Arqueologia Intuitiva: Egito e Irã (1976), por J. Norman Emerson

Neste artigo o arqueólogo mais importante do Canadá, J. Norman Emerson, descreve os testes que o arqueólogo da Universidade do Teerã, o Dr. Negabon, fez com o psíquico George McMullen, bem como os testes feitos pelo filho de Edgar Cayce, o Sr. Hugh Lynn Cayce, tendo passado em ambos com louvor. George também descobriu dois sítios de caverna enquanto no Irã. Há menções interessantes a dois outros psíquicos, um deles sendo a Sra. Dorothy Eady, que também era uma arqueóloga tendo feitos descobertas em seu campo e que já foi tema deste blog neste link. O outro é o Sr. Raymond Réant, um quase desconhecido por aqui (e até onde pude estudar, não muito notável ou bem pouco documentado).

A arqueologia intuitiva é, em essência, uma questão simples e direta. Há alguns anos, meu amigo e informante psíquico, George McMullen, demonstrou que ele pode segurar objetos em sua mão, entrar em sintonia com eles, e, aparentemente, voltar no tempo e no espaço, a fim de relacionar onde e quando o objeto foi uma parte importante de uma cultura em particular ou da vida de um determinado indivíduo. Em seguida, ele descreve a pessoa, o lugar, o uso e o significado do objeto, muitas vezes fornecendo descrições das peças ou dos acessórios faltantes, e os costumes e acontecimentos na vida das pessoas que criaram ou usaram o item. George também pode fazer o mesmo tipo de coisa enquanto caminha ao longo de um sítio arqueológico. Parece que ele pode projetar-se no tempo e no espaço, acompanhando os acontecimentos que ocorreram há muito, e pode ver como era um local quando foi ocupado por um povo que agora desapareceu.

O fato importante que gradualmente emergiu foi que não só George podia fazer isso, mas que ele estava fazendo isso com precisão. Esta precisão pode ser avaliada e testada verificando suas declarações contra nosso conhecimento etno-histórico e arqueológico estabelecido, e também contra os resultados das escavaçõesem andamento. Estascondições de testabilidade, verificação e avaliação fornecerem ao estudo da arqueologia intuitiva uma credibilidade que não foi tão facilmente vista em outras áreas de estudos intuitivos e psíquicos. Por esta razão, muitas vezes eu afirmo que “a prova está na escavação”. Só posso agradecer a oportunidade de prosseguir os estudos.

Em 20 de outubro de 1974 surgiu uma oportunidade para levar a cabo investigações em novas áreas. Naquela época, eu conheci o Sr. Hugh Lynn Cayce, Presidente da A.R.E. Seu pai, o falecido Edgar Cayce, conhecido como o Profeta Adormecido, tinha dado durante a sua vida uma riqueza de informações psíquicas em uma ampla variedade de assuntos, incluindo uma série de declarações sobre a pré-história e arqueologia do Oriente Próximo. Tendo ouvido do meu trabalho em arqueologia intuitiva, Hugh Lynn queria saber se eu sentia que George poderia ajudar na sua busca de determinados sítios que seu pai havia descrito no Oriente Próximo. Ele sentia que se um deles pudesse ser encontrado e escavado, isso viria a ser um evento de grande importância. Para mim, era um problema intrigante e digno de uma tentativa.

Nós concordamos que o próximo passo útil seria uma sessão psicométrica. Isso aconteceu na casa de George em Nanaimo, Columbia Britânica, em 16 de junho de 1975. Eu era capaz de organizar a minha agenda de ensino de verão, de modo a estar presente com George, em grande parte, para dar apoio moral. Ele estava nervoso e tece muitas noites cheias de tensão, sem dormir enquanto seus recursos intuitivos e psíquicos se ajustavam para lidar com esses problemas do Velho Mundo tão novo para ele.

O dia chegou e também Hugh Lynn, Sr. Arch Ogden (Diretor da Fundação Edgar Cayce), e suas esposas Sally e Ann. Um relacionamento imediato e positivo foi estabelecido. Hugh Lynn trouxe oito pequenas amostras de artefatos recolhidos de sítios na área do Mediterrâneo, cada um composto por alguns vasos de cerâmica quebrados com um item ocasional de metal ou vidro. Estes foram dispostos em oito grupos na mesa da sala de jantar de George. Fizemos notas e gravações das observações de George.

Ele deu excelentes leituras. Ele logo corretamente colocou três sítios juntos como vindos das proximidades do Monte Carmelo. Ele descreveu um com tanta precisão que Hugh Lynn foi capaz de avaliá-lo como uma descrição da fonte de Elias. Sítio por sítio, George deu detalhes do terreno, da vida animal e vegetal, dos edifícios, das roupas, costumes e estilos de vida que eram “probatórios”. Ele incluiu informações interessantes e convincentes, como o fato de que a Ordem do Carmo fez os votos de castidade, que os diferenciava, e uma descrição detalhada do que só poderia ser um tipo de espada persa.

O Sr. Cayce e o Sr. Ogden ficaram satisfeitos tanto com o calibre do trabalho intuitivo de George como com o próprio George, e um convite foi feito a George e a mim para darmos prosseguimento a esta sessão de psicometria com uma expedição ao Irã e, possivelmente, ao Egito. Fiquei feliz em ter a oportunidade de trabalhar com a A.R.E., cuja motivação e integridade considerei excepcionais. Minha própria pesquisa me convenceu de que em estudos intuitivos o problema da motivação era de extrema importância—que deve ser “da mais alta” e voltada para o bem da humanidade. Em nossa pesquisa, temos recebido muitos pedidos e propostas para nos envolvermos em vários esquemas. Virou um hábito meu controlar a motivação que parece estar envolvida e, educadamente, rejeitar aquelas que parecem envolver ganância ou ganho pessoal. Como eu viria saber mais e mais, a mais elevada das motivações caracteriza a A.R.E. e seus membros.

Ao considerar a expedição egípcia/iraniana, George e eu sentimos que não podíamos aceitar os motivos imediatos e habituais — que seria divertido e emocionante visitar lugares novos e estranhos em antigas terras fascinantes. Também não queríamos usar isso como uma “ego trip” para uma área psíquica “quente”, onde muitos grupos estavam investigando as pirâmides e escrevendo sobre elas.

Não foi fácil para George tomar a decisão de participar. Ele queria ir, mas não estava feliz com isso. Via como algo que “tinha que fazer”. Sentiu que estaria visitando lugares onde os maiores médiuns de todos os tempos tinham andado. A perspectiva parecia ser assustadora e ameaçadora para ele. Ele foi consumido por um intenso sentimento de solidão que mal conseguia colocar em palavras — que este era o lugar onde tudo estava, que aqui era onde os grandes tinha ido, e ele tinha que ir. À sua maneira, ele se preparou para isso à custa de muitas noites sem dormir.

Meus problemas eram muito menos graves. Como outros pesquisadores da área de estudos intuitivos, eu tinha há muito me convencido de que o homem já estava absorto nos estágios iniciais de uma revolução espiritual, manifestando-se em mudanças na natureza humana e acontecendo ao nosso redor em muitas formas. Eu cheguei a aceitar o ponto de vista que à minha maneira eu estava ajudando a demonstrar e a documentar isso, o que era uma motivação positiva e relevante para mim. Uma vez que os problemas que perseguíamos vinham das leituras psíquicas de Edgar Cayce, a quem eu considerava ser um homem muito espiritual, uma figura proeminente e líder dessa revolução espiritual que sentia estar ocorrendo, cheguei à conclusão que o que George e eu pudéssemos fazer para aumentar sua credibilidade seria para o bem da humanidade e uma coisa digna de se tentar.

Senti que essa credibilidade, que eu nunca tinha questionado, poderia ser aumentada em pelo menos duas formas. Em primeiro lugar, seria possível que artefatos e leituras psicométricas no sítio por George gerassem declarações que tendessem a confirmar e complementar as leituras de Cayce e desta forma verificar o trabalho de ambos. Em segundo lugar, por estar fisicamente no local, era possível que George pudesse identificar a localização de um sítio ou sítios descritos nas leituras de Cayce. Em seguida, um programa de escavação planejado poderia ser formulado para investigações posteriores, o que, talvez, produzissem provas sólidas em termos de objetos materiais.

Além disso, parecia que a viagem ao Egito e Irã seria uma excelente oportunidade de aprofundar meus estudos com e de George na área da arqueologia intuitiva. Estaríamos diante de um novo conjunto de condições e circunstâncias que nos proporcionariam uma mudança da área de pesquisa do Novo para o Velho Mundo. Assim, senti que os meus próprios interesses e os interesses de Hugh Lynn Cayce podiam andar juntos.

Uma vez que chegamos a um acordo, os planos prosseguiram. George conseguiu ter um tempo livre do seu trabalho. Através dos bons ofícios do meu presidente e reitor eu fui capaz de me afastar pela maior parte do mês de outubro. Em 7 de outubro de 1975, nós voamos para Nova York e nos juntamos à expedição, que teve de10 a14 membros nos 20 dias em que estivemos juntos.

Em nenhum momento as metas e os objetivos da expedição foram ditos de forma clara; pelo menos da forma que eu vi. A natureza da pesquisa era aberta e não-estruturada; as pressões foram reduzidas ao mínimo, exceto que nós tínhamos um calendário bastante intenso para cumprir. Seguimos um roteiro pré-estabelecido de tempos, lugares, acomodações e reuniões com as pessoas interessadas. Foi claramente estabelecido que a participação em cada ponto era voluntária. Na maioria dos casos, cada membro do grupo parecia estar fazendo suas próprias coisas e não era sempre claro o que isso era! No entanto, acabou crescendo uma atitude compartilhada de que todos nós estávamos buscando “iluminação” e iríamos persegui-la de qualquer maneira que pudéssemos. Isso levou, por vezes, à discussão e troca de informações e experiências consideráveis. Cada pessoa estava preocupada e atenciosa com os outros membros do grupo.

No início, pelo menos, esta abordagem não estruturada foi perturbadora e frustrante para mim. Ela devastou o meu sentido de exercer qualquer controle científico. Eu tinha chegado ao Egito com quase nenhum plano organizado de ataque, e nenhum foi oferecido. Às vezes, eu achava-me deprimido e me sentindo como alguém de fora e um não-participante nas atividadesem curso. Apesarda programação de lazer, eu achava difícil encontrar uma oportunidade para coletar e avaliar meus pensamentos. Às vezes, eu me sentia um estranho, um estranho distante. Pior de tudo, houve momentos em que eu me vi incomodado, com raiva, e irritado com o meu amigo George, cuja falta de comunicação por períodos de tempo achei quase insuportável. Por dias ele não disse nada, ou pelo menos pouco que parecesse relevante.

Vim saber que George também estava tendo suas próprias frustrações. Especialmente no Egito, disse ele, estava-lhe sendo mostrada ou dita muita coisa apenas pelos seus informantes psíquicos. Era quase como se ele estivesse em um corredor com paredes altas de cada lado; sentia-se frustrado por não ser capaz de ver sobre elas e não saber quando seria permitido olhar. Foi-lhe dito que este não era o seu território e que seus poderes intuitivos e perceptivos estavam sendo controlados. Ele foi advertido a não visitar a Câmara do Rei na pirâmide de Quéops. Quando foi para lá, disse ele, era como se o topo de sua cabeça estivesse sendo puxado para cima, e ele só pôde ficar por um tempo muito curto. Então, houve problemas de organização, de objetivos, de horários e de — por falta de um termo melhor — “vibrações psíquicas” a serem enfrentadas. No longo prazo, fiquei surpreso que tudo tenha corrido tão bem.

Aos poucos, vim a desenvolver a consciência de que a minha pesquisa estava “sendo conduzida”. Muitas vezes obtenho os dados de uma forma que eu descrevo como “coincidências significativas”. Estes, por sua vez, parecem unir-se em um “padrão” de entendimento cuja ocorrência parece estar além do acaso. Isso foi certamente verdade quanto ao trabalho egípcio e iraniano. Este reconhecimento, à medida que crescia, teve um efeito calmante sobre mim quando percebi que o meu papel era mais o de um coletor de dados do paciente, em vez do de um diretor de pesquisa essencial, ativo. Assim, aceitei o papel de caminhar obstinadamente atrás de George, carregando meu pesado gravador, na esperança consistente de que declarações úteis seriam geradas para futuros estudos. Elas foram.

 A Fase Egípcia do Estudo

Seis dias e meio foram reservados para a parte egípcia da viagem. Além de buscar informações sobre uma estrutura retangular anexa ao pé esquerdo traseiro da Esfinge, eu tinha chegado ao Egito sem nenhum problema específicoem mente. Hugh Lynnparecia ver a presença de George, no Egito, em grande parte como um período de “aquecimento” para o Oriente Médio e um tempo para aguçar suas habilidades intuitivas para as tarefas mais importantes a serem enfrentados no Irã. Ele estava, de fato, ansioso para que George não se “esgotasse” trabalhando em assuntos egípcios. Assim, a nossa participação na fase egípcia do trabalho foi quase um adendo, mas foi muito bem-vindo. Desde o início, eu considerava que a presença de George no Egito seria importante. Na primeira reunião, eu havia afirmado a minha convicção de que, embora eu não soubesse o que George teria a dizer, qualquer coisa que fosse seria importante. E foi exatamente esse o caso.

Seguindo um método que negava o meu senso de controle científico, George seguiu o que eu só posso chamar de um processo de “imersão intensiva” em matéria de arqueologia e pré-história egípcia. Nisso, eu aceito o ponto de vista defendido por alguns de que uma pessoa psíquica ou intuitiva deve ter acesso a tudo em sua busca por respostas, e assim nenhuma fonte de informação deve ser barrada. Este programa de imersão começou com uma visita ao Museu do Cairo, onde George foi exposto à exibição fabulosa dos bens funerários do túmulo de Tutankamon e os espécimes chocantes e grotescos exibidos no Salão das Múmias.

O dia seguinte foi dedicado a uma excursão na área da Esfinge de Gizé, onde gravamos um comentário do que George tinha a dizer sobre a Esfinge e seus arredores. A próxima parada foi Luxor, incluindo uma viagem de150 kmao lado a Abydos, o local de um templo e um complexo de fontes de cura e um possível local para a origem do culto de Osíris. Voltamos à noite para Luxor a tempo de participar da espetacular exibição “Som e Luz” centrada sobre as colunas, estátuas e estruturas colossais que compõem o templo de Karnak. No dia seguinte, fizemos uma viagem de barco pelo Nilo para visitar o Vale dos Reis. Isto implicou uma descida nas tumbas de Seti I, Tutancâmon, e um oficial egípcio menor.

Voltamos para o Cairo e a Casa Mena e no dia seguinte George e eu fizemos um passeio de camelo para as pirâmides de Quéops e Kufu. Ambas envolviam subidas e descidas cansativas para o interior dessas estruturas. Nós juntamo-nos aos outros na pirâmide de Quéops, onde o grupo novamente subiu para a Câmara do Rei no ápice da estrutura e vários membros permaneceram para uma sessão de meditação com resultados variados e interessantes. George e eu evitamos esta sessão por causa das forças adversas a ele.

Esse foi o processo de cinco dias de George de “imersão” em arqueologia egípcia, e no sexto dia ele gravou uma fita com uma declaração recapitulativa para Hugh Lynn Cayce e eu. Ela foi muito geral e em grande medida se debruçava sobre questões de natureza religiosa e filosófica. Como se poderia suspeitar, ele também descobriu uma série de questões altamente misteriosas, como sistemas de água para as pirâmides que fluíram para cima e não para baixo, e George tomou uma postura típica. “Eu não consigo entender isso, mas eu não vou discutir com o que eu vejo”.

Ele também descreveu a localização de um sistema de canais de água, piscinas, fontes e casas de banho repletas de vegetação luxuriante na área imediatamente adjacente à Esfinge que foi largamente ignorada ou pelo menos não muito discutida pelos egiptólogos tradicionais. Hugh Lynn observou que várias ideias e pontos de vista de George refletiam as declarações que Edgar Cayce expressou em suas leituras “muitas e muitas vezes”. Estou ansioso para fornecer um comentário definitivo sobre os textos de George.

Mas, como eu já disse, os aspectos práticos da arqueologia intuitiva estão na escavação. A não ser que sejam acompanhadas e demonstradas serem verdade pela difícil prova da escavação, as demonstrações intuitivas de George e de outros como ele podem muito bem permanecer no nível de histórias interessantes ou fascinantes ou teorias difíceis de serem convincentes e significantes para a comunidade científica arqueológica e para o homem comum. Isto pode ser lamentável, mas é verdade.

As leituras de George forneceram ajuda e orientação de forma que um problema arqueológico viável, investigativo e interessante surgiu. Ele afirmou que em um dia no final de outubro quando o sol se põe, as sombras projetadas pela grande pirâmide de Quéops e pela cabeça da Esfinge se sobrepõem, se fundem e coincidem em um ponto único na área plana da praça pavimentada, na direção do Nilo. Ele sugeriu que se escavações de teste fossem realizadas neste ponto para baixo, uma câmara que contém registros importantes seria encontrada. Não houve menção de que esta pudesse ser a fabulosa “Sala de Registros” dos tempos da Atlântida mencionada nas leituras de Cayce, mas há essa tentadora possibilidade. A recuperação de tais registros necessariamente teria um grande impacto sobre o pensamento do mundo e sobre a revolução espiritual que eu já mencionei. Pelo menos um plano de escavação é perfeitamente viável e deve ser montado.

A tarefa de localizar as específicas sombras que se misturam não é simples, no entanto, porque a altura original, tanto da Grande Pirâmide e quanto da Esfinge devem ser conhecidas para calcular o local exato da sombra. Além disso, seria útil se pudéssemos voltar o relógio celestial no tempo para um período solar mais apropriado que permitisse determinar esta posição exata. George, no entanto, foi capaz de fornecer informações úteis sobre a altura da pedra angular da pirâmide e sobre as dimensões da coroa original da Esfinge, agora completamente ausente. Esta última altura é mais importante para determinar o ponto da sombra. Assim, um problema interessante aguarda formulação e investigação — a prova virá da escavação.

Como vi antes em meus estudos intuitivos, ajuda adicional parece materializar informações relevantes nos lugares menos esperados. Isso veio de duas fontes: da Sra Eady, a quem conhecemos em Abydos, e do vidente francês, Monsieur Raymond Réant, a quem George e eu encontramos em Paris, em nossa viagem de regresso.

Durante a nossa visita a Abydos, a Sra. Eady, uma egiptóloga de longa data e, sem dúvida, uma senhora muito intuitiva e psíquica, deu detalhes sobre o tamanho, a forma e as dimensões da coroa que falta de representações inscritas em pedra esculpida que foram descobertas em escavações em torno da Esfinge, nas quais ela estava presente.

Em Paris eu conheci e consultei o Dr. William Wolowkowski da Universidade de Paris e conheci seu associado psíquico, Monsieur Raymond Réant. Monsieur Réant é um consultor psíquico talentoso cuja especialidade é encontrar pessoas perdidas. Ele faz isso através de um processo de radiestesia e clarividência, muito à maneira de Gerard Croiset. Durante a reunião à noite com Raymond, ele casualmente mencionou que houve um período em sua vida quando ele estava recebendo uma grande quantidade de informações sobre a Esfinge e as pirâmides; mas isso, é claro, ninguém daria atenção a ele, de modo que ele jogou os dados fora. Ao ouvir isso, eu perguntei se talvez ele e Dr. Wolowkowski poderiam buscar informações sobre o meu “problema da sombra”. Eu estou ansioso por um relatório do Dr. Wolowkowski e espero que ele possa ser incorporado em minha pesquisa egípcia. Este pode vir a ser um caso de outra impressionante “coincidência significativa”. O tempo dirá.

 A Fase Iraniana do Estudo

O principal objetivo da parte iraniana de nossa viagem era determinar se George poderia intuitivamente localizar a “Cidade das Colinas e Planícies” referidas nas leituras de Edgar Cayce. Até esse momento, George não tinha dedicado grande parte de suas energias à busca de sítios, mas eu sabia que ele poderia localizá-los. Quando ele faz isso, é como um cão sensível farejando sua presa. Durante uma pesquisa arqueológica de barco no Parry Sound District, em Ontário, quando o grupo ficou momentaneamente perdido, George, que nunca tinha estado na área antes, disse de forma impaciente, “Continue indo por aí. É logo no ponto seguinte”, e era verdade. Esperava-se a partir das leituras que a “Cidade das Colinas e Planícies” fosse localizada na área Shushtar, no Irã.

Em 14 de outubro a expedição moveu-se rapidamente do Cairo pelo Kuwait para Abadan e Ahwaz, Irã. O dia 15 de outubro foi dedicado a visitar o sítio e o Museu de Haft Tepe escavado pelo Dr. E. Negabon, a quem nos encontraremos mais tarde, e as ruínas zoroastrianas de Susa, onde o túmulo de Daniel é marcado por um zigurate.[1] Após essa imersão rápida nas “vibrações” arqueológicas iranianas, o grupo estabeleceu-seem Shushtar Inn, Shushtar, Irã, para quatro dias de pesquisa arqueológica.

A viagem de jipe ??foi de abalar os ossos, quente, seca, empoeirada, quase sem água e debilitante. Subir e descer as colinas elevadas e procurar os wadis profundamente erodidos gastou os recursos físicos e a saúde de toda a expedição. As acomodações eram improvisadas, comida estranha e nova, e vários dos membros adoeceram, uma condição que persistiu durante o resto da viagem.

Pelo dia dois, em Shushtar, George tinha localizado com êxito e apontado um sítio de caverna ao sudoeste da cidade, podia bem se qualificada como a caverna de que as leituras falam como estando associada à “Cidade das Colinas e das Planícies”. No entanto, ele não se referiu a ela em termos específicos. Ela estava longe, em um wadi profundo, erodido. George disse que tinha sido um centro de cura e instrução. Ele disse que uma sepultura seria encontrada lá e que os artefatos de uma “tecnologia nível de sobrevivência” seriam encontrados. Ele também afirmou que este sítio serviu como um centro de coordenação para as atividades de comitivas de caravanas de lugares distantes. Ele sugeriu que houve uma extensa “cidade de tendas” sobre as colinas circundantes.

A ausência de evidência de quaisquer estruturas permanentes de barro, tão frequentes no Irã, combinada com a abundância relativa de vasos de cerâmica espalhados nas colinas adjacentes, foi um testemunho mudo da possibilidade de negociação sazonal e da presença de uma cidade de tendas. Esta poderia muito bem ser a “Cidade das Colinas e das Planícies” se pudermos aceitar esta definição de “cidade”.

A área agora foi especificamente identificada e presta-se admiravelmente a uma escavação organizada. Escavar a caverna e testar os segmentos de amostra das colinas circundantes por detritos culturais seria um projeto arqueológico simples e manejável. No entanto, isso exigiria a colaboração e permissão do governo iraniano, que atualmente exerce um controle rigoroso e eficaz sobre todo o trabalho arqueológico no país.

George tinha feito um trabalho incrivelmente rápido de encontrar este sítio em uma área onde cada conjunto de colinas parece como qualquer outro conjunto de colinas, e onde cada wadi parece como qualquer outro wadi. Ele parecia ser conduzido com sua energia típica implacável ao local exato. Parecia que o problema da “Cidade das Colinas e das Planícies” estava rumo à solução; mas, novamente, “a prova estará na escavação”.

George descobriu um segundo sítio de caverna durante seu terceiro diaem Shushtar. Saímosem direção ao leste para uma nascente medicinal que era conhecida por Hugh Lynn e outros no grupo. Ao chegar ao sítio, a intuição de George novamente assumiu. Ele momentaneamente observou e estudou a área da nascente, e então ele subiu o penhasco rochoso que a rodeava e adentrou as colinas em um ritmo furioso. Na verdade todos nós tivemos problemas para segui-lo, o que não é incomum quando George está se “orientando” aos locais de interesse enquanto faz a psicometria do sítio. Antes do meio-dia daquele dia, George tinha apontado uma caverna, que agora está bloqueada e obscurecida por rochas caídas e declives. Ele localizou a entrada da caverna para nós se referindo a formações rochosas estabilizadas na área. Ele sugeriu que esta caverna, como a primeira, era um centro de cura e de instrução e que havia conexões entre as duas. Ele também afirmou que a pessoa que havia vivido e ensinado era uma primeira encarnação de Jesus. Esta foi uma informação surpreendente, bem como sua declaração de que tábuas importantes seriam recuperadas se o local fosse escavado.

Apesar dos deslizamentos e da destruição, George garantiu-nos que o suficiente da caverna ainda existia que valia a pena cavar. Seria um problema de investigação muito mais difícil do que a primeira caverna, mas uma tarefa que deveria ser considerada para efeitos de prova e pelos insights que poderia trazer.

Neste ponto, 19 de outubro, parecia que os principais objetivos da expedição egípcia/iraniana tinham sido realizados e com presteza considerável. Três programas de escavação futura eram capazes de formulação. Mas ainda mais estava por vir e, para mim, o ponto alto do programa.

Nós agora fomos para Shiraz e visitamos as grandes ruínas de Persépolis. George fez uma leitura interessante. Então, para Isfahan, centro de mesquitas e bazares espetaculares, e para Teerã. Nosso principal objetivo agora era encontrar o Dr. Negabon, arqueólogo da Universidade do Teerã, e visitar a sua escola de campo e centro de pesquisa. Esta visita foi uma oportunidade para levar a cabo um estudo muito mais controlado do que o que havia acontecido antes.

Seu centro de pesquisa, o Caravansary, estava a oeste, a meio dia de carro de Teerã. As planícies eram pontilhadas com ruínas e fomos capazes de observar uma escavaçãoem andamento. O Dr.Negabon estava preocupado com outros oficiais visitantes, assim o nosso grupo simplesmente perambulava, observando a escavação e as áreas adjacentes. Estávamos hospedados em um almoço delicioso, e eu fui capaz de dar ao Dr. Negabon apenas um breve resumo sobre a arqueologia intuitiva. Ele estava interessado e foram feitos planos para encontrá-lo no dia seguinte.

De volta ao hotel, na tarde seguinte, George gravou uma excelente declaração sobre o sítio do Dr. Negabon na presença de Hugh Lynn, Arch Ogden, Mark Lehner e eu. Eu fui capaz fazer um resumo transcrito dessa fita e reportar seu conteúdo ao Dr. Negabon, que ficou impressionado com o conhecimento que George tinha a oferecer sobre o seu sítio e seus comentários sobre ele. Ele estava interessadoem ver Georgeem ação, por isso muitos de nós nos encontramos com ele e com o Sr. Razee Moazami, nosso intérprete iraniano, em uma sala silenciosa no Teerã Hilton. O Dr. Negabon tinha um saco plástico cheio de vasos de cerâmica. Ele os entregou a George, sem cerimônia e disse: “George, coloque-os em ordem”.

E foi isso que George passou a fazer, começando com os espécimes mais antigos e indo para os mais recentes. Enquanto ordenava os espécimes, George também fazia observações sobre as culturas que os tinham produzido. Toda a sessão foi gravada em fita. Pode-seimaginar a impressão que teve sobre o grupo quando o Dr. Negabon disse: “Sua classificação é perfeita, George. Posso dizer-lhe — exceto por apenas alguns pontos. Isto é magnífico, porque você os colocou exatamente, sabe, já que eles vieram juntos no mesmo período.”

O sucesso de George não veio como uma surpresa à luz de suas performances passadas, mas sempre é uma questão de grande alívio. Viajar a um país estranho a milhares de quilômetros de distância, para encontrar um estranho grupo de cerâmica e seriá-las corretamente em questão de minutos, foi uma realização surpreendente. Essa foi de fato uma demonstração profunda que a faculdade intuitiva funciona de forma misteriosa além de qualquer possibilidade pelo acaso, chegando a produzir “verdade psíquica histórica” verificável.

O experimento pareceu ser eminentemente bem sucedido, mas o trabalho ainda não está feito. Ambas as fitas requerem transcrição, estudo e escrutínio minucioso pelo Dr. Negabon e eu. Espero que talvez possamos apresentar um artigo em conjunto e uma declaração considerada pelos nossos colegas arqueológicos de interesse e merecedora de avaliação.

Em suma, minha análise é que George se saiu bem e com distinção. Ele completou os testes que nos trouxeram para o Egito e Irã, embora não estruturados, com sucesso. Fomos capazes de acumular dados para fazer três propostas de escavação e tivemos a oportunidade de participar de um caso de teste intuitivo de sucesso com o Dr. Negabon. Eu considero que essa foi uma pesquisa de três semanas altamente produtiva, na qual esta declaração servirá como um relatório muito, muito preliminar.

Artigo original: Emerson, J. Norman; ‘Intuitive Archaeology: Egypt and Iran’ A.R.E. Journal 11 (1976), 55-65. 

Traduzido por Vitor Moura Visoni

 



[1] Um zigurate é um tipo de templo. (N. T.)

55 respostas a “Arqueologia Intuitiva: Egito e Irã (1976), por J. Norman Emerson”

  1. Marciano Diz:

    Da série Ctrl C + Ctrl V:
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    J. Norman Emerson is a Canadian archaeologist who pioneered “intuitive archaeology,” also known as psychic archaeology. Norman founded the Ontario Archaeological Society in 1951 and he is known as the “Father of Canadian Archaeology”.
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    J. Norman Emerson grew up in Toronto. In 1932 he attended the University of Toronto Schools until 1936. He enjoyed fencing and won a Pre-University David Dunlap Memorial Award in Psychology in 1936. However, he completed his sociology degree at Trinity College at the The University of Toronto in 1940. While doing field work in Illinois he decided to attend the University of Chicago and study anthropology.
    He met his wife, Ann Elliot, while attending the University of Chicago and they had three children together. During his time in Chicago, World War 2 began and Emerson was drafted into the United States Army but transferred to the Canadian Army. He was later discharged and allowed to finish his education.
    In 1946, he became a lecturer at the University of Toronto and later a professor there for thirty-two years. He received his Ph.D. from the University of Chicago in 1954. At the University of Toronto he founded and archaeological laboratory and co-founded the Ontario Archaeological Society in 1951. Emerson was also appointed as a Supervisor of Archaeological Studies in Toronto. He focused on the archaeology of the Huron nation, Ontario prehistory, and Arctic prehistory. In his final years he became known for his interest inintuitive archaeology. He died in Toronto in 1978.
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    Emerson has an award named after him called the J. Norman Emerson Silver Medal. According to the Ontario Archaeology Society:
    The J. Norman Emerson Silver Medal is intended to be awarded on occasion to an outstanding Ontario non-professional archaeologist whose work has been consistently of the highest standard, who has made an exceptional contribution to the development of Ontario archaeology and who has earned acclaim for excellence and achievement. It is the highest honour the Society can bestow.
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    He had been criticized for the excavation methods he used because of his use of heavy machinery.
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    A parapsicologia é uma disciplina que se enquadra dentro das pseudociências. Tem a duvidosa honra de ser a única pseudociência experimental, embora — a rigor — seja difícil chamar de experimento um teste de parapsicologia. Os fenômenos parapsicológicos ou fenômenos “psi” foram arbitrariamente divididos em:
    Telepatia, ou captação do conteúdo mental de outra pessoa.
    Clarividência, ou captação extra-sensorial de um objeto ou acontecimento objetivo.
    Precognição, ou captação extra-sensorial de acontecimentos futuros.
    Psicocinese, ou influência da mente sobre a matéria.
    Os três primeiros pertencem à mal chamada percepção extra-sensorial, e o último engloba o grupo de fenômenos “físicos”. A parapsicologia concebe a mente como uma entidade separada do corpo e, em alguns casos, os parapsicólogos afirmam que os fenômenos não pertencem ao âmbito do mental, pondo a “psi” em um nível que estaria “mais além do psíquico ou mental”. Os fenômenos psi seriam:
    a) independentes do espaço e do tempo;
    b) erráticos, ou seja, não se pode saber quando vão apresentar-se;
    c) involuntários; e
    d) inconscientes.
    Vejamos:
    a) Ao serem independentes do espaço e do tempo, violam várias leis físicas, mas os parapsicólogos — em vez de duvidar da existência de um fenômeno tão peculiar — sustentam que é preciso reformar toda a física para que psi possa ser explicada (quando nem sequer está demonstrado que exista).
    b) Com a desculpa da erraticidade, os parapsicólogos podem explicar seus fracassos dizendo que “como é errático, o fenômeno desta vez não se apresentou”. Quando obtém um resultado positivo dizem “desta vez se apresentou”. Isto é equivalente a afirmar que um remédio para a dor de cabeça deu resultado depois que a dor passou. Se a dor não passa, então se recorre à explicação seguinte: algo inibiu o efeito do remédio, a concentração dos componentes não era a correta, o paciente não estava predisposto, etc, etc.
    c) Estes pretensos fenômenos não podem ser manejados à vontade, de maneira que não se pode propor a produção de um fenômeno a bel-prazer, em qualquer momento ou lugar. Esta vulgar desculpa é também frequentemente usada pelos supostos “mentalistas”, “videntes”, etc., quando a colher não se dobra ou as cartas não se acertam.
    d) Outra característica — dizem os parapsicólogos — é que os fenômenos psi são inconscientes. Não se sabe quando nem como se experimenta a telepatia ou a clarividência. Às vezes pode-se perceber algo extra-sensorialmente e “transformá-lo” em uma sensação de tristeza, alegria, dor, sem dar-se conta de que se trata de um fenômeno psi genuíno. Com o mesmo rigor podemos dizer que temos um dragão verde dentro de nossa cabeça, só que o dragão dá um jeito para desmaterializar-se cada vez que nos tiram uma radiografia ou se “transforma” em uma sensação de calor, ansiedade, etc, etc.
    Como vemos, a parapsicologia ignora a física, a biologia, a psicologia científica e todo e qualquer conhecimento que provenha da ciência. Não possui uma teoria que explique satisfatoriamente como um ente imaterial (psi) pode interagir com um sistema material (o cérebro). Tentou-se correlacionar os fenômenos psi com diversos aspectos: a personalidade, a atitude crédula ou incrédula, os estados alterados da consciência, a idade, o sexo, e se utilizou uma grande gama de instrumentos para levar a cabo investigações delineadas para pôr à prova a hipótese da existência de psi.
    Fica ridículo começar a correlacionar a psi com qualquer característica ou habilidade se ainda não se provou sequer sua própria existência. Por isso dizemos que a parapsicologia não faz experimentos propriamente ditos. Primeiro deveria provar que a variável crucial psi existe. De igual maneira poder-se-ia propor a existência dos duendes plutonianos, os quais são invisíveis, erráticos e independentes do espaço e do tempo e começar a correlacionar sua presença com o estado de ânimo das pessoas, a personalidade, etc., sem corroborar primeiro que realmente existam.
    Pelo que se vê, a parapsicologia está longe de transformar-se em uma ciência, apesar de que os parapsicólogos falam de “parapsicologia científica” ou “nova ciência”. Mais de 100 anos de pesquisas não conseguiram provar um só fenômeno psi. Foram feitos testes com animais, com plantas, com material subatômico, com cartas, desenhos, estados alterados de consciência, drogas, etc. Foram publicados experimentos assombrosos, mas quando se tentou repeti-los, o resultado foi o fracasso, com as consequentes desculpas pseudoexplicativas. As mais prestigiosas revistas dedicadas à parapsicologia deveriam publicar os milhares e milhares de testes que produziram resultados negativos para a hipótese psi.
    Tendo em conta as objeções precedentes, devemos agregar a fraude, seja ela por parte dos investigadores ou pelos sujeitos “dotados” ou “sensitivos” que fazem trapaça durante os experimentos. Vários ilusionistas peritos têm recomendado que um mágico experimentado se encontre presente quando se faz uma investigação com sujeitos como o famoso Uri Geller, tão propensos à fraude. E o panorama desalentador se completa mencionando os delineamentos experimentais defeituosos, as análises estatísticas errôneas e outras falhas do gênero.
    Antes de afirmar que psi existe, os parapsicólogos deveriam resolver certos aspectos cruciais e ainda pendentes de definição. Perguntas sem resposta:
    O que é “energia psíquica”?
    O que é psi?
    Por que psi é errática?
    Como sabemos que psi é inconsciente?
    Se psi não responde às leis naturais, a que leis responde?
    Se psi é errática e involuntária, por que há pessoas que parecem exercê-la à vontade em seus “consultórios profissionais”?
    Fazendo um exame crítico e objetivo verificamos que não há provas nem sequer indícios a favor de psi, ou seja, da percepção extra-sensorial e da psicocinese. Para cúmulo, os parapsicólogos inventam novos termos para tratar de explicar o acaso. Exemplo: o que acontece quando uma pessoa acerta menos do que o esperado pelo acaso? Há percepção extra-sensorial negativa? Não. De maneira nenhuma. Preferem chamá-la “psi-missing” (perda de psi). Os mais audazes propõem que a pessoa nega inconscientemente o fenômeno e produz resultados inferiores ao esperado pelo acaso. Este é um procedimento típico da pseudociência.
    Resumindo:
    Não há base experimental.
    Os resultados positivos são irrepetíveis.
    Tem sido detectada fraude em proporção alarmante.
    Tem se observado delineamentos experimentais defeituosos.
    Tem se descoberto análises estatísticas errôneas.
    Há uma incômoda maioria de resultados negativos (sem publicar).
    Há mais de 100 anos de pesquisas.
    As definições são vagas.
    Não existem hipóteses nem teorias explicativas.
    Será preciso adicionar algo mais para percebermos que a parapsicologia é uma pseudociência?
    autor: Alejandro J. Borgo
    fonte: Paranormal e Pseudociência em exame.

  2. MONTALVÃO Diz:

    .
    Norman, ao dizer o que disse abaixo, deveria ter parado o que estava fazendo, meditado um tanto, e se perguntado: “estarei louco”? Confiram…
    .
    “A arqueologia intuitiva é, em essência, uma questão simples e direta. Há alguns anos, meu amigo e informante psíquico, George MCMULLEN, DEMONSTROU QUE ELE PODE SEGURAR OBJETOS EM SUA MÃO, ENTRAR EM SINTONIA COM ELES, E, APARENTEMENTE, VOLTAR NO TEMPO E NO ESPAÇO, A FIM DE RELACIONAR ONDE E QUANDO O OBJETO FOI UMA PARTE IMPORTANTE DE UMA CULTURA EM PARTICULAR OU DA VIDA DE UM DETERMINADO INDIVÍDUO.
    .
    EM SEGUIDA, ELE DESCREVE A PESSOA, O LUGAR, O USO E O SIGNIFICADO DO OBJETO, MUITAS VEZES FORNECENDO DESCRIÇÕES DAS PEÇAS OU DOS ACESSÓRIOS FALTANTES, E OS COSTUMES E ACONTECIMENTOS NA VIDA DAS PESSOAS QUE CRIARAM OU USARAM O ITEM.
    .
    George também pode fazer o mesmo tipo de coisa enquanto caminha ao longo de um sítio arqueológico. PARECE QUE ELE PODE PROJETAR-SE NO TEMPO E NO ESPAÇO, acompanhando os acontecimentos que ocorreram há muito, e pode ver como era um local quando foi ocupado por um povo que agora desapareceu.”
    .
    COMENTÁRIO: até Norman, estivesse em perfeito juízo, questionaria: “não seria muito poder para um vidente só?”.
    .
    Aplicando-2 a conjetura nº2 de Moi , o caso fica esclarecido: “a fraude é diretamente proporcional à intensidade dos poderes ostentados”.
    .
    Oh, Norman…

  3. MONTALVÃO Diz:

    .
    Marciano,
    .
    O esclarecedor e bem articulado texto de Alejandro Borgo, que sua prolífica garimpagem descobriu, é vívida confirmação da conjetura nº 1 de Moi: “psi, se existir, é “força” débil, incerta, sem controle de quem a ostenta, e sem aplicação prática”.
    .
    Falou Moi.

  4. MONTALVÃO Diz:

    .
    Coitado do Norman… além de carregar consigo o mala do McMullen, ainda levou de contrapeso o filho de Edgar Cayce, o grande mestre da aldrabice videncial: como todos sabem, filho de Cayce caycinho é…
    .
    Ganha-se pouco diverte-se muito…

  5. Gorducho Diz:

    Esse Norman era o legítimo chiquista norte-norteamericano; e o McMullen era o Cx dele.

  6. Vitor Diz:

    O McMullen sempre aceitou se submeter a testes – até, como visto, testes surpresa! – bem ao contrário no médium mineiro…

  7. Vitor Diz:

    Nossa, Marciano, que texto ruim desse Alejandro… pegando o resumo dele:
    .
    a) Não há base experimental.
    .
    Há.
    .
    b) Os resultados positivos são irrepetíveis.
    .
    São repetíveis até por céticos.
    .
    c)Tem sido detectada fraude em proporção alarmante.
    .
    Não da parte dos pesquisadores, nem nos casos do tipo reencarnação, nem em ganzfeld, nem nos estudos de precognição.
    .
    d) Tem se observado delineamentos experimentais defeituosos.
    .
    O delineamento experimental de ganzfeld foi feito em conjunto com os céticos, que, inclusive, reproduziram os experimentos. Experimentos em micro-pk também foram feitos por céticos com resultados positivos.
    .
    e) Tem se descoberto análises estatísticas errôneas.
    .
    Diversas estatísticas receberam o aval de estatísticos famosos, como Jessica Utts, e mesmo Burton Camp, presidente do Instituto de Matemática Estatística, numa conferência à imprensa em 1937, declarou:
    .
    As investigações do Dr. Rhine têm dois aspectos: um experimental e outro estatístico. Na fase experimental os matemáticos, supõe-se, não têm nada a dizer. Mas na fase estatística, recentes trabalhos matemáticos estabeleceram o fato de que, admitindo que as experiências tinham sido realizadas corretamente, a análise estatística é essencialmente válida. Se a investigação de Rhine pode ser atacada, há de sê-la em outro terreno que não o matemático..
    .
    f) Há uma incômoda maioria de resultados negativos (sem publicar).
    .
    Invenção da cabeça dele. Nem seria possível isso nos testes ganzfeld devido ao reduzido número de pesquisadores.
    .
    g) Há mais de 100 anos de pesquisas.
    .
    E muita coisa foi feita.
    .
    h) As definições são vagas.
    .
    Vaga é essa crítica.
    .
    i) “Não existem hipóteses nem teorias explicativas.”
    .
    Mais invenção ou pura ignorância. Já citei várias teorias, o modelo PMRI, o modelo de redução de ruído em ganzfeld, etc.
    .
    j) Será preciso adicionar algo mais para percebermos que a parapsicologia é uma pseudociência?
    .
    Era bom adicionar alguma cultura nos críticos…

  8. Vitor Diz:

    “Norman, ao dizer o que disse abaixo, deveria ter parado o que estava fazendo, meditado um tanto, e se perguntado: “estarei louco”?”
    .
    Acho que todos os que testaram McMullen se fizeram essa pergunta, inclusive o arqueólogo cético que testou McMullen… loucos ou não, tiveram a honestidade intelectual de não negar o que presenciaram…

  9. Marciano Diz:

    Do trecho destacado em MAIÚSCULAS no primeiro comentário de MONTALVÃO depreende-se que, de três, uma: ou o grande arqueólogo usuário de maquinário pesado para fazer escavações era louco, ou idiota, ou estava de brincadeira.
    .
    Claro que qualquer pessoa pode pegar qualquer objeto retirado de um sítio arqueológico e dizer qualquer coisa sobre a personalidade do ex-dono do objeto. Não temos como verificar mesmo. O que há de maravilhoso nisso?
    .
    MONTALVÃO, eu tenho apenas um reparo à conjectura número um de Toi. Você diz:
    .
    “… psi, se existir, é “força” débil, incerta, sem controle de quem a ostenta, e sem aplicação prática”.
    .
    Seu erro foi não usar o verbo no modo e tempo corretos. O certo seria assim:
    .
    “… psi, se existiSSe(pretérito imperfeito), SERIA(futuro do pretérito) “força” débil, incerta, sem controle de quem a ostenta, e sem aplicação prática”.
    .

    .
    VITOR, em homenagem ao seu esforço, vou admitir que acredito que Mullen (o Mac) viajava mesmo no tempo, e em todas as vezes em que foi testado, provou suas viagens (no tempo).

  10. Marciano Diz:

    MONTALVÃO ficou pasmo com a viagem no tempo, o que mostra sua profunda ignorância de parapsicologia e de mecânica quântica de apartamento.
    Métodos garantidos de “viajar” no tempo:
    buracos negros rotativos;
    buracos de minhoca;
    cordas cósmicas;
    segurar objetos em sua mão e entrar em sintonia com eles.
    .
    Nada que um verdadeiro cientista ou um paranormal não possa fazer.
    .
    O mais importante na teoria da viagem no tempo é saber que, no caso de viajar para o passado, não se pode tocar em nada, não se deve falar com ninguém e nem peidar, pois a mínima modificação no passado pode alterar dramaticamente o presente. Isso inclui pisar em plantinhas, tirar móveis do lugar, comer quem quer que seja (principalmente ancestrais), apostar em jogos cujo resultado já se sabe, etc.
    Alterar o presente a partir do passado causa distúrbios imensuráveis na linha do tempo, de modo que a própria viagem que alterou o passado acaba não acontecendo, e no fim o presente também não se altera e fica tudo na mesma, e a pessoa acaba viajando para o passado mesmo, o que pode alterar o passado e modificar o presente, comprometendo a própria viagem para o passado, e indo pro futuro e, falando com alguém, você causa um paradoxo que faz a situação nunca existir e logo após a pessoa saberá antes na linha do tempo, mas depois pela sua visão, tudo isso prova que a viagem no tempo tem probabilidade de 51,5702069999% de chance de existir. Entende?
    .
    Por exemplo, este comentário foi escrito em 2022 e trazido para cá através de um buraco de minhoca.

  11. Vitor Diz:

    Marrciano e Montalvão,
    .
    céus, vcs realmente acham que o Emerson está se referindo a uma viagem no tempo tipo George McFly????!!!

  12. Gorducho Diz:

    segurar objetos emocionados em sua mão e entrar em sintonia com eles.
     
    Se o objeto não estiver emocionado, não adianta nada. Pratos de supermercado não são emotivos, por isso o experimento do Analista Montalvão é impossível.

  13. Vitor Diz:

    O que conta aí é a motivação do psíquico, Gorducho. O psíquico se sente motivado descobrindo de fato artefatos arqueológicos, não pratos de supermercados enterrados.

  14. Gorducho Diz:

    Afinal: o palácio da Cleópatra foi ou não foi localizado pelos espíritos?
    Naquele local, emotividade é o que não deve faltar :mrgreen:

  15. Gorducho Diz:

    Claro… claro… E o #MH370 ninguém se sente motivado p/descobrir porque não é importante. Importante mesmo é descobrir cachimbos. Sim, boa teoria. Como o Sr. mesmo mostrou acima, a parapsicologia tem mesmo teorias, sendo portanto uma Ciência.

  16. Vitor Diz:

    Gorducho,
    .
    se uma equipe usar o mesmo protocolo que o Schwartz usou para descobrir as embarcações submersas, não vejo o menor problema.
    .
    http://obraspsicografadas.org/2011/um-caso-fantstico-na-arqueologia-nutica-a-descoberta-de-um-brigue-americano-por-psquicos-1988/

  17. Gorducho Diz:

    Eu lhe perguntei se os espíritos descobriram ou não o palácio da Cleópatra – antes do Goddio iniciar as atividades, obviamente.
    O que tem a ver sua msg supra c/o #MH370 ou isso que lhe venho perguntando desde sábado quando plotei as coordenadas?

  18. Vitor Diz:

    Gorducho,
    foi o McMullen quem indicou a localização do palácio, agora, se ele usou espíritos nisso, não sei.
    .
    http://www.innerworkingsresources.com/node/17
    .
    A mensagem que passei antes sobre a embarcação submersa descoberta informa que existe uma técnica que ajuda a apurar a localização do objeto. Um conjunto de psíquicos se sai melhor do que um. Assim, deve-se esperar uma equipe que use tais psíquicos e siga o protocolo que o Schwartz estabeleceu. Enquanto isso não for feito, pode ser que o MH370 fique perdido para sempre, ou não.

  19. Gorducho Diz:

    E porque durante tanto tempo isso ainda não foi providenciado? Os psíquicos que trabalham p/a polícia Americana não sabem a metodologia que é necessário seguir p/obter leituras precisas?

  20. Gorducho Diz:

    foi o McMullen quem indicou a localização do palácio, agora, se ele usou espíritos nisso, não sei.
     
    Ótimo… ótimo… Mas o sítio que o Sr. indicou tem tanta conversa… Poderia me resumir mostrando a carta c/as coordenadas fornecidas pelo McMullen na época?

  21. Gorducho Diz:

    No meu 2° estágio – o primeiro foi um tanto burocrático – fazíamos relatórios de consultoria, contendo toda aquela encheção de linguiça e letras grandes p/fazer volume – .ppt nem pensar, computador eram os B6700 ou os IBM (1130 se bem me lembro). Mas nosso chefe sempre dizia que o empresário – a quem seria apresentado o trabalho iria abrir direto na conclusão, E essa deveria ser simples e direta, sem rodeios.
    Lembrei disso vendo o Sítio que o Sr. indicou.
    Fraterno abraço…

  22. Antonio G. - POA Diz:

    Como diria o personagem “Seu Jaime” do saudoso Chico Anysio: – Impsssssssionanti…

  23. Vitor Diz:

    Gorducho,
    certamente os psíquicos que trabalham para a polícia americana não sabem. Geralmente os policiais trabalham com apenas um psíquico que julgam de confiança. Seria interessante que trabalhassem com mais de um e anotassem as informações que o grupo fornecesse…

  24. Vitor Diz:

    “Poderia me resumir mostrando a carta c/as coordenadas fornecidas pelo McMullen na época?”
    .
    http://obraspsicografadas.org/wp-content/uploads/2011/06/clip_image014.jpg
    .
    Para mais detalhes teria que ter o livro “The Alexandria Project”. Mas no artigo é dito:
    .
    LADO OCIDENTAL DO PORTO INCLUINDO BASE DO FORTE SILSILA/PONTO LOCHIAS – SÍTIOS 5 e 9
    .
    O Respondente R3 marcou esta área, e iniciou sua resposta com a afirmação clara de que um palácio associado a Cleópatra tinha existido uma vez neste sítio.[88] Ele também declarou que foi na base de Lochias que Alexandre esboçou pela primeira vez os planos de construir a cidade.[89] O Respondente R4, no segundo Mapa de Pesquisa, voluntariamente traçou o que ela sentiu ter sido a antiga linha da costa e afirmou também que palácios tinham estado na base, enquanto o Porto Real estava nas proximidades do porto.[90] Lá, ela também descreveu um palácio associado à Cleópatra VII (a única Cleópatra lembrada na história): “O palácio de Cleópatra contemplava o Porto Real”.[91] Exatamente onde ela queria dizer que o Porto Real ficava, não está claro. Um palácio também foi descrito por R9 como tendo existido nesta área, e tanto ela quanto R3 fizeram desenhos que têm muitas semelhanças (Ver Ilustrações Quinze e Dezesseis). Como já havíamos mergulhado nesta área quando foi selecionada na primavera de 1979, foi com particular interesse que voltamos ao local para fazer um segundo exame.
    .
    [88] Entrevista do Respondente no local, de abril de 1979. Mapa de Pesquisa II, 17 de outubro de 1979.
    .
    [89] Comentário do Respondente no local, R3, oferecido em 8 de abril de 1979.
    .
    [90] Transcrição da Visão Remota, R4. Mapa de Pesquisa II, 17 de outubro de 1979.
    .
    [91] Ibid.
    .
    http://obraspsicografadas.org/2011/caso-fantstico-na-arqueologia-subaqutica-uma-pesquisa-preliminar-do-porto-oriental-alexandria-egito-incluindo-uma-comparao-de-sonar-de-escaneamento-lateral-e-visat/

  25. Gorducho Diz:

    Sim, sim, essa carta é a que estou usando p/comparar com a proveniente das pesquisas que lancei num arquivo CAD. Agora, (desculpe, deve ainda ser o álcool do vinho de ontem de noite 🙁 )
    Lado ocidental; sítios 5 + 9? Considerando que o norte está p/cima à nossa moda ocidental, o lado ocidental não seria o lado do heptastadium + o Pharo?

  26. MONTALVÃO Diz:

    .
    e) Tem se descoberto análises estatísticas errôneas.
    .
    Diversas estatísticas receberam o aval de estatísticos famosos, como Jessica Utts, e mesmo Burton Camp, presidente do Instituto de Matemática Estatística, numa conferência à imprensa em 1937, declarou:
    .
    “As investigações do Dr. Rhine têm dois aspectos: um experimental e outro estatístico. Na fase experimental os matemáticos, supõe-se, não têm nada a dizer. Mas na fase estatística, recentes trabalhos matemáticos estabeleceram o fato de que, admitindo que as experiências tinham sido realizadas corretamente, a análise estatística é essencialmente válida. SE A INVESTIGAÇÃO DE RHINE PODE SER ATACADA, HÁ DE SÊ-LA EM OUTRO TERRENO QUE NÃO O MATEMÁTICO…”
    .
    COMENTÁRIO: isso significa que se pode fazer boa estatística com material espúrio… Então, os estatísticos dizem: “estatisticamente falando as mensurações estão corretas, agora quanto às validações pré-estatísticas dessas nada se pode dizer (em termos estatísticos, claro)”.
    .
    É mais ou menos como ocorre na lógica (a lógica Aristotélica): pode-se construir um raciocínio válido e verdadeiro, desde que as premissas verdadeiras sejam, exemplo: “1- todo marciano é verde; 2) Martiniano é marciano; 3) Martiniano é verde”. O raciocínio é válido e a conclusão verdadeira, se as premissas o forem. Assim se dá com a estatística: alimenta-se o caldeirão calculativo com “sucessos” clarividentes, o resultado será evidências da clarividência… mas será que os sucessos são realmente sucessos clarividentes? Consideremos um caso típico: a imagem-alvo é uma construção, o vidente diz ter visto algo “quadrático”: o avaliador nota que existe um grande portão quadrado na entrada da residência, e que na residência em si destacam-se vários apontamentos quadráticos (janelas, portas, chaminé…) então qualifica a visão de bem sucedida. No final das aferições a estatística dirá que o índice de acertos ficou acima do esperado pela média…

  27. MONTALVÃO Diz:

    .
    “Norman, ao dizer o que disse abaixo, deveria ter parado o que estava fazendo, meditado um tanto, e se perguntado: “estarei louco”?”
    .
    VITOR: Acho que todos os que testaram McMullen se fizeram essa pergunta, inclusive o arqueólogo cético que testou McMullen… loucos ou não, tiveram a honestidade intelectual de não negar o que presenciaram…
    .
    COMENTÁRIO: uma vez, diante de meus olhos, vi um sujeito, que fora desafiado imprevistamente, a mostrar seus poderes. Ele tomou uma cédula de R$5,00 (ou algo assim, aconteceu há tempos e os valores envolvidos já não mais recordo), pegou a nota, dobrou-a, pôs na palma da mão e fechou os dedos; então, passou a rezar pela ajuda de Nossa Senhora: quando abriu a mão o dinheiro havia se transformado numa cédula de R$10,00!
    .
    Eu me perguntei se estava alucinando: vi a nota inicial, acompanhei todos os movimentos do indivíduo e sou testemunha da transformação: louco ou não, tenho a honestidade intelectual de não negar o que presenciei…

  28. Vitor Diz:

    “Consideremos um caso típico: a imagem-alvo é uma construção, o vidente diz ter visto algo “quadrático”: o avaliador nota que existe um grande portão quadrado na entrada da residência, e que na residência em si destacam-se vários apontamentos quadráticos (janelas, portas, chaminé…) então qualifica a visão de bem sucedida. No final das aferições a estatística dirá que o índice de acertos ficou acima do esperado pela média…”
    .
    Errado: o avaliador não qualifica a visão de bem sucedida. Quem vai dizer se foi bem sucedida ou não vai ser o pareamento. O avaliador precisa simplesmente parear corretamente a descrição fornecida com a imagem alvo correta, e precisa fazer isso entre 10 imagens possíveis (1 a correta e 9 falsas).
    .
    Foi isso que um avaliador cego fez com 8 desenhos de Ingo Swann, que a Susan Blackmore disse que a probabilidade de acertar todos era de 1 em aproximadamente 40 mil. Na verdade a chance é:
    1/(8x7x6x5x4x3x2x1) = 1/(40.320)

  29. Vitor Diz:

    “Eu me perguntei se estava alucinando: vi a nota inicial, acompanhei todos os movimentos do indivíduo e sou testemunha da transformação: louco ou não, tenho a honestidade intelectual de não negar o que presenciei…”
    .
    Mas adora uma falácia da falsa comparação, comparando uma situação controlada com uma não controlada…:-)

  30. Marciano Diz:

    1. Vitor Diz:
    setembro 16th, 2014 às 06:57
    Marrciano e Montalvão,
    .
    céus, vcs realmente acham que o Emerson está se referindo a uma viagem no tempo tipo George McFly????!!!
    RESPOSTA:
    Acho que a conjectura de GORDUCHO também está certa. A casa aprendeu muito com o espiritismo.
    Poder-se-ia dizer o mesmo da HDMA, de cx. Tudo aquilo foi simbólico. Não era para ser levado ao pé da letra.
    .
    Aliás, já houve quem dissesse que a obra LAR DELES fosse alegórica.
    .
    .
    Exemplo:
    “Clássico da literatura espírita brasileira, Nosso lar é um romance que versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa “colônia espiritual”, espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. O romance levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de Causa e Efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.”
    http://obraespirita.blogspot.com.br/2011/01/colecao-andre-luiz-vida-no-mundo.html
    .
    No cristianismo, pululam as interpretações alegóricas de “fatos” descritos na bíblia, ótima maneira de sair pela tangente.
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    Cristãos apelam para o inexistente FORREST GUMP histórico, já que hoje em dia ninguém, no gozo de sanidade mental, sustenta os “milagres”.
    .
    Entre os espíritas, surgiram os que dizem que a vida em Marte é quintessenciada, por isso não vemos nada, logo, todos os “espíritos” que descreveram vida em Marte não estaria em choque com a realidade verificada pelas sondas.
    .
    .
    MONTALVÃO,
    Sua analogia está perfeita (estatística e lógica formal), valendo também para as propriedades matemáticas de universos de onze dimensões. Se existissem, todas as equações estariam corretas.
    .
    ” uma vez, diante de meus olhos, vi um sujeito, que fora desafiado imprevistamente, a mostrar seus poderes. Ele tomou uma cédula de R$5,00 (ou algo assim, aconteceu há tempos e os valores envolvidos já não mais recordo), pegou a nota, dobrou-a, pôs na palma da mão e fechou os dedos; então, passou a rezar pela ajuda de Nossa Senhora: quando abriu a mão o dinheiro havia se transformado numa cédula de R$10,00!
    .
    Eu me perguntei se estava alucinando: vi a nota inicial, acompanhei todos os movimentos do indivíduo e sou testemunha da transformação: louco ou não, tenho a honestidade intelectual de não negar o que presenciei…”.
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    RESPOSTA: Presenciaste um truque de mágica de circo de roça.
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    .
    PARA QUEM INTERESSAR POSSA, para ilustração apenas, segue-se uma das desculpas da turma espírita, para não admitir que o LAR DELES acabou de vez com a possibilidade de levar-se espiritismo a sério:
    .
    .
    UMBRAL E NOSSO LAR – UMA REALIDADE NÃO EXISTENTE FACE A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS
    Por Maria das Graças Cabral

    Desde a publicação do livro Nosso Lar pelo espírito André Luiz, psicografado pelo médium Chico Xavier, que o inferno católico transvestiu-se em ‘umbral’, alimentado pelo imaginário dos ‘espíritas’ ainda arraigados à dogmática católica. Por outro lado, a “cidade espiritual” denominada de “Nosso Lar“, tornou-se o céu, cujo destino é almejado por todos aqueles que sonham com a felicidade quando do retorno ao plano espiritual.

    Logo no início da obra em comento, nos deparamos com o ‘umbral’, por ser neste lugar de tormentos que se encontrava André Luiz em estado de profunda perturbação.

    Diante de seu relato, identifica-se de pronto a incontestável semelhança com o ‘inferno’ católico, ao ser aquele descrito, como uma região tenebrosa, com seres diabólicos, e sofrimentos acerbos.

    O autor espiritual assevera que é informado por Lísias (seu orientador) que a localização do ‘umbral’ começa na crosta terrestre, sendo uma zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados” (…). (Nosso Lar, p. 79)

    Esclarece o companheiro de André Luiz, que o Umbral funciona, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais: uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena“. (…) “Concentra-se aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior, ressaltando que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta”. (grifei) (Nosso Lar, p. 79/81)

    Ao ser ‘retirado’ do umbral por Clarêncio, depois de oito anos de sofrimento e loucura, relata André Luiz ter sido conduzido a uma cidade espiritual, denominada Nosso Lar. A referida cidade tinha sua organização política efetivada através de um Governador e de seus Ministros.

    Reportando-se ao atual Governador da cidade, André Luiz é informado por Lísias, que o mesmo havia conseguido colocar ordem nos distúrbios e cisões que turbavam a cidade, em razão de questões que envolviam a “distribuição de alimentos” entre os Espíritos moradores de Nosso Lar.

    Segundo sua narrativa, a cidade era de uma beleza impressionante, com “vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranqüilidade espiritual”. (Nosso Lar, p. 58)

    O autor espiritual não se furta em descrever as belezas de Nosso Lar, desde a arquitetura de seus prédios, seus imensos bosques e jardins com flores exóticas e fontes de águas cristalinas, a beleza das obras de arte e a elegância do mobiliário que guarneciam seus Ministérios e casas, até as melodias sublimes ouvidas por todos os moradores no final da tarde, ou quando das reuniões e preces.

    Diante de tal cenário, a referida cidade tornou-se um paradigma de céu para os “espíritas“, posto que, lá chegando, além dos cuidados ministrados em seus excelentes hospitais, posteriormente tem-se a possibilidade de morar em belas e confortáveis casas, juntamente com os entes queridos, todos devidamente protegidos pelas altas e seguras muralhas defensivas desta maravilhosa cidade, que tem o sugestivo nome de ‘Nosso Lar‘.

    Entretanto, na condição de espíritas, somos sabedores da necessidade de um estudo constante e sistemático das Obras Básicas, para que possamos de forma justa e lúcida avaliar as informações que nos chegam do plano espiritual, através de mensagens mediúnicas, como é o caso da obra em comento.

    Para este intento, precisamos avaliar as informações recebidas tendo como paradigma as Obras Básicas, posto que estas, passaram pelo Controle Universal das Comunicações Espíritas, como bem nos esclarece Allan Kardec, o insigne Codificador da Doutrina dos Espíritos, na parte introdutória de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

    Inicialmente, faremos uma breve análise do que nos dizem os Espíritos Superiores em O Livro dos Espíritos, quando em seu Capítulo VI, trata da “Vida Espírita“. Faremos a transposição literal de algumas perguntas feitas por Kardec aos Espíritos Superiores, com suas respectivas respostas, e em seguida teceremos comentários e conclusões pertinentes ao assunto proposto.

    Comecemos pela pergunta 224 do LE, quando Kardec indaga aos Espíritos Superiores, o que é a alma nos intervalos das encarnações. A reposta dada é a seguinte: – Espírito errante, que aspira a um novo destino e o espera.

    Portanto, André Luiz, estava na condição de Espírito errante, aguardando uma nova encarnação segundo a resposta dos Espíritos.

    Em seguida, vejamos a pergunta 227 formulada pelo Codificador: – De que maneira se instruem os Espíritos errantes; pois certamente não o fazem da mesma maneira que nós? Resposta: – Estudam o seu passado e procuram o meio de se elevarem. Vêem, observam o que se passa nos lugares que percorrem; escutam os discursos dos homens esclarecidos e os conselhos dos Espíritos mais elevados que eles, e isso lhes proporciona idéias que não possuíam”. (grifei e coloquei negrito)

    Observa-se portanto, que a proposta para o Espírito na erraticidade não é o trabalho braçal de lavar chão, limpar enfermarias, etc., mas de trabalhar sua mente e esclarecer o seu ‘eu‘, objetivando uma melhor preparação intelectual e moral, para enfrentar os embates de sua próxima encarnação.

    Analisemos ainda o que propõe a pergunta 230 de o LE: – O Espírito progride no estado errante? Resposta: Pode melhorar-se bastante, sempre de acordo com a sua vontade e o seu desejo; mas é na existência corpórea que ele põe em prática as novas idéias adquiridas. (grifei)

    Diante do exposto, é fato que:
    1º) A vida espiritual não é igual à vida material, posto que a condição consciencial e emocional do indivíduo é outra, o meio é outro, a realidade é outra, a dimensão tempo/espaço é outra, as percepções e sensações são outras.

    2º) A Instrução dos Espíritos errantes não se faz da mesma maneira que a dos encarnados;

    3º) O progresso efetivo do Espírito só se dá através da existência corpórea, que é quando ele põe em prática as novas idéias adquiridas no Espaço.

    No entanto, no que se depreende de Nosso Lar, os Espíritos errantes vivem na espiritualidade uma vida semelhante à vida dos encarnados, posto que:
    a) os Espíritos moram em casas com suas famílias;
    b) trabalham e são remunerados (bônus-hora);
    c) têm relacionamentos amorosos, noivado e casamento;
    d) comem, bebem, tomam banho e dormem;
    e) viajam de aerobus, vão a festas, cinemas, concertos e reuniões;
    f) obedecem a um regime político sob as ordens de um Governador que administra a cidade através de seus Ministérios.

    Ou seja, têm uma verdadeira vida social, com todas as implicações geradas pelas relações humanas que envolvem família, amigos, inimigos, trabalho e política.

    Pergunta-se: – Prá que reencarnar, se o Espírito já vive todas as possibilidades oriundas da vida em sociedade, considerada por Kardec, como a “pedra de toque” para a evolução humana?!

    Mas prossigamos nosso estudo agora analisando a questão 234 de O Livro dos Espíritos, que trata dos Mundos Transitórios, e Kardec faz o seguinte questionamento aos Espíritos Superiores: – Existem, como foi dito, mundos que servem de estações ou de lugares de repouso aos Espíritos errantes? Resposta: – Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécie de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-los, e que gozam de maior ou menor bem-estar. (grifei)

    E a pergunta 236 – Os mundos transitórios são, por sua natureza especial, perpetuamente destinados aos Espíritos errantes? Resposta: – Não, sua superfície é apenas temporária.

    Oportuno ressaltar o desdobramento da pergunta 236, na 236-a: – São eles ao mesmo tempo habitados por seres corpóreos? Resposta: – Não, sua superfície é estéril. Os que o habitam não precisam de nada. (grifei, e coloquei negrito)

    Diante de tão importantes informações, infere-se que:

    1º) há possibilidade dos Espíritos errantes se acomodarem em “Mundos Transitórios”;

    2º) tais mundos são de superfícies estéreis, ou seja, sem prédios, bosques, fontes etc.;

    3º) o Espírito não precisa de nada disso na erraticidade.

    Passemos agora à análise do item III, de o LE, que trata das Percepções, Sensações e Sofrimentos dos Espíritos. Kardec lança o seguinte questionamento na pergunta 253: – Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e os nossos sofrimentos físicos? Resposta: – Eles o conhecem, porque os sofreram, mas não os experimentam como vós, porque são Espíritos. (grifei)

    Pergunta 254: Os Espíritos sentem fadiga e necessidade de repouso? Resposta: Não podem sentir a fadiga como a entendeis, e portanto não necessitam do repouso corporal, pois não possuem órgãos em que as forças tenham de ser restauradas. Mas o Espírito repousa, no sentido de não permanecer numa atividade constante. Ele não age de maneira material, porque a sua ação é toda intelectual e o seu repouso é todo moral. Há momentos em que o seu pensamento diminui de atividade e não se dirige a um objetivo determinado; este é um verdadeiro repouso, mas não se pode compará-lo ao do corpo. A espécie de fadiga que os Espíritos podem provar está na razão da sua inferioridade, pois quanto mais se elevam, de menos repouso necessitam. (grifei)

    Pergunta 255: Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é o seu sofrimento? Resposta: – Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente que os sofrimentos físicos. (grifei)

    Diante do exposto constatamos que:
    1º) As necessidades físicas de que se queixam os Espíritos são apenas “impressões”;

    2º) Os Espíritos não precisam de repouso, nem obviamente de alimento, posto que não possuem órgãos em que as forças tenham de ser restauradas, nem muito menos aparelho digestivo, sistema circulatório, nervoso ou genésico;

    3º) O sofrimento do Espírito é totalmente moral, e não físico.

    Para finalizar o presente estudo no que concerne à vida espiritual, ninguém melhor que Kardec, que com muita propriedade assim se expressa: “Existem, portanto, dois mundos: o corporal, composto dos Espíritos encarnados; e o espiritual, formado dos Espíritos desencarnados. Os seres do mundo corporal, devido mesmo à materialidade do seu envoltório, estão ligados à Terra ou a qualquer globo; o mundo espiritual ostenta-se por toda parte, em redor de nós como no Espaço, sem limite algum designado. Em razão mesmo da natureza fluídica do seu envoltório, os seres que o compõem, em lugar de se locomoverem penosamente sobre o solo, transpõem as distâncias com a rapidez do pensamento. A morte do corpo é a ruptura dos laços que o retinham cativos”. (Revista Espírita. Março de 1865, p. 99) (grifei)

    Adiante acrescenta o Codificador: “A felicidade está na razão direta do progresso realizado, de sorte que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz quanto o outro, unicamente por não possuir o mesmo adiantamento intelectual e moral, sem que por isso precisem estar, cada qual, em lugar distinto. Ainda que juntos, pode um estar em trevas, enquanto que tudo resplandece para o outro, tal como um cego e um vidente que se dão as mãos: este percebe a luz da qual aquele não recebe a mínima impressão. Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades, haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra, no meio dos encarnados, seja no Espaço”.(Revista Espírita. Março de 1865, p. 100) (grifei)

    Diante das palavras esclarecedoras de Allan Kardec, podemos asseverar da inexistência de lugares determinados no plano espiritual, destinados à purgação de penas, como o ‘umbral‘, ou lugares semelhantes às cidades materiais terrenas, com belezas naturais e construções, para abrigar Espíritos errantes aos moldes de Nosso Lar.

    Como muito bem preceitua Kardec, a dor ou a felicidade é vivenciada pelos Espíritos, seja na superfície da Terra no meio dos encarnados, seja no Espaço. Como também dois Espíritos, um feliz e outro infeliz não precisam estar em regiões diferentes para vivenciarem suas realidades espirituais distintas, podendo estar lado a lado.

    Vale ressaltar, que o assunto não se exaure nesta simples abordagem, mas que nos desperte a rever certos conceitos através de um estudo sério e efetivo das Obras Básicas, para que nos emancipemos da ignorância que nos aflige, e nos faz escravos das informações mais absurdas, que tomamos como verdade pelo simples fato de virem do plano espiritual através de um determinado Espírito, às vezes utilizando-se de nome respeitável, ou pela consideração devida ao médium através do qual se deu a comunicação.

    Seria interessante diante das considerações propostas uma releitura da Escala Espírita – questão 100 de O Livro dos Espíritos, como também um estudo mais aprofundado dos processos de obsessão, mistificação e fascinação, brilhantemente tratados pelos Espíritos Superiores em O Livro dos Médiuns.

    Finalizando, precisamos introjetar que na condição de Espíritos errantes estaremos trabalhando questões intrínsecas à nossa individualidade, no que concerne ao nosso intelecto e à nossa moralidade, posto que, como nos disseram muito significativamente os Espíritos Superiores, o repouso do Espírito é totalmente mental.

    Tomemos consciência, que o retorno à verdadeira vida nos levará a conhecer a obra inenarrável do nosso Criador. Nossa casa somos nós mesmos, livres, viajando pela força do pensamento através de todo esse imenso cosmos, conhecendo mundos, assistindo a formação de galáxias, e admirando a perfeição dessa obra, que nem o maior de todos os artistas da Terra poderá reproduzir!

  31. Marciano Diz:

    “– Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécie de ACAMPAMENTOS, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-los, e que gozam de maior ou menor bem-estar.”
    .
    A autora do texto utilizou-se de uma má tradução, visto que, no original, o termo usado é “bivac”, ou seja, bivaque, que é uma das espécies de acampamento, termo militar, usado no sentido de acampamentos somente para descansar durante a noite, prosseguindo em uma marcha em direção a um objetivo.
    .
    Feita esta correta tradução, a situação descrita no LAR DELES fica ainda mais insustentável.

  32. Marciano Diz:

    Em face do artigo intitulado “Considerações acerca da Veracidade e da Historicidade da assim denominada Carta de Públio Lêntulo”, tendo como autor o pesquisador Sr. José Carlos Ferreira Fernandes, publicado no Blog intitulado “Obras Psicografadas”, desenvolvo o presente trabalho intitulado “A Indignação dos Espíritas“.

    Importante esclarecer aos leitores que o autor do artigo em comento, desenvolve um trabalho de pesquisa de cunho histórico, tendo como objeto de estudo os dados apresentados no livro “Há Dois Mil Anos”, de autoria do Espírito Emmanuel, e psicografado pelo médium Chico Xavier.

    Segundo as palavras apostas na apresentação do referido trabalho, é dito tratar-se de pesquisa que “procura demonstrar de forma fortemente convincente que o livro “Há Dois Mil Anos”, “psicografado” por Chico Xavier, não passa de uma completa ficção. Em suma, é uma fraude histórica“. Em seguida, é afirmado que“há problemas desde a completa ignorância da construção dos nomes romanos, passando pela aceitação de documentos comprovadamente falsos e culminando na completa inexistência da entidade que teria ditado o livro, no caso, Emmanuel/Públio Lêntulo“ – acrescentando o texto que “as conseqüências disso para o kardecismo brasileiro, desnecessário dizer, são gravíssimas“. (Blog Obras Psicografadas) (grifei)

    No que concerne à pesquisa histórica do artigo em comento, nada tenho a discutir, nem como questionar as fontes apresentadas pelo autor, a correlação de documentos ou entendimentos com o fato histórico aventado, pois não é minha área de conhecimento e pesquisa. Portanto, respeito minhas limitações e procuro não ser inconseqüente com avaliações despropositadas diante do trabalho alheio.

    Entretanto, no que concerne ao comentário do autor quando assevera “das conseqüências disso para o kardecismo brasileiro“, não vejo onde, como ou porque, tal constatação iria atingir a Doutrina Espírita, caso o mesmo entenda que “kardecismo brasileiro” seja sinônimo de Espiritismo.

    Primeiramente é fato que o Espiritismo tem suas bases estruturadas em cinco livros que compõem as Obras Básicas da Doutrina Espírita, e que nada têm a ver com o romance “Há Dois Mil Anos“ de Emmanuel/Chico, objeto de estudo do autor.

    Em segundo lugar, o Espiritismo nada tem a ver com as opiniões pessoais do Espírito de Emmanuel, ou de seu médium Chico Xavier, como individualidades que são, e portanto livres para expressarem seus pensamentos, entendimentos e opiniões.

    À esse respeito faz-se por oportuno pontuar que grande parte de tais pensamentos e opiniões não comungam em absoluto com os ensinamentos presentes nas Obras Básicas da Doutrina Espírita.

    Nunca é demais ressaltar que todas as mensagens publicadas na Codificação, passaram pelo crivo do gênio racional e científico de Allan Kardec, que aplicou o sistema do Controle Universal dos Ensinos Espíritas, sob a supervisão efetiva de O Espírito da Verdade!

    Portanto, se o autor do artigo em comento conhecesse da personalidade séria e investigativa de Kardec, saberia que este, prontamente ao se deparar com as mensagens psicográficas de Emmanuel e/ou André Luiz, teria feito um sério trabalho de pesquisa histórica, e iria com toda a seriedade e imparcialidade, na busca da veracidade ou não, das informações passadas pelo(s) Espírito(s). Quanto aos resultados, fossem eles quais fossem, seriam publicados sem a menor sombra de dúvida na REVISTA ESPÍRITA, com os devidos esclarecimentos e ensinamentos do insigne Codificador.Vale lembrar que Kardec, nunca deixou de publicar na referida revista, tudo o que pudesse ser objeto de análise, estudo e aprendizado para os novos Espíritas.

    Confirmando esse entendimento, me reporto ao O Livro do Médiuns, quando o grande Mestre apresenta cinco “Comunicações Apócrifas”, esclarecendo que:“Há muitas vezes comunicações de tal maneira absurdas, embora assinadas por nomes respeitáveis, que o mais vulgar bom senso demonstra sua falsidade. Mas há aquelas em que o erro é disfarçado pela mistura com princípios certos, iludindo e impedindo às vezes que se faça a distinção á primeira vista. Mas elas não resistem a um exame sério.” (L.M, Cap. XXXI, COMUNICAÇÕES APÓCRIFAS, p. 343) (grifei)

    Portanto, podemos assegurar que o artigo em comento em nada poderia abalar, ou muito menos por em risco a Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec.

    Entretanto, o que realmente choca, entristece, e preocupa aos Espíritas estudiosos da Codificação, foram as DUZENTAS E CINQUENTA E NOVE, contestações indignadas, ensandecidas, desrespeitosas, irreais, infundadas, e superficiais (com raras exceções), postadas por pessoas que se auto intitulavam ESPÍRITAS!

    À título de exemplo, transcrevo algumas “pérolas”, para que os leitores analisem e avaliem a quantas anda o Movimento Espírita Brasileiro, ou melhor dizendo, no que se tornou o Movimento Espírita Brasileiro, senão vejamos:

    1 – “Benditas sejam as fraudes do Chico e as falsas personalidades de seus guias, – seus alteregos – que conseguiram colocar milhões de desesperançados no caminho da luz, da esperança e da renovação!” (…) “Benditos sejam os mentirosos do Chico, que com seus teores de altíssima energia e vibrações, permearam maravilhosamente a todos que dele se acercavam , – eu inclusive, – e que deram graças a Deus dele ter nascido junto a nós, no Brasil! Volte, Chico, por favor, volte com suas trapaças, milhões o aguardam ansiosamente, irão comemorar o seu retorno à Terra e de seus falsos guias! Quantos outros irmãos serão curados espiritualmente e renovados na fé pela luz-fantasia de Emmanuel, André Luiz e tantos outros!” (Carlos Magno) (Blog Obras Psicografadas)

    Observe-se que o artigo em comento, trata-se de uma pesquisa de cunho histórico, e não religioso!

    2 – “Olhe, conheci o Chico e convivi com pessoas que o conheceram melhor do que eu, e ninguém jamais falou dele com esse veneno que você destila. Você o conheceu mesmo, se aproximou dele algum dia? Cresceu no espiritismo? Desculpe, não acredito, senão você teria aprendido um mínimo! Ou então dormia nas cadeiras!” (Carlos Magno) (Blog Obras Psicografadas)

    Observe-se que o artigo em comento, trata-se de uma pesquisa de cunho histórico, e não religioso!

    3 – “Ah, meu. Isso que é perder tempo, mesmo! Eu até admiro o trabalho todo para provar a inexistência de Emmanuel. Já que estamos falando de personagens inexistentes, que tal você postar o livro eletrônico da ateus.net que prova fatalmente a inexistência de Jesus? Daí matamos a pau tudo de uma vez! É o fim. Do Cristianismo e do Espiritismo. Um forte abraço! E coragem: porque nesse país quem fala o que quer, ouve o que não quer. Bem, você já deve ter notado isso. Mas tudo bem! A vida segue. E mais “Emmanuéis” aparecem. Boa diversão!”(Codename V.) (Blog Obras Psicografadas)

    Em dado momento os ditos “Espíritas” resolvem “atacar” a moral do autor do artigo, senão vejamos:

    4 – “O Sr. José Carlos Ferreira Fernandes por um acaso é aquele da SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, que foi acusado de gastar R$ 315.902,75 do dinheiro público sem justificatívas plausíveis, e também recentemente intimado a comparecer a depor na CPI a respeito do vazamento do dito Dossiê…..Em caso positivo, vemos que trata-se de um trabalho com lastro não é…. Abraços fraternos……” (André) (grifei) (Blog Obras Psicografadas)

    No que concerne à supra citada postagem o intermediador responde:

    5 – “Não, não é. E mesmo que fosse, isso em nada macularia seu estudo. O raciocínio que você faz é falacioso, conhecido como ad-hominem, em que ao invés de criticar a obra, critica o autor.” (Vítor) (Blog Obras Psicografadas)

    Vejamos agora o posicionamento desta opositora:

    6 – (…) “Os “filhotinhos” aos quais me referi são todos brasileiros e, logicamente, mais novos do que Chico Xavier, que foi para os médiuns, o que o Papa é para os católicos. Nenhum médium que se prezasse, debutaria sem pedir a sua bênção“. (…) (Sônia) (grifei) (Blog Obras Psicografadas)

    Agora a “Espírita” “ataca” o Sr. José Carlos, através do catolicismo, que parece ser a religião professada pelo dito pesquisador:

    7 – (…) “Ah! meu caro José Carlos, o Catolicismo Romano e o Vaticano não merecem isso de mim e de ninguém. Bastam-lhes o horror que semeiam e a peçonha que espalham ao longo de 1.600 anos de dominação e manipulação, tanto de “nobres”, quanto “burgueses”. Com a mesma determinação, desprezam e mantêm propositalmente, na ignorância e na miséria, as massas incontáveis de injustiçados, através de “tratados”, “concordatas” “bulas”, “encíclicas” e outras invenções, com a finalidade principal do enriquecimento ilícito e do poder que vem com o dinheiro. Sem contar, os “milagres” inventados com a mesma vil finalidade.” (…) (Sônia) (Blog Obras Psicografadas)

    E assim foram se posicionando os quase DUZENTOS E CINQUENTA E NOVE opositores ESPÍRITAS, diante de um artigo de cunho histórico que procura provar através de uma pesquisa bibliográfica a não existência de um documento e/ou de um personagem dito histórico!

    Observem que não compareceu dentre os DUZENTOS E CINQUENTA E NOVE opositores, um único pesquisador, ou intelectual Espírita, que se posicionasse de forma coerente, elegante, equilibrada, acatando ou pondo em xeque, não a Doutrina Espírita, que nada tem a ver com o objeto de estudo do Sr. José Carlos, mas o método de investigação em si mesmo, já que o referido autor só se ateve a pesquisa bibliográfica – ou seja – a única discussão cabível ao caso seria no âmbito científico da pesquisa e só!!!!

    Em contrapartida, o leitor depara-se com uma enxurrada de opositores fanáticos, dogmáticos, despreparados que podem ser tudo no mundo menos Espíritas! Pois como se auto intitular Espírita se não estudamos a Doutrina que dizemos abraçar?

    De que adianta se apegar ao discurso “piegas” de “meus irmãos vamos nos amar, fazer caridade, ser humildes, perdoar os inimigos, etc.,”, bem próprio do Espírita preguiçoso, da turma do “deixa disso”, (bem diferente de JESUS ou de KARDEC, que nunca tiveram medo de demonstrar sua indignação) e que não têm coragem nem disposição para se debruçar sobre o manancial de ensinamentos trazidos nas Obras da Codificação Espírita?

    Se todos os que se auto intitulam Espíritas, se dessem ao trabalho de estudar no mínimo, O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, a Doutrina Espírita não teria tomado os rumos mistificados que tomou, tornando-se uma seita dogmática, que tem segundo a “Espírita Sônia“, um PAPA que seria o médium Chico Xavier; já que todo o Espírita que se preze deve saber no mínimo que o Espiritismo não é uma religião institucionalizada com hierarquia!

    Diante do exposto, entendo que precisamos URGENTEMENTE de um movimento em prol do estudo das Obras Básicas da Codificação, para que a Doutrina Espírita não se perca em seus princípios, como aconteceu com os ensinamentos de Jesus.

    Diante dos rumos que estão sendo tomados, é fácil imaginar que daqui a um século (ou menos que isso) a humanidade não terá mais que uma remota idéia dos princípios espíritas, posto que as Obras Básicas já estarão totalmente alteradas (como já se tentou fazer com o Evangelho Segundo o Espiritismo), seus princípios desvirtuados, a figura de Allan Kardec obviamente esquecida, e quem assumirá a total representatividade da Doutrina Espírita, será o médium Chico Xavier, e as OBRAS COMPLEMENTARES ditadas pelo Espírito de Emmanuel e/ou André Luiz, serão as obras de referência para o estudo do Espiritismo.

    Portanto Espíritas, “despertemos” para realidade que se afigura aos nossos olhos! Ainda é tempo de nos debruçarmos e estudarmos a Codificação Espírita trazida a tão pouco tempo pelos Espíritos Superiores, sob a égide do Espírito da Verdade, para que possamos ter a segurança e a coragem de rechaçar as fraudes.

    Precisamos resgatar a Doutrina Espírita, salvando-a da crueldade que se faz quando a deturpam e distorcem seus princípios, objetivando a Morte de sua própria essência! Sim, isso é uma espécie de morte! O extermínio da Doutrina dar-se-á pelo desvirtuamento de seus princípios, privando-se assim as próximas gerações do acesso às verdades consoladoras e libertadoras da Doutrina que veio em meados do século XIX, para alavancar a humanidade de seu estado de ignorância e sofrimento.

    Outro aspecto importantíssimo que não se pode relegar a segundo plano, é o momento do retorno ao plano espiritual, quando nos defrontaremos com o Tribunal de Nossa Consciência. Como será desesperador assumirmos que participamos de forma ativa ou omissiva de uma “teia” ardilosamente arquitetada para destruir os Preceitos Espíritas!

    Nesse sentido, não poderemos nem sequer argüir em nossa defesa a “ignorância“, pois tivemos em nossas mãos as armas para nos defendermos dela, que eram as Obras Básicas.

    Daí, enfrentaremos a vergonha e o remorso no âmago de nosso Espírito imortal! Primeiramente diante de Deus e de nós mesmos. Em seguida, perante Jesus, perante nosso Guia Espiritual, perante Allan Kardec, e toda a plêiade de Espíritos Superiores, como tantos outros que trabalharam na condição de encarnados como médiuns da Codificação, dando tudo de si em benefício do progresso da humanidade!

    E nesse momento de dores acerbas, certamente Chico, Emmanuel e André Luiz não estarão presentes para interceder por ninguém, pois estarão provavelmente como todo Espírito errante, prestando suas próprias contas e avaliando seus atos. Se estiverem encarnados, estarão provavelmente, trabalhando pela reconstrução da Doutrina dos Espíritos. Essa é a Lei.

    http://umolharespirita1.blogspot.com

  33. Marciano Diz:

    Faltou este comentário, ANTES do artigo acima:
    .
    Da mesma autora podemos ver uma ótima saída de emergência pela esquerda, quando ela analisa as respostas enfurecidas a jcff, em artigo publicado AQUI.
    Ela, para não admitir que jcff REALMENTE mostrou que cx acabou com o espiritismo, ou kardecismo brasileiro, whatever, apela para o espiritismo puro, o francês, como faz ARDUIN, o qual NÃO EXISTE, como pode ser verificado em pesquisa de campo em QUALQUER centro ou casa espírita pelo país afora, tanto faz.

  34. MONTALVÃO Diz:

    .
    MARCIANO: O mais importante na teoria da viagem no tempo é saber que, no caso de viajar para o passado, não se pode tocar em nada, não se deve falar com ninguém e nem peidar, pois a mínima modificação no passado pode alterar dramaticamente o presente.
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    COMENTÁRIO: desconfio que alguém do futuro alterou meu passado: não era para eu ser do jeito que sou, não era mesmo…
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    MARCIANO: Isso inclui pisar em plantinhas, tirar móveis do lugar, COMER QUEM QUER QUE SEJA (principalmente ancestrais), apostar em jogos cujo resultado já se sabe, etc.
    .
    COMENTÁRIO: Êpa! Mas não é disso que estou falando quando falo em ter o passado alterado no futuro: penso que o espermatozoido que era para ser eu foi afetado por uma experiência genética de seres do futuro, ocasionando numa mutação que redundou nimim… mas até que gostei…

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    /

    MARCIANO: Alterar o presente a partir do passado causa distúrbios imensuráveis na linha do tempo, de modo que a própria viagem que alterou o passado acaba não acontecendo, e no fim o presente também não se altera e fica tudo na mesma, e a pessoa acaba viajando para o passado mesmo, o que pode alterar o passado e modificar o presente, comprometendo a própria viagem para o passado, e indo pro futuro e, falando com alguém, você causa um paradoxo que faz a situação nunca existir e logo após a pessoa saberá antes na linha do tempo, mas depois pela sua visão, tudo isso prova que a viagem no tempo tem probabilidade de 51,5702069999% de chance de existir. Entende?
    .
    COMENTÁRIO: se entendo não sei, mas entendo que se a experiência aconteceu não-acontecendo, significa que, se realmente advenho de experimento genético realizado no futuro, sou o que sou embora não o seja, o que equivale a dizer que provenho de um sonho que se originou duma ilusão. Meu consolo é que há 48,4297930001% de chance de tudo isso ser um equívoco, quer dizer, de não existir. Entende?
    ./
    /
    MARCIANO: Por exemplo, este comentário foi escrito em 2022 e trazido para cá através de um buraco de minhoca.
    .
    COMENTÁRIO: mas, também, pode ter vindo do buraco do tatu…

  35. Marciano Diz:

    Já que VITOR achou muito ruim o texto de Alejandro, aqui vai outro, de outro autor.
    Quando se trata de parapsicologia, o maior problema é o charlatanismo e as mentiras existentes relacionados aos fenômenos paranormais. É decepcionante o tempo perdido quando se tenta estudar e comprovar cientificamente tais fenômenos, quando é descoberto que é uma farsa. Com a existência de tantas farsas e charlatões, fica difícil acreditar em paranormalidade.
    Quando o naturalista inglês Charles Darwin lançou seu estudo ou teoria a respeito da origem das espécies, muitas pessoas perderam um pouco da fé na igreja católica pelo fato de que essa teoria vai de encontro a todas as coisas já ditas pela instituição sobre a “criação do homem”. Com isso a população foi criando uma necessidade muito grande de se acreditar em alguma coisa. Na mesma época, no estado de Nova Iorque, as irmãs Fox afirmavam que se comunicavam com espíritos de pessoas mortas. Pronto. Automaticamente esse fenômeno conquistou vários seguidores, quando as irmãs confessaram a fraude trinta anos mais tarde, já era tarde de mais e não tinha mais volta: as pessoas estavam impregnadas por uma nova religião: o Espiritismo.
    Essa religião originou um novo tipo de ciência: a parapsicologia.
    Muitas vezes, os parapsicólogos têm muita fé nesse tipo de poder, ou seja, acreditam mesmo que poderes paranormais sejam reais e ao fazer testes para estudar a veracidade destes, acabam por forjar as provas escondendo resultados negativos. Essa situação vem se tornando cada vez mais freqüente, fato que preocupa céticos e cientistas que acreditam que isso possa se tornar nocivo à população em geral.
    Mas nem todos os parapsicólogos são de má índole. É o caso de Susan Blackmore, que após anos e mais anos de insucesso em tentativas de provar a existência desses fenômenos, desistiu da carreira de parapsicóloga. A atitude de Susan é extremamente invejável, pois ela teve a humildade de admitir que seus anos de pesquisas e testes falhos foram jogados fora além de coragem para investigar e ir mais a fundo sobre um assunto no qual Blackmore tinha muita fé.
    Mesmo as pessoas mais esclarecidas têm uma necessidade muito grande de ter respostas para os assuntos que as afligem e seus questionamentos.
    Os principais motivos para a crença em poderes paranormais são:
    1-a impressão de exatidão que os “profissionais” passam ao fazer uma predição;
    2-o mistério que normalmente é deixado em volta de uma predição.
    Algumas predições realmente se tornam realidade, mas não passam de palpites estudados e, no caso de uma consulta a um paranormal, a própria pessoa acaba por revelar detalhes de informações que precisaria saber. Assim o médium poderia pescar alguns palpites e acertar a predição. Por exemplo:
    Um bom manipulador consegue dar uma leitura de um estranho fazendo sentir a este que o manipulador possui um dom especial. Exemplo:
    Algumas das suas aspirações tendem a ser irrealistas. Umas vezes sente-se extrovertido, afável e sociável, embora, por vezes, se torne introvertido e reservado. Descobriu que não deve ser muito franco e revelar-se aos outros. Orgulha-se do seu pensamento e não aceita as opiniões de outros sem as examinar. Gosta de alguma mudança e variedade e sente-se preso por limitações e restrições. Por vezes tem duvidas se agiu bem ou tomou a decisão correta. Disciplinado e controlado para os outros, tende a ser no fundo, inseguro.
    Apesar das suas fraquezas, normalmente consegue compensá-las. Tem capacidades não usadas, que ainda não aproveitou a seu favor. Tem tendência a ser muito auto critico. Tem grande necessidade de que as outras pessoas gostem de si e que o admirem.
    Efeito Forer: quanto mais vago o sonho ou premonição, mais exato (a) parecerá. Essa afirmação é um tanto quanto óbvia, pois quanto menos certeza tivermos ao afirmarmos alguma coisa, seja ela qual for, qualquer coisa lembrará a possível premonição.
    Nunca leremos nos jornais entrevistas de clarividentes que falharam ao fazer premonições. Obviamente isso não prova que a clarividência não exista, mas encontrar casos de pessoas que tiveram premonições que se realizaram não significa que esse fenômeno exista. É necessário que se faça testes controlados em cima desses fenômenos para se chegar a uma conclusão embasada. Mas como já foi dito… Infelizmente os parapsicólogos muitas vezes forjam testes o que dificulta, e muito, uma boa conclusão sobre o assunto.
    Teste de Paranormalidade: Telepatia
    O poder psíquico facilmente é aceito pelas pessoas, no entanto é negado pela ciência. Contudo a paranormalidade pode ser de certo modo ser comprovada e avaliada por alguns testes simples. Eis a seguir um teste, com ele facilmente você poderá descobrir se tem alguma faculdade paranormal. Neste caso evidenciando a Telepatia
    Material:
    1- Para o teste será necessária a utilização do baralho ZENER. Constituído de 25 cartas, formado por cinco elementos básicos: estrela, cruz, círculo, quadrado, e onda. O baralho ficaria completo com: 5 cartas com o símbolo estrela, 5 cartas com o símbolo cruz, 5 cartas com o símbolo círculo, 5 cartas com o símbolo quadrado, 5 cartas com o símbolo ondas, somando assim um total de 25 cartas.
    Esse teste é bastante famoso e pode ser forjado muito facilmente pelos supostos paranormais: os dois combinam a seqüência em que as cartas devem ficar na mesa e uma seqüência de contagem com um intervalo entre os números a serem contados (por exemplo, 1…2…3…4…5 da esquerda para a direita) assim as duas pessoas seriam tidas como extra-sensíveis.
    Quando são feitos experimentos adequadamente controlados, geralmente estes produzem resultados negativos, ou seja, são incapazes de demonstrar um único caso claro de poderes psíquicos ou fenômenos paranormais. Os estudos com resultados positivos são, em sua maioria, explicados por cálculos de probabilidade. Mas estudos negativos são veementemente rejeitados pelos devotos do psi. Quando pesquisadores encontram a mínima estranheza estatística, especulam que isso se deva a poderes paranormais. Essa situação se deve à fé que todos os crentes têm nestes fenômenos.
    O ser humano só se deixa enganar por ser extremamente sugestionável e por possuir um pensamento seletivo. Mas o que é isso?
    O pensamento seletivo funciona da seguinte maneira: quando ouvimos dizer que “Fulano” teve 25% de acertos em testes paranormais, mas acredita-se que essa pessoa seja mesmo um paranormal, descarta-se os 75% de erros cometidos pelo indivíduo para assimilar apenas os 25% favoráveis, ou seja, selecionamos os dados favoráveis a uma hipótese, enquanto ignoramos os dados desfavoráveis.
    Assim, concluímos que enquanto as pessoas não aprenderem a desconfiar de tudo que lhe dizem, nunca iremos desenvolver o pensamento cientifico e como conseqüência, a sociedade fica anestesiada enquanto pessoas “mais espertas” a engana e “descaradamente” controla o destino e os atos da população em geral.
    Como se reconhece uma pseudociência? Reconhece-se por possuir pelo menos duas das dez características seguintes:
    1- Invoca entes imateriais ou sobrenaturais inacessíveis ao exame empírico, tais como força vital, alma imaterial, super-ego, criação divina, destino, memória coletiva e necessidade histórica.
    2- É crédula: não submete suas especulações a prova alguma. Por exemplo, não há laboratórios homeopáticos e nem psicanalíticos. Correção: na Universidade de Duke funcionou por um certo tempo, o laboratório parapsicológico do botânico J. B. Rhine; e na de Paris existiu o laboratório homeopático do Dr. Beneviste. Mas ambos foram fechados quando se descobriu que haviam cometido fraudes.
    3- É dogmática: não muda seus princípios quando falham nem como resultado de novas descobertas. Não busca novidades, está ligada a um corpo de crenças. Quando muda, o faz apenas em detalhes e em resultado de desavenças no rebanho.
    4- Rejeita a crítica, herbicida normal na atividade científica, alegando que está motivada por dogmatismo ou por resistência psicológica. Recorre pois, ao argumento ad hominem ao invés do argumento honesto.
    5- Não encontra e nem utiliza leis gerais. Os cientistas, por outro lado, buscam ou usam leis gerais.
    6- Seus princípios são incompatíveis com alguns dos princípios mais seguros da ciência. Por exemplo, a telecinésia contradiz o princípio da conservação de energia. E o conceito de memória coletiva contradiz a obviedade de que só um cérebro individual pode recordar.
    7- Não interage com nenhuma ciência propriamente dita. Em particular, nem psicanalistas e nem parapsicólogos têm trato com a neurociência. À primeira vista, a astrologia é a exceção. Mas apenas toma sem dar nada em troca. As ciências propriamente ditas formam um sistema de componentes interdependentes.
    8- É fácil: não requer uma larga aprendizagem. O motivo é que não se funda sobre um corpo de conhecimentos autênticos. Por exemplo, quem pretende investigar os mecanismos neurais do esquecimento ou do prazer terá de começar a estudar neurobiologia e psicologia, dedicando vários anos a trabalhos de laboratório. Por outro lado, qualquer um pode recitar o dogma de que o esquecimento é efeito da repressão, ou de que a busca do prazer obedece ao “princípio do prazer”. Buscar conhecimento novo não é o mesmo que repetir ou mesmo inventar fórmulas vazias.
    9- Só a interessa o que possa ter uso prático: não busca a verdade desinteressada. Nem admite ignorar algo: tem explicação para tudo. Mas seus procedimentos e receitas são ineficazes por não se fundamentarem em conhecimentos autênticos.
    10- Mantém-se à margem da comunidade científica. É dizer, seus sectários não publicam em revistas científicas e nem participam de seminários ou congressos abertos à comunidade científica. Os cientistas, por outro lado, expõem suas ideias à crítica de seus pares: submetem seus artigos a publicações científicas e apresentam seus resultados em seminários, conferências e congressos.
    Vejamos um exemplo de como trabalham os cientistas quando abordam problemas que também interessam aos pseudocientistas. Em 1998, os psicobiólogos J. S. Morris, Arne Ohman e R. J. Dolan publicaram na célebre revista Nature um trabalho sobre aprendizagem emocional consciente e inconsciente na amígdala humana. Já que este artigo trata de emoções conscientes e inconscientes, pareceria ser de interesse aos psicanalistas. Mas não lhes interessa porque os autores estudaram o cérebro, enquanto que os analistas se ocupam da alma: não saberiam o que fazer com cérebros, alheios ou próprios, em um laboratório de psicobiologia.
    Assim, a amígdala cerebral é um órgão diminuto, mas evolutivamente muito antigo, que sente emoções básicas tais como o medo e a fúria. Dada a importância destas emoções na vida social, é fácil imaginar os transtornos de comportamento que uma pessoa com amígdala normal sofre, seja atrofiada ou hipertrofiada. Se é o primeiro caso, não reconhecerá sinais perigosos. Se é o segundo, será propensa à violência.
    A atividade da amígdala cerebral pode ser registrada mediante um escaner PET. Este aparelho permite detectar objetivamente as emoções de um sujeito em cada lado de sua amígdala. Contudo, tal atividade emocional pode ou não aflorar na consciência. O seja, uma pessoa pode estar assustada ou brava inadvertidamente.
    Como se sabe? Juntando um teste psicológico à observação neurobiológica. Por exemplo, se a um sujeito normal é mostrada uma cara de bravo, e em seguida uma cara sem expressão, ele informará que viu a segunda e não a primeira. Repressão? Os dados científicos citados não se contentaram em batizar o fenômeno. Repetiram o experimento, mas agora associaram a cara de bravo com um estímulo negativo: um intenso e irritante ruído “branco”, ou seja, não significativo. Neste caso, a amígdala foi ativada pela imagem visual, mesmo quando o sujeito não se recordou de tê-la visto. Ou seja, a amígdala cerebral “sabe” algo que ignora o órgão da consciência (seja qual for).
    A princípio, com o método que acabo de descrever brevemente, poder-se-ia medir a intensidade de uma emoção. Por exemplo, poderia-se medir a intensidade do ódio, que segundo Freud, um homem sente por seu pai. Contudo, antes de proceder a tal medição, teria-se de estabelecer a existência do Complexo de Édipo. Mas este não existe, como mostraram as investigações de campo do professor Arthur P. Wolf, condensadas em seu grosso tomo Sexual Attraction and Childhood Association (1995).
    As pseudociências são como os pesadelos: desaparecem quando examinadas à luz da ciência. Entretanto, infectam a cultura e algumas delas são de grande proveito pecuniário para seus sectários. Por exemplo, um psicanalista latino-americano pode ganhar em um dia o que seu compatriota cientista ganha em um mês. O que refuta o provérbio, “nem tudo que reluz é ouro”.
    Fonte: Mario Bunge – Cien Ideas
    Traduzido e editado por: Glauber Frota
    O status da parapsicologia como uma ciência é altamente contestada por parte da comunidade científica (o mesmo acontece com a teologia e com a ufologia), pois cientistas e psicólogos classificam-na como uma pseudociência devido ao fracasso em mostrar resultados através dos métodos clássicos de pesquisa: ortodoxo, laboratorial, demonstrativo, newtoniano e cartesiano. No entanto, quando comparamos com a ufologia, a parapsicologia deu um salto enorme em 150 anos de pesquisas: já conta com cursos de graduação e pós-graduação em todo o planeta, inclusive vários no Brasil – alguns em universidades grandes e tradicionais.

  36. Marciano Diz:

    Visualização remota é a suposta capacidade de perceber uma imagem ou item que está obscurecido da vista do espectador. No entanto, devido à falta de provas verificáveis, o conceito tem sido descartado pela comunidade científica.
    Não obstante, já houve uma época em que até mesmo o governo dos EUA se envolveu na sua investigação, como parte do Projeto Stargate, uma tentativa de encontrar uso militar e nacional para habilidades parapsicológicas. O projeto foi abandonado em 1995, com uma revisão independente observando que era “incerto” se a existência de visualização remota havia sido demonstrada. A Universidade de Princeton (EUA) procurou seguir a pesquisa onde Stargate parou, realizando experimentos com visão remota até 2007. O físico Robert L. Park, da Universidade de Maryland (EUA), crítico do projeto, disse: “Foi um constrangimento para a ciência, e eu acho uma vergonha para Princeton”.
    .
    Diversos casos alegados de precognição já foram registrados ao longo da história. Contos de videntes, adivinhos e profetas que podiam, aparentemente, ver o futuro são destaques nos mitos gregos, na Bíblia, e nas histórias e relatos de culturas em todo o mundo. Alguns dos exemplos mais famosos incluem o prenúncio das três bruxas em Macbeth e, fora da ficção, as profecias de Nostradamus.
    A Sociedade de Pesquisas Psíquicas tem registrado casos de supostas premonições de eventos futuros desde o século 19. Porém, o psicólogo britânico David Marks afirmou que qualquer previsão correta de eventos pode ser explicada através da teoria de probabilidade – isto é, que uma premonição e a eventual ocorrência do episódio são mais prováveis de acontecer quanto mais observamos tais assuntos. Precognições aparentemente bem sucedidas também são mais propensas a serem lembradas do que as que falharam.
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    Enquanto muitos cientistas acreditam que a telecinese vai contra as leis básicas da física, e é, portanto, impossível, alguns postulam que a física quântica (sempre ela) pode oferecer uma explicação. Dito isso, em 1987, uma ampla revisão feita pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos analisou 13 décadas de pesquisa e descobriu que não havia base para a crença em psicocinese.
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    Aqueles que afirmam ter tido experiências de quase morte comumente relatam fenômenos tais como ver-se fora do seu próprio corpo, mover-se através do que parece ser um túnel, ou em direção a uma luz brilhante. Como aqueles que morreram não podem falar se é isso mesmo que acontece, reivindicações como estas são naturalmente mais complicadas de confirmar ou negar. Algumas pesquisas sugerem, no entanto, que tais experiências são na verdade o resultado de um mecanismo de enfrentamento adotado pelo cérebro, no qual endorfinas adicionais são liberadas. Se for este o caso, então é menos uma questão de fé, e mais uma questão bioquímica.
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    Em 2012, o site eBay proibiu a venda de itens paranormais em um esforço para proteger seus usuários, perdendo milhões de dólares em receita potencial. Às vezes, as pessoas afirmam ter capturado a essência de um espírito em imagem, mas estas aparições geralmente podem ser explicadas por flashes ou exposições duplas, entre outros fatores.
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    Fotografia Kirlian é um método que pretende capturar auras em filme, que, se verificável, pode ser a mais forte prova de sua existência. No entanto, a investigação científica descobriu que tudo, desde a umidade de um quarto a transpiração, podem substancialmente distorcer os resultados de testes.
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    O Projeto Consciência Global (GCP, na sigla em inglês) teoriza que quando um evento que muda o mundo ocorre, os pensamentos das pessoas ao redor do globo podem influenciar geradores de números aleatórios para produzir dados mais coerentes, menos arbitrários.
    Teoria originária de experiências similares realizadas pela Universidade de Princeton (outra vergonha?), o projeto visa mapear a explosão emocional da população mundial quando algo realmente épico acontece, como o 11 de Setembro na cidade de Nova York (EUA). Seus críticos, porém, dizem que os picos encontrados na análise de dados do GCP durante esse evento não provam um nexo de causalidade. [BestPsychologyDegrees]
    .
    O procedimento de Ganzfeld é um isolamento sensorial da mente que foi primeiramente introduzido na psicologia experimental em meados de 1930.
    Ligue o rádio e o deixe em ruído branco. Então deite num lugar confortável e coloque um par de bolas deping-pong cortadas ao meio em seus olhos. Dentro de minutos você deverá começar a ter experiências bizarras de distorções sensoriais (mas nada a se preocupar).
    As pessoas veem várias coisas, luzes que se movem, animais, parentes mortos. Há relatos de sons de pessoas, chamados, etc. Estudos indicam que devido à falta de informações sensoriais, as quais são cortadas pela estática (audição), pelas bolas de ping-pong (visão) ou pela baixa – ou nula – movimentação do corpo na cama ou sofá (propriocepção), o encéfalo acaba adotando as próprias variáveis e puxando do subconsciente essas informações que dependem das experiências prévias da pessoa. Podemos dizer que é um LSD natural do encéfalo, mas (bem) mais brando.

    .
    Nós sabemos que a radiação eletromagnética existe em uma gama vasta de freqüências e comprimentos de onda que nós não enxergamos porque não temos nenhum órgão sensorial que detecte tal radiação. Nosso conhecimento da existência de tal radiação não depende do nascimento acidental de “sensitivos” que podem de alguma maneira descobrir ondas de rádio diretamente. Ninguém pode descobrir estas ondas diretamente; não há nenhum órgão sensorial para elas dentro de qualquer animal. Nós construímos transmissores mecânicos e detectores para ondas de rádio; nós podemos construí-los para ser tão sensíveis e flexíveis quanto desejarmos.
    Se a radiação PES existisse, as perguntas de se os humanos poderiam ou não detectá-la seriam irrelevantes. Ela poderia ser estudada muito mais precisamente e cuidadosamente com instrumentos científicos sensíveis que poderia por seres humanos que são facilmente cansados ou estão freqüentemente mal-humorados. Mesmo assim crentes em PES nunca tentam usar tal instrumentação. Poderia ser que os sinais buscados não existem exceto nas mentes de certas pessoas que foram condicionadas a acreditar que algo deveria passar por tais canais? É uma característica de toda pseudociência, não só em estudos de PES, que nunca nenhum processo físico real é descoberto ou estudado. O que é normalmente estudado são alegações não-verificadas, anedóticas da Senhora Whiffle, o médium, ou Uri Geller, o ilusionista israelita, ou a Tia Tillie que se lembra desta coisa engraçada que uma vez aconteceu a ela.
    Em vez de procurar pela PES no universo de fenômenos reais, crentes de PES tendem a olhar nos mesmos lugares antigos: em histórias sobre como a Tia Maude “simplesmente sabia” que o Tio Bruce estava em dificuldade, e certamente, ele estava na prisão; ou em jogos de adivinhar cartas nos quais qualquer mágico amador pode se sair bem usando nada mais que percepção sensorial sutilmente disfarçada. Mas anedotas e jogos de sala de estar não são experiências.
    .
    Realmente a fé é poderosa! Por exemplo: A médium Eusápia Palladino foi pega comprovadamente em fraude, porém alguns insistem em enfatizar que, como alguns fenômenos realizados por ela permanecem até hoje sem explicação, é possível que exista algo de genuíno. Quer dizer, não basta provar de uma vez por todas que a mulher é uma farsante, mas é preciso desmascarar 100% de tudo que ela fez, pois caso fique apenas um fenômeno sem explicação, os crédulos encontrarão ali seu “preguinho” para pendurar suas crendices.
    .
    Leitura recomendada:
    The Psychic Mafia

    By M. Lamar Keene
    .
    No livro, Keene fala sobre True-believer syndrome, pessoas que continuam a crer num evento ou fenômeno paranormal mesmo depois que ele tenha sido provado falso, sendo a chave do sucesso de muitos paranormais.

  37. Marciano Diz:

    Quando vão inventar um rádio, uma tv ou um smartphone psi?

  38. Marciano Diz:

    A radiação psi, ao contrário da eletromagnética, só pode ser estudada através de sensitivos, seres mutantes muito malandros.

  39. Marciano Diz:

    Contents

    Title Page.

    Information About This Volume.

    Contents.

    Introduction by the Anonymous Typist.

    Foreword by The Rev. Canon William V. Rauscher.

    Preface by Allen Spraggett.

    Chapter One. Miracles Galore.
    Chapter Two. The Making of a Medium: How it all Started.

    Chapter Three. High Camp Among the Spirits ~ Or, “Who grabbed my ectoplasm?”

    Chapter Four. The Name of the Game: Money ~ Or, The Spirits and the Swiss Banks.

    Chapter Five. Secrets of the Seance.

    Chapter Six. Mediums and Fraud ~ Or, “Spooks-a no come”.

    Chapter Seven. Sex in the Seance ~ Or, How to Lay a Ghost

    Chapter Eight. The Unmaking of a Medium: How it all Ended
    Chapter Nine. The Psychic Mafia.

    Bibliography.

    Additional Books and Sources recommended by the Anonymous Typist.

    Appendix 1.

    Appendix 2.
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    http://www.amazon.com/Psychic-Mafia-LaMar-Keene/dp/1573921610
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  40. Marciano Diz:

    Books debunking the paranormal operate under several constraints and burdens that pro-paranormal books simply don’t have. First and foremost, debunkers are in the position of telling people that things they want to believe may not be so. And, as The Psychic Mafia details, the Will to Believe is surprisingly strong. Even when a medium admits to fakery, there are those who persist in believing that he’s genuine, or resorts to trickery only when under pressure, or that the presence of skeptics somehow causes the psychic to fake it, or. . . well, you get the idea.
    Many paranormal books repeat many of the stories published in others, occasionally with a little embellishment here and there.
    But the debunker must track down the correct details, stick to established sources, cut away the intriguing details that the myth-mongers have added, and appraise the claim as honestly as possible. I’m speaking from experience when I say that any flaw in one’s arguments, real, imagined or irrelevant, becomes the Devastating Blow to Science that the True Believer seizes upon.
    These added details have become facts in the mind of the believer, and the debunker is then called upon to explain every little aspect of a claim, real or mythical; if he can’t, the believer walks away feeling that the debunker hasn’t done his job.
    The debunker frequently has to explain science to his readers, and this is a delicate art that even only a few scientists can do. For example, an astrologer can simply say, “The moon causes tides, doesn’t it? Human beings are ninety percent water; do you really doubt that whole planets don’t influence our lives?” But someone debunking astrology must explain why this analogy is false, and how gravity really behaves, and why human beings just don’t have enough mass for the moon’s gravity to affect them to any great degree. And sadly, many of these explanations sail right over peoples’ heads.

  41. Marciano Diz:

    Comparem isto: http://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Chesterfield
    Com isto: http://www.campchesterfield.net/Camp_Chesterfield_A_Spiritual_Center_of_Light/WELCOME_to_HISTORIC_CAMP_CHESTERFIELD.html

  42. Marciano Diz:

    CHICO XAVIER FALA SOBRE O REGIME MILITAR
    PROGRAMA PINGA FOGO EM 1971: UM JORNALISTA PEDE AO CHICO XAVIER A OPINIÃO DOS BENFEITORES ESPIRITUAIS SOBRE O REGIME MILITAR
    – ENTREVISTADOR: “…CHICO,,O QUE PENSAM OS CHAMADOS “BENFEITORES ESPIRITUAIS” QUANTO À POSIÇÃO DO BRASIL ATUAL, SEJA NO TERRENO POLÍTICO OU SOCIAL”?
    – CHICO XAVIER: “…SEM QUALQUER EXPRESSÃO EUFEMÍSTICA, DECLAREMOS QUE A POSIÇÃO ATUAL DO BRASIL É DAS MAIS DIGNAS E DAS MAIS ENCORAJADORAS PARA NÓS PORQUE A NOSSA DEMOCRACIA ESTÁ GUARDADA POR FORÇAS QUE NOS DEFENDEM CONTRA A INTROMISSÃO DE QUAISQUER IDEOLOGIAS VINCULADAS À DESAGREGAÇÃO. PRECISAMOS HONORIFICAR A POSIÇÃO ATUAL DAQUELES QUE ATUALMENTE NOS GOVERNAM, QUE VIGIAM SOBRE OS NOSSOS DESTINOS. A ORAÇÃO E A VIGILÂNCIA, PRECONIZADAS POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, SE ESTAMPAM COM MUITA CLAREZA EM NOSSO GOVERNO ATUAL… DEVEMOS ORAR MUITO, PEDIR MUITO A DEUS, UNIR OS NOSSOS PENSAMENTOS PARA QUE A UNIÃO SEJA PRESERVADA DENTRO DE NOSSAS FORÇAS ARMADAS … PORTANTO, COM TODO O RESPEITO E SEM NENHUMA IDEIA DE BAJULAÇÃO,… DIGO QUE NÓS DEVEMOS PEDIR PARA QUE TENHAMOS A CUSTÓDIA DAS FORÇAS ARMADAS ATÉ QUE POSSAMOS ENCONTRAR UM CAMINHO EM QUE ELAS CONTINUEM NOS AUXILIANDO COMO SEMPRE PARA QUE NÓS NÃO VENHAMOS A DESCAMBAR PARA QUALQUER DESFILADEIRO DE DESORDEM”
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=98Y4ibD_XZ0

  43. Marciano Diz:

    Aos 2min20s, aproximadamente.

  44. Marciano Diz:

    Andei pesquisando no google sobre arqueologia, para ver o que essa ciência prova sobre paranormalidade.
    Para minha supresa, vi que não só a psi é provada pela arqueologia, mas também a bíblia, o mormonismo, o budismo, etc.
    .

    Arqueologia bíblica
    http://www.arqueologiadabiblia.com/

    .
    1. ARQUEOLOGIA ISLÂMICA | Faculdade de Ciências …
    https://fchs.ualg.pt/rc/pt/disciplina/1685c1041

    .
    1. Archaeology of Ayodhya – Wikipedia, the free encyclopedia
    en.wikipedia.org/wiki/Archaeology_of_Ayodhya

    The archaeology of Ayodhya concerns the excavations and findings in the … The first excavation at the site was done in 1967, by Banaras Hindu University.
    .
    1. discovery that could rewrite the history of one of the world’s great …
    2. .
    3.
    4. Archaeological Discoveries Confirm Early Date of Buddha’s …
    press.nationalgeographic.com/…/birth_of_buddha/

    25/11/2013 – WASHINGTON (Nov. 25, 2013)—Archaeologists working in Nepal have uncovered evidence of a structure at the birthplace of the Buddha
    .

    1. Archaeology and the Book of Mormon – Wikipedia, the free …
    en.wikipedia.org/…/Archaeology_and_the_Book_of…

    Ir para Archaeological evidence of large populations – This section possibly contains original research. Please improve it by verifying the claims made …

  45. Gorducho Diz:

    […]a psi é provada pela arqueologia desde que não se tenha como conferir a prova.
     
    LADO OCIDENTAL DO PORTO – é p/o lado oriental (E);
    SÍTIOS 5 e 9 – não fica em nenhum desses, nem mesmo a ponta da ilha (o que então com um pouco de boa vontade se poderia considerar acerto da alma mergulhante) que não contém o palácio.

  46. Antonio G. - POA Diz:

    Marciano, acaso teria Chico Xavier (o Maior Brasileiro de Todos os Tempos”, de acordo com o público do SBT) dito alguma coisa de aproveitável em sua longa vida de alucinações e fraudes?

  47. Antonio G. - POA Diz:

    Percebam os amigos que eu tenho me abstido de comentar (ando meio enfarado), tendo preferido apenas apreciar os comentários postados. Mas não resisto à tentação de esculachar o Chico Xavier…
    Qualquer semelhança com retaliação atroz não é mera coinscidência.

  48. Antonio G. - POA Diz:

    coincidência…

  49. Marciano Diz:

    ANTONIO, esse é o problema com cx. Eu achava que ele era apenas um maluco. Hoje vejo que era um sujeito mesquinho, super vaidoso, gostava de bajulação, queria ser tratado como uma espécie de santo (e conseguiu), mentiroso, enganou muita gente.
    Aquele negócio de ele só aparecer às 3 de manhã era para preparar os truques de falsa comunicação, qualquer mentalista sabe como funciona isso.
    Ele é apenas mais uma dessas figuras que todo mundo acha que era bonzinho, mas que era um perverso, se olharmos direitinho. Tipo aquela mulher que gosto de chamar de Mater Tenebrarum.
    O que mais tem é isso.
    Todo mundo gosta de um falso santo.
    Veja o Pe. Cícero, por exemplo.
    Sai Baba.
    .
    .
    Com relação à psicografia, assunto constante ultimamente aqui no blog “obras psicografadas”, trata-se apenas de uma pseudociência, mais uma, não imposta quanto tentem mostrar o contrário.
    Só engana uns poucos, a comunidade científica em geral não dá a mínima pra isso.
    Eu tenho o maior cuidado com uma coisa que os americanos chamam de “confirmation bias”, uma tendência que todos temos de procurar evidências que “provem” aquilo que a gente acha que já sabe, o que provém de nosso “wishful thinking”. Apesar de nunca ter acreditado em nada, sempre dei uma chance à tese contrária, numa espécie de “reductio ad absurdum”, o que só tem confirmado minha atitude cética diante de qualquer “verdade” não sedimentada na comunidade científica.
    Os proponentes sérios da paranormalidade não fazem isso. Só lhes interessa “confirmar” o que pensam que já sabe. Igualzinho a qualquer religião, tão cética com as crenças malucas das outras religiões e tão crédula quanto à sua própria.
    .
    Se houver qualquer erro no meu texto acima, não vou fazer errata nenhuma, estou com pouco tempo hoje e com problemas pessoais.
    Volto quanto puder.

  50. Marciano Diz:

    Ainda tem os parapsicólogos não-sérios, os aproveitadores da ingenuidade alheia. Inclusive a quase totalidade dos paranormais e médiuns.

  51. Phelippe Diz:

    Oi, Marciano, parabéns pelos comentários, bons, excelentes, lúcidos!!! Dou muita risada.
    Oi, Vitor, eu e o Antonio G. – POA queremos mais CX!!! Saudações.

  52. Marciano Diz:

    Oi, Phelippe, fico feliz por saber que você gostou entendeu meu pensamento.
    Ontem tive tempo, hoje estou meio atrapalhado.
    Sempre dou um jeito de dar uma olhadinha aqui.

  53. Marciano Diz:

    Sugestão de leitura:
    Russell, Dan; Jones, Warren H. (1980), “When superstition fails: Reactions to disconfirmation of paranormal beliefs”, Personality and Social Psychology Bulletin (Society for Personality and Social Psychology) 6 (1): 83–88.

  54. Antonio G. - POA Diz:

    Certo, Marciano. A questão é exatamente essa. Os “cientistas” crentes em determinada bobagem, fazem mil estudos “científicos” sobre o assunto com um único intuito: provar que a sua crença tem fundamento. Para tanto, mandam o rigor científico para as cucuias, quando não simplesmente fraudam descaradamente. E aí tem gente que acha que tais experimentos evidenciam como reais os absurdos que eles também estão doidos para acreditar. Mesmo gente muito instruída e inteligente, como o nosso bom Vitor, por exemplo.

  55. Marciano Diz:

    ANTONIO, este comportamento tem nome. Chama-se “confirmation bias”.
    Desconfia-se da presença desse viés sempre que um grupo ou alguém sustenta uma coisa tida pela comunidade científica em geral como bobagem.

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