Livro “Ativações Espirituais”, de Bruno J. Gimenes (2012) – uma análise
segunda-feira, março 21st, 2016Em minha análise, encontrei exemplos de autoplágio, pedagogia do terror, entre outros problemas. Para ler o artigo, clique aqui.
Em minha análise, encontrei exemplos de autoplágio, pedagogia do terror, entre outros problemas. Para ler o artigo, clique aqui.
Este foi um dos primeiros livros que Chico leu e plagiou em suas psicografias – até onde sei, “Há Dois Mil Anos” (1939) e “Boa Nova” (1941). Talvez com a digitalização do livro isso facilite encontrar mais plágios em outras obras (dele e de outros médiuns). Para baixar o livro, clique aqui. Outra coisa muito interessante é ver a forma com que o livro influenciou a obra psicográfica de Chico Xavier, não só nos trechos copiados, mas também nas ideias. Por exemplo, Ernest Renan tinha certo preconceito contra os judeus. Encontramos o seguinte trecho no Capítulo 20 de sua obra:
Um dos principais defeitos da raça judaica é sua aspereza na controvérsia, e o tom injurioso que ela quase sempre assume nesse caso. Nunca houve no mundo disputas mais acirradas que as dos judeus entre si. É o sentimento da nuança que faz o homem ser polido e moderado. Ora, a falta de sutileza é um dos traços mais constantes no espírito semítico. As obras delicadas, como os diálogos de Platão, por exemplo, são desconhecidas desses povos. Jesus, que era isento de quase todos os defeitos de sua raça, e cuja qualidade dominante era justamente uma delicadeza infinita, foi levado, a contragosto, a usar o estilo de todos na polêmica.
No Capítulo 24, Renan coloca a culpa da morte de Jesus no partido judaico, excluindo qualquer responsabilidade pelos romanos, o que hoje sabe-se ser historicamente incorreto:
Não foi, então, nem Tibério nem Pilatos quem condenou Jesus. Foi o velho partido judaico; foi a lei mosaica.
Essa mesma responsabilização indevida encontramos no livro “Há Dois Mil Anos” e no livro “A Caminho da Luz”, que afirma
o Divino Mestre é submetido aos martírios da cruz, por imposição do judaísmo, que lhe não compreendeu o amor e a humildade (p. 118).
Apesar do preconceito que Renan tinha, é importante ressaltar que ele mesmo diz
Segundo nossas idéias modernas, não existe transmissão alguma de demérito de pai para filho; cada um deve prestar contas à justiça humana e à justiça divina apenas do que ele próprio fez. Em consequência, qualquer judeu que sofra ainda hoje pela morte de Jesus tem o direito de reclamar.
Ainda assim, no mesmo parágrafo, ele segue dizendo:
Mas as nações têm suas responsabilidades, como os indivíduos. Ora, se já houve um crime que fosse o crime de uma nação, foi a morte de Jesus.
Tais ideias encontram eco ainda hoje. O livro “No Limiar do Abismo” (2007), de Carlos A. Baccelli, diz explicitamente:
Foram mesmo os judeus que crucificaram Jesus! Por que não assumir a culpa? (Cap. 27)
No mínimo porque a culpa está longe de estar provada, e no máximo para não reacender qualquer sentimento antissemita. Além disso, é quase unânime hoje entre os historiadores que a culpa é exclusiva ou praticamente exclusiva dos romanos. Para uma discussão profunda dessa questão, sugiro os artigos de Roberto Pompeu Toledo (1995, aqui), de Alexandre Versignassi e Rafael Kenski (2004, aqui) e de Carlos Aranha (2004, aqui).
Apresento as semelhanças que pude encontrar em 3 livros psicografados (Nosso Lar, Memórias de um Suicida, Violetas na Janela) de diferentes médiuns. Um dos livros – “Violetas na Janela” – porém, em determinado trecho, admite conhecimento do livro “Nosso Lar”:
Tinha lido muitos livros espíritas, gosto muito de ler. E me veio à lembrança o livro Nosso Lar, de André Luiz. O autor narra bem como é viver numa Colônia. (Capítulo 3, pág. 6).
Feita essa ressalva, vamos às semelhanças. Para acessar o artigo, clique aqui.
O suposto médium Robson Pinheiro, para a confecção de seu livro “psicografado” chamado “Aruanda”, nitidamente extraiu trechos volumosos de duas obras terrenas, “Orixás” e “Iemanjá e Oxum”. Para quem quiser baixar o artigo (no formato doc) em que demonstro isso, clique aqui. Aviso que a placa mãe do meu computador queimou e tive por enquanto um prejuízo de 680 reais (estou aceitando doações…), por isso estou sendo obrigado a fazer atualizações muito simples, pois no computador em que me encontro não posso baixar o programa Windows Live Writer que permite trabalhar melhor os artigos, com formatações coloridas e texto justificado, entre outras vantagens. Os arquivos do meu computador creio que foram salvos, mas só saberei melhor na quarta-feira, dia 3. Torçam 🙂 (mais…)
A correspondência entre os textos a seguir foi-me apresentada por um comentarista que preferiu ficar anônimo. Trata-se de semelhanças encontradas entre um texto do poeta e cronista Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo e o livro “Alvorada Cristã” (1949), de Chico Xavier.
Mais um plágio descoberto de Chico Xavier extraído das obras de Humberto de Campos. Mais uma vez um trecho da obra “Brasil Anedótico” foi utilizado, porém dessa vez inserido na obra “Crônicas de Além Túmulo”. Vamos ao plágio!
Graças à digitalização feita pela Biblioteca Nacional de diversos periódicos do país, muita coisa sobre o espiritismo no Brasil está vindo a lume. E eis que descobri uma reportagem de Attila Paes Barreto no “Diário de Notícias” de 12/08/1944 em que ele revela a fonte que Chico Xavier se baseou para compor seu guia espiritual de toda a sua vida, “Emmanuel/Públio Lêntulo”. E o melhor de tudo, a fonte já está disponibilizada para que todos possam baixá-la. Vamos à reportagem então.
Redescoberto mais um plágio de Chico Xavier. Digo ‘redescoberto’ porque esse plágio já havia sido divulgado pelo menos desde setembro de 1944 por Milton Barbosa, advogado da família do escritor Humberto de Campos, e publicado na REVISTA DA SEMANA. A Federação Espírita Brasileira até tenta se defender das acusações de plágio, mas as explicações são inaceitáveis a meu ver. Dito isso, vamos ao plágio.