa de dez (ou de cinco, agora não lembro mais).”
    .
    Isso é mole, eu quero ver é o cara transformar uma cédula de um real em uma de três.
    .
    COMENTÁRIO: hoje não dá mais para fazer isso: não circulam mais cédulas de 1. De qualquer modo, não seria recomendável para a carreira do mágico tal proceder. Conta-se que certo artista lusitano dedicou-se a produzir notas de 50. Tão perfeitas eram que passavam em qualquer lugar sem despertar suspeitas. Empolgado com o sucesso o autor decidiu incrementar o lucro: passou a emitir cédulas de 55.
    .
    Até hoje ele não entende por que não deu certo…
    .
    Eu também sou mágico: consigo fazer meu salário desaparecer em poucos dias sem deixar vestígios…

  738. Montalvão Diz:

    Prezados,
    .
    Estamos lançando a campanha: ARDUIN VOLTE AO PRESENTE! Quem quiser participar basta dar um sorriso…
    .
    MARCOS ARDUIN Diz: Kardec já dizia que havia dois tipos de céticos: 1) os por ignorância e 2) os por sistema.
    Os primeiros são os que DESCONHECEM as coisas, os experimentos, etc e tal. Por isso duvidam do que não conhecem. Em Ciência, você primeiro se informa das coisas e depois coloca suas dúvidas. […]
    Já os céticos por sistema JÁ TÊM SUAS CONVICÇÕES FORMADAS. Eles NÃO QUEREM provas de que os fenômenos mediúnicos sejam reais. Eles já assumiram que TUDO É FRAUDE e aí só têm que vender essas fraudes aos desinformados e assim ir em frente.
    .
    COMENTÁRIO: Kardec foi reducionista nessa classificação, podemos alinhavar outras espécies de cético, a principal, a meu ver, é o “cético por falta de evidências suficientes”. Uma complementar a esta encontra-se no “cético por fortes indícios de fraude”. E por aí segue…
    /
    /
    “mas ele refutou brilhantemente aqueles experimentos: mostrou-lhe que eles não produziram saber produtivo, nasceram e morreram nos antigamente, o que é forte evidência de que não tinham raízes firmes.”
    .
    MARCOS ARDUIN Diz:- Moisés, isso NÃO É REFUTAÇÃO. Simplesmente é dizer que daqueles experimentos não saíram coisas com efeitos práticos. Refutação seria se ele demonstrasse que os experimentos tinham tais e quais falhas que os comprometeriam. Isso ele não fez.
    .
    COMENTÁRIO: tá certo, não é refutação… mas é CONSTATAÇÃO, ou seja: se a realidade supostamente demonstrada pelos experimentos antigos fosse veraz, hoje ela se revelaria pujante e responsiva a quaisquer experimentos. O silêncio é que mata!
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    “li todo o debate e não achei nenhuma declaração dessa natureza…”
    ARDUIN – Eu falei se fosse HOJE, Moisés. Se fosse hoje, eu mudaria o título do debate para: “O poder emburrecedor da fé.” E demonstraria que o pessoal cético é TÃO CRÉDULO e tão cheio de FÉ quanto aqueles a quem combatem.
    .
    COMENTÁRIO: o que eu disse foi que não vi no debate qualquer declaração do Ronaldo Cordeiro asseverando que houvesse rede elétrica em 1875, nem nada parecido: você é que está pressupondo que ele promanasse declaração da espécie.
    .
    Saudações de volta ao presente.

  739. Marciano Diz:

    Back to the present.
    🙂

  740. Marcos Arduin Diz:

    Estamos lançando a campanha: ARDUIN VOLTE AO PRESENTE! Quem quiser participar basta dar um sorriso…
    – Sorriso não vai ajudar, Malvadão. A única coisa que funcionaria é se DEMONSTRASSEM por meio de processos de fraudes assim, assadas, fritas ou cozidas que os protocolos dos pesquisadores poderiam ser burlados e os resultados obtidos perfeitamente explicados.
    .
    “cético por falta de evidências suficientes”.
    – Certo. Qual a evidência insuficiente, por exemplo, no experimento que Crookes fez com a Ana Eva Fay?
    .
    “Uma complementar a esta encontra-se no “cético por fortes indícios de fraude”.
    – Beleza! Eu só pediria a esse cético que me apresentasse as tais “fortes evidências” e como é que o provável processo de fraude explicaria os resultados e a burla sobre os protocolos.
    Se em ambos os casos os céticos não puderem dar respostas satisfatórias, então se enquadrarão na categoria de céticos por sistema.
    .
    “se a realidade supostamente demonstrada pelos experimentos antigos fosse veraz, hoje ela se revelaria pujante e responsiva a quaisquer experimentos”
    – Isso se a dita realidade tivesse por base apenas causas físicas ou químicas. Mas se a causa são pessoas aí a coisa complica e os sábios céticos não conseguem lidar com esse tipo de material.
    .
    “você é que está pressupondo que ele promanasse declaração da espécie.”
    – Na ocasião eu nem tinha ouvido falar do Harry Houdini, achei que ele tinha confundido o Houdini com o Robert Houdin, considerado o maior mágico do século XIX. Só depois é que vi que um nada tinha a ver com o outro. Ou seja, não estava com tempo, pois tinha que cuidar de preparar os trabalhos da minha tese e nem tinha muita intimidade com a internet para coletar informações necessárias.
    O que eu gostaria de ver é como o Cordeiro, que falava tão bem do Houdini por ter sido um desmascarador de médiuns, o defenderia diante da afirmativa de que a Eva Fay enganou o Crookes porque “faltou força no teatro em que ela se apresentava em 1875 e aí trocou uma mão por um joelho e com a mão livre, a pôs para fora e assim simulou a fantasma”. E o confrontaria com o relatório de Crookes, que Polidoro LEU, e exigira explicações da honestidade e sinceridade da comunidade cética em defesa da verdade, recorrendo a mentiras e omissões para defender a fé cética. Isso é o que eu faria HOJE.
    Mas em 2001 eu não estava em boas condições para um debate.
    É isso.

  741. Marcos Arduin Diz:

    E quanto a esse tal Guto, avisem-no do seguinte:
    Os mamíferos e aves, quase todas as espécies, senão todas, cuidam de sua prole. Os primitivos humanos apenas herdaram esse traço. Dos répteis, algumas espécies cuidam da prole e outras, como as tartarugas, não. Neste último caso, os filhotes trazem consigo uma herança genética comportamental que lhes permite sobreviver sem o cuidado dos pais. Ou seja: já nascem sabendo.
    Peixes e anfíbios não cuidam de suas proles, mas elas nascem com os mesmos recursos das tartarugas para poderem sobreviver.
    Mais alguma dúvida?

  742. Gorducho Diz:

    Agora será que daria para encerrarem-se discussões eternas sobre o passado e voltar para o presente?
    2013-10-03 09:52:04.733
     
    Se as teorias do Kardec são válidas, os fenômenos têm que ocorrerem hoje, com os devidos controles. Ficar eternamente discutindo o passado esgota-se em si mesmo.

  743. Gorducho Diz:

    Parecemos os Escolásticos discutindo as Escrituras. Essas sendo dadas e fixas, sem aportes empíricos do mundo real, a discussão fica (como ocorreu com a…) estéril.

  744. Montalvão Diz:

    .
    “Estamos lançando a campanha: ARDUIN VOLTE AO PRESENTE! Quem quiser participar basta dar um sorriso…”
    MARCOS ARDUIN Diz: – Sorriso não vai ajudar, Malvadão. A única coisa que funcionaria é se DEMONSTRASSEM por meio de processos de fraudes assim, assadas, fritas ou cozidas que os protocolos dos pesquisadores poderiam ser burlados e os resultados obtidos perfeitamente explicados.
    .
    COMENTÁRIO: estou inclinado a concluir que o caso é deveras grave: o paciente grudou-se em vetusta época, onde encontra conforto que não acharia em investigações atualizadas. Ferreamente decidido a não levar em conta que, se as pesquisas daqueles tempos houvessem deslindado fatos, hoje os fatos estariam diante de nós disponíveis para serem reinquiridos e replicados, incrementando novos saberes ao conhecimento adquirido, nosso aristocrático advogado de passado morto requere que experimentos antigos sejam refeitos “ipsis litteris” e, só então, admitirá um possível retorno ao atualmente. Mesmo que os avaliadores deem mostras de que as pesquisas pioneiras, como toda pesquisa pioneira, estava longe da perfeição e permitia incursões de ladinos a passarem por verdadeiros intermediários entre vivos e mortos, mesmo assim, o douto aguerrido diz que só sai de lá quando a última vírgula for mostrada incerta.
    .
    Como faria um cientista na atualidade se quisesse avaliar testes antigos? Suponho que, primeiramente, verificaria se as descrições das experiências mostravam formas de controle efetivamente seguras. Supondo que a resposta fosse sim a seguinte questão surgiria: “se a descrição dos estudos realmente reporta os acontecimento, então hoje podemos refazê-los, não só para confirmar os resultados do passado (como é procedimento da boa ciência), bem assim para incrementar novos conhecimentos ao que foi postulado pelos predecessores”. Considerando que não se consegue presentemente refazer o que foi feito, a luz vermelha pisca nervosamente, indicando que algo está errado, muito errado nessa confusão.
    .
    Só que as dificuldades não páram aí, pois sabemos que, mesmo que os relatos dos experimentos antigos sejam fidedignos, eles não retratam controles seguros, ao contrário, exibem amplas possibilidades para que espertalhões entrassem com engodos e iludissem os pesquisadores. Então, ainda que se não possa apontar detalhadamente onde a fraude se deu pode-se, com muita tranquilidade, concluir que fraudes não só eram possíveis como certamente ocorreram.
    .
    Observa-se, pois, enormes dificuldades para que aceitemos como válidas as incursões investigativas do passado, que assim resume-se:
    .
    1) os experimentos antigos não podem ser replicadas presentemente. Só isso já mata qualquer possibilidade de que aqueles trabalhos demonstrassem a realidade espiritual. A única coisa que se poderia defender (caso não houvesse outros óbices) é que espíritos se se manifestaram aos vivos já não mais se manifestam;
    .
    2) não há certeza de que as descrições das experiências estejam plenamente corretas, visto que os investigadores podem não ter registrado diversas ocorrências, fosse por esquecimento acidental ou intencional, ou por não percebê-las.
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    3) Não há dúvidas de que haviam brechas enormes para que finórios aplicassem truques convincentes, suplantando os mecanismos de vigilância implementados.
    .
    O doutor advogado de causas perdidas agarra-se a dois ou três experimentos que, na ótica pessoal dele, são à prova de críticas (embora sobre eles chovam críticas, as quais recusa todas) e quer com eles validar um mundaréu de coisas duvidosas. Parece acreditar que se puder mostrar uma experiência acima de contestação a realidade espiritual estará comprovada. Ora, experiência isenta de objeções é a que pode ser repetida o quanto necessário até que quaisquer dúvidas sejam elididas (e isso as entidades espirituais, se estivessem mesmo interessadas em se manifestarem, saberiam melhor que nós). Se se tem um relato muito bem amarradinho mas irreproduzível este pouco valor probante possuirá.

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    “cético por falta de evidências suficientes”.
    ARDUIN – Certo. Qual a evidência insuficiente, por exemplo, no experimento que Crookes fez com a Ana Eva Fay?
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    COMENTÁRIO: essa é mole: Fay estava no escuro, e escondida na cabine, fora do controle pleno dos pesquisadores. Estes apostaram tudo o que tinham numa única peça controlativa, o galvanômetro, e entenderam ter obtido a confirmação de que um espírito de fato se materializou. É claro que pensar assim só tendo mentalidade conandoylica. Qualquer cientista moderno se deparasse com tal possível descoberta diria: “Uh, acho que consegui uma materialização real, vou repetir a experiência o quanto necessário, com variação de controles, e criando ambiente que permita segura fiscalização, para depois não passar pelo vexame de ter defendido fantasias”.
    .
    O aparelho que hoje é apregoado, pelo único sobrevivente apologista, como proporcionador de controle insuperável, sequer foi usado rotineiramente pelos investigadores da mediunidade de efeitos físicos, nem mesmo o cientista que dele fez uso não o fez em todos os experimentos que conduziu. Curioso, né?, a peça que seria imprescindível para manter os médiuns devidamente fiscalizados teve utilização marginal nesses investigamentos…
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    “Uma complementar a esta encontra-se no “cético por fortes indícios de fraude”.
    ARDUIN – Beleza! Eu só pediria a esse cético que me apresentasse as tais “fortes evidências” e como é que o provável processo de fraude explicaria os resultados e a burla sobre os protocolos.
    Se em ambos os casos os céticos não puderem dar respostas satisfatórias, então se enquadrarão na categoria de céticos por sistema.
    .
    COMENTÁRIO: outra questão molinha de responder: escuridão e cabine escondidiva: são fortes indicativos de fraude. Isso até os mais deslumbrados crentes reconheciam já naqueles tempos. Para constatar-se que tais escamoteamentos não macularam os resultados far-se-ia necessário, imprescindível, que hoje se pudessem realizar iguais experimentações, de modo a eliminar essa carreta de três eixos carregada de incertezas. Aferrar-se a um pretérito morto e enterrado sem que se possa reprisá-lo na atualidade, de forma a confirmar-se o que fora afirmado, é o mesmo que defender-se a existência e ação de íncubos e súcubos por deles haver quem muito firmemente testemunhasse.
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    “se a realidade supostamente demonstrada pelos experimentos antigos fosse veraz, hoje ela se revelaria pujante e responsiva a quaisquer experimentos”
    ARDUIN – Isso se a dita realidade tivesse por base apenas causas físicas ou químicas. Mas se a causa são pessoas aí a coisa complica e os sábios céticos não conseguem lidar com esse tipo de material.
    .
    COMENTÁRIO: quem parece não saber lidar com a realidade que essas pseudodescobertas mostram são os que as defendem. Mesmo não sendo de bases físicas elas teriam como ser investigadas produtivamente. Se pesquisadores antigos, com limitados recursos, conseguiram, porque não o conseguiriam os modernos? A alegação de que “sábios céticos não sabem lidar com a espiritualidade” é tão despropositada que admira-se seja exposta. Mesmo que não soubessem poderiam aprender,ou não?… Mas, vamos admitir que céticos sejam limitados no tratamento com o transcendente, e os sábios crentes? Também não sabem se articular modernamente com a espiritualidade, de modo a produzir estudos verificáveis? Cabem aqui as sábias palavras do filósofo Gorducho: “Se as teorias do Kardec são válidas, os fenômenos têm que ocorrer hoje, com os devidos controles. Ficar eternamente discutindo o passado esgota-se em si mesmo.”

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    “você é que está pressupondo que ele promanasse declaração da espécie.”
    COMENTÁRIO: – Na ocasião eu nem tinha ouvido falar do Harry Houdini, achei que ele tinha confundido o Houdini com o Robert Houdin, considerado o maior mágico do século XIX. Só depois é que vi que um nada tinha a ver com o outro. Ou seja, não estava com tempo, pois tinha que cuidar de preparar os trabalhos da minha tese e nem tinha muita intimidade com a internet para coletar informações necessárias.
    O que eu gostaria de ver é como o Cordeiro, que falava tão bem do Houdini por ter sido um desmascarador de médiuns, o defenderia diante da afirmativa de que a Eva Fay enganou o Crookes porque “faltou força no teatro em que ela se apresentava em 1875 e aí trocou uma mão por um joelho e com a mão livre, a pôs para fora e assim simulou a fantasma”. E o confrontaria com o relatório de Crookes, que Polidoro LEU, e exigira explicações da honestidade e sinceridade da comunidade cética em defesa da verdade, recorrendo a mentiras e omissões para defender a fé cética. Isso é o que eu faria HOJE.
    Mas em 2001 eu não estava em boas condições para um debate.
    É isso.
    .
    COMENTÁRIO: tudo bem, explicações satisfatórias e aceitáveis, mas como a questão não foi exposta fica-se sem saber qual seria o retorno…
    .
    .
    A campanha continua… ARDUIN, VOLTE AO PRESENTE!

  745. Montalvão Diz:

    .
    ARDUIN DIZ: Ah! O Biem Boa sendo a Marthe disfarçada… Gozado ela sumir no chão sem deixar vestígios… Os céticos explicam isso?
    .
    COMENTÁRIO: e o “click-clack” que Richet ouviu quando o fantasma sumiu (e honestamente registrou), mas não soube explicar a que se devia, o crentes o sabem?
    .
    Vou, ceticamente, apresentar uma hipótese: falta de lubrificação…

  746. Marciano Diz:

    Arduin, valeu pela explicação, mas isto eu já tinha explicado ao Guto, até com mais detalhes.
    Acho que ele é um caso perdido, ele não tem a menor ideia de como funciona a seleção natural.
    Pra você ter uma ideia, vou te mostrar a pergunta dele (uma delas).
    .
    1. Guto Diz:
    SETEMBRO 28TH, 2013 ÀS 00:16
    Pêlos e não pelos. Ah! Por que só o ser humano passou por grandes mutações? Por que a natureza foi tão boa com uma espécie de hominídeo já que existiam cerca de 20?
    Perguntas e perguntas … Rsrsrs
    Valeu e boa noite a todos!
    .
    Inicialmente, eu respondi:
    Guto,
    A teoria da evolução ainda está evoluindo, não tem todas as respostas e seria estranho se as tivesse. Aí eu desconfiaria.
    .
    Se a natureza tivesse sido tão boa com outra espécie, ela é que estaria fazendo essa pergunta.
    .
    Ao que ele respondeu:
    Guto Diz:
    SETEMBRO 28TH, 2013 ÀS 11:12
    Essa resposta NINGUÉM tem! Esse mistério é o grande elemento causador de diversas teorias místicas. Agora, quem poderá dizer que não é obra de alienígenas ou de Deus? Obra do acaso é possível, mas …
    .
    .
    Então, eu retruquei:
    1. Marciano Diz:
    SETEMBRO 28TH, 2013 ÀS 16:33
    Guto,
    durante três e meio bilhões de anos havia seres vivos no planeta, todos não reflexivos, como nós (Homo sapiens), somos (pelo menos alguns).
    Não tem mistério nenhum.
    O animal pensante (no sentido de refletir sobre a própria existência) só surgiu no último milhão de anos (veja bem, milhão, não bilhão), no último instante.
    Só começou a refletir de forma inteligente há alguns séculos (ainda tem muitos que vivem no automático).
    É um truísmo a gente ficar dizendo que é um milagre a nossa existência.
    Você disse que gosta de filosofia. Filosofe sobre isso. Não pense com a cabeça dos outros, pense com a sua.
    Um abraço de seu irmão na jornada evolutiva.
    .
    .
    Mas o confuso Guto não se deu por vencido:
    1. Guto Diz:
    SETEMBRO 28TH, 2013 ÀS 19:16
    Marciano, as questão são como ou por que e não quando a vida no planeta Terra começou:
    1) Como surgiram os elementos químicos (não estou falando na terra, mas o seu SURGIMENTO)?
    2) Como foi que eles se uniram formando substâncias e essas substâncias compostos ORGÂNICOS químicos COMPLEXOS (VIDA)?
    3) Por que ocorrem as mutações?
    4) Por que a vida que começou na água “saiu” para terra?
    5) Por que o processo EVOLUTIVO de seleção natural somente trouxe maior benefício para um tipo de hominídeo?
    Obs: Sem um elemento químico essencial não haveria vida ou em excesso também não! Para mim só existem duas respostas!
    1) Muiiiita sorte nossa; e
    2) Planejamento inteligente do universo e da vida.
    Qual das duas eu fico? Com a segunda.
    Essa é MINHA conclusão. Fora que em minha vida tudo me levou a acreditar em algo a mais que a química, a física e a matemática, uma variável que a muito tempo se fala,mas que ainda não se tem prova, o ESPÍRITO.
    Valeu!
    .
    .
    Tentei uma nova abordagem:
    1. Marciano Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 00:41
    Guto,
    Você é brother, mas é um cara difícil.
    Como ou por que começou a vida na Terra?
    Como ou por que não começou em outros planetas?
    Eu não sei.
    Também não sei por que o Kal-El voa. Será que foi deus quem lhe deu os superpoderes? Pode ser.
    Também pode ser porque os judeus Joseph Shuster e Jerome Siegel quiseram.
    Outros judeus mais antigos quiseram que Moisés transformasse um cajado em cobra.
    Existem outras hipóteses para a formação dos elementos químicos (leia sobre supernovas, big bang).
    Por que matéria atrai matéria? Será que ela quer? Não sei, talvez porque alguma divindade de merda queira.
    Por que a gente tem de recorrer à fantasia para arranjar explicações para o que não entendemos?
    Pode ser a seleção natural, mas, COM CERTEZA, a seleção natural só existe porque um deus imaginário qualquer assim quis.
    Nós só estamos conversando aqui porque existimos. Engraçado seria conversarmos se não existíssemos. Aí seria um verdadeiro milagre.
    Ficarmos perplexos com a nossa existência é um truísmo.
    Um filósofo (amante do conhecimento) deveria saber disso.
    Por que eu caguei ontem? Não sei, deve ter sido a vontade de Deus.
    Por que deus existe? Deve ter sido um outro deus mais fodão que assim o quis.
    Será que existe um cocô flutuando no espaço intergalático? Não sei, sou cético a respeito. Pode existir ou não. Não posso ter certeza com relação a isso.
    Por que será que meu saco está doendo tanto?
    .
    .
    Foi aí que o Guto revelou o que pensa que seja a seleção natural:
    1. Guto Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 19:36
    Marciano, só mais umas perguntinhas. Não são minhas não. Só estou compartilhando, pois achei super interessante!
    Sobre a vida humana:
    Visto que um bebê humano (hominídeo) é uma das coisas mais indefesas que existem, como foi que ele sobreviveu até a idade adulta num mundo tão hostíl? Ou seja, como foi possível chegar a idade adulta? Surgiram diversos hominídeos bebês ao mesmo tempo e juntos cada um se ajudou? Mas eram todos bebês, como iriam se ajudar? Valeu!
    .
    .
    Pacientemente, respondi e pedi que ele perguntasse a você:
    1. Marciano Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 20:32
    Guto,
    Graças a deus que essas perguntas não são suas, assim posso dizer que elas são idiotas.
    A evolução, melhor dizendo, a seleção natural não se dá aos saltos. Ao contrário, são incontáveis gerações que vão acumulando pequenas mutações genéticas, a maioria prejudiciais.
    Como principalmente as fêmeas gostam de cuidar dos filhotes até muito além do tempo em que eles poderiam se virar sozinhos, eles acabam se dando bem. Só que isso não aconteceu de repente, entende?
    Você deve andar lendo muita HQ ou livros religiosos, que são piores ainda.
    As espécies em isso não ocorria devem ter deixado menos descendentes, até que se extinguiram.
    Os bebês de hominídeos não surgiram num passe de mágica, como está implícito na pergunta cretina (não é sua, por isso tomo a liberdade).
    Só um palpite, claro.
    Quem entende disso é o Arduin. Pergunte a ele.
    Por outro lado, Arduin é espírita, talvez te dê uma resposta espiritoide, em vez de uma científica.
    .
    A pergunta que você fez ao Biasetto é bem besta também, vou dar um pitaco.
    Como nasce uma estrela?
    Na sua concepção, há necessidade de um “combustível”, um “comburente”. . .
    Dica para você mesmo achar a resposta:
    Reações químicas são diferentes de fusão nuclear.
    Dê uma olhadinha no site da NASA, do Observatório Nacional.
    Pare de ler porcarias e passe a selecionar melhor suas leituras (seleção artificial).
    Ou será que tu tá só zoando a gente?
    Um abraço, e vê se fica esperto, cara, conselho de irmão que quer o seu bem.
    .
    .
    O cheio-de-dúvidas Guto insistiu:
    1. Guto Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 20:42
    Marciano, confesso que no caso de combustão, acredito que fui pelo caminho errado. Olha, não tô zoando ninguém não, mas quem não pergunta, não aprende mais, mesmo que as respostas que eu vá receber não tenham nenhuma comprovação são novas informações que eu devo considerar. Agora o caso do bebês você achou besta, mas pelo que eu li você não chegou a me responder! A questão foi como os bêbes sobreviveram até a idade adulta. Ou melhor, qualquer bebê de algum ancestral do homo sapiens. Valeu!
    .
    .
    Aí ele pediu expressamente a você:
    1. Guto Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 20:45
    Ah! lendo novamente, percebi que você disse que era melhor perguntar ao Arduin. ===/===
    Deste modo, Arduin, você poderia me responder sobre pergunta anterior que fiz ao Marciano por favor?
    Valeu!
    .
    .
    Ainda fiz mais uma tentativa:
    1. Marciano Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 20:52
    Guto, dê uma lida nisto:
    http://science.nasa.gov/astrophysics/focus-areas/how-do-stars-form-and-evolve/
    2. Marciano Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 20:54
    Veja isto também:
    http://science.nasa.gov/search/?q=big+bang

  747. Marciano Diz:

    Prossegui:
    1. Marciano Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 20:56
    Leia isto também, Guto:
    http://www.regentsprep.org/Regents/biology/2011%20Web%20Pages/Evolution-%20Natural%20Selection.htm
    .
    E só volte a fazer perguntas depois, senão vou te entregar para tua mulher, pra ela de proibir de vez de entrar no blog.
    .
    .
    1. Marciano Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 20:59
    Guto,
    o que eu disse foi que o “Homo sapiens sapiens” não surgiu magicamente, sua seleção levou milhões de anos.
    Peça ao Arduin pra te explicar.
    Desculpe a impaciência aí.
    .
    .
    Mostrando inacreditável resistência, Guto persistiu:
    1. Guto Diz:
    SETEMBRO 29TH, 2013 ÀS 21:09
    Marciano, estou no aguardo do Arduin, mas a questão que apontei não é a que escreveu.
    Marciano diz:
    “o que eu disse foi que o “Homo sapiens sapiens” não surgiu magicamente, sua seleção levou milhões de anos.”
    Homo sapiens sapiens é o fim da seleção natural! A pergunta está sobre o começo. Como o primeiro homo sapiens ou hominídeos surgiram? Se bebês, como é que foi que eles sobreviveram até a idade adulta? Mas, fica para o Arduin. Valeu! Tô lendo o primeiro artigo.

    .
    .
    Montalvão, Larissa e Biasetto tantaram inutilmente ajudar, sem sucesso, como se vê aqui:
    1. Guto Diz:
    OUTUBRO 1ST, 2013 ÀS 20:12
    Montalvão, acho que você não entendeu…
    Você diz: “Então a resposta cretina para a pergunta inteligente é: sobreviveram porque os pais cuidaram bem deles…”
    Isso é uma resposta ou esqueceu alguma coisa?
    Tudo começo do começo. Nisso acho que você concorda. E daí? Pais e filhos? Os pais para serem pais foram filhos!
    Cadê a lógica na sua resposta?
    Pais que tiveram filhos, mas que não foram filhos, é isso?
    Valeu!
    .
    .
    Acabei recorrendo ao seguinte argumento:
    1. Marciano Diz:
    OUTUBRO 2ND, 2013 ÀS 01:28
    Guto, siga os conselhos da Larissa e do Biasetto, estude mais biologia, especialmente seleção natural.
    Você vai entender e responder sua própria pergunta.
    Você está imaginando que seleção natural seja uma coisa diferente do que ela realmente é.
    1. Marciano Diz:
    OUTUBRO 2ND, 2013 ÀS 09:15
    Guto, estou vendo que você nem leu minhas respostas com atenção.
    Dê uma olhada aqui, como ponto de partida:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADntese_evolutiva_moderna
    .
    .
    Parece um caso perdido.

  748. Marciano Diz:

    Ainda com esperanças na campanha do sorriso pela volta de Arduin ao presente:
    🙂
    .
    Guto não entende o que é a seleção natural, labora em equívoco inamovível, imaginando que evolução seja o que vemos em filmes de super heróis e desenhos animados; Arduin não entende que o passado passou, que estamos no presente, que não adianta discutir o sexo dos anjos.
    Arduin talvez possa ajudar o Guto (talvez).
    Guto só pode rezar pelo Arduin, o que já sabemos que fará tanto efeito quanto um copo de limonada.

  749. Marcos Arduin Diz:

    Bem, se o problema do Guto é excesso de ignorância, deixem que ele fique com ela. Que aprenda a pensar em algum momento da vida.
    .
    Quanto ao Crookes, Vitor e Moisés, parece que alcancei o meu objetivo de levar os dois últimos ao desespero. Ao menos é a impressão que me passam quando querem ganhar no grito, sem demonstrar o que alegam ser a realidade da coisa. Se os relatos dos experimentos “não permitem que sejam reproduzidos hoje em dia”, então que os céticos calem a boca, pois também não é possível saber se houve fraude mesmo.
    .
    O meu problema não é supostamente fixar-me no passado. O problema é que a certos experimentos, a MODERNA (e antiga) comunidade cética diz resolvê-los apenas SUGERINDO FRAUDE. Nem sequer inventam argumentos novos: pegam as bobagens ditas pelos céticos de antigamente. Por isso digo que o livro O Espiritismo à Luz dos Fatos, embora editado em 1935, ainda é atualíssimo, pois os novos céticos continuam usando os mesmos argumentos dos velhos céticos de 1930 e antigamente… O Arnaldo até já mostrou isso.
    .
    Já que os MODERNOS CÉTICOS acusam os antigos pesquisadores de serem farsantes, ou burros, ou tapados, ou ingênuos que se deixaram empulhar risivelmente, então eu me sinto no direito de exigir que demonstrem que têm razão no que dizem. Mas se não fazem isso, que culpa tenho eu se os experimentos são antigos?
    .
    Vou falar então de coisas um tanto antigas, mas muito mais recentes do que Crookes. Lá nos anos 1950 houve um tal de Peixotinho que também produzia materializações. Quantos sábios céticos, muito sábios, críticos, experientes e argutos se apresentaram para estudar o dito médium?
    NENHUM.
    O único que fez alguma coisa foi um tal de Ranieri, que se dizia ser muito esperto, arguto, etc e tal, já que era delegado de polícia. Mas cético como o Trevor Hall, ou equivalente, NENHUM apareceu.
    Hoje eles aparecem para dizer que houve fraude porque as fotos… É mole?
    .
    Lá nos anos 1960 apareceu uma tal de Otília Diogo, que também dizia produzir fantasma materializada. Quantos sábios céticos apareceram para estudá-la? NENHUM.
    Quando houve uma reportagem dela na revista Fatos e Fotos, aí um tal de Waldo Vieira, cupincha do Chico, junto ele e mais uns colegas médiuns simpáticos ao Espiritismo e foram estudar a madame… Respeitável turma dirão os sábios céticos.
    É… Essa turma fez seis sessões com a madame, não viram fraude alguma, depararam-se com eventos “miraculosos”, mas o vaidoso Waldo acabou permitindo a repórteres de um semanário sensacionalista e anti-espírita que assistissem a uma sessão. Eles NADA acharam de fraudulento na ocasião. Não acusaram nada de fraude, nem denunciaram, nem nada. Foi só depois que “examinando fotos” é que “acharam” as fraudes…
    Pra médium foi a glória: deu um pé na bunda do Chico, tão sensível e tão chorão, que queria que ela seguisse os conceitos kardecista quanto à mediunidade, e partiu para sua carreira solo… até ser pega em flagrante de fraude mesmo…
    .
    Pois é, meu caro, é a infeliz descoincidência…

  750. Marcos Arduin Diz:

    “Uh, acho que consegui uma materialização real, vou repetir a experiência o quanto necessário, com variação de controles, e criando ambiente que permita segura fiscalização, para depois não passar pelo vexame de ter defendido fantasias”.
    – Foi exatamente o que Crookes fez. Ele estudou a Florence Cook ao longo de 3 anos e sempre fez mais de um experimento com os médiuns de validou. O Vitor, em defesa de Houdini e Fay, diz que essa última teria embaralhado as histórias, pois sua mente já não estava se lembrando bem entre as DEZENAS de experimentos que foram feitos. Aqui se vê o desespero do Vitor. Só há registro de QUATRO experimentos. E possivelmente seria só esses quatro mesmo, pois o que ela queria era salvar sua turnê, já que não viera à Inglaterra a passeio. Não podia se dar ao luxo de ficar fazendo dezenas de experimentos…
    .
    Moisés e Vitor ficam com essa de fraudes dos médiuns… Isso é outra coisa que NÃO ENTENDO. Os ditos médiuns eram capazes de fraudes habilidosíssimas, mesmo fiscalizando o ambiente, o médium, testemunhas, etc e tal, NADA ACHAVAM DE FRAUDE. Mas estranhamente os tais médiuns, tão hábeis, teriam sido pegos em fraude com um barbantinho amarrado no dedo por um leigo qualquer… É mole?
    .
    Se esses ditos médiuns eram farsantes tão hábeis, deveriam se apresentar nos teatros como ILUSIONISTAS, pois além de ser uma atividade legal, consagrada, etc e tal, era MUITO MAIS LUCRATIVA, pois um teatro cheio pagava despesas de quatro ou cinco meses. Agora uma sessãozinha para umas dez pessoas… Quanto rendia isso?
    .
    Entendem as minhas dúvidas?

  751. Marciano Diz:

    Arduin,
    Não é possível que você ache que as fotos do tempo do Peixotinho e da Otília eram autênticas.
    A ausência de SÁBIOS céticos deve ser porque nenhum sábio iria manchar sua reputação estudando uma palhaçada como aquelas.
    Nunca apareceu um SÁBIO cético estudando Uri Geller, o entortador de colheres e consertador de relógios. A não ser que você considere o James Randi um SÁBIO.
    Será que isto significa que era verdade o que Geller afirmava?
    Aquelas fotos são toscas, aquela em que aparece o peixotinho com uma gaze na boca, parecendo estar defecando com prisão de ventre de quinze dias tem até cx ao lado, com cara de cinismo.
    Veja de novo, a foto está mais abaixo, no texto:
    http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2006/07/materializacao.html

  752. Montalvão Diz:

    .
    ARDUIN DIZ: O que eu gostaria de ver é como o Cordeiro, que falava tão bem do Houdini por ter sido um desmascarador de médiuns, o defenderia diante da afirmativa de que a Eva Fay enganou o Crookes porque “faltou força no teatro em que ela se apresentava em 1875 e aí trocou uma mão por um joelho e com a mão livre, a pôs para fora e assim simulou a fantasma”. E o confrontaria com o relatório de Crookes, que Polidoro LEU, e exigira explicações da honestidade e sinceridade da comunidade cética em defesa da verdade, recorrendo a mentiras e omissões para defender a fé cética. Isso é o que eu faria HOJE.
    .
    COMENTÁRIO: suponho que lhe diria o que já foi dito por aqui: que Houdini estava noticiando o que Fay lhe transmitira. Se Houdini inventara, entendera mal o que ouvira, ou se Fay estivesse confundindo os eventos, ou qualquer outra coisa, como saber? Mas não será com episódios isolados de deslizes miúdos que ratificará a validade de experimentações velhas que não são verificáveis no presente. Que Houdini desmascarou um montão de médiuns ninguém pode negar; que ele possa ter relatado incorretamente uma informação que recebeu (seja o erro da parte dele ou da relatante) é admissível. Sua nobre pessoa está superexaltando um possível escorregão do desvelador da mediunidade e fazendo disso motivo para desqualificar a realidade que Houdini mostrou, qual seja, que todo médium quando suficientemente fiscalizado mostra-se simulador.
    .
    Sua tática de combate é achar erros de interpretação e equívocos históricos isolados para com eles qualificar os críticos dos frágeis experimentos antigos de mentirosos. Erros todos cometem, inclusive este que vos fala, no entanto, errar num ponto não significa errar em tudo. Se sua observativa pessoa achou escorregões apreciativos em Polidoro e em Houdini, ponto para sua capacidade observativa, mas se faz deles argumentos para validar experimentações inconclusivas e irrepetíveis aí o exagero e falaciosidade se tornam evidentes.
    .
    Deu pra entender? Ou não deu?
    .
    Saudações houdínicas.

  753. Gorducho Diz:

    Se esses ditos médiuns eram farsantes tão hábeis, deveriam se apresentar nos teatros como ILUSIONISTAS, pois além de ser uma atividade legal, consagrada, etc e tal, era MUITO MAIS LUCRATIVA, pois um teatro cheio pagava despesas de quatro ou cinco meses.
     
    Mas não era justamente isso que fazia a Annie?

  754. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Aquelas fotos são toscas, aquela em que aparece o peixotinho com uma gaze na boca, parecendo estar defecando com prisão de ventre de quinze dias tem até cx ao lado, com cara de cinismo.
    Veja de novo, a foto está mais abaixo, no texto:
    .
    COMENTÁRIO: De Marte, aquele não é o Peixoto é o Feitosa, Antonio Alves Feitosa, um que atuou em algumas ocasiões conjuntamente com a aldraboa Otília Diogo. Já mostrei ao Arduin que aquilo não era ectoplasma, nem no Brasil nem em Tangamandápio, o ecto sendo, como se diz, substância pastosa e sujeita à gravidade não poderia escorrer daquele modo, digamos, gazeíticamente. Arduin sabe bem disso, mas se fecha para certos evidenciamentos.
    .
    Acho que ele está começando a reagir para retornar.

  755. Marciano Diz:

    Montalvão, é como você diz, todos erramos, mas chamar o Feitosa de Peixotinho não muda o ridículo da foto.
    E parece ou não parece que cx está com cara de cínico, fazendo pouco caso dos otários que aceitariam a evidência das fotos?
    Será apenas impressão minha?
    .
    Você acha que Arduin está começando a reagir para voltar ao presente. Está parecendo mesmo. Pelo menos ele já está nos anos 1950/60, um progresso e tanto.
    .
    Quanto ao Guto, agora que Arduin, do alto de sua cátedra, considerou-o ilecionável (perdoem o neologismo), dou por encerrado o assunto “bebês de Homo sapiens”.
    Sei quando parar.

  756. Guto Diz:

    Marciano, não esqueci dos causos, mas só tenho conseguido escrever coisas rápidas. Preciso que minha mulher esteja fora de casa senão não dá!

  757. Guto Diz:

    Arduin, obrigado pelas sábias palavras, pois a melhor forma de aprender alguma coisa é por nós mesmos!

  758. Marciano Diz:

    Guto, eu já tinha dito que você precisa aprender por si próprio.
    Pegue um bom livro de biologia, de nível médio mesmo, e não tenha pressa.
    .
    Dê uma grana pra tua mulher ir comprar umas roupas no shopping que você terá tempo para contar muitos “causos”.

  759. Montalvão Diz:

    .
    MARCOS ARDUIN DIZ: Quanto ao CROOKES, VITOR E MOISÉS, parece que ALCANCEI O MEU OBJETIVO DE LEVAR OS DOIS ÚLTIMOS AO DESESPERO.
    Ao menos é a impressão que me passam quando querem ganhar no grito, sem demonstrar o que alegam ser a realidade da coisa. Se os relatos dos experimentos “não permitem que sejam reproduzidos hoje em dia”, então que os céticos calem a boca, pois também não é possível saber se houve fraude mesmo.
    .
    COMENTÁRIO: DESESPERAR JAMAIS… aprendemos muito nestes anos, afinal de contas não tem cabimento, entregar o jogo no primeiro tempo… nada de morrer na praia, nada de correr da raia…
    .
    Ainda bem que seu objetivo era, dos três citados, levar só dois ao desespero, imagine se almejasse desesperar também o pobre Crookes?
    .
    Numa coisa, Arduin está certo: se os experimentos antigos não podem ser replicados hoje em dia, então que se calem a respeito deles, mas não só os céticos, também os crentes. Afinal, como se fiar no que não pode ser conferido? Ouvir isso do Arduin nos dá enorme refrigério: falta pouco, muito pouco, para que admita que aquelas experiências são inócuas como provas da espiritualidade atuante.
    ./
    /
    MARCOS ARDUIN DIZ: O meu problema não é supostamente fixar-me no passado. O problema é que a certos experimentos, a MODERNA (e antiga) comunidade cética diz resolvê-los apenas SUGERINDO FRAUDE. Nem sequer inventam argumentos novos: pegam as bobagens ditas pelos céticos de antigamente. Por isso digo que o livro O Espiritismo à Luz dos Fatos, embora editado em 1935, ainda é atualíssimo, pois os novos céticos continuam usando os mesmos argumentos dos velhos céticos de 1930 e antigamente… O Arnaldo até já mostrou isso.
    .
    COMENTÁRIO: ôpa, claridade ao fim do tubo! Já está querendo perceber que se “agrudou” ao passado, embora ainda não reconheça que isso seja problema. A comunidade cética não resolve os experimentos sugerindo fraude, sim mostrando que estavam mutíssimo sujeitos a fraudes, e mais: quando os controles eram suficientemente rígidos nada acontecia ou o médium era desmascarado. Some-se a isso o fato de que a espiritualidade deu uma banana para os investigadores, deixando-os despojados de quaisquer condições de confrontar as testagens antigas com experiências atuais. Que espiritualidadezinha sem-vergonha é essa, não?
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    /
    MARCOS ARDUIN DIZ: Já que os MODERNOS CÉTICOS acusam os antigos pesquisadores de serem farsantes, ou burros, ou tapados, ou ingênuos que se deixaram empulhar risivelmente, então eu me sinto no direito de exigir que demonstrem que têm razão no que dizem. Mas se não fazem isso, que culpa tenho eu se os experimentos são antigos?
    .
    COMENTÁRIO: vamos ver: alguns dos antigos pesquisadores eram mesmo farsantes, farsantes por estarem comprometidos de algum modo com os médiuns; outros eram ingênuos; burros e tapados não reconheço. As demonstrações de que aqueles foram logrados estão exaustivamente dadas ao longo de longas discussões nos últimos meses (o Vitor então deve estar estafado de apresentá-las). Se quiser um resumo, anote aí: 1) médium escondido na cabine, fora de plena fiscalização; 2) fenômenos, a maioria, acontecidos em escuridão; 3) avaliadores comprometidos ou convertidos às supostas verdades espíritas; 4) irreplicabilidade atual das experiências passadas…
    ./
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    MARCOS ARDUIN DIZ:VOU FALAR ENTÃO DE COISAS UM TANTO ANTIGAS, MAS MUITO MAIS RECENTES DO QUE CROOKES.
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    COMENTÁRIO: Aleluia! Glória aos santos e às almas benditas. O perdido no tempo está voltando! Há esperança para a humanidade! Em breve ve-lo-emos na segunda metade do século XX, e, mais adiante, querendo o bom Deus, aportado na atualidade. Viram como valeu o esforço de todos os que se empenharam no resgate?
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    MARCOS ARDUIN DIZ:Lá nos anos 1950 houve um tal de Peixotinho que também produzia materializações. Quantos sábios céticos, muito sábios, críticos, experientes e argutos se apresentaram para estudar o dito médium?
    NENHUM.
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    COMENTÁRIO: o único crédito mediúnico que Peixotinho merece é ser reconhecido como um “tal de Peixotinho”. Suas pinguelices eram tão toscas que seria despautério para o currículo de qualquer crítico não comprometido investigá-lo. E mesmo que alguém se dispusesse a fazê-lo, acha que ele toparia? Morde meu dedo pra ver se sai Coca-c0la… os fotogramas disponíveis das produções do Peixoto falam por si…
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    MARCOS ARDUIN DIZ: O único que fez alguma coisa foi um tal de Ranieri, que se dizia ser muito esperto, arguto, etc e tal, já que era delegado de polícia. Mas cético como o Trevor Hall, ou equivalente, NENHUM apareceu.
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    COMENTÁRIO: pois é, o Ranieri pode (o acento diferencial faz uma falta… quero dizer “pôde”) porque era apologista até os ossos. Esses tipos o Peixotinho aceitava e queria muuuuuito que aparecessem. Ranieri não investigou, não testou, não aplicou controles, foi mero expectador, movido pela empolgação e por elogios mil à honestidade do médium e à veracidade das aparições. Pesquisa mesmo não houve nenhuma. Aqui mesmo no Obras tem um artigo que fala do dito, consulte: “FRAUDE COMPROVADA NO LIVRO “MATERIALIZAÇÕES LUMINOSAS”, DO DELEGADO DE POLÍCIA PAULISTA RAFAEL AMÉRICO RANIERI E PRESIDENTE DO CENTRO GRUPO ESPÍRITA ANDRÉ LUÍS.”

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    MARCOS ARDUIN DIZ: Hoje eles aparecem para dizer que houve fraude porque as fotos… É mole?
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    COMENTÁRIO: “porque as fotos…” o quê? Porque são claras demonstrações de que não merecem confiança? No livro “Materializações Luminosas” tem umas que não dá para engulir nem com generosos goles de azeite extravirgem. Então, se em termos de documentação, o melhor que os mediunistas têm a oferecer são fotografias pra lá de suspeitas seria bom que ficassem mesmo quietinhos e não trouxessem esses casos para além das paredes acolhedoras dos centros. Dizem que os espíritos que mosqueiariam os vivos querem se fazer conhecidos ao mundo boquiaberto de dúvidas, se querem, devem, minimamente falando, apresentar material demonstrativo que preste, lixo não serve.
    ./
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    MARCOS ARDUIN DIZ: Lá nos anos 1960 apareceu uma tal de Otília Diogo, que também dizia produzir fantasma materializada. Quantos sábios céticos apareceram para estudá-la? NENHUM.
    Quando houve uma reportagem dela na revista Fatos e Fotos, aí um tal de Waldo Vieira, cupincha do Chico, junto ele e mais uns colegas médiuns simpáticos ao Espiritismo e foram estudar a madame… Respeitável turma dirão os sábios céticos.
    É… Essa turma fez seis sessões com a madame, NÃO VIRAM FRAUDE ALGUMA, depararam-se com eventos “miraculosos”, mas o vaidoso Waldo acabou permitindo a repórteres de um semanário sensacionalista e anti-espírita que assistissem a uma sessão. Eles NADA acharam de fraudulento na ocasião. Não acusaram nada de fraude, nem denunciaram, nem nada. Foi só depois que “examinando fotos” é que “acharam” as fraudes…
    Pra médium foi a glória: deu um pé na bunda do Chico, tão sensível e tão chorão, que queria que ela seguisse os conceitos kardecista quanto à mediunidade, e partiu para sua carreira solo… ATÉ SER PEGA EM FLAGRANTE DE FRAUDE MESMO…
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    Pois é, meu caro, é a infeliz descoincidência…
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    COMENTÁRIO: tocante história de glória e derrocada. A médium que, em seis sessões, mostrou-se “legítima” a Waldo Vieira, Chico Xavier, 19 médicos, ao repórter de Fatos e Fotos, e a outros mais, foi, tempos depois, miseravelmente desmascarada. Isso é mostrativo de a quantas anda a acuidade fiscalizativa dos pesquisadores apologistas…
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    /

    “Uh, acho que consegui uma materialização real, vou repetir a experiência o quanto necessário, com variação de controles, e criando ambiente que permita segura fiscalização, para depois não passar pelo vexame de ter defendido fantasias”.
    ARDUIN – Foi exatamente o que Crookes fez. Ele estudou a Florence Cook ao longo de 3 anos e sempre fez mais de um experimento com os médiuns de validou. O Vitor, em defesa de Houdini e Fay, diz que essa última teria embaralhado as histórias, pois sua mente já não estava se lembrando bem entre as DEZENAS de experimentos que foram feitos. Aqui se vê o desespero do Vitor. Só há registro de QUATRO experimentos. E possivelmente seria só esses quatro mesmo, pois o que ela queria era salvar sua turnê, já que não viera à Inglaterra a passeio. Não podia se dar ao luxo de ficar fazendo dezenas de experimentos…
    .
    COMENTÁRIO: se o Vitor, em “desespero” utilizou o argumento a que se refere, fique frio, também a ele recorri. As dezenas de experimentos citadas não tratam somente das quatro sessões de Fay com Crookes, o que se tentava explicar-lhe era que Ana Fay dera centenas de espetáculos em variados lugares. Quando, já um tanto caduquinha, contou para Houdini as estrepolias que aprontou pode bem ter misturado ocorrências dos múltiplos eventos que protagonizou e relatado um híbrido dos fatos. Isso não é nada incomum ocorrer. Recentemente aconteceu comigo: jurei que tinha vivenciado uma situação, e até lembrei de detalhes do acontecido, com manifestações apreciativas de minha parte, até ser confrontado com o fato de que na data do acontecimento eu estava em outro local. E olha que nem gagá estou, hem… ou estou?
    .
    Crookes realmente realizou vários experimentos, não me referi a isso, falei da falta de controle eficaz em todos eles…
    ./
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    MARCOS ARDUIN DIZ: Moisés e Vitor ficam com essa de fraudes dos médiuns… Isso é outra coisa que NÃO ENTENDO. Os ditos médiuns eram capazes de fraudes habilidosíssimas, mesmo fiscalizando o ambiente, o médium, testemunhas, etc e tal, NADA ACHAVAM DE FRAUDE. Mas estranhamente os tais médiuns, tão hábeis, teriam sido pegos em fraude com um barbantinho amarrado no dedo por um leigo qualquer… É mole?
    .
    COMENTÁRIO: vou postar, se possível ainda hoje, artigo de seu amigo Polidoro no qual achará belo exemplo da matreirice dos médiuns, das fintas de que eram capazes na simulação de poderes espirituais. A ilustração trata de uma única médium, mas é ilustrativa das malandragens gerais: os sujeitos davam nó de gravata em pingo d’éter!
    ./
    /
    MARCOS ARDUIN DIZ: Se esses ditos médiuns eram farsantes tão hábeis, deveriam se apresentar nos teatros como ILUSIONISTAS, pois além de ser uma atividade legal, consagrada, etc e tal, era MUITO MAIS LUCRATIVA, pois um teatro cheio pagava despesas de quatro ou cinco meses. Agora uma sessãozinha para umas dez pessoas… Quanto rendia isso?
    .
    COMENTÁRIO: não, meu dileto, eles lucravam muito mais se dizendo médiuns, eram mais paparicados pelos crentes e bem mais prestigiados que meros ilusionistas. Só alguns, como Houdini, que faziam xous estupendos, é que gozavam de alto prestígio como prestidigitadores. O mesmo se dá na atualidade, aprecie Thomaz Green Morton, por bom tempo guru de vários artistas de renome. Acha que ele conquistaria igual prestígio se se apresentasse aos que o endeusavam como mero produtor de truques?
    /
    /
    MARCOS ARDUIN DIZ: Entendem as minhas dúvidas?
    .
    COMENTÁRIO: entendemos, e estamos nos esforçando por esclarecê-las…

  760. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Montalvão, é como você diz, todos erramos, mas chamar o Feitosa de Peixotinho não muda o ridículo da foto.
    E parece ou não parece que cx está com cara de cínico, fazendo pouco caso dos otários que aceitariam a evidência das fotos?
    Será apenas impressão minha?
    .
    COMENTÁRIO: concordo q

  761. Guto Diz:

    Senhores, será que você poderiam perder um tempinho respondendo estas questões?
    As questões são:
    1) Os senhores querem conhecer REALMENTE a VERDADE?
    2) Qual a verdade que se quer conhecer, caso realmente o queiram?
    3) Vocês mudariam as suas vidas se a verdade que vocês buscam, VERDADEIRAMENTE, seja diferente das suas “verdades”?
    4) O que os senhores tem feito para REALMENTE conhecer a verdade?
    Para os espíritas
    5) Como os senhores reagiriam se o que os senhores acreditam fosse ilusão?
    6) Qual é o maior ensinamento da doutrina que não se deve esquecer, mesmo na hipotética situação dela ser uma ilusão?
    7) O que, DE FATO, podemos afirmar que É VERDADEIRO, BOM E PURO nessa vida?
    8) Com relação ao item anterior, se a resposta for positiva sobre determinada coisa, por que as pessoas não buscam compreender e seguir/viver uma experiência intensa com ele (a), já que se trata de algo extraordinário?
    9) O que os senhores pensam ser imprescindíveis na vida?
    10) Qual é a melhor instituição feita por homens?
    11) Na dúvida, com relação as interações humanas, os senhores escolhem o quê? A razão ou o sentimento?
    É só. ================/=================/==========
    Larissa, o eu interior, ao meu ver, seria a compreensão plena das coisas importantes da vida e como atingir o nirvana! É por aí. Abraço
    Abraço a todos. VALEU!

  762. Guto Diz:

    Ela tá tomando banho agora! Rsrsrsrs.
    Mas já deve estar saindo, pois está a um bom tempo.
    Valeu! É só por hoje. Grande abraço.

  763. Montalvão Diz:

    Escorreguei o dedo… vamos tentar de novo.
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    Marciano Diz: Montalvão, é como você diz, todos erramos, mas chamar o Feitosa de Peixotinho não muda o ridículo da foto.
    E parece ou não parece que cx está com cara de cínico, fazendo pouco caso dos otários que aceitariam a evidência das fotos?
    Será apenas impressão minha?
    .
    COMENTÁRIO: concordo que seja Feitosa ou Peixoto não desridiculariza o fotograma, a informação foi apenas para atualizar seus apontamentos cibernéticos, assim, quando for visitar seus pequerruchos em Marte poderá arquivar o informe em sua portentosa biblioteca.
    .
    A cara de Chico é a de quem se vê flagrado pelo flash da máquina estando no escuro, a expressões mais estranhas surgem… tem quem apareça fazendo faxina no nariz…
    .
    Saudações fotográficas

  764. Marciano Diz:

    “COMENTÁRIO: ôpa, claridade ao fim do tubo!”
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    Cuidado! Isto pode ser sinal de uma morte iminente (NDE).
    .
    Montalvão, a única exceção à regra que aboliu o diferencial é justamente a palavra “pôde”, para diferenciar o pretérito perfeito do presente do indicativo. Ou terá sido um gracejo que minha limitada inteligência não percebeu?
    Aliás, minha subnutrida memória quase me trai. Tem uma outra exceção, o verbo “pôr”, no infinitivo, para diferenciar da preposição “por”.
    Pelo que meus parcos neurônios me dizem, são só essas duas.
    Se foi alguma pilhéria, faltaram-me neurônios para identificá-la e melhorar meu humor.
    .
    “A cara de Chico é a de quem se vê flagrado pelo flash da máquina estando no escuro, a expressões mais estranhas surgem… tem quem apareça fazendo faxina no nariz…”
    .
    Pra mim, a cara de cx é a de quem está segurando o riso zombeteiro dentro da cara-de-pau.
    Pela expressão do Feitosa, acho que nessas demonstrações de incompetência, digo, de materializações, tinham de usar uma rolha, ou uma trolha, senão a coisa iria feder.
    .
    Proponho uma experiência: mostrem essas fotos a uma criança de cinco anos (do sexo masculino, as meninas costumam ser muito crédulas) e perguntem o que parece, alguma substância mágica escorrendo pela boca do diarréico Feitosa ou gaze mesmo.
    Não valem trapacearem e mostrarem as fotos a crianças da sociedade Pestalozzi.
    Saudações oligofrênicas.

  765. Montalvão Diz:

    Marciano,
    .
    Esqueci de comentar: apesar de chico ter sido “flagrado” pelo flash, ele não seria pego em atitude indecorosa porque sabia que a foto seria batida. O peixotinhofeitosa preparou o ectoplasma na escuridão, Otília deve ter dado uns grunhidos alertando o fotográfo que podia disparar e chico aprochegou-se à dupla, note que a mão direita do médium encosta no “espírito” como a dizer que ele, chico, também contribuia para o evento.

  766. Montalvão Diz:

    .
    Montalvão, a única exceção à regra que aboliu o diferencial é justamente a palavra “pôde”, para diferenciar o pretérito perfeito do presente do indicativo. Ou terá sido um gracejo que minha limitada inteligência não percebeu?
    Aliás, minha subnutrida memória quase me trai. Tem uma outra exceção, o verbo “pôr”, no infinitivo, para diferenciar da preposição “por”.
    Pelo que meus parcos neurônios me dizem, são só essas duas.
    Se foi alguma pilhéria, faltaram-me neurônios para identificá-la e melhorar meu humor.
    .
    COMENTÁRIO: não foi pilhéria foi burrice mesmo. Pensei que fosse só o pôr, e não vi na regra o pôde, conforme se registra:
    .
    “Não se colocará acento diferencial nas palavras homógrafas heterofônicas: acordo (subst.), acordo (verbo); almoço (subst.), almoço (verbo); jogo (subst.), jogo (verbo).
    No entanto, o acordo registra algumas exceções. É obrigatório o acento diferencial em:
    • pôde (pretérito perfeito) para distinguir de pode (presente do indicativo);
    • pôr (verbo) para distinguir de por (preposição).
    É facultativo o acento diferencial em:
    • dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo) para distinguir de demos (1ª pessoa do plural do pretérito perfeito);
    • fôrma (substantivo) para distinguir de forma (substantivo e verbo).
    Agora há apenas dois acentos diferenciais obrigatórios (pôde e pôr) e dois facultativos (fôrma e dêmos).
    .
    Ponto procê.
    .
    Quer melhorar seu humor? Vá na universal, acho que hoje tem sessão de descarrego, quem sabe não lhe dão uma desintoxicada?

  767. Montalvão Diz:

    .
    .
    Guto Diz: Senhores, será que você poderiam perder um tempinho respondendo estas questões?

    .
    Guto,
    .
    Não faça isso comigo, adoro questionários! Se encontro alguém fazendo pesquisa de opinião mesmo que seja para saber o que o povo pensa da influência do cocô de cachorro nas decisões políticas, vou logo me encostando pra ver se me consultam… Desse modo, compulsivamente, dou retorno pessoal-opinativo (mesmo que eu me pronuncie no plural majestático, coisa que muitos ojerizam, estarei falando por mim):
    .
    .

    GUTO: a questões são:
    .
    1) Os senhores querem conhecer REALMENTE a VERDADE?
    .
    RESPOSTA: queremus!
    /

    2) Qual a verdade que se quer conhecer, caso realmente o queiram?
    .
    RESPOSTA: a verdade verdadeira, se possível a mais verdadeira de todas..
    /
    3) Vocês mudariam as suas vidas se a verdade que vocês buscam, VERDADEIRAMENTE, seja diferente das suas “verdades”?
    .
    RESPOSTA: mudar a vida não sei, mas que mudaria de opinião sem dúvidas.
    /
    4) O que os senhores tem feito para REALMENTE conhecer a verdade?
    .
    RESPOSTA: buscado-a.

    /
    GUTO: Para os espíritas
    5) Como os senhores reagiriam se o que os senhores acreditam fosse ilusão?
    6) Qual é o maior ensinamento da doutrina que não se deve esquecer, mesmo na hipotética situação dela ser uma ilusão?
    7) O que, DE FATO, podemos afirmar que É VERDADEIRO, BOM E PURO nessa vida?
    8) Com relação ao item anterior, se a resposta for positiva sobre determinada coisa, por que as pessoas não buscam compreender e seguir/viver uma experiência intensa com ele (a), já que se trata de algo extraordinário?
    9) O que os senhores pensam ser imprescindíveis na vida?
    10) Qual é a melhor instituição feita por homens?
    11) Na dúvida, com relação as interações humanas, os senhores escolhem o quê? A razão ou o sentimento?
    É só. ================/=================/==========
    .
    COMENTÁRIO: pô, Guto, fiquei frustrado: você perguntou mais perguntas pros espíritas que pros outros… que que eles têm que nós não temos?

  768. Marciano Diz:

    Respostas às indagações de Guto:
    1) Os senhores querem conhecer REALMENTE a VERDADE?
    R.: Ela é minha velha conhecida, conhecemo-nos na infância (minha e dela), temos muita intimidade.
    2) Qual a verdade que se quer conhecer, caso realmente o queiram?
    R.: A única que existe, qualquer outra é uma impostora.
    3) Vocês mudariam as suas vidas se a verdade que vocês buscam, VERDADEIRAMENTE, seja diferente das suas “verdades”?
    R.: Como já a conheço com perfeição, a pergunta fica prejudicada, não se pode mudar a verdade. Só se pode fantasiar a respeito dela, como muita gente aqui gosta de fazer.
    .
    4) O que os senhores tem feito para REALMENTE conhecer a verdade?
    R.: Eu tenho estudado, raciocinado, refletido, comparado coisas, lido quase tudo que já se escreveu sobre a jovem senhora, inclusive aqui no blog (como ela é maltratada por tantos aqui …)

    .
    Não sou espírita, mas como íntimo da VERDADE, tenho o dom da premonição.
    Vou tentar antecipar as respostas que os espíritas darão (ao menos em seu íntimo):
    5) Como os senhores reagiriam se o que os senhores acreditam fosse ilusão?
    R.: É ilusão. Você quis perguntar o que fariam “quando” descobrissem que é ilusão.
    Não mudariam em nada, eles precisam desesperadamente dessa ilusão. Na melhor das hipóteses, alguns trocariam suas ilusões por outras. Tipo uma muleta de outra cor, mais fashion.
    6) Qual é o maior ensinamento da doutrina que não se deve esquecer, mesmo na hipotética situação dela ser uma ilusão?
    R.: Acredito que seja o de que a doutrina deve mudar, se algum fato científico novo se impuser e mostrá-la falsa, mas se for aplicado este ensinamento, a doutrina desaparece.
    7) O que, DE FATO, podemos afirmar que É VERDADEIRO, BOM E PURO nessa v:ida?
    R.: O que tem a verdade a ver com pureza e bondade? Por que a verdade precisa ser boa ou pura? Qual o conceito de bondade e de pureza? (Resposta minha, não dos espíritas).
    A Verdade é a conformação do objeto com o juízo, no sentido escolástico (ATENÇÃO! SENTIDO ESCOLÁSTICO, NÃO ESCOLAR). Quando o juízo não corresponde ao objeto, estamos diante do erro e quando não há juízo, nem se sabe da existência do objeto, é ignorância mesmo.
    Bondade, diferentemente de verdade, é um conceito que varia no tempo e no espaço. O que era bom ontem não é bom hoje, o que é bom aqui, não é bom lá.
    Pureza tem muitos conceitos, em geral, é a propriedade daquilo que não foi contaminado. O conceito, quando apropriado por religiosos, sofre tremenda distorção, virando coisas disparatadas, diferentes e enganosas.
    Já os espíritas, provavelmente dirão que a verdade é boa e pura.
    A verdade é o que é, nós podemos conhecê-la, pensarmos que a conhecemos ou ignorá-la completamente.
    E a verdade tem dono (moi).
    8) Com relação ao item anterior, se a resposta for positiva sobre determinada coisa, por que as pessoas não buscam compreender e seguir/viver uma experiência intensa com ele (a), já que se trata de algo extraordinário?
    R.: Francamente, não percebi o sentido da pergunta.
    9) O que os senhores pensam ser imprescindíveis na vida?
    R.: Genericamente falando, a única coisa realmente imprescindível na vida é a ausência da morte. Nem o ar é imprescindível, ou não existiriam bactérias anaeróbicas, como o Clostridium botulinun.
    Quando Guto fala de “vida” estará se referindo à vida apenas de humanos, ou qualquer espécie de vida, inclusive de moneras, por exemplo?
    10) Qual é a melhor instituição feita por homens?
    R.: Depende do conceito de instituição.
    Se for no sentido de estruturas e costumes sociais estabelecidos consuetudinariamente, penso que seja a família. Sem ela, não teríamos evoluído até o ponto a que chegamos. Mas isso não tem o sentido piegas que se emprega nas religiões, e sim na seleção natural das espécies, assunto ainda ignoto para Guto.
    11) Na dúvida, com relação as interações humanas, os senhores escolhem o quê? A razão ou o sentimento?
    R.: Os espíritas diriam o sentimento, falsos e piegas como eles são. Eu prefiro a razão, sem ela somos todos umas bestas e não se precisa de sentimento para fazer o bem. Se fazemos o bem somente para satisfazermos um sentimento nosso, estamos sendo egoístas. Fazêmo-lo por nós mesmos (desculpem a colocação do pronome átono).

  769. Montalvão Diz:

    Prezados,
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    Temos visto a exacerbada defesa do mestre Arduin dos experimentos de Crookes. Trabalhos levados a termo na época romântica do espiritualismo, em que controles rigorosos eram mera fachada e nada tinha de rigorosos, ao contrário, deixavam frestas para a passagem de múltiplas safadezas, são defendidos, com ênfase digna de um davidiano, pelo último bastião apologético da mediunidade: Mr. Arduin (se não for o último estará dentre os derradeiros).
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    Esquece-se nosso respeitável guerreiro de duas coisas: alegações extraordinárias pedem evidências extraordinárias e estas não foram dadas, nem por Crookes nem por Richet, nem Geley… O outro ponto esquecido: à medida que os controles se tornam rigorosos os fenômenos decaem. Não de admirar que nos primeiros anos do século XX as demonstrações de fraude se intensificaram e as manifestações grandiloquentes foram minguando a olhos vistos.
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    Sem enxergar essa realidade (ou sem querê-la ver), o causídico de materializações e materializadores prefere ressaltar pequenos equívocos de críticos e denunciadores das traquinagens dos médiuns, transformando-os de analistas dos acontecimentos passados em formidáveis mentirosos. E como faz isso? Elavando às escâncaras o que podem ter sido deslizes informativos da parte desses críticos (deslizes irrelevantes no contexto geral de seus trabalhos), e fazendo desses escorregas sólidos argumentos para desmerecer tudo o mais que realizaram. Um desses autores assim execrados é Massimo Polidoro, bem informado historiador do espiritualismo. Outro é Harry Houdini, o grande denunciador de farsas mediúnicas. A crítica acerba e injusta contra Houdini é de plena inaceitabilidade. Tudo porque Houdini parece ter registrado, sem verificação, notícia que lhe passou uma médium por ele entrevistada (Fay), a qual decidira abrir o jogo de suas travessuras, confessando que lograra Crookes sem maior esforço. Por conta dessa falha (que provavelmente originou-se da delatora, o erro de Houdini teria sido registrar a informação ser perquirir se estava coerente) o mestre das fugas, no classificativo arduínico, se transforma em patético mentiroso.
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    Não ponho em questão que Arduin deva defender seus pontos de vista como achar conveniente e nisso utilizar todo arsenal argumentativo de que dispõe, até aí tudo bem, o ruim é encontrar na feijoada um grão de feijão em mau estado e condenar toda a iguaria.
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    A verdade sobre Houdini é bem outra: o mágico era meticuloso em seu trabalho investigativo e ostentava requintado tirocínio quando avaliava afamados médiuns, muitos dos quais haviam sido atestados legítimos por outros investigadores. Essa lisura e eficiência averiguativa concedeu a Houdini o acúmulo de vários inimigos, pessoas que desejavam, e mesmo tentavam, desmoralizá-lo de toda maneira imaginável.
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    Para dar mostras da firmeza e severidade com que Harry Houdini realizava suas investigações (rigor este dificilmente visto entre os grandes nomes da pesquisa mediúnica) e, ao mesmo tempo, provar que o aviltado Polidoro não é o bobalhão que vem sendo pintado, apresento artigo do italiano no qual relata o estudo que fez das investigações de Houdini com uma das grandes médiuns do século XX, Mina Stinson, mais conhecida por “Margery”.
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    Visto o texto ser um tanto longo (mas vale ser lido) apresenta-lo-ei em capítulos. A tradução tem uns errinhos porém no geral está bem feita.
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    Houdini vs. a Bruxa Loira da Rua Lime.
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    por Massimo Polidoro [amicíssimo de arduin]
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    UMA LIÇÃO HISTÓRICA NO CETICISMO
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    Na longa história do século da pesquisa psíquica séria, o episódio “Margery” é provavelmente um dos mais interessantes. Nenhum outro médium desde D. D. Home, nem mesmo Eusapia Palladino, atraíra tanto interesse e controvérsia como Mina Stinson, também conhecida como Margery, a “Bruxa Loira da Rua Lime”. Assim como Home, Mina Stinson (seu nome de solteira) não pedia dinheiro para suas demonstrações, mas diferentemente de seu predecessor, ela recusava mesmo doações ou jóias, e diferentemente de sua rústica e inculta colega Eusapia Palladino, ela era a esposa de um médico de Boston respeitado e bem sucedido, o Dr. Le Roy Goddard Gandon. Por tudo que se sabia, Stinson era brilhante e perspicaz, e no início de seus trinta anos, com olhos azuis e um longo cabelo dourado, uma mulher muito atraente. Margery foi o último caso famoso de mediunidade física a ser apresentado como prova da realidade dos poderes da mente sobre a matéria, ou psicocinésia, até a chegada de Uri Geller 50 anos mais tarde. Com ela acabou a era dos grandes médiuns que começou com Daniel Home.
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    A VIDA NA RUA LIME
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    Os acontecimentos que nos interessam começaram na primavera de 1923, na Rua Lime nº 10, uma casa de tijolo de quatro andares na elegante vizinhança de Boston de Beacon Hill.
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    O marido de Margery, o Dr. Le Roy Goddard Crandon, era um homem obstinado e aristocrático, com muitos passatempos e interesses além da medicina, variando de uma paixão para o mar ao estudo dos escritos de Abraham Lincoln. Era inevitável que sua mente inquiridora se voltasse a um assunto que interessou todo o mundo na pesquisa psíquica de 1920s. Seu interesse foi desperto por uma reunião que ele teve com o Senhor Oliver Lodge (1851-1940), um físico de grande fama que, depois da morte do seu filho Raymond durante a 1ª Guerra Mundial, tinha anunciado que ele acreditava na sobrevivência humana depois da morte e na possibilidade de se comunicar com os mortos. Lodge tinha sugerido um livro a Crandon, The Physical Structures of the Goligher Circle por um Dr. Crawford, um engenheiro de Belfast e um entusiasta do paranormal. Depois de ler história de Crawford da sobrenaturalmente talentosa Kathleen Goligher e sua família, pensamentos estranhos andaram na mente do médico.
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    Seria isso realmente possível, Crandon se perguntava, que os “cantiléveres psíquicos” que Crawford falava existissem? E se for assim, como estes “pseudopódes” poderiam ter a força para levantar sequer uma mesa? Crandon decidiu tentar descobrir para si e em poucas semanas tinha uma mesa construída às especificações exatas de uma usada no caso Goligher.
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    Em 27 de maio Crandon sentou-se ao redor da mesa com sua esposa e alguns amigos no andar superior da casa na Rua Lime. A câmara foi escurecida e, seguindo as instruções de Crandon, os assistentes uniram as mãos e esperaram. Repentinamente, a mesa se moveu levemente. Então moveu outra vez e inclinou-se para cima em duas pernas. Alguém sugeriu que tentassem descobrir qual deles talvez fosse o médium, assim um de cada vez cada assistente deixou o local. Desde que a mesa continuou a balançar e parou só quando Mina, a esposa do médico, partiu, não havia nenhuma dúvida: ela era o médium.
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    MINA, A MÉDIUM
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    Mina (1888-1941) originalmente casou com o proprietário de uma mercearia pequena, Conde P. Rand, sempre tendo sido uma mulher ativa vivaz. Quando jovem ela tinha tocado em várias bandas profissionais e orquestras, trabalhado como uma secretária, amava esportes, e era ativa em vários grupos de ações sociais de igreja . O casamento com Crandon exigiu que ela abandonasse seu estilo de vida dinâmico, que não combinava com o papel esperado da esposa de um médico. A nova experiência da sessão espírita de 27 de maio forneceu uma mudança agradável da vida confinada em ócio de uma mulher bem sucedida.
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    Pelo verão inteiro os Crandons realizaram sessões espíritas privadas em seu lar. O médico ficava mais animado cada vez que ele descobria que sua esposa tinha um novo “poder”. Suas capacidades pareciam sem limites e ele só tinha que ler sobre algum novo mistério e “Psique” – como ele tinha começado afetuosamente a chamá-la – o duplicaria na próxima sessão espírita. Raps [batidas] e lampejos de luz estavam entre os primeiros fenômenos a aparecer, junto com efeitos mais tradicionais como o movimento da mesa. Mina pareceu poder parar um relógio simplesmente por se concentrar nele, ou produzir notas de dólar e pombos vivos, coisas que pareciam ser tomadas diretamente do repertório de um mágico. Logo as coisas tomaram um novo rumo.
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    Mina tinha conduzido suas sessões espíritas desperta e plenamente ciente do que acontecia ao redor dela até que seu marido sugeriu que ela tentasse cair num transe. Houve êxito imediato e várias “entidades” começaram a se comunicar pela médium. Uma destas começou a aparecer mais freqüentemente e eventualmente se tornou predominante. O Dr. Crandon e os outros concordaram que este visitante tinha de ser Walter Stinson, o irmão de Mina. Walter tinha morrido 12 anos mais cedo, aos 28 anos de idade, esmagado por um vagão de ferrovia. A voz de Walter, que se tornou o espírito controle de Mina por 18 anos, não surpreendentemente era a mesma de Mina, só um pouco mais rouca. Sua linguagem era grosseira e tinha uma sagacidade pronta e maneiras irritáveis, uma personalidade bastante estranha à gentil e polida senhora.
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    A SCIENTIFIC AMERICAN INVESTIGA
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    Em novembro de 1923, Bird fez uma visita aos Crandons e encontrou um casal indubitavelmente interessante: um médico sombrio e uma mulher viva e fascinante. O charme de Mina claramente o afetara, tanto que muitos posteriormente questionariam a fiabilidade das suas observações. Bird já tinha criado uma impressão semelhante quando comentou com particular bondade sobre as demonstrações de uma médium sobre quem outros tiveram sérias dúvidas. Nessa ocasião, Walter Franklin Prince, revisando o livro de Bird, My Psychic Adventures, escreveu:
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    Sr. Bird, se ele deseja alcançar a autoridade na pesquisa psíquica a qual eu suplico por ele, doravante deve evitar de se apaixonar pela médium. (Prince, 1923)
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    Antes de deixar Boston, Bird convidou Mina a entrar na competição anunciada pela Scientific American. Ela concordou e especificou que se ganhasse o prêmio este iria para a pesquisa psíquica. Ela mesma insistiu em pagar todas as despesas que talvez surgissem da investigação, incluindo aquelas para a permanência do comitê em Boston. A única condição que impôs era que o comitê deveria ir até ela em vez dela ir até eles. Os Crandons emprestariam sua casa aos investigadores.
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    Um artigo sobre a médium, escrito por Bird, apareceu na edição de julho de 1924 da Scientific American. Para proteger a privacidade de Mina, Bird rebatizou-a “Margery”; “Walter” foi chamado “Chester,” e o Dr. Crandon “F. H.”. Os leitores da Scientific American souberam que por fim um vencedor potencial do prêmio tinha chegado: “Com Margery”, Bird escreveu, “(. . .) A probabilidade inicial de genuidade é muito maior que em qualquer caso prévio que o Comitê tenha lidado” (Bird, 1924, p. 29).
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    O comitê então foi a Boston; Bird e Hereward Carrington (um investigador psíquico famoso), e ocasionalmente os outros membros do Comitê, alegremente concordaram em ser convidados dos Crandons durante as investigações. William McDougall, psicólogo em Harvard, vivendo em Boston, permaneceu no seu lar enquanto W. F. Prince, oficial principal de pesquisa da Sociedade Americana para Pesquisa Psíquica (ASPR), preferiu permanecer num hotel.
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    Harry Houdini, o único membro do comitê que não foi informado sobre a investigação, teve que contar com os jornais para descobrir o que acontecia, e o que ele leu despertou seu interesse cético, para dizer o mínimo: “Margery, a Médium de Boston, Passa em todos os Testes Psíquicos”; “Cientistas Não Acham Nenhuma Trapaça numa Série de Sessões Espíritas; “Fantasma Versátil Confunde Investigadores Pela Variedade das Suas Demonstrações”. A surpresa era mesmo maior quando, abrindo a edição de julho da Scientific American, Houdini soube que os investigadores das alegações de Margery eram seus colegas no comitê. Houdini estava furioso: por que ele não tinha sido informado? Bird explicou a Houdini numa carta:
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    Nossa idéia original era não perturbá-lo com isso a menos que se chegasse a um estágio em que parecesse séria a possibilidade de que ou isso era genuíno, ou era um tipo de fraude que nossos outros homens do Comitê não podiam lidar… Sr. Munn sente que o caso tomou um rumo que faz com que seja desejável para nós discuti-lo com você (Houdini, 1924, p. 4).
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    Houdini chegou nos escritórios de Nova Iorque da Scientific American e perguntou a Bird diretamente: “Você acredita que esta médium é genuína?” “Sim”, respondeu Bird, “ela é genuína. Recorre à trapaça às vezes, mas acredito que ela seja cinqüenta ou sessenta por cento genuína”. “Então você quer dizer que esta médium será chamada para receber o prêmio da Scientific American?” Houdini perguntou. “Muito certamente”, Bird confessou. Houdini não reagiu violentamente:
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    Sr. Bird, você não tem nada a perder exceto sua posição e muito possivelmente você prontamente pode conseguir outra se estiver errado, mas se eu estiver errado isso quererá dizer a perda de reputação e já que fui selecionado para ser um do Comitê eu não penso que será justo você dar o prêmio para esta médium a menos que seja permitido eu ir até Boston e investigar suas alegações, e do que você me conta estou certo que esta médium ou é a mais maravilhosa do mundo ou uma enganadora muito esperta. Se é uma médium fraudulenta, garanto que irei expô-la, e se é genuína, darei meus cumprimentos e serei um de seus mais árduos defensores (p. 5).
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    continua,

  770. Marciano Diz:

    Montalvão, enquanto eu escrevia minhas respostas ao questionário (também adoro questionários) você postou suas respostas, antecipando-se a mim. Eu gostaria que você fizesse como moi e respondesse às questões endereçadas aos privilegiados (no número de perguntas, não no número de neurônios) espíritas.

  771. Montalvão Diz:

    Corrijam no penúltimo parágrafo:

    “Houdini NÃO reagiu violentamente”
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    para: “Houdini reagiu violentamente” (talvez em lugar de “violentamente” caiba “veementemente”).
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    té manhã.

  772. Marciano Diz:

    Engraçado, tem uma Lime Street em Liverpool também.
    Em geral, os ingleses são menos idiotas do que os americanos. Estes últimos enganam muita gente porque gostam de importar inteligências.

  773. Marciano Diz:

    That’s enough for tonight, folks.
    See ya’ll!

  774. Montalvão Diz:

    De Marte,

    Tenho de acordar as 4h da matina e viajar até o Rio. Amanhã dou retorno ao guto’s questions.

  775. Marcos Arduin Diz:

    “Trabalhos levados a termo na época romântica do espiritualismo, em que controles rigorosos eram mera fachada e nada tinha de rigorosos, ao contrário, deixavam frestas para a passagem de múltiplas safadezas, ”
    – O meu problema com essas frestas é que poderiam ser FACILMENTE fechadas pelo pessoal cético, bastando descrever que se fosse feito assim, assado, frito ou cozido, um aprendiz de ilusionista faria TUDO igualzinho foi registrado pelos pesquisadores. Mas quando se faz uma cobrança disso, aí vem a desculpa de que “não sabemos se os pesquisadores registraram mesmo tudo direitinho”. Realmente é uma piada: porque estava no escuro, porque estava no gabinete, isso é prova de que houve fraude. E quando não havia escuro, nem gabinete… há fraude do mesmo jeito. Enfim, nada do que se diga contenta esse pessoal. Então é um toma lá e dá cá: nada do que o pessoal cético me diga, SEM DEMONSTRAR, me convence.
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    “Não de admirar que nos primeiros anos do século XX as demonstrações de fraude se intensificaram e as manifestações grandiloquentes foram minguando a olhos vistos”
    – Se a investigação anterior era fajuta e mal feita, as demonstrações disso deveriam ter sido muito fáceis para o pessoal cético. Mas por que não conseguem demonstrar isso? Sabe me dizer?
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    “prefere ressaltar pequenos equívocos de críticos e denunciadores das traquinagens dos médiuns, transformando-os de analistas dos acontecimentos passados em formidáveis mentirosos.”
    – he he he – Lembra-me num curto período que fiz FATEC, que o professor de física lembrava de erros GROSSEIROS, como falhas bobas e EVITÁVEIS. Eram coisas como erro de paralaxe (ler de lado um marcador em vez de olhar de frente), ler o valor errado (em vez de 100 registrar 1000), etc. Pode defender o Houdini o quanto quiser, Moisés e Vitor, mas registrar uma queda de força elétrica em 1875 como uma oportunidade para que a Eva Fay trocasse uma mão por um joelho e aí fizesse TODA a fraude, isso é um erro PRA LÁ DE GROSSEIRO. É erro de estupidez mesmo.
    O Polidoro, ao ler isso e ENDOSSAR tudo, confirmando que NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS DE QUE TAL TRUQUE DE FATO OCORREU, só pode ser um mentiroso ou um tremendo babaca. Eu aposto no primeiro.
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    “Elavando às escâncaras o que podem ter sido deslizes informativos da parte desses críticos (deslizes irrelevantes no contexto geral de seus trabalhos), e fazendo desses escorregas sólidos argumentos para desmerecer tudo o mais que realizaram.”
    – No caso específico aqui NÃO FORAM deslizes e sim mentiras descaradas MESMO. Polidoro LEU o relatório do Crookes e SÓ ISSO já daria para ele ver que o truque de substituir mão por joelho SERIA IRREALIZÁVEL… Mas ele não tem mais dúvidas de que de fato ocorreu.
    Moisés, NÃO ADIANTA. Pode me apresentar quantos textos quiser do Houdini e do Polidoro, na tentativa de mostrar que são coisa séria, que isso NÃO VAI mudar o que falaram da Eva Fay. Mentira é mentira e acabou.

  776. Marcos Arduin Diz:

    “A verdade sobre Houdini é bem outra: o mágico era meticuloso em seu trabalho investigativo e ostentava requintado tirocínio quando avaliava afamados médiuns, muitos dos quais haviam sido atestados legítimos por outros investigadores.”
    – Cadê o tirocínio dele quanto à uma queda de força numa inexistente rede elétrica no ano de 1875? O gato comeu?
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    “Para dar mostras da firmeza e severidade com que Harry Houdini realizava suas investigações (rigor este dificilmente visto entre os grandes nomes da pesquisa mediúnica) e, ao mesmo tempo, provar que o aviltado Polidoro não é o bobalhão que vem sendo pintado, apresento artigo do italiano no qual relata o estudo que fez das investigações de Houdini com uma das grandes médiuns do século XX, Mina Stinson, mais conhecida por “Margery”.”
    – E por que ele não aproveitou e não fez testes com a Eva Fay? Ah! Claro… Ela não disse ser médium e sim ilusionista e aí não haveria o que testar… Se ele tivesse visto um galvanômetro, ia ver que não tinha pino para a tomada e aí… No que é que uma queda de força interferiria no funcionamento dele?
    Sacou?

  777. Marcos Arduin Diz:

    “ela é genuína. Recorre à trapaça às vezes, mas acredito que ela seja cinqüenta ou sessenta por cento genuína”
    – Parece até o Waldo Vieira falando da Otília:
    _ Ela era ectoplasta. Sem dúvida ela era… mas fraudava…

  778. Gorducho Diz:

    Lembra-me num curto período que fiz FATEC, que o professor de física lembrava de erros GROSSEIROS, como falhas bobas e EVITÁVEIS.
     
    Nesse curto período, o Sr. também deveria ter aprendido que purga-se esses erros em repetindo experimentos?
    Imagine se os físicos se limitassem (como vocês Espíritas) a ficar parados diante do quadro “negro” (eu ainda sou do tempo do giz :() eternamente batendo boca sobre o bombardeio o átomo pelo Rutherford – contemporâneo dos últimos “experimentos” dos “Cientistas” Espíritas.

  779. Gorducho Diz:

    Professor: o Sr. poderia referir o artigo onde o Polidoro diz que os experimentos do Crookes foram num teatro e faltou por sorte força (implicitamente, claro, que haveria em ’75 distribuição pública do fluído elétrico lá em Londres)?
    Pode-se lê-lo na web?

  780. Marcos Arduin Diz:

    Balofo, mesmo com modernos e sofisticados equipamentos de hoje, um físico pode cometer erros grosseiros… O defeito está no físico e não nos equipamentos…
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    Quem falou em teatro e rede de força elétrica sujeita a quedas repentinas de energia (inexistente em 1875) foi o HOUDINI, que disse ter obtido isso de uma entrevista que fez com a Ana Eva Fay. Polidoro leu o livro dele (o mesmo que o Malvadão está postando um artigo aqui e que já foi discutido neste blog) onde está esse registro e eu o coloquei lá cima (esqueceu-se?). E provando sua alta sapiência e argúcia cética, Polidoro leu esse lance de teatro e energia elétrica, leu o relatório publicado do Crookes (que diz que os experimentos foram feitos na casa dele), e decidiu que Houdini estava com a razão. E conclui todo ufano:
    _ NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS DE QUE TAL TRUQUE OCORREU.
    Moisés deveria se fiar nisso quando diz que os experimentos foram mal feitos, mal escritos, mal registrados, etc e tal. Se o Polidoro não tem dúvidas de que o tal truque ocorreu, então é porque o relatado pelos pesquisadores foi bem feito e não deixa margens às dúvidas…
    Notou alguma coisa estranha?

  781. Gorducho Diz:

    Balofo, mesmo com modernos e sofisticados equipamentos de hoje, um físico pode cometer erros grosseiros… O defeito está no físico e não nos equipamentos; sendo que esses serão notados e corrigidos pelo próprio ou por outros físicos nos experimentos subsequentes.

  782. Gorducho Diz:

    Eu gostaria de ver o trecho do Polidoro porque a obviedade de que o Coookes foi enganado pela Florrie e pela Annie independe dos relatos do Houdini.

  783. Gorducho Diz:

    Aliás a Annie se apresentava era stage mentalist. Lógico que ela acho que alegava “mediunidade” a título de charme, mas sem esperar que o público fosse acreditar em “espíritos”. Como qualquer mágico de hoje – o mesmo não espera que o público ache que o cara é mesmo “mágico”.
    Vou ver se acho prospecto(s) de peças dela.

  784. Marciano Diz:

    Parecia que Arduin estava prestes a soltar-se das amarras do passado…
    Domage.

  785. Montalvão Diz:

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    Outro pedaço do entrevero Houdini/Margery, narrado pelo bem informado pesquisador Massimo Polidoro.
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    Conquanto Arduin faça pouco desse artigo, ele é um dos melhores para demonstrar quão facilmente afamados médiuns do passado conseguiam burlar controles aparentemente seguros (como ter mãos e pés controlados), por meio de movimentos sutis, que não deveriam mas passavam despercebidos pelos vigiadores.
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    Dentre os múltiplos problemas com os experimentos de Crookes um deles cabe aqui destacar: não haviam observadores independentes, tampouco controladores paralelos. Os poucos não adstritos ao grupo de confiança de Crookes, que quiseram acompanhar os experimentos foram repelidos; e quem talvez fosse capaz de fiscalizar adequadamente, que seria o secretário da SPR (o único daquela entidade convidado por Crookes) não quis dar o ar da graça, nem de graça.
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    Segue, para quem não conhece o texto, a continuidade.
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    O MÁGICO E A BRUXA

    Quando Houdini e Munn chegaram em Boston em 22 de julho e ocuparam seus lugares no Copley Plaza Hotel, Houdini ficou chocado ao saber que Bird e Carrington tinham aceitado a hospitalidade dos Crandons. Quão imparcial seu julgamento podia ser se eles eram convidados das pessoas que foram encarregados de investigar? Mas a acomodação, como mais tarde se ficou sabendo, não foi a única lisonja oferecida aos membros do comitê. Carrington, por exemplo, tinha emprestado algum dinheiro ao Dr. Crandon, [creio que o sentido aqui é o de que Carrington havia tomado um espréstimo com o médico] e Bird tinha recebido até um cheque em branco para suas despesas. Uma influência regular e mais perigosa, no entanto, ameaçava a integridade dos investigadores: os atrativos de Mina, que usava somente um vestido fino e meias sedosas durante as sessões espíritas. Ela obviamente encantou Bird, e só muitos anos mais tarde se soube que ela e Carrington frequentemente tinham dormidos juntos. “Não é possível parar na casa de alguém (sic)”, Houdini explicou, “repartir o pão com essa pessoa frequentemente, então investigá-la e chegar a um veredito imparcial” (Ibid., p. 5).
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    No dia 23 de julho de 1924, Houdini participou pela primeira vez de uma sessão espírita com a médium. Uma façanha que tinha confundido os membros do comitê envolveu o uso de uma caixa de madeira com um interruptor elétrico que quando pressionado tocaria um sino colocado dentro da caixa. Nas sessões anteriores a caixa tinha sido posta no chão entre os pés de Margery, e o sino tinha tocado mesmo enquanto as mãos e pés da médium supostamente foram segurados ou “controlados”. Um membro do comitê segurou sua mão esquerda e tocou seu pé esquerdo, com seu marido presumivelmente fazendo o mesmo com o seu pé direito e mão. Com a médium assim “imobilizada”, os assistentes argumentaram que o único responsável pelos fenômenos somente podia ser ‘Walter’, o espírito-guia.
    Quando Houdini chegou, se sentou à esquerda da médium e a caixa foi colocada entre os seus pés. A sua mão segurava a da médium enquanto o seu tornozelo controlava a sua perna. Houdini narra a história daí:
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    Durante o dia todo eu tinha usado uma compressa sedosa de borracha ao redor dessa perna logo sob o joelho. De noite, a parte da perna sob a compressa tinha se tornado inchada e dolorosamente macia, o que a tornava muito mais sensível e tornando mais fácil notar o deslizar mais leve do tornozelo da Sra. Crandon ou o flexionar de seus músculos (Ibid, p. 6).
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    A precaução pareceu ser crucial quando, depois de puxar suas saias bem para cima acima de os seus joelhos, Margery pediu escuridão. Aliás, continuou Houdini no seu relato da sessão:
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    Eu podia sentir distintamente o tornozelo dela lenta e espasmodicamente correr enquanto era pressionado contra o meu até que ela ganhasse espaço [suficiente] para tirar o seu pé do chão e tocar o topo da caixa. Para o sentido de toque comum, o contato parecia o mesmo enquanto isso era feito. Às vezes ela dizia: ‘Apenas aperte firme contra meu tornozelo de forma que você possa ver que o meu tornozelo está ali’. À medida que ela pressionava, eu podia senti-la ganhando outra meia polegada. Quando finalmente manobrou o seu pé até um ponto em que ela pudesse alcançar o topo da caixa, o sino começou a tocar e eu decididamente senti os tendões de sua perna se flexionarem e contraírem enquanto ela repetidamente tocava o aparelho ressonante (Ibid, p.7)
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    Quando o sino parou de tocar, Houdini sentiu que a perna da médium deslizava lentamente de volta à posição original no chão. Bird se sentou à sua direita com uma mão livre para “explorar” e a outra em cima de ambas as mãos da médium e do Dr. Crandon. Repentinamente, ‘Walter’ pediu que uma placa iluminada fosse colocada na tampa da caixa que segurava o sino. Bird levantou-se para fazê-lo e nesse momento ‘Walter’ pediu por “controle”. Margery colocou sua mão livre em Houdini e imediatamente o gabinete foi violentamente jogado para trás. A médium então deu seu pé direito para Houdini e disse: “Você agora tem tanto as mãos quanto os pés. Então ‘Walter’ avisou: “O megafone está no ar. Diga-me, Houdini, onde lançá-lo”. “Em direção a mim”, respondeu o mágico, e aquilo instantemente caiu aos seus pés.
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    Apesar do esperto trabalho de distração criado pela médium, Houdini tinha podido entender o que realmente tinha acontecido na escuridão. Quando Bird deixou o quarto, ela ficou com o pé e a mão direitos livres. Com sua mão direita ela deslocou o canto da cabina de modo suficiente para conseguir que seu pé ficasse solto debaixo dela. Então, levantando o megafone, ela o colocou em sua cabeça, como um chapéu de bobo. Ela então podia derrubar o gabinete usando o seu pé direito que ela mais tarde daria a Houdini. Enquanto então pareceria que Margery estava sob o controle completo de Houdini, simplesmente inclinar sua cabeça faria o megafone cair aos seus pés. Depois da sessão, Houdini comentou: “Esse é o ardil mais astuto que eu já vi”. (Ibid., p. 8).
    .
    HOUDINI TINHA PERCEBIDO A FRAUDE DEPOIS DE SOMENTE UMA SESSÃO, ENQUANTO OS OUTROS MEMBROS DO COMITÊ NÃO TINHAM DETECTADO A FRAUDE NEM MESMO DEPOIS DE TRINTA. Bird, assim como o Dr. Crandon, antipatizava com Houdini e detestava seu ar de superioridade. Crandon revelou seu preconceito antissemítico contra Houdini numa carta a Doyle quando expressou pesar por “este judeu vulgar ousar se chamar de americano]” (Silverman, 1996, p. 325).
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    A SEGUNDA SESSÃO
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    Na noite seguinte, Margery concordou em realizar a sessão espírita no quarto de hotel em que o Dr. Comstock permaneceu. Desta vez, o grupo sentou-se ao redor de uma mesa, com Houdini à esquerda da médium. ‘Walter’ mandou que todo o mundo se afastasse da mesa de modo que ele talvez reunisse a força necessária para levantá-la. “Isto,” comentou Houdini, “era simplesmente outra estratégia por parte da médium, para quando todo o restante voltasse ela voltasse também e isto lhe desse espaço suficiente para dobrar a sua cabeça e empurrar a mesa para cima” (Houdini, p. 9). Houdini pôde confirmar sua teoria quando, depois de soltar a mão de Munn, ele começou a tatear ao redor embaixo da mesa até que sentiu a cabeça da médium. O mágico cochichou a Munn que podia denunciá-la e expô-la imediatamente, mas o redator propôs esperar e a sessão espírita continuou.
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    Era então a vez da caixa-sino. Outra vez ela foi colocada entre os pés de Houdini, e outra vez Margery pôs o seu tornozelo contra o do mágico e outra vez, na escuridão, Houdini, que tinha enrolado a calça da sua perna como na noite anterior, sentiu-a esticar seu pé para tocar o sino. A fivela da liga de Houdini, no entanto, tinha ficado presa na meia da médium, impedindo-a de chegar à caixa. “Você tem ligas, não tem”? ela perguntou. “Sim”, Houdini respondeu. “Bem, a fivela me machuca”. Depois de jogar a liga fora, Houdini sentiu a perna da mulher se esticar outra vez e o sino ressoar cada vez que seus músculos se estendiam. A sessão espírita terminou, Crandon deixou o lugar e o comitê discutiu o que tinha acontecido. Houdini contou aos outros sobre sua descoberta e deu uma demonstração prática. O comitê, no entanto, decidiu esperar até que eles estivessem em Nova Iorque antes de emitir um comunicado para a imprensa. Entretanto, era necessário que os Crandons não soubessem sobre as descobertas de Houdini.
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    Munn e Houdini deixaram Nova Iorque e Bird permaneceu como um convidado com os Crandons por mais três dias. Mais tarde ficou-se sabendo que ele tinha contado a Mina e a seu marido o que Houdini tinha descoberto e o que o comitê pretendia fazer. Desse momento em diante Margery ficaria em guarda. Chegando em Nova Iorque, Munn rasgou um artigo da Scientific American por Bird em que ele elogiava as capacidades de Margery.
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    Contudo, ele não podia impedir os jornais de informar as declarações de Bird. Algumas manchetes que apareceram nos jornais do dia leem: “Médium de Boston Confunde os Peritos; “Cientistas Confusos Com as Revelações, Poder Psíquico de Margery Estabelecido”; “Peritos Procuram em Vão por Trapaça em Demonstração Espiritualista”; e então um que fez o mágico ferver de raiva: “Houdini o Mágico Desconcertado”.
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    continua.

  786. Montalvão Diz:

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    Marcos Arduin Diz:“ela é genuína. Recorre à trapaça às vezes, mas acredito que ela seja cinqüenta ou sessenta por cento genuína”
    – Parece até o Waldo Vieira falando da Otília:
    _ Ela era ectoplasta. Sem dúvida ela era… mas fraudava…
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    COMENTÁRIO: é isso aí, esse tipo de alegação é muito usado em defesa de médiuns flagrados em truques. Visto que em outras experimentações truques não foram apontados e os médiuns receberam validações de seus investigadores, para salvaguardar prestígios e dar uma saída aos malandros, criou-se a filosofia do “é legítimo mas às vezes frauda”. Eusápia Palladino foi muito beneficiada com essa tosca alegação: nas ocasiões em que observadores atentos e controles eficazes foram aplicados, as malandrices de Palladino vinham à tona, porém esses flagrantes eram minimizados por desculpas esfarrapadas, tipo: “está sob pressão e a espiritualidade não responde, então, tadinha, não vê outro caminho senão fraudar”…
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    Assim gira o universo da credulidade…

  787. Montalvão Diz:

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    Dando eco à recomendação do guru para assuntos controversos, Marciano, complemento o respondimento ao questionário do Guto.
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    GUTO: a questões são:
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    1) OS SENHORES QUEREM CONHECER REALMENTE A VERDADE?
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    RESPOSTA: queremus! “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
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    2) QUAL A VERDADE QUE SE QUER CONHECER, CASO REALMENTE O QUEIRAM?
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    RESPOSTA: a verdade verdadeira, se possível a mais verdadeira de todas… “De todas verdade que conheço, nenhuma verdadeiramente o é, mas há de haver a verdade-total da qual as verdades parciais derivem: o desafio é achá-la.”
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    3) VOCÊS MUDARIAM AS SUAS VIDAS SE A VERDADE QUE VOCÊS BUSCAM, VERDADEIRAMENTE, SEJA DIFERENTE DAS SUAS “VERDADES”?
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    RESPOSTA: mudar a vida não sei, mas que mudaria de opinião sem dúvidas.
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    4) O QUE OS SENHORES TEM FEITO PARA REALMENTE CONHECER A VERDADE?
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    RESPOSTA: buscado-a. “Buscar-me-eis e me achareis quando buscardes de todo vosso coração”.
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    GUTO: Para os espíritas
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    COMENTÁRIO: nas perguntas aos espíritas usarei meu dom dissociativo e numa das personalidade encarnar-me-ei ESPÍRITA CONVICTO (resposta A), noutra CÉTICO PRUDENTE (resposta B); em alguns casos voltarei a ser eu mesmo (resposta C).
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    5) COMO OS SENHORES REAGIRIAM SE O QUE OS SENHORES ACREDITAM FOSSE ILUSÃO?
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    A: (ESPÍRITA CONVICTO), concluiria que os espíritos que revelaram a 3ª Revelação eram indignos da missão e buscaria outro codificador capaz de efetivamente contatar com os esclarecidos, talvez Pietro Ubaldi resolvesse.
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    B: (CÉTICO PRUDENTE), primeiro verificaria os dados que levaram ao concluimento de a crença ser ilusão; constatados que fossem firmados em boa base, decidiria que havia emprestado confiança infundadamente.
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    C: (pessoal do Montalvão): vivenciaria mais uma desilusão, mais uma dentre muitas, desde que descobri a inveracidade do papai noel e da fadinha do dente.
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    6) QUAL É O MAIOR ENSINAMENTO DA DOUTRINA QUE NÃO SE DEVE ESQUECER, MESMO NA HIPOTÉTICA SITUAÇÃO DELA SER UMA ILUSÃO?
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    A: (ESPÍRITA CONVICTO), que os ensinamentos morais, em geral, são bons para nos postar na boa rota.
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    B: (CÉTICO PRUDENTE), que mesmo sob base movediça pode haver bons ensinamentos.
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    7) O QUE, DE FATO, PODEMOS AFIRMAR QUE É VERDADEIRO, BOM E PURO NESSA VIDA?
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    A: (ESPÍRITA CONVICTO), bom e puro e verdadeiros são o espíritos que atingiram o maior grau de perfeição: não estão nesta vida, mas fazem parte de nossas vidas…
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    B: (CÉTICO PRUDENTE), Bom e puro nessa vida é a perene caminhado em busca da total solidariedade entre irmãos e completo respeito à natureza. Verdadeiro é outra coisa, aí vai depender do conceito de verdade que se aplique (e são muitos), por exemplo, posso querer saber se é verdadeira a promessa do político que garante ser movido única e exclusivamente pelo interesse de engrandecer a nação e dar ao povo digno padrão de vida. Mas, ele pode estar sendo sincero com ideologia discutível. Hitler queria o engrandecimento da nação e o melhor padrão para o povo, mas buscou esse patamar por caminhos tortuosos. Posso querer saber se a relação que tenho com minha amada é verdadeira. Ocorre que ela pode ser verdadeira para um lado e mais ou menos para o outro. Posso querer achar uma verdade plena, a partir da qual o rumo de minha existência leve a bom destino. Posso buscar se há verdade nas transações em que me envolvo… assim vai….
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    C: (pessoal do Montalvão):bom, puro e verdadeiro só o legítimo Scotch (brincadeirinha)… sei lá, sabe?, vai ver que bom, puro é verdadeiro é o afeto que meus caninos demonstram para com o dono…

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    8) COM RELAÇÃO AO ITEM ANTERIOR, SE A RESPOSTA FOR POSITIVA SOBRE DETERMINADA COISA, POR QUE AS PESSOAS NÃO BUSCAM COMPREENDER E SEGUIR/VIVER UMA EXPERIÊNCIA INTENSA COM ELE (A), JÁ QUE SE TRATA DE ALGO EXTRAORDINÁRIO?
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    A: (ESPÍRITA CONVICTO), por que as pessoas ainda não atingiram o grau de evolução necessário, que não se acha num mundo de provas e expiações.
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    B: (CÉTICO PRUDENTE), não há respostas positivas ou negativas, há maior ou menos conscientização.
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    C: (pessoal do Montalvão): é porque como diria Fócrates: “gente é Soda!”
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    9) O QUE OS SENHORES PENSAM SER IMPRESCINDÍVEIS NA VIDA?
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    A: (ESPÍRITA CONVICTO), que espíritos realmente estão ao nosso redor e comunicam.
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    B: (CÉTICO PRUDENTE), viver de maneira produtiva.
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    C: (pessoal do Montalvão): imprescindível na vida é pão, mortadela, água, abrigo, gente amiga, e, de vez em quando, uma branquinha…
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    10) QUAL É A MELHOR INSTITUIÇÃO FEITA POR HOMENS?
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    A: (ESPÍRITA CONVICTO), o espiritismo (feita por espíritos e adminstrado por homens).
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    B: (CÉTICO PRUDENTE), o estado de direito.
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    C: (pessoal do Montalvão): o bar do bigode.
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    11) NA DÚVIDA, COM RELAÇÃO AS INTERAÇÕES HUMANAS, OS SENHORES ESCOLHEM O QUÊ? A RAZÃO OU O SENTIMENTO?
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    A: (ESPÍRITA CONVICTO), escolhe as máximas da doutrina.
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    B: (CÉTICO PRUDENTE), razão e emoção são facetas da natureza humana, não podem ser consideradas isoladamente, a não ser para efeito didático. O que se deve buscar é o ponto de equilíbrio entre esses dois aspectos, pois quando um suplanta o outro sempre dá problema.
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    C: (pessoal do Montalvão): escolho um trago no bar do bigode: lá sempre tenho razão e posso chorar à vontade…
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    saudaciones responditivas

  788. Marcos Arduin Diz:

    “Eu gostaria de ver o trecho do Polidoro porque a obviedade de que o Coookes foi enganado pela Florrie e pela Annie independe dos relatos do Houdini.”
    – Muito que bem, Balofo, vou postar um trecho do texto que Polidoro publicou no Skeptical Inquirier de 1 de janeiro de 2000. A parte anterior fala da carreira da Eva Fay. Não estou colocando o texto completo e suprimi o que não é importante, pois não sei se há problemas quanto a direito autoral, já que o tal Skeptical virou site fechado.
    A Eva Fay e o marido foram à Inglaterra em 1875 para fazer uma turnê, mas melou tudo pois:
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    “Foi por essa época que John Nevil Maskelyne e George Alfred Cooke, (…) incluíram em seu espetáculo “Uma sessão indescritível,” com Cooke, sendo amarrado da mesma maneira dos americanos, duplicando seus feitos.
    Era possível neutralizar esta exposição que Annie Eva Fay, uma artista de teatro (…) sendo tratada como uma “médium” a quem era necessário “investigar”, sucumbisse à tentação e aceitasse seu novo papel. Se os investigadores psíquicos estavam determinados em ver se era uma médium, então ela concordaria e tiraria bom proveito disto enquanto pudesse, restabelecendo deste modo a sua reputação e promovendo mais interesse do público aos seus espetáculos.
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    As experiências mais importantes de todas feitas sobre a “mediunidade” de Annie foram, sem dúvida, os “testes elétricos de Crookes”, feitos em sua própria casa em fevereiro de 1875 (Crookes 1875).
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    Para estas sessões, Cromwell F. Varley, outro membro da Royal Society, forneceu um circuito de controle elétrico, uma versão ligeiramente modificada do que foi usado por Crookes com a médium Florence Cook. Para ter certeza que a médium, sentada em um gabinete cortinado, não pudesse livrar-se das amarras, Crookes pediu-lhe que apertasse as duas manivelas de uma bateria, construída de forma a interromper a corrente se ela soltasse qualquer uma delas, e nesse caso o marcador cairia a 0. Fay conseguiu, de alguma maneira, produzir suas manifestações, apesar de o contato ter permanecido constante.
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    Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (o certo seria dizer: fechado). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.
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    O sucesso nestas experiências deu alento à excursão de Annie das províncias inglesas; porém, quando ela se apresentou em Birmingham, em maio, era novamente apresentada como o “Fenômeno Indescritível” e seu espetáculo era visto como um entretenimento (Dingwall 1966). Aparentemente, no fim de sua excursão, seu gerente, insatisfeito com o fato que as investigações dos cientistas não terem produzido qualquer ganho adicional a seus bolsos, escreveu para J. N. Maskelyne sugerindo organizar uma exposição pública da sua ex-cliente. Ele se ofereceu, por uma soma significativa de dinheiro, ser capaz de revelar como os experimentos de Crookes haviam sido burlados. Maskelyne recusou a oferta, então o empresário escreveu a ele novamente, apresentando-lhe a Srta Lottie Fowler, outra excelente mística, que podia reproduzir os truques de Fay e excursionou, seguindo a mesma rotina de Annie quando esta deixou a Inglaterra.
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    Exposições e Confissão
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    (…)
    (…)
    (…)
    (…)
    (…)
    (…)
    (…) Esses parágrafos que suprimi tratam de questões pessoais e de constantes “exposições” da madame. Não interessam para o momento.

    “Nos onze anos seguintes ela continuou a atrair multidões onde quer que atuasse. Devido a um acidente, fez sua apresentação final em Milwaukee em 1924. Em julho do mesmo ano ela recebeu uma visita de Harry Houdini.
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    Houdini a considerou “uma das mais inteligentes médiuns da história” e a apresentou como “um diamante de vidro” cabelo e olhos penetrantes, dos quais “grandes raias de inteligência relampejariam dentro e fora.” “É uma pequena maravilha,” ele observou, “que com sua personalidade ela podia enganar os gigantes mentais da nossa época e das passadas” (Silverman 1996).
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    Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. “Ela falou livremente de seus métodos,” registrou Houdini. “Nunca em qualquer momento deu a entender que acreditou em espiritualismo.” Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma das manivelas da bateria na dobra do joelho, mantendo o circuito fechado, mas liberando uma mão para fazer como ele pediu.
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    (…)
    A revelação de Annie Eva Fay a Houdini do modo de como ela enganou Crookes foi confirmado anos mais tarde, quando o investigador psíquico Colin Brooks-Smith encontrou um dos galvanômetros usados por Crookes no Museu de Ciência em Londres. A máquina foi consertada e posta a trabalhar.
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    Brooks-Smith relata o seguinte: “não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão, sem produzir qualquer grande movimento no indicador do galvanômetro.” Num segundo teste, ele diz: “virei ambos os elétrodos para baixo e os introduzi em minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres, sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro.” Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva, mas também a nota de rodapé explicativa de Houdini de 1924 (pág. 102) que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos, que constituíam-se de soberanos de ouro e papel salino presos aos pulsos e o segurado na dobra de seu joelho” (Brooks-Smith 1965).
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    Não existe mais dúvida, agora, de que aquele truque aconteceu de fato durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda não fica claro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico, e estava dispostos a testar todos elas, ainda que fossem fraudes sinceras como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.”
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    Bem, Balofo, esse trecho é o que interessa do artigo de Polidoro e a melhor prova que obtive de que os sábios céticos mentem para defender a fé cética.

  789. Montalvão Diz:

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    DAndo seguimento ao texto de Polidoro, neste pedaço chamo a atenção para o episódio da régua que é ilustrativo da malandragem desses ditos médiuns:
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    “O PASSO EM FALSO DE HOUDINI
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    Quando o comitê se encontrou um mês mais tarde havia claramente uma guerra aberta entre Houdini, que queria expor a médium de uma vez por todas, e Margery, que queria fazer com que Houdini parecesse um tolo. Foi então que Houdini fez seu pior movimento, introduzindo no cenário experimental uma limitação ridícula para controlar a médium. Era uma caixa de madeira grande dentro da qual a médium sentar-se-ia deixando só a cabeça e as mãos para fora. O problema principal desta forma tão extrema de controle é que dava à médium a oportunidade de queixar-se que o gabinete impedia a materialização dos “pseudópodes” necessários para executar os fenômenos e dava a ela um álibi para uma possível ausência dos mesmos. Havia também outra desvantagem: se o gabinete não fosse realmente à prova de fraude como Houdini acreditava ser e Margery pudesse achar uma maneira de fazer algumas fraudes, ela podia alegar que isto provava que ela tinha demonstrado capacidades paranormais. Se a fraude mais tarde fosse descoberta, Houdini pareceria incompetente.
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    Em 25 de agosto, no apartamento do Dr. Comstock, Margery foi “encaixotada” e as luzes apagadas. A caixa com o sino, colocada numa mesa na frente do gabinete, tocou, mas quando as luzes foram ligadas, a tampa no gabinete parecia ter sido forçada para abrir. Houdini sugeriu que, com a tampa aberta, Margery podia ter tocado o sino ao jogar sua cabeça para frente. A MÉDIUM NEGOU QUALQUER RESPONSABILIDADE ALEGANDO QUE ‘WALTER’ A TINHA FORÇADO A ABRIR A CAIXA-GABINETE.
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    O gabinete tinha provado sua inutilidade mas Houdini quis tentar novamente. Ele tinha selado a tampa com faixas de aço e cadeados e preparado a caixa para a próxima noite. Essa noite começou com a entrada dramática de Bird que exigiu saber por que ele tinha sido deixado de fora das sessões espíritas. Houdini respondeu friamente, “Oponho-me ao Sr. Bird estar no local de sessão espírita porque traiu o Comitê e impediu seu trabalho. Ele não manteve para si coisas que lhe foram contadas em confiança mais estrita como deve ser feito por um Secretário do Comitê” (Ibid., p. 15). Bird a princípio negou mas então admitiu que uma preocupada Margery o tinha convencido a contar os fatos. Após esta admissão, ele renunciou sua posição no comitê e partiu.
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    Naquela mesma hora e lugar Prince foi eleito como o novo Secretário. A sessão espírita começou com Margery confinada na caixa-gabinete e Houdini e Prince em seus lados segurando as suas mãos. Houdini particularmente insistiu que Prince nunca soltasse a mão da médium até que a sessão espírita estivesse terminada. Isto levou Margery a perguntar a Houdini o que ele tinha em mente.
    “Você realmente quer saber?” Houdini perguntou. “Sim”, disse a médium.
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    “Bem eu te contarei. Caso você tenha enfiado alguma coisa dentro da caixa-gabinete você agora não poderá ocultar isto já que ambas as suas mãos estão seguras e, portanto, você está desamparada.”
    “Você quer me revistar?” ela perguntou.
    “Não, não se preocupe, esqueça,” disse Houdini. “Eu não sou médico”.
    .
    Logo depois, ‘Walter’ apareceu no círculo dizendo: “Houdini, você é muito esperto de fato, mas isso não funcionará. Suponho que foi um acidente que essas coisas foram deixadas no gabinete?”
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    “O que foi deixado no gabinete?” perguntou o mágico.
    “Foi puro acidente isto? Você não estava aqui mas seu assistente estava”. ‘Walter’ então declarou que uma régua teria sido achada na caixa do gabinete sob um travesseiro nos pés da médium e acusou Houdini de ter feito seu assistente colocar a régua lá para levantar suspeita sobre sua irmã. Então ele terminou com uma explosão violenta em que exclamou: “Houdini, seu maldito filho da puta, saia daqui e nunca mais volte. Se você não o fizer eu o farei”! (págs. 17-18).
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    Uma busca no gabinete revelou a presença de uma régua de carpinteiro desmontável. Mas a pergunta surgiu: quem a colocou lá? Houdini alegou que foi Margery. Colocando a régua na curva do pescoço, o mágico explicou, ela facilmente podia ter tocado o sino.
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    Também, a médium tinha sugerido que os buracos dos braços nos lados do gabinete fossem entabuados o que permitiria que ela movesse as suas mãos livremente sem que fossem controladas dentro do gabinete. Margery rejeitou as acusações e acusou Houdini, sugerindo que seu assistente Jim Collins tinha escondido a régua para desacreditá-la.
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    Collins, no entanto, tinha sido interrogado essa mesma noite na ausência do Houdini, e jurou que não colocou qualquer régua dentro do gabinete, que nunca tinha visto essa régua, e que sua própria régua estava no seu bolso. Mas de acordo com o escritor William Lindsay Gresham, Collins admitiu que escondeu a régua: “Eu mesmo a coloquei na caixa. O chefe me pediu que o fizesse. ‘Ele queria dar uma boa lição nela’ “(Gresham, bom 1961, p. 219). Milbourne Christopher, mágico e historiador, expressou dúvida sobre este incidente em Houdini the Untold Story.
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    A fonte desta história, embora não dada por Gresham, foi Fred Keating, um mágico que tinha sido convidado dos Crandons em sua casa na Rua Lime na época em que Carrington investigava a médium. Keating, no entanto, não era imparcial. Vários dias antes de Gresham falar com ele, Keating tinha visto um manuscrito inédito na coleção deste autor em que Houdini, ao elogiar Keating como mágico, tinha comentado em termos pouco lisonjeiros as capacidades de Keating como um investigador de fenômenos psíquicos. Na opinião deste escritor, a história de admissão de Collins é pura ficção (Christopher, 1969, p. 198).
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    Quem pôs a régua na caixa permanece desconhecido até hoje. Talvez tivesse sido revelado se na época um laboratório pudesse ter examinado a régua achada dentro da caixa pelas impressões digitais ou por outros vestígios úteis. Evidentemente o comitê da Scientific American não era tão científico no fim das contas.
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    A ÚLTIMA SESSÃO
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    Uma última sessão espírita foi planejada para 27 de agosto. Essa tarde Munn, Prince, o Dr. Crandon, Mina, e Houdini jantaram juntos fora de Boston. A médium, sabendo que Houdini estava prestes a denunciá-la no Keith’s Theatre em Boston, protestou que não queria que o filho de doze anos lesse que sua mãe era uma fraude. “Então não seja uma fraude,” Houdini lhe disse. Ela respondeu que se ele apresentasse erroneamente os fatos alguns de seus amigos entrariam em cena e lhe dariam uma boa surra. Houdini insistiu que ele não iria apresentar erroneamente nada (Houdini, p. 21).
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    O Dr. Comstock tinha inventado um artifício para imobilizar a médium para a última sessão espírita do comitê. Era uma caixa baixa em que Margery e um investigador, sentando-se um na frente do outro, poriam os pés. Uma tábua, ligada à caixa, seria presa em cima dos joelhos, prevenindo a retirada dos pés. Os lados da caixa permaneceram abertos permitindo que qualquer possível “estrutura psíquica” operasse. As suas mãos foram seguradas pelo investigador e a caixa com o sino foi colocado fora da caixa-controle, tudo estava pronto para a sessão espírita começar. Enquanto esperava algo acontecer, o Dr. Crandon observou: “Algum dia, Houdini, você verá a luz e se isto for ocorrer esta noite, eu alegremente darei dez mil dólares à caridade”.
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    “Pode acontecer”, Houdini respondeu, “mas eu duvido”.
    “Sim senhor” o Dr. Crandon repetiu, “se você se converter esta noite eu alegremente darei $10.000 a alguma instituição de caridade” (págs. 21-22).
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    Foi uma “sessão vazia”, isto é, nada aconteceu. Houdini não se converteu e o Dr. Crandon manteve seus $10.000 (que Houdini interpretou como uma tentativa de suborno). O artifício do Dr. Comstock, obviamente melhor que o usado por Houdini, mostrou que quando a médium era imobilizada e controlada por um investigador (em vez de por seu marido), os fenômenos desapareciam. Como de costume acontece em tais casos: quando os controles são 0%, os fenômenos são 100%; quando os controles são 100%, os fenômenos são 0%. Embora Margery não tenha ganho o prêmio da Scientific American a dúvida sobre sua honestidade pela investigação do comitê não foi suficiente para destruí-la aos olhos do público. Malcolm Bird renunciou à Scientific American depois do anúncio de Houdini num programa de rádio: “Eu publicamente denuncio aqui Malcolm Bird como sendo cúmplice de Margery”! Depois de renunciar, Bird passou seu tempo promovendo Margery.
    .
    continua.

  790. Gorducho Diz:

    Obrigado por sua atenção Professor. Esse artigo conhecia. Agora, desculpe, devo estar com problemas de visão (talvez o mesmo do Crookes…). Onde está dito que fora num teatro e que em Londres já havia distribuição de fluído elétrico, faltante no exato instante da apresentação?
    Negritos meus:
     
    As experiências mais importantes de todas feitas sobre a “mediunidade” de Annie foram, sem dúvida, os “testes elétricos de Crookes”, feitos em sua própria casa em fevereiro de 1875 (Crookes 1875).
    Para estas sessões, Cromwell F. Varley, outro membro da Royal Society, forneceu um circuito de controle elétrico, uma versão ligeiramente modificada do que foi usado por Crookes com a médium Florence Cook. Para ter certeza que a médium, sentada em um gabinete cortinado, não pudesse livrar-se das amarras, Crookes pediu-lhe que apertasse as duas manivelas de uma bateria, construída de forma a interromper a corrente se ela soltasse qualquer uma delas, e nesse caso o marcador cairia a 0. Fay conseguiu, de alguma maneira, produzir suas manifestações, apesar de o contato ter permanecido constante.

  791. Gorducho Diz:

    Coloco sem votação, votando:
     
    (…)o que ainda não fica claro é se ele era
    (X) um imbecil total (improvável) ou
    ( ) um cúmplice voluntário.

  792. Gorducho Diz:

    Ela chegava a atrair 6000 almas! Mas como qualquer ator, às vezes se dava mal… Só um bocó como o Crookes poderia achar que ela fosse uma “médium”.
    Lobrigue, Professor, essa (cômica) nota no NYT (7 março ’87):
    http://query.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F60B17F6345513738DDDAE0894DB405B8784F0D3#

  793. Marciano Diz:

    Montalvão é insuperável.
    Babei com sua criatividade no “guto’s questions”. Ou seria “guto’s quest”?
    Sem dúvida que seus caninos (não os dentes, os Canis familiaris) são puros e verdadeiros no afeto que demonstram pelo “dono”. Sob a ótica do direito, cães são semoventes e objeto do direito de propriedade. Eu diria guardião e protetor.
    .
    Guto, falta você responder ao próprio questionário e contar um dos “causos” que está devendo.
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    Esse caso Crookes já deu, pessoal. Domo diria o filho de Davi, “O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
    Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
    Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.

    Eclesiastes 1:8-11
    Tudo o que havia para ser dito sobre o caso já o foi.
    Vocês estão andando em círculos.
    E eu que não acreditava em “time loops”.

  794. Montalvão Diz:

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    Continuando o artigo sobre a médium Margery… Neste trecho ver-se-á mostras da ingenuidade ou conivência de pesquisadores afamados, movidos por interesses outros que não a busca pela verdade. Há, ainda, ilustração do fanatismo de Conan Doyle, que não admitia qualquer objeção à crença na manifestação de espíritos. Depois de romper amizade com Houdini, a quem chegou a acusar de desonesto, disparou contra Rhine porque este numa única sessão foi capaz de conferir que Margery safadeava.
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    Um outro ponto importante se extrai dos experimentos mediúnicos. Inclusive Arduin chamou a atençao sobre esse aspecto, porém o utilizando em favor da veracidade dos contatos mediúnicos; disse ele (falando de Otília Diogo):
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    ARDUIN: É… Essa turma [de investigadores espíritas] fez seis sessões com a madame, não viram fraude alguma, depararam-se com eventos “miraculosos”, mas o vaidoso Waldo acabou permitindo a repórteres de um semanário sensacionalista e anti-espírita que assistissem a uma sessão. Eles NADA acharam de fraudulento na ocasião. Não acusaram nada de fraude, nem denunciaram, nem nada. Foi só depois que “examinando fotos” é que “acharam” as fraudes…
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    Vejam que o defensor das materializações usa como arma o fato de mais de vinte investigadores, em seis sessões de pesquisa, nada de fraude terem achado e afirmaram encontrar fenômenos reais. Os repórteres de O Cruzeiro, numa única sessão verificativa, encontraram um monte de evidências de fraude. Ao contrário do que pensa o Arduin, ter havido seis sessões, conduzidas por médicos, em vez de dar maior credibilidade aos “resultados” que obtiveram, dá mostras de quão cegos podem ficar aqueles que procuram apenas validar crenças, mesmo que o façam por meios de espetáculos fajutos, que só iludem a quem deseja isso. Segue o texto:
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    “OPINIÕES DIVERGENTES
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    Houdini, convencido de que tinha incontestavelmente mostrado que Margery era uma fraude, escreveu em um dos seus panfletos:
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    Eu acuso a Sra. Crandon de praticar suas façanhas diariamente como uma mágica profissional. Além disso, e por causa de seu treinamento como secretária, sua longa experiência como uma musicista profissional, e de seu corpo atlético, ela não é simples e ingênua mas sim uma mulher astuta, cheia de recursos extremos, que tira proveito de cada oportunidade para produzir uma “manifestação” (p. 23).
    .
    Carrington, o primeiro defendê-la, acusou Houdini de se interessar só em publicidade e declarou: “A razão de eu não ter ido a Boston quando ele [Houdini] realizou suas sessões com ‘Margery’ foi que eu sabia que ele não confiava em mim e sabia que qualquer coisa que ele não pudesse explicar ele atribuiria à minha presença lá” (Boston Herald, 26 de janeiro, 1925). [Carrington fora pesquisador de Eusápia Palladino e depois passara a empresariá-la]
    .
    Finalmente, não é surpreendente que um dos defensores mais árduos da médium fosse Conan Doyle:
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    [E]ste casal cheio de abnegação suportou com paciência exemplar todos os incômodos que surgiam das incursões destas pessoas irascíveis e injustas, enquanto que nem mesmo o mais grosseiro dos insultos que lhes foi infligido por um membro do comitê os impediu de continuar as sessões. Pessoalmente, penso que eles estão no lado da virtude, e que no momento em que Houdini proferiu a palavra “fraude” o comitê devia ter sido compelido a deserdá-lo ou a cessar suas visitas (Doyle, 1930).
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    De acordo com Conan Doyle, os únicos membros honestos e fidedignos do comitê eram Carrington e Bird. [comentário: os mais suspeitos, e reconhecidamente mancomunado Concernente a Bird, Conan Doyle disse que ele tinha um “cérebro melhor que o de Houdini” porque depois de 50 sessões espíritas “ele estava completamente convencido da genuidade dos fenômenos (p. 18). No passado, Conan Doyle tinha expressado sua opinião em como formar um comitê “imparcial” : “O que eu queria eram cinco bons homens de mente aberta que se agarrassem a isto sem preconceito algum – como a Sociedade Dialética de Londres, que unanimemente endossou os fenômenos (Progressive Thinker, 18 de abril, 1925). A definição curiosa de Conan Doyle do termo “mente aberta” está ligada à frase “acredita nos fenômenos e os endossa”. Houdini não tinha uma “mente aberta” como Conan Doyle queria e ele também expressou sua surpresa ao saber que um comitê consistindo de cavalheiros pudesse ter permitido um ataque à reputação de uma senhora, e permitido a um homem “com padrões inteiramente diferentes fazer este ataque ultrajante”. O relatório oficial do comitê levou seis meses para ser completado. Os membros de comitê tinham jurado não revelar nada sobre as sessões até a publicação do relatório, enquanto Bird e o Dr. Crandon, não restringidos por tal peso, alimentaram os jornalistas com o que Houdini considerou serem “mentiras negras”. Durante a irritação de Houdini, e a curiosidade do público pelo veredito do Comitê, um relatório preliminar foi publicado em outubro na Scientific American. Este informava apenas os pareceres individuais dos membros, mas ao menos os libertava de seu juramento de confidencialidade. Houdini então publicou um panfleto por conta própria intitulado “Houdini Expõe as Fraudes Usadas por ‘Margery’, a Médium de Boston” e começou uma excursão em que ele expôs completamente o ato de Margery.
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    A APARÊNCIA SUSPEITA DO ECTOPLASMA DE MARGERY
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    Em 1924, enquanto as discussões continuavam, Margery começou a produzir ectoplasma durante suas sessões espíritas. Como outra famosa médium, Eva C., sua substância também foi dita sair de seus orifícios corpóreos. Isto é uma suposição, naturalmente, já que costumeiramente Eva atuava na escuridão.
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    Entretanto, a fama de Margery tinha se espalhado pela Europa e ela tornou-se particularmente conhecida na Inglaterra. Conan Doyle, que já tinha encontrado os Crandons, expressou o desejo de participar de novas sessões com a médium, mas a reunião nunca aconteceu e os jornais informaram: “Margery Teme que Nevoeiro Possa Impedir as Sessões em Londres”. A Sociedade Americana para Pesquisa Psíquica também ficou interessada no caso e se a médium não viesse à Sociedade, a Sociedade iria até a médium. Isto aconteceu quando o pesquisador inglês Eric J. Dingwall ficou impressionado durante uma sessão espírita feita na luz vermelha de uma lanterna ligada e desligada pelo Dr. Crandon seguindo as ordens de ‘Walter’ quando coisas que pareciam-se com mãos se materializavam no colo de Margery. Animado, ele escreveu ao pesquisador psíquico von Schrenck-Notzing:
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    É o mais belo caso de telecinese teleplástica com que estou familiarizado. Pode-se livremente tocar o teleplasma. As mãos materializadas estão unidas por cordões ligados ao corpo da médium; elas agarram os objetos e os movem. As massas teleplásticas são visíveis e tangíveis sobre a mesa, em excelente luz vermelha eu seguro as mãos da médium; vejo dedos e os sinto em boa luz. O controle é irrepreensível (Dingwall, 1928).
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    O entusiasmo, no entanto, morreu rapidamente e Dingwall começou a ter dúvidas. Compreendeu que ele nunca tinha podido realmente ver o ectoplasma sair do corpo da médium. A fraca luz não era tão boa quanto ele anteriormente de forma entusiástica tinha descrito, e as mãos talvez não tenham sido completamente formadas e eram estáticas antes de apresentarem movimento. Dingwall lembrou-se de que quando lhe foi permitido “segurar a substância materializada, a médium imediatamente começou a se virar em sua cadeira e a massa foi retirada da minha mão. Parecia simplesmente uma sacola elástica e amassada quando foi puxada longe. Tentei segui-la quando caiu no colo da médium, mas ela resistiu arduamente, jogando sua perna esquerda para a mesa e forçando minha mão para longe daquilo com a sua própria mão. Outra prova crucial tinha fracassado completamente” (Dingwall, 1928).
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    A substância estava claramente inanimada. Em um ponto, enquanto o ectoplasma materializado era iluminado, Margery de fato colocou no chão a mão dela com a mão de Dingwall ainda controlando-a, e jogou a massa sobre a mesa.
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    Mas do que esta substância era feita? As fotos tiradas por Dingwall mostram um ectoplasma muito duvidoso. A massa tinha a aparência de tecido animal e um exame das ampliações das fotografias exibia certas marcações de anel que Dingwall pensou “fortemente assemelharem-se aos anéis cartilaginosos achados na traqueia mamífera. Esta descoberta (o) levou à teoria de que as mãos eram fraudulentamente feitas de algum material de pulmão animal, tecido cortado e costurado, e que parte da traqueia tinha sido usada para o mesmo propósito”.
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    Mais exames das fotografias feitos por biólogos em Harvard levaram à mesma conclusão – o ectoplasma “indubitavelmente era composto do tecido pulmonar de algum animal” (Tietze, 1973). Além de ir a qualquer açougueiro e obter o material, o Dr. Gandon não teria qualquer dificuldade em obter as substâncias necessárias já que trabalhava no Hospital de Boston. No seu relatório, Dingwall preferiu não tirar qualquer conclusão, mas sugeriu que a médium podia esconder o ectoplasma fraudulento em suas cavidades corpóreas e podia expulsá-lo depois através de contração muscular.
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    Nesse ínterim, o Comitê da Scientific American por fim emitiu seu veredito oficial em 11 de fevereiro de 1925. “Observamos fenômenos,” o relatório declarou, “cujo método de produção nós não podemos em cada caso alegado ter descoberto. Mas nós não observamos nenhum fenômeno em que pudéssemos afirmar que eles não tivessem sido produzidos por meio normal”. Houdini muito dificilmente teria gostado disso, mas em todo o caso, isto pelo menos significou que Margery não ganhou o prêmio.
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    A INVESTIGAÇÃO DE HARVARD
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    Embora impedido de entrar em mais sessões espíritas de Margery, Houdini tinha um amigo jornalista Stewart Griscom infiltrado entre eles para mantê-lo informado dos últimos desenvolvimentos. Isto permitiu que o mágico continuasse a atualizar seu plano de exposição para o assombro dos seguidores de Margery. Os ataques do Houdini receberam apoio de uma investigação conduzida no final da primavera de 1925 por um grupo de psicólogos da Universidade de Harvard. Os resultados publicados no Atlantic Monthly (novembro de 1925) revelaram que Margery tinha sido observada executando vários tipos de subterfúgios. Ela tirou uma faixa luminosa colocada no seu tornozelo para disfarçar seu movimento e com seu pé livre conseguiu fazer um disco luminoso “flutuar”; o grupo de Harvard também estabeleceu que ela tinha podido usar o seu pé direito para tocar um sino e tocar os assistentes. Finalmente, Margery caiu numa armadilha. Um experimentador sentando-se em um lado se ofereceu para libertar a sua mão: ela imediatamente aceitou e usou esta oportunidade para tirar um pouco de ectoplasma falso de seu colo e colocá-lo na mesa.
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    SUSPEITAS E MAIS SUSPEITAS
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    Os investigadores permaneceram, um após o outro, insatisfeitos com as sessões espíritas de Margery e depois de Dingwall e do grupo de Harvard foi a vez de Joseph Benelux Rhine ficar decepcionado. Um professor na Universidade de Duque em Durham, Carolina do Norte, Rhine iria eventualmente, em 1935, desbravar o estudo sistemático da parapsicologia num cenário formal de laboratório. Ele foi convidado pelo sempre entusiasmado Bird à Rua Lime em 1 de julho de 1926, e os Crandons o saudaram com a hospitalidade costumeira. Desde o início Rhine e sua esposa sabiam que teria sido impossível testar os fatos como gostariam. Por exemplo, eles não podiam examinar a substância com as luzes ligadas e Crandon impediu Rhine de examinar os vários instrumentos que encheram o local da sessão espírita que deveriam ser utilizados para documentar e medir este ou aquele fenômeno. Ainda assim o professor foi capaz de notar que as cordas de um artifício que supostamente era feito para prender a médium tinham sido retiradas, permitindo a liberdade completa de movimento. Quando Rhine viu Margery chutando com o pé um megafone durante uma sessão espírita para dar a impressão de que estava levitando a fraude era clara.
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    SE ELE TINHA PODIDO DETECTAR TODAS ESTAS COISAS EM UMA SESSÃO ESPÍRITA, RHINE PERGUNTOU, POR QUE BIRD COM TRÊS ANOS DE EXPERIÊNCIA NÃO TEVE QUAISQUER SUSPEITAS? PODERIA ELE SER CÚMPLICE DA MÉDIUM? BIRD NEGOU AS ACUSAÇÕES DIZENDO QUE AQUELAS ERAM AS “OPINIÕES PESSOAIS” DE RHINE MAS O PROFESSOR PERGUNTOU-SE O QUE PODIA TER LEVADO HOMENS COMO BIRD OU CARRINGTON A TOMAR PARTE NO JOGO DA MÉDIUM, e observou:
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    É evidente que é uma grande vantagem para um médium, especialmente se este for fraudulento, ser atraente; ajuda no “negócio de pegar a mosca”. Nosso relatório seria incompleto se não mencionasse o fato de que este “negócio” chegou ao ponto de, de fato, beijar e abraçar em nossa sessão, no caso de um dos admiradores mais ardentes da médium. Seria de se esperar que este homem pudesse detectar trapaças por parte da médium? (Rhine, J. B e Rhine, L. E., 1927).
    .
    Isto poderia explicar parcialmente os motivos de Bird e seus colegas, mas e quanto ao Dr. Crandon? Se ele também era um cúmplice ele certamente não poderia ser motivado pelo desejo de uma aventura com a médium já que ela já era sua esposa. Rhine sugere o seguinte motivo:
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    (Crandon) gradualmente descobriu que ela o estava enganando, mas já tinha começado a gozar da notoriedade que isto lhe rendeu, grupos da sociedade admiradora que iam a seu lar para ouvir suas palestras e para serem entretidos, o interesse e fama despertada neste país e na Europa, etc. Isto foi especialmente apreciado por ele em vista da perda decisiva de posição e prestígio sofrida em anos recentes (Rhine, J. B e Rhine, L. E., 1927).
    .
    A publicação de relatório de Rhine no Journal of Abnormal Social Psychology (a ASPR, cujo novo oficial principal de pesquisa era agora Bird, tinha-o recusado por causa de sua abordagem cética)1 causou os protestos inevitáveis pelos defensores de Margery. Sir Arthur Conan Doyle comprou espaço nos jornais de Boston e inseriu um descortês aviso tarjado em preto declarando simplesmente: “J. B. Rhine é um idiota”.
    .
    [ Há um erro de Polidoro aqui. No Journal of Parapsychology 51 (September 1987), James G. Matlock, no artigo Cat’s Paw: Margery and the Rhines, informa que apesar de os historiadores terem assumido que o artigo foi rejeitado, isso é errado. O artigo, na verdade, foi aceito vários dias antes que Rhine pedisse que o devolvessem, como provam vários documentos nos arquivos da ASPR. O que aconteceu é que Bird viajou e levou dias para escrever a Rhine. Quando o fez, era tarde demais. Outro motivo do atraso na resposta foi que Rhine não enviou seu artigo diretamente ao Comitê de Publicação, e sim aos Membros da Diretoria, o que gerou um atraso de semanas. Apesar das explicações e do conhecimento que seu artigo havia sido aceito, Rhine não mudou de idéia e ainda renunciou à sua sociedade na ASPR (N.T.).]”

  795. Marciano Diz:

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Katie_King4.jpg
    Crookes? Espírito materializado? Esta foto?
    Seriously?
    It seems rather crooked.

  796. Montalvão Diz:

    .
    A última parte do artigo. Fala do reconhecimento de Bird, de que Margery não fosse “100% autêntica”, e conta o declínio da médium após ter tentado uma cartada que em vez de prestigiá-la expôs suas tramóias.
    .
    “MALCOLM BIRD CANTA
    .
    O que aconteceu ao Bird? Depois de 1931 seu nome desapareceu da lista de contribuintes da ASPR. Desapareceu e nada mais foi ouvido sobre dele. As hipóteses sobre seu destino variaram de ciúme pessoal dentro da Sociedade a sua aceitação a uma tentativa de uma oferta de trabalho. Apenas recentemente, com a descoberta de alguns documentos inéditos, alguns novos fatos concernentes ao relacionamento entre Bird e Margery foram divulgados. Prince, em cujos arquivos os documentos foram achados, sugeriu fez referência a este fato em 1933 num artigo que escreveu para a Scientific American:
    .
    Há cerca de dois anos (…) ele (Bird) entregou a seus empregadores um longo artigo alegando a descoberta de um ato de fraude e reconstruindo sua visão do caso para admitir um fator de fraude desde o início. Este artigo não foi impresso e são poucos os crentes na Europa ou nos Estados Unidos que sabem de sua existência (Prince, 1933).
    .
    Aqui estão alguns trechos deste relatório/confissão de Bird aos Membros da Diretoria da ASP (maio de 1930):
    .
    [D]esde maio de 1924 quando primeiramente concluí que o caso era um de mediunidade genuína, minhas observações nunca foram dirigidas em qualquer sentido amplo à descoberta de fraude, e muito menos em direção a sua demonstração. Ao longo de minha participação nas sessões espíritas, aqui e ali eu fiz, por uma questão de rotina, observações sobre um episódio em particular ter sido causado por meios normais. Tudo o que este relatório pretende fazer é familiarizar a Diretoria com os dados sobre os quais a minha própria mente se baseia ao fazer a declaração que fiz sempre que surgiu qualquer uma ocasião que requeresse fazê-lo: que os fenômenos de Margery não são cem por cento supernormais. Agora não é possível que eu declare com certeza se o episódio ocorreu em julho ou em agosto de 1924… A ocasião foi uma das visitas de Houdini a Boston para participar de uma sessão… Ela arranjou uma entrevista privada comigo e tentou me levar a concordar, caso os fenômenos não ocorressem, que eu mesmo tocaria a caixa-sino, ou produzisse algo mais que talvez pudesse ser interpretado como sendo uma ação do ‘Walter’. Esta proposta era claramente o resultado do estado mental forjado de Margery. Contudo, esta mesma proposta me parece ser de importância considerável, uma vez que mostra a mostra, plenamente ciente e normal, numa situação em que pensou que talvez tivesse de escolher entre a fraude e uma sessão espírita vazia; e estava disposta a escolher a fraude (Tietze, p. 137).
    .
    O PASSO EM FALSO DE MARGERY
    .
    Por volta de 1926 Margery adicionou um novo efeito ao seu repertório; talvez um a mais do que deveria, como veremos. ‘Walter’ alegou que seu corpo etéreo era uma réplica tão exata do corpo que ele tinha quando vivo que ele mesmo podia criar uma impressão digital em cera para provar sua presença. Mina fez uma visita ao seu dentista, o Dr. Frederick Caldwell, pedindo uma sugestão para executar a experiência. O médico sugeriu o uso de cera dental que faria uma impressão detalhada. Ele amoleceu um pedaço de cera em água fervente e pressionou seus polegares para mostrar a natureza prática de sua proposta. Mina aceitou a amostra de Caldwell e pediu alguns pedaços de cera. Naquela mesma noite, em uma sessão espírita, ela tentou fazer a experiência. Pôs um pouco de cera numa bacia pequena e depois da sessão espírita duas impressões foram achadas. Margery alegou que elas eram de ‘Walter’.
    O Dr. Crandon insistiu em ter um perito do seu conhecimento para autenticar as impressões. Esta figura obscura, mais provavelmente um cúmplice, chama-se John Fife. Ele alegou ser Chefe da Polícia em Charlestown Navy Yard e um perito reconhecido em impressões digitais. W. F. Prince, que depois das investigações da Scientific American tinha continuado a colecionar um arquivo de informação privada concernente a investigações pessoais no caso de Margery, descobriu que a Polícia de Boston nunca tinha ouvido falar de Fife. Crandon, no entanto, alegou que o homem tinha achado impressões do polegar sobre o aparelho de barbear de ‘Walter’ que combinavam perfeitamente com aquelas deixadas na cera pelo “espírito”.
    .
    O êxito desta novidade levou o Dr. Crandon a empregar por conta própria um defensor de Margery, E. E. Dudley, para catalogar cada impressão digital deixada por ‘Walter’ durante as sessões espíritas. Por volta de 1931, Dudley começou por iniciativa própria a colecionar as impressões digitais de cada pessoa que assistia a uma sessão com Margery. Desta maneira ele podia desmentir as reivindicações daqueles que diziam que as impressões não pertenciam a ‘Walter’ mas sim a um cúmplice que estaria vivo. Dudley estava encerrando suas visitas semanais para colecionar as impressões digitais daqueles que tinham participado em sessões espíritas de 1923 a 1924 quando examinou as impressões do Dr. Caldwell, o dentista de Crandon. Uma vez em casa para comparar estas impressões com de ‘Walter’ ele descobriu algo atordoante. Ele cuidadosamente examinou ambas as séries de impressões para ter certeza, mas não havia nenhum erro: as impressões digitais que Margery alegava terem pertencido a ‘Walter’ eram idênticas em cada aspecto às do Dr. Caldwell! Dudley encontrou pelo menos 24 correspondências absolutas. Claramente, a médium tinha usado as amostras de cera nas quais o Dr. Caldwell tinha pressionado seus polegares para mostrar a Mina o procedimento e tinha feito moldes impressos positivos. Era fácil pressionar os moldes na cera na escuridão e obter a ilusão de que uma entidade estranha ao círculo de acompanhantes era a responsável por essas impressões digitais.
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    Dudley informou à ASPR sobre a sua descoberta, mas W. H. Button, então presidente da ASPR, respondeu que ele não estava interessado em publicar a notícia. A imagem da Sociedade estava, naquela época, muito ligada à da médium já que eles a haviam defendido com frequência além de terem escondido informações desagradáveis sobre ela. Prince, que tinha deixado a ASPR por esta razão e tinha fundado a Sociedade de Boston para Pesquisa Psíquica (BSPR), havia se cansado de tudo isso. Ele aceitou a revelação de Dudley e um artigo foi publicado no jornal da Sociedade (Vol. XVIII, outubro, 1932).
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    O escândalo que se seguiu teve efeitos desastrosos. Não era nenhum mero caso de alguém que alegava ter visto a médium usar o seu pé para mover uma mesa; desta vez a prova de fraude era incriminadora e definitiva.
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    UMA MULHER EM DECLÍNIO
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    Os defensores de Margery a abandonaram, um após outro, e a mulher, mais velha e mais gorda, procurou a consolação no álcool. As sessões espíritas, entretanto, continuaram e Crandon tentou manter vivo o interesse em sua “Psique” recorrendo a qualquer estratagema que ele pudesse pensar.
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    Em uma destas sessões, por exemplo, Margery tentou repetir a experiência famosa de juntar dois anéis de madeira ocorrida 50 anos antes com o Prof. Zollner e o médium Henry Slade. “Sucesso”! regozijou o Dr. Crandon: Margery havia conseguido ligar dois anéis feitos de madeiras diferentes. Até que enfim uma prova definitiva e sólida que desafiava a física, a matéria através da matéria. Já que não é difícil fazer um acabamento que esconda a ruptura da maneira de modo a torná-la invisível ao olho, foi alegado que apenas raios-x poderiam estabelecer a verdade. Os anéis então foram enviados ao Senhor Oliver Lodge, na Inglaterra, para fins de obtenção de provas independentes. Quando Lodge abriu o pacote enviado pelos Crandons, no entanto, ele descobriu que um dos anéis havia se desmantelado em pedaços, provavelmente durante a viagem. O que podia ter sido a única prova sólida da existência da realidade do sobrenatural, a “Pedra de Roseta” do espiritualismo não tinha sequer sido bem empacotada. Que pena!
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    Em 1939 o Dr. Crandon morreu e Mina, à essa altura uma alcoólatra inveterada, entrou num estado de profunda depressão. Em uma de suas últimas sessões espíritas ela chegou a tentar saltar do telhado da casa.
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    Nos arquivos de Prince na ASPR ainda há uma coleção de documentos e relatórios inéditos, escrito pelos cientistas de Harvard e por vários pesquisadores psíquicos, dos quais emerge uma teoria interessante para explicar as sessões espíritas de Margery (Silverman, págs. 380-381). As sessões espíritas podem ter sido um tipo de charada conjugal com a audiência de Margery não sendo Houdini nem o grupo da Scientific American nem os outros investigadores, mas sim seu marido. Ela o ajudou a enganar a si mesmo sobre suas capacidades psíquicas para poupar a ruína de seu casamento. Eles eram muito diferentes um do outro, e Crandon tinha perdido seu interesse por ela logo depois do casamento; no entanto, ele também tinha muito medo da morte. Ao tentar mantê-lo ao seu lado, Margery acertou na ideia de manifestar espíritos para ele e isto funcionou. Ele então passou a se sentir como um novo Galileu para o meio milhão de seguidores de Margery, e continuou a exigir novos fenômenos. Veio exigir novas demonstrações da sua esposa com “manifesta brutalidade”. A opinião dos vários peritos era a de que Margery teria querido abandonar as sessões espíritas e confessar a fraude, mas ela sabia que isto acabaria com seu casamento. O espião de Houdini, Griscom, tinha até revelado ao mágico que uma vez, quando estava sozinho com a médium, ela expôs a ele a admiração que tinha por Houdini por ele não se deixar influenciar por ela e por não ter medo “de dizer o que pensa”. “Respeito Houdini,” ela disse a Griscom, “mais do que qualquer um do grupo. Ele tem os dois pés no chão o tempo todo” (Ibid., p. 383).
    .
    A história de Margery acaba com um conto que soa folclórico, mas que se encaixa perfeitamente ao caráter misterioso que a médium tinha criado para si. Sentando ao lado da cama de Margery nos últimos dias de sua vida, o pesquisador psíquico Nandon Fodor sugeriu que ela partiria mais feliz se ditasse uma confissão a ele e revelasse os métodos que ela tinha usado para obter seus fenômenos. Mina murmurou algo indiscernível. Fodor pediu-lhe que repetisse.
    .
    “Certamente,” disse, “Eu disse que você podia ir para o inferno. Todos vocês ‘pesquisadores psíquicos’ podem ir para o inferno”. Então, com algo muito parecido com a velha cintilação familiar de alegria nos seus olhos, ela o olhou e deu uma breve risadinha: “Por que você não adivinha?” disse, e riu outra vez. “Vocês irão todos adivinhar… para o resto de suas vidas”. (Tietze, p. 184-5).
    .

  797. Montalvão Diz:

    ,
    Marciano Diz:
    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Katie_King4.jpg
    Crookes? Espírito materializado? Esta foto?
    Seriously? It seems rather crooked.
    .
    COMENTÁRIO: Arduin é capaz de falar duzentos dias em defesa da realidade materializativa, vai pedir provas detalhadas de que a retratada não era um espírito que veio da quebradas para ser fotografada.
    .
    Cá pra nós: haja ectoplasma! Só pra fazer as roupas…

  798. Marciano Diz:

    Montalvão, Arduin não é um asno, muito ao contrário, só que ele deve ter uns pinos frouxos na cabeça.
    Você está gastando água e sabão com um asno e com um botânico ingênuo, com necessidades de crer em fantasias.
    Qualquer um que olhe para aquela foto vê logo que se trata de uma pantomima. Pelo menos Crookes não está com cara de cínico, como cx. Se foi enganado ou se era um crooked, só as divindades e os espíritos superiores sabem. Não seria o primeiro cientista a crer em bobagens, ainda mais naquele tempo. Mas que a foto é ridícula, isso é.
    Como pode uma babaquice dessas gerar tanta discussão nos dias de hoje? Naquele tempo era moda falar em espíritos, teve um monte de otários que se deixaram enganar por truques de salão. Até hoje tem gente que adora ser enganada. Aquela foto prova o quê? Uma mulher comum, nada mais.
    Que coisa mais ridícula.
    Onde estão esses espíritos, que não se materializam mais? O que eles queriam provar com isso? Provaram alguma coisa ou falharam em seu intento?
    Se queriam mostrar sua existência, só conseguiram que uma percentagem insignificante da população engolisse a xaropada. Mesmo entre crentes, como católicos, evangélicos e outros trouxas, ninguém acredita naquilo.
    E veja que esse pessoal acredita em qualquer coisa, como santos, jesus, virgem maria, multiplicação de peixes e pães.
    Engraçado é que jesus multiplicava pães e peixes, mas não consegue multiplicar dinheiro. Este tem de ser dado pelos otários que acreditam nesses personagens de mentirinha. Mas nem esses otários acreditam nos espíritos avalizados por Crookes.
    Arduin vive dizendo que os espíritos só dizem bobagem porque são gente como a gente e ninguém fica sábio na espiritualidade. Vamos supor que seja assim. Para que então dar trela a esses idiotas?
    Por que só espíritos de estultos dão mensagens?
    Onde está o espírito de Crookes, que poderia descobrir outro elemento químico, dizer que está satisfeito com o que disse nos primeiros dias, confirmar suas declarações sobre espíritos quando vivia entre nós.
    Apareça, Crookes. Materialize-se na minha sala e materialize um whisky feito com algum novo elemento químico desconhecido!

  799. Gorducho Diz:

    SALT LAKE THEATRE
    HOJE, Positivamente única apresentação. O Indescritível Fenômeno Annie Eva Fay, de Londres, Inglaterra – numa aula ilustrada religiosa sobre ESPIRITUALISMO.
    A Sra. Fay apresentará a linha de manifestações como as dadas por ela perante membros da Real Sociedade da Inglaterra. Materialização em plena luz de gás de mãos, formas e faces. As mesas girantes
    [spirit-hand tables] flutuarão em pleno ar, belas flores materializarão. 20 a 30 comunicações para pessoas na audiência e muitos outros experimentos desse notável poder, nunca antes visto nesta cidade.
    NA PLENA LUZ DO GÁS NO PALCO ABERTO.
    Preços 25. e 50c. Portas abrem às 7. Cadeiras reservadas, 75c. Aula às 8:30

     
    [anúncio no Salt Lake Herald 16/4/93]

  800. Marciano Diz:

    Criss Angel e David Blaine fazem melhor.
    http://davidblaine.com/

  801. Marciano Diz:

    Vejam David Blaine ressuscitando um pássaro. Coisa de jesus. Thalita cumi.

  802. Marciano Diz:

    Faltou o link.
    http://www.zappinternet.com/video/nimKxuLgiF/David-Blaine-resurrects-a-bird

  803. Montalvão Diz:

    Marciano Diz:Vejam David Blaine ressuscitando um pássaro. Coisa de jesus. Thalita cumi.
    .
    COMENTÁRIO: ouvi falar de certas mulheres que são especializadas em ressuscitar pintos mortos… Pelo jeito, esse milagre não é tão supimpa assim. Estou esperando meu pinto morrer para testar se a coisa funciona mesmo…

  804. Montalvão Diz:

    Gorducho Diz:
    SALT LAKE THEATRE
    HOJE, Positivamente única apresentação. O Indescritível Fenômeno Annie Eva Fay, de Londres, Inglaterra – numa aula ilustrada religiosa sobre ESPIRITUALISMO.
    A Sra. Fay apresentará a linha de manifestações como as dadas por ela perante membros da Real Sociedade da Inglaterra. Materialização em plena luz de gás de mãos, formas e faces. As mesas girantes [spirit-hand tables] flutuarão em pleno ar, belas flores materializarão. 20 a 30 comunicações para pessoas na audiência e muitos outros experimentos desse notável poder, nunca antes visto nesta cidade.
    NA PLENA LUZ DO GÁS NO PALCO ABERTO.
    Preços 25. e 50c. Portas abrem às 7. Cadeiras reservadas, 75c. Aula às 8:30
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    COMENTÁRIO: isso lembra os atuais anúncios pentecostais: “grande noite de fé e milagres, entrada franca, paga lá dentro”.
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    É, Arduin, quando digo que os espíritos se juntaram com mercenários para fazer xous… Por que é que naqueles tempos eles se prestavam a esses espetáculos e hoje não querem mais saber nem de experimentos sérios?
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    E vou dizer mais: duvide-o-dó que Crookes tenha testado a espetaculeira adequadamente… À medida que o garimpeiro Gorducho desvenda que se tratava meramente de showoman fica difícil sustentar que fosse turbinada por espíritos. Hoje se aparecesse uma Fay fazendo o que a outra fazia, você certente diria que a atual não merece crédito, e por que dá crédito a antiga? Por que não apologiza a legitimidade de Thomas Green Morton, ou a de Zé arigó? Otília você ainda defende, mas sua argumentação a favor dela, em vista da documentação disponível para cotejamento, é paupérrima. Não estou certo se também está do lado da Ederlazil… é só o que faltava…
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    O problema é que os melhores materiais para pesquisa desses médiuns centenários não existem no Brasil, tem que prospectar lá fora, e enquanto informações elucidativas não nos chegam os advogados da legitimidade de Fay, Florence e outras fazem a festa validativa (mesmo assim não conseguem ir longe: com o pouco disponível já dá para mostrar as malandragens, imagina se bons estudos traduzidos surgissem?).
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    Está fechado: materializações não existem, espíritos não comunicam. Quem dispor de provas objetivas atuais que demonstrem o contrário que as apresente…
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    E vire-se esta página para sempre, ou até que evidências consistentes sejam achadas.
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    Saudações madrugalinas

  805. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Onde está o espírito de Crookes, que poderia descobrir outro elemento químico, dizer que está satisfeito com o que disse nos primeiros dias, confirmar suas declarações sobre espíritos quando vivia entre nós.
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    COMENTÁRIO: é mesmo! Será que Crookes, lá onde esteja, não acompanha essa celeuma da qual é o pivô? Por que seu espírito não baixou para dar explicações conclusivas e, como prova de que é ele, trazer fórmula inédita de alguma coisa? Melhor ainda se se materializasse, mas como nosso especialista no métier diz que tal já não mais acontece, posto que a espiritualidade em peso está de saco cheio…
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    Seria legal mesmo se além de Crookes se materializassem Fay, Florence Cook, Katie King… já pensou a festa?
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    A espiritualidade arma a maior confusão neste mundo e depois não se move para resolvê-la… Pelo visto, espíritos estão mesmo é para sacanear…
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    Será que Arduin um dia terá olhos para essas coisas?
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    Saudações esperançosas…

  806. Marcos Arduin Diz:

    “Obrigado por sua atenção Professor. Esse artigo conhecia. Agora, desculpe, devo estar com problemas de visão (talvez o mesmo do Crookes…). Onde está dito que fora num teatro e que em Londres já havia distribuição de fluído elétrico, faltante no exato instante da apresentação?”
    – Bem, Balofo, já que você está com tanta dificuldade de achar as coisas, vou ajudá-lo. Comecemos por esse trecho do artigo do Polidoro:
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    “Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (o certo seria dizer: fechado). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.”
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    O que você entendeu deste trecho? Eu entendi o seguinte:
    _ Os sacanas e malandros espíritas tentam vender a tese de que o galvanômetro era um fiscal cruel e incorruptível. Nada poderia ser feito para fugir ao seu controle. Porém, a verdade é que esse controle é TÃO PRECÁRIO, que basta que uma tira de pano molhada, de qualquer tamanho, com qualquer concentração de solução salina, e PRONTO! Está fechado o circuito e a médium está livre para fazer a sua fraude.
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    Você entendeu algo diferente disso? Veja bem que o Vitor insiste que houve uma tira de pano “usada para manter fechado o circuito” ou então apela para os clipes e fios que se desenrolariam dos braços dela (o outro resistor que o Polidor sugere). Não me consta que havia fios flexíveis o suficiente para isso, na época. Ela teria de ficar puxando-os e depois enrolá-los de volta… e isso ia fazer o indicador do galvanômetro ficar pulando igual a um io-io…
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    Agora vamos ao relatório do Crookes (que Polidoro LEU, já que o cita em suas referências), ver como o evento citado pelo Polidoro é narrado:
    “Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram tudo o que foi possível, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Em meio a uma série de ajustes cuidadosos, eles me consultavam sobre a quantidade de deflexão que havia sido produzida no galvanômetro, de modo que com o tempo obtiveram uma quantidade de resistência equivalente a de um corpo humano. Porém, isto não teria sido possível sem as informações do galvanômetro, que indicava violentas oscilações do raio de luz e denunciava que eles estavam tentando restabelecer um novo contato através de algum tipo de truque. Após a sugestão de um deles, e para prevenir futuros erros, as manivelas de metal foram fixadas bem distantes uma da outra. Feito isso, ele expressou estar satisfeito, pois sabia que nem ele mesmo, nem qualquer outra pessoa poderia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.”
    – Pois bem, Balofo:
    a – Se Polidoro tivesse sido HONESTO, ele diria que os dois colegas do Crookes TESTERAM uma fraude com um lenço molhado, mas se constatou que era IRREALIZÁVEL (como se pode ver pelo descrito acima), mas era uma fonte de erro potencial e, para eliminá-la, as manivelas foram afastadas.
    b – Mas ele foi DESONESTO ao omitir isso e dando a entender que qualquer tira de pano molhada resolveria a questão. Entendeu algo diferente?
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    – Aí então na conversa (ou suposta conversa) com Houdini:
    “Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. “Ela falou livremente de seus métodos,” registrou Houdini. “Nunca em qualquer momento deu a entender que acreditou em espiritualismo.” Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma das manivelas da bateria na dobra do joelho, mantendo o circuito fechado, mas liberando uma mão para fazer como ele pediu.”
    – Lembro-o que as manivelas foram fixadas na parede e aí ela não poderia se afastar dali. E Crookes NÃO PEDIU COISA ALGUMA, no máximo, que segurasse as manivelas, pois se as soltasse, a indicação cairia a zero. Depois, simplesmente anotou o que ela fez. E o que ela fez foi:
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    “Começamos os testes às 8.55 da noite; o galvanômetro indicava uma deflexão de 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay correspondia a 6.600 unidades da British Association.
    Às 8.56 a deflexão era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca.
    Às 8.57, a deflexão era de 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais distante da Sra. Fay.
    É importante que fique claro que eu estava em um lado da parede com o galvanômetro e que a Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, que foram soldadas aos pedaços de fios elétricos, e que ela as segurava tão firmemente que não podia mover suas mãos nem as manivelas dois centímetros à direita nem à esquerda, e que, sob aquelas condições, uma mão saiu da porta cortinada ao nosso lado, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso aconteceu dois minutos depois que deixamos o quarto.
    Às 8.58 a deflexão era de 208°; às 8.59 era de 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist para o Sr. Harrison.
    Às 9 horas a deflexão era de 209°; neste momento uma mão foi vista novamente saindo e segurando uma cópia do livro de Serjeant Cox intitulado What am I?
    Às 9.1 a deflexão era de 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores.
    Às 9.2 a deflexão era de 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel.
    Às 9.3, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era conhecido por ser inclinado ao uso da erva daninha. Eu posso afirmar que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando a Sra. Fay entrou no quarto.
    Às 9.4 a deflexão era de 213°. Novamente medi a resistência de corpo da Sra. Fay, que então correspondia a 6.500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia de um pedaço de manto a 1,5 metros da médium, nos foi oferecido.
    Às 9.4, a deflexão era de 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana completa de pé na abertura da cortina.
    Às 9.5, observei o circuito ser subitamente interrompido. Entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela estava deitada inconsciente na cadeira, mas foi reavivada em cerca de meia hora. Sendo assim, esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.
    Uma peça de porcelana antiga, na forma de um prato, foi achada no topo de minha escrivaninha na biblioteca; ela não estava lá antes de as experiências começarem. Em minha sala de visitas de há uma moldura que circunda toda a parede, próximo ao teto, a mais ou menos 2,5 metros do chão; presos nesta moldura estão vários pedaços de porcelana antiga, inclusive alguns pratos pequenos. A Sra. Fay havia estado na sala de visitas talvez uma hora antes de a sessão começar, mas ela não esteve lá exceto na presença de várias testemunhas; o quarto estava bem iluminado, e ela teria que subir numa cadeira para alcançar um dos pratos próximos ao teto, e é claro que todos teriam visto se isto tivesse acontecido. Os pratos tinham estado naquelas molduras por semanas sem serem mexidos e nenhum membro de minha família tocou em nenhum deles. Um dos cavalheiros presentes disse que ele tinha certeza que o prato não estava na escrivaninha quando as experiências começaram porque ele observou a escrivaninha com a intenção livrar-se de um objeto colocado sobre ela. Muitos casos semelhantes de transporte de objetos sólidos de um lugar para outro por meio anormal estão registrados na literatura espiritualista.
    Antes de a Sra. Fay vir a esta casa naquela noite, ela só conhecia os nomes de dois dos convidados que estariam presentes, mas durante a noite a presença que estava em ação exibiu uma quantidade incomum de conhecimento sobre as testemunhas e o curso de suas vidas. O livro Spectrum Analysis ainda não tinha registro literário, mas foi removido de seu lugar e dado ao seu autor. Embora eu geralmente saiba a posição dos livros em minha biblioteca, eu certamente não poderia achá-los na escuridão, e não tenho nenhuma razão para supor que a Sra. Fay soubesse qualquer coisa sobre o tal livro recém escrito, ou sobre minha biblioteca, ou que o livro fora escrito por uma das pessoas presentes.”
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    – Pois bem, Balofo… Polidoro LEU ESSE RELATÓRIO e gostaria que me fosse explicado como é que ela fez tudo isso estando com uma mão segurando uma manivela e mantendo a dobra do joelho na outra… Já que ele não explicou, alguém aqui se habilita?
    Lembro-o de mais um detalhe que está acima:
    “Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos”
    Pois é: Polidoro diz que ela revelhou-lhe TODOS os seus segredos. E só falou de mão na manivela e dobra do joelho na outra. NADA DISSE sobre tira de pano molhada, clipes e fios, namorado ou cúmplice. Duvido que Houdini omitiria detalhes TÃO IMPORTANTES.
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    Continuando o Polidoro:
    “A revelação de Annie Eva Fay a Houdini do modo de como ela enganou Crookes foi confirmado anos mais tarde, quando o investigador psíquico Colin Brooks-Smith encontrou um dos galvanômetros usados por Crookes no Museu de Ciência em Londres. A máquina foi consertada e posta a trabalhar.
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    Brooks-Smith relata o seguinte: “não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão, sem produzir qualquer grande movimento no indicador do galvanômetro.” Num segundo teste, ele diz: “virei ambos os elétrodos para baixo e os introduzi em minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres, sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro.”
    – Temos aqui uma ótipa PIADA de CONFIRMAÇÃO. Embora não seja dito a distância, lá no relatório é colocado que as manivelas foram postas BEM AFASTADAS, de forma a impedir que se usasse um lenço para uni-las. Deslizar um antebraço por uma manivela até outra exigiria uma distância… CURTA. Descarta-se essa afirmativa, portanto. Virar as manivelas para baixo… Crookes estava do outro lado da parede, se a Ana Eva Fay fizesse isso, ele não notaria uma movimentação estranha nos fios? Além disso, mais uma vez: ela revelou TODOS os seus segredos ao Houdini e NÃO FALOU que fez isso. Ou então Houdini omitiu essa informação importante…
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    Continuando com o Polidoro:
    “Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva, mas também a nota de rodapé explicativa de Houdini de 1924 (pág. 102) que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos, que constituíam-se de soberanos de ouro e papel salino presos aos pulsos e o segurado na dobra de seu joelho” (Brooks-Smith 1965).”
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    – Qual era mesmo a nota de rodapé de Houdini? Esta aqui:
    “* O ‘galvanômetro’ é um instrumento usado para controlar a médium. É um dispositivo elétrico composto de um sintonizador e duas manivelas, construído de modo que se o médium soltar qualquer uma das manivelas, o contato seria interrompido e o indicador registraria a falha. A médium, para enganar o assistente, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intacto e pôs a mão livre para fora e assim produziu o ‘espírito’. (Nota de rodapé de Houdini.)”
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    E a qual texto essa nota de rodapé estava vinculada? Este aqui:
    “Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, surgiu com uma exposição do trabalho dela, ela se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou aos seus cuidados e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela tinha apenas uma remota chance de passar no teste do galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e de azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para enganá-lo.”
    – E então, Balofo? Achou agora o teatro e a luz elétrica que o iluminava? Está no livro do Houdini, que Polidoro cita todo ufano.
    Um cético burro, incompetente, que não percebe o valor e a importância do Ceticismo para a vida moderna, desconfiaria de que algo está errado. Afinal em 1875 não havia redes elétricas e nem sequer lâmpadas elétricas. O primeiro protótipo foi inventado no ano seguinte. Esse cético burro passaria a achar que tal entrevista com a dita médium seria uma burla, uma invenção do Houdini, pois ela não diria uma bobagem dessas…
    Mas isso se o cético for burro.
    Se o cético é sábio, culto, racional e inteligente como é o Massimo Polidoro, ele não perceberá essa falha ou, se a perceber, fará de conta que não a viu, pois ele sabe a importância do Ceticismo e assim, em defesa da fé cética, diz:
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    “Não existe mais dúvida, agora, de que aquele truque aconteceu de fato durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda não fica claro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico, e estava dispostos a testar todos elas, ainda que fossem fraudes sinceras como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.”
    – Bem, o Moisés postou aqui todo um texto sobre uma tal bruxa loira e o Houdini, talvez com a intenção de me mostar que pesquisadores mediúnicos podem falhar ao investigar um médium, mas um cétio sábio e arguto como Houdini não se deixaria enganar. E eu aqui posto este texto do Polidoro para mostrar a você, ao Moisés e quem estiver interessado, que sábios céticos como o Houdini e o Polidoro também podem ser mentirosos e sacanas.
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    Empatou.

  807. Marcos Arduin Diz:

    “E vou dizer mais: duvide-o-dó que Crookes tenha testado a espetaculeira adequadamente…”
    – Beleza: então vá me dizendo aí quais foram as falhas no experimento. Até agora a sua queixa foi de “gabinete e escuridão”, mas falta dizer como é que ela burlou o galvanômetro. TODAS as tentativas de explicação FALHARAM. Venha com alguma novidade e das bobas, por favor.
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    “À medida que o garimpeiro Gorducho desvenda que se tratava meramente de showoman fica difícil sustentar que fosse turbinada por espíritos.”
    – Por estranho que pareça, eu até posso concordar com isso em parte. Note que das médiuns conhecidas, essa é uma que NUNCA trouxe qualquer mensagem dos mortos ou disse que contatava os mortos… Será que nesses shows não apareceu nenhum interessado em contatar parentes falecidos?

  808. Gorducho Diz:

    Professor, agradeço sua boa vontade, mas seu texto é tão longo que me perco. Confesso (sem sacanagem, entenda: às vezes não ironizo), não estou localizando onde o Polidoro diz que os experimentos foram num teatro em cujo qual faltou lumière électrique.
    Não precisa transcrever tudo de novo, só assinale a passagem!

  809. Gorducho Diz:

    Ah! Footnote vinculada ao texto principal!
    Irrelevante, em nada altera o óbvio .

  810. Marcos Arduin Diz:

    Ô Balofo! Dê um CTRL+ para aumentar o tamanho do texto e aí veja se vê. Eu deixei claro que a questão da luz elétrica no teatro está no LIVRO DE HOUDINI, que POLIDORO LEU, e o cita todo ufano, DESCONSIDERANDO o fato de que NÃO EXISTIA LUZ ELÉTRICA em 1875. Ele NÃO TRANSCREVEU esse texto no texto dele, pois apesar de ser um cético sábio, culto, racional e inteligente, sabia que podia acontecer de algum leitor muito burro e incapaz de perceber os nobres propósitos do Ceticismo, percebesse essa falha.
    E pra piorar, Polidoro transcreve no seu texto que os experimentos foram feitos NA CASA DE CROOKES, mas Houdini, falando pela Ana Eva Fay, diz que o enganou no teatro onde se apresentava… Se Polidoro não fosse um cético sábio, culto, racional e inteligente, notaria essa contradição. Mas como ele é tudo isso, não se deu conta… É ironia: ele percebeu sim, mas em defesa da fé cética, omitiu esse detalhe.
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    Por isso então ele cita Houdini, num velho livro de 1924, que provavelmente não haverá muitos interessados em lê-lo, e conclui:
    NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS DE QUE TAL TRUQUE DE FATO OCORREU.
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    O que está faltando para você admitir que o cara mente em defesa da fé cética?
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    “Irrelevante, em nada altera o óbvio”
    – Exato! E o óbvio é: o controle pelo galvanômetro é insuperável.Fico no aguardo de demonstrações em contrário.

  811. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    01 – “Vitor, dê uma olhada lá no texto do Stephenson e veja o que ele diz a respeito disso. De que me lembro, ele manteve os terminais ligados a papel mataborrão com a dita solução e a resistência “só aumentou quando já estava praticamente seco”. Sei lá se ele cometeu algum erro experimental. O certo seria ele fazer o teste com a sua “Florence”, verificando se à medida que fosse secando a solução, notar-se-ia o aumento de resistência. ISSO ERA O QUE ELE DEVERIA TER FEITO.”
    .
    Ele fez 29 testes, contradizendo Varley (pag. 392): “Varley parece ter pensado que a resistência de seu sistema aumentaria enquanto o papel mata-borrão secava, e ainda ignorou qualquer f.e.m. Precisamos saber se ele estava certo. […] Eu fiz 29 testes deste tipo, fazendo várias mudanças nas condições. Algumas das respostas são muito complicadas, e elas possuem alguns aspectos que eu não posso generalizar ou explicar.Apesar disso, tentei resumir meus principais resultados da seguinte maneira:
    1. Em todas as condições eu descobri que a resistência do sistema é desprezível, e assim permaneceu por muitas horas. O papel mata-borrão precisa estar quase que completamente seco antes que qualquer resistência significativa apareça. ”
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    Só que isso acima é o sistema sem a médium. Com a médium entra em cena a questão do suor. Ver abaixo:
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    2 – “Mas já que ele fez a coisa só com contatos e papel mataborrão molhado, viu-se aquilo, de a resistência só aumentar quando o papel estava quase seco. Isso é o que eu esperaria ver com a barra de grafite… Se Stephenson não cometeu um erro experimental…
    E mais um detalhe: o aumento da resistência deveria ser CONTÍNUO. Não foi o que se viu: havia variações para mais e para menos. A barra de grafite não faria isso.”
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    Você esqueceu do papel do suor! O Stephenson é bastante claro:
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    O valor real da resistência da pele para uma dada área depende de muitas coisas. É afetada pela preparação prévia da pele — se, por exemplo, a camada de superfície seca foi removida com um abrasivo (ou uma flanela grossa?). Também pode depender do eletrólito utilizado nos eletrodos, a força da corrente passada, e variar consideravelmente de pessoa para pessoa. Além disso, não é constante de nenhuma maneira, nem mesmo para um pedaço de pele de uma pessoa em uma ocasião, pois é afetado pela atividade das glândulas sudoríparas, pelo inchaço das pequenas artérias com sangue e, possivelmente, por outras variações abaixo da pele. Destas, a influência mais importante, que produz as maiores variações, é a das glândulas sudoríparas. Estas parecem funcionar da seguinte maneira.
    Considere uma área da pele onde nenhum suor tenha ocorrido recentemente. Suponha que estamos a medir a sua resistência, que é (digamos) r0. Agora, suponha que as glândulas sudoríparas, que estão logo abaixo da pele, comecem a funcionar: elas liberam suor através dos poros da pele para a superfície. Quando isso acontece a resistência cai para (digamos) 1/2 r0, uma vez que agora há um caminho para a corrente através do suor (um bom eletrólito) e as glândulas de suor para os outros fluidos do braço e do fluxo sanguíneo. Se a pele fosse exposta, o suor evaporaria da superfície; no nosso caso, se mistura com o eletrólito papel mata-borrão. Se as glândulas sudoríparas agora se fecham, o fornecimento de suor acaba, os poros se contraem e a resistência volta a subir.
    A taxa na qual a resistência muda depende, naturalmente, da taxa de produção de suor. No entanto, podemos observa que, se as glândulas de suor fossem subitamente ‘desligadas’, deveríamos esperar apenas um aumento gradual da resistência já que o suor nos poros se dispersa gradualmente.
    As glândulas do suor estão distribuídas por todo o corpo, e elas são controladas pelo cérebro. É interessante observar quais são as condições que causam a transpiração. Para tanto, o corpo pode ser dividido em dois tipos de área, (a) as palmas das mãos e as solas dos pés, e (b) o restante. A sudorese na área (b) ocorre para impedir que o corpo fique quente demais, ou seja, quando as condições predominantes da atividade metabólica e resfriamento externo produziriam de outra forma um aumento da temperatura. Por outro lado o suor nas áreas (a) responde principalmente a certas mudanças psicológicas. Por exemplo, a excitação ou o constrangimento, podem causar uma queda brusca da resistência, seguida por um aumento mais lento do que o valor anterior. Esta resposta é chamada de reflexo psico-galvânico, e é um dos efeitos usados nos assim chamados detectores de mentira. As variações também podem acompanhar as mudanças de humor ou atividade. O controle das glândulas pode ser retratado da seguinte maneira: todas as glândulas na área (a) são ativadas por um sinal do cérebro, e todas aquelas na área (b) por outro. Assim, os locais em que a sudorese ocorre não têm relação com as partes do corpo que estão quentes.
    Infelizmente o quadro é complicado por áreas de sobreposição entre os dois tipos de área, e estas incluem os antebraços, onde Varley colocou os eletrodos. De modo geral as glândulas aqui parecem seguir as da área (b), mas em algumas pessoas estímulos psicológicos podem dar origem a alterações substanciais, especialmente se as glândulas já estão ativas, ou quase ativas.

    .
    Isso explica completamente as variações, seja no início (para fazer a substituição), seja no fim do experimento (para colocar tudo de volta no lugar). Assim está tudo explicado! Podemos encerrar o caso Crookes como mais um exemplo de cientista que foi enganado por artistas de palco.

  812. Gorducho Diz:

    Mas agora que se compra pela INTERNET câmaras infravermelhas, poderemos montar nosso experimento com essas, não Professor.
    Não precisaremos do galvanômetro.
    Vamos providenciar?

  813. Gorducho Diz:

    Suponha que estamos a medir a sua resistência, que é (digamos) 1/2 r0.
     
    O que significa isso? 🙁

  814. Gorducho Diz:

    A resistência que era 0,5R0 cai para R0 (??)

  815. Vitor Diz:

    Gorducho, editei já. Eu havia trocado, porque a fração não havia sido colada e fui postar manualmente, e coloquei no local errado, mas já consertei.

  816. Gorducho Diz:

    Encerrado o Crookes e o galvanômetro, partamos para as câmaras infravermelhas e a página de enciclopédia.

  817. Marciano Diz:

    Gorducho Diz:
    OUTUBRO 5TH, 2013 ÀS 08:48
    “Encerrado o Crookes e o galvanômetro, partamos para as câmaras infravermelhas e a página de enciclopédia.”
    .
    É, chega de tanto se discutir fatos obscuros e passados na escuridão, na época das trevas.
    Partamos para o presente.
    Vamos ver o que os espíritos são capazes de produzir agora.
    Expérience est mère de science.

  818. Marcos Arduin Diz:

    “As glândulas do suor estão distribuídas por todo o corpo, e elas são controladas pelo cérebro.”
    – Essa aqui é uma GRANDE NOVIDADE da qual nunca ouvi falar nas aulas de fisiologia humana que tive na USP. Então é possível um controle voluntário das glândulas sudoríparas? Como se faz isso? Digamos que o meu desodorante já quase acabou e não tenho tempo de ir comprar, pois tenho de dar aula. Como eu controlo as glândulas dos sovacos para não ficar mal cheiroso entre meus alunos num dia quente pra burro? Dá pra me passar a receita desse método?
    Deixe-me ver se entendi o raciocínio do Stephenson: a fim de controlar o sistema e fazer uma fraude bem feita, a Florence Cook CONTROLOU a sua sudorese em pontos localizados… Tá… Gostei da piada. Mais uma para mostrar o quanto o pessoal cético é RIDÍCULO na hora de defender a fé cética.
    Suponho então que ele tenha DEMONSTRADO isso ordenando à sua “Florence” que controlasse a sua sudorese e aí demonstrou a viabilidade da fraude por esse esquema…
    .
    “Podemos encerrar o caso Crookes como mais um exemplo de cientista que foi enganado por artistas de palco.”
    – Seu desespero em crer nisso me diverte. Agora me diga como é que uma barra de grafite controla sua sudorese…
    .
    Balofo o rô aí é a pronúncia de uma letra grega cujo formato lembra um p em itálico. É uma medida de RESISTIVIDADE (e não de resistência) dada em ohms por metro.

  819. Marcos Arduin Diz:

    “Encerrado o Crookes e o galvanômetro, partamos para as câmaras infravermelhas e a página de enciclopédia.”
    .
    “É, chega de tanto se discutir fatos obscuros e passados na escuridão, na época das trevas.
    Partamos para o presente.
    Vamos ver o que os espíritos são capazes de produzir agora.”
    – Suponho então que, dando esse assunto por encerrado, os cavalheiros concordaram comigo de que Crookes fez o seu trabalho bem feito e seus críticos, antigos e modernos, só fizeram refutações cagadas.
    É isso?

  820. Vitor Diz:

    01 – “Como eu controlo as glândulas dos sovacos para não ficar mal cheiroso entre meus alunos num dia quente pra burro? Dá pra me passar a receita desse método?”
    .
    O Stephenson explicou perfeitamente o que ele quis dizer com aquilo:
    .
    “Por outro lado o suor nas áreas (a) responde principalmente a certas mudanças psicológicas. Por exemplo, a excitação ou o constrangimento, podem causar uma queda brusca da resistência,”
    .
    Uma pessoa pode suar de nervoso perfeitamente.
    .
    02 – “Agora me diga como é que uma barra de grafite controla sua sudorese…”
    .
    As variações foram só no início: “Tudo isso não afeta muito as conclusões de Brookes-Smith sobre a Sra. Fay, pois de fato tais oscilações existiram durante a primeira parte da sessão de 5 de fevereiro”
    .
    Ou seja, não houve variações significativas depois. O que mostra que a barra de grafite explica perfeitamente o caso. O próprio Crookes diz:
    .
    Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. Quando ela segurou as manivelas, a deflexão foi de 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240° e então permaneceu fixa em 237°; a resistência da médium às 920º era de 5.800 unidades da British Association. Batidas foram ouvidas às 9.28, quando a deflexão oscilava entre 215° e 245°. Às 9.30, a luz tendia a se fixar em 230°; a resistência era de 5.900 unidades. [NOTA MINHA: A RESISTÊNCIA AUMENTOU, COMO ESPERADO PELA PASSAGEM DO TEMPO, DE 5800 PASSOU PARA 5900]Muitas batidas foram ouvidas, aparentemente na porta perto da médium, mas a luz não apresentava nenhum movimento, o que provava que as mãos da Sra. Fay estavam completamente imóveis. Às 9.31 a deflexão era de 234°. Então ouvi a médium suspirar e soluçar. O indicador da luz estava fixo em 233°, embora vários instrumentos estivessem tocando ao mesmo tempo. Os movimentos passaram a ser ouvidos no quarto; vários itens foram lançados no laboratório pela abertura da cortina; o violino foi entregue a mim por uma mão visível, que também foi vista por outras pessoas presentes no quarto. Tudo isso enquanto o índice luminoso permanecia fixo, o que provava que a médium estava quieta enquanto estas coisas aconteciam. Às 9.34 a luz estava fixa em 236°, e o zero estava correto. Às 9.37 pudemos ouvir a caixa de música sendo tocada, a luz ainda mantinha-se fixa. Às 9.38 a deflexão era de 238°. Às 9.39 a médium interrompeu o circuito, soltando as manivelas. [NOTE COMO A DEFLEXÃO ESTAVA BEM FIXA, ENTRA 233 E 238. E NO FIM A PRÓPRIA MÉDIUM ACABOU INTERROMPENDO O CIRCUITO! ELA PODE TER TENTADO RETIRAR A BARRA DE GRAFITE PARA ESCONDÊ-LA E TÊ-LA DERRUBADO, QUEM SABE?] Ela só foi capaz de dizer, ‘Estou tão cansada de segurar estas coisas’. Então ela entrou em transe, mas se recuperou em pouco tempo.

  821. Gorducho Diz:

    Não, o rô aí não é a pronúncia de uma letra grega cujo formato lembra um p em itálico, ou seja: ρ. Não é uma medida de RESISTIVIDADE (e não de resistência) dada em ohms vezes metro [Ω.m].

  822. Marcos Arduin Diz:

    “Por exemplo, a excitação ou o constrangimento, podem causar uma queda brusca da resistência,”
    “Uma pessoa pode suar de nervoso perfeitamente.”
    – Ah! Então não é CONTROLE: é INFLUÊNCIA. E como é que excitação, constrangimento ou nervosismo ajudaria a uma artista de palco a fazer sua fraude? E por acaso o Stephenson DEMONSTROU a TAMANHA IMPORTÂNCIA do suor em comparação com um mataborrão ou pano de linho ensopados de solução salina? No que é que o suor ganharia dessa dita solução?
    .
    “[NOTE COMO A DEFLEXÃO ESTAVA BEM FIXA, ENTRA 233 E 238. E NO FIM A PRÓPRIA MÉDIUM ACABOU INTERROMPENDO O CIRCUITO! ELA PODE TER TENTADO RETIRAR A BARRA DE GRAFITE PARA ESCONDÊ-LA E TÊ-LA DERRUBADO, QUEM SABE?]”
    – Ô Vitor! Quer reconhecer DE UMA VEZ que tal truque é INVIÁVEL? Então em alguns momentos a dita indicação ficou fixa, mas ao LONGO DO EXPERIMENTO, ela VARIOU. Quer dizer então que a madame ficou o tempo todo tirando e colocando a barra de grafite (ué? Cadê o pano molhado?)? Bem, quando experimentei um galvanômetro moderno, segurei os contatos fazendo o máximo para não aumentar e nem diminuir o aperto. A indicação ficava fixa, ao menos nos três primeiros algarismos… Ou será que agora a suposta pouca sensibilidade do galvanômetro de Crookes agora não vale mais?

  823. Marciano Diz:

    “ Suponho então que, dando esse assunto por encerrado, os cavalheiros concordaram comigo de que Crookes fez o seu trabalho bem feito e seus críticos, antigos e modernos, só fizeram refutações cagadas.
    É isso?”
    .
    Não!
    De minha parte, eu deixei bem claro o que penso sobre Crookes:
    .
    1. Marciano Diz:
    OUTUBRO 4TH, 2013 ÀS 20:43
    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Katie_King4.jpg
    Crookes? Espírito materializado? Esta foto?
    Seriously?
    It seems rather crooked.
    .
    Eu só acho que esse assunto já deu. Ninguém vai convencer ninguém e “. . . como diria o filho de Davi, [O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
    Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
    Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois].
    Eclesiastes 1:8-11
    Tudo o que havia para ser dito sobre o caso já o foi.
    Vocês estão andando em círculos.
    E eu que não acreditava em “time loops”.]

  824. Guto Diz:

    Pessoal, to viajando, mas quando voltar vou responder as minhas próprias perguntas e contarei os causos. E, Marciano, sim a FAMÍLIA DEVE SER a INSTITUIÇÃO MAIS IMPORTANTE, SEMPRE!!! Valeu!

  825. Guto Diz:

    Montalvão, sobre a última pergunta, realmente, o EQUILÍBRIO em tudo É A MELHOR OPÇÃO! Depois respondo mesmo, agora tô na casa da minha sogra! Abraços!

  826. Guto Diz:

    Ah! Responder por terceiros é algo inimaginável no sentido de tentar acertar, pois vocês não veem como os outros veem as coisas. A linha de raciocínio, com certeza, passa distante, entre o cético e o crente (espírita) pois o entendimento da vida e das coisas é outro e, consequentemente, as respostas. Verão as minhas. Valeu!

  827. Larissa Diz:

    Gorducho:
    Mas agora que se compra pela INTERNET câmaras infravermelhas, poderemos montar nosso experimento com essas, não Professor.
    Não precisaremos do galvanômetro.
    Vamos providenciar?
    .
    Eu: vamos!

  828. Marciano Diz:

    Guto,
    Quando for responder ao seu próprio questionário, gostaria que respondesse às indagações que fiz ao responder suas questões de números 7 e 9, aqui reproduzidas:
    .
    “7) O que, DE FATO, podemos afirmar que É VERDADEIRO, BOM E PURO nessa v:ida?
    R.: O QUE TEM A VERDADE A VER COM PUREZA E BONDADE? POR QUE A VERDADE PRECISA SER BOA OU PURA? QUAL O CONCEITO DE BONDADE E DE PUREZA? (Resposta minha, não dos espíritas).
    A Verdade é a conformação do objeto com o juízo, no sentido escolástico (ATENÇÃO! SENTIDO ESCOLÁSTICO, NÃO ESCOLAR). Quando o juízo não corresponde ao objeto, estamos diante do erro e quando não há juízo, nem se sabe da existência do objeto, é ignorância mesmo.
    Bondade, diferentemente de verdade, é um conceito que varia no tempo e no espaço. O que era bom ontem não é bom hoje, o que é bom aqui, não é bom lá.
    Pureza tem muitos conceitos, em geral, é a propriedade daquilo que não foi contaminado. O conceito, quando apropriado por religiosos, sofre tremenda distorção, virando coisas disparatadas, diferentes e enganosas.
    Já os espíritas, provavelmente dirão que a verdade é boa e pura.
    A verdade é o que é, nós podemos conhecê-la, pensarmos que a conhecemos ou ignorá-la completamente.”
    .
    “9) O que os senhores pensam ser imprescindíveis na vida?
    R.: Genericamente falando, a única coisa realmente imprescindível na vida é a ausência da morte. Nem o ar é imprescindível, ou não existiriam bactérias anaeróbicas, como o Clostridium botulinun.
    QUANDO GUTO FALA DE “VIDA” ESTARÁ SE REFERINDO À VIDA APENAS DE HUMANOS, OU QUALQUER ESPÉCIE DE VIDA, INCLUSIVE DE MONERAS, POR EXEMPLO?”
    .
    Além de sanar minhas dúvidas ilustradas acima, gostaria que comentasse o que pensa do que propus nas respostas às questões de números 10 e 11, a saber:
    .
    “10) Qual é a melhor instituição feita por homens?
    R.: Depende do conceito de instituição.
    Se for no sentido de estruturas e costumes sociais estabelecidos consuetudinariamente, penso que seja a família. Sem ela, não teríamos evoluído até o ponto a que chegamos. Mas isso não tem o sentido piegas que se emprega nas religiões, e sim na seleção natural das espécies, assunto ainda ignoto para Guto.
    11) Na dúvida, com relação as interações humanas, os senhores escolhem o quê? A razão ou o sentimento?
    R.: Os espíritas diriam o sentimento, falsos e piegas como eles são. Eu prefiro a razão, sem ela somos todos umas bestas e não se precisa de sentimento para fazer o bem. Se fazemos o bem somente para satisfazermos um sentimento nosso, estamos sendo egoístas. Fazêmo-lo por nós mesmos (desculpem a colocação do pronome átono).”

  829. Marcos Arduin Diz:

    “Crookes? Espírito materializado? Esta foto?”
    – Pois é, de Morte.
    Ficam falando por aqui de FOTOS SÉRIAS, mas o que seria uma? Os céticos não dizem e eu também não sei.
    O Crookes bateu essa foto, que coincidia com o que ele via e o que os seus colegas viam. Sábios céticos diziam que ele sofria de alucinações e, obviamente, a máquina e o filme fotográfico também.
    Mas o que há de errado na foto? Dirão: não é uma fantasma materializada e sim a médium disfarçada de fantasma. É isso?
    Será que o Crookes nunca teria pensado nisso? Será que seus colegas nunca teriam reparado nisso? Gozado é que ele deixa nas suas notas informações de que pensou nisso sim e comparou as características físicas da fantasma com as da médium e NÃO COINCIDIAM.
    Mas isso não interessa a vocês céticos, certo?

  830. Marciano Diz:

    “Será que o Crookes nunca teria pensado nisso? Será que seus colegas nunca teriam reparado nisso?”
    .
    Arduin, vendo essa foto eu fico é desconfiado da seriedade de Crookes. Por isso eu disse que suspeito que ele fosse meio crooked.
    Consta da biografia dele que ele sempre teve um pé no além.
    Bem que ele poderia, depois de desencarnado, contribuir para a divulgação da doutrina, mas parece que não quis se materializar, fornecer provas de que realmente existia algo sério nas experiências espíritas.
    Nem através de psicografia, pelo que sei, Crookes se manifestou.
    .
    Da mesma maneira que Doyle, que perdeu um filho na guerra e perdeu o juízo em seguida, Crookes passou a acreditar na possibilidade de espíritos depois da morte prematura de seu irmão Phillip. Ou seja, como Doyle, ele tinha interesse em acreditar.
    Trevor Hall (http://en.wikipedia.org/wiki/Trevor_H._Hall) forneceu provas documentais de que Crookes teve um caso com uma das médiuns que supostamente investigava (Florence Cook). Foi publicado aqui: Trevor H. Hall. (1963). The Spiritualists: The Story of Florence Cook and William Crookes. Helix Press.

    Ele foi membro da Sociedade Teosófica e do Ghost Club, o qual chegou a presidir (Janet Oppenheim (1988). The Other World: Spiritualism and Psychical Research in England, 1850-1914. Cambridge University Press. p. 347).
    Sobre o Ghost Club, leia aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/The_Ghost_Club
    Cartas e entrevistas mostraram que Crookes acreditava em espiritualidade. Cadê o ceticismo dele? ( Doyle 1926: volume 1, 232 – 233)

    Entende a razão pela qual eu acho que Crookes was crooked?

  831. Larissa Diz:

    Alguém mais percebeu q a Katie King é a cada da Florence Cook? http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/1968/florence-cook-katie-king-a-garota-que-era-sua-propria-fantasma
    .
    Arduin, não dá pra engolir isso!

  832. Larissa Diz:

    * é a cara e não é a cada.
    .
    Essa é a maior evidência de fraude.

  833. Larissa Diz:

    Nem mesmo sites espiritualistas acreditam no caso king/cook/crookes.

  834. Larissa Diz:

    http://www.mysteriouspeople.com/Katie-King-Medium.htm

  835. Vitor Diz:

    Arduin,
    comentando:
    01 – “E como é que excitação, constrangimento ou nervosismo ajudaria a uma artista de palco a fazer sua fraude?”
    .
    Simples. Passa a ser uma explicação plausível para as variações nas correntes, ajudando a mascarar a fraude.
    .
    02 – “E por acaso o Stephenson DEMONSTROU a TAMANHA IMPORTÂNCIA do suor em comparação com um mataborrão ou pano de linho ensopados de solução salina? No que é que o suor ganharia dessa dita solução?”
    .
    A questão não é essa. Veja o papel do suor na fraude:
    .
    Podemos agora conjecturar sobre o que Florence pode ter feito caso ela tenha de fato trapaceado. Vamos supor que ela não foi avisada sobre o teste, ou pelo menos sobre os detalhes dele, e que ela não teve a oportunidade de praticar com o aparelho. Podemos então supor que, quando Florence e os assistentes subiram as escadas para a sala de visitas após o jantar, ela estaria um pouco nervosa sobre o resultado. É de se esperar que esse nervosismo, combinado com o calor do seu abundante vestuário vitoriano, poderia ter dado início a sua transpiração, de modo que quando Varley ligou os eletrodos a corrente estava bastante elevada. Seu nervosismo continuava quando a sessão começou, enquanto ela esperava que o momento adequado surgisse antes de agir. Ela sussurrou, imitando a voz de ‘Katie’. Durante esse tempo, ela também pode ter dobrado as mangas do vestido, tomando cuidado para não mexer nos fios. Às 7.25, ao perceber que não havia chamado a atenção de Varley no galvanômetro, ela iria tratar dos preparativos finais. Talvez ela tenha dobrado a saia e a anágua exterior e prendido ambas nos ombros, apresentando assim uma figura branca e esbelta sobre a qual ela poderia vestir a musselina extraída de debaixo da saia, ou de outro lugar. (Parece que isto poderia ter sido feito na Chapa 4 de M. & G.) Suas pernas estariam então mais expostas ao ar e ela pode ter sentido frio subitamente, o que fecharia as glândulas sudoríparas, produzindo um aumento na resistência e a grande queda na corrente. Ela agora estaria pronta para aparecer nas cortinas. Ela faria isso em etapas fáceis, tomando cuidado para não mover as moedas, gradualmente mostrando mais de si mesma, sempre mantendo as mãos para baixo para esconder os eletrodos. Tudo corria bem, talvez, até às 7.36, quando ela teria ouvido Varley dizer a Harrison que houve uma queda brusca na corrente que coincidia com o movimento do seu braço; Florence pode então ter apressadamente recolhido e verificado as moedas através do tato descobrindo, para o seu espanto, que uma delas havia quase pulado para fora do elástico. Ela pode tê-la puxado de volta e mostrado os braços de novo imediatamente, em uma tentativa de restaurar a confiança de Varley; isto teria sido, no entanto, um momento desagradável para ela, e o choque pode explicar o novo nível da corrente sendo marginalmente mais elevado do que antes. O resto da sessão aconteceu sem qualquer empecilho; Florence, sabendo quais manobras ela já tinha feito sem ser detectada, estaria disposta a dar uma demonstração de escrita e movimentos dos dedos, que envolvem relativamente pequenos movimentos do braço. Seus problemas haviam terminado; o circuito foi quebrado antes que Varley tivesse permissão de aproximar-se dela, e ela provavelmente teve tempo suficiente para por em ordem suas roupas, antes que ele aparecesse. Esse, então, é um programa possível.
    .
    E antes, que vc pergunte, sim, ele fez diversos experimentos relativos ao suor:
    .
    Uma das questões mais interessantes a se investigar é se a grande queda pode ser reproduzida por um fechamento das glândulas sudoríparas. Na verdade, este foi o meu principal objetivo na maioria dos testes que executei. Primeiro tentou-se deixar o sujeito quente e suado e depois resfriá-lo. Descobri que, dessa maneira, um aumento adequado na resistência pode ser produzido com frequência, mas que normalmente a mudança ocorre mais lentamente do que nos registros de Varley (ver pág. 399 acima). Em minhas tentativas de duplicar esta queda, portanto, eu tentei resfriar os sujeitos rapidamente.
    O programa era geralmente este. (1) O sujeito sentava e em seguida era conectado ao circuito. (2) Ele (ou ela) era envolto em cobertores, ingeria bebidas quentes, atendia aos pedidos de tensionar e relaxar os músculos, e era assustado com vários truques; em um caso três aspirinas também lhe foram dadas. Todos esses passos tendem a provocar a transpiração. Este estágio geralmente dura uma hora ou mais. (3) Quando a resistência dele estava baixa, os cobertores foram retirados, as janelas abertas, e o sujeito foi ventilado com uma grande folha de papelão. (4) O sujeito permanecia no circuito durante alguns minutos a mais. Se ele já apresentava sudorese, o estágio (2) podia ser excluído.
    Obviamente, isso produz uma mudança bastante severa nas condições, e eu tenho argumentado que, se a grande queda não pode ser reproduzida por esses meios, então teremos que repensar a causa.
    .
    Descobri que com algumas pessoas a grande queda pode de fato ser repetida desta maneira. Pessoas diferentes reagem de forma diferente, porém, obtive apenas duas respostas que se aproximam da de Varley, nos demais casos a queda foi demasiado pequena ou demasiado lenta. Os dois testes bem sucedidos são mostrados nas figs. 8 e 9, nas quais o programa básico é indicado pelos números usados acima. A fig. 8 foi obtida com um indivíduo do sexo masculino de 18 anos e a fig. 9 com um sujeito do sexo feminino de 21 anos. É interessante notar que existem dois aspectos secundários destes gráficos que apresentam semelhanças marcantes com o de Varley. (i) Em todos os casos, há uma ligeira hesitação na queda descendo parte do caminho (e isso eu também observei em minhas tentativas menos bem-sucedidas). (ii) No gráfico de Varley e na fig. 9 (e em várias das minhas tentativas menos bem-sucedidas) há uma ultrapassagem descendente no final da queda, seguida por um ligeiro aumento da corrente. Tudo isto me sugere que a grande queda foi realmente provocada por uma alteração na resistência da pele.

    .
    03 – “Ô Vitor! Quer reconhecer DE UMA VEZ que tal truque é INVIÁVEL?”
    .
    Por quê? Estou mais do que convencido de que o truque é perfeitamente possível.
    .
    03 – “Então em alguns momentos a dita indicação ficou fixa, mas ao LONGO DO EXPERIMENTO, ela VARIOU. Quer dizer então que a madame ficou o tempo todo tirando e colocando a barra de grafite (ué? Cadê o pano molhado?)?”
    .
    O pano molhado aí não serve para nada. A barra é um substituto muito melhor. A variação é pouquíssima, mas pode ser explicada por toques involuntários na barra, nos fios, qq coisa. E ela interrompeu o circuito. Ela deve ter feito isso para esconder a barra, já que já tinha passado no teste.

  836. Guto Diz:

    Marciano, uma vez você escreveu que não se deve julgar o que uma pessoa tem a dizer só porque ela possa ter alguma crença ou algo diferente na sua história pessoal. Perguntei sobre o autor de artigo que o Montalvão indicou sobre dinossauros, lacertinos e outros… Quando quis verificar a fonte, lembra?
    Devemos usar dois pesos e duas medidas diferentes no caso do Crookes?
    Valeu!

  837. Marciano Diz:

    Guto, você voltou a se fazer de desentendido.
    Cientista parte do ceticismo para a certeza.
    Se o cara quer provar alguma coisa de antemão, a gente desconfia.
    É o caso de Crookes, e eu até entendo. A morte do irmão deve ter sido muito dura pra ele.
    O mesmo vale para o Conan (não o bárbaro, o Doyle).
    Não se faz ciência com crença, mas com pesquisas, hipóteses, verificações, DEMONSTRAÇÕES, etc.
    Einstein só passou a ser levado a sério depois do teste do eclipse.

  838. Marciano Diz:

    E Conan não era nem bárbaro nem cientista, só médico fracassado e escritor bem sucedido.

  839. Guto Diz:

    Meu caro, o que quero dizer é que o teste que o Arduin fizer não terá validade então? De antemão deverá ser tachado como falso?

  840. Gorducho Diz:

    Que teste o Professor vai fazer?

  841. Guto Diz:

    Gorducho, é só uma suposição. O que quis apontar é que a palavra de um cético vale mais do que uma pessoa que possa possuir alguma crença? Os cientistas, para terem validade, deverão ser todos céticos, pois a palavra do cético é a que conta? É a que garante a VERDADE dos fatos presenciados e narrados? Serão todos investigados sobre possível contato com algum tipo de crença e se assim existir, deverão ser descartados como cientistas idôneos?

  842. Guto Diz:

    Marciano, procurando entender melhor sobre a teoria da evolução, cheguei ao um blog.
    Acho interessante conhecer. Segue link: http://pos-darwinista.blogspot.com.br/
    ???? E aí? Onde está a teoria correta? Onde está a verdade? Quem está certo ou errado sobre a teoria da evolução das espécies?
    Teorias ……. Valeu!

  843. Gorducho Diz:

    O que quis apontar é que a palavra de um cético vale mais do que uma pessoa que possa possuir alguma crença?
     
    Ciência não se faz com “palavra” nem com crenças. Faz-se com experimentos e respectivos registros. No caso do Crookes, os registros dos experimentos com a Florrie, i.e., as fotos, mostram que se tratava da mesma envolta em panos brancos (numa, com o vestido preto por baixo; noutra trepada numa banqueta ou similar para parecer mais alta).
    Dúvidas esclarecem-se fazendo novos experimentos, em outros laboratórios, com outros pesquisadores.

  844. Guto Diz:

    Gorducho, entendo isso, mas descartar uma possível verdade porque ela ainda não pôde ser comprovada científicamente, nos moldes apresentados, é algo que muitos céticos podem estar perdendo, não acha? Você acredita piamente que temos todo conhecimento e capacidades para compreender todas as coisas? O fato dos céticos não terem vivenciado situações sem expicação racional não quer dizer que elas não acontecem. Contarei meus causos, logo que regressar. Valeu! Abraço.

  845. Guto Diz:

    Ah! Gorducho, isso que escreveu foi presenciado e registrado por Crookes ou está sendo interpretado? Quem presenciou o fato para registrar? Dessa vez fui mesmo. Valeu!

  846. Marcos Arduin Diz:

    De Morte, é o seguinte:
    Crookes ao longo de sua vida como cientista NUNCA aceitou o New Spiritualism. No máximo, teve alguma simpatia pela Teosofia, que RENEGA comunicações mediúnicas (só os grandes mestres dela é que conseguem contatos com avatares espirituais). Se ele considerou a hipótese espírita, foi só no fim da sua vida, quando sua esposa faleceu e um fotógrafo-médium obteve uma foto do espírito dela.
    O fato de um cara considerar válido o Espiritismo NÃO FAZ dele um crente babaca só por conta disso. No caso dessa foto da esposa falecida, Crookes comparou a foto obtida com todas as que ele tinha da sua esposa e NENHUMA conferia. Também tomou o cuidado de manter a chapa em seu poder e apenas saiu de suas mãos quando foi para a câmara fotográfica. Depois ele a pegou de volta e ele mesmo a revelou.
    Então, meu caro, ele fez pesquisas com o mediunismo, foi membro de associações espiritualistas, mas no que se trata de PESQUISA, ELE MANTEVE-SE CÉTICO ATÉ O FIM. Ser cético não é sinônimo de ser INCRÉDULO e sim ser uma pessoa que DUVIDA.
    .
    E o Trevor Hall não passou de um babacão, que na falta de argumentos para refutar o Crookes, saiu com essa de que ele e a Florence Cook foram amantes. NADA PROVA ISSO. E Crookes validou médiuns homens inclusive. Estaria apaixonado por eles também? Isso o Trevor aí não explica.

  847. Toffo Diz:

    Caramba, neste blog o Crookes tem mais ibope que CX! Como diriam os maranhenses, estou enfadado com essa discussão crookiana. Volto quando (e se) terminar.

  848. Marcos Arduin Diz:

    Larissa, observe as fotos da fantasma e da Florence. Note que o septo nasal da médium era BAIXO, visível na foto, mas NAS FOTOS DA FANTASMA, ele NÃO APARECE. Meio difícil fazer uma fraude dessas, não acha?
    .
    Além disso, quando Crookes começou a lidar com isso, havia a Florence e a Rosina Showers. Crookes fez 8 sessões com ambas. Em quatro delas, já achou que com a Florence valia a pena investir mais. Mas com a Rosina, ele fez 8 sessões e depois mais 8 e NÃO FICOU SATISFEITO. Motivo? Simples: a fantasma produzida pela Florence era VARIÁVEL em altura e aspecto. Já a da Rosina era SEMPRE IGUAL à médium em tudo. No fim ela acabou admitindo ser uma fraude mesmo.
    .
    O Crookes estudo a Florence/Kate King ao longo de 3 anos e fez VÁRIOS testes que demonstravam que a fantasma NÃO ERA a médium disfarçada. Mas o pessoal cético tem o desagradável costume de varrer tudo isso para baixo do tapete. É gozado o posicionamento cético sobre fotografias: se endossam o fenômeno mediúnico, então NÃO VALEM como prova de nada. Se permitem deduzir ou supor alguma fraude, aí sim VALEM COM PROVA.
    .
    Registrado.

  849. Gorducho Diz:

    Se ele considerou a hipótese espírita, foi só no fim da sua vida,
     
    E o artigo na Popular Science Review de ’61 (conservação da vis viva da vela vs conservação da alma demonstrável pela fé) é o que?

  850. Marcos Arduin Diz:

    “Simples. Passa a ser uma explicação plausível para as variações nas correntes, ajudando a mascarar a fraude.”
    – Isso só seria uma explicação plausível se o médium tivesse controle sobre sua sudorese e não me parece que ninguém consiga isso.
    .
    Não estou muito convencido dessa questão do suor por dois motivos:
    1 – Num dia quente, não havia razão para moça alguma usar ABUNDANTE VESTUÁRIO VITORIANO, no máximo usaria saia e ceroulas. Anáguas e musselina são coisas que o Stephenson está SUPONDO apenas.
    .
    2 – Se há papel mataborrão encharcado de solução salina, como o suor interfere com as duas coisas? Se fosse o contato DIRETO com a pele, aí dá pra se entender, mas com solução salina, fica estranho. Além disso, as condições foram MUITO FORÇADAS (a Cook não ficou sob cobertores, nem foi ventilada por folha de papelão), mas mesmo assim ele só obteve dois resultados aproximados com o que Varley notou.
    .
    “Por quê? Estou mais do que convencido de que o truque é perfeitamente possível.”
    – Eu não. Nem nunca foi testado. Só suposto…
    .
    “O pano molhado aí não serve para nada. A barra é um substituto muito melhor. ”
    – Ah Bom! Então você não tem opinião própria sobre a fraude. Ela depende de quem apresentar o chute melhor…

  851. Montalvão Diz:

    .
    Marcos Arduin Diz:
    “Não, meu filho, ou a coisa é séria ou não é coisa alguma…”
    ARDUIN – Ou o partido político é sério, ou não é coisa alguma… Você conhece algum partido sério neste país? Pode até haver gente séria neles, mas o que eu faço com a gente sacana?
    Ô meu! Médiuns são pessoas comuns, cujos espíritos solicitaram ou foram convidados a exercer certa missão na Terra. Mas se vão cumpri-las como manda o figurino, ah! Isso é com eles. De há muito se sabe que a posse de mediunidade não torna uma pessoa santa, nem sábia. Pensei que já soubesse disso.
    .
    COMENTÁRIO: entre médiuns e políticos (no sentido que usualmente se dá ao termo) deveria haver rotunda diferença. O problema de ser a mediunidade coisa séria não se cinge somente aos médiuns: a espiritualidade é tal qual o pior dos médiuns ou pior. É uma bagunçada só. Situação inesperável no que seria a mais importante revelação à humanidade, ou seja: a certeza de que há portas e janelas abertas para o espiritual. Se for verdade que essas portas místicas existem, quem planejou o processo o fez tão bagunçadamente que entende-se porque nada nesse contexto funciona produtivamente. E nenhum dos cultivadores do sobrenatural demonstra perceber o esculacho, parecem não estar nem aí para as contradições e absurdos da imaginada comunicação interdimensional: querem mesmo é curtir a fantasia.
    ./
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    “Deveria ter, sim, dito a Home: “não basta que diga que são salafrários, há que demonstrar”
    ARDUIN – Acha que os pesquisadores não conheciam a “peça”? Sabedores do ego do cara, sabiam não precisariam perder seu tempo com exigência de explicações, que EM NADA seriam melhores que aquelas que nossos sábios céticos atuais fornecem. Os pesquisadores sabiam muito bem o que faziam e sabiam que NÃO ESTAVAM sendo empulhados, JÁ QUE NÃO SERIA POSSÍVEL A NENHUM FARSANTE PASSAR NOS TESTES QUE FAZIAM. Quando havia farsantes, esses eram flagrados com a mão na massa. Entendeu?
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    COMENTÁRIO: na sua cabecinha de santo onofre as coisas devem funcionar como diz, mas a realidade muito difere do que concebe. Havia “médiuns” (e não eram poucos) várias vezes flagrados em fraude que continuavam prestigiados (veja a história de Fay, de Margery…). Pesquisadores vários insistiam nos bons resultados de seus investigamentos, mesmo quando seus testados demonstravam-se salafrários em experimentos outros. Reveja o caso da Margery (que já deve ter lido mais de uma vez, e talvez não tenha notado o que deveria) que é sugestivo desse quadro. Em verdade o mais comum eram safados enganarem pesquisadores que estes adotarem controles à prova de logro. Conan Doyle não temia pôr seu prestígio em risco na defesa fanática de reconhecidos malandros. Não poucos pesquisadores estavam comprometidos até as orelhas com validações espúrias, e não se animavam reconhecer terem errado, ou estavam já embriagados da certeza de terem descoberto a espiritualidade: defenderiam até a morte suas teses e crenças.
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    Especificamente, no que tange aos experimentos de Crookes, há indicações que o cientista não desenvolveu metodologia que fosse aplicável às pesquisas gerais (trabalhava mais no improviso) e seus registros eram passíveis de controvérsias. Considere, ilustrativamente, o que diz Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira em seu estudo sobre a “nova força”.

    “A bibliografia primaria utilizada neste trabalho foi constituida basicamente pelos trabalhos de William Crookes sobre o espiritualismo e sobre outros temas (para comparacao), e por trabalhos de outros pesquisadores da epoca, que foram consultados para fins de comparacao e esclarecimento de algumas questões.
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    Foram analisados detalhadamente os trabalhos publicados por Crookes no Quarterly Journal of Science a partir de julho de 1870, quando o cientista anunciou oficialmente sua decisão de estudar os fenomenos espiritualistas. Assim, foram examinados os seguintes artigos: “Spiritualism viewed by the light of modern science”, de julho de 1870, “Experimental investigation of a new force” e “Some further experiments on psychic force”, respectivamente, de julho e outubro de 1871. Todos esses artigos foram reapresentados por William Crookes no livro Researches in the phenomena of spiritualism , em 1874, e reimpressos, em 1972, por R. G. Medhurst e M. R. Barrington, em Crookes and the spirit worid .
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    Esse ultimo livro apresenta um capitulo no qual sao transcritos relatos de sessoes extraidos dos cadernos de anotacoes do proprio Crookes, bem como relatos de sessoes que o cientista publicou nos Proceedings of the Society for Psychical Research , em 1889. Pôde-se, entao, fazer uma analise conjunta de cada um dos artigos com as sessoes referentes ao periodo transcorrido entre a publicacao de um artigo e outro.
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    Esse procedimento revelou-se bastante proficuo, possibilitando, entre outras coisas, a CONSTATACAO DE DISCREPANCIAS ENTRE O QUE O CIENTISTA PUBLICAVA NOS ARTIGOS E O QUE HAVIA OBSERVADO NAS SESSOES REALIZADAS NA MESMA EPOCA. ALEM DISSO, FOI POSSIVEL NOTAR QUE O PESQUISADOR, PROVAVELMENTE, NAO EMPREGAVA UMA METODOLOGIA PREESTABELECIDA PARA LIDAR COM ESSES FENOMENOS.

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    “Algumas se estragaram ao serem reveladas, outras na regulagem da luz. [trabalho porco]”
    ARDUIN – Não seja injusto ô meu! Naqueles tempos fotografia era uma coisa cara e exigia muita habilidade. E os equipamentos não eram de modo a facilitar as coisas. Juntos pesavam mais de 50 quilos… Não havia “lâmpada de flash”. A coisa era obtida pondo-se pó de magnésio sobre uma bandeja e acendendo-se um cordel. Nem sempre se dava para acertar o momento em que o magnésio se inflamava e nem se a quantidade era certa (não havia padronização e um sacana poderia colocar menos magnésio e mais alguma outra coisa para ganhar no peso…).
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    COMENTÁRIO: tá certo, concordo plenamente, apenas mostrei igual jogo do acusador de céticos que, ante qualquer miúdo deslize, porcorifica tudo o que realizaram. Porém, há que ser severo com Crookes, visto que ele era especializado em fotografias em vez de mero amador. Veja trecho da tese “William Crookes e a Nova Força”:
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    “Por volta de 1852, William Crookes iniciou seus estudos de fotografia, em que a luz, um agente físico, era utilizada para produzir efeitos químicos. No ano seguinte, publicou, no Journal of the Photographic Society, um trabalho sobre suas fotografias de anéis coloridos, característicos de certos cristais quando colocados entre anteparos de turmalina e sob a luz polarizada. Ele teria sido um dos primeiros cientistas a utilizar a fotografia como forma de registro de fenômenos científicos.” […] “William Crookes resolveu, nessa época, dedicar-se à fotografia, atividade que lhe rendeu algum dinheiro devido ao interesse de várias instituições. A Royal Society financiou suas fotografias da Lua e o Science and Art Department custeou experimentos sobre meios portáteis de iluminar objetos em locais escuros, para que pudessem ser fotografados.”
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    “Ao todo tenho quarenta e quatro negativos, alguns inferiores, outros sofríveis, e alguns excelentes.” [QUE SUMIRAM]”
    ARDUIN – Como sabe [que sumiram]?
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    COMENTÁRIO: elementar, meu caro arduinuótson, sumiram porque desapareceram: a maioria está em paradeiro desconhecido, caso ainda exista. Se ocê conhece o endereço delas informe, por favor, pois até onde se sabe somente, oito desses quarenta e quatro negativos são conhecidos. Das fotos sobreviventes as melhores permitem confirmar que a médium e o fantasma eram igualzinhos… Crookes dissera ter “acidentalmente” acabado com a maioria das imagens… Confira os trechos abaixo, extraídos da tese “William Crookes e a Nova Força”:
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    “Provavelmente devido a ter recebido críticas que tentavam invalidar os seus experimentos sobre os fenômenos espiritualistas, alegando que era impossível repeti-los nas mesmas condições, Crookes parece fazer questão de frisar que não teria obtido uma única fotografia isolada. Explica que, em cada noite, três ou quatro chapas eram expostas nas cinco câmeras, resultando em aproximadamente quinze diferentes retratos para cada sessão. Nem todos os quarenta e quatro negativos obtidos teriam a mesma qualidade: alguns seriam excelentes, outros razoáveis e outros ruins, danificados na revelação ou pela regulagem da quantidade de luz.”
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    “CROOKES, Researches in the phenomena of spiritualism p. 123; MEDHURST & BARRINGTON, Crookes and the spirit world, p.137. Segundo Gordon Stein, William Crookes não teria permitido que essas fotos fossem publicadas. O PRÓPRIO CROOKES TERIA ALEGADO QUE ACIDENTALMENTE DESTRUIU A MAIOR PARTE DAS QUARENTA E QUATRO FOTOS OBTIDAS. Apenas oito, dadas pelo cientista a outras pessoas sob a condição de que nunca deveriam ser tornadas públicas, ficaram conservadas. Algumas dessas foram apresentadas após a morte do cientista (STEIN, The sorcerer of kings, p. 46).”
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    “[e os que ele não conhece?]”
    ARDUIN – SÓ HÁ DUAS ACUSAÇÕES DE FRAUDE: aquela do Volkman e essa do Stiwell. Nenhuma delas foi conclusiva.
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    COMENTÁRIO: bem, bem, bem… quantas acusações de fraude lhe satisfariam? Mil? É certo que nenhuma foi conclusiva, e não foi porque não houve espaço para os acusadores trabalharem de modo a dar certeza. É certo também que Crookes não toparia expor suas médiuns queridas a verificações drásticas, tampouco os assistentes estavam dispostos a permitir que o ato agarrativo fosse levado às últimas consequências… Em suma: tudo para proteger o médium e suas materializações e pouco ou nada para favorer boas investigações…
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    ARDUIN E eu já lhe falei dessa tal transfiguração. Ela é isso mesmo que está explicada aí. Tivesse havido fraude, as roupas brancas da fantasma teriam sido encontradas lá no gabinete. Mas NINGUÉM as achou…
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    COMENTÁRIO: essa “tal” transfiguração parece muito mais explicação casuística para justificar as suspeitíssimas parecenças entre o médium e seu materializado… As roupas não foram achadas? E acha que a malandra iria dar esse mole?
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    ARDUIN: Bem, quais são mesmo as causas da catalepsia? Não estou dizendo da explicação da médium e sim das causas médicas, já muito bem apuradas e investigadas. Diga aí.
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    COMENTÁRIO: o que tem a catalepsia convencional com a ostentada pela médium? Esta parece ser uma representação da moça, a fim de desviar a atenção do pesquisador de algum ponto que lhe pudesse indicar algo estranho.
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    “não podemos hoje recriar o ambiente nem as movimentações havidas nos experimentos antigos.”
    ARDUIN – Por que não? O Stephenson até chegou perto…
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    COMENTÁRIO: pode-se, ante as dificuldades atuais, no máximo criar um simulacro. Se houvessem médiuns materializadores disponíveis e dispostos a serem verificados aí seria diferente, visto que, embora iguais condições dificilmente pudessem ser reprisadas, pelo menos poder-se-ia testar a alegação de que desencarnados visitam nosso mundo vestidos de carnes e roupas.
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    “Qualquer detalhe que os relatantes deixassem de comentar pode alterar tremendamente a condição de análise adequada.”
    ARDUIN – Isso se o cético quiser achar pelo em ovo… Porque os mágicos que investigaram a Eusápia não disseram que não havia alçapão no quarto do hotel, Weissman concluiu que… havia. Se os céticos querem INVENTAR para salvar a fé cética, aí fica complicado mesmo. Mas se não, os protocolos são bem suficientes para isso. Porém, conforme pode ver lá mais acima, nem fazer ao parecido com o que está nesses ditos protocolos, o pessoal cético faz…
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    COMENTÁRIO: se Weissman achou que tinha alçapão onde outros não acharam temos de conhecer as razões do pesquisador para asseverar tal coisa. O caso é que em experimentos espiritualistas ocorrências miúdas mas importantes podem ser postas de lado, seja por falta de atenção do pesquisador, seja porque, em se tratando de investigador comprometido, este perceba que aquele item poderia mostrar fragilidades no procedimento. A maneira de dar firmeza a perquirições da mediunidade se faz pela repetição de experimentos por investigadores diversificados, com a aplicação de controles variados, buscando-se incrementar mais e mais a segurança da experiência. O trabalho de Crookes não está acima de contestações, em termos de fiscalização segura. Mesmo que estivesse não seria suficiente para dar certeza de que desencarnados andaram pela morada do cientista. O fenômeno teria de ser achado por grande número de pesquisadores, de modo a fundamentar o conhecimento, produzir teoria explicativa e preditiva. Mas, como está estafado de saber: nada disso aconteceu.
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    “Veja seu imbróglio com o galvanômetro: foram referidas múltiplas possibilidades de implementar a fraude. Mas não se pode saber ao certo se alguma delas é cemporcento aplicável ou se a médium descobriu outro caminho possibilitador do engodo. A solução para a encrenca estaria em que aqueles pesquisadores fizessem o que não fizeram: dar seguimento às pesquisas (como acontece na boa ciência) até poderem promulgar um tratado das materializações e uma teoria nos moldes científicos que sustentasse a realidade do fenômeno. Cadê esse tratado e essa teoria? Procurei-os em bibliotecas, na internet… nada…”
    ARDUIN – Não há nenhum problema com o galvanômetro e por causa disso, o pessoal cético fala em “inúmeras possibilidades de fraude”, mas só apresentam umas três ou quatro, TOTALMENTE inviáveis.
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    COMENTÁRIO: Não sei nada de “inúmeras” possibilidades de fraudes, mas vi em escritos do Polidoro, de C.D. Broad, e outros que o aparelho não seria ininganável. Você é que não admite, porque admitir feriria profundamente a fé que deposita na existência de pelo menos um evento seguro de materialização. Por exemplo, Broad, que parece entender razoavelmente do mecanismo elétrico envolvido no teste disse (entre outros pronunciamentos), no artigo “OS TESTES ELÉTRICOS DE CROMWELL VARLEY COM FLORENCE COOK”:
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    “No caso de uma médium fraudulenta, então, fornecida com uma bobina de resistência adequada e com instruções de como usá-la e hábil em fazê-lo, seria de se esperar variações súbitas na leitura do galvanômetro pouco antes da materialização ostensiva surgir, constância na leitura enquanto a figura perambulava pelo ambiente, e novamente variações súbitas após ter re-entrado no gabinete e pouco antes de os assistentes serem admitidos à presença da médium. Infelizmente, como me parece, pode-se esperar praticamente o mesmo comportamento por parte do galvanômetro, se a médium não fosse fraudulenta e a materialização genuína. Se, como os espiritualistas sustentam, o espírito materializado retira parte ou toda a sua substância do corpo da médium, certamente seria surpreendente se a resistência elétrica desta última não se alterasse subitamente quando a materialização começasse e, novamente, quando terminasse. Então, PARECE-ME QUE NÃO ESTAMOS NEM AQUI NEM LÁ COM O MÉTODO DE CONTROLE DE VARLEY. Tudo o que se pode dizer é que uma súbita e completa queda para zero por parte do galvanômetro no início de uma suposta materialização seria uma circunstância altamente suspeita.”
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    COMENTÁRIO: na avaliação de Broad, tanto faz a materialização ser real quanto fraudulenta iguais oscilações no aparelho controlador seriam registradas. Se for como ele analisa, significa que o galvanômetro é inócuo como controle. E Broad continua:
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    “Isso para o experimento que o próprio Varley conduziu, e em que Crookes foi meramente um dos assistentes. Como já mencionado, Harrison se refere a um segundo experimento, realizado numa ocasião posterior, em que Crookes era o experimentador e Varley estava ausente. Como dito acima, ele alega que Crookes permitiu somente fio suficiente para permitir que a médium, tivesse ela se movido, aparecesse na abertura das cortinhas do quarto escuro usado como gabinete. Ele alega que, apesar disso, a figura veio de ‘seis a oito pés além das cortinas, adentrando na sala…’. Ele alega também que Crookes fez ‘Katie’ mergulhar suas mãos numa solução de iodeto de potássio, e que isso não causou mudança no galvanômetro defletor. SE TUDO ISSO É VERDADE, segue-se que ou ‘Katie’ não era idêntica à médium, ou a médium não estava mais no circuito, e alguma resistência equivalente tinha sido substituída temporariamente por seu corpo. NÃO TEMOS DADOS PARA DECIDIR ENTRE ESSAS DUAS ALTERNATIVAS.”
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    COMENTÁRIO: Broad sugere que o experimento de Crookes não fora taxativo e que há declarações difíceis de serem aceitas sem testagens conferitivas. O autor continua:
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    “DEVO DIZER QUE ACHEI A COISA TODA EXTREMAMENTE CONFUSA. Em vista do que nós sabemos sobre os primeiros e contemporâneos associados de Florence e da história posterior dela, É ANTECEDENTEMENTE PROVÁVEL QUE ELA ESTIVESSE FRAUDANDO NESSA OCASIÃO. Mas eu não consigo pensar em nenhuma maneira óbvia, consistente com as observações, em que ela pudesse tê-lo feito. Devo me contentar com as seguintes observações hipotéticas. Vamos supor que o que eu tentei mostrar acima é muito difícil de conciliar com o comportamento registrado do galvanômetro, que ela fraudou temporariamente substituindo uma bobina de resistência pelo seu próprio corpo no circuito. Isso iria pressupor, da parte da médium, a posse e encobrimento de uma bobina de resistência adequada, o conhecimento de como usá-la, e habilidade considerável em fazer duas substituições sem quebrar o circuito. Em 1874 a aparelhagem elétrica era uma raridade, e a familiaridade com seu funcionamento era confinada a alguns poucos peritos. Não podia haver muitas pessoas no círculo de Florence que teriam o conhecimento técnico e os recursos materiais para fornecer Florence com os meios de fraude nesta maneira, e com o treinamento necessário para capacitá-la a usá-los com sucesso. Uma pessoa obviamente teria sido Crookes, mas ele não necessariamente teria que ser a única. Se, portanto, acharmos (apesar das dificuldades que eu apontei em conciliar essa hipótese com os fatos registrados) que Florence estava fraudando deste modo quando foi testada por Varley, e se supormos que Crookes era a única pessoa em seu círculo com as qualificações necessárias para capacitá-la a agir assim, não será fácil resistir à inferência de que Crookes era seu cúmplice intencional. Mas é justo dizer que a primeira dessas hipóteses não é de forma alguma provável, e que a segunda não é de forma alguma certa.
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    Não posso fazer afirmações quanto ao conhecimento de teoria elétrica ou técnica, e eu admito francamente que achei o negócio todo dos testes elétricos de Varley em Florence Cook extremamente confusos. Deve haver membros da S.P.R. com qualificações muito superiores às minhas para expressar uma opinião e realizar experimentos. Escrevi essas notas na esperança que algumas delas sejam respondidas. SERIA EXTREMAMENTE DESEJÁVEL QUE OS EXPERIMENTOS FOSSEM REPETIDOS, TÃO PRÓXIMOS QUANTO POSSÍVEL DAS MESMAS CONDIÇÕES QUE VARLEY DESCREVE (com soberanos e tudo o mais!) com alguma pessoa que dê tudo o de si para fraudar o controle; e assim estabelecer o que pode e o que não pode ser estabelecido no modo de subterfúgios.”
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    COMENTÁRIO: nos trechos acima, Broad ressalta dois aspectos importantes: 1) considerando não só a experiência em si, mas o histórico da médium, há probabilidade de que tenha utilizado subterfúgios para enganar Crookes; 2) seria fortemente recomendável a repetição do experimento. Então podemos legitimamente indagar: se o experimento com o galvanômetro aparentou ser eficaz porque, para sedimentar a boa impressão, não se o repetiu nas mesmas condições e em condições variadas, com os mesmos médiuns e com outros? Por que outros pesquisadores não lançaram mão do petrecho nos estudos que conduziram?
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    ARDUIN Eu posso fazer experimentos com tubos de ensaio e substâncias químicas até o dia da minha morte, mas não posso exigir que um médium fique à minha disposição até eu convencer os céticos de que o fenômeno mediúnico é real. Ele não funciona igual a reagentes químicos…
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    COMENTÁRIO: ninguém tem que fazer experiências “para convencer céticos”, tem que realizar experimentos de boa qualidade. O convencimento vai depender dos resultados. Tampouco se faz necessário que médiuns estejam disponíveis a perder de vista. Se houvesse real miolo nas alegações mediúnicas experiências produtivas se realizariam sem grande dificuldade.
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    Marcos Arduin Diz: Já que os MODERNOS CÉTICOS acusam os antigos pesquisadores de serem farsantes, ou burros, ou tapados, ou ingênuos que se deixaram empulhar risivelmente, então eu me sinto no direito de exigir que demonstrem que têm razão no que dizem. Mas se não fazem isso, que culpa tenho eu se os experimentos são antigos?
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    COMENTÁRIO: razões foram dadas às mancheias, a parte renitente não aceita nenhuma delas. Nem o fato de os espíritos terem fenecido no presente, visto que não mais se apresentam ao mundo (só no mundinho dos crentes) é considerado relevante.
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    Marcos Arduin Diz: Moisés e Vitor ficam com essa de fraudes dos médiuns… Isso é outra coisa que NÃO ENTENDO. Os ditos médiuns eram capazes de fraudes habilidosíssimas, mesmo fiscalizando o ambiente, o médium, testemunhas, etc e tal, NADA ACHAVAM DE FRAUDE. Mas estranhamente os tais médiuns, tão hábeis, teriam sido pegos em fraude com um barbantinho amarrado no dedo por um leigo qualquer… É mole?
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    COMENTÁRIO: os médiuns não eram médiuns, eram hábeis simuladores. Tirante os poucos inocentes que se acreditavam reais contatadores do além, os grandões, os que conquistaram fama eram todos aproveitadores. Se não fossem é certo que hoje as manifestações da espiritualidade estariam em patamar inimaginável. Do mesmo modo que as descobertas da ciência do passado produziram conhecimento crescente, igual situação teria se dado com as atividades espirituais se fossem realidade. Essa alegação de que NADA ACHAVAM DE FRAUDE é totalmente sem sentido. Médiuns dos quais pesquisadores desatentos ou desejosos de confirmarem a espiritualidade em ação não viam nenhum vestígios de fraude eram adiante revelados verdadeiros mestres da malandragem. Um dos poucos que dizem ter escapado sem flagras (o que não o isenta de também ser parlapatão) foi Dunglas Home.
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    MARCOS ARDUIN DIZ: O meu problema não é supostamente fixar-me no passado. O problema é que a certos experimentos, a MODERNA (e antiga) comunidade cética diz resolvê-los apenas SUGERINDO FRAUDE. Nem sequer inventam argumentos novos: pegam as bobagens ditas pelos céticos de antigamente. Por isso digo que o livro O Espiritismo à Luz dos Fatos, embora editado em 1935, ainda é atualíssimo, pois os novos céticos continuam usando os mesmos argumentos dos velhos céticos de 1930 e antigamente… O Arnaldo até já mostrou isso.
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    COMENTÁRIO: O Espiritismo à luz dos Fatos, de Carlos Imbassahy é medíocre apologia mediúnica, produzida por autor relativamente bem informado e muito tendencioso em suas explanações. Cada vez que examino a obra encontro menos razões para considerá-la válida mesmo como fonte de informações sobre acontecimentos passados.
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    “Trabalhos levados a termo na época romântica do espiritualismo, em que controles rigorosos eram mera fachada e nada tinha de rigorosos, ao contrário, deixavam frestas para a passagem de múltiplas safadezas, ”
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    ARDUIN – O meu problema com essas frestas é que poderiam ser FACILMENTE fechadas pelo pessoal cético, bastando descrever que se fosse feito assim, assado, frito ou cozido, um aprendiz de ilusionista faria TUDO igualzinho foi registrado pelos pesquisadores. Mas quando se faz uma cobrança disso, aí vem a desculpa de que “não sabemos se os pesquisadores registraram mesmo tudo direitinho”. Realmente é uma piada: porque estava no escuro, porque estava no gabinete, isso é prova de que houve fraude. E quando não havia escuro, nem gabinete… há fraude do mesmo jeito. Enfim, nada do que se diga contenta esse pessoal. Então é um toma lá e dá cá: nada do que o pessoal cético me diga, SEM DEMONSTRAR, me convence.
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    COMENTÁRIO: esse discurso de que tem que explicar tintim por tintim como as fraudes ocorreram é que não cola mais. Boas explicações existem e vem sendo apresentadas nas múltiplas discussões havidas. O que tem que ser requerido são experimentos atuais, que confirmem os resultados passados. Isso os mediunistas são incapazes de apresentar, porque não podem. Se não podem significa que ou a espiritualidade tá sacaneando todo mundo, até os que nela tanto acreditam, ou inexiste real ação de espírito dentre os vivos. Escolha a opção que mais lhe agrada…
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    “Não de admirar que nos primeiros anos do século XX as demonstrações de fraude se intensificaram e as manifestações grandiloquentes foram minguando a olhos vistos”
    ARDUIN – Se a investigação anterior era fajuta e mal feita, as demonstrações disso deveriam ter sido muito fáceis para o pessoal cético. Mas por que não conseguem demonstrar isso? Sabe me dizer?
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    COMENTÁRIO: quem disse que não se consegue demonstrar? Considerando o material disponível, os analistas têm mostrado sobejos pontos frágeis nos trabalhos antigos. Além disso, a atividade espiritual, se algum dia houve, não mais existe, pois se houvesse seria já conhecimento generalizado, tanto tempo passado desde que os “espiritos foram derramados”.
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    “prefere ressaltar pequenos equívocos de críticos e denunciadores das traquinagens dos médiuns, transformando-os de analistas dos acontecimentos passados em formidáveis mentirosos.”
    ARDUIN – he he he – Lembra-me num curto período que fiz FATEC, que o professor de física lembrava de erros GROSSEIROS, como falhas bobas e EVITÁVEIS. Eram coisas como erro de paralaxe (ler de lado um marcador em vez de olhar de frente), ler o valor errado (em vez de 100 registrar 1000), etc. Pode defender o Houdini o quanto quiser, Moisés e Vitor, mas registrar uma queda de força elétrica em 1875 como uma oportunidade para que a Eva Fay trocasse uma mão por um joelho e aí fizesse TODA a fraude, isso é um erro PRA LÁ DE GROSSEIRO. É erro de estupidez mesmo.
    O Polidoro, ao ler isso e ENDOSSAR tudo, confirmando que NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS DE QUE TAL TRUQUE DE FATO OCORREU, só pode ser um mentiroso ou um tremendo babaca. Eu aposto no primeiro.
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    COMENTÁRIO: erros a ciência (por meio de seus cientistas) comete de montão, se quiser vai achar um caminhão de exemplos. Só tem uma coisinha que está esquecendo: a ciência se autocorrige. Mesmo que alguns equívocos perdurem mais do que deveriam, acabarão sendo acertados. E pelo visto, ainda que indiretamente, a ciência consertou o erro dos cientistas do passado que investigavam o sobrenatural e entenderam tê-lo desvelado, visto que na atualidade esse desvelamento se mostra irreal. Portanto, a conclusão é simples e cristalina: a espiritualidade pode existir, mas não age dentre os vivos e os que deram certeza de que essa ação fosse verdadeira erraram.
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    “Elevando às escâncaras o que podem ter sido deslizes informativos da parte desses críticos (deslizes irrelevantes no contexto geral de seus trabalhos), e fazendo desses escorregas sólidos argumentos para desmerecer tudo o mais que realizaram.”
    ARDUIN – No caso específico aqui NÃO FORAM deslizes e sim mentiras descaradas MESMO. Polidoro LEU o relatório do Crookes e SÓ ISSO já daria para ele ver que o truque de substituir mão por joelho SERIA IRREALIZÁVEL… Mas ele não tem mais dúvidas de que de fato ocorreu.
    Moisés, NÃO ADIANTA. Pode me apresentar quantos textos quiser do Houdini e do Polidoro, na tentativa de mostrar que são coisa séria, que isso NÃO VAI mudar o que falaram da Eva Fay. Mentira é mentira e acabou.
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    COMENTÁRIO: ok, essa é sua posição assumida desde o início das conversas, o que não aconteceu hoje nem ontem, já vão alguns anos que não move um dedinho em direção ao razoável, que é reconhecer que os espíritos não estão entre nós, pois se estivessem experiências modernas, mais promissores e esclarecedoras que as antigas, estariam em andamento. Suas acusações contra Houdini não mudam o fato de que foi um dos grandes investigadores da mediunidade no início do século XX e o que mais revelou fraudadores.
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    “A verdade sobre Houdini é bem outra: o mágico era meticuloso em seu trabalho investigativo e ostentava requintado tirocínio quando avaliava afamados médiuns, muitos dos quais haviam sido atestados legítimos por outros investigadores.”
    – Cadê o tirocínio dele quanto à uma queda de força numa inexistente rede elétrica no ano de 1875? O gato comeu?
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    COMENTÁRIO: o tirocínio aplicava-se na avaliação de médiuns, que era confirmado pelas experimentações que levou a termo; o que destaca como de falha de Houdini nada tem a ver com o trabalho investigativo que conduziu, seria, ser for conforme noticia, erro de informação, por ter aceito depoimento de uma anciã sem conferí-lo.
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    “Para dar mostras da firmeza e severidade com que Harry Houdini realizava suas investigações (rigor este dificilmente visto entre os grandes nomes da pesquisa mediúnica) e, ao mesmo tempo, provar que o aviltado Polidoro não é o bobalhão que vem sendo pintado, apresento artigo do italiano no qual relata o estudo que fez das investigações de Houdini com uma das grandes médiuns do século XX, Mina Stinson, mais conhecida por “Margery”.”
    ARDUIN – E por que ele não aproveitou e não fez testes com a Eva Fay? Ah! Claro… Ela não disse ser médium e sim ilusionista e aí não haveria o que testar… Se ele tivesse visto um galvanômetro, ia ver que não tinha pino para a tomada e aí… NO QUE É QUE UMA QUEDA DE FORÇA INTERFERIRIA NO FUNCIONAMENTO DELE?
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    COMENTÁRIO: meu filho, quando Houdini encontrou Fay ela estava aposentada de suas aldrabices. Todo o contexto em torno da atuação de Fay indicava tratar-se de habilidosa ilusionistas, ao que parece, ela assumiu o papel de médium quando se viu ovacionada como tal por seus admiradores e entendeu que poderia tirar lucro dessa condição. Fay vivenciou complicada crise familiar quando seu filho casou-se, em 1898, com Eva Norman e com ela montou espetáculo concorrente ao da mãe. O filho de Annie Fay por vários anos a acompanhou e suspeita-se que fosse seu assistente oculto em diversos dos truques que apresentava. Parece que a nora queria superar a sogra em fama e se autoproclamou a “sacerdotisa do misticismo”. Nos primeiros anos do século XX Fay era respeitada como ilusionista, em 1913 foi homenageada por uma associação londrina de mágicos, que a elegeu dama de honra da instituição.
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    ARDUIN – Quem falou em teatro e rede de força elétrica sujeita a quedas repentinas de energia (inexistente em 1875) foi o HOUDINI, que disse ter obtido isso de uma entrevista que fez com a Ana Eva Fay. Polidoro leu o livro dele (o mesmo que o Malvadão está postando um artigo aqui e que já foi discutido neste blog) onde está esse registro e eu o coloquei lá cima (esqueceu-se?). E provando sua alta sapiência e argúcia cética, Polidoro leu esse lance de teatro e energia elétrica, leu o relatório publicado do Crookes (que diz que os experimentos foram feitos na casa dele), e decidiu que Houdini estava com a razão. E conclui todo ufano: – NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS DE QUE TAL TRUQUE OCORREU.
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    MOISÉS DEVERIA SE FIAR NISSO QUANDO DIZ QUE OS EXPERIMENTOS FORAM MAL FEITOS, MAL ESCRITOS, MAL REGISTRADOS, ETC E TAL.
    Se o polidoro não tem dúvidas de que o tal truque ocorreu, então é porque o relatado pelos pesquisadores foi bem feito e não deixa margens às dúvidas… Notou alguma coisa estranha?
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    COMENTÁRIO: não digo que disse o que diz que eu tenha dito: falei, e mantenho, que há grande probabilidade de nem todos os detalhes dos experimentos terem sido relatados e essas omissões dificultarem adequada avaliação. Por que afirmo tal probabilidade? Por que dela há forte indícios, conforme ilustrei com textos precedentes. A maneira de conferir se essas prováveis omissões conspurcaram ou não os resultados dos experimentos aconteceria pela realização de experimentos atualizados. Se estes noticiassem conclusões aproximadas às dos pesquisadores pioneiros, ponto para eles e para os mediunistas. Só que hoje temos uma mediunidade raquítica, restrita aos sítios crentes, incapaz de se prestar a investigações minimamente satisfatórias. Se isso não for a derrocada do sonho de que espíritos agem entre os vivos, o que poderá ser?
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    Para tentar fechar o périplo em torno de Annie Eva Fay, seleciono trechos do artigo do Polidoro, amaldiçoado por Arduin, em que encontramos informações esclarecedoras. Neles posto meus comentários. Verificaremos quão injustos, inadequados e inaceitáveis são os qualificativos que Arduin vota a Polidoro, por deixar de considerar as importantes informações que o autor dá sobre a carreira de Fay, informações que, sem dúvida alguma, demonstram ser a mulher simples ilusionista (embora muito habilidosa) e que a própria assim se reconhecera.
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    (Trechos de “A Mentalista que enganou Crookes”)
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    QUEM ERA EVA FAY?
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    POLIDORO: “Annie Eva Heathman nasceu em Southington, Ohio, em 1850 (ela não revelou a data). Saiu de casa bem jovem e interessou-se por teosofia e misticismo. Disse em certa ocasião ter sido discípula de Mme. Blavatsky, morando com ela e ajudando-a em seus trabalhos. Quando ela partiu, tendo sido presenteada por Mme. Blavatsky com um belo xale, Annie teve que ganhar sua própria vida e decidiu subir ao palco como uma leitora de mentes, especialidade que ela apresentou até sua última apresentação em Milwaukee em 1924.”
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    Sua primeira apresentação pública como uma artista psíquica aconteceu num prédio escolar em New Portage, Ohio. Quando ela se casou com seu primeiro marido, Henry Cummings Melville Fay, um auto-proclamado médium, ambos decidiram atuar juntos no palco e apresentaram um desempenho intrigante.
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    O QUE FAY REALIZAVA?
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    POLIDORO: Annie sentava-se num tamborete, dentro de num gabinete então aberto à frente. Alguns voluntários, supervisionados por Melville Fay, amarravam-na ao tamborete. Um amarrava seu pulso esquerdo, no meio de uma longa tira de pano, com muitos nós, uns por cima de outros, e um segundo voluntário fazia o mesmo com seu pulso direito. Ela tinha suas mãos postas atrás de suas costas e eles uniam as duas tiras juntas e amarravam o pano num anel de arreio, que estava firmemente embutido num poste vertical atrás do gabinete. Outro pedaço de fita era amarrado atrás do pescoço da médium, e as pontas eram presas num grampo mais alto no mesmo poste. Uma ponta de uma corda longa era enrolada ao redor de seus tornozelos; a outra era segura por um espectador ao longo da apresentação que se seguia.
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    Depois que Annie parecia entrar em transe, Melville Fay colocava um aro em seu colo e fechava a cortina em frente ao gabinete. Um segundo depois ele abria a cortina: o aro agora estava no pescoço de Annie. Removendo o aro, ele colocava um violão no colo da esposa, fechava a cortina e sons eram ouvidos pelo dedilhar das cordas. […]
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    Os Fays, que ficaram famosos em sua apresentação como “O Fenômeno Indescritível”, nunca reivindicaram abertamente haver intervenção de espíritos. Realmente, era uma apresentação ilusionista típica, introduzida inicialmente por Laura Ellis, que seguia os passos de outras apresentações semelhantes, como o “Gabinete do Espírito” dos Davenport (Polidoro 1998), que combinavam escapismo e temas espiritualistas. Uma versão perfeita do “Fenômeno Indescritível” ainda vem sendo executada hoje em dia pelos mentalistas Glenn Falkenstein e Frances Willard. Annie era audaciosa o bastante para apresentar outros truques e ilusões junto de seu ato principal: um “Lenço Espiritual Dançante”, uma “Mão batedora”, e uma “Levitação” foram incluídas por anos em seu programa.
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    COMENTÁRIO: fica muito claro que os Fay (Ana e o marido) apresentavam inicialmente um xou de mágicas. Naqueles tempos não era incomum que ilusionistas assumissem o papel de médiuns, visto que essas exibições eram altamente prestigiadas. Alguns ora eram mágicos ora médiuns, dependendo das circunstâncias. Outros que se destacaram por suas habilidades preferiram se fixar como intermediários dos espíritos porque viram nesse papel melhores oportunidades financeiras.
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    […]
    POLIDORO: “Por algum tempo na América, suas apresentações eram tidas e havidas como um real exemplo de espiritualismo. Emma Hardinge, uma médium e historiadora de espiritualismo, em seu livro Modern American Spiritualism (1870), declarou que as fraudes de Melville Fay foram “abertamente expostas pelos próprios Espiritualistas”; John W Truesdell, um cético da época, concordou que Fay era uma velhaca. PARECE CLARO QUE O JEITO DE ANNIE SE APRESENTAR ERA DE ACORDO COM O PÚBLICO: SE LIDAVA COM ESPIRITUALISTAS, DIZIA TER PODERES MEDIÚNICOS, E SE ATUAVA NUM TEATRO, DEIXAVA QUE O PÚBLICO PENSASSE O QUE BEM ENTENDESSE, UMA ATITUDE ADOTADA POR OUTROS MENTALISTAS DA ÉPOCA, COMO OS PIDDINGTONS.”
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    COMENTÁRIO: o testemunho de Emma Hardinge é importante porque esta era uma espiritualista em tempo integral, além de se intitular médium. Emma escreveu vários livros defendendo a atividade de desencarnados. Ao identificar Melville como fraudador, indiretamente, estava incluindo Fay, visto que os dois atuavam juntos. Para ilustrar o peso da opinião espiritualista de Emma Hardinge, apresento trechos de sua bibliografia:
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    Emma Hardinge Britten
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    Grandes Vultos do Espiritismo
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    Desencarnada em 1889.
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    Nenhuma história do Espiritismo seria completa sem referências a essa notável escritora, que foi denominada Apóstolo Paulo feminino do movimento espírita.
    […]
    De educação protestante, repelia com energia qualquer aproximação com os espíritas, entretanto, no ano de 1856, foi novamente posta em contato com o Espiritismo, quando teve provas irrefutáveis das verdades por ele apregoadas.
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    Logo descobriu que era, também ela, poderosa médium, podendo-se afirmar que um dos casos mais bem documentados, e que alcançou notável sensacionalismo, foi a sua informação de que o navio “Pacific” tinha naufragado no Atlântico médio, perecendo todos os passageiros.
    […]
    Em 1866 voltou ela para a Inglaterra, onde desenvolveu intensas atividades, produzindo duas grandes obras: “Moderno Espiritualismo Americano” e “Milagres do Século Dezenove”, livros esses que representaram interessantes pesquisas, unidas a um raciocínio claro e lógico.
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    No ano de 1870 casou-se com o Dr. Britten, espírita tão devotado quanto ela.
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    Tudo indica que foi uma união realmente feliz. Em 1878 foram à Austrália e Nova Zelândia, na qualidade de missionários do Espiritismo, ali demorando muitos anos e fundando numerosas sociedades.
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    Quando na Austrália, ela escreveu: “Fé, Fatos e Fraudes da História Religiosa”, livro que ainda hoje exerce relativa influência.
    […]
    Ernesto Bozzano, um dos maiores escritores espíritas, profundo investigador, homem de ciência, polemista emérito, cuja obra honra e engrandece a Doutrina Espírita, em notável depoimento escrito para a revista “La Luz Del Porvenir”, relatou que o livro “Moderno Espiritualismo Americano”, lhe foi muito proveitoso no período de sua conversão ao Espiritismo.
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    POLIDORO: “Quando os Fays chegaram a Londres em junho de 1874, os anúncios para suas apresentações no Queen’s Concert Rooms, Hanover Square, mencionaram “entretenimentos incluindo sessões espíritas à luz e às escuras todos os dias”, “manifestações misteriosas,” e “uma série de efeitos estonteantes”; porém, não havia sugestão alguma de que eles tivessem qualquer relação com o espiritualismo. Todavia, ANNIE ACREDITOU QUE ELA MESMA SERIA UMA MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS.
    [Montalvão: Aqui a tradução parece não ter ficado boa, seria melhor: “ANNIE SE VIU SAUDADA COMO MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS]
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    POLIDORO: Imediatamente, começou a receber a atenção de vários investigadores psíquicos; F. W. H. Myers, por exemplo, que mais tarde seria um dos principais fundadores da Sociedade de Pesquisas Psíquicas, expressou seu interesse numa “investigação extensa da mediunidade da Sra. Fay” William Crookes, entretanto, deixou claro que queria ele ser o primeiro a examiná-la.
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    Em um comentário interessante feito em carta por Myers a seu colega Sidgwick, o primeiro diz, depois de mencionar Crookes, que “o leão não se permitirá ser privado de seu filhote _ nem o filhote de seu leão,” sugerindo que Crookes tentava fazer de Eva a sua protegida pessoal e que Eva não se opunha em assumir tal papel (Dingwall 1966).
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    COMENTÁRIO: há indícios, pois, de que o apetite sexual de Crookes era intenso e ele não via problemas e aproveitá-lo quando a oportunidade surgisse, mesmo que fosse oportunidade mediúnica. Já vi textos de Arduin em que ele se posiciona veementemente contrário a essa suposição, alegando que um homem respeitável como Crookes jamais se prestaria a esse papel. Acontece que quando a paixão desperta, carneiros transformam-se em leões, desde que o mundo é mundo que situações assim ocorrem.

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    POLIDORO: Foi por essa época que John Nevil Maskelyne e George Alfred Cooke, dois mágicos britânicos famosos que tinham seu próprio teatro em Egyptian Hall e já haviam expostos os truques usados pelos irmãos Davenport, incluíram em seu espetáculo “Uma sessão indescritível,” com Cooke, sendo amarrado da mesma maneira dos americanos, duplicando seus feitos.
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    COMENTÁRIO: os truques teatrais do casal (que conforme Polidoro esclarece, quando a situação pedia se apresentava na roupagem de médiuns) haviam sido reproduzidos pela dupla de mágicos (Maskelyne e Cooke).
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    POLIDORO: Era possível neutralizar esta exposição que Annie Eva Fay, uma artista de teatro que se viu como centro de atenção de um corpo de homens de eminente saber literário e científico, sendo tratada como uma “médium” a quem era necessário “investigar”, sucumbisse à tentação e aceitasse seu novo papel. Se os investigadores psíquicos estavam determinados em ver se era uma médium, então ela concordaria e tiraria bom proveito disto enquanto pudesse, restabelecendo deste modo a sua reputação e promovendo mais interesse do público aos seus espetáculos.
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    As experiências mais importantes de todas feitas sobre a “mediunidade” de Annie foram, sem dúvida, os “testes elétricos de Crookes”, feitos em sua própria casa em fevereiro de 1875 (Crookes 1875).
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    Para estas sessões, Cromwell F. Varley, outro membro da Royal Society, forneceu um circuito de controle elétrico, uma versão ligeiramente modificada do que foi usado por Crookes com a médium Florence Cook. Para ter certeza que a médium, sentada em um gabinete cortinado, não pudesse livrar-se das cordas, Crookes pediu-lhe que apertasse as duas manivelas de uma bateria, construída de forma a interromper a corrente se ela soltasse qualquer uma delas, e nesse caso o marcador cairia a zero. FAY CONSEGUIU, DE ALGUMA MANEIRA, PRODUZIR SUAS MANIFESTAÇÕES, APESAR DE O CONTATO TER PERMANECIDO CONSTANTE.
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    COMENTÁRIO: fica claro que o espetáculo do casal Fay era xou de ilusionismo e, embora fossem reputados médiuns por admiradores (fama que não recusavam por lhe proporcionar publicidade), suas encenações haviam sido reprisadas por mágicos que não se intitulavam medianeiros. Se Myers e Crookes sabiam desse fato não fica esclarecido até este ponto do artigo. No trecho acima Polidoro expõe o óbvio: que Fay de alguma maneira ludibriara Crookes. Nesse ponto o expositor não intenta dar explicação de como isso aconteceu, basta para ele (e para qualquer que leia o texto considerando o contexto da atividade dos Fay) que se eles eram simuladores profissionais porque a mulher se transformaria em autêntica contatadora de espíritos diante de Crookes?
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    POLIDORO: Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto. Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.
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    COMENTÁRIO: demonstração de que Crookes e Varley não foram rigorosos nos controles, precisou que terceiros lhe alertassem de uma das várias possibilidades de ludibriar a fiscalização do aparelho.
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    POLIDORO: O sucesso nestas experiências deu alento à excursão de Annie das províncias inglesas; porém, quando ela se apresentou em Birmingham, em maio, era novamente descrita como o “Fenômeno Indescritível” e seu espetáculo era visto como um entretenimento (Dingwall 1966). Aparentemente, no fim de sua excursão, seu gerente, insatisfeito com o fato que as investigações dos cientistas não terem produzido qualquer ganho adicional a seus bolsos, escreveu para J. N. Maskelyne sugerindo organizar uma exposição pública da sua ex-cliente. Ele se ofereceu, por uma soma significativa de dinheiro, ser capaz de revelar como os experimentos de Crookes haviam sido burlados. Maskelyne recusou a oferta, então o empresário escreveu a ele novamente, apresentando-lhe a Srta Lottie Fowler, outra excelente mística, que podia reproduzir os truques de Fay e excursionou, seguindo a mesma rotina de Annie quando esta deixou a Inglaterra.
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    COMENTÁRIO: arduin se fixa exclusivamente NO QUE DIZ SER MENTIRA de Houdini e pisada na bola de Polidoro: a inexistente falta de energia elétrica no teatro. Nem de longe considera as múltiplas demonstrações de que os Fay eram artistas da prestidigitação, muito menos as embrulhadas em que os dois se envolveram.
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    POLIDORO: Exposições e Confissão
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    A exposição das apresentações de Annie aparecia ocasionalmente na imprensa. Em 12 de abril de 1876, Washington Irving Bishop, um antigo membro da companhia americana de artistas de Fay, e que depois se tornou um dos maiores mentalistas de toda região, revelou ao New York Daily Graphic como os truques dela eram realizados. A DESPEITO DA EXPOSIÇÃO, ELA CONTINUOU TRABALHANDO COM O SUCESSO HABITUAL E REINTRODUZIU O ATO DA LEITURA DE MENTES EM SEU PROGRAMA. Blocos eram distribuídos e membros do público eram convidados por seu marido a escrever perguntas, assinar seus nomes, destacar e dobrar as folhas e manter os pedaços de papel dobrados seguros em suas mãos. Depois, Annie, vendada, predizia corretamente o conteúdo das folhas de papel e respondia às perguntas escritas neles. Ela chamou esta parte do espetáculo de “Somnolency”, adaptado de “Somnomancy”, o nome Samri S. Baldwin, “The White Mahatma”, foi dado ao ato que ele inventou.
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    COMENTÁRIO: vê-se que Annie era versátil, se denunciada não se fazia de rogada, adaptava-se a outra forma de atuação. Embora as denúncias de fraude não abalassem de todo seu prestígio como médium, para variar, passou a apresenta-se como “mentalista”, agora lia mentes e continuava faturando.
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    POLIDORO: Em 1906 H.A. Parkyn, editor da revista Suggestion, contribuiu com um longo artigo sobre os métodos dos truques usados pela Srta Fay em seus testes de leitura de boletos, descrevendo a preparação dos blocos e o uso de cúmplices no meio do público. ESTA “EXPOSIÇÃO” ERA DESNECESSÁRIA, DESDE QUE NAQUELE MOMENTO ELA ESTAVA DECLARANDO EM SEU PROGRAMA QUE PESSOAS CRÉDULAS E TOLAS NÃO DEVIAM SER INFLUENCIADAS PELA SUA APRESENTAÇÃO, UMA VEZ QUE ELA “NÃO ERA UMA MÉDIUM ESPIRITUALISTA” e não existia nada “de sobrenatural ou milagroso” em sua apresentação.
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    COMENTÁRIO: vê-se que quando a situação pedia, Fay deixava de lado a suposta mediunidade e se assumia com artista de espetáculos. Aqui a negação partia da própria Fay. No entanto, sua fama como médium penetrara na alma do grande público e mesmo ante várias demonstrações de que a espiritualidade não atuava por seu intermédio, ainda assim não paravam as demonstrações de que tudo não passava de espetáculo de ilusionismo. Nada obstante, o sucesso da artista continuava.
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    POLIDORO: Era o máximo das negativas de qualquer poder sobrenatural, exposições adicionais ocorreram em fevereiro de 1907, quando o Professor W. S. Barnickel descreveu alguns de seus métodos e em janeiro de 1911, quando Albini, o mágico, expôs seu ato “Somnolency”; Ainda Assim, OS TEATROS PÚBLICOS LOTAVAM AONDE ELA SE APRESENTAVA.
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    POLIDORO: Seu filho, John T. Fay, casado com Anna Norman, uma das assistentes do espetáculo da Eva, saíram de casa, e ambos fizeram seu próprio negócio chamado “Os Fays.” Quando John morreu em 1908, a viúva fez seu próprio espetáculo e chamou a si mesma de “Sra. Eva Fay, A Alta Sacerdotisa de Misticismo.”
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    Obviamente, Annie ficou ressentida pela nora usar uma nomenclatura tão semelhante à sua própria, mas nunca tomou ação legal para fazê-la parar.
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    EM 1912 ANNIE VISITOU A EUROPA NOVAMENTE E QUANDO ELA CHEGOU A LONDRES, ONDE ELA SE APRESENTOU NO COLISEUM, OS ESPIRITUALISTAS AINDA ESTAVAM PRONTOS PARA SE MARAVILHAREM DE SEUS PODERES SOBRENATURAIS. Um deles, J. Hewat McKenzie, anunciou que podia descobrir o segredo da Eva: ele disse que suas manifestações eram feitas por um pequeno par de mãos e braços materializados, como aqueles de um macaco, e estes saíam de seu tórax. Ele sabia disso, pois alegou poder sentir “o odor da emanação do matéria psico-plástica” durante uma apresentação. Este mesmo homem reivindicara anteriormente que ele soube como que Houdini executava suas fugas: “desmaterializando seu corpo,” naturalmente (Doyle 1930).
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    Durante sua visita, o investigador e mágico psíquico Eric J. Dingwall, que a descreveu como “extremamente cativante, com uma aparência perfeita e olhos azuis cintilantes”, foi bem sucedido na recepção de sua proposta e a elegeram como a primeira Dama Hnorável Associada ao Circulo de Mágicos (Dingwall 1966).
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    COMENTÁRIO: certamente a simpatia que Fay irradiava lhe proporcionava vantagens. Vê-se que a associação de mágicos a reconhecia como uma das suas e não consta que Fay (que a essa altura havia publicamente declarado não ser médium) tenha renegado que fosse algo além de versada nas artes mágicas.
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    O trecho que vem a seguir é importante porque mostra o equívoco de Arduin em sua avaliação e o exagero com que enaltece pequenos deslizes (não confirmados) transformando Houdini de sério e atento investigador do sobrenatural em reles mentirososo. Observem.
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    POLIDORO: Nos onze anos seguintes ela continuou a atrair multidões onde quer que atuasse. Devido a um acidente, fez sua apresentação final em Milwaukee em 1924. Em julho do mesmo ano ela recebeu uma visita de Harry Houdini.
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    Houdini a considerou “uma das mais inteligentes médiuns da história” e a apresentou como “um nada valioso(?)” [Montalvão: creio que a tradução de “nada valioso” seria algo aproximado de “diamante valioso”] cabelo e olhos penetrantes, dos quais “grandes raias de inteligência relampejariam dentro e fora.” “É uma pequena maravilha,” ele observou, “que com sua personalidade ela podia enganar os gigantes mentais da nossa época e das passadas” (Silverman 1996).
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    Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. “Ela falou livremente de seus métodos,” registrou Houdini. “Nunca em qualquer momento deu a entender que acreditou em espiritualismo.” Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma das manivelas da bateria na dobra do joelho, mantendo o circuito fechado, mas liberando uma mão para fazer como ele pediu.
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    COMENTÁRIO: em 1924 Fay já havia de muito, ela própria, admitido publicamente não ser médium. Além disso, diversos mágicos reproduziram seus feitos. Fay recebera homenagem de Associação de mágicos. Tudo demonstra que não havia espíritos no caminho de Anne Eva Fay. Arduin garante ser impossível a ela transferir o contato para a dobra do joelho sem que fosse denunciada. Por conta dessa “certeza” defende que a mulher fora autêntica médium e Polidoro seja um bobalhão e Houdini um grandessíssimo mentiroso. No entanto, não vê (o artigo do Polidoro lhe dá todas as informações de que precisaria) que a história de Fay é uma história de alguém habilidoso nas lides mágicas, jamais a de um legítimo médium (coisa que não existe).
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    POLIDORO:Um ano depois ela anunciou seu plano de deixar as dez casas de sua propriedade em Melrose Heights para atores e atrizes pobres, mas morreu em 20 de maio de 1927, antes de concluir os detalhes finais de seu projeto.
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    A revelação de Annie Eva Fay a Houdini do modo de como ela enganou Crookes foi confirmado anos mais tarde, quando o investigador psíquico Colin Brooks-Smith encontrou um dos galvanômetros usados por Crookes no Museu de Ciência em Londres. A máquina foi consertada e posta a trabalhar.
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    Brooks-Smith relata o seguinte: “não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão, sem produzir qualquer grande movimento no indicador do galvanômetro.” Num segundo teste, ele diz: “virei ambos os elétrodos para baixo e os introduzi em minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres, sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro.” Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva, mas também a nota de rodapé explicativa de Houdini de 1924 (pág. 102) que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos, que constituíam-se de soberanos de ouro e papel salino presos aos pulsos e o segurado na dobra de seu joelho” (Brooks-Smith 1965).
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    Não existe mais dúvida, agora, de que aquele truque aconteceu de fato durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda não fica claro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico, e estava dispostos a testar todos elas, ainda que fossem fraudes sinceras como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.
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    Massimo Polidoro é Diretor de Executivo de CICAP (o Comitê italiano para a Investigação de Reivindicações do Paranormal), representante europeu para a Fundação de James Randi Educacional, autor de vários livros que lida com exame crítico de reivindicações paranormais e um estudante diplomado em psicologia na Universidade de Pádua. Ele está trabalhando atualmente em um projeto para Prometheus Books sobre a estranha amizade entre Harry Houdini e Senhor Arthur Conan Doyle.
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    COMENTÁRIO: não há dúvida de que a visão apologética de Arduin procura ciscos confirmadores e despreza pedregulhos negadores de que seus heróis não são médiuns e não materializaram espírito algum.
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    Fim

  852. Marcos Arduin Diz:

    Não conheço o dito artigo, Balofo.

  853. Vitor Diz:

    Ardun,
    comentando:
    01- “Isso só seria uma explicação plausível se o médium tivesse controle sobre sua sudorese e não me parece que ninguém consiga isso.”
    .
    Não é questão de controle ou não. Qualquer variação na corrente poderia ser atribuído ao suor, mesmo “grandes quedas” podem ser explicadas, em vez de fraude, por mero suor (e vice-versa). Ou seja, o experimento de Crookes praticamente não detecta fraude. Só detecta em casos extremos. Ainda há muita margem para diversos truques.
    .
    02 – “Num dia quente, não havia razão para moça alguma usar ABUNDANTE VESTUÁRIO VITORIANO, no máximo usaria saia e ceroulas.”
    .
    Na verdade esse seria o MÍNIMO. Ela não podia sair com menos do que isso! Nem as prostitutas da época poderiam sair com menos do que uma saia e ceroulas. E o abundante vestido vitoriano serviria para esconder artefatos, roupas… vê o problema de não terem revistado a médium? E independentemente de roupas abundantes ou não, o nervosismo pode provocar grandes quantidades de suor.
    .
    03- “Então você não tem opinião própria sobre a fraude. Ela depende de quem apresentar o chute melhor…”
    .
    Por aí vc vê que de fato havia diversas formas de fraudar… o experimento de Crookes não é seguro, não prova as materializações, só prova que ele, Crookes, era muito descuidado.

  854. Gorducho Diz:

    Então leia-o antes de ficar dizendo que ele não era um Crente 🙁
    Eu já postara o trecho neste Sítio.
     
    O Sopro da Vida
    Vol. I, 1861 1862, pg 99
    bem o final do artigo.

  855. Marciano Diz:

    Guto,
    você não tem jeito.
    Ceticismo significa que você parte da dúvida sistemática.
    Não se pode ter certeza de nada antes da investigação.
    E eu já te falei que você não aprende teoria da evolução em cinco minutos.
    Siga meu conselho e de outros, estude em um bom livro de biologia, durante bastante tempo.
    Não pule etapas.
    Você é um crente por natureza, prefere acreditar, em vez de raciocinar.
    Vá em frente, então.
    Desisto de te ajudar.
    Paz e amor.
    .
    Arduin,
    parece que você também não tem jeito.
    O pior é que você tem formação científica.
    .
    Toffo,
    eu já disse mil vezes que esse Crookes já rendeu o que tinha que render.
    Quem mantém o Crookes vivo aqui é o Arduin.
    Acho que vou fazer como você e fechar o bico até que mude a música.

  856. Marcos Arduin Diz:

    “COMENTÁRIO: entre médiuns e políticos (no sentido que usualmente se dá ao termo) deveria haver rotunda diferença.”
    – Por que? São todos humanos.
    .
    “O problema de ser a mediunidade coisa séria não se cinge somente aos médiuns: a espiritualidade é tal qual o pior dos médiuns ou pior.”
    – A “espiritualidade” também é feita de humanos, meu caro, e não pode prever o comportamento de uma pessoa mais do que as outras pessoas encarnadas. Entenda a espiritualidade no contexto ESPÍRITA e não nos moldes cristãos.
    .
    “Situação inesperável no que seria a mais importante revelação à humanidade, ou seja: a certeza de que há portas e janelas abertas para o espiritual.”
    – Essa certeza pode ser obtida quando parentes de falecidos obtêm provas a partir de dados que só eles saberiam e o falecido saberiam, mas o médium não. Você quer acertos EM TUDO. Como já dizia Kardec:
    _ Por se vender vinho falsificado, não fica provado que não existe vinha autêntico.
    .
    “Pesquisadores vários insistiam nos bons resultados de seus investigamentos, mesmo quando seus testados demonstravam-se salafrários em experimentos outros.”
    – Certo… Pois às vezes os médiuns fraudavam voluntária ou involuntariamente. A Eusápia mesmo se queixou ao um pesquisador, pois ele não prendera e aí o “espírito” fez as coisas pelas mãos da médium. Dizendo ele que assim era fraude, ela respondeu:
    _ Sob transe, não tenho controle sobre o meu corpo. Faço as coisas sem ver, nem pensar. Você deveria ter me retido para evitar isso, mas não o fez. É muito ruim.
    .
    “Especificamente, no que tange aos experimentos de Crookes, há indicações que o cientista não desenvolveu metodologia que fosse aplicável às pesquisas gerais (trabalhava mais no improviso) e seus registros eram passíveis de controvérsias. Considere, ilustrativamente, o que diz Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira em seu estudo sobre a “nova força”.
    .
    Esse procedimento revelou-se bastante proficuo, possibilitando, entre outras coisas, a CONSTATACAO DE DISCREPANCIAS ENTRE O QUE O CIENTISTA PUBLICAVA NOS ARTIGOS E O QUE HAVIA OBSERVADO NAS SESSOES REALIZADAS NA MESMA EPOCA. ALEM DISSO, FOI POSSIVEL NOTAR QUE O PESQUISADOR, PROVAVELMENTE, NAO EMPREGAVA UMA METODOLOGIA PREESTABELECIDA PARA LIDAR COM ESSES FENOMENOS.”
    – Mas é uma ANTA mesmo essa Juliana. Metodologias PRE-ESTABELECIDAS são seguidas DEPOIS que uma pesquisa foi consolidada e a partir dela se estabelecem protocolos definidos. Eu até publiquei um receituário para uso em Histologia, com técnicas de 120 anos ou mais. Agora quando se começa uma pesquisa DO ZERO, NÃO HÁ a tal metodologia preestabelecida: o pesquisador vai desenvolvendo-a ao longo dos experimentos por TENTATIVA E ERRO.
    .
    “COMENTÁRIO: tá certo, concordo plenamente, apenas mostrei igual jogo do acusador de céticos que, ante qualquer miúdo deslize, porcorifica tudo o que realizaram. Porém, há que ser severo com Crookes, visto que ele era especializado em fotografias em vez de mero amador. Veja trecho da tese “William Crookes e a Nova Força”:”
    – Meu, nesta época do Crookes a técnica fotográfica era usando chapas de vidro com colódio úmido. Algo complicado de se preparar e de se manter (tinha que ser usado logo, pois senão se estragava).
    .
    “Por volta de 1852, William Crookes iniciou seus estudos de fotografia (…)de iluminar objetos em locais escuros, para que pudessem ser fotografados.”
    – Moisés, eu também aprendi a fazer fotos em preto e branco, todo o processo de revelação, fixação e alguns truques para obter melhores imagens, mas isso não fez de mim um ESPECIALISTA em fotos. Pelo que se vê do texto da Juliana, o Crookes mostrou como fotos podiam ser usadas para registros científicos, mas ele NÃO INOVOU na técnica (nem eu).

    “Das fotos sobreviventes as melhores permitem confirmar que a médium e o fantasma eram igualzinhos…”
    – Apontei ao menos uma diferença no nariz, coisa semelhante com fiz no caso da Otília…
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    “Crookes dissera ter “acidentalmente” acabado com a maioria das imagens…”
    – Acidentes acontecem mesmo. Agora é gozado como ele teria deixado sobreviver imagens em que a médium e fantasma eram “iguais” e sumido ou não publicado as que elas eram distintas. De qualquer forma, não é apenas por fotos que se registram fenômenos…
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    “COMENTÁRIO: bem, bem, bem… quantas acusações de fraude lhe satisfariam? Mil?”
    – Não. Basta uma, bem verificada e confirmada.
    “COMENTÁRIO: essa “tal” transfiguração parece muito mais explicação casuística para justificar as suspeitíssimas parecenças entre o médium e seu materializado… As roupas não foram achadas? E acha que a malandra iria dar esse mole?”
    – Talvez não, mas sacomé: os descobridores de fraudes também não resolvem a questão de um modo definitivo…
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    “COMENTÁRIO: o que tem a catalepsia convencional com a ostentada pela médium? Esta parece ser uma representação da moça, a fim de desviar a atenção do pesquisador de algum ponto que lhe pudesse indicar algo estranho.”
    – Pois é: no caso da Piper, pingavam ácido no seu corpo e nada de reação… Exceto que o ácido a corroía… Essa você admite que é autêntica, né?
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    “COMENTÁRIO: pode-se, ante as dificuldades atuais, no máximo criar um simulacro. Se houvessem médiuns materializadores disponíveis e dispostos a serem verificados aí seria diferente, visto que, embora iguais condições dificilmente pudessem ser reprisadas, pelo menos poder-se-ia testar a alegação de que desencarnados visitam nosso mundo vestidos de carnes e roupas.”
    – É… Porém quando esses médiuns aparecem, os que se dispõe a investigá-los são os Ranieris, os Waldos Vieiras… mas nunca nenhum cético habilitado. Uma pena.
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    “COMENTÁRIO: se Weissman achou que tinha alçapão onde outros não acharam temos de conhecer as razões do pesquisador para asseverar tal coisa.”
    – A ÚNICA razão para isso era que ele tinha que introduzir um cúmplice para explicar o que Eusápia fez diante da comissão de mágicos. O lance é: desde quando há alçapões em quartos de hotel? Depois ele ficou apelando de que teriam aberto uma passagem na parede do dito hotel para o quarto onde seria feito o experimento. Se tivessem feito isso, teria melado tudo, pois na véspera outro mágico apareceu e ocupou justamente o quarto onde a parede foi “arrombada”…
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    “O caso é que em experimentos espiritualistas ocorrências miúdas mas importantes podem ser postas de lado(…). O fenômeno teria de ser achado por grande número de pesquisadores, de modo a fundamentar o conhecimento, produzir teoria explicativa e preditiva. Mas, como está estafado de saber: nada disso aconteceu.
    – Moisés, isso tudo é ARTE DE ADVINHAÇÃO. E GRANDE NÚMERO DE PESQUISADORES? Bem, Crookes convidou os colegas dele a verem o que ele via, mas só meia dúzia de gatos pingados aceitou isso… E ao longo de 80 anos, mais de 200 outros também investigaram os ditos fenômenos, mas deixe-me ver se entendi o seu argumento: TODOS esses eram um bando de babacas. Só o Houdini era bom na coisa.
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    “Não sei nada de “inúmeras” possibilidades de fraudes, mas vi em escritos do Polidoro, de C.D. Broad, e outros que o aparelho não seria ininganável. Você é que não admite, porque admitir feriria profundamente a fé que deposita na existência de pelo menos um evento seguro de materialização.”
    – Moisés, NADA TEM A VER COM FÉ e sim com DEMONSTRAÇÕES ou ESPECULAÇÕES FAJUTAS.
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    “No caso de uma médium fraudulenta(…) materialização seria uma circunstância altamente suspeita.
    COMENTÁRIO: na avaliação de Broad, tanto faz a materialização ser real quanto fraudulenta iguais oscilações no aparelho controlador seriam registradas. Se for como ele analisa, significa que o galvanômetro é inócuo como controle. E Broad continua:”
    – Que piada! Em seu comentário inicial, Broad ELIMINA a hipótese de fraude por bobina, tira de pano ou barra de grafite, pois TODAS elas dariam o efeito que ele comentou. Agora quanto à materialização real, o que Varley notou é que houve um AUMENTO DE RESISTÊNCIA quando o fenômeno começou (seria ele causado pela produção do ectoplasma?), mas depois houve VARIAÇÃO na leitura dentro de limites mais baixo (bobina, pano molhado e tira de grafite fariam isso?).
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    “Isso para o experimento (…), e que isso não causou mudança no galvanômetro defletor. SE TUDO ISSO É VERDADE,”
    – Por que não seria verdade?
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    “segue-se que ou ‘Katie’ não era idêntica à médium, ou a médium não estava mais no circuito, e alguma resistência equivalente tinha sido substituída temporariamente por seu corpo. NÃO TEMOS DADOS PARA DECIDIR ENTRE ESSAS DUAS ALTERNATIVAS.”
    – Ah, não tem dados? Não foram feitos os registros das leituras do galvanômetro? Se houve variações de leitura enquanto a fantasma estava fora, então NÃO PODIA haver bobina, nem tira de pano molhada, nem barra de grafite: tinha que ser a médium mesma no circuito. Mais uma coisa: isso tudo que Broad diz tem cara de pura ESPECULAÇÃO: ele apresenta os seus experimentos que CONFIRMAM sua fala ou você apenas acredita no que ele diz?
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    “COMENTÁRIO: Broad sugere que o experimento de Crookes não fora taxativo e que há declarações difíceis de serem aceitas sem testagens conferitivas. O autor continua:”
    – Exatamente: ele SUGERE apenas. Não testou nada do que especulou. Por que devo confiar na fala dele sem provas?
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    “DEVO DIZER QUE ACHEI A COISA TODA EXTREMAMENTE CONFUSA(…) provável, e que a segunda não é de forma alguma certa.”
    – Traduzindo: o cara não sabe de nada. Afinal nem testou nada também.
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    “Não posso fazer afirmações (…) SERIA EXTREMAMENTE DESEJÁVEL QUE OS EXPERIMENTOS FOSSEM REPETIDOS, TÃO PRÓXIMOS QUANTO POSSÍVEL DAS MESMAS CONDIÇÕES QUE VARLEY DESCREVE (com soberanos e tudo o mais!) com alguma pessoa que dê tudo o de si para fraudar o controle; e assim estabelecer o que pode e o que não pode ser estabelecido no modo de subterfúgios.”
    – Ô, que pena que as pessoas a repetir os experimentos sejam outras e não você… Sabe, as outras pessoas não sabem fazer as coisas direito: fazem tudo confuso. Você sabe e poderia muito bem dar um jeito nesta confusão…
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    “COMENTÁRIO: nos trechos acima, Broad (…) lançaram mão do petrecho nos estudos que conduziram?”
    – Já respondi a isso antes e não vou repetir.

  857. Marcos Arduin Diz:

    Acidente – envio acidental. Ei, Vitor, não dá para suprimir a parte repetida abaixo de “Já respondi a isso e não vou repetir”?
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    “COMENTÁRIO: ninguém tem que fazer experiências “para convencer céticos”, tem que realizar experimentos de boa qualidade.”
    – Acontece que o pessoal cético diz ser O ÚNICO CAPAZ de fazer experimentos impecáveis. Só que não os fazem…
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    “O convencimento vai depender dos resultados. Tampouco se faz necessário que médiuns estejam disponíveis a perder de vista. Se houvesse real miolo nas alegações mediúnicas experiências produtivas se realizariam sem grande dificuldade.”
    – Como a parte referente aos médiuns é muito complicada, ao menos os céticos poderiam reproduzir o que sugerem ter sido fraude e aí ao menos eles ganhariam mais substância em seus argumentos. Mas nem isso eles fazem. Uma pena.
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    “COMENTÁRIO: razões foram dadas às mancheias, a parte renitente não aceita nenhuma delas. Nem o fato de os espíritos terem fenecido no presente, visto que não mais se apresentam ao mundo (só no mundinho dos crentes) é considerado relevante.”
    – Ao mundinho dos crentes só interessa se apresentam provas da continuidade espiritual. O “espetáculo circense”, como os céticos dizem ser as materializações, já demonstrou que não ajuda muito…
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    “COMENTÁRIO: os médiuns não eram médiuns, eram hábeis simuladores. Tirante os poucos inocentes que se acreditavam reais contatadores do além, os grandões, os que conquistaram fama eram todos aproveitadores. Se não fossem é certo que hoje as manifestações da espiritualidade estariam em patamar inimaginável. Do mesmo modo que as descobertas da ciência do passado produziram conhecimento crescente, igual situação teria se dado com as atividades espirituais se fossem realidade. Essa alegação de que NADA ACHAVAM DE FRAUDE é totalmente sem sentido. Médiuns dos quais pesquisadores desatentos ou desejosos de confirmarem a espiritualidade em ação não viam nenhum vestígios de fraude eram adiante revelados verdadeiros mestres da malandragem. Um dos poucos que dizem ter escapado sem flagras (o que não o isenta de também ser parlapatão) foi Dunglas Home.”
    – Também contra Maria Silbert ninguém disse nada em desabono, talvez por uma distração dos Heuzés, Roures, Davis ou Marsaults. O Harry Price estudou a Helen Duncan e também Rudi Schneider. O que se disse contra eles?
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    COMENTÁRIO: esse discurso de que tem que explicar tintim por tintim como as fraudes ocorreram é que não cola mais. Boas explicações existem e vem sendo apresentadas nas múltiplas discussões havidas. O que tem que ser requerido são experimentos atuais, que confirmem os resultados passados. Isso os mediunistas são incapazes de apresentar, porque não podem. Se não podem significa que ou a espiritualidade tá sacaneando todo mundo, até os que nela tanto acreditam, ou inexiste real ação de espírito dentre os vivos. Escolha a opção que mais lhe agrada…
    – A opção que mais me agrada é a ÚNICA POSSÍVEL: se tudo foi fraude, que se demonstrem como a fraude se deu, já que hipóteses não faltam. Em Ciência, hipótese tem de ser testada… inclusive a hipótese de fraude. Mas dessa aí, apesar de o teste ser possível, o pessoal cético prefere apenas especular… Uma pena.
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    “COMENTÁRIO: quem disse que não se consegue demonstrar? Considerando o material disponível, os analistas têm mostrado sobejos pontos frágeis nos trabalhos antigos. Além disso, a atividade espiritual, se algum dia houve, não mais existe, pois se houvesse seria já conhecimento generalizado, tanto tempo passado desde que os “espiritos foram derramados”.
    – Pontos frágeis… Em qual cético eu devo acreditar, Moisés? No Polidoro, que diz que uma tira de pano de qualquer tamanho, molhada com solução salina de qualquer concentração substituiria a médium sem ninguém perceber nada ou no Broad que diz que seriam notadas oscilações antes, estabilidade no meio e oscilações no final?
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    “COMENTÁRIO: erros a ciência (por meio de seus cientistas) comete de montão, se quiser vai achar um caminhão de exemplos. Só tem uma coisinha que está esquecendo: a ciência se autocorrige. Mesmo que alguns equívocos perdurem mais do que deveriam, acabarão sendo acertados. E pelo visto, ainda que indiretamente, a ciência consertou o erro dos cientistas do passado que investigavam o sobrenatural e entenderam tê-lo desvelado, visto que na atualidade esse desvelamento se mostra irreal. Portanto, a conclusão é simples e cristalina: a espiritualidade pode existir, mas não age dentre os vivos e os que deram certeza de que essa ação fosse verdadeira erraram.”
    – Comentário IRRELEVANTE. Nada a ver. Eu falei de erros grosseiros, cometidos por falha indevida do pesquisador, que faria o experimento dar errado. Isso nada se parece com correções de erros científicos ao longo do tempo. E no caso em questão, de nem perceber que em 1875 não havia lâmpadas elétricas, nem foi nem erro grosseiro: foi erro de estupidez mesmo. Mantenho o que disse.
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    “COMENTÁRIO: ok, essa é sua posição assumida desde o início das conversas, o que não aconteceu hoje nem ontem, já vão alguns anos que não move um dedinho em direção ao razoável, que é reconhecer que os espíritos não estão entre nós, pois se estivessem experiências modernas, mais promissores e esclarecedoras que as antigas, estariam em andamento.”
    – Moisés, o caso aqui não é nem de espíritos. O caso é que céticos querem refutar experimentos antigos através de MENTIRAS. Isso eu não aceito.
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    “Suas acusações contra Houdini não mudam o fato de que foi um dos grandes investigadores da mediunidade no início do século XX e o que mais revelou fraudadores.”
    – E o fato de ele ter sido um grande investigador não muda o fato de que deu uma de imbecil ao inventar um truque irrealizável para a situação e usando como ponto de partida a queda de energia numa inexistente rede elétrica… Caia na real, Moisés!
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    “COMENTÁRIO: o tirocínio aplicava-se na avaliação de médiuns, que era confirmado pelas experimentações que levou a termo; o que destaca como de falha de Houdini nada tem a ver com o trabalho investigativo que conduziu, seria, ser for conforme noticia, erro de informação, por ter aceito depoimento de uma anciã sem conferí-lo.”
    – Traduzindo: o brilhante tirocínio dele falhava de vez em quando… Assim como os médiuns fraudavam de vez em quando…
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    “COMENTÁRIO: meu filho, quando Houdini encontrou Fay ela estava aposentada de suas aldrabices.”
    – Ô Moisés! Eu vou me aposentar um dia, mas se uma diretora de escola me pedir para dar uma palestra sobre anatomia vegetal na sua escolinha, eu ainda serei capaz de me lembrar do que fazia… Seria só questão de Houdini arranjar um galvanômetro e pedir para que ela repetisse o truque…
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    “Para tentar fechar o périplo em torno de Annie Eva Fay, seleciono trechos do artigo do Polidoro, amaldiçoado por Arduin, em que encontramos informações esclarecedoras. Neles posto meus comentários. Verificaremos quão injustos, inadequados e inaceitáveis são os qualificativos que Arduin vota a Polidoro, por deixar de considerar as importantes informações que o autor dá sobre a carreira de Fay, informações que, sem dúvida alguma, demonstram ser a mulher simples ilusionista (embora muito habilidosa) e que a própria assim se reconhecera.”
    – Moisés, eu até nem ponho dúvidas de essa dona ter feito sua vida como ilusionista de palco, até porque, como eu disse: ela NUNCA deixou qualquer mensagem de espírito. Enfim, era uma espetaculosa médium-ilusionista e só.
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    “COMENTÁRIO: fica muito claro que os Fay (Ana e o marido) apresentavam inicialmente um xou de mágicas. Naqueles tempos não era incomum que ilusionistas assumissem o papel de médiuns, visto que essas exibições eram altamente prestigiadas. Alguns ora eram mágicos ora médiuns, dependendo das circunstâncias. Outros que se destacaram por suas habilidades preferiram se fixar como intermediários dos espíritos porque viram nesse papel melhores oportunidades financeiras.”
    – Melhores oportunidades financeiras só viriam se trouxessem algo que consolasse os interessados em contatar médiuns. Ao que parece, os Fays não se especializaram nesta área. O negócio deles era no palco mesmo…
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    “COMENTÁRIO: o testemunho de Emma Hardinge é importante porque esta era uma espiritualista em tempo integral, além de se intitular médium. Emma escreveu vários livros defendendo a atividade de desencarnados. Ao identificar Melville como fraudador, indiretamente, estava incluindo Fay, visto que os dois atuavam juntos. Para ilustrar o peso da opinião espiritualista de Emma Hardinge, apresento trechos de sua bibliografia:”
    – A única coisa que não entendo é como é que a Fay escolhia entre um público espiritualista e não espiritualista…
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    “COMENTÁRIO: há indícios, pois, de que o apetite sexual de Crookes era intenso e ele não via problemas e aproveitá-lo quando a oportunidade surgisse, mesmo que fosse oportunidade mediúnica. Já vi textos de Arduin em que ele se posiciona veementemente contrário a essa suposição, alegando que um homem respeitável como Crookes jamais se prestaria a esse papel. Acontece que quando a paixão desperta, carneiros transformam-se em leões, desde que o mundo é mundo que situações assim ocorrem.”
    – Bem, nunca vi nenhum indício de que Crookes fosse um tarado que tivesse mais substância que a fumaça de um cigarro. Como já disse, ele validou médiuns homens e dirão que ficou apaixonado por eles? Esse negócio de sexo é gozado. Como sabemos que Florence Cook era farsante e enganou Crookes com truques bobos e infantis? Porque ela isso confessou a dois dos seus amantes. E como sabemos que esses caras eram amantes dela? Porque eles disseram que foram. Para a comunidade cética, eles JAMAIS PODERIAM MENTIR…
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    “COMENTÁRIO: fica claro que o espetáculo do casal Fay era xou de ilusionismo e, embora fossem reputados médiuns por admiradores (fama que não recusavam por lhe proporcionar publicidade), suas encenações haviam sido reprisadas por mágicos que não se intitulavam medianeiros. Se Myers e Crookes sabiam desse fato não fica esclarecido até este ponto do artigo. No trecho acima Polidoro expõe o óbvio: que Fay de alguma maneira ludibriara Crookes. Nesse ponto o expositor não intenta dar explicação de como isso aconteceu, basta para ele (e para qualquer que leia o texto considerando o contexto da atividade dos Fay) que se eles eram simuladores profissionais porque a mulher se transformaria em autêntica contatadora de espíritos diante de Crookes?”
    – Ei, Moisés, quais foram mesmo os espíritos que ela contatou? Crookes nem acreditava em espíritos. No máximo ele registra que pessoas podiam produzir fenômenos incomuns, mas NÃO DISCUTIA a natureza do que se apresentava…
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    “POLIDORO: Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.
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    COMENTÁRIO: demonstração de que Crookes e Varley não foram rigorosos nos controles, precisou que terceiros lhe alertassem de uma das várias possibilidades de ludibriar a fiscalização do aparelho.”
    – He he he. VÁRIAS POSSIBILIDADES DE LUDIBRIAR a fiscalização do aparelho… Moisés, aqui foi apresentada apenas UMA e que (Polidoro omite isso) FRACASSOU. Colocar um lenço molhado fechava o circuito, mas NÃO REPRODUZIA a resistência esperada para um corpo humano. Os caras só conseguiram chegar ao dito valor depois de VÁRIAS tentativas e com Crookes cantando os valores dados pelo galvanômetro. Se a Fay fosse usar uma tira de pano molhada, teria OS MESMOS PROBLEMAS.
    Agora vamos imaginar que o tarado do Crookes fez testes preliminares e calculou certinho qual a medida do pano molhado para dar o valor exato da resistência do corpo da Fay. Quando seus colegas pediram para afastar as manivelas, deve ter pensado: _ Meu mundo caiu…
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    “COMENTÁRIO: arduin se fixa exclusivamente NO QUE DIZ SER MENTIRA de Houdini e pisada na bola de Polidoro: a inexistente falta de energia elétrica no teatro. Nem de longe considera as múltiplas demonstrações de que os Fay eram artistas da prestidigitação, muito menos as embrulhadas em que os dois se envolveram.”
    – Ah! Eu considero sim. Só estou no aguardo do método viável para burlar o galvanômetro. Já vimos que lenço molhado não dá…
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    “COMENTÁRIO: vê-se que Annie era versátil, se denunciada não se fazia de rogada, adaptava-se a outra forma de atuação. Embora as denúncias de fraude não abalassem de todo seu prestígio como médium, para variar, passou a apresenta-se como “mentalista”, agora lia mentes e continuava faturando.”
    – Que mais esperaria de alguém que ganhasse a vida como ilusionista de palco?
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    “COMENTÁRIO: vê-se que quando a situação pedia, Fay deixava de lado a suposta mediunidade e se assumia com artista de espetáculos. Aqui a negação partia da própria Fay. No entanto, sua fama como médium penetrara na alma do grande público e mesmo ante várias demonstrações de que a espiritualidade não atuava por seu intermédio, ainda assim não paravam as demonstrações de que tudo não passava de espetáculo de ilusionismo. Nada obstante, o sucesso da artista continuava.”
    – Idem acima.
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    “COMENTÁRIO: certamente a simpatia que Fay irradiava lhe proporcionava vantagens. Vê-se que a associação de mágicos a reconhecia como uma das suas e não consta que Fay (que a essa altura havia publicamente declarado não ser médium) tenha renegado que fosse algo além de versada nas artes mágicas.”
    – Idem acima.
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    “O trecho que vem a seguir é importante porque mostra o equívoco de Arduin em sua avaliação e o exagero com que enaltece pequenos deslizes (não confirmados) transformando Houdini de sério e atento investigador do sobrenatural em reles mentirososo. Observem.
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    POLIDORO: Nos onze anos seguintes ela continuou a atrair multidões onde quer que atuasse. Devido a um acidente, fez sua apresentação final em Milwaukee em 1924. Em julho do mesmo ano ela recebeu uma visita de Harry Houdini.
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    Houdini a considerou “uma das mais inteligentes médiuns da história” e a apresentou como “um nada valioso(?)” [Montalvão: creio que a tradução de “nada valioso” seria algo aproximado de “diamante valioso”]
    – ARDUIN: o texto, em tradução literal, seria diamante de palha, mas isso não faz sentido em Português, por isso coloquei como um “nada valioso” e aqui como “diamante de vidro”
    ” cabelo e olhos penetrantes, dos quais “grandes raias de inteligência relampejariam dentro e fora.” “É uma pequena maravilha,” ele observou, “que com sua personalidade ela podia enganar os gigantes mentais da nossa época e das passadas” (Silverman 1996).
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    Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. “Ela falou livremente de seus métodos,” registrou Houdini. “Nunca em qualquer momento deu a entender que acreditou em espiritualismo.” Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma das manivelas da bateria na dobra do joelho, mantendo o circuito fechado, mas liberando uma mão para fazer como ele pediu.
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    COMENTÁRIO: em 1924 Fay já havia de muito, ela própria, admitido publicamente não ser médium. Além disso, diversos mágicos reproduziram seus feitos. Fay recebera homenagem de Associação de mágicos. Tudo demonstra que não havia espíritos no caminho de Anne Eva Fay. Arduin garante ser impossível a ela transferir o contato para a dobra do joelho sem que fosse denunciada. Por conta dessa “certeza” defende que a mulher fora autêntica médium e Polidoro seja um bobalhão e Houdini um grandessíssimo mentiroso. No entanto, não vê (o artigo do Polidoro lhe dá todas as informações de que precisaria) que a história de Fay é uma história de alguém habilidoso nas lides mágicas, jamais a de um legítimo médium (coisa que não existe).”
    – Já que o Moisés tem GRAVES PROBLEMAS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO, vou tentar ser consiso e dizer exatamente o que penso. Deixemos a MÉDIUM E OS ESPÍRITOS DE LADO. O que me interessa é o que ela teria feito para burlar a vigilância do galvanômetro e fazer seus truques que Crookes registrou em seu relatório. Então, com a queda de força no teatro (está no livro do Houdini, Moisés, não adianta tentar defendê-lo disso) ela aproveitou para substituir uma mão pela junta do joelho e assim, com a mão livre, a pôs para fora da cortina, simulando o fantasma.
    Só que quando leio o relatório de Crookes (é bom você lê-lo também, Moisés, está lá mais em cima), além da mão fora da cortina, ela entregou livros e objetos às testemunhas, que teria de RECOLHER de dentro da biblioteca. Para isso teria de SE AFASTAR da parede onde os contatos estavam chumbados. Como ela ia fazer isso se estava com uma mão num contato e a junta do joelho na outra? Mas isso o honesto e sincero Polidoro varre para baixo do tapete… Que me diz disso, Moisés?
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    “Brooks-Smith relata o seguinte: “não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão, sem produzir qualquer grande movimento no indicador do galvanômetro.””
    – Avisem esse pateta de duas coisas:
    1 – Os contatos foram AFASTADOS a uma boa distância, além da possibilidade de se colocar um lenço entre eles. Para se fazer o que Brookesmith sugere, os contatos teriam de estar… PRÓXIMOS.
    2 – A que distância essas manivelas estariam da parede? Daria mesmo para passar um braço entre elas? Em um dado momento, teria de CURVAR o braço.
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    “Num segundo teste, ele diz: “virei ambos os elétrodos para baixo e os introduzi em minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres, sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro.” Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva, mas também a nota de rodapé explicativa de Houdini de 1924 (pág. 102) que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos, que constituíam-se de soberanos de ouro e papel salino presos aos pulsos e o segurado na dobra de seu joelho” (Brooks-Smith 1965).”
    – Mas a Fay VIROU os contatos para baixo? Se o tivesse feito, Crookes não veria os fios se moverem?
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    “Não existe mais dúvida, agora, de que aquele truque aconteceu de fato durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda não fica claro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico, e estava dispostos a testar todos elas, ainda que fossem fraudes sinceras como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.
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    “COMENTÁRIO: não há dúvida de que a visão apologética de Arduin procura ciscos confirmadores e despreza pedregulhos negadores de que seus heróis não são médiuns e não materializaram espírito algum.”
    – Nem estou interessado se de fato eram médiuns mesmo ou não. Só me interessa é que, se o último é o verdadeiro, que os negativistas apresentem hipóteses TESTADAS E CONFIRMADAS de que tal e qual proposta de fraude explicaria o que os pesquisadores notaram. Isso eu ainda não vi.
    .
    Fim
    Será?

  858. Vitor Diz:

    Já feito, Arduin.

  859. Gorducho Diz:

    – A única coisa que não entendo é como é que a Fay escolhia entre um público espiritualista e não espiritualista…
     
    For Baphomet’s sake… ela não escolhia Professor. Ia nas apresentações dela que resolvesse adquirir uma poltrona.
    Mas evidentemente qualquer pessoa que se apresenta em público sabe quais partes do seu ato estão agradando em determinada época ou tipo de público.
    O Sr. nunca leu aulas em local distante da sua base? Não consegue perceber diferenças seja por tipo de aluno seja por formação cultural (em termos amplos) do público-alvo?

  860. Gorducho Diz:

    O Sr. nunca leu aulas ditou classes em local (…)

  861. Larissa Diz:

    ARDUIN: Larissa, observe as fotos da fantasma e da Florence. Note que o septo nasal da médium era BAIXO, visível na foto, mas NAS FOTOS DA FANTASMA, ele NÃO APARECE. Meio difícil fazer uma fraude dessas, não acha?

    EU: Arduin, PELAMOR, são a mesma pessoa. O septo Nasal é o mesmo – só uma questão de ângulo, bem como o rosto redondo, a boca levemente arqueada para baixo, as bochechas, a testa proeminente, etc. Quanta negação. Aceite os fatos, professor…Katie King + Florence Cook = Crookes feito de besta.
    .
    ARDUIN: Além disso, quando Crookes começou a lidar com isso, havia a Florence e a Rosina Showers. Crookes fez 8 sessões com ambas. Em quatro delas, já achou que com a Florence valia a pena investir mais. Mas com a Rosina, ele fez 8 sessões e depois mais 8 e NÃO FICOU SATISFEITO. Motivo? Simples: a fantasma produzida pela Florence era VARIÁVEL em altura e aspecto. Já a da Rosina era SEMPRE IGUAL à médium em tudo. No fim ela acabou admitindo ser uma fraude mesmo.

    EU: Estrano Crookes não ter reparado o que 99,9% das pessoas reparam: Katie e Florence são a mesma pessoa.
    .
    ARDUIN: O Crookes estudo a Florence/Kate King ao longo de 3 anos e fez VÁRIOS testes que demonstravam que a fantasma NÃO ERA a médium disfarçada. Mas o pessoal cético tem o desagradável costume de varrer tudo isso para baixo do tapete. É gozado o posicionamento cético sobre fotografias: se endossam o fenômeno mediúnico, então NÃO VALEM como prova de nada. Se permitem deduzir ou supor alguma fraude, aí sim VALEM COM PROVA.
    —-
    EU: Vamos repetir os experimentos e ver se o fantasma vai ser assim tão parecido com a médium. Tudo o que eu quero é descobrir q mundo espiritual eiste, mas as evidências são pífias. E olha que sou uma das menos céticas aqui. Se alguém neste blog tem potencial para acreditar em algo, esta sou eu.
    .
    ARDUIN: Registrado.

    EU: Sim, a sirene do credulômetro que carrego comigo está apitando até agora.

  862. Larissa Diz:

    Eu mostrei as fotos para uma colega de trabalho que nada sabe de nossa discussão e que é espiritualista convicta – é gringa e nada sabe de espiritismo. Ela me perguntou: – que é esta? É brasileira? Eu: – É inglesa…te parece ser a mesma pessoa? Ela: – Claro que sim! Ora de branco, ora de preto.
    .
    Só vc mesmo que ainda acredita nisso…

  863. Guto Diz:

    Marciano diz: “Siga meu conselho e de outros, estude em um bom livro de biologia, durante bastante tempo.
    Não pule etapas.”
    Meu caro, eu acredito que você acredita que o melhor para uma pessoa é se tornar cético. A partir daí o melhor seria seguir o mesmo caminho que você seguiu. Contudo, existem diversos caminhos e diversas formas de viver e pensar. A qualidade de vida que encontrei na minha crença é perfeita para mim, por isso não quero mudar em nada. Hoje sou mais calmo, mais paciente, mais tolerante, mais confiante, mais pai, mais marido, mais filho, mais chefe, mais … por conta de tudo que compreendi e hoje estou vivendo. Na há, para mim, algo melhor. Não me entenda mal, mas não preciso de mais dinheiro, mais posições sociais ou dentro da organização que trabalho, não preciso de mais nada, só de mim, do Cristo e de Deus. A “muleta” me conforta e me mantém “super vivo”. As coisas deste mundo se tornaram pequenas e não preciso de álcool e nem de química para me acalmar, relaxar ou ser feliz! Meu estado é mais perene do que antes, onde oscilava entre o “céu” e o “inferno” muitas vezes num mesmo dia.
    Não tem preço isso para mim, ou seja, o meu MASTERCARD foi aposentado! Rsrsrsrs.
    Estou regressando amanhã para Brasília (onde moro) e minha esposa ficará até sexta-feira na casa da minha sogra. Contarei os causos e entenderá que desde pequeno percebo algumas coisas diferentes a minha volta e que acontecem coisas sem explicação racional. Mesmo que vocês deem uma explicação, será imaginação, interpretação ou coisa parecida, pois não presenciaram os fatos, mas quem viveu sim, tem um grande significado. Talvez por isso, você queira tanto viver algo extraordinário para assim “acreditar”.
    Mas, como disse Jesus: “E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou. Lucas 17:19”
    Sem fé não há salvação! No entanto, na minha visão (espiritualista), nós nos salvamos de NÓS MESMOS, pois não existe inferno nem céu, mas nossa própria mente preocupada/despreocupada e consciência pesada/leve. Vou ler mais sobre a teoria da seleção natural, contudo, é forçoso chegar no pós-darwinisno como continuação de uma linha de pensamento. Quando tiver lido, te apresento o que realmente entendi. ABRAÇO e PAZ e AMOR para TODOS! Valeu!

  864. Guto Diz:

    Marciano diz: “Siga meu conselho e de outros, estude em um bom livro de biologia, durante bastante tempo.
    Não pule etapas.”
    ======//=================/============
    Deveria ter ficado no final e não no começo. Antes de (…) Vou ler mais sobre a teoria da seleção natural, (…).
    Senão fica doido o meu texto. Rsrsrs

  865. Marcos Arduin Diz:

    “EU: Arduin, PELAMOR, são a mesma pessoa. O septo Nasal é o mesmo – só uma questão de ângulo, bem como o rosto redondo, a boca levemente arqueada para baixo, as bochechas, a testa proeminente, etc. Quanta negação. Aceite os fatos, professor…Katie King + Florence Cook = Crookes feito de besta.”
    – Não é questão de ângulo. O meu septo nasal é semelhante ao da Cook e visto de frente, ele é visível e as narinas aparecem parcialmente. Nas fotos da fantasma NADA DISSO É VISÍVEL. Então não podiam ser a mesma pessoa. O Crookes mesmo dizia que em certas sessões havia muita semelhança entre a fantasma e a médium, mas em outras eram MUITO DIFERENTE. Constata ele que a altura da médium era constante, mas a da fantasma era VARIÁVEL. Além disso, notava diferenças entre a médium e a fantasma: a pele da médium era áspera; a da fantasma era lisa; a da médium era morena, a da fantasma, clara; o cabelo da médium era castanho escuro, o da fantasma, quase loiro (e ele apalpou esses cabelos, puxando-os para ver se não era peruca_ não era); a médium tinha uma cicatriz no pescoço; a fantasma não; a médium usava brincos, mas a fantasma não tinha orelhas furadas.
    Como ficamos neste caso?
    .
    “EU: Vamos repetir os experimentos e ver se o fantasma vai ser assim tão parecido com a médium. Tudo o que eu quero é descobrir q mundo espiritual eiste, mas as evidências são pífias. E olha que sou uma das menos céticas aqui. Se alguém neste blog tem potencial para acreditar em algo, esta sou eu.”
    – Arranje um médium de materialização e aí quem sabe… Mas mesmo que VOCÊ se convença, os da fé cética não poderão se convencer…
    .
    “Eu mostrei as fotos para uma colega de trabalho que nada sabe de nossa discussão e que é espiritualista convicta – é gringa e nada sabe de espiritismo. Ela me perguntou: – que é esta? É brasileira? Eu: – É inglesa…te parece ser a mesma pessoa? Ela: – Claro que sim! Ora de branco, ora de preto.”
    – Ué? À primeira vista até admito que engana, mas quando se presta a atenção e se notam os detalhes, aí se percebem as diferenças, como eu percebi essa do septo nasal. Ache algum colega que tenha um parecido e o olhe de frente e veja se igual à cara da fantasma.

  866. Larissa Diz:

    Arduin, são a mesma pessoa. Os sites espiritualistas estrangeiros refutam veementemente o experimento de Crookes. Só aqui esta história ganhou força. Infelizmente, e ratifico – INFELIZMENTE – esta não é uma evidência.

  867. Guto Diz:

    O mundo está doente, mas não sabe como achar a cura!
    O que é físico tomou mais lugar do que é abstrato!
    O que é palpável é mais valoroso do que é sentido!
    O que é santo foi difamado e chamado de profano!
    O que é verdadeiro é esquecido e preterido pela falsidade e hipocrisia!
    O mundo está doente, mas não sabe como achar a cura!
    Será que os nossos cientistas estão em busca de descobrir algum remédio para essa doença?
    Será que a ciência pode reunir todo conhecimento e formular uma pílula para essa doença?
    Será que os nossos cientistas também estão doentes e, por isso, não conseguem combater essa doença, pois ela tomou conta dos seus seres?
    Será que um dia a ciência vai nos ajudar?
    Será…
    Acho que achei a cura, mas ninguém me dá atenção! Dizem que é romantismo. Loucura. Sonho.
    É triste ver que as pessoas não quererem se livrar dessa doença.
    É triste ver que a doença já faz parte delas.
    O mundo está doente, mas não sabe como achar a cura!
    Agora estou triste, mas passará, EU SEI!
    Abraço e PAZ e AMOR a todos!

  868. Larissa Diz:

    Toma antidepressivo, inventado pela ciência, que esta tristeza passa.

  869. Guto Diz:

    Larissa, minha cara, não devo fugir dos meus sentimentos através da química, mas saber como debelar o mal que me abala. Contudo, estar triste faz parte da minha condição humana.
    A confiança que as pessoas depositaram na química (remédios) como agentes que podem ajudá-las nas dores e sofrimentos só enriquecem a indústria de remédios e as transformam mais e mais em dependentes.
    Como escrevi:
    “Agora estou triste, mas passará, EU SEI!”
    Obs: A sua felicidade está nos “medicamentos” que toma? Pois se eles fazem a tristeza passar devem fazer a felicidade voltar também, ou não?
    =============/=================/=================
    O mundo está doente, mas não sabe como achar a cura!

  870. Larissa Diz:

    GUTO: Larissa, minha cara, não devo fugir dos meus sentimentos através da química, mas saber como debelar o mal que me abala. Contudo, estar triste faz parte da minha condição humana.
    /
    Eu não tomo remédio nenhum, mas se estivesse tão triste, tomaria sem pestanejar. Remédio não é coisa do mal não. Tem muita gente por aí que toma remédio para sobreviver e é feliz.
    .
    GUTO: “A confiança que as pessoas depositaram na química (remédios) como agentes que podem ajudá-las nas dores e sofrimentos só enriquecem a indústria de remédios e as transformam mais e mais em dependentes.”
    /
    EU: Fale isso para uma pessoa com câncer terminal ou para um depressivo crônico, que precise de medicamento para levantar da cama. Não seja mais um espiritualista hipócrita que acredita que pó de pirlimpimpim é a cura do mal do mundo. Aliás, é a cura até acontecer na família da gente…rapidinho o remédio vira a salvação da lavoura. Esse seu discurso está meio paranóico-obsessivo-compulsivo.
    .
    GUTO: O mundo está doente, mas não sabe como achar a cura!
    /
    EU: Se religião fosse tão boa assim o mundo estava curado. Ou vc não sabia que mais de 90% das pessoas acreditam em Deus? Aliás, países com altas taxas de ateísmo são os mais desenvolvidos.
    Sabe o que me cura? Cuidar da minha vida aqui agora enquanto eu a tenho.

  871. Larissa Diz:

    GUTO: “Agora estou triste, mas passará, EU SEI!”
    .
    Claro que vai passar…só não deixe que estas teorias conspiratórias passem por cima de vc.

  872. Marcos Arduin Diz:

    “Os sites espiritualistas estrangeiros refutam veementemente o experimento de Crookes.”
    – Refutam baseados no que? Apenas nessas poucas fotos? Muito pouco trabalho para muita coisa a ser vista.

  873. Guto Diz:

    Larissa,
    escrevi sobre tristeza e felicidade. A cura de que falo é espiritual e não carnal. O corpo da pessoa pode padecer, mas seu estado emocional pode estar inabalável e, consequentemente, poderá viver o melhor que puder, mesmo num estado crítico.
    O remédio não deve ser usado indiscriminadamente, ou seja, para levantar e trabalhar eu tomo o vermelho; para combater a tristeza/depressão, o azul, para não ficar estressado em aumentar minha pressão o rosa e assim por diante!
    Acredito que o corpo pode por si só produzir diversos remédios, basta saber estimular os pontos certos. Principalmente a nossa mente!
    Quando fiquei com febre, este ano, eu tomei remédio, mas, num outro momento quando percebi que não estava bem, feliz, fui conversar, falar qualquer besteira, tirar da minha cabeça qualquer idéia que não era boa, me fortalecer na minha fé (fazer o que te dá maior tranquilidade e confiança) e assim vai e vai. Minha cara, passou e passou rápido. Uma higiene mental, pode assim dizer.
    Não entendo o porquê de você apontar religião naquilo que escrevi?
    “Se religião fosse tão boa assim o mundo estava curado. Ou vc não sabia que mais de 90% das pessoas acreditam em Deus? Aliás, países com altas taxas de ateísmo são os mais desenvolvidos.”
    Minha cara, ela é só uma meio, mas não o único para chegar ao nirvana.
    O PROBLEMA NÃO É A RELIGIÃO, MAS SIM AS PESSOAS QUE NÃO SABEM ONDE ESTÁ A CURA PARA A DOENÇA DO MUNDO. A CURA PARA ESSE MAL ESTÁ DENTRO DELAS MESMAS, NOS SEUS PENSAMENTOS, AÇÕES E OMISSÕES!
    O que você chama de DESENVOLVIDO?
    Há algum ponto relacionado/registrado/verificado/documentado sobre o modo como as pessoas vivem, se tratam e são felizes nesses países desenvolvidos? Dinheiro, instrução e saúde corporal são os pontos FUNDAMENTAIS para uma sociedade FELIZ? É claro que ajuda bastante tirar as dificuldades do corpo, mas é o suficiente?
    Será que é pelo desenvolvimento econômico e social que as pessoas serão REALMENTE felizes? FELIZES (de novo) e NÃO DESENVOLVIDAS COMO ESCREVEU!
    Abraço e PAZ e AMOR! Valeu!

  874. Guto Diz:

    Larissa,
    você conseguiria ser FELIZ sabendo que existem pessoas que precisam de tanta ajuda e “você” não faz nada para amenizar tal dor. Não estou dizendo que você não faz isso, quero dizer que o EGOÍSMO é um mal gigantesco para a nossa HUMANIDADE. O mundo seria bem melhor se esses países, ditos DESENVOLVIDOS, (sua população apoiasse) ajudassem os mais pobres, mas isso NÃO INTERESSA. É aquele pensamento: O resto que se “exploda”. Por que uma pessoa precisa de um BILHÃO DE REIAS? Dá para imaginar o que ela vai fazer com isso? Mas a lista de bilionários continua a crescer!
    O “EU” é que quebra. Leia os meus posts de novo e entenderá o meu pensamento. Não vem com essa de crente para mim, pois estou num plano bem diferente, minha cara!
    Não estou em busca de proselitismo, mas de abrir a mente das pessoas para a necessidade de fazermos algo para o mundo, para a humanidade, pois estamos inseridos nela e precisamos uns dos outros para sermos REALMENTE FELIZES!
    É só. Valeu!

  875. Guto Diz:

    Corrigindo –
    De: Não estou dizendo que você faz isso
    Para: Não estou dizendo que você não faz isso.
    Foi mal, hein? Rsrsrs.

  876. Guto Diz:

    Corrigindo –
    De: Não estou dizendo que você não faz isso.
    Para: Não estou dizendo que você faz isso
    Foi mal DUPLO, hein? Rsrsrs.

  877. Larissa Diz:

    O q vc está tentando dizer mas fica dando voltas? Guto, fale de uma vez.

  878. Montalvão Diz:

    .
    Continuando a excitante conversa com o conde Arduin…
    .
    “Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (o certo seria dizer: fechado). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.”
    .
    ARDUIN: O que você entendeu deste trecho? Eu entendi o seguinte: _ Os sacanas e malandros espíritas tentam vender a tese de que o galvanômetro era um fiscal cruel e incorruptível. Nada poderia ser feito para fugir ao seu controle. Porém, a verdade é que esse controle é TÃO PRECÁRIO, que basta que uma tira de pano molhada, de qualquer tamanho, com qualquer concentração de solução salina, e PRONTO! Está fechado o circuito e a médium está livre para fazer a sua fraude.
    .
    Você entendeu algo diferente disso? Veja bem que o Vitor insiste que houve uma tira de pano “usada para manter fechado o circuito” ou então apela para os clipes e fios que se desenrolariam dos braços dela (o outro resistor que o Polidor sugere). Não me consta que havia fios flexíveis o suficiente para isso, na época. Ela teria de ficar puxando-os e depois enrolá-los de volta… e isso ia fazer o indicador do galvanômetro ficar pulando igual a um io-io…
    .
    – Pois bem, Balofo:
    a – Se Polidoro tivesse sido HONESTO, ele diria que os dois colegas do Crookes TESTERAM uma fraude com um lenço molhado, mas se constatou que era IRREALIZÁVEL (como se pode ver pelo descrito acima), mas era uma fonte de erro potencial e, para eliminá-la, as manivelas foram afastadas.
    b – Mas ele foi DESONESTO ao omitir isso e dando a entender que qualquer tira de pano molhada resolveria a questão. Entendeu algo diferente?
    .
    – Aí então na conversa (ou suposta conversa) com Houdini:
    “Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. “Ela falou livremente de seus métodos,” registrou Houdini. “Nunca em qualquer momento deu a entender que acreditou em espiritualismo.” Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma das manivelas da bateria na dobra do joelho, mantendo o circuito fechado, mas liberando uma mão para fazer como ele pediu.”
    – Lembro-o que as manivelas foram fixadas na parede e aí ela não poderia se afastar dali.
    .
    COMENTÁRIO: ao que tudo indica, nada obsta que a mulher não trouxesse um fio extensor que conectaria aos terminais facultado-lhe se movimentar com relativa liberdade. A descrição do engodo afirma que a médium libertou uma das mãos, pôs o contato no joelho. Isso lhe permitiria, agora com uma das mãos livres, fazer as conexões extensoras e ampliar seu campo de ação. A queda do registro a zero ao que foi o final da manifestação indica que na reconexão houve um acidente e Fay precisou improvisar, simulando ter desmaiado.
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    MARCOS ARDUIN Diz: E Crookes NÃO PEDIU COISA ALGUMA, no máximo, que segurasse as manivelas, pois se as soltasse, a indicação cairia a zero.
    .
    COMENTÁRIO: e foi o que sucedeu, ao tentar se reconectar no circuito original, a médium se embananou e o registro ficou zerado. Rapidinho ela “desmaiou”…
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    MARCOS ARDUIN Diz:Depois, simplesmente anotou o que ela fez. E o que ela fez foi:
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    […]
    Às 9.3, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era conhecido por ser inclinado ao uso da erva daninha. Eu posso afirmar que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando a Sra. Fay entrou no quarto.
    .
    COMENTÁRIO: esta é uma declaração que não seria típica daqueles tempos: nominar o cigarro de erva daninha, visto que o uso do tabaco era bem visto e tolerado.
    .
    ARDUIN: Tendo montado o circuito extensor, a médium pôde dar andamentos aos truques de presditigitação (dar livros aos autores, pegar coisas aparentemente inalcançáveis), tudo o que sua habilidade de mágica permitisse.
    .
    .
    MARCOS ARDUIN: Às 9.4 , a deflexão era de 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana completa de pé na abertura da cortina.
    Às 9.5, observei O CIRCUITO SER SUBITAMENTE INTERROMPIDO. Entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela estava deitada inconsciente na cadeira, mas foi reavivada em cerca de meia hora. Sendo assim, esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.
    .
    COMENTÁRIO: o circuito foi “subitamente” interrompido… Arduin, tão exasperado descobridor de trapaças e mentiras de céticos a partir de pequenos deslizes apreciativos, não parou num instante para perguntar o porquê desse súbito zeramento… Interessante… O que pode ter acontecido? A explicação me parece elementar, até mesmo para sherlock de fundo de quintal. Consideremos a duas últimas informações:
    .
    “Às 9.4, a deflexão era de 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana completa de pé na abertura da cortina.”
    .
    COMENTÁRIO: Por que a forma humana apareceu somente na visão de Serjeant Cox (“Alguns dos outros observadores” pode ser pretensão de reforçar o testemunho, mas aceite-mo-la como veraz), e não se manifestou perante todos os que estavam no recinto? Simples, a aparição se fazia ver precariamente. Alguma coisa a impedia sua livre movimentação, ou ela não queria que a vissem presa ao circuito extensionado. No instante seguinte dessa visão a conexão zerou. Os pesquisadores invadiram o palco e acharam a médium desfalecida e o caso morreu nesse ponto. Curiosamente, nenhum deles registrou apreciação sobre o motivo de o circuito ter sido quebrado. A não ser que o texto tenha continuidade, que Arduin não quis mostrar, o acontecido pede explicação, a qual os envolvidos deixaram em aberto.
    .
    Parece-me claro que a mulher achara meio de se manter presa ao aparelho e mesmo assim se movimentar, embora com restrição. Ao tentar se repor nos contatos conforme originalmente fora postada deve ter ocorrido um acidente que desfez a ligação e ela simulou o desmaio para distrair os pesquisadores.
    /
    /
    MARCOS ARDUIN: […]- Pois bem, Balofo… Polidoro LEU ESSE RELATÓRIO e gostaria que me fosse explicado como é que ela fez tudo isso estando com uma mão segurando uma manivela e mantendo a dobra do joelho na outra… Já que ele não explicou, alguém aqui se habilita?
    .
    COMENTÁRIO: com uma das mãos livres e os fios encompridados pela ligação complementar, a habilidosa poderia fazer um montão de estrepolias. Pronto, tá explicado. Não sei porque, nesses anos todos em que reflete sobre o caso, não conseguiu pensar nisso…
    /
    /
    MARCOS ARDUIN: Lembro-o de mais um detalhe que está acima:
    “Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos”
    Pois é: Polidoro diz que ela revelhou-lhe TODOS os seus segredos. E só falou de mão na manivela e dobra do joelho na outra. NADA DISSE sobre tira de pano molhada, clipes e fios, namorado ou cúmplice. Duvido que Houdini omitiria detalhes TÃO IMPORTANTES.
    .
    COMENTÁRIO: Houdini estava noticiando o que Fay lhe passara, a desconfiança de que tiras de pano pudessem facilitar o engodo foi feito pelos que acompanhavam Crookes. Se Fay nada falou a respeito, Houdini nada poderia saber…dãããã
    ./
    /
    ARDUIN: Continuando o Polidoro:
    “A revelação de Annie Eva Fay a Houdini do modo de como ela enganou Crookes foi confirmado anos mais tarde, quando o investigador psíquico Colin Brooks-Smith encontrou um dos galvanômetros usados por Crookes no Museu de Ciência em Londres. A máquina foi consertada e posta a trabalhar.
    .
    Brooks-Smith relata o seguinte: “não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão, sem produzir qualquer grande movimento no indicador do galvanômetro.” Num segundo teste, ele diz: “virei ambos os elétrodos para baixo e os introduzi em minhas meias, de forma que minhas mãos ficaram livres, sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro.”
    – Temos aqui uma ótipa PIADA de CONFIRMAÇÃO. Embora não seja dito a distância, lá no relatório é colocado que as manivelas foram postas BEM AFASTADAS, de forma a impedir que se usasse um lenço para uni-las. Deslizar um antebraço por uma manivela até outra exigiria uma distância… CURTA. Descarta-se essa afirmativa, portanto. Virar as manivelas para baixo… Crookes estava do outro lado da parede, se a Ana Eva Fay fizesse isso, ele não notaria uma movimentação estranha nos fios? Além disso, mais uma vez: ela revelou TODOS os seus segredos ao Houdini e NÃO FALOU que fez isso. Ou então Houdini omitiu essa informação importante…
    .
    COMENTÁRIO: o desafio à ilusionista era não se desconetar do circuito, se conseguisse fazer e isso tudo o mais estaria facilitado pelo seu treinamento. E ela o fez, visto que o truque se concretizou sem que o galvanômetro acusasse nada suspeito. Agora, cá entre nós, que Crookes e seus cupinchas fizeram trabalho porcalhíssimo não há dúvida. Por que não agarraram a materialização e foram lá dentro verificar se a médium continuava grudada nos contatos? Isso sim dirimiria quaisquer dúvidas. Não, preferiram trabalhar nebulosamente, pois sabiam que quase um século depois nasceria alguém que não abriria mão da lisura dos experimentos, justamente por serem imprecisos.
    .
    Crookes teve mil e uma oportunidades de realizar verificação taxativa mas preferiu ficar nas incertezas, e hoje passa por idiota ou conivente, embora haja ainda quem tente salvar-lhe o prestígio…
    /
    /
    .
    ARDUIN: Continuando com o Polidoro:
    “Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva, mas também a nota de rodapé explicativa de Houdini de 1924 (pág. 102) que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos, que constituíam-se de soberanos de ouro e papel salino presos aos pulsos e o segurado na dobra de seu joelho” (Brooks-Smith 1965).”
    .
    – Qual era mesmo a nota de rodapé de Houdini? Esta aqui:
    “* O ‘galvanômetro’ é um instrumento usado para controlar a médium. É um dispositivo elétrico composto de um sintonizador e duas manivelas, construído de modo que se o médium soltar qualquer uma das manivelas, o contato seria interrompido e o indicador registraria a falha. A médium, para enganar o assistente, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intacto e pôs a mão livre para fora e assim produziu o ‘espírito’. (Nota de rodapé de Houdini.)”
    .
    COMENTÁRIO: pois é, narrativa plenamente coerente. Só quem quer achar cabelo em casco de tartaruga é que fica inventando complicamentos, intentanto salvar o insalvável.
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    MARCOS ARDUIN: E a qual texto essa nota de rodapé estava vinculada? Este aqui:
    “Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, surgiu com uma exposição do trabalho dela, ela se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou aos seus cuidados e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela tinha apenas uma remota chance de passar no teste do galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e de azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para enganá-lo.”
    .
    COMENTÁRIO: se numa parte o declarante fala que a moça foi a casa do cientista e este com ela realizou vários testes especiais, por que a citação ao teatro, que não seria local adequado para testagens? Pode ter havido problema de tradução, pode ser que a narrativa esteja truncada, ou houve má tentativa de resumir os acontecimentos. Observe: “Crookes fez uma série de testes”, depois vêm a referência ao que parece ser um episódio isolado. Acho um tanto complicado extrair conclusão sobre qualquer ponto relevante do acontecimento baseado nessa nota de rodapé. Mas como, para Arduin, esse trecho é definitivo para mostrar que Houdini foi um mentiroso e Polidoro não sabe o que diz… Essas são as armas do apologista radical da mediunidade materializativa…

    /
    /
    ARDUIN: – E então, Balofo? Achou agora o teatro e a luz elétrica que o iluminava? Está no livro do Houdini, que Polidoro cita todo ufano.
    Um cético burro, incompetente, que não percebe o valor e a importância do Ceticismo para a vida moderna, desconfiaria de que algo está errado. Afinal em 1875 não havia redes elétricas e nem sequer lâmpadas elétricas. O primeiro protótipo foi inventado no ano seguinte. Esse cético burro passaria a achar que tal entrevista com a dita médium seria uma burla, uma invenção do Houdini, pois ela não diria uma bobagem dessas…
    Mas isso se o cético for burro.
    Se o cético é sábio, culto, racional e inteligente como é o Massimo Polidoro, ele não perceberá essa falha ou, se a perceber, fará de conta que não a viu, pois ele sabe a importância do Ceticismo e assim, em defesa da fé cética, diz:
    .
    “Não existe mais dúvida, agora, de que aquele truque aconteceu de fato durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda não fica claro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico, e estava dispostos a testar todos elas, ainda que fossem fraudes sinceras como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.”
    .
    COMENTÁRIO: Arduin tem o ingrato hábito de só selecionar dos textos que lê aquilo que interessa à tese que defende. Talvez se possa dar como certo que Houdini falhou ao explicar que o logro de Fay sobre Crookes deveu-se a um golpe de sorte, que foi a falta de luz elétrica no teatro. Mas para fechar conclusão que fora erro de Houdini (provavelmente por não ter verificado a informação que Annie Fay lhe passara ou por ter entendido mal o que a mulher lhe contara) seria necessário averiguar se há documentação complementar que lance luz sobre o relato, visto que o texto não é muito claro. Mesmo assim, o erro de Houdini não é crucial para o contexto do que relata a respeito de Crookes, a quem o mágico considerava um mau investigador e facilmente logrável. É, portanto, interessante conhecer o inteiro teor das considerações de Houdini. Verifiquem (tradução do Google com pequenas contribuições minhas):
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    HOUDINI: “Talvez o homem mais importante a este respeito e cujas conclusões, especialmente em seus últimos anos, foram apontados pelos espíritas como sendo indiscutível foi o químico eminente, Sir William Crookes. Ele tornou-se muito interessado no trabalho de investigação espírita, já em 1870 e para os quatro primeiros anos dedicou a maior parte de sua atenção para DD Home[…]
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    Em 1874, voltou sua atenção para Florrie Cook, com quinze anos, que lhe prendeu a atenção por cerca de três anos. Ela parece tê-lo cativado logo no primeiro mês, a tal ponto que ele foi para a sua defesa na imprensa depois que uma “ocorrência vergonhosa” tinha dado origem a uma “controvérsia”, após o qual ele a entreteve em sua casa. A prova mais convincente, porém, ocorreu em sua casa em Hackney. Em fevereiro de 1874, ele escreveu: ” Estas sessões não foram acontecendo muitas semanas, mas o suficiente ocorreu para me convencer completamente da verdade perfeita e honestidade de Miss Cook, e para me dar todas as razões para esperar que as promessas tão livremente feita a mim por Katie serão mantidas. Todos peço agora é que seus leitores não vão apressadamente supor que tudo o que é, prima facie, suspeito implica, necessariamente, decepção, e que eles vão suspender o seu julgamento até que ouvi-me novamente sobre este assunto.”
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    Não demorou muito, evidentemente, para o cientista acordar do seu sonho, pois em 1º de agosto de 1874 , ele escreveu para uma senhora russa que, após quatro anos de investigação, incluindo meses de experiência com Home, Katie Fox e Florence Cook, ele não encontrara “nenhuma prova suficiente de que os mortos podem voltar e se comunicar.” Uma cópia desta carta foi enviada por Aksakoff para a Luz, e foi publicado nesse jornal em 12 de maio de 1900. “Sir W. Crookes não dissidência”. * Em algum momento ao longo de 1875 cerca de quarenta e quatro negativos fotográficos que fizera de Katie King e seu meio, Florrie Cook, foram, por algum motivo não explicado, acidentalmente destruído e ele proibiu os amigos que tinham cópias de reproduzi-los. Ele deve ter feito algum tipo de descoberta pois “enterrou-se num silêncio mal-humorado que ele não iria quebrar” por quarenta anos.
    * “O Espiritismo , uma História Popular “, de Joseph McCabe .
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    ” Ninguém sabia se ele era um espírita ou não”, sua única declaração é que “em toda a sua pesquisa espírita que ele tinha chegado a uma parede de tijolos. ” *
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    Em 1914, quando perguntado claramente se ele fosse um espírita, evitou a questão. ” Talvez a mudança em suas opiniões apoderou-se dele quando soube que Florence Cook (que se tornou a Sra. Corner) foi exposto ** em uma turnê continental e enviada de volta em desgraça. Mas em 1916, apesar de sua declaração em 1900 e outras declarações anteriores, ele foi registrado na edição de dezembro de 9 de Luz como aceitado o Espiritismo.
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    Tudo isso é uma prova de que o Professor Crookes , mesmo depois que ele foi nomeado cavaleiro, era de uma mente vacilante e por algum motivo parecia ser deficiente em métodos racionais de descobrir a verdade , ou pelo menos não gosta muito de colocá-los em vigor fora de seu especial linha da ciência. Possivelmente, uma das provas convincentes a ele podem ter sido os “truques” jogados sobre ele por Annie Eva Fay, pois, se não estou em erro a sua incapacidade de detectar sua trapaça foi o ponto de viragem que o levou a uma crença no Espiritismo. Ela me disse que quando Maskelyne, o mago, saiu com uma denúncia de seu trabalho, ela foi forçada a recorrer à estratégia. INDO PARA A CASA DO PROFESSOR CROOKES ELA SE JOGOU EM SUA MISERICÓRDIA E DEU UMA SÉRIE DE TESTES ESPECIAIS. Com olhos brilhantes , ela disse de tirar proveito dele. Parece que ela teve apenas uma chance no mundo para conseguir pelo galvanómetro *** mas por algum golpe de sorte para ela e uma oportunidade para o professor Crookes mal, a luz elétrica passou por um segundo no teatro em que ela estava realizar, e ela aproveitou -se da oportunidade de enganá-lo . Um dos testes foi duplicado pelo professor Harry Cooke, um mágico.

    * ” Trabalhadores mestre”, McCabe .

    ** Florence Cook foi exposto repetidamente.

    O *** ” galvanómetro ” é um instrumento usado para controlar o meio . É um dispositivo elétrico equipado com um mostrador e duas alças , construído de tal forma que, se o meio fosse para deixar de ir ou lidar com o contato seria quebrado ea marcação deixar de registrar . O meio de enganar o sitter simplesmente colocado em uma das alças na carne nua em seu joelho e agarrando-a lá com a perna manteve o circuito intacto e à esquerda uma mão livre para produzir “espíritos “.
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    Não há a menor dúvida em minha mente que ESTE HOMEM INTELIGENTE FOI LUDIBRIADO , E QUE SUA CONFIANÇA FOI TRAÍDA PELOS CHAMADOS MÉDIUNS QUE ELE TESTADOS. SEUS PODERES DE OBSERVAÇÃO FORAM CEGADOS E SUAS FACULDADES DE RACIOCÍNIO TÃO EMBOTADO POR SEU PRECONCEITO EM FAVOR DE QUALQUER COISA PSÍQUICA OU OCULTO QUE ELE NÃO PODIA, OU NÃO QUERIA , RESISTIR À INFLUÊNCIA. * Este parece ser mais difícil de compreender quando se lembra que ele não aceitou Espiritismo na íntegra até que ele foi se aproximando do fim de sua carreira terrena. A fraqueza e falta de confiabilidade do julgamento de Sir William como um investigador está ainda provado pelo fato de que ele admitiu que muitos dos testes que ele propôs foram rejeitados pelos médiuns que ele estava investigando. Tais condições fizeram o teste impossível e ele não parecia perceber, mas apesar de tudo isso, ele é uma das autoridades mais citadas em reinos espíritas , especialmente por Sir Arthur Conan Doyle.”
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    COMENTÁRIO: qualquer semelhança entre as características de Crookes, relacionadas por Houdini, e alguém que conhecemos seria mera coincidência? Ou um é reencarnação do outro? Tenho dúvidas se Arduin é Conan Doyle revivido ou William Crookes…
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    Sou paupérrimo em inglês, mas imagino se o termo “teather” na frase “the electric light went out for a second at the theatre at which she was performing”, não significaria “representação”. Nessa hipótese o theatre não signficaria uma sala de espetáculo sim referência à representação que Fay fizera diante de Crookes.

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    MARCOS ARDUIN: – Bem, o Moisés postou aqui todo um texto sobre uma tal bruxa loira e o Houdini, talvez com a intenção de me mostar que pesquisadores mediúnicos podem falhar ao investigar um médium, mas um cétio sábio e arguto como Houdini não se deixaria enganar. E eu aqui posto este texto do Polidoro para mostrar a você, ao Moisés e quem estiver interessado, que sábios céticos como o Houdini e o Polidoro também podem ser mentirosos e sacanas.
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    EMPATOU.
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    COMENTÁRIO: sua noção de empate é deveras supimpa. O caso com a “bruxa loira” exemplifica rigorosas testagens, as quais deveriam ser modelo por parte dos que investigavam a espiritualidade, ilustra, ainda, que haviam muitos interessados em validar médiuns a todo custo, uns movidos por crenças cegas (caso de Conan Doyle e assemelhados), outros por interesses mais mundano$. Boa parte dos pesquisadores do grupo de Houdini quiseram lhe dar uma rasteira, a fim de mais facilmente aprovarem a espertalhona.
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    “E vou dizer mais: duvide-o-dó que Crookes tenha testado a espetaculeira adequadamente…”
    MARCOS ARDUIN: – Beleza: então vá me dizendo aí quais foram as falhas no experimento. Até agora a sua queixa foi de “gabinete e escuridão”, mas FALTA DIZER COMO É QUE ELA BURLOU O GALVANÔMETRO. TODAS as tentativas de explicação FALHARAM. Venha com alguma novidade e das bobas, por favor.
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    COMENTÁRIO: vários especialistas aqui se pronunciaram, graças ao esforço pesquisativo do Vitor, mostrando possibilidades enganativas. Seu extremado rigorismo crente rejeitou a todos. Mas não é necessário saber exatamente como o golpe foi realizado, basta considerarmos os dados disponíveis que claramente mostram que a mulher era ilusionista. Nessa condição não seria capaz de, legitimamente, materializar coisa alguma, seja por mediunidade seja metapsiquicamente (caso essas atividades fossem realidades), materialização com Fay e Florence só por meio de encenação. É absurdo imaginar que uma presditigitadora magicamente se transformasse em legítima médium ou paranormal na casa de Crookes. A única coisa que poderia haver de paranormal na residência de Crookes era o pau-não-cessa. E para explicar como conseguiu a alegada médium se movimentar, estando manietada ao galvanômetro, temos várias possibilidades, uma boa é a que supõe o uso de fios prolongadores.
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    “À medida que o garimpeiro Gorducho desvenda que se tratava meramente de showoman fica difícil sustentar que fosse turbinada por espíritos.”
    MARCOS ARDUIN: – Por estranho que pareça, eu até posso concordar com isso em parte. Note que das médiuns conhecidas, essa é uma que NUNCA trouxe qualquer mensagem dos mortos ou disse que contatava os mortos… Será que nesses shows não apareceu nenhum interessado em contatar parentes falecidos?
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    COMENTÁRIO: agora embolou de vez, afinal, o que pensa dos acontecimentos na morada de Crookes? Não foi mediunidade? Teria sido paranormalidade? Creio pouco provável que tentasse defender esse lado… Se reconhece (como não poderia deixar de fazê-lo) que Fay era somente ilusionista, então o que está querendo com essa teimosia de legitimar alguém que sabe ser simuladeira? Sua briga é só para exigir que surja um iluminado a descrever minuciosamente o truque e saciar seu intenso desejo freudiano?
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    Cada vez mais complicado…

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    Marcos Arduin Diz: E pra piorar, Polidoro transcreve no seu texto que os experimentos foram feitos NA CASA DE CROOKES, mas Houdini, falando pela Ana Eva Fay, diz que o enganou no teatro onde se apresentava… Se Polidoro não fosse um cético sábio, culto, racional e inteligente, notaria essa contradição. Mas como ele é tudo isso, não se deu conta… É ironia: ele percebeu sim, mas em defesa da fé cética, omitiu esse detalhe.
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    COMENTÁRIO: é fato que Polidoro deveria ter visto a contradição e dado a explicação que entendesse adequada, mas como nada falou torna-se plausível que não a tenha notado, ou que haja esclarecimento que não nos foi disponibilizado. Visto que Arduin não se anima a pôr textos completos nem a traduzir declarações dos envolvidos que poderiam elucidar a dúvida (na hipótese de que existam), ficamos impedidos de decidir pelo Polidoro a respeito da questão.
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    ARDUIN: Por isso então ele cita Houdini, num velho livro de 1924, que provavelmente não haverá muitos interessados em lê-lo, e conclui:
    NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS DE QUE TAL TRUQUE DE FATO OCORREU.
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    COMENTÁRIO: que o truque de fato ocorreu não há dúvidas, tanto que a própria Fay declarou ter ludibriado Crookes e não o confessou só para Houdini, ao declarar-se ser apenas uma ilusionista, diante de platéia de centenas de expectadores, estava indiretamente admitindo que lograra àqueles que a consideraram contatadora de espíritos.
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    Marcos Arduin Diz: O QUE ESTÁ FALTANDO para você admitir que o cara mente em defesa da fé cética?
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    COMENTÁRIO: o que está faltando? Tudo? A acusação de que o “cara mente em favor da fé cética” não só é despropositada, mas infame. Mesmo que sua alegação esteja correta em todos os aspectos (e não está, pois não se sabe se Polidoro percebeu o aparente conflito) não será um único exemplo, que mais reporta escorregão da parte do articulista, que configurará intento maldoso do analista em escamotear a verdade. Para que acusação dessa natureza faça sentido necessário apresentar expressivos registros que apontem a malícia do autor. A acusação que dirige a Polidoro cabe em Carlos Imbassahy, seu ídolo, visto que no livro que costuma citar como documento de qualidade se acham omissões indicadoras do almejo de defender a fé mediúnica a qualquer custo. Se quer um exemplo para analisar, verifique o que Imbassahy discorre sobre o “Manifesto dos 34” e compare com a verdadeira história.
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    “Irrelevante, em nada altera o óbvio”
    – Exato! E o óbvio é: O CONTROLE PELO GALVANÔMETRO É INSUPERÁVEL. Fico no aguardo de demonstrações em contrário.
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    COMENTÁRIO: demonstrações? Cito duas: Florence Cook e Eva Fay… Não acredita? Florence foi revelada matreira, pouco tempo depois de ter sido longa e cariciosamente aprovada por Crookes, tanto que, depois de prolatar loas apaixonadas, o cientista recolheu-se em admirável silêncio e nunca mais disse nada em favor de Florence. Quanto a Fay: ela própria negou ser médium.
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    Veja que curioso: o “insuperável” galvanômetro deu a Crookes material aprovativo para duas ladinas. Imagina se não fosse insuperável?
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    Marcos Arduin Diz: Essa aqui é uma GRANDE NOVIDADE da qual nunca ouvi falar nas aulas de fisiologia humana que tive na USP. Então é possível um controle voluntário das glândulas sudoríparas? Como se faz isso? Digamos que o meu desodorante já quase acabou e não tenho tempo de ir comprar, pois tenho de dar aula. COMO EU CONTROLO AS GLÂNDULAS DOS SOVACOS PARA NÃO FICAR MAL CHEIROSO ENTRE MEUS ALUNOS NUM DIA QUENTE PRA BURRO?
    DÁ PRA ME PASSAR A RECEITA DESSE MÉTODO?
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    COMENTÁRIO: dá, passe fina camada de Leite de Magnésia de Phillips e ficará protegido por várias horas. Falou Moi.

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    ARDUIN: Não estou muito convencido dessa questão do suor por dois motivos:
    1 – Num dia quente, não havia razão para moça alguma usar ABUNDANTE VESTUÁRIO VITORIANO, no máximo usaria saia e ceroulas. Anáguas e musselina são coisas que o Stephenson está SUPONDO apenas.
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    COMENTÁRIO: as moças usavam sim abundante vestuário vitoriano, tanto que o filho de Fay cabia debaixo de suas saias, e a ajudava em vários truques que realizava.
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    “entre médiuns e políticos (no sentido que usualmente se dá ao termo) deveria haver rotunda diferença.”
    MARCOS ARDUIN: – Por que? São todos humanos.
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    COMENTÁRIO: certo, mas as regras que regem a mediunidade, isso no dizer de especialistas, faz com que médiuns saibam que se pisarem na bola o preço é alto. Na prática sabe-se que se alguém leva essa orientação a sério muitos não estão nem aí, mas a teoria existe.
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    “Situação inesperável no que seria a mais importante revelação à humanidade, ou seja: a certeza de que há portas e janelas abertas para o espiritual.”
    ARDUIN: – Essa certeza pode ser obtida quando parentes de falecidos obtêm provas a partir de dados que só eles saberiam e o falecido saberiam, mas o médium não. Você quer acertos EM TUDO. Como já dizia Kardec:
    – Por se vender vinho falsificado, não fica provado que não existe vinha autêntico.
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    COMENTÁRIO: nunca falei que quero acerto em tudo, procuro evidências satisfatórias da mediunidade, as quais não se acham em canto algum. Satisfação pessoal constitui prova subjetiva e estas não servem, pois podem agradar a uns do mesmo modo que desagrada outros. Faltam demonstrações objetivas, daquelas que comprovam a crença doa a quem doer.
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    “Pesquisadores vários insistiam nos bons resultados de seus investigamentos, mesmo quando seus testados demonstravam-se salafrários em experimentos outros.”
    ARDUIN: – Certo… Pois às vezes os médiuns fraudavam voluntária ou involuntariamente. A Eusápia mesmo se queixou ao um pesquisador, pois ele não prendera e aí o “espírito” fez as coisas pelas mãos da médium. Dizendo ele que assim era fraude, ela respondeu:
    _ Sob transe, não tenho controle sobre o meu corpo. Faço as coisas sem ver, nem pensar. Você deveria ter me retido para evitar isso, mas não o fez. É muito ruim.
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    COMENTÁRIO: são explicações casuísticas forjadas meramente para salvar a reputação de rematados malandrões. Eusapia dispensa qualquer comentário, malandragem ali bateu e fez moradia.
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    “Especificamente, no que tange aos experimentos de Crookes, há indicações que o cientista não desenvolveu metodologia que fosse aplicável às pesquisas gerais (trabalhava mais no improviso) e seus registros eram passíveis de controvérsias. Considere, ilustrativamente, o que diz Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira em seu estudo sobre a “nova força”.
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    Esse procedimento revelou-se bastante proficuo, possibilitando, entre outras coisas, a CONSTATACAO DE DISCREPANCIAS ENTRE O QUE O CIENTISTA PUBLICAVA NOS ARTIGOS E O QUE HAVIA OBSERVADO NAS SESSOES REALIZADAS NA MESMA EPOCA. ALEM DISSO, FOI POSSIVEL NOTAR QUE O PESQUISADOR, PROVAVELMENTE, NAO EMPREGAVA UMA METODOLOGIA PREESTABELECIDA PARA LIDAR COM ESSES FENOMENOS.”
    ARDUIN: – Mas é uma ANTA mesmo essa Juliana. Metodologias PRE-ESTABELECIDAS são seguidas DEPOIS que uma pesquisa foi consolidada e a partir dela se estabelecem protocolos definidos. Eu até publiquei um receituário para uso em Histologia, com técnicas de 120 anos ou mais. Agora quando se começa uma pesquisa DO ZERO, NÃO HÁ a tal metodologia preestabelecida: o pesquisador vai desenvolvendo-a ao longo dos experimentos por TENTATIVA E ERRO.
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    COMENTÁRIO: engano seu, Hidalgo é pesquisadora competente. Crookes investigou Dunglas Home por mais de dois anos, Florence Cook por três e fez testagens com vários outros médiuns. Teve tempo e condições de elaborar metodologia, naturalmente modificável ou adaptável conforme as circuntâncias, que pudesse ser conferida por outros investigadores e replicada por esses.

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    “COMENTÁRIO: tá certo, concordo plenamente, apenas mostrei igual jogo do acusador de céticos que, ante qualquer miúdo deslize, porcorifica tudo o que realizaram. Porém, há que ser severo com Crookes, visto que ele era especializado em fotografias em vez de mero amador. Veja trecho da tese “William Crookes e a Nova Força”:”
    ARDUIN: – Meu, nesta época do Crookes a técnica fotográfica era usando chapas de vidro com colódio úmido. Algo complicado de se preparar e de se manter (tinha que ser usado logo, pois senão se estragava).
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    COMENTÁRIO: não vou fazer carga sobre esse tópico, o fato é que se esperava de Crookes a obtenção de boas imagens, visto não ser amador.
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    “Por volta de 1852, William Crookes iniciou seus estudos de fotografia (…)de iluminar objetos em locais escuros, para que pudessem ser fotografados.”
    ARDUIN: – Moisés, eu também aprendi a fazer fotos em preto e branco, todo o processo de revelação, fixação e alguns truques para obter melhores imagens, mas isso não fez de mim um ESPECIALISTA em fotos. Pelo que se vê do texto da Juliana, o Crookes mostrou como fotos podiam ser usadas para registros científicos, mas ele NÃO INOVOU na técnica (nem eu).
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    COMENTÁRIO: também fiz cursos de foto, aprendi a revelar negativos, etc., e manjo muito pouco do riscado, porém Crookes era profissional, durante alguns anos teve a fotografia como ganha-pão, portanto seria, comparando conosco um profissional diante de curiosos.
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    “Das fotos sobreviventes as melhores permitem confirmar que a médium e o fantasma eram igualzinhos…”
    ARDUIN: – Apontei ao menos uma diferença no nariz, coisa semelhante com fiz no caso da Otília…
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    COMENTÁRIO: sem querer desmerecer seu faro verificativo, desde que achou “diferenças” expressivas entre Otília Diogo e irmã Josefa, reconhecidamente as mesmas, que tenho dúvidas se suas lentes oculares não precisam ser trocadas…
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    Depois continuo.

  879. Montalvão Diz:

    GUTO: O mundo está doente, mas não sabe como achar a cura!
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    COMENTÁRIO: vá no bar do bigode que a cura será encontrada!

  880. Marciano Diz:

    Larissa, uma imagem vale mil palavras.
    Só o Arduin se recusa a ver o óbvio.
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    Guto, por isso mesmo eu disse para você ir em frente com sua crença. Se ela te faz bem e não faz mal para os teus próximos, não precisa mudar.
    Eu ando bem sem as tais muletas psicológicas, mas entendo que as pessoas são diferentes.
    Não vou tentar te convencer de nada. Só não tente me fazer acreditar, ter fé, porque é tarefa impossível.
    Ainda estou cobrando seus “causos”, os quais lerei com atenção, mas não comentarei, para não te encher o saco.
    E tu estás mais para poeta do que para filósofo.
    Um abraço, meu irmão.

  881. Montalvão Diz:

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    Seguindo o papo com o mancebo defensor da materializações.
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    “Crookes dissera ter “acidentalmente” acabado com a maioria das imagens…”
    ARDUIN – Acidentes acontecem mesmo. Agora é gozado como ele teria deixado sobreviver imagens em que a médium e fantasma eram “iguais” e sumido ou não publicado as que elas eram distintas. De qualquer forma, não é apenas por fotos que se registram fenômenos…
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    COMENTÁRIO: as imagens que se salvaram foram as que Crookes deu a amigos, aos quais solicitou que não as divulgassem, as deles ele acabou com todas. Acidentes acontecem, mas o mais provável é que o idoso cientista não mais queria conviver com o constrangimento de ter sido tristemente ludibriado e de saber que os fotogramas dariam mostras do logro.
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    “bem, bem, bem… quantas acusações de fraude lhe satisfariam? Mil?”
    ARDUIN – Não. Basta uma, bem verificada e confirmada.
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    COMENTÁRIO: então tem, no mínimo duas, digo três: Florence Cook, Annie Fay, Margery…
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    “essa “tal” transfiguração parece muito mais explicação casuística para justificar as suspeitíssimas parecenças entre o médium e seu materializado… As roupas não foram achadas? E acha que a malandra iria dar esse mole?”
    ARDUIN – – Talvez não, mas sacomé: os descobridores de fraudes também não resolvem a questão de um modo definitivo…
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    COMENTÁRIO: por “definitivo” quer dizer: do modo que Arduin aceitaria. Se para você não servem os muitos indícios e evidências de que o cientista foi enganado, para produzir as demonstrações que almeja só trazendo Crookes e sua trupe de volta. Talvez você possa ajudar, visto ter, ao que parece, bons contatos do “outro lado”: acione seus conhecidos na espiritualidade e peça-lhes que retornem com o cientista e os demais envolvidos.
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    “COMENTÁRIO: o que tem a catalepsia convencional com a ostentada pela médium? Esta parece ser uma representação da moça, a fim de desviar a atenção do pesquisador de algum ponto que lhe pudesse indicar algo estranho.”
    ARDUIN – Pois é: no caso da Piper, pingavam ácido no seu corpo e nada de reação… Exceto que o ácido a corroía… Essa você admite que é autêntica, né?
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    COMENTÁRIO: catalepsia é reação neuropsíquica, pode ocorrer em certas patologias, com drogas e por sugestão. Desnecessário achar que um cataléptico, que não sente o ácido queimar-lhe a pele, esteja sob influência espiritual. Pessoas hipnotizadas podem se tornar insensíveis à dor a ponto de terem dentes extraídos sem demonstrar incômodo. Há registros de amputações realizadas com o paciente hipnotizado. Para que recorrer à espiritualidade quando há explicação terrena?
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    “pode-se, ante as dificuldades atuais, no máximo criar um simulacro. Se houvessem médiuns materializadores disponíveis e dispostos a serem verificados aí seria diferente, visto que, embora iguais condições dificilmente pudessem ser reprisadas, pelo menos poder-se-ia testar a alegação de que desencarnados visitam nosso mundo vestidos de carnes e roupas.”
    ARDUIN — É… Porém quando esses médiuns aparecem, os que se dispõe a investigá-los são os Ranieris, os Waldos Vieiras… mas nunca nenhum cético habilitado. Uma pena.
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    COMENTÁRIO: quando “esses médiuns” aparecem a fraude é tão escancarada que ninguém quer perder tempo. Peixotinho convenceu seus pares espíritas porque era isso o que eles queriam: que a “espiritualidade” se manifestasse ostensivamente, então aceitavam as caricaturas que ele produzia como legítimas materializações. Além disso, não esqueça, pois já lhe falei várias vezes, dificilmente esses “Médiuns” se deixariam fiscalizar por quem não fosse crente deslumbrado. Acha, por exemplo, que se uma equipe de investigação fosse até Ederlazil ela aceitaria ser verificada? Falando nela, ainda não respondeu se acredita que a mulher realmente materialize a lixarada que aparece durante as sessões. Se acredita, acha que seja espiritual ou paranormal?
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    Coisa parecida ocorre em sessões de exorcismo, quando o demônio e sua turma se apossa de vários fiéis e os pastores, ou padres, se esfalfam mandando a corja de volta para o inferno. Essas situações são interessantes para investigação sociólogica, antropológica, psicológica, porque esse tipo de pesquisa perquire as motivações que levam grupos a agirem daqueles modos. Somente crentes e desinformados levam tais espetáculos a sério, ou seja, como legítimas intervenções da espiritualidade: então pra que pesquisar a realidade do que se sabe ser fantasioso?

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    “se Weissman achou que tinha alçapão onde outros não acharam temos de conhecer as razões do pesquisador para asseverar tal coisa.”
    ARDUIN — A ÚNICA razão para isso era que ele tinha que introduzir um cúmplice para explicar o que Eusápia fez diante da comissão de mágicos. O lance é: desde quando há alçapões em quartos de hotel? Depois ele ficou apelando de que teriam aberto uma passagem na parede do dito hotel para o quarto onde seria feito o experimento. Se tivessem feito isso, teria melado tudo, pois na véspera outro mágico apareceu e ocupou justamente o quarto onde a parede foi “arrombada”…
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    COMENTÁRIO: Arduin, seu nefasto hábito de realizar sínteses particulares dos assuntos que lê e as expor como se retratassem a explanação do autor, não sei se é má intenção ou desatenção. O que Wisemman depôs passa distante de que diz, o pesquisador relata diversas fragilidades nos experimentos levados a termo por Carrington: o alçapão seria uma de várias hipóteses, todas teoricamente aceitáveis. O próprio Carrington em si já é figura suspeita, não fosse só pelo fato de ter se tornado empresário de Eusápia, também pelo hábito de validar médiuns que adiante eram desmascarados, veja trecho da exposição de Wisseman:
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    WISSEMAN: As informações apresentadas após o Relatório de Feilding não lançam nenhuma luz sobre esta questão. Carrington (1909b, p. 158) observa: —
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    Eu preciso apenas acrescentar que nós fizemos um exame cuidadoso do gabinete, dos instrumentos, da mesa e dos quartos das sessões, antes e após cada sessão.
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    Os investigadores parecem bastante confiantes de que um cúmplice não poderia ter ganho acesso prévio ao quarto de Baggally. Contudo, parece que eles tinham poucas razões para supor isso. Embora possa ser assumido que os investigadores teriam bloqueado seus quartos quando foram deixados sozinhos, um cúmplice competente poderia entrar com uma cópia da chave, uma duplicata ou chave-mestra. Além disso, o Relatório (p.527) sugere que tanto uma camareira quanto um servente podem ter tido acesso a estes quartos sem supervisão. Um cúmplice disfarçado como um membro da equipe (obviamente grande) do hotel teria atraído pouca atenção, não importa onde no hotel ele ou ela pudesse ter sido visto pelos investigadores.
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    Em suma, não é difícil imaginar como um cúmplice pode ter ganho acesso prévio ao quarto de Baggally. Já que nem o Relatório nem toda a literatura subseqüente mencionam este quarto sendo vasculhado, pode-se supor que a presença de tal pessoa poderia ter permanecido sem ser detectada.
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    No entanto, vamos supor que um cúmplice não poderia ter ganho acesso prévio ao quarto de Baggally, ou que a sua presença teria sido detectada tivesse ele feito isso. A atenção agora se concentra nas tentativas feitas para se evitar que tal pessoa tivesse acesso ao quarto após ele ter sido vasculhado.
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    Teoricamente, essa entrada poderia ter sido alcançada de várias maneiras diferentes. Um ponto óbvio de acesso seriam as janelas, que ligavam o quarto de Baggally ao exterior do hotel. Uma segunda possibilidade seria a porta que ligava o seu quarto ao corredor do hotel. Finalmente, uma terceira possibilidade pode implicar alguma forma de entrada secreta (por exemplo, um alçapão) que ligaria o quarto de Baggally a outras seções do hotel. Cada uma dessas possibilidades será examinada a seguir. […]

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    “O caso é que em experimentos espiritualistas ocorrências miúdas mas importantes podem ser postas de lado(…). O fenômeno teria de ser achado por grande número de pesquisadores, de modo a fundamentar o conhecimento, produzir teoria explicativa e preditiva. Mas, como está estafado de saber: nada disso aconteceu.
    ARDUIN — Moisés, isso tudo é ARTE DE ADVINHAÇÃO. E GRANDE NÚMERO DE PESQUISADORES? Bem, Crookes convidou os colegas dele a verem o que ele via, mas só meia dúzia de gatos pingados aceitou isso… E ao longo de 80 anos, mais de 200 outros também investigaram os ditos fenômenos, mas deixe-me ver se entendi o seu argumento: TODOS esses eram um bando de babacas. Só o Houdini era bom na coisa.
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    COMENTÁRIO: seu exemplo em “lote”, que repete como se fora argumento imbatível, lamentavelmente, não serve para coisa alguma, a não ser encher espaço. Esses oitenta anos (por que oitenta anos, começou e acabou quando?), e 200 investigadores, se não forem esmiuçados nada significam.
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    Não era só Houdini bom investigador, houve vários outros, mas ele foi decididamente um dos melhores. Releia mais uma vez a história de Margery e verá como, no comitê selecionado pela circunspecta Scientific American havia vários validadores de médiuns, dentre os quais seu amigo Carrington. Felizmente, Houdini e mais alguns contrabalançavam a equipe.
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    “Não sei nada de “inúmeras” possibilidades de fraudes, mas vi em escritos do Polidoro, de C.D. Broad, e outros que o aparelho não seria ininganável. Você é que não admite, porque admitir feriria profundamente a fé que deposita na existência de pelo menos um evento seguro de materialização.”
    ARDUIN — Moisés, NADA TEM A VER COM FÉ e sim com DEMONSTRAÇÕES ou ESPECULAÇÕES FAJUTAS.
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    COMENTÁRIO: nos casos que vimos discutindo, melhor seria alterar a frase final para “demonstrações fajutas e especulações coerentes”. Não é possível trazer Crookes de volta (a não ser que seus poderes mediúnicos o façam) mas é possível especular produtivamente e esclarecedoramente a respeito das logragens de que foi vítima.
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    “na avaliação de Broad, tanto faz a materialização ser real quanto fraudulenta iguais oscilações no aparelho controlador seriam registradas. Se for como ele analisa, significa que o galvanômetro é inócuo como controle. E Broad continua:”
    ARDUIN — Que piada! Em seu comentário inicial, Broad ELIMINA a hipótese de fraude por bobina, tira de pano ou barra de grafite, pois TODAS elas dariam o efeito que ele comentou. Agora quanto à materialização real, o que Varley notou é que houve um AUMENTO DE RESISTÊNCIA quando o fenômeno começou (seria ele causado pela produção do ectoplasma?), mas depois houve VARIAÇÃO na leitura dentro de limites mais baixo (bobina, pano molhado e tira de grafite fariam isso?).
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    COMENTÁRIO: meu jovem, você fica eletrogrudado ao galvanômetro e não observa o escandalosamente revelativo. Quando a fantasma apareceu detrás das cortinas, Varley não pôde conter o susto: “Oh! Você se parece muito com a médium!”. Florence Cook estava acostumada com Crookes, que não reagia ante a semelhança das duas (só reagiu quando se viu diante de críticas e tentou, dramaticamente, demonstrar que eram diferentes. Pelo visto só convenceu ao Arduin, que até achou diferenças nos septos nasais…) e não teve o cuidado de se maquiar para dar uma disfarçada. Podia haver mil galvanômetros controlando o experimento, a exclamação de Varley dizia tudo.
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    “Isso para o experimento (…), e que isso não causou mudança no galvanômetro defletor. SE TUDO ISSO É VERDADE,”
    – Por que não seria verdade?
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    COMENTÁRIO: Broad percebeu que há muito testemunho sem demonstração objetiva, coisa do tipo: “entrei na cabine e vi dois vultos”, e se o declarante apenas pensou ter visto? Além disso, a irrepetição dos experimentos por terceiros impede a confirmação do que foi declarado. Em termos estritamente científicos, os experimentos de Crookes são insuficientes para evidenciar o que pretendem, visto que não foram reprisados e conferidos por outros.
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    “segue-se que ou ‘Katie’ não era idêntica à médium, ou a médium não estava mais no circuito, e alguma resistência equivalente tinha sido substituída temporariamente por seu corpo. NÃO TEMOS DADOS PARA DECIDIR ENTRE ESSAS DUAS ALTERNATIVAS.”
    ARDUIN — Ah, não tem dados? Não foram feitos os registros das leituras do galvanômetro? Se houve variações de leitura enquanto a fantasma estava fora, então NÃO PODIA haver bobina, nem tira de pano molhada, nem barra de grafite: tinha que ser a médium mesma no circuito. Mais uma coisa: isso tudo que Broad diz tem cara de pura ESPECULAÇÃO: ele apresenta os seus experimentos que CONFIRMAM sua fala ou você apenas acredita no que ele diz?
    .
    COMENTÁRIO: especulação por especulação, fico com Broad que está se preocupando em analisar adequadamente um experimento cheio de nebulosidades. As diversas possibilidades de suplantar o controle do galvanômetro são expostas. O problema maior que é essas médiuns que, supostamente, estariam impedidas de fraudarem, visto estarem manietadas pela máquina, foram reveladas não-médiuns e simuladeiras, uma delas por si própria declarou-se prestidigitadora. Que prova maior haveria de que não estavam materializando ente espiritual algum? Arduin só admitiria que espíritos não se materializam (ou, no mínimo, que não se materializaram perante Crookes) pelo caminho mais difícil. Grita por demonstrações convincentes de que o galvanômetro não seria insuperável, quando deveria o próprio realizar seus particulares investigamentos, já que é sua pessoal satisfação que rejeita quaisquer propostas de que o aparelho não fosse derrotável. Se não fosse, Fay e Florence não o teriam superado…
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    “Broad sugere que o experimento de Crookes não fora taxativo e que há declarações difíceis de serem aceitas sem testagens conferitivas. O autor continua:”
    – Exatamente: ele SUGERE apenas. Não testou nada do que especulou. Por que devo confiar na fala dele sem provas?
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    COMENTÁRIO: as provas estão aí, basta vê-las: as testadas foram, flagradas em simulações e uma delas reconheceu não ser médium coisa nenhuma. De que mais provas precisa?
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    “DEVO DIZER QUE ACHEI A COISA TODA EXTREMAMENTE CONFUSA(…) provável, e que a segunda não é de forma alguma certa.”
    ARDUIN – Traduzindo: o cara não sabe de nada. Afinal nem testou nada também.
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    COMENTÁRIO: o cara foi muito prudente, sugerindo que mais testes fossem efetuados, mas os crentes ficam satisfeitos com um quase-nada achando que é tudo. O resultado é esse: defendem o indefensável escorados em experiências indefinidas e rachadas de buracos fraudativos.
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    “Não posso fazer afirmações (…) SERIA EXTREMAMENTE DESEJÁVEL QUE OS EXPERIMENTOS FOSSEM REPETIDOS, TÃO PRÓXIMOS QUANTO POSSÍVEL DAS MESMAS CONDIÇÕES QUE VARLEY DESCREVE (com soberanos e tudo o mais!) com alguma pessoa que dê tudo o de si para fraudar o controle; e assim estabelecer o que pode e o que não pode ser estabelecido no modo de subterfúgios.”
    ARDUIN — Ô, que pena que as pessoas a repetir os experimentos sejam outras e não você… Sabe, as outras pessoas não sabem fazer as coisas direito: fazem tudo confuso. Você sabe e poderia muito bem dar um jeito nesta confusão…
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    COMENTÁRIO: não vou ter a empáfia de declarar que daria jeito nessa confusão, mas quando sua mediunidade (ou seus conhecidos médiuns) trouxeram Crookes de volta para explicar as coisas e nos ajudar na remontagem dos experimentos, posso quase garantir que, até Arduin quedar-se-á convencido de que espírito algum se materializou…
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    “COMENTÁRIO: nos trechos acima, Broad (…) lançaram mão do petrecho nos estudos que conduziram?”
    – Já respondi a isso antes e não vou repetir.
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    COMENTÁRIO: que matada, hem? Truncou o texto de modo quem nem o autor (eu) entendeu o sentido… Desse modo não precisa mesmo repetir…
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    .
    “COMENTÁRIO: ninguém tem que fazer experiências “para convencer céticos”, tem que realizar experimentos de boa qualidade.”
    ARDUIN — Acontece que o pessoal cético diz ser O ÚNICO CAPAZ de fazer experimentos impecáveis. Só que não os fazem…
    .
    COMENTÁRIO: mesmo que fosse verdade que os céticos se consideram os únicos capazes, estariam aí os crentes para demonstrar que não. O que faltam são experimentos impecáveis dos crentes, quando surgirem, pode crer, não haverá cético que não reconheça…
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    “O convencimento vai depender dos resultados. Tampouco se faz necessário que médiuns estejam disponíveis a perder de vista. Se houvesse real miolo nas alegações mediúnicas experiências produtivas se realizariam sem grande dificuldade.”
    ARDUIN — Como a parte referente aos médiuns é muito complicada, ao menos os céticos poderiam reproduzir o que sugerem ter sido fraude e aí ao menos eles ganhariam mais substância em seus argumentos. Mas nem isso eles fazem. Uma pena.
    .
    COMENTÁRIO: coisa engraçada: o crente não conhece médiuns, e se conhece escusa-se em indicá-los e quer que céticos realizem simulacros. Com que finalidade? Para depois dizer que eram simulacros e não valem nada como prova? Ora, os mediunistas estão, supostamente, em condição de conclamarem seus espíritos e médiuns, e eles mesmos realizarem experimentações irreprocháveis, reproduzíveis, conferíveis. Mas o que fazem? Querem provar o improvável com provas obtidas no tempo em que a galinha tinha dentes e que são irrepetíveis na atualidade… Não seria mais bonito ao menos reconhecerem que não têm condição de comprovar nada do que acreditam? E que não querem, de forma alguma, ser adequadamente investigados?
    ./
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    “COMENTÁRIO: razões foram dadas às mancheias, a parte renitente não aceita nenhuma delas. Nem o fato de os espíritos terem fenecido no presente, visto que não mais se apresentam ao mundo (só no mundinho dos crentes) é considerado relevante.”
    ARDUIN — Ao mundinho dos crentes só interessa se apresentam provas da continuidade espiritual. O “espetáculo circense”, como os céticos dizem ser as materializações, já demonstrou que não ajuda muito…
    .
    COMENTÁRIO: pois é, pelo que sei, quem deveria apresentar provas da continuidade espiritual, provas atuais, seriam os que advogam a existência de tais provas. Preferem trazer evidências podres e depois alegar: “as provas foram dadas, se não aceitam, azar…”.
    ./
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    depois tem mais.

  882. Larissa Diz:

    Guto, algo belo e puro pra vc se animar um pouco.

    http://www.youtube.com/watch?v=vG-vmVrHOGE

  883. Guto Diz:

    Pessoal, estou sozinho em casa até quinta-feira. Como falei, minha esposa ficou na casa da minha sogra, no Rio de Janeiro.
    Hoje escreverei com mais calmo e tempo.
    Estou dando atenção a minha cachorrinha que ficou com a vizinha esses dias e precisa da minha atenção. Logo voltarei e escreverei os causos que estou devendo.
    I`LL BE BACK! Rsrsrs.
    Abraços!

  884. Guto Diz:

    Larissa, GOSTEI MUIIIITO DO VÍDEO, AINDA MAIS PELA BELA IMAGEM DO CISNE. Essa beleza é que me faz voltar a mim e me faz sentir de novo a felicidade que tenho dentro de mim! Obrigado. Volto já!

  885. Marciano Diz:

    Ainda mais bela que o cisne é a música.
    Ande logo com esses “causos”.
    Tá tirando uma de Hitch?
    Fazendo suspense?

  886. Guto Diz:

    Agora que brinquei bastante com a minha cachorrinha, tenho que tomar um banho! Cheguei a pouco do trabalho e a chave da minha casa ficou com a minha esposa lá no Rio! Rsrsrsrs! Sorte que fui a um supermercado aqui perto e tinha um chaveiro que me safou brilhantemente, abrindo a porta. Coisa de D…! Brincadeirinha!!!! Rsrsrsrs!

  887. Guto Diz:

    Morri em CEM PILAS!!! Mas, valeu a pena! Foi bem rápido a parada! Volto já! Tô precisando de um banho! Rsrsrs!

  888. Guto Diz:

    Minha cachorra tá muito carente!
    Causo 1) Ônibus
    Estava eu, voltando do trabalho, dentro do ônibus que levava os moradores do condomínio onde morava para o condomínio quando vi uma conhecida dentro do ônibus (não tínhamos nenhum relacionamento. Já era casado nessa época) e fiz sinal para ela sentar ao meu lado. Ela se sentou e vínhamos conversando sobre diversas coisas. Foi quando ela me perguntou sobre o meu trabalho. Falei, falei e falei sobre muitas coisas. Coisas estas bastante diferentes da aqueles de empregos normais de escritório, tribunal, hospital e outros. O ônibus estava escuro, ou seja, o motorista havia deixado as luzes internas do ônibus apagadas. Quando chegamos no ponto final, as luzes foram acessas e quando me levantei para descer vi um homem sentado no banco oposto ao dela que estava sentada na poltrona do corredor olhando fixo para mim, o que me deixou meio grilhado.
    Fui andando até em casa (apartamento) e, pouco tempo depois que minha esposa abriu a porta e eu entrei, minha filha começou a chorar de forma estranha. Esperniava parecendo estar sentindo algo. Aquilo me deixou bolado, pois havia saído do ônibus com uma impressão estranha, mas não atinei uma coisa a outra de imediato. Só quando minha esposa me indagou o que eu havia feito, o que tinha acontecido foi que relacionei a situação do ônibus e o homem e a minha filha. Naquela hora minha sogra estava na minha casa e ela, percebendo algo estranho naquele choro, começou a orar e orar. Fiquei meio constrangido, pois será que eu havia atraído uma coisa ruim por causa das coisas que falei para minha amiga e o cara ter ouvido e lançado através dos olhos aquela situação bizarra?
    Após dois a cinco minutos em oração, minha filha parou de chorar e voltar normalmente a brincar. Coisa que estava fazendo antes de eu chegar do trabalho.
    Naquele momento, percebi claramente que havia algo estranho e que antes de eu voltar para casa deveria orar para que qualquer coisa não entrasse na minha casa. Ficasse do lado de fora, já que não afetou a mim, mas a minha família.
    ===================/=======================/====

  889. Guto Diz:

    Pessoal, com já havia escrito antes, quando escrevo rápido e não reviso, o texto saí uma mer..! Mas, com uma forcinha, dá para entender, não?

  890. Guto Diz:

    Causo 2) A vóvó
    Quando tinha doze anos de idade fui, na época da Copa do Mundo, para a Bahia, precisamente a casa da minha avó. Não tinha lugar onde eu mais me sentisse em casa, fora a minha própria casa.
    Num dia desses de jogos, já tarde da noite, eu e minha irmã fomos dormir juntos num quarto ao lado da minha vó e vô (meus pais e irmão mais velho foram para a Itália). Estava eu e minha irmã dormindo quando acordei de repente… Não sei que horas eram, mas senti um calafrio. Olhei para o pé da cama e vi um vulto. Olhei melhor e percebi que parecia minha vó em pé olhando para minha irmã. Quando virei para olhar aquilo virou-se e olhou para mim. Parecia minha vó, mas não tinha certeza, pois fiquei apavorado quando vi aquilo. Cobri-me com o lençol até a cabeça e pedi para meu pai celestial tirar aquilo dali. Voltei a dormir e quando acordei, antes da minha irmã, fui olhar a porta, pois acreditava que minha irmã havia trancado a porta. E, para minha surpresa ela REALMENTE estava trancada.
    Contei a minha irmã o causo, mas ficamos sem palavras…

  891. Guto Diz:

    Causo 3) Meu primo
    Meu primo, mais jovem da irmã da minha mãe, havia se casado a pouco tempo. Ele gostava muito de correr de carro. Um dia, ele recebeu um telefonema, já tarde da noite, de um colega que queria marcar um “pega” com ele. Ele aceitou, mas não contou para a esposa que ficou dormindo em casa. Durante o “pega” ele capotou e morreu com o pescoço quebrado, pois estava sem cinto de segurança e o seu corpo foi arremessado para fora do veículo. Ela, a mulher, ficou despedaçada, pois além de ter ficado viúva com tão pouco tempo, estava grávida.
    Uns meses depois, um médium foi visitar e realizar uma palestra no centro espírita da cidade. Não era um médium conhecido por ninguém da minha família. Ele, então, durante a palestra, perguntou ao microfone se havia dentre os presentes o senhor chamado Manuel, meu outro primo e irmão do falecido. Manuel foi ao seu encontro e ele lhe disse que ao final da palestra ele tinha um recadinho para lhe dar. Ao terminar a palestra, Manuel foi até ele e recebeu um bilhete onde dizia como tudo aconteceu. Dizia inclusive que dias antes da tragédia meu primo que faleceu deixou no espelho do banheiro da casa onde morava para a sua esposa um desenho feito com batom de um coração e os seguintes dizeres: Amarei você para sempre.
    Tal fato foi confirmado pela viúva que ao saber caiu em prantos.
    Era menino na época e tomei conhecimento disso através da minha mãe muito tempo depois.

  892. Marciano Diz:

    Eu disse que não comentaria e vou manter a palavra.
    Mas que dá vontade de comentar, dá.
    Deixa pra lá.

  893. Larissa Diz:

    Guto, 1 e 2 não me impressionam. O 3 tem potencial. abs

  894. Marciano Diz:

    Larissa, sem querer comentar e já comentando (mas sendo brevíssimo), veja que, dentre outras coisas, o causo número 3 chegou ao conhecimento do Guto através de relato de sua mãe, conforme ele mesmo honestamente diz, “muito tempo depois”.
    “Fama crescit eundo”. (O boato cresce à medida que caminha. Quem conta um conto aumenta um ponto).

  895. Larissa Diz:

    Vero, de Marte. Mas se pudesse ser reproduzido e investigado, teria potencial para pesquisa.

  896. Marciano Diz:

    Supondo que todos os fatos sejam verdadeiros, que não houve esquecimento, fabulação, lembranças fantasiosas, coisas muito comuns mesmo entre pessoas sem qualquer crença, sem fazer qualquer comentário, como prometi, vou apenas fazer algumas perguntas ao Guto, sobre o causo 3.
    Como as pessoas ficaram sabendo que seu primo fora convidado para um pega?
    Ele ou o colega que o convidou comentaram com alguém?
    O relato constante do bilhete era do conhecimento de alguém?
    Se não era, como saber se é verdadeiro?
    Se eu digo que o espírito de seu primo me contou tudinho, que estava fugindo de dois bandidos que o perseguiam tentando roubar seu carro, como poderiam saber que é verdade, se ele não falou isso com ninguém?
    Se falou, como saber se eu não tive conhecimento do fato através de outra pessoa?
    A esposa de seu primo havia comentado com alguém sobre o desenho que ele fez com baton?
    Por que será que ele disse “amarei você para sempre”?
    Tinha o hábito de fazer isso ou estava se despedindo?
    Se estava se despedindo, será que pretendia se matar?
    Ou será que previu a própria morte, mas, mesmo assim, nada fez para evitá-la, ao contrário, foi ao encontro da morte?
    Eu não sou conhecido por ninguém de sua família, no entanto, sei detalhes do caso (você contou). Será que o medium não soube por alguma pessoa que não era da família, mas sabia do caso?
    São tantas possibilidades. . .

  897. Guto Diz:

    Meu caro Marciano, como disse, não tenho muitas respostas para lhe dar, pois não investiguei e saí perguntando para todo mundo, inclusive meu primo que estava no centro espírita e sua esposa já que era bem jovem, talvez uns doze ou treze anos e nem passava pela minha cabeça esse tipo de coisa. O que sei é que o bilhete que foi entregue a este primo e contava como as coisas aconteceram ,pois foi na madrugada, a esposa dele estava dormindo e não o viu sair. Não sei se ele escreveu isso antes de sair ou em outro dia. Não sei se ele tinha pensamentos suicidas, simplesmente, não sei de muita coisa assim para explicar melhor o caso. Não era tão ligado assim a este primo que era bem mais velho do que eu e essa parte da minha família é da Bahia e eu do Rio. Desta forma, a história deve ter sido melhor contada lá do que no Rio com a minha parte da família (Mãe) VALEU! Amanhã eu respondo as minhas perguntas. Estou com preguiça hoje. Tenho que pensar um pouco antes de responder, pois, para mim, são perguntas bastante profundas! Abraços a todos e vou dormir hoje mais cedo. O “bicho tá pegando” no meu trabalho! Vou ver se chego lá umas duas horas mais cedo.

  898. Guto Diz:

    Marciano, como você disse, tem muiiiito tempo e os detalhes vão ficando para trás. Escrevi que dias antes, mas não tenho certeza se foi dias antes ou no dia em que ele morreu, só que mais cedo. Sei que ele escreveu isso no espelho. Ficam as questões mal respondidas. Vou dormir! Valeu!

  899. Marciano Diz:

    Valeu, Guto.
    Eu tenho um “causo” (esclarecido) que não se vale a pena contar aqui.
    Vou pensar e decidir.

  900. Larissa Diz:

    Marciano: VALE!!!!

  901. Toffo Diz:

    Se a questão são “causos”, tenho uma penca deles, todos acontecidos com a minha falecida avó materna, quando era moça, ou seja, 100 anos atrás. Eu ouvi esses casos dos lábios dela, portanto de primeira mão.
    .
    Certa vez, minha avó, ainda solteira, estava na cozinha e viu, junto à bomba do poço (que ficava fora da casa), a irmã dela. Estranhou o fato e chamou-a da cozinha: “Dita!” A irmã não respondeu. Chamou-a de novo. Nenhuma resposta. De repente, a irmã saiu de onde estava e se dirigiu ao quintal, aqueles quintais enormes das casas do interior mineiro da época. Minha avó foi atrás dela, chamando-a: “Dita! Dita!” e mentalmente recriminando-a por sua atitude obstinada. A irmã continuava embrenhando-se pelo quintal. Essa perseguição durou algum tempo, até que, chegando a uma touceira de mato, a irmã virou-se para ela, lançou-lhe um olhar gélido e desapareceu ao tocar o mato. Minha avó deu um grito e desabalou carreira de volta a casa. Chegando lá, viu a irmã, sentada no sofá da sala, bordando, muito admirada por minha avó estar gritando o nome dela sem motivo.
    .
    /
    Esse se deu já quando minha avó, casada, tinha todos os filhos, inclusive a minha mãe, a caçula. Esse causo foi contado pela minha avó, minha mãe e minha tia, irmã mais velha de minha mãe. Todas presenciaram. Minha mãe e tia eram crianças. Todas as noites, num certo período, quando a família se recolhia – cedo, porque não havia nem rádio nem TV na casa – começavam barulhos estranhos na casa. Todos deitados, um arrastar de chinelas de velha começava do quintal até a bomba do poço, acionava a bomba, ouvindo-se o ruído da água entrando no balde. Depois ouvia-se o “tcháááá!!” da água do balde sendo jogada ao cimentado do chão. Depois os passos das chinelas entravam na casa, circulavam na cozinha e na sala, entravam pelos quartos e chegavam até a beirada da cama onde minha mãe e minha tia dormiam juntas – elas se cobriam de medo – e retornavam à cozinha. Um minuto depois, tudo em silêncio. No dia seguinte, o balde estava no mesmo lugar e o chão, seco. Isso foi por vários dias, até que fizeram uma sessão espírita na qual se descobriu que os ruídos provinham de uma antiga moradora da casa, uma velhinha que não sabia que tinha morrido e continuava sua rotina doméstica. Depois da sessão, nunca mais aconteceu de novo. Todos na casa ouviam o ruído.

  902. Marciano Diz:

    Toffo, esse primeiro caso que você narrou é fácil de matar.
    Trata-se de um legítimo caso de “doppelgänger”.
    .
    Falando seriamente, hoje em dia você deve saber (acredito que saiba) que não era bem assim, sempre tem muita imaginação envolvida.
    .
    Larissa, o “causo” que eu tenho para relatar deu-se com meu pai.
    Vou resumir ao máximo.
    Ele era militar, foi preso por indisciplina, ficou sozinho no xadrez.
    Os colegas disseram para ele que um militar antigo havia se suicidado por enforcamento no banheiro do xadrez (um banheirinho que só dava uma pessoa em pé, com um chuveiro).
    O cara teria se enforcado utilizando o cano do chuveiro.
    Diziam que o xadrez ficou assombrado, que o cara aparecia à noite, tomando banho.
    Meu pai não deu importância, não acreditava em fantasmas e, embora acreditasse em deus, não tinha religião alguma.
    À noite ele ouviu o chuveiro abrir, o barulho da água caindo.
    Imaginou que fossem os colegas, para assustá-lo, mas não tinha como eles abrirem o chuveiro, só havia um pequeníssimo basculante por onde não passava ninguém, nem tinha como alcançar a torneira. Além do mais, o basculante dava para um paredão ao qual só se tinha acesso passando em frente ao xadrez, e ele não viu ninguém passar, nem num sentido nem no outro.
    Ele foi até ao banheiro para conferir, estava tudo sequinho, o barulho de água parara.
    Ele voltou para a cela, daí a pouco voltou a cair água do chuveiro.
    Ele teve medo e passou a noite em claro.
    Quando amanheceu, ele viu que tinha chovido de madrugada, o barulho era da chuva.
    Acontece que o tempo estava bom, dia de sol, não dava para imaginar que iria chover, não houve ventania, trovoadas, nada.
    Ele contava essa história pra todo mundo.
    Eu sempre fiquei pensando, se tivesse chovido menos, se ele tivesse adormecido e quando acordasse toda a água tivesse se evaporado, ele seria mais um que juraria ter ouvido um fantasma tomando banho, a história ganharia outros contornos.
    Essa experiência de meu pai foi uma das coisas que ajudaram a sedimentar minha total descrença nesses “causos”.
    Minha mãe tinha um monte, mas os dela, em sua maioria, não foram verificados, como na história da avó do Toffo.
    .
    Eu poderia encontrar mil explicações para o caso da avó do Toffo, mas não tem mais como se conferir.
    Uma hipótese não descartável seria a de que ela contava isso apenas para assustar o neto.
    Já ouvi muitas histórias assim quando eu era criança.
    Essas histórias são sempre assim, ou têm uma explicação racional ou se passaram com outras pessoas, em outra época.
    Aposto como nenhum de vocês já viu um fantasma que desapareceu diante de seus olhos.
    Se isso acontecer com alguém, podem acreditar que será esquizofrenia, tumor cerebral, drogas, mentira, brincadeira, tudo, menos fantasmas, os quais não existem, portanto, não podem aparecer nem desaparecer.
    Mudo de ideia na hora em que aparecer um na minha frente, mas eles não se materializam perto de mim. Nem se desmaterializam.

  903. Marciano Diz:

    Por falar em fantasmas e materializações, precisa ser muito bocó para acreditar naquelas fotos toscas cujos links eu postei acima.
    Como alguém pode ver uma coisa tão ordinária e acreditar nisso?
    Por que os fantasmas se prestariam a essas materializações? Se for para provar sua existência para os supostos crentes, não precisa, eles já crêem. Se for para provar para os não crentes, não arranjam nada assim. Deveriam aparecer de verdade, sem esses truques baratos de circo de roça.

  904. Marciano Diz:

    Eu disse “supostos crentes” porque é evidente que a turma envolvida com os rudes e grosseiros truques não acreditava em nada disso, ou não teriam coragem de se prestar àquela pantomima.

  905. Marciano Diz:

    Vejam algumas fotos novamente, para entenderem direitinho o que eu quero dizer:
    http://jefferson.freetzi.com/Materializ-Uberaba2.html
    Vejam a cara de “assustado” do jornalista, na segunda foto.
    Que medo, hem?
    Péssimo ator (também, o que se poderia esperar de um jornalista?).
    E por que sentiria medo de um espírito superior, que veio trazer mensagem doutrinária?

  906. Marciano Diz:

    Por que eles participaram do circo e depois o detonaram dá para imaginar.
    Muita gente se desentende depois de perpetrar alguma falsidade.
    Aqui mesmo no blog tem alguma fotos do fenômeno espírita que não mais se repete:
    http://obraspsicografadas.org/2011/materializaes-de-uberaba-otlia-a-mulher-barbada-fotos-inditas/

  907. Marciano Diz:

    Vejam se dá para levar a sério:
    https://www.google.com/search?hl=pt-br&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=705&q=materializa%C3%A7%C3%B5es+uberaba&oq=materializa%C3%A7%C3%B5es+uberaba&gs_l=img.3…4449.9410.0.10024.23.17.0.6.1.2.283.2362.9j2j6.17.0….0…1ac.1.28.img..10.13.1380.ns37rteWRf8

  908. Marciano Diz:

    De quem será que cx está rindo?
    http://www.ceticismoaberto.com/wp-content/uploads/2010/12/chicojosefa.jpg

  909. Marciano Diz:

    Encerro por hoje, estou morrendo de medo.
    http://charlezine.com.br/chico-xavier-fraude-de-otilia-diogo/

  910. Marcos Arduin Diz:

    Bem, Moisés, acho que não vale muito a pena responder item por item, já que se repetem constantamente, então vou tentar ir pelo que acho mais importante.
    .
    Notei que você está com desusada admiração pelo Houdini, achando o mais competente dos investigadores anti-médiuns, etc e tal. Passando os olhos pelo livro dele, A magician among the spirits, minha má opinião dele piorou ainda mais.
    .
    Você pega essa citação dele:
    Não há a menor dúvida em minha mente que ESTE HOMEM INTELIGENTE FOI LUDIBRIADO , E QUE SUA CONFIANÇA FOI TRAÍDA PELOS CHAMADOS MÉDIUNS QUE ELE TESTADOS. SEUS PODERES DE OBSERVAÇÃO FORAM CEGADOS E SUAS FACULDADES DE RACIOCÍNIO TÃO EMBOTADO POR SEU PRECONCEITO EM FAVOR DE QUALQUER COISA PSÍQUICA OU OCULTO QUE ELE NÃO PODIA, OU NÃO QUERIA , RESISTIR À INFLUÊNCIA.
    .
    Porém, quando dei uma olhada no capítulo, notei que ele NÃO FAZ qualquer citação de Crookes no original, ou seja, Houdini NÃO LEU nada do que Crookes publicou. Fica evidente que suas opiniões são baseadas no que terceiros disseram. Daí então fica fácil entender o teatro e a queda de força: ele NADA SABIA do que foi feito. Apenas chutou. Eu diria que o pobre Moisés Montalvão foi risivelmente ludibriado em sua fé na capacidade e competência de Houdini de por no papel o que supostamente pesquisava.
    Ficou claro para mim que ele tentava cortar caminho lendo o que os críticos (como James Burns) diziam. Coisa que vi os apologistas cristãos fazerem de monte. Daí então se entende quando ele fala besteiras, como que Florence Cook foi REPETIDAMENTE exposta. Não foi. Só há dois casos conhecidos e MAIS NENHUM. Ou que Eva Fay enganou Crookes com uma mão e uma perna nos contatos do galvanômetro…
    Agora fiquei com pena de você, Moisés.
    .
    Uma outra coisa que tem um poder merífico sobre as mentes céticas, desarmando totalmente qualquer senso crítico que nelas possa haver é a tal de CONFISSÃO. Quando é dito que tal médium confessou fraude ou descrença em mediunidade, isso é IMEDIATAMENTE ACEITO como verdade pelos céticos. Jamais um cético contesta ou põe em dúvida que tal confissão de fato existiu.
    .
    Porém, tenho notado um dado MUITO ESTRANHO sobre as ditas confissões. As únicas médiuns ainda bem consideradas entre os espíritas que fizeram uma confissão pública de fraude foram as irmãs Fox. Claro, elas “desconfessaram” depois e quando anunciou que ia demonstrar num teatro como fazia suas fraudes, Margareth Fox NADA FEZ. Ela apenas subiu num tamborete e… estalou os artelhos. Nada mais. Em nenhum momento demonstrou como é que fazia os sons repercutirem à distância, como diversas testemunhas notaram. E não disseram ter ajuda de cúmplices ou mecanismos, NADA DE NADA. Que pena: na hora da demonstração da fraude, NADA ACONTECE.
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    Já as outras confissões são TODAS do tipo ELE CONFESSA QUE EU… Ou seja, NUNCA é o médium que vem a público confessar sua fraudulência. Ela é supostamente confessada em particular a um terceiro e é este que vem anunciar que o médium lhe confessou fraude. Assim, já que você quer considerar a Florence Cook uma fraude, veja que ela confessou a dois dos seus amantes, Francis Anderson e Jules Bois, que enganou a Crookes e não foi com truques muito bem elaborados não: foi com truques BOBOS E INFANTIS. O Home também confessou fraude ao seu médico particular, o Phillipe Davis. A Marthe Beráud também confessou farsas ruinosas ao advogado Marsault. Seja um bom cético Moisés: JAMAIS duvide dessas confissões.
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    Vejamos o Polidoro:
    POLIDORO: Em 1906 H.A. Parkyn, editor da revista Suggestion, contribuiu com um longo artigo sobre os métodos dos truques usados pela Srta Fay em seus testes de leitura de boletos, descrevendo a preparação dos blocos e o uso de cúmplices no meio do público. ESTA “EXPOSIÇÃO” ERA DESNECESSÁRIA, DESDE QUE NAQUELE MOMENTO ELA ESTAVA DECLARANDO EM SEU PROGRAMA QUE PESSOAS CRÉDULAS E TOLAS NÃO DEVIAM SER INFLUENCIADAS PELA SUA APRESENTAÇÃO, UMA VEZ QUE ELA “NÃO ERA UMA MÉDIUM ESPIRITUALISTA” e não existia nada “de sobrenatural ou milagroso” em sua apresentação.
    – Beleza, Polidoro. Agora onde é que está publicado que ela disse isso? Se ela era uma artista TÃO SENSACIONAL que lotava teatros, certamente deveria chamar a atenção da imprensa, tal como acontece com os nossos artistas modernos. Então eu suponho que deva haver periódicos da época que noticiavam essas declarações da madame. Espero poder ver algum. Vou confiar na eficácia do Balofo.
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    Polidoro: Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. “Ela falou livremente de seus métodos,” registrou Houdini. “Nunca em qualquer momento deu a entender que acreditou em espiritualismo.”
    – No livro de Houdini, NÃO ACHEI qualquer declaração neste sentido na parte que ele fala do truque que ela usou devido à queda de força no teatro. Seria interessante que o Polidoro dissesse de onde obteve essa informação e, se foi de um terceiro, de onde esse terceiro a obteve. Do contrário, vai ser mais outra do mesmo: ele confessa que eu…
    .
    “Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma das manivelas da bateria na dobra do joelho, mantendo o circuito fechado, mas liberando uma mão para fazer como ele pediu.”
    – É… Polidoro, que se lembra muito bem de relatar as estripulias da malandra, só esqueceu de falar que ela conseguiu fazer esse truque apenas porque faltou força no teatro. Claro, se não tivesse havido a queda de força, ela NUNCA conseguiria burlar o galvanômetro. Certo, Moisés?
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    “COMENTÁRIO: em 1924 Fay já havia de muito, ela própria, admitido publicamente não ser médium.”
    – Gostaria de ver isso sendo dito por ela mesma em alguma entrevista com repórteres…
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    “Além disso, diversos mágicos reproduziram seus feitos.”
    – Exceto ludibriar o galvanômetro…
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    “Fay recebera homenagem de Associação de mágicos. Tudo demonstra que não havia espíritos no caminho de Anne Eva Fay. Arduin garante ser impossível a ela transferir o contato para a dobra do joelho sem que fosse denunciada.”
    – Ô meu caro! Eu já disse que isso sim seria possível, mas como é que ela se afastou da parede para distribuir livros e objetos às testemunhas e ainda por cima fazer aparecer uma materialização que o Cox viu? Você fala em “fios extensíveis”. O que é isso? É de comer ou de beber? Havia esse tipo de fio na época? E se ela usou deles, por que não contou ao Houdini? Por que não revelou isso ao público em troca de pagamento, já que lhe foi oferecida essa “baba” para contar o seu segredo?
    .
    “Por conta dessa “certeza” defende que a mulher fora autêntica médium e Polidoro seja um bobalhão e Houdini um grandessíssimo mentiroso. No entanto, não vê (o artigo do Polidoro lhe dá todas as informações de que precisaria) que a história de Fay é uma história de alguém habilidoso nas lides mágicas, jamais a de um legítimo médium (coisa que não existe).
    – O meu lance, Moisés, é que não vejo a coisa como MUTUAMENTE EXCLUSIVA. Certo, a Fay ganhava sua vida como ilusionista de palco… mas será que ela não seria médium também? Quando a mediunidade funcionava, ótimo. Se não funcionava, tinha lá os cúmplices para tapar o buraco…
    Realmente eu não entendo porquê ela se fazia passar por médium se NÃO O ERA. Ser médium era DESPRESTÍGIO certo e RISCO certo. O médium Henry Slade foi parar na cadeia, pois o juiz entendeu que ele fazia seus truques por meios naturais. Vários outros médiuns tinham problemas com a lei devido às acusações de fraudes. Ora, pra que a Fay e seus esposos iam correr esses riscos? Nada melhoravam os ganhos e nem aumentavam o público no teatro, conforme o fracasso de sua turnê demonstrou. E olha que Crooks publicou um relatório validando-a como médium…
    .
    “Sou paupérrimo em inglês, mas imagino se o termo “teather” na frase “the electric light went out for a second at the theatre at which she was performing”, não significaria “representação”. Nessa hipótese o theatre não signficaria uma sala de espetáculo sim referência à representação que Fay fizera diante de Crookes.
    – Como é que faltaria luz nesse teather da Fay? Onde se encaixa a frase “the electric light went out for a second at the theatre at which she was performing” em 1875? Não adianta, Moisés a tradução correta desta frase é: A luz elétrica falhou por um segundo no teatro no qual ela estava se apresentando. Não há outro sentido possível, por mais que queiramos negociar com a tradução das palavras individualmente. O “performing aí é o que significa “representação, atuação, desempenho, etc”
    Do DIC Michaelis: the.a.ter – 1 teatro, cinema. 2 anfiteatro. 3 lugar onde se realiza algum acontecimento. 4 teatro, arte dramática. movie theater. cinema (o prédio).
    Como se vê, Moisés, exceto pela ARTE RÍTMICA TEATRO, o resto indica que se trata apenas do LUGAR FÍSICO e não de espetáculo, apresentação, show, nada disso. Não tem jeito de salvar o Houdini com essa jogada: ele PISOU NA BOLA MESMO!

  911. Marciano Diz:

    Pra te ajudar com o françuá, digo, anglais, Arduin, confira, além do Michaelis:
    the.a.tre n 1 teatr, cinema. 2 anfiteatro. 3 lugar onde se realiza algum acontecimento. 4 teatro, arte dramática. movie theater cinema (o prédio).
    .
    The American Heritage® Dictionary of the English Language, Fourth Edition copyright ©2000 by Houghton Mifflin Company. Updated in 2009. Published by Houghton Mifflin Company.
    theatre US, theater [????t?]
    n
    1. (Performing Arts / Theatre)
    a. a building designed for the performance of plays, operas, etc.
    b. (as modifier) a theatre ticket
    c. (in combination) a theatregoer
    2. a large room or hall, usually with a raised platform and tiered seats for an audience, used for lectures, film shows, etc.
    3. (Medicine / Surgery) Also called operating theatre a room in a hospital or other medical centre equipped for surgical operations
    4. (Performing Arts / Theatre) plays regarded collectively as a form of art
    (Performing Arts / Theatre)
    the theatre the world of actors, theatrical companies, etc. the glamour of the theatre
    6. a setting for dramatic or important events
    7. (Performing Arts / Theatre) writing that is suitable for dramatic presentation a good piece of theatre
    8. (Performing Arts) US, Austral, NZ the usual word for cinema [1]
    9. (Military) a major area of military activity the theatre of operations
    10. (Fine Arts & Visual Arts / Architecture) a circular or semicircular open-air building with tiers of seats
    [from Latin the?trum, from Greek theatron place for viewing, fromtheasthai to look at; related to Greek thauma miracle]
    .
    Webster’s College Dictionary, © 2010 K Dictionaries Ltd. Copyright 2005, 1997, 1991 by Random House, Inc.
    the•a•ter or thea•tre (??i ? t?r, ??i?-)

    n.
    1. a building, part of a building, or an outdoor area for dramatic presentations, stage entertainments, or motion-picture shows.
    2. a room or hall with tiers of seats, used for lectures, surgical demonstrations, etc.: Students crowded into the operating theater.
    3.
    a. the theater, dramatic performances as a branch of art; the drama, esp. as a profession.
    b. a particular type, style, or category of this art: musical theater.
    4. dramatic works collectively, as of literature, a nation, or an author (often prec. by the): the Elizabethan theater.
    5. the quality or effectiveness of dramatic performance.
    6.
    a. a place of action; area of activity.
    b. an area or region where military operations are under way: the Pacific theater.
    7. a natural formation of land rising by steps or gradations.
    [1325–75; Middle English < Latin the?trum < Greek thé?tron seeing place, theater =the?-, s. of theâsthai to view + -tron suffix of means or place]

  912. Marcos Arduin Diz:

    “Se for para provar sua existência para os supostos crentes, não precisa, eles já crêem. Se for para provar para os não crentes, não arranjam nada assim.”
    – Isso mesmo, de Morte. O falecido Roque Jacintho dizia que dos eventos mediúnicos, materialização é o que MENOS CONVENCE.

  913. Marciano Diz:

    Arduin, estou feliz de ver que concordamos em alguma coisa, além de política.
    Dê o ar de sua graça nos demais posts, os mais recentes.
    Eu gosto muito de ler seus debates com o Montalvão e, embora discorde de suas conclusões, admito que você é um ótimo argumentador. Você e Montalvão são muito espirituosos, cada um no seu estilo.

  914. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Vejam algumas fotos novamente, para entenderem direitinho o que eu quero dizer:
    http://jefferson.freetzi.com/Materializ-Uberaba2.html
    Vejam a cara de “assustado” do jornalista, na segunda foto. Que medo, hem? Péssimo ator (também, o que se poderia esperar de um jornalista?). E por que sentiria medo de um espírito superior, que veio trazer mensagem doutrinária?
    .
    COMENTÁRIO: de Marte, o repórter não estava sendo canastrão. A reação dele foi espontânea ao clarão do flash. A expressão aparentemente assustada de Mario de Moraes foi estrategicamente explorada pelos advogados de Otília. Diziam que ele diante da aparição tremeu de medo e depois foi fazer chacrinha escrevendo não ter acreditado em nada do que viu.
    .
    O site de onde extraiu a foto é de um espírita ultrarradical e muito tendencioso em suas considerações. Ou ele não leu o livro do Rizzini ou leu e fez que não entendeu o acontecido. Quando houve o entrevero ao vivo entre os repórteres e os espíritas, Mário trouxe o assunto à baila e esculachou com os que o acusaram de timorato. Confira a conversa:
    .
    Primeiramente, considere o que Rizzini falou a respeito:
    .
    “Agora, aqui (faça o favor) temos aqui o repórter Mário de Moraes, da revista “O Cruzeiro”. Temos também aqui, na foto, o espírito de Alberto Veloso. Notem o espanto de Mário de Moraes! Observem os olhos de Mário de Moraes! Êle está levemente inclinado para a esquerda, como quem diz: se eu pudesse escapar daqui! Observem!… Se Mário de Moraes estivesse convencido (repito) de que Alberto Veloso era a médium fantasiada, êle a teria agarrado, porque é um repórter experimentado. Não fêz isto, porque estava convencido de que era, realmente, o fenômeno da materialização. Pos¬teriormente, aqui na Guanabara, é que houve esta confusão tôda… Êles inverteram os fatos! Que motivos estranhos os teriam levado, Jorge Audi, Mário de Moraes, José Franco, a darem depoimentos opostos à verdade que constataram com seus próprios olhos?”
    .
    Verifique a obtemperação do repórter:
    .
    “Mário de Moraes – Disseram aqui que eu tinha mêdo de espíritos… Olhem essa fotografia, que foi ampliada; foi bastante ampliada para mostrar os olhos! Eu quero esclarecer que isso é um fenômeno de fototropismo.
    .
    Luciano dos Anjos – Eu ouvi o seu esclarecimento; aliás, em um programa gravado: nós gravamos.
    .
    Mário de Moraes – Você ouviu o esclarecimento?
    .
    Luciano dos Anjos – Eu aceito seu esclarecimento.
    .
    Mário de Moraes – Porque para mim, um homem que já fêz guerra, fêz revolução, fica meio ridículo dizer que eu tive mêdo. Olha os olhos aqui do dr. Waldo Vieira (foto) bem mais arregalados.
    .
    Saudações otilianas

  915. Marciano Diz:

    Obrigado pelos esclarecimentos,
    Montalvão,
    Eu realmente não vi medo na cara do repórter, vi um cara de olhos arregalados, parecendo estar fingindo medo.
    Com suas explicações, salva-se o repórter, mas não o resto do circo de cx.
    Saudações fototrópicas.

  916. Marcos Arduin Diz:

    de Morte, os olhos se arregalam quando atingidos DIRETAMENTE por um flash, mas não quando não se está olhando para a câmera. Eu já tirei fotos de pessoas com flash e nenhuma delas aparece com os olhos arregalados.
    Todos nós nos sentimos desconfortáveis quando vivenciamos uma experiência incomum, algo que não é rotina na nossa vida.
    Não adianta a desculpa POSTERIOR de que ele jamais teria medo de um espírito superior (?) que era a Josefa. Mas quanta certeza ele tinha de que o Veloso seria um espírito superior? Era diante dele que parecia demonstrar medo…
    .
    Mas o mais gozado mesmo foi outra coisa que se eu me encontrasse com o Jorge Rizzini, daria uma surra de gato morto nele. Esse mesmo Mário de Moraes justificou porque não deram um flagrante de fraude, mesmo tendo certeza de que era tudo fraude: eram apenas cinco repórteres contra 20 “pesquisadores”. E ele disse que nem todos eram salafrários farsantes. Não. Entre eles havia aqueles que eram crentes sinceros e honestos e por isso mesmo eram fanáticos PERIGOSÍSSIMOS. Se ele desse o flagrante, esses fanáticos o trucidariam.
    .
    Se não tivesse escrito o seu livro em cima dos joelhos e, ao reeditá-lo, corrigisse as burradas, Rizzini poderia ter dado uma boa coça nesse repórter.
    Expliquem-me essa: o cara conheceu os médicos NAQUELE DIA, nunca os vira antes e não apresentou nenhum histórico de ataques e agressões que eles houvessem cometido em defesa de seu fanatismo. Como podia saber quem eram os salafrários e os sinceros e honestos fanáticos perigosos?
    Rizzini fez muito mal de deixar essa bobagem passar em branco.

  917. Marciano Diz:

    Arduin,
    Eu acatei as explicações do Montalvão, mas você insiste em que o repórter estava mesmo com medo.
    Então sou obrigado a voltar a sustentar o que disse no início.
    A cara dele não é de medo, mas de quem finge medo.
    Pelo que pude entender, o ambiente estava muito mais escuro do que os ambientes em que se tiram fotos com flash na vida diária.
    Não entendo de fotografia, mas já vi muitas pessoas com medo de verdade, medo real, e sei a diferença entre reações espontâneas de medo e de quem está fingindo.
    Se não era por outra razão, o fotógrafo estava fingindo.
    Não sei se o repórter ficou mesmo com medo da maioria de crentes, mas EU, se estiver em qualquer situação semelhante, meteria a mão no ectoplasma, no fantasma, e quero ver quem são os crentes fanáticos que vão me trucidar.
    Não sou louco, teria cuidado com homens-bomba, mas com fanáticos violentos, seja na mão ou no berro (costumo andar com pelo menos uma peça), não peido nunca.
    Seja como for, esse é outro episódio do passado que, embora documentado, perdeu-se nas brumas do tempo, ficando difícil avaliar qualquer coisa agora, por causa da falta de objetividade e excesso de subjetividade.
    Uma coisa é certa, pelas fotos se vê que aqueles fantasmas assustavam menos do que fantasmas de parque de diversões, aqueles de trens fantasmas.
    Nem careta faziam e, apesar de suas dúvidas, expressadas depois da interrogação entre parênteses que pôs depois dos termos “espírito superior”, era de supor-se que seriam espíritos do bem, ou não seriam referendados pelo santo cx.

  918. Marcos Arduin Diz:

    “A cara dele não é de medo, mas de quem finge medo.”
    – Mas não havia motivo para fingir medo. Ou estava com medo, ou não estava. Se não estava, não havia motivo algum para fingir estar. E ele próprio negou ter ficado com medo e atribuiu o seu olhar ao fato de seus olhos terem sido atingidos pelo flash e aponta uma foto do Waldo Vieira com os olhos arregalados também, só na expressão facial, vê-se que o Waldo não estava com medo de nada.
    Lembra-me há tempos que passou na televisão um psicólogo mostrando diferentes expressões faciais nas quais se poderiam reconhecer medo, orgulho, vaidade, desdém, etc e tal. Não me lembro agora as características que denotariam medo, mas poderiam ser essas aqui:
    https://www.google.com.br/search?q=%22express%C3%A3o+de+medo%22&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=GFJZUuPzGpSo4AOdsoDgBA&ved=0CCsQsAQ&biw=1100&bih=853#facrc=_&imgdii=_&imgrc=JvswXiXqtuGErM%3A%3BqBN5t1SHis8O7M%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.efdeportes.com%252Fefd175%252Fa-comunicacao-nao-verbal-como-expressao-emocional-02.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.efdeportes.com%252Fefd175%252Fa-comunicacao-nao-verbal-como-expressao-emocional.htm%3B262%3B192

  919. Marciano Diz:

    Comentei por engano em outro post.
    Repito aqui:
    Marciano Diz:
    OUTUBRO 12TH, 2013 ÀS 13:21
    Arduin, muitas dessas fotos, senão todas, são de pessoas fazendo cara de medo.
    Um psicólogo, ao testar alguém, precisa enganá-lo com o objetivo da experiência, para ver realmente alguém com medo.
    Cara de medo de verdade a gente vê em algumas pessoas, inclusive alguns policiais, no meio de um tiroteio, por exemplo.
    Não foi o que vi no repórter, mas se ele realmente estava com medo, sua expressão facial pareceu-me bem atípica.

  920. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: Aposto como nenhum de vocês já viu um fantasma que desapareceu diante de seus olhos.
    Se isso acontecer com alguém, podem acreditar que será esquizofrenia, tumor cerebral, drogas, mentira, brincadeira, tudo, menos fantasmas, os quais não existem, portanto, não podem aparecer nem desaparecer.
    Mudo de ideia na hora em que aparecer um na minha frente, mas eles não se materializam perto de mim. Nem se desmaterializam.
    .
    COMENTÁRIO: Marciano, todos estamos sujeitos a visões e alucinações, não basta o ceticismo para evitá-las. Múltiplas circunstâncias são potenciais originadoras de visões lúcidas, dentre as quais cito: fome ou sede intensas; febre; drogas; certas doenças; privação do sono; tumores cerebrais; transtornos psíquicos; tendência à dissociação, etc. A diferença provável entre a visão de um cético e a de um crédulo é que o primeiro se indagará do porque de ter visto o que viu, o outro agregará a experiência (quase sempre) como reforço acreditativo.
    .
    Um colega de trabalho certa vez relatou-me que havia despertado de madrugada, por ter ouvido barulhos estranhos em sua sala, levantou-se e ao chegar ao aposentado deparou com seu vizinho,

  921. Montalvão Diz:

    .
    Escorreguei o dedo antes do tempo, continuo de onde parei:
    .
    Um colega de trabalho certa vez relatou-me que havia despertado de madrugada, por ter ouvido barulhos estranhos em sua sala, levantou-se e ao chegar ao aposento deparou com seu vizinho, morto há alguns meses, sentando no sofá. Quando quis abrir a boca para perguntar alguma coisa, a aparição sumiu.
    .
    Pois bem, para o relatante a experiência seria exemplo vivo de que fantasmas se fazem presente. Ele não aceitou qualquer ponderação que pudesse trazer o acontecido para o âmbito do psicológico. Quando lhe indaguei porque razão o morto teria que se acostar na casa alheia quando provavelmente haveria sofás tão ou mais confortáveis na casa em que morou quando gente, respondeu que isso não era com ele, sim com a aparição. Indaguei-lhe qual seria a razão de o visitante sumir logo que ele abriu a boca, a resposta foi de que sua presença criou desequilíbrio no ambiente, impedindo que a entidade pudesse continuar onde estava…
    .
    Certa vez experienciei uma intoxicação medicamentosa, num dia em que estava sozinho em casa e não pude ser socorrido. Durante a crise tive visões nítidas de pessoas transitando pelo ambiente, como se fossem moradores da casa. Estava eu deitado num sofá, buscando força para levantar e via pesoas sentadas ao meu redor, ao meu lado, como se velasse por mim, uma mulher, cujo rosto não consegui ver, mas que se vestia com muito aprumo, com um vestido amarelo, revelando curvas sensuais. Quando conseguir chegar até a cozinha para beber água, deparei um cão enorme, negro a me contemplar meio curioso e meio ameaçador. Peguei o copo para lançar-lhe em cima caso fosse me atacar e o vi esconder-se debaixo da pia. Finalmente, fui vencido pelo sono, despertei com uma leve dor de cabeça e a lembrança das visões.
    .
    Fantasmas existem… na cabeça de quem os lucubra…
    .
    saudações visionárias.

  922. Marcos Arduin Diz:

    “01- “Isso só seria uma explicação plausível se o médium tivesse controle sobre sua sudorese e não me parece que ninguém consiga isso.”
    .
    Não é questão de controle ou não. Qualquer variação na corrente poderia ser atribuído ao suor, mesmo “grandes quedas” podem ser explicadas, em vez de fraude, por mero suor (e vice-versa). Ou seja, o experimento de Crookes praticamente não detecta fraude. Só detecta em casos extremos. Ainda há muita margem para diversos truques.”
    – Vitor, há um problema de que se os próprios pesquisadores não sabiam deste “grande papel do suor”, a médium também não saberia. Então isso em nada ajudaria na fraude. Pretender que o sistema não fosse sensível o bastante é totalmente gratuito. O Stephenson fez VÁRIOS TESTES, mas SÓ EM DOIS é que o resultado se aproximou do que ele esperava. E foram testes FORÇADOS, com cobertores e folha de papelão. NADA PARECIDO com o que ocorreu na ocasião. Portanto, não dá para se apelar que isso ajudaria numa fraude.
    .
    “02 – “Num dia quente, não havia razão para moça alguma usar ABUNDANTE VESTUÁRIO VITORIANO, no máximo usaria saia e ceroulas.”
    .
    Na verdade esse seria o MÍNIMO. Ela não podia sair com menos do que isso! Nem as prostitutas da época poderiam sair com menos do que uma saia e ceroulas. E o abundante vestido vitoriano serviria para esconder artefatos, roupas… vê o problema de não terem revistado a médium? E independentemente de roupas abundantes ou não, o nervosismo pode provocar grandes quantidades de suor.”
    – Tá e daí? Esse “nervosismo” iria passar assim tão rápido? Eles não notariam, antes de se apagar os bicos de gás, que a moça estava muito suada? Ninguém registrou isso? E como já se viu, os testes do Stephenson só produziram dois resultados perto do que ele esperava.
    .
    “03- “Então você não tem opinião própria sobre a fraude. Ela depende de quem apresentar o chute melhor…”
    .
    Por aí vc vê que de fato havia diversas formas de fraudar… o experimento de Crookes não é seguro, não prova as materializações, só prova que ele, Crookes, era muito descuidado.”
    – Bem, eu até agora NÃO VI UMA SÓ FORMA DE FRAUDAR que houvesse sido testada e comprovada capaz de violar a fiscalização do galvanômetro. Tudo o que vi foram umas POUCAS sugestões de como tal violação seria possível, mas TODAS ficaram só no âmbito teórico: NENHUMA FOI TESTADA e as que supostamente foram, NÃO PASSARAM NO TESTE. Os testes do suor só tiveram dois resultados perto do esperado e foi um teste ATÍPICO. O teste que Stephenson tentou não deu certo: o contato foi rompido e percebido. Você defendeu a “Florence” do Stephenson, alegando que ela não tinha treinamento. Ué? Ele que a treinasse até a coisa funcionar… Se é que ia funcionar mesmo.

  923. Marcos Arduin Diz:

    “Não foi o que vi no repórter, mas se ele realmente estava com medo, sua expressão facial pareceu-me bem atípica.”
    – O que não entendi é o motivo de ele fazer “cara de medo” se não estava com medo. Não faz sentido.

  924. Marciano Diz:

    Montalvão,
    isto mesmo, existem explicações muito mais plausíveis para ilusões dos sentidos ou da interpretação cerebral a estímulos sensórios.
    Saudações sensatas, não sensitivas.
    .
    Arduin,
    talvez ele não estivesse com “cara de medo”, talvez fosse verdadeira a explicação que ele forneceu.
    Não se esqueça de que as fotos que você tira com flash não são em locais tão escuros como aqueles.
    O que eu quis dizer é que a cara de medo do repórter não parece sincera, é caricata.
    Daí eu ter pensado, de início, que ele estivesse mancomunado com a farsa, a princípio, até que Montalvão fornecesse os detalhes acima.
    Admitindo-se, “ad argumentandum tantun”, que fosse medo, isso não valida a hipótese de que se tratava de um fantasma, mas sim que o repórter “pensou” naquele momentos que fosse algo ameaçador e reagiu com um susto, coisa diferente de medo.
    Nota bene: “ad argumentandum tantun”.

  925. Marciano Diz:

    Não tem nada a ver com os participantes, é que lembrei-me de que um amigo disse-me que existe um ex-participante, ora detrator do blog, que toma as citações que faço em latim por italiano.
    Que apedeuta!

  926. Montalvão Diz:

    .
    MARCOS ARDUIN Diz: de Morte, os olhos se arregalam quando atingidos DIRETAMENTE por um flash, mas não quando não se está olhando para a câmera. Eu JÁ TIREI FOTOS DE PESSOAS COM FLASH E NENHUMA DELAS APARECE COM OS OLHOS ARREGALADOS. Todos nós nos sentimos desconfortáveis quando vivenciamos uma experiência incomum, algo que não é rotina na nossa vida.
    Não adianta a desculpa POSTERIOR de que ele jamais teria medo de um espírito superior (?) que era a Josefa. Mas quanta certeza ele tinha de que o Veloso seria um espírito superior? Era diante dele que parecia demonstrar medo…
    .
    COMENTÁRIO: os flashes da atualidade são menos agressivos aos olhos que no passado. Se alguém se prepara é provável que consiga receber o foco luminoso sem se alterar, mas estando desatento pode expressar caretas curiosas. “Todos nos sentimos desconfortáveis vivenciando experiências incomuns”, diz Arduin. Faz sentido, mas sentir-se desconfortável não é o mesmo que ficar apavorado…
    .
    Agora veja-se o “sólido” argumento do apologista: “não adianta desculpa posterior”, quer dizer, qualquer explicação, por mais coerente que seja, será catalogada como “desculpa posterior”. Mesmo o retratado esclarecendo não ter sentido medo e apresentado explicação técnica para o acontecido, na cabeça do advogarduin, o sujeito estava se borrando. Nem mesmo Luciano dos Anjos, dado a utilizar argumentos à moda arduínica, desconsiderou a elucidação do repórter. Nem mesmo Mário de Morais tendo chamado a atenção para o fato de que Waldo Vieira também aparece, noutro fotograma, de olhos arregalados é considerado aceitável. Estaria Waldo igualmente apavorado? Ele que coordenava toda a encenação. Ou estaria representando, se fóssemos seguir por essa linha interpretativa?
    .
    Mas acredito que a dúvida, que deve só existir no complexo cérebro do querido arauto de materializações, fica melhor iluminada verificando-se o depoimento do repórter em coluna semanal que assinava, verifiquem:
    .
    MARIO DE MORAES: […]“Êstes os dez principais itens que regeriam os trabalhos. Examinarei um por um. E através dêles responderei a muitas perguntas, bem como rebaterei as tôlas acusações que me fizeram num programa de televisão:
    .
    a) quando quis cumprimentar a “Irmã Josefa”, eu tinha um objetivo: pedir-lhe para desmaterializar a sua na minha mão. Isso é comum em experiências dêsse tipo, segundo explicam os livros especializados.
    .
    Na hora da sessão, porém, a “Irmã Josefa” disse que não podia cumprimentar-me, pois havia materializado apenas um dedo da mão direita. Faltara ectoplasma para os demais. Poderia, isto sim, tirar um retrato ao meu lado. Mas não deveria, de maneira nenhuma, tocá-la.
    .
    Quando ela ordenou, fui levado, na escuridão (minhas mãos seguras pelo Dr. Waldo), até o lado esquerdo da “Irmã Josefa”. Tanto o médico quanto a “freira” avisando, sem parar: — “Não toque na Irmã! Poderá matar Otília! Fique sempre de braços para a frente!”
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    Colocado ao lado da “materialização”, aguardei o momento da foto. Abri bem os olhos para que a luz não me cegasse e pudesse distinguir as feições da “madre”. Da primeira vez foi impossível. O “flash” pegou-me de cheio e não vi quase nada. Na segunda porém, mais prevenido, consegui ver claramente o nariz inconfundível e abatatado de Otília Diogo.
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    Um dos tais sujeitos da TV disse, mostrando uma das minhas fotos, a primeira, que eu ficara com mêdo da “Irmã Josefa”. Infelizmente, apesar de jornalista, é leigo em fotografia. ÊLE QUE ME DEIXE ACENDER UM “FLASH” NA SUA CARA NUMA SALA ÀS ESCURAS, E VERÁ COMO SEUS OLHOS APARECERÃO ARREGALADOS. ISSO É PRIMÁRIO.
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    Como exemplo, reparem na foto publicada em O Cruzeiro de 1-2-64, pág. 80, aquela em que Jorge Audi aparece ao lado do Dr. Waldo. O pobre (?) médico parece assustadíssimo, êle que é íntimo amigo da “Irmã Josefa”, com ela convive há muitos meses, segundo suas próprias declarações.” (O Cruzeiro, edição de 29-2-1964)
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    COMENTÁRIO: nota-se que os amigos de Otília tinham grande preocupação de que ela não fosse tocada, sob a alegação fúnebre de que tal “mataria” a médium. No entanto, parece que o medo mesmo era de que o repórter a agarrasse e deslindasse de uma vez por todas o logro, por isso ele foi conduzido à presença da materialização vigiado por Waldo Vieira.
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    MARCOS ARDUIN Diz: Mas o mais gozado mesmo foi outra coisa que se eu me encontrasse com o Jorge Rizzini, daria uma surra de gato morto nele. Esse mesmo Mário de Moraes justificou porque não deram um flagrante de fraude, mesmo tendo certeza de que era tudo fraude: eram apenas cinco repórteres contra 20 “pesquisadores”. E ele disse que nem todos eram salafrários farsantes. Não. Entre eles havia aqueles que eram crentes sinceros e honestos e por isso mesmo eram fanáticos PERIGOSÍSSIMOS. Se ele desse o flagrante, esses fanáticos o trucidariam.
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    COMENTÁRIO: a probabilidade de que os fãs de Otília se arremetessem para defendê-la não é descartável. Se essa preocupação realmente passou pela cabeça do repórter não podemos dizer que sim nem que não. De qualquer modo, o agarrão não aconteceu, mas o ato drástico não foi impedimento para que muitas outras evidências de fraude fossem colhidas.
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    Arduin deveria melhor ilustrar seus comentários. Ele diz o que particularmente entendeu do episódio, sem citar textos, seja do lado crente seja dos céticos, que confirmem a interpretação que apresenta. Isso o deixa muito confortável, pois parece a quem desatento que esteja falando com conhecimento de causa. Só que a realidade mostra coisa diferente, normalmente os textos não condizem com a pessoal compreensão que exara. Agora assesta suas baterias contra Jorge Rizzini, este nada menos que um dos grandes defensores de Otília, que redigiu vários textos em favor da safada e escreveu o livro onde reporta seu empenho em autenticar a malandra.
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    MARCOS ARDUIN Diz: Se não tivesse escrito o seu livro em cima dos joelhos e, ao reeditá-lo, corrigisse as burradas, Rizzini poderia ter dado uma boa coça nesse repórter.
    Expliquem-me essa: o cara conheceu os médicos NAQUELE DIA, nunca os vira antes e não apresentou nenhum histórico de ataques e agressões que eles houvessem cometido em defesa de seu fanatismo. Como podia saber quem eram os salafrários e os sinceros e honestos fanáticos perigosos?
    Rizzini fez muito mal de deixar essa bobagem passar em branco.
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    COMENTÁRIO: mesmo que Arduin esteja certo em asseverar que o repórter fizera apreciação duvidosa, esta seria a opinião do profissional que, poderia ou não, corresponder à realidade. Em verdade, a encrenca da má opinião está vista com olhos míopes. A explicação do motivo de não ter agarrado a aparição foi dada por Mário de Moraes na revista. Durante o confronto entre os repórteres e a dupla Luciano-Rizzini o assunto sequer foi trazido à baila. O que é muito estranho, visto que, quando defendiam a validade das materializações em programas televisivos, sozinhos, sem ninguém para questioná-los, os dois foram generosos em criticar o não-agarramento, como se fosse praxe em tais apresentações que os duvidadores recorressem a tal atitude. Então, Arduin, para que as coisas fiquem claras, poste o que foi que Mario de Moraes disse…
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    Numa coisa, porém, devemos parabenizar nosso querido botânico: parece que finalmente deu o passo decisivo a caminho do presente. Deve ter concluido que não vale mais a pena defender o indefensável Crookes e suas tristes materializações. Com Otília Digo, digo, Diogo temos documentos suficientes para avaliação conclusiva, e o que é melhor, tudo em português. Até seria interessante que o Vitor abrisse tópico específico para que o assunto pudesse ser discutido na amplitude necessária. O estudo de Otília é ilustrativo de quão ingênuos são os argumentos em favor de materializações de espíritos.
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    Saudações materializativoinexistenciais.

  927. Marcos Arduin Diz:

    Bem Moisés, o lugar onde Mário de Moraes cita os pesquisadores como fanáticos muito mais perigosos e que nem todos eram farsantes está aqui:
    http://obraspsicografadas.org/2010/resgate-histrico-revista-o-cruzeiro-de-14031964/
    Essa “reportagem não escrita” deu-se depois do debate.
    ,
    “Numa coisa, porém, devemos parabenizar nosso querido botânico: parece que finalmente deu o passo decisivo a caminho do presente. Deve ter concluido que não vale mais a pena defender o indefensável Crookes e suas tristes materializações.”
    – Está se precipitando. Vejo que não leu a última postagem minha em que malhei o Polidoro e o Houdini.

  928. Marciano Diz:

    O idiota deve ter-se confundido quando, dirigindo-me a Montalvão, transcrevi isto:
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    “Can. 1482 — § 1. Unicum sibi quisque potest constituere procuratorem, qui nequit alium sibimet substituere, nisi expressa facultas eidem facta fuerit.”
    .
    Montalvão e Arduin, PELO AMOR DE DEUS, deixem o Crookes morto e enterrado. Continuem o debate sobre as fotos malandras de cx e Cia.
    .
    Montalvão, foi isso que eu disse, eu agarraria a mão da Otília. Saberia que ela não morreria coisa nenhuma.
    O que aconteceria, todos (menos Arduin) sabemos, uma vez que ela estivesse firmemente segura pela mão, o véu arrancado do rosto, a farsa se revelaria.
    Eu não me importaria de sair na porrada com todos os falsos crentes presentes e acredito que os demais jornalistas não me deixariam apanhando sozinho.
    Ademais, ainda que saísse no prejuízo, sei que nenhum deles teria culhões para me matar, umas porradinhas não fazem mal a ninguém, e a farsa seria comprometida irremediavelmente.
    Ah! Se eu tenho uma oportunidade dessas. . .

  929. Guto Diz:

    Respostas as minhas questões.
    As questões foram:
    1) Os senhores querem conhecer REALMENTE a VERDADE?
    A VERDADE é algo inatingível, dada as nossas incapacidades físicas, psíquicas e todas as outras relacionadas ao corpo e a mente. Contudo, é, desde muito tempo, objetivo da maioria dos seres humanos inteligentes e cultos, pois o ignorante e burro sequer pensa a respeito. Ou seja, SIM.
    2) Qual a verdade que se quer conhecer, caso realmente o queiram?
    A respeito do mundo (do universo) e da vida.
    3) Vocês mudariam as suas vidas se a verdade que vocês buscam, VERDADEIRAMENTE, seja diferente das suas “verdades”?
    Não, pois encontrei o “melhor” modo de eu viver, ou seja, o caminho para viver bem nesse mundo de aflições.
    4) O que os senhores tem feito para REALMENTE conhecer a verdade?
    Tenho lido bastante. De Krishnamurti a Cristo passando por Sócrates, Platão Pitágoras, Gandhi e Buda e buscado o meu eu interior.
    Para os espíritas
    5) Como os senhores reagiriam se o que os senhores acreditam fosse ilusão?
    Ilusão é um termo que não se enquadra no meu tipo de crença, exceto Jesus e Deus. Contudo, se Jesus e Deus não existem, eu teria que rever certas “verdades” minhas e repensar a minha fé.
    6) Qual é o maior ensinamento da doutrina que não se deve esquecer, mesmo na hipotética situação dela ser uma ilusão?
    Que é pelo afloramento e cultivo das virtudes que nós, homens, entenderemos a “realidade de Deus” (lí isso na net e gostei). Ou então, transformaremos as nossas vidas e as dos nossos próximos.
    7) O que, DE FATO, podemos afirmar que É VERDADEIRO, BOM E PURO nessa vida?
    O amor VERDADEIRO.
    8) Com relação ao item anterior, se a resposta for positiva sobre determinada coisa, por que as pessoas não buscam compreender e seguir/viver uma experiência intensa com ele (a), já que se trata de algo extraordinário?
    Porque elas só buscam amar a si mesmas.
    9) O que os senhores pensam ser imprescindíveis na vida?
    Sendo sobre a VIDA HUMANA a pergunta, a minha resposta é a felicidade.
    10) Qual é a melhor instituição feita por homens?
    A família. Instituição SAGRADA, pois é nela que se iniciam os primeiros laços de AMOR VERDADEIRO. Família desestruturada quase sempre acaba em ser humano problemático e, com isso, problema social de todas as formas, que será levado para todos os lados.
    11) Na dúvida, com relação as interações humanas, os senhores escolhem o quê? A razão ou o sentimento?
    Um pouco dos dois. Equilíbrio é a palavra exata para descrever a melhor maneira de se manter/ter relações humanas. Muita razão deixa o relacionamento frio. Muito sentimento deixa o relacionamento perdido e sem direção.
    Abraços e até.

  930. Marcos Arduin Diz:

    De Morte, essa história aí de fanáticos perigosos e temer levar porradas deles é aquilo que em falácias céticas chamam de “ad hoc”. Ou seja, quando cobrado a explicar porque não agarrou a fantasma, já que sabia que ela era falsa e agarrá-la em nada prejudicaria a médium fisicamente (só arruinaria sua reputação), saiu com essa de que estava ele e os colegas em minoria em relação aos “pesquisadores”.
    Como ele disse, entre eles havia os farsantes, mas nem todos eram isso. Havia os crentelhos sinceros, que por isso mesmo eram muito mais perigosos em vista de seu fanatismo.
    Mas é o que eu disse a respeito dessa bobagem dele: se ele conheceu os ditos médicos NAQUELE DIA, como poderia saber logo de cara quem eram os crentelhos e quem eram os farsantes? E pior ainda: cadê o histórico de agressões e violências cometidas por esses crentelhos contra os que duvidavam da Josefa e da Otília? Há algum? Que eu sabia, NADA, ZERO, NENHUM. Então o cara simplesmente apresentou uma desculpa para escapar pela tangente.
    É isso.

  931. Toffo Diz:

    Marciano: estou divulgando esses causos de maneira absolutamente imparcial, a uma porque foram contados pela minha avó tal qual estou reproduzindo, a duas porque, independentemente de acreditar neles, eu ADORO causos de fantasmas. Mas eu concordo com você que talvez ela tivesse sim um intuito de assustar os netos, mesmo porque contava histórias assombrosas, fictícias, para nós, algumas realmente assustadoras. Outra coisa que conspira a favor da doppelgänger é que essas coisas aconteceram com ela mocinha, adolescente, e aparentemente nunca mais se repetiram. Entre outras coisas fantásticas que ela contava, estava um episódio em que uma cadeira, colocada junto à porta para alertar sua mãe de que seu irmão estava chegando da rua altas horas da noite, simplesmente disparou em sua direção, perseguindo-a. O causo da cadeira peripatética realmente assustava a gente. Esse caso aconteceu quando morava em Sacramento, Minas, a cerca de 70 km de Uberaba.
    .
    Este causo aconteceu em Uberaba envolvendo minha avó e minha mãe, criança. Meu avô era estafeta dos Correios e trabalhava nos trens, assim passava alguns dias da semana fora de casa. Nesses dias, minha avó ficava sozinha com os filhos. Era hábito tomar banho e deitar-se, já que não havia nem rádio e TV e, assim, absolutamente nada pra se fazer à noite. A casa deles era à moda antiga, não tinha banheiro, apenas a latrina fora de casa. Tomava-se banho de bacia na cozinha. Certa noite em que meu avô estava ausente, minha avó deu banho em minha mãe, com seus 4 anos, enxugou-a, vestiu-a e mandou que ficasse quietinha enquanto ela própria se banhava na mesma água. Nisso, ouviram bater na porta da rua e uma voz de mulher, lá fora, dizer o seguinte: “Abra a porta, Betinha [apelido da minha mãe, Elisabeth], abra a porta pra eu entrar!” Minha mãe chegou perto da porta, mas não tinha altura suficiente para abri-la. Minha avó, da cozinha, ainda dentro da bacia, fazia gestos para ela ficar onde estava e esperar. A voz continuava, num tom meloso e desagradável: “Abra a porta, Betinha, deixa eu entrar!” Minha mãe arrastou uma das pesadas cadeiras da sala para alcançar a fechadura, enquanto minha avó apressadamente terminava o banho e se vestia. Quando minha mãe girou a chave da fechadura, minha avó chegou e abriu a porta. Não havia ninguém.
    .
    Uberaba era, e ainda é, a “cidade dos espíritos”. Muito antes de CX ir morar lá, já era um dos locais mais assombrados deste país. Muitas fazendas e muitos casarões são tidos por assombrados. Existe uma cachoeira na zona rural, muito frequentada por gente que vai fazer piquenique, cheia de cruzes, devido às mortes que lá acontecem. Dizem que há um espírito mau na cachoeira (embora a maioria das mortes seja provocada por imprudência e excesso de cachaça mesmo). Até mesmo a imensa piscina do melhor clube da cidade é tida por assombrada, dizem que há um espírito lá que puxa os banhistas para o fundo. Por conseguinte, as pescarias dos meus parentes eram assombradíssimas. Meu avô Lolico, por exemplo, foi vítima pelo menos por duas vezes do mal-assombro em pescarias noturnas. Certa vez, estava na margem do rio, sozinho, quando ouviu da outra margem uma voz de mulher gritando: “Lolico!!! Ô Lolico!!!!” Não precisa dizer que ele largou vara e linha e escafedeu-se rapidinho. Nunca ficou claro se foi algum companheiro dele que atravessou o rio e fez o chamado fantasmagórico para assustá-lo, mas isso nunca foi dito. Outra vez, ele estava em pleno cerrado, indo pescar, quando ouviu atrás de si o que se chama de “ruge-ruge”, ou seja, um ruído causado pela agitação de saias antigas de mulher ao andar. Ele apressou o passo e as saias fantasmagóricas também passaram a frufrulhar mais rápido também. Não se sabe o que a siá-dona do outro mundo queria com ele, mas o fru-fru de sedas só parou quando ele chegou ao seu acampamento, gelado de medo…

  932. Marciano Diz:

    Arduin,
    Tudo leva a crer que o repórter era um covarde, mas isso não corrobora a farsa perpetrada por cx e Cia., só prova, na melhor das hipóteses, que o jornalista era um frouxo.
    .

    Toffo,
    Eu também adoro “causos”, especialmente de fantasmas.
    Quanto à sua avó, acredito que a hipótese mais plausível, “prima facie”, seja a de queria apenas assustar os netos e também de que ela era muito fantasiosa. Quanto ao mito dos doppelgängers, se fôssemos crer nisso, sua avó teria sido substituída pela doppengänger dela, as coisas terminariam de forma funesta.
    A cultura do “assombro” explica o caso de Uberaba. Você começa a relatar coisas estranhas, as histórias se replicam. Como no casos dos discos voadores e do chupa-cabras.
    Experimente inventar uma história assombrosa, de sua imaginação, no meio da zona rural de uma cidade pequena. São os memes a que se refere Dawkins. Eles se multiplicam como células cancerosas. A comparação não é arbitrária. São histórias que se multiplicam de forma desordenada e avassaladora e que não têm qualquer função, só servem para estragar tudo.
    No “causo” de seu avô, se não foi fabulação nem brincadeira de algum amigo, pode ter sido apenas medo irracional e pareidolia.
    Quando a gente tem medo, tudo nos assusta.
    O fru-fru das saias provavelmente era o farfalhar do vento no mato.
    Mas é legal ficar imaginando coisas, eu gosto de fantasiar, ajuda no stress, nas frustrações, na ansiedade.
    Só é bom saber que é só uma válvula de escape, não é para ser levado a sério, sob pena de fazermos papel de bobos.
    Eu não tenho medo nem de encarnados, que atiram, dão facadas, pauladas, muito menos de desencarnados, que só sabem fazer careta e chamar pelo nome dos outros.
    Que medo!

  933. Marciano Diz:

    Aqui vai uma letra de Mike Stoller (música de Jerry Leiber) que tem tudo a ver comigo.
    Sinto como se tivesse sido escrita por mim.
    Serve para os encarnados do blog que acham que podem me ameaçar.
    Por aqui vocês vêem o medo que tenho de encarnados e desencarnados:
    .
    If you’re looking for trouble
    You came to the right place
    If you’re looking for trouble
    Just look right in my face
    I was born standing up
    And talking back
    My daddy was a green-eyed mountain jack
    Because I’m evil, my middle name is misery
    Well I’m evil, so don’t you mess around with me
    I’ve never looked for trouble
    But I’ve never ran
    I don’t take no orders
    From no kind of man
    I’m only made out
    Of flesh, blood and bone
    But if you’re gonna start a rumble
    Don’t you try it on alone
    Because I’m evil, my middle name is misery
    Well I’m evil, so don’t you mess around with me
    I’m evil, evil, evil, as can be
    I’m evil, evil, evil, as can be
    So don’t mess around don’t mess around don’t mess around with me
    I’m evil, I’m evil, evil, evil
    So don’t mess around, don’t mess around with me
    I’m evil, I tell you I’m evil
    So don’t mess around with me

  934. Marciano Diz:

    Troquei as bolas.
    Onde se lê “Leiber”, leia-se “Stoller”.
    Thanks.
    Danke schön.

  935. Marciano Diz:

    Ich bin müde.
    Auf wiederscreiben.

  936. Montalvão Diz:

    .

    MARCOS ARDUIN Diz: Bem Moisés, o lugar onde Mário de Moraes cita os pesquisadores como fanáticos muito mais perigosos e que nem todos eram farsantes está aqui: [link] Essa “reportagem não escrita” DEU-SE DEPOIS DO DEBATE.
    .
    COMENTÁRIO: É possível que a “reportagem não escrita” fora produzida depois do debate. Mas precisaria averiguar melhor, visto que as datas da publicação não correspondem ao tempo efetivo: naquele tempo as revistas saiam datadas à frente da efetiva circulação. Essa foi o Vital quem me esclareceu: como a distribuição era demorada, às vezes levavam semanas até que as edições chegassem aos estados mais distantes, os editores recorriam a esse artifício. De qualquer modo, Mario de Moraes já se pronunciara em programa televisivo, antes do encontro com Luciano e Rizzini, e expusera seu repúdio à acusação de ter caído no pavor. O próprio Luciano confirmou ter tomado conhecimento dessa manifestação e a acatado. Relembre:
    .
    “MÁRIO DE MORAES – Disseram aqui que eu tinha mêdo de espíritos… Olhem essa fotografia, que foi ampliada; foi bastante ampliada para mostrar os olhos! Eu quero esclarecer que isso é um fenômeno de fototropismo.
    .
    LUCIANO DOS ANJOS – Eu ouvi o seu esclarecimento; aliás, em um programa gravado: nós gravamos.
    .
    MÁRIO DE MORAES – Você ouviu o esclarecimento?
    .
    LUCIANO DOS ANJOS – Eu aceito seu esclarecimento.
    .
    MÁRIO DE MORAES – Porque para mim, um homem que já fêz guerra, fêz revolução, fica meio ridículo dizer que eu tive mêdo. Olha os olhos aqui do dr. Waldo Vieira (foto) bem mais arregalados.”
    .
    COMENTÁRIO: então, mesmo que a reportagem “não escrita” viera depois do debate entre o grupo espírita e os repórteres, a manifestação de Mario de Moraes era por eles conhecida.
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    ARDUIN: MARCOS ARDUIN Diz: Mas o mais gozado mesmo foi outra coisa que se eu me encontrasse com o Jorge Rizzini, daria uma surra de gato morto nele. Esse mesmo Mário de Moraes justificou porque não deram um flagrante de fraude, mesmo tendo certeza de que era tudo fraude: eram apenas cinco repórteres contra 20 “pesquisadores”. E ELE DISSE QUE NEM TODOS ERAM SALAFRÁRIOS FARSANTES. NÃO. ENTRE ELES HAVIA AQUELES QUE ERAM CRENTES SINCEROS E HONESTOS E POR ISSO MESMO ERAM FANÁTICOS PERIGOSÍSSIMOS. Se ele desse o flagrante, esses fanáticos o trucidariam.
    […]o lugar onde Mário de Moraes cita os pesquisadores como fanáticos muito mais perigosos e que nem todos eram farsantes está aqui: [link]

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    COMENTÁRIO: Vejamos como o repórter se pronunciou:
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    MARIO DE MORAES: “A história (para explicar a semelhança entre “mãe” e “filha” que poderia aparecer nas fotos) me foi contada, na presença de diversas testemunhas, pelo Dr. Sebastião de Melo. Que disse tê-la confirmado, numa visita feita ao túmulo da Irmã Josefa, num cemitério de freiras. Esta era a única que, por não ser virgem, não tinha “Maria” na lápide. Pura tolice! As freiras estrangeiras não têm Maria no nome. E a Irmã Josefa era italiana. Se verdadeira a história do Dr. Sebastião, a madre não seria bastante pura para materializar-se.
    .
    Perguntaram os tais da TV: — “Se eles sabiam que a Irmã Josefa era falsa, por que não a agarraram?” Isto pede uma longa explicação: 1.°) ficara resolvido que só na segunda experiência tomaríamos drásticas medidas. E isto prometêramos ao nosso colega José Franco, convidado para assistir à sessão, e que nos levara como testemunha. Se nós ficássemos convencidos da fraude, no dia seguinte agarraríamos a “materialização”; 2.°) controlados como estávamos em nossas cadeiras, tendo sempre dois deles — um de cala lado — “sentindo” os nossos movimentos (e isso explicarei mais adiante), só quando estivéssemos sendo fotografados ao lado da entidade é que teríamos oportunidade de segurá-la. Se, no cumprimento que eu lhe desse (ela não consentiu), a “Irmã Josefa” não conseguisse “desmaterializar” a sua mão, seria hora, também, de agarrá-la, pois estaria comprovada a fraude, não havendo necessidade de uma segunda exibição; 3.°) mesmo que eu abraçasse a “Irmã Josefa” ou o “Dr. Alberto Veloso” (outra entidade “materializada”) não provaria nem veria nada.
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    A sala continuaria às escuras e trancada. O “flash”, em poder do nosso colega José Nicolau, estava sendo controlado pelo “fotógrafo-oficial” do grupo. O interruptor da pequena luz vermelha ficava, todo tempo em que eram batidas as fotos, nas mãos do Dr. Waldo. A “Irmã”, naturalmente, daria um grito.
    .
    Com o pretexto de que eu poderia “matar” a médium, vários deles me arrancariam de cima dela, levando-me, sei lá como, de volta ao meu lugar. E Otília teria tempo suficiente para se recompor, voltando à cadeira onde estivera “manietada”.
    .
    Se eu rasgasse as vestes da “Irmã”, a médium, novamente de roupa preta, as esconderia no seu “lugar-costumeiro”. Mesmo que eu conseguisse guardar algum pedaço, diriam mais tarde que era mentira: teria apanhado o tecido em outra parte;
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    3.°) o próprio produtor do programa de TV, meu bom amigo Carlos Pallut, a uma pergunta de um dos tais sujeitinhos, disse que “repórter não sofre coação”. Isso é bom de dizer num estúdio de televisão, cercado de amigos por todos os lados. Mas vá a Uberaba, Pallut, entre naquela sala de breu completamente fechada, onde existem mais de 20 espectadores que você está conhecendo na ocasião, tendo apenas a proteção de quatro colegas, e tente agarrar a “Irmã”. Depois me conte o que houve. É lógico que não vou pensar que todos os vinte fazem parte da quadrilha de fraudadores. A grande maioria acreditava no fenômeno, sendo, por isso, mais perigosa. Um fanático pode ser responsável por atos da mais extrema violência. Na Guerra de Angola vi negros entrarem acampamento adentro, aos gritos, levando na mão apenas uma catana. Os feiticeiros haviam garantido que eles, se morressem, voltariam a viver no Dia da Vitória. Por isso não temiam as metralhadoras dos portugueses.
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    De gente fanática eu quero distância. Continuarei.
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    Aos espíritas realmente puros, uma advertência: a fraude de Uberaba só serve para desmoralizar e desprestigiar o espiritismo.”
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    COMENTÁRIO: não se pode saber se todas as preocupações relatadas passaram pela cabeça no repórter na ocasião, mas, se for conforme depôs, que o planejado fora adotar medidas mais efetivas de fiscalização no segundo encontro, pois primeiro queriam examinar se havia algo que pudesse legitimar a manifestação, então fica esclarecido o motivo de não terem apelado para a medida drástica. Considere que a história das materializações registra que quando há tentativa de imobilizar a aparição geralmente os assistentes reagem contra o atacante, portanto, o receio do repórter não seria despropositado.
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    é claro que se os repórteres tivessem analisado melhor a situação poderiam ter levado dessas tintas que se fixam na pele e só saem após algumas semanas. Aproveitariam a aproximação e lhe dariam um “tintada”. Mesmo assim, não havia garantia de sucesso, porques poderiam só molhar o tecido (ela estava com o corpo inteiramente coberto). Parece, pois, que as dificuldades relacionadas por Mário de Morais eram pertinentes.
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    “Numa coisa, porém, devemos parabenizar nosso querido botânico: parece que finalmente deu o passo decisivo a caminho do presente. Deve ter concluido que não vale mais a pena defender o indefensável Crookes e suas tristes materializações.”
    ARDUIN – Está se precipitando. Vejo que não leu a última postagem minha em que malhei o Polidoro e o Houdini.
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    COMENTÁRIO: estou certo de que argumentos suficientes foram expostos para, pelo menos, mostrar que os experimentos de Crookes pediam revisões e replicações. Se quer continuar a eles apegado será com sua digníssima pessoa. Creio que está mais que na hora de ampliar o escopo da discussão. A história das materializações (aliás pseudomaterializações) não está circunscrita a Crookes, nem seria ele o principal investigador a ser considerado. O assunto deve ser olhada na sua total dimensão, que envolve tanto os pioneiros quanto os acontecimentos que seguiram, até chegar nos dias atuais. E basta uma superficial olhadela nesse quadro para que fique patente a derrocada da crença de que desencarnados se materializem.
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    Ficou claro?

  937. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Arduin, tudo leva a crer que o repórter era um covarde, mas isso não corrobora a farsa perpetrada por cx e Cia., só prova, na melhor das hipóteses, que o jornalista era um frouxo.
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    COMENTÁRIO: talvez se considerasse mais amplamente o pronunciamento de Mário de Moraes, perceba que Arduin está tentando tornar o repórter medrosão para mostrar que, se nesse ponto ele falseou, onde mais não ocultaria a verdade?
    .
    MÁRIO DE MORAIS, em 7/3/1964: “Êstes os dez principais itens que regeriam os trabalhos. Examinarei um por um. E através dêles responderei a muitas perguntas, bem como rebaterei as tôlas acusações que me fizeram num programa de televisão: a) quando quis cumprimentar a “Irmã Josefa”, eu tinha um objetivo: pedir-lhe para desmaterializar a sua na minha mão. Isso é comum em experiências dêsse tipo, segundo explicam os livros especializados. Na hora da sessão, porém, a “Irmã Josefa” disse que não podia cumprimentar-me, pois havia materializado apenas um dedo da mão direita. Faltara ectoplasma para os demais. Poderia, isto sim, tirar um retrato ao meu lado. Mas não deveria, de maneira nenhuma, tocá-la. Quando ela ordenou, fui levado, na escuridão (minhas mãos seguras pelo Dr. Waldo), até o lado esquerdo da “Irmã Josefa”.
    Tanto o médico quanto a “freira” avisando, sem parar: — “Não toque na Irmã! Poderá matar Otília! Fique sempre de braços para a frente! ” Colocado ao lado da “materialização”, aguardei o momento da foto. Abri bem os olhos para que a luz não me cegasse e pudesse distinguir as feições da “madre”. Da primeira vez foi impossível. *0 “flash” pegou-me de cheio e não vi quase nada. Na segunda porém, mais prevenido, consegui ver claramente o nariz inconfundível e abatatado de Otília Diogo. Um dos tais sujeitos da TV disse, mostrando uma das minhas fotos, a primeira, que eu ficara com mêdo da “Irmã Josefa”. Infelizmente, apesar de jornalista, é leigo em fotografia. Êle que me deixe acender um “flash” na sua cara numa sala às escuras, e verá como seus olhos aparecerão arregalados. Isso é primário. Como exemplo, reparem na foto publicada em O Cruzeiro de 1-2-64, pág. 80, aquela em que Jorge Audi aparece ao lado do Dr. Waldo. O pobre (?) médico parece assustadíssimo, êle que é íntimo amigo da “Irmã Josefa”, com ela convive há muitos meses, segundo suas próprias declarações.
    .
    Em 14/3/1964: “CONTINUEMOS no item a, derrubando a primeira das acusações que me foram feitas. Voltemos ao fato de eu ter ou não ter mêdo da “Irmã Josefa”. Deixando de lado a modéstia, devo relembrar ao infeliz “colega” que o meu passado jornalístico, por si só, bastaria para botar abaixo a sua afirmativa. Fui o primeiro e, creio, único repórter brasileiro a visitar a linha-de-frente na Guerra de Angola; testemunhei revoluções na Argentina; reportei o assassinato de Trujillo, debaixo de violenta ditadura: entrei em cidades sitiadas; desafiei a morte em diversas ocasiões.
    O mêdo material, portanto, não poderia existir. O espiritual, muito menos. Porque, segundo o espiritismo, só entidades de muita luz é que podem materializar-se. A Irmã Josefa, em vida, ao que se informa, foi uma freira de extrema bondade, que cuidava de enfermos, dedicando tôda a sua existência a fazer o bem ao próximo. Se ela, na verdade, resolvesse materializar-se, não me faria nenhum mal.
    .
    Mal estão fazendo à sua memória aquêles que a apresentam como uma madre dissoluta, que teve relações com um padre, destas nascendo-lhe uma filha, a médium Otília.”
    .
    Saudações intimoratas

  938. Toffo Diz:

    Depois dessa aventura de Uberaba, acredito que CX e sua patota resolveram não mexer mais com materialização.

  939. Montalvão Diz:

    .
    MARCOS ARDUIN Diz: De Morte, essa história aí de fanáticos perigosos e temer levar porradas deles é aquilo que em falácias céticas chamam de “ad hoc”. Ou seja, quando cobrado a explicar porque não agarrou a fantasma, já que sabia que ela era falsa e agarrá-la em nada prejudicaria a médium fisicamente (só arruinaria sua reputação), saiu com essa de que estava ele e os colegas em minoria em relação aos “pesquisadores”.
    Como ele disse, entre eles havia os farsantes, mas nem todos eram isso. Havia os crentelhos sinceros, que por isso mesmo eram muito mais perigosos em vista de seu fanatismo.
    .
    COMENTÁRIO: essas situações são fáceis de serem distorcidas, desde que contadas dando foco ao que interessa. Se examinar-se por inteiro o pronunciamento do repórter ver-se-á que sua explicação é coerente, e não há nenhum ad hoc. O agarrão não foi implementado por haver receio da reação do auditório, este seria um dos itens dissuasivos, mas o principal motivo era que as medidas mais efetivas haviam sido planejadas para a segunda sessão, visto que na primeira queriam eliminar a possibilidade de que o espetáculo tivesse legitimidade. Agarrar por agarrar e não obter o almejado resultado demonstrativo da fraude daria munição farta aos defensores da malandragem. Ponto para a prudência dos investigadores.
    /
    /
    ARDUIN: Mas é o que eu disse a respeito dessa bobagem dele: se ele conheceu os ditos médicos NAQUELE DIA, como poderia saber logo de cara quem eram os crentelhos e quem eram os farsantes? E pior ainda: cadê o histórico de agressões e violências cometidas por esses crentelhos contra os que duvidavam da Josefa e da Otília? Há algum? Que eu sabia, NADA, ZERO, NENHUM. Então o cara simplesmente apresentou uma desculpa para escapar pela tangente.
    É isso.
    .
    COMENTÁRIO: argumentação de todo falaciosa. Em momento algum o repórter nomeia quem seria cúmplice e quem seria inocente útil. Ele apenas expressa que ambos os tipos estariam presentes no encontro. Acredito que ao conversar com os maiores envolvidos (Waldo Vieira, Sebastião de Mello e mais alguns) estes já entrariam na lista de suspeitos, mas os demais estariam em situação indefinida.
    .
    Outra falácia: não havia histórico de agressão contra agarramentos em Otília porque não havia histórico de agarramentos a Otília, ora pois, pois… No entanto, o histórico geral de agarramentos em materializações sempre reporta reação irada da platéia.
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    saudações contrafalaciosas.

  940. Montalvão Diz:

    .
    Toffo Diz:Depois dessa aventura de Uberaba, acredito que CX e sua patota resolveram não mexer mais com materialização.
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    COMENTÁRIO: Toffo, depois de toda a celeuma em torno do assunto, a Revista lançou um repto, que a meu ver não foi o melhor desafio, o qual requeria nova experimentação com Otília, com fiscalização rigorosa, que demonstrasse de uma vez por todas se a mulher era legítima ou não. Os médicos responderam que, depois de tudo o que a revista aprontara, não havia qualquer condição de com eles realizar atividade. Ao final da nota declaravam que as experiências em Uberaba seguiam “normalmente”. Só que, se foi verdade, nunca mais se soube notícias desse trabalho…
    .
    Quanto a Chico Xavier, quando Otília apareceu, ele participava mais como assistente privilegiado. Sua carreira de materializador se encerrara anos antes quando Emmanuel em pessoa “aparecera” diante do médium e de vários circunstantes para declarar que não queria seu pupilo envolvido nesse trabalho.
    .
    Saudações.

  941. Marciano Diz:

    Montalvão,
    se você comprar nas bancas, no dia do lançamento, Veja, Istoé, Carta Capital, Época, qualquer uma, vai ver que elas ainda saem pré-datadas.
    .

    “talvez se considerasse mais amplamente o pronunciamento de Mário de Moraes, perceba que Arduin está tentando tornar o repórter medrosão para mostrar que, se nesse ponto ele falseou, onde mais não ocultaria a verdade?”
    Arduin é muito hábil nessas tergiversações..
    .
    “. . . “Irmã Josefa” disse que não podia cumprimentar-me, pois havia materializado apenas um dedo da mão direita. Faltara ectoplasma para os demais. Poderia, isto sim, tirar um retrato ao meu lado. Mas não deveria, de maneira nenhuma, tocá-la.”
    .
    Não foi só um dedo, ela materializou pulmões, músculos respiratórios, boca, com lábios, língua, traqueia, laringe, alvéolos, palatos, etc., ou não teria condições de falar.
    .
    1. Toffo Diz:
    OUTUBRO 14TH, 2013 ÀS 12:14
    Depois dessa aventura de Uberaba, acredito que CX e sua patota resolveram não mexer mais com materialização.
    .
    Parece-me evidente que viram que se insistissem na palhaçada acabariam por deixar cair a máscara, seriam expostos. Eram uns trapalhões.
    .
    “Quanto a Chico Xavier, quando Otília apareceu, ele participava mais como assistente privilegiado. Sua carreira de materializador se encerrara anos antes quando Emmanuel em pessoa “aparecera” diante do médium e de vários circunstantes para declarar que não queria seu pupilo envolvido nesse trabalho.”
    .
    Não se me afigura que cx fosse tão pouco participativo assim, o sorriso zombeteiro, cínico, revela que o interesse dele era grande.
    Além do sorriso sardônico, ele fez questão de ser fotografado de braços dados com o espírito que só tinha um dedinho materializado.
    Confiram a segunda fogo, descendo a página:
    http://www.ceticismoaberto.com/paranormal/3417/chico-xavier-e-a-fraude-de-otlia-diogo-a-irm-josefa
    Saudações incrédulas.

  942. Toffo Diz:

    Essa “aparição” do ex-senador foi referida por Souto Maior no seu livro sobre CX. Parece que a turma estava fazendo muita farra com a coisa e o “home” mandou parar. Mas em 64 CX empatou seu nome e seu prestígio numa experiência furada, e ele já não era um newcomer, e parece que o “chefe” nada disse…

  943. Marcos Arduin Diz:

    O próprio repórter reconhece que conheceu aquelas pessoas NAQUELE DIA. Então é gozado como é que nessas condições saberia quem seriam os farsantes e quem seriam os crentes sinceros. E pior ainda, que esses últimos eram fanáticos muito perigosos.
    É uma coisa engraçada essa: alguém sabe de histórico de violências cometidas pelo Chico, Waldo ou qualquer um daqueles médicos em qualquer ocasião em que foram contrariados (esqueçam a Josefa/Otilia)?
    A resposta é NÃO. Nunca foram famosos por conta disso. Aí o cara pega um problema de luta social, colonizados contra colonizadores, e compara Chico & Cia Bela com os fanáticos angolanos… Que gracinha. Só você mesmo, Moisés, para levar esses caras a sério. Aliás, todo aquele que fala contra o Espiritismo, mesmo que sejam baitas besteiras, como já mostrado com Houdini e Polidoro, você já vai acreditando…
    Uma pena.

  944. Marcos Arduin Diz:

    Enquanto não aparecem as replicações que você sugere, Moisés, ao menos se poderiam fazer análises históricas sérias dos experimentos passados. Pena que você ache que ESTORIADORES, como o Polidoro e o Houdini, fossem gente séria. Os cara só falaram bobagens, omitiram fatos, no caso do Houdini, ele nem sequer leu nada a respeito do que foi feito no original, e você acha que são grandes coisas esses dois aí.
    Mantenho o que disse deles.

  945. Marcos Arduin Diz:

    Ex-Toffado, esse lance de materialização do Emmanuel há DUAS versões incoerentes entre si. Vai ver que no fim nunca houve materialização alguma e Chico só entrou nessa com a Josefa porque o Waldo quis dar uma de investigador científico. Só que não tinha coragem e nem estofo para lidar com a coisa e enfrentar situações adversas.

  946. Marciano Diz:

    Se cx precisasse de um advogado, encontraria o melhor de todos em um botânico.

  947. Montalvão Diz:

    ARDUIN DIZ: Ex-Toffado, esse lance de materialização do Emmanuel há DUAS versões incoerentes entre si. Vai ver que no fim nunca houve materialização alguma e Chico só entrou nessa com a Josefa porque o Waldo quis dar uma de investigador científico. Só que não tinha coragem e nem estofo para lidar com a coisa e enfrentar situações adversas.
    .
    COMENTÁRIO: por que, entre as versões incoerentes, não escolhe a que melhor se adeque ao perfil de Chico, em vez de negá-las? Há múltiplos testemunhos entre os espíritas atestando o acontecimento… Se não houve a materialização emanuellina Xavier ficou quieto e quem cala consente (confirma). Seja como for, Francisco andou materializando a Sheila, portanto envolveu-se, corpo e alma, na fraudâncias. Chico não entrou em Otília só por causa de Waldo, eles, na época, eram xitãozinho e xororó espíritas, unha e carne, gêmeos siameses, do tipo um escrever a página par e outro a ímpar. Chico adorava efeitos físicos, mas não era bom simulador e foi algumas vezes flagrado fazendo mal feito. Vai ver foi por isso que o inexistente Emmanuel mandou-lhe parar com tudo. Mesmo assim ele continuou fascinado por espetáculos da espécie.
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    ARDUIN: O próprio repórter reconhece que conheceu aquelas pessoas NAQUELE DIA. Então é gozado como é que nessas condições saberia quem seriam os farsantes e quem seriam os crentes sinceros. E pior ainda, que esses últimos eram fanáticos muito perigosos.
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    COMENTÁRIO: já expliquei, leia o que foi dito, mas refaço aqui o comentário: o repórter não nomeou quem seria A ou B, apenas intuiu que houvesse representantes de ambos os grupos, por isso a prudência. Se duvida que fanáticos são perigosos, vá numa sessão de descarrego da universal e grite de fole cheio: “isso é tudo sem-vergonhice do Macedo, não tem demônio nenhum dentro desses infelizes aí, caídos ao chão, fingindo estarem possuídos”. DEpois, se sobreviver, dê seu testemunho.
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    ARDUIN: É uma coisa engraçada essa: alguém sabe de histórico de violências cometidas pelo Chico, Waldo ou qualquer um daqueles médicos em qualquer ocasião em que foram contrariados (esqueçam a Josefa/Otilia)?
    A resposta é NÃO. Nunca foram famosos por conta disso. Aí o cara pega um problema de luta social, colonizados contra colonizadores, e compara Chico & Cia Bela com os fanáticos angolanos… Que gracinha. Só você mesmo, Moisés, para levar esses caras a sério.
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    COMENTÁRIO: o repórter não externou qualquer receio quanto a ato violento da parte de Chico, você é que está inventando. Waldo era o safado número um, mas não pareceu agressivo e não foi citado como tal. Só que não era apenas Chico e Waldo no local e, justamente por não saber quem era quem, é que o homem de imprensa ficou na dele.
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    ARDUIN: Aliás, todo aquele que fala contra o Espiritismo, mesmo que sejam baitas besteiras, como já mostrado com Houdini e Polidoro, você já vai acreditando…
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    COMENTÁRIO: no que tange a Houdini e Polidoro, meu amigo, você perdeu o jogo e perdeu feio: quis com um único discutível deslize da parte desses desbancar todo o trabalho produtivo que realizaram. Desse modo, além de monotemático (como diz o Gorducho) está sendo, ainda, monoargumentativo.
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    Não vou acreditando em qualquer acusativo, procuro averiguar os fatos. E os fatos mostram claramente que Otília era uma espertalhona e os que a investigavam ou singelos inocentes ou finórios de alta estirpe.
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    Traga melhores argumentos porque esses nos quais se escuda não o protegerão de coisa alguma.

  948. Montalvão Diz:

    MARCIANO DIZ: (citando Montalvão)“. . . “Irmã Josefa” disse que não podia cumprimentar-me, pois havia materializado apenas um dedo da mão direita. Faltara ectoplasma para os demais. Poderia, isto sim, tirar um retrato ao meu lado. Mas não deveria, de maneira nenhuma, tocá-la.”
    .
    MARCIANO: Não foi só um dedo, ela materializou pulmões, músculos respiratórios, boca, com lábios, língua, traqueia, laringe, alvéolos, palatos, etc., ou não teria condições de falar.
    .
    COMENTÁRIO: justamente, aliás essa questão já apresentei ao Arduin, que a deixou sem resposta: como pode um desencarnado fazer um corpo tão igual ao de um humano vivo, que chega a ser o de um humano vivo? Quanto do inexistente ectoplasma seria necessário para construir um fígado, o coração, uma perna, e um corpo completo? E sobre esse corpo ainda pôr roupas, bastante roupas. Indaguei ao Arduin, também sem resposta, com quantos quilos de ectoplasma se faz um nariz, peitos, bilau… Ali, durante o xou otiliano, a mulher saiu-se com essa de faltar ectoplasma para o acabamento, por isso não podia apertar a mão do repórter…

  949. Marciano Diz:

    Montalvão, se conseguir a fonte e a fórmula de criação de mulheres com ectoplasma, avise-me.
    Vou fazer como naquele filme antigo, “Mulher Nota Mil”.
    http://www.imdb.com/title/tt0090305/

  950. Marciano Diz:

    Este comentário deveria ter sido feito aqui:
    Marciano Diz:
    OUTUBRO 16TH, 2013 ÀS 20:59
    Por falar em filmes antigos, tem um, de 1999, “The Confession”, com o ator judeu indiano Ben Kinglsey, cujo verdadeiro nome é Krishna Pandit Bhanji, no qual o filho do personagem morre em razão de negligência dos médicos que deveriam atendê-lo no setor de emergência de um hospital (Biasetto vai ficar feliz de ver que nos EEUU também acontece isso).
    O personagem de Kingsley mata os médicos (ir)responsáveis pela morte do filho.
    O advogado dele é o Alec Baldwin, o qual fica atônito quando vê que o personagem de Kingsley confessa o crime e quer cumprir a pena, por questão de ética.
    Ele achou que não deveria deixar vivos os médicos que negaram atendimento de urgência a seu filho, causando-lhe a morte, mas reconhece que deve pagar por isso.
    O engraçado é que o personagem age assim porque acredita que é a lei de deus.
    .
    Faz pouco mais de um ano, uma médica no setor de emergência do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, RJ, negou atendimento ao filho de um indivíduo, dizendo que deveria passar pela triagem.
    O cara disse a ela que aquele seria seu último plantão.
    Efetivamente, com a ajuda de outro, roubou um carro, interceptou o carro da médica quando ela saía do hospital, matou-a e foi embora.
    http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/medica-morta-ao-sair-do-plantao-teria-sido-ameacada-por-pai-de-paciente-horas-antes-do-crime
    .
    Quando uma piranha de décima categoria tenta dar o golpe da barriga em um “nouveau riche” ligado a marginais desde a infância, a ética de Kingsley diz que ele está certo de espancar a piranha até a morte e depois alimentar os cães com os restos mortais dela, só que depois o cara deveria confessar e pagar pelo crime.
    .
    Notícia recente, desta semana, diz que um promotor carioca com menos de um ano no Ministério Público de Pernambuco, cumprindo dever de ofício, promoveu ação que resultou na perda de 25 hectares de terra de um fazendeiro daquelas paragens, incluídas aí a sede da fazenda e uma fonte de água mineral que rende mais de um milhão de reais por ano.
    O fazendeiro teria cometido crimes ambientais.
    Até aí, tudo bem.
    Ocorre que as terras foram a leilão e quem as arrematou foi a família da noiva (advogada) do promotor, pela bagatela de cem mil reais.
    Então o fazendeiro encomendou a morte do promotor, prontamente executada.
    Pela ética de Kingsley, ele estaria certo, deve agora confessar seu crime e pagar por ele.
    .
    Vejam o trailer do filme de Kingsley:
    http://www.youtube.com/watch?v=7-ZxX6KonSM
    Depois, se me derem esse privilégio, gostaria de saber a opinião de Montalvão, Biasetto, JFF, Larissa, Toffo, Gorducho, Antonio (se estiver vendo), Vitor (se tiver tempo), sobre a tal ética cinematográfica.

  951. Montalvão Diz:

    .
    Marciano,
    Mágicas com ectoplasma quem sabe fazer é o Arduin, veja se ele não tem a tal fórmula, quem sabe não a libera baratinho, ou quase de graça? Nada custa tentar…

  952. Montalvão Diz:

    De marte,

    Da ética de Kingsley tenho minhas dúvidas se é funcional. Parece uma lei de talião um tanto quanto drástica e quando a vemos aplicada observa-se que as mortes resultantes nem sempre condizem com a aplitude do delito que pretende vingar. No caso do pai que mata os médicos responsáveis pela perda do filho é mais ou menos compreensível a reação (precisaria apurar se a criança não morreria de qualquer jeito). No caso do golpe da barriga o assassino foi burro, pois perdeu tudo para ter o doce da vingança. Fosse melhor orientado, ficaria com a guarda (havia motivos de sobra para requerê-la) e aprenderia a não comer quem aparecesse sem camisinha.
    .
    O caso da médica do Getúlio Vargas caberia ser melhor apreciado, mas ao que parece deve ter sido bandidão ofendido. Esse vai se dar bem, pois daqui a pouco está na rua bazofiando que com ele é assim: escreveu não leu pou,pou, pou.
    .
    Quanto ao falecido promotor, que safadinho, hem?
    .
    saudações éticas.

  953. Montalvão Diz:

    Marciano,
    .
    As notícias sobre o crime contra o promotor dizem coisa diferente do que contou, confira:
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    Mysheva Martins, noiva do promotor, se desespera diante de uma foto de Thiago em cima do caixão, durante o velório no Centro Cultural Rossini Alves Couto, em Recife Hans von Manteuffel

    RECIFE – A polícia já tem o principal suspeito de ser o mandante do assassinato do promotor de Itaíba (PE), Thiago Faria Soares: é o agricultor José Maria de Paula, que tem prisão preventiva decretada, mas está foragido desde o dia do crime. O secretário executivo da Secretaria de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou nesta terça-feira que a principal linha de investigação da polícia aponta que o crime foi motivado por disputa de terras.
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    O promotor teria se envolvido em um processo de reintegração de posse de uma fazenda, de propriedade da família da noiva, Mysheva Freire Ferrão Martins, em Águas Belas, onde o casal pretendia residir, após o casamento marcado para o dia 1º de novembro.
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    Thiago Soares, de 36 anos, viajava em companhia da noiva e de um tio dela, quando teve seu carro interceptado por um Uno escuro, na estrada entre Itaíba e Águas Belas, no interior de Pernambuco. O promotor foi morto com quatro tiros na cabeça. Os dois outros passageiros do carro não foram atingidos pelos disparos.
    .
    Segundo a polícia, o agricultor suspeito tem extensa folha criminal e tinha uma briga com a família da noiva do promotor por questões de terra. A reintegração de posse em favor da família de Mysheva foi emitida em junho, mas o agricultor se negava a deixar a propriedade. O promotor teria ajudado a família da noiva a reconquistar 25 hectares da Fazenda Nova, à qual teria direito por herança.
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    — Até o momento, tudo indica que a motivação foi pessoal e não em função do cargo que o promotor ocupava — disse o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, delegado Osvaldo Morais, durante o velório, que está sendo marcado pela comoção.
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    Segundo o secretário estadual de Defesa Social, Wilson Damázio, não restam dúvidas de que o crime foi uma execução e que o alvo era somente o promotor.
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    – O assassino teve oportunidade de matar outras pessoas, mas só atingiu o promotor.
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    A noiva do promotor chegou de Itaíba para o velório. Toda de preto e chorando muito, ela gritava:

    — Perdi um pedaço, ele era tudo para mim.
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    De lá mesmo, ela saiu para o Instituto de Medicina Legal, para fazer exame de corpo de delito. Ela viajava com a vítima, quando ele foi executado. Ela já depôs à polícia, que informou que o crime foi praticado por dois homens. Ex-aluno do promotor, a quem elogiou pela dedicação e pela inteligência, o padre José Severino de Arruda afirmou que ele estava deixando o magistério.
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    — Ao ser aprovado em concurso, ele me disse que estava muito feliz porque encontrar sua vocação. Era fascinado pela carreira — afirmou, após encomendar o corpo.
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    Nesta terça-feira, chegou a Recife uma missão de promotores para acompanhar as investigações. O coordenador do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas, Everton Alves Aguiar, afirmou que as investigações policiais estão muito adiantadas, mas não quis confirmar se a questão agrária motivou o crime.
    .
    O procurador-geral de Justiça em Pernambuco, Aguinaldo Fenelon, negou que haja 19 promotores ameaçados em Pernambuco, contestando informação divulgada por um jornal local. Disse que são no máximo três.
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    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/disputa-de-terras-pode-ter-motivado-assassinato-de-promotor-10371290#ixzz2hwXx9CkO
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  954. Marciano Diz:

    Montalvão, tudo bate com o que vi no STB BRASIL, menos a motivação e o fato de que foi noticiado que o executor já estava preso, mostraram o cara sendo conduzido pela polícia, e estavam na cola do mandante.
    Veja o que diz o g1, site de notícias da mesma Globo:
    http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2013/10/suspeito-de-matar-promotor-e-preso-em-itaiba-no-agreste.html
    .
    Trecho:
    “O secretário executivo da Secretaria de Defesa Social (SDS), Alessandro Carvalho, afirmou nesta terça-feira (15) que a principal linha de investigação da polícia sobre o assassinato do promotor Thiago Faria Soares aponta que o crime pode ter sido motivado por uma disputa de terras. Ele informou que a vítima, junto à família da noiva, teria adquirido parte de uma fazenda de 25 hectares por R$ 100 mil em um leilão. A polícia acredita que esta compra pode ter relação com a morte do promotor. Segundo a polícia, o antigo dono do terreno teria ficado insatisfeito.”
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    Veja o vídeo do JORNAL NACIONAL (Globo) de hoje, no mesmo link.
    Preste atenção aos 5min30s do vídeo em diante.
    No JN falam claramente que o promotor teria adquirido, junto com a família da noiva, as terras do mandante.

  955. Marciano Diz:

    Leia o que diz o Diário de Pernambuco:
    http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2013/10/16/interna_vidaurbana,468328/terras-de-fazenda-que-motivaram-morte-de-promotor-rendem-r-1-milhao-por-ano.shtml
    .
    Titulo da matéria:
    “Terras de fazenda que motivaram morte de promotor rendem R$ 1 milhão por ano.”
    .
    Trecho:
    “O motivo da disputa de terras que, segundo a Polícia Civil de Pernambuco, culminou com a morte do promotor Thiago Faria se deve à existência de uma fonte de água mineral no local que renderia cerca de R$ 1 milhão por ano. A informação foi repassada pelo secretário de Defesa Social, Wilson Damazio, na manhã desta quarta-feira, na sede da Secretaria de Defesa Social, no Recife. A área foi adquirida em leilão pela advogada Mysheva Martins, noiva do promotor assassinado, em outubro do ano passado – quando eles ainda não se conheciam. Na ocasião, ela desembolsou por R$ 100 mil pela propriedade.”
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    Eu não aumento, nem invento.
    .
    Veja este outro trecho da mesma reportagem:
    ” Depois da aquisição das terras por Mysheva, José Maria Pedro Rosendo, um dos ocupantes da área, chegou a questionar a validade do leilão na Justiça, mas perdeu a causa.

    Em junho, José Maria foi obrigado a deixar o lugar por força de uma imissão de posse em favor da advogada na qual o promotor teria atuado nos bastidores. De acordo com as investigações, ele também teria pedido ajuda do tio da noiva, Claudiano Martins, para negociar a saída de José Maria das terras. As mesmas fontes da Polícia afirmaram que o promotor assassinado também teria denunciado José Maria por crime ambiental na fazenda, onde fica parte de uma reserva ambiental.

    Em meio às últimas atividades do promotor, que estava em período probatório, a corregedoria fez uma inspeção na comarca quando descobriu que havia um grande número de processos nos quais Thiago Faria alegava suspeição pelo fato de envolverem interesses de parentes da noiva. Por esse motivo, o promotor seria removido para Jupi, por determinação do MPPE.”
    .
    E agora, José, digo Moisés?

  956. Marciano Diz:

    Veja bem, o promotor teria atuado nos bastidores em favor da família da noiva e contra o mandante do crime.
    O cara declarava-se suspeito em tantos casos de interesse da noiva ou da família desta que seria até removido (deve ser designado, esses jornalistas são umas bestas, não se pode remover quem não é titular e não pode ser titular quem está em estágio probatório).
    No entanto, atuava nos bastidores, em favor deles.
    Isso é muito comum.
    Quando fui promotor e juiz, muitos colegas (agora ex-colegas) ficaram de cara feia comigo, porque NUNCA atendi a pedido de ninguém.
    Nem na polícia.
    Comigo era “dura lex sed Lex”.
    É muito bom ser profissional liberal.

  957. Marciano Diz:

    Independência ou morte!
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    Por falar nisso, uma pergunta para o histórico Biasetto:
    Essa história do “laços fora”, do grito do Ipiranga, é verdadeira?
    Tem gente que afirma que é mito, que o tal brado retumbante nunca foi pronunciado, que a coisa se deu nos bastidores, que isso foi apenas pra enfeitar.
    .
    E a história da calmaria, do descobrimento do Brasil?
    Nem Pedro I acreditava nisso.
    .
    A cavalgada de Paul Revere é verdadeira?
    .
    Joaquim José era mesmo tão importante?
    Usava barba longa e túnica quando foi para o cadafalso ou isso foi inventado depois, para associar a imagem dele com a do imaginário personagem bíblico?
    Parece que era costume rapar barba e cabelos dos condenados antes da execução.
    Abriram uma exceção para o alferes, para que ele ficasse parecido com a imagem falsa que se tem do personagem imaginário bíblico, para obter-se um mártir, coisa que fortalece levantes?
    .
    Vou pedir a esses físicos palhaços que participam de documentários vagabundos do Discovery e do History Channel para fazerem uma máquina do tempo pra gente poder conferir.
    Tenho minhas dúvidas.

  958. Marciano Diz:

    O Michio Kaku acredita em viagem no tempo.
    Ele tem até um projeto de construção de uma máquina do tempo, já mostrou num programa desses.
    A ainda tem gente que leva esses palhaços a sério.
    Vejam este curto trecho do youtube (legendado):
    http://www.youtube.com/watch?v=nHi5nnfJL1Y
    .
    Essa porcaria é um físico de verdade ou uma celebridade da TV?
    Universos paralelos. . .
    Isso é bom para a turma dos chiquistas. Vão dizer que o lar deles é num universo paralelo. Vida em Marte, idem.
    Num outro universo, paralelo, eu dei uma porrada na fuça do japa.
    Essa gente é boa mesmo é de marketing pessoal.
    Quem leva a sério esse japa é tão bobo quanto a turma que levava e ainda leva a sério cx.
    Uma das coisas que aprendi é que quase tudo o que aprendemos é mentira.
    Menos isso, claro.
    Como parece que todos os frequentadores do blog estão fora do ar, vou sair também.
    Auf wiederschreiben.

  959. Marciano Diz:

    Antes de tirar meu time de campo:
    Montalvão,
    a Globo te deu autorização para publicar o texto aqui no blog?
    Pergunto por isto:
    “© 1996 – 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.”
    Brincadeirinha, Montalva, só pra relaxar.

  960. Marcos Arduin Diz:

    “por que, entre as versões incoerentes, não escolhe a que melhor se adeque ao perfil de Chico, em vez de negá-las?”
    – Porque se as versões são incoerentes, alguém está inventando. E saber qual era a “certa”, exigiria que o Chico estivesse vivo aqui para esclarecer a coisa. Uma escolha minha por A ou B não seria necessariamente a verdadeira e sim um chute. Chico detestava polêmicas, pois não era polêmico e só se desgastava com elas (veja lá como resolveu essa situação no livro “Lindos Casos do Chico Xavier” – no capítulo “Água da Paz”).
    E nem sempre adiantava desmentir as coisas, pois os crentelhos não arredavam o pé. A própria Marlene Nobre, crentelha de que Chico foi Kardec, em seu artigo diz que se perguntado, Chico desmentiria isso… Mas mesmo assim ela insiste nessa tese absurda.
    .
    ” já expliquei, leia o que foi dito, mas refaço aqui o comentário: o repórter não nomeou quem seria A ou B, apenas intuiu que houvesse representantes de ambos os grupos, por isso a prudência.”
    – Você não me entendeu: não se trata de nomear A ou B, mas de onde se tirou essa de que havia farsantes e crentelhos bobos NUM MESMO GRUPO que investigava A MESMA COISA e AO MESMO TEMPO? Não tem muito jeito de se fazer essa, pois se os crentelhos percebessem algo errado, ficariam ressabiados e logo a fé começaria a ruir. Os farsantes teriam de fazer manobras e manobras para iludir os colegas crentes. E isso tudo para endossar uma FARSANTE AMBICIOSA, que os sujeitaria a passar vexame quando fosse pega em fraude. Não faz o menor sentido.
    Caia na real: o Mário de Moraes INVENTOU essa desculpa para justificar o não flagrante, apesar de dizer que todos os elementos de fraude estavam lá. Fica tudo só na palavra dele, muito ao gosto da comunidade cética (a palavra de um detrator SEMPRE VALE… A do crentelho é só EVIDÊNCIA ANEDOTA).
    .
    “o repórter não externou qualquer receio quanto a ato violento da parte de Chico, você é que está inventando.”
    – Não leu direito, para variar. Estou incluindo TODOS aqueles envolvidos, Chico, Waldo e os outros médicos, no mesmo pacote, já que o repórter se referiu a todos. Pergunto: quais são as evidências de que eles todos eram pessoas violentas e dadas a sair agredindo que não aceitasse o Espiritismo? Aliás, são comuns esses casos de agressores espíritas por motivos de crenças?
    .
    ” no que tange a Houdini e Polidoro, meu amigo, você perdeu o jogo e perdeu feio: quis com um único discutível deslize da parte desses desbancar todo o trabalho produtivo que realizaram.”
    – Tome a você mesmo como exemplo de crentelho, Moisés.
    Talvez seja necessário um julgamento de alguém de fora para dizer quem saiu perdendo feio nesse lance, já que você tem tanta fé nesses caras.
    Perdi feio onde?
    1 – Mostrei a PARCIALIDADE de Polidoro ao apresentar a história. A primeira delas foi com relação ao pano molhado ligando os contatos. Polidoro diz que foi feito o teste e a, pedido dos colegas de Crookes, os contatos foram fixados distantes um do outro. E aí diz que nem imaginaram que ela podia vir com um pedaço de pano maior ou outro resistor.
    Só que quando se consulta o relatório do Crookes, vê-se que a fraude de ligar os contatos um lenço era INVIÁVEL e um pedaço de pano maior não resolveria o assunto e “o outro resistor” seria o quê? Ele não diz e eu também não sei. Perguntei-lhe o que são fios extensíveis e se havia tal coisa na época e você não me respondeu.
    .
    2 – Polidoro DÁ OPINIÕES PESSOAIS sobre a Eva Fay, sugerindo que ela se dizia apenas ser ilusionista e que negava ser médium, mas NÃO APRESENTA nenhuma referência sobre o caso e, se é citação de terceiro, não diz onde esse terceiro colheu a informação.
    .
    3 – Polidoro confirma, todo ufano, que não há mais dúvidas de que o truque para iludir o Crookes, aquele de trocar uma mão por uma dobra de joelho, de fato ocorreu… Só que omite o fato de que tal truque só foi possível graças à queda de força no teatro… em 1875. Não vai querer me convencer de que este foi só um lapso dele, vai?
    .
    4 – Em apoio à sua tese, Polidoro cita Colin Brookesmith, que diz não haver dificuldade alguma em deslizar o braço por um contato e segurar o outro, sem grandes variações na leitura do galvanômetro… Beleza, mais isso é a 30 cm um do outro. No experimento, eles foram fixados bem mais longe do que isso, ou seja, o que diz Brookesmith EM NADA AJUDA para o caso. É só para desviar a atenção.
    .
    5 – Finalmente, o que há de discutível no deslize? Está escrito lá no livro do altamente competente e capaz Harry Houdini: houve a queda de força no teatro onde ela se apresentava e ela substituiu uma mão pela dobra do joelho e assim simulou a fantasma.
    Que há de discutível nisso? É uma BAITA PISADA DE BOLA e MAIS NADA. Vai ainda querer defender o Houdini dessa?
    .
    6 – Por que Houdini disse essa baita besteira? Simplesmente porque NUNCA LEU nada do que Crookes escreveu. Só você para confiar nesse historiador tão babaca.
    .
    Entendido?

  961. Montalvão Diz:

    .
    MARCIANO DIZ: Eu não aumento, nem invento.
    .
    COMENTÁRIO: a questão não é aumentar ou inventar, esses casos são complicados mesmo. De início aparecem notícias desencontradas e até se fechar parecer satisfatório dos acontecimentos leva tempo. Por isso a justiça não pode ser imediatista na verificaçã dos casos que lhes estão afetos. Em linhas gerais, o que entendi desse imbróglio foi que o fazendeiro perdeu as terras por ação judicial, reclamou e tornou a perder. Depois não queria entregar o que não era mais dele (e provavelmente nunca foi). A partir daí a coisa foi azedando até dar no que deu.
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    MARCIANO: Antes de tirar meu time de campo: Montalvão, a Globo te deu autorização para publicar o texto aqui no blog? Pergunto por isto:
    “© 1996 – 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.”
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    COMENTÁRIO: meus inocentes olhos não viram a prática de nenhuma das atividades proibidas. Se nas restrições constasse algo como: “não pode apresentar o texto ilustrativamente em site de discussão”, aí eu começaria a me preocupar com alguma ação que me espoliasse do meu parco patrimônio. Por ora, estou tranquilo…
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    Paz do Senhor.

  962. Marciano Diz:

    Montalvão,
    você não leu todo o texto do meu comentário, eu avisei que estava só brincando quanto à autorização da Globo.
    .
    As notícias são desencontradas mesmo, e a verdade inteira nunca aparece nos processos, mesmo depois que a poeira assenta.
    Há muitos interesses em jogo.
    Eu acho que há fortes indícios de que o promotor, querendo ser esperto demais, mexeu em vespeiro e se deu mal.
    E esse “paz do senhor” parece com a saudação que o pessoal da assembleia de deus usa.
    Já foste seguidor do Malafaia?
    Paz do Senhor, irmão!

  963. Montalvão Diz:

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    ARDUIN DIZ: (citando Montalvão) “por que, entre as versões incoerentes, não escolhe a que melhor se adeque ao perfil de Chico, em vez de negá-las?”
    ARDUIN – Porque se as versões são incoerentes, alguém está inventando. E saber qual era a “certa”, exigiria que o Chico estivesse vivo aqui para esclarecer a coisa. Uma escolha minha por A ou B não seria necessariamente a verdadeira e sim um chute. Chico detestava polêmicas, pois não era polêmico e só se desgastava com elas (veja lá como resolveu essa situação no livro “Lindos Casos do Chico Xavier” – no capítulo “Água da Paz”).
    E nem sempre adiantava desmentir as coisas, pois os crentelhos não arredavam o pé. A própria Marlene Nobre, crentelha de que Chico foi Kardec, em seu artigo diz que se perguntado, Chico desmentiria isso… Mas mesmo assim ela insiste nessa tese absurda.
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    COMENTÁRIO: você se contradiz, pois afirma que para escolher a versão certa precisaria de Chico vivo (então supõe que deva haver uma versão certa), em seguida acrescenta que Chico fugia de polêmicas, quer dizer: mesmo que estivesse vivo não ajudaria… Parece não ter lido o que falei anteriormente, que a comunidade espírita considera o episódio real, apenas alguns o rechaçam, principalmente quando acatá-lo fora do ambiente mediunista expõe o medianeiro-mór ao constrangimento de ter pactuado com ostensiva fraude.
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    ARDUIN DIZ: (citando Montalvão) “já expliquei, leia o que foi dito, mas refaço aqui o comentário: o repórter não nomeou quem seria A ou B, apenas intuiu que houvesse representantes de ambos os grupos, por isso a prudência.”
    ARDUIN- Você não me entendeu: não se trata de nomear A ou B, mas de onde se tirou essa de que havia farsantes e crentelhos bobos NUM MESMO GRUPO que investigava A MESMA COISA e AO MESMO TEMPO? Não tem muito jeito de se fazer essa, pois se os crentelhos percebessem algo errado, ficariam ressabiados e logo a fé começaria a ruir. Os farsantes teriam de fazer manobras e manobras para iludir os colegas crentes. E isso tudo para endossar uma FARSANTE AMBICIOSA, que os sujeitaria a passar vexame quando fosse pega em fraude. Não faz o menor sentido.
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    COMENTÁRIO: meu filho, o repórter estava lá, seu “feeling” estava ativo e ele deve ter percebido que alguns eram ativos em proteger a médium de qualquer fiscalização efetiva e outro grupo acompanhava os acontecimentos bustrofedonicamente.
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    Se você for a uma reunião da universal e contemplar os fiéis caindo sob possessão demoníaca e observar que alguns obreiros atuam intensamente no exorcismo enquanto grupo maior apenas apoia aleluiamente o espetáculo, certamente seu avaliômetro obteria de imediato panorama crítico do ambiente, mesmo que lá estivesse pela primeira vez, concorda?
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    Pois foi o que, provavelmente, ocorreu com os repórteres, que olhavam o xou com olhos menos míopes que a platéia babante.
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    ARDUIN: Caia na real: o Mário de Moraes INVENTOU essa desculpa para justificar o não flagrante, apesar de dizer que todos os elementos de fraude estavam lá. Fica tudo só na palavra dele, muito ao gosto da comunidade cética (a palavra de um detrator SEMPRE VALE… A do crentelho é só EVIDÊNCIA ANEDOTA).
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    COMENTÁRIO: meu jovem, não fica tudo na versão de um lado. O depoimento do repórter foi publicado: os advogados de Otília contestaram um monte de coisas que os da imprensa publicaram (contestações frágeis, certamente) mas, até onde pesquisei, nenhum espírita objetou contra esse depoimento, mesmo porque, certo ou errado, era como Mário de Moraes explicava a razão de não ter agido conforme alguns sugeriram a posteriori. O esclarecimento é coerente, mas se corresponde ao que efetivamente sucederia fica no campo das suposições, visto que o procedimento incisivo não foi implementado.
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    De modo semelhante, pode-se especular que dentre os vários motivos de os médicos recusarem nova experimentação com Otília estava o medo de que os repórteres resolvessem implementar a agarradura. Ciosos de que se tal fosse feito a falcatrua seria desnudada preferiram a fuga. Em decorrência, fica patente que eles temiam o desvelamento do logro porque sabiam ser tudo engodadura, pelo menos os que conduziam o espetáculo…
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    Que os indícios e evidências de fraude estavam lá não ficam dúvidas: as fotos mostram isso, o depoimento das partes também e o debate na TV, registrado no livro de Rizzini é outra documentação demonstrativa…

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    ARDUIN DIZ: (citando Montalvão) “o repórter não externou qualquer receio quanto a ato violento da parte de Chico, você é que está inventando.”
    ARDUIN: – Não leu direito, para variar. Estou incluindo TODOS aqueles envolvidos, Chico, Waldo e os outros médicos, no mesmo pacote, já que o repórter se referiu a todos. Pergunto: QUAIS SÃO AS EVIDÊNCIAS DE QUE ELES TODOS ERAM PESSOAS VIOLENTAS E DADAS A SAIR AGREDINDO QUE NÃO ACEITASSE O ESPIRITISMO? Aliás, são comuns esses casos de agressores espíritas por motivos de crenças?
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    COMENTÁRIO: evidência nenhuma e, até demonstração em contrário, aqueles homens eram pacíficos, mas mesmo pessoas cordatas podem se transformar em bestas-feras se virem suas verdades mais caras serem derribadas e houver ambiente que favoreça reação de força. Vários são os relatos de casos em que médiuns foram imobilizados diante de numerosa platéia de crentes o pau comeu em cima de quem se atreveu ao ataque.
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    ARDUIN DIZ: (citando Montalvão) “no que tange a Houdini e Polidoro, meu amigo, você perdeu o jogo e perdeu feio: quis com um único discutível deslize da parte desses desbancar todo o trabalho produtivo que realizaram.”
    ARDUIN:- Tome a você mesmo como exemplo de crentelho, Moisés. Talvez seja necessário um julgamento de alguém de fora para dizer quem saiu perdendo feio nesse lance, já que você tem tanta fé nesses caras.
    Perdi feio onde?
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    COMENTÁRIO: ué, já expliquei: perdeu feio por basear-se em episódio discutível em termos da falha gritante que denuncia e, mesmo que estivesse certo, seria equívoco de pequena importância: mesmo com tudo isso, quer com esse anêmico argumento convencer, a quem não se sabe, de que os personagens em pauta são mentirosos e trapalhões. Muito mais motivos teria você a pensar tal coisa de Crookes e nem percebe…
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    ARDUIN: 1 – Mostrei a PARCIALIDADE de Polidoro ao apresentar a história. A primeira delas foi com relação ao pano molhado ligando os contatos. Polidoro diz que foi feito o teste e a, pedido dos colegas de Crookes, os contatos foram fixados distantes um do outro. E aí diz que nem imaginaram que ela podia vir com um pedaço de pano maior ou outro resistor.
    Só que quando se consulta o relatório do Crookes, vê-se que a fraude de ligar os contatos um lenço era INVIÁVEL e um pedaço de pano maior não resolveria o assunto e “o outro resistor” seria o quê? Ele não diz e eu também não sei. Perguntei-lhe o que são fios extensíveis e se havia tal coisa na época e você não me respondeu.
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    COMENTÁRIO: Arduin, a esse respeito, sugiro que releia os poucos comentários que fiz precedentemente, neste e em outras discussões e a eles some a múltiplas explicações do Vitor, dando conta de que suas afirmações não têm a sustentabilidade que imagina. Mesmo porque o que os autores fazem não é dizer que as coisas aconteceram exatamente da forma como indicam, sim que haveria várias possibilidades de passar por cima do galvanômetro. Essa sua teimosia de reconhecer o fato não recomenda novas discussões, pois isso nos jogaria numa infinda novela kafkaniana, o que parece ser seu desejo. Se quiser entender que Polidoro e Houdini são patetas mentirosos, mesmo não sendo, tudo bem, mas ao menos confesse que as supostas confirmações materializativas obtidas por Crookes não se confirmam no presente, portanto não podem ser requeridas como evidências.
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    ARDUIN: 2 – Polidoro DÁ OPINIÕES PESSOAIS sobre a Eva Fay, sugerindo que ela se dizia apenas ser ilusionista e que negava ser médium, mas NÃO APRESENTA nenhuma referência sobre o caso e, se é citação de terceiro, não diz onde esse terceiro colheu a informação.
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    COMENTÁRIO: parece-me que está sendo preguiçoso de pesquisar e busca quem o faça: eu, mesmo sem entender patavina de inglês achei sites que informam ter Fay sido homenageada por escola de mágicos, e que declarara não ser médium coisa alguma. Se ela nada escreveu a esse respeito é porque não foi dada a escrever coisa alguma. Mas você mesmo pode verificar se a comenda dos mágicos foi real, e se ela a renegou por dizer-se médium. Acho que assim você próprio se satisfará a si mesmo, e o mundo poderá respirar aliviado.
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    ARDUIN: 3 – Polidoro confirma, todo ufano, que não há mais dúvidas de que o truque para iludir o Crookes, aquele de trocar uma mão por uma dobra de joelho, de fato ocorreu… Só que omite o fato de que tal truque só foi possível graças à queda de força no teatro… em 1875. Não vai querer me convencer de que este foi só um lapso dele, vai?
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    COMENTÁRIO: de há muito já desisti de convencê-lo de qualquer coisa nesse tema, discuto apenas pela satisfação da conversa; de qualquer modo, não sei porque entende que Polidoro tenha postulado que o truque só ocorrera devido a queda de energia, não há nada no texto dele que leve a tal entendimento: mesmo sem a imaginada falha elétrica o golpe podia ser implementado. Você é que está fazendo correlação entre a possível falha informativa de Houdini e a reflexão de Polidoro.
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    ARDUIN: 4 – Em apoio à sua tese, Polidoro cita Colin Brookesmith, que diz não haver dificuldade alguma em deslizar o braço por um contato e segurar o outro, sem grandes variações na leitura do galvanômetro… Beleza, mais isso é a 30 cm um do outro. No experimento, eles foram fixados bem mais longe do que isso, ou seja, o que diz Brookesmith EM NADA AJUDA para o caso. É só para desviar a atenção.
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    COMENTÁRIO: gostaria que fizesse um esquema demonstrado a impossibilidade de o truque ser realizado conforme Brookesmith sugere. Mostre as limitações da tese de Colin e a impossibilidade, sob quaisquer circunstâncias, de a médium estar impossibilitada de interromper os contatos. Eu acho que dava para ela fazer a treta sem maior dificuldade, ás vezes um pequeno estratagema (coisa simples, tão simples que chega a dar raiva) supre o que para alguns é tido por impossível. Pense na hipótese de um fio extensor. Pense…
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    ARDUIN: 5 – Finalmente, o que há de discutível no deslize? Está escrito lá no livro do altamente competente e capaz Harry Houdini: houve a queda de força no teatro onde ela se apresentava e ela substituiu uma mão pela dobra do joelho e assim simulou a fantasma.
    Que há de discutível nisso? É uma BAITA PISADA DE BOLA e MAIS NADA. Vai ainda querer defender o Houdini dessa?
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    COMENTÁRIO: está escrito que FOI ISSO O QUE FAY NOTICIOU, ou seja não foi conclusão do mágico após ter testado o aparelho. Provavelmente ele achou a informação satisfatória e não viu necessidade de ressuscitar o equipamento para conferir. Talvez se o galvanômetro fosse eleito a ferramenta maior no controle de médiuns e estivesse corriqueiramente em uso Houdini a ele daria mais atenção. Mas um aparelho usado precariamente no primórdio das investigações mediúnicas, que foi precocemente aposentado (e era o bambambam do controle, hem? Imagina se não fosse?) não deve ter despertado maior curiosidade por parte do comentarista.
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    ARDUIN: 6 – Por que Houdini disse essa baita besteira? Simplesmente porque NUNCA LEU nada do que Crookes escreveu. Só você para confiar nesse historiador tão babaca.
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    COMENTÁRIO: Se Houdini leu Crookes ou não, difícil saber. O caso é que ele agia pela lógica da coisa: se Crookes houvera descoberto algo efetivo, mesmo que nada lesse a respeito, Houdini teria de reconhecer a validade. Houdini não precisava ler o experimento de Crookes com o tálio para admitir que o elemento existe. Não precisava conhecer as pesquisas pioneiras no que mais tarde resultaria na televisão para concordar que se tratava de conhecimento firme; tampouco precisava examinar atentamente os relatórios de Crookes para concluir que materializações são fantasias: se fossem verdade Houdini as teria encontrado nos múltiplos entreveros que teve com alegados médiuns. Certamente, Houdini não cairia no jogo kafkaniano proposto por Arduin, de exigir que as fraudes das quais Crookes fora vítima sejam esclarecidas a nível de detalhe atômico: se uma virgulazinha ficar sem elucidamento o crente não arreda pé da fé. Diante dessa situação, Houdini certamente diria: Crookes afirmou ter deparado com legítimas materializações, pois eu experimentei centenas de médiuns, boa parte dos quais, dizia também materializar espíritos e todos foram reprovados: ou William Crookes foi o único a ser brindado com com casos legítimos ou ele foi engodado por espertos, escolha o que é mais provável…
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    ARDUIN: Entendido?
    .
    MONTALVÃO: devolvo-lhe a inquirição…

  964. Montalvão Diz:

    Marciano Diz:Montalvão, você não leu todo o texto do meu comentário, eu avisei que estava só brincando quanto à autorização da Globo.
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    COMENTÁRIO: li todo seu comentário… você é que não entendeu a jocosidade do meu… vai ver estou perdendo a graça…
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    MARCIANO: As notícias são desencontradas mesmo, e a verdade inteira nunca aparece nos processos, mesmo depois que a poeira assenta. Há muitos interesses em jogo. Eu acho que há fortes indícios de que o promotor, querendo ser esperto demais, mexeu em vespeiro e se deu mal.
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    COMENTÁRIO: creio que seja por aí…
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    MARCIANO: E esse “paz do senhor” parece com a saudação que o pessoal da assembleia de deus usa.
    Já foste seguidor do Malafaia? Paz do Senhor, irmão!
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    COMENTÁRIO: vixi, seguidor do Malafaia jamais! Mas frequentei uma igreja batista próximo da que ele pastoreava, isso no tempo em que não era a estrelinha de hoje: naqueles dias já era dado aos pulinhos que lhe fizeram a fama e ao “santo” esbravejamento.
    .
    Shalom
    Namastê

  965. Marciano Diz:

    Montalvão,
    você não está perdendo a graça, eu é que estou perdendo a inteligência. Deve ser excesso de scotch.
    Alaikum As Salaam.

  966. Marcos Arduin Diz:

    Moisés, eu gosto mais de trabalhar com fatos, com coisas que ao menos são amplamente sabidas, fora das opiniões pessoais de detratores ou puxassacos. Que o Chico era avesso às polêmicas, isso é fato, conforme ele mesmo registra no relato “Água da Paz” do livro Lindos casos de Chico Xavier. O que não o impediria de responder a perguntas sobre um assunto específico que não fosse besteira (tipo: _ Verdade que você foi Kardec em vida passada?). Se houve “materialização” do Emmanuel, do jeito que é contada, vai ver que o Chico até concordou em “armar o circo” exatamente para deixar claro aos que queriam vê-lo como médium de materialização que sua praia não era aquela. Se não concordavam que Chico se furtasse a isso, então não poderiam contestar a “autoridade” do Emmanuel, suposto “espírito superior” e mentor do Chico…
    .
    “Pois foi o que, provavelmente, ocorreu com os repórteres, que olhavam o xou com olhos menos míopes que a platéia babante.”
    – Ô que gozado! Na escuridão eles iriam identificar quem eram os ativos e quem eram os babantes? E isso bastaria para dizer quem eram os farsantes e quem eram os sinceros crentes fanáticos perigosíssimos? Acho gozado como você racionaliza para justificar algo que o repórter disse sem base alguma.
    .
    E foi por isso que daria uma surra de gato morto no Rizzini: como ele deixou essa baita besteira que o repórter disse passar em branco? Já que ele escreveu um livro sobre o assunto (e ao que tudo indica, escrito a toque de caixa), deveria ter comentado isso. E quanto à médium não querer nem saber mais do Chico e dos outros, havia dois bons motivos:
    1 – Não precisava mais deles, já que agora era conhecida no Brasil inteiro. Além disso o Chico era um chato, que queria que ela seguisse a linha dele, de usar esse poder para o bem e caridade, sem visar ganhos financeiros. Ganhos financeiros era o que ele queria desde o início.
    2 – Exceto por uns três ou quatro, os outros todos recusaram-se a defendê-la, especialmente os chefões, Chico e Waldo.
    Daí então ela não querer mais saber desse pessoal. Já comentei isso mais de uma vez.
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    “Vários são os relatos de casos em que médiuns foram imobilizados diante de numerosa platéia de crentes o pau comeu em cima de quem se atreveu ao ataque.”
    – É engraçado como há multiplicação dos pães por aqui. Houve ALGUNS casos em que materializações foram agarradas e os médiuns acabaram doentes por conta disso e nem sempre houve reação imediata contra o agarrador. Aconteceu isso por exemplo no caso do Volkman e a Florence Cook, mas não no caso da D´Ésperance.
    Eu acho gozado como você defende os repórteres, até dizendo que fizeram um bom trabalho, quando perderam excelentes oportunidades de demonstrar a coisa. Veja só o lance de a Josefa dizer que não podia materializar toda a mão, pois faltava ectoplasma. Não seria a hora de os repórteres perguntar:
    _ Ôh! Beleza! Será que poderíamos fotografar sua mão com esse único dedo materializado? Ficaríamos convencidos, já que a médium tem todos os 10 dedos…
    Mas os experientes e argutos repórteres deixaram essa oportunidade passar… Que peninha!
    .
    Realmente não sei o que há de discutível no dito episódio: Houdini ESCREVEU COM TODAS AS LETRAS que “por um golpe de sorte para ela e azar para Crookes, a força falhou por um segundo no teatro em que se apresentava e aí ela aproveitou a oportunidade para enganar o cientista, substituindo uma mão pela junta do joelho e aí pondo-a para fora e simulando o fantasma.”
    Só você para achar que isso foi um “pequeno equívoco”. Isso é uma BAITA ASNEIRA, digna de um grande TRAPALHÃO MENTIROSO. Desafio os outros a apoiá-lo nesse argumento a favor de Houdini. Só sei por enquanto que você tem o voto do Vitor…
    .
    Moisés, não estou interessado em provar que materializações existiram. Isso é muito complicado. Estou sim interessado é que aqueles que apresentam hipóteses alternativas, explicando tudo pela fraude, que me demonstrem que essas hipóteses são demonstráveis assim, assado, frito e cozido, conforme tais e quais experimentos de simulação. Simples assim.
    Mas o texto em questão não trata disso: falei da DESONESTIDADE do Polidoro em relatar o evento ocorrido. Lendo-se o relatório do Crookes, que Polidoro LEU também, vê que a tentativa de burlar o galvanômetro com um lenço molhado FALHOU. Mas isso ele omite e até diz que os colegas de Crookes nem imaginaram que ela podia vir com um pedaço de pano maior. A desonestidade aqui é sugerir que um pedaço de pano molhado possibilitaria a fraude. Você entendeu algo diferente do texto do Polidor? Porém, a verdade é que tentar uma fraude assim NÃO É POSSÍVEL. Mas isso o Polidor varre para baixo do tapete, já que vai retomá-la com o Brookesmith mais adiante.
    .
    Conforme já disse, Moisés, ser ilusionista e ser médium, não é MUTUAMENTE EXCLUSIVO. Sim, ela era mesmo ilusionista. Tanto que foi homenageada pelos mágicos. Não estou negando isso. Mas isso é prova absoluta de que ela não era médium? É aqui que fico ressabiado, pois as supostas negativas neste quesito vem de TERCEIROS e não dela própria. Se como o Polidoro diz que ela renegava em público a sua mediunidade quando iniciava seus espetáculos (pra que ela ira fazer isso se NUNCA SE DISSE MÉDIUM?), isso deveria estar registrado em publicações jornais e revistas da época. Polidoro não achou nada a respeito e você sim? Diz aí onde estão elas.
    .
    “Você é que está fazendo correlação entre a possível falha informativa de Houdini e a reflexão de Polidoro.”
    – Exatamente, meu caro. Polidoro leu tanto o relatório do Crookes como o livro do Houdini onde a baita besteira está dita. Ora bolas! Se Polidoro não estivesse empenhado em defender a fé cética, notaria que alguma coisa estava muito errada. O que Houdini relata é TOTALMENTE ABSURDO e se Polidoro não fosse um cético sábio, culto, racional e inteligente, teria notado isso.
    Substituir uma mão pela junta do joelho até seria algo possível, mas não lhe permitira distribuir livros e objetos às testemunhas. Lendo o relatório do Crookes, dá pra se ver isso nitidamente. Mas o Polidoro ficou com o Houdini e declara NÃO HAVER MAIS DÚVIDAS DE QUE O TAL TRUQUE DE FATO OCORREU. Deus me livre, que mentira cabeluda!
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    Como o Polidoro reproduz em seu artigo, Colin Brookesmith diz que com os contatos separados à distância de 30 cm, não havia dificuldade alguma em fazer deslizar o braço por um contato e segurar o outro, fechando o circuito e sem provocar grandes deflexões no galvanômetro. Só que no experimento de Crookes, a pedido de seus colegas, os contatos foram AFASTADOS e fixados LONGE UM DO OUTRO, suficientemente para impedir que se tentasse ligá-los com um lenço. Um lenço esticado pode chegar a 30 cm, mas os contatos foram afastados para bem além disso e portanto NÃO É POSSÍVEL fazer deslizar um braço e alcançar o outro contato com a mão, a menos que seja o braço do Reed Richards, o líder lá do Quarteto Fantástico…
    Entendeu o problema?
    Agora eu ainda estou querendo saber de que fio extensível é esse do qual está falando. Não consigo pensar nele, pois não sei o que é.
    .
    Fay NOTICIOU… Moisés, dá pra cair na real? A Eva Fay NUNCA revelou nada a Houdini sobre o que houve lá dela com o Crookes, tá bem? Houdini INVENTOU essa história. E inventou por que? Porque NADA SABIA a respeito, já que NUNCA leu nada do que Crookes escreveu. Houvesse ele lido, saberia que tal truque seria impossível, mesmo que houvesse luz elétrica na época.
    E desde quando, se houvessem conversado, ela ia falar em luz elétrica? Só mesmo você para achar que estou sendo injusto de chamar Houdini e Polidoro de mentirosos. São mesmo e quero que me provem o contrário.
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    No livro aqui citado, Houdini fala de Crookes “em teoria”, ou seja, diz o que acha, mas não cita nenhuma fonte de informação original. São citações de terceiros. Portanto, Houdini não deve mesmo ter lido coisa alguma no original. Se houvesse lido, não inventaria um truque inviável que Fay supostamente faria…
    Agora quanto às materializações, bem… Creio que quando Houdini ainda era vivo, havia ainda médiuns de materialização atuantes, como Helen Duncan e Marthe Beráud. Mas ele NUNCA foi investigar essas madames pessoalmente. Preferiu fazer materializações com fumaça de cigarro. Assim é fácil concluir que nunca existiram.
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    Entendeu?

  967. Marcos Arduin Diz:

    Ah! Ainda sobre o tal fio extensível, quero lembrá-lo, conforme diz Polidoro, que Fay e Houdini conversaram POR HORAS e que ela tranquilamente revelou-lhe TODOS OS SEUS SEGREDOS. Então se houve tira de pano molhada, se houve outro resistor, se houve fios extensíveis, ela DEVE TER REVELADO ISSO. Estranho Houdini ter optado apenas por apresentar um truque bobo e inviável e ainda dizer que ele só foi possível graças à queda de força no teatro…

  968. Marciano Diz:

    “Ganhos financeiros era o que ele queria desde o início”.
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    Seria um lapso freudiano?
    Será que cx queria lucro financeiro, mas depois de conquistar a fama de desapegado dos bens materiais contentou-se com a bajulação?
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    Arduin, será que você, como profundo conhecedor de biologia e de vida espiritual, poderia explicar o processo de adoecimento de médiuns quando espíritos materializados com seu ectoplasma são tocados por pessoas profanas? Porque o cx aparece tocando a Otília, de braços dados com ela.
    Parece que a doença ou morte só acontece se o contato físico for feito por profanos.
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    “Conforme já disse, Moisés, ser ilusionista e ser médium, não é MUTUAMENTE EXCLUSIVO.”
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    Claro que não é, é exatamente a mesma coisa. Mediunidade e ilusionismo, prestidigitação, são a mesma coisa. Como a mesma coisa pode ser mutuamente exclusiva?
    Só os iludidos pelos ilusionistas enxergam a diferença, cegando-se para a realidade.

  969. Marcos Arduin Diz:

    De Morte, DESDE O INÍCIO, Chico Xavier jamais demonstrou interesse em lucrar com a mediunidade. Tanto assim que além de doar EM CARÁTER PERMANENTE os direitos autorais à FEB (do que se arrependeu amargamente em 1969), também abria mão da parte em dinheiro que tinha direito receber (8-10% do valor de capa do livro). A FEB ficava feliz da vida com isso, em vista da vendagem dos livros do Chico, muito ampliada depois que os repórteres do Cruzeiro e o Quemedo ajudaram, involuntariamente é claro, a divulgação do Espiritismo.
    Porém, não é de hoje, havia e sempre houve médiuns INTERESSEIROS, que queriam lucrar com sua mediunidade. E a Otília, pobre e analfabeta, de poucos dotes físicos e intelectuais, não tinha lá muito com o que enriquecer por conta disso. Mas era ambiciosa e ficar junto com o Chico era roubada, pois ele queria que ela entendesse a mediunidade como algo “sagrado” e que não podia ser fonte de lucro.
    Não acatou o conselho e deu no que deu.
    .
    O toque DESPREVENIDO do ectoplasma resulta em sua RÁPIDA REABSORÇÃO pelo médium e é isso que resulta em prejuízos à saúde do dito médium, conforme foi verificado em VÁRIOS casos em que isso ocorreu. Diz-se inclusive que a médium Helen Duncan teria morrido em consequência disso, pois policiais foram investigá-la e tocaram a materialização por ela produzida. Se entretanto o toque é anunciado e AUTORIZADO, ou seja, o espírito se prepara para o evento, ele pode ocorrer sem maiores prejuízos. Isso também foi verificado. Crookes cortava os cachos de cabelo da Kate King e ANTES QUE O CACHO CORTADO CAÍSSE AO CHÃO, OUTRO REAPARECIA EM SEU LUGAR. Também fez cortes no tecido da roupa por ela usada e o espírito reconstituiu o tecido cortado.
    .
    Talvez você devesse reler o que o Paiva postou mais acima, sobre essa questão de ilusionismo e mediunidade. Vê-se lá que houve ilusionistas que acreditavam serem capazes de reproduzir o que os médiuns faziam sob investigação científica, mas quando souberam das condições, deram para trás. E veja que ao longo da discussão, tenho cobrado o teste dos métodos de fraude tão proclamados por aqui, mas em geral saio de mãos vazias ou recebo explicações capengas.
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    Então creio que está enganado: mediunismo e ilusionismo NÃO SÃO A MESMA COISA.

  970. Gorducho Diz:

    O Sr. é supimpa, Professor: imprescindível para o bom andamento dos debates.
     
    Aqui pode-se ver um espírito completamente materializado. O ectoplasma está amarrado na venda [tradução para o crentês: está saindo do olho] 🙂
     
    “Medium” Helen Duncan with a wholly convincing materialised “spirit”
     
    http://bshistorian.wordpress.com/2008/04/05/if-she-weighs-the-same-as-a-duck/http://bshistorian.wordpress.com/2008/04/05/if-she-weighs-the-same-as-a-duck/

  971. Marciano Diz:

    Se meu note não está assombrado, eu estou com uma lesão cerebral.
    É aqui!
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    Arduin,
    eu vejo que você é um homem sério e que construiu uma sólida crença, sedimentada por muitos anos de estudo da DE.
    Acho você uma pessoa muito inteligente, excelente argumentador, em outras palavras, te admiro como pessoa.
    O que me causa pasmo é como alguém como você pode olhar para uma foto como essa que o Gorducho linkou, e levar isso a sério.
    Não sei se você já aplicou o método da dúvida sistemática, se já questionou o que aprendeu sobre espiritualidade, se já aventou a hipótese de que isso seja fantasia.
    Como botânico, você conhece bem a metodologia científica.
    Experimente o método da falseabilidade, de Popper.
    A própria DE proclama a “fé raciocinada” (o que me parece uma “contradictio in adjecto” – fé e raciocínio, sim, são mutuamente exclusivos).
    Seja como for, admita a hipótese de ser tudo fantasia, raciocine com essa possibilidade, ponha em teste sua fé.
    Faça isso por algum tempo, use o pensamento crítico, use seus conhecimentos científicos.
    Se depois continuar com sua fé inabalada, eu desisto.
    Não quero te convencer de nada, só quero que você investigue, que questione.

  972. Marciano Diz:

    Arduin, se eu te dissesse que descobri uma nova espécie de Papaver, que dei a ela o nome de Papaver arduinica, que dela extraí uma substância alucinógena que pode ser manipulada para fabricar um novo medicamento que tem propriedades anticancerígenas, você diria que eu estou louco ou de brincadeira (no caso, é brincadeira).
    Se alguém te diz que essas fotos são de espíritos materializados, que o ectoplasma do médium é que possibilita a materialização, por que você não duvida?

  973. Marcos Arduin Diz:

    De Morte e Balofo
    Conforme já disse, NADA DO QUE SE APRESENTA em materializações convence ao público. Por isso mesmo, o Roque Jacintho mesmo dizia que materialização é, dos fenômenos mediúnicos, o que menos convence. Conforme já falei e, não foi uma vez só, se a materialização é toda proporcional e se parece uma pessoa viva e real, o pessoal cético vem dizer que nada prova: trata-se obviamente de uma pessoa vestida de fantasma. Se a forma é desproporcional ou toda estranha, como essa aí da Duncan, o pessoal cético diz que nada prova, pois seriam apenas bonecos ou marionetes. Se são formas planas ou reduzidas, como aquelas materializadas pela Marthe Beráud, dirão que nada prova, pois seriam apenas recortes de papel ou papelão. Então, meu caro, se NADA PROVA, o jeito foi os espíritos enfiarem a viola no saco e irem cantar noutro lugar e o Moisés ainda acha estranho isso ter acontecido…
    .
    O caso para mim é o CONTEXTO em que se produziu tal foto. Houve fiscalização de ambiente? A médium ficou vigiada e manietada? Enfim, como se deu o caso? Isso é o que eu costumo analisar primeiro antes de já ir admitindo que tudo é fantasia, coisa que o pessoal cético sério faz de primeira. Certo?
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    No seu exercício de imaginação, de Morte, eu alinhei as coisas que foram discutidas por aqui. Então tudo é fraude e o médiuns fraudaram. Certo? Sempre quis saber COMO se deram essas fraudes, mas aí fico num cipoal de fantasias e de jogadas DE FÉ, que no fim vejo que não estou tão ruim assim. Afinal, como Eva Fay e Florence Cook fraudaram? Não sei, pois os crentes dessa fé na fraude não me apresentaram nada de coerente. Tentaram tira de pano molhada com solução salina, depois foram para fios de resistência que teriam de ter centenas de metros de comprimento para darem o valor equivalente de resistência de um corpo humano, depois foram para barra de grafite, de troca de braços por pernas, fios extensíveis… Quem dá mais? Devem dar mais sim, pois insistem em me dizer que há INÚMERAS formas de se burlar o dito galvanômetro…
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    E a fé é tanta que mesmo quando se demonstra que os defensores da fé cética, como Houdini e Polidoro MENTIRAM, ainda assim os crentes insistem que não houve mentira. Isso sim é fé cega, de Morte.
    A fé raciocinada, digamos assim, é aquela que pondera as ditas possibilidades. Considera a lógica, etc e tal. Houdini disse que Eva Fay fraudou APENAS substituindo uma mão pela junta do joelho num momento em que faltou força no teatro onde se apresentava. Porém, a pesquisa não foi feita num teatro e nem havia rede de energia elétrica em 1875. Então a minha fé raciocinada diz que Houdini MENTIU e INVENTOU. Já a fé cega do Moisés e do Vitor diz que ele “apenas registrou o que Eva disse a respeito”, o que não o salva do excesso de incompetência.
    .
    Massimo Polidoro, meu cético favorito por comprovadamente mentir em defesa da fé cética, leu o relatório do Crookes e o livro do Houdini. Seria o bastante para saber que o último disse uma baita de uma besteira. Mas em vez de apontar isso, disse que não havia mais dúvidas de que o truque apontado pelo Houdini de fato aconteceu. A minha fé raciocinada diz que o cara é um mentiroso igual a Houdini. Já a fé cega do Moisés o considera um grande e sábio sujeito, apesar disso tudo.
    .
    Deu pra entender a diferença entre fé cega e fé raciocinada?

  974. Guto Diz:

    Senhores, olha eu aqui de novo!
    Desta vez é para tirar algumas dúvidas, pois só tem dúvida quem estudou. Estou certo? Acho que sim!
    =/=/=/=/=/=/=//=/=/=/=/=/=/=//=/=/=/=/=/
    Marcos Arduin, dessa vez peço a Vossa Senhoria um pouco de atenção, se isso não for algo tão difícil para o ilustre Biólogo.
    Tenho lido sobre a Teoria de Darwin e cheguei a um site pós-darwinista que BATE FORTE em Darwin.
    Peço, ENCARECIDAMENTE, que o senhor possa dar uma avaliada para mim, para que eu possa continuar meus estudos, a fim de considerar o que é apresentado como algo relevante ou não.
    O site é: http://pos-darwinista.blogspot.com.br/
    POR FAVOR, ME RESPONDA!!!
    Obrigado pela atenção.
    Até.

  975. Marciano Diz:

    Bem, só vou dizer que não estava brincando quando falei da Papaver.
    Apesar de o clima não ser propício, de o ambiente não favorecer, eu desenvolvi, através de seleção artificial, uma nova espécie de Papaver, à qual dei o nome de Papaver arduinica, em homenagem ao Marcos Arduin.
    Ele que prove que é mentira minha.
    .
    Que se manifestem Montalvão e Gorducho.
    I give up.
    I tried.

  976. Marciano Diz:

    O Arduin é a pessoa mais qualificada para responder à pergunta do Guto.
    O pior é que fui eu quem o aconselhou a estudar biologia e teoria da evolução.
    Ainda bem que arrependimento não mata.
    O cara fez tudo errado.
    Fui eu também que o aconselhei a pedir ajuda ao Arduin.
    Sei que a pergunta foi feita ao homem certo, Arduin, contudo, não resisto a uma resposta curta e grossa:
    Guto, tome juízo, cara.
    Deixe de ser maluco.
    Cresça, pô, você é casado, tem filho.
    Se liga, cara.
    Pós-darwinismo é pseudo-ciência de crentelhada interessada na sua grana.
    Fique esperto, cara.
    Desculpe a franqueza, talvez um dia você me agradeça.
    Espero que Arduin consiga te ensinar alguma coisa.
    Você tem cabeça dura.
    Só não dou uma paulada na sua cabeça porque você mostrou que é gente boa, mas como é ingênuo.

  977. Guto Diz:

    Meu caro Marciano, como VOCÊ MESMO DIZ! Um cético DEVE QUESTIONAR SEMPRE!!!
    Não se pode buscar a VERDADE do lado oposto ao de Darwin, pois a VERDADE É DE DARWIN e de mais ninguém? A ciência SÓ avança através do ceticismo, não é? Por que não ler o que esse pessoal tem a dizer a respeito desse assunto?
    Parece me que o blog em questão é parecido com este aqui. A diferença está no conteúdo. Aqui, busca-se falar das questões mediúnicas e espirituais. Lá, a questào está no campo dos paradigmas da ciência, ainda mais na área da biologia.
    Ah! o dono do blog se diz Mestre em História da Ciência – PUC-SP. CV Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/6602620537249723.
    Segue seu argumento de entrada:
    Enézio E. de Almeida Filho, Campinas, São Paulo, Brazil
    “Por que sou ‘pós-darwinista’? Porque já fui evolucionista de carteirinha. Hoje, sou cético da teoria macroevolutiva como verdade científica. Contudo, meu ceticismo ao ‘dogma central’ darwinista não é baseado em relatos da criação de textos sagrados. Foi a séria e conflituosa consideração do debate que ocorre intramuros e nas publicações científicas há muitos anos sobre a insuficiência epistêmica da teoria geral da evolução. Eu fui ateu marxista-leninista. Hoje, não tenho mais fé cega no ateísmo. Não creio mais na interpretação literal dos dogmas de Darwin aceitos ‘a priori’ e defendidos ideologicamente com unhas e dentes pela Nomenklatura científica. A Ciência me deu esta convicção. Aprendi na universidade: quando uma teoria científica não é apoiada pelas evidências, ela deve ser revista ou simplesmente descartada. Sou pós-darwinista me antecipando à iminente e eminente ruptura paradigmática em biologia evolutiva. Chegou a hora de dizer adeus a Darwin. ”
    Acredito que DOGMAS não são BONS. Nem para o pensamento científico e nem para as religiões.
    Continuarei a ler e estudar, contudo não comentarei mais sobre assuntos de ordem espiritual, visto que não há quórum aqui.
    Aguardo o ILUSTRE BIÓLOGO Marcos Arduin, se o mesmo se dignar a me responder (ASSIM ESPERO).
    Valeu e boa noite!

  978. Montalvão Diz:

    .
    MARCOS ARDUIN Diz: Moisés, eu gosto mais de trabalhar com fatos, com coisas que ao menos são amplamente sabidas, fora das opiniões pessoais de detratores ou puxassacos. Que o Chico era avesso às polêmicas, isso é fato, conforme ele mesmo registra no relato “Água da Paz” do livro Lindos casos de Chico Xavier. O QUE NÃO O IMPEDIRIA DE RESPONDER A PERGUNTAS SOBRE UM ASSUNTO ESPECÍFICO QUE NÃO FOSSE BESTEIRA (tipo: _ Verdade que você foi Kardec em vida passada?). Se houve “materialização” do Emmanuel, do jeito que é contada, vai ver que o Chico até concordou em “armar o circo” exatamente para deixar claro aos que queriam vê-lo como médium de materialização que sua praia não era aquela. Se não concordavam que Chico se furtasse a isso, então não poderiam contestar a “autoridade” do Emmanuel, suposto “espírito superior” e mentor do Chico…
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    COMENTÁRIO: Arduin, como homem de humor não lhe resta a menor dúvida… Mas se falas sério… Hummmm… Vamos ver então.
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    1. Chico só respondia o que lhe convinha, quando convinha, e a quem achasse conveniente. Por exemplo, tem um autor espírita, ao que parece respeitável, que garante ter recebido de Chico, numa conversa reservada, a revelação da identidade de André Luiz (não foi Luciano dos Anjos). Outro garante que Xavier lhe passara a data em que Cristo interviria no mundo. Luciano dos Anjos obteve do amigo mineiro diversas dicas sobre suas encarnações (tanto das de Luciano quanto das de Chico). Quando perguntavam a Chico se fora Kardec, em vez de responder: “jamais, de onde tirou essa ideia?”, dizia, mais ou menos, “imagina, eu um simples pozinho de coisa nenhuma”, deixando no ar a desconfiança de que estivesse apenas sendo modesto em revelar que fora realmente o codificador. Depois de dar o furaço de descrever civilização marciana de alto nível e ansiosa por contatar os pouco desenvolvidos terráqueos, quando confrontado com a realidade da não-vida no planeta vermelho, sai-se com uma história de antimatéria que nada explicou e mais complicou. Aqui postou-se a informação de um achegado a Xavier que diz ter dele recebido o informe de que Plutão e a lua são orbes-penitenciária, num está agrilhoado o espírito de Hitler, noutro o de Lampião. Portanto, não conte com Chico, vivo ou morto, para esclarecer coisa alguma.
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    2. Essa de Chico armar o circo só para se ver livre de aporrinhadores, tenha a santa paciência! Era só ele dizer que Emmanuel lhe falara para parar com aquelas encenações: pronto! Afinal, o homem de Uberaba passou a vida sendo porta-voz do que Lentulus lhe falava e quem quisesse acreditar que acreditasse, pois ninguém via ou ouvia esse imaginado espírito. Por que só com as materializações precisou o xou? Nem vou lhe perguntar porque ninguém gravou o evento… Emmanuel vem ao mundo, numa especial concessão aos mortais e só aparece para meia dúzia de credulhões… dá pra aceitar uma desfeita dessas? Faria algo assim, o grande Emmanuel, ex-padre Manoel de Nobrega, ex-Públio-inexistente-Lêntulo? Não… duvido que fosse capaz!
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    Então, chegamos a um ponto comum: Chico armou o chirco, digo, circo. Ah, mas foi por boa causa: o medianeiro fraudou mas fraudou na onda do bem! Como fraudou na onda do bem-perfumado ao aspergir essências “espirituais” nos espetáculos mediúnicos que dava em Uberaba… como fraudou nas milhares de cartas que inventava ditas provindas do ditado de falecidos… Aos poucos, Arduin, usted vai percebendo as coisas… Parabéns!
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    ARDUIN: vai ver que o Chico até concordou em “armar o circo” exatamente para deixar claro aos que queriam vê-lo como médium de materialização que sua praia não era aquela. Se não concordavam que Chico se furtasse a isso, então não poderiam contestar a “autoridade” do Emmanuel, suposto “espírito superior” e mentor do Chico…
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    COMENTÁRIO: os fatos desdizem sua tese: Chico era empolgado por efeitos físicos. Basta lembrar as perfurmações que, durante bom tempo, levou a termo. Mesmo depois de ter tomado a bronca de Emmanuel, o medianeiro seguiu como coadjuvante em tais espetáculos. A esse respeito cabe reprisar comentário que fiz em discussão há alguns anos sobre Otília, da qual sua lídima pessoa participou:
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    “O envolvimento direto de Chico com materializações começou mais ou menos em 1953, mas, não durou muito, pois nesse mesmo ano “Emmanuel” ordenou que os espetáculos parassem. Porém, Chico obedeceu parcialmente, pois seguiu materializando perfumes em vez de gente; e, se não participava ativamente, acompanhava sessões da espécie. Uma dessas foi com Otília, a heroína de nossa história… Agora, veja o que Chico disse sobre o que Emmanuel teria dito:
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    “Os nossos amigos espirituais, o nosso Emmanuel e o nosso André Luís sempre estimam em alta conta os trabalhos de materialização no setor da comprovação científica da sobrevivência da alma, além da morte. E, sobretudo, há muitos anos, eles me ensinam, e me constrangem mesmo, a considerar a oportunidade da mediunidade de efeitos físicos no setor do alívio das dores da humanidade. De modo, que eu, desde há muito tempo, interesso-me pessoalmente por esses trabalhos com o objetivo do socorro ao sofrimento humano. Porque eu acho, que a mediunidade de efeitos físicos pode cooperar com a medicina, que eu respeito como sendo a ciência que Deus nos concedeu neste mundo, para a cura das doenças. Mas, creio que as religiões podem cooperar também com a medicina para socorro ao sofrimento humano. De modo que eu, Rizzini, reafirmo a você o contentamento que senti ao partilhar dessas experiências com dna. Otilia.”
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    Veja: nenhuma referência ao pito de Emmanuel, ao contrário: informa que Públio Lêntulo e A. Luiz o “contrangiam” a se envolver mais diretamente, até mesmo como médium de efeitos físicos! Conclui-se que o próprio Chico se desdizia e inclinava-se para para onde o vento soprasse mais generosamente. Portanto, a “inocência” de Xavier é duvidosa…

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    “Pois foi o que, provavelmente, ocorreu com os repórteres, que olhavam o xou com olhos menos míopes que a platéia babante.”
    ARDUIN – Ô que gozado! Na escuridão eles iriam identificar quem eram os ativos e quem eram os babantes? E isso bastaria para dizer quem eram os farsantes e quem eram os sinceros crentes fanáticos perigosíssimos? Acho gozado como você racionaliza para justificar algo que o repórter disse sem base alguma.
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    COMENTÁRIO: gozado é você pôr só uma parte de meu comentário e em cima dessa parte fazer seu retruque. Não foi nada disso que diz o que falei. Afirmei que o repórter apreciou o ambiente durante todo o encontro e, a partir da percepção que sua sensibilidade lhe deu, tirou as conclusões preliminares, do mesmo modo que você faria se, por exemplo, fosse acompanhar espetáculo de exorcismo nalguma pentecostal da vida. Essa desculpa de escuridão nada a ver. Boa parte da reunião, obviamente, decorreu na claridade, escuro só na hora de Otília fazer a encenação.
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    ARDUIN: E foi por isso que daria uma surra de gato morto no Rizzini: COMO ELE DEIXOU ESSA BAITA BESTEIRA QUE O REPÓRTER DISSE PASSAR EM BRANCO? Já que ele escreveu um livro sobre o assunto (e ao que tudo indica, escrito a toque de caixa), deveria ter comentado isso.
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    COMENTÁRIO: Arduin, isso é baita besteira para você: pelo visto os demais de sua agremiação não concordariam com tal opinamento. Parece que almejava ver Rizzini, ou qualquer outro, alegando que o repórter mentira ao afirmar que preferira não correr o risco de uma reação irada por parte da platéia, caso tomasse a atitude drástica de imobilizar a aparição, mesmo tendo da imprensa dado uma explicação satisfatória e coerente. Quer incluir o repórter de O Cruzeiro no mesmo “grupo” que idealizou para o Polidoro e Houdini, e quer fazê-lo da mesma forma canhestra com que qualificou aqueles de patetas: encontrando um fato banal que, adequadamente trabalhado pareça (veja bem, pareça) ser mentira ou patetada e pronto: está “construído” mais um desvirtuador da verdade.
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    O livro de Rizzini, conquanto eminentemente apologético, pode ser reputado de boa qualidade, visto que o autor, ao que tudo indica, relatou os acontecimentos corretamente. Se o livro contém erros será por omissão não por distorção (apesar de que, Luciano, depois que brigou com o parceiro, “achou” vários erros na produção). Essa obra permite boa visão do que sucedeu naqueles dias, com a vantagem de ser contada por espíritas, portanto aceitável até por esses (claro, com incompreensíveis exceções). Se Rizzini contradissesse o depoimento do repórter aí sim cometeria sério equívoco, visto pretender ser mais esclarecido que o rei (qual faz agora o Arduin), considerando que pretenderia invalidar a opção do repórter, tomada em vista das condições pessoais e ambientais que deparou e descreveu. Além disso, Rizzini não foi testemunha dos fatos (não participou do encontro), portanto não podia se pronunciar a respeito dessa tomada de atitude e, mais: dentre os espíritas que testemunharam o evento (19 médicos mais Waldo, Chico e, talvez, alguns outros) nenhum deles pôs objeção às explicações dadas, sinal de que foram aceitas até pelos envolvidos.
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    EM SUMA: a surra de gato morto que gostaria de aplicar em seu confrade seria intempestiva, inócua e, pior, injusta.
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    ARDUIN: E quanto à médium não querer nem saber mais do Chico e dos outros, havia dois bons motivos:
    1 – Não precisava mais deles, já que agora era conhecida no Brasil inteiro. Além disso o Chico era um chato, que queria que ela seguisse a linha dele, de usar esse poder para o bem e caridade, sem visar ganhos financeiros. Ganhos financeiros era o que ele queria desde o início.
    2 – Exceto por uns três ou quatro, os outros todos recusaram-se a defendê-la, especialmente os chefões, Chico e Waldo.
    Daí então ela não querer mais saber desse pessoal. Já comentei isso mais de uma vez.
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    COMENTÁRIO: sim, já comentou isso dezenas de vezes e em todas não percebeu a fragilidade desse raciocínio. Novamente repriso trechos de discussões anteriores, visto que a velha e pobre argumentação é mantida quase inalterada. Confira.
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    MONTALVÃO: Herculano Pires e demais apologistas das materializações inexplicam o fato de sistematicamente fugirem (tanto com Otília quanto com outros) de quaisquer averiguações com controles adequados.
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    ARDUIN: Mas eu já disse: à Otília NADA MAIS INTERESSAVA NESTE SENTIDO, pois ficara conhecida no Brasil todo. Podia muito bem dispensar o Chico, até porque este a criticava por seu comportamento ambicioso, já que agora recebia convites de tudo quanto era centro pelo Brasil afora. Sem ela, sem sessões. E como o Jorge Rizzini mesmo questionou: que garantias tinham eles de que o Cruzeiro se retrataria caso a sessão decorresse de forma favorável à materialização?
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    MONTALVÃO: sim, já fui apresentado a esse argumento várias vezes: continuo o achando frágil, e explico porque. 1º) se os espíritas quisessem Otília não poderia recusar novas investigações: havia mil maneiras de pressioná-la (sem violência) a tal, uma delas seria fazê-la compreender que recusando-se a ser testada estaria expondo o espiritismo (ao menos a banda crédula em materializações) ao ridículo; 2º) ainda que Otília teimosamente fugisse de cooperar, havia outros médiuns de efeitos físicos atuando e eram conhecidos, alguns dos quais haviam sido testados junto com Otília. Estes poderiam ser acionados; 3º) se o problema fosse a incompatibilidade de gênios entre médicos e repórteres de O Cruzeiro, montar-se-iam outras equipes investigativas, compostas de crentes e céticos, implementando-se testagens com controles seguros.
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    A única coisa que não poderia ser feita é a que foi feita pelos defensores: dar o assunto de novas investigações por encerrado e ficar discutindo retoricamente o acontecido.
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    MONTALVÃO: Se examinar o livro de Rizzini com olhos atentos, perceberá que todas as sugestões nesse sentido foram dramaticamente ignoradas, ou rechaçadas com desculpas rotas…
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    ARDUIN: Realmente não tinham muito o que fazer, inclusive por algo omitido no livro: a covardia do Waldo, que fugiu e deixou a todos na mão. Ele deveria ter sido o principal combatente, mas em vez disso abandonou a todos. Uma pena. Contra isso, não há desculpa que salve.
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    MONTALVÃO: se a palavra covardia puder se usada e aplicada a Waldo (e a Chico), não seria ele o único merecedor do título. Todos os médicos, com exceção do pobre Dr. Calvo, que quase ficou careca durante a discussão com os repórteres, todos eles ficaram quietinhos. Os demais intelectuais espíritas silenciaram, com miúdas exceções, uma das quais falamos há pouco: Herculano Pires. Houve sim, o manifesto, assinado por três dos dezenove, mas nem estes se animaram a vir defender seus pontos de vista diante dos repórteres. Sobrou para Luciano e Rizzini que, embora tenham feito um papelzinho que benza Deus, merecem respeito pelo empenho em defender causa indefensável.
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    Enfim, como diria Publius Lentulus: quanto mais se enrola mais a coisa embola…
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    “Vários são os relatos de casos em que médiuns foram imobilizados diante de numerosa platéia de crentes o pau comeu em cima de quem se atreveu ao ataque.”
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    ARDUIN – É engraçado como há multiplicação dos pães por aqui. Houve ALGUNS casos em que materializações foram agarradas e os médiuns acabaram doentes por conta disso e nem sempre houve reação imediata contra o agarrador. Aconteceu isso por exemplo no caso do Volkman e a Florence Cook, mas não no caso da D´Ésperance.
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    COMENTÁRIO: o ato agarrativo é temerário: para funcionar a cem porcento são necessárias condições condizentes que dificilmente se conseguem, visto que nessas demonstrações normalmente o grosso da assistência é constituída de crentes, junto com alguns cúmplices. Em certas situações o agarrador, por estar em ambiente, digamos, menos arriscado consegue ir bem sucedido até certo ponto. Desconheço caso em que o procedimento deu pleno resultado, nem mesmo com Elizabeth D’Esperance. As narrativas desse episódio, as que consegui verificar, são todas da parte de advogados, inclusive da própria Mle D’Esperance, nenhuma delas dá detalhes do ocorrido. Talvez o Gorducho ou o Toffo saibam do caso contado por céticos. Observe como foi que Elizabeth narrou a aventura:
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    “Não sei como a sessão principiou; tinha visto Iolanda colocar seu jarro no ombro e sair do gabinete. Mais tarde, entretanto, soube o que se passou.
    O que experimentei foi uma sensação angustiosa e horrível, como se me quisessem sufocar ou esmagar, como se eu fosse uma boneca de borracha violentamente apertada nos braços de uma pessoa. Depois, senti-me invadida pelo terror, constrangida pela agonia da dor; julguei que ia perder a razão e precipitar-me num abismo medonho, onde nada via, nada ouvia, nada compreendia, a não ser o eco de um grito penetrante que parecia vir de longe.
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    “Sentia-me cair, mas não sabia em que lugar. Tentava segurar-me, prender-me a alguma coisa, mas o apoio faltava-me; desmaiei e só tornei a mim para estremecer de horror, com a idéia de haver recebido um golpe mortal.
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    “Os meus sentidos pareciam dispersos, e não foi senão aos poucos que pude concentrá-los suficientemente para compreender o que sucedera. Iolanda tinha sido agarrada por alguém que a tomou por mim própria.
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    “Foi o que me contaram. Esse fato era tão extraordinário que, se me não achasse em tão penoso estado de prostração, eu teria rido, porém não pude pensar nem mover-me. Sentia que pouca vida restava em mim e esse sopro de vida era para mim um tormento. A hemorragia pulmonar, que durante a minha estada no Sul fora aparentemente curada, reapareceu e uma onda de sangue quase me sufocou. Dessa sessão resultou para mim uma longa e grave enfermidade, que fez demorar por muitas semanas a nossa partida da Inglaterra, pois que eu não podia ser transportada.
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    “O choque fora terrível e, o que era ainda pior, eu não tinha capacidade para compreendê-lo. Nunca me passara pela mente que alguém ousasse acusar-me de impostura. Eu tinha sido mulher de César, pelo menos no meu entender. Trabalhara com os meus amigos, primeiramente com o desejo de instruir-me, e depois por amor à causa, a fim de torná-la conhecida.
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    “Moralmente, sofri menos com o ato desse homem do que com os sentimentos de vingança que surgiram noutro membro de nosso grupo. Este último era um artista de merecimento; eu apreciava muito os conselhos que ele dava a respeito dos meus desenhos e desejei remunerar as suas lições; ele, porém, não quis aceitar o meu dinheiro, dizendo que entre colegas a questão pecuniária não se discutia. Todavia, as suas repulsivas idéias quanto ao casamento (eu assim as considerava) levaram-me a evitar a sua companhia. FOI SEM DÚVIDA ISSO O QUE DEU MOTIVO À MUDANÇA DE SUA OPINIÃO A MEU RESPEITO E ÀS CALÚNIAS QUE PROPALOU.
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    “Acha-se atualmente no mundo espiritual e agora pode verificar que quem injuria o seu próximo diminui as probabilidades da própria felicidade.
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    “Não o tornei a ver e fiquei triste quando soube que tinha falecido num hospital de loucos, onde precedentemente, por várias vezes, havia sido internado. Ignorava essa circunstância, que me teria explicado muitas das idéias particulares e extraordinárias que ele gostava de formular e que eu não conseguia compreender.
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    “Ambos os membros do nosso grupo não me mereceram censuras. Provavelmente, o primeiro não pensara nos sacrifícios que eu estava fazendo, na obra que tínhamos realizado, nos anos de estudo que consumíramos para chegar à nossa atual situação. Era um iconoclasta, que acreditava fazer um bem, destruindo os falsos deuses, na sua opinião.
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    “Tempos depois achei que eram escusáveis as suas suspeitas, por causa da extraordinária semelhança que existia entre mim e a “dama francesa”, que ele havia visto com freqüência. Quanto a Iolanda, parecia tão perfeitamente humana que esse ignorante bem podia iludir-se acerca da sua natureza espiritual, vendo-a passar ao seu lado. A tentação era muito forte!”
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    COMENTÁRIO: D”Esperance enfrentou duas situações que puseram sua mediunidade em xeque: 1) o agarrão, que ela, nem nenhum de seus fãs, conta detalhadamente; 2) denúncias de fraude, da parte de um de seus “amigos”, segundo ela, motivadas por paixão não correspondida.
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    ARDUIN: Eu acho gozado como você defende os repórteres, até dizendo que fizeram um bom trabalho, quando perderam excelentes oportunidades de demonstrar a coisa. Veja só o lance de a Josefa dizer que não podia materializar toda a mão, pois faltava ectoplasma. Não seria a hora de os repórteres perguntar:
    _ Ôh! Beleza! Será que poderíamos fotografar sua mão com esse único dedo materializado? Ficaríamos convencidos, já que a médium tem todos os 10 dedos…
    Mas os experientes e argutos repórteres deixaram essa oportunidade passar… Que peninha!
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    COMENTÁRIO: Arduin, você cria nessa sua bela criativa cabecinha a situação que imagina ideal e quer transplantá-la para a real experiência. Isolando-se o episódio deve haver quem considere sua reflexão correta, mas a verdade é que os visitantes estavam por inteiro controlados por Waldo e sua trupe: não lhes foi dada ampla liberdade de fiscalização, então, querer que pensassem nas mais eficazes soluções naquele ambiente é pedir demais pracaramba!
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    Assim como os repórteres pretenderam naquele encontro avaliar o que viram e planejar a estratégia para a sessão que seguiria, Waldo e asseclas avaliavam-lhes as reações. Dependendo de como se manifestassem haveriam outros encontros. Como não ficaram confiantes que tudo seria flores na pena dos repórteres suspenderam os intercâmbios até que a reportagem fosse publicada. Visto que a publicação mostrou claramente que a mulher encenava, preferiram parar por ali antes que a vergonha total caísse sobre eles. No estádio em que as coisas se encontravam ainda podiam tentar contornar o problema. E bem que tentaram, infelizmente não foram felizes, nem nos debates, nem no fado, pois anos depois, a própria Otília deu tiro no pé, deixando-se flagrar de calçola de freira na mão…
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    Depois, se meu saco ainda suportar, comentarei, mais uma de incontáveis respostas, sua inesgotável defesa de Crookes e infindável pífia acusação a Polidoro e Houdini.

  979. Montalvão Diz:

    ARDUIN DIZ: Porém, não é de hoje, havia e sempre houve médiuns INTERESSEIROS, que queriam lucrar com sua mediunidade. E a Otília, pobre e analfabeta, de poucos dotes físicos e intelectuais, não tinha lá muito com o que enriquecer por conta disso. Mas era ambiciosa e ficar junto com o Chico era roubada, pois ele queria que ela entendesse a mediunidade como algo “sagrado” e que não podia ser fonte de lucro.
    Não acatou o conselho e deu no que deu.
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    COMENTÁRIO: Arduin, poderia mostrar onde e quando Chico deu esse conselho a Otília, se possível expor o conselho escrito, ou descrito por quem o ouviu?
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    Aproveitando, uma pergunta de prova: por que é que a espiritualidade não bloqueia a mediunidade dos que mercadejam com ela?

  980. Montalvão Diz:

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    GORDUCHO DIZ:O Sr. é supimpa, Professor: imprescindível para o bom andamento dos debates.
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    Aqui pode-se ver um espírito completamente materializado. O ectoplasma está amarrado na venda [tradução para o crentês: está saindo do olho]
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    COMENTÁRIO: as fotos de Duncan expelindo ectoplasma falam por si: são pra lá de ridículas, para se tornarem ridículas teriam de melhorar e muito.
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    Agora prepare-se para a bomba: Arduin acredita firmemente que aquilo que se vê na montagens de Helen Duncan seja legítimo ectoplasma!
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    Isso explica porque é tão difícil convencê-lo da inveracidade das materializações…

  981. Montalvão Diz:

    ARDUIN: “Conforme já disse, Moisés, ser ilusionista e ser médium, não é MUTUAMENTE EXCLUSIVO.”
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    MARCIANO: Claro que não é, é exatamente a mesma coisa. Mediunidade e ilusionismo, prestidigitação, são a mesma coisa. Como a mesma coisa pode ser mutuamente exclusiva?
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    COMENTÁRIO: acho que quis dizer: “mutuamente excludente”…
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    Seja como for, a ideia que Arduin pretende passar é a de que médiuns podem intermediar a espiritualidade e, concomitantemente, dominar artes mágicas. Em teoria não vejo problema (é claro, desde que se demonstre que contatadores do além sejam realidade), mas se se desenvolver essa alegação chegaremos a conclusões curiosas, uma delas partiria da indagação: por que e para quê quem faz maravilhas incrementado por espíritos precisará treinar a simulação dessas maravilhas por prestidigitação?
    .
    Pense nisso, meu nobre botânico e, se puder e quiser, responda…

  982. Marciano Diz:

    Guto,
    Você está pondo a carroça adiante dos bois.
    Primeiro procure entender corretamente o que é hoje a Teoria da Evolução.
    O próprio termo “darwinismo” é inadequado e preconceituoso.
    Imagine “pós-darwinismo”.
    Espero que Arduin consiga te ajudar.
    Você está entendendo tudo errado.
    Muita coisa aconteceu depois de Darwin.
    .
    Querida mãezinha, digo, querido Montalvão. Trago uma mensagem de cx procê.
    Ele disse que se você insistir em mostrar sua verdadeira face sob a máscara de super-medium, ele vai puxar seu lençol de madrugada, além de aspergir perfume de bosta de vaca no seu quarto.
    .
    Madame D’Esperance mandou uma mensagem do além, dizendo para perdermos as esperanças com Arduin (era Madame ou Mademoiselle?).

  983. Montalvão Diz:

    ARDUIN: Conforme já disse, NADA DO QUE SE APRESENTA em materializações convence ao público.
    .
    .
    COMENTÁRIO: há claro equívoco na declaração: não convence a que público? Ao público espírita, ao menos em boa parte, convence muito bem. Que público é esse que não se convence de jeito maneira da realidade das materializações?
    .
    já experimentou se perguntar por que isso acontece? E tentar responder?

  984. Montalvão Diz:

    MARCIANO: Madame D’Esperance mandou uma mensagem do além, dizendo para perdermos as esperanças com Arduin (era Madame ou Mademoiselle?).
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    COMENTÁRIO: como ela dissera que um certo detrator a detratara por querer com ela casar imaginei que fosse mademoiselle, mas ela era conhecida como madame…
    .
    Madame ou mademoiselle, acho que está certa…

  985. Gorducho Diz:

    Elizabeth Hope – nom de scène Mme. d’Espérance – desde os 19 anos partilhava em Newcastle o tálamo conjugal com Mr. Reed. Portanto era madame.

  986. Gorducho Diz:

    Outra versão:
     
    Elizabeth Hope Jane Puttock – nom de scène Mme. d’Espérance – desde os 19 os 21 anos partilhava em Newcastle o tálamo conjugal com Thomas Jackson Reed. Portanto era madame. Aparentemente logo separaram-se.
     
    [PSYPIONEER JOURNAL de agosto]

  987. Guto Diz:

    Engraçado, eu não conhecia Alfred Russel Wallace, considerado o outro pai da teoria da evolução. Ele perdeu na “corrida” contra Darwin e Darwin sacaneou ele publicando primeiro a obra – A Origem das Espécies. Frase de Darwin: “Toda a minha originalidade será esmagada”
    Pelo que parece, a visão de Alfred Russel Wallace divergiu dele em alguns pontos!
    Gostaria de ler mais sobre ele!
    Marcos Arduin, você poderia me ajudar nesta empreitada e me indicar algum livro bom?
    Peço, por favor, atenção de Vossa Senhoria para mais este pleito!
    Obrigado e Valeu!

  988. Gorducho Diz:

    Não leve a mal, Professor: ele está puxando as nossas pernas.

  989. Guto Diz:

    Equivoquei-me. Isso é que dá tirar conclusões de maneira rápida!
    Não parece que Darwin sacaneou Alfred Wallace não! Os dois apresentaram juntos os seus trabalhos à Academia Científica. No entanto, Darwin finalizou rapidamente o seu trabalho e publicou seu livro, logo no ano seguinte. Só isso.
    Agora, não entendo o porquê dele, Alfred Wallace ter ficado nos bastidores, pois ele também ajudou na formulação da teoria de Darwin. Inclusive enviou seu trabalho a ele.
    Entendo que a história da ciência deveria dar a ele um lugar de destaque, tanto quanto a Darwin.
    Achei bastante material na net, por isso, não precisarei do seu apoio para esta questão, senhor Marcos Arduin.
    Valeu!

  990. Guto Diz:

    Marciano, o termo Darwinismo pode ter surgido, também, por causa de um livro de Alfred Russel Wallace, chamado de Darwinismo. Segue o link do livro: http://wallace-online.org/content/frameset?pageseq=1&itemID=S724&viewtype=side.
    Valeu!

  991. Marcos Arduin Diz:

    “Então, chegamos a um ponto comum: Chico armou o chirco, digo, circo. Ah, mas foi por boa causa: o medianeiro fraudou mas fraudou na onda do bem!”
    – Não afirmei que ele tenha de fato armado algum circo. Apenas sugeri isso como uma jogada possível, já que não há acordo entre as versões apresentadas para o MESMO EPISÓDIO.
    .
    “Como fraudou na onda do bem-perfumado ao aspergir essências “espirituais” nos espetáculos mediúnicos que dava em Uberaba…”
    – Ninguém, que eu saiba, provou fraude alguma nesse caso em particular. Quem saiu com essa foi o Waldo, conhecido pela sua covardia e inveja, já que se achava o bambambam, fundou sua própria seita, mas ficou relegado a vigésimo plano…
    .
    “como fraudou nas milhares de cartas que inventava ditas provindas do ditado de falecidos…”
    – Outro milagre de multiplicação dos pães… Como SEMPRE, Moisés, você acredita em qualquer bobagem que lhe contem, desde que lhe agrade…
    .
    “Aos poucos, Arduin, usted vai percebendo as coisas… Parabéns!”
    – Vejamos se um dia você percebe que Houdini e Polidoro eram dois ridículos mentirosos…
    .
    “Veja: nenhuma referência ao pito de Emmanuel, ao contrário: informa que Públio Lêntulo e A. Luiz o “contrangiam” a se envolver mais diretamente, até mesmo como médium de efeitos físicos! Conclui-se que o próprio Chico se desdizia e inclinava-se para para onde o vento soprasse mais generosamente. Portanto, a “inocência” de Xavier é duvidosa…”
    – Uma coisa é entidades espirituais atuantes junto ao Chico terem eventos de mediunidade física em alta conta (em contradição com o que se costumava e costuma-se dizer até hoje que SÓ ESPÍRITOS ATRASADOS é que se servem dessa forma de mediunidade). Outra coisa é considerarem que o Chico estivesse apto a lidar com ela. Porém, se é assim, podemos liquidar o assunto de materializações através do Chico de uma forma muito mais segura e direta: as histórias de que ele próprio produziu materializações de Emmanuel SÃO PURA BALELA, invenções mentirosas E MAIS NADA.
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    “COMENTÁRIO: Arduin, isso é baita besteira para você: pelo visto os demais de sua agremiação não concordariam com tal opinamento. Parece que almejava ver Rizzini, ou qualquer outro, alegando que o repórter mentira ao afirmar que preferira não correr o risco de uma reação irada por parte da platéia, caso tomasse a atitude drástica de imobilizar a aparição, mesmo tendo da imprensa dado uma explicação satisfatória e coerente. Quer incluir o repórter de O Cruzeiro no mesmo “grupo” que idealizou para o Polidoro e Houdini, e quer fazê-lo da mesma forma canhestra com que qualificou aqueles de patetas: encontrando um fato banal que, adequadamente trabalhado pareça (veja bem, pareça) ser mentira ou patetada e pronto: está “construído” mais um desvirtuador da verdade.”
    – Moisés, o repórter NÃO PRECISARIA agarrar nada. Como ele havia dito, seus olhos arregalados eram porque ele estava tentando ver o rosto atrás daquele véu e teria visto com o flash o “nariz abatatado da Otília”. Seria o caso de ele chamar a atenção de que a tal Josefa era a cara da Otília e se não era hora de verificar se ela estava mesmo atrás cortina. Nem precisaria acender a luz: só no toque já bastaria. Se faz mal tocar a materialização, não faria mal algum tocar de leve a médium…
    Quanto ao Houdini-Polidoro, não adianta espernear: eles falaram besteira e ponto!
    .”EM SUMA: a surra de gato morto que gostaria de aplicar em seu confrade seria intempestiva, inócua e, pior, injusta.”
    – Conforme eu disse, Moisés, a afirmativa do repórter para justificar o não flagrante (que não precisaria de nenhum agarramento como expus acima) baseou-se numa suposição absurda: a de que no grupo havia os farsantes e os crentelhos sinceros. E ainda comparou esses últimos aos angolanos contra portugueses, dando a entender que seriam fanáticos perigosos. Essas suposições são totalmente absurdas, já que não diz como foi que chegou a elas e nem apresentou as provas do que dizia. Se Rizzini juntou todas as revistas do Cruzeiro sobre o caso, deveria ter lido essa “reportagem não escrita” e dado uma resposta devida. É isso.
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    Moisés, umas das coisas que o inutilizam quando tenta bancar historiador comentarista, é que você quer os eventos não sejam o que foram e sim que se adaptem ao seu modo de pensar. Não dá: o que passou, passou.
    Lá no livro do Rizzini diz em algum lugar que Chico havia “introduzido” a Otília no pensamento da Doutrina Espírita. Mas os fatos cuidaram de mostrar que tal “introdução” foi muito introdutória mesmo e não passou disso. Otília ganhava dinheiro com seu espetáculo circense e era isso que queria o tempo todo. Deve ter imaginado que se tivesse o aval do Chico e Waldo, isso seria uma boa propaganda dela.
    Involuntariamente conseguiu uma melhor: a praga do Cruzeiro e, de quebra, o ligeiro estrago que Rizzini e dos Anjos fizeram em cima dos repórteres, que nunca imaginaram que seriam contestados. Era tudo o que ela precisava e agora não tinha mais que se submeter ao choro do Chico.
    E mesmo sendo analfabeta, não era de todo burra. Cadê o Chico e o Waldo, que NADA disseram em sua defesa enquanto o bafafá corria solto? Como você pode ver no livro do Rizzini, os líderes espíritas SE CALARAM. Nas palavras de Rizzini: os nomes do Chico e do Waldo estavam sendo jogados na lama e esses líderes nada diziam em defesa deles. Se o Chico não era polêmico, o Waldo, como mentor das pesquisas, deveria pegar a luva e sair em defesa de seu trabalho. Mas o que ele diz lá nas suas Tertúlias? Que não ia se meter com todo o poderio dos Diários Associados, que tinha batalhões de advogados, muito dinheiro, um senador no meio… É ou não é um covarde?
    Três dos médicos, Adroaldo Modesto Gil, Eurípedes Tahan Vieira e Elias Barbosa redigiram um manifesto em defesa de sua pesquisa e o publicaram, pagando do próprio bolso. E o Alberto Calvo apareceu lá no debate. E foram só eles.
    Fala você em talvez essa meia dúzia de gatos pingados pressionarem a Otília a se submeter a nova sessão com os repórteres… Mas como Rizzini mesmo disse, comentando o repto honrado:
    _ Quem garante que a revista proclamaria a autenticidade da materialização, caso aceitassem os médicos o “repto de honra”? Retratar-se-ia ela, depois de uma campanha violenta contra a dignidade dos médicos e da médium? Retratar-se-ia, depois de chamar os dezenove médicos de escroques e de… gângsters?! Não, que nem deu ela aos médicos o direito de réplica.
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    Portanto, Moisés, não adianta você querer impor à médium uma obrigação que ela não tinha. Se o Cruzeiro achou melhor chamá-la de puta e depois sair com a alegação de que isso é um “processo de imprensa”, então sua recusa em participar de novos experimentos foi bem justificada.
    No fim ficaram as partes felizes em maior ou menor grau com os resultados. Os Diários Associados com o volume de venda das revistas; a Otília com a ampla propaganda de seu nome; os espíritas com a ampla divulgação e venda de obras espíritas por conta do escândalo; o Rizzini com a venda do seu livro e o Chico e o Waldo com o retorno à sua vida sossegada. Waldo logo partiria para a sua carreira solo, sem ficar mais pendurado no Chico. Só essa última coisa é que não deu muito certo…
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    “COMENTÁRIO: D”Esperance enfrentou duas situações que puseram sua mediunidade em xeque: 1) o agarrão, que ela, nem nenhum de seus fãs, conta detalhadamente; 2) denúncias de fraude, da parte de um de seus “amigos”, segundo ela, motivadas por paixão não correspondida.”
    – Pois é… Se em vez da tal fantasma Iolanda a agarrada foi a médium, certamente o agarrador viria a público denunciar a fraudulência. Será que o seu querido Massimo Polidoro não tem o que dizer a respeito? Agora se NADA HÁ a respeito, então pode ser que a coisa foi como ela contou e o agarrador acabou se sentindo envergonhado de sua desconfiança e dos problemas que causou à médium…
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    “mas a verdade é que os visitantes estavam por inteiro controlados por Waldo e sua trupe: não lhes foi dada ampla liberdade de fiscalização, então, querer que pensassem nas mais eficazes soluções naquele ambiente é pedir demais pracaramba!”
    – Deixe-me ver se entendi o seu argumento: além de amarrados nas cadeiras, seguros pelos médicos, etc e tal, também estavam amordaçados, de modo que mesmo diante de um evento extraordinário, não puderam abrir a boca até o fim da sessão. É isso o que está sugerindo?
    .
    Sempre essa desculpa escapativa de que “na próxima sessão”… Moisés, os caras podiam muito bem já terem se garantido DE CARA levando o que precisavam: cadeados, correias, algemas, sensores sofisticados como os que o Éboli sugeria, e, o mais importante de tudo, uma repórter mulher da confiança deles para revistar a dona Otília POR COMPLETO. Houvesse essa colega verificado que ela nada levada de suspeito na calcinha ou no sutiã, talvez nenhuma Josefa aparecesse…
    Lá nas suas Tertúlias, o Waldo diz que a dita Otília era “tão energética” que comoveu profundamente os repórteres, tanto que deixaram declarações gravadas e escritas de que não acharam fraude alguma. Mas depois, passado o efeito da energia, aí ficaram muito desconfiados. E no dia seguinte, quando deveria haver uma sessão que não houve, já foram dizendo DE CARA que não ficaram convencidos. Mas que repórteres MAIS BURROS! Se sabiam que estavam lidando com farsantes e escroques, como mais tarde anunciaram nas reportagens, essa era a hora de se fazerem de bobos, de se mostrarem muito empolgados. Podiam dar a desculpa de que achavam que as imagens não teriam ficado boas e aí ouvirem sugestões dos médicos para produzirem melhores imagens. Enfim, jogar “enrolations” em cima dos caras para fazê-los crer que tudo estava bem do lado deles. Era o que eu faria. Mas em vez disso…
    Só você mesmo para achar que esses repórteres eram o cúmulo da competência…
    .
    “COMENTÁRIO: Arduin, poderia mostrar onde e quando Chico deu esse conselho a Otília, se possível expor o conselho escrito, ou descrito por quem o ouviu?”
    – O Rizzini fala em nota de rodapé na pág 10 (segunda edição) que foi um tal de Antenor Risso que teria desenvolvido a mediunidade da Otília, dentro de princípios cardecistas. Porém o Chico é muito conhecido por sua posição de não fazer mercado com a mediunidade e certamente criticaria a Otília por seguir esse caminho.
    .
    “Aproveitando, uma pergunta de prova: por que é que a espiritualidade não bloqueia a mediunidade dos que mercadejam com ela?”
    – Porque independente da mercadagem, os médiuns podem realizar um bom trabalho de divulgação. Veja só os Gasparettos, que fazem pinturas, livros e músicas dizendo-se ser obras de espíritos e cobram pelas vendas desses produtos. Porém, neste caso, os produtos existem de fato. Se são obras de espíritos, aí é ASQ – acredite se quiser.
    .
    “Isso explica porque é tão difícil convencê-lo da inveracidade das materializações…”
    – Querer me convencer que são inverídicas com o argumento de que faltou força num teatro em 1875 e isso possibilitou a fraude… Não tem argumento melhor?
    .
    “por que e para quê quem faz maravilhas incrementado por espíritos precisará treinar a simulação dessas maravilhas por prestidigitação?”
    – No caso de médiuns que a usam para ganhar a vida, como no caso da Otília e da Eva Fay, era para ter o que mostrar caso a mediunidade falhasse. Sim, pois o médium NÃO CONTROLA a mediunidade. Ela depende da vontade dos espíritos para funcionar. Se esses não colaboram, não tem fenômeno. Aí, já que temos um público pagante, o jeito é apelar para algum truque ilusionista. Simples assim.
    .
    “Ao público espírita, ao menos em boa parte, convence muito bem. ”
    – Além dele, tinha o público científico, alguns dos quais muito hostis e desejosos de descobrir fraude na coisa, que acabou se convencendo das materializações quando tudo que tentaram para achar a fraude falhou.

  992. Marcos Arduin Diz:

    Bem, Guto, não sei qual é o seu problema com a Teoria da Evolução. Posso lhe dizer que sem ela, a Biologia perde todo o seu sentido.
    Um livro que eu lhe sugiro é O Maior Espetáculo da Terra, de Richard Dawkings, onde ele discorre sobre as provas da Evolução.
    .
    Quanto ao Wallace, você pode saber dele em:
    http://pt.scribd.com/doc/124956129/Alfred-Russel-Wallace-O-Aspecto-Cientifico-do-Sobrenatural
    .
    http://www.autoresespiritasclassicos.com/autores%20espiritas%20classicos%20%20diversos/Alfred%20Russel%20Wallace/Alfred%20R.%20Wallace.htm

  993. Guto Diz:

    Lendo sobre o assunto cheguei a um artigo na net do Marcio Rodrigues Horta. Segue o link: http://historiadaciencia.blogspot.com.br/2009/03/o-impacto-do-manuscrito-de-wallace-de.html.
    Ele fala do possível plágio de Darwin.
    Lí, também, sobre a posição espiritualista de Wallace.
    Tô cansado de ler!
    Valeu!

  994. Guto Diz:

    Marcos Arduin, pelo que percebí, o senhor não chegou a ler direito o que escreví ou não perdeu seu valioso tempo olhando o link que indiquei. Mesmo assim, obrigado pela resposta.
    Grato.

  995. Marciano Diz:

    Foi isso mesmo,
    Montalvão,
    mutuamente EXCLUDENTES.
    Culpa do Arduin, que me induziu em erro.
    Exclusivo é o escambau.
    .
    Gorducho,
    Eu sabia que era “Madame”, mas confesso que balancei quando vi o nobre Montalvão referindo-se a ela como “Mle D’Esperance”.
    Culpa do Montalvão, que me confundiu.
    Eu também acho que ela está certa, Arduin não tem mais jeito.
    .
    Guto,
    Darwin não sacaneou ninguém, a teoria de Darwin era muito mais antiga, ele relutava em publicá-la, quando viu que o outro iria sair na frente muito tempo depois com um resumo de sua teoria (não foi copiada, nem tinha conhecimento), ele resolveu publicá-la.
    Eles chegaram a trocar ideias, mas formaram suas teorias de forma independente.
    Pare de adivinhar coisas e comece a estudar para valer.
    Já ouviu falar no Beagle?
    Não tente encurtar o caminho, ou nunca chegará a lugar nenhum.
    Estou quase perdendo as esperanças em você também.
    Um abraço e um toque pra se ligar um pouco mais e deixar de ser preguiçoso, querer pular etapas, adivinhar.
    Estude mais, cara.
    Em livros, de preferência, não na net.
    Pode até baixar livros, MAS LIVROS!
    E não veja documentários nesses canais a cabo que só querem audiência.

  996. Marciano Diz:

    Guto,
    vou te dar um toque de graça, se quiser continuar se enganando, azar o seu.
    Pare de ver documentários sensacionalistas, ler revistas iguais (superinteressante, galileu), ver maluquices na internet.
    Se gosta mesmo de ciências, compre livros didáticos, estude pra valer, sem pressa, procurando entender.
    Não diga que já estudou em livros didáticos, estudar para passar de ano não significa nada. Estudar para saber é outra coisa. Experimente.
    E Newton e Leibnitz também desenvolveram o cálculo mais ou menos ao mesmo tempo, Newton saiu na frente.
    Essas coisas são comuns na ciência.
    Quando se tem conhecimento e aparato para desenvolver uma teoria, formular uma hipótese, inventar algum gadget, muita gente interessada tem ideias parecidas.
    Plágios não são muito comuns, embora existam.
    Não ofenda Darwin, ele não merece.
    Isso é leviandade, não fica bem para um cara bem intencionado como acho que você é.
    Será que vou me decepcionar com você?

  997. Guto Diz:

    Marciano, não disse que foi plágio não meu caro. Disse que o artigo do Horta apontava essa questão de plágio, mas nào ficou provado nada contra ele. Pelo menos é o que o artigo diz. Lí sobre a espiritualidade de Wallacem que foi um cara, para mim, totalmente desconhecido e que embarcou na visão espírita da coisa.
    Contudo, não tirei conclusão alguma. Por isso, disse que, quando se l6e pouco sabe-se pouco e aí é que podemos nos enganar. Lí mais e mais e aí percebi que Darwin viveu um dilema com o Walace. No entanto, este último passou quase despercebio por muitos que nào estudaram um pouco mais sobre a história da biologia. SÓ ISSO RAPAZ! NÃO TIRE CONCLUSÕES PRECIPITADAS COMO EU!!!
    Continuo meus estudos, contudo, não concebo a idéia, tão simplista de Darwin, de que toda vida foi originada de um ancestral comum que, além de se autoreplicar originou seres diferentes em todos os sentidos. Cheguei numa questão interessante. A questão sexual. Os primeiros seres vivos, com certeza, se multiplicaram assexuadamente. Quando e por que os novos seres “mutados” começaram a não mais sofrer um processo de multiplicação por meio de ação assexuada para sexuada? As mutações sexuadas diminuem os erros genéticos, mas aumentam as chances de variações, pois combinam dois DNAs.
    Como disse, dúvidas a mais.
    Valeu!

  998. Marcos Arduin Diz:

    “Continuo meus estudos, contudo, não concebo a idéia, tão simplista de Darwin, de que toda vida foi originada de um ancestral comum que, além de se autoreplicar originou seres diferentes em todos os sentidos.”
    – Qual é a sua ideia alternativa a isso, Guto?

  999. Guto Diz:

    Marciano, depois de ler muiiiito, acredito que consegui entender melhor a teoria. É, tem lógica, mas há questões aiiiiinda pouco aprofundadas.
    As complexidades relativas ao que era e ao que hoje é. Sair do simples para o super complexo. Sair da possível situação unicelular para a multicelular. Da produção e consumo de energia ao consumo da energia através da alimentação. As questões da respiração celular. Da multiplicação sexuada e assexuada. Da idéia de que o meio é fator preponderante nas modificações genéticas. Da evolução do cérebro humano. Das questões relacionadas ao campo das idéias, sentimentos e da razão. Das questões relativas aos outros animais e o homem. Se estimularmos rotineiramente os chipanzés eles poedrão ser que nem nós no futuro. Pelo que parece, o ser humano chegou a atual condição através de estímulos que levaram a todas esses modificações genéticas, como os primatas, contudo, o cérebro do homem evoluiu exponencialmente em comparação aos nossos “companheiros”!
    Continuarei meus estudos…
    Valeu!

  1000. Montalvão Diz:

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    ARDUIN: Realmente não sei o que há de discutível no dito episódio: Houdini ESCREVEU COM TODAS AS LETRAS que “por um golpe de sorte para ela e azar para Crookes, a força falhou por um segundo no teatro em que se apresentava e aí ela aproveitou a oportunidade para enganar o cientista, substituindo uma mão pela junta do joelho e aí pondo-a para fora e simulando o fantasma.”
    Só você para achar que isso foi um “pequeno equívoco”. Isso é uma BAITA ASNEIRA, digna de um grande TRAPALHÃO MENTIROSO. Desafio os outros a apoiá-lo nesse argumento a favor de Houdini. Só sei por enquanto que você tem o voto do Vitor…
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    COMENTÁRIO: Arduin conheceu uma pessoa com quem muito simpatizou. Ela pareceu confiar no novo amigo e contou um monte de casos de sua vida. Um dia relatou que, num dia de fúria, botou três valentões para correr. Ao escrever um artigo, Arduin utilizou o relato para ilustrar uma parte de sua explanação. Tempos depois descobriu-se que fora o amigo que apanhara de três valentões, mesmo assim, ninguém crucificou Arduin por ter anotado a informação sem confirmar se a briga acontecera e se acontecera da forma como lhe fora passada. E, para espanto da humanidade marciana, nenhuma pessoa taxou Arduin de paspalhão por supor que a notícia correspondia: todos sabiam que algumas histórias se recebem em confiança e, dado o âmbito restrito em que se encaixam, mesmo sendo forjadas ou mal interpretadas (o amigo acreditava que havia vencido a contenda) não provocam grandes danos.
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    ARDUIN: Moisés, NÃO ESTOU INTERESSADO EM PROVAR QUE MATERIALIZAÇÕES EXISTIRAM. Isso é muito complicado. Estou sim interessado é que aqueles que apresentam hipóteses alternativas, explicando tudo pela fraude, que me demonstrem que essas hipóteses são demonstráveis assim, assado, frito e cozido, conforme tais e quais experimentos de simulação. Simples assim.
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    COMENTÁRIO: agora estrumbicou tudo: quer dizer que tem dúvidas se materializações são reais? Se tem dúvidas, significa que não toma os experimentos de Crookes, Richet e outros como demonstrativos dessa realidade. Se assim os considera, ou seja, não probantes, chegou bem perto do ponto ideal. O problema é que, se sabe que os testes de Crookes são insuficientes para provar materializações o que acha que eles provam? Devem existir pelo menos duas maneiras de demonstrar que Crookes foi vítima de fraudadores: à maneira arduínica, e, pelo método histórico-dedutivo. Pela proposta-arduin deve-se reprisar os experimentos antigos, detalhadamente, e conferir se eram mesmo à prova de safadezas. Como essa maneira verificativa é praticamente impossível de ser implementada (pois, mesmo que se conseguisse superar as enormes dificuldades e reprisar o ambiente antigo, com médiuns de efeitos físicos atuando, sempre poderia haver constestação se a reprodução estava cem porcento), os que querem defender a eficácia dos estudos de Crookes encontram aí fonte para perenizar a defesa daquelas limitadas experiências.
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    O outro método é mais simples e permite conclusões seguras: basta acompanhar o desenvolvimento das investigações nesse campo para constatar que, em vez de progredirem, como acontece com todo conhecimento saudável, os estudos e os resultados minguaram a ponto de na atualidade não ser mais factível falar-se em pesquisas dessa natureza. Desse modo, em vez da insana trabalheira de tentar-se repetir o que Crookes fizera (sem garantia de sucesso), basta acompanhar o devir das pesquisas para confirmar que não deram em nada.
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    Por fim, aproveite que está com a massa na mão, esclareça: se os esperimentos de Crookes você agora reconhece que não são probantes de materializações e se a fraude, no seu modo de vista, é inaceitável, então o que foi que aconteceu por lá?
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    ARDUIN: Mas o texto em questão não trata disso: falei da DESONESTIDADE do Polidoro em relatar o evento ocorrido. Lendo-se o relatório do Crookes, que Polidoro LEU também, vê que a tentativa de burlar o galvanômetro com um lenço molhado FALHOU.
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    COMENTÁRIO: Releia o que disse o Polidoro, citado por Arduin, portanto confiável (para o próprio) e analise se seu juízo contra o pobre historiador não é de todo repudiável, preste bem atenção:
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    ARDUIN: “A minha maior decepção com a comunidade cética é que ela combate a fé… mas é cheia de MUITA FÉ. O bambambam cético Massimo Polidoro, no caso aí da Eva Fay, cita o Harry Houdini, que afirmou ter obtido confissão dela nesse sentido:
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    POLIDORO: “Houdini PROPÔS UMA EXPLICAÇÃO ALTERNATIVA para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma SUPOSTA conversação com a Sra Fay.
    ‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, surgiu com uma exposição do trabalho dela, ela se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou aos seus cuidados e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela tinha apenas uma remota chance de passar no teste do galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e de azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para enganá-lo.’ ”
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    Observe (se ainda não percebeu o que vou falar é lamentável) que Polidoro não nomina o relato como verdadeiro, fala em “suposto” e “explicação alternativa”. Quer dizer, no muito bem elaborado artigo que produziu, Polidoro faz referência ao comentário de Houdini apenas ilustrativamente, não adentra a analisá-lo porque não o utiliza como comprovação de que houve fraude. Com ou sem a citação da nota de rodapé no livro de Houdini, a fraude de Fay contra Crookes é evidente.
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    O que Polidoro jamais imaginou é que a mera referência a essa nota lhe granjearia belos elogios, quais “desonesto”, “bobalhão”, e outros…
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    ARDUIN: Agora os colegas do Crookes perceberam essa possibilidade e tentaram usar um lenço molhado para simular essa fraude e FRACASSARAM, pois não conseguiam obter o valor da resistência do corpo humano na bamba: era preciso que Crookes lhes cantasse a leitura do galvanômetro.
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    COMENTÁRIO: não obtiveram a resistência “na bamba”, mas ficou demonstrado que o lenço molhado servia sim para manter o circuito fechado. Nada obsta que por meio de ensaios o esperto definisse previamente a resistência ideal. Apesar de, particularmente, achar que esse não teria sido o caminho usado por Fay ou Florence, ainda assim, fica patente que o paninho úmido seria uma das opções driblativas.
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    ARDUIN: Conforme já disse, Moisés, ser ilusionista e ser médium, não é MUTUAMENTE EXCLUSIVO. Sim, ela era mesmo ilusionista. Tanto que foi homenageada pelos mágicos. Não estou negando isso. Mas isso é prova absoluta de que ela não era médium? É aqui que fico ressabiado, pois as supostas negativas neste quesito vem de TERCEIROS e não dela própria. Se como o Polidoro diz que ela renegava em público a sua mediunidade quando iniciava seus espetáculos (pra que ela ira fazer isso se NUNCA SE DISSE MÉDIUM?), ISSO DEVERIA ESTAR REGISTRADO EM PUBLICAÇÕES JORNAIS E REVISTAS DA ÉPOCA. POLIDORO NÃO ACHOU NADA A RESPEITO E VOCÊ SIM? DIZ AÍ ONDE ESTÃO ELAS.
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    COMENTÁRIO: ué, você não leu múltidões de vezes o artigo de Polidoro? Como pode dizer que não houve a denegatória? Agora esse negócio de que ela negava publica e sistematicamente a pecha de médium é por sua conta. Parece que não quer entender os acontecimentos naqueles dias ou quer entendê-los sob sua particular e especial visão atual. Polidoro esclarece que os Fay iam conforme a maré, eles apresentavam o xou e se percebiam que a platéia fosse inclinada ao espiritismo deixava que pensasse estar diante de médiuns, se não houvesse manifestação ficavam na deles. A fama de médiuns foi conquistada um tanto à revelia do casal: foram expectadores empolgados com a “verdade” mediúnica que se encarregaram de espalhar a fama da dupla. Paralelamente, havia quem questionasse que Fay e o marido fossem médiuns, inclusive havia quem os denunciasse em publicações como fraudadores. Houve, ao que parece, ao menos uma negativa explícita dita por Fay em apresentação teatral diante do auditório. Releia trechos do artigo do Polidoro, que você tanto aprecia, e clareie suas lembranças:
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    POLIDORO: “Os Fays, que ficaram famosos em sua apresentação como “O Fenômeno Indescritível”, nunca reivindicaram abertamente haver intervenção de espíritos. Realmente, era uma apresentação ilusionista típica, introduzida inicialmente por Laura Ellis, que seguia os passos de outras apresentações semelhantes, como o “Gabinete do Espírito” dos Davenport (Polidoro 1998), que combinavam escapismo e temas espiritualistas. Uma versão perfeita do “Fenômeno Indescritível” ainda vem sendo executada hoje em dia pelos mentalistas Glenn Falkenstein e Frances Willard. Annie era audaciosa o bastante para apresentar outros truques e ilusões junto de seu ato principal: um “Lenço Espiritual Dançante”, uma “Mão batedora”, e uma “Levitação” foram incluídas por anos em seu programa.
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    POR ALGUM TEMPO NA AMÉRICA, SUAS APRESENTAÇÕES ERAM TIDAS E HAVIDAS COMO UM REAL EXEMPLO DE ESPIRITUALISMO. Emma Hardinge, uma médium e historiadora de espiritualismo, em seu livro Modern American Spiritualism (1870), declarou que as fraudes de Melville Fay foram “abertamente expostas pelos próprios Espiritualistas”; John W Truesdell, um cético da época, concordou que Fay era uma velhaca. Parece claro que o jeito de Annie se apresentar era de acordo com o público: se lidava com espiritualistas, dizia ter poderes mediúnicos, e se atuava num teatro, deixava que o público pensasse o que bem entendesse, uma atitude adotada por outros mentalistas da época, como os Piddingtons.
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    Cientistas e Mágicos
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    Quando os Fays chegaram a Londres em junho de 1874, os anúncios para suas apresentações no Queen’s Concert Rooms, Hanover Square, mencionaram “entretenimentos incluindo sessões espíritas à luz e às escuras todos os dias”, “manifestações misteriosas,” e “uma série de efeitos estonteantes”; porém, não havia sugestão alguma de que eles tivessem qualquer relação com o espiritualismo. Todavia, Annie acreditou que ela mesma seria uma médium de efeitos físicos. [fica melhor: “Annie se viu saudada como médium de efeitos físicos]
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    Imediatamente, começou a receber a atenção de vários investigadores psíquicos; F. W. H. Myers, por exemplo, que mais tarde seria um dos principais fundadores da Sociedade de Pesquisas Psíquicas, expressou seu interesse numa “investigação extensa da mediunidade da Sra. Fay” William Crookes, entretanto, deixou claro que queria ele ser o primeiro a examiná-la.”
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    Veja, a seguir, artigo em inglês onde se lê sobre as manifestações de Fay a respeito de sua mediunidade.
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    Ann Eliza Heathman was born in Southington Ohio in 1851. She apparently showed signs of being a medium at a young age and was encouraged by her family in that regard. Spiritualism had just been born in 1848 and it was sweeping the nation. The Fox Sisters and the Davenport Brothers were touring with their respective spiritualistic shows. It seemed logical for Ann to move in this direction as well. She met a man named H. Melville Fay who was a fake medium who became her manager and some think he was the one who taught Ann the methods of the fake mediums. FAY, by the way was also a fake name, he likely appropriated it from William Fay who was touring with the Davenport Brothers.

    Ann adopted the stage name of Annie Fay and began to perform as a stage medium. David Price’s book, A Pictorial History of Magic says that she may have started performing as early as age 11. So that would be around 1862 that she began. The early act consisted of Mr. Alexander Fay (another name used by H. Melville Fay) who did magic and ventriloquism. Her act followed with a ‘Light Seance and a Dark Seance’. The Light Seance is probably where she presented the ‘dancing spirit handkerchief’. This is the same trick that Harry Blackstone Sr. made famous, but it’s generally agreed that it was invented by Anna Eva Fay. Though, it’s not likely her routine was the same as Blackstone’s.

    The Dark Seance was her version of the Davenport’s Spirit Cabinet. She would be tied to a post using strips of cloth. The knots in the cloth were then sewed together with thread. Rope would be tied to her feet and then the rope would extend outside her cabinet and be held by members of the audience. Her ‘cabinet’ by the way was not a cabinet at all, but instead was a pipe and drape set up to form a small curtained room. When the front curtain was closed, odd manifestations would occur, but every time the curtain was opened, Ann was found to be still tied and still in a trance-like state. The manifestations she offered were unique. Her head would be seen floating above the top edge of the curtain at one point; nails and a board were put into the cabinet and moments later the nails would be found to have been pounded into the board; a sheet of paper and a pair of scissors were put into the cabinet and when opened the paper was cut into the shape of a string of dolls.

    So amazing and believable was Annie Fay that regardless of the inclusion of magic and ventriloquism people began to believe her work was the real thing. I should point out that she never presented her offerings and legitimate spirit manifestations. However, the statement or disclaimer made prior to her performance left a lot to the imagination. It basically said, ‘if you think what you are seeing is real, you are welcome to think that. We present these demonstrations of your kind consideration’. That’s a simplified version of the quote, and it hardly says what she is doing is fake, but it also makes no claim that it’s real. I think because she was a ‘stage medium’ and presented her show in a theatrical setting, it was assumed she was merely a show person. But because people are so quick to believe these pseudo paranormal performers, she became a sensation.

    After returning from England in the 1870s, Annie Fay became Anna Eva Fay. She and H. Melville Fay, whose real last name was Cummings, had a son, John, in 1877. Young John would assist his mother in the act as he grew older. Another interesting character who once acted as an assistant to the Anna Eva Fay show was Washington Irving Bishop. Sadly, Bishop was a bit of a traitor as he was source behind an exposure article that appeared in the New York Daily Graphic in 1876. He left the show and went off on his own after this. The exposure of the Anna Eva Fay act did nothing to slow down her success.

    Shortly after her son was born, H. Melville Cummings/Fay, her manager and possibly her husband, died. She then married David Pingree who then became her manager as well.

    Over the years the spirit manifestation part of the act began to loose appeal and it was replaced with Anna Eva Fay presenting feats of mentalism or mind reading. In the past, parts of her act were taken by other performers, specifically the spirit handkerchief or dancing hank which ended up in the acts of, Harry Kellar, Frederick Eugene Powell, Harry Blackstone and others. Now it was her turn to ‘borrow’ from another performer. She took Samri Baldwin’s Q&A routine and added it to her act.

    The Anna Eva Fay version of the Question & Answer Act started with pads of paper being passed out before the show to audience members who wrote down questions on the paper and then tore the paper off and kept it. Later in the show, Anna would sit in a chair and be covered with a light cloth and begin to answer the questions briskly that people had written down. Near the end of the act, the cloth covering would be removed and Anna Eva Fay would collapse in the arms of her husband.

    Everything seemed to be splendidly for Anna Eva Fay until her son John married a woman named Eva Norman in 1898. Eva and Anna Eva Fay did not get along from the start and what made matters worse is when Eva and John went off on their own and started doing an act called ‘The Marvelous Fays. They were basically doing a copy of Anna Eva Fay’s act. Later Eva Fay would bill herself as ‘The High Priestess of Mysticism’. This caused a rift in the family. It was not an exact copy, as Eva Fay presented her version on the Q&A act much differently and more flamboyantly than the elder Fay.

    In 1908, while apparently cleaning or toying with a loaded pistol, John Cummings Fay, son of Anna Eva Fay and husband to Eva Fay accidentally shot and killed himself. John was buried in the family plot in Massachusetts.

    Anna Eva Fay continued to perform her act until 1924 when she retired. It was during this time that none other than Harry Houdini stepped into the picture. He had exposed her act in his book A Magician Among the Spirits, and was actually meeting her after the book had come out.

    Houdini claimed that Fay revealed her secrets to him, but some historians believe that this probably did not happen. I’m not sure that the revelation that she was not a real spirit medium would be a real revelation to Houdini given the nature of Anna Eva Fay’s act and Houdini’s knowledge of escapes and magic. There was one thing she did reveal to Houdini. According to the Kenneth Silverman’s biography on Houdini, Anna Eva Fay confided in Houdini that she visited her son’s grave often, always hoping for a message from beyond but never receiving one.

    Another thing revealed in the Silverman biography was this shocking bit of news, when Houdini went to visit Anna Eva Fay in her home in Mass., he brought along a movie camera to record the event. So here is yet another lost film. Maybe, just maybe it’s among the Larry Weeks Collection.

    Ms. Fay was also on hand when Houdini was set to challenge Margery the Medium at Symphony Hall in Boston in January 1925. I guess you could say she was there for ‘spiritual support’ (sorry I couldn’t resist that one).

    Anna Eva Fay Pingree died on May 1927. She was buried in the family plot at the Wyoming Cemetery in Melrose Massachusetts. She was an amazing woman and became quite famous and wealthy with her unusual act. Historian Barry Wiley has written a biography of Anna Eva Fay called, The Indescribable Phenomenon and it’s published by Hermetic Press.

    http://www.themagicdetective.com/2011/09/life-of-anna-eva-fay.html
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    “Você é que está fazendo correlação entre a possível falha informativa de Houdini e a reflexão de Polidoro.”
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    ARDUIN: – Exatamente, meu caro. Polidoro leu tanto o relatório do Crookes como o livro do Houdini onde a baita besteira está dita. Ora bolas! Se Polidoro não estivesse empenhado em defender a fé cética, notaria que alguma coisa estava muito errada. O que Houdini relata é TOTALMENTE ABSURDO e se Polidoro não fosse um cético sábio, culto, racional e inteligente, teria notado isso.
    Substituir uma mão pela junta do joelho até seria algo possível, mas não lhe permitira distribuir livros e objetos às testemunhas. Lendo o relatório do Crookes, dá pra se ver isso nitidamente. Mas o Polidoro ficou com o Houdini e declara NÃO HAVER MAIS DÚVIDAS DE QUE O TAL TRUQUE DE FATO OCORREU. Deus me livre, que mentira cabeluda!
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    COMENTÁRIO: Arduin acho tem hora que você se surpreende a si mesmo… agora reconhece que a troca do contato da mão para a dobra do joelho é viável. Mas, para não ficar na desvantagem encontrou outra dificuldade, que pretende explorar pelos próximos vinte anos. Diz você: “mesmo com a mão livre a mulher não podia fazer o que fez fraudulentamente, pois os fios não lhe permitam ampla movimentação”. Ora, Arduin, nos poupe e poupe sua inteligência. Fay era uma ilusionista e certamente não seria um fiozinho curto que lhe impediria de realizar o truque. Se o mais difícil ela fizera, que foi manter os contatos e libertar as mãos, acha que não conseguiria um jeito de ligar um fio extensor ao contato original? Estou vendo que não quer esclarecer coisa alguma, é mais confortável ficar na teimosa negativa. Em vez de gastar tempo com ligações elétricas, como se fosse (ou algum de seus interlocutores) especializado em mágicas, faça vista panorâmica dos estudos sobre materialização e veja que não progrediram, mostrando que não havia real fundamentação para as alegações de que materializações acontecem. Faça isso e garanto que será feliz…
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    ARDUIN: Como o Polidoro reproduz em seu artigo, Colin Brookesmith diz que com os contatos separados à distância de 30 cm, não havia dificuldade alguma em fazer deslizar o braço por um contato e segurar o outro, fechando o circuito e sem provocar grandes deflexões no galvanômetro. Só que no experimento de Crookes, a pedido de seus colegas, os contatos foram AFASTADOS e fixados LONGE UM DO OUTRO, suficientemente para impedir que se tentasse ligá-los com um lenço. Um lenço esticado pode chegar a 30 cm, mas os contatos foram afastados para bem além disso e portanto NÃO É POSSÍVEL fazer deslizar um braço e alcançar o outro contato com a mão, a menos que seja o braço do Reed Richards, o líder lá do Quarteto Fantástico…
    Entendeu o problema?
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    COMENTÁRIO: entendi que você está analisando o trabalho de uma ilusionista, alguém versado nas artes prestidigitativas, com olhos leigos e acha que não há outra explicação a não ser a intervenção de alguma “força” misteriosa, seja espírito, seja paranormalidade, seja ET, seja o que for (tive a impressão de que sua defesa era a favor da mediunidade de efeitos físicos, mas depois de suas últimas declarações confesso que não mais entendo o que quer demonstrar com essa aferricidade à lisura dos experimentos crookeanos). Não esqueça que quem estava escondida detrás das cortinas era pessoa habilidosa em simular poderes mágicos. O que é que você entende de prestidigitação para poder negar com tanta firmeza que nenhum truque era possível? Você como investigador de médiuns daria um bom Crookes.
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    Verifique a descrição de como os Fay apresentavam seus espetáculos e compreenderá. O marido e um ajudante na platéia amarrava a mulher e, por exemplo, punha um violão em seu colo, fechava a cortina e ouvia-se o blimblar do instrumento, abria-se a cortina e Fay continuava amarrada. Acho curioso que você não exija que esse espetáculo seja mostrado ser mágica de salão para deixar de crer que fosse mágica real…
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    Então, Fay achou caminho para driblar o galvanômetro, isso é certo. “Qual foi esse caminho? Eu quero saber”, brada Arduin. Mas porque ele não brada por explicações dos outros truques descritos de Fay, que não envolvem materializações, mas podiam ser creditados à ação de espíritos? Tanto pode que muitos dos apreciadores do espetáculo acreditaram estar diante de legítimos médiuns (como se tal coisa existisse).
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    Voltando ao galvanômetro. Você, depois de muitos anos negando, resolveu admitir que seria possível desviar o contato da mão para o joelho. Certo? Certamente, entende que fazendo assim Fay ficaria ao menos com uma das mãos livres, certo? Suponha que ela tenha trazido consigo pedaços de fio, digamos de dois metros de comprimento, um para cada contato, e esses fios estivessem ligados a contatos extras. Com uma das mãos livres ela só precisaria emendar as extensões nos contatos originais e, ou deixá-las no joelho ou pô-los onde quisesse que facilitasse a consecução do truque.
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    ARDUIN:Agora eu ainda estou querendo saber de que fio o extensível é esse do qual está falando. Não consigo pensar nele, pois não sei o que é.
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    COMENTÁRIO: acabei de nele falar, veja acima…
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    ARDUIN: Fay NOTICIOU… Moisés, dá pra cair na real? A Eva Fay NUNCA revelou nada a Houdini sobre o que houve lá dela com o Crookes, tá bem? Houdini INVENTOU essa história. E inventou por que? Porque NADA SABIA a respeito, já que NUNCA leu nada do que Crookes escreveu. Houvesse ele lido, saberia que tal truque seria impossível, mesmo que houvesse luz elétrica na época.
    E desde quando, SE HOUVESSEM CONVERSADO, ELA IA FALAR EM LUZ ELÉTRICA? Só mesmo você para achar que estou sendo injusto de chamar Houdini e Polidoro de mentirosos. São mesmo e quero que me provem o contrário.
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    COMENTÁRIO: Como é que pode afirmar com tanta certeza que Fay nada falou a Houdini? O máximo que podemos aventar é pôr sob suspeição a correta descrição do caso (seja da parte de Houdini, seja da de Fay). Já lhe foram dadas várias suposições: é possível que Fay, pela idade, estivesse confundindo as coisas: visto que ela apresentou centenas de espetáculos, a maioria em teatros, não é descartável que tenha vivenciado episódio em que houve falta de luz e, talvez, alguém tentasse controlá-la pelo galvanômetro, ou qualquer coisa parecida. É certo que a maioria dos historiadores questiona esse depoimento, mas não há como ter certeza se aconteceu ou não. Se não aconteceu, fica em questão dos motivos de Houdini inventar tal história. Quem sabe o homem das fugas não transcreveu de memória o que ouvira? Quem sabe não entender mal o depoimento da nova amiga? Tantas possibilidades… não é aceitável que, baseado em evento secundário e de somenos importância, se taxe o autor de mentiroso, bobalhão, e o que mais?, pateta… Provavelmente tem parte da história que não veio à lume para nós. Pense bem, Houdini dá uma escorregada e nenhum de seus contemporâneos aponta o erro, muitos deles doidos para pegar o mágico pelo pé, muito esquisito… Será que durante todos esses anos só Arduin percebeu o miúdo deslize e dele fez bastião inexpugnável de desmoralização do caçador de médiuns?
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    ARDUIN: Agora quanto às materializações, bem… Creio que QUANDO HOUDINI AINDA ERA VIVO, HAVIA AINDA MÉDIUNS DE MATERIALIZAÇÃO ATUANTES, COMO HELEN DUNCAN E MARTHE BERÁUD. MAS ELE NUNCA FOI INVESTIGAR ESSAS MADAMES PESSOALMENTE. Preferiu fazer materializações com fumaça de cigarro. Assim é fácil concluir que nunca existiram.
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    COMENTÁRIO: Houdini testou quem se deixou testar, ou pensa que ficava a critério dele selecionar quem seria o próximo a ser desmascarado? O trabalho que fez com Margery mostra quão problemático era o denunciamento de médiuns naqueles dias, principalmente por terem numerosos admiradores, desejosos de confirmarem histórias mil, e vários desses considerados investigadores de alto nível, qual o caso de Carrington. Aliás, Otília Diogo também é demonstrativo do esforço que fazem os advogados de asseverar o improvável.
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    De qualquer modo, não seria necessário que Houdini pesquisasse Duncan, Harry Price o fez e mostrou as múltiplas evidências das fraudes que perpetrava, notadamente na produção de ectoplasma.
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    saudações imaterializativas

  1001. Marciano Diz:

    Guto,
    siga meu conselho e o do Arduin, continue estudando, deixe para tirar suas conclusões mais tarde.
    E escolha bem o que vai ler.
    Perdoe a franqueza, você é meio imaturo.
    Antes de criticar Darwin, procure conhecê-lo.
    Veja o que aconteceu depois da publicação da Origem das Espécies.
    Conheça o trabalho de Mendel (eles não trocaram ideias na época, uma pena).
    Eu reputo a atual Teoria da Evolução, assim como a Teoria da Propagação das Ondas Eletromagnéticas e a Tectônica de Placas (incorretamente chamada de placas tectônicas), antes que me esqueça, a fissão e a fusão do átomo, as coisas mais importantes que surgiram recentemente na Ciência.
    A Matemática é a chave para entender quase tudo em Ciência.
    A preguiça, as conclusões apressadas, assim como a fantasia, são a maior causa de insipiência e de atraso da humanidade.
    Se você prefere fantasiar do que raciocinar, desde que não faça mal a si nem a outrem, tudo bem. Só não é legal, mas tudo bem.
    Arduin pode continuar acreditando em fantasmas e materializações de fantasmas, a vida dele não vai mudar em nada e ele continuará sendo um homem bom.
    Você pode acabar sendo vítima de espertalhões, se continuar com essas fantasias.
    Minha consciência está tranquila, eu tentei te ajudar.
    Agora é com você.
    Faça da sua vida o que quiser.
    Só tente não mudar para pior nem deixar que abusem de você.

  1002. Marciano Diz:

    Montalvão,
    só uma curiosidade.
    Você não economiza nas palavras, portanto, sei que satisfará meu curiosismo (estou te imitando mesmo, isto é uma homenagem).
    O que leva um cara lúcido como você, perspicaz ao extremo, arguto, a acreditar em vida após a morte?
    No caso do Vitor, eu entendo, ele se deixou levar pela parapsicologia, pelo esoterismo moderno.
    Você não tem nada para acreditar em bullshit.
    Será apenas vontade de não deixar de existir?
    De reencontrar pessoas de quem você gosta?
    Não sei qual a sua idade, nem quero saber, mas onde você estava quando Hitler invadiu a Polônia?
    Não sei, mas acho que no mesmo lugar onde você estará depois de sua morte, ou seja, lugar nenhum.
    Qual o problema com isso?
    Eu acho que entendo o Arduin, ele entrou num mundo irreal, adaptou-se a esse mundo, fez amigos.
    Seria uma mudança radical para ele, entendo a resistência.
    E no seu caso?
    Qual o problema?
    O Biasetto eu acho que entendo também, quer agarrar-se a uma tábua de salvação, acomodou-se com a ideia de que religiões são “baloney”, papo furado, mas quer continuar a viver depois da morte, é um cara exageradamente emotivo.
    Você é um cara tão racional…
    Por que você é diferente de mim e do Antonio, se pensamos de forma muito semelhante, temos mais ou menos os mesmos conhecimentos?
    Farás um comentário dissipando minhas dúvidas ou farás outro que me deixará mais intrigado ainda?
    Qual o problema de voltar ao status quo de antes do nascimento?
    Seus pais, por exemplo, andavam por aí, fazendo planos, como qualquer humano normal, namoraram, transaram (uma das transas resultou na sua existência), e você estava totalmente indiferente, não sabia de nada, não existia.
    Não sei se seus pais ainda estão vivos, mas você está.
    Qual a diferença?
    Por que tanta resistência em reconhecer um fato óbvio, que depois de morrermos voltaremos à mesma inexistência de antes de nascermos?
    Eu pretendo viver até os 400 anos, estou elaborando um projeto nesse sentido, mas se morrer aos 40 (dez vezes menos), qual o problema. O que mudará na minha vida, quero dizer, na minha morte?
    Viver é bom, mas não depende da gente. Depende de uma miríade de fatores externos à nossa vontade.
    Ilumina-me, Montalvão, a curiosidade é uma das coisas mais torturantes para as mentes pensativas.
    Se dependesse de mim, eu seria mais um robô idiota, daqueles que estudam, trabalham, se alimentam, acasalam, se reproduzem, escolhem uma mentira para acreditar, e vivem mergulhados na ilusão, numa vida artificial, até seu último suspiro. Mas a maldita natureza me fez assim, questionador, cheio de dúvidas, desconfiado.
    E sem medo.
    Todo mundo morre um dia. Até as sequoias.
    Até as galáxias, as quais não têm vontade, mas duram quase uma eternidade, se eternidade existisse.
    Claro que eternidade existe, eu quero dizer para o indivíduo, ainda que ele seja complexo, um aglomerado de células, de átomos ou de estrelas. Para esses tudo é finito.
    Dizem que os humanos são inteligentes. Eu tenho minhas dúvidas. Um gato é mais inteligente do que uma aranha e um humano mais inteligente do que um gato. Mas o que é inteligência? A capacidade de entender as coisas? Um gato entende coisas que uma aranha não entende e um humano entende coisas que um gato não entende.
    Existem humanos que não entendem nada.
    No final das contas, vão todos para o mesmo lugar, o nada. Entretanto, a vontade de ser especial, de ser eterno, é avassaladora, ainda que muitos não tenham a capacidade de entender o conceito de eternidade.
    Manda bala, Montalvão, estou esperando.
    Se houver alguma coisa confusa no texto, pergunte que eu explico, estou meio zoado, cheguei da night (mais cedo, por causa do UFC). Talvez por isso eu tenha tomado a liberdade de tentar invadir sua consciência.
    Esteja à vontade para não responder, para mandar eu cuidar da minha vida, se quiser.
    Não se esqueça de que eu sou apenas um curioso egoísta, que procura entender tudo, até o que não lhe é possível compreender.
    Se quiser responder, seja o mais sincero possível.
    That’s all.
    Estou perdendo algumas lutas (eu não, lutadores estão perdendo).
    Auf wiederschreiben.
    Morgen abend.
    Ich hoffe.
    Philosophisch Salut.

  1003. Gorducho Diz:

    (…) os Fay iam conforme a maré, eles apresentavam o xou e se percebiam que a platéia fosse inclinada ao espiritismo deixava que pensasse estar diante de médiuns, se não houvesse manifestação ficavam na deles. A fama de médiuns foi conquistada um tanto à revelia do casal: foram expectadores empolgados com a “verdade” mediúnica que se encarregaram de espalhar a fama da dupla.
     
    Annie e o marido Pingree dominavam PR e marketing avançadamente até para os padrões atuais. Ilustro:
     
    The Frankfort [KY (América)] roundabout, 23/11/1906, pg. 3
    ANNA EVA FAY
    O Oráculo dos Tempos Modernos vem ao Capital Theatre na próxima semana.
    Anna Eva Fay, o mundialmente renomado oráculo dos tempos modernos, estreia três noites no Capital Theatre quinta-feira 29 de novembro, numa brilhante demonstração de Telepatia Mental. A ciência já de há muito aceitou telepatia como uma coisa aceita e, sem dúvida, Miss Fay tem algo a ver com forçar essa aceitação, pois ela é inquestionavelmente uma aluna avançada no domínio da transmissão de pensamento sem intervenção de forças ou agentes físicos. Dotada duma completa compreensão dos limites do espiritualismo e criada numa família dessa crença, Anna Eva Fay, a mais admirável ocultista da época atual, enquanto ainda uma criança foi à Índia onde estudou a arte sobrenatural dos Mahatmas.
    Tão competente se tornou, que ao deixar aquele país, os sumo sacerdotes outorgaram-lhe o título de “Mahatma Loira”, e até o presente ela mantém o nome.
    Diz-se que possui uma rara força mental pela qual é capaz de ler o pensamento de outros, localizar coisas ou pessoas perdidas e até ler a sorte.
    No entanto não é cartomante nem clarividente. Apareceu perante praticamente todos órgãos científicos do mundo. Frequentemente pedem-lhe que descreva seu peculiar poder, mas ela própria não sabe como.
    O que faz pode ser dito, mas como consegue tantas coisas surpreendentes é impossível descrever, e há poucas pessoas que arriscaram uma opinião.
    Não há dúvida que o Teatro estará lotado durante suas apresentações, pois em outras cidades os teatros não foram grandes o suficiente para acomodar as multidões que se reuniram para assistir essa maravilhosa mulherzinha, centenas sendo mandadas embora a cada apresentação.
    15, 25, 35 e 50 cents. Senhoras noite de estreia gratuita com condições usuais.

  1004. Gorducho Diz:

    2324/11/1906
     
    Note-se que nessa época aparentemente já se havia esgotado a história das “materializações” e as estrepolias do gabinete espiritual que enganaram o bocó do Crookes.

  1005. Gorducho Diz:

    Prova definitiva da Ciência Espírita:
    http://www.youtube.com/watch?v=BbPfK6K7LJE

  1006. Montalvão Diz:

    Mais um beliscos no Arduin…
    .
    ARDUIN: No livro aqui citado, Houdini fala de Crookes “em teoria”, ou seja, diz o que acha, mas não cita nenhuma fonte de informação original. São citações de terceiros. Portanto, Houdini não deve mesmo ter lido coisa alguma no original. Se houvesse lido, não inventaria um truque inviável que Fay supostamente faria…
    .
    COMENTÁRIO: é possível que Houdini não tenha lido Crookes, ou não lera tão detalhadamente quanto Arduin, décadas depois, exigiria que fosse feito. De um modo ou de outro, a experiência do mágico seria suficiente para mostrar que Crookes fora ludibriado. Houdini afirma, na introdução de “Um mágico contra o espiritismo” que dedicara 25 anos de sua vida a pesquisar a mediunidade. E não foi pesquisa fajuta, qual a que fazem alguns que declaram ter investigado os espíritos por 30, 50 anos, e tudo o que realizam são coleções de pseudomanifestações, divulgadas como “provas” da atuação de desencarnados. Mais ou menos equivalente a alguém pretender provar a mediunidade de Chico alegando que psicografara milhares de cartas de falecidos. Acha-se que quantidade é evidência da crença.
    .
    Houdini submetia os médiuns a testes específicos e conseguia mantê-los devidamente controlados, coisa de que poucos investigadores eram capazes. Assim, com o alegado contatador de espíritos corretamente fiscalizado, ou não acontecia nada ou o logro se demonstrava. Portanto, o homem das fugas tinha autoridade para se pronunciar a respeito das experiências alheias: podia avaliar o trabalho de Crookes, mesmo que não o examinasse detalhadamente. Do mesmo modo que hoje, qualquer um de nós, ainda que não sejamos versados nas artes prestidigitativas, podemos afirmar sem remorsos que Fay e Florence eram matreiras simuladoras. Não fosse pelo fato de, após deixarem Crookes, terem sido demonstradas fraudadoras (no caso de Fay, nem isso, ela apenas, espertamente, deixava a fama fluir para que lado fosse, o importante era estar na mídia), então, mesmo que não fossem demonstradas encenadoras, há o aspecto maior que permeia a história da mediunidade de efeitos físicos: o que espertos do passado diziam realizar mediunicamente hoje os “espíritos” ou a paranormalidade não mais consegue produzir sob condições controladas.
    .
    Para efeito econômico e produtivo, não se faz necessário (tentar) reproduzir experimentos antigos, basta a constatação de que coisa alguma do que supostamente acontecia por fomentação espiritual é passível de ser replicado contemporaneamente.
    .
    Contudo, Arduin, chorosamente, se defende: “nada do que se demonstra no campo das materializações o público aceita”. Será que ele refletiu a respeito do que diz? Primeiro que o “público” aceita e muito bem historietas do sobrenatural: a maioria das pessoas, acriticamente, curte relatos da espécie. Quem estuda um pouquinho a respeito das alegações mediúnicas, estes sim, não conseguem acatá-las em virtude das fragilidades que a hipótese carrega consigo. Em relação aos que avaliam com prudência cética as “provas” do sobrenatural (devem ser esses a quem Arduin se refere quando diz que “o público não aceita”) eles não só recusam as miseráveis provas da mediunidade de efeitos físicos, como de toda e qualquer mediunidade. Não porque não gostem da ideia, mas porque as evidências disponíveis são suspeitas ou subjetivas.
    .
    Entendeu?

  1007. Guto Diz:

    Marciano, o que é ser imaturo?
    Meu caro, poderia discorrer bastante sobre este tema contigo, mas vou dizer só uma coisa. Em questão espiritual, não, certamente não sou. Porém, isso não lhe diz nada, pois não existe espírito. Então, substitua espitual por atitudes perante as coisas da vida. Entenda vida como: pai, filho, marido, chefe, cidadão, amigo, vizinho, irmão e …. o que conseguir pensar mais. Neste assunto, tenho certeza que estou bem. Só bem, pois ainda há muito o que fazer.
    E você, como se encontra neste aspecto? Já cresceu bastante?
    No que toca as questões do conheccimento humano, devo estar engatinhando mesmo. Mas, isso para mim, não é algo que me faça tanta falta. É sempre bom mais conhecimento, mais a questão é: Que tipo de conhecimento é realmente importante?
    Fico feliz em saber que você, mesmo não acreditando em muitas coisas, acredita na necessidade do ser humano ser bom, honesto, leal e fraterno. Já é alguma coisa para um ateu e cético, pois a falta de crença pode ser elemento perigoso nos aspectos morais, visto que, se não for ensinado por pai e mãe, talvez não o seja por ninguém! E, o mundo ensina a lei do cão. O mais forte sobrevive! Meio Darwinista isso. Trocadilho meio pesado, mas se pensar direitinho, foi assim não foi a questão da evolução das espécies. O mais forte (adaptado) foi quem sobreviveu e conseguiu se multiplicar até chegar aonde chegamos.
    Não me entanda mal, é o meu pensamento sobre como o seres humanos aprendem as virtudes ou os defeitos morais. Casa X Mundo. A escola não entra no meio, pois ela, hoje, só é elemento de instrução e não de educação. Muito menos a moral.
    Para a minha mente, o mundo precisa de mais AMOR e não de ciência. Como escrevi: A doença do mundo é da “alma”. Do seu interior.
    Aprendi muito com o meu avô, que não era tão conhecedor das coisas do mundo, mas possuia uma sabedoria incrível! Ali, percebí que o melhor para a minha vida era saber como levá-la daquele jeitinho. Calmo, manso, bom e sem grandes NECESSIDADES que nós inventamos e colocamos nas nossas vidas como IMPRESCINDÍVEIS!
    É a minha visão da compreensão da vida.
    Valeu e PAZ e AMOR!

  1008. Montalvão Diz:

    Outra cutucadinha:
    .
    Marcos Arduin Diz: Ah! Ainda sobre o tal fio extensível, quero lembrá-lo, conforme diz Polidoro, que Fay e Houdini conversaram POR HORAS e que ela tranquilamente revelou-lhe TODOS OS SEUS SEGREDOS. Então se houve tira de pano molhada, se houve outro resistor, se houve fios extensíveis, ela DEVE TER REVELADO ISSO. Estranho Houdini ter optado apenas por apresentar um truque bobo e inviável e ainda dizer que ele só foi possível graças à queda de força no teatro…
    .
    COMENTÁRIO: Arduin, Arduin, você não é bobo e deve saber que o que diz não tem qualquer fundamento. Houdini e Fay podem ter conversado por horas, mas não ficaram horas conversando sobre Crookes. Pelo visto, William Crookes era para Fay lembrança distante e esmaecida. Ela apenas fez comentário casual de que conseguira ludibriar o ingênuo cientista (ingênuo nas lides mediúnicas, como pesquisador científico era respeitável), tão casual fora a lembrança que nem mais recordava corretamente os acontecimentos (outra hipótese é a de que Houdini ouvira a resumida e pouco esclarecida apreciação de Fay e a entendera distorcidamente). O fato é que Crookes rendeu pequena nota de rodapé no livro de Houdini, o que demonstra que dialogaram um quase nada a respeito. Ao mago das fugas interessava conferir como a mulher conseguira escapar dos contatos do galvanômetro, sem que o aparelho registrasse a fuga. Ela informou que simplesmente passara os contatos das mãos para os joelhos. Ela não entrou em detalhes, se houve toalha molhada, se utilizou filamentos extensores, se se esticou, apenas deu a descrição sucinta de como desimpedira as mãos de agirem.
    .
    Fay não descreveu minuciosamente como ludibriara Crookes, tampouco Houdini pediu-lhe que o fizesse, contentou-se o mágico com a curta informação que a amiga lhe dera e a considerou aceitável. Não sei porque insiste em fazer tamanha tempestade com esse detalhe, como se dele dependesse a honestidade de Houdini e a realidade da conversa, ou mesmo a sorte das materializações. Ponha a narrativa nos limites de seu entorno e pare de querer transformar ovo de lagartixa em de avestruz.
    .
    “Revelou-lhe todos seus segredos”… você, Arduin, toma a expressão ao pé da letra e não percebe o óbvio, que se trata de modo de falar. Diagamos que um dia nos encontremos e conversemos durante algumas horas, depois do colóquio eu diria: “Arduin me contou toda sua vida”, tal significaria que me relatara detalhadamente sua existência? Ou que fez uma apreciação superficial de suas aventuras?
    .
    saudações meditabundas.

  1009. Gorducho Diz:

    De um modo ou de outro, a experiência do mágico seria suficiente para mostrar que Crookes fora ludibriado.
     
    Nem isso era necessário, pois para eles nunca esteve em questão ela ser “médium”. As pessoas que iam ao show, e as resenhas de jornal, tinham plena consciência que estavam assistindo ilusionismo a título de diversão. Como nós ao assistirmos “mágica” nos cassinos, teatros (refiro-me a assistir in loco, que é mais “autentico”). Nem se fala o Houdini que era amigo – suponho que no sentido “social” do termo, como dizemos nossos “amigos” do serviço, clube, &c – desde que eu saiba o ano 12. Então, claro, só como foram os truques. E isso talvez ela tenha se reservado não contar, desconversando talvez…
    Sempre me lembro do que o cara da Kodak disse pro Gardner – acho que o Conan Doyle estava junto… – ao se despedirem:
    “after all, as fairies couldn’t be true, the photographs must have been faked somehow”. 🙂

  1010. Montalvão Diz:

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    Filosófico Marciano,
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    Tenta-lo-ei responder-lho na conformidade em que minha catilogência permitir.
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    MARCIANO Diz: Montalvão, só uma curiosidade. Você não economiza nas palavras, portanto, sei que satisfará meu curiosismo (estou te imitando mesmo, isto é uma homenagem).
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    1) O que leva um cara lúcido como você, perspicaz ao extremo, arguto, a acreditar em vida após a morte? No caso do Vitor, eu entendo, ele se deixou levar pela parapsicologia, pelo esoterismo moderno.
    .
    RESPOSTA: apenas a pessoal satisfação de almejar por algo além, em que se possa dar seguimento à vida em nível pleno de criatividade e produtividade. É claro que quando se esperancia a vida após o desenlace sempre pensa-se no melhor: que tudo será maravilhoso, gostoso, harmonioso, etc., não passa pela cabeça de ninguém que esse continuum possa ser desastroso, pior do que aqui se vê, mas o risco existe. Assim como os cultuadores da ufologia veem os extraterrenos como salvadores, dotados de tecnologia ultrabiperavançada, que irão nos tirar da confusão em que vivemos, os que almejam o porvir pensam nele como algo de pleno gozo. No entanto, do mesmo modo que os Ets, se existissem, podem ser terríveis trucidadores e escravizadores dos pobres humanos, o além também oferece a perspectiva de ser verdadeiro inferno.
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    Há ainda a possibilidade de não haver coisa alguma, conforme postulam alguns, em vista da inexistência de demonstração satisfatória da vida além (há quem queira transformar experiências em EQM em provas da sobrevivência).
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    Assim como a morte não me assusta, o que receio é morrer em atroz padecimento, do mesmo modo, o que vier a ser, ainda que não venha a ser coisa alguma, será por mim bem recebido. Enquanto a fatalidade não me visita vou cultivando minhas boas expectativas a respeito da posterior existência.
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    2) Você não tem nada para acreditar em bullshit. Será apenas vontade de não deixar de existir?
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    RESPOSTA: talvez…
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    3) De reencontrar pessoas de quem você gosta?
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    RESPOSTA: além do genérico anseio de que o além seja algo bom, de preferência melhor que a atual experiência, não pinto qualquer quadro especulativo. Reconheço minha plena incapacidade de dizer qualquer coisa substancial do desconhecido.
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    4) Não sei qual a sua idade, nem quero saber, mas onde você estava quando Hitler invadiu a Polônia?
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    RESPOSTA: nasci em 3/9/1953 (anote para me dar presente na próxima), faça as contas. Quando Hitler invadiu a Polônia? De qual invasão fala, da de 1914 ou da de 1939? De qualquer modo, numa dessa datas as forças cósmicas comungavam para que meu eu em potência viesse a ser realidade. E, pasme, deu certo!

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    5) Não sei, mas acho que no mesmo lugar onde você estará depois de sua morte, ou seja, lugar nenhum.
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    RESPOSTA: pode ser, mas também pode não ser…
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    6) Qual o problema com isso?
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    RESPOSTA: nenhum problema.
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    7) Eu acho que entendo o Arduin, ele entrou num mundo irreal, adaptou-se a esse mundo, fez amigos. Seria uma mudança radical para ele, entendo a resistência. E no seu caso?
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    RESPOSTA: fiz minhas andanças no mundo que chama irreal e que prefiro nominar mundo das expectativas inconfirmadas. Só que não resisti qual alguns fazem: após anos achando que sabia de todas as verdades comecei a fazer perguntas e me afastei desse contexto, mas conservei o anelo por um porvir promissor.

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    8) Qual o problema?
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    RESPOSTA: nenhum, doutor.
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    9) O Biasetto eu acho que entendo também, quer agarrar-se a uma tábua de salvação, acomodou-se com a ideia de que religiões são “baloney”, papo furado, mas quer continuar a viver depois da morte, é um cara exageradamente emotivo.
    Você é um cara tão racional…
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    RESPOSTA: diz isso porque ainda não me viu nervoso…
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    10) Por que você é diferente de mim e do Antonio, se pensamos de forma muito semelhante, temos mais ou menos os mesmos conhecimentos?
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    RESPOSTA: quem sabe, lá no fundo, bem no fundinho, vocês não se perguntem: e se houver algo além? Não sei se sim ou não, mas se tal ideia brotar em vocês como uma possibilidade a ser considerada não ficarei nem um pouco aborrecido…
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    11) Farás um comentário dissipando minhas dúvidas ou farás outro que me deixará mais intrigado ainda?
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    RESPOSTA: gostaria de apôr resposta que dissipasse minhas dúvidas…
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    12) Qual o problema de voltar ao status quo de antes do nascimento?
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    RESPOSTA: de qual status fala, o de feto, embrião, espermatozóide sortudo? Ou do status de potencialmente vir-a-ser? Seja qual for não vejo problema algum.
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    13) Seus pais, por exemplo, andavam por aí, fazendo planos, como qualquer humano normal, namoraram, transaram (uma das transas resultou na sua existência), e você estava totalmente indiferente, não sabia de nada, não existia.
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    RESPOSTA: poderia respondê-lo misticamente que “existia na mente divina”, ou que existia nas perspectivas das conjugações cósmicas. Mas, em termos práticos, digo-lhe que sou o vencedor de corrida contra 400 milhões de competidores! Já nasci campeão! Se eu não existia, o universo sentia minha falta e deu uma forcinha para que eu chegasse na frente…
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    14) Não sei se seus pais ainda estão vivos, mas você está. Qual a diferença?
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    RESPOSTA: meus pais não são vivos, além do fato de me fazerem falta não há qualquer diferença entre eu estar aqui e eles não. Foram para seus destinos do mesmo modo que irei para o meu tão logo chegue a hora (espero poder escrever alguns livros antes da partida).

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    15) Por que tanta resistência em reconhecer um fato óbvio, que depois de morrermos voltaremos à mesma inexistência de antes de nascermos?
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    RESPOSTA: desde quando falei que resisto a essa perspectiva? Apenas acredito que quando adentramos na vida adentramos na eternidade, seja lá o que isso signifique. Se a eternidade for, como espero, continuidade, bem, se não for amém…

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    16) Eu pretendo viver até os 400 anos, estou elaborando um projeto nesse sentido, mas se morrer aos 40 (dez vezes menos), qual o problema. O que mudará na minha vida, quero dizer, na minha morte?
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    RESPOSTA: mudará que não viveu o suficiente para desfrutar a existência por mais tempo e vislumbrar o horizonte da sabedoria, coisa que se atinge próximo dos 90 (para alguns bem depois)…
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    17) Viver é bom, mas não depende da gente. Depende de uma miríade de fatores externos à nossa vontade.
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    RESPOSTA: pois é, depende das confabulações cósmicas, e de seu registro nos akhásicos.
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    18) Ilumina-me, Montalvão, a curiosidade é uma das coisas mais torturantes para as mentes pensativas.
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    RESPOSTA: gafanhoto, gostaria muitíssimo de lhe dar a luz que tanto almeja, mas minha lanterna queimou a bateria e não consigo achar outra…
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    19) Se dependesse de mim, eu seria mais um robô idiota, daqueles que estudam, trabalham, se alimentam, acasalam, se reproduzem, escolhem uma mentira para acreditar, e vivem mergulhados na ilusão, numa vida artificial, até seu último suspiro. Mas a maldita natureza me fez assim, questionador, cheio de dúvidas, desconfiado. E sem medo.
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    RESPOSTA: e acha isso pouco? Um sujeito que não teme viver nem morrer? Não lamente, faça festa!
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    20) Todo mundo morre um dia. Até as sequoias.
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    RESPOSTA: até eu.
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    21) Até as galáxias, as quais não têm vontade, mas duram quase uma eternidade, se eternidade existisse.
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    RESPOSTA: eternidade existe. Mesmo que um dia tudo cesse a existência a eternidade será um nada sem fim…
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    22) Claro que eternidade existe, eu quero dizer para o indivíduo, ainda que ele seja complexo, um aglomerado de células, de átomos ou de estrelas. Para esses tudo é finito.
    Dizem que os humanos são inteligentes. Eu tenho minhas dúvidas. Um gato é mais inteligente do que uma aranha e um humano mais inteligente do que um gato. Mas o que é inteligência? A capacidade de entender as coisas? Um gato entende coisas que uma aranha não entende e um humano entende coisas que um gato não entende.
    Existem humanos que não entendem nada.
    .
    RESPOSTA: e um Deus entenderia coisas que os humanos não entendem… uma definição de inteligência que acho interessante (porém não completa) diz que seja a capacidade de adaptar os meios aos fins.
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    23) No final das contas, vão todos para o mesmo lugar, o nada. Entretanto, a vontade de ser especial, de ser eterno, é avassaladora, ainda que muitos não tenham a capacidade de entender o conceito de eternidade.
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    RESPOSTA: aquilo que chamamos “nada” pode ser alguma coisa, indescritível, inimaginável, inefável, por isso para nós seja coisa alguma…
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    24) Manda bala, Montalvão, estou esperando.
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    RESPOSTA: espero que o pouco-insuficiente que mandei lhe seja satisfatório..
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    25) Se houver alguma coisa confusa no texto, pergunte que eu explico, estou meio zoado, cheguei da night (mais cedo, por causa do UFC). Talvez por isso eu tenha tomado a liberdade de tentar invadir sua consciência.
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    RESPOSTA: parece-me que zoado você fica bem clarificado…
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    26) Esteja à vontade para não responder, para mandar eu cuidar da minha vida, se quiser.
    Não se esqueça de que eu sou apenas um curioso egoísta, que procura entender tudo, até o que não lhe é possível compreender.
    .
    RESPOSTA: então estamos no mesmo barco, mas estou em outra ala, porque o que não consigo entender reconheço-me incapaz de fazê-lo, apenas, conforme falei, cultivo a expectativa de que um dia entenderei…
    /
    /
    27) Se quiser responder, seja o mais sincero possível. That’s all. Estou perdendo algumas lutas (eu não, lutadores estão perdendo).
    .
    RESPOSTA: pô, fico na máquina até altas horas e esqueço que tem lutas, não vi nenhuma…
    /
    /
    (Auf wiederschreiben.
    Morgen abend.
    Ich hoffe.
    Philosophisch Salut.)
    (Para escrever novamente. Amanhã à noite. Espero. filosoficamente Salut)
    .
    Saudações sabioingênuas.

  1011. Montalvão Diz:

    Gorducho Diz:Prova definitiva da Ciência Espírita:
    http://www.youtube.com/watch?v=BbPfK6K7LJE
    .
    COMENTÁRIO: o Arduin precisa ver essa: veja Arduin! O vídeo é esclarecedor, até porque os truques de Fay iam pelo mesmo caminho. Observe, dedicado adepto do crookismo, quão fácil seja simular a ação de espíritos! Uma cabine, cortinas fechadas por poucos segundos e os “espíritos” fazem a maior bagunça, “mostrando” que estão lá…
    .
    Imagine um espetáculo desses, em teatro lotado de gente crédula e o mágico levando a coisa para o lado da espiritualidade? Claro que sairia de lá um monte de gente jurando que viu espíritos em ação! Caia na real, Arduin, o filme demonstra não haver a menor dificuldade em enganar quem esteja disposto a tal, seja um anônimo seja um Crookes.
    .
    Observe, ainda, que os controles sobre a médium foram insuperáveis. Como é que ela amarrada do jeito que estava pôde vestir um paletó?
    .
    Então, Arduin, você que é conhecedor dos truques mágicos, a ponto de ter plena certeza de que Fay e Florence jamais conseguiriam ludibriar o galvanômetro, nos explique como foi que as coisas puderam acontecer nesse vídeo?
    .
    Gorducho: matou a pau!
    .
    Deve ter muitos outros filmes parecidos. Pena que prestidigitações com galvanômetros não seriam espetaculosas senão facilmente acharíamos ilusionistas usando a aparelhagem…
    .
    Arduin, recomendo insistentemente que assista o vídeo e o explique…

  1012. Guto Diz:

    Ah! Marciano, esqueci de escrever algo de extrema importância. Acredito que todos temos a semente divina. A quem diga que se chama consciência e que ela pode nos impedir de fazer certas coisas ruins, de agir mal. Contudo, há quem não leva isso em consideração e faz o que bem entende, procurando meios para não serem pegos, relativizando a moral e até mentindo para si mesmos. Assim, eles acreditam que podem “ter” uma consciência mais tranquila.
    Para mim, a questão é: até aonde vai a moral de quem não crê em nada além do agora, desta vida. O que esse alguém fará, desde que não se sinta ameaçado, ou seja, não receba as consequências dos seus atos. Onde está o freio das suas ações, quando ele relativiza a moral e adormece sua consciência. Acredito que existem anjos da guarda, mas esse é papo de bar do bigode, como diz o Montalvão! Rrsrsrs.
    Até o bem pode ser relativizado! Dar esmola, para muitos, é fazer o bem. Dentro dele, o cara só quer que aquele pedinte suma da sua frente logo depois que receber o dinheiro. Há quem veja assim.
    Os nossos pensamentos nos traem. Eles são cheios de eus, preconceitos, vaidades e condicionamentos. Desta forma, não se percebendo como ser humano falho, imperfeito moralmente e “ruim”, o homem não vê necessidade de mudança. Fará tudo do jeito que sempre fez. O que é perfeito moralmente? O que é a moral? Para quê isso tudo se vamos morrer? Logo, para que vou me “castrar”? O que “ganho” com isso tudo? Não existe outra vida! Não existe nada além do agora, desta vida.
    Somos o produto do acaso das coisas. De um ancestral comum que “surgiu” e veio se desenvolvendo ao sabor das necessidades da sobrevivência. Que veio se dividindo em diversas espécies, através das mutações, e que, ao longo de milhões de anos e, por muita sorte, explodiu em inteligência. Só isso? 🙁
    Nããão! Em INTELIGÊNCIAS (plural), em razão, em criatividade, em diversidades, em potencialidades, em força, em energia, em capacidades, em habilidades, em sentimentos. Alguém pode acrescentar uns três ou quatro a mais? Rsrsrs.
    Dada a complexidade do que somos, me recuso a acreditar que tudo foi obra de “mutações”. Avançar na direção que avançamos é muito mais que sobreviência. Acredito que se fosse só mudanças corporais, me convenceria. Mas, com todas essas coisas que apontei, é uma explicação FRACA a de DARWIN!
    Gostei de ler sobre o assunto. Cheguei nos estudos do Genoma (DNA).
    SÓ QUE NÃO ACREDITO EM DARWIN NO TODO, MAS SOMENTE EM PARTE!
    Valeu e PAZ e AMOR!

  1013. Guto Diz:

    Retificando: “Acredito que existem anjos da guarda, mas esse é papo de bar do bigode, como diz o Montalvão! ”
    Leia-se: Acredito que existem anjos da guarda, mas esse é papo PARA SE FALAR NO bar do bigode, como diz o Montalvão!
    Melhorou?! Para quem não entende, é uma pergunta com exclamação. Se nunca fizeram isso quando falam, não vão entender. Pena.
    Valeu!

  1014. Guto Diz:

    Marciano diz: “A Matemática é a chave para entender quase tudo em Ciência.”
    Então, meu caro, leia um pouco sobre Pitágoras. No passado escrevi sobre ele e você virou uma fera. Agora que estás mais calmo, leia, então, os seus pensamentos.
    Valeu!

  1015. Guto Diz:

    Dammed! Voltei a escrever sobre ESPIRITUALIDADE!
    Rsrsrs. Não vou conseguir nada com isso! Não há quórum. A sessão é esvaziada quando se apresenta essa matéria na pauta do dia. Tem até búúúú! Rsrsrs. Brincadeira.
    Valeu!

  1016. Guto Diz:

    Onde se lê Dammed, leia-se Dammit! Errei feio!
    Rrsrsrs.

  1017. Guto Diz:

    Montalvão, eu lí em algum lugar que, não é somente pelo fato de se mostrar a falseabilidade de algo que se garante que o que foi feito também foi falso.
    Alguém pode atestar que existia algum histórico ou comprovação de que aquelas pessoas possuíam capacidades/habilidades de mágicos ou ilusionistas para fazerem um número de mágica/ilusão?
    O fato de se montar um esquema para demonstrar que algo pode ser falso é o suficiente para dizer que assim ele o foi?
    Atentar contra a idoneidade dos participantes é resposta para falsear o evento? Atentar não é garantir. Não é apresentar provas materiais de que os participantes estavam fazendo tudo aquilo (malandragem) com interesses escusos.
    As pessoas veem o que querem ver (crentes ou não crentes). Agora, saber a verdade dos fatos é algo que, ao meu ver, ficará sem resposta.
    Valeu!

  1018. Montalvão Diz:

    .
    Arduin,
    .
    Veja mais “médiuns” em ação fazendo das suas nas cabines. Explique onde houve truque…

    http://www.youtube.com/watch?v=CFLlL96kUao
    /
    /
    O mesmo truque descoberto por Gorducho realizado em 1967.
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=hi4mK9V5W9U
    .
    .
    Como pode ver, ilusionista Arduin, a cabine esconde mil golpes e nada obsta que cientistas sérios e sinceros não tenham sido logrados por habilidosos ilusionistas. Observe que o tempo que se gasta para efetuar o golpe às ocultas é quase nada. Por fim fique com mais um exemplo, deste você gostará do truque e da assistente…

    http://www.youtube.com/watch?v=ZoHeliMaQLY

  1019. Gorducho Diz:

    O clima de mistério era habilmente mantido via PR. E lógico que as entrevistas faziam parte do pacote publicitário adquirido junto ao jornal, como até hoje funciona.
    12 anos antes, em entrevista ao Salt Lake Herald [16/4/1893 – do qual já citei o programa do show], fala estar estudando Teosofia e intenção de ir à Índia. Terá ido?
    Diz também ter crescido na Inglaterra…
    Ganhou jóias do Tzar de todas as Rússias (pode ser!).
    Do que ela ouviu e viu, o mais interessante, ela disse, foi as coisas pertinentes à Teosofia, a qual tem estudado, assim como outros ramos das ciências ocultas.
    “Tenho um propósito particular” disse, “no qual estou muito interessada”. Entre os teosofistas, especialmente os que estiveram intimamente associados com Mme Blavatsky, a falecida renomada sumo sacerdotisa da seita deles, há forte crença que ela recebera instruções inspiradas através de misteriosa cabeça mantida num templo em Bombay, e que todas doutrinas avançadas da teosofia vieram a ela dessa maneira. Desde sua morte ninguém foi capaz de obter nenhuma comunicação através dessa imagem. Se eu tenho realmente tais poderes que as pessoas me atribuem, e sendo uma firme crente na teosofia deverei ser capaz de obter alguma comunicação através dessa imagem. Pelo menos estou indo lá tentar e se possível trazê-la comigo.

     
    Conclui a entrevista dizendo que nasceu em Louisville (KY) e aos 6 anos foi para a Inglaterra onde se cresceu. Os pais eram espiritualistas e a mãe uma médium muito efetiva. Após a feira mundial, pretende iniciar a viagem.Desconsidere-se erros do ORC:
     
    [The chief interest to her in what she heard and saw she said was in those things pertaining to Theosophy of which she has been making a study as well as other branches of occult sciences. I have one particular purpose she said in which I am much interested. Among theosophists especially those who were intimately associated with Mme Blavatsky the late renowned high priestess of their sect there is a strong belief that she received inspired instructions through a mysterious head that is kept in a temple in Bombay and that all the advanced doctrines of theosophy came to her in this way Since her death no one has been able to get any communication through this image If I really have such powers as people attribute to me and being a firm believer in theosophy I should be able to get communication through this image At least I am going
    over there to try l and if possible bring it back with me Miss Fay talked a little about her various experiences I am an American she said and was born in Louisville
    Ky living there until I was six years old when I went to England where I was brought up Both my father and mother were spiritualists and my mother was a very effective medium I began giving performances when I was 13 years I old and have continued ever since During my recent tour in Europe I visited every capital in the old world from St Petersburg to Constantinople Miss Fay wears a beautifully jeweled gold braided watch chain which was given her by the emperor of Russia be fore whom she gave an exhibition of her powers Miss Fay will remain in this country until after the Worlds fair when she will make her third tour of the world going by way of San Francisco to Australia China and India where she hopes to get the mysterious image or head to which reference has already been made.
    ]

  1020. Montalvão Diz:

    .
    GUTO Diz: Montalvão, eu lí em algum lugar que, não é somente pelo fato de se mostrar a falseabilidade de algo que se garante que o que foi feito também foi falso.
    .
    COMENTÁRIO: tudo bem, você leu em “algum lugar” a bela informação, mas lhe pergunto: e aqui, o você exatamente examinou a respeito desse assunto nas manifestações postadas? Pareceu-me que pretende elucidar o assunto mediante a aplicação de uma frase genérica…
    /
    /
    GUTO: ALGUÉM PODE ATESTAR QUE EXISTIA ALGUM HISTÓRICO OU COMPROVAÇÃO de que aquelas pessoas possuíam capacidades/habilidades de mágicos ou ilusionistas para fazerem um número de mágica/ilusão?
    .
    COMENTÁRIO: quem são “aquelas pessoas” a que se refere? Poderia nomeá-las?
    /
    /
    GUTO: O fato de se montar um esquema para demonstrar que algo pode ser falso é o suficiente para dizer que assim ele o foi?
    ATENTAR CONTRA A IDONEIDADE DOS PARTICIPANTES É RESPOSTA PARA FALSEAR O EVENTO? Atentar não é garantir. Não é apresentar provas materiais de que os participantes estavam fazendo tudo aquilo (malandragem) com interesses escusos.
    As pessoas veem o que querem ver (crentes ou não crentes). Agora, SABER A VERDADE DOS FATOS É ALGO QUE, AO MEU VER, FICARÁ SEM RESPOSTA.
    Valeu!
    .
    COMENTÁRIO: Guto, você quer (não) resolver o assunto com comentários típicos de quem nada leu a respeito, nem mesmo as conversas aqui havidas, pelo visto, acompanhou. Sugiro que aprecie as discussões acontecidas, pode ser somente às do presente tópico, e depois, se ainda mantiver igual opinião qual a que exarou, voltaremos a conversar.
    .
    Para lhe dar uma pequena ajuda-incentivo, garanto que sua opinião está equivocada desde o nascedouro…
    .
    Saudações orientativas.

  1021. Montalvão Diz:

    .
    Conserto:
    ERRADO: “tudo bem, você leu em “algum lugar” a bela informação, mas lhe pergunto: e aqui, O VOCÊ exatamente examinou a respeito desse assunto nas manifestações postadas?”
    .
    CORRETO: “tudo bem, você leu em “algum lugar” a bela informação, mas lhe pergunto: e aqui, o QUE VOCÊ exatamente examinou a respeito desse assunto nas manifestações postadas?”

  1022. Guto Diz:

    Montalvão, o que apontei foi que (caso Crookes):
    1) um evento apresenta determinada coisa (materialização dos espíritos).
    2) essa coisa é tida como falsa por pessoas que não presenciaram o evento.
    3) são montadas hípoteses para falsear o evento (ilusionismo/mágica).
    4) são localizadas situações de farsa real que se parecem com as hipóteses pensadas no evento analisado.
    5) com base nos eventos falsos, o “suposto” evento falso é considerado falso.
    Melhorou um pouco.
    Valeu!

  1023. Marciano Diz:

    Montalvão,
    Obrigado pelas respostas.
    .
    Quando estou zoado, fico mais ousado, digo o que penso, o que pode um dia abreviar minha curta existência.
    .
    Em alemão (foi efeito do scotch), quando você se despede de alguém pessoalmente, diz: “Auf wiedersehen”, literalmente, até de-novo-ver, ou seja, até à vista; quando nos despedimos por telefone, dizemos: “Auf wiederhören”, ou seja, até de-novo-ouvir; como nos comunicados pela escrita (não psicografada), até nos escrevermos de novo, Auf wiederschreiben.
    Morgen abend, literalmente, amanhã noite, traduziu com perfeição, amanhã à noite.
    Ich hoffe, espesro, parabéns de novo.
    Philosophisch Salut, Saudações filosóficas.
    .
    Esse negócio de falar em línguas eu aprendi com o espírito santo, faz uns 1900 anos, give or take a few.
    .
    Em tempo: como você já deve ter visto, pelo menos sabido, Velásquez (não o pintor, o lutador) desfigurou a cara do cigano (de novo), nocauteando-o de tal forma que o cara nem lembra do final da luta.
    .
    Se descobrir como se faz para materializar uma assistente dessas, ensine-me.
    Saudações violentas e agradecidas.
    .
    Guto,
    Você me convenceu de que religião e crenças em coisas fantásticas são necessárias para algumas pessoas. Você é uma delas.
    Espero que continue crente para sempre.
    Ficarei com medo de você, se perder a capacidade de acreditar.

  1024. Marciano Diz:

    Faltou explicar “auf wiederhören”, até de-novo-ouvir, até nos falarmos de novo.

  1025. Guto Diz:

    Marciano, valeu!
    Leia sobre Pitágoras, os Pitagóricos e os NeoPitagóricos.
    Filosofia abre a mente para o mundo das idéias. Tão real quanto este, o material.
    Abraço forte do irmão.

  1026. Larissa Diz:

    GUTO: Filosofia abre a mente para o mundo das idéias. Tão real quanto este, o material.
    .
    EU: Estou imaginando uma ferrari, mas até agora ela não apareceu. Podes me ajudar, guto?

  1027. Guto Diz:

    Larissa, hoje eu ia tirar boa parte do que escrevi. Pensei em dizer ao Marciano para ele me questionar, me dar uma nova perspectiva. Acreditava que pudia ter escrito uma grande besteira, pois pudia ter tido uma análise bastante superficial das coisas. Mas, com essa sua agora, penso que talvez não estivesse tão errado assim!
    Realmente, DINHEIRO E SEXO são os dois pontos mais almejados pelo ser humano não crentes ou os falso crente, que segue o caminho do não crente.
    ====/=/=/=/=//===/=/=//=/===/=/=/=
    Marciano, por favor, ajude-me a crescer e apresente-me uma nova perspectiva. Alguma que eu não tenha. Não sou o dono da verdade. Então, me ajuda aí!
    Marciano diz: “Ficarei com medo de você, se perder a capacidade de acreditar.”
    Não precisaria ter medo de mim não, irmão, pois tenho uma boa índole. Isso eu te garanto.
    Grande abraço. Valeu!

  1028. Guto Diz:

    Corrigindo:
    Realmente, DINHEIRO E SEXO são os dois pontos mais almejados pelo ser humano não crente ou falso crente, que segue o caminho do não crente.
    Assim tá melhor!

  1029. Marciano Diz:

    Guto, estou confuso com você.
    Parece que você não gosta de sexo (mas é casado e tem filho) e não gosta de dinheiro.
    E você mesmo diz que quem não tem crença é mau.
    Relembre:
    .
    “Para mim, a questão é: até aonde vai a moral de quem não crê em nada além do agora, desta vida. O que esse alguém fará, desde que não se sinta ameaçado, ou seja, não receba as consequências dos seus atos. Onde está o freio das suas ações, quando ele relativiza a moral e adormece sua consciência.”
    .
    Será que se você não acreditasse em nada além da matéria me mandaria um abraço ou mandaria uma bomba, um veneno.
    Foi por isso que fiquei com medo de você e não quero que você deixe de acreditar em fadas.
    .
    Eu não acredito em nada além do agora e desta vida, não me sinto ameaçado, mas tenho freio nas minha ações.
    Sou uma exceção à sua regra.
    Se não tivesse freios, ficaria ofendido com o que você disse e te ofenderia de volta, mas como acho que você é muito confuso, vou só retribuir seu abraço.

  1030. Guto Diz:

    Obrigado pela resposta.
    Com escrevi, não sou o dono da verdade. Para mim, a minha confusão se inicia quando tento compreender o que é incompreensível, a verdadeira verdade.
    Gostar de sexo e de dinheiro não quer dizer viver pensando só nisso.
    Eu daria todo o meu dinheiro pela vida da minha filha, mulher, irmã (o), pai, mãe, amigo (a). Ainda não consegui chegar ao ponto do desconhecido. Talvez um dia.
    Eu anseio viver bem. Mas, para mim isso não se dá exclusivamente pelo dinheiro e pelo sexo que tenho ou terei. Se dá pelas amizades que faço, pelo bem que propago e pelas coisas boas que construirei por aí. Esse sentimento não tem preço.
    O prazer fugaz não me seduz. Gosto. Muito. Mas, não tanto a ponto de me perder. De me deixar levar a ficar preso a isso. Eu consigo dizer ao dinheiro que eu sou o dono dele e não o inverso.
    As mulheres são o tesouro dos homens sábios. Muito mais do que o sexo que podemos ter ocm elas. Pena o homem basear a sua relação com uma mulher só pelo sexo. Coitado…
    Obrigado novamentte pela resposta.
    Abraço, irmão.

  1031. Guto Diz:

    Marciano, vou esmiuçar o pensamento.
    “Para mim, a questão é: até aonde vai a moral de quem não crê em nada além do agora, desta vida. O que esse alguém fará, desde que não se sinta ameaçado, ou seja, não receba as consequências dos seus atos. Onde está o freio das suas ações, quando ele relativiza a moral e adormece sua consciência.”
    O ser humano é guiado por suas “verdades”. Pelas suas crenças/não crenças. Daí veio a pergunta. Até onde vai a moral de quem não tem crença alguma, visto que não heveria porque ter freios?
    Pensando melhor e lendo mais, percebí que tal atitude é INERENTE ao ser humano, crente ou não crente. No caso do crente é pela mentira, hipocrisia. No caso do não crente é pela falta de consciência. Contudo, ambos podem ter a mesma atitude. Nisso, fui imparcial e cometi um engano. Faltou ver as coisas de cima.
    Perdoe-me pela minha imaturidade intectual. Como disse, meu pensamento flui mais rápido e depois percebo meus enganos.
    Perdoe-me novamente.
    Não te conheço, mas, certamente você pode ser muito melhor moralmente do que eu. Talvez só lhe falte ter um pouco mais de amor dentro do coração, pois lí, uma vez, que você não é muito de perdoar. Agora se você puder me perdoar, estará acrescentando mais amor dentro de você. Só o amor consegue perdoar.
    Valeu. Por hoje é só!
    Abração meu caro irmão :).

  1032. Toffo Diz:

    Montalvão, muito boa a entrevista Marciano/Montalvão, ficou ótimo!
    .
    Gostaria de deixar aqui o que eu penso do após-morte.
    Na verdade, acho que todos nós, como seres vivos, obedecemos à lei natural: nascemos, desenvolvemo-nos, ficamos adultos, temos nosso apogeu, envelhecemos e morremos. Ciclos de vida. Alguns vão antes, outros depois, mas isso existe em todas as categorias de seres vivos. A minha vida toda fui moldado pelo “determinismo” da crença no carma e na reencarnação, trazida pela minha formação espírita cristã, ou chiquista. A maior vitória desta minha modesta vida foi me desencarnar dessa crença e tirar dos meus ombros o peso que ela me impunha, para poder viver o quarto, o quinto ou o sexto (não sei) final da vida em paz comigo mesmo. O que me espera depois que eu me for, não faço a menor ideia. A única certeza que tenho é essa. Por outro lado, não tenho muita preocupação com isso não. Acho muito mais importante viver a vida que temos aqui, essa sim, um privilégio. Viver da melhor maneira que pudermos. Eu tendo a achar que não existe nada, ou muito pouca coisa, uma vez que as evidências dessa pós-vida são invariavelmente inconclusivas. Tendo a seguir a lei natural: tudo o que é vivo um dia acaba. A ideia da imortalidade, hoje, me assusta um pouco: já pensou você pensar que JAMAIS vai ter um fim? Isso me parece antinatural. Pois se nem o universo, aparentemente, é eterno, por que o seríamos nós? Por isso acho que o que importa é deixarmos ao mundo alguma contribuição nossa, alguma coisa de nosso que nos sobreviva, seja ela qual for – nem que for a nossa boa lembrança naqueles a quem amamos e que deixaremos um dia. Se a gente sobreviver, ótimo. Que venga el toro! Se não, teremos a satisfação de ter feito alguma coisa de útil neste mundo. É isso.

  1033. Marciano Diz:

    Guto,
    É por isso que eu dialogo com você. Você fala umas bobagens, sem pensar, reconhece que errou e ainda pede perdão.
    Eu não tenho do que te perdoar, porque não me senti ofendido, vi que era confusão na sua cabeça.
    Um abraço, irmão, e continue assim, buscando ser o melhor que um ser humano pode ser.
    .
    Toffo,
    Triplamente agradecido: pela parte que me toca, pelo Montalvão e por partilhar conosco suas ideias sobre o post morten.
    Quero que saiba que a entrevista só aconteceu porque eu estava de guarda baixa, por ter tomado um grau no bar do bigode, aquele dos concursandos (filme horrível).
    Eu não questionaria Montalvão abertamente se não estivesse ligeiramente influenciado pelo trabalho da Saccharomyces cerevisiae destilado (ele, o produto do trabalho) e envelhecido por 15 anos em barril de carvalho (Green Label).
    Depois que li, também gostei do resultado.
    Li seu texto e lembrei-me de algo cuja fonte não me ocorre. Alguém disse que morremos duas vezes. A primeira, quando cessa nossa vida. A segunda, quando a última pessoa que se lembra da gente morre.
    Eu também acho que a eternidade seria insuportável, mas uns 400 anos de vida útil não fariam mal a ninguém.
    Sinto-me mal por reconhecer a inafastável verdade de que tudo o que aprendi e ainda vou aprender, tudo o que fiz de bom, vai perecer comigo.

  1034. Toffo Diz:

    Pois é, se a gente tivesse uma chamazinha que sobrevivesse ao corpo por mais um tempo, seria bom demais da conta, né? uns séculos, talvez… mas a eternidade? acho que seria uma tortura, não uma beatitude. O que teria de neguinho gritando: “quero morrer e não posso!” hehe

  1035. Gorducho Diz:

    Nada poderia ser pior que a sobrevivência individual eterna.

  1036. MONTALVÃO Diz:

    .
    Fiquei dois dias ausente, aliás, um e meio, e vejo que o espaço foi tomado por lucubrações filosóficas as mais fertizantes. Muito bom. Infelizmente não estou com cabeça nem para filosofar nem para desescrever coisa alguma, após ter pernoitado num hotelzinho pulguento em D. Caxias, a cidade onde a galinha cisca para frente, sozinho, e ter batido a perna e a cabeça em um monte de coisas batíveis, dado que o tamanho do quarto era menor que a pequenez, estou mais é querendo dormir e esquecer o pesadelo, ao qual, felizmente, sobrevivi. No entanto, para não passar em branco ou decolores dou uns pitaquinhos nas conversas. Caso o texto termine abruptamente é porque apaguei no sentido onírico de cair no sono.
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    Guto Diz: Montalvão, o que apontei foi que (caso Crookes):
    1) um evento apresenta determinada coisa (materialização dos espíritos).
    2) essa coisa é tida como falsa por pessoas que não presenciaram o evento.
    3) são montadas hípoteses para falsear o evento (ilusionismo/mágica).
    4) são localizadas situações de farsa real que se parecem com as hipóteses pensadas no evento analisado.
    5) com base nos eventos falsos, o “suposto” evento falso é considerado falso.
    Melhorou um pouco. Valeu!
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    COMENTÁRIO: Guto, melhorou mas não o suficiente. Continua a pronunciar-se como quem não leu tendo a leitura disponível. Se entendi direito, sua objeção pode ser assim resumida: “por que as médiuns de Crookes não poderiam ter feito em verdade o que outros fizeram em simulação?”, ou por outra, “existência de simuladores não descarta que existam autênticos”.
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    A melhor e mais sintética resposta que este homem cansado pode lhe dar é que a solução para essas dúvidas encontrará na leitura detalhada da discussão neste e noutros tópicos. Chamo sua atenção para que seu argumento, embora pareça bom (e em outros contextos até pode mesmo ser), aqui não tem aplicação. Se tivesse não pense que Arduin já não teria a ele se grudado qual sanguessuga em costas de bêbado.
    Provavelmente você questionará: mas porque não tem aplicação no caso Crookes? A resposta, infelizmente, é circular: para saber porque tal inquirição na cabe em Crookes necessário se faz ler a discussão. Em suma, sob todos os aspectos tem que conhecer o que aqui vem sendo debatido para então, e só então, apresentar objeções pertinentes.
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    Marciano Diz: Montalvão,
    Obrigado pelas respostas. Quando estou zoado, fico mais ousado, digo o que penso, o que pode um dia abreviar minha curta existência.
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    COMENTÁRIO: Não tem porque agradecer, como sabe, adoro questionários, ainda mais se produzidos inteligentemente.
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    Marciano Diz: Em alemão (foi efeito do scotch), quando você se despede de alguém pessoalmente, diz: “Auf wiedersehen”, literalmente, até de-novo-ver, ou seja, até à vista; QUANDO NOS DESPEDIMOS POR TELEFONE, DIZEMOS: “AUF WIEDERHÖREN”, OU SEJA, ATÉ DE-NOVO-OUVIR; como nos comunicados pela escrita (não psicografada), até nos escrevermos de novo, Auf wiederschreiben. Morgen abend, literalmente, amanhã noite, traduziu com perfeição, amanhã à noite.
    Ich hoffe, espesro, parabéns de novo. Philosophisch Salut, Saudações filosóficas.
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    Esse negócio de falar em línguas eu aprendi com o espírito santo, faz uns 1900 anos, give or take a few.
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    COMENTÁRIO: “tomando umas e outras”? Então, meu prezado, o Espírito Santo lhe foi generoso, eu quanto tomo um grau a mais o máximo que consigo é falar cachorrês, mas capricho: falo em três línguas…
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    Marciano Diz: Em tempo: como você já deve ter visto, pelo menos sabido, Velásquez (não o pintor, o lutador) desfigurou a cara do cigano (de novo), nocauteando-o de tal forma que o cara nem lembra do final da luta.
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    COMENTÁRIO: estou assistindo o vídeo agora. O Cigano se se preparou não se preparou para uma luta com Caim (o lutador não o irmão de Abel). Depois de enfrentar o oponente por três vezes deveria saber que não tem condição de trocar socos com ele. Embora Caim não seja boxer no sentido clássico ele tem muito mais técnica que o brasileiro: mantém a guarda mais alta, os cotovelos próximos do tronco, a movimentação de braços e pernas é típica do boxe. O cigano deixa a cara sem proteção, abre muito a guarda, expõe o corpo frontalmente, em vez de se conservar ligeramente de lado e mantém os dois pés chapados no chão. No boxe, o pé de trás fica apoiado na ponta dos dedos, o que deixa o lutador mais livre para atacar, recuar e fintar. O único movimento que fez certo foi girar para longe da “mão forte” de Velásquez, se não o fizesse provavelmente seria nocauteado rapidinho. É claro que de fora é fácil apontar erros de quem está enfrentando uma fera. De qualquer modo, acredito que o Cigano deveria explorar mais o solo, onde supostamente seria melhor que o outro (conquanto na luta não tenha mostrado isso). Só depois de ter cansado o adversário no chão é que tentaria dar uns bufetes. Outra coisa, ambos chutam pouco, mas o Cigano chutou menos e mal feito. Derrota para o perdedor e vitória para o campeão merecidas.
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    Marciano Diz: Faltou explicar “auf wiederhören”, até de-novo-ouvir, até nos falarmos de novo.
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    COMENTÁRIO: por isso acho que ainda esteja zoado: veja acima, em caixa alta…
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    • Toffo Diz: Montalvão, muito boa a entrevista Marciano/Montalvão, ficou ótimo!
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    Gostaria de deixar aqui o que eu penso do após-morte.
    Na verdade, acho que todos nós, como seres vivos, obedecemos à lei natural: nascemos, desenvolvemo-nos, ficamos adultos, temos nosso apogeu, envelhecemos e morremos. Ciclos de vida. Alguns vão antes, outros depois, mas isso existe em todas as categorias de seres vivos. A minha vida toda fui moldado pelo “determinismo” da crença no carma e na reencarnação, trazida pela minha formação espírita cristã, ou chiquista. A maior vitória desta minha modesta vida foi me desencarnar dessa crença e tirar dos meus ombros o peso que ela me impunha, para poder viver o quarto, o quinto ou o sexto (não sei) final da vida em paz comigo mesmo. O que me espera depois que eu me for, não faço a menor ideia. A única certeza que tenho é essa. Por outro lado, não tenho muita preocupação com isso não. Acho muito mais importante viver a vida que temos aqui, essa sim, um privilégio. Viver da melhor maneira que pudermos. Eu tendo a achar que não existe nada, ou muito pouca coisa, uma vez que as evidências dessa pós-vida são invariavelmente inconclusivas. Tendo a seguir a lei natural: tudo o que é vivo um dia acaba. A ideia da imortalidade, hoje, me assusta um pouco: já pensou você pensar que JAMAIS vai ter um fim? Isso me parece antinatural. Pois se nem o universo, aparentemente, é eterno, por que o seríamos nós? Por isso acho que o que importa é deixarmos ao mundo alguma contribuição nossa, alguma coisa de nosso que nos sobreviva, seja ela qual for – nem que for a nossa boa lembrança naqueles a quem amamos e que deixaremos um dia. Se a gente sobreviver, ótimo. Que venga el toro! Se não, teremos a satisfação de ter feito alguma coisa de útil neste mundo. É isso.
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    COMENTÁRIO: Toffo, quase assino embaixo de seu texto. Minhas ideias são muito próximas, como deve ter percebido. Quanto à eternidade, em perspectiva humana, realmente seria loucura uma existência infinda, mas admitindo-se a hipótese de que haja algo além da presente aventura, esse algo pode ser tão drástica e incomparavelmente distinto da realidade conhecida que nem sentiríamos a “eternidade passar”. Não estou a defender que será assim, sim que pode ser… Levando em conta que nada sabemos uma ou outra especuladinha (bem pitititinha) não deve fazer mal.
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    /
    Marciano Diz: Eu não questionaria Montalvão abertamente se não estivesse ligeiramente influenciado pelo trabalho da Saccharomyces cerevisiae destilado (ele, o produto do trabalho) e envelhecido por 15 anos em barril de carvalho (Green Label).
    Depois que li, também gostei do resultado.
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    COMENTÁRIO: pô, um dia vou beber um desses, nem que seja um golinho de sedento no deserto…
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    Marciano Diz: Li seu texto e lembrei-me de algo cuja fonte não me ocorre. Alguém disse que morremos duas vezes. A primeira, quando cessa nossa vida. A segunda, quando a última pessoa que se lembra da gente morre.
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    COMENTÁRIO: por isso quero escrever um livrinhos, pode ser que eu viva mais na memória do mundo…
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    Apaguei agora.

  1037. MONTALVÃO Diz:

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    Faltou a vírgula, e agora onde ponho?
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    (o lutador não o irmão de Abel)

  1038. Marciano Diz:

    Montalvão, para um homem cansado, você parece um pugilista, deve correr 15 km três vezes por semana, que fôlego!
    Não deixa passar nada.
    .
    Mostrou que entende de boxe. Já lutou?
    .
    E você é um cara difícil de apagar, acho que a gente tem de segurar uns dez minutos, num estrangulamento bem justinho (escolha: triângulo, triângulo de mão, triângulo de mão invertido, guilhotina, kata-gatame, mata-leão…).
    .
    Você e o Toffo têm sido os comentaristas mais sábios e divertidos do blog, nos últimos tempos.
    Se não fosse pela dúvida que vocês ainda têm sobre a possibilidade de sobrevivência da consciência após a morte, eu seria uma versão piorada de cada um de vocês.
    O que eu quero dizer é o seguinte (não bebi nada hoje, por isso não consigo ser muito claro): vocês demonstram muito mais sapiência e sagacidade do que eu, no entanto, duvidam de uma coisa pouco duvidável.
    Para sabermos como fica a consciência após a morte é fácil. É só nos lembrarmos de nossa consciência de antes do nascimento. Garanto que é igualzinho. Pena que minha palavra não valha um dólar furado, nem o falecido Giuliano Gema acredita em mim.

  1039. Toffo Diz:

    Eu acho que a troca de ideias e de incertezas é o melhor caminho para a sabedoria.

  1040. Guto Diz:

    Meus caros Montalvão e Toffo, acredito que, a crença de que tudo aconteceu como aconteceu porque simplesmente aconteceu, é tão racional quanto acreditar num Deus (Criador).
    Questões:
    Por que aconteceu o Big Bang?
    R: Não sei. Só sei que foi assim. Não tem porquê. Só aconteceu!
    Por que surgiu a vida na Terra?
    R: Não sei. Só sei que foi assim. Não tem porquê. Só aconteceu!
    Por que o ser humano evoluiu até aonde nos encontramos. Criatividade, talento, inteligência, razão ….
    R: Olha, tudo evolui. Assim, nós evoluimos.
    Por que os outros não e só a gente?
    R: Não sei. Só sei que foi assim. Não tem porquê. Só aconteceu!
    Se a resposta para tudo isso foi Deus é fraca, acredito que essas também o são.
    Não posso afirmar nada. Ninguém pode. Vivamos com as nossas “verdades” sobre tudo isso.
    Do nada ao nada ou de Deus à Deus?
    Será que existe um meio termo?
    ???
    Valeu! Abraço.

  1041. Gorducho Diz:

    Sob esse ponto de vista é rigorosamente verdadeiro: chega a ser uma tautologia. À nossa ignorância sobre o universo como um todo podemos dar um nome, se isso nos fizer sentir confortáveis.
     
    MinhaIgnoranciasobreoUniverso.Name = “Deus”;

  1042. MONTALVÃO Diz:

    .
    Marciano Diz: Montalvão, para um homem cansado, você parece um pugilista, deve correr 15 km três vezes por semana, que fôlego! Não deixa passar nada.
    .
    COMENTÁRIO: menos… atualmente só corro com meus cachorros, como são seis dá para fazer uns quilômetros mas nada próximo de 15…
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    Marciano Diz: Mostrou que entende de boxe. Já lutou?
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    COMENTÁRIO: já soltei uns jabzinhos, mas não fora o que se dissesse: “nossa, como luta esse homem!”
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    Marciano Diz: E você é um cara difícil de apagar, acho que a gente tem de segurar uns dez minutos, num estrangulamento bem justinho (escolha: triângulo, triângulo de mão, triângulo de mão invertido, guilhotina, kata-gatame, mata-leão…).
    .
    COMENTÁRIO: depois de bem encaixado qualquer desses fica difícil a escapada, tem que agir antes que a posição se consolide…
    .
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    Marciano Diz: Se não fosse pela dúvida que vocês ainda têm sobre a possibilidade de sobrevivência da consciência após a morte, eu seria uma versão piorada de cada um de vocês. O que eu quero dizer é o seguinte (não bebi nada hoje, por isso não consigo ser muito claro): vocês demonstram muito mais sapiência e sagacidade do que eu, no entanto, duvidam de uma coisa pouco duvidável.
    Para sabermos como fica a consciência após a morte é fácil. É só nos lembrarmos de nossa consciência de antes do nascimento. Garanto que é igualzinho. Pena que minha palavra não valha um dólar furado, nem o falecido Giuliano Gema acredita em mim.
    .
    COMENTÁRIO: a inexistência de consciência antes de a potência se tornar ato não é taxativa para demonstrar que o ato perca a continuidade após o desfecho terrenal. Materialmente falando sim, mas SE houver algo subsistente além da matéria este não seria afetado pela derrocada orgânica, assim me parece…
    .
    Quem sabe o Bud Spencer e Terence Hill não acreditariam em nós?
    http://gazetabarauna.blogspot.com.br/2011/12/por-onde-andam-terence-hill-e-bud.html
    .
    Saudações trinitarianas

  1043. Toffo Diz:

    Guto: há uma diferença crucial nessas suas indagações.
    .
    Acreditar em Deus é uma CERTEZA. Já todas as teorias relativas à origem e destino do universo são INCERTEZAS. O problema é que se você parte de uma certeza (creio em Deus), você já mata o problema do universo, porque Deus o criou e o mantém per omnia saeculum saeculorum. Nessa certeza já incorreu o espiritismo quando afirma o Deus-motor aristotélico/tomista. Com um complicador: o universo é infinito, como Deus. A questão é que o bicho-homem é um eterno insatisfeito (por isso foi expulso do Paraíso por Deus) e vive eternamente atrás de questões que entende não respondidas. Uma delas é saber se foi Deus que criou o universo e se ele é mesmo infinito. Pelas teorias que há por aí, vê-se que não ficou satisfeito mesmo.

  1044. MONTALVÃO Diz:

    Guto Diz: Meus caros Montalvão e Toffo, acredito que, a crença de que tudo aconteceu como aconteceu porque simplesmente aconteceu, é tão racional quanto acreditar num Deus (Criador).
    .
    COMENTÁRIO: Guto, de minha parte, digo-lho que a aceitação da teoria evolucionista não exclui necessariamente a divindade, nem a possibilidade de a existência continuar além da matéria. O problema para várias religiões é que elas têm doutrinas definidas e estas não se encaixam facilmente na evolução. Os fundamentalistas cristãos ficam horrorizados diante da ideia de que o homem proveio de espécie menos complexa. Isso porque querem que a existência fique circunscrita ao texto bíblico. A única forma de fazê-lo é pela rejeição peremptória da evolução. O espiritismo aceita a evolução mas a estende aos indecifráveis campos da espiritualidade, área na qual nenhuma perquirição materialista tem condição de propor conjeturas verificáveis.

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    GUTO: Questões:
    Por que aconteceu o Big Bang?
    .
    GUTO: Não sei. Só sei que foi assim. Não tem porquê. Só aconteceu!
    .
    MONTALVÃO: A ciência não lida com “porquês” sim com “como”. O motivo de o Big Bang ter acontecido pode ter… (quantos nós somos atualmente?) seis bilhões de respostas… Mas, pensando melhor, sob certo aspecto, a ciência lida sim com o porquê, não o porque absoluto, metafísico, sim um porque relativo. Por exemplo, à sua indagação: “por que o Big Bang aconteceu?”, a resposta seria: porque a matéria estava comprimida a um ponto tal que as forças de coesão foram insuficientes para mantê-la nessa condição. Essa explicação, se estiver correta, esclarece porque o Big Bang ocorreu, mas não elucida o porquê de ter havido o Big Bang e não outra coisa.
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    Por que surgiu a vida na Terra? [o melhor seria: “como surgiu a vida na Terra?”]
    .
    GUTO: Não sei. Só sei que foi assim. Não tem porquê. Só aconteceu!
    .
    MONTALVÃO: porque haviam condições necessárias e suficientes para que tal se desse.
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    Por que o ser humano evoluiu até aonde nos encontramos. Criatividade, talento, inteligência, razão ….
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    GUTO: Olha, tudo evolui. Assim, nós evoluimos.
    .
    MONTALVÃO: aqui efetivamente não cabe o porquê. A evolução é realidade, então temos de aceitá-lo ou, insanamente, repudiá-la. O melhor é indagar “como” nós evoluímos…
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    GUTO: Por que os outros não e só a gente?
    .
    GUTO: Não sei. Só sei que foi assim. Não tem porquê. Só aconteceu!
    Se a resposta para tudo isso foi Deus é fraca, acredito que essas também o são.
    Não posso afirmar nada. Ninguém pode. Vivamos com as nossas “verdades” sobre tudo isso.
    Do nada ao nada ou de Deus à Deus?
    Será que existe um meio termo?
    .
    MONTALVÃO: quem disse que os “outros” não evoluem? Se a evolução é realidade (e disso não parece haver dúvidas) todos os seres estão a ela sujeitos. O que sucedeu com a espécie humana é que seus ancestrais enveredaram pelo mais frutífero caminho evolutivo, enquanto outras espécies seguiram vias diversas.
    .
    Pode-se sim afirmar muitas coisas. Até mesmo sobre Deus é possível afirmar muitas coisa, sabendo-se, no entanto que “todas essas coisas” são elaborações humanas, visto que Deus, se existe (e eu acredito que sim), não se revela.
    .
    Saudações evolutivas.

  1045. Gorducho Diz:

    Se Deus existe não se revela.
    Então continuamos na mesma, sem nada saber. Dizer que não sabemos como o átomo primevo se formou e expandiu, ou dizer que foi papai-do-céu que fez isso acontecer dá no mesmo.
    Atribuir um nome à nossa ignorância nada acrescenta ao conhecimento que temos sobre as causas primeiras e últimas do universo como um todo.

  1046. Marciano Diz:

    Montalvão,
    Somos pouco mais de sete bilhões atualmente, mas muitos ainda são bebês, outros não tem juízo e a maioria esmagadora não raciocina.
    .
    Guto teima em não aprender o que é evolução, seleção natural.
    Quando ele pergunta por que só nós evoluímos, está implícita a resposta de que os demais não evoluíram, ou seja, vegetais, moneras, fungos, asnos, não evoluíram, já surgiram assim, “ergo”, Guto não sabe nem quer saber o que é evolução.
    .
    Eu acho que se o Batman existe, não se revela, portanto, acredito na possibilidade de sua existência.
    .
    Quanto ao seu comentário anterior, só posso saudá-lo assim:
    OSS!

  1047. Marciano Diz:

    Seria Montalvão um “Bellator Dei” (Guerreiro de Deus?
    .
    Deus autem dixit mihi non aedificabis domum nomini meo eo quod sis vir bellator et sanguinem fuderi
    1 Chronicles 28.3.
    .
    Mais Dieu m`a dit: Tu ne bâtiras pas une maison à mon nom, car tu es un homme de guerre et tu as versé du sang.
    1 Chronicles 28.3.
    .
    Mas Deus me disse: Tu não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra, e tens derramado muito sangue.
    1 Crônicas, 28.3.

  1048. MONTALVÃO Diz:

    .
    MARCIANO: Eu acho que se o Batman existe, não se revela, portanto, acredito na possibilidade de sua existência.
    .
    COMENTÁRIO: a ideia da divindade é mais forte que a do Batman…
    /
    /.
    MARCIANO: Quanto ao seu comentário anterior, só posso saudá-lo assim: OSS!
    .
    COMENTÁRIO: e eu, OOOPs!
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    /
    Marciano Diz: Seria Montalvão um “Bellator Dei” (Guerreiro de Deus?)
    .
    […] sanguinem fuderi
    .
    COMENTÁRIO: “sanguinem fuderi” deve ser algo que deverasmente não engedra qualquer dúvida…
    /
    ./
    MARCIANO: Mas Deus me disse: Tu não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra, e tens derramado muito sangue. 1 Crônicas, 28.3.
    .
    COMENTÁRIO: vai ver seja por isso que nunca jamais construí um templo em minha vida, nem mesmo um pentecostal, que estes são os mais fáceis…
    .
    É fato, tenho vertido muita sangueira. Aos cinco anos tomei uma enxadada na cabeça que me abriu o cocuruto. Um ano depois, ao pular um vala, esborrachei a testa na pedra. Aos doze anos, brincando de mocinho e bandido, fugindo dos bandidos, escorreguei sobre o revólver de espoleta, uma peça metálica que rasgou-me a fronte. Descendo o Alto da Boa Vista de bicicleta, sorvendo o cheiro da liberdade, acelerando próximo à velocidade da luz, senti que o espaço-tempo se deformava e o meio-fio me recebeu de braços abertos rasgando-me as carnes. Quando estava quase bom fui pegar carona de trem e ao fugir do guarda esmolambei-me nos trilhos…(tá bom ou quer mais sangue?)
    .
    Então, depois de tanta hemoglobina descartada, não me sinto mesmo habilitado a erigir templos… quem sabe na próxima?

  1049. Marciano Diz:

    Montalvão,
    A ideia da divindade só é mais forte do que a do Batman porque é mais antiga, atende a necessidades psicológicas, sempre foi tratada como sendo verdade, uma revelação, e por aí vai. . .
    O Batman foi criado para divertir; as milhares de divindades foram criadas para dominar e tirar dinheiro dos trouxas.
    Existem tantas ideias discrepantes de divindades, todas imaginárias, e nenhuma manifestação de qualquer deus.
    Nem de espíritos não divinos, como pessoas já falecidas, a não ser que acreditemos nas farsas que Arduin defende com tanto ardor.
    .
    Fudere é derramar, fodere é cavar.
    Os dois verbos, conjugados em todos os tempos e modos, e seus cognatos aparecem várias vezes na Vulgata.
    Claro que você sabe disso, a origem de suas ideias sobre divindades estão na bíblia.
    .
    “É fato, tenho vertido muita sangueira. Aos cinco anos tomei uma enxadada na cabeça que me abriu o cocuruto. Um ano depois, ao pular um vala, esborrachei a testa na pedra. Aos doze anos, brincando de mocinho e bandido, fugindo dos bandidos, escorreguei sobre o revólver de espoleta, uma peça metálica que rasgou-me a fronte. Descendo o Alto da Boa Vista de bicicleta, sorvendo o cheiro da liberdade, acelerando próximo à velocidade da luz, senti que o espaço-tempo se deformava e o meio-fio me recebeu de braços abertos rasgando-me as carnes. Quando estava quase bom fui pegar carona de trem e ao fugir do guarda esmolambei-me nos trilhos…(tá bom ou quer mais sangue?”
    .
    Vou relembrar alguns comentários pretéritos de sua autoria:
    .
    “No boxe, então, é mole mole derrubar um engraçadinho.”
    .
    “Embora Caim não seja boxer no sentido clássico ele tem muito mais técnica que o brasileiro: mantém a guarda mais alta, os cotovelos próximos do tronco, a movimentação de braços e pernas é típica do boxe. O cigano deixa a cara sem proteção, abre muito a guarda, expõe o corpo frontalmente, em vez de se conservar ligeramente de lado e mantém os dois pés chapados no chão. No boxe, o pé de trás fica apoiado na ponta dos dedos, o que deixa o lutador mais livre para atacar, recuar e fintar. O único movimento que fez certo foi girar para longe da “mão forte” de Velásquez, se não o fizesse provavelmente seria nocauteado rapidinho.”
    .
    “. . . já soltei uns jabzinhos, mas não fora o que se dissesse: “nossa, como luta esse homem!”
    .
    .
    CLARO QUE QUERO MAIS SANGUE!
    Omitiu o melhor, ou seja, as vezes em que teve o supercílio aberto por um potente hook, um straight right hand, ou um cross. Sem contar os lábios fendidos.
    Perdeu a conta?
    Shoryuken!

  1050. Toffo Diz:

    Caracoles, então o garoto Montalvão devia ser conhecido como “arroz de terceira”, todo quebrado! kkkkkk

  1051. Guto Diz:

    Muitíiisimo obrigado pelas respostas, senhores Montalvão e Toffo.
    Vou comentar os posts através de novos apontamentos.
    Creio que a teoria evolutiva é uma possibilidade real, ou seja, possui fortes indícios, contudo, as controvérsias que apontei continuam, pelo menos para mim, mal respondidas e seguem nos seguintes sentidos:
    a) O fato dos seres humanos (os únicos) terem adquirido todas as potencialidades apontadas por mim no outro post e diversas outras não relacionadas, é algo muito raro, pois, existem e existiram milhares de espécies e só uma chegou aonde chegamos. Nem os primatas atuais chegaram PERTO!
    b) O fato das potencialidades humanas terem seguido para as questões psico-emocionais, além de outras na área mental, e não para as corporais.
    c) O fato de existirem diversas ocorrências “sobrenaturais”. Mesmo que para muitos não passem de ilusão ou farsa. Existe sim situações que não podemos explicar com o pensamento lógico e pelo conhecimento que temos. Ainda mais, se buscarmos pensar unicamente de maneira científica, ou seja, através de testes, experimentos e verificações. Perderemos a oportunidade de entender ainda mais sobre diversas coisas.
    d) O fato de tudo ser energia.
    e) O fato das condições proprícias para o surgimento da vida ser algo extremamente difícil. Diversas questões químicas (tudo é quimica – TUDO – A atmosfera, os minerais, os vegetais, os animais e os que não são nem minerais, nem vegetais e nem animais) e a posição do SOL.
    f) Foram muitas coisas juntas que criaram esse ambiente perfeito para a vida. Sem os sete elementos químicos fundamentais não haveria vida.
    g) A condição de reprodução dos seres vivos é algo fundamental. Não basta estar vivo, é preciso se reproduzir, senão a vida acabaria!
    Existem diversas outras questões, para mim, com respostas insatisfatórias.
    ==================/==============/================
    Marciano, meu caro, penso que os outros seres vivos meio que pararam na evolução. Não que eles não tenham evoluído, não é isso, mas é que percebo que estamos anos luz em termos de capacidades e potencialidades quando nos comparamos com os primatas mais próximos geneticamente ao homem.
    Lendo seus posts, acredito que você tem “birra” com o pai celestial (Deus).
    Algo aconteceu contigo que o levou a REJEITAR a IDÉIA da sua existência? Não precisa responder se não quiser, valeu?
    Diferentemente ao que foi escrito por alguém nesse BLOG, tanto um evento pode levar uma pessoa a seguir o caminho da espiritualidade (religioso) como pode fazer com que ele saia.
    Lendo o caso de Darwin, ele era católico. Passou para agnóstico e, tem quem diga, se tornou ateu (dizia que acreditava no Deus de Spinoza).
    O evento que o fez desacreditar completamente de Deus foi a morte da sua filha.
    Pelo menos a possibilidade, seria, na minha mente, um pouco mais racional e menos emocional. Falo de possibilidade.
    Abraço. Paz e Amor.c

  1052. Marciano Diz:

    Guto,
    você não quer nem estudar a Teoria da Evolução. Claro que não vai estudar Físico-Química. Se o fizesse, entretanto, provavelmente passaria a achar que TUDO É FÍSICA. Inclusive a Química. E que sem a Matemática, nada disso serve para absolutamente nada.
    Para você, que parece gostar de Química também, experimente estudar um pouco de equilíbrio (ou balanceamento) algébrico de equações químicas. Não é difícil, embora pareça, de fora. É apenas um exemplo de que precisamos da Matemática para entender tudo. Até relações sociais (que podem ser estudadas estatisticamente, em grandes grupos).
    Não sei o que você quis dizer com “a posição do Sol”, mas lá não é a química que impera. A principal reação que lá acontece é a fusão dos núcleos (prótons) de dois átomos de hidrogênio em um de hélio, o que NÃO É UMA REAÇÃO QUÍMICA, mas uma reação nuclear.
    .
    Na sua tabela periódica estão faltando muitos elementos.
    .
    “Não basta estar vivo, é preciso se reproduzir, senão a vida acabaria!”
    .
    Cristais se reproduzem. Seriam seres vivos?
    .
    “Marciano, meu caro, penso que os outros seres vivos meio que pararam na evolução. Não que eles não tenham evoluído, não é isso, mas é que percebo que estamos anos luz em termos de capacidades e potencialidades quando nos comparamos com os primatas mais próximos geneticamente ao homem.”.
    .
    Sua visão de evolução é completamente distorcida, você não sabe nem quer saber o que significa.
    Evolução, no sentido biológico, não significa partir de um lugar para outro com uma finalidade.
    Significa apenas adaptação ao meio ambiente.
    Leia o evento das monarcas, na Inglaterra.
    Quem sabe se assim você não tem um “insight” e percebe que está falando de uma coisa da qual não ter a menor ideia?
    .
    “Lendo seus posts, acredito que você tem “birra” com o pai celestial (Deus).
    Algo aconteceu contigo que o levou a REJEITAR a IDÉIA da sua existência? Não precisa responder se não quiser, valeu?”
    .
    Claro que vou responder. Com outra pergunta: como posso ter birra com algo que só existe na imaginação de algumas (muitas) pessoas?
    Além do mais, cada um tem seu deus individual, não existe consenso sobre o objeto imaginado, idealizado.
    E não aconteceu NADA comigo, simplesmente nasci sem crença (como todos, inclusive você) e nunca ninguém conseguiu incutir alguma crença em minha cabeça. Só isso.
    .
    “Diferentemente ao que foi escrito por alguém nesse BLOG, tanto um evento pode levar uma pessoa a seguir o caminho da espiritualidade (religioso) como pode fazer com que ele saia.”
    .
    Para sair de alguma coisa é preciso entrar primeiro, nunca entrei nessa fria.
    .
    Leia de novo sobre Darwin, sua fonte não presta. Darwin, seu pai e avô eram livres-pensadores (ateus). A mãe dele era anglicana (não católica) e ele chegou a estudar religião quando criança e na juventude. Sua experiência de vida mostrou-lhe que a religião não explicava nada. Tornou-se livre-pensador, como seu pai e seu avô.
    A mulher dele era religiosa ao extremo, o que o colocava em situação difícil, inclusive por ter amigos religiosos, pelo meio em que vivia.
    Passou a dizer-se agnóstico, o que serve de manto para abrigarem-se todos os que não têm a coragem de admitir-se descrentes. Equivale a chutar a bola para escanteio.
    .
    A morte da filha tornou-o descrente de terapias alternativas (ele, apesar de genial, era vítima de um charlatão que inventou uns banhos frios para curar sua filha, o que, evidentemente, deu em nada).
    É por isso que eu acho que não basta não acreditar em espíritos, divindades e religiões. É preciso não acreditar em pseudo-ciências, como homeopatia, acupuntura, universos paralelos, etc.
    Aquele amplexo.

  1053. Marciano Diz:

    A propósito, não se sabe de que a filha de Darwin morreu, mas pode ter sido de tuberculose.
    Os banhos da água fria devem ter ajudado um pouquinho.

  1054. Guto Diz:

    Meu caro Marciano, me lembro da aulas de química, sobre balanceamento de uma equação química (soma de dois compostos químicos geram um outro ou dois outros compostos).
    O fato é que, antes da física, devemos entender que tudo é composto por elementos químicos que interagindo-se entre si podem gerar novas coisas.
    Não é esse o ponto. O ponto é:
    a) Tomar as mudanças ocorridas ao ser humano como nada demais. Como somente o resultado da evolução ocorrida por processos físico-químicos nas estruturas do corpo (DNA) ocasioinadas pelas mudanças ambientais.
    Lí que não ocorreram mudanças ambientais tão significativas que explicassem o avanço cerebral humano.
    Todos os seres tinham o mesmo desafio, o mesmo ambiente!
    b) A posição do SOL é fundamental para haver vida na terra. Mais perto seria quente demais. E a temparaturas mais altas não haveria o ambiente propício para a vida. Longe demais também não. O SOL tem importância fundamental para a natureza e para a questão corporal do homem.
    Volto mais tarde.
    Grande abraço.

  1055. Gorducho Diz:

    A questão já foi elucidada por Emmanuel – captado pela antena mediúnica de CX [A Caminho da Luz]:
     
    O DIVINO ESCULTOR
    Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte no universo galáctico.
    Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe.
    Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.
    (…)
    O VERBO
    Examinada, porém, a questão nos seus prismas reais, vamos encontrar os primeiros antepassados do homem sofrendo os processos de aperfeiçoamento da Natureza. No período terciário a que nos reportamos, sob a orientação das esferas espirituais notavam-se algumas raças de antropoides, no Plioceno inferior. Esses antropoides, antepassados do homem terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo, tiveram a sua evolução em pontos convergentes e daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé da atualidade.
    Reportando-nos, todavia, aos eminentes naturalistas dos últimos tempos, que examinaram meticulosamente os transcendentes assuntos do evolucionismo, somos compelidos a esclarecer que não houve propriamente uma “descida da árvore”, no início da evolução humana. As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo, estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais, uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o princípio espiritual encontraria o processo de seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade.
    Os peixes, os répteis, os mamíferos, tiveram suas linhagens fixas de desenvolvimento e o homem não escaparia a essa regra geral.
    A GRANDE TRANSIÇÃO
    Os antropoides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados; a realidade, porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe novas expressões biológicas. Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no “primata” os característicos aproximados do homem futuro.
    Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações.
    Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir. Uma transformação visceral verificara-se na estrutura dos antepassados das raças humanas.

  1056. Gorducho Diz:

    (…)
    O VERBO

    O VERBO NA CRIAÇÃO TERRESTRE
    A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o organismo do Globo. Substituíram-lhe a providência com a palavra “natureza”, em todos os seus estudos e análises da existência, mas o seu amor foi o Verbo da criação do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem fim. E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.
    Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra.
    Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens.

    (…)

  1057. Gorducho Diz:

    Diferença fundamental entre Cristianismo ortodoxo e o Chiquismo: neste Jesus Cristo atua como demiurgo na configuração da Terra.
    Será que CX andou estudando gnosticismo?

  1058. Marciano Diz:

    Guto,
    Confundi-me com sua “posição do Sol” por causa do seu antropocentrismo. A posição é da Terra, que tem menos de um décimo de milésimo da massa do Sol e gravita em torno dele.
    .
    Gorducho,
    Essa cosmologia xaveriana é completamente esquizofrênica.

  1059. MONTALVÃO Diz:

    MARCIANO: Omitiu o melhor, ou seja, as vezes em que teve o supercílio aberto por um potente hook, um straight right hand, ou um cross. Sem contar os lábios fendidos. Perdeu a conta?
    .
    COMENTÁRIO: não perdi a conta porque não tem conta.
    Minhas lutas foram amadoras e eram suspensas logo que uma sangueira aparecia. Da sua massacradora relação a única que vivenciei foi a área interna dos lábios amassada: o adversário batia bem e mesmo com o protetor bucal o lábio ficou bem moído, e vou dizer: não é nada agradável…
    .
    Dos golpes que relacionou conheço similares: jab, cruzado, up (upcurt), gancho e o derrubador direto.
    /
    /
    Toffo Diz: Caracoles, então o garoto Montalvão devia ser conhecido como “arroz de terceira”, todo quebrado! kkkkkk
    .
    COMENTÁRIO: felizmente não me quebrei tanto quanto o arroz citado, de modo a ficar com sequela incapacitante. De minha vida atlética ganhei de brinde um joelho funicado, da época em que pretendi me tornar campeão mundial de corrida, e um músculo atrofiado nas costas herança do levantamento de peso, mas ainda dou umas cambalhotas…
    .
    saudações parboilizantes

  1060. MONTALVÃO Diz:

    .
    GUTO: Creio que a teoria evolutiva é uma possibilidade real, ou seja, possui fortes indícios,
    .
    COMENTÁRIO: possui fortes evidências, não indícios…
    /
    /

    GUTO: contudo, as controvérsias que apontei continuam, pelo menos para mim, mal respondidas e seguem nos seguintes sentidos:
    a) O fato dos seres humanos (os únicos) terem adquirido todas as potencialidades apontadas por mim no outro post e diversas outras não relacionadas, é algo muito raro, pois, existem e existiram milhares de espécies e só uma chegou aonde chegamos. Nem os primatas atuais chegaram PERTO!
    .
    COMENTÁRIO: a evolução disponibiliza diversos caminhos, as espécies encontraram soluções que as levaram por uma dessas vias, a espécie humana teve a felicidade (para alguns a desgraça) de cair na estrada mais promissora. A evolução não diz que todas as espécies deveriam se desenvolver da mesma forma.

    /
    /
    GUTO: b) O fato das potencialidades humanas terem seguido para as questões psico-emocionais, além de outras na área mental, e não para as corporais.
    .
    COMENTÁRIO: não entendi…
    /
    /
    GUTO: c) O fato de existirem diversas ocorrências “sobrenaturais”. Mesmo que para muitos não passem de ilusão ou farsa. Existe sim situações que não podemos explicar com o pensamento lógico e pelo conhecimento que temos. Ainda mais, se buscarmos pensar unicamente de maneira científica, ou seja, através de testes, experimentos e verificações. Perderemos a oportunidade de entender ainda mais sobre diversas coisas.
    .
    COMENTÁRIO: o que têm as ocorrências “sobrenaturais” a ver com a evolução?
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    GUTO: d) O fato de tudo ser energia.
    .
    COMENTÁRIO: dê sua definição de energia…
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    GUTO: e) O fato das condições proprícias para o surgimento da vida ser algo extremamente difícil. Diversas questões químicas (tudo é quimica – TUDO – A atmosfera, os minerais, os vegetais, os animais e os que não são nem minerais, nem vegetais e nem animais) e a posição do SOL.
    f) Foram muitas coisas juntas que criaram esse ambiente perfeito para a vida. Sem os sete elementos químicos fundamentais não haveria vida.
    g) A condição de reprodução dos seres vivos é algo fundamental. Não basta estar vivo, é preciso se reproduzir, senão a vida acabaria!
    .
    COMENTÁRIO: isso mostra que a vida no universo, se existir além de na Terra, será ocorrência raríssima. Esse fato derruba um dos pilares do kardecismo, que é a pluralidade dos mundos habitados.
    /
    /
    GUTO: Existem diversas outras questões, para mim, com respostas insatisfatórias.
    .
    COMENTÁRIO: de fato, mas, para você, o que significa isso?
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    /
    GUTO: Marciano, meu caro, penso que os outros seres vivos meio que pararam na evolução. Não que eles não tenham evoluído, não é isso, mas é que percebo que estamos anos luz em termos de capacidades e potencialidades quando nos comparamos com os primatas mais próximos geneticamente ao homem.
    .
    COMENTÁRIO: pelo jeito pensa que os caminhos evolutivos deveriam levar as espécies, todas elas, ao mesmo ponto. De onde extraiu essa ideia?
    /
    /
    GUTO: Lendo o caso de Darwin, ele era católico. Passou para agnóstico e, tem quem diga, se tornou ateu (dizia que acreditava no Deus de Spinoza).
    .
    COMENTÁRIO: se Darwin acreditava no Deus de Spinoza então não era ateu…
    .
    Saudações divinais.

  1061. Gorducho Diz:

    (…)pelo jeito pensa que os caminhos evolutivos deveriam levar as espécies, todas elas, ao mesmo ponto. De onde extraiu essa ideia?
     
    Esse nomenclatura: “evolução” é a meu ver infeliz e prato cheio para os místicos religiosos. Distorce a teoria e leva estes a justificarem as ideias religiosas que o homo sapiens é mais “evoluído” que as baratas, &c.
    Poucos entendem, e a meu ver a nomenclatura realmente é infeliz, que a teoria diz respeito a adaptação ao meio.

  1062. Guto Diz:

    Montalvão, obrigado por me responder novamente e vou te apresentar contra-argumentações.
    Guto diz:
    “b) O fato das potencialidades humanas terem seguido para as questões psico-emocionais, além de outras na área mental, e não para as corporais.”
    Comentário: O corpo humano não é tão diferente dos outros animais, ainda mais dos primatas. Mas, a maior diferença entre ele e os outros animais é a capacidades de pensar, raciocinar, sentir e todas outras relacionadas a mente.
    c) O fato de existirem diversas ocorrências “sobrenaturais”. Mesmo que para muitos não passem de ilusão ou farsa. Existe sim situações que não podemos explicar com o pensamento lógico e pelo conhecimento que temos. Ainda mais, se buscarmos pensar unicamente de maneira científica, ou seja, através de testes, experimentos e verificações. Perderemos a oportunidade de entender ainda mais sobre diversas coisas.
    Comentário: O que quis apontar é que, somente olhando o mundo pelos olhos da ciência (biologia, física e química), perdemos a oportunidade de entender que existem muitos mais coisas a descobrir além do que esses ramos do conhecimento podem explicar. Entender a vida e as coisas pelo ponto de vista da ciência é se limitar. É não querer conhecer mais… O conhecimento não é unicamente o que a ciência afirma, mas é formado através de várias formas de observações e análises. Para mim, o conhecimento é criado da forma aristotélica.
    “d) O fato de tudo ser energia.”
    Comentário: Sigo esta linha de raciocício:
    Tudo está em movimento. E, por estar em movimento, necessita de energia. Os elétrons não param de rodar ao redor dos prótons. Tudo precisa de energia para continuar a ser o que é. A energia mantém tudo como está, mantém a estabilidade das moléculas em sua forma original ou em sua nova forma, visto que tudo está em eterna transformação.
    e) O fato das condições proprícias para o surgimento da vida ser algo extremamente difícil. Diversas questões químicas (tudo é quimica – TUDO – A atmosfera, os minerais, os vegetais, os animais e os que não são nem minerais, nem vegetais e nem animais) e a posição do SOL.
    “f) Foram muitas coisas juntas que criaram esse ambiente perfeito para a vida. Sem os sete elementos químicos fundamentais não haveria vida.
    g) A condição de reprodução dos seres vivos é algo fundamental. Não basta estar vivo, é preciso se reproduzir, senão a vida acabaria!”
    Comentário: Não estou aqui querendo demonstrar que o espiritismo está CERTO! Quero demonstrar que simplificar o que não é simples e arrogância intelectual!
    O mundo complexo sendo explicado de forma simples, sem levar em conta as complexidades é engano. É como observar um computador FODA e dizer que ele foi produzido por que todos os elementos químicos e as questões físico-químicas atinentes aos mecanismos ocorreram através de milhões de anos. Ele foi se transformando, mudando e evoluindo, até que chegou aonde chegou (comparação com o homem, mas precisamente, com o nosso cérebro humano).
    Guto diz:
    “Marciano, meu caro, penso que os outros seres vivos meio que pararam na evolução. Não que eles não tenham evoluído, não é isso, mas é que percebo que estamos anos luz em termos de capacidades e potencialidades quando nos comparamos com os primatas mais próximos geneticamente ao homem.”
    Comentário: O que quis apontar é que podem nascer gênios no mundo, mas isso não está ligado a fatores genéticos e/ou do ambiente. A questão é muito mais complexa que isso! Além disso, os genes dos gênios não são diferentes dos nossos, pois assim, teríamos uma linhagem de gênios, a princípio. Isso não acontece. Evoluir, para a minha cabeça, significa manter-se em constante mudança. A qeustão para mim é: o que fez o ser humano continuar mudando visto que o ambiente foi igual a todos e que, em determinada época, não foi mais fator de estímulo, pois foi deixando de ser uma questão de ameaça a sua sobrevivência.
    Por fim, o Deus de Spinoza não era o bíblico. Estaria perto de um panteísmo. Deus e Natureza seriam a mesma realidade.
    Segue Wikipedia da vida de Spinoza:
    “Ganhou fama pelas suas posições opostas à superstição (Deus sive natura, Deus, ou seja a Natureza, um conceito filosófico, e não religioso), e ainda devido ao fato da sua ética ter sido escrita sob a forma de postulado e definições, como se fosse um tratado de geometria.
    Nesse sentido, entendo um ar ateísta.
    Grande abraço.
    Gosto muito de teclar contigo. Com todos.
    O FATO DAS PESSOAS PENSAREM E ENTENDEREM DIFERENTENTEMENTE AS MESMAS COISAS OBSERVADAS NOS FAZ CONTINUAR “EVOLUINDO”. Fonte: EU
    Valeu. Paz e Amor.

  1063. Marcos Arduin Diz:

    Mas que tristeza… Nem inventar algum erro plausível esse cara é capaz, na tentativa de salvar dois patetas…
    Moisés, sem querer ser chato, mas é o seguinte: na minha condição de pesquisador, professor e assinante de periódicos científicos, frequentemente sou convidado a dar pareceres sobre os trabalhos que me mandam. Alguns são bons e eu os aprovo. Outros têm erros e eu os aponto para serem corrigidos. Outros exigem algumas modificações para tornar o trabalho mais claro. Outros são tão ruins e fraquinhos que recomendo a rejeição. E finalmente uns poucos outros trazem coisas um tanto revolucionárias, os quais não posso aceitar, a menos que os autores apresentem mais evidências claras do que estão propondo. Nada me agradaria em ver demonstrada uma proposta revolucionária, um conceito novo e isso sair publicado no periódico ao qual dou assessoria. Sabe que já fui elogiado por editores pela qualidade dos meus pareceres?
    Pois é, meu caro. Alguém que TEM COMPETÊNCIA na sua área, mostra bons serviços.
    .
    Mas como posso considerar capaz e competente um cara que não achou nada estranho em queda de força elétrica no ano de 1875? Como posso dizer que é capaz e competente um segundo cara que leu o mesmo texto e não achou nada estranho? A menos que seu conceito de competência e capacidade não coincidam com os meus… Como autor da bobagem escrita, posso dizer que Houdini foi um BABACA, um PÉSSIMO HISTORIADOR, um PÉSSIMO PESQUISADOR. Sua alegada experiência de 20 anos de estudos em cima do assunto mediunidade NÃO O TORNOU um experto no assunto. Seu livro capenga é a prova provada disso, goste você ou não. Já quanto ao Polidoro, sou obrigado a pensar ainda pior dele. A menos que você reconheça nele um outro babaca pior, fica muito estranho eu, crente fanático e burro que sou, ter notado essa falha de que não havia energia elétrica, nem lâmpadas elétricas em 1875 e o Polidoro não haver percebido isso. Só que acreditar que ele não notou esse deslize é levar a credulidade ao extremo insuportável. Sinto muito.
    .
    “agora estrumbicou tudo: quer dizer que tem dúvidas se materializações são reais? Se tem dúvidas, significa que não toma os experimentos de Crookes, Richet e outros como demonstrativos dessa realidade.”
    – Moisés, como cientista, lendo os trabalhos que os cidadãos acima e mais outros vários fizeram, sei que a ÚNICA hipótese cientificamente testável em qualquer época é A DA FRAUDE. Ela só depende da boa vontade dos ilusionistas em ajudar e do interesse do pessoal cético em certificá-la, já que esta é a hipótese DELES. Quanto às materializações e os outros fenômenos inusitados registrados, deixo-os numa espécie de “quarentena” até ver o que sai dos testes da hipótese da fraude. Se conseguissem obter simulações plausíveis e que seriam possíveis os médiuns tê-las feito com os recursos da ocasião, respeitando as condições históricas conhecidas desses médiuns (ex: Eva Fay era uma ilusionista de palco, nem de discute, mas Florence Cook nunca foi famosa por isso) então ela ganha força. Mas se NENHUMA tentativa de simular a fraude funciona, então, seguindo a metodologia científica, DESCARTO essa hipótese. Resta então saber o que de fato os médiuns fizeram. Enquanto não temos elementos suficientes para sabê-lo, ao menos podemos dizer que o que produziram não foram por arte ilusionista. Isso é ao que me leva um parecer científico ISENTO. Entendeu?
    .
    Àquele que defende a hipótese da fraude, cabe defender o seu peixe e demonstrar que uma fraude assim, assada, frita ou cozida explicaria os RESULTADOS OBSERVADOS e permitira CONTORNAR OS MÉTODOS DE CONTROLE ADOTADOS. É só isso que estou cobrando. SUGERIR, por exemplo, que uma tira de pano molhada em solução salina “fecharia o circuito” e enganaria os observadores DIZ-ME EXATAMENTE NADA. Ela poderia manter o circuito fechado, mas a resistência seria idêntica à da pessoa em questão? Se há uma alteração tão grande nesta, os pesquisadores não desconfiariam que algo estava errado? São essas as minhas críticas a essa proposta de fraude e a TODAS as outras apresentadas e NUNCA TESTADAS. Esse é um jeito muito estranho de se fazer ciência: apenas se sugere, mas não se faz o item FUNDAMENTAL que é a EXPERIMENTAÇÃO.
    .
    Uma outra questão é a FALTA DE HONESTIDADE do defensor da proposta. Quando digo falta de honestidade, é quando esse defensor SABE que o argumento é falso, mas o usa assim mesmo, na esperança de que ninguém percebe a fraude intelectual, em vista de ser um assunto ao qual pouca gente é afeita.
    Vou dar aqui um exemplo no meio espírita. Gélio Lacerda da Silva escreveu um livro, Conscientização Espírita, onde diz cobras e lagartos do Rustenismo e alinha vários eventos e fatos históricos para vender o seu peixe. Até aí, tudo bem, mas já disse aqui que tal livro tem seus carunchinhos. Vou citar dois deles.
    Chico Xavier, a partir de 1969, NUNCA MAIS mandou coisa alguma para a FEB publicar. Só dois livros, que já estavam no prelo, foram lançados em 1970 e 1971. Depois disso, acabou. Gélio coloca como o motivo disso a “perda de paciência” do Emmanuel com as CONSTANTES MUDANÇAS dos textos dos livros do Chico para inserir neles a propaganda rustenista. E fala da postura suspeita da FEB de INUTILIZAR os manuscritos após a publicação, em vez de remetê-los de volta ao autor. Porém, o próprio capítulo em que trata disso, mostra que Chico sempre foi afinado à tese rustenista. Improvável que ele fosse se calar diante de introduções indevidas nos textos de suas obras se ele não fosse crente dessa tese. O motivo real de Chico não mais publicar pela FEB foi a recusa desta em permitir que os editores americanos publicassem as obras do Chico nos EUA. Mas disso o Gélio não trata.
    Diria, da minha parte, que Gélio, embora não mudasse o fato de Chico não mais publicar pela FEB, deu como causa uma versão incorreta. E não creio que ele estivesse mal informado, pois ao apresentar essa versão, ele não cita fonte alguma. Parece que foi uma ideia que saiu de sua veneranda cabeça…
    .
    Outra coisa no mesmo livro, é quando ele aponta algumas figuras eminentes na ocasião com sendo “kardecistas”, e demonstrando total desconhecimento das obras de Roustaing. Um deles, Nestor Massotti, é crível, pois ao ser presidente da FEB, foi na direção contrária a de seus predecessores, repudiando o Rustanismo. Deu só um mal passo ao tentar retirar a cláusula pétrea do estudo obrigatório das obras de Roustaing. Mas ele cita o Divaldo P. Franco, como respondendo à pergunta sobre os Quatro Evangelhos, do Roustaing, e a resposta é…
    _ Não os li.
    De onde Gélio tirou essa entrevista? Divaldo sempre foi rustenista e já apareceu fotografado entre conhecidos rustenistas e como é que ele nunca leu a única obra de Roustaing que é a base de toda a doutrina rustenista? Alguma coisa está muito errada nessa entrevista, se é que ela existiu.
    .
    Então, Moisés, eu mesmo, que sou contrário ao Rustenismo, ao ver coisas desse tipo, fico ressabiado e descontente com um defensor do kardecismo, que poderia ter feito uma obra melhor, falando APENAS A VERDADE.
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    Quer ver outro exemplo fora do Espiritismo? Há um livro publicado pela Torre de Vigia, aquela entidade é proprietária dos Testemunhas de Jeová, chamado Vida, qual a sua origem? Evolução ou Criação? Esse livro traz uma série de citação e referências bibliográficas, as quais podem ser checadas e… verificar a baita desonestidade dos autores do livro (eles não são citados, todo livro publicado vem com o Copywright da Torre de Vigia, sem indicação de autor). Um dos melhores exemplos é a citação de um cientista contrário ao evolucionismo, o Francis Hitching. Querem com isso mostrar que nem todos os cientistas concordam com a Teoria da Evolução, como se isso quisesse dizer muita coisa.
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    Eu entendo como CITAÇÃO HONESTA é quando o autor que cita outro, REPASSA não apenas o texto, mas junto com ele, traz a ideia, o pensamento do outro autor. Quando se faz a citação de um autor, mas pega-se um trecho fora de contexto e dá uma ideia totalmente diferente do que foi dito, isso é uma CITAÇÃO DESONESTA. Os jeovistas defendem a ideia de que só o Jeová é Deus e que Jesus seria “um deus”, ou seja, negam o dogma da Trindade, que prevê a existência de três Deuses fazendo o papel de Um. Em apoio a essa tese citavam um livro de gramática grega antiga, de dois autores, Dana e Martley. Pois bem, esse último, escreveu uma carta ferina à Torre de Vigia, queixando-se o uso que faziam de seu livro, citando-se de forma desonesta, já que não endossava essa tese de “a ausência do artigo definido diante do nome de Jesus ou Palavra, era indicativo de que ele não se apresentava como Deus”. A final da carta, Martley exigia que não mais o citassem, nem ao seu livro. Há o texto que diz que é proibida a reprodução de qualquer trecho do livro sem autorização da editora e que se eles tinham essa autorização, que lhe mandassem uma cópia e que subscrevia-se descontentemente.
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    Tal modo desonesto de agir fica evidente, porém, quando se vê que no tal livro de Hitching (O pescoço da girafa). Certo, ele malha o evolucionismo… mas TAMBÉM O CRIACIONISMO! Logo esse autor não poderia ser usado como alguém que apoie a tese criacionista dos testemunhas de jeová. Mas a coisa fica ainda pior quando se constata que na época (1982) Francis Hitching NUNCA fez graduação, nem pós graduação em faculdade alguma em nenhuma área científica. Ou seja, o cara NÃO ERA um cientista. E no fim, qual a proposta dele? Que a vida EVOLUI não por seleção natural, nem por mutações, mas pela ação de “forças cósmicas”, ou seja, por meio paranormal. Quer dizer, esse tal “cientista” é apenas um paranormalista, mas no livro dos Tjs, ele é apresentado como cientista. Tem algum nome para isso que não seja DESONESTIDADE?Impossível que Torre de Vigia não estivesse informada da falta de credencial científica de Hitching.
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    E é pelo mesmo caminho que eu chego ao Houdini e Polidoro. Os dois não são observadores neutros. Você tenta defender o Polidoro sugerindo que ele “não diz que o relato de Houdini seria verdadeiro”. Essa é uma defesa pra lá de pífia. Afinal, se um cara não confia a veracidade de um texto, por que o citaria SEM RESSALVAS? Se um dia eu citasse os textos que apontei do Gélio L. da Silva, fa-lo-ia COM AS DEVIDAS RESSALVAS que já disse. Isso seria uma CITAÇÃO HONESTA.
    Agora se o Polidoro cita o Houdini e não faz qualquer observação ou restrição e até pelo contrário: ao final conclui todo ufano: _ Não há mais dúvidas de que tal truque de fato ocorreu _ Então é porque estava de pleno acordo com o que Houdini relatou. E daí não entendi essa sua colocação: “ Polidoro faz referência ao comentário de Houdini apenas ilustrativamente, não adentra a analisá-lo porque não o utiliza como comprovação de que houve fraude.” – Se Polidoro não tem mais dúvidas de que aquilo que foi descrito ocorreu, então está faltando o que para ele dizer que houve fraude? Tem certeza de que você sabe ler e apreender os conteúdos, Moisés?
    .
    Eu tenho de elogiar mesmo o Polidoro e apontá-lo como meu cético favorito em vista das defesas mentirosas que ele faz da fé cética. De novo o caso de lenço molhado, conforme ficou CLARAMENTE DEMONSTRADO, não é possível usá-lo para burlar a vigilância do galvanômetro. Mas o seu querido Polidoro passa por cima disso, e tenta você defendê-lo de que ele dizia apenas que “mantinha o circuito fechado”. Mas e daí? Isso não resolvia o problema do valor da resistência medida… Ah! Ensaios diversos até se chegar a um valor aproximado? Então a dona Eva Fay, que não apresentou nenhum namorado, nem cúmplice, nem ninguém que a ajudasse a descobrir como burlar o galvanômetro, teria feito uma série de testes prévios para chegar ao valor da sua resistência corporal e assim burlar o galvanômetro… (cadê os fios extensíveis agora?). Certo, os colegas de Crookes conseguiram isso com um lenço, depois de várias tentativas. Mas para evitar essa possibilidade de erro, então mandaram que as manivelas fossem colocadas fixas a uma distância maior. Suponho então que quando viu as ditas manivelas tão longe uma da outra, a Fay deve ter pensado: _ Meu Mundo caiu!
    Sinto muito, Moisés, mas pode descartar o paninho úmido dessas “opções driblativas”
    .
    “Como pode dizer que não houve a denegatória? Agora esse negócio de que ela negava publica e sistematicamente a pecha de médium é por sua conta.”
    Mas Moisés, NO PRÓPRIO TEXTO DO POLIDORO, citado por você:
    POLIDORO: Em 1906 H.A. Parkyn, editor da revista Suggestion, contribuiu com um longo artigo sobre os métodos dos truques usados pela Srta Fay em seus testes de leitura de boletos, descrevendo a preparação dos blocos e o uso de cúmplices no meio do público. ESTA “EXPOSIÇÃO” ERA DESNECESSÁRIA, DESDE QUE NAQUELE MOMENTO ELA ESTAVA DECLARANDO EM SEU PROGRAMA QUE PESSOAS CRÉDULAS E TOLAS NÃO DEVIAM SER INFLUENCIADAS PELA SUA APRESENTAÇÃO, UMA VEZ QUE ELA “NÃO ERA UMA MÉDIUM ESPIRITUALISTA” e não existia nada “de sobrenatural ou milagroso” em sua apresentação.
    – Moisés, não estou entendendo lhufas mais: afinal ela RENEGOU ou não a sua mediunidade? Ou você está misturando estação? Digamos que “em um período anterior” ela escolhia ou “sacava” a plateia e aí ou se “apresentava como médium” se achava que lá tinha um bando de crentes espiritualistas ou já saí dizendo que era só mágica e nada tinha a ver com mediunidade? Mas o que eu faço com o texto de Polidoro, que citando aquele cara de 1906, já dava a entender que por essa época ela RENEGARA TOTALMENTE a dita mediunidade? Ache a coerência por aqui.
    – Bem, se “espiritualistas” queriam ver nela alguma coisa de médium apenas por conta do espetáculo circense, isso é problema deles. A mim só me interessa saber como foi que ela burlou a vigilância e o como fez a fraude no caso das pesquisas do Crookes. É só isso que me interessa. Estou ainda no aguardo.
    .
    Moisés, uma coisa com relação a mágicas que você parece desconhecer é que O MÁGICO PREPARA A MÁGICA. Ele dirige a montagem do palco, treina os assistentes, diz o que cada um tem de fazer… Qualquer livro de mágica desde lá do século XIX mostra isso. O problema é quando o mágico NÃO SABE as condições a serem feitas e aí… Pois bem, nos experimentos anteriores, a Fay simplesmente segurava as manivelas soltas em suas mãos. O truque de colocar uma na dobra do joelho é algo até possível numa dessas, mas será que assim ela produziria os truques registrados? Na biblioteca do Crookes, a porca torceu todo o rabo: agora as manivelas estavam FIXAS na parede. O único jeito de fazer uma delas ficar na dobra de seu joelho seria com uma manobra contorcionista das boas e, como dizem os autores que citam o relatório de Crookes, tais manobras seriam vistas pelas testemunhas atrás da cortina com muito interesse…
    – Depois vem as outras coisas que precisariam de MUITAS EXPLICAÇÕES para se encaixarem no relato: como ela achou os livros no escuro e os entregou às testemunhas, lembrando que se enquadravam nos gostos delas? Como ela destravou a gaveta com o cinzeiro? Como ela trouxe a peça de porcelana para lá? Como Sergeant Cox viu a médium e outra forma materializada? O seu fio extensível explicaria tudo isso?
    .
    – Ôh Moisés! Não estou negando que algum truque seria possível. Só quero que os que defendem a tese do ilusionismo me apresentem os truques viáveis e que explicariam tudo o que foi registrado. Falou você em marido da Fay? Ora, lá com o Crookes e seus colegas, ela estava SOZINHA. E chutar truques soltos, sem conexão alguma entre eles, que “explicam” uma coisa, mas não uma série de outras e querer que eu aceite que tudo está explicado, é coisa DE FÉ. Como já disse certo índio a um pastor cristão:
    _ Minhas superstições religiosas não são inferiores às suas.
    Pois eu digo a mesma coisa: as bobajadas sustentadas pela fé cética não são o bastante para me obrigar a abandonar o que os céticos acham ser bobajadas crentes.
    E eu não estou interessado em saber de “outros truques de materialização” que a Fay fez no seu palco, pois não foram objetos de estudo científico. Esses truques tanto podiam ser materializações reais, como truques ilusionistas. Estou restrito ao que foi investigado cientificamente. Se de acordo com a fé cética, TODOS OS TRUQUES DE MATERIALIZAÇÃO DELA ERAM SÓ TRUQUES MESMO, então esses truques deveriam ter aparecido sob a investigação do Crookes. Mas seria truques assim TÃO BONS que o cientista não tinha como descobri-los? Então por que o Maskelyne, mesmo com uma oferta de recompensa, não os desmascarou?
    .
    O problema dos ditos fios era a FALTA DE FLEXIBILIDADE deles. Ela não teria como desenrolá-los e enrolá-los com facilidade. Além disso, teria de saber COMO o experimento ia ser feito, pois senão não faria sentido ir com esses fios. E mesmo com esses fios, tem todos aqueles problemas que já mencionei e ninguém até agora explicou.
    .
    Se você admite que a descrição do caso está INCORRETA, então ela já ficou inutilizada. Se Polidoro fosse honesto, a descartaria exatamente por essa inutilidade. Confundindo espetáculos? Ora, o experimento com Crookes NÃO FOI nenhum espetáculo que ela fizesse toda semana. Foi algo muito específico, que ela precisou para salvar sua turnê na Inglaterra quando esteve lá a primeira vez. Vai querer me dizer que ela se esqueceu disso? E se Houdini perguntou-lhe ESPECIFICAMENTE de Crookes, como ela ia ficar misturando estação? Então, se pretende defender Houdini invocando toda essa “série de problemas e senões”, concorde comigo que tal depoimento é INÚTIL. E se Polidoro não estivesse empenhado em defender a fé cética, teria pensado a mesma coisa. Só que em vez disso, sentenciou: NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS de que tão truque DE FATO ACONTECEU.
    Fim de papo. Grato estou como apologista espíritas aos dois grandes mentirosos aí.
    .
    Ôh! Houdini o grande investigador de médiuns só investigava voluntários? Que gracinha. E será que ele não seria bem vindo lá no Instituto de Metapsíquica, inclusive quando foi convidado a demonstrar a falência experimental daquele instituto em relação ao Guzik? E será que os médiuns de materialização existentes não gostariam de levar o aval de Houdini como médiuns autênticos?
    – É o que eu digo da INFELIZ DESCOINCIDÊNCIA: quando o médium está ativo e produzindo os ditos fenômenos, os que aparecem para estudá-los são pesquisadores acusados de total incompetência e incapacidade pela comunidade cética. Por um infeliz azar, pesquisadores tão hábeis e competentes como o Houdini, não estavam disponíveis para analisar os ditos médiuns e descobrir as fabulosas fraudes que nenhum outro pesquisador era capaz de fazê-lo.
    .
    Uma pena.
    – Ah! Houdini não leu mesmo nada do Crookes. Você admite, certo? Por isso mesmo ele era um historiador CAPENGA. A sua amiga Eva Fay fala umas bobagens e ele anota e passa adiante, pois em vista do seu excesso de incompetência e falta do hábito de leitura do riscado, então ele só podia registrar um truque bobo, inviável e só possível graças a uma queda de força no teatro.
    Obrigado, Houdini, por me ajudar a desmoralizar a fé cética.
    .
    E confirmando a burrice e incompetência historiativa do Houdini, então mesmo ela tendo lhe revelado TODOS os seus segredos, ele se esqueceu de pedir detalhes dos truques que ela usou para enganar o Crookes e assim ficaram os colegas céticos atuais na tentativa de correr atrás do prejuízo em busca de tiras de pano molhadas, barras de grafite, fios extensíveis, namorados, cúmplices, alçapões…
    Obrigado mais uma vez, Houdini, por me ajudar a desmoralizar a fé cética.

  1064. Guto Diz:

    Complementando…
    Quando escrevi sobre gênios quis dizer que o surgimento de gênios é um grande mistério. Mistério esse não explicado pelos ramos da biologia, física e química. Não veio de processos lentos e graduais, como afirma a Teoria da Evolução. Um salto de qualidade!
    O que podemos dizer, ao certo, é que os seres humanos continuaram e continuam o processo de evolução nos aspectos psico-emocionais independentemente do fator estímulo do ambiente.
    Como escrevi, nos aspectos corporais eu digo que concordo com a POSSIBILIDADE da Teoria de Darwin, mas os psico-emocionais , não!
    Valeu.

  1065. Gorducho Diz:

    Que gracinha. E será que ele não seria bem vindo lá no Instituto de Metapsíquica, inclusive quando foi convidado a demonstrar a falência experimental daquele instituto em relação ao Guzik?
     
    Não foi necessário. A falência experimental foi comprovada na Sorbonne, onde havia experimentadores, não fanáticos Crentes tentando a façanha de demonstrar experimentalmente a Fé deles.
     

  1066. Guto Diz:

    Montalvão, as questões relativas aos estados psico-emocionais que aponto são as seguintes:
    A espiritualidade, consciência planetária, paz, amor fraternal, abenegação, serenidade, energia e motivação (mesmo nos estados difíceis, o ser se mantem confiante. Pode ser a fé), dentre outros.
    Num mundo de incertezas, de morte iminente, de falta de fé, esses sentimentos são raros, contudo, só se fez crescer ao longo da história.
    No passado, a vida das pessoas não valia quase nada. Valia tanto quanto de um animal. Hoje, a grande maioria dá valor a vida das pessoas, inclusive a dos animais.
    Hoje as pessoas se preocupam mais com o próximo e buscam a paz. Aqueles que não agem assim, ao meu ver, ainda estão seguindo os seus instintos de sobrevivência, onde o egoísmo, o prazer e a visão de uma vida limitada (ela acaba com a morte) são os fatores fundamentais.
    Existe, porém, o medo. O medo da morte. Esse medo faz com que muitos pensem mais sobre a vida. É aí, que aqueles que se encontram mais espiritualizados, se diferem bastante daqueles que não são, pois a fé dá tranquilidade, confiança e motivação para seguir sempre em frente, no caminho do amor e da paz, enquanto quem não o é, muitas vezes, se mergulham nas ilusões que as coisas deste mundo podem lhe oferecer a fim de dar algum valor e significado para a vida.
    Acredito que, conscientemente ou inconscientemente a maioria dos homens procuram seguir esse caminho, da paz e do amor, pois é a evolução do espírito.
    “O exemplo do Cristo nos transfere a uma ampla realidade de que o amor é a única força capaz de nos trazer lucidez e equilíbrio no relacionamento conosco e com os outros.
    Eis o antídoto contra o egoísmo: “Não fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem”. Retirado do “site”: http://conscienciaevida.blogspot.com.br/2013/03/estado-mental.html.
    Assim, não se faz necessário ter religião, mas somente entendimento de que o estado psicoemocional que queremos começa dentro de nós. É preciso se abrir para isso.
    Valeu!

  1067. Marciano Diz:

    Guto é uma figura.

  1068. Guto Diz:

    Hahahahahaha!
    Tomara que isso seja alguma coisa boa!
    Gostaria muito de conversar contigo, meu caro amigo Marciano. Frente a frente. Num barzinho legal. Tomando uns chopps e comendo dois pastel! Hahahaha!
    Falaria sobre a beleza que é a vida e o mundo e você me diria que tudo que existe veio do conhecimento humano.
    Eu falaria sobre sermos bons amigos fraternais e você bons amigos, simplesmente.
    Falaria sobre os sentimentos e você sobre a matéria.
    Não que você não dê valor ao sentimento, mas não é só de sentimento que vive o homem, certo?
    No final, nós nos daríamos um forte abraço e marcaríamos outra saída, para continuar essa conversa sem fim.
    🙂 Abraço irmão!

  1069. Guto Diz:

    Meu pai do céu!
    Aonde vamos chegar.
    Cda vez mais os jovens estão entrando no mundo do crime. Estão matando, estuprando, roubando e se envolvendo com as drogas.
    Onde estão os pais desses jovens? O que fizeram com a instituição família? Fazer filho é fácil! Difícil é criá-los no caminho do bem! Maioridade penal resolve? Pena de morte resolve?
    É preciso resgatar as famílias! Mas, pelo que parece, muito poucos estão vendo que é por esse caminho que mudaremos as coisas.
    Educação é tudo! Educação familiar. Aquela que transmite amor, carinho, atenção. Ensina sobre respeito aos outros. A compartilhar. A dar valor as amizades e menos ao dinheiro e coisas materiais.
    Tá feia a coisa! Mas, ainda tem muita gente fazendo o certo. Tem muita gente também que se preocupa em ser um bom pai e uma boa mãe.
    Contudo, é alarmante o aumento dos casos de jovens que cometem coisas horríveis. Muitas vezes cruéis. Piores que os adultos.
    Trsite! 🙁

  1070. Marcos Arduin Diz:

    “Não foi necessário. A falência experimental foi comprovada na Sorbonne, onde havia experimentadores, não fanáticos Crentes tentando a façanha de demonstrar experimentalmente a Fé deles.”
    – Ah, é?
    Então a Sorbonne conseguiu reproduzir tudo o que Guzik fez junto aos 34 pesquisadores do IM, sob as mesmas condições e recorrendo apenas a truques ilusionistas? Isso foi assim numa boa? Quando isso aconteceu?

  1071. Gorducho Diz:

    O assunto foi estudado há pouco em “Detectives da Fé”. Não entendeu o que lá foi tratado?
    Mas, resumindo, é bem simples: bastou amarrar um cordãozinho nos tornozelos e colocar umas fitinhas fosforescentes. Aí, os “espíritos” fugiram (como sempre…).
    Simples, quando se trata de Pesquisadores, não de bocós Crentes.

  1072. Gorducho Diz:

    Exemplo de um pesquisador sério desconfio que tenha sido o Osty. A tentativa de fotografar a “substancia invisível” utilizando infravermelho me parece muito razoável. Acho que ele não era um dogmático a serviço da Fé.
    Mas, como em todos os demais alegados fenômenos que justificam as crenças dos espiritualistas, não houve sequencia, e portanto cientificamente não há razões para crer que os alegados fenômenos fossem reais.
     
    http://www.metapsychique.org/Les-experiences-d-Eugene-Osty.html

  1073. Marciano Diz:

    Montalvão,
    Estou publicando aqui porque o comentário que fiz no artigo do Julio caiu no spam.
    O critério que eu uso para (des)qualificar superinteressante e Cia. na verdade é legião, porque são muitos, a saber:
    Os artigos são cheios de erros;
    A linguagem é infantil;
    Os temas são sempre sensacionalistas.
    Por aí vai.
    No etc. estão incluídas outras revistas de cujos nomes não me recordo, menos populares, porém igualmente toscas.
    .
    “E o artigo, o que diz dele? Você condenou a revista e nada falou do texto… Será que considera que nada provenha desses publicativos merece atenção?”
    .
    Exatamente. Já dei atenção a essas revistas e cansei-me.
    Sempre que você consulta as fontes dos textos nelas reproduzidos (sempre é retórica, na verdade, no mais das vezes) você se decepciona. Parece jornais de televisão quando dão notícias sobre ciência. Examinando, você vê que as coisas não são do jeito que foram relatadas.
    .
    Os hebreus que começaram a escrever os textos sagrados que viriam mais tarde a ser a bíblia não conheciam outras bebidas além do vinho, o qual não devia ser lá essas coisas. No entanto, disseram que o vinho alegra o coração de deus e dos homens. É uma das poucas coisas do bíblia com que concordo.
    Saudações etanoexegéticas.

  1074. Marciano Diz:

    Guto, quando eu disse que você é uma figura, foi no sentido figurado, claro.
    É coisa boa, significa que você é engraçado.
    Um abraço de irmão, não de irmão de fé.

  1075. Gorducho Diz:

    Acerca de vinho, esta pergunta vai para o Professor – se estiver na escuta…
     
    Referente à famosa cepa + [196]: que eu saiba o Justus Liebig e a turma (Wohler, &c.) dele achavam que era um processo químico a formação do álcool.
    O Kardec, achando que estava este diluído, estaria usando uma teoria pré-Liebig, supostamente circulante em França ainda no ano ’60?

  1076. Marcos Arduin Diz:

    “bastou amarrar um cordãozinho nos tornozelos e colocar umas fitinhas fosforescentes. Aí, os “espíritos” fugiram”
    – Cuma? Então uma fitinha assim fez espíritos sumirem? Que gozado. Guzik produziu coisas interessantes lá no IM, endossadas por 34 pesquisadores, e aí o ilusionista Dickson veio a público, dizer que eles haviam sido risivelmente empulhados e que ele, Dickson, fazia mais e melhor.
    Falou um perito e a imprensa aclamou. Aí o Gustave Geley lançou um desafio modesto, de 10.000 francos, para que Dickson demonstrasse ser capaz de fazer tudo o que eles testemunharam com relação a Guzik, sob as mesmas condições de fiscalizção e aí… Dickson nem deu as caras. O desafio foi feito a Houdini também e esse também nem respondeu. O Herédia que era um Houdini de circo de batina, que mostrava todos os truques dos médiuns, também não foi lá, mostrar a FALÊNCIA investigativa do IM. Ou seja, o Instituto de Metapsíquica ficou sem resposta.
    .
    Não confunda as coisas, Balofo: há sessões em que não se observam fenômenos e em outras, COM OS MESMOS MÉTODOS DE CONTROLE, esses fenômenos acontecem. Portanto não é um barbantinho fosforescente que prova que Guzik seria uma farsa… Isso é coisa só para os que têm FÉ CÉTICA. Para esses, qualquer evento negativo ou supostamente negativo, é PROVA DE TUDO.
    .
    Lembre-se: o poder da fé atua EM TODAS AS DIREÇÕES.

  1077. Marcos Arduin Diz:

    Veja só que Houdini e Polidoro são excelentes exemplos de gente dogmática a serviço da fé cética, tanto que aceitaram sem reservas uma confissão absurda de truque graças a uma queda de força num teatro em 1875…

  1078. Gorducho Diz:

    Eu não vou repetir tudo de novo Professor. Já foi perfeitamente esclarecido na supracitada rubrica.
     
    E sobre a fermentação alcoólica?

  1079. Gorducho Diz:

    Mas, repetindo uma parte porque acho que talvez lá não tenha ficado claro: foi justamente a dúvida d’alguns menos bobos desses 35 sobre a forma como o Geley conduzia os “experimentos” é que esses menos ingenuos pediram a participação do Dickson, que, obviamente o Geley negou.
    Olhe nas páginas do IMI e poderá observar que nem eles têm coragem de defender abertamente o Geley.

  1080. Marcos Arduin Diz:

    O que tem a fermentação alcoólica? Se me lembro vagamente do texto, parece que Kardec se referiu à quantidade de álcool no vinho, que por sucessivas refinações se chegaria ao álcool puro. Algo assim. Agora se interpretou alguma coisa errada a respeito, qual o problema?
    .
    E não sei de que páginas está falando. O que sei apenas é que o Guzik foi examinado e testado por 34 pesquisadores de lá e que endossaram o que testemunharam. E aí o Dickson veio a público dizer que foram feitos de bobos e que ele podia fazer mais e melhor. Feito um desafio para provar o que dizia, deu prá trás… Nem Houdini, nem Herédia quiseram levantar os 10000 francos. Essa é a história que eu sei. Se sabe de outra, conta aí.

  1081. Gorducho Diz:

    Qual era a teoria vigente em Paris na França sobre isso – cuja qual o Kardec usou-a, claro. “Pré-Liebig”? Ou seja, em França em ’60 achavam que se tratava de destilação, sem reação química (não-biológica) cuja qual era a tese do Liebig até onde eu sei.
    Ou não sei… estou perguntando.

  1082. Marcos Arduin Diz:

    Também não sei. Microbiologia não é exatamente a minha praia. Mas deve ter coisa pra se ver na Wick.

  1083. caique Diz:

    Olá, boa noite.
    O Marco não esqueceu o Rochester, não. Pesquisou, sim. Mas existem diferenças consideráveis entre os livros comparados. Rochester, por exemplo, situa a erupção mais pro fim da tarde.
    Criticar, não concordar… é um direito seu. Mas se perca nos seus pontos de vista e raciocínios, por que o que me parece é que fui feito um recorte, citando apenas um trecho da obra “Herculanum” referente a hora do almoço.
    Na verdade, observando os trechos comparativos entre as obras do Chico e obras históricas e teológicas, até concordo sim com vários apontamentos. Inegável!
    Mas, vamos levar o raciocínio adiante:
    – Tem certeza que foi o Chico quem leu e inseriu isso, consciente ou não, nas obras? Não poderia ter sido alguém posteriormente? Amplie sua linha de raciocínio!

    – Leve também em consideração um fato: ele trabalhava muito, cuidava dos irmãos. Depois, passou a trabalhar tbm em centros espíritas. Individualmente, quer dizer, separando obra a obra, isso até seria possível… O problema é quando junta-se as atividades pessoais, profissionais e as espíritas (levando-se em consideração que na época, foram escritos outros livros por ele).

    – Eu me faço uma pergunta: Por que os originais dos romances históricos (exceto um) desapareceram? Me parece até que foram queimados! O último dos romances, ele guardou com um amigo. Por que não enviou aos editores, como havia feito com os outros?
    Enfim, só quero chamar a atenção para a problemática do assunto.
    Estamos criticando, de fato, o médium (que talvez, tenha escrito de maneira muito mais simples) ou alguém (ou, “alguéns”, pedindo perdão pela palavra plural) que enfiou coisas com o objetivo de tornar o livro mais aprazível a venda?
    Em suma, não discordo de vários apontamentos feitos no blog não que se refere a comparações. Mas será que estamos culpando a pessoa certa?
    abços a todos!

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