Cartas de uma morta x A vida além do véu: a mãe do Chico é a mãe do Owen?
Como já foi demonstrado em diversos artigos deste blog, são indiscutíveis as influências do livro A vida além do véu, do reverendo George Vale Owen/espíritos diversos, presentes em diversas obras de Chico Xavier.
Em uma breve leitura de Cartas de uma morta (Chico Xavier/Maria João de Deus), Eduardo José Biasetto faz uma nova descoberta, indicando que o livro do reverendo inglês já se “manifestava” nesta obra, lançada em 1935 pela FEB, a qual o médium mineiro atribuiu ao espírito de sua mãe, Maria João de Deus. Diferentemente de Parnaso de Além Túmulo, onde o tema central se baseou em poesias, este livro inaugura a série de obras chiquistas que trazem informações do “além”, descrevendo detalhes da vida em “cidades espirituais”.
A vida além do véu inicia-se com a mãe do reverendo inglês, sendo ela um espírito desencarnado, manifestando-se para o filho:
Quem está aí? [Owen, perguntando]
Mamãe e outros amigos que vieram ajudar. Estamos progredindo muito bem, mas não podemos transmitir-lhe todas as palavras que gostaríamos ainda, pois sua mente não está relaxada e passiva como gostaríamos.
E assim, a mãe de Owen vai procurando tranquilizar o filho, mostrando a ele que está bem, falando sobre sua passagem do plano da matéria para o plano espiritual, detalhando alguns aspectos da vida e do local onde se encontra.
Em Cartas de uma morta, a mãe de Chico Xavier narra seus momentos de angústias e descobertas, em sua passagem do plano terreno para o espiritual. Progressivamente, ela vai tranquilizando o filho, mostrando-se assimilar com resignação e bom grado a sua nova situação, fazendo também revelações. Vejamos mais semelhanças:
A Vida Além do Véu |
Cartas de uma Morta |
Avisaram-nos que uma cerimônia iria acontecer numa certa planície não muito longe de casa, à qual deveríamos estar presentes. Era a cerimônia de iniciação de alguém que havia atravessado o portal do que chamamos preconceito, isto é, do preconceito contra aqueles que não eram de seu próprio modo de entendimento, e que estava para seguir para uma esfera mais ampla e plena de benefícios. Fomos para lá, conforme o convite, e encontramos multidões chegando de todos os lados. (…) Estamos descrevendo literalmente o que vimos – carruagens; chame-as de outra forma, se quiser. Elas eram puxadas por cavalos, e seus condutores pareciam saber exatamente o que dizer a eles, já que não eram guiados com arreios como são na terra, mas pareciam ir para onde os condutores desejavam. Alguns chegaram a pé e alguns através do espaço por voo aéreo. Não, sem asas, que não são necessárias. Quando estavam todos reunidos, formou-se um círculo; usavam roupagem de cor laranja, mas brilhante, não como aquele que se adiantou, o que estava para ser iniciado, ele usou a cor como você a conhece; nenhuma de nossas cores é conhecida, mas temos que lhe contar em nossa antiga linguagem. Aquele que havia sido seu guardião, então, levou-o pelas mãos e colocou-o num outeiro verde no meio do espaço aberto, e orou. E então uma coisa linda aconteceu. O céu pareceu ter intensificado sua cor – principalmente azul e dourado – e de fora dele desceu uma nuvem semelhante a um véu, mas que parecia ser feito de uma fina renda, e as figuras dominantes eram pássaros e flores – não brancos, mas todos dourados e irradiantes. Isto lentamente se expandiu e desceu sobre os dois, e eles pareceram se tornar parte dele, e ele deles, e, à medida que esvaneceu lentamente, deixou ambos mais belos que anteriormente – permanentemente belos, porque ambos haviam sido elevados para uma esfera mais alta de luz. |
Foi quando se desenhou, na tribuna de neve translúcida, majestosa figura de um parlamentário, parecendo-me que ali se materializara, por um processo misterioso e em forma humana, o anjo celeste, no qual se destacavam todas as perfeições. Irradiava do seu olhar benigno e fulgurante uma onda de indescritível ternura, que transbordava na sua voz, saturada de suavidade e doçura: (…) Terminada que foi a alocução, pronunciada com a mais sagrada das eloquências e que, de modo geral, imperfeitamente reproduzo, com os meus olhos nublados de pranto, ouvi os soluços de muitos dos circunstantes, que choravam sob o império da mais forte emoção. Então oramos, acompanhando os inspirados impulsos daquele enviado celeste, que procurava incutir-nos a fé, a esperança e a resignação, através das suas palavras compassivas e piedosas. Um luar indescritível, projetando-se na tribuna que lhe guardava ainda a luminosa figura, banhou as nossas frontes, e pude observar que a atmosfera se impregnava de capitoso perfume. Percebi ainda que, sobre as naves encantadas do templo, profundamente caíram flores iguais às rosas terrenas, mas que se desfaziam ao tocar em nossas cabeças como taças fluidas de luminosidade e de aroma. Ah, como chorei naquele dia! Minh’alma frágil se comovia sob indômita emotividade; mas, desde aquele instante, incorporei-me à grande falange dos espíritos benignos que mourejavam em suas tarefas ao lado da Terra, trabalhando pelo bem dos seus semelhantes, beneficiando-se simultaneamente no mais útil dos aprendizados. |
Em A vida além do véu, a mãe do Owen narra que diversos espíritos reuniram-se em uma cerimônia, onde se seguiram palavras e orações. O resultado foi um belo espetáculo: O céu pareceu ter intensificado sua cor – principalmente azul e dourado – e de fora dele desceu uma nuvem semelhante a um véu, mas que parecia ser feito de uma fina renda, e as figuras dominantes eram pássaros e flores – não brancos, mas todos dourados e irradiantes.
Em Cartas de uma morta, a mãe do Chico narra que um “anjo celeste” pôs-se a palestrar na presença de diversos espíritos e, após belíssima explanação: Um luar indescritível, projetando-se na tribuna que lhe guardava ainda a luminosa figura, banhou as nossas frontes, e pude observar que a atmosfera se impregnava de capitoso perfume. Percebi ainda que, sobre as naves encantadas do templo, profundamente caíram flores iguais às rosas terrenas, mas que se desfaziam ao tocar em nossas cabeças como taças fluidas de luminosidade e de aroma.
Talvez o leitor menos atento não perceba a incrível semelhança entre as narrativas, mas elas apresentam em comum:
1º) Uma mãe desencarnada (espírito) se comunicando com o filho na Terra.
2º) A narrativa feita pela mãe do local onde se encontra e um evento, marcado pela reunião de espíritos, que ouvem uma palestra.
3º) O ponto máximo da palestra, marcado por orações e flores que caem sobre os presentes.
4º) A citação de que no momento de clímax do evento, ocorrem mudanças na “atmosfera”: O céu pareceu ter intensificado sua cor / Um luar indescritível, projetando-se …
Talvez muitos considerem que as semelhanças entre a narrativa da mãe do Owen e a narrativa da mãe do Chico não sejam significativas o suficiente para considerar que ocorreu o plágio. Mas estou muito convencido de que a obra do Owen teve um papel de grande destaque na produção literária de Chico Xavier. Vale lembrar que A vida além do véu, havia sido lançada no Brasil, pela FEB, em 1921, de tal forma que houve tempo suficiente para que Chico Xavier estudasse a obra com cuidado até começar usá-la como referência para a elaboração de diversos livros. É interessante que o livro do Owen se inicie com a narrativa de sua mãe, sendo que ela descreve uma reunião no além, onde ocorrem momentos de grande emoção, que se encerram com o “céu enviando flores”. É exatamente assim que a mãe do Chico, Maria João de Deus, se manifesta em Cartas de uma morta – a mãe que se manifesta para o filho, a descrição de uma reunião no além, marcada por momentos de grande emoção, que alcançam seu ponto máximo, com o “céu enviando flores”.
Conclusão
Chico Xavier inaugurou os plágios com relação ao livro A vida além do véu já em 1935, quando escreveu Cartas de uma morta. A mãe que se “manifesta” ali, não é a sua, mas a do Owen.
Mais uma evidência de que a mediunidade de Chico Xavier é significativamente suspeita.
Eduardo José Biasetto, 16 de junho de 2013
Notas
– como já foi mostrado no blog, Nosso Lar (a colônia) não existe, pois se trata de uma cópia da Universidade das Cinco Torres, citada em A vida além do véu.[1]
– diversos livros atribuídos a André Luiz, foram plagiados de A vida além do véu.[2]
– plágios de A vida além do véu também aparecem em outros livros, como A caminho da luz, atribuído ao espírito Emmanuel.[3]
– Cartas de uma morta já foi tema do blog, destacando-se artigo de Moizés Montalvão, indicando contradições nas ideias apresentadas no livro, no que se refere aos ensinamentos de Kardec; além disso, Montalvão apresenta diversas semelhanças com a obra Urania de Camille Flammarion.[4]
[1] http://obraspsicografadas.org/2011/reedio-das-evidncias-das-correlaes-plgios-entre-libertao-e-a-vida-alm-do-vu-localizada-a-verdadeira-col-2/
[2] http://obraspsicografadas.org/2012/srie-nosso-lar-de-chico-xavier-cpia-de-a-vida-alm-do-vu-do-rev-george-vale-owen/
[3] http://obraspsicografadas.org/2011/evidncias-da-influncia-de-a-vida-alm-do-vu-g-vale-owen-na-elaborao-da-obra-libertao-chico-xavierandreacu/
[4] http://obraspsicografadas.org/2009/chico-xavier-e-os-seres-interplanetrios-evidncias-de-plgio/
junho 17th, 2013 às 12:19 AM
ESCLARECIMENTO:
Quem acompanha este blog, conhece muito bem minhas divergências com o Vítor Moura – divergências/conflitos, confesso, que têm sido iniciadas por mim. Não vou estender o assunto, mas em síntese, elas ocorreram em razão das postagens que o Vítor fez elogiando a igreja católica, no que se refere à “construção do mundo ocidental”. Bem, como já disse diversas vezes aqui, considero esta afirmação um exagero; além disso, entendo que tais postagens fogem à temática central do blog, mas seja como for, o Vítor é o criador e dono do blog, portanto, ele posta o que quiser, é fato!
Passei este artigo a ele, por entender que se trata de mais uma descoberta que vem a ratificar diversos outros estudos aqui expostos, no que se refere à desqualificação da mediunidade de Chico Xavier. E por que faço isso?
Estou terminando a leitura do livro do Richard Dawkins, “Deus, um delírio”, um livro muito interessante, onde Dawkins não se dedica apenas em questionar o teísmo, mas principalmente, ele procura criticar as religiões, com destaque para o judaísmo e o cristianismo. Dawkins também mostra uma certa preocupação com a clássica indagação:
— Sendo baseada em verdades ou mentiras, as religiões são importantes e válidas para as sociedades?
E assim, Dawkins analisa diversas situações, concluindo que por mais que existam defensores dos ensinamentos religiosos, o resultado final, é que nada justifica a difusão de crenças dogmáticas, baseadas em fantasias e/ou histórias que não podem ser evidenciadas.
E é exatamente o que penso. Sinto-me confortável em ler obras assim, principalmente depois da leitura de “O mundo assombrado pelos demônios” (Carl Sagan), porque as ideias apresentadas por estes críticos, têm muito a ver com o que penso: sempre é tempo e há espaço para que alguém questione ensinamentos dogmáticos e combata as pseudociências, o esoterismo e as crendices.
Não sou, nem de longe, nenhum Sagan ou Dawkins, mas tenho tentado, ainda que de forma simples e limitada, divulgar ciências e pensamento crítico, no sentido de combater a exploração, o charlatanismo e a enganação.
É uma tarefa muito difícil. Muitas pessoas já viraram a cara pra mim, em razão de meu ceticismo e criticidade, mas tenho a consciência tranquila, porque não estou a serviço de nenhuma instituição ou segmento, simplesmente procuro respostas, fazendo uso de estudos sinceros, sem qualquer lucratividade. Posso estar equivocado em minhas análise, talvez! Mas o que eu já vi neste blog e o que pude presenciar com minhas pesquisas, me fazem crer que a vida de Chico Xavier se assemelha a um quebra-cabeças, onde à medida que as peças vão se encaixando, novas imagens vão surgindo, muitas vezes, bastante surpreendentes. E estas “imagens”, têm me mostrado alguém muito distante do que normalmente é falado e difundido. Sinto-me no dever de mostrar o “outro lado da moeda”, porque é justo, é honesto e aconselhável que as pessoas possam ter estas informações. E aí, cada um que faça a sua escolha.
Finalizando, também me senti inspirado em enviar o artigo para o Vítor, em razão da postagem que ele fez sobre Madre Teresa, uma pessoa muito admirada e idolatrada, que está prestes a ser santificada, mas que estudos sérios (acredito que são sérios) têm mostrado uma outra realidade.
Abraços !!!
junho 17th, 2013 às 5:51 AM
Como tenho dito, ROMANCES NADA PROVAM A FAVOR DA MEDIUNIDADE, com exceção talvez do Mistério de Edwin Drood.
Se por acaso o Chico leu a obra de Owen e usou dela para escrever seus romances supostamente mediúnicos, é o que alguns querem crer. Se ele a leu, esqueceu-se dela, mas inconscientemente houve influência quando escreveu seus romances, é o que outros querem crer. E finalmente há os que acreditam que são obras mediúnicas mesmo, relatando situações semelhantes no mundo espiritual, tal como se pode ver no nosso mundo mesmo. Creio que você, Biasetto, caso um dia se dê ao trabalho de consultar romances escritos pelos vivos mesmo, acabe se deparando com semelhanças tais como essas que viu nos textos do Chico. O estoque de ineditismo absoluto é muito limitado…
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Quanto ao seu desentendimento com o Vitor, Biasetto, é gozado que coincidiu de o Alamar Régis mandar-me um daqueles seus emails onde explicava o dito da Zíbia sobre Chico ter ficado amargamente arrependido de haver doado seus direitos autorais, que saiu na revista Isto É. Alamar cita que num encontro, viu Luciano dos Anjos e quis levar um papo com ele. Amigos do Alamar, ao o ver falando com o ultra rustenista, gesticulavam tentando avisá-lo e Alamar não entendia nada, até que um veio alertá-lo sobre a “perigosa” pessoa do Luciano. E o Alamar deu a entender que sabia muito bem com quem falava e não tinha preconceitos quanto a pessoas, ainda que pudesse discordar de suas ideias.
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Eu ficaria chateado com você, Biasetto, se deixasse de participar do blog só porque o Vitor postou coisas supostamente “a favor” da fé católica. Qual o problema? Gente aqui a favor do Ramatis, do Racionalismo Cristão, da fé católica, etc e tal, coisas das quais discordo, também se manifestaram e não reclamei. Outra vez a pergunta: qual o problema?
junho 17th, 2013 às 5:53 AM
Ah! E mais uma coisa: não se entusiasme com o Dawkings ou o Sagan ou com qualquer outro cientificista que reclame pelo fato de religião ser coisa cheia de dogmas. Até parece que a Ciência está livre deles. Já ouviu falar do Cyrill Burt?
junho 17th, 2013 às 6:08 AM
Mas Marcos,
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eu nunca postei nada a favor da *fé* católica. Coloquei simplesmente dados históricos relativos à Igreja e sobre a existência de um Jesus histórico (que é bem diferente do Jesus dos evangelhos).
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Um abraço.
junho 17th, 2013 às 12:01 PM
Prezados,
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Biasetto,
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Você é a figura mais supimpa que a supimpice já projetou. Quem o viu trombetear proclamas contra o Vitor deve ter pensado que nunca mais quereria se manifestar no site. Qual nada, passada a tempestade ei-lo alegre, gordo e luzidio, a divulgar mais um de seus bons textos. Embora eu ache que os motivos que ensejaram sua revolta sejam discutíveis e desconfie que sua manifestação incisiva contra as religiões em geral tenha algo de psicológico envolvido, mesmo assim suas ponderações me fazem refletir.
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No que tange aos “plágios” de Chico, que prefiro entender, em sua maioria, como “fontes inspirativas”, eles são ilustrativos no sentido de mostrar que a mediunidade do homem de Uberaba era terrena. O fato de Xavier ter, reconhecidamente, se abeberado em fontes externas para se inspirar em suas produções, em âmbito criativo não é exatamente reprovável. Todo escritor se inspira em outros. No caso de Chico, em certas obras, realmente se vê claramente vozes alienígenas a falar por ele, e essas vozes não são, como muitos pensam, oriundas da dimensão espiritual: são daqui mesmo e conhecidas: Flamarion, Owen, enciclopédias, etc. Em outras produções xaverianas, embora se possa achar influências deste mundo, trata-se de, como digo, “fonte inspirativa”, a mostrar a terrenicidade das psicografias. E como estamos nesse espaço a analisar a transcentabilidade das comunicações ditas mediúnicas, essas avaliações são importantes, no sentido de esclarecer se nelas se acha qualquer coisa reputável espiritual.
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Quanto ao comentário do Arduin, achei-o bem ponderado. Apenas discuto a afirmação de que “ROMANCES NADA PROVAM A FAVOR DA MEDIUNIDADE”, não que esteja errada, está certíssima. O problema é que os romances xaverianos, quase todos, não são assim apresentados, e os que são são ditos inspirados pelos inspiradores maiores de Chico: Emmanuel e André Luiz. Veja o caso de Nosso Lar, a mais famosa fruta do dito médium, esta é introduzida como “Obra Mediúnica, ditada pelo espírito André Luiz”, no prefácio desta, assinado por Emmanuel, lê-se:
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“Os prefácios, em geral, apresentam autores, exaltando-lhes o mérito e comentando-lhes a personalidade.
Aqui, porém, a situação é diferente.
Embalde os companheiros encarnados procurariam o médico André Luiz nos catálogos da convenção.
Por vezes, o anonimato é filho do legítimo entendimento e do verdadeiro amor. Para redimirmos o passado escabroso, modificam-se tabelas da nomenclatura usual na reencarnação. Funciona o esquecimento temporário como bênção da Divina Misericórdia.
André precisou, igualmente, cerrar a cortina sobre si mesmo.
É por isso que não podemos apresentar o médico terrestre e autor humano, mas sim o novo amigo e irmão na eternidade.
Por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão. Os que colhem as espigas maduras, não devem ofender os que plantam a distância, nem perturbar a lavoura verde, ainda em flor.
RECONHECEMOS QUE ESTE LIVRO NÃO É ÚNICO. OUTRAS ENTIDADES JÁ COMENTARAM AS CONDIÇÕES DA VIDA, ALÉM-TÚMULO…
Entretanto, DE HÁ MUITO DESEJAMOS TRAZER AO NOSSO CÍRCULO ESPIRITUAL ALGUÉM QUE POSSA TRANSMITIR A OUTREM O VALOR DA EXPERIÊNCIA PRÓPRIA, COM TODOS OS DETALHES POSSÍVEIS À LEGÍTIMA COMPREENSÃO DA ORDEM QUE PRESIDE O ESFORÇO DOS DESENCARNADOS LABORIOSOS E BEM-INTENCIONADOS, NAS ESFERAS INVISÍVEIS AO OLHAR HUMANO, EMBORA INTIMAMENTE LIGADAS AO PLANETA.
Certamente que numerosos amigos sorrirão ao contacto de determinadas passagens das narrativas. O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os tempos. Quem não sorriria, na Terra, anos atrás, quando se lhe falasse da aviação, da eletricidade, da radiofonia?
A surpresa, a perplexidade e a dúvida são de todos os aprendizes que ainda não passaram pela lição. É mais que natural, é justíssimo. Não comentaríamos, desse modo, qualquer impressão alheia. TODO LEITOR PRECISA ANALISAR O QUE LÊ.”
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A frase final, deveras, constitui bom conselho.
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Pode-se verificar que a obra é dada como fonte de informações a respeito do que acontece no além. Se espíritas esclarecidos a consideram mero romance, oriundo da criatividade que quem o produziu (fosse Chico fosse André Luiz) não é dessa forma que o material foi postado por seu autor alegadamente espiritual.
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E mesmo os romances, qual o caso de “Há 2000 anos”, dado provindo de Emmanuel, sendo romance histórico, deveria conter dados concretos a respeito das figuras que retrata, notadamente Publio Lentulus.
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Então, espiriticamente falando, mesmo os romances mediúnicos deveriam demonstrar coisas atinentes à espiritualidade, ou por ela reveladas. Talvez o nobre Arduin esteja a confundir romance histórico com romance com temática espiritista, mas, mesmo este teria de conter elementos corroboradores da espiritualidade, visto serem alegadamente inspirados por espíritos.
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Desse modo, caro Arduin, não tem jeito: se correr o bicho pega, se ficar… ferrou…
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Saudações escafeditícias.
junho 17th, 2013 às 12:50 PM
Eduardo,
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Boa descoberta; a série André Luiz deve-se, possivelmente, à impossibilidade do Chico colocar sua mãe como personagem central, igual aos primeiros livros do Owen, pois ficaria descarado demais.
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Então virou homem, médico etc., tudo o q vc já provou alhures.
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Parabéns pela descoberta, muito convincente à luz do conjunto.
mrh
junho 17th, 2013 às 3:19 PM
“Talvez o nobre Arduin esteja a confundir romance histórico com romance com temática espiritista, mas, mesmo este teria de conter elementos corroboradores da espiritualidade, visto serem alegadamente inspirados por espíritos.”
– Não Malvadão, não estou fazendo confusões. Quando quis dizer que romances espíritas NADA PROVAM a favor da mediunidade, quis dizer que, por si só, não provam ser de origem espiritual. Ou seja: que é uma obra de espíritos. Para que pudessem ser usados nesse sentido, teriam de trazer no texto o estilo, o modo de como o autor vivo se expressava, enfim, elementos que permitissem reconhecer que o dito romance é obra do espírito de certo autor falecido e não um pastiche puro e simples, feito pelo médium.
Vale o mesmo para música, pinturas, etc e tal.
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É, como citei, o caso do Mistério de Edwin Drood, onde na continuação feita pelo médium, pode ser reconhecido o estilo e a forma de se expressar de Charles Dickens e o conhecimento geográfico e topográfico de Londres, que o médium supostamente não teria.
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Que um autor use algo para se inspirar e produzir uma obra, isso não é novidade em lugar nenhum. Numa das aulas que tive sobre redação, a professora comentou, citando uma tese, de que o romance Grande Sertão Veredas, do Guimarães Rosa, foi inspirado em romances de cavalaria. E o elemento de prova que a autora da tese apresentou foi a disposição em que os personagens se sentavam ao redor de uma fogueira. Tal disposição era a mesma da Távola Redonda.
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O que Chico escreveu romanceado, relatando vivências no mundo dos espíritos pode muito bem ter sido de fato vivido pelo André Luís, mas nem por isso se exclui que Chico acrescentasse algo, inconscientemente, a partir de leituras que eventualmente fez. Como já me dizia Roque Jacintho:
_ A única garantia de que o espírito escrevesse, sem NENHUMA interferência do médium, é se psicografasse pela mão de um defunto. Mas isso não é possível, pois o defunto é metabolicamente inerte e o espírito não pode, portanto, animar um corpo sem vida.
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É isso.
junho 17th, 2013 às 4:00 PM
Arduim, você é um bom piadista.
junho 17th, 2013 às 5:39 PM
Infelizmente o Chico Xavier carinhosamente apelidado de Joe Ramone (ex:vocalista da banda Ramones) veio a nascer no Brasil, porque se tivesse nascido nos EUA ou na Europa teriamos um filme ( existe no Brasil o filme Nosso Lar mas é esdrúxulo e mal feito) a respeito de sua vida e obra, digno de Oscar ou Globo de ouro, poderiamos ter até um clássico do Rock com a letra sendo baseada em sua vida e obra, pois lá nos EUA até um serial killer se transforma em cara “bacana” quando fazem um filme a respeito, um exemplo é o maniaco do Zodiaco. Mas quis o destino que ele nascesse justo no Brasil!, que falta de sorte a dele pois por aqui o máximo que fazem é discutir suas obras em blogs para poderem “sentar a lenha”, quem sabe em “outra vida” ele não venha a ter uma sorte melhor, bom pelo menos das 412 obras do CX já foram postadas 112 aqui nesse site e se não forem repitidas só faltarão agora 300 obras! para de fato afirmarem que ele foi um charlatão olha só que “bacana!”.
junho 17th, 2013 às 6:39 PM
Martinez, você também é um bom piadista, parabéns!
junho 17th, 2013 às 7:29 PM
Não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna.
— Charles Chaplin
junho 17th, 2013 às 11:36 PM
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Arderruim disse: “O que Chico escreveu romanceado, relatando vivências no mundo dos espíritos pode muito bem ter sido de fato vivido pelo André Luís, mas nem por isso se exclui que Chico acrescentasse algo, inconscientemente, a partir de leituras que eventualmente fez. Como já me dizia Roque Jacintho:
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_ A única garantia de que o espírito escrevesse, sem NENHUMA interferência do médium, é se psicografasse pela mão de um defunto. Mas isso não é possível, pois o defunto é metabolicamente inerte e o espírito não pode, portanto, animar um corpo sem vida. É isso.”
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COMENTÁRIO DE MONTALVÃO: Arderruim, cê sabe que quase sempre concordo com QUASE tudo o que profere (em torno de 2%). Desta feita estou a reconhecer que sua reconhecida sapiência está mais aflorada que dantes. Fosse eu espírita aceitaria por inteiro seu pronunciamento. No entanto, seu belo perorativo peca por introduzir André Luiz como figura real mesmo que espiritual, em vez do mais provável de que se trate de lucubração da psique de Xavier. Isso modifica o que possa traduzir-se em harmonia opinativa de minha parte com a sua. O mesmo pode ser dito do recado de Roque Jacinto, que parte do pressuposto de que espíritos realmente influenciam vivos para que estes reportem o que desejam comunicar. a partir dessa incerta certeza Jacinto constrói a explanação. No âmbito da fé de quem assim acredita nada a obstar. Tenho amigos e parentes espíritas que dizem mais ou menos o que você e Jacinto proferem e evito discutir a validade desses discursos, quedo-me em meditativo silêncio. Mas nesse fórum debatetivo não posso aceitar a presença de André, Publio, Meimei, Sheila, e tantos outros propostos por Chico sem discutir se são ou não personas do mundo real.
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Minha conclusão, baseada no exame das produções de Xavier e outros, é que os espíritos (xaverianos e todos os demais), se existirem, estarão quientinhos (quietos e quentinhos) em suas nuvens de prazer, desligados por inteiro das preocupações mundanas que acossam os vivos, portanto, não comunicam. Por outro lado, se alguém discorda de minha conclusão, é fácil resolver a dúvida: basta pôr os espíritos sob testes objetivos para aferir se estão presentes e atuantes.
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Relativamente à continuação do livro inacabado de Dickens, acreditadamente pelo próprio Dickens desencarnado, o caso foi bastante discutido por aqui. O fato de alguém ter terminado a faina do falecido, com estilo e maneirismos assemelhados, não é suficiente para fundamentar a comunicação intermundos, visto que vivos também poderiam dar conta da tarefa (e provavelmente foi o que sucedeu).
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É isso.
junho 18th, 2013 às 6:27 AM
Moisés, o seu “problema”, não é só seu: ele existe tem TODAS as áreas do conhecimento. Os estudiosos NÃO GOSTAM de sair da sua área de conforto. Sair dela exige investimento financeiro e intelectual e quem sentiu o conforto da área de conforto não gosta da ideia de trocar o certo pelo duvidoso.
Disse um cientista alemão: _ Em Ciência, as novas ideias triunfam não porque convenceram os velhos cientistas de sua consistência, porque esses velhos cientistas morreram ou se aposentaram e novas ideias se tornaram familiares à nova geração de pesquisadores.
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É dessa forma que eu o vejo. Você está na sua área de conforto: não há manifestações espirituais através de médiuns. Elas seriam coisas produzidas por eles próprios e não pelos espíritos. Sair dessa área de conforto implicaria você em admitir que é possível haver comunicação espiritual através de médiuns e acho que isso é algo muito complicado para você. Certo?
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Isso influencia fortemente aquilo que desejamos tomar por verdadeiro. Reveja aquele tópico “Como Martin Gardner enganou os céticos”. Nós tendemos a considerar como verdadeiras as “provas” apresentadas que nos mantém na área de conforto, mas somos reticentes ou invalidamos as provas que nos tiram dela.
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No caso aí do Chico, estou convencido de que o Públio Lêntulo nunca existiu. O Emmanuel seria um espírito que passou um romance ao Chico, baseado na figura fictícia e seguramente foi alguém que não reviveu lembranças daquela época, já que os costumes na ocasião não combinavam. Seria o que nós espíritas chamamos de “espírito zombeteiro”, ainda que bem intencionado. Na sua área de conforto, tudo não passaria de imaginação do Chico, talvez por ter lido o livro de Renan, A vida de Jesus. Certo?
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Seria bem possível, não vou questionar. Porém gostaria que me mostrassem isso de forma mais convincente. O Biasetto mostra os “plágios” da obra do Chico envolvendo o André Luís com escritos do Owen. Mas eu quero mais. Se TUDO o que Chico produziu foi coisa dele mesmo, então a “assinatura” do estilo do Chico estaria evidente em todos os seus escritos.
Lembra-me um caso lá de investigação policial no Discovery Channel, onde a única pista que os policiais tinham para ligar um crime a um suspeito era um email. Obviamente seria impossível fazer um exame grafotécnico num email, mas um exame da estilística do texto permitiu à polícia verificar que o suspeito em questão escrevia da mesma forma. Já foi feito algo parecido com os escritos do Chico?
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Idem para o caso aí do mecânico/tipógrafo que psicografou o Dickens. Diz o padre Lucien Roure que “descobriu-se que o médium teria estudado durante anos o estilo de Dickens”. Eu debocho dessa declaração pelo simples fato de que o dito padre NÃO DIZ quem descobriu, como descobriu, nada de nada. Sabe você mais já que sua área de conforto é essa?
junho 18th, 2013 às 12:20 PM
então a “assinatura” do estilo do Chico estaria evidente em todos os seus escritos
Claro, rapidíssima amostragem:
Despertei novamente e vi-me ao lado de uma legião de seres, que se achavam genuflexos como eu. Já outro, porém, era o templo no qual me encontrava. [“Mãe”]
Mestre e Senhor, depois de recebidas numerosas expressões de Tua misericórdia infinita, temos os corações genuflexos agradecendo a Tua bondade. [“Emmanuel”]
Leonel e Clarindo, qual se fossem feridos de morte, caíram genuflexos, Leonel e Clarindo, qual se fossem feridos de morte, caíram genuflexos, esmagados de medo e júbilo… [“André Luiz”]
Foi então que o corso se pôs em lágrimas e, levantando-se, avançou com dificuldade, na direção do mensageiro que trazia o báculo de ouro, postando-se genuflexo, diante dele. [“Irmão X”]
Quanto à análise dos textos via software, tenho pensado sobre isso. Ocorre que geralmente se interessará pelo tema CX alguém (possivelmente estudante de pós ou já profissional em Letras/Literatura, no caso) identificado com o Espiritismo; o qual então dificilmente irá arriscar detonar com sua própria Mitologia. É a zona de conforto que o Sr. bem menciona.
junho 18th, 2013 às 12:57 PM
Gorducho, o Chico adorava usar a expressão “muita vez”, sempre achei isto estranho, porque costumamos dizer: “muitas vezes”.
A choradeira dele, com histórias de “papai” e “mamãe” aparecem em quase todos os livros.
Não sei por que o Martinez tomou as dores do “pobre mineirinho”, afinal de contas, o que ele fez de grandioso pelo Brasil, além de passar a vida mentindo e consolando pessoas com histórias fictícias e melosas?
Arduin, fique você sabendo, que também sou médium. Todos os artigos que escrevi no blog foram mediúnicos.
Este, por exemplo, eu estava sentado no sofá, vendo um filme, aí uma voz me disse: “Biasetto, dê uma olhada no que a mãe do Chico diz a ele em Cartas de uma morta, depois veja o que a mãe do Owen disse”. Não tive dúvida: fui ver, encontrei algo. Já aconteceu comigo, diversas vezes. Um outro dia, esta mesma voz me disse: “Biasetto, você se lembra que uma vez você leu aquele livro, Lindos casos de Chico Xavier? Por que você não dá uma olhadinha lá?” Fui ver, acessei pela internet, porque o livro já doei faz tempo, e encontrei alguns poemas plagiados. Até enviei pro Vítor. Nem tô afim de fazer artigo sobre isto, se o Vítor quiser, ele faz.
É assim que acontece Arduim – a voz me diz: “Vai ver o livro do Owen”, aí eu vou.
Quando eu encontrei a história de Libertação no livro do Owen, eu achava que era a história do livro Ação e reação, mas não era (apesar que tem correlações ali também). Aí eu pensava: “que livro será?” Então, a voz me disse: “Libertação … Libertação … Libertação …”
É incrível a minha mediunidade Arduin, fantástica!
Sabe quem é meu mentor? Heródoto, o verdadeiro, não um espírito zombeteiro.
junho 18th, 2013 às 3:37 PM
Oba! Voltamos às obras psicografadas e ao velho CX!
Pois é… esse assunto é palpitante e parece ser inesgotável. Na verdade é, porque a cada análise aparecem elementos novos.
Conhecem-se os escritores pelo que escrevem. Arduin menciona a assinatura do estilo do Chico. Gorducho traz uma sequência de textos semelhantes saídos da pena dele, atribuídos a diferentes autores, donde se pode claramente observar que têm o mesmíssimo estilo.
Eu não iria tão longe como o Biasetto, classificando CX de plagiador. CX era, por si mesmo, um hábil story-teller, tinha bom ritmo e noção precisa de timing, razoável manejo da língua portuguesa e, o que é mais importante, um invejável volume de leituras, leitor compulsivo que era. E vou mais à frente: TODOS os escritos de CX obedecem à mesma estrutura de construção. Basta comparar as crônicas atribuídas a Humberto de Campos/Irmão X com as historietas de Hilário Silva; os versos em quadras de Cornélio Pires com os sonetos que ele dizia receber de autores portugueses; os enredos dos romances de Emmanuel com os relatos de André Luiz. Todos eles têm uma estrutura semelhante, uma chapinha, um padrão, por assim dizer, o que deixa bem evidente que todos esses escritos saíram de uma cabeça só: a dele. Além da forma, veja-se o conteúdo, que dispensa maiores análises: o mesmo moralismo raso, a mesma disposição a vomitar regras, a mesma verve autoritária de quem se considera predestinado a evangelizar as pessoas. Os livros de CX não são espíritas. São católicos. Têm o mesmo ranço provinciano do catolicismo do interior mineiro que muitos escritores (de verdade) de Minas anotaram em suas obras, como Autran Dourado, Lúcio Cardoso, Adélia Prado. A moral proposta pelo espiritismo é bem diferente. Baseia-se na solidariedade entre as pessoas e entre as nações, na tolerância ao outro, na benevolência, no animus mutandi, o desejo de mudança. A moral chiquista é baseada na culpa, no sofrimento, na obediência cega aos superiores, no servilismo. Por isso entendo que CX nunca foi espírita, apenas vestiu o blusão de Allan Kardec. Continuou fiel à sua fé católica toda a vida. Não é à-toa que seu alter-ego mais famoso, Emmanuel, tenha sido concebido como ex-padre. Repito: Chico Xavier não é espiritismo. E com tudo isso, desimportante considerar se ele plagiou ou não. A sua intenção, expressa na sua obra, é inequívoca: aparecer. To show up, como dizem os americanos. Como, aí varia bastante: ele se utiliza de vários métodos, inclusive chupar aqui e ali ideias, palavras ou mesmo frases de outros autores. Coisa aliás que muita gente faz, gente boa até. CX permanece até hoje, 11 anos após sua morte, como um mito. Não apareceu ainda – nem quando vivia – ninguém que se dispusesse a analisar a obra dele com isenção. Talvez, como disse o Gorducho, viessem a se interessar pelo tema CX aqueles estudiosos identificados com o espiritismo, que não se arriscariam a arranhar a própria mitologia. E fica assim na zona de conforto.
junho 18th, 2013 às 3:55 PM
Comentário do Toffo: SENSACIONAL
junho 18th, 2013 às 4:15 PM
Marcos Arduin Disse:
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“Moisés, o seu “problema”, não é só seu: ele existe tem TODAS as áreas do conhecimento. Os estudiosos NÃO GOSTAM de sair da sua área de conforto. Sair dela exige investimento financeiro e intelectual e quem sentiu o conforto da área de conforto não gosta da ideia de trocar o certo pelo duvidoso.
Disse um cientista alemão: _ Em Ciência, as novas ideias triunfam não porque convenceram os velhos cientistas de sua consistência, porque esses velhos cientistas morreram ou se aposentaram e novas ideias se tornaram familiares à nova geração de pesquisadores.”
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COMENTÁRIO: Não são todos os velhos cientistas que repudiam novas ideias. A ciência costuma não olhar com muita boa vontade novidades que ponham em risco os paradigmas existentes. Mas isso é questão de tempo, se o novo saber possuir miolo vai acabar se impondo. Não é preciso esperar que a uma geração morra para que novos conhecimentos prosperem: a apreciação do alemão, embora seja verdadeira em parte, é exagerada da forma como está prolatada.
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ARDUIN: É dessa forma que eu o vejo. Você está na sua área de conforto: não há manifestações espirituais através de médiuns. Elas seriam coisas produzidas por eles próprios e não pelos espíritos. Sair dessa área de conforto implicaria você em admitir que é possível haver comunicação espiritual através de médiuns e acho que isso é algo muito complicado para você. Certo?
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COMENTÁRIO: meu jovem, minha área de conforto pode se tornar desconfortável tão logo apareçam evidências robustas da mediunidade. Note que não faço negação cega, minha proposta me parece bastante razoável: PÔR OS SUPOSTOS ESPÍRITOS À PROVA, DE MODO QUE NÃO HAJA DÚVIDAS DE QUE ESTÃO PRESENTES E OPERANTES. Estou pronto a admitir que haja comunicação de desencarnados, manifestação ostensiva do Espírito Santo, falação de línguas celestiais, possessão demoníaca, obsessões por espíritos-de-porco, viagens em vida ao reino celestial, milagres do bispo Macedo e do Waldomiro Santiago, e o que mais se ofereça, desde que verificações condizentes demonstrem que essas coisas acontecem de verdade.
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No concernente aos espíritos, considero que as psicografias, psicopictografias, psicofonias, e outras “ias” não demonstram suficientemente a presença espiritual e podem ser explicadas melhor por caminhos diversos, quais o psiquismo sensível conjugado com habilidades várias. Porém posso estar errado, eu e os que não se sentem satisfeitos com as “manifestações” oficiais de espíritos. Vai ver a espiritualidade está presente e nós, os incréus, a perder a excelente oportunidade de levar um lero aprenditivo com a sabedoria desencarnada. Acontece que, se a espiritualidade está presente, ela será confirmada se se submeter a testagens verificativas que não sejam a mera coleta de recados, pinturas, músicas, poemas, etc. Concorda?
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Se os espíritos se prestam a convencer alguns com cartinhas adocicadas, por que não se prestariam a convencer outros com testagens objetivas, tipo ler trecho de livro ocultado numa maleta, de cujo conteúdo ninguém presente tenha conhecimento? Desse modo, quem duvidasse, bastaria implementar o teste verificativo (o que exemplifiquei ou outro) e o ente espiritual daria a certeza de ser mesmo ente espiritual.
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Provas da espécie fariam bem até aos mediunistas, pois se livrariam de serem logrados por espertos ou por crédulos deslumbrados.
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ARDUIN: ISSO INFLUENCIA FORTEMENTE AQUILO QUE DESEJAMOS TOMAR POR VERDADEIRO. Reveja aquele tópico “Como Martin Gardner enganou os céticos”. Nós tendemos a considerar como verdadeiras as “provas” apresentadas que nos mantém na área de conforto, mas somos reticentes ou invalidamos as provas que nos tiram dela.
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COMENTÁRIO: não acompanhei a discussão desse caso, mas tenho o texto e vou examiná-lo com atenção. De qualquer modo, o que proponho não é a aceitação acrítica de provas e reflexões de terceiros (embora possamos levá-las em conta), sim efetuar verificações objetivas de que entes espirituais estejam se manifestando.
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ARDUIN: No caso aí do Chico, estou convencido de que o Públio Lêntulo nunca existiu. O Emmanuel seria um espírito que passou um romance ao Chico, baseado na figura fictícia e seguramente foi alguém que não reviveu lembranças daquela época, já que os costumes na ocasião não combinavam. Seria o que nós espíritas chamamos de “espírito zombeteiro”, ainda que bem intencionado. Na sua área de conforto, tudo não passaria de imaginação do Chico, talvez por ter lido o livro de Renan, A vida de Jesus. Certo?
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COMENTÁRIO: li várias “vidas de Cristo”, não recordo se a de Renan foi por mim examinada. No entanto, a mediunidade de Chico (e a mediunidade geral) é por mim considerada manifestação do psiquismo do pretenso medianeiro. Penso que no fundo, no fundo, Chico sabia-se não-médium, mas ele precisava acreditar que fosse, a fim de manter o equilíbrio emocional estável. No entanto, essa hipótese não a defendo exacerbadamente, pois para fazê-lo necessitaria de maiores estudos sobre a personalidade desse grande homem. Em termos mais simples, ainda que Chico estivesse convencido por inteiro de que se articulasse com espíritos, a terrenicidade de suas atuações mediúnicas pode ser demonstrada pelo exame da vasta obra que produziu e é dela que tiro minhas conclusões e não de uma hipotética “zona de conforto”.
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ARDUIN: Seria bem possível, não vou questionar. Porém gostaria que me mostrassem isso de forma mais convincente. O Biasetto mostra os “plágios” da obra do Chico envolvendo o André Luís com escritos do Owen. Mas eu quero mais. SE TUDO O QUE CHICO PRODUZIU FOI COISA DELE MESMO, ENTÃO A “ASSINATURA” DO ESTILO DO CHICO ESTARIA EVIDENTE EM TODOS OS SEUS ESCRITOS.
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COMENTÁRIO: Chico com uma figura singular, possuidor de várias habilidades. Não dá para enquadrá-lo num contexto reduzido, como faríamos com outros médiuns, cujas produções sejam mais acanhadas. Essa questão de estilo estar presente em todas as obras depende muito do que esteja sob exame, embora, creio, seja possível achar Chico Xavier até nas produções pastichadas. Vou dar um exemplo: no livro “Brasil, pátria do Evangelho, Coração do Mundo”, atribuído a Humberto Campos espiritual, Chico aparece muito mais que o escritor maranhense. Em outras obras, notadamente nas poéticas, é mais complicado garimpar o estilo, porém a temática que os artistas mortos escolhem para se manifestar (nitidamente espírita-kardecista) trai a presença do homem de Uberaba. Mas é nas cartas psicografadas que Xavier se desnuda por inteiro. Nelas o estilo de Chico se mostra indelevelmente. Se quiser um exemplo, veja a análise que realizei do livro “Novamente em Casa”, onde aponto as múltiplas similaridades entre cartas atribuídas a 16 desencarnados.
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ARDUIN: Lembra-me um caso lá de investigação policial no Discovery Channel, onde a única pista que os policiais tinham para ligar um crime a um suspeito era um email. Obviamente seria impossível fazer um exame grafotécnico num email, mas um exame da estilística do texto permitiu à polícia verificar que o suspeito em questão escrevia da mesma forma. JÁ FOI FEITO ALGO PARECIDO COM OS ESCRITOS DO CHICO?
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COMENTÁRIO: se o investigador conseguiu descobrir num e-mail o estilo redativo do criminoso, ponto para o policial e para a técnica pericial. Quanto a Chico, posso dizer que já foi feito algo parecido (aliás, vem sendo feito). Acabo de citar, acima, exemplos. Além disso, veja os estudos do Biasetto e do Vitor, apontando similaridades entre as obras de Xavier e outros escritores. Embora eu não concorde com tudo o que dizem (existem pontos discutíveis), os dois conseguem apontar a fonte natural das psicografias xaverianas. Pode examinar, ainda, as obras “Espiritismo à Brasileira”, de Sandra Jacqueline Stoll, e “Chico Xavier, um herói brasileiro no universo da edição popular’, de Magali Oliveira Fernandes, estes livros não são análise crítica da mediunidade, no sentido em que aqui discutimos, sim abordagens psicossociais da obra do médium, mas dão elementos para perceber-se a natureza humana, demasiado humana, da atividade mediúnica.
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ARDUIN: Idem para o caso aí do mecânico/tipógrafo que psicografou o Dickens. Diz o padre Lucien Roure que “descobriu-se que o médium teria estudado durante anos o estilo de Dickens”. Eu debocho dessa declaração pelo simples fato de que o dito padre NÃO DIZ quem descobriu, como descobriu, nada de nada. Sabe você mais já que sua área de conforto é essa?
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COMENTÁRIO: o problema (seu problema), é que você só quer admitir que o mecânico não psicografou Dickens se for demonstrado que tudo o que dele se diz seja real, tipo ter estudado longamente o autor, possuir talento redativo, boa cultura, etc. Seria até uma exigência razoável se houvesse condição fácil de investigar o que pede. Não há. No entanto, o fato de sabermos que pessoas podem levar adiante o trabalho alheio e até simular o estilo de vários autores, isso já põe sobre a hipótese mediúnica um pedregulho de muitas toneladas. Pode ser que realmente o mecânico-tipógrafo tenha sido penetrado pelo espírito de Dickens, mas por que não trabalhar-se com a hipótese mais pé no chão? Se há condição, em termos humanos, de alguém complementar o trabalho que outrem deixou interrompido, então o apelo à mediunidade como explicação é, no mínimo, suspeito. Posso lhe lançar um desafio. Pegue um de seus romances, ou conto, que não tenha terminado e passe-mo (desde que não seja nada versando sobre tema técnico). Em poucos dias (ou semanas, dependo do estádio em que se encontre) lhe devolvo a produção completinha e mais ou menos ao seu estilo. E olha que não sou nenhum bambambam da literatura. Se o pequeno Montalvão conseguer terminar o grande Arduin, por que alguém não findaria Dickens, e sem precisar da ajuda de espíritos?
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O repto está lançado.
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Saudações literoespirituais.
junho 18th, 2013 às 4:31 PM
Biasetto, vc por acaso é filho do CX ou algum parente distante que viveu ao lado do cara? porque como vc sabe que ele passou a vida inteira mentindo? mas não se preucupe vc só precisa postar mais 300 obras e provar que elas foram falsas é “simples”.
junho 18th, 2013 às 9:47 PM
Gente, eu achei a amostragem do Gorducho a prova mais forte que já vi de que Chico Xavier nunca esteve em contato com espíritos e que era tudo fruto de sua própria mente. A seleção dele foi fantástica! Supera qq coisa que eu já tenha feito.
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Admito que fiquei com inveja 😛
junho 18th, 2013 às 11:14 PM
Gorducho, cx gostava de adjetivos esdrúxulos e supostamente eruditos. O problema é que os repetia demais. Aposto como ele gostava da genuflexão por outros motivos, inconfessáveis. É o que sugere a última frase que você transcreveu:
“ postando-se genuflexo, diante dele. [“Irmão X”]”
Como diz Toffo, cx gostava de chupar (será que é daí que vem o planeta chupão? “ Como, aí varia bastante: ele se utiliza de vários métodos, inclusive chupar aqui e ali ideias, palavras ou mesmo frases de outros autores”.
Será que eram só ideias que ele gostava de chupar, genuflexo?
junho 19th, 2013 às 12:31 AM
Excelente! Voltou o assunto preferido por 10 entre 10 detratores do chiquismo (também conhecido como espiritismo brasileiro). Ressurgiram os excelentes comentários dos debatedores. Um deleite!
Muito bom! Valeu a pena esperar…
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Boa noite a todos.
junho 19th, 2013 às 2:11 AM
Toffo disse:”… Pois é… esse assunto é palpitante e parece ser inesgotável. ..”
Parece ? Eu tenho certeza que é.
junho 19th, 2013 às 2:14 AM
Daqui uns anos, todo mundo vai estar andando de cadeira de rodas com a dentadura dentro do copinho d´gua e uma enfermeira do lado.
Nesse período, abrirei meu computador no obras psicografadas e verei algo do tipo:
Biasetto: Esse chico chavier é um farsante!
kkkkk
junho 19th, 2013 às 2:16 AM
Pô Vitor, imagino que boas pesquisas recentes(década de 90 em diante) sobre vida após a morte ainda continuem difícil de encontrar heim ?
junho 19th, 2013 às 8:24 AM
Oi, Rafael
não é tão difícil de achar não, só que a maioria não está em português.
junho 19th, 2013 às 10:09 AM
Lógica do Martinez: “Chico Xavier escreveu (psicografou[?]) 412 livros, então para provar que ele foi um farsante, prove que os 412 livros são plágios. Caso contrário, cale-se!”
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Minha lógica:
1 – Parnaso de além-túmulo é plágio. Ver http://www.ceticismoaberto.com/ceticismo/1707/o-caderno-de-chico-xavier
2 – Cartas de uma morta é plágio. Ver este artigo mais o do Montalvão (aqui no blog).
3 – A caminho da luz é plágio do livro do Edouard Shouré.
(tem artigo aqui também).
4 – Brasil, coração do mundo … é plágio da Conferência da FEB. (tem artigo aqui também).
5 – Há dois mil anos tem plágio de Vida de Jesus (tem artigo no blog), erros históricos e um senador romano que nunca existiu, conforme os estudos (muito bem fundamentados) do JCFF. (tudo isto tem artigo no blog).
6 – Não só o livro Nosso Lar, como quase toda a Série Nosso Lar, foi plagiada/copiada/inspirada no livro do Owen, A vida além do véu. (tem artigos no blog).
7 – Alguns livros da Série Nosso Lar, que não foram copiados do livro do Owen, foram copiados de outros livros: Mecanismos da mediunidade (O Átomo/Fritz Kahn); Nos domínios da mediunidade (No invisível/León Denis) – tudo documentado aqui no blog.
8 – Waldo Vieira disse/diz em alto e bom tom, que Chico fraudava nas mensagens do além.
9 – Waldo Vieira disse/diz em alto e bom tom, que Chico fraudava com perfumes.
10 – Chico Xavier esteve envolvido em falsas e caricatas materializações.
Sendo assim, não preciso examinar 412 livros, para concluir, que o homem mentia.
junho 19th, 2013 às 3:48 PM
e tem o episódio muito pouco estudado (e devidamente abafado na época) do sobrinho dele. Pela leitura do Souto Maior e outras que fiz do episódio, parece-me que Amauri sofreu um calaboca – não o deixaram falar, ou, melhor dizendo, sutilmente o amordaçaram, desqualificando-o, chamando-o de bêbado e baladeiro. Mas a verdade é que Amauri denunciou e ficou por isso mesmo. Ninguém foi fundo na história, e pouco tempo depois CX escafedeu-se de Pedro Leopoldo.
junho 19th, 2013 às 4:10 PM
Biasetto,
Se vc acredita até no Waldo Vieira que “brisa” em algumas idéias, só posso concluir que vc quer descontar toda sua raiva da doutrina do espiritismo no CX ou seja, vc achou o seu “saco de pancadas”, mas insisto ainda faltam 300 obras do CX.
junho 19th, 2013 às 6:45 PM
Gorducho, gostei tanto do teu comentário que resolvi pesquisar um pouco.
Olha o cx genuflexo de novo:
Paulo e Estevão, “Genuflexo, esperara os verdugos que se aproximavam”.
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“Enquanto os companheiros cercavam o jovem genuflexo, sem nadaouvirem nem verem, não obstante haverem percebido, a princípio, uma grandeluz no alto, Saulo interrogava em voz trêmula e receosa: — Quem sois vós, Senhor?”
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“Todos lhe ouviam a palavragenuflexos, em atitude estática.”
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“Genuflexo, experimentandoindizível comoção, ouviu uma advertência serena e carinhosa: — Não temas — dizia a voz —, prossegue ensinando a verdade e não tecales, porque estou contigo.”
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“Grandiosos pensamentos o empolgavam, quando Lucas se aproximou e,apontando a distância os amigos que continuavam genuflexos, exclamoubrandamente: — Poucos fatos me comoveram tanto no mundo, como este!”
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Nesse livro ele abusou da genuflexão, da qual gostava muito.
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Tem também “Contos Desta e Doutra Vida”:
“O Pecador escutava a orientação de um Santo, que vivia, genuflexo, à porta de templo antigo, quando, junto aos dois, um Anjo surgiu na forma de homem, travando-se breve conversação entre eles.”
junho 19th, 2013 às 6:48 PM
São cx decorou meia-dúzia de palavras pouco usadas, inventou outras mais, passando a usá-las dentro e fora do contexto, mas era bem limitado.
junho 19th, 2013 às 6:50 PM
Então Martinez, o Waldo Vieira era companheiro do Chico nas psicografias. Se ele não é confiável, fazer o quê?
O Chico também era amigo do Ranieri, o mesmo que andou escrevendo uns livros ridículos, dizendo inclusive que psicografava André Luiz, inventando uma história de dragões, umas maluquices.
Na minha opinião o Toffo e o Montalvão disseram tudo.
Quem acredita nos escritos de Chico Xavier, acredita no chuiquismo-catolicismo-apostólico-romano-brasileiro.
E quanto às inúmeras obras de CX, uma repetição sem fim. Ele não só plagiava autores, mas plagiava a si próprio.
É isto!
Ou então, os espíritos que se manifestaram por ele, realmente eram zombeteiros.
O que você acha?
junho 19th, 2013 às 6:52 PM
Só no livro “Paulo e Estêvão” ele usou o adjetivo “genuflexo” seis vezes.
Quantas vezes o terá usado nos outros 411 livrecos?
junho 19th, 2013 às 9:18 PM
Boa, Balofo, o Chico gostava dessa palavra de raiz genuflex… Bem, tendo sido católico, lembra-me que há uma peça de mobiliário chamada genuflexório, que serve para apoiar os joelhos quando se vai confessar ao padre… Talvez seja daí que o Chico ficou apegado a essa palavra. Quanto à sua repetição frequente, é aquilo que já disse desde o início: a única maneira de um espírito psicografar sem qualquer influência do médium é servir-se da mão de um defunto…
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Ôh! Enfim um texto do Ex-Toffado com o qual posso concordar em sua maioria. Sim, é isso mesmo: o Chico é o expoente do Espiritismo Religioso, do Espiritismo-Cristão, inventado pela FEB. Sofredor quando criança e um tanto quanto masoquista quando adulto…
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Quem bom, Biasetto! Sendo médium, ao menos não pode duvidar de si mesmo…
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Não tenho as palavras exatas do alemão, Malvadão. Mas o fundamental é por aí: em todos os campos de conhecimento, as novas ideias encontram resistência devido aos crentes das velhas ideias. Ciência não é exceção.
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“meu jovem, minha área de conforto pode se tornar desconfortável tão logo apareçam evidências robustas da mediunidade. ”
– Não sou tão jovem assim, aliás já estou a caminho do apodrecimento pela velhice… Mas aproveite o texto que recomendei e reveja o que o Vitor tem postado sobre a mediunidade da Piper. Que falta para se convencer? Testar mil ou mais médiuns?
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“não demonstram suficientemente a presença espiritual”
– Isso já disse no início. Essas obras artísticas nada provam até que provem alguma coisa robusta.
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“Se os espíritos se prestam a convencer alguns com cartinhas adocicadas”
– Não sei se foi o doce que convenceu ou o reconhecimento, nessas cartas, de indícios particulares dos quais o médium não poderia ter conhecimento. Aqui mesmo com relação ao Chico, fica bem evidente no caso do filho da Cacilda Becker, quando Chico mostrou conhecer algo que só ele sabia.
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Bem, o que exige você para saber se mediunidade é real? No meu caso, quando alguém diz que “descobriu-se que o médium estudara durante anos o estilo do Dickens…” Ora, estou pedindo demais que sejam apresentadas as provas da veracidade de tal assertiva? É gozada essa situação. Eu sou criticado se disser que acho válida a afirmativa de que o médium relata nunca ter lido o texto autêntico do Dickens e retomou a narrativa do ponto de parada. Mas o Lucien Roure dizer o que disse, sem provas e sem mais nada, aí não é ser ridículo. Crença por crença.
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Diz a lenda que houve uns três outros que fizeram pastiches em cima do texto de Dickens, mas não eram lá grande coisa… O texto do médium pareceu ser bem melhor, mas aí fica pros críticos literários. Não é a minha praia.
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“Waldo Vieira disse/diz em alto e bom tom, que Chico fraudava nas mensagens do além.”
– E ele, Waldo, viu tudo e ficou quieto. Como lhe falta muita coragem, esperou o Chico morrer para botar a boca no trombone. E você acredita que ele não seria capaz de mentir, certo Bia?
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“Waldo Vieira disse/diz em alto e bom tom, que Chico fraudava com perfumes.”
– Idem.
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“Chico Xavier esteve envolvido em falsas e caricatas materializações.”
– E o Waldo montou toda uma equipe de colegas médiuns para estudar essas falsas e caricatas materializações. Não se esqueça disso, Bia, antes de se apoiar no Waldo para malhar o Chico. Você pode levar um baita de um escorregão.
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“Mas a verdade é que Amauri denunciou e ficou por isso mesmo.”
– Ah! Que bacana! Amauri Pena vem dizer que o tio Chico escrevia tudo por si próprio, sem interferência de espíritos e o próprio Amauri também… Mas ninguém investigou nada. Claro! Não havia o que investigar! Aos Chatólicos só interessou o desmentido à mediunidade do Chico e aos outros nada interessou e o motivo é bem simples: escrever livros não é crime. Se Chico quis atribuir a espíritos a autoria dos seus textos, é coisa para os babões espíritas crerem. Ninguém iria processar o Chico por ter escrito seus livros por sua própria mente em vez de legitimamente fazê-lo por ação de espíritos.
Compreendeu?
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“Waldo Vieira era companheiro do Chico nas psicografias. Se ele não é confiável, fazer o quê?”
– Escolher uma testemunha melhor e mais confiável. Mas acho que esta você não vai encontrar…
junho 19th, 2013 às 9:52 PM
Arduin, por todas estas bobageiras, incluindo também, que Waldo Vieira garante que André Luiz foi Carlos Chagas, enquanto que o Luciano dos Anjos, garante que André Luiz foi Faustino Esposel (inclusive diz pra todo mundo, que Chico confirmou isto a ele) – e mais: Waldo Vieira garante que Emmanuel reencarnou na Itália, onde vai revolucionar a ICAR, enquanto Chico, antes de morrer, garantiu que Emmanuel reencarnou no interior de São Paulo, para ser um destacado professor/educador, que não dá pra levar nada disso a sério. Lembrando também, que a biografia de Carlos Chagas e a de Faustino Esposel não condizem com as informações dadas por André Luiz, nos livros da Série Nosso Lar, e ainda acrescento que André Luiz estava contando a sua história – suas experiências terrenas e espirituais nos livros que teria ditado ao Chico, mas as histórias que ele conta são do espírito Arnel, do livro do Owen (vide Libertação, cópia indiscutível), além disso, JCFF já mostrou que Publius Lentulus, senador romano, contemporâneo de Jesus, nunca existiu …
Que PALHAÇADA, isto é uma P-A-L-H-A-Ç-A-D-A !!!
O bom, é que a gente se diverte com toda esta bobageira sem fim, passamos o tempo aqui. Não é muita coisa, mas tem coisas piores pra fazer.
Pô! Rafael Maia: “cadeira de rodas e dentadura” é sacanagem hein?
Mas se eu ficar velhinho, vou continuar dizendo: Chico Xavier, o médium, foi a maior farsa da história do Brasil. E quer saber? Não deixo de ter uma certa admiração por ele. O cara era esperto, danado de esperto, é fato!
junho 19th, 2013 às 10:32 PM
Até quando a mentira encontrará mais espaço e aceitação que a verdade?
Quase chorei de tanta emoção.
http://www.youtube.com/watch?v=uY4xSn05LEY
Arduin, cai na real: “Psicografia – No espiritismo, escrita ditada por um espírito e transmitida pela mão do médium” (Aurélio) – se o cara escreve o que leu em livros, não é psicografia. “Realiza Arduin, realiza”
junho 20th, 2013 às 6:31 AM
Ei, André, o Aurélio descreve o mecanismo, as limitações, as exceções, a possibilidade de fraude, etc e tal, que envolvem a tal psicografia (e as outras “ias”)?
Muito que bem, o Chico pode ter psicografado algo em seus romances, ter se inspirado em livros, ter sofrido ação inconsciente, etc e tal, e tudo isso misturado deu no que deu.
Quanto a dizer que ele era um médium perfeito e da mais absoluta confiabilidade, aí fica para os chiquistas e chiquetes.
junho 20th, 2013 às 12:18 PM
Pra mim, o fato de serem espíritos zombeteiros, ou de ser a própria imaginação do suposto médium, equivale a seis por meia dúzia. Mudam as moscas, mas a m… é a mesma.
junho 20th, 2013 às 1:14 PM
Existem dois tipos de religiosos: os que iludem e os que vivem iludidos.
junho 20th, 2013 às 1:46 PM
Pra mim, o fato de serem espíritos zombeteiros, ou de ser a própria imaginação do suposto médium, equivale a seis por meia dúzia.
Talvez por isso, já em ’65 ou ’66 um grupo de Espíritas perspicazes apercebera-se da inutilidade de tentar consultar os vapores d’ultratumba. Comenta o Kardec [Revista, Maio de 1866]:
Esta doutrina, se se pode dar tal nome a uma opinião restrita a algumas pessoas, se funda nos dados seguintes:
“Os Espíritos que se comunicam não são senão Espíritos ordinários, que, até hoje, não nos ensinaram nenhuma verdade nova, e que provam a sua incapacidade não saindo das banalidades da moral. O critério que se pretende estabelecer sobre a concordância de seu ensino é ilusório, por força de sua insuficiência. E ao homem que cabe sondar os grandes mistérios da natureza e submeter o que eles dizem ao controle de sua própria razão. Nada nos ensinando as suas comunicações, nós as proscrevemos de nossas reuniões. Discutiremos entre nós; buscaremos e decidiremos, em nossa sabedoria, os princípios que devem ser aceitos ou rejeitados, sem recorrer ao assentimento dos Espíritos.”
junho 20th, 2013 às 4:52 PM
Vitor, uma boa notícia é que já passei num concurso público, e, assim que puder, passarei a ajudar nas traduções. Talvez as nomeações demorem mais um pouco, até 2 anos posso ser chamado, mas também posso passar num cargo melhor ainda e que chame mais cedo.
Qualquer uma das duas hipóteses acontecendo, terei prazer em ajudar nas traduções.
Bom trabalho!
junho 20th, 2013 às 4:56 PM
Voçes não acham que talvez possa ter havido algum momento na vida do chico que ele tenha tido algum contato com sobrenatural com alguêm que já morreu ?
Eu acho que ele era farsante sim, mas acredito ser real a hipótese de que em algum momento durante sua vida ele tenha sido verdadeiro.
junho 20th, 2013 às 6:12 PM
Gorducho, o Scur por várias vezes me encheu a paciência (ele vai ler isto), com estas pregações espiritistas-cristãs-católicas.
Eu dialogava com ele, tentava, até que comecei a respondê-lo com “TIRITITI-TITI, GUGUDADÁ, NHÉN-NHÉN”, porque no final das contas, é isso mesmo, um monte de bobagens, PUTA MERDA, HAJA PACIÊNCIA !
Quando penso que acreditei nestas infantilidades, nestas “filosofias moralistas”, que têm a profundidade de um pires, tenho até vergonha.
É verdade, que tem umas histórias legais em alguns livros espíritas, tipo os livros de Roma antiga, que o Chico escreveu, a “Série Nosso Lar” também tem um clima de “encanto”, a vida no além, belas colônias, belas paisagens, palestras, estudos, reencontros … acaba sendo cativante, vai de encontro ao sonho/desejo de muitas pessoas na “vida pós-morte”, mas a parte do moralismo/sentimentalismo, é de dar enjoos.
Faço questão de reproduzir as palavras do Toffo aqui:
– A moral chiquista é baseada na culpa, no sofrimento, na obediência cega aos superiores, no servilismo. Por isso entendo que CX nunca foi espírita, apenas vestiu o blusão de Allan Kardec. Continuou fiel à sua fé católica toda a vida. Não é à-toa que seu alter-ego mais famoso, Emmanuel, tenha sido concebido como ex-padre. Repito: Chico Xavier não é espiritismo.
–
Rafael, o Chico teve contato com “alguém que já morreu”, em velórios.
junho 20th, 2013 às 6:16 PM
Parabéns por ter passado num concurso, Rafael!
junho 20th, 2013 às 10:10 PM
É ótimo “revê-los”, Biasetto, Marciano, Toffo, Gorducho, André, Vitor, et alii…
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É o seguinte: No dia em que me apresentarem, de forma inequívoca, a manifestação de um espírito que represente algum fato novo, uma informação inédita, algo realmente desconhecido por “nosotros” encarnados (uma informação científica até então desconhecida, por exemplo) eu revejo a minha posição e passo a defender a existência das manifestações mediúnicas. Até hoje, não vi um único fato indicador que os espíritos existam e/ou se comuniquem.
Em contrapartida, há toneladas de evidências de fraudes nas alegadas comunicações mediúnicas.
“Toneladas” de fraudes, contra “zero” de fatos concretos.
Como diz o caro Arduin, “é isso”.
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Boa Noite.
junho 20th, 2013 às 10:22 PM
ARDUIM,
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pequetitos comentaritos… após COMENTÁRIO:
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MONTALVÃO DISSE: “meu jovem, minha área de conforto pode se tornar desconfortável tão logo apareçam evidências robustas da mediunidade. ”
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ARDUIM – Não sou tão jovem assim, aliás já estou a caminho do apodrecimento pela velhice… Mas aproveite o texto que recomendei e reveja o que o Vitor tem postado sobre a mediunidade da Piper. Que falta para se convencer? Testar mil ou mais médiuns?
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COMENTÁRIO: Acho que caminhamos para um nível de concordância no qual não restará a menor dúvida… A meu ver a mediunidade de Piper não foi provada. Foi provado, sim, que a mulher possuia habilidades singulares. Infelizmente, Piper está morta e não houve novas piperes desde então. Minha opinião é que Leonora não fora devidamente estudada. Não que seus pesquisadores fossem incultos ou trapalhões. O problema é que quase todos laboravam no âmbito mediúnico (alguns não ficaram convencidos de que a mulher comunicasse com a espiritualidade). Costumo dizer que faltou um Flournoy para Piper, assim como não faltou um para Hélène Smith. Veja, por ilustração o que a respeito noticia Scott Rogo, em “Vida após a Morte”:
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A – “Hodgson jamais se impressionou muito com o Dr. Phinuit, que praticamente não sabia se expressar em francês e jamais pôde apresentar uma versão aceitável de sua própria vida terrena. Na realidade, Phinuit parecia ser uma parte destacada da mente da própria Sra. Piper, ou, pelo menos, era essa a opinião de Hodgson. Apesar, contudo, de suas credenciais duvidosas, o Dr. Phinuit mostrava-se muitas vezes brilhante na transmissão de mensagens verídicas dos mortos.”
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B – “Vários dos dirigentes da Sociedade puderam trabalhar com a Sra. Piper durante a sua viagem. Elaboraram juntos um relatório sobre o seu trabalho, no qual chegaram a quatro conclusões principais: (1) que não havia motivo para se suspeitar da boa fé ou honestidade da Sra. Piper; (2) que a Dr. Phinuit era provavelmente uma personalidade da própria mente da espírita; (3) que muitas vezes ele forçava sua entrada em algumas das sessões, mas que (4) podia proporcionar farta quantidade de material altamente probante. Os pesquisadores, contudo, não se arriscaram a afirmar que as mensagens vinham dos mortos. A esse respeito se achavam inteiramente divididos. Sir Oliver Lodge preferia a sua hipótese a qualquer outra, acerca da fonte das comunicações da Sra. Piper, mas a hipótese telepática ganhava terreno, e alguns pesquisadores a aceitavam.”
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C – “Talvez se admita hoje que toda a questão da sobrevivência pode ter sido baseada na mediunidade da Sra. Piper. Mesmo, porém, com tão elevada qualidade comprobatória, alguns dos componentes da velha guarda da Sociedade de Pesquisas Psíquicas ainda se mostravam céticos quanto à hipótese espírita. Vários de seus guias, por exemplo, ainda continuavam a ser personagens fictícias, e mesmo os mais dignos de crédito — que deveriam conhecer melhor — sustentavam a legitimidade dos que eram flagrantemente fictícios. Mesmo o altamente considerado Pelham não conseguia discutir questões filosóficas muito bem, por intermédio da Sra. Piper, apesar de se tratar de matéria a que era muito afeiçoado quando em vida. Foi com esperança de esclarecer alguns desses problemas que a Sociedade estava sempre à procura de novos e eficientes médiuns. Essa tendência foi, de certo modo, fortuita, uma vez que muitos dos fundadores da Sociedade estavam começando a passar. Surgiu uma nova geração de pesquisadores para continuar o seu trabalho.”]
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MONTALVÃO DISSE:“Se os espíritos se prestam a convencer alguns com cartinhas adocicadas”
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ARDUIN – Não sei se foi o doce que convenceu ou o reconhecimento, nessas cartas, de indícios particulares dos quais o médium não poderia ter conhecimento. Aqui mesmo com relação ao Chico, fica bem evidente no caso do filho da Cacilda Becker, quando Chico mostrou conhecer algo que só ele sabia.
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COMENTÁRIO: Prezado não-tãojovem: não adianta o médium mostrar que conhece algo que “só o morto sabia”. Se “só” o morto sabia como saber se ele realmente sabia? O que se tem que demonstrar são coisas que só os mortos podem saber. Esta é minha proposta verificativa. Mesmo que os pretensos espíritos “revelem” informações a que o médium dificilmente teria acesso, nada impossibilita que o dificilmente não aconteça. Difícil e impossível são coisas distintas. Para os crentes esse tipo de prova (aquela de que alegadamente apenas o falecido tinha conhecimento) é satisfatória, mas essa satisfação cessa tão logo o contexto acreditativo é ultrapassado.
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Em tempo: o filho era de Cacilda Becker ou de Nair Belo?
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ARDUIN: Bem, o que exige você para saber se mediunidade é real? No meu caso, quando alguém diz que “descobriu-se que o médium estudara durante anos o estilo do Dickens…” Ora, estou pedindo demais que sejam apresentadas as provas da veracidade de tal assertiva? É gozada essa situação. Eu sou criticado se disser que acho válida a afirmativa de que o médium relata nunca ter lido o texto autêntico do Dickens e retomou a narrativa do ponto de parada. Mas o Lucien Roure dizer o que disse, sem provas e sem mais nada, aí não é ser ridículo. Crença por crença.
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COMENTÁRIO: O que eu digo é que essas demonstrações e declarações são confusas o suficiente para não comprovar coisa alguma. O caso de Dickens é sintomático. Três pessoas no século XIX terminaram o romance. Uma delas disse que fora o espírito de Dickens quem lhe passara as instruções. Ah, diria alguém, acontece que o texto do médium era bem melhor que os outros. Realmente era, mas isso é evidência de que Dickens ditasse o escrito? É verdade que não podemos ter certeza se o completador estudou atentamente o estilo do falecido, porém também é realidade que não podemos ter certeza de que não tenha estudado. Visto que alguém completar a obra de outrem não tem nada de sobrenatural, por que teríamos de aceitar que Dickens-espírito estivesse presente unicamente por ter o redator assim testemunhado? Para se constatar que um espírito saiu de paraisópolis e veio espiritizar os vivos é necessário mais que o mero depoimento de quem se diz contatador de falecidos. Não concorda?
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ARDUIN: Diz a lenda que houve uns três outros que fizeram pastiches em cima do texto de Dickens, mas não eram lá grande coisa… O texto do médium pareceu ser bem melhor, mas aí fica pros críticos literários. Não é a minha praia.
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COMENTÁRIO: Recentemente, Matthew Pearl, escritor norte-americano fez um romance em cima do romance inacabado e recebeu acalorados elogios da crítica.
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Sobre os terminadores de Dickens, veja o texto a seguir:
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“Quando Charles Dickens morreu, há 141 anos atrás, em 9 de junho de 1870, tinha 58 anos e um livro inacabado: The Mystery of Edwin Drood (O mistério de Edwin Drood). Como um livro de Dickens seria sucesso de vendas na certa, não tardaram a aparecer candidatos a terminar a obra deixada por ele. A primeira tentativa veio naquele mesmo ano de 1870, feita pelo americano Robert Henry Newell, que publicou sob o pseudônico de Orfeu C. Kerr. O segundo final foi escrito por Henry Morford, um jornalista de Nova York. A terceira versão, no entanto, não apenas foi a mais inusitada, como considerada por alguns como sendo uma obra póstuma do próprio Dickens. Entre o Natal de 1872 e julho de 1873, um mecânico americano de nome Thomas James, de parca formação cultural, escreveu mais uma conclusão da novela inacabada. Segundo ele, durante este período, o espírito de Charles Dickens teria sido o autor do texto. Além de ser muito mais longa do que as outras versões, o texto de James foi considerado por alguns (inclusive por Sir Arthur Conan Doyle) como aquele que apresentava surpreendente continuidade “na maneira de pensar, no estilo e nas peculiaridades ortográficas de Dickens”. Para os espiritualistas mais afoitos este final do livro foi visto, inclusive, como “a mais convincente prova da sobrevivência do espírito”. Ou seja: um mistério ainda maior do que o do próprio Edwin Drood…” http://www.lpm-blog.com.br/?p=8630 ]
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TOFFO DISSE: “Mas a verdade é que Amauri denunciou e ficou por isso mesmo.”
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ARDUIN – Ah! Que bacana! Amauri Pena vem dizer que o tio Chico escrevia tudo por si próprio, sem interferência de espíritos e o próprio Amauri também… Mas ninguém investigou nada. Claro! Não havia o que investigar! Aos Chatólicos só interessou o desmentido à mediunidade do Chico e aos outros nada interessou e o motivo é bem simples: escrever livros não é crime. Se Chico quis atribuir a espíritos a autoria dos seus textos, é coisa para os babões espíritas crerem. Ninguém iria processar o Chico por ter escrito seus livros por sua própria mente em vez de legitimamente fazê-lo por ação de espíritos.
Compreendeu?
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COMENTÁRIO: Acho que tem um pouco mais de caroço neste angu. O caso é que Chico sempre foi blindado pelo movimento kardecista. Ele era por demais importante para ser jogado às feras. Lembre do caso Humberto Campos, em que uma equipe foi destacada para cuidar da defesa do médium. Chico sequer compareceu ao tribunal. Na denúncia de Amaury, novamente a força de defesa entrou em ação. Do mesmo modo com o caso Otília, do qual Chico (e na ocasião Waldo, que também muito interessava) foram mandados de férias até que a fogueira esfriasse.
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Saudações,
junho 20th, 2013 às 10:30 PM
Outras passagens de genuflexão na obra chiquista:
Nesse momento, ó Deus de Bondade! alguma coisa imprevis-
ta me felicitava o coração. Contrastando as sombras, raios de luz desprendiam-se intensamente de nossos
corpos. Extraordinária comoção apossou-se-me d’alma. Vicente e eu ajoelhamo-nos a um
só tempo, banhados em lágrimas, enviando ao Eterno os nossos
profundos agradecimentos, em votos
de júbilo fervoroso. Estáva-
mos embriagados de ventura. Era a primeira vez que me vestia de luz, luz que se irradiava de todas as células do meu corpo espiri-
tual. Os Mensageiros
Diante de Cipriana, que sustentava a enferma nos braços cari-
nhosos, ajoelharam-se ambos instintivamente, chorando comovi-
dos.
Como haviam procedido nas horas de sono carnal, assim, ao observarem a venerável senhora em plena agonia, ajoelharam-se ambos, lacrimosos, quase na mesma posição de horas antes.
Reconhecendo o poder divino de que era dotada a emissária, notei que o enfermo, parcialmente liberto do
corpo, e o persegui-
dor implacável passaram a ver-nos com indescritível assombro. Gritaram violentamente, empolgados
pela surpresa, e, por julgar cada um de nós o que vê através do prisma de conhecimentos adquiridos, cuidaram fossem visitados pela excelsa Mãe de Jesus:
definiam o ambiente em harmonia com as noções religiosas que o mundo lhes inculcara. O doente ajoelhou-se de súbito, dominado por incoercível
comoção, e desfez-se em copioso pranto. O outro, porém, embora perplexo e abalado, manteve-se ereto, qual se o bendito favor daquela hora não lhe fosse, a ele mesmo concedido.
Totalmente transfigurado com a presença do menino, nosso quase demente amigo suplicou:
– Fabricinho, eu desejo que você reze por mim…
O petiz não se fez rogado. Ajoelhou-se ali mesmo e disse, respeitosamente, a oração dominical.
A moça abriu desmesuradamente os olhos e ajoelhou-se ins-
tintivamente, amparada pela mãe. Parecia esforçar-se por trazer à lembrança alguém que ficara em
pretérito longínquo… No Mundo Maior
Ao defrontar-
se com os benfeitores, deteve-se perante Ribas, com a lucidez que lhe era possível, e, magnetizada talvez por aquele olhar brando e sábio, ajoelhou e pediu-lhe a bênção. E a Vida Continua…
O enfermeiro, vencido por semelhantes palavras, ajoelhou-se, diante de nós, e jurou:
– Em nome da Justiça Divina, prometo amparar esta criança, como verdadeiro pai!
Gregório deixou cair a lâmina acerada e de joelhos se
prosternou, bradando:
– Mãe! Minha mãe! Minha mãe!.. Libertação.
junho 20th, 2013 às 10:35 PM
E a questão do Amauri não é tão simples assim. O foco do que eu disse não foi “Ninguém iria processar o Chico por ter escrito seus livros por sua própria mente em vez de legitimamente fazê-lo por ação de espíritos. como o Arduin disse, mas o fato de o rapaz possivelmente estar falando a verdade e ser calado. Se assim não fosse, por que CX saiu sub-repticiamente de Pedro Leopoldo, com a roupa do corpo, para se instalar em Uberaba? Por mudança de ares não foi, com certeza.
junho 21st, 2013 às 12:59 AM
Genial, Montalvão. Se só o morto sabia, a gente pode dizer qualquer coisa sobre ele. Quem vai corroborar? Como é o nome dessa falácia? Essa eu não conhecia.
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Quando não estava “ajoelhado”, cx estava “genuflexo”. Gostava da posição. Vivia “de joelhos”. Será que tinha um supedâneo na casa dele? É como dizem, “ajoelhou, tem que rezar”.
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Tentando desvendar o mistério do filho de Cacilda/Nair, vejam o que encontrei:
“Na obra CHICO XAVIER,MEDIUNIDADE E AÇÃO (ideal,1990), Carlos Antonio Baccelli conta que Luiz Carlos Becker( Cuca), filho da atriz Cacilda Becker, relatou-lhe que certa ocasião, conduzindo uma das reuniões do Centro que preside em São Paulo, em que Chico estava presente, considerando encerradas as tarefas da noite, perguntou-lhe se podia encerrar a reunião, ouviu: “- O Dr Bezerra está pedindo que esperemos um pouco mais, meu filho.”.. Daquele momento em diante, um forte cheiro de éter espalhou-se no recinto e luzes relampejaram no ambiente. Na penumbra, impressionados, os presentes viram o coração do médium se iluminar. De paletó, como era hábito seu, Chico colocava as mãos sobre o peito e virava-se contra a parede, encolhendo-se todo, na tentativa de ocultar a luz que se lhe irradiava do tórax, de forma intensa e suave, ao mesmo tempo. Inútil, porém. A luz saía pelas costas, varando a camisa e o paletó, iluminando o salão. Desconcertado, Chico, findos os trabalhos, ficou dizendo que aquela luz era dos Espírito e não dele.”
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Já vi uma palestra no youtube, do Divaldo, na qual ele dizia a mesma coisa, essa tal luz que cx tentava esconder.
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Mais adiante, na mesma narrativa, vê-se que São cx tinha o dom da ubiquidade:
“Empunhando uma arma, alguém bradava: “-Ninguém vai tocar em Chico Xavier. Eu o defenderei de qualquer um. Ele é um santo!”. Notava-se o desequilíbrio da pessoa, aumentando a apreensão de todos, especialmente pela realidade da arma de fogo, de grosso calibre… A movimentação aumentou no recinto, uns se apavorando, outros procurando correr, outros tentando controlar a pessoa. Chico, tranquilo, afasta-se um pouco do grupo e põe-se em silêncio, permanecendo, contudo, no recinto. Descemos ao térreo pensando em providências defensivas, e, para nosso alívio, um jipe com militares da Polícia Militar para junto ao meio-fio e seus ocupantes, comandados por um sargento, vem ao nosso encontro, sendo recebidos com as seguintes palavras: ‘- Graças a Deus vocês chegaram. Estamos com problemas lá em cima!”. Antes de qualquer explicação, para surpresa nossa, o líder da patrulha fala: “- Não tem nada não, vamos subir. O senhor Chico Xavier FOI NOS CHAMAR NA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA, onde estávamos em ronda. Viemos logo atender ao chamado”. Fora, avalia Dona Nenem, um evidente fenômeno de bilocação.”.
A Nair Belo virou espírita por causa dessa “comunicação”. E depois virou espírito.
A estorinha da Nair já foi publicada aqui mesmo. Confiram:
http://obraspsicografadas.org/2010/anlise-da-carta-psicografada-do-filho-da-atriz-nair-bello/
junho 21st, 2013 às 1:00 AM
Antônio, prazer em “revê-lo”.
junho 21st, 2013 às 1:21 AM
Se quiserem transformar cx em um santo católico, já tem dois milagres aí, num dia só.
junho 21st, 2013 às 9:58 AM
Tirando uma conclusão séria disso tudo que aqui é apresentado: note-se que acompanhamos quase em real time o mecanismo genérico de construção dos Mitos Religiosos.
Imagine-se isso tudo realimentado ao longo de uns 2 milênios sem INTERNET e sem contrapontos; virtualmente siquer sem escrita como foi o caso até o século xviii.
junho 21st, 2013 às 10:29 AM
Marciano Disse: “Genial, Montalvão. Se só o morto sabia, a gente pode dizer qualquer coisa sobre ele. Quem vai corroborar? Como é o nome dessa falácia? Essa eu não conhecia.”
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COMENTÁRIO: chama-se “falácia da morrida sabiência”.
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Grande abraço.
junho 21st, 2013 às 10:55 AM
Ainda na profícua metodologia sugerida pelo Professor:
Ouvia-se, provinda de um coro dulcíssimo de vozes meigas e cristalinas, uma prece ao Criador, repleta de harmonias e de excelsitudes. E aquele cântico melodioso era mais um ciclo de asas ou murmúrio de favônios unindo as pétalas das flores. [“Mãe”]
– O próprio Cristo, Nosso Senhor, para cimentar os alicerces do seu apostolado de redenção, chamou a si os companheiros da Boa Nova que, embora a princípio não lhe compreendessem a excelsitude, dele se fizeram apóstolos intimoratos, selando com o Mestre Inesquecível um contrato de coração para coração, por intermédio do qual lançaram os fundamentos do Reino de Deus na Terra, numa obra de abnegação e sacrifício que constitui, até hoje, o mais arrojado cometimento do amor no mundo. [“André Luiz” – Ação e Reação]
Sentem-se expostos a doloroso processo de burilamento e admitem padecer, mais que os outros, angustiosas provas. Mas, na sublimação espiritual de que oferecem testemunho, outros filhos da Terra tomam contacto com a Boa Nova, descobrindo as excelsitudes da vida cristã e estendendo-lhe a luz divina. [“Emmanuel” – Fonte Viva]
Sonhou que alcançava as portas da Vida Espiritual, e, deslumbrado com a leveza de que se via possuído, intentava alçar-se para melhor desfrutar a excelsitude do Paraíso, quando um funcionário da Passagem Celeste se aproximou, a lembrar-lhe, solícito: [“Irmão X” – A Ficha]
junho 21st, 2013 às 11:37 AM
E o Arduin ainda insiste que o homem psicografava.
Este Arduin é um figuraça.
junho 21st, 2013 às 3:25 PM
Nossa, em 2010 este portal era bem mais virulento… os defensores mais hidrófobos do espiritismo, e os menos, apareciam por ali. Hoje sumiu todo mundo.
junho 21st, 2013 às 3:51 PM
Não sei quem é mais doente? Os divulgadores das idiotices religiosas, ou quem acredita nelas.
junho 21st, 2013 às 5:42 PM
Biasetto,que raio de termo é esse, chuiquismo-catolicismo-apostólico-romano-brasileiro, agora vc perguntou se eu acredito nos espiritos zombeteiros que se manifestavam através dele, eu te respondo que não, mas que também não afirmo que ele foi um farsante por completo eu classifico as suas obras que não foram achadas como sendo fraude, de “dramatização do inconsciente”, se algum dia provarem o contrário parabéns.
junho 21st, 2013 às 9:07 PM
“A meu ver a mediunidade de Piper não foi provada. Foi provado, sim, que a mulher possuia habilidades singulares.”
– E quais eram essas habilidades e quais os recursos não mediúnicos que ela usava para fazê-las funcionar?
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“Infelizmente, Piper está morta e não houve novas piperes desde então. Minha opinião é que Leonora não fora devidamente estudada. Não que seus pesquisadores fossem incultos ou trapalhões. O problema é que quase todos laboravam no âmbito mediúnico (…)”
– Por isso disse para reler o artigo contra Gardner:
http://obraspsicografadas.org/2012/como-martin-gardner-enganou-os-cticos-uma-lio-ao-confiar-em-um-mgico-2010/
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“hipótese telepática ganhava terreno, e alguns pesquisadores a aceitavam.”
– E como é que essa telepatia funcionava quando Piper descrevia coisas que os pesquisadores desconheciam, como no caso lá do Cooper?
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“alguns dos componentes da velha guarda da Sociedade de Pesquisas Psíquicas ainda se mostravam céticos quanto à hipótese espírita.”
– E como justificavam o seu ceticismo?
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“não adianta o médium mostrar que conhece algo que “só o morto sabia”. Se “só” o morto sabia como saber se ele realmente sabia?”
– O caso é o do filho da Cacilda Becker, o Cuca:
A atriz Cacilda Becker desencarnou trabalhando, durante a apresentação de uma peça importante, na capital paulista. Dois anos depois que a grande dama saiu de cena, houve um encontro de seu filho Luiz Carlos Becker Fleury Martins com o Chico. Tratando-o pelo apelido, Chico dirigiu-lhe a palavra nestes termos:
_ Cuca, meu filho, gostei muito do seu bilhete.
O moço embatucou. Havia um engano ali, mas deixou a conversa fluir. Chico repetiria a referência mais uma vez. Na terceira, Luiz Carlos não se segurou. Desculpou-se, falou do possível engano, pois não escrevera bilhete algum endereçado ao Chico.
_ Não foi para mim, meu filho. Foi para sua mãe: “Mamãe, vá em paz. Aqui a gente se vira”.
Sacudido pela emoção, Cuca quis saber como o Chico tivera conhecimento do bilhete que colocara sob a cabeça do cadáver de sua mãe minutos antes de o corpo dela baixar à sepultura. Era coisa muito íntima sobre a qual não fora dita uma palavra a ninguém, nem mesmo à sua esposa.
_ Foi a Cacilda que me contou, respondeu singelamente o Chico.
(http://compactandoletras.blogspot.com.br/2011/01/cacilda-becker-e-chico-xavier-adelino.html)
– Como é que o Chico pôde saber disso? Tanto quanto eu saiba, esse caso, que circula aí pela internet, nunca foi desmentido.
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Sabe o que eu acho gozado, Malvadão? É alguém falar que pinta, desenha, escreve, esculpe, etc e tal, graças à intervenção de um espírito. Acho que o médium americano, se não fosse médium coisa nenhuma, nunca iria estudar o estilo de Dickens, completar o romance e dizer que foi pelo espírito do Dickens. Como pasticheiro ele ganharia muito mais crédito e seria muito melhor acatado e também fica a pergunta: _ Por que parou só neste romance inacabado? Já que podia produzir igual o Dickens vivo, seria muito capaz de escrever romances inéditos, no mesmo estilo e viver uma carreira de sucesso, tal como muitos imitadores de Elvis Presley…
Mas de novo faço a pergunta: quando o Lucien Roure e seus copistas dizem que “descobriu-se que”, sem anunciar como se descobriu, nem que foi o descobridor, por que devo acatar essa opinião? Só porque “parece mais lógica”?
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No caso do Humberto de Campos, a família dele queria receber os direitos autorais, já que o fantasma do Humberto escrevia através do Chico. Ele nem foi ao tribunal, pois nem precisava: tal ação era tão ridícula, que só podia dar no que deu. No caso do Amauri, foi a mesma coisa: só serviu para os críticos de sempre terem mais um argumento à mão… mas que pobreza de argumento. No caso da Otília, Chico, que nunca foi polêmico, preferiu se ausentar. O Waldo, que tinha a obrigação de defender sua pesquisa, simplesmente não o fez por excesso de covardia. Ele próprio confessa isso nas suas Tertúlias.
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“Se assim não fosse, por que CX saiu sub-repticiamente de Pedro Leopoldo, com a roupa do corpo, para se instalar em Uberaba?”
– Não foi por uma mudança de ares, Ex-Toffado, e sim porque passou num concurso público, mas a vaga foi alocada em Uberaba. Assim deixou Pedro Leopoldo e foi pra lá… Levou pouca coisa, pois não tinha recursos para fazer uma mudança de tudo o que tinha. Deixou suas poucas posses com seus familiares e daí a lenda quevediana de que “saiu fugido e só com a roupa do corpo”.
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De Morte, veja se encontra argumentistas de qualidade. O Baccelli é uma PIADA.
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“E o Arduin ainda insiste que o homem psicografava.
Este Arduin é um figuraça.”
– Obrigado, André. Sou mesmo.
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“Os divulgadores das idiotices religiosas, ou quem acredita nelas.”
– Tem coisa pior para se acreditar: em tolices científicas. As tolices religiosas, só os tolos de plantão acreditam. Já as tolices científicas… Veja a valorosa e muito acreditada pesquisa de Cyrill Burt.
junho 21st, 2013 às 9:14 PM
Arduin,
vc mesmo diz que o Bacelli é uma piada. Mas o Marciano disse que o conto do filho da Cacilda Becker foi o Bacelli quem contou na obra CHICO XAVIER,MEDIUNIDADE E AÇÃO (ideal,1990). Ora, qual a confiabilidade que podemos ter de que ele não inventou tudo? Foi ele quem inventou a história da NASA! O cara é um mentiroso de marca maior!
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Para mim essa história do filho da Cacilda é pura mentira.
junho 21st, 2013 às 9:33 PM
Chico Xavier teria, alguma vez, dito a verdade? Receio que não.
Aquele que mente uma vez, precisa permanecer mentindo continuamente, para dar sustentação à mentira original. Com Chico, parece que foi exatamente assim. Mentira atrás de mentira… Farsa atrás de farsa. Lamentavelmente.
junho 21st, 2013 às 11:36 PM
CX não passou num concurso público em 1958. Pelo contrário, ele se aposentou nessa época como escriturário do Ministério da Agricultura.
junho 21st, 2013 às 11:39 PM
E eu acho que a família do HC tinha toda a razão em requerer os direitos autorais. A FEB e CX estavam usando indevidamente o nome dele. Quem discorda disso não conhece direito de autor.
junho 22nd, 2013 às 10:11 AM
O ódio do Professor contra a Ciência é cômico…
Já as tolices científicas… Veja a valorosa e muito acreditada pesquisa de Cyrill Burt.
By the way: qual é o problema com o Burt?
The correlations Burt reported are only slightly higher (*) than those reported, with far better data and no hint of fraud, by several contemporary studies of twins raised apart.
HUNT, Earl. Human Intelligence. Cambridge. Painel 8.6.
(*) até onde eu saiba 0,75 x 0,77
junho 22nd, 2013 às 10:41 AM
Gorducho,
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quais as referências desses estudos que em tese replicariam os estudos de Burt?
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Um abraço.
junho 22nd, 2013 às 11:25 AM
Vitor, o Baccelli NÃO INVENTOU sobre esses casos. Pode ter aumentado como todo bom chiquista, mas não as inventou. Esses dois casos já são conhecidos há tempos. O da aura do Chico eu me lembro de ter lido num jornal espírita dos anos 1980 e o caso do Cuca já tinha visto num livro, mas não me lembro qual (li numa biblioteca).
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O Baccelli levou um pé na bunda, dado pelo próprio Chico, pois apesar de seus conselhos e advertências, quis seguir sem vigilância, cedendo a zombeteiros. Apesar de morar em Uberaba, ele ficou os últimos 8 anos da vida do Chico sem poder ir à sua casa e sem falar com ele. Hoje quer lucrar em cima do falecido Chico, escrevendo livros ditados pelo espírito dele… mas sem mostrar a senha combinada com os detentores dela.
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Enfim, é um capenga que só os oba-oba de plantão acham que é o máximo.
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Trouxas!
junho 22nd, 2013 às 11:26 AM
“Para mim essa história do filho da Cacilda é pura mentira.”
– Então por que ele não a desmentiu, já que circula há tempos na internet e foi contada em livros?
Não consegui achar nenhum desmentido dele. Veja se você encontra.
junho 22nd, 2013 às 11:36 AM
Bem, Ex-Toffado, é a justificativa que vi sobre o motivo de ele ter saído de Pedro Leopoldo. Não haveria razão alguma para ele deixar essa cidade por causa do entrevero com o sobrinho.
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Ex-Toffado, se a justiça desse ganho de causa à família do Humberto, seria o reconhecimento de que de fato há comunicações entre mortos e vivos através de médiuns. Acha que juízes católicos iam cair nessa armadilha?
Como é que os padres iam dizer que não há espíritos e sim o Demo falando pelos médiuns se a Justiça brasileira já decidira que é sim os espíritos dos mortos que se comunicam? Se houvesse isso, os espíritas poderiam processar os clérigos e céticos que negassem a intervenção dos espíritos através dos médiuns.
Sentiu o drama?
A família NÃO PODIA requerer direitos autorais, pois eles só valem para o que o escritor produziu EM VIDA. Os herdeiros só podem receber os direitos em até 70 anos após a morte do autor, quando então a obra se torna de domínio público. Um médium qualquer que escreva algo atribuído ao espírito de Humberto ou ao espírito de Doisberto é um PASTICHE. E o direito autoral do pastiche vai para quem o escreveu o, no caso o médium.
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Sacou?
junho 22nd, 2013 às 11:52 AM
Oi, Arduin
o Cuca pode não ter sequer tomado conhecimento dessa história que anda circulando. Você precisa é entrevistá-lo pessoalmente, gravar a entrevista, filmá-la, e só então tentar usar isso como evidência.
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Relatos de segunda mão possuem pouquíssimo valor para a Ciência. Ian Stevenson descarta quase todos os relatos de segunda mão, só os usa em raríssimas ocasiões. Assim se você não tem um relato em primeira mão do filho da Cacilda, desculpe, mas não pode usar isso como evidência de nada.
junho 22nd, 2013 às 12:21 PM
Eu citei 0,75 “de memória” como procurei deixar claro. No entanto, pode ser encontrado e.g. em SPECIAL REVIEW: RACE, INTELLIGENCE, AND THE BRAIN: The Errors and Omissions of the ‘Revised’ Edition of S. J. Gould’s The Mismeasure of Man (1996); por J. Philippe Rushton (Dept° de Psicologia da Univ. of Western Ontario, London, Ontario).
Publicada em Person. Individ. Diff. Vol 23, N° 1, pp. 171, 1997. Elsevier Science.
(…)The average heritability from these studies is 75%, almost the same as Burt’s supposedly ‘faked’ heritability of 77%.
Ali, obviamente, é citada a bibliografia “d’aqueles estudos”.
junho 22nd, 2013 às 7:15 PM
Vitor, é MUITO IMPROVÁVEL que o Cuca não houvesse tido conhecimento dessa história. Ele é ou foi uma pessoa ligada ao meio artístico, onde há vários espíritas e vai querer me dizer que NENHUM deles quis saber detalhes do ocorrido?
O lance é achar algum contato dele e aí tirar a dúvida. Mas para mim há muito pouca dúvida. Também não gosto de relatos em segunda mão, mas se o cara não é escritor…
junho 22nd, 2013 às 7:29 PM
Balofo, o problema com o Cyrill Burt é o seguinte: confira em
http://en.wikipedia.org/wiki/Cyril_Burt
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/grandes-fraudes-ciencia-628462.shtml
e melhor ainda aqui:
http://books.google.com.br/books?id=hc1fazDGeYIC&pg=PA76&lpg=PA76&dq=cyril+burt+fraude&source=bl&ots=MrwyQ9vg_P&sig=yHkh95JhKTeO_fSx9ikZlhETHmE&hl=pt-BR&sa=X&ei=oCPGUb3oFI6y0QHUt4HYCA&ved=0CFYQ6AEwBjgK#v=onepage&q=cyril%20burt%20fraude&f=false
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E depois me diga se não estou certo em dizer que crer em pataquadas científicas é a maior roubada. Muito maior do que crer em pataquadas religiosas. Estas últimas sempre serão postas em dúvida, mas as primeiras…
junho 22nd, 2013 às 7:30 PM
Arduin,
ainda que o Cuca tivesse tido conhecimento dessa história, ele pode não ter tido interesse em desmenti-la, ou desmentiu entre os seus amigos, mas o desmentido não chegou à imprensa etc. Talvez ele sequer se incomode com essa história. Vá saber…
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Eu já sei de casos que o Divaldo Franco foi pego em fraude e conseguiram abafar. A história nunca veio a público, circula apenas entre um grupo.
junho 22nd, 2013 às 8:10 PM
Balofo, o problema com o Cyrill Burt é o seguinte: confira em
Conferi, e mais uma vez observo sua imensa dificuldade com a Arte da Leitura e Interpretação de Textos. Os negritos são meus:
Psychologists Arthur Jensen and J. Philippe Rushton have pointed out that the controversial correlations reported by Burt are in line with the correlations found in other twin studies.[12][28] Rushton (1997) wrote that five different studies on twins reared apart by independent researchers corroborated Cyril Burt’s findings and had given almost the same heritability estimate (average estimate 0.75 vs. 0.77 by Burt).[29] Jensen has also argued that “[n]o one with any statistical sophistication, and Burt had plenty, would report exactly the same correlation, 0.77, three times in succession if he were trying to fake the data.”[28] W.D. Hamilton claimed in a 2000 book review that the claims made by his detractors in the so-called “Burt Affair” had been either wrong or grossly exaggerated.[30]
According to Earl B. Hunt, it may never be found out whether Burt was intentionally fraudulent or merely careless. Noting that other studies on the heritability of IQ have produced results very similar to those of Burt’s, Hunt argues that Burt did not harm science in the narrow sense of misleading scientists with false results, but that in the broader sense science in general and behavior genetics in particular were profoundly harmed by the Burt Affair, leading to an unjustified general rejection of genetic studies of intelligence and a drying up of funding for such studies.[31]
junho 22nd, 2013 às 8:50 PM
Gorducho, se os dados do Ciryl Burt foram replicados, tudo bem, menos mal, mas o livro “A Impostura Científica em Dez Lições” a meu ver provou de forma clara que o Burt fraudou:
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Sir Cyril Burt e o QI
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De onde vem a inteligência? Ela é hereditária? Podemos medi-la? Eis aí o exemplo típico da Verdadeira Pergunta insolúvel. É preciso entrar em acordo desde já sobre o que é a inteligência. Desafio você a encontrar duas pessoas que dêem a mesma definição de inteligência. Quanto a medir uma variável tão inapreensível, faz pensar numa anedota que se contava na União Soviética: “O que é a perspectiva? É procurar um gato preto num buraco preto onde não há nenhum gato preto, e dizer que o encontrou”.
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Como todas as perguntas verdadeiras, essa da inteligência produziu uma pseudo-resposta: o quociente intelectual, ou QI, inventado por Alfred Binet no começo do século XIX. No início, Binet tinha construído sua escala, com Théodore Simon, com a intenção de detectar as crianças retardadas ou que apresentavam problemas cognitivos, a fim de propor-lhes um ensino adaptado às suas necessidades. Mas esse louvável objetivo foi rapidamente subvertido. De um instrumento destinado ao contexto da escola, quiseram fazer um instrumento de medida da inteligência geral. Entretanto, a maioria dos psicólogos concorda em reconhecer que o QI só mede um aspecto muito restrito da inteligência. Mais grave que isso, uma corrente conservadora anglo-saxônica simplesmente desviou o QI de sua função para fazer dele uma arma de seleção social a serviço das classes dominantes e, nos Estados Unidos, do racismo contra os negros. Num livro excelente que fará seu QI subir mais vinte pontos, Richard Lewontin, Steven Rose e Leon Kamin mostram como o projeto de Binet foi desnaturado pelos eugenistas anglo-saxões. Essa corrente remonta ao fim do século XIX. Pode-se atribuir sua paternidade a Francis Galton, um dos primeiros a afirmar que o talento e as qualidades intelectuais eram transmitidos por hereditariedade. Nos Estados Unidos, galtonianos como Lewis Terman e Henry Goddard introduziram os testes de QI, mas numa óptica totalmente oposta à de Binet. Para eles, as aptidões eram fixadas de uma vez por todas ao nascer. Não era então o caso de procurar ajudar as crianças com fracasso escolar. O QI tornava-se a escala de medida de uma classificação hierárquica do mundo.
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Na Inglaterra, a introdução do teste de Binet “foi obra principalmente de Cyril Burt, um psicólogo cujos laços com o eugenismo eram ainda mais fortes que os de seus colegas de além-Atlântico”, segundo Lewontin, Rose e Kamin. “O pai de Burt era médico e foi levado a tratar de Galton; este último, por suas recomendações, fez muito para ajudar Burt a ser nomeado o primeiro psicólogo escolar do mundo de língua inglesa.”
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Burt representava a inteligência como um recipiente cuja capacidade tinha sido fixada de uma vez por todas: “É impossível que um pote de um litro possa conter mais de um litro de leite; e da mesma maneira é impossível que o nível de instrução de uma criança possa ultrapassar o que lhe é permitido por sua capacidade de instruir-se”, escreveu ele.
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Para demonstrar a hereditariedade da inteligência, Burt recorreu a um método astucioso: estudou pares de gêmeos verdadeiros que, por uma razão ou outra, foram separados no início da vida e criados em famílias diferentes. Os gêmeos verdadeiros têm exatamente os mesmos genes e, portanto, em princípio, as mesmas capacidades inatas. Mas, em geral, crescem juntos, de modo que é muito difícil separar o que eles devem à hereditariedade das influências de seu meio. Os gêmeos separados ofereciam a Burt uma situação em que o inato se dissociava do adquirido, já que, começando “em igualdade”, eles evoluíam em meios diferentes. Se, pensava Burt, eles conservavam QIs próximos um do outro depois da separação, é porque suas educações diferentes não tinham tido influência sobre suas qualidades intelectuais. Dito de outro modo, a inteligência, nessa hipótese, não depende do meio, mas somente da herança genética.
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De 1943 a 1966, Burt produziu, numa longa série de publicações, estatísticas referentes sucessivamente a 15, 21, 30 e finalmente 53 pares de gêmeos verdadeiros separados. A cada vez, ele encontrava uma correlação muito forte entre os QIs dos gêmeos, demonstrando que a diferença de meio não tinha influído sobre suas capacidades iniciais. Essa descoberta sensacional valeu ao seu autor uma notoriedade considerável. Quando morreu, em 1971, elevado à dignidade de Sir, Burt era considerado um grande mestre da psicologia britânica. Hans Eysenck, outro eminente representante da corrente galtoniana, fez o elogio do trabalho de Burt, salientando a “qualidade superior de seus estudos no que concerne à concepção e ao tratamento estatístico dos dados”.
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Qualquer estatístico competente poderia demonstrar o contrário. Os cálculos de Burt continham uma anomalia. Em todos os seus artigos, o coeficiente de correlação entre os QIs permanecia o mesmo com a diferença de três decimais, ao passo que o número de pares aumentava. Ora, um coeficiente de correlação se calcula a partir dos dados precisos da amostra estudada. Se esta última for modificada, por pouco que seja, o valor do coeficiente não pode permanecer idêntico, mesmo que a tendência observada esteja inalterada. Que Burt tenha encontrado um coeficiente de correlação constante com a diferença de três decimais constituía, portanto, uma coincidência numérica mais do que improvável.
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Em 1976, um jornalista curioso, Oliver Gillie, correspondente científico do Sunday Times de Londres, fez uma descoberta ainda mais estranha. Os pares de gêmeos verdadeiros separados são uma mercadoria rara. Encontrá-los e medir seu QI não é tarefa fácil. Então Burt contratou, para secundá-lo, duas colaboradoras, Miss Conway e Miss Howard. Elas supostamente tinham escrito artigos num jornal de psicologia editado por Burt, tinham aplicado testes de QI em gêmeos e efetuado a análise de inúmeros dados publicados por Sir Cyril. Gillie foi incapaz de encontrar pistas dessas duas preciosas colaboradoras!
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“Os mais próximos associados de Burt jamais as tinham visto e elas lhes eram totalmente desconhecidas”, relatam Lewontin e seus co-autores. “A governanta de Burt perguntou-lhe uma vez quem eram essas pessoas; Burt lhe respondeu que elas tinham emigrado para a Nova Zelândia ou para a Austrália; mas era numa época anterior, segundo a cronologia dos artigos de Burt, no período em que elas deveriam aplicar testes nos gêmeos na Inglaterra. A secretária de Burt indicou que tinha às vezes escrito artigos assinados após a publicação com o nome de Conway ou Howard. Esses fatos levaram Gillie a sugerir, num artigo publicado na primeira página do Sunday Times em 1976, que Conway e Howard talvez jamais tivessem existido.” Eram, no sentido próprio, criaturas de Burt.
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A prova definitiva da fraude foi apresentada pelo biógrafo de Burt, Leslie Hearnshaw. Fervoroso admirador de Sir Cyril, Hearnshaw foi encarregado pela irmã de Burt de escrever a vida do grande homem. Ela lhe entregou um diário íntimo que continha a confissão escrita da trapaça. Burt contava como tinha passado uma semana de janeiro de 1969 a “calcular” os dados originais sobre os 53 pares de gêmeos, que um psicólogo de Harvard, Christopher Jencks, lhe tinha pedido. Esses dados tinham supostamente servido de base para o artigo que Burt havia publicado três anos antes… Sir Cyril os tinha inventado de alto a baixo! Na verdade, só os quinze primeiros pares de gêmeos existiam realmente.
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Por que Cyril Burt trapaceou, em desprezo não apenas às regras científicas, mas à honestidade mais elementar? “Um primeiro elemento de resposta é que ele certamente estava intimamente convencido de que sua hipótese… era exata”, escrevem Marcel Blanc, Georges Chapouthier e Antoine Danchin em La Recherche. “Ora, segundo muitas testemunhas, ele era de natureza um tanto paranóica. Foi sem dúvida esse traço patológico que o levou a fazer passar sua convicção pessoal na frente da objetividade científica… No final das contas, as fraudes de Burt se explicam porque ele sem dúvida preferiu trapacear a ver seus adversários triunfar.”
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Não se trata, portanto, somente do funcionamento paranóico de Burt, mas também de seu engajamento a serviço de uma poderosa corrente ideológica. Essa implicação ideológica explica o fato de que ninguém ousou tocar nos trabalhos de Burt até muitos anos após sua morte. A anomalia dos coeficientes de correlação deveria imediatamente saltar aos olhos dos colegas de Burt. Redigindo uma resenha da biografia de Hearnshaw para o British Journal of Psychology, N. J. Mackintosh escreveu:
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Deixando de lado a questão da fraude, o fato crucial é que não há necessidade de examinar a correspondência ou os diários íntimos de Burt para perceber que seus dados não são cientificamente aceitáveis. Isso pode ser constatado nos próprios dados. Era absolutamente evidente nos seus artigos de 1961. Já era perceptível, para quem sabia abrir os olhos, nos seus artigos de 1958. Mas ninguém prestou atenção nisso até que Kamin, em 1972, descobre pela primeira vez a maneira totalmente irregular que Burt usava para relatar seus dados e a invariância incrível de seus coeficientes de correlação.
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E Mackintosh conclui: “É uma triste crítica que se deve fazer à comunidade científica por ter deixado que ‘números indignos da atenção científica’ se encontrassem em quase todos os manuais elementares de psicologia”.
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Mesmo que os números estivessem corretos, deduzir daí que a hereditariedade da inteligência estava demonstrada por acaso não é tirar uma conclusão muito forte de resultados referentes a uns cinqüenta pares de gêmeos? A verdade é que os eugenistas galtonianos não estavam nem um pouco preocupados com provas. O nicho inexpugnável de Burt residia nesse domínio do preconceito ideológico sobre a psicologia britânica, que proibia toda verdadeira discussão científica. A tese da inteligência inata constitui a pedra de toque do sofisma maior da filosofia liberal conservadora: 1) os ricos devem sua fortuna ao seu talento; 2) os filhos dos ricos herdam não somente a fortuna de seus pais, mas sua inteligência; 3) essas crianças bem-dotadas são forçosamente mais bem-sucedidas que os pobres débeis. Conclusão: os ricos continuam ricos, os pobres continuam pobres, e tudo vai bem no melhor dos mundos. Como se diz nos Estados Unidos: é melhor ser jovem, branco e rico do que velho, Black e Decker.
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Notemos que Burt aplica com virtuosismo as regras de ouro do nicho: partindo do filão inesgotável da origem da inteligência (regra de ouro n.1), ele anuncia uma descoberta revolucionária (regra de ouro n.2), mas esta só serve para demonstrar um preconceito antigo e corrente, a hereditariedade da inteligência (regra de ouro n.3); ele não traz nenhum elemento científico novo (regra de ouro n.4), mas dissimula cuidadosamente os processos pouco corretos que lhe permitiram obter seus resultados (regra de ouro n.5); ele tem um público já formado, a corrente conservadora da psicologia britânica (regra de ouro n.6); enfim, com uma tenacidade implacável, ele mantém sem cessar seus resultados fictícios durante mais de vinte anos, e morre sem ter sido acusado de fraude (regra de ouro n.7). Quase um imaculado. Ah! Se não houvesse aquele maldito diário íntimo e aquelas amaldiçoadas estatísticas… Nobody is perfect.
junho 22nd, 2013 às 10:28 PM
Arduin, bem se vê que vc não entende de direito. Os direitos autorais de supostas psicografias pertencem ao médium. Nesse caso, CX e a FEB estariam usando indevidamente o nome de um escritor em detrimento dos herdeiros. Além dos direitos materiais sobre a obra do autor, há os direitos imateriais (de nome, de imagem etc). Enquanto a obra do autor não entrar em domínio público, qualquer obra derivada do nome do autor, seja para botar música, seja para adaptar para cinema, seja para usar o nome etc precisa da autorização dos herdeiros. Isso CX e a FEB não fizeram. Tanto é que foram proibidos de usar o nome de HC nas obras supostamente ditadas pelo espírito dele.
junho 23rd, 2013 às 1:41 AM
Arduin:
Independentemente de desmentidos ou concordância dos envolvidos, essas histórias de cx emanando luz do peito (disfarçando mal, para que ninguém visse, tanto que todo mundo viu) e de desdobramento físico, são iguais a qualquer historinha de HQ. Prefiro as do Kal-El, aka Clark Kent.
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Toffo:
Tanto isso que você disse é verdade que cx passou a psicografar o “irmão x” (deve ser o irmão do Speed Racer, alguém conhece o “Corredor X?)
junho 23rd, 2013 às 1:44 AM
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corredor_X
Arduin, pra um professor de botânica, tu és uma graça.
“Adventures waiting just ahead, Go Speed Racer.
junho 23rd, 2013 às 1:46 AM
Arduin, especialmente pra você, que gosta de HQ’s:
http://www.youtube.com/watch?v=q9eCqwzAjTY
junho 23rd, 2013 às 1:50 AM
O Irmão X (Humberto Campos) aparece aos 08 segundos do vídeo.
Notem o X no capacete dele.
Arduin, se eu não morasse tão longe, ia assistir a uma aula ministrada por você. Deve falar cada maluquice.
junho 23rd, 2013 às 1:51 AM
Humberto DE Campos.
junho 23rd, 2013 às 1:58 AM
Arduin, nas aulas de botânica você deve sempre falar de Cannabis indica, Cannabis sativa, Psylocybe mexicana, Mimosa hostilis, Lophophora williamsii, Atropa belladona, Datura Stramonium, etc.
Como sei?
Garanto que não é mediunidade ou clarividência. São suas postagens.
Isso é que dar estudar botânica.
junho 23rd, 2013 às 1:58 AM
Arduin, respondo-lho após COMENTÁRIO:
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Marcos Arduin Disse: (citando MOntalvão) “A meu ver a mediunidade de Piper não foi provada. Foi provado, sim, que a mulher possuia habilidades singulares.”
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ARDUIN – E quais eram essas habilidades e quais os recursos não mediúnicos que ela usava para fazê-las funcionar?
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COMENTÁRIO: basta ler o que falei seguido ao comentário acima: “Piper, em meu modo de vista, não foi devidamente estudada”. Então você indaga, quais seriam essas habilidades? Ora só podemos especular, visto que os que acompanhavam a mulher explicavam seus “poderes” ora apelando para espíritos, ora para a telepatia (a coqueluxe dos metapsiquistas). Leonora poderia ser dotada de elevada capacidade interpretativa da fala em segundo plano (sinais sensitórios). Habilidade que conjugaria com leitura fria e ou outro talento. Fica difícil daqui distante elaborar perfil das capacidades dessa criatura, considerando o complexo desempenho que apresentava: havia ocasiões que revelava coisas admiráveis e outras em que falhava como qualquer canastrão. Juntamente com falas que pareciam efetivamente provindas de falecidos, cometia erros grosseiros em suas mediunices. Também se registravam limitações intelectuais de certos comunicantes difíceis de ser compreendidas. Por exemplo, o melhor alterego de Piper (Georges Pelham, ou Pellew) em vida fora dedicado ao estudo de filosofia, entretanto quando supostamente comunicava não conseguia expor nada de útil nessa área. Sem falar de Phinuit que se dizia médico francês porém “esquecera” a língua natal e não sabia dar indicações que levassem à identificá-lo quando vivo.
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(citando Montalvão): “Infelizmente, Piper está morta e não houve novas piperes desde então. Minha opinião é que Leonora não fora devidamente estudada. Não que seus pesquisadores fossem incultos ou trapalhões. O problema é que quase todos laboravam no âmbito mediúnico (…)”
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ARDUIN – Por isso disse para reler o artigo contra Gardner:
http://obraspsicografadas.org/2012/como-martin-gardner-enganou-os-cticos-uma-lio-ao-confiar-em-um-mgico-2010/
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COMENTÁRIO: comecei a ler o texto, parei para investigar dados do autor e acabei não andando. Da parte que li, percebi que uma das objeções a Gardner postula que os relatórios sobre Piper, promanados pela SPR, seriam inatacáveis, visto que produzidos por cabeças pensantes de primeira linha. Isso é verdade, mas se aqueles investigadores partiram de bases distintas daquela que poderia levar a elucidação do mistério piperiano, todo o trabalho quedaria prejudicado. Pelo que entendi do que li a respeito dessas investigações, as linhas perquiritivas ou exploravam a hipótese mediúnica ou a paranormal. Ao que parece nenhuma hipótese psicológica foi aplicada. Tampouco se realizaram verificações que confirmassem ou eliminassem a efetividade da presença de espíritos com Piper. Depois que findar a leitura, falarei mais.
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(citando Montalvão) “a hipótese telepática ganhava terreno, e alguns pesquisadores a aceitavam.”
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ARDUIN – E como é que essa telepatia funcionava quando Piper descrevia coisas que os pesquisadores desconheciam, como no caso lá do Cooper?
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COMENTÁRIO: a hipótese telepática não é de minha lavra, era um dos caminhos optados pelos que investigaram a mulher. Mas, Rogo, esmiuça melhor essa questão, veja o que ele diz:
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“A despeito de todas as provas, nenhuma solução final do problema da sobrevivência resultou do estudo da mediunidade. A tentação da hipótese telepática cedo se reencarnou como a teoria do super-ESP (percepção extra-sensorial), que argumenta que o médium pode utilizar ilimitados poderes de telepatia e de clarividência para apresentar as suas personalidades secundárias como entidades espíritas. Algo próximo da hipótese super-ESP foi mesmo parcialmente demonstrado em 1921, quando S.G. Soal, destacado pesquisador psíquico britânico, realizou uma série de sessões com a Sra. Blanche Cooper, no Colégio Britânico de Ciências Psíquicas, em Londres, conseguindo entrar em contacto com um antigo colega de estudos, chamado Gordon Davis, que transmitiu um certo número de mensagens verídicas. As provas de comunicação espírita foram impressionantes, porém mais tarde se verificou que o comunicador ainda estava vivo. Pesquisas posteriores revelaram que a médium descreveu detalhes da casa para a qual aquele cavalheiro só se mudou posteriormente.*”
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(citando Montalvão) “alguns dos componentes da velha guarda da Sociedade de Pesquisas Psíquicas ainda se mostravam céticos quanto à hipótese espírita.”
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ARDUIN – E como justificavam o seu ceticismo?
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COMENTÁRIO: apenas citei a explanação de Rogo, ele não entra em detalhes sobre esse ponto.
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(citando Montalvão) “não adianta o médium mostrar que conhece algo que “só o morto sabia”. Se “só” o morto sabia como saber se ele realmente sabia?”
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ARDUIN – O caso é o do filho da Cacilda Becker, o Cuca:
A atriz Cacilda Becker desencarnou trabalhando, durante a apresentação de uma peça importante, na capital paulista. Dois anos depois que a grande dama saiu de cena, houve um encontro de seu filho Luiz Carlos Becker Fleury Martins com o Chico. Tratando-o pelo apelido, Chico dirigiu-lhe a palavra nestes termos:
_ Cuca, meu filho, gostei muito do seu bilhete.
O moço embatucou. Havia um engano ali, mas deixou a conversa fluir. Chico repetiria a referência mais uma vez. Na terceira, Luiz Carlos não se segurou. Desculpou-se, falou do possível engano, pois não escrevera bilhete algum endereçado ao Chico.
_ Não foi para mim, meu filho. Foi para sua mãe: “Mamãe, vá em paz. Aqui a gente se vira”.
Sacudido pela emoção, Cuca quis saber como o Chico tivera conhecimento do bilhete que colocara sob a cabeça do cadáver de sua mãe minutos antes de o corpo dela baixar à sepultura. Era coisa muito íntima sobre a qual não fora dita uma palavra a ninguém, nem mesmo à sua esposa.
_ Foi a Cacilda que me contou, respondeu singelamente o Chico.
(http://compactandoletras.blogspot.com.br/2011/01/cacilda-becker-e-chico-xavier-adelino.html)
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– Como é que o Chico pôde saber disso? Tanto quanto eu saiba, esse caso, que circula aí pela internet, NUNCA FOI DESMENTIDO.
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COMENTÁRIO: e como alguém desmentiria? Esse tipo de prova nada prova. Está misturando o contexto da crença com a possibilidade de verificação objetiva de relato anedótico. Basta haver um componente não corretamente relatado para que toda a história mude. Por exemplo, e se o moço, no calor da emoção, julgou que ninguém vira o que escreveu para a mãe quando várias pessoas teriam testemunhado? Não podemos garantir que sim tampouco que não. É o que se pode chamar evidência para quem não precisa de comprovação porque acreditará de qualquer modo.
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Se se quiser comprovar a atuação do médium e a real manifestação de desencarnado (não tem outro jeito) precisará submeter o espírito e o médium a testes produzidos pelo investigador, em vez de ficar na dependência da criativade daquele que diz canalizar entes espirituais.
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ARDUIN: Sabe o que eu acho gozado, Malvadão? É alguém falar que pinta, desenha, escreve, esculpe, etc e tal, graças à intervenção de um espírito. Acho que o médium americano, se não fosse médium coisa nenhuma, nunca iria estudar o estilo de Dickens, completar o romance e dizer que foi pelo espírito do Dickens. Como pasticheiro ele ganharia muito mais crédito e seria muito melhor acatado e também fica a pergunta: _ Por que parou só neste romance inacabado? Já que podia produzir igual o Dickens vivo, seria muito capaz de escrever romances inéditos, no mesmo estilo e viver uma carreira de sucesso, tal como muitos imitadores de Elvis Presley…
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COMENTÁRIO: as motivações pessoais são difíceis de serem compreendidas. O que é importante para Arduin pode não ser para Montalvão e assim com todos. Até no mesmo entorno identificamos interesses diversos: Chico Xavier abria mão de qualquer vantagem pecuniária oriunda de sua “mediunidade”, enquanto Gasparetto embolsa cada centavo que a lide mediúnica lhe proporciona. Então, não é porque alguém que pinta e borda alegando que o faz energizado por espíritos que essa declaração deva ser aceita sem verificação.
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ARDUIN : Mas de novo faço a pergunta: quando o Lucien Roure e seus copistas dizem que “descobriu-se que”, sem anunciar como se descobriu, nem que foi o descobridor, por que devo acatar essa opinião? Só porque “parece mais lógica”?
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COMENTÁRIO: você está certo, apenas não entende que minha proposta investigativa é outra. Talvez Lucien Roure esclarecesse as razões de ter dito o que alegou; seja como for, insisto, o fato de haver gente capaz de complementar obras inacabadas, sem recorrer à suposta ajuda dos falecidos, já é razão para se receber com reservas de ceticismo declarações que apelam para a senda mediúnica. Quem diz que produziu alguma coisa graças aos favores de desencarnados deveria ser meticulosamente testado, para se conferir se há alguma alminha na parada.
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ARDUIN: No caso do Humberto de Campos, a família dele queria receber os direitos autorais, já que o fantasma do Humberto escrevia através do Chico. Ele nem foi ao tribunal, pois nem precisava: tal ação era tão ridícula, que só podia dar no que deu. No caso do Amauri, foi a mesma coisa: só serviu para os críticos de sempre terem mais um argumento à mão… mas que pobreza de argumento. No caso da Otília, Chico, que nunca foi polêmico, preferiu se ausentar. O Waldo, que tinha a obrigação de defender sua pesquisa, simplesmente não o fez por excesso de covardia. Ele próprio confessa isso nas suas Tertúlias.
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COMENTÁRIO: suas explicações, embora sejam aceitáveis, não elucidam a dúvida: há ou não espíritos zumbizando os vivos e lhes passando informes vários?
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A ação da viúva contra Chico não foi ridícula, foi mal elaborada, a defesa é que foi piegas (e prolixa): verdadeira exaltação espírita. A decisão judicial favoreceu ao kardecismo indiretamente: o juízo concluiu que o judiciário não era órgão consultivo para a questão proposta e rejeitou julgar a querela.
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Pode ser que o covarde na história tenha sido o Waldo (talvez não dissesse isso caso ele continuasse no meio kardecista), o problema é que Chico foi junto: naqueles dias ambos estavam em igual patamar de valorização para o espiritismo. Xavier, mesmo não sendo polêmico, não se omitiu de elaborar panegírico em favor de Otília: escrito muito bobinho, em que compara as aldrabices de Otília aos relatos das aparições de Jesus Cristo após a crucificação.
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Saudações crucíferas
junho 23rd, 2013 às 6:24 AM
Vitor, faça-me o favor: se o cara não desmentiu uma história envolvendo sua pessoa e a de sua mãe, então ela DEVE SER verdadeira. Achar que ele não ligasse ou desconhecesse essa história é levar a credulidade humana a um extremo insuportável. Ainda mais que se diz que ele se converteu ao Espiritismo por conta do evento. Se ele não é espírita, aceitaria isso?
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O Divaldo já é outra história. Como é que se abafa um boato depois que ele se tornou de conhecimento público? Se ficou restrito a um grupo calado, como você ficou sabendo? Acaso fazia parte deste grupo?
junho 23rd, 2013 às 6:29 AM
Ah! Bom, Ex-Toffado… Então não estávamos falando a mesma língua, embora usássemos o mesmo idioma… O problema não era de DIREITOS AUTORAIS e sim de USO DE IMAGEM/NOME. Soube que a família de Carlos Drumond de Andrade quer patentear o nome dele… Se eu citá-lo em algum trabalho, tenho de pagar os direitos… Vai ficar gozado.
junho 23rd, 2013 às 8:23 AM
Obrigado pelos elogios, de Morte, pena que não constroem muito…
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Não sou eu quem inventa (estou pouco me lixando) e sim apenas digo o que disseram. No caso aí do Irmão X, a explicação que ouvi de Roque Jacintho é que se trata de um NOME GENÉRICO, ou seja, qualquer espírito que se manifesta, mas não deseja se identificar, pode usar deste nome.
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Histórias e historietas envolvendo aura, luz do peito, etc e tal envolvendo o Chico, se não tiverem algo de mais palpável para mostrar, são só conversa fiada. Um defeito muito grave, mas não é só dos espíritas.
junho 23rd, 2013 às 8:46 AM
Arduin,
achei um depoimento do Cuca Becker. Bem, para mim fica claro que as evidências são pífias. O Cuca narrou o caso no dia 15 e 16 de junho de 2004 no programa do Clodovil, das 13 às 16 horas. Não assisti o programa, mas uma conhecida descreveu-o pra mim à época – coisa que eu nem lembrava – e eu não achava o depoimento porque ela escreveu “Becher” em vez de Becker. Eis o caso:
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“Cuca Becher, após narrar a morte da sua mãe Cacilda Becker considerada a maior atriz destes Brazís, até agora,conta que se tornou alcoolatra. Ele contava 19 anos e contracenava com a mãe em uma peça teatral, quando a atriz caiu morta , em cena, respondendo
á “fala” dele, na peça. Um choque e tanto, realmente , para um filho adolescente e deslumbrado com a própria mãe.
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Na hora de fechar o caixão, Cuca ao abraçar a mãe, enfiou um bilhetinho, disfarçadamente, sob a cabeça da morta, no instante em que se debruçou para beijá-la pela ultima vez.
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Vindo dos Estados Unidos, tempos depois, e debaixo de uma grande depressão, Cuca procurou pelo Walmor Chagas, marido da sua mãe e quem fez o papel de pai para ele quando, separada , Cacilda se casou com o
ator levando o filho do primeiro casamento para morar com o casal. Walmor estava viajando e a situação apertou para o rapaz quando teve ciencia de que não tinha para onde ir, todos os que poderiam lhe dar guarida estavam ausentes de São Paulo. Desesperado, Cuca dirigiu-se para um local perigoso, com o fito de cometer suicídio. Em lá chegando, acovardado, ele gritou para o vento: “Jesus, me ajuda, se voce não me ajudar vou acabar com a minha
vida.”Ou coisa semelhante.
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Se sentindo mais calmo, Cuca voltou para a cidade e foi para um hotel ( se não me engano). No salão do hotel, de repente, ele viu Chico Xavier e uma turma de umas 30 pessoas, adentrarem no salão onde ele se encontrava. Meio tonto, como que se procurasse por alguém, Chico
estava parado olhando em todas as direções. E “deu” com o Cuca e para ele se dirigiu. “Meu filho, fiquei muito feliz com o seu bilhetinho”, disse o médium para um Cuca boquiaberto,pois ele jamais escrevera coisa alguma para o Chico e não tinha conhecimento com ele.
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Passados 2 anos, Cuca foi convidado a ir em Uberaba. Quando Chico Xavier se encontrou com ele, de cara, repetiu a mesma frase que lhe dissera em São Paulo. Sem intimidade com o médium, Cuca ficou constrangido de lhe pedir por maiores explicações. Até que ,mais tarde,já mais confiante naquela amizade, Cuca resolveu esclarecer aquela situação.
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Chico lhe respondeu: “Eu estava no meu canto quando ví uma mulher do meu lado e ela me disse_” Chico, ajuda o meu filho pelo amor de Deus, sou Cacilda”- e desapareceu. Então, fui naquele local cumprir
com um compromisso e senti que o filho da tal Cacilda estava no recinto, me encaminhei para voce, levado pela intuição e lhe disse uma frase que me foi imposta de dentro por alguém.
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O mesmo aconteceu das outras duas vezes em que Chico repetiu a frase para o Cuca, contou ele. O “bilhetinho”, Cuca soube logo, obviamente, foi o que ele colocara ás escondidas sob a cabeça da mãe lhe agradecendo por tudo o que viveram juntos.
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Como estava na hora de encerrar o programa, o Clodovil convidou o Cuca para voltar hoje para esclarecerem melhor este fato já que ele foi contado ás pressas ontem.”
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Fica claro duas coisas:
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1) A frase “fiquei muito feliz com o seu bilhetinho” pode ser algo que o Chico dizia frequentemente para qualquer pessoa. Ele não disse na hora que o bilhetinho era o que o filho colocou no caixão da mãe. Nem disse o conteúdo do bilhete – nunca disse, aliás. O filho é que fez essa ligação com o bilhete do caixão, mas nada garante que fosse esse o bilhete que ele estivesse se referindo. Essa frase do bilhetinho que ele repetia me lembra o caso da frase “Querida mãezinha” que ele repetia em diversas cartas. Ele repetia diversas outras frases também, como “rosa sem espinhos”.
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Note ainda, que o filho narrou o episódio anos depois de ocorrido. Falhas de memória ocorrem muito nesses casos. Há o risco sério de embelezamento da história, ainda mais por alguém que estava profundamente comovido.
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Para piorar, muitas pessoas podem tê-lo visto colocar o bilhetinho, afinal a morte de uma grande atriz é acompanhada por uma multidão. Talvez uma filmagem do enterro mostre o filho colocando o bilhetinho.
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Enfim, o caso é fraco, cheio de possíveis explicações por meios normais.
junho 23rd, 2013 às 9:28 AM
“Piper, em meu modo de vista, não foi devidamente estudada”
– Sabe, Moisés, nós dois temos um problema parecido: não lemos direto na fonte o que se fez com relação à Piper. Estamos apenas citando de segunda mão que se diz que se fez sobre ela. Assim eu fico sem conhecer os detalhes dos estudos _ e a verdade estaria nesses detalhes _ e você fica papagaiando o que os céticos costumam dizer. Infelizmente eu arrumei pra cabeça e agora estou com serviço atrás de serviço, até porque antes de mim, não fez nada muito decente… Não sei como está o seu tempo.
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Telepatia… Nos filmes de ficção, um telepata lê pensamentos, vê e escuta pelo outro, sem a menor dificuldade. Quando o Zangari me falou do que fazia e obtinha, minha vontade foi perguntar: _ É gozação, é? Veja o exemplo que me passou: a pessoa cuja mente ia ser lida, concentrava-se no desenho de uma bicicleta. O telepata que tentava ler sua mente, desenhou… um par de olhos. A prova de houve telepatia: a presença de dois objetos circulares… Quão longe iria um médium com uma telepatia dessas?
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Leitura fria também foi descartada, como você pode ver aí no link. Mas sacomé: da mesma forma que os criacionistas, incapazes de produzir conhecimento novo, recorrem a velhos chavões, já há muito desmentidos pela Ciência, o pessoal cético também usa da mesma estratégia: recorrem às mesmas velhas explicações, mesmo depois de provado que elas não explicam o que os pesquisadores registraram. Uma pena.
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“e como alguém desmentiria?”
– Ué? Se alguém contasse alguma história da qual não participei, eu desmentiria isso. Talvez não fosse muito ouvido, afinal sou um zé mané, mas o Cuca não. Vai querer me dizer que falam dele uma mentira cabeluda e ele nem toma conhecimento?
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Bem, várias pesquisas foram feitas sobre médiuns. Umas mais, outras menos elaboradas, mas as desculpas céticas são sempre as mesmas…
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Uma outra alternativa também é possível: da mesma forma que investigadores podem analisar textos em busca de falsificações, isso também poderia ter sido feito com o caso aí do médium. Se puderam achar a assinatura de um assassino num texto de email… Achar que é possível alguém terminar o texto de um autor sem precisar de espíritos é DETERMINANTE para se julgar o caso quando se alega ação de espíritos… Mas de novo volto ao ponto: se o Lucien aí diz que DESCOBRIU-SE, por que se omitiu em apontar os santos?
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Como eu disse, o Chico não era polemista e por isso não podia ir muito além do que você disse que foi. Já o Waldo era CIENTÍFICO e hoje fica aí, dizendo que o Chico fraudava. Se não defendeu sua pesquisa e deixou os colegas no chão duro…
junho 23rd, 2013 às 9:38 AM
Vitor, como se vê no final da entrevista, o programa já estava se encerrando e aí faltou esclarecer mais detalhes do caso…
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Ah! As hilariantes explicações naturais… Se ele diz que colocou o bilhete discretamente e “escondidamente” enquanto beijava a face da falecida mãe, então como é que “uma multidão” teria visto isso?
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Embelezamento da história? Já viu aquela da “mensagem a Garcia”? Realmente o que faltaria mesmo é uma entrevista detalhada com o Cuca, cruzando-se esses relatos e tirando a limpo os embelezamentos. Mas se no essencial a coisa está mantida, por que o caso seria fraco?
junho 23rd, 2013 às 9:54 AM
Gorducho, se os dados do Ciryl Burt foram replicados, tudo bem, menos mal,
🙂
junho 23rd, 2013 às 10:17 AM
E, já que ele não fez os experimentos, talvez tenha utilizado o Método da Ciência Espírita: compareceu a uma Leitura Mediúnica, e psicografaram-lhe o valor correto.
junho 23rd, 2013 às 10:53 AM
Note-se que o bilhete foi colocado justamente no momento mais significante de qualquer velório: despedida final do filho e fechamento do caixão. Quando cessam as conversas periféricas e toda atenção das pessoas próximas volta-se para o acompanhamento respeitoso desse momento…
junho 23rd, 2013 às 12:15 PM
Arduin,
o filho pode achar que colocou o bilhete de forma escondida, mas será que naquela comoção toda ele realmente conseguiu fazê-lo? E outra, será que ele não contou o que fez para alguém ou mesmo para várias pessoas e isso acabou chegando ao Chico?
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Mas não precisamos supor nada disso. Acho a explicação mais simples a de que o Chico tinha uma frase feita que usava para esses momentos. Tanto que ele repetiu a mesma frase anos depois. Lembre-se, o Chico nunca disse o conteúdo do bilhete. O filho é que fez a ligação do bilhete que o Chico disse com o bilhete do enterro. Quando ele perguntou ao Chico que bilhete ele se referia, ele disse: “me encaminhei para voce, levado pela intuição e lhe disse uma frase que me foi imposta de dentro por alguém.”
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Ele nem chegou a dizer que foi a mãe que disse a frase para não se arriscar. Nem explicou que bilhete era a que se referia, que era o que tinha colocado no momento do enterro. Nem disse o conteúdo do bilhete.
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O caso é muito fraco por esses motivos. Além, claro, de guardar uma infinidade de outras explicações naturais…
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Não sei o que é essa “mensagem a Garcia”. Mas vc sabe que embelezamentos existem, como naquele caso do filho do Imbassahy que foi falar daquelas garrafas que o Mirabelli teria levitado e acrescentou várias coisas ao depoimento do pai, chegando inclusive a dobrar o número de garrafas levitadas. E olha que o depoimento do pai estava escrito! Era só o filho consultar o livro para não errar. Se até com depoimentos escritos a história é deturpada, imagina o depoimento de alguém contando algo ocorrido anos depois sob forte emoção? Não dá para considerar isso uma evidência digna de crédito, sinto muito.
junho 23rd, 2013 às 1:09 PM
A única “prova” que o Arduin usa em defesa da mediunidade de Chico Xavier é esta tal história do bilhete. Concordo com o Vítor, trata-se de uma história bem fraquinha. Aliás, todas as religiões se baseiam em histórias assim: muito fracas. Quando não são fracas, são absurdas.
Martinez, “chuiquismo-catolicismo-apostólico-romano-brasileiro” (ou xavierianismo), é a religião que o Chico Xavier criou no Brasil. Tem pouco a ver com o espiritismo kardecista.
http://oblogdosespiritas.blogspot.com.br/2011/09/artigos-de-sergio-aleixo-dividem.html
junho 23rd, 2013 às 1:11 PM
O Sérgio Aleixo não dá valor algum ao chiquismo:
http://oprimadodekardec.blogspot.com.br/
junho 23rd, 2013 às 1:14 PM
http://ensinoespirita.blogspot.com.br/2011/06/espiritismo-segundo-chico-xavier.html
junho 23rd, 2013 às 1:15 PM
http://ensinoespirita.blogspot.com.br/2010/01/nasa-estuda-aura-de-chico-xavier.html
junho 23rd, 2013 às 1:16 PM
Mais uma prova de que Chico Xavier e Waldo Vieira não passam de farsantes:
http://ensinoespirita.blogspot.com.br/2013/05/a-farsa-do-livro-evolucao-em-dois-mundos.html
junho 23rd, 2013 às 5:34 PM
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Marcos Arduin disse: Ex-Toffado, se a justiça desse ganho de causa à família do Humberto, seria o reconhecimento de que de fato há comunicações entre mortos e vivos através de médiuns. ACHA QUE JUÍZES CATÓLICOS IAM CAIR NESSA ARMADILHA?
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COMENTÁRIO: Não é bem assim: nada a ver com armadilhas contra católicos. A petição da viúva requeria que a Justiça decidisse, “submetendo a hipótese, para sua elucidação, a todas as provas científicas possíveis, se digne declarar, por sentença, se ESSA OBRA LITERÁRIA É OU NÃO DO ‘ESPÍRITO’ DE HUMBERTO DE CAMPOS”. Ou seja: o meritíssimo decidiria se o falecido fora autor das produções vertidas por Chico. A ideia era pôr Chico e a FEB entre dois fogos, ambos mortais. O que havia de interesse em jogo não era a legitimidade da comunicação, isso para o intento da ação pouco importava, o pleito reclamava decisão sobre os direitos autorais dos livros publicados pela Federação Espírita em nome de Humberto.
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O advogado do reclamado percebeu a fraqueza do petitório e contra ela dirigiu a contestação. Ao início da réplica o defensor de Chico dizia: “Pede a inicial que o Poder Judicário declare por sentença se É OU NÃO do Espírito de Humberto de Campos a obra literária que menciona, o que vale dizer, que declare por sentença a sobrevivência ou não do Espírito e a possibilidade ou impossibilidade de sua comunicação com os vivos […] Como poderão os nossos tribunais dirimir uma contenda dessa natureza?”
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Quer dizer, o próprio movimento espírita se posicionava contrário à ideia de que a sobrevivência e a comunicação pudessem ser reconhecidas judicialmente.
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Arduin: E depois me diga se não estou certo em dizer que crer em pataquadas científicas é a maior roubada. Muito maior do que crer em pataquadas religiosas. Estas últimas sempre serão postas em dúvida, mas as primeiras…
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COMENTÁRIO: Arduin, devo entender que postula ser a ciência um festival de pataquadas pelo fato de existirem cientistas vigaristas? E quem é que denuncia as safadezas desses? Religiosos? Cientistas são homens, humanos, sujeitos a toda séria de tentações a que estamos expostos, desde Adão e Eva…
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(citando Montalvão) “Piper, em meu modo de vista, não foi devidamente estudada”
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Arduin: – Sabe, Moisés, nós dois temos um problema parecido: não lemos direto na fonte o que se fez com relação à Piper. Estamos apenas citando de segunda mão que se diz que se fez sobre ela. Assim eu fico sem conhecer os detalhes dos estudos _ e a verdade estaria nesses detalhes _ E VOCÊ FICA PAPAGAIANDO O QUE OS CÉTICOS COSTUMAM DIZER. Infelizmente eu arrumei pra cabeça e agora estou com serviço atrás de serviço, até porque antes de mim, não fez nada muito decente… Não sei como está o seu tempo.
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COMENTÁRIO: o que posso fazer se papagaio o que os “céticos” dizem? Vai ver, nalguns pontos, temos opiniões comuns…
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Que pena esteja assoberbado de serviço, eu estou de boa, minha faina diária se resume a: beber cachaça no bar do bigode, jogar cartas na praça, e coçar o saco quando nele der coceira. Pensando bem, até que não é pouco…
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Arduin: Telepatia… Nos filmes de ficção, um telepata lê pensamentos, vê e escuta pelo outro, sem a menor dificuldade. Quando o Zangari me falou do que fazia e obtinha, minha vontade foi perguntar: _ É gozação, é? Veja o exemplo que me passou: a pessoa cuja mente ia ser lida, concentrava-se no desenho de uma bicicleta. O telepata que tentava ler sua mente, desenhou… um par de olhos. A prova de houve telepatia: a presença de dois objetos circulares… Quão longe iria um médium com uma telepatia dessas?
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COMENTÁRIO: o Zangari lhe falou isso? Vixi! Deve ter tomado xixi pensado fosse cerveja! Mas, não se entristeça: muitas “confirmações” do paranormal se fazem com bases em tais aproximações. Por outro turno, fique frio: em minha opinião telepatia não serve para explicar muita coisa, nem a mediunidade…
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Arduin: Leitura fria também foi descartada, como você pode ver aí no link. Mas sacomé: da mesma forma que os criacionistas, incapazes de produzir conhecimento novo, recorrem a velhos chavões, já há muito desmentidos pela Ciência, o pessoal cético também usa da mesma estratégia: recorrem às mesmas velhas explicações, mesmo depois de provado que elas não explicam o que os pesquisadores registraram. Uma pena.
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COMENTÁRIO: o problema não seria esse (velhos chavões), sim no direcionamento adequado das pesquisas. Continuo a dizer: Piper foi talentosa, disso parece não haver dúvida. Mas talentosa em quê? Na mediunidade? Em leitura fria? Em hiperestesia? Em intuições afortunadas? Em todas, tirante a mediunidade? Pelo que suponho, a mulher tornou-se um mistério não elucidado. Os que a experimentaram tentaram mas não resolveram. Hoje, só nos resta a especulação caso não surja quem especializado em condição propor explicações satisfatórias.
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(citando Montalvão): “e como alguém desmentiria?”
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ARDUIN – Ué? Se alguém contasse alguma história da qual não participei, eu desmentiria isso. Talvez não fosse muito ouvido, afinal sou um zé mané, mas o Cuca não. Vai querer me dizer que falam dele uma mentira cabeluda e ele nem toma conhecimento?
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COMENTÁRIO: referia-me a desmentido investigativo. Se o Cuca participou ou não, se participou mas não da maneira que se diz, ou se há da parte dele interesse em que a história se consolide (contestar a mentira nem sempre será da vontade do envolvido, principalmente se o gratifica), nada nessa via se desmente fácil, a não ser parcialmente pela juntada de testemunhos denegadores; porém a estes podem ser contrapostos testemunhos ratificadores e o caso seguirá a perder de vista. Considere o episódio de Otília Diogo, no qual a probabilidade de fraude é esmagadora, mesmo assim há quem defenda com vigor a legitimidade da mulher e a inconivência dos médicos e de Chico.
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ARDUIN: Bem, várias pesquisas foram feitas sobre médiuns. Umas mais, outras menos elaboradas, mas as desculpas céticas são sempre as mesmas…
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COMENTÁRIO: várias pesquisas, muitas pesquisas, foram feitas, nenhuma conclusiva, tanto que hoje continua a discutir-se se espíritos falam com vivos. Mesmo que as desculpas (objeções) céticas sejam as mesmas de sempre nada muda essa realidade de dúvidas.
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ARDUIN: Uma outra alternativa também é possível: da mesma forma que investigadores podem analisar textos em busca de falsificações, isso também poderia ter sido feito com o caso aí do médium. Se puderam achar a assinatura de um assassino num texto de email… Achar que é possível alguém terminar o texto de um autor sem precisar de espíritos é DETERMINANTE para se julgar o caso quando se alega ação de espíritos… Mas de novo volto ao ponto: se o Lucien aí diz que DESCOBRIU-SE, por que se omitiu em apontar os santos?
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COMENTÁRIO: prezado, se Lucien não esclareceu como devia, falta dele. Quanto a isso nada podemos fazer. O problema é outro. Não é pelo fato de um vivo poder terminar a obra de quem morreu que a alegação de que essa terminação tenha sido subsidiada pela alma do falecido seja destituída de valor, nada disso. O caso é que a comunicação entre desencarnados e os com carne não é taxativamente demonstrada e os eventos que parecem demonstrá-la podem ser explicados por vias terrenas. Então, voltamos ao ponto inicial da discussão: a ação de espíritos no mundo dos vivos nunca foi definitivamente evidenciada e os que acreditam nessa possibilidade pouco se esforçam por apresentarem testes reconhecidamente comprovativos. Testes que pudsessem ser feitos até por crianças e que fossem aplicados em todos os encontros onde se digam estejam espirituais atuando. O mesmo pode ser dito de ambientes onde se afirmem que o Espírito Santo se fez presente; ou que demônios estejam possuindo desinfelizes; que “santos” se apossem de “cavalos”, por aí vai…
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André Ribeiro Disse: Mais uma prova de que Chico Xavier e Waldo Vieira não passam de farsantes:
http://ensinoespirita.blogspot.com.br/2013/05/a-farsa-do-livro-evolucao-em-dois-mundos.html
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COMENTÁRIO: André, notou que esse texto foi retirado desse blog onde estamos?
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cordiais saudações.
junho 23rd, 2013 às 9:14 PM
Acrescento aos comentários do André e do Montalvão, que “Evolução em dois mundos” saiu daqui:
http://ruipaz.pro.br/textos/mediunico/animico.pdf
junho 23rd, 2013 às 10:45 PM
André Ribeiro Diz:
junho 23rd, 2013 às 13:09
“Martinez, “chuiquismo-catolicismo-apostólico-romano-brasileiro” (ou xavierianismo), é a religião que o Chico Xavier criou no Brasil. Tem pouco a ver com o espiritismo kardecista.”
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Nada disso, xaverianismo é a mesma coisa que xaveco Datação: 1836
? substantivo masculino
Derivação: por extensão de sentido. Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
comportamento imoral, criminoso, cínico; patifaria, velhacaria, xavecagem
junho 24th, 2013 às 5:45 AM
Bem, Vitor, uma coisa é evidente: com comoção ou não, ele não colocou o bilhete de forma “pública” ou seja, não enfiou a mão com o bilhete à vista de todos por sob o travesseiro onde assentava a cabeça do cadáver. Ele o fez de forma discreta. Se o tivesse feito de um jeito ou de outro, certamente NÃO iria esquecê-lo. Se houvesse contado a outras pessoas, não teria porque se surpreender que o Chico tocasse no assunto. Decerto pensaria: _ Alguém contou pro Chico. _ É o que eu pensaria.
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Como é dito, o caso foi CONTADO ÀS PRESSAS e aí detalhes se perdem. Se o Cuca NUNCA mandou bilhete algum para o Chico, de que bilhete ele falaria? Se não havia intimidade entre eles, por que disse: _ Filho, gostei do bilhetinho que me escreveu. ? O caso só lhe parece fraco porque os detalhes não foram devidamente explicitados.
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Mas eu acho muito gozado isso tudo, pois vejo claramente algo que já percebi antes. Os céticos exigem tal e qual coisa como “prova” de que a vida continua após a morte do corpo. Mas tal “prova” só vale como prova ENQUANTO NÃO PROVAR NADA. A partir do momento em que tal prova surge, então ela deixa de ter valor como prova… Registrado.
junho 24th, 2013 às 5:47 AM
A Mensagem a Garcia não era bem o que eu pensava. É só procurá-la na Internet que você fica sabendo.
Eu pensava que a tal mensagem era o caso em que alguém passa uma mensagem verbal a um mensageiro, mas ele não pode entregá-la diretamente ao destinatário. Aí a repassa a outro mensageiro, que também repassa a outro e a outro e no final, quando a mensagem chega ao destinatário, já está toda distorcida com omissões e acréscimos indevidos.
junho 24th, 2013 às 5:52 AM
A única “prova” que o Arduin usa em defesa da mediunidade de Chico Xavier é esta tal história do bilhete.
– Não exatamente, André. Não é para mim a ÚNICA prova de que o Chico seria médium. Há muitos outros relatos que, em conjunto, apontariam para algo de realmente mediúnico no Chico. A minha diferença é que, ao contrário dos chiquistas, não me movo para defender o que comprovadamente está falho ou errado.
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E história fraquinha, depende de ponto de vista. Como já diz o ditado: Para os crentes, nenhuma prova mais é necessária; para os céticos, nenhuma prova é suficiente.
junho 24th, 2013 às 6:36 AM
“Quer dizer, o próprio movimento espírita se posicionava contrário à ideia de que a sobrevivência e a comunicação pudessem ser reconhecidas judicialmente.”
– Não sei como chegou a essa conclusão. A frase acima desta está incompleta, mas não entendi como uma posição contrária à ideia de que a sobrevivência e a comunicação pudessem ser reconhecidas judicialmente. Se tivessem sido, beleza, como eu disse. Mas o que entendi da frase, é que o advogado do reclamado percebia claramente que os juízes não tinham como se pronunciar favoravelmente a isso. Com base no que eles iriam dizer que há ou não sobrevivência após a morte e comunicação dos mortos com os vivos?
Sabe você me dizer como?
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Moisés, o problema está no ENDEUSAMENTO que é atribuída a uma coisa. O contexto do que disse está em que o polemista acha que Religião é uma besteira por si só e a Ciência é um poço de verdades por se servir do muito bem conceituado método científico e por isso se chega sempre nas verdades. É a impressão que o Dawkings & Cia Bela me passam.
Nem uma coisa, nem outra.
Da mesma forma que a Religião se fundamenta em dogmas e em fé, a Ciência, como você mesmo citou Adão e Eva, NÃO ESCAPA DISSO. Certo, existem cientistas farsantes, mas o que os leva a serem bem sucedidos no meio científico? No caso aí do Cyril Burt foi o DOGMA de que a genética faz as pessoas serem melhores ou piores, independente da influência do meio. Digo DOGMA pois tal assertiva não tinha qualquer respaldo do método científico. Mas a comunidade científica AMPLAMENTE acreditava nisso.
Em termos de crença, no que é que a Ciência aqui perdeu para a Religião?
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“o que posso fazer se papagaio o que os “céticos” dizem? Vai ver, nalguns pontos, temos opiniões comuns…”
– É o que eu disse, talvez por aqui mesmo: somos reticentes quanto a opiniões que discordem das nossas, mas muito lenientes com as opiniões concordantes.
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“Hoje, só nos resta a especulação caso não surja quem especializado em condição propor explicações satisfatórias.”
– Restam-nos também o que os pesquisadores publicaram a respeito. Podemos ler esses trabalhos e aí formar uma opinião mais abalizada. Pergunte ao Vitor se ele concorda com você de que os pesquisadores investigaram a Piper, mas terminaram sem conclusão alguma.
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Pelo que o Vitor mostrou, está claro que ele CONFIRMOU que o evento ocorreu mesmo, ainda que pese a falta de clareza dos detalhes. Então NÃO HÁ DESMENTIDO. Quanto à Otília, estou entre aqueles que têm dúvidas sobre o caso ser totalmente decidido nesta ou naquela direção. Está claro para mim que ela, sendo pobre e anarfa, recorria à mediunidade como forma de ganhar a vida. E isso exigia que fraudasse quando nada acontecia. Agora quanto à lisura dos médicos, Chico e Waldo, imagino que acreditavam que a coisa era real. Lá no Cruzeiro mesmo é mostrada uma sequência de fotos que começam com a médium produzindo a fantasma, esta dentro da jaula, depois atravessando as barras e finalmente fora da jaula. A médium não teria como fazer isso e eles não tinham como ser enganados por um truque ilusionista desses… E eles sabiam muito bem que validar uma médium pouco confiável seria um desastre. Tanto que NÃO a validaram…
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“várias pesquisas, muitas pesquisas, foram feitas, nenhuma conclusiva”
– A “inconclusão” dessas pesquisas fica por conta das argumentações céticas. Crookes CONCLUIU que os médiuns que investigou NÃO PODIAM produzir o que produziram por truques ilusionistas. Mas o pessoal cético insiste que podiam, embora não saibam dizer como. E quando dizem, costuma ser de morrer de rir…
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“prezado, se Lucien não esclareceu como devia, falta dele.”
– É… Mas essas faltas dos céticos não costumam ser questionadas pelos outros céticos…
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“os eventos que parecem demonstrá-la podem ser explicados por vias terrenas”
– Mesmo quando as explicações são fajutas. Certo? O Massimo Polidoro diz que NÃO HÁ mais dúvidas que o tal truque que a Ana Eva Fay usou para enganar o Crookes de fato ocorreu. Qual foi o truque? Burlou o galvanômetro por substituir uma mão pela dobra do joelho e assim fazer o truque do fantasma… Só quem não leu o relatório é que acreditaria nisso. O lance é que Polidoro LEU o relatório e sabia que tal truque era TOTALMENTE inviável, mas ele tem a obrigação de defender a fé cética. Certo?
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“pouco se esforçam por apresentarem testes reconhecidamente comprovativos.”
– E o que seriam esses testes reconhecidamente comprovativos?
Se eles estão sujeitos À CRENÇA para serem psicologicamente aceitos ou recusados…
junho 24th, 2013 às 9:09 AM
No caso aí do Cyril Burt foi o DOGMA de que a genética faz as pessoas serem melhores ou piores, independente da influência do meio. Digo DOGMA pois tal assertiva não tinha qualquer respaldo do método científico.
Há bom, eu entendi tudo errado: desculpe Professor. Eu havia entendido o Burt formulara uma hipótese científica sobre o QI (uma unidade de medida arbitrariamente inventada, como qualquer outra) ser transmissível geneticamente. Testando essa hipótese no óbvio caso de gêmeos criados separados e em condições sociais diferentes.
Pelo meu entendimento, era uma hipótese científica; sem correlação – como qualquer coisa em Ciência – com “melhores” / “piores”, que são juízos de valor, portanto pertencentes ao âmbito da Filosofia, nada tendo a ver com Ciência.
Obrigado por aclarar, Professor.
junho 24th, 2013 às 11:19 AM
Eu acho essa discussão religião versus ciência um tanto anacrônica. Remete-me ao final do século 19, quando as duas fileiras se entrincheiravam, e a ciência, ainda imatura, inflava o peito a cada descoberta nova. Hoje a discussão é outra. Passados 100, 120 anos, acredito que devamos ter uma visão mais contemporânea dessa dualidade, uma vez que tanto a ciência quanto a religião mudaram; esta, ao que parece, de marcha-à-ré, com o recrudescimento do fundamentalismo e do criacionismo e com a crescente ‘religiolização’ da política. Na verdade, mesmo a concepção de espiritualidade e materialismo são diferentes hoje em dia, já que o velho materialismo que o espiritismo combate até hoje pouca expressão tem, e há novas concepções de espiritualidade, algumas mais heterodoxas do que as que havia no fim do século 19. Por esse lado, acho que os espíritas perdem o bonde da história, porque ainda centram a mente lá atrás, presos à velha concepção de mundo do tempo de Kardec, presos às velhas ideias de egoísmo e orgulho quando na verdade a questão é fundamentalmente política – questão de políticas públicas para melhor distribuição de renda e riquezas, para igualdade de gêneros, para a repressão às formas de intolerância, enfim, para corrigir as mazelas de um mundo muito mais complexo do que aquele mundinho eurocêntrico do Segundo Império. Infelizmente eles estão presos às velhas concepções, aos velhos métodos, aos velhos dogmatismos. O espiritismo para mim cheira a naftalina – numa época que nem mesmo os espíritos conseguem ou são capazes de explicar a complexidade do mundo atual.
junho 24th, 2013 às 1:56 PM
Ardiloso Arduin,
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Marcos Arduin Disse:A Mensagem a Garcia não era bem o que eu pensava. É só procurá-la na Internet que você fica sabendo.
Eu pensava que a tal mensagem era o caso em que alguém passa uma mensagem verbal a um mensageiro, mas ele não pode entregá-la diretamente ao destinatário. Aí a repassa a outro mensageiro, que também repassa a outro e a outro e no final, quando a mensagem chega ao destinatário, já está toda distorcida com omissões e acréscimos indevidos.
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COMENTÁRIO: a “carta a Garcia” não é do tempo do Vitor. Nos anos de 1960 e 70 teve um certo prestígio nos meios educativos (quer dizer, foi revivida nessa época, visto que o texto é mais antigo). Se lembro bem, contava a história de um general que precisava entrar em contato com umaliado, ou possível aliado, um tal de general Garcia. No entanto, não se sabia do paradeiro deste. Então alguém disse àquele comandante: “Rowan é a pessoa certa para a empreitada”. O militar chamou o soldado e disse-lhe: “leve esta carta a Garcia”. O subordinado pegou a missiva e sem qualquer pergunta (nem se sabe se ele sabia quem fosse Garcia) partiu a cumprir a missão. O relato costuma ser utilizado para dar o modelo do bom comandado, aquele que, em vez de evocar dificuldades no cumprimento de tarefas, sabe o que tem de ser feito e o realiza sem queixas. Eu já achei a história muito ilustrativa, hoje penso que esse Rowan era doidão de pedra: sem qualquer planejamento ou avaliação da ordem recebida, cegamente, empenha-se em cumpri-la.
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Arduin: […] E história fraquinha, depende de ponto de vista. Como já diz o ditado: Para os crentes, nenhuma prova mais é necessária; para os céticos, nenhuma prova é suficiente.
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COMENTÁRIO: Arduin, tem hora que você muito me surpreende e positivamente: é exatamente isso o que acontece nos meios acreditantes. Para tais, quaisquer arremedos de comprovação são aceitáveis, só equivoca-se ao avaliar os céticos (céticos de verdade): surgidas boas demonstrações qualquer bom cético reconhece a validade. De qualquer modo, gratifica-me notar que seu saudável ceticismo cada dia mais aflorante se manifesta.
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Arduin: (citando MOntalvão) “Quer dizer, o próprio movimento espírita se posicionava contrário à ideia de que a sobrevivência e a comunicação pudessem ser reconhecidas judicialmente.”
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Arduin: – Não sei como chegou a essa conclusão. A frase acima desta está incompleta, mas não entendi como uma posição contrária à ideia de que a sobrevivência e a comunicação pudessem ser reconhecidas judicialmente. Se tivessem sido, beleza, como eu disse. Mas o que entendi da frase, é que o advogado do reclamado percebia claramente que os juízes não tinham como se pronunciar favoravelmente a isso. Com base no que eles iriam dizer que há ou não sobrevivência após a morte e comunicação dos mortos com os vivos?
Sabe você me dizer como?
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COMENTÁRIO: minha conclusão foi a mesma a que chegou, e, embora tenha desconfiado da sentença que prolatei, ela diz o que você expressa. A ponderação da defesa de Chico era a de que o judiciário não seria órgão hábil a decidir se a mediunidade fosse realidade ou não. Quer dizer, o sistema jurídico não tinha como resolver nem a favor nem contra a crença nas manifestações de desencarnados.
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Arduin: Moisés, o problema está no ENDEUSAMENTO que é atribuída a uma coisa. O contexto do que disse está em que o polemista acha que Religião é uma besteira por si só e a Ciência é um poço de verdades por se servir do muito bem conceituado método científico e por isso se chega sempre nas verdades. É a impressão que o Dawkings & Cia Bela me passam.
Nem uma coisa, nem outra.
Da mesma forma que a Religião se fundamenta em dogmas e em fé, a Ciência, como você mesmo citou Adão e Eva, NÃO ESCAPA DISSO. Certo, existem cientistas farsantes, mas o que os leva a serem bem sucedidos no meio científico? No caso aí do Cyril Burt foi o DOGMA de que a genética faz as pessoas serem melhores ou piores, independente da influência do meio. Digo DOGMA pois tal assertiva não tinha qualquer respaldo do método científico. Mas a comunidade científica AMPLAMENTE acreditava nisso.
Em termos de crença, no que é que a Ciência aqui perdeu para a Religião?
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COMENTÁRIO: uma coisa curiosa acontece comigo, ao ler seus refletimentos: chego a concordar com quase tudo, mas tem uma consideração ou outra que direciona sua meditação para uma via inaceitável. Esse paralelo que intenta fazer entre ciência e crença religiosa parece-me difícil de aceitar. A ciência é a melhor ferramenta disponível para conhecer a natureza e transformá-la: todas as realizações da civilização moderna foram proporcionadas, ou possibilitadas, pela tecnociência. Porém, a ciência é feita por humanos, portanto sujeita a toda forma de contaminações oriundas dessa espécie de viventes. O maior apanágio da ciência, provavelmente, é o fato de ser autocorretiva, ou seja: corrige-se a si mesma. O mesmo não se dá com a religião, que mantém-se atrelada a dogmas até onde for possível. Até mesmo o kardecismo, que se ufana de ter uma perna científica, não se desgruda de postulados de há muito refutados, quais a Pluralidade dos Mundos Habitados, o desgrudamento da alma durante o sono. Nem mesmo a mediunidade, coluna-mór do espiritismo, é investigada cientificamente pelos seguidores de Kardec: as alegações de que espíritos atuam entre os vivos permanecem as mesmas desde a origem, e as muitas dúvidas que proporcionam nunca são devidamente esclarecidas.
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Arduin (citando Montalvão): “Hoje, só nos resta a especulação caso não surja quem especializado em condição propor explicações satisfatórias.”
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Arduin – Restam-nos também o que os pesquisadores publicaram a respeito. Podemos ler esses trabalhos e aí formar uma opinião mais abalizada. Pergunte ao Vitor se ele concorda com você de que os pesquisadores investigaram a Piper, mas terminaram sem conclusão alguma.
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COMENTÁRIO: o Vitor é fã declarado da Piper, dificilmente concordará comigo nesse quesito. No entanto, como pode ver nos exemplos que postei, comentaristas outros reconhecem que a mulher não foi devidamente elucidada. Não questiono que Leonora fosse “especial”, mas duvido que essa “especialidade” proviesse da energização de espíritos. Isso por motivo simplérrimo, qual seja o de a mediunidade, de modo algum, estar estabelecida como realidade. E, a culpa maior de a mediunidade permancer duvidosa é dos próprios mediunistas que, admiravelmente, fogem de elaborar verificações objetivas. Tal indica que temem pôr a crença sob provas severas e elucidativas.
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Arduin: Pelo que o Vitor mostrou, está claro que ele CONFIRMOU que o evento ocorreu mesmo, ainda que pese a falta de clareza dos detalhes. Então NÃO HÁ DESMENTIDO.
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COMENTÁRIO: para que houvesse desmentido (ou não), Piper teria de ser provada por métodos distintos dos utilizados por seus pesquisadores, coisa que não aconteceu. Tomemos como exemplo o caso de Phinuit. Parte dos que investigavam Leonora reconheciam que essa figura fosse dissociação da mente da médium, portanto nada de espírito. Acontece que, até onde sei, nenhum daqueles abnegados estudiosos exploraram essa trilha para ver até onde levava. Se Phinuit demonstrava ser algo bem terreno, certas questões se interpunham, como: 1) a pseudoentidade consegue apresentar revelações das quais Piper mui dificilmente teria meios de saber; 2) Se Phinuit e Piper são o mesmo indivíduo, e ainda assim ela diz coisas além de seu conhecimento, de onde ela retira esse conhecimento? Resposta: de algum “lugar”, mas não de espíritos, pelo menos não desse espírito Phinuit…
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Certamente que se esmiuçassem esse caminho teriam achado respostas mais elucidativas…
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Também, não é demais lembrar que, a mediunidade em si jamais foi devidamente aferida, nem pelos que estudavam Piper, nem pelos que advogam a mediunidade como um dom de muitos (segundo Kardec, de todos). Pode-se alegar, como se alega, que pesquisando o desempenho de Leonora ou de outros não se deixava de pesquisar a comunicação. Não está de todo incorreta tal consideração, mas isso acarreta mistura inadequado entre a atuação do médium e a hipótese de que esteja sob eflúvios de desencarnados. As duas áreas deveriam ser separadas para serem melhor aquilatadas.
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Antes que diga que médium e mediunidade não podem ser separados, esclareço: falo de verificações em que, mesmo usando médiuns, a presença de espíritos se mostre indiscutível. As testagens comuns conferem a capacidade de acertagem do médium e o grau de dificuldade de obter por si mesmo o conteúdo das informações. Poucos provagens destinadas a conferir a presença de espíritos foram implementadas, as que foram não deram resultados satisfatórios, conforme algumas que o inglês Drayton Thomas efetivou com Gladys Osborne.
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Arduin: Quanto à Otília, estou entre aqueles que têm dúvidas sobre o caso ser totalmente decidido nesta ou naquela direção. Está claro para mim que ela, sendo pobre e anarfa, recorria à mediunidade como forma de ganhar a vida. E isso exigia que fraudasse quando nada acontecia. Agora quanto à lisura dos médicos, Chico e Waldo, imagino que acreditavam que a coisa era real. Lá no Cruzeiro mesmo é mostrada uma sequência de fotos que começam com a médium produzindo a fantasma, esta dentro da jaula, depois atravessando as barras e finalmente fora da jaula. A médium não teria como fazer isso e eles não tinham como ser enganados por um truque ilusionista desses… E eles sabiam muito bem que validar uma médium pouco confiável seria um desastre. Tanto que NÃO a validaram…
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COMENTÁRIO: apesar de respeitar, e muito, sua advocagem pró-otília, suponho-o o último bastião lúcido (Luciano dos Anjos não conta) favorável à mulher-sacripanta. As mostras das safadezas de Diogo são tão monstruosamente claras que custa-me crer ainda não as tenha percebido. Sobre esse assunto temos mais de mil páginas discutidas, aqui e no ECAE, e não vejo outra saída senão contemplar com pasmoso pasmo seu arredio em concordar que em Uberaba só se materializaram vigarices. Sua tática de batalha está devidamente identificada: visto que apreciando-se em termos amplos o trabalho de Crookes, as materializações de Otília, etc., fica clara a insustentabilidade das alegações materializativas, resguarda a fé fixando-se em ponto nebulosos dos acontecimentos e deles exigindo explicações completas, para só então avaliar se inexistem evidências saudáveis da carnificação ectoplasmática de espíritos.
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Arduin (citando MOntalvão): “várias pesquisas, muitas pesquisas, foram feitas, nenhuma conclusiva”
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Arduin – A “inconclusão” dessas pesquisas fica por conta das argumentações céticas. Crookes CONCLUIU que os médiuns que investigou NÃO PODIAM produzir o que produziram por truques ilusionistas. Mas o pessoal cético insiste que podiam, embora não saibam dizer como. E quando dizem, costuma ser de morrer de rir…
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COMENTÁRIO: Crookes, outro exaustivamente discutido. Sua admiração por ele, tal qual com Otília, só posso contemplá-la com pasmoso pasmo: tentar dissuadí-lo de que os experimentos de Crookes são insatisfatórios só mesmo rezando a Nossa Senhora dos Aflitos.
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Arduin – Mesmo quando as explicações são fajutas. Certo? O Massimo Polidoro diz que NÃO HÁ mais dúvidas que o tal truque que a Ana Eva Fay usou para enganar o Crookes de fato ocorreu. Qual foi o truque? Burlou o galvanômetro por substituir uma mão pela dobra do joelho e assim fazer o truque do fantasma… Só quem não leu o relatório é que acreditaria nisso. O lance é que Polidoro LEU o relatório e sabia que tal truque era TOTALMENTE inviável, mas ele tem a obrigação de defender a fé cética. Certo?
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COMENTÁRIO: Polidoro… outro do qual discutimos boas linhas, embora talvez não o suficiente. Falei algumas coisas sobre o caso do galvanômetro e sobre Fay em geral. Nada, “bilossutamente” nada, que se diga parece demovê-lo da fé em Fay, Florence, Otília (e quem sabe quantos outros?). Voltamos sempre ao ponto do qual não arreda pé: quer, porque quer, que os truques sejam minuciosamente demonstrados para então, e só então, aceitar que, naquele específico caso, houve falcatrua, porém com outros (que não foram minuciosamente esclarecidos) continuará defendendo a realidade de materializações. Esta é a falácia da perda da batalha mas da continuidade da guerra, ou da preservação da fé pelo sacrifício de poucos santos.
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Arduin (citando MOntalvão): “pouco se esforçam por apresentarem testes reconhecidamente comprovativos.”
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Arduin – E o que seriam esses testes reconhecidamente comprovativos?
Se eles estão sujeitos À CRENÇA para serem psicologicamente aceitos ou recusados…
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COMENTÁRIO: faz ouvidos moucos a postagens minhas, do Gorducho (tem mais um que não lembro), em que reclamamos verificações que confiram objetivamente a manifestação de espíritos. Isso sem considerar as ponderações genéricas dos demais (Marciano, Toffo, Biasetto, André …) em que denunciam limitações nos estudos da comunicação. Até o Vitor, que é mediunista anglo-saxão confesso, tem certas considerações iluminadas sobre as fragilidades de experimentos dados como probantes da mediunidade.
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Enfim, que Nossa Senhora do bom parto lhe dê uma boa hora…
junho 24th, 2013 às 7:07 PM
Acompanhando com superlativo interesse o debate entre Arduin e Montalvão tenho ímpetos de adentrar a conversa, ambos são bons argumentadores. Falta-me tempo, desgraçadamente.
Um comentariozinho anão, entretanto, não resisto em fazer:
As tais fotos das “materializações” não enganaram nem naquela época, tanto assim que o charlatão e vigarista cx mudou de tática. Vistas as fotos com os olhos de hoje, parece até piada. São muito toscas.
Eu nunca tive pensamentos mágicos, nunca acreditei em nenhuma besteirada religiosa ou não (provavelmente por sorte de ter nascido com a programação correta, como diria o Vitor – questão do livre arbítrio). Não obstante, eu achava que cx (minúsculas sempre propositais) era um louco que se achava médium. Foi aqui no blog, contemplando a “xavecada” pela primeira vez que, estarrecido, apercebi-me de que cx era um mentiroso contumaz, um escroto. Deve ser por coisas assim que dizem que uma imagem vale mil palavras.
Arduin, como você pode defender o cara, depois de ver fotos assim: http://obraspsicografadas.org/2011/materializaes-de-uberaba-otlia-a-mulher-barbada-fotos-inditas/
Só podem ser os vegetais que você estuda, como eu disse lá em cima. Uma pessoa inteligente como você só pode estar fora do juízo.
Pare com as pesquisas em botânica, quem avisa amigo é.
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Em tempo: “crook, em inglês, significa, dentre outras coisas, “One who makes a living by dishonest methods.
v.crooked, crook•ing, crooks”
The American Heritage® Dictionary of the English Language, Fourth Edition copyright ©2000 by Houghton Mifflin Company. Updated in 2009. Published by Houghton Mifflin Company.
Seria essa uma explicação para os estudos de Crookes?
junho 24th, 2013 às 9:45 PM
Boa noite, Senhores!
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Ando absolutamente sem tempo, mas cometo uma breve observação:
Marciano, o Chico foi, sem dúvida, o maior farsante da história deste país (contrariamente ao que pensam os telespectadores do SBT)… Ninguém fraudou e iludiu tantos por tanto tempo quanto o “mineirinho safadinho”. Não é “força de expressão”. Esta afirmação é para ser tomada literalmente. E acho que nosso “dulcíssimo irmãozinho” continuará enganando muita gente, por ainda muito tempo. Infelizmente.
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Confissão de um “invejoso” sem maldade: Gostaria de ter escrito o que o Toffo escreveu logo acima. Irretocável.
junho 25th, 2013 às 12:42 AM
Oi, Antonio, estou sem tempo também. Pela hora em que estou escrevendo isto, pode-se perceber. É lamentável, gostaria de estar mais presente e de “ver” você aqui mais amiúde.
O pior é que você tem razão: cx continua enganando muita gente, mesmo depois de morto. Virou lenda e, como todas as lendas, tende a crescer. A mistificação em torno de sua persona vai ficar cada vez mais absurda. Ele abusou da credulidade pública e seus seguidores abusam da paciência de gente sensata como nós e alguns outros aqui.
A propósito, também fiquei com “inveja” do Toffo. E do Montalvão. Sem mencionar o Biasetto.
junho 25th, 2013 às 6:22 AM
“(céticos de verdade): surgidas boas demonstrações qualquer bom cético reconhece a validade.”
– Ah! O cético de verdade… Acho que ele é uma mercadoria muito rara, pois mesmo o tal cético de verdade não está imune ao poder da fé.
Talvez seja muita pretensão minha, mas acho que sou um cético de verdade. No caso da história fraquinha aí: o que falta é chamar o Cuca, pedir para que faça um relato minucioso do que aconteceu segundo suas próprias palavras e aí apresentar-lhe as várias versões que circulam pela internet e livros e pedir para que as esclareça. Se x é verdade ou se y é invenção. Mas de uma coisa estou certo: mesmo fazendo isso e chegando nos finalmentes, terei de ouvir a velha ladainha: _ Não prova nada: é apenas uma “evidência anedota”…
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“Até mesmo o kardecismo, que se ufana de ter uma perna científica, não se desgruda de postulados de há muito refutados, quais a Pluralidade dos Mundos Habitados, o desgrudamento da alma durante o sono.”
– Bem, assim como em Ciência há aqueles que se apegam a teorias e as sustentam, mesmo quando já não tem mais sustentáculo algum, em religião/filosofia é pior ainda. Infelizmente o Espiritismo também tem esse problema, já que ninguém ou coisa alguma produzida pelos homens é perfeita. Se há que tente salvar os créditos de Ramatis ou do Chico fazendo tudo quanto é malabarismo para dizer que não “pisaram na bola” com relação a Marte habitado, isso é problema dos crédulos.
Eu sei, pelo menos do que a Ciência mostrou até agora, que em Marte não há florestas, rios, canais, nem nada do que espíritos já falaram sobre ele. Portanto eu digo que Ramatis, Chico Xavier e outros ERRARAM e ponto.
Mas por que a pluralidade de mundos habitados e saída do espírito do corpo durante o sono estariam há muito refutados?
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“Nem mesmo a mediunidade, coluna-mór do espiritismo, é investigada cientificamente pelos seguidores de Kardec: as alegações de que espíritos atuam entre os vivos permanecem as mesmas desde a origem, e as muitas dúvidas que proporcionam nunca são devidamente esclarecidas.”
– Aqui sou obrigado a concordar, talvez não com tudo, mas com a maior parte. Uma das influências nefastas do Chico Xavier está na sua frase: O telefone toca de lá para cá e não daqui para lá. Isso deu força a uma posição muito amplamente assumida no Espiritismo de que NÃO SE DEVE evocar os espíritos: temos de deixar em aberto para que se manifeste qual quiser. Como se faz um estudo científico assim?
– Depois eu continuo.
junho 25th, 2013 às 8:48 AM
“Nem mesmo a mediunidade, coluna-mór do espiritismo, é investigada cientificamente pelos seguidores de Kardec: as alegações de que espíritos atuam entre os vivos permanecem as mesmas desde a origem, e as muitas dúvidas que proporcionam nunca são devidamente esclarecidas.”
Os Espíritas em geral – i.e., a maioria que foge de investigações científicas como o Diabo da cruz – têm razão. Para eles é uma Aposta de Pascal na -1. Têm tudo a perder e nada a ganhar. Particularizando para a “psicografia”, há dois cenários:
1) A existência do fenômeno fica fortissimamente evidenciada pelo fato dos “médiuns” serem capazes de escrever o texto colocado no outro canto do laboratório, do qual ninguém sabe o conteúdo – conforme tem sido aqui proposto. Ganho zero para eles, pois apenas confirma a crença que já têm.
2) “Espírito” e incapaz de ler e ditar o conteúdo do texto para o “médium”. Detonada provisoriamente a crença; ganho negativo para eles (maior que –∞ pois sempre manterão a esperança de que no futuro Espíritos apareçam).
Investigações científicas constituem um jogo de soma máxima = 0 para a maioria dos Espíritas.
junho 25th, 2013 às 11:17 AM
Estou quase virando ateia.
junho 25th, 2013 às 2:58 PM
Hehe… essa questão dos “postulados” da doutrina espírita me remete à história do famoso Bule de Chá de Russell – cuja finalidade é mostrar que a dificuldade de desmentir uma hipótese não a torna verdadeira, e que não compete a quem duvida desmenti-la, mas é quem acredita nela que deve provar a sua veracidade. Assim disse Bertrand Russell:
“Muitos indivíduos ortodoxos dão a entender que é papel dos céticos refutar os dogmas apresentados – em vez dos dogmáticos terem de prová-los. Essa ideia, obviamente, é um erro. De minha parte, poderia sugerir que entre a Terra e Marte há um pote de chá de porcelana girando em torno do Sol em uma órbita elíptica, e ninguém seria capaz de refutar minha asserção, tendo em vista que teria o cuidado de acrescentar que o pote de chá é pequeno demais para ser observado mesmo pelos nossos telescópios mais poderosos. Mas se afirmasse que, devido à minha asserção não poder ser refutada, seria uma presunção intolerável da razão humana duvidar dela, com razão pensariam que estou falando uma tolice. Entretanto, se a existência de tal pote de chá fosse afirmada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todo domingo e instilada nas mentes das crianças na escola, a hesitação de crer em sua existência seria sinal de excentricidade e levaria o cético às atenções de um psiquiatra, numa época esclarecida, ou às atenções de um inquisidor, numa época passada.”
Todos esses “postulados” da doutrina espírita, que muito dificilmente serão provados, são semelhantes ao bule que os crentes acreditam gravitar entre a Terra e Marte.
Uma outra coisa interessante que estou lendo na obra de Lynn L. Sharp, uma historiadora americana que pesquisou o espiritismo francês, Secular Spirituality: Reincarnation and Spiritism in Nineteenth-Century France, é que ela vê um paradoxo entre a grande popularidade usufruída por Kardec e seus seguidores, com o aspecto marginal do movimento espírita, que nunca conseguiu se tornar dominante, dado que tanto a ciência como a religião o desprezavam, aquela porque o achava tolo e despido de consistência, esta porque o considerava perigoso por desviar os fiéis do caminho da fé. O espiritismo feneceu no começo do século 20 em parte porque outras correntes heterodoxas surgiram, como o ocultismo, em parte pelo desenvolvimento da psicologia e as teorias do inconsciente, e da chamada “pesquisa psíquica” que mudou o eixo do interesse pelo além-túmulo, uma vez que passou a se interessar pelo fenômeno em si e não mais pelo ensino dos espíritos, e, finalmente, pela própria estrutura excessivamente rígida e dogmática do espiritismo kardecista, que provou ser incapaz de dialogar com os novos tempos.
É por isso que, depois de tantos anos como espírita e como adepto involuntário do chamado “espiritismo cristão”, ou chiquismo, eu vejo, aqui do lado de fora, que o espiritismo parou no tempo, tem um apelo que não concede com os tempos atuais, tem formulações pseudocientíficas que não resistem à análise contemporânea, tem como bandeiras postulados que só se sustentam pela fé, enfim, como eu disse, é uma doutrina morta e mumificada. Seu único alento hoje é ter esse viés evangélico, que é o único que consegue atrair adeptos, mas que mesmo assim é contestado. Como bem definiu John Warne Monroe, “o espiritismo sempre foi minoria.”
junho 25th, 2013 às 7:29 PM
Nobre Arduin,
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Relendo um dos seus “coments” percebi que interpretei erroneamente o que pronunciou (eu tavo cum sono). Em verdade o declaramento que emitiu não diz o que eu dissera. Então, sou constrangido a devolver-lhe a questão: “NÃO SEI COMO CHEGOU A ESSA CONCLUSÃO.”
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REvejamos os passos passados para melhor entender:
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Arduin disse: – NÃO SEI COMO CHEGOU A ESSA CONCLUSÃO. A frase acima desta está incompleta, mas NÃO ENTENDI COMO UMA POSIÇÃO CONTRÁRIA À IDEIA DE QUE A SOBREVIVÊNCIA E A COMUNICAÇÃO PUDESSEM SER RECONHECIDAS JUDICIALMENTE. SE TIVESSEM SIDO, BELEZA, como eu disse. Mas o que entendi da frase, é que O ADVOGADO DO RECLAMADO PERCEBIA CLARAMENTE QUE OS JUÍZES NÃO TINHAM COMO SE PRONUNCIAR FAVORAVELMENTE A ISSO. Com base no que eles iriam dizer que há ou não sobrevivência após a morte e comunicação dos mortos com os vivos?
Sabe você me dizer como?
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COMENTÁRIO anterior (de Montalvão): minha conclusão foi a mesma a que chegou, e, embora tenha desconfiado da sentença que prolatei, ela diz o que você expressa. A ponderação da defesa de Chico era a de que o judiciário não seria órgão hábil a decidir se a mediunidade fosse realidade ou não. Quer dizer, o sistema jurídico não tinha como resolver nem a favor nem contra a crença nas manifestações de desencarnados.
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COMENTÁRIO ATUAL: Talvez o pouco texto ilustrativo que postei tenha desviado seu raciocínio, vamos enriquecê-lo (o texto):
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“Pede a inicial que o Poder Judicário declare por sentença se É OU NÃO do Espírito de Humberto de Campos a obra literária que menciona, o que vale dizer, que DECLARE POR SENTENÇA A SOBREVIVÊNCIA OU NÃO DO ESPÍRITO E A POSSIBILIDADE OU IMPOSSIBILIDADE DE SUA COMUNICAÇÃO COM OS VIVOS.”
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“Ora, a tese da sobrevivência do Espírito constitui precisamente a velha controvérsia que divide as doutrinas religiosas, as escolas religiosas e as correntes científicas.”
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“Como poderão os nossos tribunais dirimir uma contenda dessa natureza? AFIRMAR OU NEGAR a sobrevivência do Espírito seria, em última análise, decretar a oficialização de um princípio religioso, filosófico ou científico. Seria isso possível?” ]
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OBSERVE: a defesa de Chico expõe alternativas (“é ou não”, “sobrevivência ou não do espírito”, “afirmar ou negar a sobrevivência”), o que deixa bem claro que ele estava ressaltando a incompetência do tribunal em decidir sobre a questão, tanto prum lado quanto proutro. Deu pra entender agora?
junho 25th, 2013 às 7:35 PM
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Marciano disse: [Arduin:], Só podem ser os vegetais que você estuda, como eu disse lá em cima. Uma pessoa inteligente como você só pode estar fora do juízo.
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COMENTÁRIO: de Marte, talvez o problema não seja estudionômico, sim gastrodigestivo: é possível que o Arduin esteja a ingerir os cogumelos do Lobsang Rampa com batatas… a iguaria costuma produzir efeitos imprevisíveis… (brincadeirinha Arduin, mas não resisti…)
junho 25th, 2013 às 8:21 PM
Prezado ARderruim, pitaquitos…
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ARDUIN: Eu sei, pelo menos do que a Ciência mostrou até agora, que em Marte não há florestas, rios, canais, nem nada do que espíritos já falaram sobre ele. Portanto eu digo que Ramatis, Chico Xavier e outros ERRARAM e ponto.
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COMENTÁRIO: também, em Marte não há brutos, que praticam o canibalismo, mães destituídas de instinto materno, seres repulsivos e dados à violência, de acordo com o relatório de Kardec. Nesses “outros” que erraram incluem-se: Rivail Denizard e Camille Flammarion e, se não me engano, Delanne, luminares do espiritismo… Quer dizer: quando os cachorrões escorregam pobres dos cachorrinhos…
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ARDUIN: Mas por que a pluralidade de mundos habitados e saída do espírito do corpo durante o sono estariam há muito refutados?
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COMENTÁRIO: tem dúvidas quanto a isso? Que o espírito saia do corpo durante o sono, constituindo os sonhos “lembranças” desses passeios (conforme postulado por Rivail), tal está refutado desde o nascedouro. Kardec o afirmou sem realizar qualquer testagem. Se tivesse esse cuidado não registraria o despautério. Múltiplas experiências se realizaram e realizam com dormidos, nenhuma flagrou a alma passeando no bosque astral. Sempre que se desperta o adormecido, em experimentos do sono, nota-se que o espírito continua agregadinho nele como sempre ficou desde o nascimento (claro, supondo que haja algo que se possa nominar “espírito” juntado ao corpo).
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A doutrina da Pluralidade dos Mundos Habitados assevera que TODOS os corpos celestes são habitados, embora alguns o sejam temporariamente. Acontece que, até agora, NENHUM “globo” registrou vida, conquanto seja plausível que vários deles possam agasalhar viventes. A malandra saída de alguns sabidos, pretendendo preservar o dogma da pluralidade, é propor a “vida espiritualizada”, que seria invisível e indetectável. Só que essa tese, contraria a doutrina e os postulados das luzes espíritas pós-Kardec. E, por que os extraterrenos teriam de ser imperceptíveis? Diferentes sim, impossíveis de serem percebidos não tem sentido.
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ARDUIN (citando Montalvão): “Nem mesmo a mediunidade, coluna-mór do espiritismo, é investigada cientificamente pelos seguidores de Kardec: as alegações de que espíritos atuam entre os vivos permanecem as mesmas desde a origem, e as muitas dúvidas que proporcionam nunca são devidamente esclarecidas.”
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ARDUIN – Aqui sou obrigado a concordar, talvez não com tudo, mas com a maior parte. Uma das influências nefastas do Chico Xavier está na sua frase: O telefone toca de lá para cá e não daqui para lá. Isso deu força a uma posição muito amplamente assumida no Espiritismo de que NÃO SE DEVE evocar os espíritos: temos de deixar em aberto para que se manifeste qual quiser. Como se faz um estudo científico assim?
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COMENTÁRIO: quando digo que caminhamos para a plena harmonia opinativa não é em vão que falo…
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E vou dizer: se houvesse real intercâmbio entre vivos e mortos, o senso comum nos diz que deveria ser via de duas mãos, quer dizer: tanto os espíritos poderiam falar com vivos quanto vivos falar com espíritos. Ainda, acrescento: todos poderiam, não só “médiuns”. Se por aqui, com as variadas limitações comunicativas existentes, somos hábeis a interagir com qualquer semovente racional: parvos dialogam com sábios e vice-versa, no intercâmbio intermundos qualquer interessado estaria capacitado a bater um papo bem gostoso com quem disponível. Digo mais: se houvesse reencarnação, as lembranças teriam de fluir tanto “lá” quanto cá, ou seja, os que vão para o além lembrar-se-iam de sua existência material e os que viessem para a matéria recordar-se-iam da vivência no espírito. Não há lógica num processo de uma ponta só…
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TOFFO: se puder fazer depois uma resenha do livro de Lynn Sharp poste-a aqui para nosso ilustramento.
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Cordiais saudações,
junho 26th, 2013 às 1:26 AM
Montalvão, você tocou numa questão fundamental. Se os seres que habitam os outros “globos” são espirituais, não há o menor sentido na existência das tais “colônias espirituais”, tipo Nosso Lar (nosso, não, deles).
Uma leitura imparcial de tudo quanto dizem os criadores do espiritismo (Rivail, Flammarion, etc.) deixa claro que referiam-se a seres de carne e osso.
Dizer que fantasmas habitam outro planeta é pura racionalização, para não se ter que admitir que se passou a vida toda acreditando em bobagens e que se precisa reavaliar tudo. É dissociação cognitiva.
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Essa xavecada xaveriana de dizer que o telefone só toca de lá pra cá é malandragem de cx, para esquivar-se dos casos em que não tinha qualquer informação sobre o decesso nem conseguia obtê-la por meio de comparsas infiltrados na multidão ou por leitura fria, como quando dizia que gostou muito do bilhete. Isca para os incautos. Pode ver que, depois da isca, o Cuca perguntou como ele sabia do bilhete que pusera sob a cabeça do cadáver da mãe (bingo!). É assim que fazem tarólogos, ciganas, espíritos manifestados, mentalistas de palco, etc. Depois o idiota diz: “como ele poderia saber que eu pus o bilhete sob a cabeça da minha mãe?” . Ora, diria eu ao idiota, não foi você mesmo quem contou?
Se o tal do Cuca é espírita, não vale nada qualquer coisa que diga em favor de cx, não sabemos se ele já era espírita antes do falecimento da Cacilda, se tem outros interesses, como claramente os tinha cx. Pode não ser um idiota, mas outro malandro.
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Vou dar um exemplo de mancomunação de outros espertos com cx. Tem um tal de Arnaldo Rocha que disse que era “ateu convicto” e que converteu-se ao espiritismo (ops, chiquismo”) depois que cx o abordou na rua e disse o apelido de sua falecida mulher (Irma Castro), o qual só os dois usavam (Meimei – coisa de chinês).
Palavras dele (Arnaldo):
“Chico olhou-me e disse: ‘Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei…’ Afagando-me, com a ternura que lhe é própria, foi-me dizendo: ‘Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira.’ E, dessa forma, após olhar a foto que lhe apresentara, Chico lhe disse: ‘- Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!’ “.
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Exemplo típico de malandragem. O irmão desse tal Arnaldo era espírita, tudo leva a crer que ele também era. Aí o cara inventa essa estorinha para boi dormir e dá a maior credibilidade à mentira. Só néscios caem nesse golpe.
E que diabos significa “ateu convicto”? Ninguém é convencido a ser ateu, ao contrário, desde crianças que nossos pais e outros nos convencem a ser teístas. Comigo nunca deu certo. Não sou ateu convicto, sou só ateu. E se tivesse sido crente antes, não seria ateu convicto, seria porque eu mesmo teria descoberto ter sido enganado, como acontece com outros.
Para acreditar em divindades, além da doutrinação de nossos pais e de outras pessoas, a gente é ameçado de punições (inferno, umbral, etc.). Ninguém espera punição por não ser ateu ou recompensas por sê-lo (ou estampilha).
Quando eu mostrava minha descrença em deuses (pai, filho e espírito santo), minha mãe, receosa de que eu perdesse uma alma que não tenho para um diabo que não existe, procurava me convencer, dizendo que eu precisava ter fé.
Já ajudei outras pessoas a desvencilharem-se do jugo da religião, mas nunca convenci ninguém, a pessoa (raríssimas vezes) acaba descobrindo, quando perde o medo de questionar.
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Hoje em dia tem um monte de centros espíritas chamados “Meimei”, o que mostra que a malandragem foi muito frutífera.
junho 26th, 2013 às 9:16 AM
Chico chavier é verdadeiro!!! Open fire!!!!!
rsrsrsrs
junho 26th, 2013 às 12:24 PM
Só para ilustrar como as pessoas têm a natural tendência de ver divindades e sobrenatural em tudo, consultem:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cargo_cult
ou então:
http://en.wikipedia.org/wiki/John_Frum
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Não tenho tempo para traduzir, portanto, só vale para o pessoal que fala inglês (Biasetto e Arduin excluídos, lamentavelmente).
Trata-se de povos primitivos que, tão recentemente quanto durante a segunda guerra mundial, tomaram simples soldados como deuses, os quais são cultuados até hoje.
Estranho, mas verdadeiro.
Consultem outras fontes, se duvidarem, é o que não falta.
junho 26th, 2013 às 12:26 PM
Acho que me enganei, Arduin não fala é “françuá”.
junho 26th, 2013 às 12:30 PM
Há também um caso atual, que já foi mostrado em documentários na tv a cabo, na Índia, país que tem até bomba atômica:
http://en.wikipedia.org/wiki/Lakshmi_Tatma
junho 26th, 2013 às 12:52 PM
Eu até gostaria de investigar melhor essa história de Irma de Castro, que depois de morta virou Meimei. O que eu sei dela é que era uma moça comum, de classe média, casou-se e morreu muito jovem, com apenas 24 anos, vítima de doença, sem filhos. Graças ao chiquismo, Meimei virou ícone do espiritismo cristão e não há centro espírita que não a homenageie com alguma campanha de leite e enxovais para bebês, já que ela virou uma espécie de santa padroeira das crianças pequenas. Os espíritas cristãos, como os católicos, têm os seus santos (Meimei, Dr Bezerra, Eurípedes Barsanulfo), alguns reais como estes, e outros absolutamente fictícios como o tal Padre Zabeu, que nunca existiu, mas que é padroeiro de centros espíritas Brasil afora e até mesmo nome de rua.
junho 26th, 2013 às 1:54 PM
Marciano disse: “na Índia, país que tem até bomba atômica”
Que preconceito é esse ?
Só rico pode ter bomba atômica agora ?
Eu sei que pobre maluco não é uma boa idéia(coreia do norte!), mas pobre normal pra mim não tem problema nenhum.
Gandhi não gostaria de ver isso!
Abs.
junho 26th, 2013 às 2:01 PM
Rafael, a Índia não é um país pobre. É um país com desigualdades gritantes, mas está na categoria dos emergentes, como o Brasil. Que também não é um país pobre. Além disso, a Índia é uma democracia, como o Brasil.
junho 26th, 2013 às 2:06 PM
O PIB do Brasil é US$ 2,48 trilhões. O PIB da Índia é US$ 1,87 trilhões. A média de crescimento do PIB brasileiro 1985/2010 foi de 1,3%. A da Índia no mesmo período foi de 4,4%.
junho 26th, 2013 às 3:35 PM
Rafael Maia, tu me entendeste mal, não há preconceito nenhum, eu quis dizer que na Índia eles têm pessoas tão inteligentes como físicos capazes de fabricar uma bomba atômica (não é só isso, tem astrofísicos bons lá), no entanto, mesmo em um país em que há mentes brilhantes há idiotas que acreditam em qualquer maluquice.
Aliás, Gandhi não era o santinho que você pensa. Sabia que ele gostava, dentre outras coisas, de dormir com mulheres peladas, de todas as idades?
http://oglobo.globo.com/mundo/biografo-de-gandhi-diz-que-lider-indiano-dormia-com-jovens-nuas-para-provar-sua-propria-castidade-3027477
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u725299.shtml
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Pra dizer a verdade, eu também gosto, mas como não tenho a fama dele, não consigo.
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O Toffo, como sempre, disse tudo, sobre a Índia e sobre os “santos” espíritas.
Só acrescento que Jesus é como o tal padre que nunca existiu.
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E esses índices brasileiros abaixo da Índia, país emergente como o nosso, deve-se ao fato de que lá tem muita coisa ruim, mas não tem PT (Partido dos Trambiqueiros).
junho 26th, 2013 às 4:58 PM
A conclusão é uma só: RELIGIÃO = LIXO
Todas elas, SEM EXCEÇÃO.
LIXO + LIXO + LIXO
MENTIRAS + MENTIRAS + MENTIRAS
Jesus Cristo, o filho de deus …
Emmanuel …
Madre Teresa …
Joana de Angelis …
Sai Baba …
Osho …
Maomé …
TUDO, TUDO, TUDO farsas.
E quem resolve mostrar isso, é considerado o MAL, o difamador, o mentiroso.
Infelizmente, a maioria das pessoas, em pleno século 21, ainda adora ser enganada, adora valorizar e paparicar quem, ou NUNCA EXISTIU, OU NUNCA PRESTOU.
Assim caminha a humanidade …
Bem disse o Toffo, “mudam as moscas mas a m. é a mesma”
junho 26th, 2013 às 10:48 PM
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0eFgOEp-_gg
junho 26th, 2013 às 10:54 PM
Falou, Biasetto. É exatamente assim.
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Marciano, você tocou num ponto essencial: O medo dos crentes. O medo é o sustentáculo da fé e da religiosidade. Quem perde o medo, perde a fé. O ser humano só é realmente livre quando consegue desvencilhar-se dos grilhões da crença religiosa…
Os crentes escandalizam-se com uma afirmação destas, eu sei. Mas é porque não têm noção do tempo que estão perdendo, acreditando em mentiras e fantasias. Uma pena, para eles…
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Boa noite.
junho 26th, 2013 às 10:54 PM
O vídeo que eu postei, apresenta vocabulário baixo.
Mas a crítica é válida – no final das contas, é isto mesmo que a maioria deste pastores picaretas que abundam no Brasil, devem pensar.
junho 26th, 2013 às 10:55 PM
Dissociação cognitiva. Perfeito.
junho 26th, 2013 às 11:00 PM
Vejam isto:
http://www.youtube.com/watch?v=g2r7b7zHa8U
junho 27th, 2013 às 12:40 AM
Antonio, esse é mesmo um ponto crucial (eu sei, o adjetivo é derivado do substantivo “cruz”, usei de propósito). O filme cujo trecho o Biasetto postou fala sobre isso. Um cristão fundamentalista que acha que o ateu é covarde porque não acredita na vida após a morte.
Que inversão de valores. Covarde é quem não admite a ideia de que vai deixar de existir. É preciso ter coragem para admitir a própria finitude. Não basta inteligência, sem a coragem.Isso vai além de ser ateu. Veja que mesmo Vitor e Montavão, com suas aguçadas inteligências, acreditam em espíritos e em sua sobrevivência. Não estou chamando-os de pusilânimes, estou apenas rechaçando um personagem do filme e muitos crentes.
Veja o que disseram Vitor e Montalvão:
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1. “Vitor Diz:
janeiro 20th, 2009 às 20:48
Oi, Leopoldo
penso que ocorre a sobrevivênca do espírito e que o mesmo pode se comunicar e reencarnar. Não sei se isso ocorre para todos, mas pelo menos para alguns sim.”
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1. “moizes montalvao Diz:
janeiro 22nd, 2009 às 01:33
Prezado Leopoldo,
Sou desvinculado de qualquer confissão religiosa, embora creia na sobrevivência do espírito.”
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Note que ambos dizem acreditar na sobrevivência do espírito, pressupondo a existência deste. Só pode sobreviver o que existe.
Gostaria de me estender mais, porém estou com uma gripe daquelas, febre persistente, tosse, garganta inflamada, exausto de trabalhar nessas condições.
Fica pra outro dia.
Abraços a todos.
junho 27th, 2013 às 12:41 AM
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MARCIANO disse: Aliás, Gandhi não era o santinho que você pensa. Sabia que ele gostava, dentre outras coisas, de dormir com mulheres peladas, de todas as idades?
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COMENTÁRIO: Marciano, Gandhi se deitava com mulheres para provar que conseguia se conservar casto. Eu acho que seja boa maneira de testar a resistência às tentações carnais: estou mesmo pensando em selecionar interessadas, cheirosas e dadivosas, em comigo participarem da provação. Caso caia em tentação, repetirei a experiência quantas vezes for necessário até que dê certo… Só falta convencer minha mulher que o projeto é por uma boa causa…
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No livro “Amanhã a Liberdade”, que conta a história da independência da Índia do domínio inglês, narra-se que a mulher de Gandhi estava acometida de pneumonia em estado avançado. Os remédios da medicina indiana não surtiam efeito. A esperança era o uso de nova e milagrosa medicação: a penicilina. Os ingleses enviaram lotes do remédio com orientações sobre o uso. Mas surgiu um problema, a aplicação era endovenosa e a convicção religiosa de Gandhi repudiava a invasão do corpo dessa maneira. Resultado: a mulher foi deixada a morrer… Gandhi preferia a morte (da mulher) a abrir mão de suas certezas.
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E la nave va…
junho 27th, 2013 às 12:41 AM
Já sei que vem chumbo grosso aí. Não faz mal. Eu gosto mesmo é de discussões acirradas, cx serve mesmo é para agitar este blog.
junho 27th, 2013 às 12:45 AM
Montalvão, já tinha postado meu comentário quando apareceu o seu.
Se conseguir seu intento, por favor, me ensine.
Meu sonho é dormir com um monte de mulheres (dormir nada – tentar infrutiferamente resistir à tentação).
junho 27th, 2013 às 12:47 AM
Vou pra cama, porque não sou o homem de ferro e não quero abreviar minha curta existência mais ainda.
Até amanhã, senhores, Inch’Allah.
junho 27th, 2013 às 7:54 AM
Marciano,
comentando:
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01 – “Não basta inteligência, sem a coragem.Isso vai além de ser ateu. Veja que mesmo Vitor e Montavão, com suas aguçadas inteligências, acreditam em espíritos e em sua sobrevivência. Não estou chamando-os de pusilânimes, estou apenas rechaçando um personagem do filme e muitos crentes.”
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Na verdade você estaria nos chamando de covardes, pois, como vc disse: “Não basta a inteligência, sem a coragem”. Mas a questão não é sobre coragem ou não, a questão é sobre evidências. Diferentemente do personagem do filme “A Tentação” que não era capaz de apresentar evidências de Deus – pelo menos não válidas – eu posso apresentar evidências da existência de espíritos, evidências essas obtidas em pesquisas de campo ou mesmo sob controle experimental, seja do campo mediúnico, seja do campo da reencarnação.
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Eu gostaria muito que o debate se centrasse na análise das evidências, e não sobre a psicologia do seu interlocutor.
junho 27th, 2013 às 10:50 AM
No caso do fenômeno “psicografia”, já se vai 1 século…
Que eu saiba as últimas leituras confiáveis de Mrs. Leonora Piper ocorreram antes da Guerra.
Talvez o Professor possa aportar datas mais precisas.
junho 27th, 2013 às 2:16 PM
As questões envolvendo deus, espíritos … são interessantes, a partir de uma análise prática e crítica. Há inúmeros relatos sobre o tema, desde a Antiguidade. Pode ser que exista algo de verdade nisso. O Vítor defende a existência do espírito, a partir de estudos interessantes, sendo que ele procura separar o “joio do trigo”. A ideia do “deus infinito, onisciente, onipotente e onipresente”, criador de tudo, está praticamente refutada, pelas observações, os estudos científicos e próprio raciocínio. Os iluministas (alguns) eram deístas: “Deus criou tudo e deixou acontecer, sem interferir na sua própria criação”.
Há outras linhas de pensamento, que tentam conceituar deus, como algo além da matéria em si, uma espécie de energia cósmica. Enfim, as ideias e conceitos a respeito da “espiritualidade” são muito amplas e ao mesmo tempo muito vagas.
Se deus realmente existe, como uma entidade, um ser, ele nunca se importou em realmente se mostrar aos homens. Da mesma forma, se somos espíritos, não acredito que aqueles que se encontram desencarnados fiquem se comunicando com (ou através de) os encarnados. Simplesmente, porque, salvo raras exceções, as tais comunicações (especialmente as psicografias) são absurdamente ridículas, falhas e contraditórias.
E é dentro de todo este contexto, que considero as religiões um atraso para as sociedades. Elas querem provar que descobriram as respostas para as dúvidas mais inquietantes dos homens, além de quererem provar que têm a fórmula para a “salvação” – aí, criaram um monte de histórias improváveis, ilógicas, fantasiosas e ridículas. Talvez, em determinados momentos da trajetória humana, estas “criações fantasmagóricas” tiveram uma razão de ser, até contribuíram para a “organização social”, em razão do pouco conhecimento das pessoas, movidas muito mais por seus instintos e desejos.
Mas hoje não fazem mais sentido algum. Haja vista, os prejuízos causados pelos “felicianos da vida” e os “pastores super-poderosos”, reacionários e enganadores.
junho 27th, 2013 às 7:05 PM
Para reflexão:
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“A PARCIALIDADE DOS SÁBIOS OU PERITOS NA ANÁLISE DE FENÔMENOS DESCONHECIDOS E FORA DE SUA ESPECIALIZAÇÃO
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‘No tocante às coisas evidentes, a opinião dos sábios é justamente digna de fé, porque eles as conhecem mais e melhor que o vulgo. Mas no tocante a princípios novos, a coisas desconhecidas, a sua maneira de ver não é mais do que hipotética, porque eles não são mais livres de preconceitos que os outros.
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Direi mesmo que o sábio terá, talvez, mais preconceitos que qualquer outro, pois uma propensão natural o leva a tudo subordinar ao ponto de vista de sua especialidade: o matemático não vê nenhuma espécie de prova senão através de uma demonstração algébrica; o químico relaciona tudo com a ação dos elementos; e assim por diante.
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Todo homem que se dedica a uma especialidade escraviza a ela as suas idéias. Afastai-o do assunto e ele quase sempre se confundirá, porque deseja tudo submeter ao seu modo de ver; é esta uma conseqüência da fragilidade humana.
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Consultarei, portanto, de bom grado e com absoluta confiança, um químico, sobre uma questão de análise; um físico, sobre a força elétrica; um mecânico, sobre a força motriz; mas eles me permitirão, sem que isto afete a estima que lhes devo por sua especialização, que não tenha em melhor conta a sua opinião negativa sobre o Espiritismo do que a de um arquiteto sobre questões de música.’
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DESTACA-SE:
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– “porque eles [os sábios/ especialistas] não são mais livres de preconceitos que os outros”;
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– “pois uma propensão natural o leva a tudo subordinar ao ponto de vista de sua especialidade”
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– “Todo homem que se dedica a uma especialidade escraviza a ela as suas idéias.”
junho 27th, 2013 às 7:36 PM
Concordo plenamente com NVF.
Nenhum arquiteto, musicista, matemático, químico, físico, etc. sabe nada sobre espiritismo, o que prova que o espiritismo só pode ser criticado por espíritas, os quais, por razões óbvias, jamais o criticarão.
Assim, está matematicamente demonstrado que o espiritismo é verdadeiro, da mesma forma que o catolicismo apostólico romano, o catolicismo ordotoxo, a igreja católica brasileira, o racionalismo cristão (lembram-se do merden?), todas as vertentes do islamismo, enfim, todas as crenças idiotas do mundo.
Demonstrado matematicamente que há vida em marte e que os marcianos são superiores e inferiores aos terráqueos, simultaneamente, q.e.d.
junho 27th, 2013 às 7:39 PM
Será que um ex-espírita como Vitor, Biasetto, Toffo, Antônio, e outros, sabe alguma coisa sobre espiritismo? Porque se sabe, retiro tudo o que eu disse acima.
junho 27th, 2013 às 8:23 PM
Negativo. O sábio é aquele que nada sabe, como dizia Sócrates. É o que duvida. É o que procura saber. O sábio “especialista” que já vai investigando segundo a sua óptica preconcebida não é sábio. Pelo menos é esse sábio que o NVF descreveu. Essa coisa de os espíritas mandarem estudar quando alguém o refuta é falácia pura. É uma forma de desviar a atenção para um suposto (e aparentemente inatingível) “saber profundo” sobre espiritismo, ou seja, desviar o traseiro da picada da injeção. Balela. Não é preciso “saber profundamente” o espiritismo para ver que ele é furado. Basta ter um pouco de juízo e senso crítico. E gostar de ler e aprender, naturalmente.
junho 27th, 2013 às 8:34 PM
As pessoas que têm uma crença, alegam que os céticos NÃO QUEREM VER, NÃO QUEREM ACEITAR AS EVIDÊNCIAS QUE PROVAM QUE DEUS EXISTE, QUE ESPÍRITOS EXISTEM.
Mas quais evidências?
Q-U-A-I-S ???
Com relação a deus, na visão teísta da crença, NENHUM religioso é capaz de responder às questões mais simples, partindo-se, por exemplo, do Paradoxo de Epicuro.
1 – Como pode deus ser o máximo da bondade e, diariamente, a existência dos seres vivos estar repleta de dores, sofrimentos e injustiças?
A tal história de que deus deu livre-arbítrio ao homem, e que este pecou, dando início às tragédias, é PATÉTICA.
Independente das discussões que já ocorreram neste blog sobre o livre-arbítrio, é simplesmente ilógico e ridículo, deus dar liberdade de escolha à sua criação, mas puni-la, exatamente por aquilo que escolhe. Lembro-me do Juliano, quando dizia que somente um deus sádico poderia agir assim. E ele tem toda razão.
Além disso, simplesmente o homem é ser intruso na Terra, recém-chegado. Muito, muito, muito antes do aparecimento dos primeiros hominídeos (e “muito mais antes ainda”, do surgimento do Homo sapiens), a Terra já era inundada de vida e realidade das cadeias e teias alimentares, de seres vivendo, lutando, sofrendo, morrendo.
Por que deus criou isto? Por que deus criou, por exemplo, seres carnívoros? Por que deus criou vermes e outros parasitas?
Como bem disse Sam Harris, “a moral cristã é psicótica e psicopata”, referindo-se às 5 milhões de crianças que morrem todos os anos, antes de completarem 5 anos, além de outros absurdos, que incluem tragédias diárias que eliminam famílias inteiras.
Nada é mais absurdo que esta história ridícula de Jesus Cristo, o filho de deus, que veio ao mundo por uma virgem fecundada pelo espírito santo. Christopher Hitchens em uma de suas palestras disse: “Consideremos que o Homo sapiens surgiu há 100 mil anos. Então, deus esperou 98 mil anos para enviar o salvador. Aqueles que nasceram nos últimos 2 mil anos têm a chance de serem salvos. Todos os que viveram antes não tiveram esta chance. Onde está a bondade divina nisso?”
E eu vou além:
1 – O que mudou no mundo, nas sociedades, depois que Jesus passou pela Terra? Arrisco-me a responder: NADA, NADA, NADA. Continuaram a existir guerras, disputas, conflitos, injustiças, atrocidades. E o pior de tudo, a tal “Terra Santa” é o lugar predileto para que estas coisas aconteçam. Chamar a região da Palestina, o atual Estado de Israel de lugar santo é o cúmulo da ignorância humana, é o cúmulo do desrespeito às centenas de milhares de pessoas que já morreram nestas terras.
2 – Que plano tinha deus e seu filho (que também é deus), que foi não foi capaz de convencer nem um terço da humanidade? E está perdendo cada vez mais adeptos.
Deus e Jesus: dois incompetentes. Jesus também foi incompetente e cruel, quando planejou a vinda dos europeus para a América, onde iria fundar a “Pátria do evangelho”, o “Brasil coração do mundo”. Ele não se importou com a dizimação de milhões de “índios”, nem com a escravização de outros milhões de negros africanos.
Absolutamente inaceitável isto!
O Arduin insiste que Chico Xavier psicografava os André Luiz e os Emmanuéis, mas que, eventualmente, incluía algumas informações de suas leituras nas obras literárias.
Não Arduin, não há nada de André Luiz nas obras da “Série Nossa Lar”. O próprio André Luiz é um plágio. Suas histórias, sua vida no além, foram roubadas de outros livros, especialmente de A Vida Além do Véu.
Como pode o tal André Luiz contar uma história em Libertação, dizendo: “então fomos …”, “então presenciei …”, se tudo que ele conta no livro, foi vivido por Arnel, na obra que citei?
André Luiz e Arnel são a mesma pessoa, o mesmo espírito?
Da mesma forma que a mãe do Owen e a mãe do Chico também são a mesma pessoa, o mesmo espírito?
Então, fiz uma nova descoberta: Chico Xavier não foi Alan Kardec em outra encarnação. Ele foi GEORGE VALE OWEN.
junho 27th, 2013 às 8:57 PM
Boa, Biasa!
junho 27th, 2013 às 10:46 PM
Vitor disse: “…eu posso apresentar evidências da existência de espíritos, evidências essas obtidas em pesquisas de campo ou mesmo sob controle experimental, seja do campo mediúnico, seja do campo da reencarnação”. Desculpe-me, prezado, mas acho que você realmente não pode apresentar nada disto. A menos que você venha a ser o primeiro a fazê-lo, pois ainda ninguém o fez.
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Biasetto, realmente os crentes enganam-se o tempo todo com falácias como as que você referiu. E uma das minhas “prediletas” é aquela que proclama a maravilhosa beleza e harmonia do universo. Acho uma graça disto, porque o universo, visto de um ponto de vista realista é a própria imagem da desorganização e do caos absoluto. O fato de existir vida – e até vida inteligente (?) – neste canto remoto do cosmos, num período que é apenas um átimo na existência estimada do universo, é ingenuamente interpretado como a prova da grandeza de Deus, sendo o homem a sua “obra prima”. Reducionismo pueril.
junho 27th, 2013 às 10:48 PM
Concordo contigo Antonio.
Grande abraço!!!
junho 27th, 2013 às 11:15 PM
Oi, Antonio
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comentando:
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01 – “A menos que você venha a ser o primeiro a fazê-lo, pois ainda ninguém o fez.”
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O pesquisador Jim Tucker cita dois casos de experimentos controlados relativo à reencarnação no capítulo 7 de seu livro “Vida Antes da Vida” (2005): o de Gnanatilleka Baddewithana e o de Ma Choe Hnin Htet, ambos com resultados positivos. O caso de Gnanatilleka é contado em detalhes no livro de Stevenson “20 casos”. O próprio Carl Sagan reconhece o caráter experimental das pesquisas no livro “O Mundo Assombrado”: No momento em que escrevo, acho que três alegações no campo da percepção extra-sensorial (ESP) merecem estudo sério: (1) que os seres humanos conseguem (mal) influir nos geradores de números aleatórios em computadores usando apenas o pensamento; (2) que as pessoas sob privação sensorial branda conseguem receber pensamentos ou imagens que foram nelas “projetados”; e (3) que as crianças pequenas às vezes relatam detalhes de uma vida anterior que se revelam precisos ao serem verificados, e que não poderiam ser conhecidos exceto pela reencarnação. Não apresento essas afirmações por achar provável que sejam válidas (não acho), mas como exemplos de afirmações que poderiam ser verdade. Elas têm, pelo menos, um fundamento experimental, embora ainda dúbio. Claro, eu posso estar errado.
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Relativo às pesquisas de campo, Lester S. King, editor de crítica do JAMA: The Journal of the American Medical Association, escreveu que, “com respeito à reencarnação, [Stevenson] coletou cuidadosa e desapaixonadamente uma pormenorizada série de casos ocorridos na Índia, nos quais a evidência é difícil de explicar sob qualquer ponto de vista.” E acrescentou: “Ele registrou uma quantidade de dados tão grande que não pode ser ignorada.”
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Arthur C. Clarke e Sam Harris também falaram muito bem das pesquisas de Stevenson.
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Com relação à mediunidade, vc encontra experimentos controlados desde Piper até as pesquisas de Emily Kelly: http://obraspsicografadas.org/2011/uma-investigao-de-mdiuns-que-alegam-receber-informaes-sobre-pessoas-falecidas-2011/
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Fica difícil negar a evidência quando a literatura científica sobre o assunto já passa (no mínimo) das cem mil páginas 🙂
junho 27th, 2013 às 11:28 PM
Vitor, você crê nisto tudo, mas você não pode constatar nada disto. Trata-se de questão de fé, não de ciência. O que você chama de evidências não passam de indícios muito discutíveis e, por isso mesmo, nada conclusivos.
Mas, como Sagan, eu posso estar errado quanto a isto…
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Abraço.
junho 27th, 2013 às 11:40 PM
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Marciano disse: 1. “moizes montalvao Diz:
Prezado Leopoldo, sou desvinculado de qualquer confissão religiosa, embora creia na sobrevivência do espírito.”
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Note que ambos dizem acreditar na sobrevivência do espírito, pressupondo a existência deste. Só pode sobreviver o que existe.
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Gostaria de me estender mais, porém estou com uma gripe daquelas, febre persistente, tosse, garganta inflamada, exausto de trabalhar nessas condições.
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COMENTÁRIO: de Marte, falei crer na sobrevivência do “espírito”, mas se examinar outros “coments” meus verá que sobre essa entidade não teço qualquer consideração de “sabiência” (suponho que “exista”, mas de que modo, forma e maneira seja essa existencialidade não me pergunte que não sei). Em verdade, minha crença (e crença, no meu modo de ver, relativamente a essa questão, é esperança, expectativa) é a de que haja algo transcendental no ente humano e que sobreviva à morte para adentrar noutra dimensão existencial, esperadamente “mais melhor” que a atual. Cultivo essa ideia como almejo pessoal. Não a defendo contra as ponderações de que a vida seja só a que experimentamos, visto não dispor de qualquer elemento corroborativo a que possa recorrer. Chegando lá e encontrando alguma coisa, direi: “pô, meu anseio se concretizou, agora vou ver o que há para se fazer por essas cercanias”… Caso não ache nada, lamentarei: “putz, que azar, não tem nada por aqui, e eu doido para tomar uma gelada!”…
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Mais uma coisinha: lá, do outro “lado”, não tem essas coisas de garganta inflamada, febre e correlatos… Como sei? Simples, já viu anjo tossindo?
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Cordiais saudações,
junho 28th, 2013 às 12:02 AM
Antonio, eu também não posso constatar a existência do Bóson de Higgs. Talvez o Bóson de Higgs seja questão de fé, não de ciência. Afinal, a evidência da existência dele não passa de indícios muito discutíveis, e por isso mesmo, nada conclusivos.
junho 28th, 2013 às 1:26 AM
Grande Montalvão, grato pelo conselho stalinista (“A morte é a unica solução para todos os problemas”), porém eu gosto de febre, garganta inflamada, tosse – meu sonho é passar a eternidade tossindo. Sai pra lá, sô!
Saudações mortíferas,
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Vitor, nisto estou de acordo com você, esse Bóson de Higgs é meio fantasmagórico. Não levo muita fé nele também.
Veja o que diz a Scientific American:
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“Quando físicosdo Grande Colisor de Hádrons, no CERN, anunciaram a descoberta de uma nova partícula, em 4 de julho, não a chamaram de “o bóson de Higgs”. Isso não foi apenas a típica cautela científica: também significou que o anúncio vem em um momento significativo. Estamos no fim de décadas de uma odisseia teórica, experimental e tecnológica, e também no início de uma nova era na física.”
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Veja também a Galileu, a qual eu sei que você gosta de ler (livre-arbítrio):
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“Especula-se que os cientistas do Cern tenham alcançado um nível “5 sigma” de certeza para anunciar a descoberta – o que significa que eles estão 99.99995% certos de que o bóson de Higgs foi encontrado”.
junho 28th, 2013 às 1:28 AM
Veja a cautela: “especula-se que”, “tenham alcançado”, lembra até aquela história dos neutrinos lépidos e fagueiros, a zombar da luz.
junho 28th, 2013 às 1:32 AM
Eu coloco fantasmas, bóson de Higgs, gato de Schrödinger, viagem no tempo, multiversos, evaporação de buracos negros, entrelaçamento quântico a distâncias “galácticas”, lobisomens, mulas-sem-cabeça, espiritismo, tarot, tudo no mesmo saco.
junho 28th, 2013 às 10:43 AM
Com relação à mediunidade, vc encontra experimentos controlados desde Piper até as pesquisas de Emily Kelly:
Relativamente a Mrs. Piper – que eu concordo seria a melhor evidencia que dispõem os espiritualistas em relação à realidade da “Psicografia” – , vale o que eu sublinhei acima: há 1 século…
Relativamente aos citados estudos, destaco:
Portanto, no estudo 2, enviamos fotos das pessoas falecidas para os médiuns, mas não fornecemos outras informações, nem sobre os assistentes nem sobre as pessoas falecidas.
Para ajudar a minimizar a possibilidade de o médium deduzir informações sobre a pessoa da fotografia, pedimos aos assistentes que enviassem fotografias “neutras” que mostrassem a pessoa sozinha e não engajada em atividades específicas (tais como jogar tênis ou ler) que pudessem fornecer informações significativas sobre o falecido.
Isso são pesquisas de Magia Aplicada – não Espiritualismo. Aí seguirei o conselho do Kardec, abstendo-me de palpitar sobre cousa que não conheço…
Ficando especificamente no assunto “Psicografia”: se querem efetivamente pesquisar evidencias disso, dentro do paradigma Espiritualista ou Espírita (pois que neste caso particular se equivalem), por que não desenham os experimentos de forma simples, cristalina, e sem dar margem a dúvidas, como tem sido aqui proposto? Não entendo… Será que é para sempre poder deixar uma duvidazinha, nunca refutando positivamente a Crença?
junho 28th, 2013 às 11:18 AM
Boson de higgs é ciência pura!
O fato de não ver ele ou tocar nele de maneira individual, não afasta sua existência, pois esta decorre de matemática pura.
Esse tipo de argumento que escuto muito de religiosos dizendo: “se vc não pode ver ele, então vc acredita nele porque tem fé” é tão furado quanto minha meia do tempo que jogava na quadra da escolinha do meu bairro.
Os procedimentos usados para se chegar aos indícios que nós levam a crer na existência dessas coisas das quais não podemos ver utilizam matemática e física pura, portanto infalíveis.
1 +1 = 2 independente do que estamos vendo, assim como a aguá em condições normais de temperatura e pressão vira vapor de aguá à 100 graus. Vendo ou não isso acontece. Através dessas “certezas” é que se torna possível atestar a existência de coisas que não podemos ver.
junho 28th, 2013 às 11:20 AM
Demorei pra derrubar esse argumento religioso do “se vc não ver, vc tem fé”, mas acho que hoje já consigo!
junho 28th, 2013 às 11:27 AM
Em resumo, a existência de algo não se atesta somente tocando ou sentido algo de maneira individual, mas através da lógica ou da razão humana. Isso existe no Direito e a idéia veio de lá!
Então, por exemplo, mesmo não vendo ou tocando no interior de uma sala, se eu arremessar duas bolas dentro dela, saberei que ali dentro haverá duas bolas, apesar de não poder ver ou tocá-las.
No direito isso é muito usado, pois mesmo não se encontrando em nenhuma lei determinado valor ou princípio, vc sabe que ele existe ao analisar o conjunto de normas.
junho 28th, 2013 às 11:33 AM
A Matemática é perigosa. Se dois pedreiros constroem um muro em um dia, meio pedreiro construirá o mesmo muro em quatro dias. Matematicamente, isto é uma verdade incontestável. No mundo real, não faz o qualquer sentido.
junho 28th, 2013 às 11:36 AM
Eu não nego a existência do bóson de Higgs, por enquanto, no entanto, acho apenas provável sua existência.
Quanto a viagem no tempo, multiversos, espíritos, pouco importa o que equações matemáticas digam sobre eles, sei que não existem. Como sei que meio pedreiro não existe. Embora seja matematicamente demonstrável que meio pedreiro leva quatro dias para construir um muro.
junho 28th, 2013 às 11:36 AM
Vários tópicos já foram discutidos neste blog. Todos seguidos de poucos ou muitos comentários. Em comum, uma coisa se percebe claramente. Quem duvidar, pode consultar o acervo do blog. Todos sustentam seus pontos de vista até a morte. Ninguém se convence com os argumentos de ninguém.
Isto não é privilégio deste blog. Qualquer pessoa que defende algum ponto de vista tem a natural tendência de continuar a sustentá-la independentemente de qualquer demonstração em contrário.
Isso tem uma razão de ser. Se alguém admite estar errado em suas convicções sobre um assunto, a inevitável conclusão é a de que, em todas as suas demais convicções pode também estar errado.
Há um artigo publicado no New York Times, disponível aqui (http://www.nytimes.com/2011/06/15/arts/people-argue-just-to-win-scholars-assert.html?_r=5&), em inglês, no qual reportam-se pesquisas feitas sobre o assunto, conhecido como teoria argumentativa do raciocínio.
Para quem gosta de fontes confiáveis, pode ser consultado também o Journal of Behavioral and Brain Sciences (http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1698090).
Parece que fomos selecionados pela natureza não para buscar a verdade, mas para argumentar e provar que estamos certos. Tudo para buscar autoridade sobre os outros. Assim dizem Hugo Mercier e Dan Sperber. Somos todos selecionados para, compulsivamente, argumentar melhor e impor nossos pontos de vista, ainda que eles estejam totalmente contra qualquer evidência.
Aplicando-se essa assertiva a quem cresceu acreditando em espiritices e baseou seu mundo e sua interpretação deles nessas coisas, pode-se imaginar como deve ser duro admitir que estava errado o tempo todo. É mais confortável manter as crenças absurdas. É por isso que até hoje tem gente que acredita que ratos preferem queijo, se cortarmos uma minhoca no meio, as duas partes sobrevivem, coelhos preferem cenoura, a água na banheira ou na pia gira no mesmo sentido, sempre, em determinado hemisfério, etc.
Algumas dessas coisas podem ser testadas em casa, como a última. É uma distorção de interpretação do efeito Coriolis, qualquer um pode encher todas as cubas de suas pias, banheira, etc., e comprovar pessoalmente.
junho 28th, 2013 às 11:43 AM
Segundo o Vitor, a existência dos espíritos já foi demonstrada várias vezes, por vários pesquisadores, estando provada por a + b ao quadrado.
Ele cita fontes. ),
junho 28th, 2013 às 11:53 AM
Não se usa matemática para provar a existência de espíritos. Por isso não esta provada. O que existe são fatos inexplicáveis que servem como indícios para a existência de espíritos.
A base usada na história do pedreiro seria o trabalho do pedreiro e não o corpo físico do pedreiro.
junho 28th, 2013 às 5:04 PM
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Marciano disse: A Matemática é perigosa. Se dois pedreiros constroem um muro em um dia, meio pedreiro construirá o mesmo muro em quatro dias. Matematicamente, isto é uma verdade incontestável. No mundo real, não faz o qualquer sentido.
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COMENTÁRIO: Perigosa ela é mesmo, principalmente para mim que diante de uma equação de segundo me borro todo. Mas o perigo que viu não me parece real. Se o meio pedreiro for exatamente equivalente à quarta parte de dois e funcionar qual os inteiros, apenas com menor capacidade de trabalho, e mantidas iguais condições ambientais, ele fará o serviço conforme o previsto. Substitua os pedreiros do exemplo por máquinas e chegará à melhor visão.
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Viva o Bóson de Higgs!!!! (e o coro repete: VIVA!!)
junho 28th, 2013 às 5:24 PM
Marciano DiSSE: Eu não nego a existência do bóson de Higgs, por enquanto, no entanto, acho apenas provável sua existência.
Quanto a viagem no tempo, multiversos, espíritos, pouco importa o que equações matemáticas digam sobre eles, sei que não existem. Como sei que meio pedreiro não existe. Embora seja matematicamente demonstrável que meio pedreiro leva quatro dias para construir um muro.
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COMENTÁRIO: (na falta de Arduin, “implico” com Marciano, até a hora que me dê uma rasteira…).
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Não sei o que a matemática poderia dizer sobre espíritos (talvez que a soma deles siga a normas terrenas de adição e subtração…). A respeito de multiversos e viagens no tempo pouco-nada sei, mas digo que a matemática diz que esses constructos racionais são logicamente viáveis. Quer dizer, ela não diz que existam (nem que não existam) mas se existirem (na remota hipótese) desde já estão logicamente equacionados. Trata-se daquela velha história de mundos possíveis, ou coisa que valha.
junho 28th, 2013 às 5:39 PM
Certo, Rafael, por isso a gente fala em homem-hora. Meu objetivo foi mostrar como a matemática pode ser mal interpretada, principalmente quando falamos de matemática avançada, aquela que levamos até dezenas de anos para aprender. Fica fácil confundir conceitos.
O fato de uma idealização de partícula subatômica adequar-se a fórmulas matemáticas não equivale a dizer que ela tenha existência real.
Se a matemática não é adequada para provar a existência de espíritos e o é para provar o bóson de Higgs, a comparação do Vitor não parece pertinente.
E concordo com você, Montalvão, você não está implicando comigo. O que eu quis dizer foi exatamente isso, a matemática pode ser compatível com multiversos, bósons de Higgs e outras maluquices, mas isso não equipole a dizer que comprove sua existência. Ou não se precisaria de experiências com colisor de hádrons. Só de matemática. E o colisor não provou nada ainda.
Vou dar um exemplo: um espírito-hora é capaz de assombrar dois Montavões. Deduzimos que para assombrar um Montavão precisamos de apenas meio espírito hora. Faz sentido. Só não prova que espíritos existam. Se existissem, seria assim.
junho 28th, 2013 às 5:42 PM
Em tempo:
Saudações assombrosas, Montalvão.
E vamos torcer para que o espírito do Arduin reencarne no blog, quero voltar a ser assombrado por ele.
junho 28th, 2013 às 6:53 PM
A presença do Professor de fato é essencial para os Trabalhos. Fiquei com uma dúvida quanto aos meus conhecimentos de Espiritismo e vou invocá-lo utilizando uma fórmula que localiza qualquer Espírito encarnado ou desencarnado:
Au nom du Tout-Puissant, Professeur Arduin, je vous prie de vous manifester. Etes-vous là?
Que pensez-vous, à la lumière de l’Spiritisme, sur la recherche Uma Investigação de Médiuns que Alegam Receber Informações Sobre Pessoas Falecidas ?
junho 28th, 2013 às 9:28 PM
Gorducho (ou dois je dire Grassouillet?), n’oublie pas que le Professeur ne parle pas “françuá”. Il la dit lui même.
junho 28th, 2013 às 9:29 PM
Gorducho (ou dois je dire Grassouillet?), n’oublie pas que le Professeur ne parle pas “françuá”. Il la dit lui même.
junho 28th, 2013 às 9:36 PM
Arduin, você me pediu uma vez e eu te atendo sempre.
O Gorducho disse a você:
“Em nome do Todo Poderoso, Professor Arduin, eu lhe peço que se manifeste. Está aí?
O que o senhor pensa, à luz do Espiritismo, sobre a pesquisa Uma Investigação de Médiuns que Alegam Receber Informações Sobre Pessoas Falecidas ?
Eu endosso o pedido, RSTP (Répondez, s’il vous plaît), mas eu acho que isso não precisava de tradução, certo, Professor?
junho 28th, 2013 às 9:37 PM
Eu acho que o espírito do Rivail baixou no Gorducho.
junho 28th, 2013 às 10:37 PM
Sobre indícios e evidências:
Caro Vitor, de física nuclear eu entendo tanto quanto sobre interpretação dos logogramas da escrita chinesa. Ou seja, nadica de nada. Mas eu sei bastante sobre o pouco que há para saber sobre espíritos, mediunidade, psicografias e afins para concluir que os indícios apontam para uma evidente inexistência destes fenômenos. Eu afirmo que tudo isto não passa de ilusão e fantasia. E muita mentira, farsa e vaidade. Mas, eu posso estar enganado… .
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Marciano, sobre a teoria argumentativa do raciocínio, eu sempre me lembro do livro O Caso dos Exploradores de Cavernas, Lon Luvois Fuller. Você provavelmente leu.
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Abraço a todos.
junho 28th, 2013 às 11:02 PM
Marciando,
comentando:
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01 – “Segundo o Vitor, a existência dos espíritos já foi demonstrada várias vezes, por vários pesquisadores, estando provada por a + b ao quadrado.”
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O que para mim está “provado” – entenda-se por provado algo que está num patamar acima da dúvida razoável – é a existência de fenômenos paranormais. Agora, se são espíritos, psi ou outra coisa é um terreno bem mais ardiloso. Veja o exemplo da aparente atração de corpos com massa. Como um físico e matemático me explicou, “a gravitação universal de Newton é um modelo matemático que sugere a existência de uma força conhecida como força gravitacional. Na teoria da relatividade geral de Einstein, no entanto, jamais há qualquer menção a forças. A suposta atração entre corpos se justifica a partir de uma concatenação entre um tensor de energia e uma métrica do espaço-tempo. Já na gravitação weberiana proposta por André Assis, existem forças. No entanto, tais forças weberianas têm um papel completamente diferente das forças newtonianas. Tanto é verdade que, na gravitação weberiana, a força resultante sobre qualquer sistema físico é sempre nula. Na teoria de gravitação de Hoyle e Narlikar, ao contrário do que ocorre na teoria de Newton, a ação das forças entre corpos distantes jamais é instantânea, sempre se propagando pelo espaço na velocidade da luz no vácuo. E na gravitação de Hertz existem interações instantâneas, porém não descritas por forças. Ou seja, estes são apenas alguns exemplos de teorias distintas que procuram explicar a aparente atração entre corpos com massa, sendo que a própria noção de massa também muda, conforme a teoria”.
junho 28th, 2013 às 11:37 PM
Oi, Antonio
comentando:
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01 – “Mas eu sei bastante sobre o pouco que há para saber sobre espíritos, mediunidade, psicografias e afins para concluir que os indícios apontam para uma evidente inexistência destes fenômenos.”
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O maior sábio do mundo, Antonio, dizia que nada sabia…
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02 – “Eu afirmo que tudo isto não passa de ilusão e fantasia.E muita mentira, farsa e vaidade”
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Afirmar e provar são coisas bem diferentes…
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03- “Mas, eu posso estar enganado”… .
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E que tipo de coisa lhe faria reconhecer o engano?
junho 29th, 2013 às 1:21 AM
O que eu trouxe para reflexão não diz que apenas espíritas podem criticar o espiritismo. Fica mais claro agora:
“As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho.
As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo, elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação seria estabelecer analogias que não existem.”
junho 29th, 2013 às 1:22 AM
O que eu trouxe para reflexão não diz que apenas espíritas podem criticar o espiritismo.
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Fica mais claro assim:
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“As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho.
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As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo, elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação seria estabelecer analogias que não existem.”
junho 29th, 2013 às 1:59 AM
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Marciano Disse: Em tempo: Saudações assombrosas, Montalvão. E vamos torcer para que o espírito do Arduin reencarne no blog, quero voltar a ser assombrado por ele.
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COMENTÁRIO: para que o espírito do Arderruim reencarne (supondo-se a existência das múltiplas vidas) necessário se faria que ele morresse primeiro. Só que se ele morrer agora vai perder a graça essa conversa…
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Acho melhor que o Arduin possua (êpa!) alguém aqui (quem se candidata? Eu tô fora), ou obsidiar algum que esteja na mesma faixa vibracional em que ele treme.
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Marciano Disse: Arduin, você me pediu uma vez e eu te atendo sempre. O Gorducho disse a você:
“Em nome do Todo Poderoso, Professor Arduin, eu lhe peço que se manifeste. Está aí?
O que o senhor pensa, à luz do Espiritismo, sobre a pesquisa Uma Investigação de Médiuns que Alegam Receber Informações Sobre Pessoas Falecidas ?
Eu endosso o pedido, RSTP (Répondez, s’il vous plaît), mas eu acho que isso não precisava de tradução, certo, Professor?
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COMENTÁRIO: vocês precisam, primeiro, definir se estão evocando ou invocando o dileto professor. A não definição de por qual atitude optaram prejudica a dele aparição mediúnica. Arduin é espírito evoluído e não se apresenta ante qualquer chamadinha…
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Saudações arderruínicas,
junho 29th, 2013 às 2:21 AM
Antonio, todo advogado lê esse livro no primeiro ano da faculdade. O livro é antigo, mas sua lição é bastante atual, basta assistir a qualquer julgamento no STF. Estou surpreso é de você conhecê-lo, pelo que sei você não é advogado e esse livro não é muito conhecido fora dos meios jurídicos.
Um abraço.
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Vitor, melhorou. Ao menos você admite não estar provada a existência dos espíritos. Quanto à gravidade, embora não se chegue a um acordo quanto à sua natureza, a mecânica celeste é tão precisa que pode-se calcular a ocorrência e local de um eclipse com séculos de antecedência, assim como aproximação máxima e mínima de corpos celestes. No que se refere a paranormalidade, não existe, que eu saiba, qualquer possibilidade de previsão de qualquer fenômeno dito paranormal.
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Nous vous attendons, Monsieur Le Professeur. Où êtes vous?
Apparaissez vous. S’il vou plaît. Nous vous en prie.
junho 29th, 2013 às 2:24 AM
Montalvão, você está enganado. Se o Professor Arduin morresse e aparecesse aqui no blog (ele mesmo, não um impostor) eu imediatamente passaria a acreditar em espíritos e comunicação com eles, sem necessidade de qualquer esforço argumentativo por parte do Professeur.
junho 29th, 2013 às 2:29 AM
Montalvão, estamos evocando Le Professeur, au nom du Tout-Puissant, pelo que, pela doutrina do Professeur Rivail, seu colega de profissão e de crença não pode escusar-se de atender à evocação, estaria afrontando o próprio Tout-Poissant.
Saudações mediúnicas.
junho 29th, 2013 às 2:42 AM
Para não deixar qualquer dúvida, Monsieur Le Professeur poderia aparecer diante de mim, em espírito, ainda que em desdobramento físico, como fazia cx. Imediatamente eu me converteria.
E não se diga que isso é impossível. Só para provocar o Prefesseur:
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“CHAPITRE VI.
MANIFESTATIONS VISUELLES.
Questions sur les apparitions.
100. De toutes les manifestations spirites les plus intéressantes sont, sans contredit, celles par lesquelles les Esprits peuvent se rendre visibles. On verra, par l’explication de ce phénomène, qu’il n’est pas plus surnaturel que les autres. Nous donnons d’abord les réponses qui ont été faites à ce sujet par les Esprits :
1. Les Esprits peuvent-ils se rendre visibles ?
«Oui, surtout pendant le sommeil ; cependant certaines personnes les voient aussi pendant la veille, mais c’est plus rare.»
Remarque. Pendant que le corps repose, l’Esprit se dégage des liens matériels ; il est plus libre, et peut plus facilement voir les autres Esprits avec lesquels il entre en communication. Le rêve n’est que le souvenir de cet état ; quand on ne se souvient de rien, on dit qu’on n’a pas rêvé, mais l’âme n’en a pas moins vu, et joui de sa liberté. Nous nous occupons plus spécialement ici des apparitions à l’état de veille .
2. Les Esprits qui se manifestent à la vue appartiennent-ils plutôt à une classe qu’à une autre ?
«Non ; ils peuvent appartenir à toutes les classes, aux plus élevées comme aux plus inférieures.»
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CAPÍTULO VI
DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS
Noções sobre as aparições. Ensaio teórico sobre as aparições. – Espíritos
glóbulos. – Teoria da alucinação.
100. De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes, sem contestação
possível, são aquelas por meio das quais os Espíritos se tornam visíveis. Pela explicação
deste fenômeno se verá que ele não é mais sobrenatural do que os outros. Vamos
apresentar primeiramente as respostas que os Espíritos deram acerca do assunto:
1ª Podem os Espíritos tornar-se visíveis?
“Podem, sobretudo, durante o sono. Entretanto algumas pessoas os vêem
quando acordadas, porém, isso é mais raro.”
NOTA. Enquanto o corpo repousa, o Espírito se desprende dos laços materiais;
fica mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos, entrando com eles em
comunicação. O sonho não é senão a recordação desse estado. Quando de nada nos lembramos, diz-se que não sonhamos, mas, nem por isso a alma deixou de ver e de gozar da sua liberdade. Aqui nos ocupamos especialmente com as aparições no estado de vigília (1).
2ª Pertencem mais a uma categoria do que a outra os Espíritos que se
manifestam fazendo-se visíveis?
“Não; podem pertencer a todas as classes, assim às mais elevadas, como as mais inferiores.”
junho 29th, 2013 às 2:55 AM
Em tempo: a tradução está uma porcaria, mas não fui eu. Foi o reverenciado Dr. Guillon Ribeiro, segundo a editora, engenheiro civil, poliglota e vernaculista.
Se não estiver reencarnado (desencarnou em 1943), eu também apreciaria qualquer manifestação do engenheiro civil, jornalista, poliglota, vernaculista e espírita Luiz Olímpio Guillon Ribeiro. Aproveitaria para perguntar a ele, dentre outras coisas, por que traduziu “Questions sur les apparitions” como “Noções sobre as aparições”. Eu traduziria como “perguntas”, não “noções”.
O Dr. Engenheiro poderia me ensinar um pouco de “françuá”.
junho 29th, 2013 às 3:05 AM
Biasetto, cadê você?
Você é o autor do artigo.
Tá precisando de uma evocação também?
Pois eu o invoco, em nome do Todo Poderoso. Também em meu próprio nome e tomo a liberdade de falar em nome do Grassouillet.
junho 29th, 2013 às 3:07 AM
Ich mach ein schertz. Ich bin ein polter geist.
junho 29th, 2013 às 3:08 AM
Rat tat tat.
junho 29th, 2013 às 3:30 AM
Ich MACHE ein schertz. FICK!!! Es ist das Fieber.
junho 29th, 2013 às 8:17 AM
Marciano
comentando:
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01 – “No que se refere a paranormalidade, não existe, que eu saiba, qualquer possibilidade de previsão de qualquer fenômeno dito paranormal.”
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Ian Stevenson escreveu um capítulo inteiro sobre a previsão da localização das marcas de nascença. Por exemplo, em um caso turco, uma marca de nascença lhe tinha sido relatada. Quando soube mais tarde que a morte da personalidade precedente alegada tinha sido causada por feridas de bala, predisse uma segunda marca de nascença, retornou ao sujeito e encontrou uma segunda marca de nascença que correspondeu à ferida da saída. Tais casos raros e os assim denominados casos de marca de nascença experimentais são extremamente importantes, particularmente porque eles oferecem um pouco a possibilidade de mudança destes casos para algo além da crítica aplicada à maioria dos casos espontâneos e introduzindo um elemento de controle experimental.
junho 29th, 2013 às 11:17 AM
Toffo,
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Comentei algo que você postou em:
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http://obraspsicografadas.org/2013/a-vida-depois-da-morte-de-scott-rogo-1986-captulo-1/
junho 29th, 2013 às 11:31 AM
Biasetto,
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DA INCOMPATIBILIDADE DA CONVICÇÃO ESPÍRITA COM O SABER LIVRESCO
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Vemos pessoas céticas e incrédulas quanto ao fenômeno espírita apenas por julgarem irracionais determinadas obras espíritas. Negam a existência dos espíritos somente por terem refutado racionalmente o conteúdo de tal livro. Esses se apegam a rápida conclusão, que os mantém na zona de conforto do mundo conhecido.
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Em paralelo, vemos espíritas que creem no fenômeno apenas por terem lido o assunto em algum livro. Convencem-se rápido. Nesses sobra Fé e falta senso crítico.
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Ambos se equivocam, pois o espiritismo requer, essencialmente, a análise fática do fenômeno. É preciso admitir o desconhecido e inquietar-se em busca do conhecimento empírico. É preciso ver para crer com razão. É necessário muito analisar para se convencer de que nem todos os fenômenos são fraudes.
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A convicção espírita não é compatível com o saber livresco.
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“Livresco: proveniente apenas de leitura, e não de experiência ou estudo: saber livresco”
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(Dic. Aurélio)
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Então, o erro está em querer afirmar que Espíritos não existem apenas por conta de obras escritas que julgamos irracionais.
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Esqueçam Allan Kardec, esqueçam Chico Xavier e outros. O fenômeno existe e precisa ser melhor apreciado, independentemente do que outros já escreveram sobre o assunto.
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Outra coisa, a existência dos espíritos não tem nada a ver em se admitir necessariamente a existência de Deus. Temos evidências dos espíritos, mas não temos de Deus.
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O único questionamento que deve ser feito é: A alma do homem sobrevive após a morte do corpo, podendo se comunicar com o mundo visível?
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Não deixem de admitir a possibilidade apenas por causa de livros ou por causa de fraudes mediúnicas. Seria um reducionismo equivocado.
junho 29th, 2013 às 10:18 PM
“Oôôô… o CX voltou, o Cx voltou oooooô”
“Oôôô… o CX voltou, o Cx voltou oooooô”
“Oôôô… o CX voltou, o Cx voltou oooooô”
“Oôôô… o CX voltou, o Cx voltou oooooô”
Até agora, já vi flores cairem do céu, Cannabis, ajoelhamentos, catolicismo-romanista-chiquista, Irmão X, Speed Racer, Emmanuel, Waldo Vieira, Bacceli, Cacilda Becker, plágios mas só não vi uma coisa até essa minha postagem:
A prova do principal DOGMA do ‘espiritismo’ :
“A existência de ‘espiritos’ .
Sei que sou chato batendo nesta tecla, mas se até agora não se teve uma evidenciazinha da existência deles, como pode ter então ‘mediunidade’ ? Ainda mais de CX.
E tem gente aqui que ainda defende que Emmanuel existiu…
junho 29th, 2013 às 10:38 PM
“NVF Diz: o erro está em querer afirmar que Espíritos não existem apenas por conta de obras escritas que julgamos irracionais.”
Me diga uma obra racional que afirma que eles existam.
“NVF Diz:O fenômeno existe e precisa ser melhor apreciado”
Cite uma publicação científica validando a existência dele.
“NVF Diz:Temos evidências dos espíritos,…”
Tem mesmo? Tou até hoje esperando uma. Me diga aonde tem . Cite uma fonte científica.
“NVF Diz:O único questionamento que deve ser feito é: A alma do homem sobrevive após a morte do corpo, podendo se comunicar com o mundo visível?”
Além de carecer de provas da existência dela, o que os supostos ‘espiritos’ disseram de extraordinário até hoje que os ‘encarnados’ não saibam? Que Marte não tem satélites naturais por ex, Todos os globos são habitados, inclusive as estrelas (LE, q. 55, p. 60)? Racismo? “Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita coisa;” (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862)?
junho 30th, 2013 às 2:27 AM
Rivail fez escola.
Vejam o que pensava o Füher:
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Jede Kreuzung zweier nicht ganz gleich hoher Wesen gibt als Produkt ein Mittelding zwischen der Höhe der beiden Eltern. Das heißt also: das Junge wird wohl höher stehen als die rassisch niedrigere Hälfte des Elternpaares, allein nicht so hoch wie die höhere. Folglich wird es im Kampf gegen diese höhere später unterliegen. Solche Paarung widerspricht aber dem Willen der Natur zur Höherzüchtung des Lebens überhaupt. Die Voraussetzung hierzu liegt nicht im Verbinden von Höher- und Minderwertigem,
sondern im restlosen Siege des ersteren. Der Stärkere hat zu herrschen und sich nicht mit dem Schwächeren zu verschmelzen, um so die eigene Größe zu opfern. Nur der geborene Schwächling kann dies als grausam empfinden, dafür aber ist er auch nur ein schwacher und beschränkter Mensch; denn würde dieses Gesetz nicht herrschen, wäre ja jede vorstellbare Höherentwicklung aller organischen Lebewesen undenkbar.
Die Folge dieses in der Natur allgemein gültigen Triebes zur Rassenreinheit ist nicht nur die scharfe Abgrenzung der einzelnen Rassen nach außen, sondern auch ihre gleichmäßige Wesensart in sich selber.
Der Fuchs ist immer ein Fuchs, die Gans eine Gans, der Tiger ein Tiger usw., und der Unterschied kann höchstens im verschiedenen Maße der Kraft, der Stärke, der Klugheit, Gewandtheit, Ausdauer usw. Der einzelnen Exemplare liegen. Es wird aber nie ein Fuchs zu finden sein, der seiner inneren Gesinnung nach etwa humane Anwandlungen Gänsen gegenüber haben könnte, wie es ebenso auch keine Katze gibt mit freundlicher Zuneigung zu Mäusen.
Adolf Hitler, Mein Kampf, 11 Kapitel.
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Todo cruzamento entre dois seres de situação um pouco desigual na escala biológica dá, como produto, um intermediário entre os dois pontos ocupados pelos pais. Significa isto que o filho chegará provavelmente a uma situação mais alta do que a de um de seus pais, o inferior, mas não atingirá, entretanto. a altura do superior em raça. Mais tarde será, por conseguinte, derrotado na luta com os superiores. Semelhante união está, porém, em franco desacordo com a vontade da Natureza, que, de um modo gera], visa o aperfeiçoamento da vida na procriação. Essa hipótese não se apoia na ligação de elementos superiores com
Inferiores, mas na vitória incondicional dos primeiros. O papel do mais forte é dominar. Não se deve misturar com o mais fraco, sacrificando assim a grandeza própria. Somente um débil de nascença poderá ver nisso uma crueldade, o que se explica pela sua compleição fraca e limitada. Certo é que, se tal lei não prevalecesse, seria escusado cogitar de todo e qualquer aperfeiçoamento no desenvolvimento dos seres vivos em gera. Esse instinto que vigora em toda a Natureza, essa tendência à purificação racial, tem por conseqüência não só levantar uma barreira poderosa entre cada raça e o mundo exterior, como também uniformizar as disposições naturais.
A raposa é sempre raposa, o ganso, ganso, o tigre, tigre etc. A diferença só poderá residir na medida variável de força, robustez, agilidade, resistência etc., verificada em cada um individualmente. Nunca se achará, porém, uma raposa manifestando a um ganso sentimentos humanitários da mesma maneira que não há um gato com inclinação favorável a um rato.
Adolf Hitler, Minha luta, capítulo 11.
junho 30th, 2013 às 2:29 AM
Sieg Heil, M. Rivail.
junho 30th, 2013 às 4:21 AM
Olá Marciano, recebi o seu chamado.
Não tenho muito o que comentar aqui, fico até inibido, em razão dos comentários seu, do Toffo, do Montalvão, do Gorducho, Antonio …
O Arduin também é bom, mas é iludido, sei lá!
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NVF, de certa forma é isto que também tenho tentado mostrar: religião não ajuda em nada, não ajuda para uma vida melhor, porque apresenta uma moral imoral, além de se basear em um monte de bobagens, fantasias e absurdos!
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Bem, nem sei se deveria postar isto, mas se alguém quiser responder ao Marden, fiquem à vontade.
Depois eu passo a resposta que dei a ele aqui, ok?
http://espiritismoracional.wordpress.com/
junho 30th, 2013 às 10:08 AM
No artigo DA INCOMPATIBILIDADE DA CONVICÇÃO ESPÍRITA COM O SABER LIVRESCO, NVF aparentemente esqueceu que a lição aplica-se muito particularmente aos Espíritas. São estes que se furtam à análise fática dos supostos fenômenos, baseando sua convicção exclusivamente no saber livresco: fogem da busca do conhecimento empírico como o Diabo da cruz. Escolasticamente, construíram um Universo para uso próprio, e nele “vivem”.
Esqueçam Allan Kardec, esqueçam Chico Xavier e outros. O fenômeno existe e precisa ser melhor apreciado, independentemente do que outros já escreveram sobre o assunto.
Grande verdade. Bom, quem sabe o articulista consiga médiuns voluntários, e possamos fazer os experimentos que aqui tem sido propostos; ou outros de equivalente seriedade que venham a ser concebidos de comum acordo. Acredito que para o Sítio seria ótimo. Também concordo (com a implícita afirmação de) que dialética pela dialética não leva a nada.
Outra coisa, a existência dos espíritos não tem nada a ver em se admitir necessariamente a existência de Deus. Temos evidências dos espíritos, mas não temos de Deus.
Claro que não: outra das tantas bobagens do Kardec.
junho 30th, 2013 às 10:16 AM
Quanto ao Führer, que eu saiba encontra-se cumprido pena em Plutão 🙁
junho 30th, 2013 às 10:54 AM
Bisetto, se possível, manda ele ir passear na casa do Mozart em Jupiter. Aqui:
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/1858/cas-mozt.jpg
Aproveita e fala pra ele que duas quadras dali tem uma colônia portuguesa aonde se encontra em júbilo e em constante genuflexão agradecendo pelo benefício de ali estar Luiz de Mattos. É só pular um buraco negro e passar dentro de duas cumulus nimbus que chegas lá rapidinho o pá.
junho 30th, 2013 às 11:32 AM
“As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho.
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As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo, elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação seria estabelecer analogias que não existem.”
junho 30th, 2013 às 11:37 AM
Contra o Chiquismo,
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Acho que você está reduzindo o Espiritismo a Allan Kardec e Chico Xavier, refutando-o adesivamente às obras desses espíritas. Como eu disse, a falta de verdade nesses dois não torna o espírito uma mentira.
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Este blog traz algumas informações que podem ser levadas em consideração sobre boas evidências da sobrevivência da alma.
junho 30th, 2013 às 11:41 AM
Gorducho,
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Foi o que eu escrevi: tanto os espíritas quanto os não-espíritas se baseiam em obras [mal] escritas para formar uma convicção positiva ou negativa sobre espíritos. Isso é um equívoco das duas partes, cada qual por um motivo, que expus no mini texto.
junho 30th, 2013 às 11:56 AM
Biasetto,
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Por falar em blog católico, encontrei um dissertação da usp que traz ótimas informações sobre o padre Quevedo.
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Em comentário: http://obraspsicografadas.org/2012/edelarzil-munhoz-cardoso-vs-padre-quevedo/
junho 30th, 2013 às 12:20 PM
Muitas opiniões a respeito sobre a legitimidade ou não das obras de Chico Xavier que não se esgotam e a cada novo artigo/comentário surgem mais dúvidas. Todos os fenômenos chamadas de “sobrenatural”, “fantásticos” ou “milagres” estão aí desde o início da humanidade para qualquer com vontade de estudar e agora no século XX e XXI existem trabalhos sérios de cientistas renomados no mundo todo que levantam a seriedade destes fenômenos e não cabe mais a leviandade e muito menos o partidarismo de opiniões extremas de “cientificidade” e do “religiosismo”. O que precisamos é da análise crítica que separa realmente o que há de relevante e pernicioso da religião e da ciência. O que fizeram equivocadamente Richard Dawkins e Karl Sagan é baterem apenas na forma, nos dogmas da religião e não atentaram que a reflexão sobre a origem do universo e sua criação é uma crença inata de todo ser humano e que está contida na religião de forma filosófica. Allan Kardec deixa claro em toda sua obra que não deve aceitar nada sem exame prévio e que esse exame deve ser o mais imparcial possível. Se a FEB e os espíritas não fizeram este exame porque não queriam ou por outro motivo cabe a cada um de nós fazermos este exame. Bom trabalho com o blog e continuem com o trabalho.
junho 30th, 2013 às 1:43 PM
“Os Espíritas em geral – i.e., a maioria que foge de investigações científicas como o Diabo da cruz – têm razão.”
– Como se faz uma investigação científica, Balofo?
– Milhares de experimentos em várias investigações científicas foram feitas ao longo dos últimos 150 anos. E foram refutadas com argumentos pífios e mentirosos, porém a comunidade cética acha que foram bem refutados. Se todo esse volume de pesquisa feito não convenceu, no que mais um experimento ajudaria?
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“Ainda, acrescento: todos poderiam, não só “médiuns””
– Sabe, Malvadão, eu consigo levantar uns 30 quilos, mas mais que isso vou acabar tendo problemas com minha musculatura de jogador de baralho. Já o musculoso que é dono de uma academia onde frequentava, talvez levante 100 quilos sem tanto esforço. Qual a diferença entre eu e ele? Duas palavras: preparo físico. Só que quanto à mediunidade NÃO EXISTE preparo possível ou conhecido. Pessoas podem ficar se concentrando a vida inteira, sonhando ser um novo Chico Xavier, mas só produzem coisas que produziriam em condições normais. Ou seja: são os chamados “médiuns anímicos”. Já um crente evangélico, conhecedor das pragas contra a mediunidade, pode ainda assim ver espíritos e falar com eles, mesmo sendo condenado por Deus. Ele não tem como se livrar disso. A causa da mediunidade é DESCONHECIDA. Portanto não dá para fazer a coisa funcionar como você deseja.
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“O que existe são fatos inexplicáveis que servem como indícios para a existência de espíritos.”
– Seu Rafa Desmaia, se os fatos são INEXPLICÁVEIS, como um dia serão elucidados? Talvez o termo inexplicados seja mais adequado. Mas vejamos se um exemplo ajuda:
Marie Curie notou uma coisa estranha: a pechblenda era mais radiativa do que a massa equivalente de urânio ou tório, os dos únicos elementos radiativos conhecidos. Isso seria a evidência de que nela poderia haver outros elementos químicos ainda mais radiativos. Ela firmou sua convicção: essa substância deveria existir e então DECRETOU SUA EXISTÊNCIA. Porém, em Ciência, isso não bastava: ela tinha de proclamar: A substância existe! Eu a vi.
Para isso ela e o marido trabalharam duro ao longo de mais de 3 anos até reduzir uma tonelada de pechblenda a uma massa de 300 quilos, de onde extraiu o elemento químico Polonium, 300 vezes mais radiativo que o urânio. Mas isso não bastava: o que restou ainda era mais radiativo. Havia mais um elemento a ser isolado. Esse deu um trabalhão e o único jeito de isolá-lo foi através da cristalização fracionada. Mas ela conseguiu: preparou um decigrama de Radium, 900 vezes mais radiativo que o urânio. Aos incrédulos só restava baixar a crista.
Mas veja a ordem dos tratores: primeiro ela notou que a pechblenda era MAIS radiativa que o urânio e tório e DEPOIS foi trabalhando até conseguir isolar os dois elementos mais radiativos e identificá-los.
Vejo por aqui que se diz que é preciso se achar os espíritos para SÓ DEPOIS dizer que eles é que são os causadores dos fenômenos… Só que não dá pra se inverter essa ordem, pois, como a Marie Curie, ainda estamos tentando separar as coisas… Mas o problema é a preferência por algumas dessas coisas.
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Vejamos o caso aí da Piper e o espírito Robert Hyslop.
O tal espírito, pouco tempo após o falecimento, passou a se manifestar através dela. Um médico de tantã diria que tudo era pura esquizofrenia. Ela simplesmente manifestaria uma dupla personalidade. Não sei se os esquizofrênicos podem escolher o dia e hora para suas múltiplas personalidades se manifestarem… Mas acho que isso não se encaixa no caso da Piper.
O motivo era que o tal espírito manifestava-se com os mesmos trejeitos e idiossincrasias do falecido, o qual nunca conheceu. O próprio filho dele, James Hyslop, percebeu isso claramente. Por qual meio uma personalidade adicional incorporaria a personalidade de um falecido?
Bem, aí vem o nosso querido Padre Quemedo dar a explicação parasicológica católica: o inconsciente da Piper estaria captando informações do inconsciente do filho e assim comporia a simulação de uma comunicação espiritual. Ou mesmo captaria informações do consciente, lendo a mente dele, etc e tal. O engraçado é que não me consta que tal mecanismo tenha sido demonstrado e verificado o seu funcionamento e reproduzido à vontade. É uma “explicação” que nada explica. Mas para os céticos católicos…
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Bem, o pesquisador no caso, resolveu tirar a coisa mais a limpo e perguntou a James se ele sabia de algum evento íntimo, de conhecimento apenas dele ou dos familiares próximos, mas que ele tivesse certeza de que não se tornou de conhecimento público. Então ele lembrou que o vizinho deles, o Sr Cooper, tinha uns perdigueiros muito bravos, que um dia pularam a cerca e matou algumas ovelhas do pai, que ficou muito irritado com o incidente.
O pesquisador então perguntou ao espírito Robert Hyslop o que ele achava do Sr Cooper. E o espírito debulhou-se em elogios. Disse que o Cooper era uma pessoa maravilhosa, um brilhante filósofo, que fora seu amigo durante muitos anos, tiveram boas discussões filosóficas e trocaram muita correspondência… e nada do incidente da matilha.
Ao ser informado disso, James NEGOU TUDO, nada disso era verdade. O vizinho era um bronco e nunca foi amigo da família. Aí o próprio James resolveu tirar a coisa a limpo e na sessão seguinte, colocou em dúvida essa amizade. Ao que o espírito replicava:
_ Pensa que já não era meu amigo? Havia até as cartas…
Aí James questionou:
_ Então quando os cachorros dele mataram suas ovelhas, você não ficou irritado?
Aí o espírito, caindo em si como aconteceria a qualquer mortal, disse:
_ Não pensei absolutamente nele, que nunca foi nosso parente, nem amigo. O Samuel… (Samuel Cooper era o nome do vizinho).
Aí o espírito esclareceu que quando lhe perguntaram do Sr Cooper, ele pensou no amigo e filósofo Joseph Cooper, com que tivera longa amizade e se correspondiam. E se ele tinha dúvidas, era só procurar a mãe e ver as cartas. E tudo se confirmou.
Como fica a tese quevediana? Por que o inconsciente da Piper deixou de captar o Cooper que o filho e o pesquisador conheciam e foi captar um outro Cooper, desconhecido de ambos?
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O lance é que a suposta má vontade dos espíritas para com experimentos científicos é exatamente isso: tentamos colocar os espíritos na jogada, mas os críticos e céticos fazem de tudo para tirá-los e nos chamar de burros. Chega uma hora que o saco enche.
junho 30th, 2013 às 2:21 PM
“NVF Diz:
JUNHO 30TH, 2013 ÀS 11:37
Contra o Chiquismo,
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Acho que você está reduzindo o Espiritismo a Allan Kardec e Chico Xavier, refutando-o adesivamente às obras desses espíritas. Como eu disse, a falta de verdade nesses dois não torna o espírito uma mentira.
NFV, eu só pedi uma prova do principal DOGMA do ‘espiritismo’. A existência de ‘espiritos’. Vc falou que eles existem. Prove. Como vai nos provar isso? Já que o ‘espiritsmo’ é ‘ciência’ (pseudociência na verdade) te aguardo no laboratório da FIOCRUZ, do INMETRO ou na instituição científica da sua preferência. Vc mora no RJ?
junho 30th, 2013 às 2:31 PM
Como se faz uma investigação científica, Balofo?
Por exemplo como tem sido cá proposto. Vamos providenciar? Tenho convicção de que para o Sítio seria altamente promocional tentar articular uma investigação empírica.
O Sr. lembra de um correto comentário que fez há tempos sobre os brasileiros serem livrescos. Poderia repetir?
Coincidia com o conteúdo do ótimo artigo DA INCOMPATIBILIDADE DA CONVICÇÃO ESPÍRITA COM O SABER LIVRESCO acima.
junho 30th, 2013 às 5:30 PM
Por falar em plágios e ciência, teria Einstein plagiado a Teoria da Relatividade de Poincaré?
Leiam este texto extraído da wikipedia em português (qualquer outra fonte serve, é fato de conhecimento público):
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“O trabalho de Poincaré no estabelecimento de fusos horários internacionais levou-o a considerar como relógios distribuídos sobre a Terra, os quais se movem a velocidade diferente em relação ao espaço absoluto (ou “éter luminoso”), poderiam ser sincronizados. Ao mesmo tempo o teórico neerlandês Hendrik Lorentz tinha estendido a teoria de Maxwell para uma teoria do movimento de partículas carregadas (“eletros” ou “íons”), e suas interações com a radiação. Para isto ele teve que introduzir o conceito de tempo local:
o qual usaremos para explicar a falha dos experimentos ópticos e elétricos para a detecção do movimento relativo em relação ao éter. Poincaré (1900) comentou a maravilhosa invenção de Lorentz do tempo local e observou que quando movendo relógios que estão sincronizados pela troca de sinais de luzes assumimos que eles viajam ao mesmo tempo em ambas direções de um referencial [2]. Em A Medição do Tempo (Poincaré 1898), ele argumenta sobre a dificuldade de estabelecer a simultaneidade de eventos distantes e conclui que isto pode ser estabelecido por convenção. Ele também discute o postulado da velocidade da luz, e formula o Principio da relatividade, de acordo com o qual nenhum experimento magnético ou mecânico pode detectar a diferença entre estados de movimento uniforme.
Alem disto, Poincaré era um divulgador constante (e algumas vezes crítico amigável) da teoria de Lorentz. Poincaré como um filósofo, tinha interesse no “significado profundo”. Portanto ele interpretava a teoria de Lorentz nos termos do Principio da relatividade e isto acabou levando a muitas ideias que agora são associadas com a Relatividade restrita.
Em um trabalho de 1900 Poincaré discutia o recuo de um objeto físico quando este emite um jato de radiação em sua direção, como predito pela eletrodinâmica de Maxwell-Lorentz. Ele comentou que o fluxo de radiação parecia atuar como um fluido fictício com uma massa por unidade de volume de e/c², onde e é a densidade de energia; em outras palavras, o equivalente da massa da radiação é , ou . Poincaré considerava este recuo do emissor como um aspecto não solucionado da teoria de Maxwell-Lorentz, o qual ele discute novamente em Ciência e Hipótese (1902) e em O Valor da Ciência (1904). Por último ele disse que o recuo é contraditório com o principio de Newton desde nosso projétil aqui não tem massa, ele não é matéria, mas energia, e discute dois outros efeitos inexplicáveis:
1. não conservação de massa implicada pela massa variável de Lorentz , a teoria de Abraham da massa variável e os experimentos de Kaufmann da massa de elétrons rápidos em movimento e
2. não conservação da energia nos experimentos com rádio de Madame Curie. Deve-se a Einstein a ideia de que um corpo perdendo energia como radiação ou calor estava perdendo massa na razão de , e a correspondência lei conservação de energia-massa, o qual resolveria estes problemas. No entanto, alguns pesquisadores atribuem a Olinto De Pretto a elaboração da fórmula E = mc².
Em 1905 Poincaré escreveu para Lorentz11 a respeito de um trabalho de Lorentz de 1904, que Poincaré descreve como um trabalho de suprema importância. Nesta carta ele aponta um erro que Lorentz cometeu quando ele aplicou sua transformação nas equações de Maxwell, para o espaço ocupado pela carga, e também questionou o fator de dilatação do tempo dado por Lorentz. Em uma segunda carta para Lorentz[3], Poincaré explicou as propriedades do grupo da transformação, para o qual Lorentz não tinha reparado, e deu sua própria explicação sobre por que o fator de dilatação do tempo de Lorentz estava realmente correto: o fator de Lorentz era necessário para a transformação de Lorentz formar um grupo. Nesta carta, ele também atribui a Lorentz aquilo que hoje é conhecido como lei relativística da adição velocidade, a qual é necessária para demonstrar a invariância. Poincaré depois entregou um trabalho no encontro da Academia de Ciência de Paris em 5 Junho de 1905 na qual estes assuntos foram discutidos”.
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Tudo isto foi antes de Einstein aparecer com sua teoria.
junho 30th, 2013 às 6:40 PM
Vitor, como estudioso da paranormalidade, você conhece Vic Tandy?
Se não conhece, veja aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Vic_Tandy
Se conhece (aposto como conhece), o que você acha da hipótese que ele formulou vinculando aparições de espíritos a ultrassons?
junho 30th, 2013 às 6:59 PM
“Convencem-se rápido. Nesses sobra Fé e falta senso crítico.”
– Sr NeVeFe, gostaria de lhe dizer que minha maior decepção com a comunidade cética foi quando vi que, apesar de falar muito mal da fé, essa dita comunidade é TOTALMENTE vencida por ela.
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Há um grande bambambam cético, Massimo Polidoro, que desmonta o pesquisador William Crookes no seu artigo “Ana Eva Fay, a mentalista que iludiu Crookes”, publicado no Skeptical Inquirer de janeiro de 2000. Lá ele fala do truque que a Ana Fay usou para enganar o cientista: ela estava sob fiscalização do galvanômentro, sem poder soltar os contatos, pois isso denunciaria a fraude. Mas tudo correu normal e o cientista a validou como médium. Vários anos depois, ela ficou toda encantada pelo charme de Harry Houdini e garante um autor cético recente de que ela revelou TODOS os seus truques a esse famoso ilusionista. Inclusive como enganou o cientista. Sob fiscalização do galvanômetro, conforme revela Houdini, ela viu-se quase sem chance alguma de fraudar, mas para sorte dela e azar do Crookes, faltou força no teatro por um segundo, o que foi o bastante para ela substituir uma mão pela dobra do joelho e assim poder fazer o truque. Polidoro é taxativo em dizer que não há mais dúvidas de que tal truque de fato ocorreu.
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Porém… Quando se lê o relatório que Crookes publicou sobre sua experimentação com a Ana Eva Fay, descobre-se umas coisinhas:
1 – O experimento foi feito em 1875, um ano antes de Edson fazer o primeiro protótipo da lâmpada elétrica incandescente.
2 – Logicamente NÃO HAVIA redes elétricas: as casas eram iluminadas a chama de gás.
3 – Os experimentos foram feitos NA CASA de Crookes e não num teatro.
4 – O galvanômetro funcionava a bateria e uma queda de força numa inexistente rede elétrica em nada afetaria seu funcionamento.
Polidoro LEU o relatório de Crookes e por isso SABIA que Houdini MENTIU. Porém ele se viu obrigado a mentir também, pois precisa defender a fé cética.
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Portanto, meu caro, cuidado ao criticar os que têm fé: esta é uma força MUITO PODEROSA, capaz de arruinar a mais brilhante mente cética.
junho 30th, 2013 às 7:07 PM
Marciano,
não conhecia a pesquisa não, teria que ler bastante antes de dizer alguma coisa. Havia uma pesquisa que ia por vias semelhantes do Persinger mas com campos magnéticos, cuja replicação acabou fracassando. Não sei se outros grupos tentaram replicar as pequisas do Tandy.
junho 30th, 2013 às 7:33 PM
Sempre o Crookes; Mrs. Piper; a bateria do galvanômetro de espelho do Varley…
Deduzo que o livro texto que o Sr. usa para suas classes é o PHILOSOPHIA BOTANICA in qva explicantvr fvndamenta botanica cvm definitionibvs partivm, exemplis terminorvm, observationibvs rariorum, adiectis figvris æneis.
Acertei, Professor?
junho 30th, 2013 às 8:41 PM
NVF: reproduzo aqui o post que escrevi no outro título.
Spiritism é um termo usado nos EUA, no início da moda dos espíritos, e era utilizado para designar a muvuca formada pela manifestação de espíritos, uma palavra mais ou menos genérica como “galera” para designar um grupamento indeterminado de pessoas ou o inglês “cool”, que originalmente significa frio, para dizer genericamente que algo ou alguém é legal, bacana etc. Tinha, sim, um sentido algo depreciativo, especialmente entre aqueles que não aceitavam essas práticas. Depois spiritism cruzou o Atlântico e acabou nos ouvidos de Kardec, que, excelente businessman que era, uma faceta pouco conhecida do professor Rivail, viu na palavra que dava sopa por lá um excelente meio de marketing, nacionalizou-a para spiritisme, usou-a para designar a “sua” doutrina e, bingo! Um sucesso de público e crítica, além de uma boa porção de francos para sua conta bancária. O dicionário francês Robert classifica spiritisme como anglicismo.
junho 30th, 2013 às 8:50 PM
Não, Balofo, não acertou não. Mas uma coisa gozada é que uma professora, que mesmo na cadeira de rodas e aos 97 anos ainda dá as caras lá no Instituto de Biociências da USP, gostava de azucrinar com os que faziam teses e dissertações na área de anatomia vegetal. Veja por exemplo que em Biotecnologia, uma pesquisa no Biological Abstracts envolvendo os últimos 15 anos pode abarcar praticamente tudo o que se fez nessa área. Mas em Anatomia Vegetal, não. Às vezes o examinado dizia tal e qual coisa sobre estrutura de plantas e lá vinha essa professora lembrando que o botânico alemão Heinz alguma coisa já havia falado dela em 1700 e antigamente. Como ela achou esse cara? Simples, quando viajava pela Europa ou EUA, percorria sebos e conseguia achar livros de Botânica muito antigos. O chato é que em vez de doar esses livros à biblioteca lá do Biociências, ela os guarda em sua casa. Como é que algum pós graduando vai saber do botânico Heinz alguma coisa?
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Voltando ao nosso assunto, o lance é que se o pessoal cético, para defender a fé cética, precisa MENTIR sobre Crookes, Piper & Cia Bela, então isso quer dizer que esses antigos trabalharam muito bem e os sábios céticos, antigos e modernos, não têm como refutá-los. Então nada estou perdendo em recorrer aos antigos.
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Simples assim.
junho 30th, 2013 às 9:03 PM
Biasetto Disse: 1 – Como pode deus ser o máximo da bondade e, diariamente, a existência dos seres vivos estar repleta de dores, sofrimentos e injustiças?
A tal história de que deus deu livre-arbítrio ao homem, e que este pecou, dando início às tragédias, é PATÉTICA.
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COMENTÁRIO: Biasetto, a questão que levanta tem sido objeto de reflexão por vários filósofos. Leibiniz cunhou o termo “teodiceia” para expressar o conceito de justiça divina, no sentido de que a existência do mal não conflitua com um Deus bondoso (Voltaire caiu de pau em cima). A ideia é concorde com o que se depreende do mito da queda do homem: Deus deu ao ente pensante a condição de decidir se se manteria sob a égide do Criador ou quereria caminhar por si mesmo. Então, o mal resulta das más escolhas da criatura, não de algum defeito do onipotente. Pode ser que seja, conforme diz, patética, mas até o momento é a solução que a teologia e a filosofia apresentam (isso, sem considerar as propostas de índole panteista, qual a de Spinoza). Descartes deu uma inovadinha nessa conjetura: postulou que a vontade é muito mais ampla que o entendimento, resultando daí que as escolhas que fazemos nem sempre são devidamente aquilatadas; em consequência colhemos as misérias oriundas desse descasamento entre essas duas instâncias de nossa natureza.
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Biasetto Disse: Independente das discussões que já ocorreram neste blog sobre o livre-arbítrio, É SIMPLESMENTE ILÓGICO E RIDÍCULO, DEUS DAR LIBERDADE DE ESCOLHA À SUA CRIAÇÃO, MAS PUNI-LA, EXATAMENTE POR AQUILO QUE ESCOLHE. Lembro-me do Juliano, quando dizia que somente um deus sádico poderia agir assim. E ele tem toda razão.
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COMENTÁRIO: só que a mensagem mítica não é exatamente essa. Deus não pune sua criação, esta pune-se a si mesma por conta de suas más escolhas.
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Biasetto Disse: Além disso, simplesmente o homem é ser intruso na Terra, recém-chegado. Muito, muito, muito antes do aparecimento dos primeiros hominídeos (e “muito mais antes ainda”, do surgimento do Homo sapiens), a Terra já era inundada de vida e realidade das cadeias e teias alimentares, de seres vivendo, lutando, sofrendo, morrendo.
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COMENTÁRIO: não entendi essa de “ser intruso na Terra”, estaria propondo que viemos de outras plagas, tipo uma exilação capelina?
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Biasetto Disse: Por que deus criou isto? Por que deus criou, por exemplo, seres carnívoros? Por que deus criou vermes e outros parasitas?
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COMENTÁRIO: supondo que exista um Deus criador, a resposta a esta indagação seria: e por que Deus não criaria essas coisas? O projeto é Dele e, sem conhecer por inteiro o propósito de a natureza ser como é (concebendo que exista algum propósito) não temos condição de avaliar adequadamente o que foi projetado. Os vermes e parasitas não são vermes e parasitas para os vermes e parasitas.
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Biasetto Disse: Como bem disse Sam Harris, “a moral cristã é psicótica e psicopata”, referindo-se às 5 milhões de crianças que morrem todos os anos, antes de completarem 5 anos, além de outros absurdos, que incluem tragédias diárias que eliminam famílias inteiras.
Nada é mais absurdo que esta história ridícula de Jesus Cristo, o filho de deus, que veio ao mundo por uma virgem fecundada pelo espírito santo. Christopher Hitchens em uma de suas palestras disse: “Consideremos que o Homo sapiens surgiu há 100 mil anos. Então, deus esperou 98 mil anos para enviar o salvador. Aqueles que nasceram nos últimos 2 mil anos têm a chance de serem salvos. Todos os que viveram antes não tiveram esta chance. Onde está a bondade divina nisso?”
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COMENTÁRIO: eu acho que há vários problemas na proposta cristã de salvação, mas o apontado por Christopher Hitchens não está entre eles. A ideia contida no conceito bíblico de redenção é que foi esta concedida a quaisquer pecadores: foram beneficiados os viventes de antes, durante e depois do sacrifício. Em suma, se a mensagem hipoteticamente estiver correta, significa que todos, indistintamente, estão salvos, quer dizer, serão bem recebidos por Deus.
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Biasetto Disse: E eu vou além:
1 – O que mudou no mundo, nas sociedades, depois que Jesus passou pela Terra? Arrisco-me a responder: NADA, NADA, NADA. Continuaram a existir guerras, disputas, conflitos, injustiças, atrocidades. E o pior de tudo, a tal “Terra Santa” é o lugar predileto para que estas coisas aconteçam. Chamar a região da Palestina, o atual Estado de Israel de lugar santo é o cúmulo da ignorância humana, é o cúmulo do desrespeito às centenas de milhares de pessoas que já morreram nestas terras.
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COMENTÁRIO: a utopia cristã propõe que a felicidade em seu pleno sentido será vivenciada noutra instância. Nesta vida, podemos supor que, se vivermos segundo as orientações do enviado de Deus, nos espera existência rica e produtiva.
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Biasetto Disse: 2 – Que plano tinha deus e seu filho (que também é deus), que foi não foi capaz de convencer nem um terço da humanidade? E está perdendo cada vez mais adeptos.
Deus e Jesus: dois incompetentes. Jesus também foi incompetente e cruel, quando planejou a vinda dos europeus para a América, onde iria fundar a “Pátria do evangelho”, o “Brasil coração do mundo”. Ele não se importou com a dizimação de milhões de “índios”, nem com a escravização de outros milhões de negros africanos.
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COMENTÁRIO: o fato de apenas um terço mais ou menos da humanidade aceitar a mensagem cristã considero ser um dos problemas dessa proposta. Se a mensagem é divina esperar-se-ia que fosse auto-evidente, ou seja, todos a compreenderiam e reconheceriam ser a melhor solução.
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NVF Disse: O que eu trouxe para reflexão não diz que apenas espíritas podem criticar o espiritismo. Fica mais claro agora:
“As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho.
As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo, elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação seria estabelecer analogias que não existem.”
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COMENTÁRIO: é dito que a fenomenologia espírita é fomentada por inteligência alienígenas, sendo assim, é de esperar que tais inteligências desejem ser reconhecidas e compreendidas. Portanto, nem elas devem estar subjugadas aos caprichos humanos, nem estes aos caprichos daquelas. Supostamente “eles” têm a vantagem de poder nos ver e ver tudo o que fazemos (dizem que até o que pensamos), nós não temos vantagem alguma. Diante disso, e considerando que o intercâmbio seja trabalho cooperativo, os desencarnados teriam de ser muito mais solícitos do que são e jamais deveriam se escusar de comprovar aos céticos que são reais. Vejam os espetáculos de materialização que, depois que os métodos investigativos se tornaram mais rigorosos, ficaram adstritos a ambientes em que só são admitidos crentes. Parece que os espíritos só se interessam em dar provas de si aos que não precisam de provas.
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É dito, ainda, que as pesquisas com a espiritualidade devem ter metodologia específica. Até aí tudo bem: o problema é que a metodologia utilizada é insuficiente para dar provas de que desencarnados estejam em ação. Curiosamente, espírito algum se deixa testar de forma taxativa, de modo que ninguém, mesmo que quisesse, pudesse questionar sua realidade.
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Não é fantástico?
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NVF Disse: Ambos se equivocam, pois o espiritismo requer, essencialmente, a análise fática do fenômeno. É preciso admitir o desconhecido e inquietar-se em busca do conhecimento empírico. É preciso ver para crer com razão. É necessário muito analisar para se convencer de que nem todos os fenômenos são fraudes.
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COMENTÁRIO: o que foi dito acima está coerente, só falta acrescentar que, além de análises cuidadosas, mister se faz a elaboração de testagens objetivas, que sejam aplicadas em qualquer reunião mediúnica e deem provas a quem quer que seja de que espíritos estão esvoaçando no ambiente qual moscas atraídas pelo cheiro de peixe.
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NVF Disse: Então, o erro está em querer afirmar que Espíritos não existem apenas por conta de obras escritas que julgamos irracionais.
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COMENTÁRIO: realmente, este é um erro negar a inexistência com base em discursos céticos, mesmo porque não se pode afirmar que espíritos não existem. Para que tal assertiva pudesse ser prolatada com segurança seria necessário ir até o mundo dos espíritos e conferir se todos se mudaram ou morreram. Porém, verificar se espíritos realmente comunicam pode ser feito, e com bastante eficiência. Os mediunistas deveriam ter seus estoques de testagens, disponíveis a qualquer interessado que quisesse confirmar fantasmas em ação. Admiravelmente não têm, possuem apenas convicções pessoais, baseadas em eventos explicáveis por outros meios que não espirituais.
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NVF Disse: Esqueçam Allan Kardec, esqueçam Chico Xavier e outros. O fenômeno existe e precisa ser melhor apreciado, independentemente do que outros já escreveram sobre o assunto.
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COMENTÁRIO: para poder afirmar que o “fenômeno existe” faz-se imprescindível poder demonstrá-lo irretorquivelmente. Então, vou desafiar qualquer espírito que me prove, a mim e a quem próximo, sua existência.
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Irei, juntamente com algumas pessoas como fiscais, a um centro mediunista. Enquanto isso, na minha casa, em horário previamente combinado, e na presença de testemunhas (algumas mediunistas, outras céticas) minha esposa abrirá um livro sobre a bancada onde fica meu computador. É um lugar fácil de achar, sem-carne nenhum erraria o ponto. A função do fantasma será deslocar-se ao local e ler pelo menos duas frases inteiras, de modo a não deixar dúvida de que examinou o texto. Na hipótese de a entidade alegar analfabetismo, miopia ou coisa do gênero (problemas que costumam aparecer em provas da espécie), ao lado do livro ficarão duas imagens simples (p.ex.: a foto do Kid Vigarista, a imagem do pinóquio, ou o retrato do barão de Munchausen). O trabalho do espírito será simplesmente ir até o endereço registrar o que viu e dirigir-se ao centro de testagem passando as informações. Desnecessário dizer que no período do teste todo e qualquer aparelho eletrônico deverá ser desligado, malas e mochilas ficarão de fora, os participantes serão revistados e um detector de atividade eletromagnética será utilizado, na hipótese de alguém (por distração) enviar imagens remotamente. Somente minha esposa, ou alguém por ela selecionado, filmará o procedimento, a fim de que não haja dúvida na hora de unir as pontas.
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Apesar de ser uma testagem um tanto trabalhosa, visto envolver vários participantes, e a adoção de certos cuidados, creio que seria interessante implementá-la. Mas, certamente há outros meios mais simplificados, e também eficientes, de verificar a atuação de espíritos. A danação é que os maiores interessados em mostrar ao mundo que “eles estão entre nós” não o fazem, se contentam com recadinhos, pinturinhas, materializaçãozinhas e outras inhas cheias de mistérios e dúvidas.
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NVF Disse: Outra coisa, a existência dos espíritos não tem nada a ver em se admitir necessariamente a existência de Deus. Temos evidências dos espíritos, mas não temos de Deus.
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COMENTÁRIO: temos evidências de espíritos? Quais?
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NVF Disse: O único questionamento que deve ser feito é: A alma do homem sobrevive após a morte do corpo, podendo se comunicar com o mundo visível?
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COMENTÁRIO: correto, o questionamento é este, que venham, pois, as testagens demonstrativas dessa acreditada realidade.
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Saudações mediúnicas,
junho 30th, 2013 às 9:04 PM
Então, Professor: chega de século xix; estamos no xxi.
junho 30th, 2013 às 9:57 PM
“moizés montalvão Diz:
NVF Disse: Esqueçam Allan Kardec, esqueçam Chico Xavier e outros. O fenômeno existe e precisa ser melhor apreciado, independentemente do que outros já escreveram sobre o assunto.
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COMENTÁRIO: para poder afirmar que o “fenômeno existe” faz-se imprescindível poder demonstrá-lo irretorquivelmente.”
“NVF Disse: Outra coisa, a existência dos espíritos não tem nada a ver em se admitir necessariamente a existência de Deus. Temos evidências dos espíritos, mas não temos de Deus.
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COMENTÁRIO: temos evidências de espíritos? Quais?”
“NVF Disse: O único questionamento que deve ser feito é: A alma do homem sobrevive após a morte do corpo, podendo se comunicar com o mundo visível?
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COMENTÁRIO: correto, o questionamento é este, que venham, pois, as testagens demonstrativas dessa acreditada realidade.”
Aí o único chato que fala que O ONUS DA PROVA CABE A QUEM ALEGA O FATO sou eu.
Mas não tem como não dizer outra coisa.
O cara vem aqui, diz que existem ‘espiritos’ , que tem evidências e não prova nada?
junho 30th, 2013 às 11:22 PM
Com relação aos comentários do Marden, que não perdeu a oportunidade, ainda que de forma “simpática”, criticar vários participantes do blog: eu, o Toffo, o Arduin e o Marciano, além do Vítor, minha resposta a ele foi mais ou menos esta:
– eu colaborei com o Vítor em apenas três ocasiões (pelo que lembro), em três anos de participação no blog, valores pouco significativos, “quase nada”.
– fiz isto em artigos em que o Vítor apresentou casos de possíveis paranormalidades, algo assim, a partir de estudos sérios, o que considero muito interessantes.
Acrescento que por várias vezes, ofereci ajuda ao Vitor e ele me disse que não estava precisando.
Também discordo do Marden, quando ele diz que o Vitor mantém pessoas participando do blog, porque elas colaboram com ele. Muitos que já participaram e outros que participam do blog, nunca ofereceram ajuda financeira a ele, e muitos fizeram críticas às suas postagens.
– disse ao Marden, que sempre deixei claro ao Vitor e àqueles que acessam o blog, que não sou simpático a NENHUMA CRENÇA RELIGIOSA e que, mesmo reconhecendo benefícios ao longo da História, considero a Igreja Católica uma grande farsa, repudiando muitos de seus atos, ao longo do tempo, bem como sua postura conservadora com relação a temas como homossexualidade, camisinha, vasectomia/laqueadura, aborto em qualquer circunstância.
– disse ao Marden, que considero o blog interessante, que já tentei expor meus estudos/pesquisas em outros sítios, sem alcançar resultado algum.
– disse ainda, que de certa forma me incomoda as conclusões que cheguei a respeito de Chico Xavier, porque não deixa de ser um tanto doloroso, “esculhambar” com uma pessoa tão querida e reverenciada no Brasil. E assim sendo, sempre fiquei no aguardo de que aparecesse alguém, algum espírita, capaz de me convencer da mediunidade dele, mas até agora …
Inclusive, é incrível que os espíritas fujam do blog, desapareçam. Será que não têm bons argumentos?
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Quantos às minhas posições exageradas aqui – e elas aconteceram, é fato, não me considero uma pessoa tão equilibrada quanto o Toffo, o Montalvão, o Arduin e o Antonio, por exemplo, que mantêm-se calmos e sábios, mesmo quando “provocados”. Sou exaltado, admito. Ultimamente, estou caminhando para uma situação melhor, equilibrando informações e entendendo melhor as pessoas, em suas crenças e descrenças. Estou aprendendo com muitos participantes do blog também.
Entendo que as religiões e, em especial toda esta história cristã, têm um significado muito forte para muitas pessoas, porque assim foram doutrinadas desde a infância, além do fato que há momentos na vida de todos, em que parece “faltar chão”, de tal forma que a religião pode ser uma “boa válvula de escape”. Porém, as religiões apresentam muitas bobagens, umas mais, outras menos, mas todas acabam pregando discriminações, invadem a intimidade das pessoas, se baseiam em ideias de “ganhos e perdas”, a partir de conceitos que não podem ser evidenciados, que muitas vezes transformam as pessoas em culpadas por algo que nunca puderam decidir.
Além disso, vejo com muita tristeza, em nosso país, este “show de horrores” deste “segmento evangélico-apocalíptico” e doentio, aplicando uma verdadeira lavagem cerebral em milhões de pessoas, com o único objetivo de alcançar lucro fácil e farto. E o esoterismo também está presente em diversas “clínicas” e “institutos” que prometem a “cura quântica”, “assessoria espiritual”, numerologia, tarôs e outras “mandalas”.
Sabemos que o brasileiro lê pouco, não dá valor para temas importantes: ciências, história, geografia, política … É lamentável isto, com certeza, um atraso monstruoso.
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Montalvão, eu disse que o homem é um intruso na Terra, no sentido de que ele “chegou” recentemente, no processo de evolução biológica. Portanto, a ideia de que deus criou a Terra para servir o Homo sapiens sapiens, me parece uma tolice total.
Montalvão, de fato, vermes e outros parasitas são seres vivos como todos os outros, lutando por sua sobrevivência. Mas é exatamente aí, que fica comprometida a ideia, de que o homem é a grande obra de deus. O homem é apenas mais um ser vivo, nada mais que isso. Tem habilidades – especialmente a consciência – que outras espécies não possuem, mas considerar que por isso, deus o privilegiou com uma alma, em prejuízo aos demais seres vivos, me parece ilógico. Apenas uma visão etnocêntrica, aplicada a outras espécies, egoísmo puro: “animais foram criados por deus para nos servir, assim podemos abusar de sua força, podemos matá-los para nossa alimentação, vestuário, estética …”
O que será que os animais “pensam” disso? Se um leão devorar um bosquímano, provavelmente ficaremos chocados, mas para os leões, tratava-se apenas de uma presa pronta para o abate.
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NVF, entendo que a crença/descrença na existência de espíritos, está muito além da análise de obras ditas psicografadas. Porém, até hoje, NÃO CONHECI UMA ÚNICA EVIDÊNCIA SIGNIFICATIVA A FAVOR DA EXISTÊNCIA DO ESPÍRITO E DA MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA.
Admito que ainda não fiz uma leitura mais qualificada das experiências da Sra. Piper, reconhecidas pelo Vitor como verdadeiras. Quem sabe nessas férias de julho, dedico um tempo para tal estudo.
Por enquanto é isto.
Prazer em revê-lo, Contra o Chiquismo.
junho 30th, 2013 às 11:39 PM
Marcos Arduin Disse: – Sabe, Malvadão, eu consigo levantar uns 30 quilos, mas mais que isso vou acabar tendo problemas com minha musculatura de jogador de baralho. Já o musculoso que é dono de uma academia onde frequentava, talvez levante 100 quilos sem tanto esforço. Qual a diferença entre eu e ele? Duas palavras: preparo físico. Só que quanto à mediunidade NÃO EXISTE preparo possível ou conhecido. Pessoas podem ficar se concentrando a vida inteira, sonhando ser um novo Chico Xavier, mas só produzem coisas que produziriam em condições normais. Ou seja: são os chamados “MÉDIUNS ANÍMICOS”.
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COMENTÁRIO: Arderruim, não sei qual a motivação que o levou ao comentário acima, visto não ter feito referência ao que eu tenha dito, fico em dificuldade para melhor respondê-lo. De qualquer modo, farei um esforço hercúleo, a fim de deixá-lo feliz.
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“Médium anímico” não seria incoerente? Se não estou enganado, o animismo é a concessão que faz o kardecismo àquilo que não consegue atribuir à espiritualidade. Seria o que nas quebradas se intitula paranormalidade. Quer dizer, se o poder é pessoal da pessoa, trata-se de animismo (ou paranormalidade); se for incrementado por espíritos é mediunidade. Desse modo, médium é quem faz contato com espíritos, animista é quem recorre a poderes próprios.
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Cê levanta trinta quilos? Pois tá muito bem! Eu levanto 29,5 mas no dia seguinte tou todo quebrado…
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ARDUIM: Já um crente evangélico, conhecedor das pragas contra a mediunidade, pode ainda assim ver espíritos e falar com eles, mesmo sendo condenado por Deus. Ele não tem como se livrar disso. A causa da mediunidade é DESCONHECIDA. Portanto não dá para fazer a coisa funcionar como você deseja.
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COMENTÁRIO: conheci muitos crentes evangélicos, muitos mesmo, milhares deles. Hoje ainda conheço algumas dezenas, pois nunca vi um deles vendo e falando com espíritos espiriticamente. Alguns veem demônios, ouvem-nos, são por eles possuídos (homoespiritualidade?). Tem também quem fale em assombração, o que seria algo próximo do encontro com desencarnado, mas mesmo estes costumam debitar à conta do diabo e suas hostes tais visões. É certo que a mediunidade é desconhecida em sua origem, inclusive pode nem ser de origem espiritual como se pensa. O mais provável é que seja de fonte psicológica. Quando os mediunistas resolverem pôr seus espíritos sob verificações objetivas e seguras poderemos saber com certeza que realmente a origem é mental. Infelizmente, os da mediunidade não querem correr o risco…
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ARDUIM: […]Ela firmou sua convicção: essa substância deveria existir e então DECRETOU SUA EXISTÊNCIA. Porém, em Ciência, isso não bastava: ela tinha de proclamar: A substância existe! Eu a vi.
Para isso ela e o marido trabalharam duro ao longo de mais de 3 anos até reduzir uma tonelada de pechblenda a uma massa de 300 quilos, de onde extraiu o elemento químico Polonium, 300 vezes mais radiativo que o urânio. Mas isso não bastava: o que restou ainda era mais radiativo. Havia mais um elemento a ser isolado. Esse deu um trabalhão e o único jeito de isolá-lo foi através da cristalização fracionada. Mas ela conseguiu: preparou um decigrama de Radium, 900 vezes mais radiativo que o urânio. Aos incrédulos só restava baixar a crista.
Mas veja a ordem dos tratores: primeiro ela notou que a pechblenda era MAIS radiativa que o urânio e tório e DEPOIS foi trabalhando até conseguir isolar os dois elementos mais radiativos e identificá-los.
Vejo por aqui que se diz que é preciso se achar os espíritos para SÓ DEPOIS dizer que eles é que são os causadores dos fenômenos… Só que não dá pra se inverter essa ordem, pois, como a Marie Curie, ainda estamos tentando separar as coisas… Mas o problema é a preferência por algumas dessas coisas.
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COMENTÁRIO: Arduin, o que que é isso? Tá dando exemplo contra sua própria teoria? O trabalho dos Curie é ilustrativo do destrabalho da investigação mediúnica. Nesta, boa parcela dos pesquisadores ao encontrarem algo que lhes satisfaça as expectativas, partem para festejar e esquecem de repetir os experimentos até sanar quaisquer dúvidas (há nobres exceções, naturalmente), diferentemente do que fizeram os Curie. O casal postulou a existência do material mais radioativo e foi fundo nas investigações, e até pagaram alto preço (o marido morreu antes de acidente), sofrendo os danosos efeitos da exposição continuada a material radioativo. Ah, se o mediunistas fizessem algo parecido na investigação das almas esvoaçantes presentes…
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ARDUIN: Vejamos o caso aí da Piper e o espírito Robert Hyslop.
O tal espírito, pouco tempo após o falecimento, passou a se manifestar através dela. Um médico de tantã diria que tudo era pura esquizofrenia. Ela simplesmente manifestaria uma dupla personalidade. Não sei se os esquizofrênicos podem escolher o dia e hora para suas múltiplas personalidades se manifestarem… Mas acho que isso não se encaixa no caso da Piper.
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COMENTÁRIO: seu diagnóstico é falho, no tempo de Piper a esquizofrenia era chamada demência precoce, mas dificilmente assim qualificariam a mulher: já haviam estudos a respeito da dissociação (Pierre Janet e outros) que certamente casava melhor com a atuação de Leonora.
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arduin: O motivo era que o tal espírito manifestava-se com os mesmos trejeitos e idiossincrasias do falecido, o qual nunca conheceu. O próprio filho dele, James Hyslop, percebeu isso claramente. Por qual meio uma personalidade adicional incorporaria a personalidade de um falecido?
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COMENTÁRIO: o problema do seu discurso é que ele está contaminado pela certeza de que havia espíritos na parada. Observe as frases que expressa e notará que elas garantem que o espírito do falecido atuava. Quer dizer, não tenciona dar chance a qualquer outra hipótese que não seja postulativa da presença de desencarnado junto a médiuns. Visto Leonora ter simulado satisfatoriamente trejeitos e idiossincrassias do falecido, pimba, a prova está dada! E se o morto, em vida, gostasse de sentar num croquete? Como Piper faria para demonstrar? Já lhe falei várias vezes, essas verificações que medem o nível de acertos do médium (mesmo que seja elevado, conforme Piper parecia produzir) não é suficiente para elidir as dúvidas: estão serão sanadas quando se puserem os supostos espíritos em verificação, de modo a se demonstre que entes invisíveis obram no ambiente.
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ARDUIN: Bem, aí vem o nosso querido Padre Quemedo dar a explicação parasicológica católica: o inconsciente da Piper estaria captando informações do inconsciente do filho e assim comporia a simulação de uma comunicação espiritual. Ou mesmo captaria informações do consciente, lendo a mente dele, etc e tal. O engraçado é que não me consta que tal mecanismo tenha sido demonstrado e verificado o seu funcionamento e reproduzido à vontade. É uma “explicação” que nada explica. Mas para os céticos católicos…
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COMENTÁRIO: Quevedo tenta, né? Infelizmente ele explica o misterioso com mais mistério…
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ARDUIN: Bem, o pesquisador no caso, resolveu tirar a coisa mais a limpo e perguntou a James se ele sabia de algum evento íntimo, de conhecimento apenas dele ou dos familiares próximos, mas que ele tivesse certeza de que não se tornou de conhecimento público. […]
Como fica a tese quevediana? Por que o inconsciente da Piper deixou de captar o Cooper que o filho e o pesquisador conheciam e foi captar um outro Cooper, desconhecido de ambos?
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COMENTÁRIO: a tese Quevediana, a meu ver, já nasceu morta. O que se tinha de ter feito era, em vez de pedir ao espírito o relato de algo singular (o que sempre vai deixar a dúvida se a informação não chegou ao médium por via terrena), seria testá-lo objetivamente. Então o filho de Hyslop diria: “papi, pedi a um amigo nosso que viesse até o prédio mas ficasse na entrada. Ele veio depois de mim, portanto não sei que roupa veste. Pedi-lhe que pusesse uma certa quantia num dos bolsos da calça. Também não faço ideia de quanto é. Por favor, papi, vá até lá e diga: 1) quem é a pessoa; 2) qual a roupa que está usando e a cor; 3) quanto ele traz no bolso? Mais ou menos por aí…
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Bem-vindo de volta.
julho 1st, 2013 às 12:45 AM
Que bom ver quase todo mundo de volta aqui.
Saudações a todos, inclusive os ausentes, como, e.g., Antonio.
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Vitor, não conheço outros pesquisadores independentes que tenham validado Tandy. Isso não quer dizer que não existam. Tal como você, eu ainda não o conhecia. É uma hipótese interessante. Gostaria de ver mais a respeito. Se encontrar algo, te comunico. E se você encontrar alguma coisa, acredito que vai publicar aqui.
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Grassouillet, será que M. Le Professeur é mais velho do que a gente pensa? Seria por isso que ele sempre cita esses casos de cem anos atrás? Seria um caso de vampirismo?
Acredito que não. Algo me diz que M. Le Professeur faz experiências com várias espécies botânicas, todas inovadoras. Daí que vêm suas ideias extravagantes.
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Monsieur Professeur Docteur Marcvs Ardvin, bem-vindo de volta. Aqui fica meio sem graça sem sua presença.
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Montalvão disse:
“a utopia cristã propõe que a felicidade em seu pleno sentido será vivenciada noutra instância. Nesta vida, podemos supor que, se vivermos segundo as orientações do enviado de Deus, nos espera existência rica e produtiva”.
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A religião é mesmo o ópio do povo. A gente se aproveita ao máximo da plebe ignara e ela se conforma, porque “Deus está vendo”, e serão todos recompensados no além. Deve ser verdade, nunca vi um morto voltar para reclamar que não foi devidamente recompensado, que sua vida após a morte não é rica e produtiva.
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Montavão disse:
“o fato de apenas um terço mais ou menos da humanidade aceitar a mensagem cristã considero ser um dos problemas dessa proposta. Se a mensagem é divina esperar-se-ia que fosse auto-evidente, ou seja, todos a compreenderiam e reconheceriam ser a melhor solução”.
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Concordo plenamente. Sempre achei estranho que os mais variados livros sagrados que existem pelo mundo afora sejam tão complicados que a pessoa tenha de fazer cursos de teologia, cabala, sei lá mais o quê, para compreender uma coisa que deveria ser clara para todos. As diversas divindades existentes pelo mundo devem ser do PT, só gostam das “zelites”. Para a gentalha, só mesmo o antigo e aceito panem e circensis.
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Montalvão, o teste proposto por você pode não dar certo, não pelas razões em que você está pensando, mas porque os médiuns, videntes, etc., têm muita intimidade com o Kid Vigarista, o Pinocchio e o barão de Münchausen. Esses três vivem de mutreta com os médiuns. São todos farinha do mesmo saco.
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Tem outra maneira de os crentes nos convencerem. Eles podem se matar e, depois de constatada cientificamente sua morte, depois da putrefação, aparecerem e desaparecerem diante de nós. Eu passaria a acreditar imediatamente.
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Biasetto, merden é o nome de um antigo demônio da Babilônia, cuja especialidade era tentar espalhar a discórdia entre as pessoas, colocar uns contra os outros, através da mentira, da intriga, da maledicência. Pelo que me lembro, também tinha a missão a ele conferida pelo príncipe das trevas, Shaitan, de divulgar uma doutrina estranha. Pode procurar na Wikipédia por merden, lá tem outros detalhes.
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Biasetto, se quiser se tornar uma pessoa mais calma, ponderada, faça diariamente uma limpeza psíquica. É isso que fazem o Toffo, o Montalvão, o Arduin e o Antonio, esse é o segredo da serenidade deles.
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Se quiser algo mais, como a verdadeira salvação, a verdadeira religião, converta-se ao islamismo sunita (só este, todas as outras denominações islâmicas são mentirosas).
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Marcos Arduin Disse: – Sabe, Malvadão, eu consigo levantar uns 30 quilos, mas mais que isso vou acabar tendo problemas com minha musculatura de jogador de baralho. Já o musculoso que é dono de uma academia onde frequentava, talvez levante 100 quilos sem tanto esforço. Qual a diferença entre eu e ele? Duas palavras: preparo físico. Só que quanto à mediunidade NÃO EXISTE preparo possível ou conhecido. Pessoas podem ficar se concentrando a vida inteira, sonhando ser um novo Chico Xavier, mas só produzem coisas que produziriam em condições normais. Ou seja: são os chamados “MÉDIUNS ANÍMICOS”.
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O próprio cx desmete isso. É só ler o que ele escreveu no prefácio da quarta edição do Parnaso:
“Só nos últimos dias de 1931, com a graça de Deus, desenvolveram-se
em mim, de maneira clara e mais intensamente, a vidência, a audição e
outras faculdades mediúnicas”. (Nota do médium para a 4ª edição, em
1944.).
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Engraçado é que ele se contradiz, porque em outras ocasiões disse que falava com o espírito da mãe (aquela de Marte), a quem via, ouvia e tocava, sendo por ela tocado também, desde o cinco anos de idade.
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Por falar nisso, aqui em Marte eu não tenho a menor dificuldade em levantar 30 quilos, mas na Terra fico fraquinho. A mãe de cx me disse que é porque a massa do planeta e muito inferior à da Terra, mas não entendi o que ela quis dizer com isso.
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julho 1st, 2013 às 12:57 AM
Marciano, você sabe que estou contigo e não abro. De qualquer forma, vez ou outra, aparece alguém aqui para dizer que existem evidências sobre a existência de espíritos, do divino. Estou aguardando-as. O próprio Marden garante isto, mas se o que ele chama de evidência é o RC, sinto muito, blá-blá-blá.
Obs.: Eu só postei o link do Marden, porque ele citou vários aqui do blog, então achei que seria interessante saberem.
julho 1st, 2013 às 1:49 AM
Monsieur Professeur Docteur Ardvin,
Se é verdade, comme vous avez dit, que
“quanto à mediunidade NÃO EXISTE preparo possível ou conhecido. Pessoas podem ficar se concentrando a vida inteira, sonhando ser um novo Chico Xavier, mas só produzem coisas que produziriam em condições normais.”, como é que o próprio cx disse que
“Só nos últimos dias de 1931, com a graça de Deus, desenvolveram-se em mim, de maneira clara e mais intensamente, a vidência, a audição e outras faculdades mediúnicas”. (Nota do médium para a 4ª edição, em
1944.)?
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E se o que ele disse é verdade, como é que ele via, ouvia e andava de mãos dadas com a querida mãezinha desde o cinco anos?
Será que Vossa Mercê sabe mais sobre espiritismo do que o GRANDE cx?
julho 1st, 2013 às 10:33 AM
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Marciano, seu senso de graça está cada dia mais afinado…
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MARCIANO: Montalvão, o teste proposto por você pode não dar certo, não pelas razões em que você está pensando, mas porque os médiuns, videntes, etc., têm muita intimidade com o Kid Vigarista, o Pinocchio e o barão de Münchausen. Esses três vivem de mutreta com os médiuns. São todos farinha do mesmo saco.
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COMENTÁRIO: o teste foi o que me ocorreu formular no momento meditativo em que me encontrava, é certo que pode ser melhor elaborado, reformulado ou mesmo descartado. Mas a ideia, acredito, é aplicável e poderia, se levada a sério, resolver as dúvidas que vicejam.
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MARCIANO: Tem outra maneira de os crentes nos convencerem. Eles podem se matar e, depois de constatada cientificamente sua morte, depois da putrefação, aparecerem e desaparecerem diante de nós. Eu passaria a acreditar imediatamente.
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COMENTÁRIO: rê, rê… difícil vai ser arrumar candidato… mas como saber se quem aparecesse diante de nós (na remotíssima hipótese de haver aparecimento) fosse quem dissesse que fosse? Pela teoria kardecista, o ente desencarnado pode modelar seu perispírito como bem quiser, desse modo um espírito zombeteiro poderia se disfarçar de outrem só para sacanear. E o risco não pense que seja pouco provável, segundo o codificador as aparições de desencarnados ocorrem mais e melhor dentre os de baixo nível, visto que mais próximos da matéria. E, para “esclarecer” mais um pouco, não podemos esquecer das propostas concorrentes, que põem demônios no lugar de espíritos. A se levar ao pé da letra a letra bíblica que diz que o cramunhão, se quiser, se modela em anjo de luz, não haveria confiança se o aparecido fosse o falecido ou se trataria de um capeta disfarçado. Quer dizer, as dúvidas persistiriam. Por isso, recomendo pensar-se em testagens nas quais o controle fique com os vivos.
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MARCIANO: Biasetto, se quiser se tornar uma pessoa mais calma, ponderada, faça diariamente uma limpeza psíquica. É isso que fazem o Toffo, o Montalvão, o Arduin e o Antonio, esse é o segredo da serenidade deles.
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COMENTÁRIO: dizem que um cinco contra um de vez em quando também ajuda…
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Marcos Arduin Disse: – Sabe, Malvadão, eu consigo levantar uns 30 quilos, mas mais que isso vou acabar tendo problemas com minha musculatura de jogador de baralho. Já o musculoso que é dono de uma academia onde frequentava, talvez levante 100 quilos sem tanto esforço. Qual a diferença entre eu e ele? Duas palavras: preparo físico. Só que quanto à mediunidade NÃO EXISTE preparo possível ou conhecido. Pessoas podem ficar se concentrando a vida inteira, sonhando ser um novo Chico Xavier, mas só produzem coisas que produziriam em condições normais. Ou seja: são os chamados “MÉDIUNS ANÍMICOS”.
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MARCIANO: O próprio cx desmete isso. É só ler o que ele escreveu no prefácio da quarta edição do Parnaso:
“Só nos últimos dias de 1931, com a graça de Deus, desenvolveram-se em mim, de maneira clara e mais intensamente, a vidência, a audição e outras faculdades mediúnicas”. (Nota do médium para a 4ª edição, em
1944.).
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COMENTÁRIO: que a mediunidade é desenvolvível, desde que, claro, se a aceite como realidade, não há dúvidas: até existem escolas que praticam esse trabalho. No Lar Frei Luiz, em Jacarepaguá há um centro de treinamento bastante frequentado. Nas organizações Ramatis também se oferece aprimoramento. Mas, entendi que o Arduin se referiu ao potencial de cada pessoa. Segundo Kardec todos somos médiuns, mas nem todos temos mediunidade ostensiva. Seria algo mais ou menos como comparar o talento do escritor Montalvão com o de Gabriel Garcia Marques. O primeiro não vai (nem foi) muito longe, o outro foi. Assim haveria médiuns que chegam a Francisco enquanto outros só vão a Chico…
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MARCIANO: Por falar nisso, AQUI EM MARTE EU NÃO TENHO A MENOR DIFICULDADE EM LEVANTAR 30 QUILOS, mas na Terra fico fraquinho. A mãe de cx me disse que é porque a massa do planeta e muito inferior à da Terra, mas não entendi o que ela quis dizer com isso.
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COMENTÁRIO: só que ao levantar 30 quilos terrenos em Marte estaria “roubando”, pois algo que aqui pese 30 kg, pesará cerca de 11 kg aí… Acho que a mãe de Chico quis dizer que a pressão atmosférica no seu planeta é inferior à da Terra, daí a diferença de peso. Confirme com ela…
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Marciano Disse: Monsieur Professeur Docteur Ardvin,
Se é verdade, comme vous avez dit, que
“quanto à mediunidade NÃO EXISTE preparo possível ou conhecido. Pessoas podem ficar se concentrando a vida inteira, sonhando ser um novo Chico Xavier, mas só produzem coisas que produziriam em condições normais.”, como é que o próprio cx disse que
“Só nos últimos dias de 1931, com a graça de Deus, desenvolveram-se em mim, de maneira clara e mais intensamente, a vidência, a audição e outras faculdades mediúnicas”. (Nota do médium para a 4ª edição, em
1944.)?
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E se o que ele disse é verdade, como é que ele via, ouvia e andava de mãos dadas com a querida mãezinha desde o cinco anos?
Será que Vossa Mercê sabe mais sobre espiritismo do que o GRANDE cx?
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COMENTÁRIO: sem querer palpitear mas já o fazendo, suponho que esse questionamento o sábio Arduin esclarecerá…
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saudações interplanetárias,
julho 1st, 2013 às 11:08 AM
Resgatando…
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Prezado Vitor, se ao invés de eu dizer que sei bastante sobre o pouco que há para saber sobre espiritismo, eu disser que sei “o” bastante, fica melhor ? Talvez fique mais apropriado, já que eu realmente não sou nenhum sábio. Então, retifico: Não sei bastante. Sei o bastante.
Assim, eu reafirmo que sei o bastante sobre o que existe sobre este tema para concluir que nada evidencia a existência real de tais fenômenos. Mas perceba que eu digo que afirmo, não digo que provo. Dá-se aqui o mesmo problema de provar a inexistência do Coelhinho da Páscoa.
Quanto a sua pergunta sobre o que me faria reconhecer meu equívoco sobre esta afirmação, eu digo o mesmo que tenho dito sempre: Uma evidência inequívoca. Só uma já bastaria.
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Marciano, sou bacharel em Direito pela UFRGS.
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Abraços e Bom Dia a todos!
julho 1st, 2013 às 11:45 AM
Sempre fica a pergunta: por que bolavam experimentos mirabolantes, com resultados dúbios e dependentes de estatística, e não faziam ou fazem o teste simples cuja sistemática básica – podendo ser aperfeiçoada, claro… – é aqui proposta pelo Analista Montalvão?
Qualquer médium espiritualista ou espírita deverá necessariamente “passar” no teste (lembrando de França, seria o bac para qualquer médium); sem depender de estatísticas ou interpretações da banca experimentadora que requeiram exaustivos conhecimentos de literatura clássica ou latim ciceroniano.
julho 1st, 2013 às 3:04 PM
Contra o Chiquismo,
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Repito:
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““As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho.
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As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo, elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação seria estabelecer analogias que não existem.”
julho 1st, 2013 às 3:46 PM
Vejo que há gente aqui disposta a, em tendo oportunidade, elaborar uma pesquisa de campo sobre espíritos.
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Este comentário, então, vai para estas pessoas, na forma de sugestão e algumas considerações:
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Já tive contato com algumas comunidades espíritas, de modo que posso passar algumas impressões que ajudariam a elaborar um planejamento.
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Nos centros ditos “kardecistas” temos o seguinte quadro: em grupos mais ortodoxos, restritos à obra de Allan Kardec, não vemos nem um estalo de qualquer fenômeno. Com efeito, não há mediunidade alguma, por mais que se esforcem.
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Já nos grupos mais religiosos (a maioria), esses ligados à Chico Xavier, Divaldo, Ramatis, etc, vemos supostos fenômenos mediúnicos, porém muito suspeitos… Parece realmente autosugestão, ou o chamado “animismo”. Uma pessoa temperada logo percebe isso, ao participar. No entanto, há muitas alterações de personalidade dignas de análise, inclusive em momentos fora do centro, aleatoriamente.
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Mudando de “Espiritismo”, observo um mediunismo pujante na umbanda e no candomblé.
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Minha postura é de dúvida, não de conclusões, mas noto que nessas comunidades está o melhor ambiente de estudo nesse sentido.
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Então, minha sugestão é esta: se forem observar, pesquisar, etc, deem preferência às reuniões de umbanda e candomblé. Façam visitas a muitos grupos diferentes, e apenas observem, pra começar. Ali ocorrem muitos fenômenos, além de relatos.
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Sei que o Vitor acredita veementemente que a mediunidade na umbanda e no candomblé já foram refutados, mas a pesquisa em que ele se baseia se limitou a um único “terreiro” e, na minha visão, não foi satisfatória.
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Feita essa sugestão, de pelo menos visitarem muitos centros de umbanda e candomblé diferentes, faço uma ponderação sobre o método de pesquisa.
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É que não vejo adequação entre os métodos científicos tradicionais e os fenômenos espíritas. Infelizmente, a objetividade fica prejudicada quando o objeto de análise é inteligente, como os espíritos.
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História, Sociologia, Antropologia, etc, são ciências? Se são, qual a diferença delas para as ciências exatas? Percebem?
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A ciência espírita, ainda não existente, mas possível, muito se aproximará das ditas ciências humanas, visto que o objeto (espírito) é inteligente e mergulhado em variáveis. Não dá pra repetir os experimentos ao nosso bel prazer.
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O método de pesquisa da “ciência espírita” deve ser diferente do método de pesquisa da “ciência tradicional”. A objetividade plena é impossível em se tratando de espíritos. Haverá necessariamente um grau de subjetividade, o menor possível, de preferência.
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A ciência espírita tem muitas semelhanças com as ciências humanas.
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Repito, até ser compreendido:
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“As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho.
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As observações, portanto, não podem ser feitas da mesma maneira, num e noutro caso. No Espiritismo, elas requerem condições especiais e outra maneira de encará-las: querer sujeitá-las aos processos ordinários de investigação seria estabelecer analogias que não existem.”
julho 1st, 2013 às 3:56 PM
Outra coisa: sobre espíritos há evidências, mas não há ainda provas que possam convencer todas as pessoas temperadas e racionais.
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OBS.: Quando falo em “evidências”, penso em “sugestões”, “boas suspeitas”, mas sem certezas. Acho que estou o usando o vocábulo de forma errada.
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Na verdade, eu digo que há uma grande suspeita sobre a existência dos espíritos, mas concordo que não há ainda prova.
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Por que ainda não há prova? Porque estamos habituados a considerar como prova apenas as conclusões oriundas do método científico tradicional, que tem por objeto coisas materiais. Dessa forma, realmente nunca obteremos uma prova.
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Mas grandes suspeitas há, basta visitar pessoalmente diversas comunidades espíritas de tipos diferentes, além de ouvir relatos.
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Carecemos da ciência espírita, que ainda não existe. Só temos a ciência tradicional, incompetente para a análise dos espíritos.
julho 1st, 2013 às 3:58 PM
Isso é uma falácia. Podia valer para o entendimento de um homem de 1850, mas nunca para o de hoje. Por exemplo, a História é uma ciência humana que estuda a passagem do homem neste mundo através do tempo, e nenhuma ciência melhor do que a História para definir o que são inteligências que têm vontade própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho. Os fatos históricos não foram gravados em câmeras de video, nem em registros de celulares, muito menos em câmeras de cinemascope; entretanto, são estudados através de documentos ou relatos de época, ou, na sua falta, por vias indiretas através de indícios, de análise da situação política do momento, por análises de carbono 14, enfim, por uma série de métodos indiretos que permitem aos estudiosos definir, com razoável segurança, o que se passou naquele momento histórico. Deixar aos mortos, e não aos vivos, a condução dos fenômenos espíritas, por serem “inteligências que têm vontade própria”, como quer Kardec, é dizer em outras palavras que as pesquisas espíritas não valem um ingresso para o cinema. Essa posição reforça o que eu sempre penso: só acredita nisso quem quer acreditar, assim como as crianças acreditam no coelhinho da páscoa ou alguém poderia crer no bule de chá de Russell.
julho 1st, 2013 às 4:45 PM
Ou então se deverão os Espíritas chegar à conclusão que uma “Ciência Espírita” é impossível; e parar de pensar no assunto como passível de investigação empírica – tal como a Metafísica. Aliás aparentemente a essa conclusão chegou a Ortodoxia da FEB. Fica sendo uma Religião Cristã. Religião é crença: não se discute. Ponto.
julho 1st, 2013 às 6:43 PM
Assim como a História possui provas indiretas, o Espiritismo também tem, só que nada nunca é válido para os céticos.
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Por exemplo, alguém acima disse com propriedade que os céticos cientistas desvirtuaram as pesquisas de William Crookes a favor de suas crenças materialistas.
julho 1st, 2013 às 6:45 PM
Espíritos podem existir independentemente de religião.
julho 1st, 2013 às 6:49 PM
Também há provas indiretas sobre a existência dos espíritos relacionadas aos experimentos em que mãos eram formadas em cera quente. A não ser que o Vitor já tenha arranjado uma prova de fraude sobre esses fenômenos.
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Aposto que alguém vai dizer que o problema era estar com o quarto escuro. Mas nem sei se essas mãos eram forjadas em quarto escuro ou semi-escurecido.
julho 1st, 2013 às 6:50 PM
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NFS: sua peroração é interessante, porém se se cientificar de propostas que foram vinculadas nesse sítio, sugerindo experimentações com espíritos, perceberá que não falam de fazer com os sem-carne como se fosse a análise de um bife. você diz que o fenômeno envolve “inteligências”, pois é isso: propomos verificações inteligentes, que testem a legitimidade comunicacional das supostas entidades comunicantes.
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Em resumo: não se trata de pretender amarrar o espírito numa maca e dissecá-lo, até saber o que tem dentro. Trata-se, sim, de inquiri-lo inteligentemente e propor-lhe testes que só espíritos inteligentes pudessem responder; e ainda submetê-lo a verificações que ultrapassassem a capacidade humana mas estivessem dentro da capacidade do desencarnado.
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Você diz que umbanda e candomblé seriam melhores áreas de investigamento, visto que nessas agremiações os fenômenos mediúnicos são mais intensos. Não, não são. SE fossem, teríamos que considerar que no movimento carismático sejam ainda ainda mais expressivos, visto que nesse quem se apresenta é o Espírito Santo em pessoa! Quer mais?
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Na umbanda temos pessoas rolando acreditamente por força de entidades rústicas; entre os carismáticos temos rola-rola (leia-se róla-róla, não rôla-rôla) e cai-cai, graças a imaginada energia do Espírito divino. Com quem seria mais fácil trabalhar e obter retorno satisfatório, com quem sabe tudo (ES) ou com quem mal aprendeu em vida (Exus, etc.)?
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Em verdade, a melhor hipótese é a de que essas manifestações são dissociações que assumem a forma da expressão religiosa cultivada pelo grupo. Se houvesse uma espiritualidade, seriam, em verdade, várias: nalgumas residiriam “espíritos”, noutras exus, pretos-velhos, noutra anjos e o Espírito de Deus. Por aí já se vê a baita confusão que seria preparar protocolo de investigação levando em conta tamanha barafunda.
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Além disso, o único grupo conhecido que se diz “científico” é o kardecismo, neste caberia concentrar as pesquisas, considerando que seja produtivo trabalhar com quem aceitaria estudo científico sem criar óbices. Concorda?
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Então, que tal arrumar desencarnado bem informado para que possamos combinar com ele algumas verificações? Se topar a paradinha e, se não for pedir muito, poderia também conseguir umas materializações estudáveis? Mesmo que não garanta conseguir, esclareça-me: por que espíritos se materializam de roupa? Não seria uso abusivo do ectoplasma, pondo a saúde do médium em risco por ter que fornecer elevada quantidade dessa matéria? Aliás, você, que suponho entenda bem de mediunidade, dê-me mais uma respostinha: com quantos quilos de ectoplasma se faz uma canoa?
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Saudações expectativas.
julho 1st, 2013 às 7:38 PM
“NVF Diz: Contra o Chiquismo,
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Repito:
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““As ciências comuns se apoiam nas propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade; os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências ”
MAS OS ‘ESPIRITOS’ NÃO SE MATERIALIZAM E SÃO PALPÁVEIS? QUAL O PROBLEMA DELES SE MATERIALIZAREM EM 2013 PRA GENTE FAZER UNS TESTES? DE PREFERÊNCIA UMA ALMA FEMININA BEEEMMM GOSTOSA DO HARÉM DO PRINCIPE BULDANISAEM.
“NVF Diz: A ciência espírita tem muitas semelhanças com as ciências humanas.”
TEM MESMO? SE É CIÊNCIA TEM DE USAR O MÉTODO CIENTÍFICO PRA PROVAR AS SUAS ALEGAÇÕES. QUERO VER ME PROVAR A EXISTÊNCIA DE UM ‘ESPIRITO’ COM O MÉTODO CIENTÍFICO. JÁ LHE PROPUS ISSO NA FIOCRUZ, INMETRO OU INSTITUIÇÃO ISENTA A SUA ESCOLHA.
“NVF Diz: Outra coisa: sobre espíritos há evidências…”
MOSTRE-NOS.
“NVF Diz:Espíritos podem existir independentemente de religião.”
PROVE.
“NVF Diz: Assim como a História possui provas indiretas, o Espiritismo também tem, só que nada nunca é válido para os céticos.”
MOSTRE-NOS ESSAS PROVAS. E POR QUE NÃO ACEITARÍAMOS SE FOREM REALMENTE VERDADEIRAS?
“NVF Diz:
Outra coisa …. temperadas e racionais.”
RACIONAIS????????????????????????????????????????
SEI NÃO…
RC DECTED!
RC DECTED!
RC DECTED!
RC DECTED!
RC DECTED!
julho 1st, 2013 às 7:42 PM
Disse que a umbanda e o candomblé são bons ambientes para análise do fenômeno espírita, ponto. Parei por aí, sem me adentrar no mérito dos rituais e crenças das citadas religiões.
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Aliás, acho que se deve pesquisar melhor sobre tais religiões antes de deixarmos prevalecer o preconceito, do tipo: “com quem mal aprendeu em vida (Exus, etc.)”.
julho 1st, 2013 às 7:47 PM
Contra o Chiquismo,
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Seu comportamento destoa dos outros membros deste blog. Evito debater com pessoas apaixonadas e exaltadas.
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OBS.: Não tenho religião, não sou do RC nem kardecista nem umbandista, etc, apenas me interesso pelos supostos fenômenos espíritas e admito sua possibilidade. Inclusive não sou adepto de nenhuma das concepções existentes sobre Deus.
julho 1st, 2013 às 8:26 PM
Montalvão, “na remotíssima hipótese de haver aparecimento” pelo menos a gente saberia que espíritos existem, ainda que não fosse o dito cujo, fosse outrem passando-se por ele, mas vai ser mesmo difícil convencer um de nossos colegas de blog a participar de um experimento dessa natureza.
O Biasetto não faz mais essa covardia (5×1), é casado. Nem o Lula (por outro motivo).
Quanto à mãe do Chico, deixa pra lá, essa muié é burra por demais. E eu sou fraquinho mesmo, 11 kg é o meu limite.
Saudações halterofilísticas.
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Antonio, eu te entendo. Eu pouco sei de astrologia, porém sei “o” bastante para concluir que não faz o menor sentido. Não precisa ser astrólogo para tanto.
De vampiros, sei que se alimentam de sangue, sei que tem uns que não podem pegar sol, outros que podem, mas brilham com glitter (são os vampiros gays da interminável saga vampiresco-cinematográfica), sei que alguns ficam bem velhinhos, entretanto não são realmente imortais. Sei que é pouco conhecimento sobre vampirologia, é so o bastante para ver que se trata de b.s. (bullshit).
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Viu como também sou vidente? Você me fala de um livro e eu vejo que deve ser um colega.
Um abraço.
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Toffo, isso mesmo. É preciso querer muito acreditar.
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Montalvão, a roupa do espírito não toma muito ectoplasma do médium, não reparou que ela é feita de gaze? É o isopor das indumentárias.
Saudações ectoplásmicas.
julho 1st, 2013 às 8:28 PM
“NVF Diz:
JULHO 1ST, 2013 ÀS 19:47
Contra o Chiquismo,
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Seu comportamento destoa dos outros membros deste blog. Evito debater com pessoas apaixonadas e exaltadas.”
SÓ PQ EU PEDI PROVAS CONCRETAS SOU APAIXONADO E EXALTADO? NFV, GENUFLEXOU TEM QUE REZAR. VC ADMITE QUE ELES EXISTEM E QUE O ‘ESPIRITISMO’ É CIÊNCIA. QUER QUE EU ACREDITE SÓ PQ VC DIZ QUE É? ENGRAÇADO COMO VC SOUBE RÁPIDO O QUE É RC…
julho 1st, 2013 às 8:31 PM
“Então, Professor: chega de século xix; estamos no xxi.”
– Balofo, um conhecimento ou conceito só é invalidado quando provado falso e não por velhice apenas. Há coisas feitas pelo Leonardo da Vinci que são usadas até hoje, como a transmissão por corrente…
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Moisés, médium anímico só consegue contatar UM espírito: ele próprio. Ao tentar um transe mediúnico, é como se vencesse as barreiras, como Freud as chamou, e assim acessa seu próprio inconsciente. Nestas circunstâncias, se o médium é muito estudioso, pode passar a vida toda simulando falar por um “mentor de estudos”, mas que na realidade é o seu próprio espírito quem fala. Veja que esse médium não consegue ir além de si próprio. Se tentar simular um falecido, cairá em contradições e incoerências.
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“O mais provável é que seja de fonte psicológica. Quando os mediunistas resolverem pôr seus espíritos sob verificações objetivas e seguras poderemos saber com certeza que realmente a origem é mental. Infelizmente, os da mediunidade não querem correr o risco…”
– Eu desconheço a fonte psicológica que permitisse a um médium expressar coisas que desconhece… Bem, tanto quanto eu saiba, Piper correr todos os riscos para responder se sua mediunidade era coisa mental ou espiritual. Parece que os pesquisadores opinaram por essa última… E com tantos outros que se submeteram aos pesquisadores, o resultado foi parecido. Aos médiuns interesseiros, só interessa mesmo é que endossassem que eram autênticos… Os farsantes não tiveram a mesma sorte.
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“O trabalho dos Curie é ilustrativo do destrabalho da investigação mediúnica. Nesta, boa parcela dos pesquisadores ao encontrarem algo que lhes satisfaça as expectativas, partem para festejar e esquecem de repetir os experimentos até sanar quaisquer dúvidas (…)”
– Sabe o gozado, Moisés? É que a maioria dos pesquisadores mediúnicos tinha a expectativa de que o Espiritismo FOSSE UMA FRAUDE. Esse foi principal motivo pelo qual a Sociedade de Pesquisas Psíquicas ficou esvaziada. É como o Arthur Conan Doyle diz no seu livro: lá há uma excelente sala de sessões. Difícil é convencer um médium entrar ali. William James mesmo fala que a maioria dos membros queria descobrir a verdade sobre o Espiritismo, mas desejavam, e desejavam intensamente, que a verdade é que o Espiritismo fosse uma fraude do início ao fim. Esse era o espírito da coisa. Porém, quando os pesquisadores achavam alguma coisa que os experimentos apontavam para os espíritos, você acha que eles não pesquisaram o suficiente? A Piper foi estudada ao longo de 15 anos. É pouco para você?
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” já haviam estudos a respeito da dissociação (Pierre Janet e outros) que certamente casava melhor com a atuação de Leonora.”
– Desconheço que esse Janet e os outros (se forem quem estou pensando) alguma vez estudaram os médiuns. Do pouco que sei, parece apenas que opinaram à distância e NUNCA VIRAM coisa alguma. E por que essa tal dissociação casaria melhor no caso da Leonora? De que modos essa dissociação lhe permitiria obter informes como esse aí do exemplo Hyslop?
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“o problema do seu discurso é que ele está contaminado pela certeza de que havia espíritos na parada. Observe as frases que expressa e notará que elas garantem que o espírito do falecido atuava. Quer dizer, não tenciona dar chance a qualquer outra hipótese que não seja postulativa da presença de desencarnado junto a médiuns.”
– Ai meu são cipriano da capa preta! Malvadão, eu não estou IMPONDO a hipótese de que havia espírito na jogada e sim que os DADOS obtidos conforme os pesquisadores registrados foram tais e quais e CASAM melhor com essa hipótese. É o postulado do método científico: se os dados dos experimentos contradizem a hipótese, esta é REJEITADA; se casam com a hipótese, NÃO HÁ MOTIVOS PARA REJEITÁ-LA (o que não é a mesma coisa que dizer que ela está aceita ou é a verdadeira). Qual outra hipótese você DEMONSTRA que é melhor casada com o evento em questão?
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“Visto Leonora ter simulado satisfatoriamente trejeitos e idiossincrassias do falecido, pimba, a prova está dada! E se o morto, em vida, gostasse de sentar num croquete? Como Piper faria para demonstrar? Já lhe falei várias vezes, essas verificações que medem o nível de acertos do médium (mesmo que seja elevado, conforme Piper parecia produzir) não é suficiente para elidir as dúvidas:”
– Moisés, o pesquisador quis elidir essas dúvidas usando o recurso mais óbvio: o caso de um incidente que só era conhecido da família e que ele sabia que a médium não tinha como saber. Se só o falecido saberia do incidente que só os seus familiares sabiam e a médium não, qual a probabilidade de acerto neste caso? E a coisa ficou muito melhor: o espírito relatou algo que NEM O FILHO sabia e que depois se comprovou certo. Faltou o quê?
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“estão serão sanadas quando se puserem os supostos espíritos em verificação, de modo a se demonstre que entes invisíveis obram no ambiente.”
– Você está com a ideia fixa nisso: temos de detetar o seres invisíveis de alguma forma, pois senão NADA ESTÁ PROVADO. É… Ninguém nunca soube a natureza da matéria e energia escuras… Então elas não devem existir…
Depois eu continuo.
julho 1st, 2013 às 9:26 PM
“Então o filho de Hyslop diria: “papi, pedi a um amigo nosso que viesse até o prédio mas ficasse na entrada. Ele veio depois de mim, portanto não sei que roupa veste. Pedi-lhe que pusesse uma certa quantia num dos bolsos da calça. Também não faço ideia de quanto é. Por favor, papi, vá até lá e diga: 1) quem é a pessoa; 2) qual a roupa que está usando e a cor; 3) quanto ele traz no bolso? Mais ou menos por aí…”
– Sabe o que é engraçado? É que experimentos já foram feitos mais ou menos assim, com resultados positivos, mas sempre foram “refutados” com hipóteses a la Quemedo…
É engraçado que a Piper foi vigiada por detetives, encarregados justamente de verificar esse detalhe: a possibilidade de ela obter informações por meios normais. Mas o resultado foi NEGATIVO: os detetives nada puderam descobrir a respeito e fico imaginando no que se baseia a sua insistência de que ainda assim algo poderia ocorrer no caso em questão.
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De Morte, não é um problema de velhice pessoal, mas do fato de que os experimentos do século XIX nunca foram refutados de forma convincente. Se não puderam ser infirmados, então continuam valendo. É isso.
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“Será que Vossa Mercê sabe mais sobre espiritismo do que o GRANDE cx?”
– Se o grande CX fosse mesmo um bom conhecedor do Espiritismo, não daria trela a Roustaing, nem à FEB.
Quanto às capacidades mediúnicas do Chico, se elas EXISTEM, então o médium pode aprender a se concentrar melhor, perceber e discernir as sensações que os espíritos lhe passam, etc e tal, ou seja, pode DESENVOLVER sua mediunidade. Mas se NÃO É MÉDIUM, não há como se fazer isso.
julho 1st, 2013 às 10:21 PM
Arduin,
Se o medium pode desenvolver a mediunidade, como você afirma, só não o podendo fazer quem não é médium, cx não era tão especial, nem o são os demais.
Segundo o Prof. Rivail, são raras as pessoas que não são médiuns.
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“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é,
por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um
privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns
rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.” (Livro dos Médiuns, 159).
Piper, Fay, cx, eram apenas uns marombeiros.
julho 1st, 2013 às 10:33 PM
Marciano, CX joagava nas 11: “Incorporava, psicografava, dava passe, materializava, plagiava, ops, escrevia sob inspiração, fazia bicorporeidade, doutrinava, pintava(?), tinha vidência”, e ainda gravava discos.
julho 2nd, 2013 às 2:28 AM
Putz, Contra, o cara era fod*** mesmo.
Era o Jay Cutler dos médiuns. Quero dizer, dos pesados.
julho 2nd, 2013 às 7:21 AM
Oi, Antonio
comentando:
01 – “Prezado Vitor, se ao invés de eu dizer que sei bastante sobre o pouco que há para saber sobre espiritismo, eu disser que sei “o” bastante, fica melhor ?”
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Sobre o espiritismo em si, acho seu conhecimento mais do que suficiente. Sobre as pesquisas parapsicológicas, especialmente as que fornecem evidências de sobrevivência, é que considero seu conhecimento muito deficitário.Há de fato muita coisa para ler sobre o assunto e como a maior parte delas está em inglês, nem eu consigo acompanhar todo o avanço na área.
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02 – “Quanto a sua pergunta sobre o que me faria reconhecer meu equívoco sobre esta afirmação, eu digo o mesmo que tenho dito sempre: Uma evidência inequívoca. Só uma já bastaria.”
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Ok. Eu considero uma evidência inequívoca de sobrevivência o caso Jagdish Chandra. Que outra explicação você tem para esse caso além de reencarnação?
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O caso é descrito em detalhes aqui: https://mega.co.nz/#!UN8HBCLZ!W53Q9yy5iKtyAZqKJktKs25b7IdEyXqTbb1XDXgwkQw
julho 2nd, 2013 às 8:48 AM
Balofo, um conhecimento ou conceito só é invalidado quando provado falso e não por velhice apenas. Há coisas feitas pelo Leonardo da Vinci que são usadas até hoje, como a transmissão por corrente…
Mas a diferença é que elas funcionam até hoje. O que houve com os “Espíritos” no século xx que não conseguem mais movimentar mesas ou dar indícios de sua presença na Crosta? Morreram? Houve uma surto de peripeste na Erraticidade? Qual é a tese de vocês?
(…) os experimentos do século XIX nunca foram refutados de forma convincente. Se não puderam ser infirmados, então continuam valendo. É isso.
Não, não é isso. Em Ciência experimento não reprodutível até pode ser considerado, mas com muita cautela; e dado algum tipo de explicação razoável sobre o motivo da impossibilidade de repetição.
Segundo os Espíritas e segundo a própria Teoria Espírita [LM, &c], médiuns existem. Então repito a pergunta: morreram as almas?
julho 2nd, 2013 às 12:43 PM
Marcos Arduin Disse: (citando Gorducho) “Então, Professor: chega de século xix; estamos no xxi.”
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– Balofo, um conhecimento ou conceito só é invalidado quando provado falso e não por velhice apenas. Há coisas feitas pelo Leonardo da Vinci que são usadas até hoje, como a transmissão por corrente…
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COMENTÁRIO: O que disse considero correto, visto que nossos conhecimentos nunca são definitivos e devem ser substituídos quando surgirem novos conhecimentos que os superem, não apenas por estarem “velhos”. Porém, deixou de fora um ponto importante: o “conhecimento” espírita não é conhecimento no sentido geral, tata-se de hipótese contra a qual se postam outras. O frase de nosso amigo balofo-gorducho foi sábia, que a leio do seguinte modo: “se só temos para escudar nossas certezas postulados do século XIX, que no XXI ainda não foram confirmados, certamente estamos mal ajambrados”.
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ARDUIN: Moisés, médium anímico só consegue contatar UM espírito: ele próprio. Ao tentar um transe mediúnico, é como se vencesse as barreiras, como Freud as chamou, e assim acessa seu próprio inconsciente. Nestas circunstâncias, se o médium é muito estudioso, pode passar a vida toda simulando falar por um “mentor de estudos”, mas que na realidade é o seu próprio espírito quem fala. VEJA QUE ESSE MÉDIUM NÃO CONSEGUE IR ALÉM DE SI PRÓPRIO. Se tentar simular um falecido, cairá em contradições e incoerências.
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COMENTÁRIO: se formos discutir o inconsciente freudiano vai complicar. De qualquer modo, parece-me que estaríamos (quase) falando a mesma coisa com palavras distintas. Deixemos o insconsciente na sua inconsciência e usemos o termo “subconsciente” que gera menos controvérsia. A partir daqui vamos ver se nos acertamos.
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Visto que às vezes (muitas vezes) critica sem citar o texto em que se baseou, repito o que imaginou deu gênese ao seu pronunciamento:
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MONTALVÃO disse: “Médium anímico” não seria incoerente? Se não estou enganado, o animismo é a concessão que faz o kardecismo àquilo que não consegue atribuir à espiritualidade. Seria o que nas quebradas se intitula paranormalidade. Quer dizer, se o poder é pessoal da pessoa, trata-se de animismo (ou paranormalidade); se for incrementado por espíritos é mediunidade. Desse modo, médium é quem faz contato com espíritos, animista é quem recorre a poderes próprios.”
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O desafio para o espiritismo seria interpretar seguramente quando algo acontece mediunicamente ou quando animicamente. Tal problema parece não ter sido preocupação de Kardec. O codificador nem mesmo falou em animismo, quem propôs o termo foi Aksakof. Este pesquisador procurou definir as várias nuanças da mediunidade (palavra que para ele tinha sentido um tanto diferente da concebida por Kardec), defendendo que apenas uma dessas várias nuanças é que poderia ser considerada providência espiritual. É interessante conhecer o que o russo teorizou, veja (extraído de “Animismo e Espiritismo”), observe se a explanação aksakofiana de “animismo” não é o que hoje se denomina paranormal:
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AKSAKSOF: “Dessa maneira, temos à nossa disposição não uma, porém três hipóteses, suscetíveis de fornecer a explicação dos fenômenos mediúnicos, hipóteses cada uma das quais tem a sua razão de ser para a interpretação de uma série de fatos determinados; por conseguinte, PODEMOS CLASSIFICAR TODOS OS FENÔMENOS MEDIÚNICOS EM TRÊS GRANDES CATEGORIAS que se poderiam designar da maneira seguinte:
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1° – Personismo – Fenômenos psíquicos inconscientes, produzindo-se -nos limites da esfera corpórea do médium, ou intramediunicos, cujo caráter distintivo é, principalmente, a personificação, isto é, a apropriação (ou adoção) do nome e muitas vezes do caráter de uma personalidade estranha à do médium. Tais são os fenômenos elementares do mediunismo: a mesa falante, a escrita e a palavra inconsciente. Temos aqui a primeira e a mais simples manifestação do desdobramento da consciência, esse fenômeno fundamental do mediunismo. Os fatos dessa categoria nos revelam o grande fenômeno da dualidade do ser psíquico, da não identidade do “eu” individual, interior, inconsciente, com o “eu” pessoal, exterior e consciente; eles nos provam que a totalidade do ser psíquico, seu centro de gravidade, não está no “eu” pessoal; que esse último não é mais do que a manifestação fenomenal do “eu” individual (numenal); que, por conseguinte, os elementos dessa fenomenalidade (necessariamente pessoais) podem ter um caráter múltiplo – normal, anormal ou fictício -, segundo as condições do organismo (sono natural, sonambulismo, mediunismo). Esta rubrica dá razão às teorias da “cerebração inconsciente” de Carpenter, do “sonambulismo inconsciente ou latente” do Doutor Hartmann, do “automatismo psíquico” dos Srs. Myers, Janet e outros. […]
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2° – ANIMISMO – FENÔMENOS PSÍQUICOS INCONSCIENTES se produzidos fora dos limites da esfera corpórea do médium OU EXTRAMEDIÚNICOS (transmissão do pensamento, telepatia, telecinesia, movimentos de objetos sem contacto, materialização). Temos aqui a manifestação culminante do desdobramento psíquico; os elementos da personalidade transpõem os limites do corpo e manifestam-se, à distância, por efeitos não somente psíquicos, porém ainda físicos e mesmo plásticos, e indo até à plena exteriorização ou objetivação, provando por esse meio que um elemento psíquico pode ser, não somente um simples fenômeno de consciência, mas ainda um centro de força substancial pensante e organizadora, podendo também, por conseguinte, organizar temporariamente um simulacro de órgão, visível ou invisível, e produzindo efeitos físicos.
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A palavra alma (anima), com o sentido que tem geralmente no Espiritismo e no Espiritualismo, justifica plenamente o emprego da palavra animismo. Segundo a noção espirítica, a alma não é o “eu” individual (que pertence ao Espírito), porém o envoltório, o corpo fluídico ou espiritual desse “eu”. Por conseguinte, nós teríamos, nos fenômenos anímicos, manifestações da alma, como entidade substancial, o que explicaria o fato de essas manifestações poderem revestir também um caráter físico ou plástico, segundo o grau de desagregação do corpo fluídico ou do “perispírito”, ou ainda do “metaorganismo”, segundo a expressão de Hellenbach. E, como a personalidade é o resultado direto do nosso organismo terrestre, segue-se dai naturalmente que os elementos anímicos (pertencentes ao organismo espiritual) são também os portadores da personalidade.
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3° – Espiritismo – Fenômenos de personismo e de animismo na aparência, porém que reconhecem uma causa extramediúnica, supraterrestre, isto é, fora da esfera da nossa existência. Temos aqui a manifestação terrestre do “eu” individual por meio daqueles elementos da personalidade que tiveram a força de manter-se em roda do centro individual, depois de sua separação do corpo, e que se podem manifestar pela mediunidade ou pela associação com os elementos psíquicos homogêneos de um ser vivo. Isso faz que os fenômenos do Espiritismo, quanto ao seu modo de manifestação, sejam semelhantes aos do personismo e do animismo, e não se distinga deles a não ser pelo conteúdo intelectual que trai uma personalidade independente.
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Uma vez admitidos os fatos dessa última categoria, claro é que a hipótese que daí resulta pode igualmente ser aplicada aos fatos das duas primeiras categorias; ela não é mais do que o desenvolvimento ulterior das hipóteses precedentes. A única dificuldade que se apresenta é que, muitas vezes, as três hipóteses podem servir com o mesmo fundamento para a explicação de um só e mesmo fato. Assim, um simples fenômeno de personismo poderia também ser um caso de animismo ou de Espiritismo. O problema é pois decidir a qual dessas hipóteses é preciso atender, pois que se enganaria quem pensasse que uma só é bastante para dominar todos os fatos. A crítica proíbe ir além da que basta para a explicação do caso submetido à análise (3).
Assim, pois, o grande erro dos partidários do Espiritismo é ter querido atribuir todos os fenômenos, geralmente conhecidos sob esse nome, aos “espíritos”. Este nome, por si só, basta para nos insinuar em um mau caminho. Ele deve ser substituído por um outro, por um termo genérico, não envolvendo hipótese alguma, doutrina alguma, como por exemplo à palavra mediunismo, denominação que desde muito tempo introduzimos na Rússia.”
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Concordo, em parte, quando diz: “esse médium não consegue ir além de si próprio”, porém retifico para: “NENHUM médium consegue ir além de si próprio”, quando muito, alguns ditos médiuns PARECEM transcender seus limites.
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Falei que médium é o nome dado ao hipotético intermediário entre vivos e desencarnados. Porém, não fui eu quem postulou tal definição, visto que, para mim, médium nessa acepção é coisa inexistente. Quem diz que médium é quem canaliza espíritos é o ensino mediúnico. A função crucial do medianeiro seria possibilitar que espíritos se manifestassem dentre os vivos. Segundo o ensino espírita, se não houvesse esses dotados os espíritos ficariam impedidos de atuar. Concorda até aqui ou tem objeção?
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Então, você diz que “médium anímico” é o que acessa seu próprio espírito. Seria um “intermediário” entre ele e si próprio? Mas, não é isso que todos fazemos a todo o momento, acessamos nossa mente (espírito)? Ah, diria você, o médium-anímico é o que adentra as “prefundezas” de seu espírito e de lá extrai coisas tenebrosas, escabrosas, espantosas.
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Pois é, de certo modo, é o que postula a parapsicologia, ou seja, que o paranormal faz uso (precário) de poderes que lhe estão latentes. A dúvida, no âmbito da investigação psi seria estabelecer se todos possuem esses poderes mas só alguns conseguem (precariamente, insisto) utilizá-lo, ou se a paranormalidade seria privilégio de poucos e estes poucos não possuem domínio sobre tal “força”. Ressalto que o uso da expressão “precário” é friso de minha iniciativa, considerando que há estudiosos do paranormal que implicitamente defendem ser a “força psi” algo pujante e de pleno domíno da parte de quem a possui, coisa que, de modo algum, corresponde à realidade.
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Saudações e depois continuo.
julho 2nd, 2013 às 11:10 PM
Arduin, dando uma continuadinha.
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ARDUIN (citando Montalvão): “O mais provável é que seja de fonte psicológica. Quando os mediunistas resolverem pôr seus espíritos sob verificações objetivas e seguras poderemos saber com certeza que realmente a origem é mental. Infelizmente, os da mediunidade não querem correr o risco…”
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– Eu desconheço a fonte psicológica que permitisse a um médium expressar coisas que desconhece… Bem, tanto quanto eu saiba, PIPER CORRER TODOS OS RISCOS PARA RESPONDER SE SUA MEDIUNIDADE ERA COISA MENTAL OU ESPIRITUAL. PARECE QUE OS PESQUISADORES OPINARAM POR ESSA ÚLTIMA… E com tantos outros que se submeteram aos pesquisadores, o resultado foi parecido. Aos médiuns interesseiros, só interessa mesmo é que endossassem que eram autênticos… Os farsantes não tiveram a mesma sorte.
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COMENTÁRIO: . A parte essencial de meu declarativo vossa excelência não abordou, repito-a: os mediunistas escafedem-se de pôr seus espíritos à prova. Com Piper não foi bem como imagina, não houve essa adesão inconteste à mediunidade da dita. Scott Rogo (em texto que lhe encaminhei mas parece não viu) disse:
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“Talvez se admita hoje que toda a questão da sobrevivência pode ter sido baseada na mediunidade da Sra. Piper. Mesmo, porém, com tão elevada qualidade comprobatória, ALGUNS DOS COMPONENTES DA VELHA GUARDA DA SOCIEDADE DE PESQUISAS PSÍQUICAS AINDA SE MOSTRAVAM CÉTICOS QUANTO À HIPÓTESE ESPÍRITA. VÁRIOS DE SEUS GUIAS, POR EXEMPLO, AINDA CONTINUAVAM A SER PERSONAGENS FICTÍCIAS, e mesmo os mais dignos de crédito — que deveriam conhecer melhor — sustentavam a legitimidade dos que eram flagrantemente fictícios. MESMO O ALTAMENTE CONSIDERADO PELHAM NÃO CONSEGUIA DISCUTIR QUESTÕES FILOSÓFICAS MUITO BEM, POR INTERMÉDIO DA SRA. PIPER, APESAR DE SE TRATAR DE MATÉRIA A QUE ERA MUITO AFEIÇOADO QUANDO EM VIDA. Foi com esperança de esclarecer alguns desses problemas que a Sociedade estava sempre à procura de novos e eficientes médiuns. Essa tendência foi, de certo modo, fortuita, uma vez que muitos dos fundadores da Sociedade estavam começando a passar. Surgiu uma nova geração de pesquisadores para continuar o seu trabalho.”
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Mesmo que que Mrs. Piper houvesse dobrado todo e qualquer investigador (o que não aconteceu) ela representaria uma anomalia inexplicada, visto que seus poderes não encontrariam repetição nos demais médiuns, nem dos “mais melhores”, embora alguns digam que Osborne e Chico ombrearam com ela. Acontece que essa é a história vista de longe, quando penetramos no detalhe e analisamos apresentações de Leonora algumas estranhíces eclodem. Veja o comentário que segue, de Scott Rogo:
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“Antes de 1892, a mediunidade de Sra. Piper se caracterizava por duas coisas. Ela sempre transmitia as suas mensagens falando em estado de transe e a sua transição para aquele estado era acompanhada por convulsões e espasmos. Foi a fase de mediunidade dominada PELA SEMPRE PRESENTE PERSONALIDADE DO DR. PHINUIT, PARA DESCONFORTO DOS PESQUISADORES QUE O CONSIDERAVAM APENAS COMO UMA SUBPERSONALIDADE DA MÉDIUM. Em 1892, porém, a Sra. Piper começou a se tornar capaz (sob a direção de Hodgson) de escrever automaticamente, o que dentro em pouco substituiu as palavras pronunciadas durante o estado de transe. A transição para o estado de transe também se tornou mais fácil e tranqüila naquela fase. A verdadeira mudança no transe ocorreu, todavia, com uma nova personalidade que substituiu o Dr. Phinuit como guia espiritual. George Pellew (que Hodgson chamou de George Pelham em seus escritos sobre o caso) era um jovem amigo dos pesquisadores, dado a estudos filosóficos. Ele participou uma vez de uma sessão com a Sra. Piper, antes de sua morte, e ficou muito preocupado com os problemas da mediunidade em estado de transe. Sua morte ocorreu em 1892, em conseqüência de um acidente, e não passou muito tempo antes que ele começasse a se comunicar por intermédio da Sra. Piper. Dentro em pouco ele assumiu inteiramente o controle do estado de mediunidade da mesma. […]Mesmo o altamente considerado Pelham não conseguia discutir questões filosóficas muito bem, por intermédio da Sra. Piper, apesar de se tratar de matéria a que era muito afeiçoado quando em vida.”
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Creio que se possa aceitar que Piper possuia habilidades incomuns, mas por que tinham de ser oriundas de espíritos? Só porque ela dizia que sim? Isso significa que os pesquisadores aceitaram a alegação da mulher sem verificação. Você diz que Piper fora testada por vários anos. Correto, porém, nesses vários anos ninguém, nenhum dos investigadores, pensou em elaborar testes que dessem certeza da presença de desencarnados. Mas, você retruca “e dizer coisas que o médium não sabia, não poderia saber, não é demonstração de que a informação tivesse vindo de fonte espiritual?”. Infelizmente não. A fonte deve ser firmemente demonstrada, não apenas suposta: mesmo que pareça provir de onde se pensa, para efeito de constatação científica mister se faz confirmar. Os testes com Piper procuravam aferir sua capacidade acertativa. Quando aparecia revelação admirável esta era catalogada como demonstração inequívoca da atuação de espirituais. No entanto, em meio aos acertos haviam erros, alguns bem clamorosos. Havia mesmo suspeita de fraudes, perpetradas em certas ocasiões, o que levou certo pesquisador a postular a “lei da fraudança”, que diz: “todo médium frauda eventualmente”.
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O caso é que com a maioria dos médiuns (se não todos), se suas atuações mediúnicas são investigadas a fundo, a terrenicidade delas se apresenta visível. Por que Piper seria exceção? Se fosse, poderíamos concluir que oficialmente, em toda a história da mediunidade, apenas um médium autêntico se registrou. Mas tal conclusão não tem lógica. Assim, para que se possa aventar hipóteses satisfatórias do caso Piper, dada sua complexidade, o analista teria de contar com todo o material disponível e analisá-lo cuidadosamente. Só depois desse trabalho é que poderia concluir que a explicação para o caso seja por via espiritual. Do pouco que li a respeito dessa mulher tenho umas hipóteses, das quais falarei mais tarde.
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ARDUIN (citando Montalvão): “O trabalho dos Curie é ilustrativo do destrabalho da investigação mediúnica. Nesta, boa parcela dos pesquisadores ao encontrarem algo que lhes satisfaça as expectativas, partem para festejar e esquecem de repetir os experimentos até sanar quaisquer dúvidas (…)”
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ARDUIN – Sabe o gozado, Moisés? É que a maioria dos pesquisadores mediúnicos tinha a expectativa de que o Espiritismo FOSSE UMA FRAUDE…
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COMENTÁRIO: Pois é, tinham a “expectativa”, talvez tivessem ouvido dois ou três falarem que “é tudo uma bobajada só” e aceitado a afirmação como sentença. Depois que viram e se encantaram muitos afirmavam terem sido “céticos” mas se renderam às evidências. No entanto, o ceticismo desses conversos não fora oriundo de investigações prévias mas de ideias preconcebidas. Os que pensavam fosse as manifestações fraudes pura e simples depararam com coisas mais complexas. Alguns entregaram as armas e se perfilaram junto aos crentes, outros apresentaram hipóteses explicativas descasadas das suposições espiritualistas (dissociações, alucinações, ilusões, e, fraudes, dependendo do caso).
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ARDUIN: Esse foi principal motivo pelo qual a Sociedade de Pesquisas Psíquicas ficou esvaziada.
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COMENTÁRIO: se entendi bem, está dizendo que os membros da SPR queriam encontrar fraudes, como não encontraram debandaram. É isso? Como pode afirmar com essa certeza, visto que a SPR sempre congregou de crentes deslumbrados a céticos renitentes? Pode muito bem ter sido o contrário, ou seja: os membros desertores esperavam encontrar fenômenos legítimos mas acharam tanta fraude que preferiram tomar cachaça no bar do Bigode.
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ARDUIN: É como o Arthur Conan Doyle diz no seu livro: lá há uma excelente sala de sessões. Difícil é convencer um médium entrar ali. William James mesmo fala que a maioria dos membros queria descobrir a verdade sobre o Espiritismo, mas desejavam, e desejavam intensamente, que a verdade é que o Espiritismo fosse uma fraude do início ao fim. Esse era o espírito da coisa. Porém, quando os pesquisadores achavam alguma coisa que os experimentos apontavam para os espíritos, você acha que eles não pesquisaram o suficiente? A Piper foi estudada ao longo de 15 anos. É pouco para você?
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COMENTÁRIO: Em que livro de Conan Doyle ele diz tal coisa? Seja qual for, Doyle foi um desses crentes para o qual nada nem coisa alguma o desgrudava do mediunismo. O criador do Sherlock Holmes deixou de lado a prudência investigativa que seu personagem maior ostentava para aceitar infantilmente qualquer caricatura de manifestação espiritista. Até mesmo em fadas o escritor declarou-se crente.
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William James oscilava entre a aceitação e a desconfiança. Piper o abalou, a ponto dele chamá-la “seu corvo branco”, mas a admissão de que a moça fosse combustitivada por espíritos, se não estou equivocado, não por por ele defendida. Piper foi estudada por quinze anos, para mim (com esta idade que estou) é coisa pracaramba, mas o problema continuou insolúvel, principalmente porque os espíritos que supostamente a acompanhavam não foram devidamente fiscalizados, no sentido de comprovarem estar presentes, ou se eram produto da fértil mente piperiana.
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ARDUIN (citando Montalvão): “já haviam estudos a respeito da dissociação (Pierre Janet e outros) que certamente casava melhor com a atuação de Leonora.”
ARDUIN – Desconheço que esse Janet e os outros (se forem quem estou pensando) alguma vez estudaram os médiuns. Do pouco que sei, parece apenas que opinaram à distância e NUNCA VIRAM coisa alguma. E por que essa tal dissociação casaria melhor no caso da Leonora? De que modos essa dissociação lhe permitiria obter informes como esse aí do exemplo Hyslop?
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COMENTÁRIO: Janet e Charcot estudaram médiuns (igualmente Flournoy) e os utilizaram como exemplicações de mentes dissociadas. Se opinaram a distância, conforme assevera, não tenho conhecimento, mas acho meio difícil que “nunca tivessem visto coisa alguma”. No caso de Flournoy sabemos que o psicólogo viu e muito bem a atuação de médiuns, notadamente Hèléne Smith.
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Depois continuo, minha mulher tá reclamando que fico demais no computador…
julho 3rd, 2013 às 1:19 AM
Segundo a wikipedia, Coan Doyle
“Após as mortes de sua esposa Louisa (1906), do seu filho Kingsley, do seu irmão Innes, de seus dois cunhados (um dos quais E. W. Hornung, criador do personagem literário Raffles), e de seus dois netos logo após a Primeira Guerra Mundial, Conan Doyle mergulhou em profundo estado de depressão. Kingsley Doyle faleceu a 28 de outubro de 1918 de uma pneumonia que contraiu durante a convalescença, após ter sido seriamente ferido durante a batalha do Somme em 1916. O General Brigadeiro Innes Doyle faleceu em fevereiro de 1919, também de pneumonia.”
“Encontrou consolação apoiando-se no espiritismo, e esse envolvimento levou-o a escrever sobre o assunto. No auge da fama, em 1918, enfrenta todos os céticos e publica “A Nova Revelação”, obra em que manifesta a sua convicção na explicação espírita para as manifestações paranormais estudadas a esmo durante o século XIX, e inicia uma série de outras, em meio a palestras sobre o tema. Em “A Chegada das Fadas” (1921) reproduziu na obra teorias sobre a natureza e a existência de fadas e espíritos. Posteriormente, em “The History of Spiritualism” (1926) de natureza histórica, aborda a história dos movimentos espiritualista anglo-saxônico, francês, alemão e italiano, com destaque para os fenômenos físicos e as materializações espirituais produzidas por Eusápia Paladino e Mina “Margery” Crandon. O assunto foi retomado em “The Land of Mist” (1926), de natureza ficcional, com o personagem “Professor Challenger”.”
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Eu tenho “A nova revelação”, mas nunca consegui ler. Nem sei por anda anda, procurei e não achei.
Em razão das circunstância em que ocorreu seu interesse por espiritismo e por ter escrito até sobre fadas, não consegui leva-lo a sério.
Não obstante, li todas as 60 estórias que escreveu sobre o personagem Sherlock Holmes, bem mais divertidas.
julho 3rd, 2013 às 6:13 AM
“cx não era tão especial, nem o são os demais.”
– Mas de Morte, quem quer colocar o Chico como um tipo MUITO ESPECIAL são os chiquistas. O fato é que ele era FAMOSO, mas não implica por isso que fosse muito especial…
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Todos podem ser influenciados por espíritos e MUITOS são médiuns. Mas aqueles que não são não conseguem “trazer” essa influenciação de forma inteligível ao dito “consciente”…
julho 3rd, 2013 às 6:19 AM
E exceto pela falta de suspense e emoção, qual o problema com os escritos espiritualistas do Doyle? Devemos supor que em consequência da morte de familiares, ele teria perdido seu senso crítico?
Seu senso crítico não era melhor, nem pior do que os céticos antigos e atuais. Doyle até foi enganado por duas meninas que apresentaram a prova de que “existem fadas”. Claro, ele QUERIA acreditar nisso.
É como o Massimo Polidoro, que mesmo tendo acesso às provas de que Houdini mentiu no caso da Ana Eva Fay, ainda assim acredita nele pois endossa a sua fé cética…
julho 3rd, 2013 às 10:20 AM
Devemos supor que em consequência da morte de familiares, ele teria perdido seu senso crítico?
(…) Doyle até foi enganado por duas meninas que apresentaram a prova de que “existem fadas”. Claro, ele QUERIA acreditar nisso.
Então, se ele não perdeu seu senso crítico, conclui-se que nunca o teve, não Professor?
julho 3rd, 2013 às 11:07 AM
Aliás, é muito bom o livro História do Espiritualismo; de leitura obrigatória para iniciantes no ramo. E nele, por incrível que talvez pareça, está a chave para a compreensão dos fatos que originaram o Espiritualismo Moderno e depois o Espiritismo (Kardecismo). Relata a (crédula) Mrs. Fox:
Then Cathie said in her childish simplicity, “Oh, mother, I know what it is. To-morrow is April-fool day, and it’s somebody trying to fool us.”
Ou seja, a Cathie tentou avisar da brincadeira – lembrando para quem não esteja se situando no tempo que era a noite de Março 31 – antes que chamassem a vizinhança e fizessem todo o subsequente comício. Mas a falta de senso crítico e a Vontade de Crer falaram mais alto.
julho 3rd, 2013 às 11:17 AM
Alô, alô Sr. Administrador: o Sr. Anti Spam bloqueou meu comentário onde eu iria elogiar e recomendar para quem não tenha lido o História do Espiritualismo; e relembrar que a Kate tentou alertar a crédula mãe que os “poltergeist raps” eram brincadeira delas!
Tudo pertinente ao tema Vontade de Crer e falta de senso crítico…
Ele disse que eu já tinha comentado isso 🙁
julho 3rd, 2013 às 11:19 AM
Agora ele se convenceu que eu não tinha comentado 🙂
julho 3rd, 2013 às 12:28 PM
“médium anímico só consegue contatar UM espírito: ele próprio.”
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Não é assim em extremos. Na verdade o animismo quase sempre coexiste com uma genuína comunicação espírita. O médium é um filtro ou um intérprete, portanto as informações se misturam em grau maior ou menor, a depender das qualidades do médium.
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No entanto, há médiuns (a grande maioria) que realmente não contactam espírito algum.
julho 3rd, 2013 às 2:31 PM
Arduin, o Grassouillet sacou primeiro e disse tudo o que eu tinha a dizer.
Aguardo suas considerações.
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NVF diz:
“No entanto, há médiuns (a grande maioria) que realmente não contactam espírito algum.”
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Concordo em gênero e grau, discordo apenas em número. Para mim a grande maioria é igual a todos. De boa ou de má-fé. Simplesmente porque não se pode contactar quem não existe, ou porque nunca existiu (Emmanuel, Jesus) ou porque não existe mais (qualquer um que já tenha morrido).
Alguém já disse que a gente morre duas vezes, a primeira quando morre fisicamente, a segunda quando morre a última pessoa que lembrava da gente.
Esta é a diferença entre Cacilda Becker e Emmanuel, por exemplo.
julho 3rd, 2013 às 4:33 PM
“Janet e Charcot estudaram médiuns (igualmente Flournoy) e os utilizaram como exemplicações de mentes dissociadas.”
“Depois que viram e se encantaram muitos afirmavam terem sido “céticos” mas se renderam às evidências. No entanto, o ceticismo desses conversos não fora oriundo de investigações prévias mas de ideias preconcebidas. Os que pensavam fosse as manifestações fraudes pura e simples depararam com coisas mais complexas. Alguns entregaram as armas e se perfilaram junto aos crentes, outros apresentaram hipóteses explicativas descasadas das suposições espiritualistas (dissociações, alucinações, ilusões, e, fraudes, dependendo do caso).”
– Como nosso papo já está um tanto repetitivo, Moisés, vou aproveitar essas frases e aproveitando-a para responder a outros no mesmo tom.
Parece gozada essa proposição: Doyle, assim como Crookes, perderam parentes pouco antes de se dedicarem a estudos mediúnicos e daí vem a assertiva cética de que eles estariam incapacitados para raciocinar friamente, pois estariam fragilizados por essas perdas. Daí então deram uma de crentes nesses fenômenos. No caso de não ter havido a perda recente de parentes, então apela-se para o “desejo de crença”. Com isso temos a postura de que os estudiosos de fenômenos mediúnicos eram pessoas burras, fragilizadas e incompetentes para fazer tais estudos…
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Mas será que o Janet, Grasset, Flournoy e outros tantos que “estudaram” médiuns não deram o seu veredito baseado não nos fatos mas sim em suas crenças queridas?
No caso do Flournoy, acho que já comentei com você, ele invalidou a manifestação espiritual da Maria Antonieta, pois ao conferir a grafia da Maria espiritual, esta não batia com a escrita da Maria Antonieta autêntica. Mas aconteceu depois de um tal de Burnier, que fora prefeito de uma cidadezinha suíça, Chessaz, falecido havia 50 anos, também se manifestou e revelou-se como tal. Solicitando informações ao então atual prefeito daquela cidade, obteve a confirmação de que houve mesmo um prefeito de nome Burnier, falecido havia 50 anos. E o simpático prefeito fez até mais: remeteu a Flournoy um documento redigido e assinado pelo tal prefeito falecido. Para desespero de Flournoy, agora as escritas conferiam na grafia e na forma de se expressar. Ele precisava encontrar uma saída para exorcizar esse perigoso espírito. Sua querida teoria diria que a médium estivera naquela cidade e vira a escrita do prefeito. Só que ela nunca havia estado lá.
E o dito espírito, rejeitando o exorcismo, insistiu que ele era sim o Burnier e confirmava isso a quem quisesse saber. De novo a escrita conferiu.
Sem saída, Flournoy fez lá umas conjecturas sem pé, nem cabeça e disse que não ia opinar sobre o caso, deixando ao leitor que concluísse pelo que bem entendesse. Quanto a ele, não entendia nem como, nem porquê um espírito vagabundo voltaria 50 anos depois para escrever com a mesma letra que tinha quando vivo.
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Não é engraçada essa forma cética de pensar? A manifestação da Maria Antonieta foi rejeitada porque a escrita não conferiu. A do Burnier foi rejeitada porque… conferiu.
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Você pode achar que Flournoy foi grande coisa e acha que faltou ele para arrasar com a Piper, mas para mim ele apenas desperdiçou uma boa médium na tentativa de sustentar suas crenças e não em fazer um trabalho sério.
E ele é só um dos muitos outros céticos que tenho visto por aqui e alhures.
julho 3rd, 2013 às 5:24 PM
Nevefê e Balofo
Se você ler direito o caso, verá algo estranho: a Sra Fox e as filhas SAÍRAM de casa e foram dormir na casa da Leah Fox, 16 km dali. Porém, mesmo com elas fora de lá, os ruídos CONTINUARAM. Como me explicam isso?
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E quanto à propensão para crer e aceitar eventos que endossam a nossa crença, embora isso tenha sido um grave pecado no caso do Doyle e seu Sherlock Holmes, tal pecado não era só dele…
O Flournoy, por exemplo, ficou satisfeito com a escrita não conferida da Maria Antonieta, mas no caso do Burnier, o máximo que se pode dizer é que foi honesto em relatar o caso. Mas nota-se que, por contradizer suas queridas teorias, ele NÃO FOI TIRAR NADA A LIMPO. Não foi até a tal cidade, levando uma foto da médium e dando uma de joão-sem-braço dizendo estar procurando-a e querendo saber se alguém ali a viu, nem contatou parentes do falecido, tentando obter casos íntimos da família e assim esfregá-los na cara do fantasma, NADA. Assim trabalha um verdadeiro cético isento e imparcial…
julho 3rd, 2013 às 6:34 PM
a Sra Fox e as filhas SAÍRAM de casa e foram dormir na casa da Leah Fox, 16 km dali. Porém, mesmo com elas fora de lá, os ruídos CONTINUARAM.
My husband remained in the house with Mr. Redfield
all night. On the next Saturday the house was filled to
overflowing. There were no sounds heard during day,
but they commenced again in the evening. It was said
that there were over three hundred persons present at the time. On Sunday morning the noises were heard throughout the day by all who came to the house.
Com 300 crédulos amontoados naquele casebre de madeira, não é difícil entender que a estrutura do pobre estalasse e rangesse de tudo quanto é maneira.
1° abril em NY: certamente um frio desgraçado, vento… o bourbon devia circular solto, lubrificando os neuronios responsáveis pela imaginação mística 🙂
julho 3rd, 2013 às 6:45 PM
Quando o Sr. experimentou o poltergeist knocking, a parede era de madeira ou alvenaria?
Só curiosidade, sem sacanagem…
julho 3rd, 2013 às 10:18 PM
Endossando a pergunta de Grassouillet, Vossa Mercê tinha promovido algum experimento botânico nas últimas 12 horas antecedentes ao fenômeno rat tat tat?
julho 3rd, 2013 às 10:23 PM
Eu já tive uma experiência com rat tat tat. Foi assim:
Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore—
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping—rapping at my chamber door.
“‘Tis some visitor,” I muttered, “tapping at my chamber door—
Only this and nothing more.
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Depois vi que era apenas um corvo.
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Só pra pilhar M. Le Professeur:
Une fois, par un minuit lugubre, tandis que je m’appesantissais, faible et fatigué, sur maint curieux et bizarre volume de savoir oublié—tandis que je dodelinais la tête, somnolant presque: soudain se fit un heurt, comme de quelqu’un frappant doucement, frappant à la porte de ma chambre—cela seul et rien de plus.
julho 3rd, 2013 às 11:55 PM
Eu peguei o bonde desse blog andando no ano passado e até hoje não consigo identificar a “crença” de cada membro aqui.
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Quem aqui é ateu, cético, espírita, etc? Alguém me ajuda, pra eu me contextualizar?
julho 4th, 2013 às 12:24 AM
NFV, se vc provar que ‘espiritos’ existem e se comunicam conosco, passo a ser ESPIRITA. Acho mais coerente ser da Igreja do Macedo ou do Waldemiro Santiago do que ser ‘espirita’. Até mesmo o Padre Marcelo Rossi é menos pior que CX , pois CX era um católico que adaptou o catolicismo ao kardecismo e criou o chiquismo com são emmanuel, santo andre luiz, santa meimei e beata irmã sheila entre outros ‘santos’.
Como o ‘espiritismo’ é ‘ciência’, tem que ser uma prova científica.
Só pra vc lembrar que o ‘espiritismo’ é ‘ciência’ aqui no site da FEB tá escrito assim:
“* “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” ”
Confira:
http://www.febnet.org.br/blog/geral/o-espiritismo/o-que-e/
julho 4th, 2013 às 1:38 AM
Ué, Balofo: as meninas é que foram apontadas como as autoras dos estranhos barulhos. Sei lá se naquele casebre caberiam 300 pessoas ao mesmo tempo, mas o lance é que rangidos não são iguais ao som de pancadas…
Além disso, pessoas que moraram lá antes TAMBÉM relataram sons cuja origem não conseguiam identificar. Estranho, não?
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A parede era de alvenaria.
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Bem, de Morte, eu estava na ocasião fazendo pesquisa em galhas.
julho 4th, 2013 às 1:58 AM
Nesse caso, eram os vegetais que estavam doentes.
Afastada a hipótese de alucinação auditiva dos presentes e de um poltergeist encarnado do lado de fora com uma atiradeira (Arduin garante que não), bem como um bambu, ou coisa assim, ainda resta a hipótese de alucinação mnésica.
Nem me diga que outros partilham a mesma lembrança. Quem não conhece “folie a deux”? Que pode ser de trois ou quatre. Mesmo quem não fala francês conhece esse transtorno. Se não conhece, é só olhar em qualquer mecanismo de busca.
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NVF, eu sou adepto de todas as religiões do mundo, mesmo aquelas que ainda não conheço. É o único jeito de eu garantir um lugar no paraíso. O problema é conseguir conciliar todas elas, por isso eu pareço descrente prima facie.
julho 4th, 2013 às 2:02 AM
Contra, falta pouco para a terceira revelação, a ciência espírita, ser matéria de vestibular.
julho 4th, 2013 às 2:10 AM
Esqueci de dizer só uma coisa. Religiões e crenças nascem a todo momento, vivem se ramificando, tal qual os vegetais estudados por Arduin. Por esta razão, estou com a mente aberta para todas as novas religiões que ainda vão surgir.
No campo do espiritismo, por exemplo, eu sou kardecista, espiritualista anglo-saxão, racionalista cristão, rustenista (ou roustanguista), purista, chiquista e qualquer ista que ainda vá surgir.
Estou preparado para ser salvo, para ir para o paraíso, para evoluir espiritualmente, qualquer coisa. Até para voltar ao status quo de antes de eu nascer, ou seja, nada (não sei por que, aposto minhas fichas nesta última possibilidade – talvez falte-me a inteligência e o saber).
julho 4th, 2013 às 2:12 AM
Também sou testemunha de jeová, o que me garante no mínimo a vida eterna em carne e osso aqui na Terra, junto de leões e tigres vegetarianos, no mínimo. Daí para ser um dos 144.000 que vão ficar eternamente sentados ao lado do mestre jesus (as minúsculas são sempre propositais).
julho 4th, 2013 às 8:53 AM
Ué, Balofo: as meninas é que foram apontadas como as autoras dos estranhos barulhos.
Foi o Sr. que mencionou a lenda que os ruídos teriam continuado após a saída das meninas. Aliás, o que é mencionado sim, mas muito en passant no História…; como o Sr., estudioso que é, deve saber.
Eu apenas, utilizando senso crítico, apresentei a explicação óbvia.
julho 4th, 2013 às 8:58 AM
” ainda resta a hipótese de alucinação mnésica”
– Isso é de comer ou de beber?
julho 4th, 2013 às 9:00 AM
“mas muito en passant no História”
– Não estou com o livro na mão no momento, mas me lembro vagamente de que houve uma citação de imprensa NA ÉPOCA…
julho 4th, 2013 às 9:11 AM
Aliás: o Sr. tem o depoimento do Duesler? De donde o Sr. está se baseando?
By the way: em sendo verdade fica detonada outra das teses do Kardec. As “médiuns” foram embora e o Splitwood continuou se manifestando.
A Ree operando o t
julho 4th, 2013 às 9:13 AM
O Splitfoot está agora nesse momento assombrando meu teclado 🙁
A Reencarnação Romãntica já foi detonada pelas pesquisas do Stevenson. Não está então sobrando quase nada do Espiritismo 🙂
julho 4th, 2013 às 10:50 AM
Arduin, procure por alucinação mnêmica, fabulação.
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Alucinações Mnêmicas são criações imaginativas com aparência de reminiscências e lembranças, porém, não correspondem a nenhuma imagem de épocas passadas. Nos psicóticos surgem, freqüentemente, lembranças reais de vivências irreais que podem atribuir uma história de vida completamente diferente. São lembranças que não correspondem a nenhum acontecimento vivido.
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“A Fabulação consiste no relato de temas fantásticos que, na realidade, nunca aconteceram. Em grande parte, resultam de uma alteração da fixação e de uma incapacidade para reconhecer como falsas as imagens produzidas pela fantasia. O conteúdo das fabulações, como bem salientou Lange, procede do curso habitual da vida anterior, acontecendo muitas vezes que, achando-se perturbada a capacidade de localizá-las no tempo, lembranças isoladas autênticas completam erroneamente as lacunas da memória. Nos casos em que existem alterações dos conceitos e desorganização da vida instintiva, pode-se observar a produção rica de conteúdos fabulatórios absurdos e inverosímeis, que, habitualmente, adquirem um aspecto oniróide. Em outros casos, certas imagens oníricas são rememoradas e atualizadas como lembranças autênticas.
Enquanto as Fabulações preenchem um vazio da memória e se mostram como que criadas para este fim, podendo variar de tema e conteúdo, as Alucinações Mnêmicas não mudam, tal como uma idéia delirante. No sentido mais particular, a Fabulação é, nos estados em que não há delírio, um sintoma de comprometimento orgânico.
Veja Fabulações em Alterações da Memória”
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Quanto à folie à deux:
Psicótico Compartilhado, Transtorno
DSM.IV
(na CID.10 é F24) – 297.3 – TRANSTORNO PSICÓTICO COMPARTILHADO – DSM.IV
Veja outros Transtornos Psicóticos no DSM.IV
Transtorno Esquizofrênico
Transtorno Esquizofreniforme
Transtorno Esquizoafetivo
Transtorno Delirante
Transtorno Psicótico Breve
Transtorno Psicótico Compartilhado
Transtorno Psicótico Devido a uma Condição Médica Geral
Transtorno Psicótico Induzido por Substância
A característica essencial do Transtorno Psicótico Compartilhado (Folie à Deux) é um delírio que se desenvolve em um indivíduo envolvido em um estreito relacionamento com outra pessoa (às vezes chamada de “indutor” ou “caso primário”) que já tem um Transtorno Psicótico com delírios proeminentes (Critério A). O indivíduo compartilha as crenças delirantes do caso primário, total ou parcialmente (Critério B).
O delírio não é melhor explicado por um outro Transtorno Psicótico (por ex., Esquizofrenia) ou por um Transtorno do Humor com Aspectos Psicóticos nem é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., anfetamina) ou de uma condição médica geral (por ex., tumor cerebral) (Critério C).
Esquizofrenia é provavelmente o diagnóstico mais comum do caso primário, embora outros diagnósticos possam incluir Transtorno Delirante ou Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos. O conteúdo das crenças delirantes compartilhadas pode depender do diagnóstico do caso primário e incluir delírios relativamente bizarros (por ex., de que alguma força estranha e hostil está transmitindo radiação para dentro do apartamento, causando indigestão e diarréia), delírios congruentes com o humor (por ex., de que o caso primário em breve receberá um contrato de filmagem de 2 milhões de dólares, permitindo à familia comprar uma casa muito maior, com piscina), ou delírios não-bizarros característicos do Transtorno Delirante (por ex., o FBI está “grampeando” o telefone da família e seguindo seus membros quando estes saem à rua).
O caso primário no Transtorno Psicótico Compartilhado em geral é o membro dominante no relacionamento, que aos poucos impõe o sistema delirante à segunda pessoa, mais passiva e inicialmente saudável. Os indivíduos que chegam a compartilhar as crenças delirantes freqüentemente estão relacionados por laços sangüíneos ou casamento e convivem há muito tempo, às vezes em relativo isolamento social.
Se o relacionamento com o caso primário é interrompido, as crenças delirantes do outro indivíduo gradualmente diminuem ou desaparecem. Embora seja visto com maior freqüência em relacionamentos de apenas duas pessoas, o Transtorno Psicótico Compartilhado pode ocorrer entre um número maior de indivíduos, especialmente em situações familiares em que um dos pais é o caso primário e os filhos, às vezes em graus variados, adotam suas crenças delirantes. Os indivíduos com o transtorno raramente buscam tratamento, sendo em geral trazidos à atenção clínica quando o caso primário recebe tratamento.
Características e Transtornos Associados
Exceto pelas crenças delirantes, o comportamento não é de outro modo esquisito ou incomum no Transtorno Psicótico Compartilhado. O prejuízo freqüentemente é menos severo no indivíduo com Transtorno Psicótico Compartilhado do que no caso primário.
Prevalência
Há poucas informações sistemáticas disponíveis sobre a prevalência do Transtorno Psicótico Compartilhado. Este transtorno é raro nos contextos clínicos, embora se argumente que alguns casos passam despercebidos.
Evidências limitadas sugerem que o Transtorno Psicótico Compartilhado é um pouco mais comum em mulheres do que em homens.
Curso
Pouco se sabe sobre a idade de início do Transtorno Psicótico Compartilhado, mas esta parece ser bastante variável. Sem intervenção, o curso geralmente é crônico, uma vez que o transtorno ocorre com maior freqüência em relacionamentos de longa duração e resistentes a mudanças.
Com a separação do caso primário, as crenças delirantes do indivíduo desaparecem, às vezes rapidamente e, outras vezes, bem devagar.
Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico de Transtorno Psicótico Compartilhado é feito apenas quando o delírio não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral.
O diagnóstico diferencial raramente é um problema, uma vez que a história de estreita associação com o caso primário e a semelhança entre os delírios dos dois indivíduos são peculiares ao Transtorno Psicótico Compartilhado. Nos casos de Esquizofrenia, Transtorno Delirante, Transtorno Esquizoafetivo e Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos não existe um relacionamento íntimo com uma pessoa dominante que tenha um Transtorno Psicótico e compartilhe crenças delirantes similares ou, caso exista esta pessoa, os sintomas psicóticos geralmente precedem o início de quaisquer delírios compartilhados.
Em casos raros, um indivíduo pode apresentar-se com o que parece ser um Transtorno Psicótico Compartilhado, mas os delírios não desaparecem quando o indivíduo é separado do caso primário. Nesta situação, provavelmente cabe considerar um diagnóstico de um outro Transtorno Psicótico.
Critérios Diagnósticos para F24 – 297.3 Transtorno Psicótico Compartilhado
A. Um delírio desenvolve-se em um indivíduo no contexto de um estreito relacionamento com outra(s) pessoa(s), com um delírio já estabelecido.
B. O delírio é de conteúdo similar ao da pessoa com o delírio já estabelecido.
C. A perturbação não é melhor explicada por outro Transtorno Psicótico (por ex., Esquizofrenia) ou por um Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos nem se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento) ou de uma condição médica geral.
A Wikipédia também fala sobre isso:
Folie à deux (English pronunciation: /f??li ? ?du?/, from the French for “a madness shared by two”) (or shared psychosis) is a psychiatric syndrome in which symptoms of a delusional belief are transmitted from one individual to another.[1] The same syndrome shared by more than two people may be called folie à trois, folie à quatre, folie en famille or even folie à plusieurs (“madness of many”). Recent psychiatric classifications refer to the syndrome as shared psychotic disorder (DSM-IV) (297.3) and induced delusional disorder (F.24) in the ICD-10, although the research literature largely uses the original name. The disorder was first conceptualized in 19th century French psychiatry.[2]
Contents
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• 1 Presentation
o 1.1 Related phenomena
• 2 See also
• 3 References
• 4 Further reading
[edit] Presentation
This case study is taken from Enoch and Ball’s ‘Uncommon Psychiatric Syndromes’ (2001, p181): Margaret and her husband Michael, both aged 34 years, were discovered to be suffering from folie à deux when they were both found to be sharing similar persecutory delusions. They believed that certain persons were entering their house, spreading dust and fluff and “wearing down their shoes”. Both had, in addition, other symptoms supporting a diagnosis of emotional contagion, which could be made independently in either case.
This syndrome is most commonly diagnosed when the two or more individuals concerned live in proximity and may be socially or physically isolated and have little interaction with other people.
Various sub-classifications of folie à deux have been proposed to describe how the delusional belief comes to be held by more than one person.
• Folie imposée is where a dominant person (known as the ‘primary’, ‘inducer’ or ‘principal’) initially forms a delusional belief during a psychotic episode and imposes it on another person or persons (known as the ‘secondary’, ‘acceptor’ or ‘associate’) with the assumption that the secondary person might not have become deluded if left to his or her own devices. If the parties are admitted to hospital separately, then the delusions in the person with the induced beliefs usually resolve without the need of medication.
• Folie simultanée describes either the situation where two people considered to suffer independently from psychosis influence the content of each other’s delusions so they become identical or strikingly similar, or one in which two people “morbidly predisposed” to delusional psychosis mutually trigger symptoms in each other.[3]
Folie à deux and its more populous cousins are in many ways a psychiatric curiosity. The current Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders states that a person cannot be diagnosed as being delusional if the belief in question is one “ordinarily accepted by other members of the person’s culture or subculture” (see entry for delusion). It is not clear at what point a belief considered to be delusional escapes from the folie à… diagnostic category and becomes legitimate because of the number of people holding it. When a large number of people may come to believe obviously false and potentially distressing things based purely on hearsay, these beliefs are not considered to be clinical delusions by the psychiatric profession and are labelled instead as mass hysteria.
In a well-publicised case in the United Kingdom, the condition was one of two possible diagnoses of a Swedish woman, Sabina Eriksson, who stabbed a man to death after he took her into his home, offering food and shelter.[4] Eriksson had just been released from police custody following an incident on a motorway which grabbed news headlines. Caught on camera by a police documentary filmmaker, her twin sister ran into the path of an oncoming articulated lorry, sustaining severe injuries. Eriksson then immediately duplicated her twin’s actions by stepping into the path of an oncoming car; she survived the impact. The defence counsel in the ultimate murder trial claimed that Eriksson was a ‘secondary’ sufferer of folie à deux, influenced by the presence or perceived presence of her twin sister – the ‘primary’.
[edit] Related phenomena
Reports have stated that a similar phenomenon to folie à deux had been induced by the military incapacitating agent BZ in the late 60s,[5][6] and most recently again by anthropologists in the South American rainforest consuming the hallucinogen ayahuasca (Metzner, 1999).[7]
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Sem a atiradeira e o bambu, ainda restam estas possibilidades a serem descartadas.
julho 4th, 2013 às 10:57 AM
O banido e saudoso (aqui – tá vivinho e saltitante) Scur também já viu, em companhia de outros, um disco voador. Jura que é verdade. Até filmou com um celular de 3 megapixels.
Se Arduin já ouviu rat tat tat, Scur já viu disco voador.
Ambos falam a sério e acreditam piamente nos fatos por eles relatados.
Ou existem fantasmas e ets, que nos visitam e brincam com a gente de vez em quando, ou eles estão com algum problema na cuca, não sendo, obviamente, loucos de pedra.
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A crença em coisas fantásticas faz com que a gente imagine coisas, justifique coisas, interprete coisas comuns como coisas extraordinárias.
Não se trata de doença ou transtorno mental, necessariamente. Tenho parentes e amigos que vêem ou ouvem coisas que não existem, que só uns poucos privilegiados (ou coitados?) são capazes de perceber. São os médiuns, os escolhidos pelos ets.
julho 4th, 2013 às 11:16 AM
Veja o caso da Sabina Eriksson, referido acima.
Fico com a impressão de que todos os presentes quando do rapping eram crentes do sobrenatural.
Arduin, haveria, na ocasião, algum cético presente?
Em caso positivo, ouviu ele também as batidas?
Teria dito ouvir apenas depois que os demais confirmaram ter ouvido, podendo ter sido sugestionado ou concordado apenas por educação, ou para não ficar em situação embaraçosa?
Passados alguns anos, todos lembram-se distintamente da mesma coisa, ou surgem discrepâncias nos relatos?
Se nem todos lembram-se dos fatos exatamente como os demais, há gritante possibilidade de que nenhum dos participantes se lembre corretamente do que houve na realidade.
O mesmo vale para o Scur.
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O problema com esses “causos” é que todos se passaram há muitos anos, a memória é traiçoeira e a fantasia de quem acredita firmemente em algo desempenha papel importante.
Sempre tem alguma coisa que impede que sejam feitas gravações de áudio e vídeo nítidos, de alta resolução.
O que fantasmas e discos voadores têm em comum é que eventuais imagens são sempre difusas, confusas, pura pareidolia.
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Experimentem ouvir os discos tocados de trás pra frente.
A gente não entende nada. Depois que explicam que a xuxa ou qualquer outro merda está invocando Satanás falando de trás pra frente, fica fácil “ouvir” o mumble jumble.
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Existe uma famosa imagem de jesus que é apenas o ânus de um cachorro, qualquer um pode achar isso no google images.
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Se fantasmas podem ser fotografados, e cx já participou de sessões de fotografias mostradas aqui mesmo;
se discos voadores podem ser filmados, fotografados, por que as imagens são sempre uma bosta?
Durante muito tempo houve até cientistas que acreditaram naquela famosa foto do monstro de Loch Ness, depois a farsa foi desmascarada.
TEm os santos que choram lágrimas de sangue, imagens sagradas em torradas, por aí vai.
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Sempre tem fraude ou má interpretação de coisas verdadeiras.
Na ciência também há fraudes (homem de Piltdown, fusão a frio, neutrinos velozes – mais do que a luz). A diferença é que em ciência passa-se algum tempo e a máscara cai. No sobrenatural as coisas nunca são nem confirmadas nem infirmadas. Ficam eternamente nebulosas. Ou então confirmadas para um pequeno grupo de crentes.
julho 4th, 2013 às 1:29 PM
Ah Marciano, eu tou ouvindo o LP do CX de trás pra frente pra ver se consigo encontrar alguma mensagem subliminar. Mas o cara é tão ruim , mas tão ruim que até ao contrário é dose de ouvir! Só ouvi 3 faixas em uns 4 meses que consegui o LP de tão ruim que é. Encontrando alguma mensagem de CX eu posto no Youtube pra nós.
julho 4th, 2013 às 2:27 PM
Contra o Chiquismo,
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Não posso te provar que espíritos existem, pois eu também estou à procura dessa prova (não para mim, mas para os céticos). Apesar disso, creio na existência dos espíritos, mesmo sem prova irrefutável, apenas com base em vivências pessoais e observações minhas que são intransferíveis.
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Sou totalmente a favor dessa prova irrefutável que você pede. Mas também acho que já há indícios suficientes para se crer na existência da sobrevivência da alma, como os casos de reencarnação. Os pseudo-céticos é que excedem à simples dúvida, recomendável a todos, aliás.
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Mais uma vez, você confunde Espiritismo com CX e FEB. Você deixa seus sentimentos com relação à obra de Chico Xavier atrapalhar sua análise isenta sobre o fenômeno.
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Pra mim Espiritismo não é ciência, mas pode vir a se tornar ciência, mas uma ciência com particularidades próprias. Ainda não existe ciência espírita, afirmar isso é um equívoco da FEB.
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Concordo com você. A FEB está errada. Espiritismo não é ciência (ainda), pois carece de um método científico próprio.
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Espiritismo é tão somente a crença na sobrevivência da alma e na possibilidade de comunicação com os mortos. Se alguém crê nisso, é espírita, e não importa Chico Xavier, Kardec, FEB, etc.
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Não misture as coisas. Não restrinja espiritismo ao Brasil, a CX ou a Kardec.
julho 4th, 2013 às 2:35 PM
“Alucinações Mnêmicas são criações imaginativas com aparência de reminiscências e lembranças”
– Se for o que eu estou pensando, isso é algo que está deixando criminalistas de cabelo em pé, pois pessoas acabam sendo forçadas a confessar crimes que não cometeram pois “se lembram” de os haver cometido. Lá nos States é um caso sério, pois apenas por testemunhos verbais, sem qualquer prova material, pode-se condenar uma pessoa à morte…
Satanistas confessam crimes de estupro e sacrifícios humanos que cometeram… mas não conseguem apontar uma só sepultura de suas vítimas, nem dar qualquer indicação da existência delas.
Mas não parece ser o meu caso, pois tanto quanto eu saiba, nunca me aconteceu de eu dizer qualquer fantasia nesse sentido e fui desmentido por pessoas que estiveram junto comigo “no momento da fantasia”.
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No evento, uma das pessoas presentes falou das pancadas na parede e ninguém a desmentiu. Se havia algum cético presente? Lógico que não. Você já viu algum cético fiel crente do ceticismo místico em reuniões espíritas?
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“A crença em coisas fantásticas faz com que a gente imagine coisas, justifique coisas, interprete coisas comuns como coisas extraordinárias.”
– Pois é. Os sábios céticos imaginam que TODOS os pesquisadores que endossaram médiuns eram burros, tapados, iludidos, fragilizados, incompetentes, incapazes, interessados em favores sexuais… Mas não vi até hoje nenhum cético desmentir e provar a falência dos métodos de investigação feitos. E pior ainda, flagrei-os MENTINDO para defender a fé cética.
Então ao que parece os pesquisadores não foram vítimas de num dos problemas psicológicos que você listou no corte e cole…
julho 4th, 2013 às 2:36 PM
num = nenhum. Falha de teclado.
julho 4th, 2013 às 3:06 PM
Como fiquei um dia sem acessar o blog, atrasei-me no acompanhamento, apresento, pois, ponderações emblocando vários comentaristas, começando adivinhem por quem?.
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MARCOS ARDUIN Disse: E exceto pela falta de suspense e emoção, qual o problema com os escritos espiritualistas do Doyle? Devemos supor que em consequência da morte de familiares, ele teria perdido seu senso crítico?
Seu senso crítico não era melhor, nem pior do que os céticos antigos e atuais. Doyle até foi enganado por duas meninas que apresentaram a prova de que “existem fadas”. Claro, ele QUERIA acreditar nisso.
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COMENTÁRIO: Arduin, gosto de você muitos motivos, um deles é que provê o leitor com respostas a questões que poderiam ser intrincadas de responder sem algum subsídio. Então, você indaga:
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“E exceto pela falta de suspense e emoção, qual o problema com os escritos espiritualistas do Doyle? DEVEMOS SUPOR QUE EM CONSEQUÊNCIA DA MORTE DE FAMILIARES, ELE TERIA PERDIDO SEU SENSO CRÍTICO?”
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E você mesmo esclarece:
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“Seu senso crítico não era melhor, nem pior do que os céticos antigos e atuais. DOYLE ATÉ FOI ENGANADO POR DUAS MENINAS QUE APRESENTARAM A PROVA DE QUE “EXISTEM FADAS”. CLARO, ELE QUERIA ACREDITAR NISSO.”
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COMENTÁRIO: principalmente considerando as circunstâncias em que ocorreram, as mortes dos queridos provavelmente abalaram profundamente Conan Doyle e devem tê-lo incitado a buscar a muleta mística a qual se apegou. É compreensível que tal ocorresse. Agora que seu senso crítica fora solapado pelos acontecimentos somados à sua já provável inclinação pelo mistério, isso parece muito claro. O caso com as fadas exemplifica bem essa perda. Aliás, a resposta do Gorducho disse tudo.
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ARDUIN Disse:- Como nosso papo já está um tanto repetitivo, Moisés, vou aproveitar essas frases e aproveitando-a para responder a outros no mesmo tom.
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Parece gozada essa proposição: Doyle, assim como Crookes, perderam parentes pouco antes de se dedicarem a estudos mediúnicos e daí vem a assertiva cética de que eles estariam incapacitados para raciocinar friamente, pois estariam fragilizados por essas perdas. Daí então deram uma de crentes nesses fenômenos. No caso de não ter havido a perda recente de parentes, então apela-se para o “desejo de crença”. Com isso temos a postura de que os estudiosos de fenômenos mediúnicos eram pessoas burras, fragilizadas e incompetentes para fazer tais estudos…
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COMENTÁRIO: não misture as coisas, ninguém que eu recorde defende que o caso de Doyle seja modelo de todos os demais, nem mesmo se perfila com o de Crookes. São variadas as razões para que alguns aceitem, com certa facilidade, elucidações nebulosas como se fossem explicações bem firmadas. No caso de Conan Doyle, a perda de parentes é expressiva e sugestiva do abalo psíquico que sofrera. Mas não se pode afirmar com certeza que esse abalo ocorreu, vai ver seu equilíbrio emocional admiravelmente se conservou incólume. Mas se não houve trauma, então o problema fica pior do que se imaginava: Doyle claramente teria perdido nalgum ponto de sua caminhada o melhor de seu senso crítico. Isso fica muito claro, não só pelo caso das fadas, mas por diversas declarações terrivelmente ingênuas que o convertido prolatava. Várias deles se referiam em defender médiuns flagrados de calças arriadas, alegando não acreditar que pessoas “tão honestas” pudessem fazem “aquelas coisas”
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ARDUIN Disse: Mas será que o Janet, Grasset, Flournoy e outros tantos que “estudaram” médiuns não deram o seu veredito baseado não nos fatos mas sim em suas crenças queridas?
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COMENTÁRIO: até poderia ser, mas precisamos ver as bases sobre as quais se assentam as postulações de lado a lado. As propostas místicas estão alicerçadas na convicção de que espíritos existem e comunicam. Nenhuma das duas foi demonstrada (e, mesmo que a existência fosse demonstrada faltaria comprovar a comunicação). As hipóteses do lado não-místico sugerem que a mente seja capaz de travessuras inimaginadas, e isso vem sendo confirmado ao longo do tempo.
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ARDUIN Disse: No caso do Flournoy, acho que já comentei com você, ele invalidou a manifestação espiritual da Maria Antonieta, pois ao conferir a grafia da Maria espiritual, esta não batia com a escrita da Maria Antonieta autêntica. Mas aconteceu depois de um tal de Burnier, que fora prefeito de uma cidadezinha suíça, Chessaz, falecido havia 50 anos, também se manifestou e revelou-se como tal. Solicitando informações ao então atual prefeito daquela cidade, obteve a confirmação de que houve mesmo um prefeito de nome Burnier, falecido havia 50 anos. E o simpático prefeito fez até mais: remeteu a Flournoy um documento redigido e assinado pelo tal prefeito falecido. PARA DESESPERO DE FLOURNOY, agora as escritas conferiam na grafia e na forma de se expressar. Ele precisava encontrar uma saída para exorcizar esse perigoso espírito. Sua querida teoria diria que a médium estivera naquela cidade e vira a escrita do prefeito. Só que ela nunca havia estado lá.
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E o dito espírito, rejeitando o exorcismo, insistiu que ele era sim o Burnier e confirmava isso a quem quisesse saber. De novo a escrita conferiu.
SEM SAÍDA, Flournoy fez lá umas conjecturas sem pé, nem cabeça e disse que não ia opinar sobre o caso, deixando ao leitor que concluísse pelo que bem entendesse. Quanto a ele, não entendia nem como, nem porquê um espírito vagabundo voltaria 50 anos depois para escrever com a mesma letra que tinha quando vivo.
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Não é engraçada essa forma cética de pensar? A manifestação da Maria Antonieta foi rejeitada porque a escrita não conferiu. A do Burnier foi rejeitada porque… conferiu.
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COMENTÁRIO: a diatribe contra Flournoy vale ser repetida letra por letra, pois mostra o equívoco básico de sua argumentação. Digamos que seja conforme assevera, ou seja, que Flournouy descobriu algumas coisas mas se embananou noutras. Isso se aplicaria, se fosse verdadeiro, àqueles dias em que não se poderia demonstrar firmemente a falsidadade dos arroubos imaginativos da médium, qual seria o caso da civilização marciana, por ela descrita detalhadamente. O erro de Hèléne foi se expor demais, pois, ao passar a falar em marcianês, deu ao pesquisador o material de que precisa para desmontar a farsa marciana por inteiro. No caso da mediunidade “sem endereço certo”, aquela em que Smith “contatava” espíritos sem lhes apontar o domicílio (não esqueça que vários desencarnados canalizados pela médium estariam residindo em Marte), Flournoy comprovou o enredo romanceado sobre o qual eram erigidos. Mas, aí “veio” esse nebuloso prefeito do qual o pesquisador não pode reconstruir os passos da mulher na fabulação. Acho que qualquer um, que não se chame nem Arduin nem Hermínio, acharia muito estranho que um obscuro espírito surgisse para mostrar que “tudo” o que Hèléne fazia era mesmo funicado pela espiritualidade, coisa que príncipes, princesas, autores literários e habitantes de Marte por ela canalizados não conseguiram fazer.
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Quer dizer, sua digníssima pessoa se volta ao mesmo sistema argumento-exigitivo sob o qual se resguarda, que assim pode ser descrito: “se não explicarem tintim por tintim onde o médium fraudou (fosse conscientemente ou não) qualquer assaque contra sua mediunidade será por mim (mim Arduin) reputada inválida”.
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Ora, meu caríssimo, Flournouy demonstrou exuberantemente a capacidade dissociativa-criativa de Smith. Se no caso do prefeito ele ficou nas conjeturas e o deixou não plenamente esclarecido, isso não faz da mulher legítima contatadora de espíritos, apenas mostra que os trilhos pelos quais a letra do prefeito chegou até Hèléne não foram desvendados. Mesmo porque, com certeza, nenhuma perícia gráfica se fez no traço para conferir se fosse legítimo ou simulado.
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ARDUIN Disse: Você pode achar que Flournoy foi grande coisa e acha que faltou ele para arrasar com a Piper, mas para mim ele apenas desperdiçou uma boa médium na tentativa de sustentar suas crenças e não em fazer um trabalho sério.
E ele é só um dos muitos outros céticos que tenho visto por aqui e alhures.
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COMENTÁRIO: você pode não gostar de Flournouy, mas dizer que ele fez trabalho porco é injusto. Você também pode achar que a dissociação seja balela, o quente mesmo seria a mediunidade. Sua fé precisa dessa certeza para não esboroar. Tudo isso é compreensível. Acontece que se Smith fosse apenas arranhada pela investigação do psicólogo hoje ela seria lembrada junto com os “grandes” médiuns do passado, que tiveram melhor sorte: Dunglas Home, Piper, D’Esperance, Osborne Leonard, até mesmo a chamuscadíssima Eusápia Palladino ainda encontra quem lhe dê guarida. Mas Hèléne Smith sifu total, apenas Hermínio e Arduin, qual Sancho Pança e D. Quixote, encetaram cruzada reconhecedora dos poderes mediúnicos da desinfeliz. O que entendo desse imbróglio é que não tenciona perder sem luta nenhum dos componentes de seu time mediúnico de peso, mesmo que seja luta morrida desde o nascedouro.
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ARDUIN Disse: Nevefê e Balofo:
Se você ler direito o caso, verá algo estranho: a Sra Fox e as filhas SAÍRAM de casa e foram dormir na casa da Leah Fox, 16 km dali. Porém, mesmo com elas fora de lá, os ruídos CONTINUARAM. Como me explicam isso?
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COMENTÁRIO: acho que você é quem precisaria explicar como o espírito se manifestou na ausência dos médiuns…
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ARDUIN Disse: O Flournoy, por exemplo, ficou satisfeito com a escrita não conferida da Maria Antonieta, mas no caso do Burnier, o máximo que se pode dizer é que foi honesto em relatar o caso. Mas nota-se que, por contradizer suas queridas teorias, ele NÃO FOI TIRAR NADA A LIMPO. Não foi até a tal cidade, levando uma foto da médium e dando uma de joão-sem-braço dizendo estar procurando-a e querendo saber se alguém ali a viu, nem contatou parentes do falecido, tentando obter casos íntimos da família e assim esfregá-los na cara do fantasma, NADA. Assim trabalha um verdadeiro cético isento e imparcial…
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COMENTÁRIO: rê, rê,rê,rê,rê, Arduin é sinônimo de muitos risos. Meu filho, de que adiantaria Flournoy fazer o que sugere, se não se sabe se foi desse modo que Smith conseguiu a grafia do falecido? No máximo poder-se-ia concluir que o processo foi outro, desconhecido. Além disso, se a mulher tivesse ido uma única vez na cidade, deixando mínimo sinal de sua visita, dificilmente alguém lembraria dela. Existem dezenas de possibilidade sutis por meios das quais a mulher poderia ter conhecido o sujeito e sua letra. A solução não passa por onde achou que devia ser. Ter-se-ia que testar exaustivamente a capacidade de Hèléne reproduzir a grafia do administrador municipal e os escritos analisados por habilitados (não havia ainda grafotecnia mas os grafólogos dariam conta do recado). Poder-se-ia, ainda, reunir fatos da vida e atos do sujeito, inclusive na prefeitura, e cotejá-los com as “lembranças do espírito”.
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Quer exemplo de como seria mole “contatar” um espírito e simular a grafia sem que ninguém atinasse explicação banal? (O exemplo é atual, mas poderia ser adaptado para aquela época). Costumo comprar livros em sebos, às vezes acho uns antigos (com setenta anos ou mais de publicados) em vários deles se leem dedicatórias, assinadas, datadas e localizadas. Eu se fosse “médium” poderia treinar a grafia desses desconhecidos e dizer que recebi comunicado do espírito. Quem fosse investigar descobriria a existência do sujeito e verificaria que as letras se assemelham. E quem é que iria dizer que não foi espírito comunicando?
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ARDUIN Disse: Ué, Balofo: as meninas é que foram apontadas como as autoras dos estranhos barulhos. Sei lá se naquele casebre caberiam 300 pessoas ao mesmo tempo, mas o lance é que rangidos não são iguais ao som de pancadas…
Além disso, pessoas que moraram lá antes TAMBÉM relataram sons cuja origem não conseguiam identificar. Estranho, não?
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A parede era de alvenaria.
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COMENTÁRIO: a “profetiza” Ellen G.White, matriarca do Adventismo do Sétimo Dia, escrevia na época das irmãs Fox: “As misteriosas pancadas com que o espiritismo moderno teve início não foi resultado de truques ou embuste humano, mas ação direta dos anjos malignos, que assim introduziram um dos mais bem sucedidos enganos destruidores de almas.”
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Temos, pois, três hipóteses: 1) espírito de um mascate, que sequer sabia onde seu corpo fora enterrado; 2) espíritos malignos atuando; 3) embuste.
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Escolha a de sua preferência…
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Arduin diz que “a parede era de alvenaria”, mas veja o que diz o livro “Falando com os Mortos”, de Barbara Weisberg:
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“Dez ou vinte anos depois da chegada do médico, casas de estrutura de madeira tinham substituído cabanas feitas de toras; logo, vários residentes mais ricos construíram boas casas de alvenaria. Em 1847, a Hydes Tavern tinha desaparecido e o proprietário, morrido. Seu filho, entretanto, continuava sendo um próspero dono de terras, e foi de Artemus Hyde que John Fox alugou a PEQUENA CASA DE ESTRUTURA DE MADEIRA PARA A SUA FAMÍLIA DE QUATRO PESSOAS.
[…]
Mesmo não sendo grande, a casa era jeitosa, com várias janelas e dois fogões. A porta principal abria diretamente para uma entrada ampla, que dava para o sul. A cozinha ficava retraída, a noroeste, ostentando uma porta que conduzia ao quintal. No lado leste, uma despensa — às vezes usada como segundo quarto — ligada à cozinha e o quarto principal, que culminava na entrada. Uma escada embutida entre a despensa e o quarto principal levava até um sótão amplo, enquanto outra escada descia para um porão com chão de terra batida. Nos fundos da casa passava o rio Ganargua, conhecido como Riacho de Lama, local popular pela pesca noturna.
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Ainda: todas as fotos disponíveis mostram a casa de madeira. Se mais tarde ela alvenarizou-se foi mais tarde. Provavelmente, a parede que continha a lareira fosse parcialmente feitas de tijolos, mas o restante era madeira de verdade.
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Marciano Disse: Estou preparado para ser salvo, para ir para o paraíso, para evoluir espiritualmente, qualquer coisa. Até para voltar ao status quo de antes de eu nascer, ou seja, nada (não sei por que, aposto minhas fichas nesta última possibilidade – talvez falte-me a inteligência e o saber).
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COMENTÁRIO: Marciano, toda quarta de noite falo com Deus, levei a Ele seu caso. A resposta foi que sua pessoa é um tanto renitente, mas Ele gosta de você assim mesmo e já lhe tem um lugar reservado no céu. Inicialmente irá morar na estrebaria e cuidar dos cavalos, depois poderá ficar na casa grande. Lá seu afazer será ajudar o Arduin no dever de casa: escrever tantas vezes quantas forem os números naturais, ou por toda eternidade (que findar primeiro): “espíritos não comunicam”. Depois que terminaram poderão ir brincar…
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saudações celestes.
julho 4th, 2013 às 3:10 PM
NFV, então vc admite que a esxitência de ‘espiritos’ é somente crença e/ou questão de fé?
( ) SIM
( ) NÃO
Por favor responda só sim ou não.
tipo assim:
Sim.
Não.
Grato.
julho 4th, 2013 às 3:13 PM
Engraçado que nem mesmo Kardec restringiu Espiritismo à sua obra, como os espíritas atuais se habituaram a dizer.
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“Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÔES COM O MUNDO VÍSIVEL.
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Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo, empregaremos, para designar ESTA ÚLTIMA CRENÇA, as palavras espírita e espiritismo”
julho 4th, 2013 às 3:41 PM
Contra o Chiquismo,
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Sim, admito. Por ora, é só questão de crença. Porém uma crença baseada em muitos indícios.
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Responda-me se você é católico. És católico?
julho 4th, 2013 às 3:47 PM
“Tem gente que acredita na Vida após a Morte. Tem gente que acredita só na Morte após a Vida. Tem gente que Não acredita na Vida. O Crédulo pode acreditar em tudo, igual ao Idiota. O Incrédulo pode não acreditar em nada, igual ao Imbecil”.
Alvaro Granha Loregian.
julho 4th, 2013 às 4:11 PM
NFV, não sou católico, mas o ‘espiritismo’ a brasileira diga-se o chiquismo que é a maioria esmagadora dos ‘espiritas’ no Brasil segue o catolicismo disfarçado. Apenas trocou-se por exemplo, (figuradamente) São Jorge guerreiro por emmanuel senador (publiomarchalenta) romano, S Pedro por andre luiz, Maria de Nazare dirige uma colônia de suicidas no ‘além’, São Vicente de Paula seria Euripedes Barsanulfo reencarnado, os principais centros ‘espiritas’ tem nome de mitos do catolicismo como Lar Frei Luiz, Lar Fabiano de Cristo(frei), C.E MAria de Nazare, água benta por água ‘fluidificada’, oração de S Francisco por prece de Cáritas, Papa por CX (beija-se o anel do Papa em Uberaba as caravanas iam e todos beijavam as mãos de CX) … e por aí vai. Dizer que o ‘espiritismo’ é melhor q o catolicismo não faz sentido, já que este bebe na fonte do catolicismo.
julho 4th, 2013 às 4:22 PM
NFV, pelo menos vc foi honesto. Admitiu que é questão de Crença/FÉ. Parabéns.
Nisso não posso debater com vc.
Muitos aqui não tem essa coragem de admitir que são CRENTES. Quer que engulamos que existem os DOGMAS de sua fé porque existem e acabou. Daí as mirabolantes teses sobre reencarnação, mediunidade, fenômenos, comunicações, etc.
Vc pode se perguntar se realmente o que vc crê é real. Já analisou sem fanatismo, sem paixão?
Já viu quanta coisa foi e vem sendo dismistificada ao longo dos ultimos tempos?
Pense. Duvide. É isso.
julho 4th, 2013 às 4:31 PM
Esse Martinez é outro que também não prova nada, só fica no bla bla bla religioso.
Ae Martinez, pra vc:
“Tenha certeza que nem sempre você estará sempre certo.”
Alvaro Granha Loregian
julho 4th, 2013 às 4:39 PM
contra o chiquismo,
Vc se sentiu ofendido com a parte do imbecil?, talvez a carapuça serviu não foi?,kkkkkkkkkkkk.
julho 4th, 2013 às 4:52 PM
Não Martinez, só falei que vc nunca prova nada. O que tem de imbecil nisso?
julho 4th, 2013 às 5:09 PM
contra o chiquismo,
Vc disse “esse Martinez é outro que também não prova nada, só fica no bla bla bla religioso”, não foi isso? então mostra que vc se irritou com a frase do meu comentário anterior e quis me provocar, mas não tem problema pois não estou aqui para provar nada, muito menos para vc!, o que eu tiver de cereza guardarei para mim, não vou ficar argumentando com caras como vc falou? beleza? tranquilo?.
julho 4th, 2013 às 5:52 PM
Para quem perguntou, eu respondo: sou zetético.
Segundo o Houaiss:
1.1 (fil) que, por desconfiar de dogmas, verdades definitivas ou afirmações peremptórias, mantém-se em constante estado de incerteza e investigação intelectual (diz-se de conduta, escola, filósofo ou ensino céticos).
Etimologia
gr. z?t?tikós,?,ón ‘que gosta ou é capaz de procurar, de examinar’;
julho 4th, 2013 às 6:08 PM
Analista Montalvão:
i) Quanto á parede de alvenaria, o Professor respondia à minha pergunta sobre o poltergeist por ele experimentado!
ii) Imagine o Sr. 300 crédulos amontoados durante o sábado e domingo (sem outro programa melhor…) naquela cabana de madeira. Devia estar frio e ventoso, o bourbon (brandy?) circulando… Raps é que não devia faltar 🙂
iii) Quanto às assinaturas, acho que, pouquíssimo surpreendentemente, o Sr. acertou de novo. Chessenaz, Haute-Savoie, fica umas 6 léguas de Genebra e que eu saiba a Hélène tinha amigos num vilarejo vizinho (?), e admitidamente visitara-os (ao menos uma vez subentende-se).
Que eu saiba Burnier fora o Cura (curé) – Síndico Jean Chaumontet -; e que eu saiba em França os registros de nascimento, óbitos e (óbvio) casamento eram atribuição da ICAR. Então não seria nada espantoso se tivesse passado pelas vistas dela algum documento desse tipo assinado pelo padre…
julho 4th, 2013 às 6:38 PM
Testando:
Eu também me filio ao partido dos ζητητικος
julho 4th, 2013 às 6:41 PM
Obras Psicografadas também é Cultura. “Zetéticos” confesso que aprendi agora 🙂
julho 4th, 2013 às 6:48 PM
Arduin, nem todos os casos de falsas lembranças são esclarecidos. Alguns poucos é que são desmentidos. Esses são os que aparecem nos noticiários. A maioria fica por isso mesmo.
Sendo assim, seu caso não é diferente. Não há necessidade de refutação para que seja considerado distorção da lembrança.
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Eu sou paranormal, sabia que não havia céticos presentes. Assim fica fácil todo mundo apressar-se a chegar a conclusões espiritoides.
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Eu não estou chamando você nem o Scur de burros, tapados, iludidos, fragilizados, incompetentes, incapazes, interessados em favores sexuais… (recortei e colei). Só estou dizendo que você e seus colegas apressaram-se em encontrar uma explicação espiritóide para o rat tat tat e talvez tenham acrescentado detalhes às lembranças, inconscientemente, depois de algum tempo. Vale para o Scur.
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Montalvão, gostei de sua ideia de utilizar dedicatórias antigas, em livros adquiridos em sebos, e usar esse conhecimento para enganar os parentes do defunto. Você tem umas ideias legais. Já te convidei para abrirmos um centro, uma igreja, qualquer coisa assim. Vamos ganhar uma grana preta e ficar famosos.
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“Temos, pois, três hipóteses: 1) espírito de um mascate, que sequer sabia onde seu corpo fora enterrado; 2) espíritos malignos atuando; 3) embuste.” (recortei e colei).
Escolho a resposta “3”.
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“Fuck y”all, you losers” (referring to believers).
Alvaro Granha Loregian, segundo a wikipedia. (recortei e colei).
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Montalvão, agora é que eu não quero morrer mesmo. Se deus mudar de ideia, avise-me, aí eu posso relaxar na hora em que a Morte vier me buscar.
Saudações divinas.
julho 4th, 2013 às 6:52 PM
Apesar de seguir os ensinamentos de todas as religiões existentes e futuras, eu também me alinho entre os ?????????.
julho 4th, 2013 às 6:53 PM
Como sou mais burro do que o Grassouillet, não consigo escrever em grego aqui.
Vou tentar uma transliteração: z?t?tikós.
julho 4th, 2013 às 6:54 PM
Nem assim. Desisto, sou cético mesmo, pronto.
julho 4th, 2013 às 7:01 PM
Grassouillet, não seja egoísta, conte-nos como você consegue escrever em grego aqui. E como bota aqueles smileys.
O Vitor me ensinou a negritar e sublinhar, mas já esqueci.
julho 4th, 2013 às 7:03 PM
Uma coisa todos devemos reconhecer que devemos a cx: sem ele o blog esfria, todo mundo some.
E o Biasetto sabe como ninguém mostrar o raio x de cx. Sua verdadeira cara.
julho 4th, 2013 às 7:08 PM
Tem que usar os códigos HTML: & # 4 dígitos ;
julho 4th, 2013 às 7:10 PM
Martinez, olha o “ad hominem”. Só falei que as suas convicções não provam nada. Quando não se tem mais argumentos, parte-se para atacar a pessoa como vc me fez. Só te respondi com a mesma idéia do ‘filósofo’ q vc citou. E nada de “falou , beleza tranquilo”, suas idéias são só bla bla bla religioso-espiritóide.
julho 4th, 2013 às 7:14 PM
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Marcos Arduin Disse: (citando Montalvão): “Então o filho de Hyslop diria: “papi, pedi a um amigo nosso que viesse até o prédio mas ficasse na entrada. Ele veio depois de mim, portanto não sei que roupa veste. Pedi-lhe que pusesse uma certa quantia num dos bolsos da calça. Também não faço ideia de quanto é. Por favor, papi, vá até lá e diga: 1) quem é a pessoa; 2) qual a roupa que está usando e a cor; 3) quanto ele traz no bolso? Mais ou menos por aí…”
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ARDUIN – Sabe o que é engraçado? É que experimentos já foram feitos mais ou menos assim, com resultados positivos, mas sempre foram “refutados” com hipóteses a la Quemedo…
É engraçado que a Piper foi vigiada por detetives, encarregados justamente de verificar esse detalhe: a possibilidade de ela obter informações por meios normais. Mas o resultado foi NEGATIVO: os detetives nada puderam descobrir a respeito e fico imaginando no que se baseia a sua insistência de que ainda assim algo poderia ocorrer no caso em questão.
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COMENTÁRIO: Vários experimentos “mais ou menos assim”? Quanto mais ou menos? O uso dos detetives foi tentativa de descobrir de onde Leonora extraia as informações que espantavam seus experimentadores. Os detetives não puderam ajudar… Em verdade, desconheço testagem com Piper na modalidade que sugeri, que seria modo de verificar a presença de espírito de truta com a mulher. As verificações realizadas pelos pesquisadores contabilizavam acertos e erros da médium, apenas isso.
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Uma prova que me parece seria elucidativa: cinco pessoas cegas quanto à finalidade do experimento. Estas seriam instruídas a procurar cinco médiuns conhecidos, no mesmo horário. As instruções dos procederes seriam passadas em envelopes lacrados, no qual estaria o nome do falecido com descrições de fatos simulados de sua vida vivo (filiação, onde morou, escolaridade, atividade, onde trabalhou, etc.), e uma historinha noticiando a motivo da consulta. O homem de campo, baseado no conteúdo do envelope, poderia dar retorno ao médium. As “revelações” seriam gravadas e comparadas. Queria só ver o resultado…
julho 4th, 2013 às 7:16 PM
Os smileys só sei sorriso: dois pontos-fecha parêntesis;
brabo: dois pontos-abre parêntesis.
Os outros não sei fazer.
Negritar: abre angle brackets – b (boldface) – fecha angle
texto em negrito
abre angle – /b – fecha angle
Idem para itálico: i
julho 4th, 2013 às 7:46 PM
Valeu a dica, Gorducho.
Vou ver se consigo. ?????????
Testando: ?
?
Vamos ver como é que fica
julho 4th, 2013 às 7:47 PM
RSRSRS
Vou tentar de novo, outra hora.
julho 4th, 2013 às 7:53 PM
Sou um cara preguiçoso e burro.
?
julho 4th, 2013 às 7:55 PM
Engraçado é que eu já botei um smiley aqui, mais pra cima, só que foi sem querer.
Deve ser coisa do diabo:)
julho 4th, 2013 às 8:01 PM
1. “Marciano Diz:
junho 28th, 2013 às 11:36
Vários tópicos já foram discutidos neste blog. Todos seguidos de poucos ou muitos comentários. Em comum, uma coisa se percebe claramente.”
Nesse comentário, aqui mesmo, neste tópico, eu botei um smiley sem querer.
Só fiz colocar um link do NYT.
julho 4th, 2013 às 8:04 PM
Ficou até New York aparecendo com fundo amarelo, deve ser cx me sacaneando.
julho 4th, 2013 às 8:13 PM
CX E V RC T PP
Montalvão, uma coisa eu sei, mediuns de umbanda incorporados não conseguem ler pensamentos, essa experiência eu fiz quando era criança e já narrei aqui.
Eles sabem tudo da vida da gente, passado e futuro, no entanto, não conseguem ler o que a gente ta pensando.
Eu ofendi alguns deles, em pensamento, só pra ver. NADA.
julho 4th, 2013 às 8:14 PM
Pelo menos negritar em consegui.
Não sou tão retardado.
julho 4th, 2013 às 8:30 PM
Exemplo: zeta minúsculo escreve-se:
ampersand hash 950 semicolon
tudo junto claro:
ζ
Desculpe, são 3 dígitos!
🙂
julho 4th, 2013 às 8:34 PM
O n° de dígitos depende do símbolo/caracter. Russo são 4 dígitos:
A Номенкпатура do Partido 🙁
julho 4th, 2013 às 8:50 PM
Putz! Vocês escreveram tanta coisa aqui, que é difícil acompanhar.
Vou dedicar este comentário ao Martinez.
Eu até entendo que os “crentes” cintam-se incomodados com os céticos, considerados radicais por eles. Mas os céticos, em linhas gerais, se tornaram céticos, depois de verem tantas bobagens e absurdos nas crenças religiosas. Quando eu embarquei no espiritismo, depois de ter lido Nosso Lar, cheguei a frequentar centros espíritas por uns dez anos. Não de forma assídua, mas com certa frequência.
NUNCA eu presenciei UMA ÚNICA EVIDÊNCIA de algo extraordinário. Sempre o mesmo papo: Chico Xavier um ser de luz, um médium fantástico, incomparável, inédito. Alguns que se diziam médiuns nestes centros, as vezes psicografavam mensagens. Nada fora do comum. O mesmo papo do “papai e mamãe”, do “cristianismo redivivo”, as mesmas ladainhas de sempre.
Quando me pus a pesquisar, descobri um Chico Xavier bem diferente, um Divaldo Franco bem diferente e assim vai.
Eu fico sempre na esperança de que algo de fantástico surja neste meio, mas só me deparo com vulgaridades e bobageiras. Palestras proféticas que nunca se concretizam, informações que se contradizem, evidências que nunca se confirmam.
Fica difícil levar a sério.
O Marden aposta no RC, mas pelo que pude ver, trata-se apenas de uma “norma de conduta” (pra quem gosta) – eu não gosto, pois lembra a “marcha da família com deus”, credo, me dá até alergia.
Esse papo de que Jesus Cristo é o caminho e salvação é algo lamentável. Não falo do possível Jesus histórico, o mesmo que o Vitor defende (defende sua existência), mas este Jesus, o filho de deus que veio ao mundo pra nos salvar, nascido da virgem Maria, uma invenção católica abominável. Daí deriva toda esta mediocridade e atraso, da ideia de que o sofrimento é o caminho para a salvação. É esta ideia tola que fez surgir as madres teresas e os chico xavieres, com aquelas ideias masoquistas de que devemos carregar cruzes bem pesadas, cheias de pregos e espinhos.
julho 4th, 2013 às 9:58 PM
Biaseto, vc é bom demais nos comentários! Pura verdade o q vc falou. “É esta ideia tola que fez surgir as madres teresas e os chico xavieres, com aquelas ideias masoquistas de que devemos carregar cruzes bem pesadas, cheias de pregos e espinhos.”
Veja só, CX trata a dor como uma benção! E há quem ache isso normal! Sofrer é bom, purifica! É bom pra UNIMED, AMIL…
Olha CX e o que o seu alter ego dizem:
“PERANTE A DOR
Por Emmanuel e Chico Xavier
A dor é uma benção que Deus nos envia – diz-nos o verbo iluminado da Codificação Kardequiana, e ousaríamos acrescentar que é também o remédio que solicitamos no limiar da existência terrestre….Aceitamo-las no caminho, não apenas com a noção de justiça que, por vezes,…”
Agora imagina, solicitar dor? Ainda como remédio? OU seja, vou curar azia com suco de limão e pimenta!!
Aceitar é uma benção…
Prefiro morrer saudável e ir pro ‘umbral’!
Ora, veja se vou querer dor, doença e sofrimento! Os kardecistas-chiquistas acham isso a coisa mais normal do mundo! Sofrer , carregar moral culposa e masoquismo!
Eu vou é querer estar num iate cheio de mulheres e cheio de saúde e bençãos materiais! Assim:
http://i1.r7.com/data/files/2C95/948E/37BC/FBC8/0137/BDF6/6068/0E3E/coleen1g.jpg
Ah,qq coisa, lá no ‘umbral’ me resgatam pra ‘evoluir’…
Pra os chiquistas-kadercistas o bom é isso:
http://www.google.com.br/imgres?q=hospital+woodpecker&sa=X&hl=pt-BR&biw=1360&bih=606&tbm=isch&tbnid=fYfB_KFr8KjsuM:&imgrefurl=http://www.youvideostube.com/dXciQmSCYFw/Woody-Woodpecker-Real-Voices.html&docid=7kvqRUXRSPIILM&imgurl=http://i.ytimg.com/vi/8lW5rjFaw88/0.jpg&w=480&h=360&ei=9RnWUeGPN4yY9gTaz4GoDQ&zoom=1&ved=1t:3588,r:0,s:0,i:77&iact=rc&page=1&tbnh=185&tbnw=231&start=0&ndsp=20&tx=94&ty=56
julho 4th, 2013 às 10:00 PM
Biasetto,
Eu diferente de vc nunca frequentei uma denominação por dez anos fiz isso no máximo cinco anos em cada uma, ainda sim o fiz mais por empolgação do que propriamente crença em algo.
Fui ao um centro espirita uma única vez, frequentei a igreja Católica por uns cinco anos fiquei em uma protestante por 4 anos, então como eu disse nunca fiquei em um lugar tanto tempo como vc, mas pude perceber o quanto isso significa para algumas pessoas e que quando se decepicionam descarregam toda sua raiva para cima daquilo no qual foi a sua esperança por algum tempo, vc pode achar que estou tentando bancar o psicólogo mas não é verdade, eu falo isso porque eu vivi vários anos pulando de um lugar para o outro e vi várias pessoas se frustrarem com isso e começam a agir igualzinho a vc e alguns aqui no blog mas isso não é uma critica e sim uma observação, hoje eu apenas observo do lado de fora e vejo que alguns precisam inventar ou adaptar uma filosofia se vida tentam criar um ser acima do ser humano, para poder se sentir bem, se vc não presenciou algum evento espiritual podemos dizer que estamos no mesmo barco pois eu também não!(pelo menos nada de significativo) mas pode ser que essas pessoas que viram ou ouviram algo em sessões espiritas talvez seja real mas o mais provável é que nunca saberemos, pois não somos os donos da verdade para afirmar categoricamente não existe!, ninguém é!, todos nós julgamos pessoas como sendo loucas ou mentirosas por acreditarem em algo fora do normal, mas eu te pergunto quais coisas são normais e quais não o são? somos nós que catalogamos e dizemos o que é e o que não é normal e aceitável, acreditar em um Deus que irá salvar a todos realmente é um desespero irracional do ser humano pois nesse caso nunca ouvimos ninguém relatar para alguém ou um estudioso do assunto encontrar alguém que viu Deus ou conversou com ele a não ser que estivesse mentalmente zoado, o que não é o caso de espiritos pois pessoas completamente saudáveis mentalmente afirmam terem visto espiritos, se é verdade a existencia de tais, acho que talvez só morrendo para saber ou não! de qualquer forma eu não me preocupo muito com isso, pois quando morrer não estarei mais ciente de mim mesmo!.
julho 4th, 2013 às 10:22 PM
Ae Biasa, Marciano, de revolta com CX , agora rimos . Tem outro jeito a não ser rir com o que vou transcrever agora?
(Texto extraído do livro Lições de Sabedoria – Chico Xavier)
“Perguntamos a Chico Xavier, em Uberaba, qual seria a explicação para o problema do nanismo .
Ele afirmou que a pessoa encarna sob essa condição, basicamente por duas razões: a primeira delas, a mais freqüente, porque praticou o suicídio em outra existência e a segunda por ter abusado da beleza física, causando a infelicidade de outras pessoas.
O nanismo está particularmente ligado ao suicídio por precipitação de grandes alturas. O anão revoltado, segundo explicou-nos Chico, em geral é o suicida de outra existência …”
http://chico-xavier.com/o-chico-responde/
Quer dizer se a Sheila Carvalho for mal e esculachar os homens destruindo corações ela vai vir como ANÃ na próxima vida.
julho 4th, 2013 às 10:26 PM
&959;
Um dia eu aprendo, Gorducho.
Biasetto também está assombrado por cx.
Nem vou dizer o porquê.
Quanto a jesus, não sei se o ítalo-descendente Biasetto fala italiano. Se fala, recomendo a leitura de Emilio Bossi
(Milesbo)
Gesù Cristo non è mai esistito.
.
Se não fala, nosso amigo (meu e do Biasetto) Alfredo Bernacchi tem um, Sinto muito, mas… Jesus Cristo não existiu!
Tem também Jesus Cristo nunca Existiu
La Sagesse (só pode ser pseudônimo – La Sagesse é A Sabedoria, em francês).
julho 4th, 2013 às 10:32 PM
Contra, eu nunca fui crente em porra nenhuma, nunca frequentei qualquer igreja ou centro, nunca acreditei em lobisomens e santos, como posso estar revoltado?
Eu também não acredito em disco voador, já fiquei zoando o Scur aqui no blog, por causa da estória dele, que viu disco voador. Será que sou revoltado com os ets?
julho 4th, 2013 às 10:56 PM
Pros católicos: http://www.youtube.com/watch?v=I2kv4Xrtsyc
julho 4th, 2013 às 11:11 PM
Contra,
Sofrimento é bom só pra pobre, rico nenhum quer isto.
um dia destes, o tontão do Scur (está falando comigo agora no face) me passou uma mensagem do picareta do Divaldo e fantasia da Joana de Angelis (invenção dele), e veio com toda esta ladainha nojenta de que o sofrimento é uma dádiva de deus.
PQP, dorme numa cama de cactos então, ou senta num ouriço pra ver o quanto é bom.
Agora estou indo dormir.
Amanhã tenho aulas cedo, depois uns dias de férias.
Voltarei a falar com vocês e com o Martinez em especial.
Muito sofrimento a todos, desculpa aí, mas quero vê-los em Nosso Lar.
julho 4th, 2013 às 11:12 PM
Foi mal Marciano, é q vc fala com tanto conhecimento q pensei q vc tivesse frequentado algo.
julho 4th, 2013 às 11:13 PM
Galera, criticar CX é fácil e já caiu no tédio. CX já está claramente refutado para pessoas um pouco mais racionais, até mesmo entre os espíritas.
.
Por incrível que possa parece, existem muitos espíritas que não se prendem a nenhum desses (CX, Kardec, etc).
.
Eu, por exemplo, creio que o espírito existe, mas que ninguém até hoje foi bem sucedido ao explicar os mecanismos do fenômeno.
.
Criticar CX é chutar cachorro morto. Covardia.
julho 4th, 2013 às 11:25 PM
Pow NFV, tu tá acordando! Questão de tempo pra vc entender que o maior benefício que o ‘espiritismo’ pode fazer a humanidade é DEIXAR DE EXISTIR.
julho 5th, 2013 às 12:11 AM
O blog voltou a ter vida!!! Maravilha!!! Li todas as postagens, são ótimas. Pelo que vejo ninguém mudou de opinião. É pena. Sigo acompanhando as opiniões dos prezados colegas.
julho 5th, 2013 às 12:20 AM
Phelippe, o Biasetto mudou de opinião, só que faz um tempão, uns 4 anos.
.
Contra, eu tenho amigos e parentes que frequentam um monte de lugares estranhos, tipo centros kardecistas, umbanda, igreja católica, protestante. . .
Desde criança convivo com essas pessoas.
Devo a eles (pela diversidade de crenças antagônicas) meu ceticismo.
.
O Scur tá reclamando comigo que não falou em disco voador.
É verdade, ele não usou essa expressão, mas dá no mesmo, disse que viu luzes inteligentes, que as luzes o acompanharam, tem certeza de que eram extra-terrestres, não vejo diferença se o tipo de veículo interplanetário é diferente de um disco.
Tá satisfeito com o comentário, Scur?
.
NVF, o cachorro morto é o único que movimenta este blog. Os demais assuntos não rendem.
Qual o mal em malhar o judas?
julho 5th, 2013 às 6:31 AM
&959;
Um dia eu aprendo, Gorducho.
Faltou o hash (#)!
ο
julho 5th, 2013 às 9:39 AM
Prezado senhor Eduardo José Biasetto,
Muita paz
Estive analisando o seu comentário sobre CARTAS DE UMA MORTA X A VIDA ALÉM DO VÉU: A MÃE DO CHICO É A MÃE DO OWEN? E gostaria de apresentar os meus argumentos sobre o caso, porque fiquei imaginando se esse raciocínio analítico não poderia ser feito de uma maneira diferente, ou seja, partindo do princípio de que são duas pessoas diferentes, descrevendo os acontecimentos que observaram dentro de um mesmo ambiente, onde assistiam a mesma reunião, claro está que cada uma ao descrever com suas próprias palavras, os mesmos fatos, as mesmas observações, não poderia haver muitas diferenças nas descrições dos eventos, pois os dois observaram as mesmas coisas, os mesmos acontecimentos, a não ser nas palavras usadas, mas – se assim posso me expressar -, o pano de fundo é o mesmo, não tem como haver mudanças nas descrições. Estou me referindo a uma reunião aqui entre nós, portanto, usando de empatia, nos coloquemos no lugar dessas duas pessoas nessa reunião imaginada por nós, e vejamos o que aconteceria se depois duas delas fossem fazer a descrição dos acontecimentos ocorridos nesta reunião.
Agora transfiramos o mesmo pensamento para uma reunião num ambiente do mundo espiritual, e de pronto verificamos, que o raciocínio analítico não pode mais ser feito com a mesma simplicidade do descrita acima, porque já envolve faculdades mediúnicas, exigindo de quem faz uma análise dessa natureza, conheça profundamente como as coisas se processam no mundo espiritual, e mais ainda, conhecer profundamente o mecanismo da mediunidade empregada, no caso a psicografia, e não basta só isso, tem que ter muitos anos de prática no Espiritismo, ou seja, ter muitos anos de contato com o mundo espiritual, para poder entender as descrições dos acontecimentos que lá acontecem. Fora isso, é uma crítica sem fundamento. Estou dizendo isso porque pela sua análise deduzo que o senhor não tem esses conhecimentos.
Eu pergunto então:
Como falar do que não se conhece? Como fundamentar o que se afirma? No mínimo é uma precipitação.
Vamos às questões práticas:
Se tinha um orador, os dois observadores vão descrever que estava presente um orador, ou para não ser plágio um observador descreveria que tinha um orador na reunião e o outro teria que dizer alguma coisa diferente de orador?
Se tinha uma multidão participando da reunião, para não haver plágio um tinha que dizer, sim, tinha uma multidão e outro teria que dizer o quê?
Há uma descrição de que a oratória emocionou os presentes, que chegaram mesmo a chorar de emoção ante a palavra do orador. Isso é muito comum nas reuniões mediúnicas quando um espírito de certa elevação espiritual, se manifesta através da psicofonia e trás uma mensagem, a sua vibração mental, a sua palavra , o seu magnetismo é de tal maneira – não encontramos palavra para expressar – que chegamos da mesma forma a nos emocionar, e tem até aqueles que choram mesmo.
Há duas descrições do que ocorreu na hora que foi proferida uma oração. Uma diz que:
O céu pareceu ter intensificado sua cor – principalmente Há duas descrições do que ocorreu na hora que foi proferida uma oração. Uma diz que:
O céu pareceu ter intensificado sua cor – principalmente azul e dourado – e de fora dele desceu uma nuvem semelhante a um véu, mas que parecia ser feito de uma fina renda, e as figuras dominantes eram pássaros e flores – não brancos, mas todos dourados e irradiantes.
A outro diz:
A outro diz:
A outro diz:
Um luar indescritível, projetando-se na tribuna que lhe guardava ainda a luminosa figura, banhou as nossas frontes, e pude observar que a atmosfera se impregnava de capitoso perfume. Percebi ainda que, sobre as naves encantadas do templo, profundamente caíram flores iguais às rosas terrenas, mas que se desfaziam ao tocar em nossas cabeças como taças fluidas de luminosidade e de aroma.
Observando-se as duas descrições, cada espírito usou dos seus recursos de entendimento, e se você entendeu como plágio devido a semelhança das palavras, como você queria que fosse descrito se os espíritos estavam observando o mesmo fenômeno de mudança no céu, queda de flores, aconteceu o que foi dito por mim acima, ou seja, as palavras se assemelham, mas não podia ser diferente pois o pano de fundo é o mesmo, o objeto de descrição é o mesmo.
Quanto a descrição das flores, é um fenômeno muito comum até mesmo nas casas espíritas, pois os espíritos na hora que se faz uma prece sincera, saída – se assim posso me expressar – do coração, são vistos pelos videntes, quedas de muitas pétalas de rosas que ao tocar em nós desaparecem. Portanto, é um fenômeno muito comum no mundo espiritual, é como se fosse uma resposta energética em forma de flores, das nossas preces.
Temos que observar ainda, que os médiuns de psicografia (não é uma regra geral), mas principalmente no caso de Chico Xavier, Ivone do Amaral Pereira e Divaldo Franco, quando estão psicografando, ao mesmo tempo que psicografam, eles estão vendo o ambiente em que as coisas aconteceram, inclusive com movimento e cores. Esse recurso é usado pelo mundo espiritual até mesmo para facilitar ao médium, a descrição dos acontecimentos, daquilo que eles desejam passar. Exemplo: Os romances mediúnicos.
Você chama a atenção do leitor para os seguintes pontos:
1º) Uma mãe desencarnada (espírito) se comunicando com o filho na Terra.
Meu amigo, esta é a cena mais comum que observamos nos trabalhos práticos do Espiritismo. Parente sendo visto pelos videntes acompanhando seus entes queridos que aqui se encontram com suas dores.
2º) A narrativa feita pela mãe do local onde se encontra e um evento, marcado pela reunião de espíritos, que ouvem uma palestra.
Se ambos estavam na mesma reunião, num mesmo local, como descrever um ambiente diferente?
3º) O ponto máximo da palestra, marcado por orações e flores que caem sobre os presentes.
Idém
4º) A citação de que no momento de clímax do evento, ocorrem mudanças na “atmosfera”
Principalmente um evento dessa natureza, obrigatoriamente todos os presentes observaram essa mudança, a não ser os que estavam com os olhos fechados, o que não é o caso.
A Doutrina Espírita já nos provou que somos espírito eternos e que antes de ocuparmos um corpo de carne, já existíamos, viemos do mundo espiritual.
Conclusão: A mãe que se manifesta ali é mesmo é a que foi mãe de Chico Xavier.
Abraço fraterno a todos
Arnaldo Paiva
julho 5th, 2013 às 11:31 AM
“principalmente considerando as circunstâncias em que ocorreram, as mortes dos queridos provavelmente abalaram profundamente Conan Doyle e devem tê-lo incitado a buscar a muleta mística a qual se apegou.”
– Luto não dura para sempre, Moisés. Num momento de fraqueza, Doyle pode ter precisado da muleta, mas assim que a tristeza passou, ele DEVE ter voltado a pensar racionalmente… Ou ele achou algo lógico ou foi vítima de tristeza eterna…
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“São variadas as razões para que alguns aceitem, com certa facilidade, elucidações nebulosas como se fossem explicações bem firmadas.”
– Discordo. Só há UM motivo para que elucidações nebulosas sejam aceitas como explicações bem firmadas: o poder da fé. Você tem fé de que Flournoy fez um bom trabalho. Eu já não tenho essa fé. Ele tinha FÉ de que os médiuns, todos eles, produziam o que produziam, senão por fraude, por “dissociação da personalidade” e quando acertavam coisas, foi porque teriam obtido a informação em tempos idos e passados e isso ficou retido na subconsciência e o médium dramatiza como se fosse um espírito. Parece que no geral ele acreditava nisso e assim interpretou o caso das Índias, de Marte, de Maria Antonieta.
Quando se deparou com o caso do Burnier, que APONTAVA CLARAMENTE para a intervenção de um espírito, ele limitou-se a citar o dito caso de favor e não lhe dar mais nenhuma consideração. Se pra você pesquisador sério trabalha assim…
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“As propostas místicas estão alicerçadas na convicção de que espíritos existem e comunicam. Nenhuma das duas foi demonstrada (e, mesmo que a existência fosse demonstrada faltaria comprovar a comunicação).”
– Ou seja: o fato de que um espírito ao se comunicar dê as provas de sua identidade NADA PROVA em favor da comunicação espiritual. Por que? Não sabemos e os céticos não nos dizem. Como você colocou, mesmo que se demonstrasse a existência, faltaria comprovar a comunicação. Pena que não me dizem os céticos como fazer essas duas coisas do jeito que lhes agrade…
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“As hipóteses do lado não-místico sugerem que a mente seja capaz de travessuras inimaginadas, e isso vem sendo confirmado ao longo do tempo.”
– Essas travessuras já tinham sido pensadas até pelo Kardec e mais ainda pelos que ESTUDARAM os médiuns a sério. Sim, mas elas só vem sendo “confirmadas” com arte de apresentar aos berros os casos que as “confirmam” e varrer para baixo do tapete os casos nos quais elas falham explicar. Simples assim.
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“Flournoy comprovou o enredo romanceado sobre o qual eram erigidos”
– Ôh! Você fala como se a mistificação, animismo, etc e tal, tivessem sido descobertos pelo Flournoy e nem Kardec e nem os espíritas em geral jamais souberam dessas coisas…
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“Acho que qualquer um, que não se chame nem Arduin nem Hermínio, acharia muito estranho que um obscuro espírito surgisse para mostrar que “tudo” o que Hèléne fazia era mesmo funicado pela espiritualidade”
– Antes de mais nada, nem eu, nem Hermínio, nem Kardec nunca dissemos que TUDO o que um médium produza é resultado de ação espiritual. O estudo de Flournoy pode muito bem demonstrar, CONFORME ELE QUERIA, que médiuns podem fantasiar bobagens, facilmente descobertas ou fantasiosamente explicadas pelo pesquisador. Contudo, quando se depara com um caso onde nenhuma fabulação se encaixa, então podemos estar sim diante de um caso de manifestação espiritual sim… E não entendi porquê seria ESTRANHO um obscuro prefeito ser a substância dessa prova.
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“Se no caso do prefeito ele ficou nas conjeturas e o deixou não plenamente esclarecido, isso não faz da mulher legítima contatadora de espíritos, apenas mostra que os trilhos pelos quais a letra do prefeito chegou até Hèléne não foram desvendados.”
– Claro, quando chega num caso que EXUBERANTEMENTE demonstra a consistência de a médium ser uma contatadora de espíritos, somando-se ainda ao fato de também poder ser dissociativa-imaginativa, a PARCIALIDADE do pesquisador em favor dessa última colocação o faz dar pouca importância à primeira. Chamo a isso de PODER DA FÉ.
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“mas dizer que ele fez trabalho porco é injusto”
– O conceito de trabalho porco depende da fé do leitor do trabalho, meu caro. Flournoy teve um trabalhão para descobrir o tal soberano indu, com a qual a médium foi casada em encarnação anterior, que teria construído uma fortaleza em certo lugar, etc e tal. Nos livros indianistas mais populares, nada achou a respeito. Só foi descobri-lo num velho livro esquecido e não folheado havia décadas e só dois exemplares estavam disponíveis.
No caso do Burnier, que desmontava a sua CERTEZA de que tudo na médium era só dissociação-imaginação, ele preferiu fazer de conta que não era nada importante…
Para mim isso é uma posição de clara parcialidade, o que emporcalha o trabalho.
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“Eu se fosse “médium” poderia treinar a grafia desses desconhecidos e dizer que recebi comunicado do espírito.”
– Beleza! Então vou lhe passar algumas linhas escritas pelo meu falecido pai e vejamos que você me manda uma mensagem dele… Mas veja bem, depois vou encaminha-lhe uma série de perguntas para me certificar de que é o meu pai mesmo quem se comunicou. Suponho que ao simular ser um médium, você será capaz de acertar todas, pois dispõe de um serviço de informações muito eficaz. Afinal não é isso que os céticos argumentam?
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“No máximo poder-se-ia concluir que o processo foi outro, desconhecido.”
– E como o pesquisador nem se interessou em investigar o caso, já que ia contra suas queridas teorias, o jeito foi deixar que permanecesse desconhecido… Mas que engraçado, né? A letra da Maria Antonieta, que Flournoy viu e que a médium poderia ter visto também sem muitas dificuldades, ela não soube imitar. Agora de um prefeitinho desconhecido, ela conseguiu muito bem… Encaixe aqui os dissociativos-imaginativos, por favor.
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Como você não viu, Moisés, a parede de alvenaria à qual me referi é a da sala onde testemunhei um evento de batidas e não tinha nada a ver com o chalé dos Fox.
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“Em verdade, desconheço testagem com Piper na modalidade que sugeri”
– É porque você ainda não leu aquele tópico daqui mesmo onde mostra como o brilhante Gardner fez os céticos de bobos. Lá mostra que neste sentido, Piper era UM FRACASSO TOTAL. Porém eu também gostaria de saber como é que os céticos sábios, conhecedores dos mistérios do mundo espiritual, obtiveram a confirmação de que os espíritos ficam nos seguindo o tempo todo, veem tudo o que fazemos, veem através de objetos opacos, etc e tal e assim NUNCA errariam num teste desses. Já soube de casos em que o experimento previa isso. É diferente: os espíritos seriam partícipes da coisa. Veja lá o caso do Houdin (não Houdini) onde o médium tirava cartas do baralho, que coincidiam precisamente com as mesmas que Robert Houdin escolhia. Seu veredito foi de que, se o médium fez o que fez por truque ilusionista, isso o confundiria mil vezes mais do que se tivesse feito por mediunidade.
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O seu experimento sugerido… Bem, estou aguardando que uma livraria católica me mande o livro Reencarnação, do Geraldo Delagrave, onde ele relata uma coisa assim feita por um repórter do jornal Woman Companiou, de 1949 (não lembro o mês). O repórter procurou VÁRIOS médiuns, desejando um contato com um fuzileiro naval americano, que morreu heroicamente durante a batalha de Iwo Jima. Deu o nome e alguns dados a respeito. Todos os médiuns deram retorno de contado, relatando as mais disparatadas histórias. Um deles até colocou o repórter numa “saia justa”, dizendo saber que ele estava envolvido como amante com a viúva do fuzileiro. O repórter perguntou assustado: _ Sabe até disso? _ E o médium confirmou. Moral da história: TODOS só falaram besteira. A única resposta certa seria: _ Desculpe, mas não consegui contato nenhum com tal fuzileiro falecido. _ E por quê? Porque foi INVENTADO, ele nunca existiu.
julho 5th, 2013 às 12:03 PM
“Arnaldo Paiva Diz:
julho 5th, 2013 às 09:39
Prezado senhor Eduardo José Biasetto”…
SEI QUE NÃO ME DIRIGIU A PALAVRA. MAS COMO ESTAMOS NUM DEBATE EM QUE TODOS COMENTAM, SERIA INTERESSANTE O SR PROVAR AFIRMAÇÕES QUE FAZ COMO ESSAS ABAIXO. PQ SEM PROVAS, FICA UMA COISA VAZIA, DE CRENDICE MESMO.
ANTES DE TUDO, O SR AFIRMA COMO CRENÇA/FÉ OU PODE NOS PROVAR CIENTIFICAMENTE QUE É VERADADE O QUE O SR AFIRMA?
JÁ QUE O
Temos que observar ainda, que os médiuns de psicografia
exigindo de quem faz uma análise dessa natureza, conheça profundamente como as coisas se processam no mundo espiritual,
e mais ainda, conhecer profundamente o mecanismo da mediunidade
Isso é muito comum nas reuniões mediúnicas quando um espírito de certa elevação espiritual
, ter muitos anos de contato com o mundo espiritual
E POR FIM:
“Quanto a descrição das flores, é um fenômeno muito comum até mesmo nas casas espíritas, pois os espíritos na hora que se faz uma prece sincera, saída – se assim posso me expressar – do coração, são vistos pelos videntes, quedas de muitas pétalas de rosas que ao tocar em nós desaparecem.”
É SEMPRE ASSIM SÓ 1 OU 2 QUE VÊEM… E TODO MUNDO ACREDITA. E SE ESSES 1 OU 2 FOREM MÉDICOS, ADVOGADOS, PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS, AÍ NINGUÉM CONTESTA MESMO…
julho 5th, 2013 às 12:11 PM
SAIU ERRADO ACIMA: O CERTO É AQUI:
contra o chiquismo Diz:
julho 5th, 2013 às 12:03
“Arnaldo Paiva Diz:
julho 5th, 2013 às 09:39
Prezado senhor Eduardo José Biasetto”…
SEI QUE NÃO ME DIRIGIU A PALAVRA. MAS COMO ESTAMOS NUM DEBATE EM QUE TODOS COMENTAM, SERIA INTERESSANTE O SR PROVAR AFIRMAÇÕES QUE FAZ COMO ESSAS ABAIXO. PQ SEM PROVAS, FICA UMA COISA VAZIA, DE CRENDICE MESMO.
ANTES DE TUDO, O SR AFIRMA O QUE ESCREVEU COMO CRENÇA/FÉ OU PODE NOS PROVAR CIENTIFICAMENTE QUE É VERADADE O QUE O SR AFIRMA?
JÁ QUE O ‘espiritsmo’ é ‘ciência’, TERIA COMO NOS PROVAR PELA CIÊNCIA O QUE AFIRMAS?
“Temos que observar ainda, que os médiuns de psicografia”
PARA EXISTIR ‘mediuns’ TEM QUE HAVER ‘espiritos’. ATÉ HOJE NÃO SE PROVOU A EXISTÊNCIA DELES.
exigindo de quem faz uma análise dessa natureza, conheça profundamente como as coisas se processam no mundo espiritual,
MUNDO ESPIRITUAL? SEM ‘espiritos’ NÃO TEM COMO.
e mais ainda, conhecer profundamente o mecanismo da mediunidade
‘MÉDIUNIDADE’ SEM ‘espiritos’…
Isso é muito comum nas reuniões mediúnicas quando um espírito de certa elevação espiritual
NEM DE ESCOL E NEM ZOMBETEIROS DERAM AS CARAS ATÉ HOJE. MÉDIUNS SEM ‘espiritos’. COMO É POSSÍVEL?
, ter muitos anos de contato com o mundo espiritual
DE NOVO O ‘MUNDO ESPIRITUAL’. AONDE FICA?
E POR FIM:
“Quanto a descrição das flores, é um fenômeno muito comum até mesmo nas casas espíritas, pois os espíritos na hora que se faz uma prece sincera, saída – se assim posso me expressar – do coração, são vistos pelos videntes, quedas de muitas pétalas de rosas que ao tocar em nós desaparecem.”
É SEMPRE ASSIM SÓ 1 OU 2 QUE VÊEM… E TODO MUNDO ACREDITA. E SE ESSES 1 OU 2 FOREM MÉDICOS, ADVOGADOS, PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS, AÍ NINGUÉM CONTESTA MESMO…
julho 5th, 2013 às 12:42 PM
Arnaldo Paiva, a resposta para tudo que você disse, foi dada lá nos primeiros comentários, por meu amigo mrh, quando ele disse: “Parabéns pela descoberta, muito convincente à luz do conjunto.”
– Destaco: À LUZ DO CONJUNTO
Se você acompanha este blog entende. Se não acompanha, procure ver outros artigos que mostram os plágios de Chico Xavier, especialmente no que se refere ao livro A vida além do véu, de George Vale Owen, quem sabe você vai se convencer que se trata de uma cópia, MAIS UMA CÓPIA, simples assim.
julho 5th, 2013 às 1:23 PM
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Gorducho Disse: Exemplo: zeta minúsculo escreve-se:
ampersand hash 950 semicolon
tudo junto claro:
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Então escrevi: ampersandhash950semicolontudojuntoclaro:
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E não aconteceu nada… 🙂
Serei que nem o Marciano diz que ele é?
julho 5th, 2013 às 8:12 PM
Eu só gostaria de saber quem escreveu isso em meu nome, eu nunca me referí ao Sr. Eduardo José Beasetto nestes termos. Pelo menos não tenho lembrança disso.
Quem escreveu isso parece não ter se identificado. É possível os responsáveis por este site me informar quem assim procedeu?
contra o chiquismo Diz:
JULHO 5TH, 2013 ÀS 12:03
“Arnaldo Paiva Diz:
julho 5th, 2013 às 09:39
Prezado senhor Eduardo José Biasetto”…
SEI QUE NÃO ME DIRIGIU A PALAVRA. MAS COMO ESTAMOS NUM DEBATE EM QUE TODOS COMENTAM, SERIA INTERESSANTE O SR PROVAR AFIRMAÇÕES QUE FAZ COMO ESSAS ABAIXO. PQ SEM PROVAS, FICA UMA COISA VAZIA, DE CRENDICE MESMO.
ANTES DE TUDO, O SR AFIRMA COMO CRENÇA/FÉ OU PODE NOS PROVAR CIENTIFICAMENTE QUE É VERADADE O QUE O SR AFIRMA?
JÁ QUE O
Temos que observar ainda, que os médiuns de psicografia
exigindo de quem faz uma análise dessa natureza, conheça profundamente como as coisas se processam no mundo espiritual,
e mais ainda, conhecer profundamente o mecanismo da mediunidade
Isso é muito comum nas reuniões mediúnicas quando um espírito de certa elevação espiritual
, ter muitos anos de contato com o mundo espiritual
E POR FIM:
“Quanto a descrição das flores, é um fenômeno muito comum até mesmo nas casas espíritas, pois os espíritos na hora que se faz uma prece sincera, saída – se assim posso me expressar – do coração, são vistos pelos videntes, quedas de muitas pétalas de rosas que ao tocar em nós desaparecem.”
É SEMPRE ASSIM SÓ 1 OU 2 QUE VÊEM… E TODO MUNDO ACREDITA. E SE ESSES 1 OU 2 FOREM MÉDICOS, ADVOGADOS, PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS, AÍ NINGUÉM CONTESTA MESMO…
contra o chiquismo Diz:
JULHO 5TH, 2013 ÀS 12:11
SAIU ERRADO ACIMA: O CERTO É AQUI:
contra o chiquismo Diz:
julho 5th, 2013 às 12:03
“Arnaldo Paiva Diz:
julho 5th, 2013 às 09:39
Prezado senhor Eduardo José Biasetto”…
SEI QUE NÃO ME DIRIGIU A PALAVRA. MAS COMO ESTAMOS NUM DEBATE EM QUE TODOS COMENTAM, SERIA INTERESSANTE O SR PROVAR AFIRMAÇÕES QUE FAZ COMO ESSAS ABAIXO. PQ SEM PROVAS, FICA UMA COISA VAZIA, DE CRENDICE MESMO.
ANTES DE TUDO, O SR AFIRMA O QUE ESCREVEU COMO CRENÇA/FÉ OU PODE NOS PROVAR CIENTIFICAMENTE QUE É VERADADE O QUE O SR AFIRMA?
JÁ QUE O ‘espiritsmo’ é ‘ciência’, TERIA COMO NOS PROVAR PELA CIÊNCIA O QUE AFIRMAS?
“Temos que observar ainda, que os médiuns de psicografia”
PARA EXISTIR ‘mediuns’ TEM QUE HAVER ‘espiritos’. ATÉ HOJE NÃO SE PROVOU A EXISTÊNCIA DELES.
exigindo de quem faz uma análise dessa natureza, conheça profundamente como as coisas se processam no mundo espiritual,
MUNDO ESPIRITUAL? SEM ‘espiritos’ NÃO TEM COMO.
e mais ainda, conhecer profundamente o mecanismo da mediunidade
‘MÉDIUNIDADE’ SEM ‘espiritos’…
Isso é muito comum nas reuniões mediúnicas quando um espírito de certa elevação espiritual
NEM DE ESCOL E NEM ZOMBETEIROS DERAM AS CARAS ATÉ HOJE. MÉDIUNS SEM ‘espiritos’. COMO É POSSÍVEL?
, ter muitos anos de contato com o mundo espiritual
DE NOVO O ‘MUNDO ESPIRITUAL’. AONDE FICA?
E POR FIM:
“Quanto a descrição das flores, é um fenômeno muito comum até mesmo nas casas espíritas, pois os espíritos na hora que se faz uma prece sincera, saída – se assim posso me expressar – do coração, são vistos pelos videntes, quedas de muitas pétalas de rosas que ao tocar em nós desaparecem.”
É SEMPRE ASSIM SÓ 1 OU 2 QUE VÊEM… E TODO MUNDO ACREDITA. E SE ESSES 1 OU 2 FOREM MÉDICOS, ADVOGADOS, PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS, AÍ NINGUÉM CONTESTA MESMO…
julho 5th, 2013 às 8:18 PM
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Marcos Arduin Disse: (citando MOntalvão): “principalmente considerando as circunstâncias em que ocorreram, as mortes dos queridos provavelmente abalaram profundamente Conan Doyle e devem tê-lo incitado a buscar a muleta mística a qual se apegou.”
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ARDUIN – Luto não dura para sempre, Moisés. Num momento de fraqueza, Doyle pode ter precisado da muleta, mas assim que a tristeza passou, ele DEVE ter voltado a pensar racionalmente… Ou ele achou algo lógico ou foi vítima de tristeza eterna…
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COMENTÁRIO: é claro que o que se diga sobre o abraçamento de Doyle ao espiritualismo é especulativo, embora as circunstâncias possam nos dar indícios dos motivos. Então, dentro do campo especulativo, especulo que Doyle tivesse anseios místicos latentes e impacientes por aflorar. As perdas que vivenciou foram o gatilho que desencadearam o processo irreversível em que mergulhou em salto ornamental. Enganou-se ao pensar que postulei fossem a dor e tristeza os motivadores de mediunistas evocarem espíritos. Seria tolice defender essa bandeira, mesmo porque conheço muitos espiritistas bem alegres e contentes, amém.
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Marcos Arduin Disse: (citando MOntalvão): “São variadas as razões para que alguns aceitem, com certa facilidade, elucidações nebulosas como se fossem explicações bem firmadas.”
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ARDUIN – Discordo. Só há UM motivo para que elucidações nebulosas sejam aceitas como explicações bem firmadas: o poder da fé. Você tem fé de que Flournoy fez um bom trabalho. Eu já não tenho essa fé. Ele tinha FÉ de que os médiuns, todos eles, produziam o que produziam, senão por fraude, por “dissociação da personalidade” e quando acertavam coisas, foi porque teriam obtido a informação em tempos idos e passados e isso ficou retido na subconsciência e o médium dramatiza como se fosse um espírito. Parece que no geral ele acreditava nisso e assim interpretou o caso das Índias, de Marte, de Maria Antonieta.
Quando se deparou com o caso do Burnier, que APONTAVA CLARAMENTE para a intervenção de um espírito, ele limitou-se a citar o dito caso de favor e não lhe dar mais nenhuma consideração. Se pra você pesquisador sério trabalha assim…
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COMENTÁRIO: discordo de sua discordância, está sendo não só injusto com Flournoy também com sua (sua de você, Arduin) própria capacidade de julgamento. Flournouy fez um belo trabalho: viu, ouviu, inferiu, investigou, concluiu. Ele pode até ter partido da prévia suposição de que as manifestações de Hèléne adviessem da mente dissociada, mas, mesmo assim, realizou verificações confirmativas. Não tenho detalhada informação de como o psicólogo interpretou as diversas fabulações de Smith, mas a definição de que provinham da criativa mente da dita, disso não vejo porque duvidar. Baseando-se em informação de gente em quem (Arduin) confia, veja o que diz Hermínio Miranda:
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“Não faltam, pois, minúcias ao livro do ilustre professor, dado que, de um total de 418 páginas, dedica 74 ao estudo da personalidade de sua médium. Conclui o capítulo terceiro declarando que há muito ainda que dizer acerca das sessões realizadas por Helene, mas que é melhor entrar logo no exame dos exemplos relatados nos capítulos seguintes, quando são estudados os “principais ciclos da sua brilhante fantasia subliminal”.”
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Vê-se, pois, que o pesquisador foi meticuloso na avaliação que realizou, quase vinte por cento do livro dedicado ao exame da personalidade da médium…
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Mas, lá no fim da fila, vejo Arduin sacudindo a bandeira da discordância, no pendão vê-se a imagem do prefeito de uma cidadezinha pouco conhecida, e Arduin brada: “e este, e este! Eis aqui a prova de que o espírito comunicou, duvide-ó-dó que Flournoy consiga demonstrar como foi que Hèléne conheceu a grafia do sujeito a ponto de reproduzí-la. UUUUUHHHHHH Flournoy!” E tiveram de dar com copo d’água de rosas com açúcar do Nilo a fim de acalmar o espírito do intrépido bandeirante…
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Agora, per favore, algum desiluminado esclareça: como, porque, donde e quando o caso Burnier APONTA CLARAMENTE para a intervenção de espírito? Para melhor analisar vamos vê-lo, na redação insuspeita e refutativa de Hermínio Miranda. Chamo a atenção para dois pontos: 1) os argumentos de Arduin são expressivamente parelhos com os de Hermínio; 2) a reação de mediunista-reencarnacionista (Hermínio Miranda = HM) ante o desnudamento da real origem psíquica dos “espíritos”.
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HM: “A coisa começou numa sessão realizada na casa do próprio Flournoy, em 12 de fevereiro de 1899. Helene, em transe, tem a visão de uma pessoa que desce por um caminho pedregoso, numa aldeia que repousa no alto de um morro coberto de vinhedo.
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HM: A médium descreve o Espírito: é um velho vestido à antiga e saudado com muita atenção e cortesia por um campônio que o encontra. Para encurtar a longa descrição, digamos logo que a paisagem acaba por desaparecer e o Espírito do velho, já em roupa brancas e brilhantes, toma-lhe a mão e assina: “Chaumontet syndc. Em seguida, retorna a imagem da aldeia e há uma natural curiosidade em saber-se que lugar é aquele. Helene então escreve mais uma palavra: “Chessenaz”, que nenhum dos presentes conhece. O Dr. Flournoy deseja saber, então, em que época o Espírito teria exercido o cargo de síndico, ou seja, prefeito. Helene ouve-o dizer que foi em 1839.
No dia seguinte, o Dr. Flournoy encontra no mapa a aldeia de Chessenaz, na Alta-Savóia, a 26 quilômetros de Genebra. A cidadezinha existia, pois, quinze dias depois, Helene tem novamente a visão do síndico Chaumontet caminhando pelo vilarejo, mas desta vez vem acompanhado de um sacerdote, que Léopold revela, com seu pesado sotaque italiano, que se trata do seu “caro amigo Bournier”. O Dr. Flournoy pergunta se o padre não pode também escrever seu nome através de Helene. Léopold informa que na próxima sessão ele o fará. Assim, na sessão de 19 de março, o Espírito do cura toma a mão de Helene e escreve: “Burnier salut”. É, pois, Burnier e não Bournier, como pronunciara Léopold com o seu sotaque.
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HM: Aí estava uma boa oportunidade de botar tudo em pratos limpos, e o Dr. Flournoy sai em campo. Escreveu à Prefeitura de Chessenaz contando a história e o Sr. Saunier, então prefeito, lhe confirma por carta que, consultando os arquivos, verificou que, realmente, durante os anos de 1831 e 1839 o síndico de Chessenaz fora um senhor Jean Chaumontet. Que lá viveu também, de novembro de 1824 até 1841, o padre André Burnier, como se podia comprovar com o livro de registros de nascimentos. Fez mais, o simpático prefeito: remeteu ao Doutor Flournoy um documento da época, em que, por sorte, apareciam as duas assinaturas, a do síndico Chaumontet e a do padre Burnier.
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HM: Não há dúvida, as assinaturas conferem e o próprio Flournoy é forçado a reconhecê-lo, falando da “similitude notável que há entre as assinaturas autênticas e as que foram automaticamente traçadas pela mão de Mlle. Smith”. Poderíamos corrigir o professor, dizendo que ambas são autênticas, mas deixemos como está.
Nesse ponto começa a procura desesperada de uma saída. Onde está a saída? Onde? A primeira idéia é a de que Helene teria visto as assinaturas e sua reprodução não seria mais do que a cópia de “clichés visuels oubliés”, ou seja, de clichês visuais esquecidos. Mas Helene nunca esteve em Chessenaz, embora tenha andado pela região.
Nesse meio tempo, aparentemente indignado com as tolas suspeitas do ilustre professor, o padre Burnier se manifesta novamente, a 21 de maio, escrevendo uma espécie de certidão, “a quem possa interessar”, que ele é mesmo o Burnier, cura de Chessenaz e mais uma vez sua letra confere magnificamente com o exemplar remetido pelo atual prefeito da vila.
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HM: Depois de algumas das suas habituais conjeturas, Flournoy prefere “deixar ao leitor o cuidado de concluir como lhe agradar” (página 411). Sente-se, porém, evidentemente frustrado, porque o caso não se enquadra nas suas teorias. Sem poder dizer mais nada contra o fenômeno, deixa escapar um resmungo de mau humor: “Como e por que os defuntos que voltam ao cabo de meio século, para assinarem pela mão de outra pessoa de carne e osso, podem ter a mesma letra que tinham quando vivos?” Um leitor irreverente, que leu o livro antes de mim, durante os setenta anos da publicação, escreveu à margem: “Ora bolas!”
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HM: Coitado do professor! Ainda há pouco, neste mesmo livro, ressaltava o fato de que a letra de Maria Antonieta desencarnada não conferia com a da Maria Antonieta encarnada. Lá, a evidência não servia porque não conferia; aqui, é porque confere …
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HM: A despeito de tudo isso, o ilustre professor continua imperturbável nas suas conclusões. Para ele, ficou demonstrado (palavra sua) que as chamadas “encarnações efêmeras”, ou seja, as manifestações mediúnicas de incorporação, não passam de “pastiches”, isto é, imitações arranjadas com fragmentos do subconsciente. Quanto às diversas personalidades – Léopold, Sirnandini, Maria Antonieta e outras -, “são estados psicológicos da própria Helène, modificações alotrópicas da sua individualidade”, criações teratológicas psíquicas, da mesma forma que existem mostrengos físicos. Esses pastiches, admiravelmente fabricados, diz ele, são “interessantes e instrutivos, pelas luzes que fazem incidir sobre o funcionamento íntimo de nossas faculdades … ” (pág. 416). Que luzes?
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HM: Ficamos, assim, também, com direito às nossas próprias conclusões, depois de muito estudar o livro do professor Theodore Flournoy. São as seguintes: perdeu-se uma oportunidade excelente de estudar uma boa médium, porque o pesquisador não se aproximou dos fenômenos com suficiente humildade intelectual e de espírito desarmado de dogmatismos científicos e idéias preconcebidas. Não estava, pois, qualificado para examinar os dados que lhe foram fornecidos. Ao que nos parece hoje, escorado nos ensinamentos da Doutrina Espírita, há em Helène Smith fenômenos absolutamente autênticos, seguros e patentes, e há também lapsos mais ou menos sérios em fantasias do seu próprio Espírito – fenômenos de animismo – ou engendradas por Espíritos desencarnados, como parece ser o episódio marciano.”
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ARDUIN: O seu experimento sugerido… [refere-se à sugestão de teste com médiuns que postei] Bem, estou aguardando que uma livraria católica me mande o livro Reencarnação, do Geraldo Delagrave, onde ele relata uma coisa assim feita por um repórter do jornal Woman Companiou, de 1949 (não lembro o mês). O repórter procurou VÁRIOS médiuns, desejando um contato com um fuzileiro naval americano, que morreu heroicamente durante a batalha de Iwo Jima. Deu o nome e alguns dados a respeito. Todos os médiuns deram retorno de contado, relatando as mais disparatadas histórias. Um deles até colocou o repórter numa “saia justa”, dizendo saber que ele estava envolvido como amante com a viúva do fuzileiro. O repórter perguntou assustado: _ Sabe até disso? _ E o médium confirmou. Moral da história: TODOS só falaram besteira. A única resposta certa seria: _ Desculpe, mas não consegui contato nenhum com tal fuzileiro falecido. _ E por quê? Porque foi INVENTADO, ele nunca existiu.
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COMENTÁRIO: pensei morrer e não vê-lo referir-se ao livro de Dellagrave. Não vai gostar. Não só por ser contrário ao seu xodozinho de multividas, também por ser um tanto confuso: acusatório com pouca documentação. Mesmo assim, há tópicos elucidativos, um deles é o caso a que se refere. O experimento foi mesmo bom. Eu, há alguns meses testei uma médium gaúcha, da qual dizem de maravilhas para cima, que fala coisas que não poderia conhecer, revela nomes de parentes e amigos do consulente os quais jamais conviveram com ela, etc. Pois bem, na verificação percebi que a mediunidade da dita é pura técnica de leitura fria, malandragem cristalina. Até uma irmã que nunca tive e que “morrera de câncer”, da qual pedi notícias, a médium, célere e serelepe, apresentou copiosas informações.
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Testagens desse tipo, até onde sei, não foram aplicadas com Piper. É claro que, com ela, sabendo-a singular sensitiva, a verificação teria de seguir certas cautelas, por exemplo, o consulente deveria ser cego em relação a inexistência da figura consultada, de modo que não desse pistas sensoriais da arapuca.
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Se for adquirir o livro só por causa do caso que citou, não precisa queimar seus preciosos recursos, ei-lo:
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2. “TESTE IRREFUTÁVEL REALIZADO COM A COOPERAÇÃO DE 20 MÉDIUNS
Nos Estados Unidos, berço do moderno espiritismo, fizeram-se várias experiências curiosas para pôr à prova o mundo dos espíritos.
É particularmente notável o estratagema usado pelos editores da revista “Woman’s Companion”. Os dirigentes desse periódico instruíram diversos homens que deveriam fingir-se irmãos de um tal George Bartlett, falecido fu¬zileiro, que na realidade nunca existiu. Assim instruídos, apresentaram-se nas sessões espíritas de 16 grandes cidades norte-americanas, contando sempre a seguinte história.
George Bartlett morreu na invasão de Okinawa, no dia 20 de abril. Ti¬nha 27 anos de idade. Deixou uma viúva. Bárbara Bartlett, dois filhos e cinco mil dólares. Bárbara mandava fazer estas perguntas ao mundo dos espíritos:
1) Um dos funcionários do banco, onde George trabalhava, queria casar-se com ela. Devia ou não aceitar o pedido?
2) Devia ir trabalhar em Nova York?
3) Como empregar os 5 mil dólares?
4) George se sentia feliz no mundo dos espíritos?
As respostas a essas questões provam claramente que os médiuns ou foram de má fé, ignorantes ou uns ilusionistas. Senão verifiquemos os fatos.
Primeiramente, nenhum médium, que sempre diz possuir poderes sobre¬naturais, percebeu a menor armadilha, engolindo o suposto George sem hesi¬tação… Alguns conseguiram até materializar o personagem inexistente! É de se notar, além disso, que nenhum espírita declarou sinceramente: “Não consi¬go comunicar-me com o espírito do seu irmão”.
No entanto, esta e unicamente esta deveria ser a resposta verdadeira…
Para amostras, eis algumas respostas relativas à primeira pergunta. Se a viúva Bárbara existisse, devia ficar bem atrapalhada…
Em Atlanta declarou-se que a viúva não devia casar-se com o emprega¬do do banco, porque ele não a amava.
Em Baltimore: devia casar-se com ele, pois o funcionário seria bom pa¬drasto para as crianças.
Em São Francisco o médium exclamou: “Eu vejo George de pé ao lado do túmulo aberto, dizendo à Bárbara: não se case! não se case!”
Em Nova York: Numa sessão solene se deu a revelação mais curiosa. Sim, disse o médium. George já se materializou completamente. Vejam que lindo rapaz! Ele está sorrindo… que ombros largos! Esteja à vontade Geor¬ge… Que pena que o senhor consulente não possa vê-lo e ouvi-lo como eu!…
Perguntando sobre o casamento de Bárbara, o espírito respondeu meio desorientado: “Sabe o que ele está dizendo? Que você gosta de Bárbara!”
O pretenso irmão de George fez um esforço para mostrar-se encabula¬do e indagou se o falecido sabia disso.
“Claro que sabe — respondeu ela — e até o aprova… “Mas então, ele estava no terraço naquela noite?”… “Estava, e comunica-lhe agora que o senhor pode casar-se com Bárbara” (Note-se que o consulente já era casado há anos).
Seria demasiado longo enumerar todas as contradições, erros, mentiras, nessas séries de investigações sobre a veracidade da comunicação com os espí¬ritos.
(De um antigo de “Woman’s Companion”, fevereiro de 1946.) (Do livro “Onde os Espíritos Baixam” de E. Friderichs, p. 28.)”
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Arduin, vou ter que parar por aqui, porque estou com visitas e tenho de dar atenção. Depois continuo.
julho 5th, 2013 às 9:29 PM
Vá dar atenção aos seus visitantes, Moisés, que eu continuo aqui:
– Obrigado por postar o texto do Hermínio, eu estou com preguiça e sem tempo para ficar digitando o que você já conhece. Mas serve para os outros julgarem…
Muito que bem, ao se defrontar com animismo e fantasias da médium, o Flournoy obteve o que desejava para endossar suas opiniões favoritas para explicar o fenômeno mediúnico.
No caso do Burnier aí, não se interessou em deixá-lo mais claro, pois contradizia o que ele desejava crer. Digo que é uma evidente manifestação espiritual, já que a médium nunca soube dele, já que nunca esteve na tal aldeia, e demonstrou saber seu aspecto, sua escrita e sua posição política. Fica fácil simular ter contato com Maria Antonieta, já que é famosa no mundo inteiro e sua história é conhecida. Mas simular um desconhecido e ao se analisar o que fornece, há concordância, então isso não pode ser produto de uma mente dissociada-imaginativa. A explicação teria de ser outra. Em termos terrenos, ela teria ido à tal aldeia, pedido para ver arquivos e achou as informações necessárias. Se ela não foi, alguém teria ido em seu lugar e, obviamente, o então prefeito da aldeia não desconheceria tal consulta recente… Se realmente não houve consulta alguma, qual outra hipótese seria melhor do que a manifestação espiritual?
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Com o Delagrave, eu na verdade estou querendo saber outra coisa. Diz no começo do livro que ele perdera um filho e a Federação Espírita local (acho que era do Paraná), ficou toda ufana, dizendo: _ Agora do Delagrave vai se tornar espírita.
E depois ficaram lá assediando o cara, dizendo que seu filho estava se manifestando lá na Federação, ao que ele respondia: _ Ele sabe onde moro. Que se manifeste na minha casa.
E não se tornou espírita.
Eu queria checar isso. Saber o que há de verdadeiro nessa história, pois acho muito estranho que houvesse interesse de alguma Federação em tornar um cara espírita…
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E quanto à reportagem em questão, lembro-o de que os médiuns americanos trabalham de um jeito diferente dos brasileiros: eles são profissionais que dão consultas aos interessados.
Obviamente um cliente pagante quer obter alguma coisa e o médium quer a grana. E o jeito é apelar para a tal leitura fria, quente ou morna ou outra jogada qualquer para tentar satisfazer ao cliente. Normalmente esses não reclamam muito, já que aí é admitir que bancaram os trouxas.
Portanto, se tal reportagem relata um evento verdadeiro (claro, também pode ser tudo invenção de jornalista evangélico…), não estou nem um pouco surpreso.
julho 5th, 2013 às 10:00 PM
Como eu especulara, o Registro Civil ali ainda era mantido pela Igreja, contendo todos a firma do Burnier.
Interessante essas OPs aparentemente emitidas pela Paróquia e endossadas – pagas, suponho… – pela Prefeitura. O que seriam? Seria uma ocasional, ou seriam comuns, com bastante circulação nas redondezas?
“Casualmente” tinham parentes na zona, e em particular o primo morava em Frangy, há 1 légua 🙂
julho 5th, 2013 às 10:04 PM
Contra o Chiquismo, não vejo o espiritismo como Religião. Vejo como um fenômeno, uma possível realidade. Por isso não o restrinjo à CX. Este foi só uma das muitas abordagens sobre o tema.
julho 5th, 2013 às 10:12 PM
Marciano,
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Você disse:
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“Só para ilustrar como as pessoas têm a natural tendência de ver divindades e sobrenatural em tudo”
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Suponhamos que o espírito, que talvez tenhamos, não seja algo sobrenatural, mas NATURAL, composto de uma formatação de matéria ainda desconhecida e, portanto, invisível aos nossos atuais aparelhos de captação.
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OBS.: Micróbios eram invisíveis e desconhecidos até que se inventou o microscópio.
julho 5th, 2013 às 10:25 PM
Marciano,
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“CX E V RC T PP
Montalvão, uma coisa eu sei, mediuns de umbanda incorporados não conseguem ler pensamentos, essa experiência eu fiz quando era criança e já narrei aqui.
Eles sabem tudo da vida da gente, passado e futuro, no entanto, não conseguem ler o que a gente ta pensando.
Eu ofendi alguns deles, em pensamento, só pra ver. NADA.”
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Eu também já fiz essa experiência. Aliás, tudo o que eles falam é genérico, do tipo: “quela mulher, “exa”, que xunxê sabe quem é, “exa”, é ela que fez “tal coisa” pra xunxê”. Ou seja, a pessoa por conta própria já vai relacionar seu problema a algum inimigo.
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Percebi que eles criam muitas intrigas.
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Mas isso prova que não são espíritos? Muitos humanos de carne e osso criam intrigas e nem por isso deixam de existir.
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Em sendo, supostamente, os espíritos a alma dos homens, é muito possível que os espíritos da umbanda (grande parte, não todos), realmente não sabem muita coisa, além de terem personalidade vil.
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Até hoje os céticos não provaram satisfatoriamente que o fenômeno mediúnico na umbanda não é espírito. Repito: não provaram satisfatoriamente.
julho 5th, 2013 às 10:38 PM
Boa Noite, senhores! Quem é vivo, sempre aparece, ensina o dito popular.
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NFV, permita-me um breve comentário: Sobre seu último post, entendo que até é possível discutir se o espiritismo (também rotulado de kardecismo) é mesmo uma religião ou se seria apenas uma das inúmeras pseudociências que pululam por aí. Porém, no tocante ao Chiquismo, o espiritismo brasileiro, me parece não restar a menor dúvida de que trata-se de uma seita religiosa, fundada pelo Chico Xavier. Uma “colcha de retalhos” que mescla a liturgia católica e a doutrina codifica por Kardec, além de inúmeras crenças esotéricas, misticismo, mitologia e pseudociências. E, infelizmente, muita mentira e fraude. Entre as religiões ditas cristãs, considero-a uma das piorzinhas…
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Sds.
julho 5th, 2013 às 10:43 PM
Dando uma passadinha rápida, enquanto as visitas estão jantando:
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NVF disse: Suponhamos que o espírito, que talvez tenhamos, não seja algo sobrenatural, mas NATURAL, composto de uma formatação de matéria ainda desconhecida e, portanto, invisível aos nossos atuais aparelhos de captação.
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COMENTÁRIO: tenho uma teoria: o espírito é formado de negafótons, ou antifótons, cuja realidade é inferida da constatação de que toda coisa tem seu oposto: direita-esquerda; bem-mal; bom-mau; entrada-saída; positivo-negativo; matéria-antimatéria… O problema é que o antifóton não foi ainda detectado e é ele o constituinte contatado das almas, espíritos, elementais, anjos e quejandos. Até já lucubrei a demonstração matemática:
Af= Oe100%:-)+SB*2@s-IR, onde se lê Antifóton é igual a Ó elevado a cem por cento, sorria você está sendo filmado, mais sopa de batatas vezes duas arrobas sem imposto de renda.
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Agora só falta criar aparelhagem que mostre ser esta verdade verdadeira…
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Já tô indo! Que mulher reclamona…
julho 5th, 2013 às 11:05 PM
NFV, na umbanda os ‘espiritos’ são atrasados… eles falam palavrão, não conjugam verbos direito , cospem no chão, bebem cachaça, fumam e jogam fumaça na cara do cambono.
julho 6th, 2013 às 1:17 AM
ζ
Gorducho, você tem paciência comigo. Obrigado.
Espero que saia direito agora, só dá pra ver depois que eu enviar.
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Ah, e Moizés, se um cara inteligentíssimo como você também se atrapalha, até que não sou tão burro assim.
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Arduin, eu sei de uma história que já saiu aqui no blog, no qual dizem a mesma coisa de cx, inventaram uma defunta que não morrera e cx recebeu mensagem dela. Muito parecida com a do fuzileiro americano. Como você não é chiquista (já é um grande salto). . .
. . . “entre outros muitos exemplos, não haveria obtido tão facilmente êxito o repórter Hamilton Ribeiro. A seu pedido, Chico Xavier “psicografou” uma mensagem do “espírito” da mãe do Sr. João Guignone, Presidente da Federação Espírita do Paraná.
— Acontece que foi artimanha do repórter, a senhora “comunicante” está viva em Curitiba.
# Continua o repórter Hamilton Ribeiro: “Agora vou ler a receita psicografada do pedido que fiz hoje em nome de Pedro Alcântara Rodrigues, alameda Barão de Limeira, 1327, ap. 82, São Paulo (…) Na letra inconfundível da psicografia (de Chico Xavier), lá está: ‘Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe'”.
— “O que pensar disso? Nem a pessoa com aquele nome, nem mesmo esse endereço existem. Eu os inventei” (Revista “Realidade”, Novembro 1971).”
Leitura fria é fogo, se a gente não se deixa enganar, o estratagema dos médiuns sai pela culatra.
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Doyle sempre gostou de mistérios, tanto que sempre escreveu sobre o assunto, ainda que no campo da fantasia pura, ficção mesmo.
Não seria de estranhar que fosse um místico que tenta ser cético, adepto do pensamento crítico (a propósito dos comentários de Montalvão e Arduin).
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NVF, eu tava pensando que você fosse outra pessoa, disfarçado, mas já vi que não é. O outro jamais diria o que você disse.
Tá faltando pouco pra você chegar lá.
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A discussão tá tão empolgante que o Montalvão já tá até fazendo greve de fome. Deixa as visitas comendo e vai para o computador.
Montalvão, eu acho que sua fórmula tem consistência, só ficou faltando um elemento na sua equação: o bóson de Higgs. Sem ele, vira uma inequação. E o antifóton já foi provado científicamente, é ele o responsável pela escuridão do universo, sendo o causador de os espíritos se manifestarem sempre no escuro.
Saudações tenebrosas e bon apetit.
julho 6th, 2013 às 1:18 AM
Viu, Gorducho, consegui, finalmente. Pelo menos a primeira letra da palavra zetéticon.
Gracias.
julho 6th, 2013 às 1:21 AM
Contra o chiquismo,
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“NFV, na umbanda os ‘espiritos’ são atrasados… eles falam palavrão, não conjugam verbos direito , cospem no chão, bebem cachaça, fumam e jogam fumaça na cara do cambono.”
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Se isso é sinônimo de atraso (se atraso existe), realmente são atrasados.
julho 6th, 2013 às 1:28 AM
Antonio G.,
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Extraio o conceito de Espiritismo daqui:
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“Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÔES COM O MUNDO VÍSIVEL.
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Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo, empregaremos, para designar ESTA ÚLTIMA CRENÇA, as palavras espírita e espiritismo”
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Logo, Espiritismo é a crença na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível. Não tem nada de Chico Xavier ou Allan Kardec aí.
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Para ser espírita basta crer em duas coisas:
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1) Que os espíritos existem, e
2) Que podem entrar em contato com os de carne e osso.
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Os detratores confundem Espiritismo com Kardecismo e Chiquismo. Espiritismo é um gênero-crença. Kardecismo e Chiquismo são espécies de Espiritismo.
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Em outras palavra, é possível ser Espírita sem seguir Chico Xavier ou Allan Kardec. Basta crer que espíritos existem.
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Ninguém provou que não existem. Ninguém provou satisfatoriamente que existem.
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Sigo acreditando, pela grande quantidade de indícios e vivências pessoais.
julho 6th, 2013 às 1:31 AM
Antonio G.,
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Disse que o Espiritismo não é Religião. Mas não disse que o Espiritismo é Ciência.
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Espiritismo não é Religião nem Ciência. É apenas a crença em espíritos, que pode vir a ser comprovada.
julho 6th, 2013 às 1:33 AM
Marciano,
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Pensou que eu fosse quem?
julho 6th, 2013 às 1:46 AM
Antonio G.,
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Complementando:
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“Espiritismo é um gênero-crença. Kardecismo e Chiquismo são espécies de Espiritismo.” Quem se considera ciência é o Kardecismo e a FEB inclui, ridiculamente, a obra de CX nisso.
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Mas o Espiritismo em si se resume em uma crença nos espíritos. Se espíritos existem ou não é outra história. Veja que foi nesse sentido que falei que Espiritismo não é religião.
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Pareceu que eu sou daquela ladainha que ficam repetindo “espiritismo não é religião, é ciência!”, mas não sou. Pra mim não é nem um nem outro.
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Espiritismo é um crença. No entanto, o objeto dessa crença (o espírito) pode vir a ser estudado por uma ciência, o que, dizem, não ocorreu até hoje.
julho 6th, 2013 às 11:44 AM
Martinez,
Referente a seu último comentário, realmente, quando as pessoas descobrem o quanto foram enganadas pelas religiões, o sentimento é de raiva mesmo, de revolta. O Antonio G. sempre menciona o fato de que as crianças são doutrinadas desde cedo. Este é o grande erro, a grande sacanagem. As pessoas, a maioria delas, não têm escolha. Vão recebendo estas informações sobre papai do céu, Jesus, Chico Xavier …
A mente da criança, capta tudo isto, mistura às suas inquietações, medos, curiosidades, dúvidas, questionamentos …
É como um vírus que se aloja na CPU, um vírus muito potente, difícil de ser excluído.
Quando a pessoa começa a perceber o quanto foi enganada, o quanto foi castrada, o quanto de mentira lhe contaram, o quanto de enganações e interesses e farsas existem nos meios religiosos, por que ela não pode se revoltar a tudo isto? Por que ela não pode ter raiva?
Por que ela não pode sair gritando pra todos ouvirem, que estes pregadores são farsantes – E ELES SÃO FARSANTES, ESTÁ CLARO QUE SÃO, SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER.
E isto não significa dizer que não exista o “espiritual” o “algo além da vida”, mas que não tem nada a ver com estas babaquices/esquisitices/idiotices religiosas, um atraso sem fim para a humanidade. Por que a moral religiosa é negativa? Porque ela é IMORAL, ridícula, absurda! É uma “moral”, que julga, discrimina, segrega, nega a própria natureza do ser humano, do ser vivo, nega a ciência, nega a história, nega a virtude, nega o belo, nega o progresso, nega o próprio amor, a sabedoria, o progresso.
Quem persiste em crenças religiosas, neste cristianismo do sofrimento, do homem pregado à cruz, do sangue que escorre e que serve de alimento, é doente, precisa se tratar, não bate bem dos pinos não.
julho 6th, 2013 às 12:41 PM
NVF Diz:
JULHO 6TH, 2013 ÀS 01:21
Contra o chiquismo,
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“NFV, na umbanda os ‘espiritos’ são atrasados… eles falam palavrão, não conjugam verbos direito , cospem no chão, bebem cachaça, fumam e jogam fumaça na cara do cambono.”
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Se isso é sinônimo de atraso (se atraso existe), realmente são atrasados.
NFV, ATRASO COMPARADO A ‘espiritos’ QUE JOGAM ROSAS DO ‘ALÉM’, . NA UMBANDA ESSES ‘espiritos’ FORAM ÍNDIOS, MALANDRO DE RUA QUE JOGAVAM BARALHO APOSTADO, ESCRAVOS, E TEM APARÊNCIA REPRESENTADA NAS ESTÁTUAS COMO REPUGNANTE. ALGUNS COM TRIDENTE EM PÉ EM CIMA DE FOGUEIRAS, ALGUMAS COM PEITO DE FORA, ETC.
NO MUNDO COLORIDO DE KARDEC E CX, OS ‘espiritos’ ‘ADIANTADOS’ ERAM/SÃO MÉDICOS, REIS, NOBRES, SENADORES, PROFESSORES…, TEM LINGUAGEM REBUSCADA E ESTÃO LIVRE DE PAIXÕES COMO JOGO, BEBIDA, FUMO, ETC.
HÁ QUEM DIGA QUE O DR BEZERRA DE MENEZES ( E OUTROS DO MESMO NAIPE) SE ‘ATRASA’, SE FINGE DE PRETO VELHO E NA UMBANDA DIZ MIZIFI, SUNCÊ, FUMA, BEBE MARAFO, SENTA NO BANQUINHO E DÁ CONSULTA. É ASSIM QUE ELE CONSEGUE CHEGAR AOS NECESSITADOS.
AGORA NFV, ISSO TUDO NÃO É MUITO SURREAL?
SE VC QUER SEPARAR O ‘espiritismo’ DE KARDEC E CX, VC VAI TER DE FUNDAR UMA NOVA SEITA ESPIRITA.
VOU FUNDAR A SEITA DOS FANTASMAS QUE FAZEM “BÚ” E ASSUSTAM OS OUTROS.
VAI SE A ‘BÚCEITA’.
julho 6th, 2013 às 12:42 PM
CORRIGINDO:
VAI SER A ‘BÚCEITA’.
julho 6th, 2013 às 2:18 PM
Contra o Chiquismo,
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“NO MUNDO COLORIDO DE KARDEC E CX, OS ‘espiritos’ ‘ADIANTADOS’ ERAM/SÃO MÉDICOS, REIS, NOBRES, SENADORES, PROFESSORES…, TEM LINGUAGEM REBUSCADA E ESTÃO LIVRE DE PAIXÕES COMO JOGO, BEBIDA, FUMO, ETC.”
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No mundo de Kardec, ao menos, os espíritos nada mais são que a alma de todo e qualquer homem que já viveu em carne e osso.
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“HÁ QUEM DIGA QUE O DR BEZERRA DE MENEZES ( E OUTROS DO MESMO NAIPE) SE ‘ATRASA’, SE FINGE DE PRETO VELHO E NA UMBANDA DIZ MIZIFI, SUNCÊ, FUMA, BEBE MARAFO, SENTA NO BANQUINHO E DÁ CONSULTA. É ASSIM QUE ELE CONSEGUE CHEGAR AOS NECESSITADOS.
AGORA NFV, ISSO TUDO NÃO É MUITO SURREAL?”
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Sempre achei essa explicação da umbanda surreal. Parece-me mais verossímil que os espíritos da umbanda são “pouco adiantados” intelectualmente. Mas eles existem.
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“SE VC QUER SEPARAR O ‘espiritismo’ DE KARDEC E CX, VC VAI TER DE FUNDAR UMA NOVA SEITA ESPIRITA.”
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Não quero separar, apenas não quero restringir. Espiritismo é a crença nos espíritos, ponto. CX e Kardec também são espécies de Espiritismo, cada qual com suas peculiaridades, ainda que não sejam a verdade.
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Porém há muitas maneiras de se chegar à comunicação com os espíritos (que independe de CX e Kardec), uma delas é por meio da religião. O problema desta última maneira são os dogmas, que “embaçam”, confundem, a realidade das coisas.
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Se o espírito existe, ele vai existir ainda que CX seja um fraudador ou que Kardec esteja equivocado.
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Não se trata de se criar seita nova, mas de separar os conceitos e não misturar as coisas.
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Repito:
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DA INCOMPATIBILIDADE DA CONVICÇÃO ESPÍRITA COM O SABER LIVRESCO
Vemos pessoas céticas e incrédulas quanto ao fenômeno espírita apenas por julgarem irracionais determinadas obras espíritas. Negam a existência dos espíritos somente por terem refutado racionalmente o conteúdo de tal livro. Esses se apegam a rápida conclusão, que os mantém na zona de conforto do mundo conhecido.
Em paralelo, vemos espíritas que creem no fenômeno apenas por terem lido o assunto em algum livro. Convencem-se rápido. Nesses sobra Fé e falta senso crítico.
Ambos se equivocam, pois o espiritismo requer, essencialmente, a análise fática do fenômeno. É preciso admitir o desconhecido e inquietar-se em busca do conhecimento empírico. É preciso ver para crer com razão. É necessário muito analisar para se convencer de que nem todos os fenômenos são fraudes.
A convicção espírita não é compatível com o saber livresco.
“Livresco: proveniente apenas de leitura, e não de experiência ou estudo: saber livresco”
(Dic. Aurélio)
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Tanto pra negar, quanto pra afirmar, não podemos nos basear no erro de uma obra escrita ou na crença na infalibilidade do autor.
julho 6th, 2013 às 2:30 PM
KARDECISMO E ESPIRITISMOS
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Uma das polêmicas clássicas no movimento espírita é a idoneidade ou não no uso do termo “Kardecismo”.
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Os espíritas mais ordotoxos afirmam contundentemente: “não existe kardecismo!”, enquanto outras crenças e religiões, que também trabalham com espíritos, utilizam-se do termo para identificar melhor as diversas comunidades espíritas.
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Por que, então, para parte dos espíritas, não existe “kardecismo”? A única justificativa utilizada é uma interpretação com base em um livro de Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”. Contudo, não podemos sequer afirmar que seja uma interpretação literal, pois não há no livro referência expressa a proibição do uso do termo. Ouso, aliás, caracterizar como uma interpretação pobre e elitista, quiçá idólatra.
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A intenção aqui é demonstrar o equívoco dos que negam a idoneidade do termo “Kardecismo”. Para isso, parte-se da desconstrução do argumento utilizado pelos espíritas ortodoxos e reforça-se, posteriormente, com a coerência histórica no uso do termo.
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Inicialmente, cabe mostrar os argumentos dos que negam o uso do termo.
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Em resumo, defendem que o Espiritismo é único e indivisível, pois consubstanciado na obra de Allan Kardec, inclusive criador da palavra “Espiritismo”. Assim, se determinada crença não se adequar ao que está escrito na Codificação Kardeciana, não será Espiritismo, mas qualquer outra “coisa” chamada de Espiritualismo. Portanto, só poderá existir Espiritismo ou Espiritualismo, pois “kardecismo” não existe. Ou se adéqua à Kardec e se chama Espiritismo, ou será mero Espiritualismo.
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Com base em que afirmam isso? Eis a introdução de “O Livro dos Espíritos”:
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“Para as coisas novas necessitamos de palavras novas, pois assim o exige a clareza de linguagem, para evitarmos a confusão inerente aos múltiplos sentidos dos próprios vocábulos. As palavras espiritual, espiritualista, espiritualismo têm uma significação bem definida; dar-lhes outra, para aplica-las à Doutrina dos Espíritos, seria multiplicar as causas já tão numerosas da anfibologia. Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível.
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Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo, empregaremos, para designar esta última crença, as palavras espírita e espiritismo, nas quais a forma lembra a origem e o sentido radical e que por isso mesmo têm a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis, deixando para espiritualismo a sua significação própria. Diremos, portanto, que a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se o quiserem, os espiritistas.
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Como especialidade O Livro dos Espíritos contém a Doutrina Espírita; como generalidade liga-se ao Espiritualismo, do qual apresenta uma das fases. Essa a razão por que traz sobre o título as palavras: Filosofia Espiritualista.”
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Destacam do texto:
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“Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se o quiserem, os espiritistas.”
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Com base nessas palavras, depositando toda uma idolatria e autoridade na pessoa de Allan Kardec, reduzem o Espiritismo à sua obra. E dizem: “Kardec não chamou ‘kardecista’, mas ‘espírita ou espiritista’, logo kardecismo não existe”.
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Contudo, destaca-se em contraponto:
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“Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÕES COM O MUNDO VISÍVEL.
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Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo, empregaremos, para designar ESTA ÚLTIMA CRENÇA, as palavras espírita e espiritismo”
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Questiona-se:
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Allan Kardec restringiu Espiritismo à Doutrina por ele codificada? Parece claramente que não.
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Interpretando corretamente:
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– Se alguma crença admite haver mais do que corpo, será inicialmente espiritualista. Contudo, se tal crença seguir adiante e crer na existência dos espíritos e na possibilidade de suas comunicações com o mundo tangível, será Espiritismo.
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O Espiritismo, portanto, é um gênero subdividido em crenças que, além de serem espiritualistas, são espíritas, pois admitem a existência dos espíritos e a possibilidade de comunicação com eles. Assim, uma das crenças espíritas, ou um dos Espiritismos, é o Kardecismo, aquele calcado na obra de Allan Kardec.
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Quando Kardec escreveu essa dicotomia – Espiritismo e Espiritualismo – estava preocupado em não confundir o Espiritismo com o Catolicismo e as Religiões Protestantes. É que, para estas, igualmente a existência não se limita à matéria, contudo não creem que os espíritos sejam a alma dos homens e que podem se comunicar conosco. Seriam os espíritos, para tais religiões, na realidade demônios.
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O exposto até aqui seria realmente importante se correto fosse considerar como verdade absoluta as palavras de Kardec. Assim, com base em suas próprias palavras, desconstruiríamos a interpretação restritiva que nega a idoneidade do uso do termo “kardecismo”.
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No entanto, a própria História sustenta o uso do termo. […]
julho 6th, 2013 às 2:46 PM
NVF, pensei que você fosse o merden, uma assombração que andou penando por aqui. Foi mal aê.
Não fui só eu que pensei isso. Você lembra ele, mas diz coisas que ele não diria.
Para que eu tenha absoluta certeza, basta que você diga que o rc não é dono da verdade.
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BIASETTO!!!!!!!
Leia os livros que eu te recomendei, porra.
E depois fale comigo sobre o que achou.
Pode ser por email, face, qualquer coisa.
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Contra, eu já ouvi esse papo sobre o boiol, ops, quero dizer, bezerra. Ridículo.
julho 6th, 2013 às 4:02 PM
kkkkkk
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O RC é uma das crenças espíritas mais ridículas que já vi. Pegaram dados da obra de Kardec, modificaram um pouco, trocaram de nome, e dizem que não tem relação alguma. Esses, sim, autoafirmam-se com toda certeza que são ciência, apesar de terem rituais esdrúxulos e orações chamadas por outro nome.
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“Oh, grande foco do universo, estamos aqui mais uma vez reunidos, para enviar nossos pensamentos para ti…” (Irracionalismo Cristão)
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E o Racionalismo Cristão não é dono da verdade, assim como Kardec, CX, etc, não são donos da verdade, assim como ninguém conhece a verdade sobre os espíritos.
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(Depois dessa é possível que o Marden volte pra me responder ou me xingar).
julho 6th, 2013 às 4:05 PM
OBS.: Qndo postei neste blog pela primeira vez, o Marden estava por aqui e me xingou bastante.
julho 6th, 2013 às 5:31 PM
Agora fica claro como água que NVF e merden são pessoas totalmente distintas.
Que alívio!!!
Fico satisfeito agora pra dialogar com você, NFV.
Quanto ao mais, acho que pra você e para o Arduin falta pouco para abandonarem de vez a crença em coisas que possamos chamar de espíritos.
O Vitor é bastante teimoso, eu acredito que ele ainda vai deixar de acreditar em médiuns e paranormalidade. É questão de tempo.
E o rc é realmente o kardecismo levado ao extremo ridículo, só superado pelo chiquismo, fusão heterodoxa entre kardecismo e ICAR.
julho 6th, 2013 às 5:34 PM
Uma leitura atenta do Evangelho Segundo o Espiritismo mostra como Rivail discordava radicalmente da ICAR.
cx conseguiu unificar as duas coisas, e ainda tem malucos que dizem que cx é Rivail reencarnado.
julho 6th, 2013 às 6:18 PM
E ainda tem malucos que dizem que Chico Xavier é kardecista.
julho 6th, 2013 às 6:39 PM
DeMarte,
Eu conheço as ideias do Alfredo.
Já dei uma olhada nos livros dele.
Foi eu que descobri ele no face, lembra?
Trouxe ele pra aquele grupo nosso, depois encerrei o grupo e ficamos amigo de face dele.
Tem várias leituras que eu gostaria de fazer, mas me falta tempo. Ainda quero dar uma olhada com qualidade nas indicações do Vitor sobre a Piper, tem estas indicações suas.
Também quero ler um livro do Sam Harris.
Vamos ver, aos poucos chego lá.
Abraços!!!
julho 6th, 2013 às 7:37 PM
Bem, de Morte, pelo texto que mostrou, suponho que o tenha obtido do “A verdade sobre Chico Xavier”, uma bobajada do Quemedo que já refutei faz tempo.
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. . . “entre outros muitos exemplos, não haveria obtido tão facilmente êxito o repórter Hamilton Ribeiro. A seu pedido, Chico Xavier “psicografou” uma mensagem do “espírito” da mãe do Sr. João Guignone, Presidente da Federação Espírita do Paraná.
— Acontece que foi artimanha do repórter, a senhora “comunicante” está viva em Curitiba.”
– Diz uma lenda aí que o Quemedo não sabe ler, nem escrever em Português. Se o texto estiver em Português, alguém tem que traduzi-lo para o Espanhol e quando ele escreve, o faz em Espanhol e alguém o traduz para o Português. Que ele é um péssimo leitor já dá pra ver pelo texto postado. Eu tenho uma cópia deste artigo (O Cérebro Anormal de Chico Xavier), que o Quemedo cita e inventa em cima dele.
O que é dito lá no texto mesmo é mais ou menos o seguinte:
Em dado momento, Chico chega junto de João Guignone, Presidente da Federação Espírita do Paraná, e lhe diz:
_ Sabe quem está cheia de emoção aqui e desejosa de abraçá-lo? A sua mãe.
João fingiu alegria e depois comentou com os próximos:
_ Chico não está regulando bem. Disse que minha mãe está aqui querendo me abraçar, mas ela está viva em Curitiba.
Foi ao chegar ao hotel e lhe foi dada a notícia.
A reportagem não diz qual é a notícia, mas é a do falecimento daquela senhora. Portanto não houve erro do Chico, nem artimanha do repórter. O Quemedo trocou todas as bolas…
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“# Continua o repórter Hamilton Ribeiro: “Agora vou ler a receita psicografada do pedido que fiz hoje em nome de Pedro Alcântara Rodrigues, alameda Barão de Limeira, 1327, ap. 82, São Paulo (…) Na letra inconfundível da psicografia (de Chico Xavier), lá está: ‘Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe’”.
— “O que pensar disso? Nem a pessoa com aquele nome, nem mesmo esse endereço existem. Eu os inventei” (Revista “Realidade”, Novembro 1971).”
– Essa sim foi artimanha dele… Porém, na reportagem diz que o Chico passava receitas de… remédios homeopáticos, quinta diluição e que não causariam nenhum problema em caso de troca indevida de receita. Só que no caso aí do Hamilton, você viu alguma receita? NADA. O que Chico escreveu poderia servir muito bem para o próprio Hamilton…
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Leitura fria é fogo, se a gente não se deixa enganar, o estratagema dos médiuns sai pela culatra.
– Pena que você e outros se deixam enganar pelo douto Padre Quemedo…
julho 6th, 2013 às 8:31 PM
Valeu, Biasetto. Pelo menos tão na fila. Não esqueça de que eu te indiquei outros livros, além do Alfredo. Emilio Bossi, La Sagesse.
Eu também estou com um monte de livros na fila de leitura.
O tempo não perdoa.
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NVF, nisso até o Arduin está de acordo conosco, ele sabe que cx não é kardecista.
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Arduin, o texto é do Quemedo mesmo. Ele é mais engraçado do que cx, não sei se é tão mentiroso quanto.
Interessante sua hipótese de que Quemedo não consegue falar português, só que não faz muito sentido, os dois idiomas são praticamente gêmeos univitelinos, as únicas diferenças são uma cicatrizinha aqui, um botox ali.
No se puede decir que sean tán diferentes.
Conheço as duas histórias, não acredito que o Quemedo seja tão idiota a ponto de confundir as duas.
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Em momento nenhum eu AFIRMEI que a história do QUEMEDO é real.
Leia de novo o que eu escrevi, e não ponha palavras em meus dedos (foi tudo digitado):
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“Arduin, eu sei de uma história que já saiu aqui no blog, no qual dizem a mesma coisa de cx, inventaram uma defunta que não morrera e cx recebeu mensagem dela. Muito parecida com a do fuzileiro americano.”
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Como vê, eu disse que “sabia de uma história que já saiu aqui no blog”;
“dizem” a mesma coisa de cx.
Em momento nenhum eu corroborei a história, só a mencionei, porque achei coincidência com a história do americano inexistente.
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E você, acredita também em homeopatia, CH 200, Benveniste? Benveniste foi desmascarado, você acha tudo na Google (Atenção! Estou me referindo ao Jacques, não ao Émile, este sim, um sujeito sério).
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Émile Benveniste (1902, Cairo – 1976) foi um linguista estruturalista francês, conhecido por seus estudos sobre as línguas indo-européias e pela expansão do paradigma linguístico estabelecido por Ferdinand de Saussure. (recortado e colado da wikipedia).
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Já o Jacques, “publicou suas pesquisas sobre a memória da água, suscitando uma viva controvérsia, que levou à sua saída do INSERM em 1995. Jacques Benveniste realizou um estudo, posteriormente reproduzido em outros três laboratórios universitários, que foi publicado na revista Nature. Ele e outros pesquisadores usaram doses extremamente diluídas de substâncias, o que criou um efeito sobre basófilos, um tipo de glóbulo branco do sangue.1
Em recente entrevista concedida à revista Science de 24 de dezembro de 2010, o virologista Luc Montagnier, ganhador do prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2008 pela descoberta do HIV, defendeu Benveniste, que se tornou alvo de chacota (ganhou o antiprêmio IgNobel) e descrédito quando declarou que a diluição alta usada em homeopatia tem efeitos biológicos. Montagnier publicou pesquisa relatando a detecção de sinais eletromagnéticos produzidos por “nanoestruturas aquosas” de sequências de DNA bacteriano biologicamente ativas. “Benveniste foi rejeitada por todos, porque estava muito à frente. Ele perdeu tudo – seu laboratório, seu dinheiro (…) Eu acho que ele estava em grande parte certo. O problema era que seus resultados não eram 100% reprodutíveis”, declarou Montagnier. “Não posso dizer que a homeopatia está certa em tudo. O que posso dizer agora é que as altas diluições estão corretas. Altas diluições de alguma coisa não são nada. São estruturas de água que imitam as moléculas originais (…) Há uma espécie de medo em torno desse tema na Europa. Disseram-me que algumas pessoas têm reproduzido os resultados Benveniste, mas têm medo de publicá-los por causa do terror intelectual promovido por pessoas que não entendem isso,” completou o virologista.2
Outro palhaço, esse Montagnier.
(Control C e Control V da Wikipédia).
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A Nature também publica BS, já publicou várias outras.
E vários idiotas já ganharam prêmios Nobel.
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Se tiver um tempo (47min35s) veja este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=xGGe0JQTbc4
Áudio em espanhol, sem legendas, mas isso não é problema para quem fala português.
Ou será?
julho 6th, 2013 às 8:36 PM
“Óscar González-Quevedo (Madrid,15 de diciembre de 1930 ) es un cura jesuita, más conocido como Padre Quevedo. Radicado en Brasil desde los años 50, es parapsicólogo y devoto de la Virgen de Guadalupe; también fundador del Centro Latinoamericano de Parapsicología (CLAP), con sede en la Avenida Leonardo da Vinci nº 2123, en São Paulo.
El padre Quevedo es muy conocido en Brasil por sus participaciones en programas televisivos donde debatía con espiritistas y negaba supercherías y supersticiones. Es muy popular en aquel país por la frase “isso nom ecziste” – su pronuncia en portugués para “esto no existe”, con su fuerte acento castellano -, que decía en los momentos más acalorados de sus debates con los espiritistas en televisión. También es conocido por su versión de “La navaja de Ockham” que formulaba en estos términos: “lo que puede explicarse por menos no puede ni debe explicarse por más”.
Es autor de, entre otros libros, la obra en dos tomos Las fuerzas físicas de la mente (1973), Qué es la parapsicología y Los curanderos (1977).”
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Recortei e colei. Arduin, se você disser que tentou ler o texto acima e não o entendeu, eu acredito que o Quemedo seja incapaz de entender um texto em português.
Infelizmente, acreditarei também que ele e você são idiotas.
julho 6th, 2013 às 8:41 PM
A única palavra aí em cima que pode te suscitar alguma dúvida é “superchería”, a qual pode ser explicada em espanhol mesmo:
superchería
1.f. Engaño o fraude:
los remedios que vende son pura superchería.
2. Creencia falsa,superstición:
eso no son más que supercherías de vieja.
Inflexiones de ‘superchería’ (n): fpl: supercherías
julho 6th, 2013 às 8:48 PM
Ahora me voy a ver “La piel que habito”, mientras bebo um Tempranillo, em su homenagem (e de Quemedo también).
julho 6th, 2013 às 8:50 PM
“su homenaje”. Es lo espíritu de cx, esto guarro.
julho 6th, 2013 às 8:52 PM
Tal vez sea lo vino, cx es un inocente.
julho 6th, 2013 às 9:25 PM
Se você posta um texto e não acrescenta se acredita nele ou não, vou supor que acredita. Senão por que o postaria? Vai querer me dizer que não ficou atraído pela sugestão quevediana de que o Chico teria sido engrupido pelo Hamilton?
Tá, essa de dizer que o Quemedo não sabe ler e escrever em Português tá mais pra gozação. Mas que ele faz de tudo para distorcer os fatos e apresentá-los como bem entender, esse aí da reportagem da Realidade de novembro de 1971 é a prova provada. Ah! Faltou comentar como é que o Chico Xavier soube da morte da mãe do João antes do próprio filho…
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E finalmente: se você acha que Espanhol e Português são gêmeos univitelinos, traduza a frase:
_ Vi un hombre tarado correndo pelado na rua com o saco na mão, tentando agarrar una buceta.
julho 6th, 2013 às 11:09 PM
É ISTO AÍ
http://www.youtube.com/watch?v=PFGf1YtUSFU
julho 7th, 2013 às 1:15 AM
http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/pode-haver-vida-em-60-bilhoes-de-planetas-alienigenas-diz-estudo,d41107276f9af310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html
julho 7th, 2013 às 1:19 AM
Arduin, tua frase não é espanhol nem português, é o famoso portunhol.
Rua, em espanhol, é calle, sem falar no resto. Mano, e não mão, etc.
Tarado pode ser pesado, como se vê nas caixas de mercadorias, tara = tantos kg.
Parece que aí na tua terra não se fala português.
Veja o que o Houaiss tem a dizer sobre tarado:
adjetivo
que se tarou
1 marcado com o peso da 2tara
Ex.: vagões t.
2 equilibrado com o desconto do peso da 2tara
Ex.: balança t.
3 que traz defeito ou falha
Ex.: moeda t.
4 Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
muito atraído; gamado, vidrado
Ex.: é t. por cinema
? adjetivo e substantivo masculino
5 que ou quem tem tara (‘deficiência ou desequilíbrio mental’)
6 Derivação: por extensão de sentido.
que ou quem é moralmente devasso; depravado
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Tarado em português também significa pesado.
Também pode ser estúpido, burro, cabeçudo.
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Pelado em espanhol pode ser pelado mesmo, ou duro, liso, sem dinheiro algum. Pode ser pelado, como em PORTUGUÊS, com o significado de careca. Sem um pelo na cabeça, ENTENDE? PELADO?
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Saco pode ser mochila, paletó (fato no português de Portugal) .
Buseta (não buceta, como você grafou) é um omnibus, significa todos, em latim, bus, em inglês, ônibus (veja o bus no final) em espanhol. Percebeu o bus, de omnibus, ônibus, buseta (NÃO BUCETA). Preste atenção: BUS ETA (veja a raiz do latim).
Seria um homem gordo OU BURRO e careca, de paletó na mão, correndo atrás de um ônibus?
Parece que sim, o que revelaria que seu português é meio fraco, daí a dificuldade com a língua gêmea.
Assim, eu compreendo.
De qualquer maneira, não se raciocina com exceções, mas com regras.
Arduin, não me decepcione, eu te tenho em alta conta.
Só te perdôo a crendice, a burrice, vindo de M. Le Professeur, ES IMPERDONABLE.
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Alías, Arduin, se você não sabe, buceta (agora sim, com c, não com s) pode ser uma caixa, em português (sua língua, ou não é?). Mais corretamente, BOCETA. Com “o”, percebeu?
Estou em dúvida se você é mesmo um professor de botânica brasileiro ou se é um espião russo, se passando por brasileiro.
Aí eu entendo suas dificuldades com o vernáculo.
CIA? NSA? MI6 (AKA SIS)? KGB (NOW FPS)? MOSSAD?
Desvendei (de tirar o véu, Arduin, só que no sentido figurado) sua identidade secreta?
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Arduin, na antiga KGB não te ensinaram morfologia da língua portuguesa, a origem latina do espanhol (dialeto castelão predominante na Espanha) e da última flor do Lácio? (refiro-me ao idoma pátrio, espião russo). Da minha pátria, não da tua.
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Te cuida, Arduin.
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Em tempo: O Tempranillo estava “esquisito”. Atenção, Arduin, não estava esquisito não, estava delicioso, como no inglês, exquisite, delicieux, percebe a raiz?
Ou tu só entende de raiz de planta?
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Se tu és mesmo professor de botânica, deves saber que tempranillo é uma variedade da Vitis vinifera, cultivada no norte da Espanha. Vem de temprano, que significa cedo. Porque fica madura bem rapidamente. Já ouviu falar em filho temporão? Percebe a semelhança na raiz? Estou me referindo à raiz da palavra, não da uva.
julho 7th, 2013 às 1:24 AM
Arduin e Marciano,
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Parece estar explicado o porquê de o Padre Quevedo tentar dizer a todo custo que fenômenos espíritas não existem, mesmo com argumentos extramente fracos. É que ele recebeu essa missão da Igreja Católica, que na década de 1950 reuniu uma cúpula com o objetivo de enfraquecer a crença espírita no Brasil.
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”
Em 1953, a Igreja Católica, por intermédio do Conselho Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), declarou o Espiritismo um desvio doutrinal perigoso e iniciou, no país, uma forte campanha de educação contra o kardecismo e a Umbanda. Os principais autores católicos do período foram Frei Boaventura Kloppenburg (1957; 1960; 1961a; 1961b; 1967; 1972) e Álvaro Negromonte (1954).
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Os adversários espíritas, Carlos Imbassahy (1935; 1943; 1949; 1950; 1955; 1961; 1962; 1965; 1967; Imbassahy & Granja 1950) e Deolindo Amorim (1949; 1955; 1957; 1978; 1980) rebatiam os ataques católicos através da publicação de artigos e livros.
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Na década de 1960, o então seminarista espanhol Oscar González Quevedo, mais tarde fundador do Centro Latino Americano de Parapsicologia (CLAP), foi enviado ao Brasil com a tarefa de “livrar” o país da superstição espírita.
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Um de seus principais antagonistas foi o engenheiro e intelectual espírita Hernani Guimarães Andrade, fundador do Instituto Brasileiro de Psicobiofísica (IBPP). Iniciou-se, então o que Hess chamou de guerra de palavras (Hess, 1987a, p. 473) entre católicos, representados por Quevedo, e espíritas kardecistas, representados por Andrade.
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Apesar de o embate ter sido arrefecido pelo passar dos anos, essa “guerra” continua até nossos dias. (Zangari & Machado, 1995b, p. 505). Quevedo continua ativo e presente na mídia e, embora Andrade tenha falecido em 2003, há outros importantes defensores do pensamento espírita, lutando ainda para defendê-lo e estabelecer um vínculo entre a doutrina e o saber científico. ”
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DISSERTAÇÃO. MESTRADO NO INSTITUTO DE PSICOLOGIA – USP
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Machado, Fátima Regina (2005). Parapsicologia no Brasil: Entre a cruz e a mesa branca. Boletim Virtual de Pesquisa Psi , Vol 2.
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Profa. Dra. Fátima Regina Machado
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Inter Psi – CENEP – COS – PUC/SP Faculdade de Comunicação e Filosofia – PUC/SP Instituto de Psicologia – USP
julho 7th, 2013 às 1:24 AM
ATENÇÃO, PESSOAL. DESCOBRI QUE O ARDUIN É ESPIÃO (PROVAVELMENTE RUSSO) E USA COMO COBERTURA A PROFISSÃO DE PROFESSOR DE BOTÂNICA.
julho 7th, 2013 às 1:29 AM
Deram um mestrado e um doutorado a ele em botânica, ensinaram tudo de morfologia (vegetal), mas nada de morfologia (gramática). Que falha!
Por isso eu acho que é russo, a FPS (antiga KGB), como tudo na Rússia, é uma bosta.
Apesar do Tempranillo, não estou borracho (Arduin pensa que borracho é espanhol para bêbado, está parcialmente correto, só que borracho também significa que ou quem está embriagado ou é contumaz no beber; bêbedo, ébrio – veja o Houaiss, Arduin).
julho 7th, 2013 às 1:34 AM
Português e espanhol são dialetos da mesma língua, só são classificados como idiomas por razões histórico-políticas.
Há muito mais diferença entre mandarin e cantonês do que entre português e espanhol. E ninguém duvida que mandarin e cantonês são dialetos do chinês.
julho 7th, 2013 às 1:37 AM
Seria Arduin um espião chinês? Nunca vi a cara dele (cara, parte anterior de la cabeza, desde la frente a la barbilla).
Cara em espanhol é a mesma coisa de cara em português, ou rosto, já em italiano é querida.
O latim teve muitas filhas. Mas não o russo.
julho 7th, 2013 às 1:45 AM
Por falar nisso, lembro-me de que o cx escrevia em inglês, quando incorporava (seria este o termo?) o Emanuel, só que escrevia tudo errado, gramática portuguesa do Brasil com palavras inglesas, coisa estranha para um cara que já se chamou Publio Lentulus.
Seria um péssimo tradutor para o Vitor. Estou me referindo ao Emanuel.
Vou parar por aqui, porque o Tempranillo já subiu à minha cabeza.
Sabem como é, in vino veritas.
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Em tempo, tenho certeza de que o Arduin não é da DGSE.
Por causa do françuá.
Nem do CSIS (service canadien du renseignement de sécurité).
julho 7th, 2013 às 1:58 AM
BUENAS NOCHES A TODOS, en especial mi amigo Arduin.
Domani beverò um Brunello di Montalcino. Omaggio a mi amico Biasetto.
julho 7th, 2013 às 3:39 AM
Insônia é uma droga.
NVF, essa sua teoria de conspiração da igreja contra o espiritismo não faz muito sentido.
Se fosse para valer, não escolheriam um palhaço como o Quevedo.
E também não se importariam com o minguado espiritismo brasileiro. As neopentecostais incomodam muito mais.
E abaixo o Aranha.
julho 7th, 2013 às 9:14 AM
Arduin, tua frase não é espanhol nem português,(…)
Acho que é Esperanto:
o Esperanto nasceu no plano espiritual para solucionar problema linguístico lá existente. Juntamente com as mensagens A Missão do Esperanto, do Espírito Emmanuel, e O Esperanto como Revelação, do Espírito Francisco Valdomiro Lorenz, ambas recebidas psicograficamente por Francisco Cândido Xavier, respectivamente em 19.1.40 e 19.1.59, o artigo transcrito em Reformador de 15 de fevereiro de 1909 compõe a tríade inspiradora das realizações esperantistas nos círculos espíritas do Brasil.
FEB. O Esperanto no Movimento Espírita Brasileiro.2012.
http://www.febnet.org.br/blog/geral/estudos/o-esperanto-no-movimento-espirita-brasileiro/
julho 7th, 2013 às 11:39 AM
Marciano,
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“NVF, essa sua teoria de conspiração da igreja contra o espiritismo não faz muito sentido.
Se fosse para valer, não escolheriam um palhaço como o Quevedo.
E também não se importariam com o minguado espiritismo brasileiro. As neopentecostais incomodam muito mais.”
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Sim, mas ele recebeu essa missão na década de 1960, quando o espiritismo era pujante e preocupava. Hoje realmente não. Mas naquela época, sim.
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Veja no trecho que eu trouxe:
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“Apesar de o embate ter sido arrefecido pelo passar dos anos, essa “guerra” continua até nossos dias. (Zangari & Machado, 1995b, p. 505). Quevedo continua ativo e presente na mídia e, embora Andrade tenha falecido em 2003, há outros importantes defensores do pensamento espírita, lutando ainda para defendê-lo e estabelecer um vínculo entre a doutrina e o saber científico. ” (mas aqui ainda era final do século 20)
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Então Quevedo recebeu a missão de perturbar o espiritismo de qualquer maneira lá em 1960. O espiritismo minguou, mas o velho acabou incorporando a mania de perseguição, mantendo-a até hoje por conta própria.
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O perfil dele se formou nesse contexto, foi isso o que eu quis dizer. As pessoas se habituam a fazer as mesmas coisas e não conseguem enxergar fora do seu quadrado, fora de suas especializações. Padre Quevedo é mais um.
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E sobre ele ser um “palhaço”, era o que a ICAR realmente queria, pois ele seria o frontman midiático da estratagema, que não contava só com ele, à época.
julho 7th, 2013 às 11:41 AM
Então Quevedo recebeu a missão de perturbar o espiritismo de qualquer maneira lá em 1960. O espiritismo minguou, mas o velho acabou incorporando a mania de perseguição, mantendo-a até hoje por conta própria.
.
O perfil dele se formou nesse contexto, foi isso o que eu quis dizer. As pessoas se habituam a fazer as mesmas coisas e não conseguem enxergar fora do seu quadrado, fora de suas especializações. Padre Quevedo é mais um.
.
E sobre ele ser um “palhaço”, era o que a ICAR realmente queria, pois ele seria o frontman midiático da estratagema, que não contava só com ele, à época.
julho 7th, 2013 às 1:46 PM
de Morte, claro que a frase é portunhol sim. Eu não consegui achar a frase original e reproduzi os trechos que lembrava de memória. Na tradução dizia:
_ Vi um homem careca correndo suado na rua com o paletó na mão, tentando embarcar num microônibus e mais umas outras coisas das quais não me lembro. Mas no final trazia a conclusão e correta:
_ Quem não sabe uma língua, só pensa besteira.
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Agora uma coisa engraçada. Conheci um professor argentino, que está há 22 anos no Brasil, mas não fala Português… Por que será que o Quemedo diz _ Isto non ekiziste em vez de Isto não existe?
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Ah! Seu NeVeFê, acho que está trocando um pouco as bolas. O Espiritismo no Brasil NUNCA foi pujante. Tem em mãos as estatísticas de quantos espíritas eram estimados nos anos 1950-1960 e nas décadas seguintes?
O Chico Xavier conseguiu que ficasse um pouco mais popular com seus romances, mas a grande ajuda que o tornou mais conhecido veio justamente do nosso querido Padre Quemedo. Tudo aquilo que é atacado, chama a atenção. Como já me dizia uma moça (na época) do meio artístico de que o Quemedo até então só trouxera mais gente para o Espiritismo.
julho 7th, 2013 às 1:51 PM
Bem lembrado, Gorducho. O esperanto, assim como a homeopatia, são duas bobagens incorporadas (usei este termo de ironia mesmo) pelo espiritismo.
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NVF, sua hipótese tem seus méritos, só acho que é um pouco fantasiosa. Quevedo não me parece um padre a quem se pudesse conferir tal missão. Sempre gostou de parapsicologia, escreveu livros a respeito (já li 3 – tudo lixo), a igreja não apoia a parapsicologia.
Sua hipótese não é, contudo, descabida. Digamos que seja fantasmagórica, não conseguiremos nunca prová-la falsa ou verdadeira.
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Montalvão e Arduin (sei lá qual o verdadeiro nome dele em russo), cadê vocês?
julho 7th, 2013 às 1:54 PM
“Se fosse para valer, não escolheriam um palhaço como o Quevedo.”
– Sabe qual é o problema, de Morte? Trata-se da mudança de método. Antes a Santa Madre Igreja recorria a um casal de santos para combater o Espiritismo. Se o público a ser defendido contra a nefanda heresia era ignorante e impressionável, recorria-se a São Satanás:
_ Não se meta com o Espiritismo: é coisa do Demo!
Mas se o público era mais culto e nada impressionável, então recorria-se a Santa Fraude:
_ Tudo no Espiritismo não passa de fraudes, ilusionismo, empulhação, etc e tal.
Nessa linha, quase tarde demais, foi publicado aqui o livro de Fernando Palmés, Metapsíquica e Espiritismo. Não fez muito sucesso pois era caro devido ao número de fotos e seu texto é tão prolixo e verborrágico, que quando achei um exemplar num sebo, cerca de 2/3 do livro estavam com as páginas unidas (tinha sido mal refilado).
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Aí então veio o nosso querido Padre Quemedo, trazendo agora o colorido científico da charmosa Parapsicologia, devidamente catequizada pela Santa Madre Igreja, e com ela agora sim iam derrotar de vez a nefanda heresia espírita. Parece que no fim o seu expoente, o querido Quemedo, não teve muito sucesso na sua empreitada. Seria interessante analisar dados estatísticos para ver se seu trabalho minguou o Espiritismo ou não teve efeito algum.
julho 7th, 2013 às 1:56 PM
Arduin, acho que você está certo sobre o Quevedo trazer mais gente para o espiritismo.
Quanto à pronúncia de Quevedo, você já reparou que um brasileiro do nordeste, um do sul, um do sudeste, usam expressões regionais com significados enganadores, igualzinho ao espanhol, e pronunciam tudo diferentemente?
Você diria que um paraibano não sabe falar português, só porque usa palavras de enganam, como peba, em vez de preá, malassada (olha só, parece uma mala assada, coisa de maluco), em vez de fritada?
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LÁ NA RÚSSIA NÃO TEM REGIONALISMOS E DIFERENÇA DE PRONÚNCIA, NÃO?
julho 7th, 2013 às 1:57 PM
Arduin, prazer em palrar com você, volto mais tarde.
julho 7th, 2013 às 2:59 PM
Biasetto,
concordo com o que vc disse , eu costumo dizer que as Religiões são como as armas, as pessoas se apegam a elas como uma forma de proteção com a ilusão de que aquilo irá salva-la, quando na verdade é tudo uma forma de desespero exagerado e assim as Religiões que como as armas também destróem e separam famílias, já imaginou uma situação aonde seu filho adoece daí ele precisa de uma transfusão de sangue, mas por conta da religião não poderá ser feito tal procedimento pois essa crença proibe o uso de sangue e daí consequentemente a pessoa morre, mas não se “preocupe”!, eles dizem, pois um dia ele será “ressuscitado”, é brincadeira! ou quer mais?.
julho 7th, 2013 às 3:35 PM
Ô Marciano, qual a língua que falam os peixes mesmo?
Questão 594 do livro dos ‘espiritos’:
…
“Pensais que
os peixes não se entendem entre si?
Seria o cocorocal? Bacalhonês? Salmonês? Trairano?
Já pensou uma piranha batendo um papo com um pacu?
Ainda na questão 594 do L.E. :
“Meio, porém, de se comunicarem entre si,
têm. Dizem uns aos outros muito mais coisas do que
imaginais. ”
Eles falam entre si. Caraca!!
Acho que foi Bob Marley um dos ‘espiritos’ que ditou a ‘codificação’ pra Kardec…
LEGALIZE IT
DON’T CRITICIZE IT
LEGALIZE IT YEA-AH YEA-AH
AND I WILL ADVERTIZE IT
julho 7th, 2013 às 3:38 PM
Continuando, Bob Marley foi quem ditou a Kardec a questão 594 do L.E. Veja que anos depois ele reecancarnou e lembrou a questão ditada a Kardec numa canção chamada Legalize it (já citada acima):
BIRDS EAT IT
ANTS LOVE IT
FOWLS EAT IT
GOATS LOVE TO PLAY WITH IT
julho 7th, 2013 às 4:55 PM
Marciano e Arduin,
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A hipótese na verdade não é minha, está num trabalho científico:
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DISSERTAÇÃO. MESTRADO NO INSTITUTO DE PSICOLOGIA – USP
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Machado, Fátima Regina (2005). Parapsicologia no Brasil: Entre a cruz e a mesa branca. Boletim Virtual de Pesquisa Psi , Vol 2.
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Profa. Dra. Fátima Regina Machado
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Inter Psi – CENEP – COS – PUC/SP Faculdade de Comunicação e Filosofia – PUC/SP Instituto de Psicologia – USP
julho 7th, 2013 às 5:38 PM
Sempre acompanhei esse blog, mas nunca fiz nenhum comentário, pois todos os comentaristas usuais complementam satisfatoriamente os textos postados.
No entanto, essa referência ao livro “Cartas de uma Morta” me chamou a atenção, não pelo fato proposto no texto, mas por um outro que percebi há alguns meses quando li essa obra.
Durante sua viagem a Marte, a mãe de Chico descreve a paisagem marciana e num trecho diz:
“Não vi montanhas, sendo notáveis as planícies imensas, onde os felizes habitantes desse orbe desempenham suas atividades consuetudinárias.”
Achei isso estranho, pois as sondas que mapearam todo o planeta Marte trouxeram ao nosso conhecimento a presença do maior vulcão do Sistema Solar, o monte Olympus, que é uma elevação de 23 km, ou seja, quase três vezes mais elevado que o monte Everest.
Isso me fez descartar essa obra completamente, tendo-a como falsa. Um outro livro, também psicografado nos EUA, falando sobre Marte, afirmava não haver no planeta vermelho nada mais elevado que 1000 m. O espírito que ditou o livro se chamava Eros Urides.
Creio que esses são dois exemplos de obras mediúnicas que podem ser descartadas por se mostrarem contrárias aos modernos conhecimentos científicos.
julho 7th, 2013 às 6:17 PM
Edmilson, esta e qualquer outra obra mediúnica deve ser descarta por quem não deseja ser iludido. Psicografia é fraude. Ponto final.
julho 7th, 2013 às 6:37 PM
“Creio que esses são dois exemplos de obras mediúnicas que podem ser descartadas por se mostrarem contrárias aos modernos conhecimentos científicos.”
– E devem mesmo, Edmilson. Se a obra psicografada traz besteiras, desmentidas pelos FATOS, não há razão alguma para a termos em boa conta, não importa o “alto gabarito” do médium que a passou adiante. E essa não foi a única obra cheia de besteiras que o Chico escreveu. O Há 2000 anos é outra igual. E ainda sobre Marte, há o livro do Ramatis, Vida no Planeta Marte, outra excelente pataquada. Sobre esse último livro, o livro As melhores respostas do Imbassahy traz uma explicação ad hoc do autor. Ao terminar o manuscrito, não havia identificação de qual planeta ele falava. A proposta seria apenas mostrar como seria a vida num mundo um tanto mais evoluído que a Terra. Mas aí então, Ramatis revelou tratar-se de Marte. Hercílio diz ter hesitado, mas Ramatis insistia. Ao levar ao editor, esse ficou encantado com a ideia de ser Marte. Afinal havia a crença de que Marte seria sim um mundo habitável e habitado, afinal os telescópios indicavam que havia canais retilíneos nele, que só poderiam ser obra de seres inteligentes. E além disso, o que venderia mais? Um livro que revelasse como era Marte ou um imaginário planeta Priplanus qualquer?
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Quanto ao Antonio Gê de Porto Alegre e Saltitante achar que psicografia é fraude, veja os tópicos mais acima que tratam da Leonore Piper e outros. Faça o seu próprio juízo.
julho 7th, 2013 às 6:55 PM
Arduin, psicografias são textos supostamente ditados por espíritos a sedizentes médiuns. Sem qualquer evidência de que tais fenômenos sejam autênticos. Mas com toneladas de evidências de fraudes.
Os relatos sobre as proezas da Leonore Piper só convencem a quem deseja ser convencido. E, só para variar, os alegados fenômenos, são beeeeeemmmmm antigos. Típico, não?
Eu estou quase inteiramente convencido (digamos… 99,999999%) de que não existem espíritos. E, muito menos, médiuns. Logo…
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Sds.
julho 7th, 2013 às 7:57 PM
Será que um dia o povo brasileiro vai acordar para o fato de que Chico Xavier não era nada mais que um aproveitador? Creio que não, nem adianta insistir nisso, como o próprio Xavier dizia: “Mais vale a mentira que consola do que a verdade que fere”, ele seguiu este lema da forma mais radical possível, e não há mais possibilidade de removê-lo deste pedestal de santidade no qual foi colocado por um povo inculto e supersticioso. Chico Xavier, santo? Não, santarrão, com certeza.
julho 7th, 2013 às 11:01 PM
Arduin, estou atrasado na leitura das postagens e nas respostas. Devo ficar sem tempo mais alguns dias, porém na medida do possível apareço. Por enquanto mando algumas ponderações.
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ARDUIN disse: Com o Delagrave, eu na verdade estou querendo saber outra coisa. Diz no começo do livro que ele perdera um filho e a Federação Espírita local (acho que era do Paraná), ficou toda ufana, dizendo: _ Agora do Delagrave vai se tornar espírita.
E depois ficaram lá assediando o cara, dizendo que seu filho estava se manifestando lá na Federação, ao que ele respondia: _ Ele sabe onde moro. Que se manifeste na minha casa.
E não se tornou espírita.
Eu queria checar isso. Saber o que há de verdadeiro nessa história, pois acho muito estranho que houvesse interesse de alguma Federação em tornar um cara espírita…
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COMENTÁRIO: Pegue o trecho que busca, só que Dallegrave não cita a Federação Espírito, fala em “líderes espíritas”.
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DALLEGRAVE: 4 – “OS ESPíRITOS DOS MORTOS COMUNICAM-SE COM OS VIVOS?
Não, os espíritos dos mortos não se comunicam com os vivos.
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Esses fenômenos que ocorrem em Centros Espíritas já se acham mais do que explicados pela Parapsicologia como fenômenos físicos provocados pelo dotado ou médium e não pelos espíritos do além.
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O Instituto Paranaense de Parapsicologia oferece a importância de Cr$ 500.000,00 a quem provar que o espírito do morto se comunica com o vivo, fora do contexto religioso (a Bíblia).
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Um rico industrial nos Estados Unidos da América do Norte tem depositado, há vinte anos, em um Banco de Nova Iorque, a importância de 40.000 dólares, destinada a quem provar cientificamente, como fato, que o espírito do morto se comunica com o vivo; nas mesmas condições acima.
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Outros dois americanos muito ricos também oferecem enormes somas depositadas em Banco, com a mesma finalidade.
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Esta quarta argumentação corresponde ao quarto capítulo de meu livro, que escrevi com especial carinho, dentro do aspecto estritamente científico, porque diz respeito a dois acontecimentos muito tristes que ocorreram em minha vida.
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Há 15 anos, mais ou menos, um filho meu de 17 anos de idade, aluno do Instituto Santa Maria, como prêmio, foi com sua turma fazer um piquenique na lagoa de Rio Branco, onde infelizmente morreu afogado.
Os líderes espíritas, com quem vivo constantemente, me atacaram. Chegaram a dizer, com certa segurança: “Agora o Dallegrave vai virar espírita”.
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E começaram a guerra dizendo: “Seu filho está baixando aqui, ali e acolá “. Muitas cartas eram deixadas nas proximidades de minha antiga loja, com meu nome e endereço, para não se identificarem, nas quais afirmavam as mesmas coisas.
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Certa vez, disseram-me pessoalmente: “Hoje seu filho vai baixarem tal sessão e deseja falar insistentemente com os pais”.
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Isso foi duríssimo para nós, pois estávamos totalmente traumatizados e chocados. Um filho, nessa idade, é um pedaço da gente. E não queríamos então falar com nosso querido filho? Entretanto, nossa resposta, com a graça de Deus, foi esta: Ele sabe onde nós moramos, que vá baixar lá.
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Mas, a provação não ficou aí.
Seis anos mais tarde, um outro filho meu, 21 anos de idade, inauguran¬do uma casa de praia em Matinhos, às 14:00 horas, agarrado a uma bóia, foi tragado pelo mar. Às 20:00 horas seu corpo apareceu na praia.
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Então, os líderes espíritas já não diziam mais, seu filho está baixando aqui, ali e acolá, mas seus filhos estão baixando. . . Entretanto, nossa resposta foi sempre a mesma, como verdadeiros cristãos: eles sabem onde moramos, que vão baixar lá.
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Se existe uma pessoa que gostaria que o Espírito do morto se comunicasse com o vivo, sou eu, pois daria tudo na vida para falar com meus filhos, de tantas saudades que sinto deles; mas não quero viver nem de ilusões, nem de fantasias.” [FIM]
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ARDUIN – E quanto à reportagem em questão, lembro-o de que os médiuns americanos trabalham de um jeito diferente dos brasileiros: eles são profissionais que dão consultas aos interessados.
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COMENTÁRIO: Não estou certo se todos os médiuns angloamericanos trabalham por dinheiro, mas deve estar certo no que tange à maioria. Só que no Brasil também há muitos médiuns mediunando em troca de bufunfa. A médium que investiguei é uma dessas: cobra cerca de 100 reais por consulta.
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ARDUIN: Obviamente um cliente pagante quer obter alguma coisa e o médium quer a grana. E o jeito é apelar para a tal leitura fria, quente ou morna ou outra jogada qualquer para tentar satisfazer ao cliente. Normalmente esses não reclamam muito, já que aí é admitir que bancaram os trouxas.
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COMENTÁRIO: creio que o problema não é tanto ficar quieto para não passar ridículo, sim o fato de muitos e muitos pagarem e saírem satisfeitos da sessão, dizendo ouro e diamante da atuação do profissional. No meu caso, logo percebi a técnica da mulher e lhe dei corda, então apareceram meus pais falecidos, minha “irmã” (que não existe), e outros personagens que a médium jogava a isca e eu fingia pegar. Vou lhe dizer, como apareceu espírito naquela sessão!
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ARDUIN: Portanto, se tal reportagem relata um evento verdadeiro (claro, também pode ser tudo invenção de jornalista evangélico…), não estou nem um pouco surpreso.
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COMENTÁRIO: tenho a impressão que acredita que com médiuns não-cobrantes esse problema não ocorreria. Provavelmente sim. O caso é que esses médiuns costumam atuar em ambiente eminentemente crédulo. Não é qualquer pessoa que consegue acesso a eles. Chico Xavier e uns outros são exceções, mas ser exceção nesse assunto não significa ser legítimo…
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Volto breve, se Oxalá permitir.
julho 8th, 2013 às 4:25 AM
Contra, tu podes até não acreditar, mas eu já vi piranha conversando com pacu (no sentido figurado, claro).
Kardec foi um pioneiro, já defendia a liberação das drogas no século XIX.
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NVF, parabéns pela honestidade, se tu ficasses calado, eu pensaria que a hipótese é sua. Não é é uma ideia de todo descartável.
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Edmilson, na verdade o Monte Olimpus não é maior do que o Everest, ele é TRÊS vezes maior do que o Everest. Erraram feio.
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Antonio, eu também estou quase inteiramente convencido de que não existem espíritos. Digamos 100,00000000000000000% de certeza (os zeros após a vírgula, não sucedidos por algarismos significativos, não significam porra nenhuma – claro que esta explicação não é para o Antonio, é para algum incauto).
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Montalvão, todo mundo tem uma história parecida. Eu não quero falar sobre a minha.
julho 8th, 2013 às 4:27 AM
Parece que uma coisa todos temos em comum, cx era um farsante.
Mesmo o espião russo concorda com isto.
julho 8th, 2013 às 6:08 AM
“Será que um dia o povo brasileiro vai acordar para o fato de que Chico Xavier não era nada mais que um aproveitador?”
– Não aposto nisso, pois ao contrário de muitas das nossas grandes figuras políticas e pastorais, o Chico não ficou trilhonário e levou uma vida austera até o fim. Seria um aproveitador muito estranho…
julho 8th, 2013 às 6:11 AM
“Os relatos sobre as proezas da Leonore Piper só convencem a quem deseja ser convencido.”
– Se fosse assim, poderiam ser facilmente refutados, analisando-se as numerosas falhas e indicando a razão destas. E quanto aos acertos, também poderiam ser facilmente explicados por hipóteses alternativas e facilmente verificáveis… Porém no fim tais hipóteses acabam ficando tão ou mais fantásticas do que a manifestação do defunto…
E velhice não diz nada.
julho 8th, 2013 às 6:35 AM
É, Moisés. Talvez eu tenha trocado as bolas com esse tal Instituto Paranaense de Parapsicologia. Mas obrigado pelo trecho enviado. Eu já sabia que o livro era uma piada católica e isso liquida o assunto. É a velha mala direta cristã para tratar do Espiritismo.
Líderes espíritas… Quais? Não dá nomes? Como vou checar sua história? Como vou saber se não está apenas inventando? Já pensou aí se eu dissesse um coroinha conhecido meu me informou que o Quemedo comentou com ele que há muito já acreditava que o Espiritismo é a verdade, mas que para não decepcionar a comunidade católica, ainda o combate?
É a mesma coisa o Delagrave aí, assim como os Hernandes, que têm todo um texto com a conversão do Irineu Gasparetto à Renascer e a operação do poder de Deus na vida dele…
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E quanto ao tal Centro de Parapsicologia oferecer uma bufunfa, o CLAP oferece 10.000 dólares… Mas ao menos quanto a esse último, está quase falido, mendigando dízimo. Será que realmente tem a grana? E outra coisa: qual é o critério para se certificar que é um defunto que se manifesta. Numa palestra com um padre do CLAP, dizem ter proposto um desafio ao Chico: ele ficaria isolado numa sala e duas outras pessoas em outras salas. Elas abririam um livro dele mesmo, ao acaso e o Chico teria de psicografar a primeira linha que a pessoa A viu, depois a segunda linha da pessoa B e assim sucessivamente, ao menos 10 linhas. O desafio está feito e nunca foi aceito. Eu tive que sair antes do fim da palestra, mas minha vontade era perguntar: e o que se prova com isso?
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“A médium que investiguei é uma dessas: cobra cerca de 100 reais por consulta.”
– Eu talvez fizesse algo assim.
_ Gostaria de ter contato com certo espírito. Contudo, só vou pagar se tiver certeza de que ele se manifestou. Aqui está um envelope com as respostas certas que eu sei que ele daria. Se as respostas coincidirem, ótimo para a senhora. Porém senão…
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“Vou lhe dizer, como apareceu espírito naquela sessão!”
– Ótimo. Meus parabéns. Fez o que eu faria. A única diferença é que não fico procurando contato com os falecidos parentes. Eles que se manifestem o dia que acharem melhor. Mas além do ECAE já dedurou essa dona? E por acaso já a questionou dizendo o que disse aqui? Por falta de tempo, não acompanhei a discussão.
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“tenho a impressão que acredita que com médiuns não-cobrantes esse problema não ocorreria”
– Lógico que pode ocorrer. A diferença é que o não cobrante erraria de boa fé, já o médium interesseiro…
julho 8th, 2013 às 11:21 AM
Não nos esqueçamos que os espíritos, supostamente, são a alma dos homens que já viveram entre nós, portanto sabem tanto quanto nós, ou menos, e podem, igualmente, mentir ou se equivocar, sem deixar de serem espíritos.
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Quanto a essa escala evolutiva dos mundos, acho interessante o fato de, na obra de Kardec, o planeta Marte na verdade ser o orbe mais inferior do nosso sistema solar, enquanto CX e Ramatis dizem que é o mais evoluído. Ainda dizem que são Kardecistas.
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Só me questiono: por que enxergar as coisas por uma lente de “progresso e evolução”? Isso fazia sentido no Séc. XIX, dentro das ideias de ordem e progresso do positivismo. Por que copiar isso ainda hoje?
julho 8th, 2013 às 11:25 AM
A VIDA EM OUTROS PLANETAS POR KARDEC – ANÁLISE CRÍTICA
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Um dos assuntos que mais despertam atenção na Obra de Allan Kardec é o povoamento dos mundos, utilizado aqui como sinônimo de planetas. Tal conteúdo é fascinante ao ponto de alguns centros espíritas dedicarem grupos específicos para pesquisas na área da ufologia.
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Neste pequeno texto expor-se-á, inicialmente, o conteúdo relativo ao assunto nas seguintes obras espíritas: “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e alguns artigos da “Revista Espírita”.
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Após a exposição, uma breve análise crítica.
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a) EM “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”
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Na questão 55, os espíritos respondem que todos os globos do universo são habitados.
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Frise-se: todos.
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55. Todos os globos que circulam no espaço são habitados?
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– Sim e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Crêem que Deus criou o Universo somente para eles.
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Respondem, ainda, que cada globo possui suas peculiaridades, assim como os seres vivos de cada um desses mundos se adaptam às suas condições.
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56. A constituição física dos diferentes globos é a mesma?
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— Não; eles absolutamente não se assemelham.
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57. A constituição física dos mundos não sendo a mesma para todos, os seres que os habitam terão organização diferente?
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— Sem dúvida, como entre vós os peixes são feitos para viver na água e os pássaros, no ar.
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E Kardec comenta, a fim de melhor ilustrar:
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“As condições de existência dos seres nos diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que têm de viver. Se nunca tivéssemos visto peixes, não compreenderíamos como alguns seres pudessem viver na água. O mesmo acontece com outros mundos, que sem dúvida contêm elementos para nós desconhecidos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que haveria de impossível para a eletricidade ser mais abundante que na Terra, desempenhando um papel geral cujos efeitos podemos compreender? Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor necessárias aos seus habitantes.”
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Adiante, Kardec questiona os espíritos a respeito da reencarnação nos diferentes mundos. Eles respondem que há uma escala espiritual evolutiva e que os mundos acompanham esse progresso. Assim, há mundos pouco evoluídos para espíritos pouco evoluídos. Também, sugere que quanto mais inferior um mundo, mais material ele é.
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172. Nossas diferentes existências corpóreas se passam todas na Terra?
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— Não; mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem as últimas, mas as mais materiais e distanciadas da perfeição.
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177. Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, tem o Espírito que passar pela fieira de todos os mundos existentes no Universo?
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– Não, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o Espírito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau.
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Questiona-se, ainda, sobre a aparência dos seres dos diferentes mundos.
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181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
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— Sem dúvida que têm corpos, porque é necessário que o Espírito se revista de matéria para agir sobre ela; mas esse envoltório é mais ou menos material, segundo o grau de pureza a que chegaram os Espíritos, e é isso que determina as diferenças entre os mundos que temos de percorrer. Porque há muitas moradas na casa de nosso Pai, e muitos graus, portanto. Alguns o sabem e têm consciência disso aqui na Terra, mas outros anda sabem.
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Kardec, então, explica que, quanto mais elevado na escala um espírito, mais sutil será seu envoltório material. Em sentido contrário, quanto menos evoluído um espírito, mais pesado e denso será seu corpo.
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“À medida que o Espírito se purifica, o corpo que o reveste, aproxima-se igualmente da natureza espírita. A matéria se torna menos densa, ele já não se arrasta penosamente pelo solo, suas necessidades físicas são menos grosseiras, os seres vivos não têm mais necessidade de se destruírem para se alimentar. O Espírito é mais livre e tem, para as coisas distanciadas, percepções que desconhecemos: vê pelos olhos do corpo aquilo que só vemos pelo pensamento.
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A purificação dos Espíritos reflete-se na perfeição moral dos seres em que estão encarnados. As paixões animais se enfraquecem, o egoísmo dá lugar ao sentimento fraternal. É assim que, nos mundos superiores ao nosso, as guerras são desconhecidas, os ódios e as discórdias não têm motivo, porque ninguém pensa em prejudicar o seu semelhante. A intuição do futuro, a segurança que lhes dá uma consciência isenta de remorsos fazem que a morte não lhes cause nenhuma apreensão: eles a recebem sem medo e como uma simples transformação.
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A duração da vida, nos diferentes mundos, parece proporcional ao seu grau de superioridade física e moral, e isso é perfeitamente racional. Quanto menos material é o corpo, está menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam, quanto mais puro é o Espírito, menos sujeito às paixões que o enfraquecem. Este é ainda um auxílio da providência, que deseja, assim, abreviar os sofrimentos.”
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Por fim, corrobora-se que, quanto mais elevado o mundo e o espírito, mais etéreo será seu corpo. E o contrário também se justifica.
186. Há mundos em que o Espírito, deixando de viver num corpo material, só tem por envoltório o períspirito?
— Sim, e esse envoltório torna-se de tal maneira etéreo que para vós é como se não existisse; eis então o estado dos Espíritos puros.
Nos comentários à questão 188, Kardec conclui:
“Segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos.
O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, que eles dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por meio do fluido universal.
Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga.”
b) EM “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”
“O Livro dos Espíritos” estabelece todas as bases e princípios do Espiritismo Kardecista. Os livros posteriores apenas traçam digressões e dissertações de certa forma repetitivas, a fim de corroborar o conteúdo transmitido inicialmente, com foco em determinados assuntos.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no Capítulo 3, Kardec disserta sobre as características dos mundos, dentro de uma visão evolutiva de progresso.
“Do ensinamento dado pelos Espíritos, resulta que os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Dentre eles, há os que são ainda inferiores à Terra, física e moralmente. Outros estão no mesmo grau, e outros lhe são mais ou menos superiores, em todos os sentidos. Nos mundos inferiores a existência é toda material, as paixões reinam soberanas, a vida moral quase não existe. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de maneira que, nos mundos mais avançados, a vida é por assim dizer toda espiritual.”
No que diz respeito especificamente às características dos habitantes de cada mundo, Kardec expõe:
“Nos mundos mais atrasados, os homens são de certo modo rudimentares. Possuem a forma humana, mas sem nenhuma beleza; seus instintos são temperados por nenhum sentimento de delicadeza ou benevolência, nem pelas noções do justo e do injusto; a força bruta é sua única lei. Sem indústrias, sem invenções, dedicam sua vida à conquista de alimentos. […]
Nos mundos que atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral e material são muito diferentes das que encontramos na Terra. A forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana, mas embelezada, aperfeiçoada, e sobretudo purificada.
O corpo nada tem da materialidade terrena, e não está, por isso mesmo sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações decorrentes do predomínio da matéria. Os sentidos, mais sutis, têm percepções que a grosseria dos nossos órgãos sufoca. A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil. Em vez de se arrastarem penosamente sobre o solo, eles deslizam, por assim dizer, pela superfície ou pelo ar, pelo esforço apenas da vontade, à maneira das representações de anjos ou dos manes dos antigos nos Campos Elíseos.
Os homens conservam à vontade os traços de suas existências passadas, e aparecem aos amigos em suas formas conhecidas, mas iluminadas por uma luz divina transfiguradas pelas impressões interiores, que são sempre elevadas. Em vez de rostos pálidos, arruinados pelos sofrimentos e as paixões, a inteligência e a vida esplendem, com esse brilho que os pintores traduziram pela auréola dos santos.”
Destaca-se: “a forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana”; “nos mundos mais atrasados os homens possuem a forma humana”
c) NA “REVISTA ESPÍRITA”
REVISTA ESPÍRITA – Outubro/1860
REVISTA ESPÍRITA – Março/1858
REVISTA ESPÍRITA – Maio/1859
Em diversos artigos, expõe-se que o planeta Marte seria ainda inferior ao planeta Terra, com vida semelhante à vida humana, dentro das adaptações do planeta, porém muito semelhante à nossa “idade da pedra” (período histórico).
Diz-se, também, que Júpiter seria o mais elevado dos planetas do sistema solar, com seres quase etéreos e invisíveis aos olhos humanos.
Um resumo de tudo no seguinte artigo:
http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/esp-ciencia/005/vida-em-outros-mundos.html
d) BREVE ANÁLISE CRÍTICA
Analisando o conjunto da Obra Kardeciana, sobretudo com base nos trechos aqui reunidos, podemos encontrar fatores estranhos e possivelmente equivocados.
Inicialmente, afirma-se que TODOS os globos são habitados. Tal afirmação já causa estranheza à nossa razão.
Também, depreende-se do texto que, apesar das adaptações às peculiaridades de cada mundo, os seres de todos os globos são semelhantes aos seres humanos, têm corpos humanos, apesar de a matéria constitutiva ser mais ou menos densa, conforme o grau de adiantamento evolutivo.
Afirma-se que Marte seria um planeta inferior a Terra, com “seres humanos” de pouca inteligência semelhantes aos nossos homens da caverna, vivendo praticamente apenas para se alimentar.
No entanto, a conquista recente da humanidade (visita ao planeta Marte) não pôde confirmar nada parecido com tais relatos, ainda que se leve em consideração as peculiaridades de adaptação a cada globo.
julho 8th, 2013 às 11:27 AM
A VIDA EM OUTROS PLANETAS POR KARDEC – ANÁLISE CRÍTICA
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Um dos assuntos que mais despertam atenção na Obra de Allan Kardec é o povoamento dos mundos, utilizado aqui como sinônimo de planetas. Tal conteúdo é fascinante ao ponto de alguns centros espíritas dedicarem grupos específicos para pesquisas na área da ufologia.
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Neste pequeno texto expor-se-á, inicialmente, o conteúdo relativo ao assunto nas seguintes obras espíritas: “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e alguns artigos da “Revista Espírita”.
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Após a exposição, uma breve análise crítica.
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a) EM “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”
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Na questão 55, os espíritos respondem que todos os globos do universo são habitados.
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Frise-se: todos.
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55. Todos os globos que circulam no espaço são habitados?
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– Sim e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Crêem que Deus criou o Universo somente para eles.
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Respondem, ainda, que cada globo possui suas peculiaridades, assim como os seres vivos de cada um desses mundos se adaptam às suas condições.
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56. A constituição física dos diferentes globos é a mesma?
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— Não; eles absolutamente não se assemelham.
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57. A constituição física dos mundos não sendo a mesma para todos, os seres que os habitam terão organização diferente?
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— Sem dúvida, como entre vós os peixes são feitos para viver na água e os pássaros, no ar.
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E Kardec comenta, a fim de melhor ilustrar:
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“As condições de existência dos seres nos diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que têm de viver. Se nunca tivéssemos visto peixes, não compreenderíamos como alguns seres pudessem viver na água. O mesmo acontece com outros mundos, que sem dúvida contêm elementos para nós desconhecidos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que haveria de impossível para a eletricidade ser mais abundante que na Terra, desempenhando um papel geral cujos efeitos podemos compreender? Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor necessárias aos seus habitantes.”
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Adiante, Kardec questiona os espíritos a respeito da reencarnação nos diferentes mundos. Eles respondem que há uma escala espiritual evolutiva e que os mundos acompanham esse progresso. Assim, há mundos pouco evoluídos para espíritos pouco evoluídos. Também, sugere que quanto mais inferior um mundo, mais material ele é.
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172. Nossas diferentes existências corpóreas se passam todas na Terra?
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— Não; mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem as últimas, mas as mais materiais e distanciadas da perfeição.
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177. Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, tem o Espírito que passar pela fieira de todos os mundos existentes no Universo?
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– Não, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o Espírito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau.
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Questiona-se, ainda, sobre a aparência dos seres dos diferentes mundos.
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181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
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— Sem dúvida que têm corpos, porque é necessário que o Espírito se revista de matéria para agir sobre ela; mas esse envoltório é mais ou menos material, segundo o grau de pureza a que chegaram os Espíritos, e é isso que determina as diferenças entre os mundos que temos de percorrer. Porque há muitas moradas na casa de nosso Pai, e muitos graus, portanto. Alguns o sabem e têm consciência disso aqui na Terra, mas outros anda sabem.
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Kardec, então, explica que, quanto mais elevado na escala um espírito, mais sutil será seu envoltório material. Em sentido contrário, quanto menos evoluído um espírito, mais pesado e denso será seu corpo.
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“À medida que o Espírito se purifica, o corpo que o reveste, aproxima-se igualmente da natureza espírita. A matéria se torna menos densa, ele já não se arrasta penosamente pelo solo, suas necessidades físicas são menos grosseiras, os seres vivos não têm mais necessidade de se destruírem para se alimentar. O Espírito é mais livre e tem, para as coisas distanciadas, percepções que desconhecemos: vê pelos olhos do corpo aquilo que só vemos pelo pensamento.
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A purificação dos Espíritos reflete-se na perfeição moral dos seres em que estão encarnados. As paixões animais se enfraquecem, o egoísmo dá lugar ao sentimento fraternal. É assim que, nos mundos superiores ao nosso, as guerras são desconhecidas, os ódios e as discórdias não têm motivo, porque ninguém pensa em prejudicar o seu semelhante. A intuição do futuro, a segurança que lhes dá uma consciência isenta de remorsos fazem que a morte não lhes cause nenhuma apreensão: eles a recebem sem medo e como uma simples transformação.
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A duração da vida, nos diferentes mundos, parece proporcional ao seu grau de superioridade física e moral, e isso é perfeitamente racional. Quanto menos material é o corpo, está menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam, quanto mais puro é o Espírito, menos sujeito às paixões que o enfraquecem. Este é ainda um auxílio da providência, que deseja, assim, abreviar os sofrimentos.”
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Por fim, corrobora-se que, quanto mais elevado o mundo e o espírito, mais etéreo será seu corpo. E o contrário também se justifica.
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186. Há mundos em que o Espírito, deixando de viver num corpo material, só tem por envoltório o períspirito?
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— Sim, e esse envoltório torna-se de tal maneira etéreo que para vós é como se não existisse; eis então o estado dos Espíritos puros.
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Nos comentários à questão 188, Kardec conclui:
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“Segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos.
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O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, que eles dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por meio do fluido universal.
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Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga.”
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b) EM “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”
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“O Livro dos Espíritos” estabelece todas as bases e princípios do Espiritismo Kardecista. Os livros posteriores apenas traçam digressões e dissertações de certa forma repetitivas, a fim de corroborar o conteúdo transmitido inicialmente, com foco em determinados assuntos.
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Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no Capítulo 3, Kardec disserta sobre as características dos mundos, dentro de uma visão evolutiva de progresso.
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“Do ensinamento dado pelos Espíritos, resulta que os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Dentre eles, há os que são ainda inferiores à Terra, física e moralmente. Outros estão no mesmo grau, e outros lhe são mais ou menos superiores, em todos os sentidos. Nos mundos inferiores a existência é toda material, as paixões reinam soberanas, a vida moral quase não existe. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de maneira que, nos mundos mais avançados, a vida é por assim dizer toda espiritual.”
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No que diz respeito especificamente às características dos habitantes de cada mundo, Kardec expõe:
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“Nos mundos mais atrasados, os homens são de certo modo rudimentares. Possuem a forma humana, mas sem nenhuma beleza; seus instintos são temperados por nenhum sentimento de delicadeza ou benevolência, nem pelas noções do justo e do injusto; a força bruta é sua única lei. Sem indústrias, sem invenções, dedicam sua vida à conquista de alimentos. […]
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Nos mundos que atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral e material são muito diferentes das que encontramos na Terra. A forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana, mas embelezada, aperfeiçoada, e sobretudo purificada.
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O corpo nada tem da materialidade terrena, e não está, por isso mesmo sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações decorrentes do predomínio da matéria. Os sentidos, mais sutis, têm percepções que a grosseria dos nossos órgãos sufoca. A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil. Em vez de se arrastarem penosamente sobre o solo, eles deslizam, por assim dizer, pela superfície ou pelo ar, pelo esforço apenas da vontade, à maneira das representações de anjos ou dos manes dos antigos nos Campos Elíseos.
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Os homens conservam à vontade os traços de suas existências passadas, e aparecem aos amigos em suas formas conhecidas, mas iluminadas por uma luz divina transfiguradas pelas impressões interiores, que são sempre elevadas. Em vez de rostos pálidos, arruinados pelos sofrimentos e as paixões, a inteligência e a vida esplendem, com esse brilho que os pintores traduziram pela auréola dos santos.”
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Destaca-se: “a forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana”; “nos mundos mais atrasados os homens possuem a forma humana”
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c) NA “REVISTA ESPÍRITA”
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REVISTA ESPÍRITA – Outubro/1860
REVISTA ESPÍRITA – Março/1858
REVISTA ESPÍRITA – Maio/1859
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Em diversos artigos, expõe-se que o planeta Marte seria ainda inferior ao planeta Terra, com vida semelhante à vida humana, dentro das adaptações do planeta, porém muito semelhante à nossa “idade da pedra” (período histórico).
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Diz-se, também, que Júpiter seria o mais elevado dos planetas do sistema solar, com seres quase etéreos e invisíveis aos olhos humanos.
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Um resumo de tudo no seguinte artigo:
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http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/esp-ciencia/005/vida-em-outros-mundos.html
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d) BREVE ANÁLISE CRÍTICA
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Analisando o conjunto da Obra Kardeciana, sobretudo com base nos trechos aqui reunidos, podemos encontrar fatores estranhos e possivelmente equivocados.
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Inicialmente, afirma-se que TODOS os globos são habitados. Tal afirmação já causa estranheza à nossa razão.
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Também, depreende-se do texto que, apesar das adaptações às peculiaridades de cada mundo, os seres de todos os globos são semelhantes aos seres humanos, têm corpos humanos, apesar de a matéria constitutiva ser mais ou menos densa, conforme o grau de adiantamento evolutivo.
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Afirma-se que Marte seria um planeta inferior a Terra, com “seres humanos” de pouca inteligência semelhantes aos nossos homens da caverna, vivendo praticamente apenas para se alimentar.
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No entanto, a conquista recente da humanidade (visita ao planeta Marte) não pôde confirmar nada parecido com tais relatos, ainda que se leve em consideração as peculiaridades de adaptação a cada globo.
julho 8th, 2013 às 11:33 AM
OBS.: Vitor, se puder apague a postagem acima desta última, pois ficou com a formatação ruim para leitura. Logo após apague esta aqui que escrevo também, se possível. Obrigado.
julho 8th, 2013 às 11:42 AM
Isso fazia sentido até 21 de maio de ’71, quando as tropas republicanas entraram em Paris. Dia 28 a Commune acabara. Com ela, o Socialismo Utópico e, por via de consequência, o Espiritismo.
O Leymarie percebeu que a única salvação seria fotografar as almas. Mas almas não costuman se deixar fotografar por terrícolas. Assim, ele fracassou…
julho 8th, 2013 às 12:05 PM
Professor: uma pergunta sobre História da Botânica.
Estou procurando aprender um pouco mais sobre Marte comparando as obras Cartas de uma morta e Uranie.
Nesta deparo-me com [os marcianos falando, pg 355]:
Sabeis que a respiração basta às árvores para sua completa alimentação e que vossos carvalhos mais robustos, vossos cedros mais gigantescos, jamais comeram nada, o que não os impediu de crescer. Nutrem-se unicamente pela respiração. (*)
Daí lhe pergunto: por essa época (’91) haveria o entendimento que as plantas só se nutriam por ar (e implicitamente água claro), sem necessitar de sais minerais e outros nutrientes do solo??
(*)[Vous savez que la respiration suffit aux arbres pour leur nourriture complète et que vos chênes les plus robustes, vos cèdres tes plus gigantesques, n’ont jamais rien mangé, ce qui ne les a pas empêchés de grandir. Ils se nourrissent par la respiration seule.]
julho 8th, 2013 às 12:48 PM
Quando o sujeito é dependente de uma crença não tem jeito, ele acha algum jeito pra manter-se crente, ou ignora o que lê.
Um dia desse fui a uma missa, “ossos do ofício”, aí no semanário litúrgico-catequético ano LXXXI – remessa IX – 16-6-2013 – nº 30 I Leitura: Leitura do Segundo Livro de Samuel – Naqueles dias, Natã disse a Davi … “Pequei contra o Senhor”. Natã respondeu-lhe: “De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento, o filho que te nasceu morrerá”. – Palavra do Senhor.
– E o povo em coro diz: “Graças a Deus”.
Pode isso ???
E eu pergunto pro ArdeRuin: Pode os espíritos falarem tantas bobagens sobre Marte ???
Palavra do senhor Toffo, o Mestre dos Magos: “só mudam as moscas, mas a m* é a mesma”.
Por coisas assim, que não tenho a menor preocupação em me declarar ANTI-RELIGIOSO COM O MAIOR PRAZER E SATISFAÇÃO.
RELIGIÃO É O MÁXIMO DO ATRASO, É O MÁXIMO DA ESTUPIDEZ HUMANA.
julho 8th, 2013 às 1:17 PM
Que bobagens? Estudando, aprendo que Marte outrora teve proporcionalmente quase tanta água quanto a Terra. Que eu saiba, é o que os Físicos cogitam teoricamente hoje…
Relata o Flammarion [p. 290]:
Autrefois, il y avait, relativement au volume de la planète, presque autant d’eau sur Mars que sur la Terre. Insensiblement, de siècle en siècle, une partie de l’eau des pluies a traversé les couches profondes du sol et
n’est plus revenue à la surface. Elle s’est combinée chimiquement avec les roches et s’est exclue du cours de la circulation atmosphérique.
A fato é confirmado em Cartas de uma Morta – A Paisagem de Marte:
Afirmou-me o protetor que grande parte das águas desse planeta desapareceram nas infiltrações do solo, combinando-se com elementos químicos das rochas, excluindo-se da circulação ordinária do orbe.
julho 8th, 2013 às 2:14 PM
Olha aí Contra,
Assim os espíritas se entendem:
http://www.youtube.com/watch?v=7ddXc3w2eh4
julho 8th, 2013 às 2:39 PM
Também aprendo que os marcianos sempre nutriram-se de ar; nunca tendo empanturrado seus estômagos de vitualhas de outros seres.
[Uranie, pg. 256 – trad. minha]:
Aqui não se come, jamais se comeu, não se comerá jamais. A criação tem-se desenvolvido gradualmente, pacificamente, nobremente, como ela começou.
Os organismos se nutrem, dizendo de outra forma renovam suas moléculas, por simples respiração, como o fazem vossas árvores terrestres, onde qualquer folha é um pequeno estômago. Em vossa cara Pátria, não podeis viver um só dia sem a condição de matar. Entre vós, a lei de vida é a lei de morte. Aqui, jamais ocorreu a alguém a ideia de matar mesmo um pássaro.
Vós sois todos, mais ou menos, açougueiros. Tendes os braços cheios de sangue. Vossos estômagos estão empanturrados de vitualhas.
[Cartas]:
Assegurou-me, ainda, o desvelado mentor espiritual, que a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a da Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir
para viver, longe das concepções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheiros de vísceras e de virtualhas de outros seres da criação..
julho 8th, 2013 às 4:05 PM
Necessário registrar que as “vitualhas”, bem como a questão da a forma nutrição das plantas descrita pelo Flammarion e que suscitou minha pergunta ao Professor Arduin, foi já mencionada por Moizés Montalvão QUARTA-FEIRA, JANEIRO 14TH, 2009 no artigo Chico Xavier e os seres interplanetários.
Este artigo menciona vários outros aspectos, portanto recomenda-se ler para quem não o fez; e releitura para quem já o leu 🙂
julho 8th, 2013 às 4:25 PM
Bem, Balofo, eu não lembro o nome do pesquisador, mas foi lá pela época do Kardec que ele cultivou um arbusto num vaso, tendo antes pesado a terra seca cuidadosamente. Após certo tempo, ele retirou a planta, lavou cuidadosamente as raízes, juntou toda a terra e a pôs para secar novamente. E pesou a terra seca. A diferença foi tão pequena, para menos, que atribuiu a isso a alguma perda durante o processo de lavagem e secagem. Daí então estava cientificamente provado que as plantas cresciam unicamente por conta da respiração e absorção de água. O solo, só servia de suporte.
Só anos mais tarde, com análises químicas mais precisas é que se verificou que as plantas absorviam minerais e que estes eram essenciais para a sua manutenção. A definição, inclusive, de nutriente essencial é:
A falta de um deles impede a planta de concluir seu ciclo de vida.
E é o que acontece. Há os macronutrientes, que são consumidos em maior quantidade, e os micronutrientes, que são consumidos em pequena quantidade, mas são essenciais: se faltar um, a planta não completa seu ciclo de vida.
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Quanto a Marte e outros planetas, com relação ao que os espíritos revelam, é ASQ: acredite se quiser. Se provado que a bombástica revelação é uma balela, mas ainda quiser seguir acreditando, como o Carlos Magno e sua firme crença em Ramatis, aí é ASB: acredite se for burro.
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“E eu pergunto pro ArdeRuin: Pode os espíritos falarem tantas bobagens sobre Marte?”
– Porque os espíritos são apenas humanos sem corpo, SEM DETER A SUPREMA SABEDORIA, NEM A SUPREMA MORALIDADE. Assim, por acreditar em certa coisa, o espírito a passa adiante. Se mais tarde ficar provado que a crença era infundada, azar do espírito e do médium que falou a bobagem.
Isso sem falar na mistificação e animismo, quando o médium acredita em certa coisa e, ao menos entre os crentes de espírito, passa adiante aquilo no que crê.
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Em todos os campos de conhecimento é assim. Aquele que crê em certa coisa, valoriza o que confirma a dita coisa e faz de conta de que não vê o que a contradiz. Portanto os espíritos e seus médiuns não saem perdendo nada para os cientistas, historiadores, filósofos, sociólogos, ideólogos e outros ólogos…
julho 8th, 2013 às 4:48 PM
É, inclusive na cópia digitalizada – baixada da BnF – o trecho está assinalado ? por um leitor!
O Flammarion era culto demais para deixar um furo desses. Após algum esforço de raciocínio deduzi que devia ser o aceito na época.
julho 8th, 2013 às 6:12 PM
Marcos Arduin, há muitos tipos de aproveitadores, a maioria deles, é verdade, tem como foco o dinheiro, mas existem alguns que são de um tipo diferente, são voltados para a vaidade, a fama e a influência que tem sobre os outros, uma vez que tais atributos são mais difíceis de conquistar que dinheiro, não é toda hora que alguém consegue, através de seus supostos feitos, alcançar uma quase santidade, como é o caso de Chico Xavier. O fato de não ter ficado milionário não diz muito, mas o fato de ter influenciado milhões de pessoas com mentiras, fraudes, plágios e prestidigitações das mais variadas, diz tudo. Existe ainda alguma pessoa que tenha estudado medianamente os fenômenos de Chico Xavier que não tenha se convencido por completo da total falsidade com que foi construída sua imagem pública? Podem dizer que sou anti-espírita, anti-chiquista, que eu tenho preconceito ou ódio contra CX, mas saiba que, antes de minha pesquisa, CX era para mim um exemplo acima de qualquer suspeita, eu era capaz de discutir com uma pessoa só de saber que ela tinha um conceito desfavorável em relação ao Chico. Pois foram precisas apenas algumas horas de leitura para que minha ilusão a respeito do sujeito fosse completamente desfeita. A verdade é uma só: CX mentia, fraudava e plagiava, isso está evidente em diversas fontes fidedignas, inclusive neste blog.
julho 8th, 2013 às 6:30 PM
Com exceção de um estudo em espanhol, realizado por um pesquisador argentino sobre a personalidade de CX, publicado aqui no portal, não me lembro de ter lido nada razoavelmente isento sobre ele. Parece que só se preocupam com ele pessoas comprometidas com o espiritismo. A biografia de CX realizada por Marcel Souto Maior é bastante boa, porque ele é isento. Mas é biografia, não estudo psicológico. Parece-me que os estudiosos sérios não se preocupam muito com ele não.
julho 8th, 2013 às 6:55 PM
De uma vez por todas: Kardec não “inventou” nem “cunhou” a palavra espiritismo. Essa palavra já existia na língua inglesa, entre os americanos, para designar o movimento criado em torno da atividade com espíritos. E mais: em sua acepção original, spiritism tinha uma conotação algo pejorativa (algo como aqueles doidos que mexem com espíritos). O que Rivail fez foi, num golpe de marketing notável (ele era um excelente homem de negócios e com aguçado faro para oportunidades, o que pouca gente sabe), apropriar-se da palavra que estava dando sopa por aí, nacionalizá-la para spiritisme – se fosse em vernáculo seria Espritisme – tanto é que os dicionários da língua francesa classificam spiritisme como anglicismo – e com isso conseguiu estrondoso sucesso. Outra jogada de mestre de Rivail foi autodenominar-se Allan Kardec, um suposto nome druídico que já foi devidamente analisado aqui no portal, aproveitando a onda druídica que perpassava o pensamento dos socialistas românticos aos quais Rivail se filiava. Na sua explicação inicial ao Livro dos Espíritos, Kardec ressalta que a diferença entre espiritualismo e espiritismo reside no fato de que o espiritualismo seria mais genérico e o espiritismo se basearia na crença nas comunicações dos espíritos. Ele não disse: só é espírita aquele que aceita a doutrina espírita que eu codifiquei e está neste livro. Dessa maneira, a rigor, qualquer doutrina ou religião que aceite ou adote a comunicação dos espíritos é qualificada como espiritismo, como a umbanda, por exemplo.
julho 8th, 2013 às 7:20 PM
Po Biaseto, ele está no estado de SP…
Ele deve estar aí na sua cidade…
julho 8th, 2013 às 7:48 PM
Cx só queria notoriedade, paparicação. Nem todos querem dinheiro, alguns contentam-se com a fama.
Otavio Ferreira disse tudo.
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Caraca, Gasparetto agora é evangélico???!!!
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NVF, fico imaginando como seria a adaptação dos seres vivos que vivem em Vênus, Júpiter, etc.
As estrelas também são “globos”. Como seria a adaptação nelas?
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Arduin e NVF, se os espíritos não ficam mais sapientes só porque desencarnaram, para que comunicar-se com eles? Besteira por besteira, fiquemos só com o encarnados.
julho 8th, 2013 às 8:15 PM
Faço eco às palavras do Arduin. Assino embaixo:
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““E eu pergunto pro ArdeRuin: Pode os espíritos falarem tantas bobagens sobre Marte?”
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– Porque os espíritos são apenas humanos sem corpo, SEM DETER A SUPREMA SABEDORIA, NEM A SUPREMA MORALIDADE. Assim, por acreditar em certa coisa, o espírito a passa adiante. Se mais tarde ficar provado que a crença era infundada, azar do espírito e do médium que falou a bobagem.
Isso sem falar na mistificação e animismo, quando o médium acredita em certa coisa e, ao menos entre os crentes de espírito, passa adiante aquilo no que crê.
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Em todos os campos de conhecimento é assim. Aquele que crê em certa coisa, valoriza o que confirma a dita coisa e faz de conta de que não vê o que a contradiz. Portanto os espíritos e seus médiuns não saem perdendo nada para os cientistas, historiadores, filósofos, sociólogos, ideólogos e outros ólogos…”
julho 8th, 2013 às 8:24 PM
Marciano disse
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“Arduin e NVF, se os espíritos não ficam mais sapientes só porque desencarnaram, para que comunicar-se com eles? Besteira por besteira, fiquemos só com o encarnados.”
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Na verdade, a ideia de se comunicar com os espíritos inicialmente era apenas pra confirmar a sua existência e para nos conscientizar, enquanto encarnados, sobre como funciona o mundo espiritual. Essa era a busca, o esforço.
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Acontece que desvirtuaram e se danaram a exigir conhecimentos científicos dos espíritos, além de acreditarem em tudo que eles diziam. Começaram a perguntar coisas como habitantes de outros planetas, etc.
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O próprio Kardec, que se acha “O” iluminista, começou a errar nesse sentido. Principalmente ao hierarquizar espíritos em superiores e inferiores (quase um Hitler do século XIX), mas tudo graças ao positivismo comtiniano da época.
julho 8th, 2013 às 8:59 PM
Hahahahaha, essa do Irineu Gasparetto eu não sabia. Pesquisei e li que ele foi pastor da igreja renascer por 3 anos, a bispa Sônia prometeu salário milionário e ele foi, mas o salário não veio e ele acabou abandonando…Kkkkk, este é o tipo “espírita” por excelência, pula de galho em galho, renega o passado e não se acanha de aderir a novos movimentos só para se dar bem…Mais um vexame inominável para os Gasparetto e para os espíritas em geral. Certa vez, um amigo meu disse que foi ver uma “sessão” do Irineu Gaspareto recebendo os espíritos que dizia receber ( John Lennon, Elvis Presley, Vinícius de Moraes e outros) e veio todo empolgado dizendo que era um fenômeno, que acreditava ser tudo autêntico. Munido de alguma cautela para não ofender, eu disse: Isso é tudo farsa, esse Irineu é um picareta quase tão grande quanto o irmão dele ( Luiz Antônio) e sua mãe Zíbia, que escreve os tais romances “psicografados”. Está aí a prova: ele mesmo reconheceu toda a farsa e queimou grande parte dos arquivos onde aparecia “recebendo” os tais espíritos.
Uma nota sobre os “romances psicografados”, eu percebi que eles eram todos falsos porque em todos eles encontrei anacronismos, não apenas nos de Zíbia, mas em todos que li, e olha que eu li um bocado deles, nestes romances, dão tiros antes da invenção da pólvora, sujeito tem geladeira em pleno sertão do Nordeste dos anos 30, fulano é torturado com a Donzela de Ferro na inquisição espanhola ( a Donzela de Ferro jamais foi usada na inquisição espanhola ), outro toma pílulas para dormir antes da existência da indústria farmacêutica, e por aí vai, é uma coleção tão escabrosa de bobagens e bizarrices que causa espanto que tantos milhões de pessoas consumam tal “literatura”, é preciso ser completamente néscio em quase todas as áreas do conhecimento humano para não perceber que tudo isso é um engodo profundo e nocivo.
julho 8th, 2013 às 9:44 PM
Otávio, sem querer ser chato, mas acontece o seguinte: se não for por dinheiro, as outras coisas que sugere são muito complicadas para se prever e, consequentemente, alcançar as metas.
Muito improvável que Chico houvesse tido alguma vez a vaidade e o desejo de dominar a mente de pessoas com suas escritas. Como podia prever que teriam esse efeito num país de maioria católica e hostil ao Espiritismo?
Claro, uma vez achado o caminho das pedras, outros podem aproveitar a deixa, como o Baccelli e o Divaldo. Contudo, não desmerece a boa obra que Chico deixou.
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Uma vez tido bem claro que os espíritos são entes do mesmo nível intelectual que os mortais, o que podemos obter de valioso deles é a prova da nossa continuidade após a morte do corpo. Isso é o que mais interessa. Agora quanto a obter conhecimentos sem trabalho e sem esforço, o Kardec já havia comentado sobre isso e deixado claro que nada se obteria por esse meio.
Assim então, as revelações de espíritos sobre vida em outros planetas não têm mais valor do que as opiniões de astrônomos ou romancistas.
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Segue abaixo o depoimento do Irineu Gasparetto sobre sua conversão à igreja renascer. No texto original consta o logotipo da igreja e as assinaturas dos Hernantes.
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Agosto/99
Querido irmão Gideão,
Mais uma vez nos sentimos abençoados em dirigir a palavra a você para informar que de maneira impressionante, o Senhor tem nos abençoado em todas as coisas.
É com muita alegria e dedicando honras ao Senhor que iremos relatar a todos um testemunho de abalar as estruturas do inferno, como você vai poder constatar.
Quero ressaltar que o Sr. Gasparetto teve seu encontro com Cristo motivado pela programação do canal 28 (UHF São Paulo c, dentro em breve, também para todo o Brasil, via satélite). Esta vitória é dividida com você, gideão, que há muito tem nos ajudado a levar a obra do Senhor Jesus.
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Testemunho
Certo dia, sintonizando o canal 28 Gospel, pregava o Apóstolo Estavam e nos pareceu estar ele dando um recado diretamente a nós.
Estávamos numa condição de vida bastante conturbada, Ambos de família espírita, de uniões anteriores desfeitas, separados, porém não divorciados, vivíamos todas as aflições do mundo.
Carrego um sobrenome que é relativamente conhecido no meio espírita, também um pouco fora dele, isto é: Gasparetto.
Minha mãe é conhecida pelos livros psicografados e meu irmão pelo trabalho em pintura mediúnica, pelos cursos e pelos livros que escreve.
Eu, também espírita, tinha sob minha responsabilidade um centro espírita com mais de 300 trabalhadores, na cidade de Mogi das Cruzes e outro no bairro do Ipiranga, em São Paulo, além de fazer músicas ditas mediúnicas e dar aulas de auto-ajuda e workshops no Brasil e no exterior sobre desenvolvimento espiritual,
Meu primeiro casamento durou 17 anos e foi desfeito há cinco anos por minha vida desregrada. Morei sozinho cerca de 1 ano e, nesse tempo, tive uma vida completamente desregrada e sem nenhum tipo de controle, principalmente no campo sexual. Foi nessa época que conheci a Angrey, cuja mãe também tem um centro espírita em Suzano. Pensei inicialmente que seria mais uma aventura, mas, graças a Deus, estava enganado. Já moramos juntos há quatro anos! Filha única e tendo estudado em colégio de freiras, casou-se muito cedo, tendo 2 filhos, hoje homens feitos. Há mais de 11 anos está separada do ex-marido.
ATRAVÉS DA PROGRAMAÇÃO DO CANAL 28, JESUS TOCOU O NOSSO C0RAÇÃO E NOS CONVERTEMOS!
BENDITO SEJA ESSE DIA!
A partir de nossa conversão, fechei o centro de Mogi e o de São Paulo, assim como parei com minhas outras atividades ligadas ao espiritismo. Foi difícil para mim dizer que o espiritismo que eu ensinava em palestras públicas, rádios e TV, há mais de 30 anos, era tudo mentira, Desfiz-me completamente de meu arquivo pessoal. Trouxe para a Igreja todo meu material de trabalho espírita de 30 anos, ou seja, vídeos e cerca de 400 fitas de 90 minutos cada uma de sessões de música mediúnica.
Minha família, que está totalmente desestruturada pelo espiritismo, desunida, com vários familiares que não se dão por diferentes motivos, não aceita de maneira nenhuma a nossa conversão, E os amigos sumiram!
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Nada do que fizeram contra nós conseguiu abalar o nosso amor a Jesus Cristo, nem mesmo os serviços de macumba feitos pelas mulheres com quem convivi. Estamos aqui na Igreja quase que diariamente, pois o mundo lá fora, para nós, acabou.
Hoje estamos libertos em Jesus Cristo. Nós nos matriculamos na Escola de Profetas e faremos cura interior na próxima semana. Nossos divórcios já estão correndo na justiça e, em breve, casaremos com as bênçãos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Depois de nossa conversão e de nosso batismo, no dia 16 de maio desse ano, tudo começou a se resolver. Minha audiência de divórcio (amigável) será nó dia 9 de setembro. A de Angrey (igualmente amigável) não passará disso também, em nome de Jesus. Claro que nossa história é muito longa, mas é importante salientar que nossos divórcios dos casamentos anteriores estavam presos, o meu há cinco anos e o da Angrey há onze.
Decidimos vender nossos 2 carros para dar de entrada em uma casa para minha esposa e minhas filhas. Detalhe! No dia em que vendi um deles, e recebi um cheque de RS 23.000,00, fomos à Igreja. Na volta, ao chegarmos em casa, fomos assaltados. Os ladrões levaram o carro em que estávamos, o cheque e a bolsa da Angrey com todos os documentos do carro e os dela. Mas, Glórias a Deus! No dia seguinte, pela manhã recuperamos não apenas o carro sem nenhum arranhão como também o cheque e minha carteira com R$ 60,00. Dias mais tarde, recuperamos todos os documentos da Angrey. Não é tremendo esse Deus?
Em meio às nossas lutas e às pressões em volta que continuam até hoje, o nome da Angrey foi para o protesto, por um mal-entendido desconhecido por nós, pois tínhamos mudado de endereço. Mas Deus é tão grande que, além de seu nome ser retirado do protesto, ainda apareceu um estranho saldo bancário a seu favor! Deus é Fiel!
Por ocasião do assalto, sustamos o talão de cheques, Entre eles se encontrava um dos cheques ofertados ao Senhor, Hoje restituímos em dobro, porque as bênçãos que recebemos foram muito além disso. E, para terminar, queremos dizer a todos que, no final do Jejum da Medida Transbordante, trouxemos para serem ungidas, as chaves do nosso carro importado que Jesus nos deu (não nos perguntem como, só pode ser por fé). Nós e nossa família serviremos ao Senhor, Nossa gratidão se estende aos pastores e pastoras. que, em meio à nossa tribulação, estiveram presentes como verdadeiros servos de Deus.
Angrey e Irineu Gasparetto
Querido Gideão, somente na eternidade é que teremos conhecimento das milhares de pessoas salvas e alcançadas pela nossa programação. E este galardão é seu, gideão.
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Eu e a Bispa Sônia estivemos, durante nossa viagem a Israel, orando por você nos lugares mais especiais dessa Terra Santa e, no Rio Jordão, demos sete mergulhos específicos em nome de todos os nossos gideões.
Temos a certeza de que o Senhor continuará abençoando a sua vida e a vida da sua família pelo seu amor e envolvimento na obra de Deus. Continue firme, conquistando pelo menos mais um gideão para a obra do Senhor, Glória a Deus pela sua vida e que este testemunho possa trazer toda sorte de bênçãos espirituais sobre você.
Em nome de Jesus!!!
julho 8th, 2013 às 10:06 PM
Acabei de ver o Vitor Moura no Discovery. Parabéns!
Pena que te deram pouco espaço.
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Otavio Ferreira, sobre o que você disse do Chico, faço das suas, as minha palavras.
julho 8th, 2013 às 10:12 PM
Mandou bem Vítor, show!
julho 8th, 2013 às 10:19 PM
Valeu, Biasetto! O nome do programa é “Detetives da Fé: o Milagre de Chico Xavier”
julho 8th, 2013 às 10:36 PM
Vítor,
O Scur viu o programa e disse que você não usou de bons argumentos para desqualificar a mediunidade do Chico, porque não tem. Você falou das mensagens, das entrevistas.
Eu disse a ele, que, certamente, te deram pouco tempo. Porque geralmente é assim: dão um tempão pras bajulações e um minutinho pra críticas.
Você pode falar a respeito?
julho 8th, 2013 às 10:37 PM
Repete hoje às 2h10min da manhã!
julho 8th, 2013 às 10:39 PM
Oi, Biasetto
eu tenho que ver o programa antes para saber o que mostraram. Mas certamente eu tinha muito mais para falar. Foram horas de entrevista…
julho 8th, 2013 às 10:59 PM
Beleza!
julho 8th, 2013 às 11:56 PM
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Arduin,
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Não sei se conseguirei atualizar a conversa: muitos temas interessantes estão sendo abordados mais à frente e eu dois dias atrás. Vou tentar ver o que posso tentar fazer.
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ARDUIN (citando Montalvão): “As propostas místicas estão alicerçadas na convicção de que espíritos existem e comunicam. Nenhuma das duas foi demonstrada (e, mesmo que a existência fosse demonstrada faltaria comprovar a comunicação).”
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ARDUIN: – Ou seja: o fato de que um espírito ao se comunicar dê as provas de sua identidade NADA PROVA em favor da comunicação espiritual. Por que? Não sabemos e os céticos não nos dizem. Como você colocou, mesmo que se demonstrasse a existência, faltaria comprovar a comunicação. Pena que não me dizem os céticos como fazer essas duas coisas do jeito que lhes agrade…
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COMENTÁRIO: já que os céticos não lhe dizem, vou tirar sua dúvida. As “provas” de que um espírito supostocomunicante esteja comunicando são provas subjetivas, atendem tão somente aos que se sentem satisfeitos com elas. Não servem para demonstrar a qualquer que duvide que realmente desencarnados estão entre nós. Tem que se pensar em formas de verificação que não deixem dúvidas a ninguém, nem ao crente que anseia ser brindado com a comunicação, nem ao cético duvidador.
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Quanto a existência e comunicação são departamentos distintos. Digamos que se ache a prova de que espíritos existem e vivem felizes pra lá do arrebol. Essa constatação, por si só, não daria mostras que essas entidades possuam capacidade de comunicar com os carnificados. Por outro lado, se se demonstrar cabalmente que entes espiritualizados estão ao nosso derredor, bramando como leões, digo, nos dando consolações, aí sim, a sobrevivência estaria também evidenciada.
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Então, veja só a fragilidade de sua alegação: “um espírito dando provas de sua identidade nada conta em favor da comunicação?”. Ora, se essas “provas” realmente provassem, hoje não haveria quem questionasse a sobrevivência, nem Marciano, Biasetto, Gorducho, Contra C., e os demais, tampouco parapsicólogos e psicólogos não estariam buscando demonstrar a vida além: estaríamos em estádios mais avançados da interação com os espirituais, em vez de nos mantermos nesse nuncassaidisso, em que uns brandem cartas chicoxaverianas e assemelhados, com lágrimas nos olhos, bradando: “meu querido falecido comunicou!”, enquanto outros dizem: “tchi, tchi, tchi, tchi, como tem gente ingênua!”.
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ARDUIN (citando Montalvão): “As hipóteses do lado não-místico sugerem que a mente seja capaz de travessuras inimaginadas, e isso vem sendo confirmado ao longo do tempo.”
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ARDUIN: – Essas travessuras já tinham sido pensadas até pelo Kardec e mais ainda pelos que ESTUDARAM os médiuns a sério. Sim, mas elas só vem sendo “confirmadas” com arte de apresentar aos berros os casos que as “confirmam” e varrer para baixo do tapete os casos nos quais elas falham explicar. Simples assim.
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COMENTÁRIO: se com o pouco que se conhece dos meandros do cérebro e suas interações já é possível explicar terrenalmente quase tudo em termos de “manifestação espíritual”, podemos supor que com a evolução do conhecimento nessa área nada ficará por ser esclarecido. Considere, ainda, que os casos “inexplicados” normalmente também são casos irrepetíveis (seja pela dificuldade de reproduzir o evento, seja pela má-vontade do “espírito” em cooperar), portanto dificilmente podem ser conferidos se sucederam conforme se conta. A esse respeito, conta-se que um lusitano, simpatizante do espiritualismo, aceitou um sessão mediúnica em sua casa. Todos reunidos, luzes apagadas, mão dadas, o dirigente clama: “se tem algum espírito entre nós que dê uma pancada na mesa”. O anfitrião, ansioso por cooperar, acrescenta: “e se não tem que dê duas!”.
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ARDUIN (citando Montalvão): “Flournoy comprovou o enredo romanceado sobre o qual eram erigidos”
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ARDUIN: – Ôh! Você fala como se a mistificação, animismo, etc e tal, tivessem sido descobertos pelo Flournoy e nem Kardec e nem os espíritas em geral jamais souberam dessas coisas…
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COMENTÁRIO: não achei referência de Kardec ao animismo, a não ser bem vaga, mas você conhece a codificação melhor que eu: cite em que parte da doutrina Rivail disserta a respeito desse assunto…
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Flournoy nem foi o descobridor do “animismo” nem laborou com essa ideia. O animismo espiritista não é o mesmo que reações psíquicas estudadas pela psicologia e pela neurologia. O animismo é uma reserva estratégia: o espiritualismo enquadra nesse item o que não tem mais como reivindicar origem espiritual. Com eventos complexos, obscuros, mal estudados sempre se pode alegar provir de fonte extracerebral. Até na psicografia, que é o “coqueluxo” do kardecismo, concede-se espaço para o animismo: comunicações vagabundas, daqueles que nem o mais crédulo arduin admite, são debitadas na conta anímica.
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ARDUIN (citando Montalvão): “Acho que qualquer um, que não se chame nem Arduin nem Hermínio, acharia muito estranho que um obscuro espírito surgisse para mostrar que “tudo” o que Hèléne fazia era mesmo funicado pela espiritualidade”.
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ARDUIN – Antes de mais nada, nem eu, nem Hermínio, nem Kardec nunca dissemos que TUDO o que um médium produza é resultado de ação espiritual. O estudo de Flournoy pode muito bem demonstrar, CONFORME ELE QUERIA, que médiuns podem fantasiar bobagens, facilmente descobertas ou fantasiosamente explicadas pelo pesquisador. Contudo, quando se depara com um caso onde nenhuma fabulação se encaixa, então podemos estar sim diante de um caso de manifestação espiritual sim… E não entendi porquê seria ESTRANHO um obscuro prefeito ser a substância dessa prova.
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COMENTÁRIO: dileto, veja só: há coisas tão evidentemente simuladas que até o mais acreditador desconfia, noutros não é tão simples verificar o simulacro, mas com algum trabalho se consegue. Se num médium, como foi o caso de Hèléne, o pesquisador o deixa quase nu, ficando apenas um fio dental escondendo o deslindamento absoluto, temos esmagadoras razões para concluir que aquele é um simulador (seja consciente ou não). Não adianta alegar que faltou tirar o fio dental e que este garante legitimidade se o demais já foi extraído.
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Eu estou, mais ou menos, entendendo seu discurso da seguinte forma (corrija se estiver errado): “tá bom, Hèléne era 90% anímica, reconheço; mas que havia 10% de mediunidade isso Burnier não me deixa mentir…”. Quando o correto seria considerar que: se tudo o que pode ser pesquisado demonstrou a notável capacidade criativa da pesquisada, por que motivo deveríamos de inferir que a parte não plenamente elucidada seja diferente?
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Continua no próximo capítulo.
julho 9th, 2013 às 12:17 AM
Vai pôr o video no youtube, Vitor?
julho 9th, 2013 às 12:18 AM
Uma vez tido bem claro que os espíritos são entes do mesmo nível intelectual que os mortais, o que podemos obter de valioso deles é a prova da nossa continuidade após a morte do corpo. Isso é o que mais interessa. Agora quanto a obter conhecimentos sem trabalho e sem esforço, o Kardec já havia comentado sobre isso e deixado claro que nada se obteria por esse meio.
Acho meio complicado isso, Arduin. Primeiramente porque comunicações alegadamente de espíritos nada provam. A chamada mediunidade é um processo bastante controverso, com alto grau de subjetivismo e difícil de apurar, já que a prática contínua e regular da escrita automática faz os “médiuns” desenvolver temas com facilidade, mesmo não recorrendo a supostas influências extrafísicas.
Por outro lado, isso que você afirma não é bem o que Kardec pretendia. Ele construiu a doutrina espírita baseado no “ensino dos espíritos”, que, segundo ele, tinham, sim, algo a dizer. Os espíritos seriam arautos da verdade a ser propagada, dessa vez sem as obscuridades das falas por parábolas, com linguagem acessível a todos. Pelo menos é isso que ele dizia. Em outras palavras, o consolador prometido. Só que os “espíritos superiores” jamais foram além da pregação moralista. A colaboração deles em assuntos de ciência e mesmo de filosofia é bastante deficitária: basta ver a questão do vitalismo, que já começava a ser abandonada na época, da geração espontânea, da idade da terra, do eurocentrismo, da visão racista da humanidade etc. Como filósofos, eles também pouco avançaram além da concepção tomista-aristotélica de Deus, que remonta à Idade Média, parecendo ignorar o pensamento mais moderno de Descartes, Espinosa, Leibniz, Kant, Hegel etc. Com semelhantes referências, com todo o respeito, prefiro ficar com os encarnados mesmo. Para mim o tal “ensino dos espíritos” é totalmente dispensável, já que podemos dispor de mentes privilegiadas aqui no mundinho mesmo. Inclusive no século 19.
julho 9th, 2013 às 12:41 AM
“Claro, uma vez achado o caminho das pedras, outros podem aproveitar a deixa, como o Baccelli e o Divaldo. Contudo, não desmerece a boa obra que Chico deixou.”
Que boa obra, cara??? Você acha que mentir e plagiar é uma boa obra? Quando é que tu vai acordar?
Argumentar com espírita é difícil, eles empacam, é igual isso aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=1uBOlroAmRY
Não tem cavalo!!!
julho 9th, 2013 às 1:35 AM
Toffo falou bem. Eu insisto em crer que espíritos existem, mas estou cada vez mais refutando Allan Kardec. Chico Xavier nunca levei em consideração.
julho 9th, 2013 às 2:15 AM
Otavio Ferreira, os espíritos nada sabem sobre o presente, o futuro, nem mesmo o passado, por isto os anacronismos.
Você só se engana numa coisa, não é preciso ser néscio, é preciso ser fantasioso, supersticioso, místico, ter necessidades psicológicas de auto-afirmação.
Eu não sou muito ignorante, mas quando era criança, como toda criança, não sabia nada, ainda assim nunca acreditei nessas bobagens. Qual a razão? Nunca precisei de muletas psicológicas, nunca tive atração por “mistérios”, tipo Triângulo das Bermudas, et’s, etc.
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Arduin, a maioria católica a que você se refere corresponde a menos de dez por cento, muita gente se diz católica e sequer sabe o que é isso, não entende nada da doutrina católica, da história da Igreja. São os chamados católicos não praticantes. Eu mesmo sou sunita não praticante. Se é que isso significa alguma coisa.
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Vitor, posta um link do youtube, pra gente ver só a sua parte, ou então diga aos quantos minutos você aparece. Esse programa é muito chato.
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Montalvão, eu não questiono a existência de espíritos, eu afirmo a inexistência deles, assim como afirmo a inexistência do bule de chá do Russel, com a mesma veemência e convicção.
Também afirmo a inexistência do monstro de spaghetti, do unicórnio cor-de-rosa invisível, o dragão da garagem do Sagan, do meu vizinho lobisomem. . .
Saudações licantrópicas.
julho 9th, 2013 às 2:46 AM
Otavio Ferreira, os espíritos nada sabem sobre o presente, o futuro, nem mesmo o passado, por isto os anacronismos….
Se não sabem nada, porque se metem a escrever romances historicamente posicionados???
julho 9th, 2013 às 11:26 AM
Nobre Arduin,
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Atualizando um pouco mais das conversas passadas.
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ARDUIN (citando Montalvão): “Se no caso do prefeito ele ficou nas conjeturas e o deixou não plenamente esclarecido, isso não faz da mulher legítima contatadora de espíritos, apenas mostra que os trilhos pelos quais a letra do prefeito chegou até Hèléne não foram desvendados.”
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ARDUIN : – Claro, quando chega num caso que EXUBERANTEMENTE demonstra a consistência de a médium ser uma contatadora de espíritos, somando-se ainda ao fato de também poder ser dissociativa-imaginativa, a PARCIALIDADE do pesquisador em favor dessa última colocação o faz dar pouca importância à primeira. Chamo a isso de PODER DA FÉ.
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COMENTÁRIO: não, meu jovem, poder da fé é o que sua linda pessoa exibe. Por que classifica esse evento de EXUBERANTE DEMONSTRAÇÃO DE MEDIUNIDADE? Não tem sentido o que afirma. O que temos diante de nossos olhos olhadores é um caso no qual a sequência dos acontecimentos não pode ser inteiramente descrita. E não pode devido a dificuldade em reconstruir o enredo por completo, não porque a participação de espíritos seja aqui incontestável. A questão presente é claríssima, somente olhos arduínicos, ansiosos por contemplarem fantasmas esvoaçantes, fecham-se ante a realidade. Indague-se a si mesmo: haveria meios humanos de Smith ter acesso a documentos produzidos por Burnier, mesmo que esses meios sejam desconhecidos ao investigador? Se a resposta for sim, como é, não há razão alguma para que se classifique o episódio como EXUBERANTE MOSTRA MEDIÚNICA. O máximo que um mediunista poderia alegar é que o caso “poderia” sugerir ação de espíritos, isso até que a história fosse por inteiro desvendada. Se não fosse ficaria em suspenso e poderia ser usada em favor da mediunidade se, e somente se, houvesse nas demais experiências vividas pela moça demonstrações robustas de espíritos em ação. Coisa que não há. Conclusão: não se pode falar em espíritos, nem exuberantes nem anêmicos.
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ARDUIN (citando Montalvão): “mas dizer que ele fez trabalho porco é injusto”
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ARDUIN: – O conceito de trabalho porco depende da fé do leitor do trabalho, meu caro. Flournoy teve um trabalhão para descobrir o tal soberano indu, com a qual a médium foi casada em encarnação anterior, que teria construído uma fortaleza em certo lugar, etc e tal. Nos livros indianistas mais populares, nada achou a respeito. Só foi descobri-lo num velho livro esquecido e não folheado havia décadas e só dois exemplares estavam disponíveis.
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COMENTÁRIO: “só dois exemplares estavam disponíveis”? Vai ver o terceiro estava com Hèléne… O que sua pessoa relata apenas mostra o empenho do investigador em buscar esclarecimento completo sobre as manifestações da médium. O fato de haver poucos livros falando do assunto, de modo algum, Arduin, testifica em favor de espíritos. Como consegue chegar a conclusão tão insólita? Digamos que participante desse sítio passe a redigir em bessarabiano. Quantos versados na língua da Bessarábia você conhece? Conjeturemos que esse falador-escrevedor diga se pronunciar aditivado por espíritos. Pergunto-lho, essa alegação pode ser considerada evidência? Talvez diga que sim, mas faço-lho outra pergunta: se alguém aqui aparecer falando inglês e dizendo a mesma coisa? O que sua santa pessoa diria? Vou arriscar a resposta: que é pouco provável que um que fale inglês o faça por ação e graça espiritual. Fala inglês por que aprendeu: procurou livros, professores, material de leitura, etc., e um dia amanheceu falando bonitinho. Por que com o bessarabiano seria diferente? Só porque tem menos falantes e menos publicações? Por que as fabulações de Hèléne Smith do ciclo hindu teriam de ser de origem espiritual só pelo fato de haver poucos informes disponíveis?
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ARDUIN: No caso do Burnier, que desmontava a sua CERTEZA de que tudo na médium era só dissociação-imaginação, ele preferiu fazer de conta que não era nada importante…
Para mim isso é uma posição de clara parcialidade, o que emporcalha o trabalho.
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COMENTÁRIO: prezadio, de que modo Burnier desmontava a certeza de que Smith era dissociativa, se a pesquisa apontou seguramente que a mulher dissociava? Você estabeleceu como condição essencial para rejeitar espíritos que se descreva minuciosamente o mecanismo da ilusão. Se alguém apresenta espetáculo que tenha todos os indícios de simulação, mas se não consiga facilmente descrever o processo do truque, para sua distintia persona não resta outro caminho senão reconhecer espíritos. Não pode ser assim. Manter tal atitude apenas faz com que seja difícil a conversa. É graças a essa tática guerreira que consegue defender Florence Cook e as experiências de Crookes, consegue ver mediunidade em Hèléne Smith, consegue ter coragem de afirmar ser Otília Diogo materializadora. Provavelmente, defende Peixotinho, Chico materializador, e outros tantos, como defende tristemente fotos de ectoplasma regurgitado por salafrários, digo, médiuns…
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Observe o que está dizendo: visto Flournoy não ter descoberto como as informações sobre Burnier chegaram até Hèléne ele teria que admitir tratar-se de caso mediúnico, não o fazendo agiu de má-fé e realizou trabalho porco. Ora, mas quem acha que o caso Burnier seja mediúnico é Arduin e Hermínio, não Flournoy. E quais motivos levaram a dupla de super-heróis concluir pela mediunidade talvez só os espíritos possam explicar…
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ARDUIN (citando Montalvão): “Eu se fosse “médium” poderia treinar a grafia desses desconhecidos e dizer que recebi comunicado do espírito.”
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ARDUIN: – Beleza! Então vou lhe passar algumas linhas escritas pelo meu falecido pai e vejamos que você me manda uma mensagem dele… Mas veja bem, depois vou encaminha-lhe uma série de perguntas para me certificar de que é o meu pai mesmo quem se comunicou. Suponho que ao simular ser um médium, você será capaz de acertar todas, pois dispõe de um serviço de informações muito eficaz. Afinal não é isso que os céticos argumentam?
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COMENTÁRIO: para melhor nos situarmos, reproduzo por inteiro meu declarativo: “Quer exemplo de como seria mole “contatar” um espírito e simular a grafia sem que ninguém atinasse explicação banal? (O exemplo é atual, mas poderia ser adaptado para aquela época). Costumo comprar livros em sebos, às vezes acho uns antigos (com setenta anos ou mais de publicados) em vários deles se leem dedicatórias, assinadas, datadas e localizadas. Eu se fosse “médium” poderia treinar a grafia desses desconhecidos e dizer que recebi comunicado do espírito. Quem fosse investigar descobriria a existência do sujeito e verificaria que as letras se assemelham. E quem é que iria dizer que não foi espírito comunicando?”
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Então, estava eu iklustrando a maneira pela qual uma informação pode chegar a alguém por via inimaginada. Não possuo habilidade imitativa. Trabalhei em banco durante bons anos e conheci colegas capazes de simular o traço alheio com facilidade admirável, bastava olhar uma vez e quase reproduziam o registro fidedignamente. Não fui aquinhoado com esse dom. mas, mesmo assim, achei seu desafio interessante. Considerando que lhe lancei alguns reptos os quais ignorou, não vou lhe pagar com igual moeda: pode passar escritos de seu falecido (seja pai, primo, amigo, vizinha gostosa) e produzirei psicografias bem porretas e ainda respondo questionários. Só não me peça para ler livros ocultos de minhas vistas, revelar conteúdo de caixas fechadas, nomear objetos em aposentos diferentes daquele onde eu (médium) esteja. Por favor, não tente esses testes comigo, senão posso me vir desmoralizado em termos mediúnicos…
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ARDUIN (citando Montalvão): “No máximo poder-se-ia concluir que o processo foi outro, desconhecido.”
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ARDUIN: – E como o pesquisador nem se interessou em investigar o caso, já que ia contra suas queridas teorias, o jeito foi deixar que permanecesse desconhecido… Mas que engraçado, né? A letra da Maria Antonieta, que Flournoy viu e que a médium poderia ter visto também sem muitas dificuldades, ela não soube imitar. Agora de um prefeitinho desconhecido, ela conseguiu muito bem… Encaixe aqui os dissociativos-imaginativos, por favor.
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COMENTÁRIO: Ela não soube imitar a letra de Antonieta? E o que isso tem a ver com a sua não-mediunidade? Não tenho detalhes do caso, pois, conforme falei, a obra de Flournoy está em inglês e francês, nenhum filho de deus quis traduzí-la para língua de gente. Assim, não posso tecer maiores comentários a respeito. De qualquer modo, em termos gerais, nada contra o fato de o “médium” em alguns casos pretender incrementar o espetáculo imitando a letra alheia e noutros não se dar a esse trabalho. Chico Xavier esforçou-se, em algumas ocasiões, por simular o traço de falecidos, na maioria das psicografias, embora assinasse muitas delas com o nome do comunicante, a letra nada tinha a ver com a da pessoa em vida. Kardec já havia se resguardado contra objeções, informando que médiuns capazes de escrever talqualmente o espírito eram raros, dotados de habilidades singulares aos quais denominou “médium polígrafo”.
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O que Flournouy poderia ter feito, mas provavelmente a ideia não lhe ocorrera, seria selecionar a grafia de várias entidades comunicantes e pedir a Smith que produzisse recados delas. Partindo do princípio de que se escreveu conforme Burnier escrevia, deveria repetir o feito com todos, o resultado seria, em vez de ponto para a mediunidade em Burnier, mais uma demonstração da dissociabilidade mental da médium. Apesar dele não ter feito teste da espécie, o fato de Hèléne não escrever qual Antonieta é sintomático. A letra de Burnier na pena de Smith é forte indício de que a moça conhecera a grafia do falecido.
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Continua em breve.
julho 9th, 2013 às 11:29 AM
“Se não sabem nada, porque se metem a escrever romances historicamente posicionados???”
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Talvez porque sejam tão orgulhosos quanto nós, os encarnados. Querem parecer sapientes, serem ouvidos, etc. Aliás, em tese tais espíritos já foram um de nós.
julho 9th, 2013 às 11:38 AM
“são provas subjetivas, atendem tão somente aos que se sentem satisfeitos com elas”
– Moisés, se o trabalho possível no caso é feito à base de levantamento de testemunhos, eu só posso ter provas SUBJETIVAS.
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“Tem que se pensar em formas de verificação que não deixem dúvidas a ninguém, nem ao crente que anseia ser brindado com a comunicação, nem ao cético duvidador.”
– Cabe ao cético duvidador expressar as razões das suas dúvidas. Entretanto, como Kardec já dizia, há os céticos por ignorância e os céticos por sistema. Os primeiros apenas têm dúvidas que gostariam de ver sanadas. Os segundos, que constituem 99,99999% da comunidade cética são pessoas cheias de MUITA FÉ e que tem uma posição firmada: nada que se diga os convence. E o que vejo da sua parte.
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““um espírito dando provas de sua identidade nada conta em favor da comunicação?”. Ora, se essas “provas” realmente provassem, hoje não haveria quem questionasse a sobrevivência, nem Marciano, Biasetto, Gorducho, Contra C., e os demais,”
– Como se vê, no caso de um cético por sistema, é exatamente este o pensamento. Voltando lá na Piper, o espírito Hyslop deu uma definitiva prova de sua identidade: enquanto tentavam saber dele sobre um evento conhecido do filho e do pesquisador (o incidente da matilha), ele falou de outra pessoa de mesmo sobrenome, que nem o filho sabia, e TUDO SE CONFIRMOU. Faltou o que para que a identidade ficasse confirmada?
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Noto nas suas argumentações que “o fato de os detetives terem fracassado em descobrir como a Piper obtinha os informes para as consultas, não é prova de que ela não fraudava”. Ora, por conta disso, vamos ao infinito. Acha que realmente está invalidando a pesquisa mediúnica com tal argumento? Não cabe aos pesquisadores ou médiuns provarem que não há fraude. São os céticos que os acusam de fraude que têm de apresentarem essas provas. Sacou?
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E quando argumentam que o médium fraudaria assim, assado, frito ou cozido e ao se verificar a pesquisa feita, constata-se que os métodos de controle adotados inviabilizariam a fraude assim, assada, frita e a cozida. Então não sobrou mais argumento de fraude, mas, tal como os Criacionistas, o pessoal cético reiteram os mesmos argumentos várias vezes, mesmo já tendo sido refutados.
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“brandem cartas chicoxaverianas e assemelhados, com lágrimas nos olhos, bradando: “meu querido falecido comunicou!”
– O caso lá do Hyslop não teve nenhum jeito de carta chicoxaveriana, mas você acha que não prova nada. Que posso fazer então? Que ficou faltando? E gozado como o pessoal cético acha que coisa assim nada prova, mas histórias bobas, sem verificação de nada É PROVA DE TUDO. Como sabemos que Chico Xavier fraudava com essas cartas? Porque o Waldo Vieira disse. Como sabemos que Chico fraudava com perfumes? Porque o Waldo disse e algum fotógrafo anônimo disse ter visto um empregado do Chico borrifando perfume em algum lugar… Não é gozado? Declarações SEM QUALQUER PROVA DE NADA, PROVAM TUDO pra vocês céticos… desde que endossem a vossa fé. Assim é fácil.
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“Quando o correto seria considerar que: se tudo o que pode ser pesquisado demonstrou a notável capacidade criativa da pesquisada, por que motivo deveríamos de inferir que a parte não plenamente elucidada seja diferente?”
– Porque a criatividade do médium tem limites. Tudo bem que invente sobre Marte, seguro de que ninguém pode ir até lá para desmenti-lo, ou sobre Maria Antonieta, muito conhecida de qualquer aluno de ensino médio, mas exercer criatividade em cima de um desconhecido falecido havia 50 anos, escrever com a mesma letra dele e indicar o que ele realmente foi, já fica muito complicado. A solução desse dilema seria muito simples: bastaria o Sr Flournoy ir até a tal aldeia, checar com a gente de lá se por acaso a fulana do retrato esteve ali, se consultou documentos, etc e tal. Mas em vez de fazer isso, Flournoy só fez conjecturas sem valor e deixou que o leitor concluísse o que bem entendesse. Eu concluo que foi um evento mediúnico autêntico, já que nada ficou provado contra.
E concluo também que o Flournoy foi um pesquisador preconceituoso, que começou sua pesquisa não buscando a verdade, mas sim A SUA VERDADE: a de que mediunidade não passa de produto de mente alterada, criatividade, imaginação, etc e tal. Quando se deparou com um incidente que contradizia essa verdade, deixou pra lá. Só você pra achar que esse pesquisador foi uma maravilha…
julho 9th, 2013 às 11:45 AM
“Se não sabem nada, porque se metem a escrever romances historicamente posicionados???”
– Porque encontraram um médium babaca que sabe que não irá questioná-los, nem verificar se o que disseram confere com a história e os fatos históricos.
Mas esse pecado, embora muito grave, não é só dos médiuns que têm muita fé: também o é dos céticos que têm muita fé também.
A médium Ana Eva Fay confessou TODOS os seus truques ao Houdini e diz que enganou o Crookes por conta de um golpe de sorte: ela estava sem chances de fraudar por causa do controle do galvanômetro. Se soltasse o contato, a fraude seria denunciada. Mas para a sorte dela, faltou força no teatro por um segundo e aí ela conseguiu substituir uma mão pela dobra do joelho e assim, com a mão livre, pôde produzir o que Crookes pediu. Massimo Polidoro acreditou nisso piamente e afirma com a maior ênfase de que não há dúvidas de que tal truque de fato ocorreu. Só que o experimento foi feito em 1875, um ano antes do primeiro protótipo da lâmpada elétrica ser feito, quando as casas eram iluminadas a chama de gás e portanto não tinha como “cair a força”… Vê só como é poderosa a fé?
julho 9th, 2013 às 11:49 AM
“Arduin, a maioria católica a que você se refere corresponde a menos de dez por cento, muita gente se diz católica e sequer sabe o que é isso, não entende nada da doutrina católica, da história da Igreja.”
– Mas no mínimo ouviu falar que o Espiritismo é coisa do Demo. Os padres dizem isso, os pastores, as publicações dos TJs, dos adventistas e outros istas.
Mesmo sendo um católico de araque, será que esse católico compraria um livro que sabe que foi coisa escrita pelo Demo?
julho 9th, 2013 às 12:02 PM
“Você acha que mentir e plagiar é uma boa obra?”
– Por si só, não, mas qual é mesmo o contexto? No caso do tema do tópico em questão: Chico e os astrônomos de sua época achavam que havia vida em Marte e condições geológicas assim ou assado. Aí um espírito qualquer lhe repassa uma mensagem e assina como sendo sua mãe e ele a repassa adiante. Simplesmente não mentiu, mas foi enganado.
Quanto ao plágio, bem, há outras coisas que têm o nome de paráfrase e paródia. No primeiro caso, é dizer a mesma coisa que um autor já disse, mas de outra forma, com outras palavras. No segundo, já se afasta do conteúdo e da forma, mas ainda assim é possível identificar a origem do texto. Chico até pode ter lido o Owen (seria interessante obter uma prova disso) e gostado do que leu e no fim escreveu obras de conteúdo semelhante. Não me consta que haja crime nisso, nem mesmo de plágio no sentido legal do termo.
Se o dito romance traz mensagens de conteúdo edificante, e se esse fosse também o objetivo de Owen, creio que este não se queixaria do Chico.
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Sobre isso o Chico era muito cheio de dedos e ficou muito puto da vida com a FEB, rompendo com ela por conta da ganância da entidade.
julho 9th, 2013 às 12:12 PM
“Primeiramente porque comunicações alegadamente de espíritos nada provam.”
– Você queria que provassem o que, Ex-Toffado?
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“A chamada mediunidade é um processo bastante controverso, com alto grau de subjetivismo e difícil de apurar,”
– Os pesquisadores que se envolveram bem com o assunto, ao menos provaram que ela existe. Quanto ao grau de subjetivismo, isso depende de quanto os investigadores quiseram apurar da coisa.
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“Só que os “espíritos superiores” jamais foram além da pregação moralista.”
– O que já não é pouca coisa…
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“A colaboração deles em assuntos de ciência e mesmo de filosofia é bastante deficitária: basta ver a questão do vitalismo, que já começava a ser abandonada na época, da geração espontânea, da idade da terra, do eurocentrismo, da visão racista da humanidade etc.”
– Não havia muito o que fazer quanto a isso, pois era o que a Ciência da época dizia. E Kardec era um cara com raízes científicas. Se o que os espíritos dissessem contrariasse o parecer científico de sua época, então provavelmente Kardec os rejeitaria. Além disso era desnecessário, pois a Ciência é um trabalho do homem. O tempo se encarregaria de colocar as coisas nos devidos lugares. O horizonte moral passado já inviabilizava o racismo e o eurocentrismo (não há barreiras sexuais, raciais ou geográficas na concepção de reencarnação espírita), tanto que o Espiritismo pouco avançou na Europa e nos Estados Unidos por conta disso.
julho 9th, 2013 às 2:01 PM
Arduin,
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Ainda lutando para alcançar os demais, envio “coments”.
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Marcos Arduin Disse: Bem, de Morte, pelo texto que mostrou, suponho que o tenha obtido do “A verdade sobre Chico Xavier”, uma bobajada do Quemedo que JÁ REFUTEI FAZ TEMPO.
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COMENTÁRIO: fiz objeções às refutações de Arduin sem pender para o lado do Quevedo de quem discordo em muito do que postula. A título de ilustração, posto parte do material: 1) declarações de Quevedo, 2) manifestação do Arduin e 3)minhas ponderações:
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QUEVEDO: O jornalista João de Scantimburgo, objetava a Chico Xavier: “Eu insisto que a escrita automática é o produto do inconsciente do senhor, não de mediunidade. Na França foi publicada uma coleção de livros com o título genérico `A maneira de…` em que algumas pessoas fazem a imitação de vários autores. Se o senhor ler, não distinguirá ainda que tenha profundo conhecimento do estilo do autor imitado. E trata-se de uma imitação consciente. O senhor imita autores dirigido pelo inconsciente (?). Em nada supera as faculdades naturais” (“Diário de São Paulo”, 8-Agosto-1971, 3º caderno, pág. 7).
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ARDUIN: Não sei se estou vendo demais ou de menos. Essas declarações acima parecem estar sendo colocadas como um desmentido à manifestação dos tais literatos e à mediunidade de Chico. Mas não seriam também um atestado da falta de cultura do médium, da falta de conhecimentos literários e a prova definitiva de que não é um falsário perfeitíssimo, que jamais seria convidado para fazer da Academia Brasileira de Letras? Afinal, quem está certo? Os que dizem que Chico tinha grande queda literária, que lhe permitia inclusive escrever versos melhores que os do Bilac psicografado ou os que dizem que só escreveu pastiches medíocres e imbecis? Tem mais um detalhe: pelo menos o Osório Borba declarou ter pesquisado por anos, mas pelas declarações dos outros críticos literários, infere-se que eles também haviam investigado o caso. Mas vejam só que interessante: suas colocações aparecem apenas em jornais ou revistas e quando abordados a respeito desse assunto.
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Nenhum deles parece ter escrito qualquer livro ou feito publicação mais detalhada em revista própria de discussão literária, ou algum outro tratado, onde poderiam explorar exaustivamente o assunto e assim pondo abaixo essa mediunidade literária “fajuta” do Chico. Pelo menos, se existe algum trabalho assim, nem o Quevedo sabe, nem nenhum dos mais de 50 apologistas cristãos que li se lembrou de mencionar. Isso para mim é muito estranho, pois é frequente ouvir e ler em textos sobre Chico que essa parte literária dele teve certa repercussão. Será que nenhum desses literatos levou muito a sério essa gloriosa tarefa de desmoralizar o Chico, mesmo aqueles tão católicos?
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COMENTÁRIO – Montalvão – provavelmente os críticos não estavam tão ligados na polêmica a ponto de se sentirem motivados a produzir qualquer matéria mais elaborada, como uma crítica mais extensa ou mesmo um livro. Se instados a comentar, manifestavam-se por meio de discursos que consideravam suficientes para expor seus pensamentos, fossem favoráveis, ou não. Mesmo no meio espírita não foram produzidos estudos de maior monta. Que seja de meu conhecimento, dois merecem destaque: “Humberto de Campos e Chico Xavier, a mecânica do estilo”, de Elias Barbosa; e a tese de Alexandre Caroli, “O caso Humberto de Campos”.
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A declaração de João de Scantimburgo fora proferida no Programa televisivo “Pinga-Fogo”, quando o jornalista sabatinava a Chico Xavier. Scantimburgo externava sua opinião de que a mediunidade de Chico provinha de suas próprias faculdades, em vez de oriunda de espíritos. Neste pronunciamento, não pôs em questão a cultura do entrevistado. Inclusive, no mesmo programa, expôs sua opinião de que o modo de Chico conversar mostrava tratar-se de pessoa de boa cultura, em vez de matuto semi-alfabetizado.
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QUEVEDO: Ora, quando se trata de conteúdo… Insiste o jornalista citado [Scantimburgo]: “Além de jornalismo, eu também tenho a carreira de Filosofia. E não foram psicografados conteúdos profundos e complexos como a obra (à maneira de) Platão, a de Aristóteles, a de Santo Agostinho, a de Santo Tomás de Aquino, a de Descartes, a de Kant, e a de outros filósofos e pensadores. Não será porque o senhor, Chico Xavier, não tem esses conhecimentos?”
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Em todas as psicografias de Chico Xavier o fundo é sempre o mesmo por mais diferentes que tenham sido os “espíritos” aos que se atribuem: Uma `religiosidade` moralista, piegas, melíflua, repetitiva, absolutamente infantil… Quase três adjetivos por linha. Os mais usados: cariciosas, dulcíssima, inexcedível, amados.
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Deveria bastar ler qualquer livro psicografado por Chico Xavier para compreender que tudo está muito longe de ser o que seus propagandistas proclamam. Tomemos a melhor publicação, a mais elogiada: “O Nosso Lar”. Tudo está plagiado de absurdos e contradições.
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ARDUIN: Uma análise detalhada de muitos textos bem conhecidos do Chico, ilustrando tudo o que está sendo dito acima seria de bom argumento, mas só declarações sem detalhes, sem exemplos precisos, sem comparações preto no branco fica como uma tese jogada no ar… SCC: Se colar, colou. Fica uma insinuação de que o médium não escreve nada que já não esteja em seus conhecimentos. Há um lance em que uma família de judeus perdera um de seus filhos num acidente e Chico, sem que pedissem, entregou-lhes uma mensagem dele. Além de dados íntimos, do conhecimento apenas da família, apareceu algo estranho: uma estrela de Davi, com nomes hebraicos nas pontas. Ninguém entendeu o porque daquela estrela estar ali. Meses mais tarde, quando folheava os cadernos do irmão falecido, foi encontrada outra estrela numa das páginas, idêntica à que Chico fez. Ele então foi á escola onde o irmão estudara e perguntou à professora daquela disciplina o que significava a estrela. Ela explicou que tais desenhos eram comuns nos cadernos dos alunos. A estrela representava a carteira onde ele se sentava e os nomes em hebraico em os dos colegas que se sentavam à sua volta. Ninguém na família sabia disso, como o Chico poderia saber?
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COMENTÁRIO – Montalvão – o texto acima, o de Quevedo, talvez seja a melhor parte, a mais bem articulada, do artigo escrito pelo padre. O primeiro parágrafo relata ainda a palavra de Scantimburgo no programa Pinga-Fogo. É caso a pensar o porquê de Chico não ter elaborado psicografias filosóficas. Certamente, reflexões dentro dessa seara não estavam no domínio cultural do médium, portanto nada podia apresentar nesse terreno. Seria excelente se, por exemplo, Aristóteles usasse Chico para reescrever a parte de sua obra que se perdeu. Se Platão esclarecesse a polêmica das idéias eternas; se o debate sobre os universais fosse resolvido; se as dúvidas metafísicas fossem respondidas. Infelizmente, nem Chico e, que eu saiba, nenhum outro médium se atreveu a ingressar nesse sítio pantanoso… Taí uma questão que valeria ser esmiuçada.
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A estrela de David com caracteres hebraicos nas pontas, sem dúvida, está muito distante da profundidade das digressões filosóficas…
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Outro informe inatacável: o estilo adocicado de Chico que permeia os escritos psicográficos. É nesse quesito que o médium não consegue se ocultar, mesmo redigindo à maniere de literatos ilustres. Expressiva parcela das obras assinadas por Chico ostenta o linguajar carregado de adjetivações e expressões bonançosas. Até mesmo as cartas mediúnicas, alegadamente provindas de falecidos, todas contém inexplicavel parecença estilística: são temperadas pela dulcíssima inclinação redativa de Francisco Xavier.
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Costuma-se destacar, com muita euforia, as informações “espetaculares” aparecidas nas cartas, que seriam desconhecidas do médium e dos consultantes (embora, a maioria delas, senão todas, fossem do conhecimento de algum dos protagonistas do episódio). Muitas coisas podem acontecer – e aconteciam – nos encontros onde as cartas eram escritas, e que facultariam ao médium tomar conhecimento de informes variados. Não estamos afirmando peremptoriamente que era assim que acontecia, mas não havia controle que permitisse eliminar tal suspeita. Entretanto, o ponto mais escandaloso ? que seria o fato de os falecidos escreverem do mesmo modo ?, com muitos qualificativos, afabilidades, meiguices, dando a clara pista de que havia uma mão comum em todas as missivas, este aspecto crucial passava despercebido de todos e não era motivo de ponderação. […]
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continuo em breve.
julho 9th, 2013 às 2:07 PM
Marcos Arduin, to contigo! É um ótimo defensor do Espiritismo e com argumentos que se esforçam pela isenção.
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Só acho que Kardec se contradiz ao depositar enorme confiança no CUEE e depois dizer que a ciência daria a última palavra. Se as sandices foram publicadas no LE, foi porque passou pelo controle universal, grande responsável pela “autoridade da doutrina”, segundo ele.
julho 9th, 2013 às 2:13 PM
O Espiritismo não avançou na Europa e Estados Unidos porque é uma doutrina neo-gnóstica completamente ultrapassada no âmbito científico, pois baseia-se na ciência de fins do séc XIX, e filosófico, pois tem como base o positivismo, o iluminismo e uma série de outros postulados filosóficos praticamente mortos. O Espiritismo é a doutrina que diz falar com os mortos? Não admira, já que é, ela mesma, uma doutrina natimorta, mais morto que o espiritismo só o latim, a polaina de sapato, o rapé e o rum creosotado…Tem gente que ainda usa isso? Pior que tem….
julho 9th, 2013 às 2:46 PM
A discussão central do blog, na minha opinião, envolve dois temas:
1º) Existe continuidade da vida, no pós-morte terrena?
2º) As alegadas manifestações mediúnicas, em especial, as psicografias, merecem credibilidade para comprovar a continuidade da vida?
Quanto ao 1º tema, é válido que se estabeleçam estudos sérios, como os diversos casos de EQMs, histórias de vidas passadas, ainda que sempre esbarrem críticas e controvérsias, há casos bastante interessantes, é fato.
Quanto ao 2º tema, salvo raras exceções – algumas obras, pouquíssimas, é verdade, que merecem uma atenção especial, o que normalmente encontramos, são amontoados de bobagens, evidências de plágios, erros absurdos, contradições, mensagens tolas, frágeis, até mesmo ridículas.
Seguir a linha de pensamento do Arduin: “a psicografia ocorreu, mas o espírito e o médium eram dois bocós”, me parece forçar demais a barra em favor do evento mediúnico. Por que não usar da lógica mais simples e clara: não ocorreu fenômeno mediúnico algum, o tal “médium” se meteu a escrever sobre coisas que leu, influenciado por ideias e conceitos pessoais, vontade em querer aparecer, talvez até com um propósito positivo, se é que isso possa ser considerado, mas acabou atirando no próprio pé.
Eu converso com alguns amigos, poucos, mas alguns que seguem o espiritismo, ainda que apresentem suas variáveis de crenças, e eles acabam deixando claro uma impressão muito negativa daquilo que é exposto aqui no blog. Lembro-me de uma entrevista do Dawkins em que ele disse: “nós [se referindo aos céticos] não estamos jogando aviões em prédios, nem explodindo restaurantes, apenas questionando crenças, dogmas, histórias não evidenciadas, que mal há nisso?”
E é justamente esta a questão: por que não se pode questionar a história conhecida sobre Jesus Cristo, os milagres difundidos pela ICAR, a mediunidade de Chico Xavier, Divaldo Franco, se existem MUITOS motivos para tais questionamentos?
Chico Xavier foi enganado por “espíritos brincalhões”?
Mas nós sabemos que ele tinha cadernos onde fazia anotações sobre leituras, colava recortes de jornais, revistas; ele tinha livros em casa, frequentava livrarias, ele esteve envolvido em fraudes de materializações, amigos dele também.
Se tecnicamente, juridicamente os plágios são discutíveis, isto não importa, o que importa, é que as histórias não são originais, são histórias copiadas, adaptadas, roubadas. Repito: se não foi o Chico, por que os espíritos fariam isto? Será que não teriam outras histórias para contar, experiências pessoais?
E cada um diz o que quer neste meio, o Chico dizia x, o Waldo diz y, o Bacelli diz t, o dos Anjos diz h, a Zíbia diz p, o Mattos diz v; ou seja, é uma bagunça total, inclusive diferenciando-se também de muitas coisas que o próprio Kardec disse.
Eu me dou o direito de dizer que tudo isto é uma grande palhaçada!
Não dá pra levar a sério isto, é impossível.
E dizer que existe algo edificante nisso tudo? Pode servir de consolo pra quem está sofrendo com a perda de um ente querido, existem algumas mensagens até bonitas, mas num sentido geral é um cristianismo adaptado, centrado na ideia de recompensas e punições, explicações vagas e insatisfatórias para muitos questionamentos, não acrescenta-se nada de interessante no campo do saber, não tem NADA de científico, filosofia de botequim.
Pra mim, algo totalmente descartável.
julho 9th, 2013 às 3:14 PM
Uma provinha dissertativa para o Sr., Professor Arduin.
Quando o “espírito” do Burnier aparece acompanhando o seu amigo Síndico no fim de fevereiro, a alma não consegue assinar seu nome. Fica prometida essa assinatura para a próxima sessão – a qual ocorreu em março 19; portanto 20 dias depois.
Considere ainda:
Ela tinha parentes morando a 1 légua de Chessenaz.
O Burnier assinava as atas de nascimento, casamento e óbitos.
Existe ao menos um documento (OP) assinado pelos dois em conjunto.
Pergunta-se
Utilizando como balizamento lógico a “Navalha de Ockam”, qual sua conclusão a respeito desse episódio?
julho 9th, 2013 às 3:32 PM
ARDUIM (citando Gorducho): “E eu pergunto pro ArdeRuin: Pode os espíritos falarem tantas bobagens sobre Marte?”
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ARDUIM – Porque os espíritos são apenas humanos sem corpo, SEM DETER A SUPREMA SABEDORIA, NEM A SUPREMA MORALIDADE. Assim, por acreditar em certa coisa, o espírito a passa adiante. Se mais tarde ficar provado que a crença era infundada, azar do espírito e do médium que falou a bobagem.
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COMENTÁRIO: “humanos sem corpos” seriam humanos? Se do ser humano o que conhecemos de fato é o corpo (embora Descartes dissesse que a alma fosse mais fácil de ser conhecida que o corpo), como se pode postular um da humanidade descorporificado? Se existem espíritos vagantes descarnificados estes são coisa qualquer que não humanos. Pode-se-ia até supor que fossem “faíscas” de humanos, humanos não…
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A falácia espírito-arduínica se mostra bundadeforamente no declarativo que expressou: fala dos espíritos como se soubesse o que são espíritos. Como soube ou sabe? Quem lhe contou? Dê-nos o endereço desse conhecedor para que possamos inquirí-lo.
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Tem mais uma coisa: o espírito, supondo-o que seja conforme se postula, não seria observador privilegiado dos cosmo? Desalgemado do invólucro carnal teria a faculdade de viajar por algures e alhures, sem necessidade de transporte, e contemplaria ao vivo e em cores a realidade na sua mais objetiva perspectiva. Quem falasse de Marte seria porque registrara feito louco, digo, in loco o que lá se apresentasse. Então, quando tanto, poderia não passar informes completos, mas bobajadas e besteiróis jamais. Mas é que mais fazem, passam bobajadas e besteróis…
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ARDUIM: Isso sem falar na mistificação e animismo, quando o médium acredita em certa coisa e, ao menos entre os crentes de espírito, passa adiante aquilo no que crê.
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COMENTÁRIO: Arduin, nada, mas nada mesmo, os espíritos passam que não seja de conhecimento terrenal. Tem algumas historietas que falam de médiuns passando informações que só tempos depois a ciência confirmaria, mas quando vai se conferir verifica-se que a coisa não é bem como contam. Em verdade, nenhum conhecimento novo, nenhuma evolução no saber é creditável aos imaginados espíritos comunicantes. Mesmo assim, vejo que falou uma grande verdade, desde que vista sob o correto ângulo: “quando o médium acredita em certa coisa…”. Muito inspirada a frase que quer dizer: quando o médium acredita que fala pelos “espíritos” os espíritos “falam” por meio do médium…
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ARDUIM: Em todos os campos de conhecimento é assim. Aquele que crê em certa coisa, valoriza o que confirma a dita coisa e faz de conta de que não vê o que a contradiz. Portanto os espíritos e seus médiuns não saem perdendo nada para os cientistas, historiadores, filósofos, sociólogos, ideólogos e outros ólogos…
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COMENTÁRIO: correto, isso é realidade, mas na ciência quem valoriza a coisa errada vai acabar tendo de admitir o erro.
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Até breve,
julho 9th, 2013 às 3:40 PM
NVF Disse: (citando Marciano): “Arduin e NVF, se os espíritos não ficam mais sapientes só porque desencarnaram, para que comunicar-se com eles? Besteira por besteira, fiquemos só com o encarnados.”
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NVF: Na verdade, a ideia de se comunicar com os espíritos inicialmente era apenas pra confirmar a sua existência e para nos conscientizar, enquanto encarnados, sobre como funciona o mundo espiritual. Essa era a busca, o esforço.
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COMENTÁRIO: depois de século e meio de comunicações ostensivas período em que os espíritos ensinaram como funciona o mundo espiritual, indaga-se: alguém sabe dizer como funciona o mundo espiritual?
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NVF: Acontece que desvirtuaram e se danaram a exigir conhecimentos científicos dos espíritos, além de acreditarem em tudo que eles diziam. Começaram a perguntar coisas como habitantes de outros planetas, etc.
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COMENTÁRIO: essa “curiosidade” é aceitável e compreensiva: se os espíritos estavam dando mostras de sua ação entre os vivos, deveriam saber as coisas que aos vivos interessam e dar-lhes uma mãozinha para melhor compreensão delas, ou então, informar que não vieram para falar de “trivialidades”. Se se meterem a responder é porque sabiam o que falavam… se não falaram nada que se aproveitasse temos forte evidência de que a informação proveio de fonte carnal não espiritual.
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saudações meditabundas.
julho 9th, 2013 às 3:54 PM
Marcos Arduin Disse: Otávio, sem querer ser chato, mas acontece o seguinte: se não for por dinheiro, as outras coisas que sugere são muito complicadas para se prever e, consequentemente, alcançar as metas.
Muito improvável que Chico houvesse tido alguma vez a vaidade e o desejo de dominar a mente de pessoas com suas escritas. Como podia prever que teriam esse efeito num país de maioria católica e hostil ao Espiritismo?
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COMENTÁRIO: sobre Chico, calcado no que li dele e sobre ele: Xavier precisava de um porto seguro. Sua mente brilhante porém altamente instável carecia de segurança para não se afogar no oceano de visões alucinadas que amiúde o perseguiam. No espiritismo encontrou o que queria, e não era dinheiro, talvez nem mesmo a fama. Esta veio como brinde. Chico se achou no espiritismo e ele para o espiritismo foi um grande achado…
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ARDUIN: Uma vez tido bem claro que os espíritos são entes do mesmo nível intelectual que os mortais, o que podemos obter de valioso deles é a prova da nossa continuidade após a morte do corpo. Isso é o que mais interessa. Agora quanto a obter conhecimentos sem trabalho e sem esforço, o Kardec já havia comentado sobre isso e deixado claro que nada se obteria por esse meio.
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COMENTÁRIO: ora, ora, se nas ciências que são coisas objetivas os espíritos não podem dar uma ajudinha, por que na moral, que é subjetiva, complexa, complicada e variada, ou seja, muito mais difícil de dar pitaco eles iriam querer se intrometer? Afinal o básico da ética e da moral os humanos sabem muito bem, sem precisar da ajuda de estranhos: não faça com seu próximo aquilo que não gostaria que fizessem com você…
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ARDUIN: Assim então, as revelações de espíritos sobre vida em outros planetas não têm mais valor do que as opiniões de astrônomos ou romancistas.
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COMENTÁRIO: errado, a realidade mostra que opinião dos espíritos têm muito menos valor a dos astrônomos… Engraçado… agora “eles” deixam de ser expectadores favorecidos da natureza para se tornaram meros (maus) opinadores…
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saudações opinadeiras.
julho 9th, 2013 às 4:13 PM
“É caso a pensar o porquê de Chico não ter elaborado psicografias filosóficas. Certamente, reflexões dentro dessa seara não estavam no domínio cultural do médium, portanto nada podia apresentar nesse terreno. Seria excelente se, por exemplo, Aristóteles usasse Chico para reescrever a parte de sua obra que se perdeu. Se Platão esclarecesse a polêmica das idéias eternas; se o debate sobre os universais fosse resolvido; se as dúvidas metafísicas fossem respondidas.”
– Moisés, os críticos contra o Chico o apresentam como uma “traça de livros”, que lia um livro por semana e por isso teria uma ENORME BAGAGEM CULTURAL, etc e tal. Sinceramente, se ele fizesse mesmo isso, não seria o caso de ler Platão, Aristóteles e comentaristas desses filósofos e assim produzir os tais “tapa buracos” de suas obras? Se tais trechos estão perdidos mesmo, qualquer pastiche que se faça em cima deles daria no mesmo…
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Porém, acho que Chico nunca foi o tão ávido leitor de que é acusado, pois nem sequer imitou direito os literatos falecidos, já que vinha com aquela linguagem melífua e melosa…
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“A estrela de David com caracteres hebraicos nas pontas, sem dúvida, está muito distante da profundidade das digressões filosóficas…”
– Ô Moisés! Caia na real. O lance da estrela de davi foi para se discutir Filosofia e sim para mostrar que Chico pôde saber de uma coisa desconhecida dos próprios familiares. Afinal se argumenta por aqui que ele tinha uma equipe de auxiliares, que ficavam nas filas fazendo perguntas pseudoinocentes às pessoas. Assim que essas chegavam junto ao Chico, ele já lera o relatório das perguntas e podia montar toda uma mensagem contendo coisas que “só a família sabia”. Certo?
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“Outro informe inatacável: o estilo adocicado de Chico que permeia os escritos psicográficos.”
– Como já dizia Roque Jacintho: _ A única garantia de que, numa psicografia, não houvesse qualquer interferência do médium, é se o espírito psicografasse pela mão de um defunto…
julho 9th, 2013 às 4:21 PM
Realmente, devo tirar o chapéu ao prof. Arduin, ele é fustigado por todos os lados mas não quebra. Só verga. Fidelidade assim à “causa” é digna de admiração. Só que, infelizmente e com todo o respeito, é perda de tempo. Só não vê quem não quer. Por isso digo com certeza que essa história de “fé raciocinada” é uma rematada bobagem. Não existe fé raciocinada. Existe sim uma gradação de fés mais bobas com fés menos bobas. Ou mais perigosas com menos perigosas, digamos assim. Mas em princípio todas as fés são cegas. O professor é um ilustre exemplo do que a fé pode fazer a alguém.
julho 9th, 2013 às 4:22 PM
“Só acho que Kardec se contradiz ao depositar enorme confiança no CUEE e depois dizer que a ciência daria a última palavra. Se as sandices foram publicadas no LE, foi porque passou pelo controle universal, grande responsável pela “autoridade da doutrina”, segundo ele.”
– NêVêFê, é o seguinte:
1 – Kardec era um pioneiro e os pioneiros pagam o preço do pioneirismo. Ele pensou ter certa coisa em mãos, mas a realidade dos fatos lhe deu a real dimensão.
2 – Já comentei em outro tópico do Obras que filosofia não se vende que nem café. Este é apresentado assim: Lote 1 – 10 defeitos; Lote 2 – 20 defeitos; Lote 3 – 40 defeitos… Que coisa! Vende-se mercadoria com defeitos! Mas Filosofia não é assim. Tem de ser vendida como coisa da boa e melhor do que outras. Foi o que Kardec fez, emprestando-lhe inclusive o aval de “Espíritos Superiores”, imaginando ele que se tratavam daqueles espíritos prestes a mergulhar a condição de pureza. Muita presunção, mas fazer o que enquanto você não vê um desmentido evidente à sua obra?
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Um espírita humilde e de pé no chão hoje em dia, sabe que os “Espíritos Superiores” do Kardec eram “espíritos superiores”, ou seja, espíritos eventualmente mais sabidos e interessados em dar um norte moral à Humanidade, mas não tão mais assim do que a craveira comum dos humanos. Assim, se deparamos com coisas nas obras do Kardec que hoje não têm mais valor científico, então que sejam entendidas como coisas de valor histórico apenas e fim de papo. Para que defender o indefensável?
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Não podemos pegar os livros do Kardec e ALTERAR o que está escrito para enquadrá-los na “modernidade” de hoje (e que pode ser desmentida mais pra frente). Isso seria ADULTERAÇÃO. Podemos no máximo acrescentar notas de rodapé explicativas e que fique por aí.
julho 9th, 2013 às 4:25 PM
“O professor é um ilustre exemplo do que a fé pode fazer a alguém.”
_ Brigadão, Ex-Toffado, mas ainda acho que o Massimo Polidoro e a comunidade cética em geral têm feito melhor do que eu: negam a fé, porém, são totalmente dominados por ela e sem perceber…
julho 9th, 2013 às 4:36 PM
“Utilizando como balizamento lógico a “Navalha de Ockam”, qual sua conclusão a respeito desse episódio?”
– Pergunte ao Flournoy. Ele deveria ter pensado nisso e investigado melhor a coisa. Era evidente que as sessões, pelas datas indicadas, não eram feitas a cada semana. Mas não foi dito que NÃO PODERIA assinar e sim que o faria na próxima sessão, quando veio com o acompanhante. De qualquer forma era COISA VELHA envolvendo desconhecidos. Se a médium era tão boa imitadora, por que não imitou também a letra da Maria Antonieta?
E onde é dito que a médium tinha parentes no local?
julho 9th, 2013 às 4:43 PM
“Mas nós sabemos que ele tinha cadernos onde fazia anotações sobre leituras, colava recortes de jornais, revistas;”
– Ô beleza! Já fizeram o cruzamento das anotações e recortes com o que ele produziu em suas obras?
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“ele tinha livros em casa”
– Tinha sim, mas sabemos qual foi a influência dessa literatura particular nas suas obras? Manda ver, meu! O crítico é você.
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“frequentava livrarias”
– E daí? Se comprou livros, devem estar na estante dele.
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“ele esteve envolvido em fraudes de materializações, amigos dele também.”
– Aqui já é mais discutível. Sabe-se que a médium, a Otília Diogo, era dada a fraudes, mas acho muito estranho que as fraudes BANAIS que ela produzia passassem despercebidas do Waldo e dos colegas médicos que atuaram junto com ele. Não dá pra acusar só o Chico.
Também há um lance, COM DUAS VERSÕES DIFERENTES, envolvendo uma suposta materialização do Emanuel, dando uma dura de que aquilo não era o que ele desejava e sim que o Chico cuidasse só de literatura.
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“Pra mim, algo totalmente descartável.”
– Então por que perde o seu tempo com ele?
julho 9th, 2013 às 5:09 PM
““humanos sem corpos” seriam humanos?”
– A rigor, não, Moisés. O que quis dizer é que os espíritos retêm a intelectualidade e a moralidade que tinham enquanto seus corpos materiais eram vivos. Você entendeu.
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“fala dos espíritos como se soubesse o que são espíritos”
– Não estou com paciência de procurar, mas acho que o contexto dessa minha fala foi que alguém supôs que espíritos, por não serem normalmente visíveis à maioria dos humanos, seriam seres absolutamente livres de impedimentos, podendo ver através de tudo, ler mentes e decifrar suas intenções, etc e tal. Daí então não teriam dificuldades nenhumas para ler coisas dentro de bolsos, acham pessoas e animais de estimação sumidos, e por aí vai.
Pelo que vi da literatura espírita, já que me perguntou como fiquei sabendo dos espíritos, isso VARIA de acordo com as condições de elevação moral/intelectual do dito espírito. Assim, Piper não conseguia saber o que havia em textos ocultos, porque talvez os espíritos os quais contatava não tinham essa habilidade. Como um deles comparou a situação entre seu estado e o momento em que fala pelo médium: _ É como se saísse de uma ampla sala iluminada e de repente se visse dentro de um tronco escuro, com apenas um buraquinho para olhar.
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“supondo-o que seja conforme se postula, não seria observador privilegiado dos cosmo? Desalgemado do invólucro carnal teria a faculdade de viajar por algures e alhures, sem necessidade de transporte, e contemplaria ao vivo e em cores a realidade na sua mais objetiva perspectiva”
– Já foi dito ao Kardec que NÃO. Isso depende da elevação de cada um. Os espíritos estão em OUTRA DIMENSÃO, meu caro…
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“Arduin, nada, mas nada mesmo, os espíritos passam que não seja de conhecimento terrenal.”
– Por isso mesmo que é dito lá no LE que os espíritos não podem nos fornecer conhecimentos já prontos e acabados. O máximo que podem nos dar são provas de sua identidade. E só.
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“mas na ciência quem valoriza a coisa errada vai acabar tendo de admitir o erro.”
– Ou morrer com ele e ser sucedido por alguém mais lúcido…
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“não se afogar no oceano de visões alucinadas que amiúde o perseguiam. No espiritismo encontrou o que queria, e não era dinheiro, talvez nem mesmo a fama. ”
– Que pena que os médicos de tantã não considerem o Espiritismo como um jeito de fazer os pinéis conviverem com sua loucura, sem precisar ficar entuchados de medicamentos… E já pensou que bacana? Em vez de ficarem trancados nos corredores, esses pinéis poderiam estar produzindo arte literária, pinturas, esculturas… Um bom jeito de aproveitar o potencial dessa gente.
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“ora, ora, se nas ciências que são coisas objetivas os espíritos não podem dar uma ajudinha”
– Mas eles dão, meu caro. Conforme está lá no Livro dos Espíritos: chegada a época de certa ideia ou invenção ser efetivada, os espíritos procuram pessoas com o melhor potencial para levar a coisa adiante. Inspiram-no com as ideias necessárias, MAS DEIXAM QUE TRABALHAM E SE EMPENHEM, PARA QUE O MÉRITO LHES PERTENÇA. Simples assim.
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“Afinal o básico da ética e da moral os humanos sabem muito bem, sem precisar da ajuda de estranhos: não faça com seu próximo aquilo que não gostaria que fizessem com você…”
– Certo, Moisés. Alguns, que já tomaram muito na cabeça em outras encadernações, podem ler e entender isso. Mas como justificar essa posição moral quando alguém que faz o mal pode se livrar das consequências simplesmente confessando ao padre e rezando 10 padrenossos e 20 avemarias? Ou como diz na fé protestante: bastando que se arrependa e se aceite a Cristo, vai pro céu feito anjinho? O Espiritismo é chato e pouco atrativo neste aspecto, pois é taxativo em dizer que ninguém se salva por crença. Aquele que pisou na bola e prejudicou seu semelhante, vai ter de pagar as penalidades duela a quem duela.
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“Engraçado… agora “eles” deixam de ser expectadores favorecidos da natureza para se tornaram meros (maus) opinadores…”
– Não sei se são mesmo expectadores FAVORECIDOS. Qual a condição que os torna assim?
julho 9th, 2013 às 5:46 PM
Arduin,
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Kardec, em Obras Póstumas, sugere que os espíritos, por estarem livres da carne, conseguem ver muito mais que os encarnados. Eis a analogia utilizada por Rivail:
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“Suponhamos um carro conduzido numa estrada terminando num abismo, que o condutor não pode perceber; é bem evidente que, se nada vem fazê-lo desviar, irá nele se precipitar; suponhamos, por outro lado, um homem colocado de maneira a dominar a estrada em toda a sua extensão; que esse homem, vendo o perigo que corre o viajante, possa adverti-lo para desviar-se a tempo, o perigo será conjurado.
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De sua posição, dominando o espaço, vê o que o viajor, cuja visão está circunscrita pelos acidentes do terreno, não pode distinguir; pode ele ver se uma causa fortuita vai pôr obstáculo à sua queda; conhece, pois, antecipadamente, o resultado do acontecimento e pode predizê-lo.
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Imaginemos que esse mesmo homem, colocado sobre uma montanha, perceba ao longe, no caminho, uma tropa inimiga se dirigindo para uma aldeia que quer incendiar; ser-lhe-á fácil, calculando o espaço e a velocidade, prever o momento da chegada da tropa.
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Se, descendo à aldeia, diz simplesmente: A tal hora a aldeia será incendiada, o acontecimento vindo se cumprir, ele passará, aos olhos da multidão ignorante, por um adivinho, um feiticeiro, ao passo que, muito simplesmente, viu o que os outros não podiam ver, e disso deduziu as conseqüências.”
julho 9th, 2013 às 7:04 PM
ARDUIN: “É caso a pensar o porquê de Chico não ter elaborado psicografias filosóficas. Certamente, reflexões dentro dessa seara não estavam no domínio cultural do médium, portanto nada podia apresentar nesse terreno. Seria excelente se, por exemplo, Aristóteles usasse Chico para reescrever a parte de sua obra que se perdeu…”
Pois é Arduin, se você é capaz de perceber isso, por que não consegue perceber que NENHUM MÉDIUM jamais psicografou Aristoteles ou Platão, nem nenhum outro filósofo importante. Todo mundo já conhece a velha ladainha de que os espíritos não são mais sábios que os encarnados, por isso não haver “novidades” de informações vindas do mundo espiritual e por isso todas as bobagens vergonhosas sobre a vida em Marte e outras pilhérias. Mas , espere aí, o mundo dos encarnados tem muita gente sábia e conhecedora, você citou Aristóteles e Platão, mas e os outros? Porque nenhum médium, nenhumzinho mesmo, psicografou Aristóteles, Platão, Kant, Leibniz, Locke, Hume, Hobbes, Heggel, Descartes, Francis Bacon, Freud, Jung, Sócrates, Demócrito, Epicuro…Eu poderia ficar colocando filósofos e pensadores importantes já falecidos aqui por tempo indeterminado, então, a pergunta que faço é: A vida intelectual de alto nível acaba quando a pessoa desencarna? Se um encarnado é capaz de estruturar um sistema filosófico quando encarnada, porque não pode fazer isso como desencarnado. Não adianta dizer que os espíritos só se ocupam com as questões morais, porque não há nada mais filosófico que a moral, o moizes montalvão já muito inteligentemente observou. Nietszche também nunca deu o ar da graça a nenhum médium, e aí? Existe uma explicação para isso além da mais óbvia, a de que tudo não passa da invenção da cabeça dos tais médiuns? Se não for assim, como explicar a total, completa e absoluta ausência de uma etiologia filosófica em todas as afirmações dos tais espíritos? Eles afirmam muitas coisas no nível moral, ao mesmo tempo que não possuem NADA de filosoficamente estruturado que justifique tais afirmações. Costumam criticar o catolicismo, porque o mesmo também faz afirmações diversas, só que no catolicismo está tudo muito bem estruturado em mais de 2000 anos de literatura filosófica, só Tomás de Aquino escreveu o dobro que Aristóteles, e, a despeito de que seja possível não concordar com ele, ou com as outras fontes ontológicas do Catolicismo, não se pode jamais dizer que o catolicismo diz coisas ao léu, que não tenha uma base filosófica e teológica de respeito. Já no Espiritismo ocorre o contrário, os tais espíritos dizem muita coisa, mas não existe, para explicar, por exemplo, as questões respondidas pelos espíritos no LE, algo além das próprias questões. O espiritismo é de tal forma pretensioso e presunçoso que, para os espíritas, as respostas do LE se bastam, como se uma resposta filosófica, espiritual ou teológica não tivesse que ter por trás dela um arcabouço filosófico que lhe dê base. Quando o catolicismo afirma alguma coisa, como por exemplo, a Virgindade Perpétua de Maria, há todo um sustentáculo para este dogma que começa mesmo antes de Tomás de Aquino e Duns Scott, há uma literatura tão imensa sobre isso que existe até um vernáculo sobre ela: A Mariologia. Não estou aqui defendendo o catolicismo enquanto verdadeiro, mas sim enquanto uma doutrina religiosa suficientemente estruturada, como deve ser, de forma que as pessoas tenham recursos para estudar e concordar ( ou não) com seus postulados. O Espiritismo vomita conceitos e dita regras de duas formas: ou repete o que já foi dito “ad nauseam” pelas outras religiões, especialmente o catolicismo, ou simplesmente inventa idéias dele derivadas, sem nenhum acanhamento em pensar: Caramba, isso já foi dito, será que não sou capaz de dizer algo novo? Tudo o que o espiritismo diz é um repeteco mal acabado do que já foi dito pela gnose, em especial os cátaros e bogomilitas, pincelado com cientificismo do século XIX e manejado com uma espécie de extensão do projeto iluminista para o plano espiritual. Não se sabe se é verdade ou não, mas dizem que Kardec era maçom, tudo indica que era mesmo, uma vez que maçonaria e espiritismo tem mais coisas em comum do que se pode imaginar, com a diferença de que a maçonaria é uma gnose bem estruturada historicamente e o espiritismo, uma brincadeira do copo transferida para livros, sem nenhuma seriedade com a estruturação filosófica, e , principalmente, com o prosseguimento e desenvolvimento do bojo intelectual espírita, a ponto de que os “ortodoxos” espíritas se apeguem aos 5 ou 6 livros originais da codificação, como se fosse a coisa mais preciosa do mundo! Já que o que veio depois é chico xavier e sua renca de pasticheiros. Sinto dizer, mas 5 ou 6 livros não perfazem uma doutrina espiritual, o islamismo tem pelo menos 40 mil Haddits( ditos e feitos do profeta Mohamed), no catolicismo, só a obra de Tomás de Aquino tem pelo menos uns 100 volumes bem grossos. Para finalizar, digo que o espiritismo é uma tosca brincadeira, sem base intelectual, filosófica e muitos menos a que mais se vangloria: a científica.
julho 9th, 2013 às 7:05 PM
E onde é dito que a médium tinha parentes no local?
Na página 410, Professor 🙁 [3 ed., 1900]
julho 9th, 2013 às 7:12 PM
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Marciano disse: Montalvão, eu não questiono a existência de espíritos, eu afirmo a inexistência deles, assim como afirmo a inexistência do bule de chá do Russel, com a mesma veemência e convicção.
Também afirmo a inexistência do monstro de spaghetti, do unicórnio cor-de-rosa invisível, o dragão da garagem do Sagan, do meu vizinho lobisomem. . .
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COMENTÁRIO: até falei errado: disse que você e Cia questionavam a “sobrevivência” quando quis me referir a espíritos, conquanto a vida além também esteja dentre seus questionamentos, e agora vejo que vai mais além: afirma a inexistência. Só que com essa postulação irá cair no mesmo buraco que os mediunistas, visto que o ônus da prova cabe a quem declara a coisa. E como irá provar uma inexistência? Creio, melhor seria afirmar não haver evidências satisfatórias dos itens relatados.
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Isto posto, diga o que diz, existencialmente, a respeito do Conde Drácula, Madame Min, Maga Patológica, Anãozinho Gigante, incrível homem verde comedor de pedras, Barrabás e Marcos Arduin?
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MARCIANO: Saudações licantrópicas.
MOI: saudações vampirosômicas
julho 9th, 2013 às 7:18 PM
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NVF Diz: “Se não sabem nada, porque se metem a escrever romances historicamente posicionados???”
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Talvez porque sejam tão orgulhosos quanto nós, os encarnados. Querem parecer sapientes, serem ouvidos, etc. Aliás, em tese tais espíritos já foram um de nós.
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COMENTÁRIO: ué, não era para provar que a vida continua após o ploft final que os espíritos comunicavam (e por isso escrevem sem muito capricho)? Agora o orgulho também entra? E se querem parecer sapientes porque não se pronunciam sapientamente?
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saudações auditivas.
julho 9th, 2013 às 8:19 PM
Moisés
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“COMENTÁRIO: ué, não era para provar que a vida continua após o ploft final que os espíritos comunicavam (e por isso escrevem sem muito capricho)?”
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Os espíritos não se comunicam para provar nada. Na verdade são os espíritas que tentam se comunicar com eles para provar que a vida continua. Os espíritos, quando se comunicam voluntariamente, pode ser por diversos motivos, sendo o mais comum nas sessões espíritas o sofrimento moral e a confusão e incerteza sobre a sua atual condição.
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“Agora o orgulho também entra? E se querem parecer sapientes porque não se pronunciam sapientamente?”
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Os pseudos-sábios também morrem e viram espíritos. Se esses espíritos quiserem, puderem e encontrarem um canal de comunicação, vão querer ditar suas pseudo sabedorias (como teorias medicinais contestáveis e conhecimentos planetários risíveis).
julho 9th, 2013 às 8:37 PM
Otavio Ferreira,
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Na bibliografia de Kardec trazida em Obras Póstumas, temos o seguinte:
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“Era membro de várias sociedades sábias, entre outras, da Academia Real de Arras, que, em o concurso de 1831, lhe premiou uma notável memória sobre a seguinte questão: Qual o sistema de estudo mais de harmonia com as necessidades da época?”
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Será que isso sugere também maçonaria?
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Acho que sim.
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Agora, dizer que o Catolicismo tem base filosófica sólida é sacanagem. Só com muita fé católica.
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Será que São Tomás de Aquino explica racionalmente o que quer dizer “Pai, Filho e Espírito Santo”, todos unha e carne, como um só? Até hoje não entendi, dentre outras coisas, como o padre não poder comer ninguém (apesar de comer), os fieis não poderem usar camisinha, a Igreja em Roma ser cheia de ouro (quando Jesus pregou o desprendimento material), os milagres, etc.
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Voltaire sacanearia bastante essa defesa do catolicismo.
julho 9th, 2013 às 9:48 PM
Provar a inexistência de espíritos é missão complexa. Eu suponho que seja mesmo impossível. Até hoje não provaram a inexistência do Papai Noel, do Coelhinho da Páscoa e do Saci Pererê. Mas é muitíssimo provável, que estes entes sejam apenas obra da fantasia e do imaginário popular. Idem em relação aos espíritos.
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Boa Noite, Senhores.
julho 9th, 2013 às 10:01 PM
Toffo, o Arduin ainda vai capitular. A “ficha” dele ainda vai cair. Perceberá que as maravilhas sensoriais atribuídas a Crookes, Piper e afins são tão fantasiosas quanto as peripécias fraudulentas do Chico Xavier. E creio que não será preciso viver muito para testemunhar este “despertar”. E o Arduin verá como é bom “acordar” para a realidade. Só quem já acordou entende isso.
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Arduin, estamos te esperando.
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Sds.
julho 9th, 2013 às 10:02 PM
Idem com relação ao prezado Vitor.
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Sds.
julho 9th, 2013 às 10:45 PM
NVF, você confunde o catolicismo ter base filosófica com a base filosófica do catolicismo ser certa, uma coisa pode não ter nada a ver com a outra. Veja por exemplo, a filosofia ideológica mais bem estruturada do mundo, o Marxismo, é FALSO até a medula dos ossos. Em nenhum momento falei que o catolicismo é certo, falei que ele tem uma estrutura filosófica bem formada, se é verdadeira ou não, isso é uma outra questão bem diferente. Você pensa metonimicamente, aliás, como quase todo mundo, não é de admirar, especialmente em alguém que parece ter simpatia por espiritismo e allan kardec.
julho 9th, 2013 às 11:05 PM
Otavio,
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Sou espírita, pois creio na existência dos espíritos, não por seguir Allan Kardec ou Chico Xavier. Aliás, se ler tudo o que postei até aqui verá que critiquei muitas vezes a obra do sr. Rivail. E sigo criticando, cada vez mais. Quanto a Chico Xavier, este nem merece atenção.
julho 10th, 2013 às 12:22 AM
“Otavio Ferreira Diz:
Sinto dizer, mas 5 ou 6 livros não perfazem uma doutrina espiritual, o islamismo tem pelo menos 40 mil Haddits( ditos e feitos do profeta Mohamed), no catolicismo, só a obra de Tomás de Aquino tem pelo menos uns 100 volumes bem grossos.”
AMIGO, NENHUMA DESSAS AÍ SUPERA O ‘UNIVERSO EM DESENCANTO’.
FALAM NOS MAIS DE 400 LIVROS Q CX ESCREVEU.
E O MANOEL J. COELHO?
ERA “MÉDIUM” DA “ENTIDADE” CHAMADA “RACIONAL SUPERIOR”.
VEJA SÓ:
A Cultura Racional foi fundada por Manoel Jacintho Coelho (1903-1991), considerado pela Cultura Racional como o Racional Superior da Terra, na cidade do Rio de Janeiro. Em 4 de outubro de 1935 iniciou a elaboração da enciclopédia de Cultura Racional composta de 1.000 livros, intitulada Universo em Desencanto, e a concluiu em 5 de dezembro de 1990. Os livros foram divididos em cinco partes, 1°- Obra, composta de 21 volumes, 2°- Réplica, composta de 21 volumes, 3°- Tréplica, composta de 21 volumes, 4°- Histórico, composta de 934 volumes e 5º – Amarelões, composta de 3 volumes editados entre 1935 e 1938.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Universo_em_Desencanto
MAIS DE 1000 LIVROS QUE ESTE CABOCLO ESCREVEU! MAIS QUE O DOBRO DE CX!!!
TALVEZ SEM PLÁGIOS…
julho 10th, 2013 às 12:45 AM
Otávio Ferreira, não sei como traduzir o texto que se segue para o aramaico, infelizmente. Seria uma ótima comparação com a doutrina espírita:
“Veja ilustre passageiro, O belo tipo faceiro que o senhor tem a seu lado. E no entanto, acredite, quase morreu de bronquite, Salvou-o o Rum Creosotado!”
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Arduin, baseando-me no questionamento de Montalvão (“humanos sem corpos” seriam humanos? – o espírito, supondo-o que seja conforme se postula, não seria observador privilegiado dos cosmo? Desalgemado do invólucro carnal teria a faculdade de viajar por algures e alhures, sem necessidade de transporte, e contemplaria ao vivo e em cores a realidade na sua mais objetiva perspectiva. Quem falasse de Marte seria porque registrara feito louco, digo, in loco o que lá se apresentasse”) e considerando o grande conhecimento que você demonstra de espíritos e espiritismo,
eu pergunto:
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Espíritos têm massa?
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Estão sujeitos à atração gravitacional?
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Ocupam espaço?
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Têm limite de velocidade em seus deslocamentos espaciais?
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Precisam de propulsores, ou “volitam” da mesma forma que o superman? (Para quem não sabe – no total são 0,000000000000% dos frequentadores do blog,
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“VOLITAÇÃO – Capacidade que o espírito tem, em certo nível de adiantamento, de “voar”, não apenas no sentido literal, mas também de maneira mais transcendental. O espírito se transporta para onde quiser ou lhe for determinado, sob a ação e o impulso de sua própria inteligência. Ele viaja na velocidade de seu próprio pensamento, seguindo leis cósmicas da fisiologia do espírito e de suas interações com o meio espiritual e com o éter-cósmico”.- apud http://www.nossolar.net/glossario_espirita.html).
.
Gastam energia em seus deslocamentos? Caso positivo, esse dispêndio energético é mensurável? Dá para estimar um mínimo e um máximo de gasto energético?
.
Qual a velocidade do pensamento? (“Ele viaja na velocidade de seu próprio pensamento, seguindo leis cósmicas da fisiologia do espírito e de suas interações com o meio espiritual e com o éter-cósmico”.- apud http://www.nossolar.net/glossario_espirita.html)”.
.
A velocidade do pensamento supera a da propagação das ondas eletro-magnéticas?
.
Em caso positivo, o que o espírito de Einstein acha disso?
.
Se me der a honra de responder aos questionamentos, parta do princípio de que o espírito de que estamos falando é o mais elevado que possamos conhecer ou conceber. Quero saber se, como a querida mãezinha de cx, posso ter esperanças de ver meu planeta natal, depois do meu passamento, ainda que tenha de progredir muito, espiritualmente falando, deixando de ser cético, descrente, zombeteiro e passando a ser hipócrita, piegas, usar peruca preta ou boné, ser enterrado de óculos, ser mentiroso, plagiador.
julho 10th, 2013 às 12:51 AM
Montalvão disse: . . . “o básico da ética e da moral os humanos sabem muito bem, sem precisar da ajuda de estranhos: não faça com seu próximo aquilo que não gostaria que fizessem com você…”
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Isto mesmo. Muito antes do espiritismo kardequiano, já diziam:
“Honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere. [Digesta 1.1.10.1; Institutiones 1.1.3]”.
Para quem não sabe latir, quero dizer, latim:
“Viver honestamente, não prejudicar os outros, dar a cada um o que é seu”.
julho 10th, 2013 às 12:52 AM
VFV disse:
“Os pseudos-sábios também morrem e viram espíritos. Se esses espíritos quiserem, puderem e encontrarem um canal de comunicação, vão querer ditar suas pseudo sabedorias (como teorias medicinais contestáveis e conhecimentos planetários risíveis)”.
Parece que os sábios de verdade morrem e não viram nada (Platão, Aristóteles, Kant, Nietsche, Newton, Arquimedes, Einstein, Leibinitz, Cantor, Poincaré, Fibonacci, Euler, Galileu, James Clerk Maxwell, Planck).
Só pseudo-sábios se comunicam após a morte.
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Montalvão também disse:
“Só que com essa postulação irá cair no mesmo buraco que os mediunistas, visto que o ônus da prova cabe a quem declara a coisa. E como irá provar uma inexistência? Creio, melhor seria afirmar não haver evidências satisfatórias dos itens relatados”.
.
Isto mesmo, Montalvão, não há evidências satisfatórias do bule de chá, do meu vizinho lobisomem, do Conde Drácula (do Príncipe Vlad há), da Madame Min, da Maga Patológica, do Anãozinho Gigante, do incrível homem verde comedor de pedras, de Barrabás (a não ser referência bíbliclas e deMarcos Arduin (que eu acho que é espião, provavelmente russo).
Eu suponho, como faz Antonio, também inexistem Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Saci Pererê, mula-sem-cabeça, só não consigo demonstrar. O que me leva a crer que talvez existam espíritos.
julho 10th, 2013 às 12:55 AM
Por falar em Antonio, ele disse:
“ . . . Toffo, o Arduin ainda vai capitular. A “ficha” dele ainda vai cair. Perceberá que as maravilhas sensoriais atribuídas a Crookes, Piper e afins são tão fantasiosas quanto as peripécias fraudulentas do Chico Xavier. E creio que não será preciso viver muito para testemunhar este “despertar”. E o Arduin verá como é bom “acordar” para a realidade.”
.
Mais adiante:
“Idem com relação ao prezado Vitor”.
.
Eu vi o Vitor, no tal programa, ontem (Detetives da Fé).
Se não o conhecesse, aqui do blog, diria que não acredita em espíritos. As aparências enganam.
.
Otavio Ferreira disse:
. . .“o catolicismo ter base filosófica com a base filosófica do catolicismo ser certa, uma coisa pode não ter nada a ver com a outra. Veja por exemplo, a filosofia ideológica mais bem estruturada do mundo, o Marxismo, é FALSO até a medula dos ossos”.
Otávio, virei teu fã.
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Contra, esqueci-me de entrar para o Universo em Desencanto. Amanhã mesmo eu me filio. Só tava faltando esta.
julho 10th, 2013 às 1:01 AM
Pensando bem, eu não consigo provar que o marxismo é FALSO até a medula dos ossos. Acho mais cauteloso dizer que, assim como os espíritos, o saci-pererê e meu vizinho lobisomem, ele é PROVAVELMENTE falso até a medula dos ossos.
julho 10th, 2013 às 1:34 AM
Provar que o marxismo é falso é a coisa mais fácil do mundo, o problema é que marxistas não tem interesse na veracidade/falsidade de sua doutrina, o marxismo é a doutrina que, em caso de necessidade, nega a si mesma para obter o poder. O marxismo está mais para uma doença mental do que para uma doutrina política, qualquer relação com uma religião fundamentalista não é mera coincidência.
julho 10th, 2013 às 2:40 AM
Eu sei Otavio, eu tava de picardia.
julho 10th, 2013 às 10:23 AM
“Perceberá que as maravilhas sensoriais atribuídas a Crookes, Piper e afins são tão fantasiosas quanto as peripécias fraudulentas do Chico Xavier.”
– ô de Morte! Estou no aguardo das demonstrações e verificações impecáveis que provem provadamente que Piper e outros tantos médiuns que foram validados por pesquisadores competentes, como o Crookes (que nunca foi um maravilhoso sensorial, para seu governo) realmente fraudaram assim, assado, frito e cozido.
Enquanto isso não acontecer, não me deixarei convencer pelo choro cético.
julho 10th, 2013 às 10:56 AM
Pô, Arduin, to vendo que, se depender de você, vou continuar sem saber quais as propriedades físico-químicas dos espíritos.
eu pergunto:
.
Espíritos têm massa?
.
Estão sujeitos à atração gravitacional?
.
Ocupam espaço?
.
Têm limite de velocidade em seus deslocamentos espaciais?
.
Precisam de propulsores, ou “volitam” da mesma forma que o superman? (Para quem não sabe – no total são 0,000000000000% dos frequentadores do blog,
.
“VOLITAÇÃO – Capacidade que o espírito tem, em certo nível de adiantamento, de “voar”, não apenas no sentido literal, mas também de maneira mais transcendental. O espírito se transporta para onde quiser ou lhe for determinado, sob a ação e o impulso de sua própria inteligência. Ele viaja na velocidade de seu próprio pensamento, seguindo leis cósmicas da fisiologia do espírito e de suas interações com o meio espiritual e com o éter-cósmico”.- apud http://www.nossolar.net/glossario_espirita.html).
.
Gastam energia em seus deslocamentos? Caso positivo, esse dispêndio energético é mensurável? Dá para estimar um mínimo e um máximo de gasto energético?
.
Qual a velocidade do pensamento? (“Ele viaja na velocidade de seu próprio pensamento, seguindo leis cósmicas da fisiologia do espírito e de suas interações com o meio espiritual e com o éter-cósmico”.- apud http://www.nossolar.net/glossario_espirita.html)”.
.
A velocidade do pensamento supera a da propagação das ondas eletro-magnéticas?
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Em caso positivo, o que o espírito de Einstein acha disso?
julho 10th, 2013 às 10:57 AM
“Na bibliografia de Kardec trazida em Obras Póstumas, temos o seguinte:”
– Quem assina essa biografia? É o Henri Sausse? Se for pode desconsiderar. Esse biógrafo de meia tigela baseou-se mais no que Leymarie lhe disse e não foi verificar nada do que foi dito. Leymarie, todo enrolado que ficou por causa do fotógrafo charlatão a quem permitiu veicular fotos de espíritos na Revista Espírita, emprestou a Kardec qualificações que ele não tinha. Disse que Kardec foi médico, tendo defendido uma tese com muito brilho (nem a tese, nem faculdade de medicina, ABSOLUTAMENTE NADA foi achado a esse respeito) e pior ainda, disse que também foi… advogado.
Quanto a essas “sociedades”, são sempre indeterminadas. Ninguém dá qualquer prova a respeito. Dizem os livros apologéticos cristãos de que Kardec teria sido maçon grau 33 (o mais elevado, mas segundo ouvi falar, é só um grau HONORÁRIO). Mas nenhum documento de prova é apresentado a respeito. E veja que não achamos desdouro algum ele ter sido maçon. Apenas desejamos que as provas nos sejam apresentadas.
julho 10th, 2013 às 11:01 AM
E quem disse que você “Perceberá que as maravilhas sensoriais atribuídas a Crookes, Piper e afins são tão fantasiosas quanto as peripécias fraudulentas do Chico Xavier. E creio que não será preciso viver muito para testemunhar este “despertar”. E o Arduin verá como é bom “acordar” para a realidade.”, foi o Antônio. Eu só disse:
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Marciano Diz:
julho 10th, 2013 às 00:55
Por falar em Antonio, ele disse:
“ . . . Toffo, o Arduin ainda vai capitular. A “ficha” dele ainda vai cair. Perceberá que as maravilhas sensoriais atribuídas a Crookes, Piper e afins são tão fantasiosas quanto as peripécias fraudulentas do Chico Xavier. E creio que não será preciso viver muito para testemunhar este “despertar”. E o Arduin verá como é bom “acordar” para a realidade.”
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Mais adiante:
“Idem com relação ao prezado Vitor”.
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Eu vi o Vitor, no tal programa, ontem (Detetives da Fé).
Se não o conhecesse, aqui do blog, diria que não acredita em espíritos. As aparências enganam.
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Eu estava citando o Antônio e me referindo ao Vitor.
Só me referi a você “en passant”.
julho 10th, 2013 às 11:14 AM
Eu demorei a entender por que o Vitor se considera espírita, pois no começo eu também pensava que só era espírita quem seguia Allan Kardec.
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Pesquisando sobre o conceito de Espiritismo, de forma de laica, vi que toda e qualquer pessoa que creia na sobrevivência da alma, ou seja, na existência de espíritos, é espírita. Portanto, não se precisa de doutrina ou religião para ser espírita, basta admitir a hipótese dos espíritos existirem.
julho 10th, 2013 às 11:16 AM
Para garantir que não vou precisar passar pelo umbral, depois de desencarnar, estou fazendo um curso de falsa modéstia, hipocrisia, vaidade fútil (peruquinha preta, boné, etc.), pieguice, discurso melífluo e pseudo-intelectual, como mentir descaradamente em 10 lições, como plagiar obras vagagundas e inúteis, como contactar espíritos inexistentes e como consolar queridas mãezinhas desconsoladas.
Espero que isto compense todas as feijoadas, carne de porco e mulheres que eu já comi.
Não quero passar oito anos no umbral, lambendo paredes fétidas.
julho 10th, 2013 às 11:25 AM
Arduin,
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A biografia de que trouxe um trecho foi publica na Revista Espírita de maio de 1869. Não sei se foi escrita por esse sr. incompetente que você mencionou (Henri Sausse?)
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Eis um link para a biografia mencionada:
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http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-01.html
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(é só fechar a opção de cadastro que aparece)
julho 10th, 2013 às 11:29 AM
Arduin,
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A biografia, aliás, parece-me muito coerente, pois diz que Kardec teve uma formação humanista (sabedor de várias ciências diferentes) pedagogo e de família de juristas. O texto não disse que ele foi médico nem advogado. Portanto concluo que não se trate da biografia a ser desconsiderada, como sugere.
julho 10th, 2013 às 11:30 AM
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OTÁVIO FERREIRA DISSE:
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ARDUIN: “É caso a pensar o porquê de Chico não ter elaborado psicografias filosóficas. Certamente, reflexões dentro dessa seara não estavam no domínio cultural do médium, portanto nada podia apresentar nesse terreno. Seria excelente se, por exemplo, Aristóteles usasse Chico para reescrever a parte de sua obra que se perdeu…”
OTÁVIO: Pois é Arduin, se você é capaz de perceber isso, por que não consegue perceber que NENHUM MÉDIUM jamais psicografou Aristoteles ou Platão, nem nenhum outro filósofo importante. […]
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COMENTÁRIO: prezado Otávio, bom seria se o Arduin tivesse dito o que julgou ter ele proferido. Se verificar a postagem original notará que consta: “ARDUIN (citando MOntalvão). O nobre professor fez referência a comentário meu para poder descer o pau (ÊPA!). No dia em que ele começar a refletir sobre essa questão estará a um pé de reconhecer a inespiritualidade das manifestações de “espíritos”.
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De qualquer modo, seu ponderamento foi dez, quem sabe não incrementará um pitaco de juízo no verditício botânico? Rezo sempre a santo Antão por isso.
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saudações elucidativas.
julho 10th, 2013 às 11:46 AM
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NVF Disse: (citando Montalvão): “COMENTÁRIO: ué, não era para provar que a vida continua após o ploft final que os espíritos comunicavam (e por isso escrevem sem muito capricho)?”
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NVF: Os espíritos não se comunicam para provar nada. Na verdade são os espíritas que tentam se comunicar com eles para provar que a vida continua. Os espíritos, quando se comunicam voluntariamente, pode ser por diversos motivos, sendo O MAIS COMUM NAS SESSÕES ESPÍRITAS O SOFRIMENTO MORAL E A CONFUSÃO E INCERTEZA SOBRE A SUA ATUAL CONDIÇÃO.
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COMENTÁRIO: vou ter que soltar mais um ué: ué, os espíritos precisam se comunicar para esclarecer suas incertezas sobre estarem mortos e precisam buscar apoio entre os vivos a fim de debelar suas dores? E no céu (paraíso, erraticidade, hades, geena, ou o que for) não encontram o amparo devido e necessário? Será que lá tá que nem no Brasil, onde faltam médicos, os que não faltam atendem mal (nem todos) e a administração é lamentável?
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Por fim, como é que sabe da condição dos espíritos do lado de lá? Qual a fonte informativa?
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(citando MOntalvão)“Agora o orgulho também entra? E se querem parecer sapientes porque não se pronunciam sapientamente?”
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NVF: Os pseudos-sábios também morrem e viram espíritos. Se esses espíritos quiserem, puderem e encontrarem um canal de comunicação, vão querer ditar suas pseudo sabedorias (como teorias medicinais contestáveis e conhecimentos planetários risíveis).
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COMENTÁRIO: pseudossábios continuam assim “do lado de lá”? Não tem nenhuma faculdade, ou curso técnico que lhes aprimore o saber, antes de serem liberados para comunicação? Do jeito que descreve a condição e atuação dos espíritos vejo uma Terra, com todas suas contradições, refletida no além. Seria lá mera continuação da vida terrena só que em nível espiritual? Se eles estão tão perdidos que nem nós para que a comunicação?
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Ó dúvidas…
julho 10th, 2013 às 11:46 AM
Marciano,
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“Espíritos têm massa?
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Estão sujeitos à atração gravitacional?
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Ocupam espaço?
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Têm limite de velocidade em seus deslocamentos espaciais?
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Precisam de propulsores, ou “volitam” da mesma forma que o superman?”
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Os supostos espíritos de Kardec respondem a essa questão de maneira menos pior que os outros. Afirmam que os espíritos NÃO são sobrenaturais, mas regidos por leis naturais, muitas delas ainda desconhecidas pela ciência material. Inserem, ainda, “Deus”, como um ser natural, inserido no processo, porém igualmente ainda incompreensível à nossa cognição.
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Explicam que a matéria possui formatações que variam ao infinito, de modo que os espíritos e seus perispíritos são constituídos por matéria quintenssenciada (isso por falta de palavras no nosso vocabulário, pois seria ainda mais que isso, segundo os espíritos de Kardec). A matéria do mundo espiritual fugiria à nossa captação, devido às limitações dos nosso órgãos materiais aqui da terra.
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OBS.: Explicam que o médium que vê espíritos o vê ou escuta os espíritos, em regra, o vê e escuta com a própria alma e não com os olhos, exceto nos fenômenos de aparição, materialização e “sonorização”.
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Kardec traduz com uma expressão mais ou menos assim: “os espíritos não estão em outra dimensão, mas estão por toda parte no espaço, inclusive a nos acotovelar o tempo inteiro. Veem tudo e ouvem tudo, mas só dão atenção ao que querem dar”.
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Quanto aos limites de velocidade, explicam que o espírito pode tanto se inteirar do deslocamento, “passo a passo”, ou, como ocorre em regra, se moverem instantaneamente na velocidade do pensamento, pois libertos da matéria mais pesada.
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O espírito seria uma “centelha de luz”, por falta de palavras, quase uma abstração para nossa cognição, envolvido por uma formatação de matéria um pouco menos quintenssenciada, porém ainda inapreensível aos nossos órgãos.
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Em outras palavras, não daria pra explicar o fenômeno com base nos dados da nossa ciência material atual, mas eles estão no mesmo plano que nós, no mesmo espaço físico, porém invisíveis aos nossos olhos e insensíveis aos nossos sentidos (exceto aos médiuns, que os veem com a própria alma, ou aos fenômenos de aparição, materialização, etc).
julho 10th, 2013 às 11:56 AM
Sendo botânico, será que o Arduin tem uma estufa em casa? Que tipo de plantas será que ele manipula?
julho 10th, 2013 às 12:06 PM
Moisés,
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Os supostos espíritos de Kardec explicam que, ao desencarnar, o espírito necessariamente passa por um período de “perturbação” e confusão, onde, muitas vezes, pensa ainda estar vivo e não compreende as coisas. Esse estado pode ser curto ou longo, devido ao livre arbítrio, que deixa tudo ao mérito do indivíduo.
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Quando se desencarna, segundo a obra de Kardec, não há umbral, mas o espaço infinito (limitado apenas pela condição mais ou menos material do espírito, que não pode adentrar onde seu perispírito naturalmente não permite). O espírito inicialmente percorre esse espaço como se tivesse acabado de acordar de um longo sono (ou tomado um pileque). Pode ser abordado por espíritos (tanto os bons quanto os maus) ou ignorá-los ou ser ignorado.
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Veja, “in verbis”:
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“163. Deixando o corpo, a alma tem imediata consciência de si mesma?
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— Consciência imediata não é o termo: ela fica perturbada por algum tempo.
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164. Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?
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— Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito tempo mais a impressão da matéria.
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165. O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência sobre a duração maior ou menor da perturbação?
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— Uma grande influência, pois o Espírito compreende antecipadamente a sua situação; mas a prática do bem e a pureza de consciência são o que exerce maior influência.”
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“Por fim, como é que sabe da condição dos espíritos do lado de lá? Qual a fonte informativa?”
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Ora, os próprios espíritos, só que por meio da mediunidade, que não pode ser descartada apenas por causa de indícios de fraudes de médiuns.
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OBS.: Camille Flammarion, o mais racional dos seguidores de Kardec, defendia o uso da tiptografia (escrita por batidas) no lugar da psicografia, para diminuir os riscos de fraude e animismo.
julho 10th, 2013 às 12:10 PM
E será que o Professor tem também um narguilé?
julho 10th, 2013 às 12:11 PM
NVF Disse: Pesquisando sobre o conceito de Espiritismo, de forma de laica, vi que TODA E QUALQUER PESSOA QUE CREIA NA SOBREVIVÊNCIA DA ALMA, OU SEJA, NA EXISTÊNCIA DE ESPÍRITOS, É ESPÍRITA. Portanto, não se precisa de doutrina ou religião para ser espírita, basta admitir a hipótese dos espíritos existirem.
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COMENTÁRIO: nossa, como o espiritismo cresceu de repente! Agora, com exceção dos ateus de fato e de direito, praticamente toda a população deverá se declarar espírita, visto a maioria acreditar na sobrevivência da alma… Mas, espírita não é quem acredita na comunicação dos espíritos?
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Tô cada vez mais apatralhado…
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julho 10th, 2013 às 12:13 PM
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MARCIANO DISSE: “Espero que isto compense todas as feijoadas, carne de porco e mulheres que eu já comi.”
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COMENTÁRIO: almejo que não tenha realizado as três coisas no mesmo dia…
julho 10th, 2013 às 12:14 PM
“Marcos Arduin Diz:
Quanto a essas “sociedades”, são sempre indeterminadas. Ninguém dá qualquer prova a respeito. Dizem os livros apologéticos cristãos de que Kardec teria sido maçon grau 33 (o mais elevado, mas segundo ouvi falar, é só um grau HONORÁRIO). Mas nenhum documento de prova é apresentado a respeito. E veja que não achamos desdouro algum ele ter sido maçon. Apenas desejamos que as provas nos sejam apresentadas.”
SERVE UMA PROVA DO DIVIADO FRANCO?
http://www.youtube.com/watch?v=vMguRxTs-WQ
AOS 1:03:36S ATÉ 1:04:10 DIVIALDO AFIRMA.
julho 10th, 2013 às 12:30 PM
“Marciano DIZ
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“Espíritos têm massa?
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Estão sujeitos à atração gravitacional?
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Ocupam espaço?
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Têm limite de velocidade em seus deslocamentos espaciais?
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Precisam de propulsores, ou “volitam” da mesma forma que o superman?”
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MARCIANO, VAMOS EDITAR “O LIVRO DOS ‘ESPIRITOS’ 2ª EDIÇÃO DO NOVO MILÊNIO” ?
ESSAS E OUTRAS PERGUNTAS A SEREM RESPONDIDAS PELOS ‘ESPIRITOS’ SUPERIORES. PRECISAMOS DE MÉDIUNS.
5 PERGUNTAS JÁ TEMOS. VAMOS ELABORANDO POR AQUI , MAIS ALGUMAS:
” Na moderna era da aviação a Jato e turboélices , quem são os espiritos que são encarregados de dar pane no transponder, dar flame out nas turbinas, ou ligar o reverso em plena altitude de cruzeiro afim de que centenas desencarnem de uma só vez para a realização de um Resgate Coletivo? São os zombeteiros supervisionados pelos espiritos superiores ou espiritos de mais alta escol enviados pela providência para essa misão?
*
“A psicografia terá fim e vocês dispensarão os médiuns e se manifestarão através de retro projetores em telas brancas?
Marciano, já temos 7 perguntas. Elaboremos mais algumas.
julho 10th, 2013 às 12:33 PM
1. Gorducho Diz:
julho 10th, 2013 às 12:10
E será que o Professor tem também um narguilé?
1. André Ribeiro Diz:
julho 10th, 2013 às 11:56
Sendo botânico, será que o Arduin tem uma estufa em casa? Que tipo de plantas será que ele manipula?
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Respondi lá em cima:
1. Marciano Diz:
junho 23rd, 2013 às 01:58
Arduin, nas aulas de botânica você deve sempre falar de Cannabis indica, Cannabis sativa, Psylocybe mexicana, Mimosa hostilis, Lophophora williamsii, Atropa belladona, Datura Stramonium, etc.
Como sei?
Garanto que não é mediunidade ou clarividência. São suas postagens.
Isso é que dar estudar botânica.
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Montalvão, já fiz as três coisas no mesmo dia, mas não necessariamente nessa ordem.
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Salve o grande inspetor geral Rivail. Atingiu a plenitude maçônica no terceiro grau, mas martelou muito até chegar ao ápice dos graus filosóficos.
julho 10th, 2013 às 12:33 PM
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NVF: Os supostos espíritos de Kardec respondem a essa questão de maneira menos pior que os outros. Afirmam que os espíritos NÃO são sobrenaturais, mas regidos por leis naturais, muitas delas ainda desconhecidas pela ciência material. Inserem, ainda, “Deus”, como um ser natural, inserido no processo, porém igualmente ainda incompreensível à nossa cognição.
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Explicam que a matéria possui formatações que variam ao infinito, de modo que os espíritos e seus perispíritos são constituídos por matéria quintenssenciada (isso por falta de palavras no nosso vocabulário, pois seria ainda mais que isso, segundo os espíritos de Kardec). A matéria do mundo espiritual fugiria à nossa captação, devido às limitações dos nosso órgãos materiais aqui da terra.
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COMENTÁRIO: há alguns meses o saudoso José Carlos Ferreira postou texto propondo que o espiritismo kardecista seja de índole materialista, visto que postulava ser a alma composta de matéria (embora “quintessenciada”). O artigo não chegou a abalar o espiritismo como imaginava-se aconteceria. Agora, nosso respeitável NVF mostra que Kardec, indiretamente, reconhece a qualidade materialista do espíritismo.
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NVF: OBS.: […] Kardec traduz com uma expressão mais ou menos assim: “os espíritos não estão em outra dimensão, mas estão por toda parte no espaço, inclusive a nos acotovelar o tempo inteiro. VEEM TUDO E OUVEM TUDO, mas só dão atenção ao que querem dar”.
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COMENTÁRIO: por isso, sempre que for ao banheiro, tranque bem a porta…
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NVF: […] Em outras palavras, não daria pra explicar o fenômeno com base nos dados da nossa ciência material atual, mas eles estão no mesmo plano que nós, no mesmo espaço físico, porém invisíveis aos nossos olhos e insensíveis aos nossos sentidos (exceto aos médiuns, que os veem com a própria alma, ou aos fenômenos de aparição, materialização, etc).
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COMENTÁRIO: não daria para explicar com base na ciência do tempo de Kardec: será que hoje, depois de século e meio e mais de evolução, ainda a coisa continua inexplicável?
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ó DÚVIDAS…
julho 10th, 2013 às 12:39 PM
Contra, na verdade havia mais perguntas lá em cima, ninguém leu com atenção:
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Eu topo a segunda edição.
Vamos invocar o Arduin para servir de médium.
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Os espíritos a serem consultados podem ser cx, a querida mãezinha dele, o Owen, o próprio grande inspetor geral Rivail ( a essa altura ele já sabe as respostas, não precisa perguntar mais nada).
julho 10th, 2013 às 12:42 PM
Gastam energia em seus deslocamentos?
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Qual a velocidade do pensamento?
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A velocidade do pensamento supera a da propagação das ondas eletro-magnéticas?
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Em caso positivo, o que o espírito de Einstein acha disso?
julho 10th, 2013 às 12:46 PM
Pow MArciano , elabora então mais perguntas ai. Só temos 7. Convido a todos a elaborarem mais perguntas.
julho 10th, 2013 às 12:48 PM
Moisés,
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“COMENTÁRIO: nossa, como o espiritismo cresceu de repente! Agora, com exceção dos ateus de fato e de direito, praticamente toda a população deverá se declarar espírita, visto a maioria acreditar na sobrevivência da alma… Mas, espírita não é quem acredita na comunicação dos espíritos?”
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Acreditar na sobrevivência da alma e somente isso, é ser espiritualista. Contudo, se você for além e crer também na existência de espíritos como a alma dos homens (e não demônios, como diz a ICAR), será espírita.
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“Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÔES COM O MUNDO VÍSIVEL.
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Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo, empregaremos, para designar ESTA ÚLTIMA CRENÇA, as palavras espírita e espiritismo”
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Observa-se que os trechos destacados fazem remissão um ao outro, ou seja, “ESTA ÚLTIMA CRENÇA” retorna à frase “CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÕES COM O MUNDO VISÍVEL”.
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Isso permite concluir corretamente que Espiritismo é a crença na existência dos espíritos e em suas comunicações com o mundo visível.
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“Todas as religiões são necessariamente fundadas sobre o espiritualismo. Aquele que crê que em nós existe outra coisa, além da matéria, é espiritualista, o que não implica a crença nos Espíritos e nas suas manifestações. Como o podereis distinguir daquele que tem esta crença? Ver-vos-eis obrigado a servi-vos de uma perífrase e dizer: É um espiritualista que crê ou não crê nos Espíritos”
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Depois dizem que não tem nem um pouco de filosofia nisso aqui…
julho 10th, 2013 às 12:51 PM
Moisés,
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ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO – INTERPRETANDO A INTENÇÃO DE KARDEC
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Percebe-se no meio espírita uma interpretação distorcida quanto a essa dicotomia apresentada por Allan Kardec em sua Obra.
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Entende-se equivocadamente que, ao utilizar a palavra Espiritismo, Kardec restringiu o Espiritismo a sua escola, além de ter se autoafirmado criador do termo. Ocorre que Kardec não pretendeu a primeira nem afirmou a segunda coisa.
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Por que, então, Kardec julgou necessário se utilizar da diferença entre os dois termos?
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É que Espiritualismo já era um termo utilizado pela Igreja quanto a sua crença, essencialmente diversa do Espiritismo com relação à natureza dos espíritos.
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A grande preocupação de Kardec não era em restringir o espiritismo a sua obra, mas em não aumentar as perseguições da Igreja ao seu trabalho.
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É nesse sentido que, do livro “O Que é o Espiritismo”, Capítulo I, retiram-se as seguintes palavras:
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“Os sermões e as pastorais que fulminam o Espiritismo e os espíritas viriam produzir enorme confusão, se fossem dirigidos ao espiritualismo e aos espiritualistas”
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E por que isso ocorreria?
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Porque para a Igreja os espíritos não existem. É que, segundo sua doutrina, a alma dos homens não fica livre na terra e não pode se comunicar com os vivos. Na verdade, haveria dois seres a parte na criação: anjos e demônios. Apenas estes últimos poderiam se comunicar com os vivos, no intuito somente de recrutar almas para o Inferno.
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É o que se depreende claramente de uma interpretação sistemática de toda a Obra de Kardec, sobretudo a partir da leitura de “O Céu e o Inferno”, nos capítulos IX, 13, 14, 15 e 20; e capítulo X, 3, 4 e 5.
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Para ilustrar, destaca-se trechos do item 4, do capítulo X, que abordam a visão da Igreja:
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“Quais são os agentes secretos desses fenômenos, os verdadeiros atores dessas cenas inexplicáveis? Os anjos, esses não aceitariam tais papéis indignos, como também não se prestariam a todos os caprichos da curiosidade.
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“As almas dos mortos, que Deus proíbe evocar, essas demoram no lugar que lhes designa a sua justiça, e não podem, sem sua permissão, colocar-se às ordens dos vivos. Assim, os seres misteriosos que acodem ao primeiro apelo do herege, do ímpio ou do crente – o que importa dizer da inocência ou do crime – não são nem enviados de Deus, nem apóstolos da verdade e da salvação, porém fatores do erro e agentes do inferno. Apesar do cuidado com que se ocultam sob os mais veneráveis nomes, eles traem-se pela nulidade das suas doutrinas, pela baixeza dos atos e incoerência das palavras.”
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Portanto, conclui-se que para a doutrina da Igreja, a alma dos homens não podem se comunicar com os vivos. Nisso reside a preocupação de Kardec em utilizar um termo diverso de Espiritualismo para a crença nos espíritos como a alma dos homens. Logo, não pretendeu com isso eliminar outras escolas espíritas.
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Quanto às definições, o que seria espiritualismo e espiritismo?
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Do Capítulo I, de “O Que é o Espiritismo”, retira-se:
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“Todas as religiões são necessariamente fundadas sobre o espiritualismo. Aquele que crê que em nós existe outra coisa, além da matéria, é espiritualista, o que não implica a crença nos Espíritos e nas suas manifestações. Como o podereis distinguir daquele que tem esta crença? Ver-vos-eis obrigado a servi-vos de uma perífrase e dizer: É um espiritualista que crê ou não crê nos Espíritos”
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Então,
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ESPIRITUALISMO: crença que em nós existe outra coisa, além da matéria
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ESPIRITISMO: crença que em nós existe outra coisa, além da matéria, e crença nos Espíritos e nas suas manifestações.
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Assim, o espírita é necessariamente um espiritualista, só que um espiritualista que vai além e crê nos espíritos como a alma dos homens, que pode se comunicar com os vivos.
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Ainda da mesma fonte:
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“Todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todos os espiritualistas são espíritas.”
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Por que? Porque nem todos os espiritualistas acreditam que a alma dos homens pode se comunicar com os vivos. Eis a Igreja, que, mesmo Espiritualista, caracteriza os espíritos como, na verdade, demônios.
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Com isso, então, Kardec não quis dizer que alguém que crê em espíritos, mas não segue sua doutrina, não será um verdadeiro espírita. Não! Jamais quis dizer isso. Na verdade, sua preocupação foi em separar Espiritismo da doutrina dos demônios professada pela Igreja.
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As definições se apresentam mais claramente na introdução de “O Livro dos Espíritos”, apesar de ser o principal objeto das distorções.
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Veja-se:
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“Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÔES COM O MUNDO VÍSIVEL.
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Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo, empregaremos, para designar ESTA ÚLTIMA CRENÇA, as palavras espírita e espiritismo”
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Observa-se que os trechos destacados fazem remissão um ao outro, ou seja, “ESTA ÚLTIMA CRENÇA” retorna à frase “CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÕES COM O MUNDO VISÍVEL”.
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Isso permite concluir corretamente que Espiritismo é a crença na existência dos espíritos e em suas comunicações com o mundo visível.
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O Catolicismo e as religiões protestantes jamais poderiam ser Espiritismo, pois não trazem os dois mencionados requisitos, já que para eles não há espíritos, mas demônios, e a alma dos homens não podem se comunicar com os vivos.
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Eis, aliás, a única preocupação de Allan Kardec: não confundir o Espiritismo com o mero Espiritualismo das Igrejas.
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Se o Espiritismo é a crença na existência dos espíritos e em suas comunicações com o mundo visível, é plenamente possível afirmar que existem outras escolas espíritas, sendo a de Kardec apenas mais uma, apesar de se julgar a verdade do mundo espiritual.
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Afinal, nem mesmo Kardec pretendeu a reducionismo que vemos hoje no meio espírita.
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É o que se percebe também do capítulo I, de “O Que é o Espiritismo”:
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“As palavras espiritualismo e espiritualista são inglesas, e têm sido empregadas nos Estados Unidos desde que começaram a surgir as manifestações dos Espíritos; no começo e por algum tempo, também delas se serviram na França; logo, porém, que apareceram os termos espírita, espiritismo, compreendeu-se a sua utilidade, e forma imediatamente aceitos pelo público”
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Observa-se que Kardec sugere, no último período do trecho destacado, que os termos “espírita e espiritismo” já existiam antes de começar sua obra.
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Ainda na mesma fonte, Kardec deixa claro a existência de outras escolas espíritas, na seguinte conclusão:
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“As palavras espiritualismo e espiritualista, aplicadas às manifestações dos Espíritos, não são hoje mais empregadas senão pelos adeptos da escola americana”
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Repita-se, Kardec admitiu a existência de outras escolas espíritas, como a escola americana que, apesar de não se valer do termo Espiritismo, não deixa de se configurar como tal.
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Então, por todo exposto, o movimento espírita faz uma interpretação distorcida quanto a utilidade dos termos Espiritismo e Espiritualismo.
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Atribuem a Kardec a intenção desagregadora que ele nunca teve, com relação ao grande gênero Espiritismo.
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A única preocupação de Kardec estava em deixar claro que os Espíritos nada mais são que a alma dos homens; que esta, sim, pode se comunicar com os vivos e que qualquer crença nisso será uma espécie de Espiritismo.
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Kardec queria apenas afastar a doutrina dos demônios.
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Sendo assim, pode-se dizer que a escola kardecista é apenas uma das muitas formas de expressão do Espiritismo, este uma grande crença composta por sub-crenças na imortalidade da alma do homem e na possibilidade de sua comunicação com os vivos.
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Qualquer doutrina ou religião que atender aos requisitos será uma escola espírita.
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Requisitos:
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1) Crer na existência dos Espíritos;
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OBS.: Por Espíritos compreende-se algo diverso dos demônios, ou seja, nada mais que a alma dos homens.
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2) Crer nas comunicações dos Espíritos com o mundo visível.
julho 10th, 2013 às 12:52 PM
“Marciano Diz:Arduin, nas aulas de botânica você deve sempre falar de Cannabis indica, Cannabis sativa, Psylocybe mexicana, Mimosa hostilis, Lophophora williamsii, Atropa belladona”
AGORA ENTENDO A LETRA DE “DEU PRA TI” DO KLEITON E KLEDIR… AGORA ENTENDI O QUE E´A BELA DONA DA MÚSICA…
Deu Pra Ti
Kleiton e Kledir
Alô tchurma do Bonfim
As gurias tão tri afim
Garopaba ou Bar João
Bela dona e chimarrão
O CARA GOSTA MESMO DE ERVA, BELLADONA E ERVA MATE… DEVE DAR A MAIOR ONDA LÁ NO SUL.
julho 10th, 2013 às 12:53 PM
Dado que velocidade é a variação da posição do corpo no espaço em determinada quantidade de tempo, o que seria um deslocamento instantâneo, como se diz que os espíritos fazem? Em outras palavras, o que significa velocidade instantânea?
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Estas perguntas são para esclarecer melhor a elucidação de NVF:
“Quanto aos limites de velocidade, explicam que o espírito pode tanto se inteirar do deslocamento, “passo a passo”, ou, como ocorre em regra, se moverem instantaneamente na velocidade do pensamento, pois libertos da matéria mais pesada.”
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Não estou me referindo à velocidade instantânea relatada por Newton, velocidade de um corpo em um dado instante, e sim à razão entre deslocamento entre dois pontos no espaço e unidade de tempo em que ocorre esse deslocamento.
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Distância dividida por unidade de tempo = 0.
Tenho dificuldade em entender esta equação.
julho 10th, 2013 às 1:18 PM
Contra, mais perguntas para a próxima edição do LE:
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É sabido que espíritos conseguem atravessar paredes e portas fechadas. Podem eles atravessar grandes massas de matéria, como o planeta Terra, por exemplo, à maneira dos neutrinos?
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Em caso positivo, podem ser detectados por tanques de água pesada?
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Que diabos significa a expressão “matéria quintessenciada”?
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É algum novo tipo de subpartícula, ainda não imaginado pelos trouxas do CERN?
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Dado que a quinta essência seria, segundo Aristóteles, o quinto elemento (não aquela ex-gostosa do filme – Milla Jovovitch), e provado que sesse negócio de água, fogo, terra e ar é BS (BULLSHIT), ainda se pode falar em matéria quintessenciada?
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Ou seria essa matéria a quinta força (força eletromagnética, força nuclear fraca, força nuclear forte, força eletromagnética, e força quintessenciada).
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Existiria uma matéria sextessenciada?
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Em caso positivo, deus é feito dessa matéria sextessenciada?
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Pode-se obter matéria heptaessenciada no colisor de Hádrons?
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Existe limite (não no conceito matemático de limites) para as besteiras do espiritismo?
julho 10th, 2013 às 1:27 PM
Quais as propriedades da matéria quintessenciado?
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Seria esta expressão apenas um diversionismo, como o plebiscito proposto pela “presidenta” Dilma?
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Seria uma válvula de escape, como nos desenhos animados, a famosa saída de emergência pela esquerda, quando nos deparamos com falta de resposta para os questionamentos?
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cx era mesmo viado?
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rc tem mesmo perna de pau?
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maria, a querida mãezinha de jesus, era mesmo virgem, mesmo depois de ter parido jesus e seus irmãos, como diz a bíblia?
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jesus também é quintessenciado ou seria sextecenciado?
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O correto é sextecenciado ou hexaessenciado?
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O que acontece com o períspirito quando o espírito atinge os mais elevados graus de perfeição e não precisa mais dele?
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Existe lixo espiritual?
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CONTRA, colabore, faça algumas perguntas também.
julho 10th, 2013 às 1:32 PM
Que luz ridícula foi aquela filmada entrando no quarto do cx?
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Por que havia alguém filmando aquilo?
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A luz mandou aviso para o cinegrafista avisando que ia chegar?
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Podem espíritos, feitos de quintessência, serem filmados por filmadoras comuns ou só por filmadoras espirituais?
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Quando um espírito bebe aquela matéria estranha do Nosso Lar (deles) ele urina, depois de algum tempo?
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Tem sistema de esgoto no nosso lar?
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São os médicos desencarnados que trabalham no esgoto lá?
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Dá pra rolar um sexo no lar deles? E no umbral?
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Uma mulher gostosa que desencarna com 20 anos permanece gostosa durante quanto tempo com a matéria quintessenciada?
julho 10th, 2013 às 2:09 PM
*Se num umbral um médico está apto para limpar vômito de chão de hospital , vultos como dr Cooper, dr Piatngui, dr Robert Koch estarão aptos a trabalhar no almoxarifado do hospital colônia para ceder vassouras e panos a meros médicos do SUS?
*Os que seguiram a Doutrina Esp. e se conformaram com a miséria, o defeito físico,aceitaram alegres doenças que lhes carcomeram o corpo físico e se alegraram na culpa e sofrimento se achando escolhidos, serão os moradores em sua totalidade do condomínio Península e viverão de renda?
*Os ditadores sanguinários e os exploradores de pobres e corruptos da política reencarnarão na Eritréia, Etiópia, etc e lá serão perseguidos pelo flagelo da fome e serão capturados e trabalharão para tribos inimigas como escravos até desencarnarem a fim de cumprir a Lei de Causa e Efeito?
julho 10th, 2013 às 2:17 PM
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NVF Disse: Os supostos espíritos de Kardec explicam que, ao desencarnar, o espírito necessariamente passa por um período de “perturbação” e confusão, onde, muitas vezes, pensa ainda estar vivo e não compreende as coisas. ESSE ESTADO PODE SER CURTO OU LONGO, DEVIDO AO LIVRE ARBÍTRIO, QUE DEIXA TUDO AO MÉRITO DO INDIVÍDUO.
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COMENTÁRIO: quer dizer, saber-se morto depende da boa vontade do espírito para consigo mesmo?
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NVF: Em outras palavras, não daria pra explicar o fenômeno com base nos dados da nossa ciência material atual, mas eles estão no mesmo plano que nós, no mesmo espaço físico, porém invisíveis aos nossos olhos e insensíveis aos nossos sentidos (exceto aos médiuns, que os veem com a própria alma, ou aos fenômenos de aparição, materialização, etc).
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COMENTÁRIO: pois é, se “eles” estão a nos enrabar onde quer que estejamos, nos vendo e tudo, não teríamos igual direito? O que dá aos espíritos prerrogativas que a nós são vedadas? Se nossos sentidos são limitados porque não podemos criar engenhos técnicos que superem a limitação? A que engenheiro espiritual podemos consultar a fim de esclarecer a questão?
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NVF: Quando se desencarna, segundo a obra de Kardec, não há umbral, mas o espaço infinito (limitado apenas pela condição mais ou menos material do espírito, que não pode adentrar onde seu perispírito naturalmente não permite). O espírito inicialmente percorre esse espaço como se tivesse acabado de acordar de um longo sono (ou tomado um pileque). Pode ser abordado por espíritos (tanto os bons quanto os maus) ou ignorá-los ou ser ignorado.
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COMENTÁRIO: então Chico enganou-se e iludiu milhões, ao postular o umbral como local de danação?
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NVF: Veja, “in verbis”: “163. Deixando o corpo, a alma tem imediata consciência de si mesma?
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— Consciência imediata não é o termo: ela fica perturbada por algum tempo.
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COMENTÁRIO: deveria haver a questão 163.a, que assim postularia: “achegando-se a alma ao corpo, tem imediata consciência de que está revestida de carne?” (Resposta: “Consciência imediata não é o termo: ela fica perturbada por algum tempo, POR ISSO CHORA E PEDE PRA VOLTAR.”)
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NVF: 164. Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?
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— Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito tempo mais a impressão da matéria.
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COMENTÁRIO: Propondo a questão “164a.”: Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à união da alma e do corpo? (Resposta: Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque, SENDO ESPERTO, SABE QUE ESTÁ NOVAMENTE CARNIFICADO; enquanto o ESPÍRITO carnal, cuja consciência não é pura, CHORA E PULA MUITO MAIS, PORQUE conserva por muito tempo mais a impressão DE AINDA SER ESPIRITUAL.)
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NVF: 165. O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência sobre a duração maior ou menor da perturbação?
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— Uma grande influência, pois o Espírito compreende antecipadamente a sua situação; mas a prática do bem e a pureza de consciência são o que exerce maior influência.”
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COMENTÁRIO: tinha que dar uma puxadinha de brasa para a sardinha kardecista.
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Citando Montalvão: “Por fim, como é que sabe da condição dos espíritos do lado de lá? Qual a fonte informativa?”
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NVF: Ora, os próprios espíritos, só que por meio da mediunidade, que não pode ser descartada apenas por causa de indícios de fraudes de médiuns.
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COMENTÁRIO: quer dizer, o esclarecimento das dúvidas sobre a mediunidades são dados pela própria mediunidade a qual foi a geradora das dúvidas… não conheço melhor definição de “círculo vicioso”…
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Ó céus: quanto mais duvido mais dúvidas aparecem…
julho 10th, 2013 às 2:20 PM
*A luz que entrou no quarto de CX em breve poderá estar a nossa disposição iluminando nossos lares e alimentando nossos condicionadres de ar?
*Seriam os espiritos de luz a solução para uma energia limpa na Terra, banindo as hidrelétricas e as concessionárias de energia elétrica, extinguindo assim a ANEEL?
* Ainda no tocante a fontes de energia ecologicamente corretas e limpas, poderiam os espiritos elementais colaborarem soprando freneticamente os geradores eólicos?
* Com a colaboração dos elementais e dos espiritos de luz, acabará o gato (furto de energia elétrica) na terra?
julho 10th, 2013 às 2:22 PM
Marciano e Contra,
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Acho que vocês não leram o “O Livro dos Espíritos”. Como Otavio falou do Catolicismo e Tomás de Aquinorego, lá no LE pode até não ser verdade, mas há respostas. Portanto leiam.
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Até para criticarmos juntos com mais propriedade.
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OBS.: A edição bonitinha da FEB, do tamanho de um mini código civil custa 10 reais. Mixaria. Vamos lá, vamos ver as respostas dos supostos espíritos de Kardec “in verbis”. Depois a gente volta.
julho 10th, 2013 às 2:41 PM
Moisés,
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“COMENTÁRIO: há alguns meses o saudoso José Carlos Ferreira postou texto propondo que o espiritismo kardecista seja de índole materialista, visto que postulava ser a alma composta de matéria (embora “quintessenciada”). O artigo não chegou a abalar o espiritismo como imaginava-se aconteceria. Agora, nosso respeitável NVF mostra que Kardec, indiretamente, reconhece a qualidade materialista do espíritismo.”
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Eu sou um crítico de Kardec, porém conheço bem a obra. Você parece confundir os conceitos. É bom ler para criticarmos, a fim de não ficarmos só no “ad palhacitos”, só fazendo graça e ironias.
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Se o José Carlos Ferreira disse isso, ele também confundiu os conceitos.
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Materialista, para Kardec, não é quem acredita que os espíritos sejam constituídos de matéria. De fato, para ele, os espíritos estão presentes na natureza e regido por suas leis. Não são nada sobrenaturais. Porém isso não faz dele materialista. Por que?
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Antes é preciso saber o conceito de materialismo, segundo Kardec, que assim define a crença materialista:
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“A inteligência do homem é uma propriedade da matéria; nasce e morre com o organismo. O homem não é nada antes, nada depois da vida corpórea.”
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http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-18.html#op18a1
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Portanto, ser Materialista é ser menos que Espiritualista e ainda menos que Espírita.
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O Materialista não acredita que haja nada em si além de carne. Acredita que a existência de um indivíduo se apaga com a falência dos órgãos do corpo.
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Não existe Espírita materialista, ainda que o Espírita acredite que o espírito seja constituído de matéria.
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Fazendo uma gradação de crenças, temos:
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1º Materialismo
2º Espiritualismo
3º Espiritismo
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O Materialista não crê em nada, só na carne do corpo. O Espiritualista crê que há algo a mais em nós, mas não espíritos necessariamente. O Espírita crê haver algo a mais no corpo e que esse algo é o espírito (a alma dos homens).
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O Espírito é matéria? Sim.
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Veja na biografia de Kardec, publicada na Revista Espírita:
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“Demonstrando que os fatos falsamente qualificados de sobrenaturais estão submetidos a leis, ele os faz entrar na ordem dos fenômenos da Natureza, e destrói assim o último refúgio do maravilhoso, e um dos elementos da superstição.”
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http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-01.html
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Mas não é porque o espírito seja matéria que descaracteriza o Espiritismo como não-materialista.
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É preciso saber o que é materialismo para Kardec, ou seja, a crença de que tudo se encerra na matéria visível.
julho 10th, 2013 às 2:43 PM
Para não sobras dúvidas:
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“Doutrina Materialista
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A inteligência do homem é uma propriedade da matéria; nasce e morre com o organismo. O homem não é nada antes, nada depois da vida corpórea.
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Conseqüências. O homem, não sendo senão matéria, não há de real e de invejável senão os gozos materiais; as afeições morais não têm futuro; os laços morais são quebrados sem retorno na morte; as misérias da vida são sem compensação; o suicídio torna-se o fim racional e lógico da existência, quando os sofrimentos são sem esperança de melhora; é inútil se impor um constrangimento para vencer os seus maus pendores; viver para si o melhor possível, enquanto estiver aqui; a estupidez de se incomodar e de sacrificar seu repouso, seu bem-estar, por outrem, quer dizer, por seres que serão aniquilados, a seu turno, e que jamais tornarão a ser vistos; deveres sociais sem base, o bem e o mal são coisas de convenção; o freio social é reduzido ao poder material da lei civil.
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Nota. Talvez não será inútil lembrar aqui, aos nossos leitores, algumas passagens de um artigo que publicamos sobre o materialismo, no número da Revista de agosto de 1868.
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“O materialismo, dizíamos nós, fazendo-se notar como não o fizera em nenhuma outra época, colocando-se como regulador supremo dos destinos morais da Humanidade, teve por efeito assustar as massas pelas conseqüências inevitáveis de suas doutrinas para a ordem social; por isso mesmo provocou, em favor das idéias espiritualistas, uma enérgica reação que deve provar-lhe que está longe de ter as simpatias tão gerais como supunha, e que se faz estranha ilusão esperando um dia impor as suas leis ao mundo.
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“Seguramente, as crenças espiritualistas do tempo passado são insuficientes para este século; não estão no nível intelectual de nossa geração; estão, sobre muitos pontos, em contradição com os dados certos da ciência; deixam no espírito idéias incompatíveis com a necessidade do positivo que domina na sociedade moderna; têm, além disso, o erro imenso de se impor pela fé cega e proscrever o livre exame; daí, sem nenhuma dúvida, o desenvolvimento da incredulidade entre o maior número; é bem evidente que, se os homens não fossem nutridos, desde sua infância, senão com idéias a serem mais tarde confirmadas pela razão, não haveria incrédulos. Quantas pessoas, reconduzidas à crença pelo Espiritismo, nos disseram: “Se se tivessem sempre apresentado Deus, a alma e a vida futura de maneira racional, jamais teríamos duvidado!”
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“Do fato que um princípio receba má ou falsa aplicação, segue-se que falta rejeitá-lo? Há coisas espirituais, como da legislação e de todas as instituições sociais, que é preciso apropriá-las ao tempo sob pena de sucumbirem. Mas, em lugar de apresentar uma coisa melhor do que o velho espiritualismo, o materialismo prefere tudo suprimir, o que o dispensa de procurar, e parece mais cômodo àqueles que a idéia de Deus e do futuro importuna. Que se pensaria de um médico que, achando que o regime de um convalescente não está bastante substancial para o seu temperamento, lhe prescrevesse nada comer?
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“O que se admira encontrar, na maioria dos materialistas da escola moderna, é o espírito de intolerância, levado aos seus últimos limites, eles que reivindicam, sem cessar, o direito de liberdade de consciência!…
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“… Há, neste momento, da parte de um certo partido, uma revolta contra as idéias espiritualistas em geral, na qual o Espiritismo se encontra naturalmente envolvido. O que procura não é um Deus melhor e mais justo, é o Deus matéria, menos incômodo porque não há contas a lhe prestar. Ninguém contesta, a esse partido, o direito de ter a sua opinião, de discutir as opiniões contrárias; mas o que não se saberia conceder-lhe é a pretensão, ao menos singular para os homens que se colocam como apóstolos da liberdade, de impedir, aos outros, crerem à sua maneira e discutir doutrinas que não partilham. Intolerância por intolerância. Uma não vale mais do que a outra…”
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http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-18.html#op18a1
julho 10th, 2013 às 2:50 PM
“NVF Diz:
julho 10th, 2013 às 14:22
Marciano e Contra,
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Acho que vocês não leram o “O Livro dos Espíritos”. Como Otavio falou do Catolicismo e Tomás de Aquinorego, lá no LE pode até não ser verdade, mas há respostas. Portanto leiam.”
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CARA , NÃO TE ENTENDO. VC METE O PAU NO KARDEC E DIZ QUE NO LIVRO DELE É FLASO E HÁ RESPOSTAS.
AH, TE ENTENDI SIM. HÁ RESPOSTAS ERRADAS.
julho 10th, 2013 às 3:03 PM
Moizes,
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.“COMENTÁRIO: quer dizer, saber-se morto depende da boa vontade do espírito para consigo mesmo?”
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Na verdade, depende da aceitação de sua condição de desencarnado, quase sempre negada pelos recém-mortos, que continuam a sentir as mesmas impressões da carne.
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“O que dá aos espíritos prerrogativas que a nós são vedadas? Se nossos sentidos são limitados porque não podemos criar engenhos técnicos que superem a limitação? A que engenheiro espiritual podemos consultar a fim de esclarecer a questão?”
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Você respondeu à primeira pergunta: porque nossos sentidos são limitados pelos órgãos do corpo carnal. E realmente acredito ser possível criar esses engenhos técnicos. Os espíritos já provaram não saber de quase nada. Só demonstraram indícios de sua existência.
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“então Chico enganou-se e iludiu milhões, ao postular o umbral como local de danação?”
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Eis a filosofia das diferentes escolas espíritas, onde só se pode afirmar com um pouco mais de certeza que os espíritos existem, nada além disso. Kardec criou uma doutrina, um corpo com verossimilhança interna, coesão e coerência. Já Chico Xavier psicografou supostos diversos espíritos, que se contradizem entre si, ou seja, uma verdadeira salada mista.
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Alguns espíritos afirmaram a existência do tal umbral. No entanto, nenhum espírito de Kardec falou sobre isso, mas apenas em “mundos(planetas) transitórios”, com um outro conceito.
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Esse umbral parece, como a proibição das evocações, mais uma influência católica, seja dos espíritos, seja do próprio CX.
julho 10th, 2013 às 3:06 PM
Não se preocupe Marciano, se você for para o Umbral, eu também estarei lá, mas não tem problema, levo umas caixas de uísque e umas mulheres e fazemos uma suruba umbralina por 8 anos, ou mais.
julho 10th, 2013 às 3:06 PM
Contra,
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Além de não ler o LE para criticar, você não leu minha postagem.
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Eu disse: “Como Otavio falou do Catolicismo e Tomás de Aquinorego, lá no LE pode até não ser verdade, mas há respostas. Portanto leiam.”
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São Tomás de Aquino não é filósofo? Ele não dá respostas sobre dogmas da Igreja? São respostas verdadeiras? Mas são respostas.
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Para criticarmos as respostas dos espíritos de Kardec, como eu também critico, precisamos antes lê-las.
julho 10th, 2013 às 3:06 PM
Será que o do contra está acreditando no que o Divaldo diz?
julho 10th, 2013 às 3:19 PM
147. Por que os anatomistas, os fisiologistas e, em geral, os que se aprofundam nas Ciências Naturais são freqüentemente levados ao materialismo?
— O fisiologista refere tudo ao que vê. Orgulho dos homens, que tudo crêem saber, não admitindo que alguma coisa possa ultrapassar o seu entendimento. Sua própria ciência os torna presunçosos. Pensam que a Natureza nada lhes pode ocultar.
(O Livro dos Espíritos)
julho 10th, 2013 às 3:22 PM
22. Define-se geralmente a matéria como aquilo que tem extensão, pode impressionar os sentidos e é impenetrável. Essa definição é exata?
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— Do vosso ponto de vista, sim, porque só falais daquilo que conheceis. Mas a matéria existe em estados que não percebeis. Ela pode ser, por exemplo tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão nos vossos sentidos: entretanto, será sempre matéria, embora não o seja para vós.
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(O Livro dos Espíritos)
julho 10th, 2013 às 3:30 PM
NFV, eu não li o L.E.
EU ESUDEI SISTEMATICAMENTE ESSA PASMAÇEIRA POR ANOS COMO MUITOS AQUI.
julho 10th, 2013 às 3:33 PM
“Marcos Arduin Diz:
julho 10th, 2013 às 15:06
Será que o do contra está acreditando no que o Divaldo diz?”
ME DIGA: EM QUEM ACREDITAR NO ‘ESPIRITISMO’ AQUI NO BRASIL? SE NOS MAIS BADALADOS VC NÃO ACREDITA, QUEM FALA A VERDADE NO BRASIL PRA VC SOBRE A “D.E.” ?
CITE ALGUM AUTOR DE SUA CONFIANÇA POR GENTILEZA.
julho 10th, 2013 às 3:47 PM
Contra o chiquismo Diz:
“Suas idéias são só bla bla bla religioso-espiritóide”, aí o do contra!, para vc dizer que minhas idéias são “religiosa-espiritóide” vc só pode estar de brincadeira e inclusive não deve ter lido meus comentários ou não entendeu o que leu mas aí vai um video em sua “homenagem”.
http://www.youtube.com/watch?v=-MK1q9fZjeI
julho 10th, 2013 às 4:02 PM
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MARCIANO E CONTRA, vou responder a algumas das questões, as que eu “sei”.
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Contra, mais perguntas para a próxima edição do LE:
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O correto é sextecenciado ou hexaessenciado?
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COMENTÁRIO: o correto: seissentenciados,
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O que acontece com o períspirito quando o espírito atinge os mais elevados graus de perfeição e não precisa mais dele?
COMENTÁRIO: põe à venda
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Existe lixo espiritual?
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COMENTÁRIO: em Nosso Lar sim, lá os espíritos comem, se comem fazem digestão, se fazem digestão… tem lixo, embora lá, talvez, nada se perca tudo se aproveite…
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Que luz ridícula foi aquela filmada entrando no quarto do cx?
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COMENTÁRIO: reflexo do sol no vidro de um carro em movimento.
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Por que havia alguém filmando aquilo?
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COMENTÁRIO: o repórter queria pegar alguma imagem inédita, como Chico chegando à janela.
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A luz mandou aviso para o cinegrafista avisando que ia chegar?
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COMENTÁRIO: ele deixou a câmara rodando no automático e foi fazer outras coisas. De noite, quando foi examinar o filme viu a luzinha.
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Podem espíritos, feitos de quintessência, serem filmados por filmadoras comuns ou só por filmadoras espirituais?
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COMENTÁRIO: deveriam ser só por filmadores espirituais, visto que se uma câmara comum os vê nós também os veríamos. Mas, já sabe, né? Com espíritos vale qualquer casuísmo.
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Quando um espírito bebe aquela matéria estranha do Nosso Lar (deles) ele urina, depois de algum tempo?
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COMENTÁRIO: só se a substância esquisita for diurética…
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Tem sistema de esgoto no nosso lar?
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COMENTÁRIO: vide a questão acima sobre o lixo, sem bem que se o cocô de espírito for quintessenciado não precisa rede escoativa, só se for rede quintessenciada.
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São os médicos desencarnados que trabalham no esgoto lá?
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COMENTÁRIO: não, são os indianos que desencarnaram na casta dos sem castas (párias).
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Dá pra rolar um sexo no lar deles? E no umbral?
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COMENTÁRIO: sexo não, mas uns amassos sim. No umbral só sendo enrabado por um capeta (atenção NVF, o enrabado aqui é diferente daquele que falei antes).
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Uma mulher gostosa que desencarna com 20 anos permanece gostosa durante quanto tempo com a matéria quintessenciada?
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COMENTÁRIO: vai depender dos cuidados que tiver com a pele, do que comer e da qualidade dos cosméticos utilizados. Ah, não pode tomar sol em excesso…
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Depois vou ver se “seio” mais
julho 10th, 2013 às 4:14 PM
“Martinez Diz:
vc só pode estar de brincadeira e inclusive não deve ter lido meus comentários ou não entendeu o que leu mas aí vai um video em sua “homenagem”.
E ESSE VÍDEO ABAIXO, NÃO SÓ É EM SUA HOMENAGEM, MAS TAMBÉM SINTETIZA TODO O MEU PENSAMENO SOBRE AS IDÉIAS E IDEAIS ‘ESPIRITAS’ :
http://www.youtube.com/watch?v=PSKQ3ZNQ_O8
julho 10th, 2013 às 4:18 PM
EU ESTUDEI SISTEMATICAMENTE ESSA PASMAÇEIRA POR ANOS COMO MUITOS AQUI.
Sempre aparece alguém achando que nós não estudamos o “Espiritismo” :'(
julho 10th, 2013 às 4:19 PM
Sr. Administrador: como se faz o crying??
julho 10th, 2013 às 4:34 PM
“Gorducho Diz:
julho 10th, 2013 às 16:18
EU ESTUDEI SISTEMATICAMENTE ESSA PASMAÇEIRA POR ANOS COMO MUITOS AQUI.
Sempre aparece alguém achando que nós não estudamos o “Espiritismo” :’(”
PIOR É QUANDO SE ACABAM OS ARGUMENTOS E O DEFENSOR DO ‘ESPIRITISMO’ NÃO TEM MAIS SAÍDA. AÍ ELE VEM SEMPRE COM ESSA:
“VCS VÃO VER… ”
“É SÓ ESPERAR”
“VCS VÃO SE ARREPENDER”
“VCS VÃO SER OS MAIORES DIVULGADORES DA D. E.”
“NO DEVIDO TEMPO VAI SER REVELADO”
“O TEMPO VAI MOSTRAR”
“A NATUREZA NÃO DÁ SALTOS”
E POR AÍ VAI…
ME LEMBRA O DESENHO DO “HE MAN” . O ESQUELETO SEMPRE DIZIA NO FINAL:
“DESSA VEZ VC VENCEU HE MAN! MAS NA PRÓXIMA VC ME PAGA!!!”
SEMPRE NA PRÓXIMA O HE MAN IA PAGAR A ELE. ATÉ HOJE…
TÁ AÍ:
NOS SOMOS OS HE MAN,
E OS CRENTES OS ESQUELETOS.
julho 10th, 2013 às 4:50 PM
Se todos estudaram, então vamos revisar! rs (Meu objetivo também é criticar Allan Kardec, mas com justeza)
julho 10th, 2013 às 4:55 PM
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NVF Disse: (citando MONTALVÃO): “COMENTÁRIO: há alguns meses o saudoso José Carlos Ferreira postou texto propondo que o espiritismo kardecista seja de índole materialista, visto que postulava ser a alma composta de matéria (embora “quintessenciada”). O artigo não chegou a abalar o espiritismo como imaginava-se aconteceria. Agora, nosso respeitável NVF mostra que Kardec, indiretamente, reconhece a qualidade materialista do espíritismo.”
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NVF Disse: Eu sou um crítico de Kardec, porém CONHEÇO BEM A OBRA. Você parece confundir os conceitos. É bom ler para criticarmos, a fim de não ficarmos só no “ad palhacitos”, só fazendo graça e ironias.
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Se o José Carlos Ferreira disse isso, ele também confundiu os conceitos.
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O Espírito é matéria? Sim.
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Veja na biografia de Kardec, publicada na Revista Espírita:
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“Demonstrando que os fatos falsamente qualificados de sobrenaturais estão submetidos a leis, ele os faz entrar na ordem dos fenômenos da Natureza, e destrói assim o último refúgio do maravilhoso, e um dos elementos da superstição.”
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Mas não é porque o espírito seja matéria que descaracteriza o Espiritismo como não-materialista.
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COMENTÁRIO: dileto professor, estou apreciando deveras as aulas (nada como falar com quem entende), pena que deparo confusões que muito contribuem para confundir minhas já confusas ideias. Vou fazer apanhado dos principais pontos. Para tanto, pegarei desde a postagem anterior, começando a esclarecê-lo a partir de agora
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1º PONTO: já que desqualificou a reflexão do José Carlos, certamente sem lê-la, inicialmente posto o artigo a fim de que reflita e se puder o conteste. Depois, poderemos voltar a falar a respeito da não-materialidade do espiritismo. Vou lhe dar algumas horas para lê-lo, após o quê continuarei com os comentários.
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—
“Sobre a presente discussão acerca da “materialização” de espíritos (ou do que quer que seja), creio me ser possível contribuir com algumas considerações, já que tal assunto envolve, ao fim e ao cabo, a problemática da interação entre a “alma” e o “corpo”, ou seja, entre algo “imaterial”, ou “incorpóreo”, e um ente “físico”, “material”, “corpóreo”.
—
O Cristianismo, vitorioso no Império Romano ao longo do séc. IV dC, herdou uma dupla tradição (tanto escriturística quanto aristotélica, e esta última instilada pelos maiores vultos da escola neoplatônica, especialmente por Proclo) para a constituição tripartite do ser humano, como sendo constituído por corpo (“sôma” em grego, “corpus” em latim), alma (“psychê”, “anima”) e espírito (“pneuma”, “spiritus”), atuando o corpo (em termos da etiologia aristotélico-tomista) como causa material, a alma como causa formal e o espírito (emanado de Deus e, assim, capaz de abarcar tanto o mundo material quanto o espiritual) como instrumento (“organon” na nomenclatura aristotélica) e veículo (“ochêma” na nomenclatura neoplatônica), ou causa eficiente, para a atualização da forma no substrato material. Tal concepção de fornecer tanto uma explicação filosoficamente consistente para o problema da interação alma-corpo quanto uma justificativa filosoficamente embasada para a impossibilidade de comunicação da alma desencarnada com um corpo, ou qualquer corpo, material (na ausência do espírito vivificador originário da, e emanado pela, Divindade) foi sendo, contudo, paulatinamente enfraquecida:
—
a) por uma corrente popular, em parte de cunho platônico, que tendia a considerar o ser humano não de forma tripartite, mas como um duplo formado por um corpo “material” e por uma alma “imaterial”; essa corrente popular, adicionalmente, tendia a empregar a palavra “espírito” para designar tanto os seres angelicais (anjos e demônios), que nunca haviam possuído um corpo material, quanto as almas dos defuntos (ou seja, as almas “desencarnadas” e, por qualquer razão que fosse, “errantes”, isto é, “penadas”) – isso quando a palavra “espírito” não era utilizada para significar simplesmente “alma”, encarnada ou não;
—
b) por uma corrente mais erudita, diretamente influenciada quer pelo mistifório neoplatônico mais exacerbado, quer mesmo por considerações gnósticas, a qual: 1) hipostasiava a função intelectiva da alma (dando-lhe, por influência da corrente popular, o nome de “espírito”, “pneuma”), considerando-a como um componente supra-individual que, ele sim, constituir-se-ia na verdadeira essência do ser humano e no seu componente “divino” e imutável ao longo das inúmeras reencarnações; 2) relegava a “alma” (“psychê”) aos aspectos meramente individuais, tanto intelectivos quanto passionais, aspectos esses que, do mesmo modo que o corpo, não eram a verdadeira essência do ser humano, e que encontravam-se assim sujeitos à mudança, à degeneração e à morte; 3) aumentava o número de “veículos” (“ochêmata”), considerando-os concomitantemente como sucessivos “invólucros” ou “vestimentas” adquiridas pela alma, permitindo-lhe realizar a sua transição (ou melhor, a sua “queda”) do seu mundo metafísico para o corpo material e o mundo físico (sendo tais “veículos” os antepassados tanto do conceito de “corpos etéreos” quanto do de “perispírito”).
—
A revalorização do pensamento platônico, principalmente a partir do Renascimento (meados do séc. XV), significou, no mundo ocidental, e mesmo nos círculos mais sofisticados, para todos os efeitos práticos, a perda definitiva da concepção tripartite do ser humano e o triunfo das tendências descritas acima (nem sempre facilmente conciliáveis entre si). A polarização resultante teve por conseqüência quer a idéia de que o aspecto “espiritual” do ser humano era preponderante, ou melhor, o único verdadeiramente real (abrindo caminho para uma série de posturas neo-gnósticas), quer para a idéia antimétrica de que o aspecto “material” era preponderante e, de fato, o único (abrindo caminho para uma série de posturas de índole materialista, quer ateístas, quer não). Mais ainda, significou a criação, para todos os que ainda agasalhavam posturas espiritualistas, de uma FALSA APORIA, a referente ao modo pelo qual se daria a efetiva interação entre a alma/espírito e o corpo: como é que algo “imaterial” (como a alma e/ou o espírito) poderia atuar em algo “material” (como o corpo)?
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A questão, colocada dessa forma (e é assim que ela é colocada) é, em si, INSOLÚVEL, a não ser que tudo se processe INTEGRALMENTE NO MUNDO MATERIAL (isto é, a não ser que se adote uma visão “materialista”, ou “corporeísta”, de toda a Realidade, como outrora fizeram os estóicos e os epicuristas). Na minha modesta opinião, a forma mais elegante de elencar as dificuldades (intransponíveis) a que essa falsa aporia conduz, e ao beco sem saída de (na forma como o problema é colocado) se tentar conciliar uma “união”, ou “interação” entre “material” (físico, corpóreo) e “espiritual” (metafísico, incorpóreo) foi aquela proposta, já há mais de cinco séculos, por ninguém menos que Leonardo da Vinci:
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“Ó matemáticos, esclarecei bem tal erro: o espírito não tem voz, porque onde há voz deve haver um corpo, e onde há um corpo o espaço tem de ser ocupado, e isso impede o olho de ver o que se encontra por trás desse corpo; portanto, o ar circundante é preenchido por esse corpo, ou seja, pela sua imagem. E não pode haver voz onde não há movimento ou percussão do ar; não pode haver percussão do ar onde não há um instrumento, e não pode haver um instrumento incorpóreo. Portanto, um espírito não pode ter nem voz, nem forma e nem força. Ainda, se o espírito assumir um corpo, ele não poderá igualmente penetrar ou entrar onde as passagens se encontrem obstruídas. E, quanto àqueles que afirmam que um espírito pode mover-se pelo ar, comprimindo-se e compactando-se à vontade, assumindo corpos de muitos formatos, e desse modo podendo comunicar-se e mover-se – para esses eu replico que onde não há nervos e ossos não pode haver uma força, de qualquer espécie que seja, que venha a ser exercida, ou movimento, de qualquer tipo que seja, que venha a ser efetivado, por esses espíritos imaginários. É necessária cautela com tal tipo de especulação, pois ela não é confirmada de modo algum pela experiência”. (cf. Richter, Jean-Paul, “The Notebooks of Leonardo da Vinci”, vol. II, itens 1.211 e 1.212, págs. 303 e 304, Dover Publications, Nova York, s/d., tradução livre minha. A palavra “espírito”, nesse trecho, está sendo utilizada na acepção comum de “ser incorpóreo”).
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(No peculiar italiano de Leonardo: “O matematici fate lume a tale errore! Lo spirito no à voce, perchè dov’è voce è corpo, e dove è corpo è occupatiõ di losco, il quale inpediscie all’ochio il uedere delle cose poste dopo tale loco; adunque tal corpo enpie di se tutta la circunstante aria, cioè colle sua spetie. Nõ può essere voce, dove non è movimêto e percussione d’aria; nõ può essere percussione d’essa aria, doue non è strumêto; nõ può essere strumêto incorporeo; essedo così, vno spirito nõ può avere nè voce nè forma nè forza, e se piglierà corpo, non potrà penetrare nè entrare doue li usci sono serrati; e se alcuno diciesse: per aria cõgregata e ristretta îsieme lo spirito piglia i corpi di uarie forme, e per quello strumêto parla e move cõ forza, a questa parte dico, che doue non sono nerui e ossa, non può essere forza operata in nessuno movimêto fatto dagl’imaginati spiriti; fuggi i precetti di quelli speculatori, chè le loro ragioni nõ son confermate dalla speriêza”.)
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A hipótese dos “veículos” ou “corpos astrais” (dos quais o “perispírito” dos kardecistas é uma mera simplificação) procura solucionar o problema: entre a alma “imaterial” e o corpo “material” haveria uma série de “envoltórios” de índole “semi-material” (o que quer que isso venha a ser), que realizariam a transição do mundo espiritual para o mundo físico. Contudo, tal “solução” apenas desloca o problema: porque falta explicar o que é algo “semi-material”, e como, nos sucessivos “veículos”, essas duas porções, a “material” e a “não material”, se combinam.
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O kardecismo, por outro lado, representa uma simplificação extrema e, nalguns pontos, decididamente grosseira, para toda a problemática anterior. Com efeito, para começo de conversa, de acordo com Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão nº 134, “alma” e “espírito” são termos praticamente intercambiáveis, sendo a alma um espírito encarnado e não sendo as almas “… senão os espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, os quais temporariamente revestem um invólucro carnal para se purificarem e esclarecerem”.
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Ou seja: toda a riquíssima reflexão aristotélica (e, depois, tomista), bem como escriturística, acerca dos conceitos de “corpo”, “alma” e “espírito”, e da interação dos três para formar, em conjunto, o indivíduo humano (como um sínolo do corpo material e da alma imaterial, unidos pelo Espírito emanado da Divindade) queda-se assim obliterada, e a concepção dualista (“alma/espírito” dum lado, “corpo” de outro) é oferecida como alternativa. E, para realizar a “interação” entre o “espírito” (alma não encarnada) e o corpo, criou-se o conceito de “perispírito”, que nada mais é do que uma extrema simplificação do conceito dos “veículos” (“ochêmata”):
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“… envolve-o [o espírito] uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira. Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito”. (“O Livro dos Espíritos”, questão nº 93)
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Quanto a esse “perispírito”, ele é formado “… do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.” (“O Livro dos Espíritos”, questão nº 94)
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E, no que concerne à natureza desse perispírito, é digno de ser citado o seguinte comentário:
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“Numerosas observações e fatos irrecusáveis, de que mais tarde falaremos, levaram à conseqüência de que há no homem três componentes: 1º, a alma, ou Espírito, princípio inteligente, onde tem sua sede o senso moral; 2º, o corpo, invólucro grosseiro, material, de que ele se revestiu temporariamente, em cumprimento de certos desígnios providenciais; 3º, o perispírito, envoltório fluídico, semimaterial, que serve de ligação entre a alma e o corpo. A morte é a destruição, ou, antes, a desagregação do envoltório grosseiro, do invólucro que a alma abandona. O outro se desliga deste e acompanha a alma que, assim, fica sempre com um envoltório.
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Este último, ainda que fluídico, etéreo, vaporoso, invisível, para nós, em seu estado normal, não deixa de ser matéria, embora até ao presente não tenhamos podido assenhorear-nos dela e submetê-la à análise. Esse segundo invólucro da alma, ou perispírito, existe, pois, durante a vida corpórea; é o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo. Para nos servirmos de uma comparação material, diremos que é o fio elétrico condutor, que serve para a recepção e a transmissão do pensamento; é, em suma, esse agente misterioso, imperceptível, conhecido pelo nome de fluido nervoso, que desempenha tão grande papel na economia orgânica e que ainda não se leva muito em conta nos fenômenos fisiológicos e patológicos. Tomando em consideração apenas o elemento material ponderável, a Medicina, na apreciação dos fatos, se priva de uma causa incessante de ação. Não cabe, aqui, porém, o exame desta questão. Somente faremos notar que no conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis.
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O perispírito não constitui uma dessas hipóteses de que a ciência costuma valer-se, para a explicação de um fato. Sua existência não foi apenas revelada pelos Espíritos, resulta de observações, como teremos ocasião de demonstrar. Por ora e por nos não anteciparmos, no tocante aos fatos que havemos de relatar, limitar-nos-emos a dizer que, quer durante a sua união com o corpo, quer depois de separar-se deste, a alma nunca está desligada do seu perispírito”. (“O Livro dos Médiuns”, 2ª parte, capítulo I, item 54)
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Assim, o perispírito é de natureza “semimaterial” (o que, conforme visto acima, não quer dizer muita coisa, e apenas “desloca” o problema da interação entre o material e o imaterial, não o resolvendo em absoluto). E quanto à alma?
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“Quanto à natureza íntima da alma, essa desconhecemo-la. QUANDO SE DIZ QUE A ALMA É IMATERIAL, DEVE-SE ENTENDÊ-LO EM SENTIDO RELATIVO, NÃO EM SENTIDO ABSOLUTO, POR ISSO QUE A IMATERIALIDADE ABSOLUTA SERIA O NADA. Ora, a alma, ou o Espírito, são alguma coisa. Qualificando-a de imaterial, quer-se dizer que sua essência é de tal modo superior, que nenhuma analogia tem com o que chamamos matéria e que, assim, para nós, ela é imaterial”. (O Livro dos Médiuns, 1ª parte, capítulo IV, item nº 50)
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O trecho acima é paradigmático, e trai a essência CORPOREÍSTA, ou seja, MATERIALISTA, do Espiritismo Kardecista. Pois torna-se assim evidente, considerando-se os trechos citados, mais especialmente o último, que a “resposta” kardecista à aporia da interação alma-corpo, por baixo duma série de termos ambíguos que procuram manter um verniz espiritualista, é francamente materialista. Com efeito, o ser humano é composto por um corpo, um perispírito e um espírito. O corpo, obviamente, é material; o perispírito é “semimaterial”, misto entre a condição do espírito (dita “imaterial”) e a do corpo (dita “material”).
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Desse modo, o perispírito tem, ao menos em parte, uma natureza material, mas, como ele é formado “do fluido universal de cada globo”, parece ter, ao fim e ao cabo, uma constituição inteiramente material, embora não tão “material” quanto a da “matéria grosseira”. Mas mesmo o adjetivo “imaterial” atribuído ao espírito/alma não pressupõe (para o kardecismo) nenhuma “transcendência”, já que o espírito “é alguma coisa”, como bem diz o “Livro dos Médiuns” no trecho citado imediatamente acima – e, lendo-se o trecho, é evidente que se quer dizer ALGUMA COISA MATERIAL (embora o Doutrinador, ou os “espíritos” que o informaram, não tenham tido a coragem de dizer isso abertamente). Trata-se, de fato, de graus diferentes de materialidade, ou melhor, de corporeidade, graus esses que, num crescendo de sublimação, passam da matéria “bruta”, grosseira, a níveis cada vez mais etéreos nos diversos estágios de perispírito, até se chegar a uma forma totalmente “quintessenciada” na alma/espírito.
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PORTANTO, PARA O KARDECISMO, QUANDO SE O EXAMINA BEM, TUDO É MATERIAL, tudo encontra-se no nível do corpóreo, embora com graus diferentes de “sublimação”. A escala evolutiva funcionaria assim como uma espécie de “alambique metafísico”, se se quiser usar tal símile, purgando os espíritos sucessivamente de suas ligações materiais até se chegar ao “absinto” dos espíritos “puros”… E nem podia deixar de ser dessa maneira, já que, diante da falsa aporia que uma visão “corpo-alma” da composição da individualidade humana comporta, a única solução para se justificar, com um mínimo de coerência filosófica (e lógica) a interação desses dois elementos é considerá-los ambos como “materiais”, ou seja, “corpóreos”. Isso “resolve” a aporia, e também possibilita, como bônus, a explicação para a “interação” entre o “espírito” e a “matéria”, para a manifestação física (pois é sempre física) das almas dos mortos no mundo físico.
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Obviamente, não é fácil se tirar, de modo objetivo, alguma conclusão prática de tal mixórdia conceitual; mas o que se nota, e se nota de modo cristalino, é que, para o kardecismo, em termos práticos, a alma/espírito, nominalmente imaterial, é na prática algo material, ou melhor, corpóreo, capaz portanto de se deslocar no espaço físico, entre os vários mundos, ou, como diz a nomenclatura de Kardec, entre os diversos “globos” – já que o kardecismo acredita na pluralidade de mundos habitados, sendo alguns inferiores à Terra e alguns superiores, nos quais encontram-se, respectivamente, espíritos menos e mais evoluídos do que os daqui.
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Quanto a isso, é absolutamente necessário que se consulte a nota à questão 188 de “O Livro dos Espíritos”; o que se depreende é que os “espíritos superiores” informaram a Kardec acerca da existência de vida – e vida física, capaz de fazer espíritos encarnarem – em, pelo menos, dois planetas do sistema solar, Marte (um mundo inferior à Terra, portanto mais grosseiro, mais “material”, mais “denso”) e Júpiter (superior à Terra, portanto menos grosseiro, menos “denso”, mais etéreo)… O “remendo” moderno (ou melhor, “elucubração teológica”), que quer ver nesses “globos” “diferentes dimensões” não resiste ao simples exame do texto original. Para o kardecismo, codificado no terceiro quartel do séc. XIX, na prática, só há um único mundo, material, com muitos “globos” habitados, em diferentes graus de “sublimação” no Grande Alambique Evolutivo Kármico; nesse mundo físico, corpóreo, material, os espíritos (na prática, “materiais”) podem se deslocar, e se encarnar, consoante o seu merecimento e o seu grau de desenvolvimento intelectual e moral.
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Assim, repetindo, para o kardecismo, a alma/espírito, nominalmente imaterial, é na prática, material e corpórea, capaz de se deslocar no espaço físico (a única realidade existente), entre os vários mundos (“globos”). A alma/espírito é corpórea, mas duma natureza absolutamente “sutilizada”, sendo o perispírito algo corpóreo que efetivamente apresenta propriedades ligadas à matéria e diretamente ligado, portanto ao físico, embora a sua matéria constituinte seja “sutil”, “vaporosa”, “fluídica”, etc.
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De fato, o perispírito kardecista constitui-se simplesmente num conceito fantasmagórico derivado dos “veículos” ou “corpos astrais” (“ochêmata”) da vertente neo-gnóstica, desenvolvido para tornar viável, ou melhor, aceitável, a suposição básica de que os espíritos dos mortos podem se comunicar fisica e sensivelmente com os vivos: pois, estando os espíritos sempre envoltos por algo “semimaterial” (o que quer que signifique isso), e nunca separados da matéria, podem usar tal invólucro como base para atuar no mundo material e se comunicar com os vivos.
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Deve-se notar, contudo, que seria lícito esperar que a capacidade dum espírito desencarnado de se comunicar com a matéria decairia à medida em que fosse evoluindo, e em que seu perispírito fosse ficando, por assim dizer, mais e mais “etéreo” (a não ser que se queira admitir que quanto mais etéreo, ou seja, menos “material”, por assim dizer, é o perispírito, maior é a sua força para se comunicar com a matéria, o que é algo, no mínimo, estranho…). E, no limite, restaria explicar como é que os espíritos puros, cujos perispíritos, já totalmente purificados, tornam-se tão etéreos como se já não existissem (cf. “O Livro dos Espíritos”, questão nº 186) , tendo-se já despojado de todas as imperfeições da matéria (cf. “O Livro dos Espíritos”, questão nº 113), poderiam, então, se comunicar com os vivos. Ou seja: aparentemente, quanto menos evoluídos os espíritos, maior seria (ao menos logicamente) o seu potencial para se comunicar com os vivos, o que levaria à conclusão de que as “mensagens” comunicadas aos pobres mortais padecentes no mundo físico o são, preponderantemente (se não esmagadoramente…) pelos espíritos menos evoluídos, mais capazes de se enganarem, ou de nos enganar…
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Assim, como creio que ficou claro, nessa importante questão da interação entre a alma “imaterial” e o corpo “material” perpassa no kardecismo, quase sempre, uma terminologia escorregadia e ambígua, que procura, talvez de forma inconsciente, encobrir o fato de que, com o abandono da constituição tripartite da natureza humana, o problema da interação alma-corpo queda-se insolúvel, a não ser sob uma óptica materialista (ou seja, considerando-se a alma, de alguma forma que seja, como algo material, corpóreo – e, portanto, perfeitamente passível de interagir com a matéria). Com efeito, todas as soluções “espiritualistas” (ou que são reputadas como tais) lançaram mão, duma forma ou de outra, do conceito dos “veículos” ou “corpos astrais”, bem como do conceito dos “fluidos” que perpassariam o Universo – conceitos eminentemente corpóreos, ou seja, materiais.
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Tais conceitos encontram-se claramente presentes na solução kardecista do problema, ainda firmemente calcada na teoria do “fluido universal” do médico austríaco Franz Anton Mesmer (1734-1815), apresentada na sua obra “Mémoire sur la Découverte du Magnetisme Animal” (1779). De acordo com a referida teoria, também conhecida como “teoria do magnetismo animal”, o Universo inteiro estaria inundado e preenchido por um “fluido”, que atingiria todos os planetas e todos os seres viventes. Tal fluido correria nos espaços, na atmosfera, nos líqüidos e também (pelo fato de os corpos dos seres vivos serem compostos da mesma matéria que o Universo) nos músculos, nervos e vasos dos viventes – e em especial dos seres humanos. Por meio da sensibilidade (“irritabilidade”) dos nervos, dos músculos e dos órgãos dos sentidos, os indivíduos estariam aptos a receber as vibrações de tal fluido e, estando tal sensibilidade alterada, por qualquer motivo, o resultado seria a desarmonia e a doença – qualquer doença, assim, originava-se num “desequilíbrio fluídico”.
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A expressão “magnetismo animal” vinha do fato de que, pretensamente, metais imantados podiam produzir o fluxo desse “fluido universal” (que era, portanto, um fluido sensível aos magnetos, ou seja, um “fluido magnético”) para dentro ou para fora do indivíduo, conforme a necessidade. Mais tarde, ao longo de suas experiências, Mesmer acabou percebendo que o próprio terapeuta podia dirigir os “fluidos magnéticos” das pessoas doentes, mesmo sem o uso dos ímãs; esses terapeutas privilegiados com o poder da sugestão eram os “magnetizadores” (ou seja, os “proto-médiuns”…), dos quais o maior era o próprio Mesmer. Esse “mesmerismo fluidista” é o ancestral direto da hipnose; mas Mesmer nunca procurou ligar tais fenômenos a explicações de ordem psicológica, insistindo sempre numa visão “fluidista”.
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Em poucos anos, o uso médico do “magnetismo animal” espalhou-se com furor em Paris, onde Mesmer realizava suas “curas”. Diante das controvérsias levantadas por esse novo tipo de tratamento frente à terapêutica tradicional, o rei Luís XVI nomeou em 1784 uma comissão composta de membros da Academia de Ciências da Faculdade de Medicina, com reforço de cinco membros da Real Sociedade de Medicina, para se pronunciar sobre as idéias de Mesmer; faziam parte de tal comissão, entre outros, o químico Lavoisier, o médico Guillotin e Benjamin Franklin. O parecer final da comissão foi o seguinte:
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“Os membros da comissão, tendo reconhecido que o fluido magnético animal não pode ser percebido por nenhum dos nossos sentidos; que não exerce nenhuma ação quer sobre eles nem sobre os doentes que lhe são submetidos; tendo chegado à certeza de que as pressões e os passes são causa de mudanças raramente favoráveis na economia animal e de choques sempre inconvenientes na imaginação; tendo por fim demonstrado, por experiências decisivas, que a imaginação sem magnetismo produz convulsões e que o magnetismo sem imaginação nada produz, concluíram unanimemente, quanto à questão da existência e utilidade do magnetismo, que nada há que prove a existência do fluido magnético animal; que esse fluido, pelo fato de não existir, não pode ser útil; que os efeitos violentos que se observam no tratamento em massa são devidos aos passes, à imaginação excitada e à imitação instintiva que maquinalmente nos leva a fazer o que vemos. Julgam-se igualmente obrigados a acrescentar, como observação importante, que os passes e a ação repetida da imaginação para produzir crises são perigosos, por causa da lei natural da imitação e que, por conseguinte, todo tratamento público, em que se põem em prática os meios do magnetismo, não pode deixar de ser, com o tempo, funesto”.
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Isso foi estabelecido nos finais do séc. XVIII. Do mesmo modo que a impossibilidade da ação “física” dos “espíritos” já havia sido magistralmente percebida por Da Vinci nos finais do séc. XV. E agora estamos nos inícios do séc. XXI, com… os mesmos “passes”, os mesmos “fluidos” e os mesmos “espíritos”…
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De qualquer forma, o parecer da comissão representou o fim da carreira de Mesmer, embora não de suas idéias (porque nelas, afinal, quase completamente sufocada por entulhos pseudo-místicos, havia uma verdade, que se ligava à sugestionabilidade dos estados subconscientes da alma). Um dos seguidores de Mesmer, Amand Marie Jacques Chastenet, marquês de Puységur (1751-1825), desenvolveu o “sonambulismo artificial” (ou seja, induzido), em oposição às convulsões histéricas de Mesmer, estando portanto muito mais próximo do atual hipnotismo. Um discípulo de Puységur foi Joseph Philippe François Deleuze (1753-1835), que enfatizou a importância da confiança e da fé do magnetizador em si mesmo para que o tratamento funcionasse e para que os fenômenos ocorressem; mas tanto Puységur quanto Deleuze ainda consideravam o “fluido magnético” como o causador dos fenômenos; os novos sucessos do “sonambulismo artificial” levaram a um novo estudo (1826-1831) da Academia de Medicina de Paris, chegando-se a um parecer provisório (1831) favorável ao magnetismo animal; a partir de tal relatório, contudo, ocorreu um verdadeiro surto de magnetização sonambúlica, ligando-se-lhe fenômenos maravilhosos, como clarividência, dupla visão e predição do futuro – fenômenos, por assim dizer, proto-espíritas, e que não haviam sido originalmente objeto dos estudos da Academia.
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Tal situação levou-a a constituir nova comissão, que, em 1837, condenou definitivamente o magnetismo animal; o novo relatório gerou imensa controvérsia, e o médico Claude Burdin (1777-1858), para solucionar o impasse, instituiu um prêmio de três mil francos a quem pudesse, no prazo de três anos, apresentar um sonâmbulo que, sob influência do “fluido universal”, pudesse ler sem o auxílio dos olhos, do tato ou da luz, fato que certos magnetizadores, como Berna, haviam declarado ser não apenas possível, mas também incontestável; não tendo nenhum dos concorrentes logrado êxito, a Academia de Medicina, em 1840, decretou que doravante não mais se ocuparia dos magnetizadores e do magnetismo.
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Tal data marca, verdadeiramente, um divisor-de-águas, podendo-se a partir daí, grosso modo, destacar duas vertentes: uma que, progressivamente abandonando a teoria do “fluido universal”, iria desembocar no moderno hipnotismo, inicialmente na Inglaterra (Elliotson, Braid), e depois na própria França (Lafontaine, Liébeault, Bernheim, Charcot, Richet), e outra que, ao contrário, aferrando-se cada vez mais à teoria do “fluido magnético” e do “sonambulismo”, enfatizou mais e mais as maravilhas que se podiam obter dos que eram “magnetizados” em estado sonambúlico – essa vertente desembocaria fatalmente na ligação entre o estado hipnótico e a capacidade de comunicação com os espíritos dos mortos. Nesse segundo grupo a figura-chave é a de Jules Denis, barão du Potet de Sennevoy (1796-1881), inicialmente um mesmerista “clássico” mas que, a pouco e pouco, passou a admitir a ação do sobrenatural nas magnetizações.
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Creio ser conveniente parar por aqui; espero que essas considerações possam ser de alguma utilidade no presente debate acerca de “materializações”.
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JCFF.
julho 10th, 2013 às 4:58 PM
Contra,
Você é show!
O Martinez é gente boa, um cara bacana e sensato, mas este vídeo do hipopótamo é de lascar hein?
Eu já conhecia, mas valeu a recordação, putz, rs …
O Martinez merece meu respeito, com certeza, mas a turma chiquista-divaldista, com todos aqueles “ataques flamboyant” e o monte de bobageiras que divulgam, bem que mereciam uma visita ao zoológico, especialmente para ver hipopótamos.
Agora, será que o Arduin também cultiva cogumelos?
E o interessante dos espíritos bocós que se manifestam pelos médiuns (de acordo com Arduin), é que eles não sabem nada, mas adoram vocábulos exóticos, eruditos, esdrúxulos … é um show vocabular, haja genuflexão.
E é interessante também, porque o simples fato do espírito estar desencarnado, podando voar por aí, já é uma vantagem enorme sobre os encarnados, porque os encarnados não sabem nem que existem, pelos têm dúvida, enquanto que os desencarnados têm a certeza de que a vida continua, consequentemente, deveriam ser muito mais sábios, poderiam consultar outros espíritos sábios, experientes, antes de ficarem contando um monte de asneiras para os médiuns e os leitores das brilhantes obras por eles ditadas.
Agora, vamos supor que o Chico foi médium, que foram os espíritos que passaram este monte de erros, histórias fantasiosas e copiadas pra ele. Que bando de trapalhões hein? Misturaram tudo, mentiram pro coitado do mineirinho, até se fizeram passar pela mãe dele.
E a Joanna de Angelis, que disse pro Divaldo que o Sai Baba tinha uma aura maravilhosa, que era um avatar, um ser muito evoluído? Isto que é espírito-guia.
Agora, por que escolheram Marte? Se tivessem escolhido um planeta mais distante, Saturno, por exemplo, ficaria o dito pelo não dito. Poderiam dizer que em seus gases há uma civilização etérea de grande luz e sabedoria, que governa uma parte da Via-Láctea e mais um monte de abobrinhas. Agora Marte, tá ali na esquina, não é DeMarte?
julho 10th, 2013 às 6:25 PM
Conforme leciona o Sr. JCFF:
Com efeito, todas as soluções “espiritualistas” (ou que são reputadas como tais) lançaram mão, duma forma ou de outra, do conceito dos “veículos” ou “corpos astrais”, bem como do conceito dos “fluidos” que perpassariam o Universo – conceitos eminentemente corpóreos, ou seja, materiais.
No Espiritismo, a completa desmaterialização, se ocorrer, só ocorrerá quando o Espírito alcançar a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, passando então a realizar a vida eterna no seio de Deus. [LE, 113]
Entendo que isso o Kardec tirou da incorporação ao nous do Platão/Plotinus.
Se, pois no versículo 186 é dito, sobre esse estado:
[Resposta]Há e mesmo esse envoltório (o periespírito) se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. É o estado dos Espíritos puros.
Então no Espiritismo a desmaterialização (quintessenciação) é como uma tendência ao limite, ficando indeterminado se ocorre a passagem ao limite – i.e., completa desmaterialização. Nesse caso, se ocorrer, imagino que as almas se tornem constitutivamente iguais aos anjos.
Disso tudo, importa que fique claro: o Espiritismo é uma doutrina materialista – com a eventual exceção desse caso limite, sendo que a existência deste limite fica indeterminada dentro da Doutrina.
julho 10th, 2013 às 6:29 PM
Esqueci de colocar linha em branco. Bem entendido, a citação do Sr. JCFF corresponde ao primeiro trecho em itálico (até… “materiais”).
julho 10th, 2013 às 6:33 PM
Hahahahaha, Sai Baba avatar?? Joana de Angelis (Divaldo ) disse isso? PQP, esse Sai Baba da Boca era o maior sariguê isso sim, homossexual e assediador sexual, há mais de uma centena de denúncias sobre os assédios sexuais deste indivíduo, tem um texto na Internet de um sueco que abandonou tudo para viver no “ashram” do Sai Baba, deixou família, emprego, patrimônio, tudo, só porque acreditou em todas as maravilhas que alegavam sobre ele, ficou só alguns meses lá e o Sai Baba já quis cair de boca no pingolim dele, foi terrível, o cara teve um choque de decepção, tem outro retardado também que vive falando maravilhas do Sai Baba, o Jan Val Ellam, mas esse aí eu vou abordar outro dia. Agora, quero fazer uma pergunta que não tem resposta no LE:
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Hitler foi o sujeito responsável direto por mais de 50 milhões de assassinatos, milhões deles com requintes de crueldade, então, me respondam o que acontece com ele, segundo a tal lei de causa e efeito:
1- Hitler tem que reencarnar 50 milhões de vezes para reparar todas as vidas que prejudicou e ceifou.
2- Vai ser dado um desconto para o Hitler, porque não há tempo viável para que ele cumpra sua expiação de 50 milhões de reencarnações, então, de quanto será o desconto, quantas milhões de encarnações?
Algum espírita aí esclareça.
julho 10th, 2013 às 6:37 PM
Esta questão do espiritismo ser materialista já foi muito bem debatida e esclarecida em outros tópicos, com a conclusão inequívoca de que, sim, o espiritismo é estritamente materialista e naturalista, o que faz dele uma aberração bastante espantosa nos dias de hoje.
julho 10th, 2013 às 6:41 PM
Você ainda não viu isto Otavio?
http://www.youtube.com/watch?v=D1Qk7wxbMlM
Se conseguir, veja as outras partes, é de dar nojo!
julho 10th, 2013 às 6:51 PM
Não tinha visto, Biasetto, vi agora, que patético! Simplesmente podre, definitivamente, esse pessoal do movimento espírita ( Divaldo, Alamar Regis, Jose Luiz Ruiz, etc) FEDE! Não consigo acreditar que tem gente que dá crédito a esses tacanhos!
julho 10th, 2013 às 7:01 PM
Contra e Montalvão,
Com nossas dúvidas, acho que já estamos aptos a começar o segundo tomo do LE.
Vamos arranjar dois médiuns e começar a contatar os espíritos mais-que-perfeitos (fazendo uma analogia com a conjugação verbal).
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NVF fez uma gradação de crenças. Eu pretendo atingir o superespitualismo, a categoria imediatamente superior ao espiritismo.
Para atingir esse objetivo, vou parar com “ad palhacitos” e começar a fazer cursos de falsa modéstia, hipocrisia, vaidade fútil (peruquinha preta, boné, etc.), pieguice, discurso melífluo e pseudo-intelectual, como mentir descaradamente em 10 lições, como plagiar obras vagagundas e inúteis, como contactar espíritos inexistentes e como consolar queridas mãezinhas desconsoladas.
julho 10th, 2013 às 7:10 PM
NFV está me ofendendo.
Ele disse:
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““Doutrina Materialista
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A inteligência do homem é uma propriedade da matéria; nasce e morre com o organismo. O homem não é nada antes, nada depois da vida corpórea.
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Conseqüências. O homem, não sendo senão matéria, não há de real e de invejável senão os gozos materiais; as afeições morais não têm futuro; os laços morais são quebrados sem retorno na morte; as misérias da vida são sem compensação; o suicídio torna-se o fim racional e lógico da existência, quando os sofrimentos são sem esperança de melhora; é inútil se impor um constrangimento para vencer os seus maus pendores; viver para si o melhor possível, enquanto estiver aqui; a estupidez de se incomodar e de sacrificar seu repouso, seu bem-estar, por outrem, quer dizer, por seres que serão aniquilados, a seu turno, e que jamais tornarão a ser vistos; deveres sociais sem base, o bem e o mal são coisas de convenção; o freio social é reduzido ao poder material da lei civil”.
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Quer dizer que só porque não sou idiota, não acredito em pilantras que se comprazem em enganar trouxas, eu só me dedico aos gozos materiais, não tenho laços morais, sou um miserável, pretendo me suicidar, tenho maus pendores, não vejo diferença entre o bem e o mal.
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De onde tirou essas ideias cretinas? Seria do LE? Só tem moral ilibada quem vive de mentiras e enganação, como cx?
Ainda quer que eu leia essas porcarias, para tornar-me intolerante com quem não partilha minhas crenças absurdas, passe a enganar otários que vão fazer filas para ouvir recados da “querida mãezinha” comigo?
julho 10th, 2013 às 7:31 PM
Otavio Ferreira, tá combinado. Só que assim eu vou querer ficar uns 80 anos no umbral (desde que as gostosas lá não envelheçam, questão ainda não respondida).
Você gosta de vinho? Vou plasmar um Romanée Conti.
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Biasetto, não é tão pertinho não, eu preciso esperar dois anos e dois meses para visitar meu planeta, que é quando eles se aproximam em suas órbitas. É uma viagem cansativa, mesmo para o meu disco voador do ano (ano marciano, esclareça-se).
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Montalvão, obrigado pelas respostas. Você deve ser um espírito mais-que-perfeito, dá respostas mais lógicas do que as dos espíritos superiores.
julho 10th, 2013 às 7:59 PM
Ô Marciano, como é que a gente faz mesmo pra ter direito na outra vida a ir morar no Península?
Pq nessa, só com a Mega Sena.
Pra quem não conhece o Península:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1268799
cont.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1268799&page=4
fim
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1268799&page=7
julho 10th, 2013 às 8:02 PM
PENSAMENTO DE ANDRE LUIZ QUE CX ESCRIVINHOU:
POBREZA E RIQUEZA
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Não vale a pobreza sem a conformação
(Francisco Cândido Xavier por André Luiz. In: Caridade)
NÃO BASTA SER POBRE, TEM QUE ADORAR A POBREZA! SE CONFORMAR, BATER PALMAS PARA A POBREZA!!
DEIXA EU IR PRO MEU ‘UMBRAL’ MESMO…
julho 10th, 2013 às 8:29 PM
Pois é Otavio, não sei quantos vídeos você chegou a ver. Por mais de uma hora, o Divaldo Franco só falta afirmar que o Sai Baba era deus. Ele fala também que não viu desvios morais na Índia, a pobreza não imoralidade pra ele, nem as castas.
Depois que eu vi este vídeo e as dezenas vídeos que existem na net, mostrando as pilantragens ridículas do babão indiano, passei a considerar o Divaldo Franco um sujeito nojento.
E o pior, um dia desses eu vi um vídeo recente dele, mais uma vez falando do babão como um iluminado e o povo besta, assistindo às suas palestras imbecis, achando tudo isto maravilhoso.
Você usou a palavra certa: este pessoal FEDE.
É triste admitir isto, mas é a verdade.
E só pra terminar, na palestra do Divaldo, onde se derrama e declama em paixão pelo indiano pilantra, ele diz que ganhou um “pote mágico” do cara (o avatar), que solta uma fumaça que NUNCA acaba.
Por que ele não mostra este pote ???
Só isso que eu queria saber.
julho 10th, 2013 às 8:35 PM
Esse pote é o bule de Russell, gente. kkkkk
julho 10th, 2013 às 8:36 PM
Tenho que fazer uma revelação a vocês: me converti, aceitei Jesus. Aleluia irmãos !!!
http://www.dailymotion.com/video/x7q0mo_ex-ateu-arrependido-tenta-convencer_people#.Ud3u4Ds3vxB
julho 10th, 2013 às 8:39 PM
Por que vocês resumem Espiritismo a Chico Xavier? “Se Chico Xavier é fraudador, então espíritos não existem”. Parece algo pessoal com o velho.
julho 10th, 2013 às 8:43 PM
Falaram de feder aí. Pra mim a Barra da Tijuca no RJ fede. Ela e grande parte de seus moradores metidos e babacas. Aliás, só por liberdade de expressão, esse “Península” não me atrai nem um pouco.
julho 10th, 2013 às 8:45 PM
NFV, vc não lê o blog. Quase todos os autores espiritas já foram comentados aqui. Todos pilantras.
alguns já debatidos aqui:
Dorothy Eady (1)
Hipóteses Espíritas sobre a Bíblia (1)
João de Deus (1)
Obras de Allan Kardec (14)
Obras de André Luiz Ruiz (1)
Obras de Anna Prado (1)
Obras de Carlos Baccelli (1)
Obras de Carmine Mirabelli (42)
Obras de Chico Xavier (113)
Obras de Cornélio Pires (2)
Obras de Divaldo Pereira Franco (18)
Obras de Ellen G. White (2)
Obras de Florêncio Anton (1)
Obras de Geraldine Cummins (1)
Obras de Gilson Teixeira Freire (1)
Obras de Hercílio Maes (1)
Obras de Hermínio C. Miranda (1)
Obras de José Medrado (1)
Obras de Luiz Antonio Gasparetto (2)
Obras de Marcos Paulo Monteiro (2)
Obras de Marilusa Moreira de Vasconcellos (3)
Obras de Roger Bottini (1)
Obras de Waldo Vieira (20)
Obras de William Crookes (4)
Obras de Zibia Gasparetto (1)
julho 10th, 2013 às 9:05 PM
Contra, se mudar de ideia e quiser morar bem no umbral, leia o “Nosso Lar”. Mais especificamente, o capítulo 22.
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“O BÔNUS-HORA”
“Notando que a senhora Laura entristecera subitamente ao recordar o
marido, modifiquei o rumo da palestra, interrogando:
– Que me diz do bônus-hora? Trata-se de algum metal amoedado?
Minha interlocutora perdeu o aspecto cismativo, a que se recolhera, e
replicou, atenciosa:
– Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual,
funcionando como valor aquisitivo.
– Aquisitivo? – perguntei abruptamente.
– Explico-me – respondeu a bondosa senhora -; em “Nosso Lar” a
produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos em
comum. Há serviços centrais de distribuição na Governadoria e
departamentos do mesmo trabalho nos Ministérios. O celeiro fundamental é propriedade coletiva.
Ante meu gesto silencioso de espanto, acentuou:
– Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum e dele
vivem. Os que trabalham, porém, adquirem direitos justos. Cada habitante de “Nosso Lar” recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário; mas os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas prerrogativas na comunidade social. O espírito que ainda não trabalha, poderá ser abrigado aqui; no entanto, os que cooperem podem ter casa própria. O ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe pareça; compreendeu? Os inativos podem permanecer nos campos de repouso, ou nos parques de tratamento, favorecidos pela intercessão de amigos; entretanto, as almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento, ou o contacto de orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral. Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação. Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, nas vinte e quatro de que o dia se constitui. Os programas de trabalho, porém, são numerosos e a Governadoria permite quatro horas de esforço extraordinário, aos que desejem colaborar no trabalho comum, de boa-vontade. Desse modo, há muita gente que consegue setenta e dois bônus-hora, por semana, sem falar dos serviços sacrificiais, cuja remuneração é duplicada e, às vezes, triplicada.
– Mas, é esse o único título de remuneração? – perguntei.
– Sim, é o padrão de pagamento a todos os colaboradores da colônia,
não só na administração, como também na obediência.
Lembrando as organizações terrestres, indaguei, espantado:
– Todavia, como conciliar semelhante padrão com a natureza do
serviço? O administrador ganhará oito bônus-hora na atividade normal do
dia, e o operário do transporte receberá a mesma coisa? Não é o trabalho do primeiro mais elevado que o do segundo?
A senhora sorriu à pergunta e explicou:
– Tudo é relativo. Se, na orientação ou na subalternidade, o trabalho é
de sacrifício pessoal, a expressão remunerativa é justamente multiplicada.
Examinando, porém, mais detidamente a sua pergunta, precisamos, antes de mais nada, esquecer determinados prejuízos da Terra. A natureza do serviço é problema dos mais importantes; contudo, na própria esfera da crosta é que o assunto apresenta solução mais difícil. A maioria dos homens encarnados está simplesmente ensaiando o espírito de serviço e
aprendendo a trabalhar nos diversos setores da vida humana. Por isso
mesmo, é imprescindível fixar as remunerações terrestres com maior
atenção. Todo o ganho externo do mundo é lucro transitório. Vemos
trabalhadores obcecados pela questão de ganhar, transmitindo fortunas
vultosas à inconsciência e à dissipação; outros amontoam expressões
bancárias que lhes servem de martírio pessoal e de ruína à família. Por outro lado, é indispensável considerar que setenta por cento dos administradores terrenos não pesam os deveres morais que lhes competem, e que a mesma porcentagem pode ser adjudicada a quantos foram chamados à subordinação. Vivem, quase todos, a confessar ausência do impulso vocacional, recebendo embora os proventos comuns aos cargos que ocupam. Governos e empresas pagam a médicos que se entregam à exploração de interesses outros e a operários que matam o tempo. Onde, aí, a natureza de serviço? Há técnicos de indústria econômica, que nunca prezaram integralmente a obrigação que lhes assiste e valem-se de leis magnânimas, à maneira de moscas venenosas no pão sagrado, exigindo abonos, facilidades e aposentadorias. Creia, porém, que todos pagarão muito caro a displicência. Parece ainda dis tante o tempo em que os institutos sociais poderão determinar a qualidade de serviço dos homens, porque, para o plano espiritual superior, não se especificará teor de trabalho, sem a consideração dos valores morais despendidos.
Essas palavras despertavam-me para concepções novas. Percebendo-me
a sede de instrução, a interlocutora continuou:
– O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus-hora,
em nossa organização, modifica-se em valor substancial, segundo a
natureza dos nossos serviços. No Ministério da Regeneração, temos o
Bônus-Hora-Regeneração; no Ministério do Esclarecimento, o Bônus-Hora-Esclarecimento, e assim por diante. Ora, examinando o provento espiritual, é razoável que a documentação de trabalho revele a essência do serviço. As aquisições fundamentais constituem-se de experiência, educação, enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades. Nesse prisma, os fatores assiduidade e dedicação representam, aqui, quase tudo.
Em geral, em nossa cidade de transição, a maioria prepara-se com vistas à necessidade de regresso aos círculos carnais. Examinando esse princípio, é natural que o homem que empregou cinco mil horas, em serviços regeneradores, tenha efetuado esforço sublime, a benefício de si mesmo; o que despendeu seis mil horas de atividade, no Ministério do Esclarecimento, estará mais sábio. Poderemos gastar os bônus-hora conquistados;
entretanto, é mais valioso ainda o registro individual da contagem de tempo de serviço útil, que nos confere direito a preciosos títulos.
Semelhantes instruções interessavam-me profundamente.
– Poderemos, porém, gastar nossos bônus-hora a favor dos amigos? –
Indaguei curioso.
– Perfeitamente – disse ela -; poderemos repartir as bênçãos de nosso
esforço com quem nos aprouver. Isto é direito inalienável do trabalhador fiel.
Contam-se por milhares as pessoas favorecidas em “Nosso Lar”, pela
movimentação da amizade e do estimulo fraternal.
A essa altura, a genitora de Lisias sorriu e observou:
– Quanto maior a contagem do nosso tempo de trabalho, maiores
intercessões podemos fazer. Compreendemos, aqui, que nada existe sem
preço e que para receber é indispensável dar alguma coisa. Pedir, portanto, é ocorrência muito significativa na existência de cada um. Somente poderão rogar providências e dispensar obséquio os portadores de títulos adequados, entendeu?
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– Como se encara o problema da propriedade na colônia? Esta casa,
por exemplo, pertence-lhe?
Ela sorriu e esclareceu:
– Tal como se dá na Terra, a propriedade aqui é relativa. Nossas
aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus-hora, no fundo, é o nosso dinheiro. Quaisquer utilidades são adquiridas com esses cupons, obtidos por nós mesmos, a custa de esforço e dedicação. As construções em geral representam patrimônio comum, sob controle da Governadoria;
cada família espiritual, porém, pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando trinta mil bônus-hora, o que se pode conseguir com algum tempo de serviço. Nossa morada foi conquistada pelo trabalho perseverante de meu esposo, que veio para a esfera espiritual muito antes de mim. Dezoito anos estivemos separados pelos laços físicos, mas sempre unidos pelos elos espirituais. Ricardo, porém, não descansou. Recolhido ao “Nosso Lar”, depois de certo período de extremas perturbações, compreendeu imediatamente a necessidade do
esforço ativo, preparando-nos um ninho para o futuro. Quando cheguei,
estreamos a habitação que ele organizara com esmero, acentuando-se
nossa ventura.”
julho 10th, 2013 às 9:05 PM
Moizes,
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“PORTANTO, PARA O KARDECISMO, QUANDO SE O EXAMINA BEM, TUDO É MATERIAL, tudo encontra-se no nível do corpóreo, embora com graus diferentes de “sublimação”. ”
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Não precisa examinar bem. Basta ler os primeiros capítulos do LE.
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Veja a questão 22:
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“Define-se geralmente a matéria como aquilo que tem extensão, pode impressionar os sentidos e é impenetrável. Essa definição é exata?
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— Do vosso ponto de vista, sim, porque só falais daquilo que conheceis. Mas a matéria existe em estados que não percebeis. Ela pode ser, por exemplo tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão nos vossos sentidos: entretanto, será sempre matéria, embora não o seja para vós.”
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Só que Materialismo para Kardec não é isso que o autor do artigo insinuou. Ele está batendo em espantalho, como os filósofos gostam de dizer. Kardec nunca negou que os fenômenos espíritas sejam materiais. São materiais, só que constituídos de matéria inapreensível pelos instrumentos da ciência tradicional de sua época.
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Espiritismo não é ausência de matéria no espírito.
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Materialismo que é exclusividade na matéria. Eu já expliquei, “ad nauseam”, lá em cima.
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Materialismo é a crença em que a individualidade se acaba com a morte: não há nada antes do nascimento nem depois da morte.
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Espiritualismo é a crença de que há algo a mais, seja lá o que for esse “algo a mais”.
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O Espiritismo define esse “algo a mais” como espírito do homem (ou a inteligência) que sobrevive a morte do corpo carnal. Agora, se a natureza do espírito é material em alguma medida, isso não faz do Espiritismo materialismo, e aí volto ao ciclo de explicações que já dei lá em cima.
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Não vejo nada mais que falácia do espantalho no artigo desse autor, que me pareceu claramente católico.
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OBS.: Acreditar em milagres e santos é tão ridículo quanto crer em espíritos.
julho 10th, 2013 às 9:07 PM
Contra,
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Mas tudo vocês desvirtuam em direção a Chico Xavier. Talvez porque seja fácil questionar psicografias claramente absurdas.
julho 10th, 2013 às 9:12 PM
Relendo essa porcaria agora, que imaginação pobre a do cx (ou seria do Owen?).
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Como bem disse o Contra, aqui se fala de todos os falsos psicógrafos (desculpem o pleonasmo).
cx é a bola de vez, como diz o título do artigo do Biasetto (de quem é a mãe?).
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cx com suas quatrocentas e tantas porcarias e sua imensa cara de pau é um dos que mais rendem comentários aqui.
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Sugiro aos pesquisadores do blog, como Biasetto e JCFF que mostrem mais coisas do DPF. Agora é a vez de cx.
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Por que será que eu chamo cx de cara de pau?
É só ler o trecho do nosso (deles) lar, que eu transcrevi aí em cima.
Como diria Arduin, recortei e colei.
cx burilava um pouquinho e dizia que era de um dos espíritos que ele inventava.
julho 10th, 2013 às 9:18 PM
Pensando bem, sobre o que disse NVF sobre as consequências morais de ser materialista, acho melhor que muita gente aqui continue acreditando nessa cretinice.
Já mostraram que se não acreditassem, não valeriam nada do ponto de vista moral.
Não é qualquer um que pode ser ateu, cético, descrente, e manter-se um homem de bem.
Há muita gente que mede o caráter alheio por sua própria régua, a qual é bem curta e torta.
julho 10th, 2013 às 9:21 PM
Será que nós, os céticos, estamos criando cobras para nos morderem?
Tem gente aqui que se descobrisse que acredita em besteiras infundadas, revelaria seu caráter desonesto, não distinguiria entre o bem e o mal.
Esse tipo de indivíduo precisa acreditar nessas bobagens para se comportar como gente.
julho 10th, 2013 às 9:26 PM
Eu, por exemplo, que sou ateu/materialista/descrente/cético, qualquer adjetivo que o valha, sempre tratei animais com caridade, não faço mal nem a insetos, a não ser em legítima defesa, se não houver outro meio de me defender de algum mal, como, por exemplo, matar mosquitos para não pegar dengue (de novo).
Nunca vi qualquer livro religioso exaltando a caridade com animais.
Há descrentes do bem e do mal. Já religiosos, parece que só se comportam porque têm medo de serem castigados ou por esperarem recompensa, não conseguindo entender como alguém pode ter bom coração sendo materialista, descrente, cético.
julho 10th, 2013 às 9:28 PM
Senti-me ofendido com o comentário maldoso lá em cima.
julho 10th, 2013 às 9:28 PM
Moizes,
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Ao iniciar o LE, Kardec explica que é preciso utilizar palavras, por mais que tecnicamente elas não sejam perfeitas.
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Por exemplo, quando se fala que o espírito é imaterial ou incorpóreo, não se quer dizer que ele não é constituído de matéria, mas é que sua formação molecular é tão etérea que se compararmos a matéria vulgarmente conhecida é como se fosse imaterial. Então utiliza-se a palavra “imaterial”, mas apenas porque é preciso se fazer entendido. Apenas questão de palavras, na ausência de palavras melhores.
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Não estou defendendo o conteúdo da obra de Kardec, mas apenas sua verossimilhança interna.
julho 10th, 2013 às 9:29 PM
NFV, não é só o cx que é absurdo. Mas ele é o ‘santo’ do espiritismo a brasileira. Tem muita coisa obscura que está sendo revelada aqui. Como Kardec foi “escolhido” pra codificar a D.E. o Vitor Moura foi escolhido pra descodificar. E nós ‘os asseclas’ só estamos dando uma forcinha pra o espiritismo fazer o maior bem que ele pode fazer a humanidade: DEIXAR DE EXISTIR.
julho 10th, 2013 às 9:34 PM
Marciano,
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As reflexões sobre a doutrina materialista são dos documentos de Allan Kardec, que reuniram e publicaram em “Obras Póstumas”.
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Não estou aqui para defender o conteúdo do Kardecismo, mas estou tentando demonstrar que há uma verossimilhança interna, por mais que já saibamos que quase 100% caiu por terra hoje em dia.
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Quando postei o texto, foi para demonstra que Materialismo para Kardec é mais ou menos o que a gente chama hoje de Ateísmo, ou seja, tudo se acaba com a morte.
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Realmente dizer que o materialista é imoral é uma generalização, tal como a cometida pelo Datena.
julho 10th, 2013 às 9:37 PM
Tenho plena consciência de que somos todos (Homo sapiens sapiens) apenas mais um dos animais que surgiram neste planeta, fruto da seleção natural.
Não temos nada de especial.
Somos mais inteligentes, porém um chimpanzé, um golfinho, um cachorro, são mais inteligentes do que formigas, a maioria dos pássaros ficando pelo meio.
Uma formiga não demonstra nenhuma inteligência perceptível, já um gorila é outra coisa.
Se existissem et’s supergeniais, como imaginam muitos, como nos veriam? Como comida? Como vemos um bacalhau, por exemplo? Ou nos veriam como escravos, instrumentos de trabalho, como vemos os cavalos, que só servem para trabalhar para a gente ou para nossa diversão, nos carregando nas costas?
Ainda bem que não existem, ou, se existem, não mais burros do que nós.
Vejam nos livros de história o que acontece sempre que uma civilização mais adiantada encontra outra, mais atrasada intelectualmente.
julho 10th, 2013 às 9:39 PM
“NVF Diz:
JULHO 10TH, 2013 ÀS 20:43
Falaram de feder aí. Pra mim a Barra da Tijuca no RJ fede. Ela e grande parte de seus moradores metidos e babacas. Aliás, só por liberdade de expressão, esse “Península” não me atrai nem um pouco.”
TU TA DOIDO CARA? VC MORA EM QUE CIDADE POR FAVOR?
SE A BARRA FEDE, IMAGINA CUBATÃO EM QUE OS BEBÊS NASCEM DEFICIENTES COM TANTA POLUIÇÃO INDUSTRIAL. E NEM POR ISSO PRA MIM MORAM METIDOS E BABACAS LÁ.
SUGIRO QUE PEÇA DESCULPAS PELO COMENTÁRIO PRECONCEITUOSO. SE VC É PELA MISÉRIA E SOFRIMENTO, TUDO BEM É UMA OPÇÃO SUA, MAS ISSO NÃO DÁ O DIREITO DE VC OFENDER QUEM SONHA COM BENS MATERIAIS. QUE SE CONSEGUIDOS HONESTAMENTE, SÃO LÍCITOS E NÃO É IMORAL.
julho 10th, 2013 às 9:40 PM
NVF, fico feliz por ver que você não endossa esse preconceito.
Crença não tem nada a ver com caráter.
Valeu!
julho 10th, 2013 às 9:42 PM
Escrevi sobre et’s aí em cima e me lembrei do Scur, que deve estar acompanhando tudo.
Se essa história de abdução fosse verdadeira, seria bem possível que estivessem levando os abduzidos para uma espécie de zoológico.
Pior se for para um criadouro.
julho 10th, 2013 às 9:45 PM
Como pode ser constatado no trecho do “Nosso Lar” que postei logo acima, até lá tem moradas melhores e piores.
Quem o diz é cx, pelo “alter ego” André Luís.
julho 10th, 2013 às 9:47 PM
Marciano,
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Não quis te ofender e também discordo da generalização feita por Kardec, ao insinuar que o materialista será imoral.
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Só que eu também penso, como você refletiu, que a religião e seus “medos” contribuem bastante para o controle social, tendo em vista que grande parte da humanidade, se não tivesse medo do futuro espiritual não teria freio moral e cometeria ainda mais atrocidades.
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Acho até que foi por isso que Moisés, um sujeito provavelmente inteligente a seu tempo, inventou um monte de estórias de Deus e mandamentos. Ele precisava controlar seu povo.
julho 10th, 2013 às 9:49 PM
Contra,
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uhauhahuauhahua tu é engraçado.
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Desculpa aí se ofendi teus sonhos materiais.
julho 10th, 2013 às 9:55 PM
Tá tudo em paz, NVF, tu és gente boa.
Foi apenas um mal-entendido.
julho 10th, 2013 às 10:43 PM
Bem, eu também adoro os bichos. O Scur diz que sou hipócrita, porque não sou vegetariano (muito menos vegano). Respondo a ele, que não foi eu quem criou o mundo, já que ele acredita que foi deus. Até já tentei ser vegetariano, mas trabalhando em dois períodos, minha esposa também trabalha, às vezes almoço na casa da mãe, outras, na casa da sogra; algumas vezes, até mesmo na escola da prefeitura, porque do estado professor não pode comer merenda, não dá pra ficar escolhendo comida.
Agora, desde sempre tratei os animais com muito respeito e carinho. E quanto à questão dos animais criados para o abate, defendo a ideia de que sejam criados dignamente. Eu não compro carne que não seja de açougue de supermercado, onde há fiscalização.
As religiões de modo geral justificam que os animais foram criados por deus para servir aos humanos, o que já mostra a extrema prepotência dos religiosos, que se acham o máximo da criação. Para muitos os animais não têm alma, só os humanos.
Aproveitando o momento animal planet, vejam este passarinho danado:
https://www.facebook.com/photo.php?v=256480471160425&set=vb.233591586782647&type=2&theater
julho 10th, 2013 às 11:09 PM
“O ser humano não leva nenhuma vantagem sobre o animal, pois os dois têm de respirar para viver. (…) Como é que alguém pode ter certeza que o sopro de vida do ser humano vai para cima e que o sopro de vida do animal desce para a terra?”
Bíblia, livro do Eclesiastes.
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“A alma dos animais é caracterizada por duas qualidades: a qualidade de raciocínio, que é obra do trabalho e da razão, e a qualidade de comandar o movimento.”
Aristóteles,Da Alma.
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“[A alma animal] é também uma alma, se quiserdes, dependendo isso do sentido que se der a essa palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos.
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“Os animais não têm alma. Logo, não vão para o céu. Isso tem uma razão de ser: ninguém quer ter que lidar com bichos sujos, como guaxinins, gambás, texugos, entre outros, quando estiver em um belo piquenique com Jesus.”
Dog, do site askdog.com.
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Fonte: http://super.abril.com.br/mundo-animal/animais-tem-alma-617864.shtml
julho 10th, 2013 às 11:52 PM
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NVF Disse: Por que, então, Kardec julgou necessário se utilizar da diferença entre os dois termos?
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É que Espiritualismo já era um termo utilizado pela Igreja quanto a sua crença, essencialmente diversa do Espiritismo com relação à natureza dos espíritos.
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A grande preocupação de Kardec não era em restringir o espiritismo a sua obra, mas em não aumentar as perseguições da Igreja ao seu trabalho.
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É nesse sentido que, do livro “O Que é o Espiritismo”, Capítulo I, retiram-se as seguintes palavras:
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“Os sermões e as pastorais que fulminam o Espiritismo e os espíritas viriam produzir enorme confusão, se fossem dirigidos ao espiritualismo e aos espiritualistas”
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E por que isso ocorreria?
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Porque para a Igreja os espíritos não existem. É que, segundo sua doutrina, a alma dos homens não fica livre na terra e não pode se comunicar com os vivos. Na verdade, haveria dois seres a parte na criação: anjos e demônios. Apenas estes últimos poderiam se comunicar com os vivos, no intuito somente de recrutar almas para o Inferno.
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COMENTÁRIO: aqui cabe bem a expressão gaúcha: “que baita confusão, tchê!”. Primeiro que na concepção cristão anjos também podem comunicar, desde que em missão especial.
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Em “O que é o Espiritismo” Kardec posta considerações a respeito do termo “espiritualismo” e do uso que dele é feito. No entanto, Rivail profere algumas esquisitices bem esquisitas. No 2º diálogo, do capítulo I, quando distingue espiritualismo de espiritismo afirma:
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KARDEC: “A palavra espiritualista, desde muito tempo, TEM UMA SIGNIFICAÇÃO BEM DEFINIDA; é a Academia que no-la dá: ESPIRITUALISTA é aquele ou aquela cuja doutrina é oposta ao materialismo”.
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Não dá pra saber que raio de academia é essa ao qual Kardec se refere, mas o que ele diz não é “SIGNIFICAÇÃO BEM DEFINIDA” nem aqui nem na Bessarábia. Ao dizer que espiritualismo é o oposto do materialismo ele não está definindo nada, apenas introduzindo outro conceito que pede também definição (materialismo). As coisas se definem de vários modos: 1) por amostragem (definição precária); 2) por causa necessária e causa suficiente; 3) pela contraposição gênero/espécie. Definir algum tema satisfatóriamente é desafio, nem sempre se obtém sucesso. De qualquer modo, o que Kardec disse ser “significação bem definida” não é definida de jeito maneira: não quer dizer nada. Em termos gerais, espiritualismo seria a doutrina que postula duas instâncias no ser humano (ou em todos os viventes, depende da filosofia religiosa): MATÉRIA e MENTE (ou consciência, ou espírito, ou alma… varia…), sendo ambas autônomas em relação uma à outra.
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Por outro turno, nada vi na codificação que leve a essa alegação de que o termo “espiritismo” tinha por fulcro “evitar perseguições pela Igreja”. Para ficarmos só no “O que é Espiritismo”, encontramos as seguintes declarações:
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KARDEC: “Todas as religiões, necessariamente, estão baseadas no Espiritualismo. Quem crê haver em nós outra coisa além da matéria, é espiritualista, o que não implica na crença nos Espíritos e nas suas manifestações.”
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Note que Rivail correlaciona espiritualismo com a vaga noção de “crer em algo além da matéria”. Quer dizer: é possível acreditar em algo que transcenda a matéria, sem porém acreditar em espíritos “E” EM SUAS MANIFESTAÇÕES (o grifo em “E” é intencional). Kardec entendeu que o uso do “espiritualismo” causaria confusão em alguns discursos, visto que o espiritualista tanto pode crer que espíritos se manifestem quanto não crer. Assim, na concepção de Rivail Denizard, quem falasse do assunto e quisesse ser claro, teria de acrescentar:
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“é um ESPIRITUALISTA que crê, ou não crê, nos espíritos.” [acho que aí se pode ver implícita a palavra “comunicação”: “é um ESPIRITUALISTA que crê, ou não crê, nos espíritos [comunicantes].”
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NVF: ESPIRITUALISMO: crença que em nós existe outra coisa, além da matéria; [definição kardecista] ESPIRITISMO: crença que em nós existe outra coisa, além da matéria, e crença nos Espíritos e nas suas manifestações.
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COMENTÁRIO: aqui, o refinado mestre nvf diz que espiritismo é crer no espírito E nas suas manifestações. Ele está nos orientando que não basta crer em espíritos para ser espírita, tem que crer nas manifestações desses. Neste caso, os espiritualistas ingleses também são espíritas, visto crerem nos desencarnados e também “nas manifestações”. E, estes, os angloamericanos, se saem muito bem chamando a si mesmos “espiritualistas”… curioso, não?
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NVF: As definições se apresentam mais claramente na introdução de “O Livro dos Espíritos”, apesar de ser o principal objeto das distorções.
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KARDEC: “Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que CREIA NA EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS OU EM SUAS COMUNICAÇÔES COM O MUNDO VÍSIVEL.
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COMENTÁRIO: parece que Kardec fala de alguma doutrina que admita um mundo espiritual, mas sem espíritos desencarnados. Estaria falando do panteísmo?
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NFV: “Assim, O ESPÍRITA É NECESSARIAMENTE UM ESPIRITUALISTA, SÓ QUE UM ESPIRITUALISTA QUE VAI ALÉM e crê nos espíritos como a alma dos homens, que pode se comunicar com os vivos.”
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COMENTÁRIO: esse negócio de “ir além” parece pressupor evolução, no entanto, não há nada indo “além”. Veja o que Kardec noticiou, na voz do próprio NFV:
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NFV: “É o que se percebe também do capítulo I, de ‘O Que é o Espiritismo’:”
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KARDEC: “As palavras espiritualismo e espiritualista são inglesas, e têm sido empregadas nos Estados Unidos desde que começaram a surgir as manifestações dos Espíritos; no começo e por algum tempo, também delas se serviram na França; logo, porém, que apareceram os termos espírita, espiritismo, compreendeu-se a sua utilidade, e forma imediatamente aceitos pelo público”
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COMENTÁRIO: Kardec está ilustrando que, no início o espiritualismo dizia tudo, tanto para ingleses quanto franceses, depois ele (Kardec) entendeu que era melhor criar termo novo para especificar a “nova doutrina”. Não há nada no texto de Rivail que dê, minimamente que seja, a ideia de proteger-se contra perseguição católica. Se Rivail pretendia se resguardar não seria por aí. Ele queria sim resguardar seu ensinamento, guardando-o sob denominação especial.
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KARDEC: As palavras Espiritualismo e espiritualista, aplicadas às manifestações dos Espíritos, não são mais empregadas hoje, senão pelos adeptos da escola dita americana.
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COMENTÁRIO: Então, Kardec está sim distinguindo seu ensino do dos ingleses e americanos. E, do alto de sua autoridade, defendendo que as palavras que introduziu são melhores que a de seus confrades do outro lado do mar.
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Em realidade, a atitude de Rivail foi apenas um preciosismo. Os mediunistas ingleses e norteamericanos seguiram nominando-se a si “espiritualistas” sem maiores sobressaltos. A distinção entre espiritualistas-mediunistas e demais religiosos (todos “espiritualistas) se faria (e se faz) pelo contexto. Se eu disser: “os espiritualistas ingleses rechaçam a reencarnação”, ninguém em são juízo imaginará que a referência seja a anglicanos, episcopais, luteranos…
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O que Kardec fez foi mais ou menos o que fizeram os Testemunhas de Jeová. Dizem estes que Deus tem que ser reconhecido pelo seu nome verdadeiro, pois “deus” é um nome genérico e pode servir para Baal, Mamon, Asera, Júpiter, Odin… Assim, na visão jeovista, se alguém clamar a Deus pode aparecer Oxalá, Apolo, Cupido, ou mesmo o Cão. O caso é que, assim como a ideia de Kardec só vingou para a doutrina por ele fundada, Jeová só serve para as testemunhas dele. Coitados, nem sabem (ou se sabem ficam caladinhos) que seu patriarca (Charles Russel) entendia pouco de Bíblia e não tinha conhecimento de que “Jeová” é uma palavra artificial, criada na Idade Média, pela junção de Iavé (nome hebraico de Deus) e Adonai.
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NVF: É o que se depreende claramente de uma interpretação sistemática de toda a Obra de Kardec, sobretudo a partir da leitura de “O Céu e o Inferno”, nos capítulos IX, 13, 14, 15 e 20; e capítulo X, 3, 4 e 5.
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Para ilustrar, destaca-se trechos do item 4, do capítulo X, que abordam a visão da Igreja:
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COMENTÁRIO: nos capítulos 9 e 10 de Céu e Inferno Kardec contesta a doutrina dos demônios. Acontece que Rivail não era bom exegeta e desconhecia certas peculiaridades da história dos hebreus, então, em certos trechos diz coisas que não têm nada a ver. Como exemplo, vejamos um pedaço do capítulo 9:
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KARDEC: 5. – O DUPLO PRINCÍPIO DO BEM E DO MAL FOI, DURANTE MUITOS SÉCULOS, E SOB VÁRIOS NOMES, A BASE DE TODAS AS CRENÇAS RELIGIOSAS. Vemo-lo assim sintetizado em Oromase e Arimane entre os persas, EM JEOVÁ E SATÃ ENTRE OS HEBREUS. Todavia, como todo soberano deve ter ministros, as religiões geralmente admitiram potências secundárias, ou bons e maus gênios. Os pagãos fizeram deles individualidades com a denominação genérica de deuses e deram-lhes atribuições especiais para o bem e para o mal, para os vícios e para as virtudes. Os cristãos e os muçulmanos herdaram dos hebreus os anjos e os demônios.
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COMENTÁRIO: Kardec está correto em parte: “duplo princípio” vigorou em várias religiões e parece tinha função de manter o cosmo em equilíbrio: com forças equivalentes digladiando entre si não haveria vencedor nem vencido e tudo daria certo. No entanto, no que tange aos hebreus esse duplo princípio não vigorava. O demônio entra na mentalidade judaica tardiamente, após o retorno do exílio, mas nunca se tornou um concorrente de mesmo nível com Deus. Em todo o antigo testamento o que se vê é Javé regendo a nação isoladamente, sem nenhum capeta para perturbá-lo.
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Outro trecho ilustrativo, ainda no capítulo 9 de Céu e Inferno:
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segundo a Igreja, Deus não é infalível! (1).
(1) Esta doutrina monstruosa é corroborada por Moisés, quando diz (Gênese, cap. VI, vv. 6 e 7): “Ele se arrependeu de haver criado o homem na Terra e, penetrado da mais intima dor, disse: Exterminarei a criação da face da Terra; exterminarei tudo, desde o homem aos animais, desde os que rastejam sobre a terra até os pássaros do céu, porque me arrependo de os ter criado.” Ora, um Deus que se arrepende do que fez não é perfeito nem infalível; portanto, não é Deus. E são estas as palavras que a Igreja proclama! Tampouco se percebe o que poderia haver de comum entre os animais e a perversidade dos homens, para que merecessem tal extermínio.
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COMENTÁRIO: dizer que “para a Igreja” Deus não é infalível é briga para seis meses. Certamente os católicos sabem bem se defender. O que interessa considerar agora é a “doutrina monstruosa”, qual é ela? É atribuir a Deus sentimentos humanos. Ora, isso não era doutrina, era a visão de Deus que tinha o homem primitivo. Em termos exegéticos é preciso considerar a mentalidade vigente naqueles tempos para entender o sentido dessas expressões. Kardec as toma literalmente (e era literal para os antigos) e acusa a Igreja de manter tal pensamento na atualidade.
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NVF: Portanto, CONCLUI-SE QUE PARA A DOUTRINA DA IGREJA, A ALMA DOS HOMENS NÃO PODEM SE COMUNICAR COM OS VIVOS. Nisso reside a preocupação de Kardec em utilizar um termo diverso de Espiritualismo para a crença nos espíritos como a alma dos homens. Logo, não pretendeu com isso eliminar outras escolas espíritas. […]
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COMENTÁRIO: aqui o dignissímo mestre diz coisa coerente: realmente, para as igrejas cristãs o espírito de morto não comunica. No entanto, adiante o respeitabilíssimo orientador fala outra coisa:
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NVF: O Catolicismo e as religiões protestantes jamais poderiam ser Espiritismo, pois não trazem os dois mencionados requisitos, já que PARA ELES NÃO HÁ ESPÍRITOS, MAS DEMÔNIOS, e a alma dos homens não podem se comunicar com os vivos.
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COMENTÁRIO: parece misturar alma com espírito, e transforma este (o espírito) em discípulo do capiroto. Essas postulações (alma e espírito) são diferentes para o kardecismo e para o cristianismo, portanto, seria bom especificar sob que sentido se pronuncia. Diferente do que pensa NVF, para o cristianismo as almas dos homens existem (e são espíritos, embora em concepção distante da kardecista. Também existem outras categorias de espíritos), só que as almas dos homens (como bem percebeu nvf) não comunicam. A concepção teológica cristã da constituição do ser propõe: corpo, alma e espírito. Para o kardecismo o que há é: corpo, espírito (encarnado ou desencarnado) e perispírito. Só aí já há uma diferença estúpida.
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Quanto aos demônios, para a maioria dos cristãos, seriam anjos decaídos, perenemente revoltados contra Deus e que volta e meia estão a infernizar a vida dos que dão mole com eles. Essa concepção facilita classificar as manifestações espiritistas de ação demoníaca. Isso nada mais é que explicar o confuso com o complicado. As mediunidades espiritistas são advindas do psiquismo do médium e isso pode ser demonstrado com testagens adequadas que, infelizmente, os maiores interessados não realizam. Sempre que se propõe algo assim ao Arduin ele lembra que deixou o feijão no fogo e desconversa.
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NVF: Com isso, então, KARDEC NÃO QUIS DIZER QUE ALGUÉM QUE CRÊ EM ESPÍRITOS, MAS NÃO SEGUE SUA DOUTRINA, NÃO SERÁ UM VERDADEIRO ESPÍRITA. Não! Jamais quis dizer isso. Na verdade, sua preocupação foi em separar Espiritismo da doutrina dos demônios professada pela Igreja.
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COMENTÁRIO: se foi isso que Kardec quis dizer é assunto para melhor investigação, mesmo assim a pretensão foi destacar sua doutrina mediúnica da dos anglossaxões, em vez de fugir de “perseguições”.
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NVF: A ÚNICA PREOCUPAÇÃO de Kardec estava em deixar claro que os Espíritos nada mais são que a alma dos homens; que esta, sim, pode se comunicar com os vivos e que qualquer crença nisso será uma espécie de Espiritismo.
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COMENTÁRIO: se fora esta a “única” preocupação de Kardec, porque nvf afirmou em outra parte: “A GRANDE PREOCUPAÇÃO DE KARDEC não era em restringir o espiritismo a sua obra, mas em não aumentar as perseguições da Igreja ao seu trabalho..”?
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Fico por aqui antes que a embolada embole mais…
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Saudações
julho 11th, 2013 às 12:30 AM
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MARCIANOMontalvão, obrigado pelas respostas. Você deve ser um espírito mais-que-perfeito, dá respostas mais lógicas do que as dos espíritos superiores.
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COMENTÁRIO: e quem você acha que assessorou Kardec disfarçado de “espírito da verdade”? Vou me recolher em decúbito frontal e meditar outros retornos elucidativos… Regressarei tão logo seja evocado por qualquer médium quase inteiro…
julho 11th, 2013 às 12:32 AM
Já conhecia o vídeo, Biasa.
Foi bom rever e uma chance pra quem não conhecia.
Bichinho malandro.
E não é vegetariano também.
Coisas da seleção natural.
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NVF, também conheço a passagem:
Eclesiastes, capítulo 3, versículo 19 Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os animais; porque tudo é vaidade.
20 Todos vão para um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão.
21 Quem sabe se o espírito dos filhos dos homens vai para cima, e se o espírito dos animais desce para a terra?
julho 11th, 2013 às 12:34 AM
Não sei se sabem: o Hermínio Miranda morreu por esses dias, o próximo vai ser o Luciano, isso se eu não for antes… com a gripe marciana que me assola sinto a indesejada me rondando eufórica…
julho 11th, 2013 às 12:47 AM
Até agora, prova da existência de ‘espiritos’ nada.
julho 11th, 2013 às 12:50 AM
Não concordo nem um pouco com essa história de que Kardec “criou” o termo espiritismo para se resguardar dos ataques da igreja. Não, isso não é correto. Em primeiro lugar, porque, como falei “n” vezes aqui, Kardec empregou o termo spiritism, que circulava nos Estados Unidos e depois na Inglaterra (e que tinha lá um sentido algo pejorativo) como uma jogada de marketing para definir a doutrina que havia fundado. Simplesmente nacionalizou a palavra para spiritisme e assim chamou a Doutrina dos Espíritos, ou seja, aquilo que ele dizia ter codificado (e que para mim foi criado, inventado por ele), para evitar a anfibologia com o termo espiritualismo. Em segundo lugar, porque Kardec nunca se opôs radicalmente à igreja. Pelo contrário, durante toda a sua vida manteve uma relação cautelosa com ela, porque acreditava que mais dia menos dia a igreja iria se convencer da realidade dos fenômenos espíritas. Não sou eu que digo isso, isso está em Laboratories of Faith, de John Warne Monroe, em que ele explica em detalhes e com riqueza de dados o processo de criação do espiritismo. Após a morte de Kardec e a ascensão de Leymarie como líder espírita é que o movimento espírita mudou de rumo. Kardec era de origem católica, oriundo da burguesia profissional da época (equivalente hoje ao alto funcionalismo público e profissionais liberais), enquanto Leymarie era de origem operária e criado num ambiente muito mais anticlerical. E tem mais: antes de virar Kardec, Rivail atuou (com sucesso) como guarda-livros, hoje contador, de diversas firmas, inclusive um jornal católico, Le Siècle. É difícil sustentar essa tese de defesa dos ataques da igreja, uma vez que a doutrina espírita que ele criou tinha um forte componente católico, já que muitos “espíritos superiores” que o teriam assessorado eram santos católicos, como São Luís, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São João Evangelista, fora outros católicos ilustres como o padre Lacordaire, Fénelon, São João Batista Vianney etc. Assim como a forma de caridade pregada pelo espiritismo era derivada da caridade católica de São Vicente de Paulo e outros. Portanto, acredito que Kardec visava uma espécie de “terceira via” entre a ciência e a religião, como forma de incluir a igreja num futuro não muito distante nas fileiras espíritas.
julho 11th, 2013 às 1:08 AM
Montalvão,
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“COMENTÁRIO: aqui cabe bem a expressão gaúcha: “que baita confusão, tchê!”. Primeiro que na concepção cristão anjos também podem comunicar, desde que em missão especial.”
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Mas anjos são seres a parte na criação. Não são a alma dos homens, são? Se não são a alma dos homens, não são espíritos. Também, para a ICAR, os Anjos não perderiam seu tempo com isso. Tá lá no texto que eu trouxe uma citação nesse sentido:
““Quais são os agentes secretos desses fenômenos, os verdadeiros atores dessas cenas inexplicáveis? Os anjos, esses não aceitariam tais papéis indignos, como também não se prestariam a todos os caprichos da curiosidade.
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As almas dos mortos, que Deus proíbe evocar, essas demoram no lugar que lhes designa a sua justiça, e não podem, sem sua permissão, colocar-se às ordens dos vivos. Assim, os seres misteriosos que acodem ao primeiro apelo do herege, do ímpio ou do crente – o que importa dizer da inocência ou do crime – não são nem enviados de Deus, nem apóstolos da verdade e da salvação, porém fatores do erro e agentes do inferno. Apesar do cuidado com que se ocultam sob os mais veneráveis nomes, eles traem-se pela nulidade das suas doutrinas, pela baixeza dos atos e incoerência das palavras.””
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“Ao dizer que espiritualismo é o oposto do materialismo ele não está definindo nada, apenas introduzindo outro conceito que pede também definição (materialismo).”
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É porque vc pegou o trecho isolado. Kardec já havia antes explicado bastante sobre os conceitos.
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Quanto ao verdadeiro significado de Espiritualismo, parece que Kardec criou novos conceitos. Assim como “médium” no magnetismo mesmerista queria dizer outra coisa, até Kardec mudar.
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Mas como estamos analisando a coerência interna de Kardec,fiquemos com seus conceitos, nesse caso.
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“Por outro turno, nada vi na codificação que leve a essa alegação de que o termo “espiritismo” tinha por fulcro “evitar perseguições pela Igreja”.”
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Dando um lida geral na obra, sobretudo no “O Que é o Espiritismo” e em “O Céu e o Inferno”, a gente extrai isso, a partir de uma interpretação teleológica. Na verdade não é evitar perseguições da Igreja, nesse sentido tão pesado, mas evitar a confusão, para não “se sentirem ofendidos”, já que pra eles só demônios podem se comunicar ostensivamente.
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” Kardec entendeu que o uso do “espiritualismo” causaria confusão em alguns discursos, visto que o espiritualista tanto pode crer que espíritos se manifestem quanto não crer. Assim, na concepção de Rivail Denizard, quem falasse do assunto e quisesse ser claro, teria de acrescentar:
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“é um ESPIRITUALISTA que crê, ou não crê, nos espíritos.” [acho que aí se pode ver implícita a palavra “comunicação”: “é um ESPIRITUALISTA que crê, ou não crê, nos espíritos [comunicantes].””
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Talvez com um exemplo fique mais claro: O católico é espiritualista, pois crê que sua existência não termina com a morte do corpo, mas não acredita nos espíritos e em suas comunicações. Para a Bíblia, o que se comunica com os médiuns são demônios, disfarçados de gente ou não.
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Espírito: alma dos homens. Para a Bíblia, a alma dos homens vai pro céu ou vai pro inferno, apenas essas duas opções (sem mencionar o limbo e o purgatório).
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“Ele está nos orientando que não basta crer em espíritos para ser espírita, tem que crer nas manifestações desses. Neste caso, os espiritualistas ingleses também são espíritas, visto crerem nos desencarnados e também “nas manifestações”. E, estes, os angloamericanos, se saem muito bem chamando a si mesmos “espiritualistas”… curioso, não?”
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Sim, tanto que Kardec falou que os americanos apesar de se chamarem Espiritualistas, são na verdade Espíritas. Quando se chamam de Espiritualistas, acabam se confundindo com os Católicos e os Protestantes também. Não está errado falar Espiritualista, mas causaria menos confusão utilizar um conceito mais preciso quanto a crença nos espíritos comunicantes.
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“COMENTÁRIO: parece que Kardec fala de alguma doutrina que admita um mundo espiritual, mas sem espíritos desencarnados. Estaria falando do panteísmo?”
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O conceito de espírito em Kardec é estritamente ligado a alma dos homens que pode se comunicar. Para o Espiritualismo, como o Catolicismo, a gente morre e vai pro céu ou pro inferno. A Bíblia proíbe a comunicação com os mortos, até porque os mortos não vagariam entre nós.
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“COMENTÁRIO: esse negócio de “ir além” parece pressupor evolução, no entanto, não há nada indo “além”.”
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Mas não quer dizer evolução. Quer apenas dizer que existe mais detalhes na crença Espiritismo.
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“COMENTÁRIO: Kardec está ilustrando que, no início o espiritualismo dizia tudo, tanto para ingleses quanto franceses, depois ele (Kardec) entendeu que era melhor criar termo novo para especificar a “nova doutrina”. Não há nada no texto de Rivail que dê, minimamente que seja, a ideia de proteger-se contra perseguição católica. Se Rivail pretendia se resguardar não seria por aí. Ele queria sim resguardar seu ensinamento, guardando-o sob denominação especial.”
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A ideia de preocupação com a ICAR foi uma hipótese minha, extraída da preocupação constante de Kardec em diferenciar Espiritismo da “Doutrina dos Demônios”, como ele chamou. Se dermos uma olhada no índice dos livros, vamos ver que o tema é recorrente.
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“KARDEC: As palavras Espiritualismo e espiritualista, aplicadas às manifestações dos Espíritos, não são mais empregadas hoje, senão pelos adeptos da escola dita americana.
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COMENTÁRIO: Então, Kardec está sim distinguindo seu ensino do dos ingleses e americanos. E, do alto de sua autoridade, defendendo que as palavras que introduziu são melhores que a de seus confrades do outro lado do mar.”
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Não. Kardec está dizendo apenas que a escola espírita americana não se importou em evitar a confusão de palavras. Não está dizendo que a dele é melhor, ao menos nessa parte da obra.
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“NVF: A ÚNICA PREOCUPAÇÃO de Kardec estava em deixar claro que os Espíritos nada mais são que a alma dos homens; que esta, sim, pode se comunicar com os vivos e que qualquer crença nisso será uma espécie de Espiritismo.
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COMENTÁRIO: se fora esta a “única” preocupação de Kardec, porque nvf afirmou em outra parte: “A GRANDE PREOCUPAÇÃO DE KARDEC não era em restringir o espiritismo a sua obra, mas em não aumentar as perseguições da Igreja ao seu trabalho..”?”
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Aí você está tentando achar defeitos meramente formais, que não comprometem a essência, para desqualificar meus argumentos. No entanto, eu sei que você compreendeu o que eu quis dizer.
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No mais, nesse mini e humilde artigo que você comentou, eu tentei negar que Kardec teria restringido Espiritismo a sua obra, como defendem os espíritas ortodoxos.
julho 11th, 2013 às 1:14 AM
Toffo,
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Nesse mini artigo, tentei sustentar uma hipótese minha, já que Kardec insiste em desqualificar a doutrina dos anjos, demônios, milagres, etc.
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Mas sua hipótese parece pra mim fazer tanto sentido quanto a minha.
julho 11th, 2013 às 1:16 AM
19. Quoniam sors filiorum hominis et iumentorum una est atque eadem: sicut
moritur homo, sic et illa moriuntur; et idem spiritus omnibus: nihil habet homo
iumento amplius, quia omnia vanitas.
20. Et omnia pergunt ad unum locum: de terra facta sunt omnia, et in terram
omnia pariter revertuntur.
21. Quis novit, si spiritus filiorum hominis ascendat sursum, et si spiritus
iumentorum descendat deorsum in terram?
julho 11th, 2013 às 1:19 AM
NFV, vc é SOLIPSISTA?
julho 11th, 2013 às 6:29 AM
NeVeFê, o trecho da biografia de Kardec, infelizmente anônima no sítio diz:
Era membro de várias sociedades sábias, entre outras da Academie Royale d’Arras, que, em seu concurso de 1831, o premiou por uma dissertação notável sobre esta questão: “Qual é o sistema de estudos mais em harmonia com as necessidades da época?”
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Pelo que entendi, as ditas “sociedades sábias” seriam grupos de intelectualizados e sorbonizados comuns, sem nada de “secreto” ou “esotérico”.
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Eu penso que Carlos Imbassahy (o pai, o filho… mais ou menos), Hermínio C. Miranda, Wilson Garcia, Gelio L. Silva, Hernani G. Andrade, Nazareno Tourinho, e outras tantas figuras eu “confiaria”. Veja bem, o do contra, que nenhum autor é perfeito e também comete o seus lapsos, coisa que você parece desconhecer.
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Desculpe a demora na resposta, mas tenho de trabalhar.
julho 11th, 2013 às 11:23 AM
Contra o Chiquismo,
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Não sou solipsista. Apenas me esforço para não ser autômato, ou seja, não ficar repetindo argumentos de céticos ou religiosos. Tento elaborar minhas hipóteses. Se eu estiver errado, paciência. Pelo menos tentei pensar sozinho, sem idolatrar quem quer que seja.
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As pessoas costumam dizer: “como ousa contestar o ilustre fulano de tal?” Isso é argumento de autoridade, quando o que importa é o conteúdo, mesmo que dito por um PHD em alguma coisa.
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Não importa os títulos de quem disse. Importa o que ele disse.
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Apenas exercito a reflexão. Se você discorda: liberdade de expressão sua, que está mais ligada ao direito de dizer “não”.
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Obrigado por discordar. Assim me ajuda a refletir mais.
julho 11th, 2013 às 11:24 AM
Arduin,
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“Veja bem, o do contra, que nenhum autor é perfeito e também comete o seus lapsos, coisa que você parece desconhecer.”
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Se referiu a mim?
julho 11th, 2013 às 11:25 AM
Aliás, Arduin, *se dirigiu a mim?
julho 11th, 2013 às 11:32 AM
“Eu penso que Carlos Imbassahy (o pai, o filho… mais ou menos), Hermínio C. Miranda, Wilson Garcia, Gelio L. Silva, Hernani G. Andrade, Nazareno Tourinho, e outras tantas figuras eu “confiaria”. Veja bem, o do contra, que nenhum autor é perfeito e também comete o seus lapsos, coisa que você parece desconhecer.”
A QUESTÃO É: ELES ESCREVEM POR ELES MESMOS OU ESCREVEM O QUE OS ‘espiritos’ DITAM?
SE FOR POR ELES MESMOS, É FÁCIL VC DIZER QUE ELES NÃO SÃO PERFEITOS E ASSIM MINIMIZAR OS ERROS DELES.
SE FOR PELOS ‘espiritos’ AÍ COMPLICA, POIS QUE OS “DESENCARNADOS” DE ELEVAÇÃO SUPERIOR MORAL E INTELECTUAL NÃO PODEM DITAR BESTEIRAS. QUAL DESSES AUTORES ACEITARIA ESCREVER UMA OBRA DITADA PELO PC FARIAS? SÓ ESCREVEM INSPIRADOS POR “ESPIRITOS SUPERIORES”
ACHO QUE NÃO TEM COMO VC FUGIR DO ESPIRITISMO A BRASILEIRA. A NÃO SER QUE VC FUNDE UMA NOVA SEITA ESPÍRITA LIVRE DE KARDEC E CX.
SR BOTÂNICO ( A PARTIR DE AGORA ‘SEU BOTA’), NÃO TE CONSTRANGE AO INICIAR UMA SESSÃO PÚBLICA LER A PÁGINA DE PREPARAÇÃO DA REUNIÃO ANTES DA ORAÇÃO?
99% DESSAS PÁGINAS SÃO DOS LIVROS DO CX COMO O “PAI NOSSO”, ” CX PEDE LICENÇA”, “VINHA DE LUZ”, “MENSAGENS DE LUZ”, QUASE TODOS POR EMMANUEL E A. LUIZ QUE NÃO EXISTEM.
VC NESSA HORA DA LEITURA DESSAS PÁGINAS, NÃO LEMBRA DA GENTE AQUI? ISSO NÃO TE CONSTRANGE?
VC NÃO TERIA A CORAGEM DE ACEITAR O CARGO DE ‘DIRIGENTE, DIRETOR, OU PRESIDENTE’ DO TEU C.E. E MUDAR AS COISAS COMO VC TANTO PREGA POR AQUI ?
O QUE VC AINDA FAZ NUMA CASA CHIQUISTA/KARDECISTA?
VC NÃO TEM ‘FÉ’ PRA ACREDITAR QUE FOI O ESCOLHIDO PARA MUDAR AS COISAS NO BRASIL?
VC NÃO TERIA FÉ DE SE TORNAR UM MÁRTIR DA CAUSA ‘ESPIRITA’ E PAGAR COM A PRÓPRIA VIDA A OUSADIA DE MUDAR QUE NEM FEZ O PAPA JOÃO PAULO 1º ?
CARA, É FÁCIL FICAR NA ZONA DE CONFORTO, FAZER A CARIDADE BOTANDO SOMENTE A MÃO NO BOLSO SENDO UM COLABORADOR DA CASA ‘ESPIRITA’ TODO MÊS OU DANDO SOPA E ROUPA VELHA AOS POBRES.
QUERIA VER UM ATO DE AÇÃO PRÁTICA SUA EM VEZ DE FICAR SÓ DEFENDENDO A PIPER. POR QUE NÃO FUNDA UM CENTRO PIPERISTA? POR QUE NÃO FUNDA O PIPERISMO?
PENSE SEU BOTA, PENSE.
ABRAÇO!
julho 11th, 2013 às 3:55 PM
Realmente, existe um paradoxo (e uma contradição) na doutrina espírita. Ela ensina que os espíritos mais próximos da matéria são mais suscetíveis de se comunicar, dada a proximidade “fluídica” (para se usar um termo da doutrina), em função dos “fluidos espirituais” e da afinidade com os médiuns de carne e osso. Assim, quanto mais evoluídos e distanciados da matéria, mais difícil se tornaria a comunicação com os terrestres, já que a depuração dos “fluidos espirituais” seria um complicador na captação das mensagens, pela falta de afinidade com a matéria grosseira. Ou seja, os “espíritos de luz” seriam tão depurados que a sua comunicação se tornaria quase impossível. Espíritos de luz de verdade, bem entendido, bem distantes da craveira ordinária do nosso mundo, e seriam esses que ditariam os “ensinos morais” para os homens. Isso no discurso. Na prática, o que se vê por aí, e mesmo nas “obras básicas”, é que o conhecimento trazido pelos “espíritos superiores” não fica muito distante daquilo que é produzido aqui mesmo, na terrinha. Ou seja, os espíritos comunicantes são muito mais próximos da matéria e, assim, tão falhos quanto os homens. Como não existem médiuns perfeitos, o ensino “superior” fica bastante prejudicado, não acham? Por isso acho que a doutrina espírita, conceitualmente falando, é de uma inutilidade atroz, porque se é para se conseguir ensino de qualidade, podemos encontrá-lo aqui na terra mesmo, sem precisar aferir se os espíritos são “superiores” ou não. Quer dizer, pela própria lógica do espiritismo, as comunicações obtidas seriam na maior parte de espíritos tão comuns quanto nós homens, porque espíritos como Jesus e outros jamais se comunicariam com os vivos.
julho 11th, 2013 às 4:10 PM
“Carlos Imbassahy (o pai, o filho… mais ou menos), Hermínio C. Miranda, Wilson Garcia, Gelio L. Silva, Hernani G. Andrade, Nazareno Tourinho, e outras tantas figuras eu “confiaria”.”
…
Também já confiei nesses aí, li dezenas de livros deles, com aquela sensação esfuziante de estar lendo, enfim, algo de sensato e “científico” no movimento espírita. Mais tarde, quando resolvi fazer uma análise mais profunda de tais obras, vi que elas são bem intencionadas e tem bastante informação útil, mas falham no seu propósito fundamental: validar empiricamente o espiritismo. Já disse aqui e vou dizer de novo: Onde posso encontrar um CE ou um médium que se dedique ou que permita que se faça com ele um trabalho científico? Não encontrei até hoje. Lá no Irmão Kamura, onde eu ia há cerca de uns 12 anos atrás, diziam ocorrer fenômenos de materializações extraordinários ( médium Benedito Cosme), mas, ao longo de décadas de sessões e fenômenos, sabe quanto foi registrado em áudio, fotos, vídeo, super 8, vídeo cassete? NADA, ZERO! Ou seja, o que ocorria lá nada tinha de diferente, pois é inconcebível que ao menos um dos milhares de assistentes das sessões não tenha registrado nada. O Hernani Guimarães era tão empolgado que chegava a compor equações matemáticas e gráficos para descrever o espírito, o perispírito e outras coisas “espirituais”, mas e aí? Ele não fazia mais que tratar a crença dele como se fosse ciência, um trabalho inútil e estéril, ele passou a vida inteira elaborando fórmulas e fazendo pesquisas, qual o resultado disso? Zero! Como sempre. Cheguei a ver trabalhos de “vidas passadas” com expressões de física quântica…risíveis é claro, já que nenhuma delas incorporava a constante de plank( obrigatória em qualquer equação de física quântica), é impressionante os malabarismos que certas pessoas leigas, mas com algum conhecimento das ciências, fazem para impressionar e dar algum ar científico às suas idéias. A tal “ciência espírita” é uma coisa de pândegos, não funciona, não tem resultados, não tem continuidade, não tem nada além de embromação. Quando eu estava no primeiro ano da faculdade, certos professores pediam trabalhos não muito importantes para incrementação das notas, nós fazíamos em grupo e a regra era encher o trabalho de imagens e gráficos para encher linguiça e dar um ar de que o trabalho era robusto e sério, sempre nos dávamos bem, é o que esses sujeitos aí faziam e fazem o tempo todo. Provas reais, reproduzíveis, trabalhos verdadeiramente científicos: NADA. Ah, tem o Crookes e a Sra. Piper, ok, vou lá tomar uma dose de rum creosotado e depois volto….
julho 11th, 2013 às 4:17 PM
Só no caso aí da biografia do Kardec, Sr NeVeFê…
No caso dos autores, referi-me aos que citei na lista dos “confiáveis”. Bem, ninguém precisa concordar comigo.
julho 11th, 2013 às 4:21 PM
“Quer dizer, pela própria lógica do espiritismo, as comunicações obtidas seriam na maior parte de espíritos tão comuns quanto nós homens, porque espíritos como Jesus e outros jamais se comunicariam com os vivos.”
– Está certo, Sr Ex-Toffado, afinal qual a necessidade de espíritos do nível de Jesus e os superiores em geral se comunicarem DIRETAMENTE? Eles podem muito bem mandar um recado através dos menos categorizados…
julho 11th, 2013 às 4:24 PM
Otávio, Imperador de Roma, vamos deixar claro umas coisas? A comunidade cética já avisou que fotografias, filmes, vídeos, gravadores, câmara infravermelha, arquivos digitais, ambiente controlado, médium fiscalizado, etc e tal NADA PROVAM a favor do que o Espiritismo postula. Alegam que tudo isso pode ser fraudado em maior ou menor grau. Já que o pessoal cético não nos diz o que provaria alguma coisa, por que deveríamos perder nosso tempo com essa gente?
julho 11th, 2013 às 4:59 PM
Chico Xavier era médium, charlatão ou louco?.
Médium. 77.77% (1,963 votos) .
Charlatão. 6.46% (163 votos).
Louco. 5.31% (134 votos).
Indecisos. 10.46% (264 votos).
Tem que realmente se respeitar o cara, pois ele consegue ser visto como um mito e até mesmo “santo” por algumas pessoas, quando na verdade ele foi um suposto médium que não se difere muito dos outros, talvez por ele “Psicografar” e também pelo carisma o fato é que o cara é “Pop” ele é visto como sendo único pelos seus adoradores e isso causa uma certa irritação porque não vimos de fato uma prova concreta de que ele foi legitimo, mas pelo que vejo por aqui o Biasetto tem feito levantamentos interessantes sobre esse cara, embora eu discorde de algumas matérias, acho que haverá muuuuuuuuuuuuuuuuuuito!!! para se discutir em torno dessa figura e nuuuuuuuuuuunca!!! chegaremos a um veredito final, com exessão é claro dessas pessoas conforme mostra a pesquisa acreditam que ele foi um médium de fato.
julho 11th, 2013 às 5:10 PM
Seu Bota, deixou passar o meu comentário ou te balançou e vc está respirando pra responder com mais calma?
julho 11th, 2013 às 5:24 PM
Pra mandar recado, Arduin, os encarnados o fazem melhor.
julho 11th, 2013 às 5:57 PM
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NVF: Mas anjos são seres a parte na criação. Não são a alma dos homens, são? Se não são a alma dos homens, não são espíritos. Também, para a ICAR, os Anjos não perderiam seu tempo com isso. Tá lá no texto que eu trouxe uma citação nesse sentido:
“Quais são os agentes secretos desses fenômenos, os verdadeiros atores dessas cenas inexplicáveis? Os anjos, esses não aceitariam tais papéis indignos, como também não se prestariam a todos os caprichos da curiosidade.”
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COMENTÁRIO: tá certo, eu não havia visto que era um cardeal (autoridade eclesiástica) o dono do pronunciamento, pensei fosse Kardec interpretando o ensino da Igreja. De qualquer modo, os anjos, na teologia bíblica, são mensageiros de Deus, portanto comunicam. Porém, o que Kardec está dizendo é que não comunicam segundo fazem os espíritos em ambientes mediúnicos e nisso está correto. Por outro lado, teríamos de verificar hoje em dia qual a posição católica a respeito dos demônios. Oficialmente continua o mesmo: demônios são anjos rebeldes, condenados e safados. Mas já se vê quem postule uma idealização simbólica para essas figuras.
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(Citando Montalvão): “Por outro turno, nada vi na codificação que leve a essa alegação de que o termo “espiritismo” tinha por fulcro “evitar perseguições pela Igreja”.”
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NVF: Dando um lida geral na obra, sobretudo no “O Que é o Espiritismo” e em “O Céu e o Inferno”, a gente extrai isso, a partir de uma interpretação teleológica. Na verdade não é evitar perseguições da Igreja, nesse sentido tão pesado, mas evitar a confusão, para não “se sentirem ofendidos”, já que pra eles só demônios podem se comunicar ostensivamente.
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COMENTÁRIO: se a leitura geral mostra isso então há incoerência interna na doutrina, pois fica claro, pelos trechos que citei, e outros (se quiser exemplifico) que a ideia de Rivail era circunscrever sua doutrina de modo bem definido, a fim de que não se confundisse com qualquer outra, mesmo que essas outras fossem de índole mediúnica.
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(Citando Montalvão): Kardec entendeu que o uso do “espiritualismo” causaria confusão em alguns discursos, visto que o espiritualista tanto pode crer que espíritos se manifestem quanto não crer. Assim, na concepção de Rivail Denizard, quem falasse do assunto e quisesse ser claro, teria de acrescentar: “é um ESPIRITUALISTA que crê, ou não crê, nos espíritos.” [acho que aí se pode ver implícita a palavra “comunicação”: “é um ESPIRITUALISTA que crê, ou não crê, nos espíritos [comunicantes].””
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NVF: Talvez com um exemplo fique mais claro: O católico é espiritualista, pois crê que sua existência não termina com a morte do corpo, mas não acredita nos espíritos e em suas comunicações. Para a Bíblia, o que se comunica com os médiuns são demônios, disfarçados de gente ou não.
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COMENTÁRIO: creio que há uma certa confusão nessa sentença. Os católicos, até onde sei, acreditam em “espíritos” (almas de mortos, anjos, demônios) porém refutam que as almas de falecidos tenham a capacidade de comunicar. No entanto, “para a Bíblia” não há comunicação com médiuns, as escrituras não laboram com essa figura. Há certas traduções em que o termo “médium” se acha em algumas passagens, notadamente naquelas em que a imagem negativa do medianeiro fica patenteada. Mas essa versão não parece adequada, melhor ficaria, creio, a expressão “necromante”, que era a denominação dos que consultavam os mortos no antigamente.
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Espírito: alma dos homens. Para a Bíblia, a alma dos homens vai pro céu ou vai pro inferno, apenas essas duas opções (sem mencionar o limbo e o purgatório).
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COMENTÁRIO: limbo e purgatório não são explicitamente referidos na Bíblia. A sustentação para essas concepções se baseia em inferências indiretas.
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(Citando Montalvão): “Ele está nos orientando que não basta crer em espíritos para ser espírita, tem que crer nas manifestações desses. Neste caso, os espiritualistas ingleses também são espíritas, visto crerem nos desencarnados e também “nas manifestações”. E, estes, os angloamericanos, se saem muito bem chamando a si mesmos “espiritualistas”… curioso, não?”
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NVF: Sim, tanto que Kardec falou que os americanos apesar de se chamarem Espiritualistas, são na verdade Espíritas. Quando se chamam de Espiritualistas, acabam se confundindo com os Católicos e os Protestantes também. Não está errado falar Espiritualista, mas causaria menos confusão utilizar um conceito mais preciso quanto a crença nos espíritos comunicantes.
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COMENTÁRIO: o que demonstra que o uso de “espiritismo” para a doutrina que lucubrou foi preciosismo da parte de Kardec. Talvez a melhor sugestão nesse quesito fora a de Aksakof, para ele a expressão adequada para especificar os fenômenos seria “mediunismo” e derivados. Observe se o discurso de Kardec não se aproxima dos dos testemunhas de Jeová, estes dizem (mais ou menos): “falar ‘Deus’ confunde, pois não se sabe ao certo sobre que deus se pronuncia, o correto é identificar Deus de uma forma inequívoca, com um nome definido.”
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(Citando Montalvão): “parece que Kardec fala de alguma doutrina que admita um mundo espiritual, mas sem espíritos desencarnados. Estaria falando do panteísmo?”
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NVF: O conceito de espírito em Kardec é estritamente ligado a alma dos homens que pode se comunicar. Para o Espiritualismo, como o Catolicismo, a gente morre e vai pro céu ou pro inferno. A Bíblia proíbe a comunicação com os mortos, até porque os mortos não vagariam entre nós.
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COMENTÁRIO: não é como diz: para o espiritualismo mediúnico inglês e americano os mortos comunicam, e como comunicam! Kardec exagerou ao alegar que o termo “espiritualismo” causaria confusão. Os fiéis das várias agremiações religiosas não nomeiam a si “espiritualistas”, utilizam as denominações definidas para os grupos a que pertencem. Então um diz: “eu sou católico”; outro: “eu sou metodista”; “eu sou presbiteriano”, e assim por diante. Insisto: espiritismo foi preciosismo de Rivail e pretensão de dar à doutrina que elaborou personalidade própria.
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(Citando Montalvão): “COMENTÁRIO: esse negócio de “ir além” parece pressupor evolução, no entanto, não há nada indo “além”.”
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NVF: Mas não quer dizer evolução. Quer apenas dizer que existe mais detalhes na crença Espiritismo.
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COMENTÁRIO: mais detalhes certamente há, o espiritismo é melhor organizado que o espiritualismo inglês. Além disso, possui um corpo de doutrinas que não encontra reflexo noutras instituições mediúnicas (reencarnação evolutiva, pluralidade de mundos habitados, magnetismo, fluido universal, perispírito, etc). Da forma como estava a frase, pareceu-me que com “ir além”, pretendia dizer que o kardecismo seria mais “evoluído”.
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(Citando Montalvão): “COMENTÁRIO: Kardec está ilustrando que, no início o espiritualismo dizia tudo, tanto para ingleses quanto franceses, depois ele (Kardec) entendeu que era melhor criar termo novo para especificar a “nova doutrina”. Não há nada no texto de Rivail que dê, minimamente que seja, a ideia de proteger-se contra perseguição católica. Se Rivail pretendia se resguardar não seria por aí. Ele queria sim resguardar seu ensinamento, guardando-o sob denominação especial.”
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NVF: A ideia de preocupação com a ICAR foi uma hipótese minha, extraída da preocupação constante de Kardec em diferenciar Espiritismo da “Doutrina dos Demônios”, como ele chamou. Se dermos uma olhada no índice dos livros, vamos ver que o tema é recorrente.
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COMENTÁRIO: Kardec logicamente defendia-se contra a acusação de que ele e seus seguidores chamassem demônios pensando fossem espíritos evoluídos e inteligentes. Mas, não seria com um termo especial para designar suas reflexões que conseguiria isso. O grupo poderia ter a denominação que fosse e continuar acionando entidades capetíferas. Se a hipótese é exclusividade de sua lavra (sua de nkf), deveria melhor desenvolvê-la, pois talvez tenha descoberto algo que os que examinam a codificação não lograram ver. Por enquanto, a tese que defende não me soa bem fundamentada. Mas posso estar enganado, claro.
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“KARDEC: As palavras Espiritualismo e espiritualista, aplicadas às manifestações dos Espíritos, não são mais empregadas hoje, senão pelos adeptos da escola dita americana.
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(Citando Montalvão):COMENTÁRIO: Então, Kardec está sim distinguindo seu ensino do dos ingleses e americanos. E, do alto de sua autoridade, defendendo que as palavras que introduziu são melhores que a de seus confrades do outro lado do mar.”
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NVF: Não. Kardec está dizendo apenas que a escola espírita americana não se importou em evitar a confusão de palavras. Não está dizendo que a dele é melhor, ao menos nessa parte da obra.
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COMENTÁRIO: já nem sei mais “que parte da obra” estamos tratando, mas Rivail sempre que fala do assunto defende que os termos que adotou não mais eficientes para a identificação da doutrina.
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“NVF: A ÚNICA PREOCUPAÇÃO de Kardec estava em deixar claro que os Espíritos nada mais são que a alma dos homens; que esta, sim, pode se comunicar com os vivos e que qualquer crença nisso será uma espécie de Espiritismo.
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(Citando Montalvão):COMENTÁRIO: se fora esta a “única” preocupação de Kardec, porque nvf afirmou em outra parte: “A GRANDE PREOCUPAÇÃO DE KARDEC não era em restringir o espiritismo a sua obra, mas em não aumentar as perseguições da Igreja ao seu trabalho..”?”
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NVF: Aí você está tentando achar defeitos meramente formais, que não comprometem a essência, para desqualificar meus argumentos. No entanto, eu sei que você compreendeu o que eu quis dizer.
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COMENTÁRIO: não são defeitos meramente formais, são duas declarações distintas e conflitantes pela forma com que foram apresentadas: um mesmo aspecto (o nome da agremiação) ora é dito objetivar a demonstração de que os espíritos são almas dos que viveram na Terra, ora que tencionasse evitar perseguições da Igreja. Embora os dois objetivos não sejam contraditórios as afirmações são.
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NVF: No mais, nesse mini e humilde artigo que você comentou, eu tentei negar que Kardec teria restringido Espiritismo a sua obra, como defendem os espíritas ortodoxos.
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COMENTÁRIO: não vou afirmar que sua pesquisadora pessoa esteja equivocada, mas sugiro que amplie a reflexão e ilustre melhor os declarativos, assim transmitirá maior confiabilidade à tese que defende.
NVF: Contra o Chiquismo,
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Não sou solipsista. Apenas me esforço para não ser autômato, ou seja, não ficar repetindo argumentos de céticos ou religiosos. Tento elaborar minhas hipóteses. Se eu estiver errado, paciência. Pelo menos tentei pensar sozinho, sem idolatrar quem quer que seja.
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As pessoas costumam dizer: “como ousa contestar o ilustre fulano de tal?” Isso é argumento de autoridade, quando o que importa é o conteúdo, mesmo que dito por um PHD em alguma coisa.
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Não importa os títulos de quem disse. Importa o que ele disse.
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Obrigado por discordar. Assim me ajuda a refletir mais.
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COMENTÁRIO: nvf, do dito acima, nenhum reparo a fazer: é isso mesmo, o sujeito pode ser o bambambam do bumbumbum, mas necessário se faz examinar o discurso que apresenta, em vez de aceitá-lo sem reflexão unicamente baseado na autoridade do autor. Continue, pois está em bom caminho.
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Saudações herminianas.
(Obs,: pô, nem o Arduin chorou a morte de Hermínio, só eu dediquei-lhe algumas lágrimas e almejei que tenha ido para Nosso Lar, labutar no departamento de pesquisa, vinculado ao ministério do amor).
julho 11th, 2013 às 6:11 PM
Marcos Arduin Disse: Otávio, Imperador de Roma, vamos deixar claro umas coisas? A comunidade cética já avisou que fotografias, filmes, vídeos, gravadores, câmara infravermelha, arquivos digitais, ambiente controlado, médium fiscalizado, etc e tal NADA PROVAM a favor do que o Espiritismo postula. Alegam que tudo isso pode ser fraudado em maior ou menor grau. Já que o pessoal cético não nos diz o que provaria alguma coisa, por que deveríamos perder nosso tempo com essa gente?
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COMENTÁRIO: se fizerem um bom trabalho filmagem e fotografia vale sim, como comprovação, e muito. O que não vale é filmar e gravar parte do espetáculo, ocultar itens comprometedores, deixar o médium livre, leve e solto, sem qualquer controle condizente…
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Onde foi postado o aviso, pela comunidade cética, de que pesquisas bem realizadas não merecem crédito? Desconheço…
julho 11th, 2013 às 7:47 PM
Não, Arduin, o que acontece é que fotografias ridículas como aquelas do Ranieri, com o corpo em 3D e o rosto em 2D ( logicamente uma fotografia do morto sobreposta sobre um punhado de pano), de fato não provam nada, já os vídeos, gravações, câmaras infra-vermelhas, arquivos, ambientes controlados, médiuns fiscalizados, sim, podem provar muito, o problema é que NÃO SE TEM nada disso, o que se tem é um monte de lixo como os livros do Ranieri, as materializações de Uberaba e da Irmã Josefa, Padre Zabeu, Psicopictoriografia de Gasparetto, Psicografia musical de Irineu Gasparetto, que queimou tudo alegando que era mentira ( nem precisou de detratores, haha), trabalhos como os de Crookes e Sra. Piper, Eusápia Palladino, Dunglas Home, Mirabelli, a maioria com mais de 100 anos e SEM NENHUMA continuidade. Então, o que nada prova é a inércia confortável do Espiritismo em não querer provar, um comodismo bastante conveniente, mas a pergunta que eu faço: O Espiritismo acha que provar as coisas é “perda de tempo com essa gente”? Está certo, eu concordo que há céticos que nunca aceitam prova alguma, mas os espíritas não tem nem um pouco de vontade de provar, para eles mesmos, e não para os céticos, as suas postulações? Ou vale aquela velha conversa: Já estamos convencidos da veracidade do espiritismo, não precisamos de provas! Ora, isso também vale para os católicos, cientologistas, universo em desencanto, etc. Ou o Espiritismo desenvolve algum apreço maior pelo escrutínio de seus ditos fenômenos, ao menos para comprovação entre seus próprios adeptos, ou aceite de vez que em nada difere de qualquer outra religião, com a diferença de que as outras religiões são mais honestas, já que não alegam nenhuma cientificidade em suas crenças.
julho 11th, 2013 às 8:07 PM
Contra, eu já fiz as mesmas perguntas ao Arduin, com outras palavras. Quis saber como ele se relacionava com os chiquistas do centro que frequenta. A resposta dele não foi muito clara. Vamos ver agora.
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Otavio Ferreira, só de curiosidade, você é matemático, ou físico? Ou tem outra profissão de base matemática (tipo engenheiro)?
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Arduin disse:
. . . “qual a necessidade de espíritos do nível de Jesus e os superiores em geral se comunicarem DIRETAMENTE? Eles podem muito bem mandar um recado através dos menos categorizados…”
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A hierarquia espiritual seria escalonada nos moldes militares daqui da Terra? O oficial general dá uma ordem, a qual é transmitida a um oficial superior, depois retransmitida a um oficial intermediário, após isto, a um oficial subalterno e finalmente à tropa, aos praças?
julho 11th, 2013 às 8:14 PM
Engenheiro eletrônico, Marciano.
julho 11th, 2013 às 8:52 PM
(…) com a diferença de que as outras religiões são mais honestas, já que não alegam nenhuma cientificidade em suas crenças.
Lógico, essa é a diferença. As outras religiões são mais honestas pois não ficam tentando se legitimar alegando comprobabilidade científica para suas crenças.
E pior: alegam comprobabilidade mas fogem de qualquer experimentação como o Diabo da cruz!
julho 12th, 2013 às 12:18 AM
Martinez,
Estas pessoas que idolatram o Chico não conhecem os artigos do blog, nem outras fontes críticas.
Nunca pararam para pensar sobre histórias bíblicas, as incoerências do cristianismo e assim vai …
Estas pesquisas não me surpreendem em nada.
Em 90% dos centros espíritas, Chico Xavier é o máximo da mediunidade, da santidade e da sabedoria.
Se as pessoas soubessem, ahh!!! se soubessem …
–
Você diz que tem muito a pesquisar e nunca saberemos.
Pois te digo, que Chico Xavier foi uma mistura de farsante com doente. Doente no sentido emocional. Ele nunca aceitou a morte da mãe. Ele nunca aceitou o mundo e a vida como são. Então, dotado de habilidades intelectuais criou um mundo próprio e fantasioso, onde podia/pode refugiar-se por toda a vida, levando consigo milhões de seguidores.
Ele não era, nunca foi uma pessoa de má índole. Ele acreditava no espiritismo, ele acreditava que podia consolar pessoas. Dedicou a vida a isto. Ele queria ser escritor e conseguiu. Ele lia, relia, memorizava, criava e colocava tudo no papel. Descobriu as fragilidades das pessoas, fez uso disso com técnicas muito conhecidas: “leitura fria”, “leitura quente”, “escapadelas”, quando necessárias: “Emmanuel disse”, “André Luiz nos aconselha …”
Ele era esperto, distribuía as diversas leituras que fazia em diversas obras, o que dificultava a identificação das correlações, dos plágios. Várias pessoas desconfiaram disso, acusaram-no de pastiche, mas não conseguiram apontar as fontes.
Com o advento da internet, a iniciativa do Vitor e os diversos colaboradores do blog, a situação mudou.
“A vida além do véu” foi de grande importância pra ele. O livro já se encontrava traduzido e publicado no Brasil em 1921. Ele leu, releu, pensou, pensou e pensou e foi usando as informações que lhe interessavam, à medida que ia criando as obras. Aparecem plágios desta obra do Owen em “A caminho da luz”, “Brasil, coração do mundo, Pátria do evangelho” (os exércitos de Cristo) e diversas obras da “Série Nosso Lar/André Luiz”. Foi lendo sobre a Universidade das Cinco Torres, presente no livro do Owen, que ele criou a colônia Nossa Lar – o quadrado da Universidade com a torre central, se transformou no pentágono de Nosso Lar, com a torre central. Os departamentos da Universidade se transformaram nos ministérios de Nosso Lar.
Clarêncio, o velho de cabelos brancos que resgata André Luiz do umbral, ele tirou de “A divina comédia”, de Dante, obra que ele citou em várias entrevistas.
A fascinação pela figura da mãe que ele nunca esqueceu, foi resgatada várias vezes. Começando por “Cartas de uma morta”, quando ele achou um jeito de imitar a comunicação da mãe do Owen com ele (Owen), de “A vida além do véu”, criando no início da obra, toda a história que foi apresentada neste artigo.
Ele foi misturando obras, criando, recriando personagens, situações, mas sempre deixando rastros. “A caminho da luz” foi inspirado no livro do Edouard Shouré – “Os Grandes Iniciados”. León Denis e Gabriel Delanne foram outros dois grandes inspiradores. Destes autores ele buscou inspiração para a criação do médico André Luiz, especialmente do Delanne, que usava muitos termos relacionados à biologia.
Enfim, o Chico foi um sujeito extraordinário mesmo, conseguiu enganar milhões, fez escola, é adorado, idolatrado, deu um golpe quase que perfeito. Quase !!!
julho 12th, 2013 às 12:22 AM
correção: “pentágono” = “hexágono” (Nosso Lar)
julho 12th, 2013 às 12:46 AM
Bisetto, fantástico!
julho 12th, 2013 às 12:51 AM
Otavio Ferreira, eu ia fazer engenharia eletrônica, estudei cálculo, alguma coisa de eletrônica (o básico), depois acabei indo para o direito. Coisas da vida.
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Biasetto, como cx podia acreditar no espiritismo, se falsificava psicografias, participava de falsas materializações, era ultra-vaidoso (orgulhava-se da humildade, a qual apregoava a todo instante – uma contradição em termos – por isso que eu comecei aqui falando do campeonato de humildade – quem é humilde de verdade não vive proclamando sua humildade).
Acho que isso equivale a dizer que Macedo, Hernandes, V. Santiago, acreditam em jesus.
O próprio vocabulário extravagante por ele usado em psicografias e entrevistas mostrava como era vaidoso, sem falar na peruquinha, enterro de boné e óculos, etc.
Quem acredita em divindades, espíritos, etc., não faz esse tipo de coisa. Ele não tinha medo de ir parar em algo semelhante ao umbral que ele inventou/copiou?
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Arduin, você participa das leituras de cx no centro, na abertura dos trabalhos?
Não vai responder às perguntas do Contra?
Ele perguntou:
“NÃO TE CONSTRANGE AO INICIAR UMA SESSÃO PÚBLICA LER A PÁGINA DE PREPARAÇÃO DA REUNIÃO ANTES DA ORAÇÃO?
99% DESSAS PÁGINAS SÃO DOS LIVROS DO CX COMO O “PAI NOSSO”, ” CX PEDE LICENÇA”, “VINHA DE LUZ”, “MENSAGENS DE LUZ”, QUASE TODOS POR EMMANUEL E A. LUIZ QUE NÃO EXISTEM.
VC NESSA HORA DA LEITURA DESSAS PÁGINAS, NÃO LEMBRA DA GENTE AQUI? ISSO NÃO TE CONSTRANGE?
VC NÃO TERIA A CORAGEM DE ACEITAR O CARGO DE ‘DIRIGENTE, DIRETOR, OU PRESIDENTE’ DO TEU C.E. E MUDAR AS COISAS COMO VC TANTO PREGA POR AQUI ?
O QUE VC AINDA FAZ NUMA CASA CHIQUISTA/KARDECISTA?”
julho 12th, 2013 às 12:57 AM
Biasetto, vem bem a calhar o que o Toffo (sempre manda bem) disse em outro post.
Veja se o que ele diz (assino embaixo) se coaduna com a falsa bondade de cx:
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“Agora eu lhe pergunto: você acha mesmo que aquela “sessão” mostrada no Discovery é doutrina espírita? O repórter pode não entender muito de espiritismo, mas eu entendo, pois fui espírita por cerca de 45 dos meus quase sessenta anos. Se você acha que aquilo é doutrina espírita, com todo o respeito, quem não entende de d.e. é você. Aquilo é um triste espetáculo, um circo lamentável em que “médiuns” “psicografam” supostas mensagens de mortos a pessoas reais, de carne e osso, que sofrem tremendamente com a dor do luto, da perda, da dor imensa de perder um filho; uma exploração indigna da dor alheia, um falso consolo através de uma empulhação. Eu estudei doutrina espírita e sei que o objetivo das sessões é sério, é conseguir através da evocação dos espíritos ensino e recolhimento. Nunca um espetáculo de feira, como esse que se vê em Uberaba. Embora eu não acredite mais em espíritos e comunicações, muito menos em ensino, que acredito que seres humanos superiores, de carne e osso, têm muito melhores condições de dar, não posso deixar de manifestar o meu respeito por essas sessões em que impera o respeito e o recolhimento. Mas jamais essas sessões públicas de falso consolo, de manipulação da dor alheia, de verdadeira tapeação. Os espíritas tranquilos como você costumam mesmo chamar os outros de “meu irmão” e despedir-se na paz do Senhor, mas não conseguem disfarçar o sorriso de superioridade que o conhecimento das supostas “verdades espíritas” lhes dá, um sorriso que trai toda a arrogância que vem por trás. É isso.”
julho 12th, 2013 às 1:18 AM
Marciano, dá um pulo no teu email agora por favor.
Biaseto e Marciano, leram o meu e mail ?
Mesma mensagem pros dois.
Pensem…
julho 12th, 2013 às 1:36 AM
Contra,
Já respondi ao seu e-mail, interessante!
julho 12th, 2013 às 1:39 AM
Marciano,
Eu acredito que o Chico acreditava no espiritismo, mas não tinha plena certeza. Ele quis imitar os médiuns. Assim como outros fazem.
Pessoas que acreditam fervorosamente em Jesus, santos, querem imitá-los.
O Chico queria imitar os médiuns e os santos católicos também.
Fez toda esta baboseira aí, esta meleca, este monte de nós.
Mas desatar isto, HAJA PACIÊNCIA e perseverança.
O Scur me disse que não entendi nada, que sou um besta ao