S (sujeito), selecionado devido a seu bem-sucedido desempenho em estudo anterior sobre o sonho telepático, passou oito noites no laboratório. Seu sono foi monitorado por técnicas EEG-EOG. Assim que P (pesquisador) observava o início de um período REM (de movimentos rápidos dos olhos), acionava uma campainha, que despertava um psicólogo, acusticamente isolado, para que este se concentrasse num alvo selecionado ao acaso (um cartão impresso com determinadas imagens), cujo conteúdo S e P desconheciam. No final de cada período REM, P acordava S e lhe solicitava que relatasse o sonho. Os relatos e as associações que S fazia em torno deles eram gravados e posteriormente transcritos. O objetivo era verificar se haveria uma correspondência detectável entre o cartão usado em determinada noite e os sonhos de S nessa mesma noite. Após as oito noites, três peritos (que trabalhavam independentemente, sem comunicação) classificavam cada um dos oito cartões, contrapondo-os às transcrições dos oito sonhos, recorrendo a uma escala de cem pontos para indicar os graus de correspondência entre cada par de cartões-transcrições. A análise dos procedimentos de variação comparou as pontuações médias obtidas de oito pares críticos com as pontuações médias obtidas por cinqüenta e seis pares não-críticos. Obteve-se um F de 6,43 (7/28 df) (p<0,001), que confirmou a hipótese da telepatia e os resultados obtidos num estudo anterior sobre o sonho telepático.
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