O estudo da Recepção Anômala de Informações (RAI) com médiuns, onde um indivíduo supostamente tem acesso a dados sem o uso dos sentidos básicos, alegando ter recebido informações de personalidades falecidas, tem o potencial de introduzir novas informações sobre a relação entre a mente e o cérebro. Estudos recentes que investigaram se a RAI ocorre em processos mediúnicos produziram resultados conflitantes. Este artigo compara oito estudos com maior rigor no controle do vazamento de informações no que diz respeito a métodos e resultados, com o objetivo de identificar a causa da disparidade nos resultados. Descobriu-se que parece haver maior probabilidade de resultados significativos para a RAI quando os protocolos do estudo selecionam médiuns com evidências prévias consistentes de RAI; selecionam consulentes que estejam fortemente motivados para o estudo; fornecem ao médium algumas informações sobre o falecido; permitem que ele fale livremente, mas também façam perguntas objetivas; fornecem pontuações para leituras completas e itens individuais; e evitem um grande número de leituras e informações para avaliação. Essa diligência aparentemente proporciona maior equilíbrio entre a validade ecológica e o controle do vazamento de informações, favorecendo a ocorrência e detecção da RAI. Para ler o artigo, clique aqui.
Tomei conhecimento das semelhanças entre os livros Nosso Lar (1943), de Chico Xavier, e Além da Morte (1967), de Divaldo Pereira Franco, por uma passagem do livro O Processo Mediúnico (2023), de Elias Moares, que diz:
A questão dos plágios começa com o primeiro livro psicografado por Divaldo. Chico conta que quando Divaldo apresentou à FEB o texto de Além da Morte (1959) para publicação, o seu então presidente Wantuil de Freitas lhe teria sugerido “aguardasse um pouco até que a mediunidade se tornasse mais sensível ao registro do pensamento dos espíritos.” A FEB achou melhor aguardar uma produção “mais original”, de vez que o livro se parecia, sob todos os aspectos, com a obra de André Luiz.
Segue a resenha crítica do livro escrito por Alexander Moreira-Almeida et al., “Ciência da Vida Após a Morte”, publicada na revista Interações. Para lê-la, clique aqui.
Juliana Melo Dias é servidora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), e se mostra bastante conhecedora e crítica das evidências mais recentes para a mediunidade, em especial a psicografia. No entanto, seu artigo “Mortos não são testemunha” peca por uma generalização indevida. Irei comentar algumas das passagens principais de seu escrito. Para ler minha análise, clique aqui.
Juliana Melo Dias é Mestra em Teorias Jurídicas Contemporâneas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora do Grupo de Pesquisa sobre Epistemologia Aplicada aos Tribunais (GREAT), liderado pelas Dras. Rachel Herdy e Janaina Roland Matida. Atualmente é servidora do Ministério Público do Rio de Janeiro. Ela escreveu um artigo contestando o uso de cartas psicografadas em processos criminais. Eu discordo de algumas coisas mas recomendo bastante a leitura do artigo, disponível aqui. Minha próxima postagem trará justamente minha análise deste seu artigo, que a meu ver possui pontos altos e baixos.
MONTEIRO LOBATO não era um simpatizante do espiritismo. Era espírita praticante. Realizou uma série de experiências com as chamadas sessões de copinho e conseguiu comunicar-se com os filhos, parentes e amigos falecidos, inclusive a famosa tia Anastácia das histórias infantis de Emília e Pedrinho, que realmente existiu. Este livro é constituído pelas atas das sessões de Monteiro Lobato, por ele mesmo escritas.
Lobato se convenceu da imortalidade espiritual do homem e da possibilidade de comunicação com os mortos depois de uma sessão em que se manifestaram seis de seus grandes amigos desaparecidos: Adalgiso Pereira, Maneco Lopes, Amadeu Amaral, Arthur Neiva, Martins Fontes e outro cujo nome se perdeu. Maneco Lopes – o vovô dos jornalistas paulistanos quando faleceu – voltou do Além carregado dos mesmos palavrões que usava nas redações e nas esquinas, o que muito agradou a Lobato. A partir dessa primeira reunião, cuja ata se perdeu, Lobato realizou sessões num período que vai de 21 de dezembro de 1943 a 17 de março de 1945, no Brasil, e em 1946 -1947, na Argentina.
Maria José Sette Ribas (desencarnou em 24 de agosto de 1981), afilhada do poeta Júlio César da Silva, foi apresentada por seu padrinho a Lobato quando menina e se tornou grande amiga do escritor. Logo mais tornou-se a sua colaboradora permanente e a revisora exclusiva dos seus livros. Ele a chamava de “rainha da revisão”. Foi ela quem conservou as atas de Lobato para reuni-las no livro que ele pretendia publicar.
Primeiramente, quero deixar claro que gostei bastante do livro, ainda mais porque foi disponibilizado gratuitamente, uma atitude bastante louvável por parte do autor, Elias Moraes. E considero que o livro traz avanços no conhecimento sobre aquilo que entendemos por mediunidade. Assim, recomendo fortemente a leitura. As críticas que se seguem são correções de erros pontuais, embora alguns bastante sérios, mas que não desmerecem a obra. Comento as passagens na ordem em que aparecem no livro. Para saber mais, clique aqui.
Ótimo vídeo do Carlos Bersot mostrando duas pessoas que escreveram, sem alegar o auxílio de espíritos, livros em quantidade muito maior do que Chico Xavier:
Este artigo é um compilado de exemplos de racismo em diversos livros psicografados, a grande maioria vindos de Chico Xavier. Para ler o artigo, clique aqui.
Neste exposição, Everton Maraldi – o primeiro brasileiro a ser eleito Presidente da Parapsychological Association – vai contra Natália Pasternak e Carlos Orsi ao mostrar que a Parapsicologia é sim uma ciência legítima, e não uma pseudociência, como o casal quis defender em seu livro “Que Bobagem!”.